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1 Espiritismo estudado semeando conhecimento iluminativo; estimulando a prática incondicional do bem; enaltecendo Jesus descortinando novos horizontes às criaturas humanas E spíritas Resenha de Estudos especialmente ao principiante espírita SÉRIE o celeste roteiro 5 dezembro 2013

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Estudos espíritas dedicados especialmente ao principiante espírita, descortinando novos horizontes à criatura humana, semeando conhecimento iluminativo, estimulando a prática incondicional do bem, enaltecendo Jesus.

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Espiritismo estudado

semeando conhecimento iluminativo; estimulando a prática incondicional do bem; enaltecendo Jesus

descortinando novos horizontesàs criaturas humanasEspíritas

Resenha de Estudos

especialmente ao principiante espírita

SÉRIEo celesteroteiro5dezembro 2013

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Por mais que a alma humana busque proteção e apoio nos dias de árduas

lutas e de graves testemunhos, em coi-sas e pessoas, terá que encontrar frus-trações e desalento em razão da ordem mesma da vida.

Se a pessoa se apoia em algo mate-rial para tentar superar a fase complexa, logo se desiludirá.

As viagens de espairecimento e de la-zer trarão cansaço e aborrecimento.

As compras, por mais caras e varia-

das, acabarão por impor enfado e fadi-ga.

Os cardápios primorosos em mesas engalanadas, com o tempo, trarão enjoo e inapetência.

Os jogos de azar, que aparentemente distraem, tornam-se ladeiras escorrega-dias do vício e estuário de vacuidades.

As taças de licores, repetidas vezes, farão com que se acumulem sombras nas estradas de torturante embriaguês.

O CELESTERoteiroResenha de Estudos Espíritas

nº 58 de dezembro de 2013

Unidade em estudo: Eu Sou o Caminho

tema:

abordagem:

parte única

título desta edição:

Jesus, nosso modelo e guia

objetivo do tema abordado:

observação:

O Celeste Convite

O Celeste Convite

O Celeste Convite

O objetivo do tema é enaltecer a figura de Jesus e sua presença em nossas vidas, como expressão

de esperança e consolo, relacionando o Espiritismo com a Sua mensagem, por ser ela a essência da

Doutrina Espírita.

Além das Notas de Referência para as citações contidas no texto de abordagem do assunto,

ao final seguem referências bibliográficas, que recomendamos sejam lidas e estudadas, pois

ali se encontra conhecimento que irá dar maior substância ao que ora nos dispomos aprender.

O CELESTE CONVITE“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11 :28)

o suaveonviteC

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Vinde a mim... que eu vos aliviarei.

O apoio do Cristo é, assim, de impor-tância capital para cada um e para todos nós. Se, por um lado, Ele não retira o fardo da quota das nossas responsabi-lidades, por outro, jamais nos deixa à mingua da Sua luminosa presença, o que será sempre garantia de fortalecimento para o enfrentamento da asperidade.

A ajuda de Jesus é essencial para a conquista da nossa harmonia gradativa, nos quadros das lutas humanas, por-que, à medida que nos vai auxiliando,

Vinde a mim... propõe o Celeste Ami-go.

No entanto, a proposta do Mestre é de auxílio e clareza, uma vez que Ele não promete retirar o problema da vida de ninguém. Não se compromete a evi-tar que cada um resgate o que deve pe-rante as leis da consciência. Ele acena, isso sim, com o alívio, com a ajuda, com o socorro na quadra mais complexa.

vai-nos nos informando a respeito dos motivos da nossa dificuldade, da pertur-bação que nos atinge.

Com Jesus Cristo fica mais fácil en-tender que ninguém se acha no mun-do como se estivesse numa estação de entretenimento permanente. A Terra se mostra também como uma escola ben-dita que nos vai permitindo verificar que o destino de todas as coisas é passar, e que cada companheiro ou companheira ao nosso lado tem a sua própria cruz a conduzir, não lhe sendo possível dar atenção continuada ao nosso madeiro.

O Cristo é, assim, para todos nós, a fonte do ansiado alívio para todos os tormentos, para todas as lutas e do-res, impulsionando-nos para que apren-damos a solucionar intricados enigmas por meio da nossa comunhão com os Seus ensinos, não apenas nas quadras de aperto e infelicidade, mas, também, quando tudo nos sorri, quando o Sol bri-lha sobre as nossas estradas, pois esse é o melhor tempo de fixarmos o apren-

Caso alguém se apoie em outro al-guém, na tentativa de impor-se ao perí-odo áspero, muito cedo se desgostará, caindo em desconforto.

Umas pessoas toleram outras, en-quanto essas outras não se tornam pe-sos que acarretam desgastes emocio-nais e complicações.

Um indivíduo suporta os problemas de outro até os limites da própria resis-

tência.

Alguém acompanhará alguém nas vias escarpadas enquanto não surge a bifurcação que impõe a cada um seus próprios passos e escolhas.

O mergulho na sexualidade, como quem deseja chafurdar-se em ondas de esquecimento das deficiências próprias, transforma-se numa danação a mais, pelo vazio que se impõe o desditoso que acaba por afogar-se no agastamento e na perturbação.

dizado para os tempos de invernia.

Busque-O, você também, em cada dia da sua vida, com alegria interior, ins-talando em si mesmo os prenúncios da paz que o vacinará contra os maus tem-pos da alma, dando-lhe resistência para facear, com bom ânimo, todo e qualquer testemunho pelo qual tenha que passar.

Francisco de Paula Vitor 1

1 TEIXEIRA, Raul. Quem é o Cristo? Ditado pelo Espíri-to Francisco de Paula Vitor. Niterói, RJ: Fráter. 1997. Cap.: 3, p. 33-34.

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dos, e eu vos aliviarei.”2, que é dirigido aos cansados e oprimidos, pois, ainda segundo o Amigo Incondicional: “Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecado-res ao arrependimento.” 3

Há que se perguntar: tem alguém que não necessite de médico?

Jesus não deixa dúvidas sobre ser Ele a vereda da verdadeira vida, suave-mente repetindo o roteiro definitivo de luz e paz:

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e hu-milde de coração; e encontrareis des-canso para as vossas almas.” 4

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis afli-ções, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” 5

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...

2 Mateus 11 : 283 Marcos 2 : 174 Mateus 11 : 295 João 16 : 33

São diversos os convites que recebe-mos diariamente, vindo das mais dife-rentes formas e pessoas.

Avaliamos os convites recebidos de diversas maneiras, a fim decidirmos aceitar ou não.

Uma das maneiras é considerar quem está nos fazendo determinado convite. Conforme quem seja a pessoa e a im-portância dela em nossas vidas, dize-mos ser irrecusável o convite, ou, ainda, dizemos não poder deixar de atendê-lo, nem que para isso tenhamos que mudar todos os outros programas já traçados ou nos impor qualquer sacrifício que seja para atendermos tal convite.

Diante de nossas necessidades e expectativas na vida, ansiamos por re-ceber determinado convite que venha atender-nos, resolvendo nossos proble-mas.

O simples aceno de um convite nesse sentido e nos pomos em alerta, grande-mente motivados.

Quanto mais as dores e as aflições se fazem mais agudas, mais ansiamos pelo apoio socorrista de alguém.

E quem não guarda aflições, con-flitos, padecimentos, enfermidades d’alma, dores lancinantes?

Quando consultamos o livro O Evan-gelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, em seu Capítulo V que trata de Bem-aventurados os aflitos, aprende-mos que grande parte dos males terres-tres são consequência natural do cará-ter e do proceder dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua pró-pria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruínam por falta de or-dem, de perseverança, pelo mau pro-

ceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!

Quantas dissensões e funestas dis-putas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades de-correm da intemperança e dos exces-sos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os ger-mens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do co-ração; depois, mais tarde, quando co-lhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.

Interroguem friamente suas consci-ências todos os que são feridos no co-ração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão di-zer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em seme-lhante condição.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim, nos diz Chico Xavier.

O convite que tratamos aqui vem de Jesus para nós, os que temos algum tipo de sofrimento, um dos males ter-restres.

Eis o Celeste Convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimi-

Através do notável médium Francis-co Cândido Xavier, o Espírito Emmanuel ditou a mensagem que segue, denomi-nada Vem 6:

A Terra é a grande escola das almas em que se educam alunos de todas as idades.

Se atingiste o nível das grandes ex-periências, não te inquiete a incessante extensão do trabalho.

Não enxergues inimigos nos seme-lhantes de entendimento imperfeito.

Muitos deles não saíram ainda do jar-dim de infância espiritual.

Dá sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença.

A inexperiência e a ignorância dos corações que se iniciam na luta fazem, frequentemente, grande algazarra em torno do espírito que procura a si mes-mo.

Por isso, padecerás muitas vezes aflição e desânimo.

Não te perturbes, porém.

Se as ilusões e os brinquedos da maioria não mais te satisfazem, é que a madureza te inclina a horizontes mais vastos.

Recorda que somente Jesus é bas-tante sábio e bastante forte para acal-mar-te.

Ouve-lhe o apelo divino, formulado nas derradeiras palavras do seu

Testamento de Amor: - “Vem!”

Ninguém te pode impedir o acesso à fonte da luz infinita.

O Mestre é o Eterno Amigo que nos rompe as algemas e nos abre portas re-

6 XAVIER, Francisco C. Fonte Viva. Ditado pelo Es-pírito Emmanuel. 7ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1978. Cap.: 152, p. 343-344.

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novadoras...

Entretanto, é preciso saibas querer.

O Senhor jamais nos fará violência.

Sofres? Estás fatigado? Tropeças sob os fardos do mundo?

Vem!

Jesus reserva-te os braços abertos.

Vem e atende-o ainda hoje. É verda-de que sempre alcançaste ensejos de serviço, que o Mestre sempre foi ab-negado e misericordioso para contigo, mas não te esqueças de que as circuns-tâncias se modificam com as horas e de que nem todos os dias são iguais.

É chegado o momento para todos nós, de fazermos uma pausa mental, e meditarmos sobre a vida e as razões de viver. Sobre o que já sabemos sobre valores reais e virtudes e o que temos feito na conquista desses bens perma-nentes. Sobre Jesus, seus feitos e seus ensinos, e o nosso esforço pessoal em não só saber, mas também em viver se-gundo o que já sabemos dEle.

Hora de oportunizarmo-nos com mais dedicada atenção os valores do Espírito e os ensinos de Jesus, para deles nos afeiçoarmos.

Jesus reserva-te os braços abertos...

Vem!

Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, aprendemos:

625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

- “Jesus.”

E comenta Allan Kardec:

Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.

Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhes falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.

Mohandas Karamchand Gandhi, o Mahatma, que em sânscrito significa “grande alma”, comentou: “Se toda a literatura espiritual da humanidade perecesse, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido.”7

Jesus, Ele próprio, não deixou motivos para dúvidas sobre Sua missão na Terra e sobre Sua condição perante nós outros:

“Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.”8

“Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.”9

7 ROHDEN, Huberto. Mahatma Gandhi. O Apóstolo da Não-Violência. Capítulo 4. Página 38. 1ª Reimpressão. Editora Martin Claret Ltda. 20088 João 12 : 469 João 6 : 35

MaissobreJesus

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volta.

O homem recorre ao Mestre, exoran-do paz; o Mestre, por Seu turno, soli-cita do homem o empenho por desen-volver a paz nas contribuições para a harmonia do lar, da oficina, das ruas, onde quer que esteja.

A criatura implora saúde para o cor-po ao Médico Celeste; no entanto, o Médico Celeste roga o devido cuidado e respeito para com a saúde, sugerin-do-lhe afugentar-se dos miasmas múlti-plos, dos vícios materiais e morais, que derribam os recursos mantenedores do equilíbrio orgânico e mental.

O ser humano reclama o roteiro para

que possa caminhar pela Terra, com segurança; daí, o Excelso Guia apon-ta as inumeráveis orientações e bússo-las que, em Seu nome, um pugilo de Embaixadores do Mundo Superior têm apresentado ao mundo, e que não têm encontrado a devida valorização.

A pessoa suplica ao Bom Pastor equilíbrio nas escolhas do bem; nisto, o Bom Pastor requer que a pessoa exer-cite o seu bom senso, nas análises, nos exames cotidianos, que não podem ser procrastinados.

A alma pede ao Cristo o necessário apoio, para quando o corpo vier a tom-bar em razão do fenômeno da morte;

ao mesmo tempo, o Cristo ensina que a vida no Além será o reflexo do que se viveu no mundo corporal, inexistindo quaisquer privilégios distantes do ad-quirido mérito.

Em toda interação da alma humana com Jesus Cristo, urge considerar que não podemos admitir direitos ou bên-çãos longe de deveres e serviços no-bres.

Nas elações do homem com Jesus, vale a pena buscá-Lo com a coragem de romper com os velhos grilhões e com a falsária ideia de autovitimação.

Todos carecemos de Jesus, é bem verdade. Entretanto, nos labores que a Terra deve realizar para ascender na escala dos orbes, Jesus aguarda o es-forço dos homens, igualmente.

Quando pensares, pois, no que pe-des e não recebes, examina se a con-cessão não te está sendo feita de ma-neira que não notas, ou se não te estás inscrevendo no rol dos que guardam as devidas condições para receber.

Em realidade, todas as criaturas, de um ou de outro modo, mantêm en-

tre si uma relação mais ou menos es-treita, capaz de propiciar-lhes o recípro-co entendimento.

Sem embargo, de uma maneira ou de outra, procuramos manter um contato com o Divino Amigo, mesmo que essa procura reflita a imperfeição caracterís-tica do ser humano, nas faixas das suas necessidades educacionais.

Diante dessa comunicação, nós, os indivíduos nas lutas redentoras, volta-mo-nos para Jesus e pedimos ajuda; Jesus, por Sua vez, pede-nos ajudemos àqueles que se acham carentes e nossa

NossocomJesus

relacionamento

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Atentemos para o fato de que não foi sem razão que o Divino Mestre pre-lecionou: “buscai, primeiro, o Reino dos Céus e a sua justiça, para que tudo mais se vos acrescente” 10. Este ensi-no, demarcado por intensa lógica, espi-ritualmente considerada, concita-nos a reavaliar a nossa relação com Jesus, a fim de compreendermos, de fato, como andam as relações do Senhor conosco.

Assim, sentimos o quanto é impor-tante nos dediquemos aos trabalhos da autoeducação, da autorrenovação, de modo a que nos ligarmos às esfe-ras psíquicas em que, agindo no bem, possamos recolher o bem, igualmente, como resposta feliz.

Camilo11

Nada mais, nada menos, é Jesus quem nos faz o Celeste Convite: “Vin-de a mim, todos os que estais cansa-dos e oprimidos, e eu vos aliviarei.”12

Em verdade, qual a nossa vontade?

-o-

10 Mateus 6:3311 TEIXEIRA, Raul. Nossas riquezas maiores. Ditado por Diversos Espíritos. Niterói, RJ: Fráter. 1997. Cap.: 2, p. 15-16.12 Mateus 11:28

Por toda parte, a aflição tem povoado a vida de incontáveis criaturas, pe-

los mais variados motivos.

Tu estás aflito? Por quê?

Estás aflito por causa dos problemas da saúde que tu ou algum dos teus tem enfrentado?

Estás aflito por questões de ordem econômico-financeira, que te ferreteiam a existência?

Estás aflito em virtude do desempre-go que vens amargando há longo tem-po?

Estás aflito por dificuldades na esfe-ra política da sociedade em que vives?

Estás aflito por medo da violência, denunciada, audaciosa e renitente, a extravasar em todo lugar a sua baba perturbadora?

Por que te deixas afligir?

É importante que te deixes empolgar

pelas vozes de Jesus, quando exprime que “a cada dia já basta o seu mal”.

Faz-se urgente mais atenção para com os ensinos da vida eterna, tendo em vista que, por mais aflija a criatura, nada será modificado se não se modifi-cam concepções, mentalidades e pos-turas dos indivíduos.

Se te queres libertar das peias das desnecessárias aflições, basta que pas-ses a prestar atenção naquilo que se constitua o teu dever e teus compro-missos, dando conta dessas atividades e realizações. E aquilo que não te cou-ber, e que não tenhas possibilidades de ativar ou propiciar o ativamento, tran-quiliza-te, pondo-te e pondo todas as coisas sob a guarda de Quem de tudo cuida, tudo prevê, tudo provê... põe tudo, e põe-te, também, nas Mãos do Criador.

“A cada dia já basta o seu mal”. As-sim, dá conta dos teus quefazeres e das tuas responsabilidades, no tempo presente, no dia de hoje, e não te per-turbes na aflição por desejar, sem con-seguir, consertar as pessoas, refazer os caminhos alheios ou modificar a Huma-nidade.

Se estiveres operando o melhor, se-gue avante, confiando sempre nas pro-vidências do Altíssimo, que a tudo aten-de, que ao ser humano entende e envia ao mundo tudo o de que carecem os Seus filhos, a fim de que desenvolvam a própria felicidade, em clima de tran-quila confiança no amanhã de Deus.

Camilo13

13 TEIXEIRA, Raul. Revelações da luz. Ditado pelo Espírito Camilo. Niterói, RJ: Fráter. 1994. Cap.: Estás afli-to?, p. 31-33

estás

Aflito?

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O Meigo Rabi da Galileia fala-nos, re-vivido nas letras da Doutrina Espírita: Sou o grande médico das almas e ve-nho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos predi-letos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais opri-midos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a con-solação, pois que o mundo é impotente para dá-las.14

Espírito Verdade

Por que demoramos tanto tempo para atender o chamado de Jesus?

O que nos impede ainda?

O que buscamos, afinal, na vida?

Desejamos a felicidade?

Estamos procurando conquistá-la?

“E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.” - João 12:17

14 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiri-tismo. 116ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999. Cap.VI, item 7, p. 131

Emmanuel, Benfeitor Espiritual, nos fala15 a respeito dessa indagação do Cristo:

A vida em si é conjunto divino de experiências.

Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. A aqui-sição de valores religiosos, entretanto, é a mais importante de todas, em virtude de cons-tituir o movimento de iluminação definitiva da alma para Deus.

Os homens, contudo, estendem a esse departamento divino a sua viciação de senti-mentos, no jogo inferior dos interesses egoísticos.

Os templos de pedra estão cheios de promessas injustificáveis e de votos absurdos.

Muitos devotos entendem encontrar na Divina Providência uma força subornável, eiva-da de privilégios e preferências. Outros se socorrem do plano espiritual com o propósito de

15 XAVIER, Francisco C. Caminho, verdade e vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 17ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1997. Cap.: 22, p. 59-60.

solucionar proble-mas mesquinhos.

Esquecem-se de que o Cristo ensi-nou e exemplificou.

A cruz do Calvá-rio é símbolo vivo.

Quem deseja a liberdade precisa obedecer aos de-sígnios supremos. Sem

a compreensão de Jesus, no cam-po íntimo, associa-da aos atos de cada dia, a alma será sempre a prisionei-ra de inferiores pre-ocupações.

Ninguém olvide a verdade de que o Cristo se encontra no umbral de todos

os templos reli-giosos do mundo, perguntando, com interesse, aos que entram:

“Que buscais?”

O Celeste Amigo nos alerta o en-tendimento: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” 16

O que nos faculta entender que, uma vez nos intitulando como Cristãos, pre-cisamos sê-lo mantendo-nos cristãos com Cristo. Discípulo, sendo-lhe fiel se-guidor.

Não basta a nossa vinculação a de-

16 Mateus 7:21

que

uscais?B

“E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse--lhes: Que buscais?” - João 1:38

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terminada bandeira religiosa. Precisa-mos conhecê-la e vivenciá-la.

Nesse sentido, como sempre, Jesus Cristo se faz diamantino e não deixa dúvidas: “Todo aquele, pois, que escu-ta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.” 17

Ainda segundo Emmanuel18, os gran-des pregadores do Evangelho sempre foram interpretados à conta de expres-sões máximas do Cristianismo, na gale-ria dos tipos veneráveis da fé; entretan-to, isso somente aconteceu, quando os instrumentos da verdade, efetivamen-te, não olvidaram a vigilância indispen-sável ao justo testemunho.

É interessante verificar que o Mes-tre destaca, entre todos os discípulos, aquele que lhe ouve os ensinamentos e os pratica. Daí se conclui que os ho-mens de fé não são aqueles apenas palavrosos e entusiastas, mas os que são portadores igualmente da atenção e da boa-vontade, perante as lições de Jesus, examinando-lhes o conteúdo es-piritual para o trabalho de aplicação no esforço diário.

Reconforta-nos assinalar que todas as criaturas em serviço no campo evan-gélico seguirão para as maravilhas inte-riores da fé. Todavia, cabe-nos salien-tar, em todos os tempos, o subido valor dos homens moderados que, registran-do os ensinos e avisos da Boa Nova, cuidam, desvelados, da solução de to-dos os problemas do dia ou da ocasião, sem permitir que suas edificações indi-viduais se processem, longe das bases cristãs imprescindíveis.

17 Mateus 7:2418 XAVIER, Francisco C. Pão nosso. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 18ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999. Cap.: 9, p. 29-30.

Em todos os serviços, o concurso da palavra é sagrado e indispensável, mas aprendiz algum deverá esquecer o su-blime valor do silêncio, a seu tempo, na obra superior do aperfeiçoamento de si mesmo, a fim de que a ponderação se faça ouvida, dentro da própria alma, norteando-lhe os destinos.

Certa feita, Gandhi foi questionado sobre a sua aceitação de Jesus, ao que Gandhi respondeu: Ó! Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. Apenas creio que muitos de vocês cristãos são bem diferentes do vosso Cristo.

Em outro momento, o Mahatma fa-lou: “Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. De fato, não há nada de errado no cristianismo. O problema são vocês, cristãos. Vocês nem começaram a vi-ver segundo os seus próprios ensinos.”

Muitas recomendações despontam da Boa Nova, dentre elas o cha-

mado ao trabalho incessante pela nos-sa renovação, bem como pelo próximo.

E o trabalho deverá render frutos que alimentem a alma, enriquecendo-nos de consolo e esperança.

Não podemos deixar de repetir a identificação de Seus seguidores, os

que aceitemos o seu Celeste Convite, apresentada por Jesus, conforme se lê em Mateus, capítulo 20, versículo 20: “Portanto, pelos seus frutos os conhe-cereis.”

O mundo atual, em suas elevadas características de inteligência, reclama frutos para examinar as sementes dos princípios.

Mahatma Gandhi

tomar daharruaC“E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” - Lucas 9:62

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O cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa árvore que rece-be os elementos da Providência Divina, através da seiva, e converte-os em uti-lidades para as criaturas.

Convém o esforço de autoanálise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias ações.

Muitas palavras sonoras proporcio-nam simplesmente a impressão daque-la figueira condenada.

É indispensável conhecermos os fru-tos de nossa vida, de modo a saber se

beneficiam os nossos irmãos.

A vida terrestre representa oportu-nidade vastíssima, cheia de portas e horizontes para a eterna luz. Em seus círculos, pode o homem receber diaria-mente a seiva do Alto, transformando-a em frutos de natureza divina.19

Arestides Spínola20, Espírito, concei-tua, com muita propriedade:

Indispensável que todos nos cons-cientizemos – desencarnados e encar-nados – dos compromissos perante a ensementação do bem, na seara do Se-nhor, e, sem medirmos esforços parta-mos para a lavoura da realização, por-quanto, nunca, tal como agora ocorre, houve tanta necessidade do conheci-mento, da vivência e da lição espírita, modeladores de um homem feliz e de um mundo melhor.

Ilustrando a ideia da necessidade de nossa real conversão aos postulados do Cristo, leiamos as narrativas que se-guem:

O Espírito Irmão X (Humberto de 19 XAVIER, Francisco C. Caminho, verdade e vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 17ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1997. Cap.: 122, p. 259-260.20 FRANCO, Divaldo P. Aos espíritas. Organizado por Álvaro Chrispino. Salvador, BA: Leal. 2005. Cap.: 24, p. 128.

Campos), ditou, pela mediunidade ím-par de Francisco Cândido Xavier, em seu livro Cartas e Crônicas, na introdu-ção, o seguinte texto:

Num belo apólogo conta Rabin-dranath Tagore que um lavrador, a caminho de casa, com a colheita do dia, notou que, em sentido contrário, vinha suntuosa carruagem, revestida de estrelas. Contemplando-a, fasci-nado, viu-a estacar, junto dele, e, semi-estarrecido, reconheceu a pre-sença do Senhor do Mundo, que saiu dela e estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas.

O quê? - refletiu, espantado - o Senhor da Vida a rogar-me auxílio, a mim, que nunca passei de mísero escravo, na aspereza do solo?

Conquanto excitado e mudo, mer-gulhou a mão no alforje de trigo que trazia e enfrentou ao Divino Pedinte apenas um grão da preciosa carga.

O Senhor agradeceu e partiu.

Quando, porém, o pobre homem do campo tornou a si do próprio as-sombro, observou que doce claridade vinha do alforje poeirento. O grânulo de trigo, do qual fizera sua dádiva, tornara à sacola, transformado em pepita de ouro luminescente.

Deslumbrado, gritou:

- Louco que fui! . Porque não dei tudo o que tenho ao Soberano da Vida?

Por sua vez, a Benfeitora Espiritual Joanna de Ângelis, na Introdução do livro Estudos Espíritas, narra:

Contam que um jovem sedento de afirmação espiritual procurou certa

vez o pensador e sacerdote hebreu Shammai e o interrogou:

- Poderias ensinar- me toda a Bí-blia durante o tempo em que eu pos-sa quedar- me de pé, num só pé?

- Impossível! – respondeu- lhe o filósofo religioso.

- Então de nada me serve a tua doutrina – redarguiu o moço.

Logo após buscou Hilel, o famoso doutor, propondo- lhe a mesma inda-gação. O mestre, acostumado à sis-temática da lógica e da argumenta-ção, mas, também, conhecedor das angústias humanas, respondeu:

- Toma a posição.

- Pronto! – retrucou o moço.

- Ama! – elucidou Hilel.

- Só isso?! E o resto, que existe na Bíblia? – inquiriu, apressadamente.

- Basta o amor – concluiu o aus-tero religioso – Todo o restante da Bíblia é somente para explicar isso.

-o-

Louco que fui! . Porque não dei tudo o que te-nho ao Soberano da Vida?

Basta o amor – con-cluiu o austero religio-so – Todo o restante da Bíblia é somente para explicar isso.

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Foram muitos os pontos levantados neste nosso estudo, apresentando o

Celeste Convite feito por Jesus à nós todos.

Por certo, há muito mais material na literatura espírita, bem como na biblio-grafia que segue apresentada.

Cabe-nos estudar com vagar e refletir madura de demoradamente a respeito.

- Vinde a mim, (...), e eu vos aliviarei!

É necessário, porém, ir a Ele...

Em nossas reflexões, rememoremos que o suave Convite conclama-nos ir ao encontro dEle e uma vez com Ele encontraremos também o alívio prome-tido às nossas dores, conflitos, opres-sões, aflições.

Para essa jornada, nós precisamos deixar o estado vigente em nós das

Viverásfaze isso e

“E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.” - Lucas 10:28coisas sem importância e seguirmos os passos dEle.

Quem quiser vir após mim, tome de sua cruz, negue-se a si mesmo...

Isto significa mudar valores exis-tenciais, seguir por caminhos compor-tamentais que nos conduzam à Deus, buscar e vivenciar as verdades eternas que o amor à nós mesmos, ao próximo e à Deus revela, e fazermos de nossas vidas um modo dinâmico de autotrans-formações morais para melhor, com constante e incansável esforço em do-mar as nossas más tendências.

De nada adiantará querermos servir à Deus e à Mamon, na referência evan-gélica. Não conseguiremos. É preciso optar.

Vem hoje trabalhar na vinha do Se-

nhor...

Se sabeis estas coisas, bem-aventu-rados sois se as fizerdes...

Repetimos Francisco de Paula Vitor: Busque-O, você também, em cada dia da sua vida, com alegria interior, ins-talando em si mesmo os prenúncios da paz que o vacinará contra os maus tempos da alma, dando-lhe resistência para facear, com bom ânimo, todo e qualquer testemunho pelo qual tenha que passar.

Vamos finalizando, não sem an-tes examinarmos que “o caso daquele doutor da Lei que interpelou o Mestre a respeito do que lhe competia fazer para herdar a vida eterna, reveste-se de grande interesse para quantos procu-ram a bênção do Cristo.

A palavra de Lucas é altamente elu-cidativa.

Não se surpreende Jesus com a per-gunta, e, conhecendo a elevada condi-ção intelectual do consulente, indaga acerca da sua concepção da Lei e fá-lo sentir que a resposta à interrogação já se achava nele mesmo, insculpida na tábua mental de seus conhecimentos.

Respondeste bem, diz o Mestre. E acrescenta: Faze isso, e viverás.

Semelhante afirmação destaca-se singularmente, porque o Cristo se di-rigia a um homem em plena força de ação vital, declarando entretanto: Faze isso, e viverás.

É que o viver não se circunscreve ao movimento do corpo, nem à exibição de certos títulos convencionais. Esten-de-se a vida a esferas mais altas, a ou-tros campos de realização superior com a espiritualidade sublime.

A mesma cena evangélica diariamen-te se repete em muitos setores.

Grande número de aprendizes, plena-mente integrados no conhecimento do dever que lhes compete, tocam a pedir orientação dos Mensageiros Divinos, quanto à melhor maneira de agir na Ter-ra... a resposta, porém, está neles mes-mos, em seus corações que temem a responsabilidade, a decisão e o serviço áspero...

Se já foste banhado pela claridade da fé viva, se foste beneficiado pelos princípios da salvação, executa o que aprendeste do nosso Divino Mestre:

Faze isso, e viverás.21

Jesus jamais foi impositivo em seus ensinos, pois sempre respeitava o livre--arbítrio de todos, deixando-nos, por-tanto, livres para escolher, e dizia a todos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” 22

Com a clareza que lhe é própria, Vianna de Carvalho, Espírito, elucida--nos, através da lavra mediúnica de Di-valdo Franco: “Simples como um raio de luz e poderoso como chama crepi-tante, o Espiritismo é a resposta sábia dos Céus às interrogações da criatura aflita na Terra, conduzindo-a ao encon-tro de Deus.”23

E é a Doutrina dos Imortais que rea-viva-nos hoje a lembrança, repetindo o Celeste Convite: “Vinde a mim...”

O que estamos esperando?

Finalizemos com um dos cânticos de luz e esperança de Rabindranath Tago-re escrito através do médium exemplar Divaldo Franco:21 XAVIER, Francisco C. Caminho, verdade e vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 17ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1997. Cap.: 157, p. 329-330.22 Lucas 9:2323 FRANCO, Divaldo P. Aos espíritas. Organizado por Álvaro Chrispino. Salvador, BA: Leal. 2005. Cap.: 15, p. 81

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Sugestões bibliográficas Estas indicações de livros para tema geral: O Celeste Roteiro, contemplam suas três abordagens: Nas trilhas de Jesus, A verdade que liberta, Vida em abun-dância.

• KARDEC,Allan.O evangelho segundo o espiritismo. Cap. VI, itens 5 a 8

• XAVIER,FranciscoC.,VIEIRA,Waldo.O espírito da verdade. Diversos. Cap.: 21, 40, 54, 61, 71, 76, 89, 94, 100• ________.A vida escreve. Hilário Silva. Cap.: 7, 27

• XAVIER,FranciscoC.Fonte viva. Emmanuel. Cap.: Introdução, 77, 79, 113, 121, 152, 172, 173• ________.Vinha de luz. Emmanuel. Cap.: 1, 175, 176• ________.Caminho, verdade e vida. Emmanuel. Cap.: Introdução, 16, 21, 22, 41, 157• ________.Pão nosso. Emmanuel. Cap.: Introdução, 61, 62, 73, 180• ________.Encontro marcado. Emmanuel. Cap.: 57, 60• ________.Religião dos espíritos. Emmanuel. Cap.: Na hora da crise, Jesus e atualidade• ________.Contos e apólogos. Irmão X. Cap.: 21

• FRANCO,DivaldoO.Lampadário espírita. Joanna de Ângelis. Cap.: 6, 8, 43• ________.Messe de amor. Joanna de Ângelis. Cap.: 1, 14, 46, 59• ________.Dimensões da verdade. Joanna de Ângelis. Cap.: Ao chamado do Cristo• ________.Celeiro de bênçãos. Joanna de Ângelis. Cap.: 13

• TEIXEIRA,Raul.Nossas riquezas maiores. Diversos. Cap.: 2, 32• ________.Vozes do infinito. Diversos. Cap.: 18, 25, 29, 39, 41• ________.Revelações da luz. Camilo. Cap.: 21

Ao lado, portanto, de qualquer terapia prescrita, seja a ora-ção a de maior significado e a mais simples a ser utilizada.

Joanna de ÂngelisO problema não é apenas de saber. É o de reformar-se cada um para a extensão do bem .

Emmanuel

Lembretes oportunos:

Enquanto longe Te buscava jamais Te encontrei.

Ao perguntar aos bosques, o farfa-lhar das folhas apavorava-me.

Ao indagar ao arrozal, trêmulo este dobrava o dorso, quedando-se silencio-so.

Inquirindo às águas cantantes do ria-cho, despencavam-se ligeiras, aparen-tando não me ouvir.

Examinei a terra, perguntei às gentes e tudo me pareceu indiferente...

... Um dia examinei minha alma e lá encontrei-Te, enfim.24

24 FRANCO, Divaldo P. Filigranas de luz. Ditado pelo Espírito Rabindranath Tagore. 3ed. Salvador, BA: Leal. 1986. Cap.: 54, p. 88

Rabindranath Tagore

Irmãos e irmãs, que foram felici-tados com a luz do Espiritismo nas próprias vidas, urge o tempo, é hora de nos aplicarmos ao estudo, a fim de que a alegria que já é sen-tida nos diversos afazeres, mes-mo que falte o necessário saber, possa ampliar-se ao infinito, com a consciência das suas razões, que o conhecimento das arrebatado-ras lições da Doutrina Espírita é capaz de proporcionar. Servidores atentos, que desejamos ser, dessa Mensagem que se faz manancial e farol, orientando e libertando, di-rijamos a nossa visão e o nosso entendimento para o seu conteúdo excelente.

É preciso aprender!

Camilo

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ENcarTe

CINQUENTA ANOS DEPOIS: Somente os séculos de trabalho e dor poderão anular os séculos de egoísmo, orgulho e ambição que nos conduziram à iniquidade!

Passados cinquenta anos de sua trajetória como o senador Pu-blius Lentulus, o Espírito Emmanuel retorna à existência terrena em uma realidade totalmente diferente da anterior. Como o es-cravo Nestório, o autor espiritual vivencia a lei de causa e efei-to e reencontra alguns personagens apresentados no livro Há dois mil anos, enquanto percorre um caminho de aprendizado sobre orgulho e vaidade, sob sincera misericórdia do Senhor.A psicografia do médium Francisco Cândido Xavier apresenta ainda a história da jovem Célia, mulher de coração sublime que

vivenciou as lições de Jesus de maneira profunda e intensamente influenciou Nestório com exemplos de humildade e calma em pleno Cristianismo nascente do século II.

MINHA FAMÍLIA, O MUNDO E EU: Assumindo a postura ora de moderno e amadurecido pensador, de psicólogo social e de sociólogo, ora de um pai e de experiente educador, eis o Benfeitor Camilo a nos trazer às reflexões ângulos importantes sobre a nossa relação familiar. Nesta obra, o Espírito tange com profundidade e simplicidade algumas das mais usuais situações-problema que eclodem no lar, que exigem sérias e delicadas considerações, tais como: o número de filhos, a educação escolar dos filhos, filhos homos-sexuais, o casal e sua sexualidade, as separações conjugais dentre várias outras. Em Minha família, o mundo e eu, acharemos um surpreendente e bonito presente do Mundo Superior, que Camilo converte em páginas de lucidez e beleza, para que tenhamos um apoio a mais no trato dos variados desafios da nossa família humana.

TRILHAS DA LIBERTAÇÃO: Esta é mais uma importante leitura para os que se dedicam ao estudo da obsessão. Manoel Philomeno de Miranda, Espírito profundamente conhece-dor desse fenômeno, tem nos oferecido obras de grande valor, informativas e esclare-cedoras sobre o assunto.Neste livro é apresentada, defendida e detalhada a posição da Medicina holística, que trata o homem em seu todo: corpo material, mas, acima de tudo, um ser espiritual.

Tratando do fenômeno obsessivo, são narrados três casos de ob-sessão, que se desenrolam concomitantemente, sendo um deles a temática central no desenvolvimento da obra – um médium curador que usava mal suas condições mediúnicas.Mostra, ao mesmo tempo, uma luta travada com as forças do mal que procuram atuar junto aos médiuns trabalhadores de uma Casa Espírita, aproveitando-se das fraquezas de cada um, visando à de-sorganização dos trabalhos do bem e à promoção do caos total, com a consequente desmoralização dos trabalhos dos benfeitores espirituais. A obra detalha, passo a passo, todas as medidas da

Espiritualidade superior para conseguir o seu objetivo maior: a conversão ao bem de uma entidade tida como um dos ministros do gênio do mal, testemunhada pelo grande séquito que o acompanhava.Há, no livro, lições de grande profundidade, tanto no que diz respeito à obsessão, como as relacionadas com a prática mediúnica.

As Cartas Psicografadas por Chico Xavier é um filme de conversas e silêncio. Mães e pais que perderam filhos, procuraram Chico, receberam cartas. Sentimentos, lem-branças, imagens da falta de alguém. A procura por alento para a dor sem nome. As palavras chegam em papel ma-nuscrito. As cartas são lidas. Sobreviver a isso, viver ainda assim. As cartas são os elos entre mães e filhos, entre Chico e essas mães e seus filhos, entre o público e o filme.

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Muito obrigado Senhor!Muito obrigado pelo que me deste.Muito obrigado pelo que me dás.

Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.Muito obrigado pela beleza que os meus olhos veem no altar da natureza.Olhos que fitam o céu, a terra e o marQue acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anilE se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado Senhor!Porque eu posso ver meu amor.Mas diante da minha visãoEu detecto cegos guiando na escuridãoque tropeçam na multidãoque choram na solidão.

Por eles eu oro e a ti imploro comiseraçãoporque eu sei que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!

Que ama, que ensina, que alfabetiza,Que trauteia uma cançãoE que o Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodiaEu quero rogar pelos que sofrem de afazia.Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.Oro por elesPorque eu sei, que depois desta prova, na vida novaEles cantarão!

Obrigado Senhor!Pelas minhas mãosMas também pelas mãos que aramQue semeiam, que agasalham.Mãos de ternura que libertam da amarguraMãos que apertam mãosDe caridade, de solidariedadeMãos dos adeusesQue ficam feridasQue enxugam lágrimas e dores sofridas!

Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!Pelas mãos que atendem a velhiceA dorO desamor!Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!

Obrigado Senhor!Porque me posso movimentar.Diante do meu corpo perfeitoEu te quero rogarPorque eu vejo na TerraAleijados, amputados, decepados,

paralisados, que se não podem movimentar.

Eu oro por elesPorque eu sei, que depois desta expiaçãoNa outra reencarnaçãoEles também bailarão!

Obrigado por fim, pelo meu Lar.É tão maravilhoso ter um lar!Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for.

Que dentro dele, exista a figurado amor de mãe, ou de paiDe mulher ou de maridoDe filho ou de irmãoA presença de um amigoA companhia de um cãoAlguém que nos dê a mão!

Mas se eu a ninguém tiver para me amarNem um teto para me agasalhar,nem uma cama para me deitarNem aí reclamarei.Pelo contrário, eu te direi

Obrigado Senhor!Porque eu nasci!Obrigado porque creio em tiPelo teu amor, obrigado senhor!

Amélia Rodrigues

Muito obrigado Senhor!Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiroA melodia do vento nos ramos do olmeiroAs lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedirPorque eu seiQue depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!

Obrigado pela minha vozMas também pela sua vozPela voz que canta

POEMA DA GRATIDÃO

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Akrit Jaswal nasceu em 23/04/1993, numa família pobre Rajput da cidade de Himachal Pradesh, na índia. Desde a sua infância, Akrit demonstrou habilidades incomuns: começou a falar no 10° mês de idade; aos 2 anos de idade começou a escrever e a ler, apenas olhando as pági-nas dos livros; começou a ler avidamente tudo o que chegava as suas mãos; aos 5 anos começou a ler livros de poesia e pe-ças de Shakespeare; depois desenvolveu uma paixão precoce por livros de Medici-na, Anatomia e Cirurgia.

Os professores da sua Aldeia desco-briram que Akrit possuía a formidável ca-pacidade da memória fotográfica, jamais esquecia nada e possuía uma voracidade

fantástica em aprender cada vez mais. Aos 6 anos, fazia discursos altamente comple-xos sobre temas de Medicina, Biologia e Cirurgia, e debatia com médicos adultos qualquer tipo de tema ligado à Ciência Médica.

Ele memorizou de cabeça dezenas de tratados médicos de medicina, anatomia, fisiolo-gia e cirurgia, que são difíceis de ler até mesmo para os Espe-cialistas veteranos destas áre-as!

Akrit solicitou e obteve uma autorização especial para acompanhar e assistir às Cirurgias feitas no Hospital de Himachal.

Aos 7 anos de idade tornou-se o ci-rurgião mais jovem do mundo, quando a família de uma menina da sua aldeia soli-citou a sua ajuda para realizar uma cirur-gia. A Menina havia sofrido um aciden-te e queimado os dedos, que acabaram colando uns nos outros; Akrit apiedou-se da menina e realizou uma Cirurgia extre-mamente bem-sucedida, que foi filma-da e surpreendeu os médicos de todo o Mundo.

Tornou-se uma celebridade em toda a

índia, e os cien-tistas começa-ram a realizar tes-tes em Akrit para desvendar os se-gredos da sua in-teligência... e ele espantou a todos ao obter o grau 146 de QI no seu primeiro teste!

Foi convida-do pelo Governo Hindu para es-tudar na Punjab University aos 11 anos de ida-de, em 2004.

Akrit logo demonstrou outros poderes, como o dom de Curar as pessoas apenas colocando as mãos sobre os seus feri-mentos, que ele diagnostica instantane-amente as causas, graças à sua Memória Fotográfica que identifica os sintomas psicobiofísicos de qualquer enfermidade,

apenas olhando de relance os pacientes.

Hoje, ele é estudante da Universidade de Harvard nos EUA onde está no 2º ano de um curso de Bacharelado em Zoologia e Botânica; ao mesmo tempo continua

com seus estu-dos autodidáti-cos sobre Me-dicina e outras áreas da Saúde.

O Sonho de Akrit é encontrar a Cura definitiva para o Câncer e a AIDS, pois ele declara em suas palestras que já possui milhares de ideias extre-mamente criati-vas para a reno-vação completa da Medicina atu-

al e para o Tratamento do Câncer.

Akrit surpreendeu o mundo todo ao dizer no programa televisivo da apresen-tadora Oprah que, com sua superinteli-gência, ele leu todos os tratados atuais de Oncologia e descobriu as falhas e limi-tações da atual pesquisa do Câncer; afir-

mou que ele possui a solução do Problema e que pode criar novos remédios e novas tecno-logias de tratamento oncológi-co, mas que para isso precisa antes formar-se oficialmente como Médico e criar um centro filantrópico de estudos, para tratar gratuitamente os milha-res de doentes da Índia. Com estas afirmações, tornou-se instantaneamente uma cele-bridade nos EUA, conseguindo grandes doações e apoios para as suas pesquisas.

Akrit é reconhecido hoje como um verdadeiro avatar da

medicina na Índia, é visto como um gran-de mahatma que encarnou na matéria para revolucionar completamente a Me-dicina.

Aos 7 anos, o mais novo cirurgião do mundo

Akrit operando aos 7 anos de idade

Akrit sendo entrevistado por Oprah Winfrey