resenha joao paulo medina

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MEDINA, Joo Paulo Sabir. Educao Fsica cuida do corpo e ... mente.15.ed. Campinas, SP: Papirus, 2001. 1. A Educao Fsica precisa entrar em crise Um panorama de nossa realidade Tendncia a padronizao de valores / sociedade contrariar temeroso / h riscos.

Superficialidade / intencionalidade tem caracterizado a maior parte de nossas relaes sociais. Escola tem sido um lugar assim, preocupao apenas com tcnicas As instituies no mudam se as pessoas no mudarem Relao opressores, dominados, por no entenderem ou no teream interesse em entender a verdadeira discusso do que humano A misria do mundo: uma misria de conscincias v Diferena do ser humano com outros seres vivos a conscincia. v Definio de conscincia: Medina (2001, p.23): [...] a conscincia do homem pode ser entendida como o estado pelo qual o homem percebe a prpria existncia e tudo o mais que existe.Conscincia Corpo orgnico concreto Conscincia enquanto manifestao mental Entendida como manifestao somtica Conscincia esta gravada no corpo Conceito de liberdade opo de escolha, dada a opo de escolha

Possibilidade de interferncia na realidade, com capacidade de transform-la a todos, o que caracteriza os homens verdadeiramente livres. Democracia LiberdadeNo de ganha, se conquista

Conscincia se expande pelo conhecimento Conhecimento se expande pela conscincia Necessidade do homem buscar conhecer, desenvolver possibilidades, humanizar-se. Teoria de Paulo Freire: - 1 nvel de conscincia: intransitiva, atendimento bsico de suas necessidades de sobrevivncia. - 2 nvel de conscincia: transitiva ingnua, argumentaes inconsistentes, acreditam em tudo que ouvem, lem, tendncia ao fanatismo, so dominados pelo mundo dos objetos. - 3 nvel de conscincia: conscincia transitiva crtica, indivduos capazes de transcender a superficialidade dos fenmenos, sujeitos de seus atos. Necessidade de haver o dilogo para que o ser humano possa alcanar o nvel mais elevado de conscincia. Atitudes para que haja dilogo: v Amor v Humildade v Esperana v Confiana v Servio v Testemunho Mergulhando a realidade humana da vida Necessidade de buscarmos nveis maiores de conscincia. No e pode entender o papel da Educao e igualmente da Educao Fsica distante dos fatores que o condicionam estruturalmente. Compreender a poltica, para saber, se os interesses vo de encontro aos interesses das pessoas que compem esta nao.

caracterstico das conscincias ingnuas pensar que o educador poder se constituir em verdadeiro agente de transformao. Vrios fatores influenciam (governo). Contexto poltico, visto como decisivo/passageiro mas no definitivo. Uma crise para a Educao Fsica Educao e Educao Fsica interao Buscam compreender a realidade - ter mais - perguntar para qu, porqu, pra quem se dirige a educao. v v v v v v A moda A atividade fsica De repente preciso cuidar do corpo Se perguntar o que realmente vencer na vida Ampliao do campo de trabalho O profissional tem representado um papel corretamente dentro de sua formao tcnica.

A Educao Fsica precisa entrar em crise: Criticar seus valores Justificar-se Identidade Distinguir o alienante do educativo Fundamental do suprfluo 2. A Educao Fsica cuida do corpo e ... mente A falta de autenticidade pode ser uma forma de mentira O simples fato de conhecer algo no o bastante para discorrer sobre ele com sabedoria. O conhecimento adquire significao quando incorporado. Em relao a conceitos de definies formais tece crtica referente a escola, que segundo o autor frtil nesta rea, no trazendo auxlio ao processo.

Existe na cincia uma especializao cada vez maior, perdendo o contato com o geral, uma viso mais ama do ser humano no seu mundo. Necessrio uma cosmoviso que divida menos e uma mais. O homem explicado sempre um homem fragmentado Diviso de corpo? Necessidade de uma compreenso to global quanto possvel de uma existncia como fenmeno essencialmente humano. A filosofia e a teologia atravs dos tempos: - diferentes interpretaes ao significado de corpo, mente, razo, esprito e alma. - dependendo do grau de dependncia e momento histrico, mais ou menos forte. - classes mais altas apelo ao corpo mesmo que de maneira reprimida. - classes mais baixas represso mais potente. Formao do homem (Monismo) um elemento nico Materialista realidade em funo da matria (instrumento acessrio do esprito) Idealista reduz a matria a sua simples aparncia mental (esprito) (Dualismo, pluralismo) dois ou mais princpios ou substncias Historicamente a educao cuida da mente, religio do esprito, atividades fsicas no tem interesse pelo educador e o telogo. H professores que pesam assim. Cabe a ns redimension-los melhor atravs de aes do nosso dia-a-dia Homem um ser incompleto e inacabado, suas relaes com o outros e com o mundo que torna possvel sua existncia.

Homem concreto contexto O mundo por meio da cultura, do ambiente, do movimento histrico e dos valores, enfim, forma ou deforma os homens que, por sua vez, constroem-se ou destroem o mundo. Na sociedade que se constitui o homem deve estar presente a sociedade e a natureza. A diviso seria interessante do ponto de vista didtico para auxiliar o entendimento, sem perder o ponto de vista de totalidade. Em busca da essncia do ato educativo EDUCACAO: desenvolver potencialidades no sentido de autorealizao em conjunto com a realizao da sociedade.HOMEM SER inacabado com os outros SERES MUNDO

NESTA SITUAO O PROCESSO EDUCATIVO SE REALIZA

Tornar as pessoas cada vez mais humanas. Educao mudana de comportamento Processo de dentro para fora Professor e aluno se educam. Ningum se educa sozinho Entre as finalidades da rea e a prtica que se encontram as barreiras a serem vencidas. Consideram o ambiente necessrio para evitar as abstraes sem sentido. O ser humano se movimenta sempre de uma forma simblica e expressiva. Aquele que no procura interpretar essas significaes no pode estar sabendo exatamente o que esta fazendo. Medina (2001, p.49)

As vtimas da educao brasileira no so s aqueles que no tem acesso a escola. 4 escolas de Educao Fsica em 1968 em So Paulo 36 escolas em 1975 Em todo o Brasil em 1977, perto de 100 - que tipo de profissionais esto sendo formados. Uma pequena amostra do ensino mdio Vrias citaes de alunos relacionadas a Educao Fsica, procurando defin-la. A Educao Fsica Mente Formao do professor definio conceitual difcil Professores no conseguiam deixar claro seu significado Na poca do imprio a educao era dividida em intelectual, moral e fsica. Ed. Fsica ligada a sade, higiene da populao escolar Hoje considervel mudana. - na escola as propostas pedaggica, contedos, est distante da realidade, muito contedo, pouco aprendizado. - no utilizao dos conhecimentos produzidos. A educao fsica tida mais com papel de domesticaodo que de superao. 3. Uma nova perspectiva para a Educao Fsica. No apenas pensar, mas pensar: a relao teoria/prtica.

Caracterstica dos seres vivos conscincia

Toda atividade mais ou menos humana na medida que vincula mais ou manos a ao e reflexo.

Poucos acendem do senso comum a conscincia crtica, muitos acreditam no ser possvel acreditando em sua impotncia de mudar curso de sua prpria histria. A Educao Fsica precisa: justificar-se a si mesma, dentro e fora da escola, no esporte de rendimento.

A tarefa do professor de Educao Fsica como agende renovador e transformador da cultura subdesenvolvida em que vive s poder se concretizar por intermdio de uma prtica [...] Medina (2001, p.68) [...] contudo qualquer prtica humana, sem uma teoria que lhe d suporte, torna-se uma atitude estril (apenas imitativa) quanto na teoria distante de sua prtica que a sustente. Medina (2001, p.68) Quanto mais conseguimos captar a realidade mais a transformaremos

AO

REFLEXO

PODE ASCENDER A NVEIS SUPERIORES DE CONSCINCIA

UNIDADE FUNDAMENTAL

CAPACIDADE DE CRIAR: OBJETOS, SITUAES, VALORES. MARCA REGISTRADA DA ESPCIE HUMANA

Repensar a prtica moderna/libertadora da Educao Fsica a luz dos conhecimentos/influncias histricas. Quem faz a Educao Fsica so as pessoas nelas envolvidas. As vrias concepes de homem, sociedade e mundo, orientam as vrias formas de atuao do profissional de Educao Fsica. Concepes por melhor que sejam no bastam/a atuao do professor fundamental/ assumir compromisso. Anlise crtica das concepes contexto historio-cultural.

Povos oprimidos difcil aparecimento de concepes (de educao Fsica e da prpria vida). A Educao Fsica convencional (CONSCINCIA INTRANSITIVA) - apoiada no senso comum e influencia da tradio, viso dualista do corpo. - trabalhar o corpo de maneira fragmentada, limites biolgicos. - educao do fsico. - preocupao biolgica, fsica, rendimento motor. - aspectos psicolgicos e sociais ocupam papel secundrio. - perfil profissional ??????? A Educao Fsica Modernizadora (CONSCINCIA TRANSITIVA INGNUA) - educao atravs do fsico. - viso dualista. - alm do biolgico, preocupa-se com o psicolgico. - um plano mais individual., moldar o indivduo a sociedade. - [...] a disciplina que, atravs do movimento, cuida do corpo e mente Medina (2001, p.82) A Educao Revolucionria (CONSCINCIA TRANSITIVA CRTICA) - concepo mais ampla - considera todos os fenmenos A Educao Fsica revolucionria pode ser definida como a arte e a cincia do movimento humano que, por meio de atividades especficas, auxiliam no desenvolvimento integral dos seres humanos, renovando-os e transformando-os no sentido de sua auto-realizao em conformidade com a prpria realizao de uma sociedade justa e livre. [...] (grifo do autor) (MEDINA, 2001, p.8182) Uma nova perspectiva para a Educao Fsica A crise se instaura a partir da crtica que traz a tona toda uma realidade escondida ou no percebida. O fato de assumir uma Educao Fsica preocupada com o ser total pode significar a passagem da alienao para a libertao.

A Educao Fsica no pode transformar toda a sociedade, mas no pode ficar de fora desse compromisso. Faz parte do sistema e pode contribuir. Crtica as escolas, dois sentidos: 1. rever princpios e propostas 2. democratiz-la No apenas sonhar, mas sonhar: a necessidade da utopia Uma mudana de concepo implica uma gradual mudana de percepo da nossa realidade, de uma gradual mudana de conscincia. Uma viso ampla e profunda dos problemas de nossa realidade uma tarefa coletiva.