repórter local

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PUBLICIDADE Nº 140 • ANO XII • NOVEMBRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA DIRECTOR: JOAQUIM FORTE PUBLICIDADE www.reporterlocal.com WWW.FACEBOOK.COM/REPORTERLOCAL/ EM FOCO | pág. 03 e 04 As grandes superfícies vão “matar” o pequeno comércio? JOANE | pág. 07 Guerra de comunicados entre PSD e Junta RONFE | pág. 18 Escola da Ermida ocupada por artesão AIRÃO S. JOÃO | última Junta lança Gabinete de Enfermagem REPORTAGEM | pág. 17 Um dia com dadores de sangue em Joane “Tenho boas memórias de Joane” MANUEL MACHADO O treinador do Vitória foi professor em Joane durante 15 anos. Ao RL, recorda esse tempo e fala do actual momento da sua equipa LIVROS | pág. 09 Luís Represas esteve em Joane e Mogege apromover livro

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Edição de Novembro -2010

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Nº 140 • ANO XII • NOVEMBRO 2010 • GRATUITO • MENSAL • PROPRIEDADE: TAMANHO DAS PALAVRAS, LDA

DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

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www.reporterlocal.com

www.facebook.com/reporterlocal/

em foco | pág. 03 e 04

As grandes superfícies vão “matar” o pequeno comércio?JoaNe | pág. 07

Guerra de comunicados entre PSD e JuntaRoNfe | pág. 18

Escola da Ermida ocupada por artesãoaIRÃo S. JoÃo | última

Junta lança Gabinete de EnfermagemRePoRTaGem | pág. 17

Um dia com dadores de sangue em Joane

“Tenho boas memórias de Joane”

maNUel macHaDo

O treinador do Vitória foi professor em Joane durante 15 anos. Ao RL, recorda essetempo e fala do actual momento da sua equipa

lIVRoS | pág. 09

luís represas esteve emJoane e Mogege apromover livro

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 3

MEMÓRIA

Viatura 4-6-9 lugares e Viatura para pessoas com mobilidade reduzida

Serviço permanente: 917 514 596 | 252 991 646

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EM FOCO

Luís Pereira

O n o v o s u p e r m e r c a d o Bolama inaugurado em Joane re p re se ntou um invest imento de 10 mi-

lhões de euros e criou 87 postos de trabalho directos. A inauguração (19 de Novembro) contou com a presença do v ice-pres idente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, do presidente da Junta de Joane, Sá Machado e de muitos populares.A loja situa-se junto à EN 206, tem uma área de 2.000 metros quadrados de venda ao público e está dotada de parque de estacionamento coberto e descoberto, uma galer ia com 4 lojas e bar.

António Si lva, administrador do grupo, diz que a central idade foi a razão principal da escolha. “Há 4 anos comprei o terreno mas só agora foi possível tornar realida-de esta loja porque são projectos um pouco complicados e também porque se tratava de uma zona de reserva agrícola”, referiu António Silva ao RL.E m d i a d e a b e r t u r a , a J u n t a d e Freguesia esteve representada pelo presidente, Sá Machado, que sa-lientou o trabalho de parceria entre autarquia e o grupo, nomeadamente ao nível da ligação à feira. “A Junta não deixou de pugnar para que o empreendimento fosse feito com qualidade. A escolha do local para a

nova feira foi pensada a contar com este equipamento. O arruamento de l igação à feira não estava ini-cialmente previsto e só foi possível fruto de entendimento entre Junta e Bolama. Foi um casamento feliz”, referiu o autarca.Quanto às cr í t i cas do PSD acer-ca da não construção da rotunda prometida, Machado diz que não fazem sentido. “A rotunda esteve prevista num projecto inicial, que não vingou. A partir do momento em que não há vontade de criar um eixo para Mogege, não faz sentido a rotunda. Não faço rotundas por vaidade”. Paulo Cunha, vice-presidente da Câmara famalicense, congratulou-

se com a abertura do supermercado, considerando que “é um excelente investimento para o concelho e para a região” numa altura de “dficulda-des conhecidas na bacia do Ave em matéria de emprego”. A lém de Joane , o Bolama, como not ic iou o RL em pr imeira mão, a d q u i r i u , e m R o n f e , a s a n t i g a s instalações da fábrica Josim, uma área com 40 mil metros quadra-d o s q u e p o d e r á v i r a s e r a b a s e logística do grupo, complementada com uma componente urbanística. “Temos neste momento dois bons armazéns, se houver necessidade de usar as instalações de Ronfe para esse efeito, iremos fazer”, admitiu António Silva.

“Há 4 anos comprei o terreno mas só agora foi possível tornar realidade esta loja porque são projectos um pouco complicados”. antónio Silva, administrador do grupo bolama

paUlo cUNHaVice-presidente da câmara de fa-malicão

“É o reconhecimento do sector priva-do do investimento público que tem sido feito pela câmara nesta zona . Não podemos proteger o pequeno comércio fechando o investimento àqueles que têm potencial e vontade de criar infra-estruturas como esta do bolama”.

SÁ MacHaDoPresidente da Junta de Joane

“a Junta não deixou de pugnar para que o empreendimento fosse feito com qualidade. a escolha do local para a nova feira foi pensada a contar co m e s t e e q u i p a m e n t o . o a r r u a -mento de ligação à feira não estava inicialmente previsto e só foi possível fruto de entendimento entre Junta e bolama. foi um casamento feliz”.

MIGUel aZeVeDoVice-presidente do PSD Joane

“Num momento de profunda crise, que tem massacrado especialmente a região do Vale do ave, este inves-t imento vem criar emprego, o que é sempre bem vindo. a comparação com os acessos criados pela Junta de freguesia à nova fe ira é mort í fera para a obra da Junta”.

Novo supermercado em Joane cria 87 postos de trabalho. Pequeno comércio teme efeitos.

Investimento de 10 milhões de euros

em foco | eloGIoS ao INVeStIMeNto MarcaM INaUGUraÇÃo

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4 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

o guru da gestão, michael armstrong , diz que o pr i-meiro object ivo do gestor deve ser : desenvolver uma or ientação para o futuro. esta or ientação para o futuro passa pela l iderança da inovação e pela capacidade de antecipar as mudanças . Uma das caracter ís t icas mais marcante da sociedade ac-tual é a mudança . camões, há cerca de 450 anos , can-tava com inegável beleza e profundidade: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades , - muda-se o ser, muda-se a conf iança ; - Todo o mundo é composto de mudan-ça , - Tomando sempre novas qual idades . mas no tempo do autor d´os lus íadas , as mudanças eram lentas . leva-vam décadas e séculos a acontecer. Hoje , a velocidade com que se af i rmam as mudanças é e levadíss ima . Há umas décadas , para se construir um supermercado com as respect ivas infra-estruturas , se-melhante ao que agora surge em Joane, levar ia sempre

mais que um ou dois anos . Se pensarmos em centenas de anos atrás , a construção levar ia décadas . este apa-receu a l i ao lado da estrada Nacional em dois ou três meses . as mudanças , nos fenómenos socia is , nas infra-estru-turas , nos equipamentos , nas paisagens urbanas , acon-tecem a uma velocidade inesperada e por i sso, a lgo es-tonteante .Quem tem a responsabi l idade de ger i r ou de l iderar tem que ser capaz de prever o que a í vem. Tem que saber antecipar-se às mudanças . Se os comerciantes na Vi la de Joane e nas f reguesias l imítrofes compreendessem as dinâmicas e os s inais de mudança de toda a act iv idade comercia l , ter iam s ido capazes de inovar e hoje esta-r iam preparados para enfrentar a nova s i tuação cr iada pelas grandes e médias superf íc ies comercia is . adiantará chorar sobre o le i te derramado?

H á alguns pequenos comer-ciantes da vila de Joane, sobretudo os que estão instalados na proximida-

de do novo supermercado, que temem pelo futuro dos seus negócios com a instalação do supermercado Bolama.Proprietários de pastelarias, super-mercados, mercear ias e churras-queiras estão apreensivos e receiam não poder competir com os preços praticados naquela média superfície comercial.“Com pão a sete cêntimos não há padaria que resista”, desabafa um comerciante. “ É e v i d e n t e q u e a f a c t u r a ç ã o i r á baixar mas estou optimista quanto ao futuro. Vai resist ir quem tiver capacidade financeira de comprar em quantidades para obter maiores descontos junto dos fornecedores”, disse António Ribeiro, um dos co-merciantes contactados pelo RL. Sá Machado, presidente da Junta lo-cal, mostra-se, no entanto, optimista e acredita haver espaço para todos. “O Bolama não vai tirar nem mais nem menos. O que vai acontecer é que aqui lo que muitos joanenses procuravam em cadeias de super-mercados em Braga, Guimarães e Famalicão, agora têm-no ao pé de casa num espaço airoso e idêntico aos dessas cidades”, argumenta. Na mesma linha de pensamento está Paulo Cunha, v ice-pres idente da Câmara de Famalicão. “O pequeno comércio tem um papel importante

Pequenos comerciantes temem pelo futuro dos seus negócios

Luís Pereira

reGIÃo • ecoNomIa

Chorar sobre leite derramadooPINIÃo

eM Foco

CUSTÓDIO OLIVEIRAConsultor de Comunicação; Presidente da Associação Teatro Construção de Joane

PolÍcIa

“cHINa” aBSolVIDo De crIMe QUe coNFeSSoUSérgio Ribeiro , natural de Ver-mil , mais conhecido por “china” f o i a b s o l v i d o d e u m a s s a l t o q u e co n f e s s o u t e r co m e t i d o . o c a s o r e m o n t a a J a n e i ro d e 2 0 0 7 . U m e s c r i t ó r i o d e d u a s a d v o g a d a s f o i a s s a l t a d o n a s Ta i p a s t e n d o o s l a rá p i o s f u r -t a d o d o i s c o m p u t a d o r e s . a GNR fez uma perseguição que culminou numa troca de t i ros tendo “china” sido baleado num pé. Nessa a l tura , confessou às autoridades o crime e cooperou na reconst i tuição do assal to .a co n t e c e q u e S é r g i o R i b e i ro era , à data , menor de idade e a le i obr iga à presença de um advogado sempre que o suspei-to seja suje i to a interrogatór io ou reconst i tuição. a conf issão e a reconst i tuição f o r a m f e i t a s s e m a p r e s e n ç a de um lega l representante de defesa . este facto fez com que a conf issão da autor ia do assal to e a sua consequente reconst i-tuição, fossem inval idadas pelo t r i b u n a l , n ã o r e s u l t a n d o d e p rova p a ra i n c r i m i n a r S é r g i o Ribeiro . “ c h i n a ” e n c o n t r a - s e d e t i d o no es tabe lec imento pr i s iona l de Paços de ferreira . o jovem, a g o r a c o m 2 0 a n o s , e s t á e n -volv ido em mais de c inquenta processos. até à data foi apenas condenado a prisão efectiva por dois cr imes . Por cúmulo jur ídi-co, “china” sa irá em l iberdade por a l tura do Natal .

Pastelarias, supermercados, mercearias e churrasqueiras estão apreensivas e receiam não poder competir com os preços praticados na novo média superfície comercial

a desempenhar e não é concorrencial a estas cadeias de supermercados. Quem irá perder serão, sobretudo, as cidades de Guimarães e Famalicão, uma vez que as pessoas desta zona, que procuravam estes serviços nestas cidades, passarão a fazê-lo agora em Joane”, disse o vice-presidente do executivo municipal.Para Sá Machado, a vinda do Bolama vai, no entanto, exigir uma adaptação do pequeno comércio. “Os preços nem sempre são competitivos, deve haver uma adaptação das estruturas mini. Eu sou pela concorrência e pelo mais barato, quem ganha é o consu-midor. Há pequenas mercearias que continuam a ter preços muito bons em detrimento dos hipers. Conheço e m J o a n e a l g u n s b o n s e x e m p l o s

de mercear ias que já cá es tão há muitos anos que vão diversificando e personificando os seus serviços. Exemplos disso, são as mercearias que se encarregam elas próprias de levarem os produtos às casas dos clientes porque há muitas pessoas, sobretudo idosos, sem mobilidade e transporte. Este pode ser um ca-minho”, sugere o autarca joanense.Já Paulo Cunha fa la em a juda ao comércio tradicional. “Temos dispo-nibilidades e meios para encaminhar problemas que possam surgir com o pequeno comércio. Não podemos proteger o pequeno comércio fechando o investimento àqueles que têm potencial e vontade de criar infra-estruturas como esta do Bolama”, conclui.

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 5

Em tempos de crise - em que o no-ticiário dos principais meios de comunicação nacional é dominado por novas com muito pouco ânimo - , um investimento de 10 milhões de euros em Joane só pode ser en-carado com algum ânimo. É certo que está em causa uma loja que vive do consumo de compra-dores, que não produz, que não é uma unidade transformadora. Mas convém não esquecer outro dado: o novo supermercado que abriu há 15 dias em Joane criou também 87 postos de trabalho directos. Numa altura em que o desemprego anda na “casa” dos 10 por cento, não deixa de ser posit ivo. Por outro lado, do ponto de vista urbanístico, não estamos perante um pavilhão inestético, como tan-tos que existem ao longo da estra-da nacional 206 entre Famalicão e Guimarães. E em torno surgirá, por certo, uma outra componente deste investimento: a urbanização que se espera venha a prosseguir os mesmos princípios subjacentes ao ordenamento da superfície co-mercial .

O Largo 3 de Julho em Joane, com as suas “barracas” que duraram

décadas, era tão fraquinho, tão consensualmente “feio” que qual-quer alteração que nele fosse feita só poderia ser melhor. O “pequeno” novo Largo que a vi la vai passar a ter, em 2011, depois de uma verdadeira novela que foi e está a ser a requalif icação, nada tem a ver com o que havia antes. É claro que isso não invalida que muita gente ache dispensável (porque no fundo segue o mal que se tentou corrigir) a opção por construír o edif ício com as quatro lojas, al i colocado de través, a im-pedir o sentido de continuidade a uma praça que poderia ser aquilo que a vi la merece: um espaço de lazer, de convívio, de estar de ca-racteríst icas urbanas. Fica-se com a impressão de que não foi feito tudo o que era pos-sível (neste caso por parte da Câ-mara de Famalicão) para que isso fosse viável . As lojas lá estão, mais bonitas, apesar de tudo; o Largo está “de cara lavada”, e resta agora esperar que depois da inauguração ele se transforme num centro aprazível e cuidado. E neste aspecto não basta apontar culpas se cada um não as-sumir a sua responsabil idade.

EdiTORiAL

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ANTÓNIO SILVAo empresário do grupo bolama contraria o cenário de crise que por aí circula, ao investir 10 mi-lhões de euros numa nova loja do grupo em Joane.

ATC JOANEem tempo de crise, é uma boa notícia o anúncio da aTc de Joane de que vai lançar um programa de apoio à criação de micro-empresas destinadas apenas a desempregados. Res-ta esperar que o orçamento da aTc para 2011, afectado pela conjuntura de crise, não ponha em causa o projecto.

MANUEL MACHADOo actual treinador do Vitória de Guimarães, que está a fazer uma boa época futebolística, fala ao Rl sobre Joane. Porquê?

Porque o técnico foi, durante 15 anos, professor na escola se-cundária da vila.

LUÍS REPRESASo cantor, fundador dos Trovan-te, esteve em Joane e mogege em acções de promoção do seu primeiro livro junto das esco-las. luís Represas respondeu a perguntas, vendeu livros e deu autógrafos.

CONFRARIA DOS BOMBOSo grupo de airão Santa maria quer reunir 500 tocadores de bombo na freguesia, em De-zembro, por ocasião das festas a Santa luzia.

JUNTA AIRãO S. JOãOa pensar nos idosos, a autar-quia lançou o Gabinete de en-fermagem. É gratuito.

PROTAgOnisTAs

repórter local | propriedade e editor - tamanho das palavras, lda, rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de airãotelefone 252 099 279 e-mail [email protected] | Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte, luís pereira Director Joaquim Forte ( [email protected]) | redacção luís pereira ([email protected]) | paginação Filipa Maia | colaboradores ana Margarida cardoso; custódio oliveira; elisa ribeiro; João Monteiro; analisa Neto; emília Monteiro; luís Santos; Sérgio cortinhas; luciano Silva; Joana cunha; Miguel azevedo; antónio oliveira | Impressão Gráfica Diário do Minho | tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: alberto Fernandes | registo IcS 122048 | NIpc 508 419 514

Investimento em tempo de crise

JOAQUIM FORTE

NA REDE

PAG. 17REPORTAGEMo Rl acompanhou vá-rias pessoas que doa-ram sangue, no dia 25 de Novembro, na re-colha que teve lugar na escola bernardino ma-chado, organizada pela associação de Dadores de Sangue de famalicão

http://www.freg-mogege.pt/o sítio na Internet da Junta de fre-guesia de mogege. embora pouco actualizado, permi-te aceder a fotografias (um número bastante reduzido, porém), fornece dados históricos, informações so-bre o movimento associativo, festas e romarias desta freguesia do con-celho de famalicão.

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6 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

FÓRuM

O qUE SE DIzA FRASE DO MÊS

“Há muito que devias ter levado no focinho, minha grande vaca”frase atribuída por uma trabalhadora ao pa-trão de uma empresa têxtil de Guimarães, segundo a lusa

“capital da cultura Guimarães 2012 é de importância estratégica para o Vale do ave”armindo costa, presidente da câmara municipal de famalicão

“Famalicão voltou a ser notícia pelas pio-res razões (...) o nosso cadastro colectivo foi manchado por um acto impensado do dono de uma mercearia grande - de in-sígnia estrangeira, ainda por cima”carlos Sousa, blog o Povo famalicense

“câmara de Guimarães vai contratar 26 técnicos superiores em 2011 para dife-rentes serviços da autarquia”www.guimaraesdigital.com

”Bernardino Machado foi um homem que pensava o estado e a sociedade. cem anos depois, o investimento na instrução tem plena actualidade” Paulo cunha, vice-presidente da câmara de famalicão

“Fui eu que pedi à minha mãe para ir para o Brasil. ao cruzar a fronteira de Vilar Formoso, ouvi na tSF: “´Fátima Felguei-ras está em prisão preventiva”. ela olhou para mim e disse acelera” Sandra felgueiras, filha da ex-presidente da câ-mara de felgueiras, correio da manhã

“os sindicatos dos enfermeiros não per-cebem porque é que só os médicos po-dem acumular salários e reformas”Revista Sábado

“pS quer descontos para clientes que prescindam de sacos no supermercado”Título do jornal Público

“Dantes, perto de cada aldeia havia uma fábrica. Hoje, há um hipermerca-do. o excedente de mão-de-obra rural que outrora ia trabalhar nas linhas de montagem vai agora para as caixas re-gistadoras”.Paulo moura, Público

Gerente de supermercado atropelou grevistas

Fiéis podem assistir à missa dentro dos carros com o cão ao lado

O gerente do “Intermarché” de Calen-dário atropelou duas mulheres que se encontravam integradas no piquete de greve à entrada do parque de estacio-namento da loja. O mesmo responsável apontou ainda a arma à cabeça de um outro grevista.As duas mulheres fer idas receberam tratamento hospitalar . A PSP tomou conta da ocorrência. O gerente foi de-tido e levado à esquadra. A viatura foi apreendida. Fonte: Expresso

Na Florida (Estados Unidos da América), há uma igreja cristã onde os crentes podem assistir à homilia sentados no seu automóvel e com o cão ao lado. Todas as semanas há pelo menos 700 f i é i s q u e o u v e m o s e r m ã o d o p a d r e sintonizando o auto-rádio. A missa é celebrada ao ar livre, perto da igreja, e as pessoas podem assistir dentro dos carros, acompanhadas por quem quise-rem, incluindo cães. Basta sintonizar no auto-rádio a frequência certa.Fonte: Sábado

QU

e Pe

NSa

R!

Novembro é um mês estranho. acaba o Dia de Todos os Santos ( logo no dia um) e começa o Natal . Todos dizem que é preciso poupar, as câ-maras e as juntas de freguesia anunciam cortes nas i luminações natalícias mas, a meio do mês, já não faltam sininhos e es-trelinhas a alumiar as ruas. o mesmo acontece nas casas particulares onde parece haver um estranho concurso para ver quem põe primeiro o ‘pisca-pis-ca’ a piscar na varanda .este ano, Novembro foi também o mês do corte nos abonos. muitos dos que achavam que esta medi-da era ‘só para os ricos’ , perceberam, f i-nalmente, que a crise é para todos e que basta aumentar o IVa para que todos os preços aumentam independentemente do número de supermercados existentes por metro quadrado.

Novembro das folhas a cair, das casta-nhas quentinhas, das romãs e do outono é também o mês das fábricas a fechar, o mês da greve geral , o mês das apertadas l istas de compras e das ‘candidaturas ’ aos cabazes de Natal das instituições de soli-dariedade. acredito que nenhuma família f icará rica se receber dois ou três cabazes mas acre-dito que a verdade e a honestidade devem voltar a reinar entre os valores éticos que governam a sociedade. e há, por aí , tanta pobreza encoberta pela vergonha de pe-dir!a doçura de Novembro, que já cheira a Natal , podia servir de embalo a uma pe-quena ref lexão sobre o que mudou de um ano para o outro. mas, para isso, é preciso alguma coragem. e, estou mesmo conven-cida, que actualmente, pensar pode ser um acto muito perigoso.

JoaNe, 1962a fotograf ia apresenta , no verso, a data de 25 de Janei ro de 1962. a Velha igre ja de Joane , mais a sua torre sineira , mal se apercebem do perigo que espreita nas costas. ao fundo, perigosamente perto, o “fosso” da nova igreja , começada a construír sete anos antes , como que se prepara para engol i r o monumento.. . e engoliu, de facto!

DIA

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é ASSIMOPINIãO

Doce Novembro

eMÍlIa MoNteIro

Se TIVeR foToGRafIaS aNTIGaS, QUe moSTRem

aSPecToS QUe JÁ DeSaPaReceRam oU efeIToS

DaS alTeRaçõeS Na PaISaGem Da SUa TeRRa,

e Se aS QUISeR PaRTIlHaR com oS leIToReS,

eNVIe PoR maIl , GeRal@RePoRTeRlocal .com,

oU PoR coRReIo.

Page 7: Repórter Local

REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 7

JoaNe • PolÍTIca

A JSD de Joane vai a votos no dia 11, mas corre o risco de não poder usar , como

anunciou, a antiga sede da Junta. Segundo apurou o RL, a Jota pediu aquele espaço à Junta mas não esperou por resposta para fazer a publi-citação do acto eleitoral, no-meadamente no órgão oficial do PSD. O RL apurou que a antiga sede pode não estar livre para o dia pretendido. A alternativa poderá passar pela actual sede. No entanto, a a l ternat iva col ide com a legalidade do acto eleitoral.O actual presidente recandidata-se ao cargo e, ao que tudo in-dica, Luís Fernandes não terá opositor. Depois da notícia do RL de que o núcleo de Joane violava os estatutos quanto à

duração dos mandatos e da possível candidatura opositora, a concelhia da JSD acelerou o processo eleitoral. O protagonista da alternativa seria Simão Sousa. Na altura, ao RL, Hélder Costa, presi-dente da concelhia, revelou o apoio a Luís Fernandes e assegurou que Simão Sousa não constava da lista de mili-tantes, pelo que não poderia candidatar-se. Simão Sousa confirma, mas assegura que a ficha de adesão foi entregue em Abril. E acusa: “há alguém interessado em que eu não seja militante”. Ao RL, Luís Fernandes fala do acto e le i tora l e mostra reservas quanto ao projecto de renovação do centro da vila por parte da Câmara de Famalicão (ver caixa).

luís fernandes é o único candidato às eleições na JSD, a 11 de Dezembro

PSD vs JUNTA Guerra de comunicadosA Junta de Freguesia de Joane (PS) acusa o PSD local de “falta de ideias e de ter digerido mal a derrota” de há um ano. Em comu-nicado, responde às acusações feitas pelo PSD que, em jeito de balanço, c lass i f ica o pr imeiro a n o d e m a n d a t o d a J u n t a d e “francamente negativo”.“Um ano bastou para demons-trar o embuste das promessas do PS”, escreve o PSD.“O PSD elegeu como o proble-ma que mais preocupa os joa-nenses a gravação das sessões d a A s s e m b l e i a d e F r e g u e s i a , confundindo os seus problemas e lu tas com os problemas dos joanenses”, responde a Junta.A não concretização da rotunda j u n t o à n o v a f e i r a é t a m b é m apontada pelo PSD. “O recinto de sonho prometido terminou numa feira de pesadelo”.A Junta afiança que o PSD sabe que a rotunda só será efectuada se se confirmar a ligação rodovi-ária a Mogege. “Anda obcecado em dizer mal por dizer e arrisca-se a dizer asneiras. A nova feira é um sucesso. Tínhamos razão quando decidimos avançar com a mudança. Fomos visionários e isso irrita solenemente o PSD”,

refere a Junta.O PSD acusa a autarquia de estar “ s e m r u m o ” , m u i t o p o r f o r ç a d o q u e d i z s e r o “ a b a n d o n o ” das suas funções por parte de Sá Machado, que “ofereceu em herança a gestão diária ao seu vice”.“Só um PSD de Joane, com um líder ausente a cerca de mil Km de distância (Madeira) , pode-ria emitir um comunicado que revela todo o desconhecimento d a s n e c e s s i d a d e s d e J o a n e ” , contrapõe a Junta PS.A Junta desafia o adversário a pronunciar-se sobre o “a lhea-mento da Câmara” em relação a Joane e sobre os atrasos nas o b r a s d o L a r g o 3 d e J u l h o e do Centro Escolar . “A Câmara não atr ibui nenhum protocolo a Joane e por isso as obras não a p a r e c e r a m . O p r e s i d e n t e d a C â m a r a n e m o p r e s i d e n t e d a Junta de Joane recebe” , d iz a autarquia PS. O PSD vê na atitude da Junta em relação à Câmara um crescendo de agressividade. “O presidente de Junta, mais preocupado com o s e u f u t u r o p o l í t i c o , p a s s o u a trabalhar contra a Câmara”, acusa o PSD.

“Centro da vila poderia ser melhor”

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Porque se recandidata?Para reestruturar o núcleo e ajudar a ganhar a Junta em 2013. Que actividades foram promovidas no seu mandato?Fizemos um “bike papper” e empenhámo-nos na candidatura de Porfírio Carvalho.É suficiente para uma recandida-tura?A JSD não pode resumir-se às act ivi -dades lúdicas. Fizemos um trabalho de proximidade com o partido de forma a sermos o “braço armado” do PSD.Que objectivos tem?Aumentar militantes e fazer colóquios. Que tem a dizer sobre a violação dos estatutos no que toca à duração de mandatos?Nunca deveria ter acontecido mas já vinha sendo prática de mandatos anteriores. A situação manteve-se porque também exis t iu uma mudança na direcção da concelhia. No congresso nacional, está prevista a alteração do mandato para dois anos.

N ã o s e c o n s e g u e e n t e n d e r c o m Simão Sousa?Não consta dos cadernos e le i torais e a minha preocupação deve ser com os militantes. Gosta da JSD e nessa medida atribuo-lhe algum crédito.Foi “empurrado” para a liderança da JSD?Não mas não tive o apoio necessário do partido. Fui lançado aos 19 anos e sem e x p e r i ê nc i a p o l í t i c a , qu e e n t re t a n t o adquiri.Concorda com a mudança da feira?Concordo, mas as condições não são as melhores.O que pensa do novo centro da vila?Falta informação acerca da ocupação da quarta loja. Poderia ser melhor. O centro deveria ter mais interactividade, com esplanadas que atraíssem mais a população. Um posto multimédia para a juventude seria uma boa ideia. O que falta em Joane?Um posto de Internet sem custos e espaços para reunir o associativismo.

Page 8: Repórter Local

8 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

BREVE

a iniciativa Jovem de Vermil (dia 20) contou com fraca adesão de jovens. ao desafio da JSD local compareceram apenas 12 jovens que lança-ram ideias para dinamização da juventude local, nomeada-mente a promoção de talentos nas áreas da pintura , música , dança, fotografia e literatura , e a criação de um dia para fo-mentar a prática de desporto e hábitos de vida saudáveis. a organização não deixou de criticar “o alheamento cívico dos jovens, que se excluem a si própriosda cidadania acti-va” deixando que “alguém de-cida por eles”.

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VerMIl • PolÍTIca

EnCOnTRO dE jOvEns COM FRACA AdEsãO

INAUGURAÇÃO EM VERMOIMA Associação Cultural de Vermoim inaugura sábado, 4 de Dezembro, pelas 16h30, as obras de melhoramento da sua sede, com a presença de representantes da Câmara de Famalicão, seguindo-se um magusto convívio aberto à população.

roNFe • INVeSTImeNTo

A Câmara Municipal de Guimarães está a negociar com o proprietário de um terreno localizado por detrás do Pavilhão Aurora Cunha para instalar as futuras piscinas cobertas da vila.A i n f o r m a ç ã o é a v a n ç a d a a o R L p o r f o n t e l i g a d a a o p r o c e s s o q u e assegura que as negociações estão “bem encaminhadas”. A novidade foi dada recentemente aos autarcas do concelho, no decorrer da tradicional reunião com os presidentes de Junta, com vista à elaboração do plano e orçamento da Câmara para 2011.Recorde-se que o local inicialmente previsto para as piscinas cobertas s i t u a v a - s e n a m e s m a z o n a o n d e deverão acabar por ficar instaladas. O terreno previsto inicialmente, junto à escola Abel Salazar, foi, entretanto, d e s t i n a d o à i n s t a l a ç ã o d o f u t u r o Centro Escolar da vila.O município de Guimarães deverá avançar já em 2011 com o início da construção das piscinas uma vez que a candidatura a programas de apoio

financeiro já se encontra aprovada.Em declarações ao RL, o vice-pre-s idente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, admitiu que o terreno junto ao pavilhão é um dos três que estão a ser alvo de negocia-ções. “Temos três terrenos em vista e estamos ainda a negociar. O que posso dizer é que são todos

terrenos

s i tuados na zona central da v i la” , disse Domingos Bragança.Confirmando-se a localização, Ronfe fica com uma zona central da freguesia que reunirá dois equipamentos des-portivos (pavilhão e piscinas) e dois equipamentos de ensino (a escola EB 2/3 e o futuro Centro Escolar).

Piscina pode ficar junto ao Pavilhão

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 9

Novembro

CONFRARIA DOS BOMBOSA Confraria dos Bombos de Airão Santa Maria quer reu-nir 500 tocadores na freguesia, no dia 18 de Dezem-bro (14h30) junto à capela de Santa Luzia. Para uma maior participação, a Confraria disponibiliza bombos a quem não tiver e queira participar.

S ã o i m p o r t a n t e s e s t e s e n c o n t r o s c o m o s alunos?N a m e d i d a e m q u e t o r n a m a s c o i s a s m a i s pessoais , o contacto entre o autor e o le i tor é sempre importante . Desta forma , o autor deixa d e s e r u m s e r e s t r a n h o p a s s a n d o a s e r v i s t o como alguém como eles . além disso, há espaço para a interacção. estes encontros são também importantes para nós enquanto autores uma vez q u e p o d e m o s s e n t i r a r e a l i d a d e d o a m b i e n t e escolar.

Gostou do que encontrou em Mogege e Joane?fo ra m e n co n t ro s co m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e s . e m m o g e g e e ra m c r i a n ç a s m u i t o p e q u e n i n a s com quem temos de fa lar com uma l inguagem di ferente . em Joane fo i num ambiente mais de debate , onde os miúdos prepararam questões maravi lhosas .

D e p o i s d e “a c o r a g e m d e t i ç ã o ” , p o d e m o s esperar por um novo l ivro?claro que lhe tomei o gosto, teremos de aguar-dar pela hora em que chegar um novo impulso para escrever.

escrever um l ivro é uma espécie de prolon-gamento de uma música?É outra música muito própria!

luís Represasa escrita do Trovante

Sérgio Cortinhas É talvez o maior investimento público ou privado de sempre em Joane. o que prova que a região de Joane é uma terra com enormes potencialidades económicas, ainda por explorar. Se assim não fosse, como se justificaria que uma empresa privada investisse dois milhões de contos num dos momentos mais críticos da história recente de Portugal. É também um sinal das potencialidades e necessidades de investimento público que tanto tem faltado em Joane. Ângela Machado o bolama é o cristo Rei de Joane!Nova Optica Joane está a precisar de uma “novidade” porque o comércio de uma forma geral está adormecido! Nesta perspectiva é bom noticiar estes eventos!Roque da Cunha Não critico ninguém e espero muito sucesso. o que é bom para uns é menos bom para outros.Carla Mendes Já temos em Joane quem faz mais barato e já cá está há algum tempo. mas é bom ter cá o bolama para haver mais emprego.Ângela Machado foi uma inauguração abençoada! estou ansiosa por chegar a Joane e fazer peregrinação até ao bolama! Repórter Local Não se esqueça do bordão de peregrino!Marciana Teixeira Parece-me que vai provocar o fecho de pequenos supermercados. VivaLight HealthClub É uma mais valia para Joane, já era preciso uma superfície com estas condições e muito bem situada. os mercados mais pequenos vão ser afectados mas espero que não fechem. Manuel Cunha Será que os produtos no bolama são na maioria produzidos cá? Sérgio Cortinhas a empresa construiu um novo empreendimento que sob o ponto de vista urbanístico (apesar da volumetria da construção) é exemplar e revelou bom gosto. outros sigam o seu exemplo no futuro.

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a abeRTURa Do SUPeRmeRcaDo bolama em JoaNe DomINoU a DIScUSSÃo No facebook

JÁ SomoS 1600!

: : MINI ENTREVISTA : :

o c a n t o r l u í s Re p r e s a s e s t e ve e m Jo a n e e e m mogege, no dia 18, a apresentar o seu pr imeiro l i v r o , “a c o r a g e m d e T i ç ã o ” . o f u n d a d o r d o s Trovante encontrou-se com as cr ianças das es-colas do pr imeiro c ic lo e jardim-de-infância de mogege e depois da escola bernardino machado d e J o a n e . N o s co n t a c t o s , a u t o g r a f o u l i v ro s e

respondeu aos a lunos .luís Represas disse que nunca teve intenção de escrever um l ivro para cr ianças , mas s im “contar uma his tór ia para le i tores dos 7 aos 70 anos” e confessou a sua paixão pela música e pela escr i ta , sa l ientando a importância da le i tura : “ todos os l ivros são bons para se ler ” .

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10 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

CAMINHAR PARA AJUDARA Associação Teatro Construção de Joane promove no dia 12 de Dezembro a caminhada e passeio de bicicleta entre a Casa de Camilo, em Seide, e Joane com o objectivo de juntar bens e produtos para ajudar os que mais precisam. As inscrições custam 1 euro + 1 bem de consumo.

Tem saudades de Joane?Tenho. É um sít io que recordo e onde de vez em quando ainda vou, sobretudo para conviver com os colegas do grupo de Educação Física da escola secundária. Mantém, portanto, ligação com a escola s e c u n d á r i a P a d r e B e n j a m i m S a l g a d o (ESPBS).Só do ponto de vista afectivo. De resto, a l igação é apenas ao nível do en-s ino. Eu sou professor e estou com l icença sem vencimento. Que recordações tem da vila?Estive 15 anos a dar aulas em Joane. Poderia ter mudado de escola e nunca o f iz , por isso, a s r e c o r d a ç õ e s q u e t e n h o s ó p o d e m s e r a s melhores. Gostava daquele ambiente semi-rural de Joane.O que conhece da vila?Conheço a lguns restaurantes: Porta Larga, C a f é C e n t r a l e S e r e n a t a . E r a m s í t i o s o n d e d i a r i a m e n t e f a z i a r e f e i ç õ e s . J o a n e é u m a pequena vi la, não haverá assim muito mais, além disso… Do que conhece, acha que faltam equi-pamentos desportivos em Joane?Apesar de não ter uma noção muito efectiva da realidade (as coisas entretanto podem ter mudado) , pe lo que conheço, acho que es tá bem equipada. A construção das piscinas veio complementar o que já existia, nomeadamente os espaços muito bem equipados que tem a Escola Secundária. As aulas de educação física eram uma espécie de ensaios para os treinos que depois fazia nos clubes de futebol?São coisas diferentes. Uma coisa é desporto d e r e n d i m e n t o , o u t r a , b e m d i f e r e n t e , é o desporto inserido no processo educativo.

C h e g o u a “ a p r o v e i t a r ” a l g u n s a l u n o s para os clubes?Lembro-me do Armando Silva, de Brito, que s e p r o f i s s i o n a l i z o u e c h e g o u a j o g a r n a I Divisão de futebol.O que o fez ser treinador de futebol?S e m p r e e s t i v e l i g a d o a o d e s p o r t o . A m o -d a l i d a d e q u e a j u d o u a o m e u c r e s c i m e n t o desport ivo fo i o andebol , desporto em que me federei , em paralelo com as aulas de Edu-cação Fís ica . A dada al tura surge o convite d o V i t ó r i a d e G u i m a r ã e s p a r a p r e p a r a d o r f ísico e, no seguimento disso, acabei por ter alguma formação no futebol, que, à data, não conhe c ia mui to be m. De pre parador f í s i co passei a técnico e coordenador da formação até que a dada altura entendi que me poderia lançar a solo. Comecei então no Fafe, da III Divisão, passei pelo Moreirense, Académica, Braga e regressei a Guimarães. O que é indispensável num treinador de futebol?Tem que ter conhec imentos espec í f i cos da modal idade. Deve ter qual idades l igadas à gestão de grupos. É fundamentalmente um gestor de recursos humanos. O sucesso de-pende de muitos factores , invoco sempre o sentido de justiça que tem de estar presente. Num grupo em que todos têm ambições, só 11 jogam e por isso a selecção tem de ser feita com base na justiça.O Vitória está em segundo lugar. É possível acreditar que uma equipa dita menor pode ganhar a I Liga de futebol?É p o s s í v e l , m a s a e s t a t í s t i c a n ã o a b o n a a favor. Em duas décadas só dois cubes, além dos três grandes, conseguiram a proeza. Um deles, o Boavista, pagou a factura muito forte do invest imento e do atrevimento que teve

(desceu de divisão).Isso acontece por fenómenos que ultra-passam o futebol propriamente dito?A realidade é que os três grandes reúnem uma base social de apoio e uma cobertura medi-ática que se diferencia dos restantes clubes d e u m a f o r m a a b i s s a l . A l é m d i s s o , o s t r ê s grandes gerem orçamentos dez vezes maiores que os restantes. Tudo isso, obviamente que o s d i s t i n g u e e o s t o r n a p e r m a n e n t e m e n t e favoritos. Qual é a sensação de disputar um derby c o m u m r i v a l ( B r a g a ) q u e t a m b é m j á treinou?Conheço as duas casas mas conheço melhor a do Vitória, porque estou l igado a ela de forma mais duradoura. Ambos têm uma dimensão muito semelhante, em termos de estrutura. A di ferença está na massa adepta, a do Vi-tória é muito mais numerosa e aguerrida. O Braga tem tido maior pujança em termos de resultados mas nada disso é permanente, e por isso, a verdade é que ambos os clubes são muito semelhantes. O derby arrasta sempre as mesmas coisas: algum entusiasmo e alguns factores de carácter social que ultrapassam o futebol têm sobretudo a ver com a rival idade entre as duas cidades. Foi justo o resultado (2-1)?Foi. Houve quem o contestasse mas é sempre assim, quando se perde, encontram-se sempre razões para a tenuar e jus t i f i car a derrota . Temos que ser compreensivos quanto a isso.O que seria um bom resultado para o VSC, no final da época?Cumprir o objectivo traçado de forma clara: f icar nos cinco primeiros, fazendo com que isso se traduza uma participação em compe-tições europeias.

“GOSTAVA DO AMBIENTE SEMI-RURAL DE JOANE”Luís Pereira

maNUel macHaDo

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 11

as varizes motivam queixas fre-quentes na consulta , não só por uma questão estética , mas tam-bém pelo incómodo e mal-estar que podem causar no dia-a-dia . estas são dilatações das veias, que fazem saliência debaixo da pele, ocorrendo quando as veias têm dificuldade em “devolver” ao co-ração todo o sangue que chega às pernas. as varizes, mais frequentes nas mulheres, motivam as seguintes queixas: sensação de peso, can-saço nas pernas, dor, inchaço nos tornozelos e prurido. estas surgem mais frequentemente nas alturas de maior calor, especialmente no Verão. É mais frequente quando se está muito tempo de pé, assim como nas pessoas obesas ou du-rante a gravidez .existem alguns cuidados que deve ter, caso sofra de insuficiência ve-nosa . evite o excesso de peso, de-vendo usar roupa cómoda, folga-da . evite a prisão de ventre; faça exercício, se possível diariamente. Quando estiver sentado evite ter as pernas cruzadas e tente elevá-las. Se se sentir confortável, dur-

ma também com as pernas eleva-das (cerca 10 cm). Tente usar meias de compressão: deve colocá-las assim que se le-vantar da cama. Duche de água fria sobre as pernas também aju-da a aliviar a sensação de pernas pesadas. Se a sua profissão o obri-gar a estar muito tempo de pé, faça alguns exercícios, tais como colocar-se em “pontas de pés “re-petidamente; evite estar perto de aquecedores ou outras fontes de calor, pois agravarão as queixas.existem medicamentos para me-lhorar os sintomas, mas que, infe-lizmente, não conseguem eliminar as varizes.Se apesar de todas as recomen-dações anteriores as queixas se mantiverem, deve procurar o seu médico. Deve também procurá-lo se sentir dores ou apresentar inflamação ou ferida na região de uma variz ou se após alguma pancada uma variz sangrar. No caso de sentir uma dor forte na barriga da perna, acompanhada de inchaço e incómodo ao andar deve igualmente contactar o seu médico.

HaJa sAÚdEelISa rIBeIromÉDIca

VarIZeS

o TReINaDoR Do VITóRIa De GUImaRÃeS (3º claSSIfIcaDo Na lIGa De fUTebol) foI PRofeSSoR Na eScola SecUNDÁRIa De JoaNe DURaNTe 15 aNoS.

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12 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

A actualidade informativa e a maneira como as matérias são abordadas nos média é algo que, estando eu no último ano do curso de Ciências da Comunica-ção, me fascina em particular. O jornalismo tem a capacidade – o poder – de nos dizer sobre o que falar e como pensar os di-ferentes assuntos. Basta pensar em ondas noticiosas como as de Maddie McCann ou o Processo Casa Pia. Enquanto os jornais falam disso, nós falámos dis-so. Quando, de repente, surge uma outra onda noticiosa, tudo é esquecido. Alguém se lembra como está o caso Freeport? E o caso Moderna? A actualidade informativa de Novembro pode ser resumida em três palavrinhas que andam nas bocas do mundo: Cimeira da NATO. Sobre isto, teria mui-to para dizer. Podia falar da for-ma como a cimeira se meteu e complicou a minha vida, mesmo estando eu a mais de 300km. Mas não vou falar do facto de o país praticamente ter parado por causa da cimeira. Ou de não ter ido ver o concerto dos Arca-de Fire, marcado para dia 18, no Pavilhão Atlântico e, defini-tivamente, não vou falar do fac-to de ser mais difícil entrar no Parque das Nações nesse fim-de-semana do que na Coreia do Norte. Mas vou, definitivamente, falar de um outro facto: com a NATO reunida em Lisboa, não há crise em Portugal. Pelo menos, não existiu nos nossos noticiários, durante a semana da realização do evento. Não que me esteja a queixar. As peças noticiosas fei-tas em supermercados a compa-rar preços já estavam a dar cabo de mim. Pior do que a crise em si, são os jornalistas a acentuá-la – e contra mim falo.

Mas também me cansei de ver peças sobre segurança, a visita das primeiras-damas aos nossos museus e o marido da Ministra da Defesa da Noruega.Obviamente, compreendo a de-cisão das redacções. Estaria a ser ignorante se dissesse que não percebo porque é que esta cimeira teve tanta cobertura mediática. Entendo a importân-cia e dimensão da cimeira para um país que acabou de ter as-sento no Conselho de Segurança da ONU. Se eu fosse editora de um jornal, a minha agenda não teria sido diferente. Mas, en-quanto espectadora, fico cansa-da da repetição, das peças mui-tas vezes vazias de conteúdo, dos directos sem nada para di-zer. E isso aconteceu vezes sem conta na cobertura da cimeira. Para os mais atentos e curiosos, agenda mediática é um óptimo objecto de estudo. Nós abraça-mos as ondas noticiosas, mui-tas vezes sem sequer dar conta do esquecimento dos assuntos. Somos todos peões no xadrez do jornalismo. É-nos dito o que pensar, como pensar, sobre o que falar. A agenda noticiosa dita, mais do que a actualidade informativa, os temas de con-versa das nossas vidas. Interfe-re na nossa vida particular mais do que aparenta. O jornalismo é um misto de malvadez e beleza. É quase um personagem de romance, onde nunca temos a certeza se ele é bonzinho ou não.

O jornalismo é um misto de malvadez e beleza . É quase um personagem de romance, onde nunca temos a certeza se ele é bonzinho ou não.

JUDO NA CASA DO POVO DE RONFEA secção de Judo da Casa do Povo de Ronfe está a aceitar inscrições de atletas. Os treinos para crianças até aos 13 anos decorrem às quartas-feiras (19h00) e aos sábados (10h30). Para as restantes idades, há treinos às segundas e quintas-feiras (19h00).

Tsunami noticioso

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 13

JoaNe • fUTebol

Sabor das vitóriasGolo da vitória joanense frente ao Vila meã marcado, em tempo de descontos, por Hélder

a associação escola de atletis-mo Rosa oliveira participou na I corrida Hospital da cUf, no Porto. Rosa oliveira venceu na geral feminina , Hermínia Pe-reira no escalão Veteranos II, andré machado em Juniores e custódio mota em Veteranos V. Paulo oliveira f icou em 3º lugar ( Vet . I) e américo oliveira em 4º ( Vet .II) .

JoaNe • aTc

BAsKETem jogo da 8.ª jornada do cam-peonato Distrital da associação de basquetebol de braga, os cadetes da associação Teatro construção (aTc) venceram o VSc Guimarães por 44-39, ga-rantindo o apuramento para a fase f inal. Nos restantes jogos dos campeonatos distritais, des-taque para a derrota das junio-res aTc , em casa , frente ao Sc braga, por 59-37. os iniciados também perderam com o Sc braga . as iniciadas, também em braga, venceram por 63-48, ga-rantindo a presença na fase f i-nal. os juniores e as cadetes, em casa , venceram a aDce Diogo cão por 59-44 e o bc barcelos por 55-49.

caStelÕeS • aTleTISmo

s. siLvEsTRE dA AdECA a aDeca – associação Despor-t iva de caste lões , promove no próximo dia 18 de Dezembro mais uma edição da tradic io-nal corr ida de S . S i lvestre . Ins-cr ições e informações junto da inst i tu ição.

JoaNe • aTleTISmo

ROsA nO PÓdiO

Depois do empate f rente ao mon-dinense, o GD Joane bateu (domin-go, 28) o Vi lã meã por 1-0. o golo só surgiu quase no f inal , apontado por Hélder. com este resul tado, o Joane cont inua imbat ível nos jogos em casa e soma mais t rês pontos na tabela . os pr imeiros minutos f icaram mar-cados por vár ios cantos e contra ataques rápidos que não a l teraram o marcador. aos 12 minutos , o Vi la meã teve uma grande oportunida-de de golo, desperdiçada por f i l i -pe cândido: o remate à meia volta passou perto da bal iza de Sérgio . apesar das oportunidades , o Joane não conseguiu adiantar-se no mar-cador, revelando def ic iências ao nível da f inal ização.Na segunda parte a equipa or ien-tada por Jorge bapt is ta assumiu o controlo do jogo, mostrando-se mais sol ta e des inibida . esta a l te-ração teve o condão de aumentar a per igosidade dos lances junto da bal iza do Vi la meã. Perto do f inal do tempo regula-mentar, Jorge bapt is ta fez entrar Hélder, que v ir ia a protagonizar, já em descontos , a a l teração no mar-cador : após canto de Gi l , cabe-ceou sem hipótese para o guarda-redes Torcato.

Com este resultado, o Joane continua imbatível nos jogos em casa e soma mais três pontos na tabela.

Redacção

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14 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

A abertura do supermercado Bo-lama em Joane é , naturalmente , o g r a n d e t e m a d o m o m e n t o e m J o a n e . S a ú d o e s t e i m p o r t a n t e investimento privado na vi la. Num momento de profunda crise, que tem massacrado especialmen-t e a r e g i ã o d o V a l e d o A v e , e s t e investimento vem criar emprego, o que é sempre bem vindo.A c r e s c e q u e t o d a a i n t e r v e n ç ã o resultante deste investimento foi bastante fel iz . A qualidade arqui-tectónica do edi f íc io é evidente . D o p o n t o d e v i s t a a m b i e n t a l , a f o r m a c u i d a d a c o m o f o i t r a t a d a a Ribeira de Cortinhas é notável . F i n a l m e n t e , t a m b é m d o p o n t o de vista urbaníst ico, toda a zona f icou a ganhar. Os acessos criados são um exemplo d e b o a s p r á t i c a s q u e d e v e m s e r o b s e r v a d a s d e f u t u r o . O a r r u a -mento criado tem dimensão, está dotado de passeios e equipado com i luminação e sinalização.A c o m p a r a ç ã o c o m o s a c e s s o s criados pela Junta de Freguesia à nova feira é mortífera para a obra d a J u n t a . E s p e r e m o s q u e , p e l o

menos, a Junta de Freguesia possa ter aprendido como se fazem obras.O comportamento do Partido So-cial ista em relação a este projecto m e r e c e s e r b e m c o n h e c i d o . O promotor do projecto é a primeira entidade que merece ser felicitada pelo resultado f inal . T a m b é m a C â m a r a M u n i c i p a l , enquanto entidade licenciadora da obra, tem méritos evidentes neste p r o j e c t o , n ã o s ó p e l o r e s u l t a d o f i n a l , m a s t a m b é m p o r , d e s d e a pr imeira hora o ter considerado de interesse municipal . E o que fez o Part ido Social ista? Votou contra o interesse municipal do projecto.Esta atitude do Partido Social ista não é nova em relação a projectos inovadores em Joane.

Há alguns anos, o Sr. Presidente d a J u n t a m a n i f e s t a v a - s e c o n t r a a construção do Centro Social da Paróquia nos terrenos do ant igo campo de futebol. Pois bem, o Centro está feito e é um sucesso. Talvez a Junta se orgulhe mais do posto de abastec imento de combustível junto à capela de S . Bento ou de outros por s i pa -trocinados que não adianta aqui enumerar.O que estas atitudes demonstram é que o Partido Social ista em Joane não só não faz obra que se veja e reconheça, como, ainda por cima, dif iculta a vida aos privados que a querem fazer.

opINIÃo

A que pode aspirar uma vi la que anualmente se depara com orça-mentos na casa dos 300/400 mil euros? Deste orçamento tem que p a g a r f u n c i o n á r i o s , m a n u t e n -ção da sede de Junta , água , luz , consumíveis e material . Tem que retirar verbas para todas as obras de manutenção que uma vila exige, como limpeza de bermas, cuidar de espaços verdes. Tem que subsidiar, na medida do possível, as várias as-sociações e os eventos desportivos e culturais que decorrem durante o a n o . T e m q u e d a r r e s p o s t a s a

muitas pequenas obras urgentes e não previstas que em qualquer altura exigem intervenção da Junta de Freguesia. R e t i r a n d o d o o r ç a m e n t o t o d a s estas verbas indispensáveis à ges-tão diária e mensal , faci lmente se conclui que o orçamento de uma Junta de freguesia ou de uma vi la, o poder polit ico não é capaz por si só, de grandes obras ou projectos. Para que aconteçam invest imen-tos e projectos de média/grande dimensão, terão que ser equacio-nados orçamentos não de um ano só, mas de vários anos e cada Junta deFreguesia terá que ter a coragem d e c e n t r a r o s e u i n v e s t i m e n t o nesse projecto, em detrimento de a l g u m a s i n t e r v e n ç õ e s q u e a t r á s mencionei. A nova feira é disso exemplo. Para hoje ser uma realidade, foi neces-sár io adiar outras obras , e ger ir c o m m u i t o r i g o r o s o r ç a m e n t o s disponíveis. A Câmara não ajudou.

Mas a Câmara Municipal tem por obrigação subsidiar as juntas de f r e g u e s i a e m o b r a s c o m o e s t a . S ó e l a t e m o s m e i o s h u m a n o s e f i n a n c e i r o s p a r a p r o j e c t a r e t o r n a r r e a l i d a d e , p o r e x e m p l o , a Casa Mortuária . Mas quando o projecto anda pelos corredores da Câmara Municipal meses e meses, sendo sistematicamente adiada a sua entrega, cada vez mais longe e s tará a sua construção . Mas os joanenses saberão exigir na altura

própria responsabilidades a quem t e m e x c l u í d o J o a n e d a s o b r a s e protocolos. Mais uma vez a Câmara Municipal anuncia que não haverá protocolos com as juntas de freguesia. Certo é , q u e o e x e c u t i v o d a J u n t a n ã o descansará enquanto o pro jec to não estiver concluído e a obra não estiver lançada a concurso.

C a d a u m d e n ó s e s t á a s e n t i r a cr ise no seu orçamento famil iar . É fundamental avaliarmos no seio da família quais as situações onde podemos fazer contenções, cortes parciais e nalguns casos até, cortes radicais. É imperioso adequar os nossos gastos ao nosso orçamento, e sempre que possível…deixar um bocadinho que se ja para o pé de m e i a . O s t e m p o s q u e s e a p r o x i -mam não serão melhores que os actuais, pelo que, quanto melhor p r e p a r a d o s e s t i v e r m o s , m e n o s árdua será a travessia.

Miguel AzevedoMembro da Comissão Política do Núcleo de Joane do PSD

OPiniãO

Mais uma vez, não há protocolos

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

A lição do Bolama

“Mais uma vez a

Câmara anuncia

que não haverá

protocolos com as

juntas de freguesia”

Luís SantosMembro da Junta de Freguesia de Joane | PS

“A comparação com os

acessos criados pela

Junta de Freguesia à

nova feira é mortífera

para a obra da Junta.

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 15

E m f i n a i s d o s é c u l o X I X , F .Nietzsche d is t inguiu dois mo-mentos na evolução das socieda-d e s : o s m o m e n t o s d e v i o l ê n c i a e os de corrupção. Os pr imeiros caracterizam-se por uma espécie de guerra de todos contra todos, p o r t a n t o , e i v a d o s d e v i o l ê n c i a f ís ica e insegurança; os segundos, caracterizam-se por um ambiente conspirativo em que, fundamental-mente, se acredita em tudo o que seja bem dito. Um pouco na esteira d e N i e t z s c h e , s o u d a o p i n i ã o d e que a v io lência nas sociedades é contínua, apenas se transmutando em formas mais sofist icadas.É essa violência (real e simbólica), q u e o e s p e c t r o p o l í t i c o a c t u a l -mente representa, acrit icamente al iado com o status quo (esquerda incluída), fazendo cair por terra, cada vez mais despudoradamen-t e , o m a n t o d e l e g a l i d a d e q u e o m u n d o h e r d o u d o P ó s - S e g u n d a

Guerra Mundial . A par desta, uma o u t r a v a g a n ã o m e n o s v i o l e n t a nos invade: a banalidade. Porém, m a i s p e r v e r s a , e c o m a q u a l t o -dos parecem comungar de forma esquizofrénica, a banalidade/vul-garidade infi l tra-se na sociedade até às entranhas, naqui lo que se p o d e r i a c h a m a r “ u m d o m í n i o a p a r t i r d e d e n t r o ” . I m p r e n s a e s -cr i ta e audiovisual de miseráve l qualidade, notícias tendenciosas, voluntarismo jornalístico, comen-tadores, “opinion makers”, todos, os verdadeiros príncipes da nova ordem. “Os tempos medíocres ge-ram profetas vazios”, disse Albert Camus em “A Queda”. A opressão d e m o c r á t i c a , q u a l B a b i l ó n i a d e papel, nivela direitos e salários por baixo. Melhor, convence a opinião públ ica da absoluta necess idade d e s t e e s t a d o d e c o i s a s . A s e l v a mediática ocupa-se do resto, como canta José Mário Branco, fazendo

de cada homem uma i lha.A onda de vulgaridade estende-se aos meios académicos, trabalhos e teses de copiosa pobreza, todos parti lhando de uma ideia comum: não fazer juízos de valor; não criar doutrina, como se o mais perigoso e evitável de tudo fosse pensar por s i p r ó p r i o . S u r g e o s e n t i m e n t o i n c o n s c i e n t e d e s e p e r t e n c e r a uma época pós “qualquer co isa” mitigado pela tendência (esta, bem consciente) da falta de originalida-de. A erosão das fronteiras entre a realidade e a f icção torna-se tão avassaladora que todos parecem c ap aze s d e a f i rmar e s e s u j e i t ar às maiores barbaridades.T u d o o q u e s e a c r e d i t o u s e d i s -s ipa , excepto aqui lo que sempre ressurge em épocas corruptas: a p unição , a ig norânc ia e , como é ó b v i o , o d o m í n i o d o m a i s f o r t e sobre o mais fraco. Só isto nunca muda.

Luciano SilvaLicenciado em Direito. Membro do BE Joane

Novas formas, velhas ideias

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“Tudo o que se acreditou

se dissipa, excepto a

punição, a ignorância

e, como é óbvio, o

domínio do mais forte

sobre o mais fraco.

Só isto nunca muda.

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA EM RONFEA Assembleia de Freguesia de Ronfe reúne no dia 8 de Dezembro, às 09h30, no Salão Paro-quial. Da ordem de trabalhos faz parte a discussão e votação das grandes opções do plano e orçamento para 2011.

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16 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

UMA QUESTãO DE DISTÂNCIAS OU TIRO NO Péo PSD de Joane anda descontente com o presidente da Junta, Sá ma-chado, por este dirigir a autarquia “à distância” em virtude do cargo que ocupa no conselho de administração do Hospital de famalicão. ora, de Joane a famalicão são 11 kms de distância. o que dizer, então, do líder do PSD de Joane que é director desportivo do marítimo da madei-ra... a mais de mil kms de distância?

CARTAs ABERTAs CoMENDADor APArECIDo

EXMo. PrESIDENTE DA JuNTA DE JoANE

a actual direcção do PSD-de Joane tem dado mostras de actividade. e de que não quer “dormir na forma” para despertar três meses antes das eleições. mas nem tudo ajuda! Nem uma mesa em condições tem para se apre-sentar aos jornalistas! ali es-tão três homens (nenhum deles farto de carnes) amon-toados numa mesinha tipo escola primária .. .!

Prezado e ilustre autarca (ou digníssimo representante) Lá diz o bom povo que “quem o avisa amigo é”. E estou na fir-me convicção de que já está ao corrente deste caso que me leva a lavrar esta missiva de parcas e modestas palavras. Ali na Rua do Relógio, a pou-cos metros do enfiamento para a mui ilustre nova feira sema-nal do burgo, uma casa que dá mostras de já ter conhecido um certo brilho arquitectónico, pe-riclitante, a ameaçar derrocada para o caminho.

Quando vejo as minhas netas que por ali passam a caminho da escola sinto um calafrio só de pensar no que pode acontecer no Inverno, quando os frios ventos que por aqui assolam se fizerem sentir.Prezado autarca, não serão por certo os 11 kms que o separam dos afazeres da autarquia que o impedirão de agir, sempre com o nobre intuito de preservar as populações. Aceite os melhores cumprimen-tos deste que se assina, Comendador Aparecido

por D. VIRINHA

VERMIL NãO é PARA JOVENS!o encontro de jovens promo-vido em Vermil não foi pro-priamente um sucesso. Que o diga o presidente da Jun-ta , armando Vidal, que foi espreitar a iniciativa do seu número dois, marçal mendes. Não deve ter evitado alguns suspiros de desalento face à duzia de jovens presentes. mas como diz o ditado, “o que vale é a intenção”. e tal-vez armando Vidal tenha re-tirado algumas ideias para o programa eleitoral.

SAI UMA MESA NOVA, SFF!

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REPÓRTER LOCAL • NOVEMBRO DE 2010 • 17

“Tenho gosto em dar sangue porque não sabemos o dia de amanhã” cerca de 40 pessoas compareceram à recolha de sangue realizada na escola bernardino machado, em Joane.

D as quatro dezenas de pessoas que se apresentaram quinta-feira, dia 25, na escola Bernardino Machado de Joane para doarem sangue, cerca de 10, na

sua maioria estreias, não reuniam condições para poderem fazê-lo. A iniciat iva foi da Associação de Dadores de Sangue de Famalicão, que com regularidade faz o périplo pelo concelho. A colheita foi feita por técnicos do Instituto Português do Sangue do Porto.Rita Mendes, de Joane foi uma das voluntárias que participaram nesta recolha. Não sendo a primeira vez que deu sangue, a mulher de 37 anos não tem dúvidas que a sua acção “pode salvar vidas”.“Um dia posso precisar ou um filho meu. Dar sangue não custa nada e recomendo vivamente a todos que o façam”, sugere Rita.Deitada na marquesa ao lado de Rita estava Rosa Carneiro, também de Joane, que há 10 anos é dadora de sangue. “Já recebi o diploma! Tenho gosto em dar sangue porque não sabemos o dia de amanhã, o que sabemos é que isto faz falta”, assegura Rosa que nem a “canseira da data e da hora” a impediu de estar presente em mais uma recolha.

A p e s a r d a g r a n d e m a i o r i a d o s d a d o r e s q u e passaram pela escola Bernardino Machado na manhã de quinta-feira serem mulheres, a repor-tagem do RL encontrou Nuno Monteiro a comer um pequeno lanche para combater a possível fraqueza, antes de se deitar para doar sangue.À semelhança de Rita e de Rosa, dar sangue já faz parte dos hábitos deste joanense. “Já há algum tempo que não dava e por isso, quando s o u b e d e s t a r e c o l h a , p r e o c u p e i - m e e m v i r . Penso que desta forma posso ajudar algumas pessoas”, refere.Nuno admite ter f icado “de pé atrás” quando deu sangue pela primeira vez embora assegure que o receio não tem razão de ser. “Encaro de forma normal, é como ir a uma consulta médica. Deveria vir mais gente”.Para quem receia dar sangue, uma das enfer-meiras do Inst i tuto Português do Sangue do Porto, que esteve de serviço na recolha feita em Joane, Rosário Pereira, assegura que, caso o dador siga as recomendações dadas, não há risco de reacção.“Aconselhamos sempre a não fazerem exercício físico nas 24 horas seguintes à dádiva; no caso dos fumadores, não fumar nas duas horas após a colheita e, finalmente, devem alimentar-se e ingerir muitos líquidos de seguida”, aconselha aquela enfermeira.

Luís Pereira | Texto e Foto

REPORTAgEMeNtreVIStaSO RL retoma na próxima edição o conjunto de entrevistas a personalidades da região que já tiveram participação na vida política local. Envie-nos a sua sugestão para [email protected]

Iniciativa da Associa-ção de Dadores de Sangue de Famalicão, a colheita de Joane foi feita por téc-nicos do Instituto Portu-guês do Sangue do Porto.

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18 NOVEMBRO DE 2010 • REPÓRTER LOCAL

localIDaDeS

roNFe • caSo

A e s c o l a d a E r m i d a d e Ronfe foi cedida tempo-rariamente ao artesão António Machado (na

foto). A explicação foi dada ao RL por Silvério Silva, director d o A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s Abel Salazar e responsável pela gestão do espaço desde que ficou devoluto em 2005 aquando do encerramento. António Machado diz ter a ex-pectativa de que a cedência se prolongue uma vez que, adianta, criou uma associação no âmbito do projecto “Ronfe há 50 anos”. A Junta local já pediu explicações à Câmara de Guimarães que re-meteu o assunto para a direcção da escola.“O meu pedido foi feito ao Agru-pamento porque a Câmara não t e m q u a l q u e r p o d e r s o b r e a escola, quem manda é a Direcção Regional de Educação do Norte. Precisei do espaço para montar

o presépio ao vivo (inaugura no d i a 1 8 d e D e z e m b r o ) p o r q u e , para a edição deste ano, desejava montar num espaço exterior que tivesse terra que permitisse re-presentar um rio”, refere António Machado.Versão diferente tem o respon-sável do Agrupamento. Silvério Silva diz que o pedido terá sido feito inicialmente ao município e que este o terá remetido para o agrupamento.“O Agrupamento precisa da esco-la da Ermida embora não a utilize sempre. Analisámos o pedido do Sr. Machado e, como não vemos inconveniente, permitimos que ocupasse a escola com o projecto d o p r e s é p i o a o v i v o ” , r e m a t a Silvério Silva.O artesão diz que está em processo de formalização uma associação que criou - “Associação Cultural e Recreativa Ronfe há 50 anos” - e não exclui a hipótese de pedir a

escola da Ermida para sede. “Ainda não sei bem o que vou fa-zer, estou em fase de ponderação. Aquele espaço era o ideal para dar continuidade ao projecto”, garante.Sobre o assunto, Silvério Silva não dá garantias, dizendo que a ocupação actual é temporária e que um prolongamento terá de ser analisado e só será aceite caso envolva a comunidade escolar.O assunto tem sido comentado em Ronfe. A Junta de Freguesia tem reivindicado o espaço para uma Casa da Juventude e pediu explicações à Câmara sobre “os moldes em que a escola foi ocu-pada por um particular”. Segundo Daniel Rodrigues, “a Câmara remeteu resposta para o agrupamento” e por isso “aguar-damos com expectativa uma vez q u e é c o n h e c i d a a n o s s a l u t a para a l i insta lar uma Casa da Juventude”.

Luís Pereira

Escola da Ermida ocupada por artesão

EM TEMPO dE CRisE, ATC vAi AjudAR dEsEMPREgAdOsa associação Teatro construção (aTc) quer ajudar na criação de em-presas só para desempregados. a ideia faz parte do Plano e orçamento para 2011. “ Vamos reforçar o traba-lho com os desempregados, ajudan-do-os na criação de micro-empresas. Temos o saber e podemos ser uma grande ajuda”, anunciou o presidente da aTc.a crise, diz custódio oliveira , “não pode fazer com que as pessoas desis-tam de criar”. “a crise é uma forma de colocar vidas em risco mas é, sobre-tudo, uma oportunidade de renova-ção e inovação”, referiu.a aTc propõe-se ajudar no estudo de mercado, nos ramos possíveis de criar empresas na região, adaptando a cada perfil e competências.De resto, a crise está presente no or-çamento para 2011, no valor de 2,240 milhões de euros, que será “gerido por directores” e por áreas. Para o di-rigente, os grandes projectos, como o hospital, mantém-se como objecti-vos em 2011 embora dependentes da abertura e do ritmo de andamento de alguns programas de financiamento público, nacionais e europeus.

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Nº 140 • aNo XII • NoVeMBro 2010 GratUIto • MeNSal proprIeDaDe: taMaNHo DaS palaVraS, lDa

252 099 [email protected] www.reporterlocal.comwww.facebook.com/reporterlocal/

Lojas da Feirade remendo em remendoEdifício vai ter “anexo” nas traseiras para caixas da água e EDP Gratuito, o Gabinete funciona

às terças-feiras, das 15h00 às 16h00, na piscina local

Junta lança Gabinete de Enfermagem

O edif íc io com quatro lojas s i tuado no Largo 3 de Julho - em fase de construção - sofreu mais a l terações . Agora , fo i constru ído um “anexo” , nas traseiras, para colocar contadores da água e electricidade. A forma pouco vulgar da obra e a sua estética têm merecido criticas e reparos. Fontes ligadas ao projecto de renovação do Largo asseguram que terá havido um “esquecimento” dos contadores no interior do edifício. “Os técnicos da EDP chegaram cá para fazer a ligação e a verdade é que não tinham como a fazer”, assegura fonte contactada pelo RL.O vereador José Santos, com o pelouro das Obras Municipais na Câmara (dona da obra), diz que não tem informações sobre o assunto, mas coloca de lado a hipótese de esquecimento. “Duvido que uma coisa dessa importância tenha sido esquecida”, refere.À m a r g e m d e s t e i n s ó l i t o , J o s é S a n t o s a v a n ç a que, até ao f inal do ano, a requalif icação f icará concluída. “As lojas estão prontas, falta apenas a ligação eléctrica e, no espaço envolvente, alguns pormenores, como a construção de uma escada de l igação entre o piso de baixo e o de cima. Julgo estarmos em condições de, antes do final do ano, darmos por concluída a empreitada”, adianta. A renovação do Largo 3 de Julho já fez correr muita tinta. As lojas foram construídas para acolher os comerciantes que não chegaram a acordo com a autarquia quanto ao valor das indemnizações. Até

hoje, nenhum responsável político em Joane, do poder e da oposição, teceu elogios à obra.“Sou muito crítico do projecto. Com 100 mil euros tinha-me entendido com todos os lojistas. A Câmara assim não entendeu e construiu à pressa umas lojas que não foram pensadas. Tudo era evitável”, diz Sá Machado, presidente da Junta de Joane. O edifício é criticado pela falta de estética e pelos episódios que marcaram a sua construção. Desde logo, a colocação de janelas nas traseiras, que não estava prevista, e que só por pressão dos comer-ciantes é que, entretanto, foram feitas. A escolha da t i jo le i ra or ig inou problemas com lo j i s tas a apontarem diferenças entre a que escolheram e a que foi colocada. No rol das confusões está ainda a atr ibuição da quarta lo ja , re inando um certo “secretismo” por parte da Câmara quanto a este assunto. A possibilidade de ser ocupada por uma associação não é pacífica. Entregá-la à exploração de um café parece ser a ideia que mais agrada à Junta e à oposição. O RL sabe que o PSD joanense já procurou informações sobre este assunto junto da Câmara, mas que, apesar de prometidas, ainda não chegaram. O RL sabe também que, depois da “guerrilha políti-ca” por altura das autárquicas, o tão falado direito de superfície ainda não foi assinado. Em caso de discórdia com a Câmara quanto à ocupação da quarta loja a Junta local pode usar esse “trunfo”.

A Junta de Freguesia de Airão S. João já começou a disponibilizar consultas de enfermagem dirigidas à população. O Gabinete de Enfermagem funciona nas instalações de apoio da piscina local.Trata-se de “uma medida de alcance social que visa permitir à população, e aos idosos em particular, a realização de exames de rot ina, como medir a tensão arterial, a diabetes e o coles-terol”, refere a autarquia.E s t e s e r v i ç o , g r a t u i t o , r e s u l t a d a p a r c e r i a d a J u n t a c o m u m a e n f e r -meira do Centro de Saúde das Taipas. Actualmente, são vários os idosos da localidade que se deslocam a Ronfe, a cinco quilómetros, para efectuarem c o n t r o l e m é d i c o d e r o t i n a . “ C o m o Gabinete de Enfermagem, passarão a ter a possibilidade de fazerem esse controle de forma mais cómoda e num local adequado”, salienta a Junta. Para facil itar a deslocação daqueles que residem em locais mais afastados, ou que têm problemas de locomoção, a Junta estabeleceu um acordo com a A s s o c i a ç ã o F ó r u m d e A i r ã o p a r a garantir o transporte em autocarro. A viatura circulará pelos vários locais da freguesia, à terça-feira, transportando (ida e volta) os utentes que queiram beneficiar do Gabinete de Enfermagem.

aIrÃo S. JoÃo• SaÚDe

RL NATAL A 22 DE DEzEMBROA edição de Dezembro do RL sai mais

cedo que o habitual - a 22 de Dezembro. Será uma edição de Natal. Nâo deixe de se associar a ela através da Publicidade.