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RES ENHAS D E LIVROS NOTAS SOBRE ENFE RMAGEM: O QUE É E O QUE NÃO É - Florence Nightingale; prefácio Ieda Barr eira e Castro; t radução Amáli a Correa de C arvalho - S.Pàulo: Cortez; CE- PEn, 1 989 . Esta obra que resume toda a essência d a assistênci a básica que deve ser presta da a qual- quer tipo d e enfermo, de todas as id ades, port adores de afecções mé dicas ou cirúrgicas, agudas o u crôni cas. Embora possuindo algumas incorreções c ientíf icas em seu texto, que devem ao estágio da medic ina na époc a em que o livro fo i escr ito (1859) estas não com- prometem a obra. Assim, é um l ivro prec ioso por se con stitu ir numa fonte inesgotável de informações sob re a enfermagem deve atuar para tornar mais suportável o s sofrimentos do "ser " que passa por uma experiência de doença. Finalmente uma obra d e Florence t raduzida p ara a línguia pátri a. Esperemos que não sej a a única. A COL Ô NIA BR ASl lIAN ISTA - HIS TÓRIA O RAL DE VIDA AC ADÊMICA - José Car- los Sebe Bom Meihy - Ed. Nova Stel la - São Paulo - 1991. , O historiador pauli sta José Sebe no s presenteia com um livro que é um e studo sobre o Brasil atr avés do olh ar do outro, q ue no caso é o brasilianismo. R ico em detalhes e sur- presas, isto é r esultado de anos de pesquisa tudo como método a história de vi da e a histó- ria oral. Através de entrevistas o autor conversa e nos emociona com as geraçõe s de estu- diosos ao s quai s chamou de Pione iros, F ilhos de Castros e E special istas, respectivamen te. De quebra, Sebe nos dá uma aul a sobre história de v ida e história oral com f art a referência bibliográfica e ainda mex e com os in sensíveis da raçionali da de científ ica ao cont ar num capítulo, a históri a do projet o que redun dou no livro. E pura sensibilid ade ! Confira !. UMA PAR ADIGMA PARA A ENF ERMAG EM - Rosald a Paim - Rio de Jan eiro: CDB. 199 1. A importânc ia deste l ivro pode ser equilata da por um breve resumo dos seu s capítu- los. o prime iro, "V isão Sistêmico-Ecológ ica" é um enfoque simultâneo da Teor ia dos Sis- temas Ger ais, de Lwidg Von Bert alanfyy'e da Ecol ogia. O segundo, "Homem Si stêmico", focaliza o ser humano em su a glob alidade, visual izando-o como um si stema, enfatizando a sua totalida de e as interrelaçõe s inter nas e com o ambiente. O terceiro "Enfoque S istêmi- co-Ecológica do Setor Saú de e da Enfermagem", representa a abordagen desses setore s através da ótica referida no' Capítulo 1., O penúltimo capítulo, "C ibernética e Saúde" propõe a aplicação do mo delo de funcionamento dos organismos v ivos como referenc ial par a a organização e oper acion alização do Setor Saúde e da Enfermagem. os c apítulos an- teriores representam o fundamento em qu e se apoiou Rosalda P aim, p ara a const rução da sua " Teoria Si stêmico-Ecológica" que pretende ser um para digma para a Enfermagem, como consta do título do livro e, um gu ia para o enfemeiro, no seu pap el d e "as si stir" e "cuidar " do ser humano, da família e da comuni da de, simultâneamente com as ações vol- tadas para o ambiente em que estão inser idos. 1 54 R. B. Enfe., Ba, 44 (53): 154, abUt. 199 1

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Page 1: RESENHAS DE LIVROS NOTAS SOBRE ENFERMAGEM: O … · 154 R. Bras. Enferm., Brasflia,44 (213): 154, abriUset. 1991 . Created Date: 11/10/2014 1:48:16 PM

R ESENHAS DE LIVROS

NOTAS S O B R E E N F E R MAG E M: O Q U E É E O QUE NÃO É - F l o re nce N i g ht i n g a le ; p refá c i o I ed a B a r re i ra e Castro ; t radução Amá l i a Co r rea d e C a rva l h o - S . Pà u l o : Co rtez ; CE­P E n , 1 989 .

E sta o b ra q u e resume toda a essê nc i a da a s s i stênc ia b á s i ca q u e deve ser p resta da a q u a l ­q u e r t i po de enfe rmo , d e todas a s i da d es, po rta d o res de afecções méd icas ou c i rú rg icas , a g u das ou c rô n icas . E mbo ra possu i n do a l g u mas i n co r reções c i ent íf icas em seu texto , que devem ao está g i o d a med i c i n a na época em que o l i vro fo i escr i to ( 1 859 ) esta s não com­p rometem a o b r a . Ass i m, é um l i v ro p rec i oso por se const i tu i r n u ma fonte i nesgotável de i nfo rmações sob re a enfe rma gem deve atu a r pa ra to rna r ma i s su portáve l os sof r i mentos do "ser" q u e pa ssa por u ma ex p e r i ê n c i a d e doença . F i n a l mente u ma o b ra de F l o rence t r a d u z i d a para a l í n g u i a pát r i a . E speremos que não sej a a ú n i c a .

A COLÔ N I A BRAS l l I AN I STA - H I STÓ R I A ORAL DE V I DA ACAD Ê M I CA - J osé Ca r­los Sebe Bom Mei hy - E d . N ova Ste l l a - São Pau lo - 1 99 1 .

, O h i sto r i a d o r pa u l i sta J osé S e be nos p resente i a com u m l ivro q ue é u m estudo so b re

o B ras i l através do o l h a r do o u t ro , q u e n o caso é o b ras i l i a n i smo . R i co e m deta l hes e su r­p resas, i sto é resu l tado d e a no s d e pesq u i sa t u d o co mo método a h i stó r i a d e v i d a e a h i stó­ria o ra l . At ravés d e ent rev i stas o a uto r conve rsa e nos emoc iona com as ge rações de estu­d iosos aos q u a i s chamo u de P i o n e i ros, F i l hos de Castros e E spec i a l i stas, res pectivamente. De q u e b ra , S e be nos dá u ma a u l a s o b re h i stó r i a de v ida e h i stór i a o ra l com fa rta referênc ia b i b l iog ráf ica e a i nda mexe com os i n sens íve i s d a raç iona l i d a d e c ient íf i ca a o conta r n u m ca pít u l o , a h i stó r i a d o p roj eto q u e red u n d o u no l iv ro . E p u ra sens i b i l i da d e ! Conf i ra ! .

U MA PARADI G MA PARA A E N F E R MAG E M - Rosa lda Pa im - R i o d e J a ne i ro : CDB. 1 99 1 .

A i mpo rtâ nc ia d este l iv ro pode se r eq u i latada p o r u m b reve res u mo dos seus ca p ítu-l os .

o p r i me i ro, " V i são S i stêmi co- E co lóg i ca " é um enfoq u e s i mu ltâ n eo d a Teo r i a dos S is­tema s G e ra is , de Lwi d g Von B e rta l a n fyy 'e da E co l og i a . O seg u ndo, " H omem S i stêmi co" , foca l i za o ser h u ma n o em s u a g l o b a l i d a d e, v i s u a l i zando-o como u m s i stema , enfat iza ndo a sua tota l idade e as i nte r re l ações i nte rnas e co m o a mb i ente. O te rce i ro " E nfoq u e S i stêmi­co- E co l óg i ca do S eto r S a ú d e e da E nfe rma g em", re p resenta a a bo rda g e n d esses seto res at ravés d a ótica refe r i d a n o ' Ca p ítu l o 1 . , O pen ú l t i mo ca pítu l o , "C i be rnét ica e S a ú de" p ro põe a a p l icação do mod e l o de f u n c i o n a me nto dos o rga n i s mos v i vos como refe renc ia l pa ra a o rg a n ização e o pe rac iona l i zação do S eto r S a ú d e e d a E nfe rmag em. o s ca pítu los an­ter io res rep rese ntam o f u n d a mento em que se a po io u Rosa l da P a i m, para a construção da s u a " Teo r i a S i stêmi co- E co l óg i ca " que p rete nde se r um pa rad i g ma pa ra a E nfe rmag em, como consta d o t ít u l o do l iv ro e , u m g u i a pa ra o e n feme i ro , no seu p a p e l d e "ass i st i r" e "cu i d a r" do se r h u ma no, d a fa mí l i a e d a comu n ida de, s i mu ltâ nea mente co m a s ações vo l ­t a d a s pa ra o amb iente em q u e estão i nser i dos .

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