república da espada

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Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria Estadual de Educação Colégio Estadual Leopoldina da Silveira Colégio Estadual Nicarágua HISTÓRIA Professor Luiz Valentim

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Page 1: República da Espada

Governo do Estado do Rio de JaneiroSecretaria Estadual de Educação

Colégio Estadual Leopoldina da SilveiraColégio Estadual Nicarágua

HISTÓRIAProfessor Luiz Valentim

Page 2: República da Espada

Aula III – 3ª Série – Ensino Médio

República da Espada

Page 3: República da Espada

E agora?Aos militares coube, além de proclamar a República no Brasil, orientar a formulação das diretrizes do novo governo e a construção dos símbolos que, a partir de agora, representariam o Estado brasileiro.

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Qual Modelo Adotar?Dentre os republicanos civis, principalmente paulistas, mineiros e gaúchos, havia grande interesse em adotar o federalismo e o liberalismo inspirado no modelo norte-americano.

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Qual Modelo Adotar?Já os militares, sobretudo aqueles adeptos do positivismo, assim como alguns civis, desejavam um governo mais centralizado. Os positivistas defendiam até mesmo uma ditadura republicana, que por meio da ordem levaria o país ao progresso.

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Somos Todos Republicanos?

Enquanto o exército se dividia entre os que apoiavam Deodoro e os que seguiam Floriano Peixoto, vice-chefe do governo provisório, havia ainda uma terceira corrente, positivista, que era liderada por Benjamin Constant. Lembrando o grupo mais radical da Revolução Francesa, militares e civis positivistas que apoiavam de maneira exaltada o modelo republicano e se opunham totalmente à volta da Monarquia, passaram a ser chamados jacobinos.

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Somos Todos Republicanos?

Tal posicionamento tornava-se necessário porque grupos monarquistas ainda desejavam o retorno do antigo sistema, e nisto tinham a simpatia da Marinha, que sempre teve fortes ligações com o Império.

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República dos Estados Unidos do Brasil

Embora os militares, na figura de Deodoro da Fonseca, tenham conseguido manter a bandeira o mais próximo possível do pavilhão imperial, o modelo de Estado declarado pela Assembléia Nacional Constituinte na Carta promulgada em fevereiro de 1891 inspirava-se claramente nos Estados Unidos da América. O Brasil se tornava uma República presidencialista, laica, federativa e liberal. O voto seria aberto e limitado aos homens alfabetizados maiores de 25 anos, excetuando-se soldados e religiosos.

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E começa a República...Após quinze meses de governo provisório, o Brasil teve eleito, ainda que de maneira indireta, como seus primeiros presidente e vice-presidente os mesmos que já governavam o país provisoriamente: os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

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O Encilhamento

Objetivando intensificar a industrialização e o crescimento econômico do Brasil, o governo autorizou alguns bancos a emprestar dinheiro a todos aqueles que desejassem abrir uma empresa. Ainda que, para isto, fosse necessário emitir uma enorme quantidade de papel-moeda, tarefa esta que poderia ser realizada pelos próprios bancos. Gerou-se então um enorme crescimento no número de empresas, ainda que muitas delas jamais tenham saído do papel, apesar de terem suas ações negociadas na bolsa de valores.

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O Encilhamento

O nome pelo qual foi batizada a política econômica inaugurada nos primeiros anos da República também pode ser usado para nomear o ato de pôr arreios em um cavalo. Todavia, se no equino os arreios são postos para mantê-lo sob maior controle, a política econômica não foi chamada de encilhamento pelo mesmo motivo. Mas porque, segundo se dizia na época, investir na bolsa de valores, naquele momento, era como apostar nas corridas de cavalo.

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O Encilhamento

Como resultado, ao invés de crescimento econômico, tivemos uma das maiores crises de nossa história. Especulação financeira, investidores perdendo dinheiro, inflação e desvalorização da moeda.

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Crise Política

Além da crise econômica, vivenciamos também uma crise política logo nos primeiros anos da República. Desconfiado dos políticos, Deodoro e seu grupo pretendiam centralizar o poder executivo limitando a autonomia dos estados. Criticado pela imprensa e combatido pelas elites liberais, logo o presidente entrou em confronto com o Congresso Nacional.

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Crise Política

Tendo fechado o Congresso e decretado estado de sítio, Deodoro perdeu também o apoio dos militares que apoiavam Floriano. A Marinha, assim como as diversas lideranças civis, também não concordou com o golpe e logo reagiu. Sem apoio político, civil ou militar, o primeiro presidente do Brasil renunciou no dia 23 de novembro de 1891, oito meses após ser eleito.

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Floriano, a Armada e os Federalistas

A troca de presidentes não solucionou a crise, e pode-se dizer mesmo que, pelo contrário, a intensificou. Segundo a Constituição, o vice-presidente só poderia assumir o mandato caso o presidente houvesse completado, no mínimo, dois anos de governo. Como Deodoro renunciou oito meses após ser eleito, novas eleições deveriam ser convocadas, mas os partidários de Floriano diziam que tal regra só valeria para o próximo presidente. Assim Floriano alcançou o apoio das elites paulistas do PRP, incomodadas com a instabilidade do governo, e prendeu treze generais que contestavam sua posse e exigiam novas eleições.

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Floriano, a Armada e os Federalistas

Embora o presidente tenha conquistado o apoio dos republicanos paulistas, de importantes setores do exército e da população do Rio de Janeiro, que o chamava de “Marechal de Ferro”, o outro ramo das forças armadas manteve-se em oposição ao seu governo. Em 6 de setembro de 1893, buscando repetir a manobra que derrubara Deodoro, oficiais da Armada (Marinha de Guerra) posicionaram seus navios na baía de Guanabara e bombardearam as cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. Tinha início a Revolta da Armada.

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Floriano, a Armada e os Federalistas

Após seis meses de revolta, sem munição, alimentos e água, e sem o apoio da população, que encontrava-se sob constante chuva de balas de canhão, parte dos revoltosos pediu asilo político em Portugal. O restante seguiu para o sul do país, onde juntaram-se aos maragatos, que a um ano lutavam contra os partidários de Floriano Peixoto no Rio Grande do Sul.

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Federalistas e Republicanos Enquanto, na capital federal, o alvo dos

oposicionista era o próprio presidente, no Rio Grande do Sul a oposição era feita contra seus partidários. Sendo batizada com o nome de um dos partidos envolvidos, a Revolução Federalista punha em lados opostos, mais do que grupos políticos, diferentes concepções de governo.

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Maragatos e Pica-paus De um lado o Partido Republicano Rio-Grandense, liderado pelo

positivista Júlio de Castilhos e fortalecido pelo apoio presidencial, defendia o presidencialismo e a autonomia para os estados. De outro o Partido Federalista, apesar do nome, pregava o parlamentarismo e a predominância da União Federativa sobre o poder estadual. Logo o conflito espalhou-se para Santa Catarina e Paraná e em 1895, com cerca de 11 mil pessoas mortas, tem fim um dos conflitos mais sangrentos do Brasil com a vitória dos pica-paus republicanos sobre os maragatos federalistas.

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Civis no Poder

Findando seu governo em meio a revoltas, mas com apoio de amplos setores da população, como as elites do Partido Republicano Paulista, os jacobinos, na capital, e o Congresso Nacional, Floriano Peixoto, no aniversário de cinco anos da República, passou a faixa presidencial para o paulista Prudente de Morais, primeiro presidente civil do Brasil.

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LOBÃO Quem Quer Votar?

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Quem Quer Votar?Voto Secreto X Voto AbertoVoto Condicional X Voto UniversalVoto Facultativo X Voto ObrigatórioVoto Nulo X Voto Válido

Além de instituir o voto aberto e limitado a homens alfabetizados maiores de 25 anos, a 1ª Constituição republicana definiu que o primeiro presidente do Brasil deveria ser escolhido em eleições indiretas. Após pesquisar acerca de cada uma das modalidades de voto listadas acima, desenvolva um texto justificando, segundo a sua preferência, a vantagem de uma das modalidades frente a sua modalidade oposta. Em um único texto, defenda as quatro modalidades escolhidas.

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Mãos à Obra!

Page 24: República da Espada

Bibliografia• VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila

de Castro; FERREIRA, Jorge; SANTOS, Georgina. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI. Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2010.