requalificação da estação ferroviária de ituverava - sp

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  • LUDIMILA BUGALHO CATROQUI

    REQUALIFICAO DA ESTAO FERROVIRIA DE ITUVERAVA SP

    Projeto de pesquisa apresentado ao Centro

    Universitrio Moura Lacerda para o cumprimen-

    to das exigncias parciais para a obteno do

    ttulo de bacharel em Arquitetura e Urbanismo

    sob a orientao do prof Domingos Guimares.

    Ribeiro Preto

    2013

  • LUDIMILA BUGALHO CATROQUI

    REQUALIFICAO DA ESTAO FERROVIRIA DE ITUVERAVA - SP

    Orientador: ________________________________________

    Nome:

    Examinador 1: ________________________________________

    Nome:

    Examinador 2:________________________________________

    Nome:

    RIBEIRO PRETO, __/__/___

  • Dedico este trabalho a todas as pessoas que de alguma for-

    ma promovem o bem para a sociedade e o meio em que vivem,

    buscando sempre o conhecimento e o desenvolvimento das

    cidades, colocando em primeiro lugar a qualidade de vida e a

    concientizao de seus cidados.

  • Agradeo primeiramente a Deus, que me proporcionou

    esta oportunidade de realizar meu sonho de fazer a faculdade de

    arquitetura e urbanismo o qual trouxe realizao minha vida, em

    virtude das conquistas alcanadas e do conhecimento adquirido.

    Aos meus pais que sempre me apoiaram, se dedicaram para

    que esta misso fosse at o m, independente de todos os proble-

    mas que tive ao longo do curso, estes nunca me abandornaram.

    Ao Gustavo, meu namorado, pela pacincia, pelo amor incon-

    dicional, pela amizade e compreenso durante todo esse tempo.

    Agradeo aos meus colegas de curso, que ao longo do

    tempo compartilharam todo o estresse de trabalho e provas, o

    que nos uniram como uma familia e que jamais me esquecerei.

    Aos meus professores que zeram chegar aonde che-

    guei, a todas as discusses que foram necessrias para che-

    gar a um consenso, especialmente ao Domingos, meu orien-

    teador, pela dedicao oferecida.

    En m, dedico este trabalho a todas as pessoas que no

    acreditavam no meu potencial, que no acreditavam que eu era

    capaz de passar por todos os problemas de quem vive fora,

    sozinha, mas eu tive fora e f e hoje alcancei meu objetivo.

  • " A maior recompensa para o trabalho do homem no o que

    ele ganha com isso, mas o que ele se torna com isso."

    John Ruskin

  • SUMRIO

    Captulo 1_ INTRODUO 1.1 Introduo _p.11

    1.2 Objetivos _p.14

    1.3 Justi! cativa _p.15

    1.4 Procedimento _p.16

    Captulo 2_ SINTESES TERICAS FUNDAMENTAIS 2.1 A consagrao do monumento histrico _p.19

    2.2 A inveno do patrimonio urbano _p.20

    2.3 A transformao dos conceitos de moderni-

    zao e preservao: construindo a conservao urbana _p.21

    2,4 Relao dos textos com o projeto _p. 22

    Captulo 3_CARACTERIZAO FSICA E MORFOLGICA 3.1 Localizao da cidade _p.25

    3.2 Histrico _p.26

    3.3 Situao atual _p.26

    3.4 Equipamentos da cidade _p.27

    3.5 rea de interveno _p.28

    3.6 Per! l Scio cultural _p.29

    3.7 Macrozonemaneto _p.30

    3.8 Uso e ocupao do solo _p.31

    3.9 Gabarito _p.32

    3.10 Hierarquia fsica e visica funcional _p.32

    3.11 Vegetao _p.33

    3.12 Dados climticos e ambientais _p.33

    3.13 Estudo de insolao _p.34 3.14 Topogra! a _p.35

    3.15 Linhas de Onibus _p.36

    Captulo 4_LEITURAS PROJETUAIS 4.1 Programa de preservao da es-

    tao So Joo Del Rey e Tiradentes MG _p.39

    4.2 Estao Frrea de Ouro Preto_p.42

    4.3 Revitalizao da estao da luz e seu entor-

    no _p.44

    4.4 Museu asas de um sonho - tam em so car-

    los - sp_p.45

    4.5 estao das docas, o porto de Belm _p.46

    Captulo 5 _ESTUDO DE CASO 5.1 Histrico_p.49

    5.2 Planta Ed. Principal_p.54

    5.3 Planta Ed. Anexas _p.55

    5.4 Planta Armazem Anexo_p.56

    5.5 Planta Plataforma Embarque _p.57

    Captulo 6 _PROPOSTA 6.1 Desenvolvimento proposta_p.59

    6.2 Programa Necessidades_p.60

    6.3 Plano de massas _p.60

    6.4 Fluxiograma_p.61

    6.5 Desenvolvimento projeto_p.62

    CONSIDERAES FINAIS_p.76

    REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS_p.77

  • 1 1

    1.1 INTRODUO

    Este estudo tem o objetivo de desenvolver um projeto

    de requali! cao para a estao ferroviria do municpio de

    Ituverava - SP e seu entorno, tendo como principal premissa a

    conservao do seu patrimnio histrico tangivel e intangivel,

    econmico e cultural.

    Propomos um novo uso para a edi! cao patrimonial,

    sede da estao ferroviria, a reurbanizao de seu entorno,

    partindo do pressuposto que o lazer, entretenimento e cultu-

    ra atendero a populao da cidade e regio

    O fator principal da interveno ser integrar a arqui-

    tetura existente com as novas modi! caes propostas, com

    isto os novos usos sero analisados para que sejam implanta-

    dos adequadamente conforme a necessidade dos habitantes

    da cidade, turistas e visitantes. Assim o projeto contempla

    aspectos urbansticos, paisagsticos e arquitetnicos favor-

    veis para a regio, incentivando a participao da populao

    na preservao da sua histria e conservao do seu patrim-

    nio histrico e cultural.

    Maia (2009 p. 16) cita Kuhl (1998) para esclarecer que:

    As estaes e seus caminhos de ferro modi! -caram o cotidiano de seu entorno e incentiva-ram o processo de urbanizao da regio em

    que se inseriram. Essas edi! caes no devem ser dissociadas de seu conjunto e do seu pro-cesso de industrializao, pois demarcaram territrios. A recuperao do patrimnio fer-rovirio propicia relaes entre as dimenses industriais da vida econmica e social de uma poca.

    A anlise fundamental da pesquisa a requali! cao

    do local e da edi! cao existente sendo que a degradao

    foi gerada pelo abandono do patrimnio histrico existente.

    No caso estudado, a estao ferroviria e o seu entorno so

    testemunhas de uma fase historica e arquitetnica marcadas

    pela importao de estilos de edi! caes ferrovirias Inglesas

    integradas com o estilo regional brasileiro devido ao clima di-

    ferente e de materiais trazidos do exterior, como as telhas

    francesas, j que estas o Brasil no produzia. O abandono

    normalmente gerado pela expanso descontrolada da cida-

    de, onde antigos centros so esquecidos e apenas valoriza-se

    o que novo. Este abandono tambm acontece dado a falta de

    polticas culturais integradas com a realidade e a identidade

    da cidade.

    Segundo Brasil (2010. No paginado)

    As ferrovias repercutiram na vida econmica social, poltica e militar, com a evoluo dos transportes os trilhos foram esquecidos, suas reas entraram em decadncia e as estaes desativadas

  • 1 2

    Carrara (2008, p. 18, grifo nosso) aborda que: Para os

    Paulistas embora as estradas de ferros tivessem como fun-

    o principal o transporte de produtos voltados exportao,

    acabaram facilitando tambm a locomoo da populao.

    Alguns pensadores, como Ruskin, levavam em conta que

    a restaurao seria a destruio mais completa que um edif-

    cio poderia sofrer, isto seria um atentado a autenticidade da

    obra. Outros como Viollet Le Duc, tinham uma doutrina inter-

    vencionista a qual defende uma restaurao ! el em nome da

    ! delidade histrica. Camilo Boito, citado por Gusso (2008,

    p. 21), diz: A restaurao s deve ser feita em ltimo caso,

    quando todos os outros meios de salvaguarda fracassarem,

    como manuteno, consolidao, consertos imperceptveis.

    Ao analisar estes pensadores tomamos por base a res-

    taurao do patrimnio sem que este perca sua autenticidade,

    sendo que este no seja uma cpia mal feita do original. Deve-se

    deixar em evidncia o que era passado e o que foi revitalizado.

    Segundo Meneses citado por Carrara (2008, p. 13):

    Exilar a memria no passado deixar de entend-la como fora viva do presente. Sem memria, no h presente humano, nem to pouco futuro. Em outras palavras: a memria gira em torno de um dado bsico de fenmeno humano: a mudana. Se no houver memria, a mudana ser sempre fator de alienao e desagregao, pois inexistiria uma plataforma de referncia e cada ato seria

    uma reao mecnica, uma resposta nova e solitria a cada momento, um mergulho do passado esvaziado para o vazio do futuro. a memria que funciona como instrumen-to biolgico cultural de identidade, conservao, desen-volvimento, que torna legvel o " uxo de acontecimentos.

    Muitas vezes preservar se confunde com estagnar, mu-

    mi! car, muitas cidades como Londres e Veneza provam o con-

    trrio, estas cidades mantm as construes em uso adap-

    tando-se somente um novo programa conforme a necessidade.

    Com isso o imvel se valoriza, assim como o seu entorno.

    Kuhl (1998, p. 176) citado por Gusso (2008, p. 18), diz:

    A prtica de intervir em edi! caes de pocas prece-

    dentes bastante antiga e, apesar de existirem alguns

    casos de restaurao, entendida como procedimentos

    voltados a transmisso de bem para geraes futuras,

    a era moderna deu a esse termo um novo signi! cado.

    Cada perodo e cada localidade tiveram uma maneira

    prpria de se relacionar com seu passado, ligando-se a

    ele ou renegando-o.

    Muito h de se estudar sobre o nosso patrimnio his-

    trico, e o que o levou a ! car to degradado, aplicar-se- uma

    pesquisa a populao para este entendimento e para que a

    requali! cao destas reas no seja em vo.

    Dados levantados indicam que a estao ferroviria de Itu-

    verava foi criada em torno de 1903 e desativada em 1979, desde

    ento sofreu vrias degradaes, como o roubo das suas telhas

    que vieram da Frana e o incndio no ano de 2003. Apesar de

  • 1 3

    toda degradao a estao ainda preserva o nico trecho ori-

    ginal que interligava Ituverava a Igarapava, os trilhos foram

    mantidos e transformados em um desvio industrial.

    O prdio pertence a Rede Ferroviria Federal Sociedade

    Annima (RFFSA) e se encontra lacrado, pois, a Prefeitura de

    Ituverava resolveu fechar todas as portas da velha estao

    com alvenaria para evitar que moradores de rua a utilizassem

    como moradia.

    Hoje o maior fator para seu abandono sua localizao,

    por estar afastada do centro econmico comercial da cidade,

    sua rea esta degradada e deteriorada, um de seus antigos

    galpes virou o! cina mecnica de locomotivas da empresa FCA

    e o outro se encontra lacrado junto ao edifcio principal. As

    casas prximas a estao que ! cam a beira da linha do trem ,

    pertencentes aos trabalhadores da mogiana, esto ocupadas

    irregularmente e sofreram modi! caes em suas fachadas,

    como, o fechamento das janelas que tinham vista para a linha

    frrea e esto se deteriorando gradativamente com o passar

    do tempo. como se a rea no pertencesse a cidade, o pr-

    prio Cristo Redentor est de costas para a estao ferroviria,

    toda esta degradao cultural foi gerada pelo poder pblico da

    cidade, pois, no se interessaram a revitalizao da mesma.

    Muito h de ser feito, um projeto de revitalizao da rea e

    restaurao do edifcio, propor uma reintegrao da rea fer-

    roviria com a cidade e sua populao. Tendo em vista que

    se mantenha a parte histrica original e que a revitalizao

    proposta consiga se distinguir desta, para que no promova

    um falso histrico. Utilizar-se- dos seus trilhos ainda ativos

    para um museu itinerante, ou seja, dos seus bens mveis,

    pois, estes esto jogados ao tempo sofrendo todos os intem-

    pries naturais e vandalismo, assim como a divulgao dos

    seus bens imateriais j esquecido pela populao ituveraven-

    se.

  • 1 4

    1.2 OBJETIVOS

    O objetivo geral apresentar um projeto de restau-

    rao para a sede da estao ferroviria de Ituverava - SP

    e a requali! cao do seu entorno indicando novos usos con-

    dicentes ao seu carter de Patrimnio Histrico e Cultural,

    reintegrando-a novamente a cidade e sua populao.

    Os objetivos espec! cos de pesquisa so:

    Analisar as condies atuais do local;

    Descrever as problemticas da rea e propor m-

    todos e solues para a rea requali! cada sem interferir

    na vida cotidiana da populao;

    Propor programas e usos adequados as edi! ca-

    es;

    Pesquisar quais as atividades se encaixam me-

    lhor para a populao da cidade e regio;

    Gerar com a restaurao um novo ponto tursti-

    co, econmico para a cidade;

    Propor uma integrao entre as edi! caes exis-

    tentes com a nova edi! cao proposta.

  • 1 5

    1.3 JUSTIFICATIVA

    O tema escolhido revitalizao e restaurao em rela-

    o importncia acadmica tm como base gerar um estu-

    do, criar identidade, valorizao da histria e sentimento de

    pertencimento em funo da sua requali! cao quanto o seu

    patrimnio histrico e cultural, tendo feito todo um levanta-

    mento rigoroso para que no haja um falso histrico e que

    para este seja reintegrado ao cotidiano da comunidade. Alm

    de que este ajuda a demonstrar a necessidade de novos equi-

    pamentos e desenvolvimentos de atividades ligadas a cultura,

    turismo e lazer.

    Destaca a importncia da revitalizao e os seus re-

    sultados positivos abordando o quo importante um bom

    gerenciamento da urbanizao para que estes locais no se

    tornem espaos ociosos, abandonados e degradados.

    O projeto tem a importncia prtica da pesquisa tem o

    objetivo de demonstrar os aspectos que devem ser conside-

    rados para a elaborao de uma revitalizao e restaurao.O

    projeto proposto em sua base prope o respeito memria da

    edi! cao em questo.

    Sendo que, devem ser levados em considerao alguns

    fatores como delimitao da rea, seus aspectos histricos,

    fsicos, sociais, econmicos, culturais e outras particularida-

    des do local, como a participao da sociedade para a preser-

    vao da sua histria assim como o poder pblico.

    Contudo o estudo proposto do local propiciar que este

    volte a ser integrado a vida da populao, modi! cando o coti-

    diano e o comportamento da mesma quanto a preservao do

    local, isto viabilizaria para que no ocorra novamente um outro

    abandono e degradao da rea ferroviria e de seu edifcio.

    Com a requali! cao do local, a cidade passar a ter

    mais uma rea turstica e com isso aumentar suas ativi-

    dades econmicas e gerar parcerias pblicas e privadas

    para que este se mantenha com seu devido funcionamento.

  • 1 6

    1.4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    Ser utilizada uma pesquisa descritiva para o projeto de

    revitalizao da estao ferroviria de Ituverava-SP e seu en-

    torno, pois, esta deve apresentar uma descrio detalhada do

    conjunto arquitetnico e urbanstico. Ao abranger a pesquisa

    necessita-se de uma grande disparidade de imagens as quais

    mostram o estado real em que a rea estudada se encontra.

    Em uma segunda etapa ser elaborada uma pesquisa

    com auxlio bibliogr! co de livros, dissertaes de mestrado,

    artigos cient! cos, revistas e internet. Aprimorando o conhe-

    cimento de como revitalizar uma rea sem que esta perca

    sua caracterstica histrica, Necessitar de uma pesquisa

    documental da FEPASA, MOGIANA, RFFSA esta levantar as

    informaes histricas e importantes sobre o local.

    Para que o projeto se desenvolva, realizar-se- um

    estudo de caso,atravs de uma observao sistemti-

    ca tanto na edi! cao da Estao ferroviria como no seu

    entorno,assim como um estudo de campo sendo que este

    tem como objetivo compreender as necessidades dos mo-

    radores para que a revitalizao seja muito bem plane-

    jada e tudo ocorra como planejado. Sendo que este es-

    tudo garante que haja uma melhor compreenso da rea

    estudada, analisando todos os fatores que levaram a este de-

    senvolvimento de degradao, assim como uma questionrio

    aplicado a populao local as quais respondero questes de

    mltipla escolha, as quais aps analisadas elencaro os pon-

    tos mais positivos sobre os novos usos a serem implantados.

    Os projetos de referncia tm como ! nalidade ser uma

    fonte de pesquisa para serem analisados a forma como estes

    foram implantados, independente de a situao desta refe-

    rencia esteja melhor ou pior do que na rea proposta. Assim

    sendo, os projetos de edi! caes no necessariamente tero

    o mesmo uso que ser proposto pelo projeto de revitalizao

    da estao ferroviria de Ituverava, Adotar-se- o manual do

    restauro cedido pelo IPHAN para o levantamento correto do

    edifcio a ser restaurado.

    Softwares como AutoCad, Sketchup, Artlants para

    a criao do projeto digital, assim como PowerPoint, Excel,

    Word para a montagem das pesquisas.

  • 1 9

    A pesquisa de fundamentao terica tem como obje-

    tivo o profundo conhecimento acerca do tema em questo do

    presente trabalho, buscando a compreenso do objeto de es-

    tudo para a consequente realizao da proposta de projeto.

    2.1 A CONSAGRAO DO MONUMENTO HISTRICO (1820-

    1960)

    A herana cultural, ameaada pela deteriorao e caos

    urbanos, exige que se concentrem esforos em sua guarda e

    proteo para preserv-la como referncia de sua existncia.

    O monumento histrico encontra sua faze de consa-

    grao na dcada de 1960, mais especialmente em 1964

    data da redao da Carta de Veneza o qual se tratava so-

    bre a proteo dos monumentos histricos aps a segunda

    guerra mundial, com isto o monumento ganha um status de

    hierarquias de valores o qual este monumento investido,

    incluindo suas delimitaes, espaos temporais, seu esta-

    tuto jurdico e seu tratamento tcnico, estas hierarquias

    surgiram por conta da revoluo industrial e seu processo

    de transformao.

    Segundo Choay (2006, p. 127)

    A revoluo industrial como processo em desenvolvi-

    mento planetrio dava, virtualmente, uma dimenso

    universal ao conceito de monumento historico aplicvel

    em escala mundial, como processo de irremedivel, a

    industrializao do mundo contribuiu por um lado para

    generalizar e acelerar o estabelecimento de leis vi-

    sando proteo do monumento histrico e, por ou-

    tro, para fazer da restaurao uma disciplina integral,

    que acompanha os progressos da historia da arte.

    Com esta anlise, tem-se a viso de que se a cons-

    truo sobreviveu aos ! ns para que foram criadas e a ne-

    cessidade de adapta-las gera um sentido de continuidade e

    permanncia. At o sculo XIX pode-se dizer que seus espa-

    os urbanos eram citados atravs dos monumentos e simbo-

    los, a historia da arquitetura ignora a cidade, segundo Choay

    (2006, p. 179): A converso da cidade em objeto de conhecimento foi motivada pela transformao do espao urbano que se seguiu da revoluo industrial, a cidade an-tiga se torna objeto de investigao.

    Muitos contrapontos existem entre os historiadores

    arquitetos, como no caso de Ruskin e Sitte, Ruskin prioriza

    uma reurbanizao onde a cidade antiga se torna absoleta a

    qual constitui uma ! gura histrica original que requer re" exo,

    Choay sita (2006, p.181) Para Ruskin sacrilgio tocar nas

    cidades da era pr industrial, ns devemos continuar a hab-

    talas, elas so garantiaa da nossa identidade.

    Segundo Sitte as cidades histricas possuem uma te-

    oria racional, mas que na verdade possuem uma intemporalida-

    de, ou seja, deviam ser preservadas mas no adaptadas para a

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  • 2 0

    vida cotidiana, anexos deveriam ser criados para suprir esta

    nova necessidade, sem que causasse um falso histrico.

    Segundo Ruskin citado por Choay no livro Alegoria do

    Patrimonio (2006, p.139) Ns podemos viver sem a arquitetura, ado-rar nosso Deus sem ela, mas sem ela no po-demos nos lembrar, assim como o autor de as pedras de veneza sita que a arquitetura o nico meio que dispomos para conservar vivo um lao com um passado ao qual devemos nossa identidade, e que parte do nosso ser

    Livro Alegoria do Patrimonio, Choay (2006, p. 149)Querer e saber tombarmonumentos uma coisa. Saber conserv-los ! sicamente e res-taura-los algo que se baseia em outros tipos de conhecimento. Isso requer uma prec! ca e pessoas especializadas, os arquitetos dos monumenntos histricos, que o sculo xix precisou inventar.

    Toma-se por base segundo Choay (2006, p.158) Urm edifcio s se torna histrico quando se considera que ele pertence ao mesmo tempo a dois mundos: um mundo presente, e dado ime-diatamente, e o outro passado e inapreensivel

    2.2 A INVENO DO PATRIMNIO URBANO

    Numerosos fatores contriburam para retardar de uma

    s vez a objetivao e a insero do espao urbano numa pers-

    pectiva histrica, de um lado, sua escala, sua complexidade,

    a longa durao de uma mentalidade que identi! cava a cidade

    a um nome, a uma comunidade, a uma genealogia, a uma his-

    tria de certo modo pessoal, mas que era indiferente ao eu

    espao; de outro, a ausncia, antes do inicio do sculo xix, de

    cadastros e documentos cartogr! cos con! veis, a di! cul-

    dade de descobrir arquivos relativos aos modos de produo

    e as transformaes do espao urbano ao longo do tempo.

    Hoje, assiste, no entanto a um " orescimento de tra-

    balho sobre a morfologia das cidades pr-industriais e das

    aglomeraes da era industrial. Esse movimento foi impul-

    sionado pelos estudos urbanos de que devemos ressaltar

    o papel que desempenharam na gnese de uma verdadeira

    histria do espao urbano.

    Os primeiros a considera-la em perspectiva his-

    trica e a estuda-la segundo os mesmos critrios que

    as formaes urbanas contemporneas, so os fun-

    dadores (arquitetos e engenheiros) da nova discipli-

    na, qual Cerd d o nome de urbanismo. O mesmo au-

    tor prope a primeira historia geral e estrutural da cidade.

    A Noo de patrimnio urbano histrico consti-

    tuiu-se na contramo do processo de urbanizao do-

    minante. Ela o resultado de uma dialtica da his-

    tria e da historicidade que se processa entre trs

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    ! guras (ou abordagens) memorial, histrica e historial.

    Sendo que a ! gura memorial leva em conta um objeto

    patrimonial como a ! gura histrica que leva uma papel prope-

    dutico em que a cidade antiga se torna obsoleta e nem por

    isso deve deixar de ser constituda em uma ! gura histrica

    original, onde a antinomia entre passado, historial e histrico

    possvel desde que haja uma anlise morfolgica.

    Assim como a cidade antiga de uma forma museal,

    ameaada de desaparecimento concebida como um objeto

    raro, frgil, precioso para a arte e para a histria mas esta

    tornando-se histrica perdeu-se sua historicidade

    2.3 A TRANSFORMAO DOS CONCEITOS DE MODER-

    NIZAO E PRESERVAO: CONSTRUINDO A CONSER-

    VAO URBANA.

    O Conceito de modernizao carrega a ideia de des-

    truio das reas antigas construdas por novas e moder-

    nas formas. Baseia-se na experincia europeia da segunda

    metade do sculo xix onde tudo foi devastado por uma ideia

    higienista.

    Riegl criou artigos com poucos resultados prticos

    at ento sobre a preservao no momento de preservao,

    disto surgiu o conceito da conservao integrada ao desen-

    volvimento urbano, conservao urbana, conceito que esta

    diretamente ligado ao processo de construo do pensamen-

    to no que diz respeito restaurao e preservao.

    Apenas no sculo XX que a cidade passa a ser per-

    cebida como um objeto patrimonial e os conjuntos urbanos

    comeam a ganhar destaque.

    Primeiramente tem-se o processo de valorizao do

    monumento isolado e em seguida a preocupao com o mo-

    numento e o contexto no qual este est inserido e aps este

    processo o conjunto urbano como monumento.

    Esta transformao do pensamento preservacionista

    gera o conceito de conservao urbana, no negando a cida-

    de a necessidade de transformao, sendo que esta que d

    vida a cidade. Preservao gera o ideia de limitao de mu-

    dana sendo que conservao diz respeito a inevitabilidade

    da mudana e a gesto dessa mudana, se tratar as reas

    histricas como parte integral da cidade, a palavra revitali-

    zao no precisar ser utilizada.

    Tem-se visto que a conservao um problema fun-

    damentalmente cultural, culturas essas que devem ser

    estudadas e compreendidas, problema cultural em rela-

    o a comunicao com outros membros da sociedade,

  • 2 2

    ou seja o homem o foco principal da conservao.

    No Brasil o perodo compreendido entre o ! nal do scu-

    lo xix e inicio do xx marcado por uma concepo moderniza-

    dora que no se leva em conta nenhuma concepo conser-

    vacionista, mas nos dias atuais observou-se que existe uma

    conscincia cultural e histrica dessas reas o qual contribui

    para a conservao e isso gera um padro moderno o qual

    coloca essas reas com uma atrao de negocio e turismo.

    Segundo Vieira (2008, p. 72) A preservao ento deixa de ser sinnimo de congelamento e passa a buscar a insero das reas histricas na dinmica urbana. Pas-sa a se falar de conservao urbana, cujo ob-jetivo exatamente buscar a possibilidade de transformao sem abdicar da preservao, estabelecendo os limites necessrios.

    Modernizao que se adapta aos novos tempos mas

    que se detm de valores patrimoniais. Sendo que o termo

    modernizar se difere bastante do inicio do sculo XX o qual

    signi! ca arrasar com o passado enquanto que no ! nal do

    sculo XX passa a signi! car preservar os edifcios histricos

    culturais e ao mesmo tempo promover uma vitalidade econ-

    mica para rea, ou seja adaptar e no destruir.

    *dados retirados do livro Coleo de Teses: Gesto de

    stios histricos A transformao dos valores cultu-

    rais e econmicos em programas de revitalizao em

    res histricas - Editora Universitria UFPE - 2008

    2.4 RELAO DOS TEXTOS COM O PROJETO:

    Tem-se por vista a restaurao da estao ferroviria

    de Ituverava e atravs desta a revitalizao do seu entorno,

    no capitulo IV do Livro Alegoria do patrimnio Choay discorre

    sobre o edifcio como patrimnio histrico e sua conservao,

    no caso do projeto proposto a sede da estao ferroviria,

    edifcio construdo em 1903 o qual um patrimnio histrico

    e de desenvolvimento para a cidade de Ituverava. O capitulo

    discorre sobre as designaes, a legislao e o nascimento da

    restaurao como disciplina, o edifcio, no caso como deve ser

    restaurado, assim como no capitulo V do mesmo livro, aborda

    a rea em que o edifcio se insere como patrimnio urbano,

    no caso esta restaurada e revitalizada atravs do edifcio.

    No Livro transformao dos valores culturais e eco-

    nmicos em programas de revitalizao em reas histricas

    aborda o tema de patrimnio histrico cultural tanto do edi-

    fcio como da rea em que este se localiza, esta rea se revi-

    taliza atravs dos programas propostos pela restaurao e

    conservao do edifcio, assim como aborda que a restaurao

    e a sua manuteno s possvel atravs da colaborao da

    populao e como esta se relaciona com o ambiente histrico.

  • 2 5

    3.1 LOCALIZAO DA CIDADE

    O local escolhido pertence a cidade de Ituverava, a qual

    um municpio do estado de So Paulo, no Brasil. Est loca-

    lizado na regio de Ribeiro Preto. Fica a aproximadamente

    400 km de So Paulo e a 100 km de Ribeiro Preto.

    cidade localiza-se a uma latitude 2020'22" sul e a uma longi-

    tude 4746'50" oeste, estando a uma altitude de 605 metros.

    Seus Municpios limtrofes so Miguelpolis, Aramina, Buri-

    tizal, Jeriquara, Ribeiro Corrente, So Jos da Bela Vista,

    Guar e Ipu (IBGE 2010)

    MUNDO

    BRASIL

    ESTADO DE SO PAULO

    ITUVERAVA

  • 2 6

    3.2 HISTRICO

    Em 1810, Fabiano Alves Freitas iniciou a derrubada das

    matas prximas ao Rio do Carmo, para formao de pasta-

    gens e cultivo da terra e, cinco anos depois, construiu uma

    capela em louvor a Nossa Senhora do Carmo.

    As festividades religiosas promovidas nessa capela,

    atraram sertanistas que, junto a ela foram se estabelecen-

    do. O povoado foi elevado, em 1847, categoria de Distrito

    (freguesia) com o nome de Nossa Senhora do Carmo da Fran-

    ca do Imperador, no Municpio de Franca, essa denominao

    perdurou at 1885,

    A populao local, no entanto desejava a mudana do

    nome para Carmo da Cascata, Contudo o Presidente do Esta-

    do de So Paulo deu ao Municpio, em 1899, o nome de Ituve-

    rava, topnimo de origem tupi-guarani que signi! ca " cachoei-

    ra reluzente", registrando, assim, a cascata do Rio do Carmo

    dentro do permetro da cidade. Cidade por lei Municipal de 11

    de junho de 1895.

    Em diviso territorial datada de 01-11-1995, o munic-

    pio constitudo de 3 Distritos: Ituverava, Capivari da Mata e

    So Benedito da Cachoerinha. Assim permanecendo em divi-

    so territorial datada de 15-VII-1999.

    3.3 SITUAO ATUAL

    Atualmente segundo o senso 2010 Ituverava possui

    aproximadamente 38.695 habitantes e uma rea territorial

    de 705,236 km.

    Sua economia vem dos servios da cidade e seu ndice

    de desenvolvimento ! ca em (IDH-M): 0,865

    IMAGEM AREA DE ITUVERAVA

    Imag

    em :

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    h

    dados retirado do site do IBGE ano 2010

  • 2 7

    3.4 EQUIPAMENTOS DA CIDADE

    Percebe-se uma precariedade em equipamentos, como

    o de cultura, lazer e de patrimnio.

    A casa mais antigas de Ituverava que abrigava o museu

    da cidade, hoje encontra-se em total abandono, o edifcio nun-

    ca passou por algum restauro ou revitalizao, toda a docu-

    mentao histrica que deveria encontrar-se no museu per-

    deu-se e o que resta foi encaminhado a biblioteca municipal.

    A biblioteca reside no centro cultural, este abriga o ci-

    nema da cidade, o nico lugar que possui uma estrutura para

    receber espetculos e palestras, assim como outros cursos

    que so dados no local.

    O parque recreio da cidade encontra-se em total aban-

    dono, todos os bichos foram retirados e aps o parque so-

    freu degradaes, falta de vistoria e interesse da prefeitura.

    Para eventos esportivos, Ituverava possui o Parque dos es-

    portes i e ii, estes se encontram em bom estado e so utili-

    zados para campeonato regularmente.

    Para grandes apresentaes tem-se a A.A.I (associa-

    o atltica ituveravense), A.F.M.I. (associao dos fun-

    cionrios municipais de Ituverava) e o Parque de exposies

    permanentes. Possui duas faculdades a F.F.C.L. e a Fafram,

    ambas da FEI (Fundao Educacional de Ituverava).

    MAPA EQUIPAMENTOS

  • 2 8

    3.5 REA DE INTERVENO

    A rea de interveno se localiza na cidade de itu-

    verava - SP, mais precisamente entre os bairros Jar-

    dim avenida e Jardim Bela Vista, defronte a rua Joo pes-

    soa, sua rea de aproximadamente 28.886,23 m.

    Esta rea pertence a estao ferroviria, anti-

    ga FEPASA a qual abriga o edifcio principal que a esta-

    o de embarque e desembarque a ser restaurada, as-

    sim como um galpo de manuteno das locomotivas,

    todas estas edi! caes encontram-se em total abandono.

    MAPA DE ITUVERAVA-SP

    Rodovia Anhanguera

  • 2 9

    3.6 PERFIL SCIO CULTURAL DA POPULAO DO BAIRRO

    Percebe-se que a maior populao residente da rea

    possui de 25 a 29anos, sendo esta mais homens do que mu-

    lheres, assim como a maioria 53,5 so de cor branca, A maior

    parte (93,5%) trabalham e ocupam 44 horas semanais de

    ocupao e possuem uma renda acima de um salrio mnimo.

    Populao de classe mdia baixa, a maioria das mora-

    dias so casas prprias com gua, luz e esgoto e so ocupa-

    das em aproximadamente de dois a trs moradores

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    2010

  • 3 1

    3.8 MAPA DE USO E OCUPAO DO SOLO

    A rea composta por dois bairros, o Jardim Aveni-

    da e o Jardim Bela Vista, sendo que o Jardim avenida apre-

    senta caracterstica predominantemente residencial, possui

    a industria Mantovani, a Igreja Nossa Senhora aparecida e o

    anexo de uma catedral que esta a ser construda, a maioria

    dos comrcios nesta reas so bares e mercearias, possui

    apenas um terreno vazio defronte a igreja.

    No Bairro Bela Vista apresenta a caracterstica

    predominante de servios, sendo estes o! cinas mecni-

    cas e transportadoras, a maioria do comrcio voltada

    para rea automotiva, possui quatro terrenos vazios, as-

    sim como edi! caes abandonadas pertencentes a po-

    ca da em que a estao ferroviria ainda funcionava.

    As margens da rodovia Anhanguera encontram-se in-

    dustrias de fabricao e transporte de acar, sendo que

    esta ainda esta em funcionamento e se utiliza das linhas fer-

    rovirias.

    Quanto a ocupao esta no segue a regra do cdigo de

    obras pois a maioria das edi! caes foram feitas antes desse

    planejamento, ento existem habitaes que ocupam todo o

    terreno sem deixar recuo.

    Percebe-se uma falta de equipamentos institu-

    cionais na rea, logo se v a importncia da interven-

    o do novo equipamento social cultural nesta rea.

    ResidencialComercialServio

    InstitucionalIndustria

    Vazio

    Edificaes abandonadasConstruo

    LEGENDA

    rea de interveno

  • 3 2

    LEGENDA

    3.9 MAPA DE GABARITO DA REA

    As edi! caes da rea so predominantemente trrea

    por serem residncias, poucos edifcios possuem dois pavi-

    mentos e em sua maioria so comrcios como mercearias e

    lojas de equipamentos automotivos,

    Trreo

    2 pavimentos

    Acima de 2 pavimentos

    rea de interveno

    Edi! cao mais alta do entorno Antigo SEAGESP

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    3.10 MAPA DE HIERARQUIA VIRIA FSICA E FUNCIONAL

    Nota-se que a maioria das vias so locais, no possuem

    muito movimento apenas entre o bairro.

    As vias coletoras so somente as paralelas da direita e

    da esquerda da Av. Dr Jos Anibal Soares de Oliveira.

    As via arteriais so a Av. Dr Jos Anibal Soares de Oli-

    veira, que neste ponto da cidade no possui muito movimento,

    e a Rua Joo Pessoa que ! ca a frente a rea de interveno,

    pois esta interliga a via expressa e possui um grande " uxo de

    caminhes. Possui prxima a rea uma via expressa paralela

    a rodovia Anhanguera, esta recebe muito " uxo de caminhes

    que utilizam-na para acessar as industrias prximas a rea.

    rea de interveno

    Av. Dr Soares de Oliveira

    Rodovia Anhanguera

    Rodovia Anhanguera

    Via expressa

    Via arterial

    Via Coletora

    Via Local

    LEGENDA

  • 3 3

    3.11 MAPA COM A LOCALIZAO DOS PONTOS DE VEGETAO

    Nota-se que a maior rea urbanizada localiza-se no bair-

    ro Jardim Avenida, sendo que a sua maioria so habitaes

    residenciais e estas possuem rvores plantadas nas suas fa-

    chadas.

    A rea de interveno possui uma grande massa de ve-

    getao, em frente a edi! cao principal da estao ferrovi-

    ria est plantado uma paineira que possuem aproximadamen-

    te trinta anos.A Av. Dr Jos anibal Soares de oliveira possui

    coqueiros em seu canteiro central,

    rea de interveno

    Vegetao

    LEGENDA

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    3.12 DADOS CLIMTICOS E AMBIENTAIS

    As estaes mida e seca para a regio de Ituverava

    esto bem caracterizadas pelas mdias e anomalias de preci-

    pitao, sendo que a variao sazonal da precipitao mostra

    que o vero contribui com 55% da precipitao total anual, o

    outono com 19%, o inverno com 2% e a primavera com 24%.

    O balano hdrico mostrou excedente hdrico ocorrendo de no-

    vembro a maro e d! cit hdrico ocorrendo de maio a setem-

    bro. O municpio no apresenta grandes limitaes hdricas

    para a maioria das culturas, entretanto, durante o inverno,

    e dependendo da cultura a ser implantada, a irrigao uma

    prtica recomendvel. E o tipo climtico para Ituverava/SP,

    segundo a classi! cao de Kppen, foi de! nido como tipo Aw -

    megatrmico (tropical mido) com temperatura mdia do ms

    mais frio acima de 18 C, denominado clima de savanas, com

    inverno seco e chuvas mximas de vero.

    Na maior parte do ano h predominncia de ventos vin-

    dos de sudeste. De agosto a novembro os ventos sopram com

    intensidade superior a mdia, sendo o ms de setembro aquele

    com velocidades mais elevadas e o ms de abril com as menores

    velocidades mdias. A velocidade mdia anual, durante o perodo

    diurno foi de 2,20 m/s e para o perodo noturno foi de 1,25 m/s,

  • 3 4

    Direo dos ventos. (SE)

    Insolao

    rea de interveno

    indicando um aumento mdio de 40% nas velocidades dos ven-

    tos diurnos em relao aos noturnos.

    3.13 ESTUDO DE INSOLAO

    Nota-se que a incidncia solar no edifcio constante

    na maioria das estaes climticas, sendo que a fachada Sul,

    Oeste e Norte recebem insolao constantemente, entretan-

    to a fachada leste recebe uma menor incidncia solar, esta

    comeando em maior ndice no ms de fevereiro at agosto no

    perodo das 6:00 at as 17:00 aproximadamente.

  • 3 5

    3.14 TOPOGRAFIA

    Ituverava encontra-se na altitude de 605 m em relao

    ao nvel do mar, possui uma topogra! a que no muito acen-

    tuada.

    Como a rea de interveno engloba uma estrada frrea,

    Quanto mais plana for a sua topogra! a melhor, sendo

    assim esta rea possui um desnvel de aproximadamente dois

    metros o qual no muito acentuado.

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    MAPA TOPOGRFICO DE ITUVERAVA-SP (curvas de 5m em 5m MAPA TOPOGRFICO DA REA DE INTERVENO

    (curvas de 1m em 1m)

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  • 3 9

    4.1 PROGRAMA E PRESERVAO DA ESTAO SO

    JOO DEL REY E TIRADENTES - MG

    A Estao Ferroviria de So Joo del Rei preserva a

    arquitetura de uma construo tpica do sculo 19. A inaugu-

    rao, em 1881, foi feita com muita festa e teve a presena

    do Imperador Dom Pedro II. Na poca, a estrada de ferro li-

    gava o municpio s estaes de Stio (atual Antnio Carlos),

    Barroso e Aureliano Mouro. Em 1960 comeou a extino

    da linha, mas o trecho entre So Joo del Rei e Tiradentes

    foi mantido, e, atualmente, utilizado para ! ns tursticos.

    Na Estao tambm funciona o Museu Ferrovirio, inau-

    gurado em 1981, que rene equipamentos, peas mecnicas,

    painis didticos e fotogra! as que contam a histria da es-

    trada de ferro na regio. O museu exibe, tambm, a primeira

    locomotiva com vago de luxo utilizada para uso da administra-

    o e uma coleo de 11 locomotivas a vapor, alm de carros

    e vages de carga. O passeio de Maria Fumaa, que percorre

    12 quilmetros at Tiradentes, em mquina e vages simila-

    res aos expostos, lembra tempos remotos e revela a buclica

    paisagem da regio marcada pelo Rio das Mortes. As partidas

    de So Joo del Rei acontecem s 10h e s 15h. Em Tiraden-

    tes, a Maria Fumaa sai s 13h e s 17h.

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  • 4 0

    Em 1984 era encerrada a atividade ferroviria dos

    200km da ferrovia de ligao entre Antnio Carlos e Bom Su-

    cesso, ambas em Minas Gerais. A erradicao do ltimo trecho

    remanescente da antiga malha em bitola de 0,76m ainda ativo

    entre as dcadas de 1970 e 1980 foi alvo de protestos e aes

    por parte da sociedade civil e, logo, objeto de preocupao de

    nascentes entidades de preservao da memria dos meios

    de transporte, como o extinto PRESERFE, no mbito da Rede

    Ferroviria Federal S.A., e a Associao Brasileira de Preser-

    vao Ferroviria. O presente artigo se esfora por levantar al-

    guns dados referente aos processos DTC-SPHAN 1.096-T-83

    e 1.185-T-85 e a partir dos mesmos dissertar sobre como o

    estado, atravs do Ministrio dos Transportes e Ministrio da

    Cultura (SPHAN), e a sociedade civil, atravs da ABPF, lidaram

    com a preservao dos bens culturais referentes ao transporte

    ferrovirio na dcada de 1980 Segundo o Processo de tomba-

    mento, todos os 37.900m so considerados parte do museu

    ali instalado em 1986, quando inaugurado aps a revitalizao

    realizada pelo PRESERVE em conjunto com a SR-2 e a SR-3 da

    RFFSA. Leremos no livro editado pela RFFSA sobre o museu:

    Podemos considerar o ptio como sendo um Museu Ar-

    quitetnico de carter especializado, onde se encontra

    um complexo de o! cinas e mquinas em pleno funciona-

    mento, reproduzindo as atividades ferrovirias do ! nal

    do sculo passado. L o visitante pode observar o tra-

    balho dos ferrovirios junto s antigas mquinas, que

    so importantes componentes para a manuteno do

    trecho da ferrovia ainda em funcinamento.

    Estao ferroviria de Tiradentes

    Linha frrea de So Joo Del Rei Texto e imagens retirados: http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=3006 acesso em 17/04/2013

  • 4 1

    Este projeto teve como conceito de revitalizar e restaurar

    as estaes de So Joo Del Rei e Tiradentes, preservando sua

    histria atravs de um museu ! xo na estao de So Joo Del Rei

    e um museu itinerante na viagem at a estao de Tirandentes.

    Utilizar-se-a deste projeto para a implantao de um

    passeio tursco o qual ligar a Antiga estao ferroviria de

    Ituverava a estao mais nova, construda em 1979 junta-

    mente com a variante Entroncamento-Amoroso Costa, que

    subsituiu o antigo ramal de Igarapava. construda pela Fe-

    pasa. Atendeu a embarque e desembarque de passageiros

    at setembro de 1997, quando o trem de passageiros foi

    suprimido. Em 2000 o prdio, vtima de vandalismo, j tinha

    suas instaes destrudas, o acesso ! ca a menos de dois

    quilmetros da estao antiga.

    Esta a distncia que se tem de tomar para chegar ao prdio

    antigo, seguindo pelos trilhos e a partir de uma certo ponto,

    pegar o desvio industrial que foi mantido para a estao velha.

    Percurso entre a antiga estao de Ituverava (1903) at a Nova

    Estao (1979) Percurso de 2km

    Em 1988, trens manobram em Ituvera-

    va-nova. Foto Paulo Cury

    Atrs do mato, a estao

    (17/06/2000). Foto Ralph M. Giesbrecht

    Em 17/06/2000, a estao j inoperan-

    te e totalmente destruda por dentro.

    Foto Ralph M. Giesbrecht

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  • 4 2

    4.2 ESTAO FRREA DE OURO PRETO

    A estao de Ouro Preto, aberta em 1888 quando a ci-

    dade ainda era a capital da Provncia de Minas Gerais. Foi con-

    truda no bairro da Barra, por ser este a parte mais plana da

    cidade, e num local que os moradores chamavam de Praia do

    Circo, onde as trupes circenses montavam seus espetculos.

    Como s foi acontecer em Minas, em alguns trechos a linha

    compartilha espao com as ruas da cidade. At a dcada de

    1950, uma usina siderrgica experimental operada pelos alu-

    nos da Escola de Engenharia de Minas e Metalurgia de Ouro

    Preto ! cava ao lado da estao e dispunha de ramal prprio.

    Pelo menos at 1980 ainda havia movimentao de pas-

    sageiros que podiam se utilizar dos trens mistos. Depois, a

    estao foi fechada, os trilhos no ramal chegaram em grande

    parte a serem retirados, foi reformada e ! nalmente em 2006

    , estao inicial do trem turstico de Ouro Preto a Mariana

    operado pela FCA a partir de 05/05/2006 - o segundo, pois

    um outro trem deste tipo, o primeiro, operado pela RFFSA,

    operou de 1986 a 1996 utilizando primeiramente vaporeiras

    Baldwin e Paci! c e no ! nal diesels U13-B. O novo trem da FCA

    puxado por uma locomotiva a vapor Santa F oriunda da anti-

    ga E. F. Teresa Cristina, em SC, e com 6 carros de ao, sendo

    um panormico. O prdio da estao passou ento a servir,

    alm de estao, como museu ferrovirio, contendo uma ma-

    quete da linha turstica recm-inaugurada.

    A estao em 10/2002. Foto Antonio Gorni

    A plataforma da estao desativa-

    da, em 10/2002. Foto Antonio Gorni

    A estao reformada, em

    07/05/2006. Foto Gutierrez L. Coelho

  • 4 3

    A Estao de Ouro Preto um complexo compos-

    to pelo antigo casaro que abrigava a estao ferrovi-

    ria de Ouro Preto, por vages ! xos localizados nos ar-

    redores do prdio e pela Tenda Cultural da Estao.

    O Hall de Entrada da Estao de Ouro Preto abri-

    ga uma exposio museogr! ca composta pelos to-

    tens Evoluo Arquitetnica das Estaes, com gave-

    tas interativas que convidam o visitante a conhecer as

    caractersticas e singularidades arquitetnicas das estaes.

    Alm disso, h painis videogr! cos que exibem foto-

    gra! as antigas e recentes de Ouro Preto e Mariana.O Vago

    Sonoro-Ambiental, localizado no entorno do prdio da Estao

    um

    vago ! xo composto pela escultura Resduos Sonoros, cons-

    truda com sucatas variadas e utilizada para apresentaes

    musicais, aulas de musicalizao e interaes pedaggicas.

    A estrutura do vago abriga, ainda, uma O! -

    cina Ecolgica de Construo de Instrumen-

    tos Musicais, aberta ao pblico visitante.

    O Vago Caf um espao que oferece aos vi-

    sitantes infra-estrutura completa de lazer e gas-

    tronomia, aberto de sexta a domingo e feriados.

    O ambiente equipado com mveis confortveis e

    com mesas na rea externa, que fazem do Vago uma agra-

    dvel opo de entretenimento para quem visita a estao.

    vez possui uma locomotiva com vages que esto de-

    teriorando ao tempo, sendo que programas como este po-

    dem ser implantados integrando a arquitetura existente

    com os novos usos dadas as mesmas.

    Estao de Ouro Preto Vago Sondro-Ambiental Vago do Caf

    Percebe-se o partido adotado de reutilizao dos antigos va-

    ges interagindo com a nova arquitetura e o conceito de uso

    coletivo a populao o qual estimula a conhecer as maquinarias

    passadas e manter a integridade histrica. Ituverava por sua

    Texto e

    imagens retir

    ados: http://w

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    mdava

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    m 1

    7/0

    4/2

    01

    3

  • 4 4

    4.3 REVITALIZAO DA ESTAO DA LUZ E SEU ENTORNO

    Projetada pelo arquiteto ingls Charles Henry e aberta ao

    pblico em 1 de maro de 1901, a Estao da Luz ocupa 7,5 mil

    m do Jardim da Luz, onde se encontram as estruturas trazidas

    da Inglaterra que copiam o Big Ben e a abadia de Westminter.

    No houve inaugurao, j que o trfego foi sendo deslocado

    aos poucos, mas no demorou muito para que o novo marco

    da cidade fosse considerado uma sala de visitas de So Paulo.

    A estao tornou-se porta de entrada tambm para

    imigrantes, promovendo a pequena vila de tropeiros a uma im-

    portante metrpole. Esta importncia, concedida So Paulo

    Railway Station, como era o! cialmente conhecida, durou at

    o ! m da Segunda Guerra Mundial. Aps este perodo, o trans-

    porte ferrovirio foi sendo substitudo por avies, nibus e

    carros, muito mais rpidos que os trens.

    Em 1946, o prdio da Luz foi parcialmente destrudo

    por um incndio. A reconstruo da estao foi bancada pelo

    governo e se estendeu at 1951, quando foi reinaugurada.

    Ela ainda passou por outras reformas e restauraes. J em

    1982 o complexo arquitetnico da Estao da Luz foi tomba-

    do pelo Conselho de Defesa do Patrimnio Histrico, Artsti-

    co, Arqueolgico e Turstico (Condephaat).

    Estao da Luz (2012)

    Texto e imagens retirados: http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-

    visitar/186-estacao-da-luz acesso em 17/04/2013

    A estao hoje oferece viagens de curta distncia e tu-rsticos (Expresso Turstico) operadas pela CPTM.

    Esta interveno reza o estabelecimento de melhorias

    para a rea central da cidade, criando incentivos e formas

    para sua implantao

    Uma das principais propostas deste trabalho res-

    taurar uma rea atraves da restaurao de um edi! cio, tor-

    nando este atrativo para a populao, como o caso da Esta-

    o da Luz que propiciou uma melhora signi! cativa na rea do

    parque da luz, movimentando a rea com um novo uso para

    o corpo principal do edi! cio que no caso o museu da lingua

    portuguesa e o passeio turistico dos trens.

  • 4 5

    4.4 MUSEU ASAS DE UM SONHO - TAM EM SO CARLOS - SP

    Com mais de 20.000 m2 de rea e com a chancela de

    ser o maior museu de aviao do mundo mantido por uma com-

    panhia area privada. O museu TAM foi criado da restaurao

    de um antigo monomotor Cessna dos irmos Amaro, o qual

    os inspirou na realizao do sonho de preservar a memria da

    aviao e de homenagear um homem que h mais de 100 anos

    sonhou que podia voar. Seu trabalho rduo e persistente o

    levou a concretizao do que hoje um dos transportes mais

    modernos do mundo. Hoje contamos com mais de 90 aeronaves

    entre pioneiros, clssicos, jatos e caas, a maioria em plenas

    foto panormica do interior do museu Asas de um Sonho

    condies de vo, alm de simuladores, tnel multimdia, Espao

    TAM Kids, Espao propulso, Torre de Controle, Espao Moda e uma

    ala dedicada exclusivamente a trajetria evolutiva da prpria TAM

    Com o objetivo de assegurar umas das principais carac-

    tersticas do Museu TAM que restaurar seu prprio acervo

    e na medida do possvel, manter as aeronaves em condies

    de vo, o Museu mantm uma completa o! cina de restaura-

    o e reparos, na qual trabalham mecnicos-restauradores.

    Esta o! cina localiza-se em um antigo angar que foi restaurado com

    a ! nalidade de que as pessoas assistissem as reformas dos avies.

    Assim como no caso da estao Ferroviria de Ituverava um de seus antigos armazens utilizado como o! cina mecnica das

    locomotivas da empresa FCA, sendo assim este programa poder ser implantado e assim gerar mais uma atrao a populao.

    armazem utilizado para consertos de locomotivas Imagens: Nelson Catroqui Filho

    Texto e imagens retirados: www.museutam.com.br/ acesso em 17/04/2013

  • 4 6

    4.5 ESTAO DAS DOCAS, O PORTO DE BELM REVITALIZADO

    A estao das Docas resultado da restaurao dos

    armazns do antigo porto de Belm que o transformou num

    complexo turstico com um terminal ! uvial com barcos para

    passeios pela orla, gastronomia vriada, cultura-teatro, ex-

    posio, msica e dana, alm de lojas e feira de artesanato.

    O local tombado pelo Patrimnio Histrico e tem uma

    exposio permanente com relquias da atividade porturia de

    Belm e do Forte de So Pedro Nolasco, encontrados durante

    as escavaes da obra.

    Inaugurada em maio de 2000, abriga 3 galpes climati-

    zados que mantiveram a estrutura de ferro ingls original fe-

    chada com grandes paredes de vidro, de onde pode-se obser-

    var o Rio Guajar e os guindastes que so a marca do lugar.

    Tambm possvel caminhar pelo calado da rea externa e

    aproveitar a brisa da orla.

    Na orla entre a modernidade e a cultura ribeirinha, a

    Estao das Docas prova que a inovao arquitetnica e a re-

    cuperao do patrimnio histrico podem conviver em perfeita

    harmonia. Ao lado da histria, o contemporneo h, exposies

    permanentes com a histria do porto e arqueologia urbana, cine-

    ma, teatro e salas para eventos. Tudo isso palco de uma intensa

    programao cultural de shows, exposies, seminrios e " lmes.

    Imagens do Porto de Belm

    Este projeto visa a integrao da arquitetura existente,

    tombada por ser patrimonio histrico com a nova arquitetura,

    o qual evidencia as suas pocas, assim como a reintegrao do

    edifcio a area porturia, pois esta estava abandonada e com a

    revitalizao do edifcio se tornou movimentada, proposta que se

    pretende implantar na rea da estao ferroviria de Ituverava.

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    01

    3

  • 4 9

    5.1 HISTRICO

    Segundos dados tirados do livro subsdios para a hist-

    ria de Ituverava, do autor Moacir Frana (1978, p. 146)

    A Companhia Mogiana de Estradas de ferro foi organizada a partir de uma lei provincial de nmero 18, de 21 de maro de 1872 a qual dava privilgio de construo de uma estrada de ferro, de bitola mtrica, ligando as cidades de campinas e de Mogi mirim, com ramal para Amparo e prolongamento at as ,argens do Rio Grande

    Antes que fosse celebrado o contrato com o governo, a

    19 de junho de 1873, a companhia Mogiana deu incio a cons-

    truo da ferrovia, isto no dia 2 de dezembro de 1872

    Em 8 de junho de 1880, aps muitos debates com a

    companhia mogiana prolongou-se sua linha at Ribeiro Pre-

    to, a qual ligava So Simo a Ribeiro Preto, sendo que esta

    foi inaugurada no dia 23 de setembro de 1883. Sendo assim,

    outras linhas haviam sido construdas como a linha de Parna-

    ba que ligava Jaguar a Uberaba, neste ponto a companhia

    Mogiana atingiu seu grande ponto que seria o encontro dos

    trilhos com o Rio Grande em ! ns de 1888, passando seus

    trilhos por Ituverava.

    A 1 de agosto de 1903 foi inaugurada a Estao Fer-

    roviria de Ituverava, com a economia do caf gerou-se um

    grande desenvolvimento e a nossa populao recebia abaste-

    cimento no s para o comrcio que se desenvolvia como para

    a lavoura sempre crescente. A Estao ! cou localizada mais

    ou menos a dois quilmetros do centro da cidade.

    MAPA PRINCIPAIS LINHAS FERROVIRIAS DO ESTADO DE SO PAULO

    Imag

    em:: C

    ompa

    nhia

    Mog

    iana

  • 5 0

    Tem-se uma citao de Moacir Frana (1978, p.150):

    A Anunciada chegada do trem de ferro em nossa ci-dade causou certa preocupao e curiosidade. O povo correu at a estao para ver a chegada da maquina que cuspia fogo conforme contam os antigos, a che-gada do primeiro trem deixou muita gente assustada

    A estao, localizada no quilometro 410 e altitu-

    de de 631 metros, no foi do agrado da populao, geran-

    do com isso um movimento poltico em 1920 para que

    esta fosse transferida para o centro da cidade. A direto-

    ria Mogiana iniciou um estudo para a mudana da esta-

    o para o centro da cidade mas perceberam que era invi-

    vel e propuseram que a cidade estendesse at a ferrovia,

    sendo que isto in! uenciou a expanso territorial da cidade.

    Foi desativada em 1979 para trens de passageiro e desde

    ento se encontra fechada, em meados do ano 2000 a estao

    sofreu um incendio causado por uma fogueira feita por indigen-

    tes que ocupavam o local e sua cobertura teve que ser retirada,

    suas passagens foram lacradas com o " m de impedir que o local

    se tornasse abrigo para andarilhos e para consumo de drogas.

    Segundo a Prefeitura Municipal de Ituverava:

    O municpio no pode intervir, pois o prdio no pode

    ser integrado ao patrimnio do municpio, como chegou

    a ser cogitado. A Estao Ferroviria pertence hoje

    RFFSA (antiga Rede Ferroviria Federal), no podendo

    o municpio modi" car, reformar ou restaurar o local

    Segundo o IPHAN (2012, no paginado):

    A partir da promulgao da Lei 11.483, em 2007, o IPHAN passou a ter atribuies especi-" cas para preservao da Memria Ferroviria: Art. 9 Caber ao Instituto do Patrimnio Hist-rico e Artstico Nacional - IPHAN receber e admi-nistrar os bens mveis e imveis de valor artstico, histrico e cultural, oriundos da extinta RFFSA, bem como zelar pela sua guarda e manuteno. Assim sendo, com o intuito de reforar as aes propos-tas pelo Sistema Nacional do Patrimnio Cultural, o Instituto tem procurado envolver as prefeituras, os governos estaduais e a sociedade civil organizada para que os mesmos tambm preservem esses bens que, na sua maioria, so revestidos de um grande valor cultural principalmente em escala regional.

    Imagem

    :: C

    om

    panhia

    Mogia

    na

    TRECHO DAS LINHAS FRREAS

  • 5 1

    Da linha mogiana o trecho de Ituverava o nica

    que mantem preservado seus trilhos originais, hoje a es-

    tao utilizada e sua linha pertence a FCA para trens

    de carga que passa pelo local e para ptio de manobras.

    As habitaes pertencentes as pessoas que trabalha-

    vam na ferrovia na poca hoje so ocupadas irregularmente

    por moradores, assim como uma parte da estao de

    embarque e desembarque mais precisamente a casa

    que morava o chefe da estao hoje reside pessoas.

    O Antigo SEAGESP localizado atrs da esta-

    o tambem encontra-se abandonado e em runas, sen-

    do que a qualquer momento o edifcio pode desabar.

    Casa do chefe da estao Fluxo de trens Cristo redentor de costas para a estao

    Ceagesp ao fundo Plataforma carga/descarga Placa de sinalizao Linha frrea estao

    Imag

    ens:

    Nel

    son

    Cat

    roqu

    i Filh

    o

  • 5 2

    ARMAZEM (1903) CRIAO DA RAMPA (2006) PORTA DO SAGUO PORTA SAGUO LACRADA (2006)

    QUADRO DE AVISOS SAGUO CAIXA DAGUA VINDA DE

    LONDRES

    CASAS EM ANEXO SEAGESP

    Imag

    ens:

    Nel

    son

    Cat

    roqu

    i Filh

    o

  • 5 3

    "A cena do gavio eu

    presenciei pela ltima

    vez na linha do ramal

    de Igarapava em 1977,

    Normalmente era perto

    de Ituverava que o gar-

    om botava o garfo com

    carne para fora e espera-

    va o gavio pegar o dana-

    do..." (Paulo Cury, 2000)

    IMAGEM DO GAVIO QUE APANHAVA CARNE NO GARFO DADO

    PELO COZINHEIRO DO TREM NO TRECHO DE ITUVERAVA

    TELHA ARNOUD ETIENNE TRAZIDA DA FRANA

    PASSAGEM DE TREM DE IGARAPAVA A ITUVEAVA

    FOLHA DE TELGRAFO DA MOGIANAImagens: Nelson Catroqui Filho

  • 5 4

    5.2 PLANTA EDIFICAO PRINCIPAL

    A edi! cao principal de 1903 possui o armazem, bh,

    saguo guiche e a antiga casa do chefe da estao As por-

    tas e janelas da edi! cao so de madeiras exceto no saguo

    que alem da porta de madeira possui uma porta sanfonada

    de metal, a plataforma de embarque perdeu sua cobertu-

    ra, o cho do armazem e da plataforma so de concreto.

    A Estrutura do telhado feita de madeira como se per-

    cebe na imagem do armazem

    PORTA SANFONADA DE METAL

    SAGUO

    PLATAFORMA DE EMBARQUE ARMAZEM

    Imag

    ens:

    Nel

    son

    Cat

    roqu

    i Filh

    o

  • 5 5

    5.3 PLANTA DAS EDIFICAO ANEXAS

    As edi! cao anexas foram construdas na decada de 50,

    foi feito a extenso da casa do chefe da estao e a casa do telgrafo

    A maior parte do anexo da casa

    do chefe da estao se encontra em ru-

    nas, assim como o mictrio da estao

    que tinha foas indianas para as pessoas

    fazerem as suas necessidades, toas as

    edi! caes so feitas de bloco de tijolos

    de concreto e em algumas partes so fei-

    tas de bloco de terra, suas pinturas so

    de cau com corantes, as partes internas

    das edi! caes possuiam piso hidraulico.

    Na parte externa quadro de avisos dos

    horarios dos trens para os passageiros.

    ANEXOS MICTRIO QUADRO DE HORRIOS DOS TRENS PLATAFORMA DE EMBARQUE

  • 5 6

    5.4 PLANTA DO ARMAZEM ANEXO (DCADA DE 50)

    O Armazem em anexo foi construdo na deca-

    da de 50, nos dias atuais ele utilizaso pela FCA empre-

    sa Frrea para concertos de locomotivas e vagoes, o pr-

    dio sofreu modi! caes suas portas foram retiradas e

    lacradas como algumas janelas tambem, possui uma rea

    de 615 m, sua construo segue como as demais alve-

    naria em concreto, pintura de cau com corantes, piso de

    concreto, telhado feito de madeira com telhas de barro.

    Imag

    ens:

    Nel

    son

    Cat

    roqu

    i Filh

    o

  • 5 7

    5.5 PLANTA PLATAFORMA DE EMBARQUE (DC. DE 50)

    m anexo da plataforma de embarque teve que ser cons-

    trudo na dcada de 50 para suprir a demanda dos usurios,

    este diferente do restante das edi! caes sua estrutura fei-

    ta de metal, assim como as tesouras do telhado e suas telhas.

    Sua cobertura foi retirada na decada de 90 e desde en-

    to nada foi feito no local, a vegetao daninha cresce no cho

    e trinca todo o concreto, seu muro tambem foi derrubado.

    VEGETAO DANINHA ESTRUTRA SENDO RETIRADA MURO DA PLATAFORMA ESTRUTRA INTACTA

    Imagens: Nelson Catroqui Filho

  • 5 9

    6.1 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA

    Projeto proposto para e edi! cao da Estao Ferrovi-

    ria de Ituverava - SP destinado ao uso pblico com a pro-

    posta de criao de um museu, o qual evidenciar a historia

    da ferrovia. este ser dividido em:

    Bens materiais mveis: representado pelo ma-

    terial rodante (locomotivas, carros de passeio,

    carro restaurante, vago de carga, acervo do-

    cumental (bibliogr! co, arquivstico, fotogr! co

    e acervo museolgico)

    Bens materiais imveis: Ptios, estaes, gle-

    bas, leitos ferrovirios.

    A edi! cao principal ser dividida entre o museu e a

    plataforma de embarque e desembarque para o trem turs-

    tico. O armazm da edi! cao principal, assim como o ptio

    de embarque que segue logo aps este, atender ao bar/caf.

    O armazm em anexo servir para rea de ferromodelismo,

    e ainda manter o seu uso de mecnica de locomotivas e vages,

    Um novo anexo ser criado para atender a esta atrao aberta

    ao pblico, no qual ligar a rea externa e interna da edi! cao.

    O Projeto tem como principal atrativo preservar a

    edi! cao, e com o seu novo uso revitalizar o seu entor-

    no, sendo que, estes atrativos sejam de acesso a popu-

    lao local e seus visitantes proporcionando uma novi-

    dade para a cidade que auxiliar o comercio da mesma.

    Ser proposto para a edi! cao da Estao Ferrovi-

    ria um novo anexo entre o corpo principal da estao e o

    armazm, este far ligao entre os blocos e a plataforma,

    sendo que, esta nova edi! cao ser arquitetnicamente di-

    ferente da atual para que esta no crie um falso histrico.

    Assim como a revitalizao do edifcio, a revitalizao

    da rea se far atravs do mesmo, para que seja um atrati-

    vo a populao. Proporcionar um convvio social atravs de

    um parque a frente da estao que poder oferecer um local

    para feiras de exposies e atrativos culturais, com isto, me-

    lhorarar a arborizao, iluminao e pavimentao da rea.

  • 6 1

    ENTR

    AD

    A

    REST

    AU

    RAN

    TE

    REA DE EXPOSIO / FEIRAS

    ESTA

    CIO

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    ESTA

    CIO

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    MEN

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    ENTRADASOCIAL

    ESTACIONAMENTO

    SAGUOG

    UIC

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    NH

    EIRO

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    PLATAFORMA DE LIGAO

    CO

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    ENTRADARESTRITA

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    REA

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    MUSEU

    ACESSO A EXPOSIO DE LOCOMOTIVAS

    FERR

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    OC

    OM

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    HA

    LL

    ACESSO A PLATAFORMA

    MUSEU VAGO

    INTERATIVOENTRADA

    PLATAFORMA

    AD

    MIN

    ISTR

    A

    O

    Observou-se que a estrutura existente compor-

    ta o programa de necessidades sugerido, sendo que, exis-

    tem reas que hoje esto destrudas e no possuem um

    histrico comprobatrio de como estas eram. Optou-se

    por demolir estas ruinas e criar um novo anexo que aten-

    desse outras atividades. O novo anexo auxiliar a locomo-

    o de pessoas com de! cincia, entre o bloco principal

    (corpo da estao) e armazem, pois, estas edi! caes exis-

    tentes no comportam a norma de acessibilidade (NBR 9050).

    Uma rea destinada ao estacionamento dos visi-

    tantes foi criada para que estes no parassem defronte

    o corpo principal da estao e obstruissem a passagem e

    locomoo dos pedestres, assim como criou-se parques

    nas reas verdes que estavam abandonadas, para que es-

    tes contribuissem para a locomoo destes pedestres.

    A seguir ser apresentado um " uxograma com o objetivo de

    mostrar as atividades que faro parte do projeto, e a partir disso, a

    de! nio dos equipamentos que atendero o programa de! nido.

    6.4 FLUXOGRAMA

  • 6 2

    6.5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

    O desenvolvimento do projeto comeou levando em con-

    siderao a teoria de revitalizar o antigo edifcio, hoje aban-

    donado da estao Ferroviria de Ituverava. Percebeu-se ao

    longo do projeto que somente a revitalizao no consegueria

    chegar ao objetivo proposto, que revitalizar a rea atravs

    do edifcio. Para que isto ocorre-se, analisou-se adequada-

    mente quais equipamentos eram necessrios para atender a

    populao e se estes eram viavis a esta, sendo assim, melho-

    rar a qualidade do espao para que possam frequentar o local.

    Inicialmente a idia era conservar e restaurar o m-

    ximo possvel do edifcio, mas, a partir da anlise feita atra-

    vs do programa de necessidades, notamosque era invivel

    restaurar a rea da antiga casa do chefe da estao, j que

    esta se encontra totalmente destruda, optou-se por retirar

    a antiga casa do telgrafo, que tambm passou por refor-

    mas e perdeu sua caracterstica inicial. Sendo assim, com

    a retirada dessas antigas edi! caes, criou-se uma nova

    edi! cao, com uma nova tecnologia construtiva, feita com

    uma estrutura de ao, vidro, e drywall para que este novo

    edifcio se distinguisse das edi! caes histricas do local.

    Como a topogra! a local no possui uma declivi-

    dade acentuada, no foi necessrio fazer alguma mo-

    vmentao de terra para a criao do novo anexo.

    Ao analisar o estudo solar, notou-se que a rea recebe

    na maioria das fachadas grande incidncia solar, sendo que, a

    fachada leste (mesma fachada da edi! cao principal) recebe

    mais a insolao da manh, optou-se por colocar vidro nesta

    fachada com um gradil metlico para barrar a incidncia solar.

    REA DEMOLIDA

    REA CONSTRUDA

  • 6 3

    Na analise da estrutura existente, percebemos que

    esta no respeitava as leis de acessibilidade e que se-

    ria necessrio a implanta de rampas de acessibilidade

    para o local. Primeiramente optamos por rampas de metal

    que poderiam ser retiradas e colocadas ao corpo da edi! -

    cao, contudo, se estas novas instalaes fossem efetua-

    das seria perdido uma grande rea, pois, neste tipo de ram-

    pa use-se no mnimo 8,33% de inclinao e pelos calculos

    a rampa mediria em torno de 20 metros de comprimento,

    Sendo assim, optou-se por fazer este acesso no novo ane-

    xo proposto, assim no modi! caria a edi! cao existente,

    j que este teria que fazer a ligao entre o armazem e a

    rea expositiva da locomotiva que ! caria em um mesanino

    dentro do mesmo. Optou-se portanto por um elevador que

    ! zeste essa ligao ao mezanino e plataformas elevatrias

    para de! cientes para que alcansasse a plataforma de ligao.

    elevador

    Plataforma elevatria

    Corte B

  • 6 4

    Como a rea possui uma massa de vegeta-

    o que se encontra em abandono, criou-se parques

    (A e B) que requali! cassem a rea. Os parques conta-

    riam com uma massa de vegetao adequada para a

    rea, Iluminao, equipamentos, assim como o mobilirio.

    Em questo a permeabilidade do solo op-

    tou-se por bloquetes para as reas dos par-

    ques, passeios e na rea de estacionamento.

    Atravs destes parques, delimitou-se a rea

    de estacionamento destinada ao pblico, para que

    esta no atrapalhasse a fachada da edi! cao.

    Criou-se uma rea ao ar livre entre o armazm que

    abriga o ferromodelismo e a rea expositiva de locomoti-

    vas, para a recepo de feiras de rua a qual interliga com

    o parque proposto, criando assim um espao de convvio.

    Um ponto de nibus para acesso a populao

    foi implantado no parque B, j que as duas linhas exis-

    tentes na cidade passam por este local e no pa-

    ram, pois, no possui pontos de nibus nesta rea.

    Parque A

    Parque B

    Criou-se uma nova via de acesso ao lado do parque B para melhor atender o local

    Nova via de acesso

    BloqueteBloquete

    Prgola

    Imagens: google imagens

  • 6 5

    Optamos por uma vegetao bem diversi! cada,

    com rvores de grande porte, mdio porte, frutferas,

    com " ores, palmeiras, arbustos, trepadeiras, herbceas.

    Ip brancoquaresmeiraPalmeira fenix

    Palmeira imperial Palmeira Triangular

    Magnlia Grama esmeraldacalaburaTrepadeira Primavera

    Amarlis

    agapanthus

    Lrio amarelo

    Imagens:

    google

    im

    agens

  • 6 6Telha de policarbonato e de metal

    Em relao a cobertura pr existente, a cobertura da

    edi! cao principal e do armazm em anexo, foram avaliadas e

    ainda se encontram em um bom estado, Diferente da cobertura

    da plataforma de embarque e da plataforma de ligao entre os

    blocos que no existem mais. Optou-se por criar uma estrutu-

    ra em metal com telhas de policarbonato translucidas na rea

    de alimentao externa, intercalando com telhas de metal.

    Na plataforma de ligao optou-se por uma cobertu-

    ra de cermica com estrura em madeira para que re-

    constituisse a idia original desta plataforma.

    Na edi! cao principal, optou-se por fazer um forro de

    gesso, j que esta no possui mais o seu forro de madei-

    ra. Na rea do Bar / Caf tambm optou-se pelo forro de

    gesso, contando com uma melhora na iluminao interna da

    edi! cao. Este processo tambm foi feito na edi! cao do

    armazm que abriga o ferromodelismo, sendo que, na rea de

    consertos de locomotivas no foi utilizado o rebaixo de gesso.

  • 6 7

    Quanto a iluminao externa, optamos por uma ilu-

    minao direcionada, partindo do prprio corpo da edi-

    ! cao, fazendo com que esta ! que em destaque.

    Toda rea passou por uma anlise e notamos que

    o local carente de iluminao, por conta disto, pensou-

    se em uma forma de utilizar postes de luz, com ! os sub-

    terraneos para que estes no atrapalhem a paisagem.

    Assim como optou-se pela retirada do Cristo Re-

    dendor que ocultava a fachada da edi! cao e transferiu-

    se este para o parque B, o qual ganhou uma iluminao

    em destaque que faz com que se valorize esta escultura.

  • 6 8

    MAQUETE ELETRNICA

    Vista 1

    imagem: Acervo do Autor

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    imagem: Acervo do Autor

    Vista 2

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    imagem: Acervo do Autor

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    imagem: Acervo do Autor

    Vista 6

    imagem: Acervo do Autor

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    Vista 7

    imagem: Acervo do Autor

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    imagem: Acervo do Autor

    Vista 8

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    imagem: Acervo do Autor

    Vista 9

  • 7 6

    6.6 CONSIDERAES FINAIS

    Algumas obras arquitetnicas, muito embora no sejam

    reconhecidas pelo seu valor patrimonial, carregam consigo uma

    carga histrica, alm da memria e da cultura de uma cidade.

    Considerando esse valor, conclui-se que um edifcio pr-

    existente alm de deixar um marco pelo seu passado, pode

    transmitir novos ensinamentos para as geraes futuras.

    Nesse trabalho, onde A inteno formal e espacial e a

    escolha do programa de necessidades foram apresentados

    tomando como base a anlise e re! exes sobre contexto,

    funcionalidade e setorizao, forma, materiais construtivos

    e adaptaes contemporneas em um edifcio onde, tanto

    sua arquitetura quanto sua memoria estavam em ruinas.

    Assim props-se uma interveno arquitetnica, que im-

    plica em preservao, conservao e revitalizao do conjunto.

    Pode-se dizer, alcanada a soluo para a pro-

    blemtica acadmica, supera-se o aspecto de aban-

    dono, onde o antigo se entrelaa com o novo

    formando assim uma nova dinmica, que resgata a im-

    portncia da antiga Estao Ferroviria de Ituverava - SP.

  • 7 7

    BIBLIOGRAFIA

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    FRANA. M. Subsidios para a historia de Ituverava Volume I, editora do autor, 2000. (Livro)

    GUSSO, S. M. Um projeto de revitalizao para a estao ferroviria de Ituverava e seu entorno. Franca - So Paulo. UNI-

    FRAN, 2008 (Trabalho de graduao)

    MAIA. L. R. G. Turismo e o patrimnio industrial ferrovirio: Um estudo sobre o trem da vale Ouro preto / mariana (MG), BELO

    HORIZONTE, CENTRO UNIVERSITRIO UNA 2009 (Tese Mestrado)

    RIGHI, R. Exemplo De reconverso Arquitetnica: da estao sorocabana ao museu do imaginrio do povo brasileiro 1914 a

    2002 (Trabalho de ps Graduao)

    TAVARES, D. P. A. Conexo cultural, um projeto de revitalizao e reestruturao da estao ferroviria de Guaratinguet,

    BAURU. UNESP 2009 (Trabalho de Graduao)

    TURCO, I. L. Exemplo de reconverso arquitetnica: da estao sorocabana ao museu do imaginrio do povo brasileiro - 1914

    a 2002, SO PAULO, FAUUSP 2004. (Trabalho de ps Graduao)

    VIEIRA. N. M. Gesto de stios histricos: A transformao dos valores culturais e econmicos em programas de revitalizao

    em reas histricas. Editora universitria UFPE, 2007. (Livro)