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REPRODUÇÃO ASSISTIDA: Uma abordagem sobre a seleção do sexo

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Page 1: Reprodução assistida trabalho de bioetica oficial 2

REPRODUÇÃO ASSISTIDA:

Uma abordagem sobre a seleção do sexo

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INTRODUÇÃO Histórico- A escolha do sexo existe desde as

civilizações antigas;- Em 1989 foi patenteado a primeira

seleção de sexo.

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INTRODUÇÃO Fundamentação:

-Terapêutica;

-Não-terapêutica.

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INTRODUÇÃO Técnicas usadas na seleção de sexo:

- Pré-fertilização/ Pré-conceptiva;

- Pré-gestacional/ pré-implantatória;

- Pós-gestacional.

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FATORES PSICOLÓGICOS

Prós: Desejo dos pais: escolha do sexo relacionado a mitificação;

Contra: Transformação dos filhos em “commodities”; Quebra de expectativa.

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FATORES PSICOLÓGICOS

Prós: Balanço familiar; Contra: A compensação não garante o

respeito.

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FATORES ÉTICOS Prós: Doenças genéticas hereditárias; Contra: Autonomia do embrião;

Descartes dos embriões.

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HemofiliaDaltonismo

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FATORES ANTROPOLÓGICOS Prós: Evita infanticídio; Contra: Sexismo em algumas culturas e

desequilíbrio populacional.

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CIENTÍFICO X TEOLOGIA Científico: Prevenção de doenças; Teologia: “Brincar de Deus”, Dúvida

sobre qual o momento em que a vida é concebida; Aborto: “ Não matarás” (Êxodo 20:13).

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ASPECTOS JURÍDICOSTerapêutico: - Conselho de Medicina 1358/92: “Toda intervenção sobre pré-embriões in vitro, com fins diagnósticos, não poderá ter outra finalidade que a avaliação de sua viabilidade ou detecção de doenças hereditárias, sendo obrigatório o consentimento informado do casal”, aduzindo ainda que “Toda intervenção com fins terapêuticos, sobre pré-embriões in vitro, não terá outra finalidade que tratar uma doença ou impedir sua transmissão, com garantias reais de sucesso, sendo obrigatório o consentimento informado do casal”

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ASPECTOS JURÍDICOSINTERNACIONALMENTEConvenção dos direitos humanos e de biomedicinaAlemanha: LEI EMBRYONENSCHUTZGESETZNoruega: É permitido conforme a Lei 56 de 1954 o tratamento do esperma antes da fecundação se, e somente, a mulher é portadora de doenças grave hereditária ligada ao sexo (art. 2,8). E o artigo 4,2 permite o tratamento do óvulo nesse mesmo caso.

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ASPECTOS JURÍDICOSBRASIL Art. 8° É vedado, nas atividades relacionadas a OGM (Organismos Geneticamente Modificados).III - a intervenção em material genético humano in vivo, exceto para o tratamento de defeitos genéticos, respeitando-se princípios éticos, tais como o princípio de autonomia e o princípio de beneficência, e com a aprovação prévia da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

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ASPECTOS JURÍDICOSArt. 13. Constitui crimeII - a intervenção em material genético humano in vivo, exceto para o tratamento de defeitos genéticos, respeitando-se princípios éticos tais como o princípio de autonomia e o princípio de beneficência, e com a aprovação prévia da CTNBio; Pena - detenção de três meses a um ano.

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ASPECTOS JURÍDICOS Não TerapêuticosPRÉ-IMPLANTATÓRIOConselho de medicina: “Toda intervenção sobre pré- embriões in vitro, com fins diagnósticos, não poderá ter outra finalidade que a avaliação de sua viabilidade ou detecção de doenças hereditárias, sendo obrigatório o consentimento informado do casal”, aduzindo ainda que “toda intervenção com fins terapêuticos, sobre pré-embriões in vitro, não terá outra finalidade que tratar uma doença ou impedir sua transmissão, com garantias reais de sucesso, sendo obrigatório o consentimento informado do casal” CFM RESOLUÇÃO DE 1358/92.Portanto, proibido pelo CFM.

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ASPECTOS JURÍDICOS INTERNACIONALMENTE•Conselho da Europa: Recomenda a proibição de seleção de sexo não terapêutica (1046/1986).•Alemanha: Lei que proíbe.•Noruega: Lei que proíbe. BRASILNão há um tipo de pena específico - Via reflexiva: Lei 8957/95, inc. III do art. 13: “É crime a produção, armazenamento ou manipulação de embriões humanos destinados a servirem como material biológico disponível”.

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ASPECTOS JURÍDICOS Não terapêutico PRÉ-CONCEPTIVOConselho de Medicina: Resolução n. 1.957/2010 proíbe a aplicação de técnicas de reprodução assistida, cuja intenção seja “selecionar o sexo (sexagem) ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças ligadas ao sexo do filho que venha a nascer”.

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ASPECTOS JURÍDICOS INTERNACIONALMENTEConselho europeu: Recomenda proibição.Alemanha: Lei que proíbe.Noruega: Lei que proíbe. BRASILNão há lei que regulamenta essa prática. Não constitui crime, portanto.

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CASO CLÍNICO Seleção de Sexo

por Técnicas de Reprodução Assistida

Uma senhora, com 44 anos, mãe de 5 filhos, todos do sexo masculino, solicitou a um médico que realizasse um procedimento de inseminação artificial com prévia seleção de gametas masculinos apenas com cromossomo X, isto é, que gerassem apenas embriões do sexo feminino, com a finalidade de realizar um grande desejo e superar a profunda frustração de não ter uma filha. Os médicos afirmaram ao juiz que nenhuma terapia havia tido sucesso em melhorar o quadro depressivo desta paciente, que havia sido agravado pelo diagnóstico errado na sua última gestação. Nesta ocasião informaram-lhe que estava gestando uma menina, porém nasceu o seu quinto filho homem. A ideia de ter uma filha que a cuidasse na velhice tornou-se uma obsessão para ela, também de acordo com o relato médico. Neste mesmo documento os médicos afirmavam que o procedimento que a paciente seria submetida era simples e sem riscos, com um único senão que era o de não poder garantir em 100% das situações possíveis, que ela gestaria uma filha.

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CASO CLÍNICOO juiz solicitou pareceres de vários peritos médicos, incluindo psiquiatras. Todos eram favoráveis a realização do procedimento, pois não reconheciam qualquer impropriedade e vislumbravam a possibilidade de que tendo uma filha esta senhora melhoraria do quadro depressivo refratário a tratamentos até então utilizados.

Com base nestes depoimentos e pareceres o juiz de primeira instância autorizou judicialmente  , em 2/8/1990, a realização dos  procedimentos nesta senhora. A promotoria pública recorreu da decisão e a sentença foi revogada em segunda instância. A senhora solicitou um recurso ao Tribunal Supremo que o julgou inadmissível.

Este fato ocorreu em Barcelona/Espanha.

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CONSIDERAÇÕES

Idade avançada pode acarretar problemas relacionados à síndromes e ao desenvolvimento da criança;Balanço Familiar: tentativa de aumento da composição familiar feminina frente a situação de cinco filhos do sexo masculino;Quebra de expectativa;

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Ferir autonomia do embrião;Depressão: O procedimento, mesmo que bem sucedido, não garante a cura dessa patologia;Princípio da não maleficência.

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Alunos:Bruna Letícia Zibetti

Evaldo Wust NetoIsrael Gonçalves de Carvalho FilhoJéssica ZardinLeonardo Guilherme da SilvaNádia Bertechini Soler LopesTainá Mara Bolson LissandrettiThais Silva de CarvalhoThayse Fachin Cormanique

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BIBLIOGRAFIAVIEIRA, Tereza Rodrigues. Bioética – Temas atuais e seus aspectos jurídicos; Brasilia; Consulex, 2006. CLOTET, Joaquim. GOLDIN, José Roberto (orgs.). Seleção de sexo e bioética. Porto Alegre, Edipucrs, 2004.AMORMINO, Tatiana Costa de Figueiredo. Sexagem a escolha de sexo dos filhos numa perspectiva ético-jurídica. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 93, out.