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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro de 2013 Publicação: sexta-feira, 20 de setembro de 2013 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Joaquim Barbosa Presidente Ministro Ricardo Lewandowski Vice-Presidente Miguel Augusto Fonseca de Campos Diretor-Geral ©2013 PRESIDÊNCIA DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Octogésima Oitava Distribuição realizada em 18 de setembro de 2013. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 3.453 (1) ORIGEM : PROC - 00042236920132000000 - CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AUTOR(A/S)(ES) : RICARDO DE VASCONCELOS MARTINS ADV.(A/S) : GUILHERME CARVALHO E SOUSA RÉU(É)(S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AÇÃO ORIGINÁRIA 1.820 (2) ORIGEM : APCRIM - 00154090620088190204 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AUTOR(A/S)(ES) : ADEMIR NUNES ADV.(A/S) : TELMO SIMÕES MATTOS E OUTRO(A/S) RÉU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AÇÃO RESCISÓRIA 2.378 (3) ORIGEM : RE - 628572 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PROCED. : AMAZONAS RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI REVISORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AUTOR(A/S)(ES) : JAIR JORGE DIOGO DE JESUS ADV.(A/S) : MARTHA MAFRA GONZALEZ RÉU(É)(S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.715 (4) ORIGEM : AC - 200785000044105 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A. REGIAO PROCED. : SERGIPE RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : NEUZA QUEIROZ MONTEIRO ADV.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS DE BRITO CARDOSO E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.899 (5) ORIGEM : AC - 10439070768882001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :DEMSUR - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE SANEAMENTO URBANO ADV.(A/S) :MARIANA CRISTINA XAVIER GALVÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARLENE DE SOUZA ADV.(A/S) :LUÍS CLÁUDIO DE PAULA E OUTRO(A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.597 (6) ORIGEM : PROC - 70023462443 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA :MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/A ADV.(A/S) :FERNANDA VIDAL PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VALDIR GOMES DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIRO ADV.(A/S) : PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.617 (7) ORIGEM : AI - 024079012605 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR :MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :ONIMAQ EQUIPAMENTOS PARA ESCRITÓRIO LTDA ADV.(A/S) :ANDERSON DJAR DE SOUZA SILVA AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.618 (8) ORIGEM : AC - 024980160188 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR :MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA ADV.(A/S) : MARCELO ABELHA RODRIGUES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.660 (9) ORIGEM : AC - 12050090930 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATORA :MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/A ADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES FREIRE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ARIANE ALEXANDRE ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS BORLOTT EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.910 (10) ORIGEM : AC - 200800934207 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PROCED. : GOIÁS RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) : CARLOS HUMBERTO DE SOUZA ANDRADE ADV.(A/S) :KATARINI OLIVEIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : SEMENTES SELECTA LTDA ADV.(A/S) : JOÃO PINHEIRO ROSA NETTO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ELIZABETH EGÍDIO GARCIA BORGES Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro de 2013 Publicação: sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Joaquim BarbosaPresidente

Ministro Ricardo LewandowskiVice-Presidente

Miguel Augusto Fonseca de CamposDiretor-Geral

©2013

PRESIDÊNCIA

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Octogésima Oitava Distribuição realizada em 18 de setembro de 2013.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 3.453 (1)ORIGEM : PROC - 00042236920132000000 - CONSELHO

NACIONAL DE JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : RICARDO DE VASCONCELOS MARTINSADV.(A/S) : GUILHERME CARVALHO E SOUSARÉU(É)(S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AÇÃO ORIGINÁRIA 1.820 (2)ORIGEM : APCRIM - 00154090620088190204 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : ADEMIR NUNESADV.(A/S) : TELMO SIMÕES MATTOS E OUTRO(A/S)RÉU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

AÇÃO RESCISÓRIA 2.378 (3)ORIGEM : RE - 628572 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREVISORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAUTOR(A/S)(ES) : JAIR JORGE DIOGO DE JESUSADV.(A/S) : MARTHA MAFRA GONZALEZRÉU(É)(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.715 (4)ORIGEM : AC - 200785000044105 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI

AGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : NEUZA QUEIROZ MONTEIROADV.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS DE BRITO CARDOSO E

OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.899 (5)ORIGEM : AC - 10439070768882001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : DEMSUR - DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE

SANEAMENTO URBANOADV.(A/S) : MARIANA CRISTINA XAVIER GALVÃO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MARLENE DE SOUZAADV.(A/S) : LUÍS CLÁUDIO DE PAULA E OUTRO(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.597 (6)ORIGEM : PROC - 70023462443 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : BANCO ABN AMRO REAL S/AADV.(A/S) : FERNANDA VIDAL PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : VALDIR GOMES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIROADV.(A/S) : PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.617 (7)ORIGEM : AI - 024079012605 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ONIMAQ EQUIPAMENTOS PARA ESCRITÓRIO LTDAADV.(A/S) : ANDERSON DJAR DE SOUZA SILVAAGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.618 (8)ORIGEM : AC - 024980160188 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : CARREFOUR COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDAADV.(A/S) : MARCELO ABELHA RODRIGUES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.660 (9)ORIGEM : AC - 12050090930 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/AADV.(A/S) : DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES FREIRE E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ARIANE ALEXANDREADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS BORLOTT

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.910 (10)ORIGEM : AC - 200800934207 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : CARLOS HUMBERTO DE SOUZA ANDRADEADV.(A/S) : KATARINI OLIVEIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : SEMENTES SELECTA LTDAADV.(A/S) : JOÃO PINHEIRO ROSA NETTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : ELIZABETH EGÍDIO GARCIA BORGES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 2

ADV.(A/S) : JOAO PAULO BRZEZINSKI DA CUNHA

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.026 (11)ORIGEM : AI - 752625 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : DARCI DE CASTROADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDOEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR EXCLUSÃO DE MINISTRO

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.540 (12)ORIGEM : RESP - 882076 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : HIDROMECANICA DE VETTORI S/AADV.(A/S) : CAIRO ROBERTO BITTAR HAMÚ SILVA JÚNIOREMBDO.(A/S) : MUNICIPIO DE RECIFEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFE

DISTRIBUÍDO POR EXCLUSÃO DE MINISTRO

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.720 (13)ORIGEM : AC - 200001000141660 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : GUILHERME BACHAADV.(A/S) : HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDOEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.852

(14)

ORIGEM : AC - 10024074666264001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : ISMAEL DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : LEONARDO DE SOUZA LOPES E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTE

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.962

(15)

ORIGEM : AC - 847790900 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : PEDRO PERINOADV.(A/S) : PEDRO PERINOEMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.994

(16)

ORIGEM : RESP - 1116087 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : CPQ BRASIL S/AADV.(A/S) : PEDRO WANDERLEY RONCATO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.850

(17)

ORIGEM : AI - 200704000204736 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : IRIVALDO MEDEIROSADV.(A/S) : JOÃO AUGUSTO TONON MEDEIROSEMBDO.(A/S) : ESPÓLIO DE HELGA TOENJESADV.(A/S) : JANAINA ROCHA MACHADO E OUTRO(A/S)

EMB.INFR. NA AÇÃO PENAL 470 (18)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXEMBTE.(S) : DELÚBIO SOARES DE CASTROADV.(A/S) : CELSO SANCHEZ VILARDI

EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

HABEAS CORPUS 119.427 (19)ORIGEM : HC - 214576 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : PEDRO SOARES MODOLLOIMPTE.(S) : PEDRO SOARES MODOLLOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 214.576 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.428 (20)ORIGEM : HC - 201576 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESPACTE.(S) : ANTÔNIO ÂNGELO POLIDORO NETOIMPTE.(S) : ANTÔNIO ÂNGELO POLIDORO NETOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 201.576 E HC Nº 201.577 DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 119.429 (21)ORIGEM : HC - 272591 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : BRUNO MACHADOIMPTE.(S) : PRISCILLA MELLILO SENNACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.430 (22)ORIGEM : HC - 277535 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIPACTE.(S) : LUIS CARLOS CAETANO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : ANTONIO CARLOS DOS SANTOSCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 277535 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.431 (23)ORIGEM : HC - 119078 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : NADIR DOS SANTOSIMPTE.(S) : ARTHUR DAVIS FLORIANO RIBEIROCOATOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 119.440 (24)ORIGEM : HC - 277543 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WELLINGTON DE LIMA SANTOSIMPTE.(S) : ARTHUR DAVIS FLORIANO RIBEIROCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 277.543 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.442 (25)ORIGEM : PROC - 03292612620133000000 - SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : VALTER FILHO MOTA TEIXEIRAIMPTE.(S) : JOÃO GONÇALVES DA CRUZ NETTO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 278.452 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.443 (26)ORIGEM : HC - 278498 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOPACTE.(S) : ALYSSON BRUNO CAETANO DA SILVAIMPTE.(S) : HENRIQUE CAETANO CARDOSO DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 278.498 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.446 (27)ORIGEM : HC - 276726 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSO DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 3

RELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : WANDENAN VALDECI ELIEZER MACHADO OU

WALDENAN VALDECI ELIEZER MACHADOIMPTE.(S) : SILVIO CEZAR DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 276.726 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 119.448 (28)ORIGEM : ARESP - 355428 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : BELCHIOR GABRIELIMPTE.(S) : LUFTIA DAYCHOUM E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO ARESP Nº 355.428 NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

INQUÉRITO 3.772 (29)ORIGEM : PROC - 100000011265201068 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : VANDER LUIZ DOS SANTOS LOUBETADV.(A/S) : MARCUS OLÍMPIO ANTUNES GUIMARÃES E

OUTRO(A/S)

INQUÉRITO 3.774 (30)ORIGEM : IP - 529320116040000 - DELEGADO DE POLICIAPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : LUÍS FERNANDO SARMENTO NICOLAUINVEST.(A/S) : LUIS RICARDO SALDANHA NICOLAUADV.(A/S) : ANDRÉ LUIZ FARIAS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUCIANY MOTA BEZERRA DE OLIVEIRAINVEST.(A/S) : WILTON LIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

INQUÉRITO 3.775 (31)ORIGEM : PROC - 201050020014157 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : CAMILO COLAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINVEST.(A/S) : CAMILO COLA FILHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.945 (32)ORIGEM : MI - 5945 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESIMPTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA FLORINDO VICENTEADV.(A/S) : HENRIQUE PETRILLI OLIVANIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.946 (33)ORIGEM : MI - 5946 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERIMPTE.(S) : ALCEU BOLZANADV.(A/S) : BRUNO DE UGALDE MELLOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 32.383 (34)ORIGEM : PROC - 0004421162011402515401 - TRF2 - RJ - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : CIDNEI CONSTANTINOADV.(A/S) : JOSUÉ ISAAC VARGAS FARIAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DAS TURMAS RECURSAIS DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 32.384 (35)ORIGEM :PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : OLGA MARIA DUARTEADV.(A/S) : JOSUE ISAAC VARGAS FARIAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DAS TURMAS RECURSAIS DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 32.386 (36)ORIGEM : PROC - 0005183072012402515101 - TRF2 - RJ - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIIMPTE.(S) : RUBENS LESSA QUADROSADV.(A/S) : JOSUÉ ISAAC VARGAS FARIAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DAS TURMAS RECURSAIS DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

MANDADO DE SEGURANÇA 32.387 (37)ORIGEM : MS - 32387 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOIMPTE.(S) : GERUZA SAMPAIO PERIGIPE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : THIAGO DE MENDONCA VASCONCELOSADV.(A/S) : FELIPE SARMENTO CORDEIROIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 32.395 (38)ORIGEM : PROC - 0100818152012402515101 - TRF2 - RJ - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : JORGE TERRAADV.(A/S) : JOSUÉ ISAAC VARGAS FARIAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DAS TURMAS RECURSAIS DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.363 (39)ORIGEM : PROC - 03579745820138217000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO GRANDEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO

GRANDERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECLAMAÇÃO 16.364 (40)ORIGEM : PROC - 00002390420135220101 - JUIZ DO TRABALHO

DA 22º REGIÃOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE LUÍS CORREIAPROC.(A/S)(ES) : MAURO MONCAO DA SILVARECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

PARNAÍBARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 22ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANTÔNIO JOSÉ CAZUZA GALENOADV.(A/S) : MÔNICA MARIA DE AGUIAR PIRESINTDO.(A/S) : MANOEL CAZUZA GALENOADV.(A/S) : MÔNICA MARIA DE AGUIAR PIRESINTDO.(A/S) : MARIA DO SOCORRO LIMA ARAÚJOADV.(A/S) : MARCELO BRAZ RIBEIROINTDO.(A/S) : CIBELE ARAGÃO BRITO DA LUZ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 4

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES BEZERRAADV.(A/S) : MARCELO BRAZ RIBEIROINTDO.(A/S) : CANDIDA MARIA NEVES DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA DA PAZ ARAÚJO DA COSTAADV.(A/S) : JORGE RODRIGUES CAVALCANTE FILHOINTDO.(A/S) : ANA CÉLIA NASCIMENTO ARAÚJOADV.(A/S) : MARCELO BRAZ RIBEIROINTDO.(A/S) : JOSÉ DE SOUZA CAVALCANTEADV.(A/S) : TIAGO BRUNO PEREIRA DE CARVALHOINTDO.(A/S) : EDSON ZACARIAS FREIREADV.(A/S) : ZULMIRA DO ESPÍRITO SANTO CORREIAINTDO.(A/S) : LUIZ GONZAGA PAULINO DA COSTAADV.(A/S) : ZULMIRA DO ESPÍRITO SANTO CORREIAINTDO.(A/S) : ILMA DAMASCENO DE LIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.365 (41)ORIGEM : RTOrd - 01024006720095050631 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 5º REGIÃOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BRUMADOADV.(A/S) : EDILTON DE OLIVEIRA TELESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ELIANA DOS SANTOS LEITEINTDO.(A/S) : EDNEUZA SANTOS DE SOUZAINTDO.(A/S) : ELIANA SILVA SANTOS AMORIMINTDO.(A/S) : ELIANE LIMA DE SOUZA LOBOINTDO.(A/S) : ELIZABETE LIMA DE SOUZAADV.(A/S) : ELCIO NUNES DOURADOADV.(A/S) : ANA GLORIA TRINDADE BARBOSA

RECLAMAÇÃO 16.366 (42)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : ERNESTO LEME DOS SANTOSADV.(A/S) : CARLOS ALEXANDRE LOPES RODRIGUES SOUZARECLDO.(A/S) : JUÍZA COORDENADORA DAS TURMAS RECURSAIS

DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE SÃO PAULOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECLAMAÇÃO 16.368 (43)ORIGEM : PROC - 00001503720135040018 - JUIZ DO TRABALHO

DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 18ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGREADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO SANTOS KUHNADV.(A/S) : TATIANA CASSOL SPAGNOLOINTDO.(A/S) : EMPRESA DE TRENS URBANOS DE PORTO ALEGRE

S/A - TRENSURBADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.369 (44)ORIGEM : RR - 16252920115240022 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARTHA PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : CRISTIANO KURITA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : SOLUÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.370 (45)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : KESSIA VITOR NASCIMENTOADV.(A/S) : ANTUNES DOS SANTOS JUNIORINTDO.(A/S) : IBEROAMERICANA CONSULTORIA E SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.371 (46)ORIGEM : PROC - 00006434220125040020 - JUIZ DO TRABALHO

DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 20ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGREADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PAULO RICARDO DINIZ DA SILVAADV.(A/S) : ERVINO ROLLINTDO.(A/S) : LIDERANÇA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDAADV.(A/S) : ELOISA GOMES PAZINI

RECLAMAÇÃO 16.372 (47)ORIGEM : PROC - 04465201107109009 - JUIZ DO TRABALHO DA

9º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

CASCAVELADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MOACIR DANIEL MATTIOLOADV.(A/S) : SUZANA VALDENIR PERBONIINTDO.(A/S) : CRIATIVA SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : L SOUZA DA SILVA - MEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.373 (48)ORIGEM : BO - 7692012 - DELEGADO DE POLICIAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : HELIO DA SILVA SANCHESADV.(A/S) : HELIO DA SILVA SANCHESRECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA DO 5º DISTRITO POLICIAL DE

SOROCABAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.374 (49)ORIGEM : RO - 00016360520115150153 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPPROC.(A/S)(ES) : EDUARDO DE PAIVA TANGERINA E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : LUCAS CUSTÓDIO DOS REISADV.(A/S) : GUSTAVO LORENCETE DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 16.375 (50)ORIGEM : APELAÇÃO CÍVEL - 2013201733 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SERGIPEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : TELEMAR NORTE LESTE S/AADV.(A/S) : JOSÉ CÂNDIDO GARCEZ DA ROCHA E OUTRO(A/S)

RECLAMAÇÃO 16.377 (51)ORIGEM : PROC - 00050925320114058000 - JUIZ FEDERAL DA 5º

REGIÃOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : DARLAN PIRES SANTOSADV.(A/S) : THAIS DE MELLO LACROUXRECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 4ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO

JUDICIÁRIA DE MACEIÓ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.329 (52)ORIGEM : PROC - 05062596620124058500 - TRF5 - SE - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : SERGIPERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : OBENILDES BRITO SANTOSADV.(A/S) : FELIPE EMANUEL OLIVEIRA VIEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.035 (53)ORIGEM : AC - 8901252872 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA

1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : PORTOBELLO S/AADV.(A/S) : FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERAROADV.(A/S) : DOMINGOS NOVELLI VAZRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : OS MESMOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.009 (54)ORIGEM : AI - 120290 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : JOSÉ DOMINGUES DE MESQUITA JÚNIORADV.(A/S) : PEDRO HENRIQUE BRAGA REYNALDO ALVES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 769.830 (55)ORIGEM : MS - 20110178644 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO NORTERECDO.(A/S) : ARMANDO AUGUSTUS FERNANDESRECDO.(A/S) : MARCÍLIO ANDRADE DE LUCENA DIASRECDO.(A/S) : FERNANDO PEREIRA DE ASSISADV.(A/S) : NÉLIO SILVEIRA DIAS JÚNIORADV.(A/S) : PAULO DE TARSO FERNANDES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.227 (56)ORIGEM : AI - 7975075000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTAADV.(A/S) : CÁRMEN LÚCIA GUARCHE HESS PEREIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : VENEZA TRANSPORTES E TURISMO LTDAADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO TREMESCHINADV.(A/S) : LÚCIA HELENA PEREIRA DA SILVA BRANDÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.600 (57)ORIGEM : PROC - 70048605604 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : CARINA RAQUEL DA ROSAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 667.914 (58)ORIGEM : EDEED - 1300004520005100015 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ANA LUCIA PEDREIRA JATOBA E OUTRO(A/S)

ADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDERECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : TEREZA MARIA DE JESUS SOUZAADV.(A/S) : MARIA JOSÉ RODRIGUESRECDO.(A/S) : ADEROMAN DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RENILDE TEREZINHA DE RESENDE ÁVILA

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.828 (59)ORIGEM : AC - 91424506620078260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ERNESTO CESAR GAIONADV.(A/S) : JANAÍNA REIS MIRONADV.(A/S) : CAIO VELOSO GUIMARÃESADV.(A/S) : ALEXANDRE TORREZAN MASSEROTTOADV.(A/S) : SIMONE BERNOLDI MASSEROTTORECTE.(S) : CONDOMÍNIO EDIFÍCIO PENTHOUSEADV.(A/S) : PRISCILA CORTEZ DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.238 (60)ORIGEM : MS - 20090020114470 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SEARCH INFORMATICA LTDAADV.(A/S) : RENATO MUNIZ LACOURT MOREIRA

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.168 (61)ORIGEM : AC - 10024042905463001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ANANIAS PEREIRA JÚNIORADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.280 (62)ORIGEM : PROC - 201071560009432 - TRF4 - RS - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JORGE LEGUICAMO CAMEJOADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.146 (63)ORIGEM : PROC - 201171570009251 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ZILA TERESINHA BIASUZ MAGAGNINADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.032 (64)ORIGEM : PROC - 201071500272102 - TRF4 - RS - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CLAUDIO SANTOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.033 (65)ORIGEM : PROC - 50370877320124047100 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : HERONDINA AMELIA CARDOSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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ADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.228 (66)ORIGEM : PROC - 201071500341112 - TRF4 - RS - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CELESTE NUNES DA SILVAADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.269 (67)ORIGEM : PROC - 201071500266254 - TRF4 - RS - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : VOLMAR DORNELES NUNESADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.272 (68)ORIGEM : PROC - 50370772920124047100 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELOINA BITENCOURT CARDOSOADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 717.959 (69)ORIGEM : PROC - 50069357320124047122 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ELAESSE TOLENTINO DA ROCHAADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.794 (70)ORIGEM : AC - 10009060070241001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS

GERAISPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.384 (71)ORIGEM : AC - 5790822007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : ORLANDO SILVA LOPES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JORGE SANTOS ROCHA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.906 (72)ORIGEM : PROC - 00583620520064013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : LOURIVAL RODRIGUES MANGABEIRAADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJOADV.(A/S) : DIEGO MONTEIRO CHERULLIRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.112 (73)ORIGEM : PROC - 200971500251157 - TURMA RECURSAL DOS

JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO

RECTE.(S) : JANETE STOLLADV.(A/S) : ALINE SEVERO FRANCISCO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.232 (74)ORIGEM : PROC - 03220100149403 - TJBA - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JANERTE VIEIRA DOS SANTOS SILVAADV.(A/S) : D'JANE SANTOS SILVARECDO.(A/S) : LEONAIDE BETANIA SIQUEIRA FROTA BRANDÃOADV.(A/S) : EDMUNDO GUIMARÃES LIMA FILHOADV.(A/S) : MURILO GOMES MATTOSADV.(A/S) : JOSÉ NAÉCIO DE MATOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.463 (75)ORIGEM : PROC - 50017516920124047112 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ANTÔNIO ERCOM BORGES RODRIGUESADV.(A/S) : ANILDO IVO DA SILVA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.973 (76)ORIGEM : AC - 00027505320098190034 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MARIA TERESA GONÇALVES NOGUEIRAADV.(A/S) : DILCÉA DE BARROS POEYS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.295 (77)ORIGEM : AC - 9522325400 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MAGAL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : PEDRO WANDERLEY RONCATO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.311 (78)ORIGEM : PROC - 50106907220114047212 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARGARIDA DA FONSECA MEIRELESADV.(A/S) : ANILDO IVO DA SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.323 (79)ORIGEM : AC - 20100110238942 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : GUSTAVO CAMPOS ALVARES DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS CONDUTORES AUTONÔMOS DE

VEÍCULOS RODOVIÁRIOS DE BRASÍLIAADV.(A/S) : EUVALDO THOMAZ SOARES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.332 (80)ORIGEM : PROC - 50053962020124047107 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ANGELINA MANGOLD CARDOSOADV.(A/S) : VIVIAN VIEIRA ALBRECHT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.333 (81)ORIGEM : PROC - 100120002066 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 7

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MAYER & VASSEM LTDAADV.(A/S) : FABIANO CABRAL DIASRECDO.(A/S) : JUIZO DA PRIMEIRA VARA DE DOMINGOS MARTINS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.334 (82)ORIGEM : AC - 50005036320104047201 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSE LOURIVAL KLEIN E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RUDE JOSÉ VIEIRARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.337 (83)ORIGEM : AC - 20100139199 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : IRACEMA MATOS PESSOA DA CUNHA LIMAADV.(A/S) : DIOGO CUNHA LIMA MARINHO FERNANDES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - IPERNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.351 (84)ORIGEM : AI - 990100651463 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : MATILDE SÃO PEDRORECDO.(A/S) : CLÁUDIO SÃO PEDROADV.(A/S) : ANDREA FERRAZ DO AMARAL DE TOLEDO SANTOS

E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.361 (85)ORIGEM : AMS - 20110110586439 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : BENFICA CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDAADV.(A/S) : RAFAEL CLEMENTE SILVA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.375 (86)ORIGEM : AC - 20120110848284 - TJDFT - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SÉRGIO YOSHIO MATUDAADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO

FEDERAL - DETRAN-DFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.379 (87)ORIGEM : AC - 20120110418896 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : EDSON DE CAMPOS JÚNIORADV.(A/S) : ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO

FEDERAL - DETRAN-DFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 (88)ORIGEM : AC - 01146299620118190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : LEONARDO CONSANI NOBREGA KOURYADV.(A/S) : ANA CRISTINA SCHEFFER

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.443 (89)ORIGEM : AC - 01460663420068190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : FERNANDA VELASCO VALADÃO DE MOURARECDO.(A/S) : WELLINGTON SILVA DE MOURAADV.(A/S) : DAVID PEIXOTO MANHÃES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.499 (90)ORIGEM : AC - 01164377820078190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : NOVO RIO BATERIAS LTDARECTE.(S) : AMARO AGILDO BRANCO DA SILVAADV.(A/S) : JEFFERSON RAMOS RIBEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO ITAUBANK S/AADV.(A/S) : ANA PAULA MAGALHÃES COSTA BAPTISTA ROSA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.500 (91)ORIGEM : AC - 990104024560 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MARINA EMILIA BARUFFI VALENTE BAGGIO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : Z L EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS E PROJETOS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.502 (92)ORIGEM : AC - 00029517720104058200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELI-ERI LUIZ DE MOURAADV.(A/S) : PAULO GUEDES PEREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO MARTINS LACERDA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.885 (93)ORIGEM : PROC - 200633009114989 - TRF1 - BA - 1ª REGIÃO - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LEDA LEAL LIMAADV.(A/S) : MILENE COSTA MIRANDA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.299 (94)ORIGEM : PROC - 50055514520114047208 - TRF4 - SC - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SUELI ANDRÉ DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.587 (95)ORIGEM : AC - 00328731220118030001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO AMAPÁPROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVENTUÁRIOS DA JUSTIÇA DO

ESTADO DO AMAPÁADV.(A/S) : JORGE WAGNER COSTA GOMES E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.609 (96)ORIGEM : AC - 7126098 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : LENITO SILVEIRA SEEMANN E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 8: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 8

ADV.(A/S) : SANDRO GILBERT MARTINS E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS GERMANO SILVA NATALI E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.656 (97)ORIGEM : AC - 50062546920124047101 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA ALBA DOS SANTOS MACHADOADV.(A/S) : LEANDRO DE AZEVEDO BEMVENUTI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.673 (98)ORIGEM : PROC - 05044480320094058201 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIVERSIDADE DE CAMPINA GRANDE - UFCGPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA BERNADETE COSTAADV.(A/S) : RAFAEL SILVA DE MEDEIROS E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.769 (99)ORIGEM : AC - 200181000054847 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : JOSE NILTON DA COSTAADV.(A/S) : LUCIANA ASSUNÇÃO NOGUEIRA SILVEIRA E

OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.770 (100)ORIGEM : AC - 00247311420108260001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : EDSON CUSTÓDIOADV.(A/S) : CLAUDIO MIKIO SUZUKI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JAIME DE GOUVEIA FREITASADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS GOMES DE SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.774 (101)ORIGEM : PROC - 05018100520064058200 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANTÔNIO PEREIRA DE SOUZA NETOADV.(A/S) : RAISSA DE S XAVIER V BATISTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.775 (102)ORIGEM : PROC - 05073967820104058200 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CLARICE CORDEIRO LIMAADV.(A/S) : OLINDA VANESSA SOARES NOGUEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.778 (103)ORIGEM : AC - 200292184182 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CARLOS ALBERTO PEREIRA LEALADV.(A/S) : CRISTIANO DE CASTRO DAYRELL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.784 (104)ORIGEM : PROC - 05074911120104058201 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICA

PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE -

UFCG/PBPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ÍTALA MARIA DE FARIAS BEMADV.(A/S) : FERNNANDO FERNANDES MANO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.786 (105)ORIGEM : PROC - 05035049620124058200 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JOSÉ EDMILSON VICTOR FEITOSAADV.(A/S) : CÍCERO ANTÔNIO LIRA DE ARAÚJORECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.795 (106)ORIGEM : PROC - 05014551920114058200 - TRF5 - PB - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : LUZIA PORFÍRIO DOS SANTOSADV.(A/S) : SAYONARA TAVARES SANTOS SOUSA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.822 (107)ORIGEM : MS - 00008770720128230000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE RORAIMAPROCED. : RORAIMARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMARECDO.(A/S) : LUIZ CÉSAR BEZERRA LIMAADV.(A/S) : JORCI MENDES JUNIOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.047 (108)ORIGEM : AI - 2184622200980600000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ELIANE ANTONIA TEIXEIRA PIMENTELADV.(A/S) : VALÉRIA RICARTE ESTRELA FERNANDES E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FORTALEZAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

FORTALEZA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.050 (109)ORIGEM : AI - 02645807520118260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : CESAR AUGUSTO FERRAZ ALVIMADV.(A/S) : RODRIGO AUGUSTO BONIFÁCIO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.054 (110)ORIGEM : AC - 20060110939257 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : IVAN AUGUSTO GABRIELPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.055 (111)ORIGEM : AC - 201003990002990 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA JOSÉ THEODORO VENÂNCIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 9: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 9

ADV.(A/S) : CLEITON GERALDELI E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.057 (112)ORIGEM : AC - 50003842620114047215 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CACILDA MARCOLLA SCHWARTZADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DELANDRÉA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.058 (113)ORIGEM : AC - 50005093720104047115 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : LEANDRO BARATA SILVA BRASIL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARPENEDO E CIA LTDAADV.(A/S) : RICARDO JOSUÉ PUNTELINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.060 (114)ORIGEM : AC - 50024028720104047204 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDUVIRGES MACEDOADV.(A/S) : FERNANDO RECH

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.110 (115)ORIGEM : AI - 00002933520114040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : PADO S/A INDUSTRIAL, COMERCIAL E

IMPORTADORAADV.(A/S) : MARCELO DE LIMA CASTRO DINIZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.111 (116)ORIGEM : AC - 70036188845 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARIO RIBEIRO JENISCHADV.(A/S) : ROBERTO LUIS HUPFER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO -

DETRAN/RSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.125 (117)ORIGEM : MS - 97016440 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : SEBASTIÃO ALBANO SOBRINHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EVANDRO FERREIRA MONTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.126 (118)ORIGEM : PROC - 4170150201080600000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : JOSÉ JANILDO ALVES DO NASCIMENTOADV.(A/S) : VICENTE AQUINO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE BARROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.131 (119)ORIGEM : PROC - 00003926220088190063 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRO

RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : SAAETRI - SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E

ESGOTO DE TRÊS RIOSADV.(A/S) : WILSON DUARTE DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : NORIVAL FERREIRA DA COSTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.133 (120)ORIGEM : PROC - 0105474152012402515101 - TRF2 - RJ - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : VERA LUCIA DA CONCEICAO MALAQUIASADV.(A/S) : JORGE LUIZ ALVES DE CASTROADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA OLIVEIRARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.134 (121)ORIGEM : PROC - 0013646352012402515101 - TRF2 - RJ - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : NEUZA DOS SANTOS BONFIMADV.(A/S) : VALÉRIA TAVARES DE SANT'ANNA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.135 (122)ORIGEM : AC - 20120110848330 - TJDFT - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : VENANCIO WAGNER ARRUDA MARINHO DE

CARVALHOADV.(A/S) : ANA CAROLINA FERNANDES ALTOÉ T SEIXAS E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.140 (123)ORIGEM : AC - 20110111918920 - TJDFT - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : AMÉRICA BARBOZA VIANAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : CAESB - COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

DO DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : IVES GERALDO DE SOUZA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.141 (124)ORIGEM : AC - 50028870220104047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A -

ELETROBRÁSADV.(A/S) : GUILHERME GOLDSCHMIDT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MASSITA ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO PÓVOA SPOSITOINTDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.142 (125)ORIGEM : AC - 20110110975005 - TJDFT - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DENT MAIS DENTISTAS LTDAADV.(A/S) : MARCELO OLIVEIRA DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CEB DISTRIBUIÇÃO S/AADV.(A/S) : ANA CAROLINA SOARES DA ROCHA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.143 (126)ORIGEM : AC - 07663862920008060001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO CEARÁPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MARIA MADALENA OLIVEIRA ARAGÃOADV.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DA ROCHA CRUZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 10

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.145 (127)ORIGEM : PROC - 50088192220114047107 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : JOSE ITAMAR BORGES RECOADV.(A/S) : DANIELA MENEGAT BIONDORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.147 (128)ORIGEM : PROC - 0004400802010402515201 - TRF2 - RJ - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : MARIA CAROLINA BAPTISTA LOPESADV.(A/S) : HIND DE ASSUMPÇÃO SIMÕES GOMES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.711 (129)ORIGEM : PROC - 70052858404 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO

SULRECDO.(A/S) : ALEXANDRE MENEGHETTI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALVARO ANTONIO BOFINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.718 (130)ORIGEM : AC - 70052445392 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : REMUALDO MACHADO DOS SANTOSADV.(A/S) : TIBICUERA MENNA BARRETO DE ALMEIDA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.028 (131)ORIGEM : PROC - 00443840820118260602 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SOROCABAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGAADV.(A/S) : BERNARDO BUOSIADV.(A/S) : PRISCILLA RINALDI LARAADV.(A/S) : VANESSA COELHO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : VALERIA APARECIDA FERNANDES DA SILVAADV.(A/S) : DANIEL HENRIQUE MOTA DA COSTA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.034 (132)ORIGEM : PROC - 00054001820128260602 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SOROCABAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BERNARDO BUOSIRECDO.(A/S) : MICHELE CRISTINA DE PAULA ROMANOADV.(A/S) : FÁBIO RAMOS NOGUEIRA E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.050 (133)ORIGEM : AI - 70048820385 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BRASILINA SILVEIRA MACHADOADV.(A/S) : RODRIGO BOLZANIRECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

INTDO.(A/S) : RODRIGO BOLZANIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.062 (134)ORIGEM : AR - 00085237020118170000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ELENILDO VITAL DE MENDONÇAADV.(A/S) : MAURO ANDRÉ FEITOSA DE AZEVEDO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.161 (135)ORIGEM : AI - 990101066815 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : PROFARMA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS

FARMACÊUTICOS S/AADV.(A/S) : PAULO DE BARROS CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.163 (136)ORIGEM : AI - 00002209720104040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EZAIR CARMAZEMADV.(A/S) : MARINEIDE SPALUTO E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.309 (137)ORIGEM : PROC - 31413 - TJSP - TURMA RECURSAL - 36ª CJ -

ARAÇATUBAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : FERNANDO HENRIQUE SIMONETTIADV.(A/S) : DIEGO TORRES DE GASPERI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.659 (138)ORIGEM : PROC - 71004037875 - TJRS - 3ª TURMA RECURSAL

CÍVELPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO -

CORSANADV.(A/S) : MARC GOLDHARDT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALESSANDRA DOS SANTOS LEANDROADV.(A/S) : ALESSANDRA DOS SANTOS LEANDRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.662 (139)ORIGEM : PROC - 145120833127 - TJMG - TURMA RECURSAL DE

JUIZ DE FORA - 2ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : MELISSA ZORZI LIMA VIANNA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOAQUIM AVELINO DE PAIVA FILHOADV.(A/S) : RODRIGO ABUD PAMPANELLI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.681 (140)ORIGEM : PROC - 00171257820124013400 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOAQUIM CRUVINEL FILHOADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.699 (141)ORIGEM : AC - 00465352620084013400 - TRF1 - DF - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ADAIL MARIA TORRES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MULLER MARQUES E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 11

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.715 (142)ORIGEM : PROC - 00482284520084013400 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MIGUEL MONTEIRO DE SOUZAADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.733 (143)ORIGEM : PROC - 00013352520104013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LINDINALVA MARIA RIBEIROADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.746 (144)ORIGEM : PROC - 00013291820104013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA BARBOSA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.001 (145)ORIGEM : PROC - 00171519420124013200 - TRF1 - AM - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MARIA CATARINA DE SOUZA BARBOSAADV.(A/S) : JOSÉ STÊNIO DE ARAÚJO LUCENARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.047 (146)ORIGEM : PROC - 00003933120124013300 - TRF1 - BA - 1ª

REGIÃO - 2ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ELISEU SOUZA DO CARMOADV.(A/S) : MANOEL HERMES DE LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.226 (147)ORIGEM : PROC - 00168594520098260562 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTOSPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ANTONIO SÉRGIO DE ALMEIDAADV.(A/S) : RENATO ZENKER E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S/AADV.(A/S) : OCTAVIO DE PAULA SANTOS NETOADV.(A/S) : RAPHAEL STORANI MANTOVANIRECDO.(A/S) : CONSTRUTORA E INCORPORADORA WDS LTDAADV.(A/S) : WALTER AROCA SILVESTRE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ MARIA DO NASCIMENTO SOUSAADV.(A/S) : JOSÉ ALEXANDRE BATISTA MAGINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.318 (148)ORIGEM : RESE - 00106748720068260564 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : WEINDEN ALVESADV.(A/S) : CALIXTO ANTONIO JUNIORRECTE.(S) : FELIPE CHEIDDE JUNIORADV.(A/S) : PLINIO VINICIUS RAMACCIOTTIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.338 (149)ORIGEM : RESE - 00114709620008080012 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ELIEL RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : ADEMIR JOSÉ DA SILVARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.344 (150)ORIGEM : APCRIM - 10024062818802001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ALYSSON GERALDO ABIJAUDEADV.(A/S) : GERALDO MARCELO ALVES CASSINIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.389 (151)ORIGEM : APCRIM - 70049250384 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : KARTELL SPAADV.(A/S) : EDUARDO LORENZETTI MARQUES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RENNA ALUMÍNIO E COMPONENTES LTDAADV.(A/S) : PEDRO RAMBOR E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.504 (152)ORIGEM : PROC - 00060047020108260562 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTOSPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA DIASADV.(A/S) : RICARDO SPOSITO CONTEADV.(A/S) : SONIA REGINA SILVA AMARO PEREIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.589 (153)ORIGEM : APCRIM - 990100446738 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : KLEBER DE SOUZA AMARALADV.(A/S) : RODOLPHO PETTENÁ FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.591 (154)ORIGEM : APCRIM - 00338044120098260196 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : L D DA SADV.(A/S) : RENATO CASTELO BRANCORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.606 (155)ORIGEM : APCRIM - 00027917820088260060 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : SILAS EDUARDO SOARESADV.(A/S) : BRUNO CÉSAR MUNIZ DE CASTRORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.629 (156)ORIGEM : PROC - 1000095045340000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : J M A DA SADV.(A/S) : LUCIANO SANTOS LOPES E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 12

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.632 (157)ORIGEM : AG - 1332753 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : HENRIQUE GERALDO ARRUDA BRANDAOADV.(A/S) : VERA LÚCIA RIBEIRO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.649 (158)ORIGEM : APCRIM - 626210 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : FRANCISCO THIAGO FARIAS LIMARECTE.(S) : FABIANO CASSIO DOMINGOS AZEVEDOADV.(A/S) : JOÃO CARLOS CAMPANINIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.689 (159)ORIGEM : APCRIM - 00253840620108260554 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : FRANCISCO CANINDE DE ABREUADV.(A/S) : CELSO GUIRELLIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.698 (160)ORIGEM : APCRIM - 20110130076337 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : T R C DE MPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.757 (161)ORIGEM : APCRIM - 00111258420118260161 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : JOSÉ DORGIVAL DE SOUZA FARIASPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.759 (162)ORIGEM : PROC - 4410 - TJSP - TURMA RECURSAL - 30ª CJ -

TUPÃPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : NILZA PEREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PAULO MIGUEL GIMENEZ RAMOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.377 (163)ORIGEM : MS - 12273 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : EDUARDO MEDEIROS DE MORAISADV.(A/S) : AIRTON ROCHA NÓBREGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.378 (164)ORIGEM : MS - 18276 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERAL

RELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : GENIVAL PAULINO DE MEIDEIROSADV.(A/S) : ALEXANDRE DE VASCONCELOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.379 (165)ORIGEM : MS - 10211 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : SANDRA ZURCHER DE SOUZAADV.(A/S) : ENOCK BARRETO DESIDÉRIORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.380 (166)ORIGEM : MS - 19618 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA LTDA -

IBOLADV.(A/S) : OSCAR BITTENCOURT NETORECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.381 (167)ORIGEM : MS - 19961 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : ELISABETE SILVA NOTARIADV.(A/S) : RENATO DA COSTA GARCIARECDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.382 (168)ORIGEM : MS - 14510 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MILTON GEORGE FONSECA KÄMPFFEADV.(A/S) : RICARDO COUTINHO GUEDESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.388 (169)ORIGEM : MS - 19741 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MANOEL DA COSTA SOUZAADV.(A/S) : EDMUNDO STARLING LOUREIRO FRANCARECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.389 (170)ORIGEM : MS - 18335 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARIA THEREZA FONTELLA GOULART E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : TRAJANO RIBEIRO E OUTRO(S) E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.432 (171)ORIGEM : HC - 138431 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : LUIS ESTEVÃO DE OLIVEIRA NETOADV.(A/S) : CARLOS MARIO DA SILVA VELLOSO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.434 (172)ORIGEM : HC - 234547 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : FERNANDO ANTONIO DA SILVA ALEXADV.(A/S) : WELLINGTON BARBOSA GARRETT FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.435 (173)ORIGEM : HC - 229199 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 13

RECTE.(S) : JOSEMAR SILVEIRA CARLOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

REVISÃO CRIMINAL 5.435 (174)ORIGEM : ARE - 713521 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIREVISORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : PAULO HENRIQUE MARQUES VIEIRAADV.(A/S) : LETICIA SILVA SOUZA PINHOREQDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 14 1 15

MIN. MARCO AURÉLIO 11 0 11

MIN. GILMAR MENDES 17 2 19

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 22 2 24

MIN. CÁRMEN LÚCIA 12 0 12

MIN. DIAS TOFFOLI 22 0 22

MIN. LUIZ FUX 15 1 16

MIN. ROSA WEBER 17 0 17

MIN. TEORI ZAVASCKI 16 3 19

MIN. ROBERTO BARROSO 18 1 19

TOTAL 164 10 174

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ADAUTO CIDREIRA NETO, Coordenador de Processamento Inicial, PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 18 de setembro de 2013.

DECISÕES E DESPACHOS

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.296 (175)ORIGEM : RESP - 968969 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : NOVALATA BENEFICIAMENTO E COMÉRCIO DE

EMBALAGENS LTDAADV.(A/S) : DOUGLAS MORAES DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO : Trata-se de embargos de divergência interpostos contra acórdão da Primeira Turma desta Corte.

O ministro Dias Toffoli admitiu os embargos, conforme decisão de 14.08.2013. Portanto, determino a distribuição deste recurso para um dos ministros integrantes da Segunda Turma, nos termos do art. 76 do RISTF.

Publique-se.Brasília, 05 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.344 (176)ORIGEM : AC - 10105041188670001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : GENILSON VITOR PEREIRAADV.(A/S) : MARCELO WERNECK NOGUEIRA DA GAMA E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Torno sem efeito o termo de remessa de fls. 316.O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial

(fls. 312-313), que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário ao qual se vincula o presente agravo. Tal decisão já transitou em julgado (fls. 314v). Portanto, julgo prejudicado o presente agravo, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.855 (177)ORIGEM : PROC - 24482010 - TJSP - TURMA RECURSAL - 15ª CJ

- CATANDUVAPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : GLÁUCIO HENRIQUE TADEU CAPELLOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO CARMINATTIRECDO.(A/S) : SEBASTIANA GONÇALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GILMAR APARECIDO MIRANDAADV.(A/S) : MARCOS ANTÔNIO LOPES

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência do recurso requerido por Banco Bradesco S/A e subscrito por advogado com poderes para desistir (fls. 161-162).

Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.856 (178)ORIGEM : PROC - 1320120100112703000000000 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : GLÁUCIO HENRIQUE TADEU CAPELLOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO CARMINATTIRECDO.(A/S) : APARECIDO PAES DE CAMARGOADV.(A/S) : JOSÉ OSMAR OIOLIADV.(A/S) : KATIA CILENE SCOBOSA LOPES

DECISÃO: Homologo o pedido de desistência do recurso requerido por Banco Bradesco S/A e subscrito por advogado com poderes para desistir (fls. 164-165).

Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 738.758 (179)ORIGEM : AI - 00003960320125040104 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SINANSC - SINALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE

RODOVIAS LTDAADV.(A/S) : PEDRO PERES DA SILVARECDO.(A/S) : CLEITON LOPES GONÇALVESADV.(A/S) : VILSON FARIAS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, incidindo, portanto, no óbice da Súmula 281 do STF.

Nos termos da orientação firmada por esta Corte, em relação aos processos oriundos da Justiça do Trabalho, só cabe recurso extraordinário de acórdão proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho, não constituindo exceções os casos abrangidos pela Súmula 218 do TST, nem as causas de alçada previstas pela Lei 5.584/70.

Nesse sentido: ARE 682.687-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 30.11.2012), RE 638.224-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 21.06.2011), AI 800.149-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 24.09.2010), AI 831.438-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 16.04.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.286 (180)ORIGEM : AI - 20111101500 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 2º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JFH EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDAADV.(A/S) : ALEX SANDRO DE LIMA E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 14: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 14

RECDO.(A/S) : SILVANA CLEMENTE DA SILVA SOUZAADV.(A/S) : JAIR JOSÉ MONTEIRO DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AUTOMASA MAUÁ COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS FREITAS DE ALMEIDAINTDO.(A/S) : SANTIAGO ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES LTDAADV.(A/S) : MARCO ANTONIO BELMONTEADV.(A/S) : DAURO LÖNHOFF DÓREAINTDO.(A/S) : BANCO ITAU UNIBANCO S/AADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJOADV.(A/S) : ROBINSON NEVES FILHOINTDO.(A/S) : PIRES SERVIÇOS DE SEGURANÇA E TRANSPORTE

DE VALORES LTDAADV.(A/S) : ISABEL CUNHA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MARCOB ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BIGMIKE ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : FLÁVIA ANDRADE MORAES PINHEIRO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : AMASACI ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : RUI PINHEIRO JUNIORINTDO.(A/S) : SALVAGUARDA SERVIÇOS DE SEGURANÇAS S/C

LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CONAP - EMPRESA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO

PRISIONAL LTDAADV.(A/S) : JOÃO GUIMARO DE CARVALHO FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : HUMANITAS ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL PRIVADA S/

CADV.(A/S) : LAMARTINE BRAGA CÔRTES FILHO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : MANOEL GRIOLO CORREIA BOTELHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ANTÔNIO DOS SANTOS CIGARROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : EDDA DE LUCCA MALGIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : RAIMONDO CUOCOLOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que do acórdão não foi interposto previamente o recurso de revista a que alude o art. 896, da Consolidação das Leis do Trabalho.

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 511.497-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ de 11.11.2005), AI 808.103 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 01.09.2010), AI 636.344-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 20.11.2009), AI 692.011-AgR-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 08.04.2010), ARE 707.365 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 28.11.2012), AI 819.485 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 03.11.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012) e AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Ademais, nos termos da orientação firmada por esta Corte, em relação aos processos oriundos da Justiça do Trabalho, só cabe recurso extraordinário de acórdão proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho, não constituindo exceções os casos abrangidos pela Súmula 218 do TST, nem as causas de alçada previstas pela Lei 5.584/70. Confiram-se: ARE 682.687-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 30.11.2012), RE 638.224-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 21.06.2011), AI 800.149-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 24.09.2010), AI 831.438-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 16.04.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.794 (181)ORIGEM : PROC - 00010076720125020085 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : XPTO - PET SHOP COM SERVS LTDA MEADV.(A/S) : JULIANA FRANCO DE CAMARGORECDO.(A/S) : IVAN RODRIGUES DOS REISADV.(A/S) : JOSÉ BASTOS FREIRESRECDO.(A/S) : ALEXANDRE PALMEIRA ROCHAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, incidindo, portanto, no óbice da Súmula 281 do STF.

Nos termos da orientação firmada por esta Corte, em relação aos processos oriundos da Justiça do Trabalho, só cabe recurso extraordinário de acórdão proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho, não constituindo exceções os casos abrangidos pela Súmula 218 do TST, nem as causas de alçada previstas pela Lei 5.584/70.

Nesse sentido: ARE 682.687-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 30.11.2012), RE 638.224-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 21.06.2011), AI 800.149-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 24.09.2010), AI 831.438-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 16.04.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.776 (182)ORIGEM : AC - 200003990436522 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ADILSON CANDIDO MARTINS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : AGUINALDO DE CASTRORECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a parte agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que julgou as apelações e a remessa oficial não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.601 (183)ORIGEM : PROC - 00096487920128190001 - TJRJ - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VERNER MELLO DINESEN HANSENADV.(A/S) : VERNER MELLO DINESEN HANSENRECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : ANDRESSA BARROS FIGUEIREDO DE PAIVAADV.(A/S) : RAFAELA DE ANDRADE RODRIGUES

DECISÃO : Examinando os autos, verifico que, em 31.07.2012, a Turma recursal dos Juizados Especiais do Rio de Janeiro rejeitou os embargos de declaração opostos pelo ora recorrente. Dessa decisão foi interposto recurso extraordinário (fls. 70-72), cujo seguimento foi negado em virtude da ausência da preliminar formal de repercussão geral e pela ocorrência do óbice apontado pela súmula 284 do Supremo Tribunal Federal (fls. 79-81). Em face dessa decisão, foi interposto novo recurso extraordinário (fls. 83) que, tido por incabível pelo Vice-Presidente do Tribunal de origem, teve negado seu seguimento (fls. 86). Somente desta decisão a parte interpôs o presente agravo.

Observo que o agravo é intempestivo, porquanto a interposição do incabível recurso extraordinário de fls. 83 não têm o condão de interromper ou

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 15: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 15

suspender o curso do prazo recursal. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que recurso

incabível não interrompe nem suspende o prazo para a interposição de outros recursos. Confira-se:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA JULGADOS INCABÍVEIS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUSPENSÃO DO PRAZO RECURSAL NÃO CONFIGURADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que o ajuizamento de recurso manifestamente incabível não suspende o prazo para a interposição do recurso extraordinário. Precedentes. (AI 749.031-AgR, rel. min. Cármen Lúcia , Primeira Turma, DJe de 29.10.2009)

Nesse sentido: AI 689.164-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski , Primeira Turma, DJe de 22.05.2009), RE 601.061-AgR-AgR-ED (rel. min. Eros Grau , Segunda Turma, DJe de 21.05.2010), AI 688.561-AgR (rel. min. Ellen Gracie , Plenário, DJe de 11.04.2008) e AI 606.085-AgR (de minha relatoria , Segunda Turma, DJe de 31.10.2007).

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se. Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSA Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.228 (184)ORIGEM : AC - 00115345120114036105 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : VANDERLEI APARECIDO SANTANA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IVANISE ELIAS MOISES CYRINO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, o agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que negou provimento aos embargos de declaração não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.751 (185)ORIGEM : AC - 10024082411851003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : KARINA MARIA SOARES DE SOUSA PINHEIRO

CHAGASADV.(A/S) : GILSON ADRIANE DE SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS - FUNEDPROC.(A/S)(ES) : ABDALA LÔBO ANTUNES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres

Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.986 (186)ORIGEM : PROC - 1302013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 28ª CJ -

PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE VENCESLAURECDO.(A/S) : ANTONIO RIBEIRO DA CRUZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO : O acórdão recorrido foi publicado em 18.06.2013 (terça-feira), conforme certidão de fls. 278, tendo-se esgotado o prazo para interposição de recurso extraordinário em 18.07.2013 (quinta-feira). Sendo assim, o recurso é intempestivo, porquanto interposto em 25.07.2013.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.991 (187)ORIGEM : PROC - 00419803120118260554 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTO ANDRÉPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : SANTA HELENA ASSISTÊNCIA MÉDICA S/AADV.(A/S) : ANA RENATA DIAS WARZEE MATTOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANÍSIO BERNARDIADV.(A/S) : SILMARA APARECIDA CHIAROT

DECISÃO: Compulsando os autos, verifico a intempestividade do presente agravo, porquanto interposto em 02.05.2013, ao passo que a intimação da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário ocorreu em 16.01.2013.

Cumpre observar que os embargos de declaração opostos da decisão do presidente do Tribunal de origem que nega seguimento a recurso extraordinário, por manifestamente incabíveis, não suspendem ou interrompem o prazo para a interposição de outro recurso. Nesse sentido: AI 602.116-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 26.10.2007), AI 733.719-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 11.12.2009), AI 777.476-AgR (relator-presidente min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe de 07.05.2010), AI 779.295-AgR-ED-ED-EDv (rel. min. Rosa Weber, DJe de 06.03.2012) AI 839.995 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 04.06.2012), ARE 663.031-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 15.03.2012), ARE 686.112-ED (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 14.09.2012), ARE 688.273 (rel. min. Luiz Fux, Dje de 28.09.2012) e ARE 704.027 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 21.08.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.995 (188)ORIGEM : MS - 20120060034 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : ROGÉRIO NUNES NOGUEIRAADV.(A/S) : JULIA JALES DE L S SOUTO E OUTRO(A/S)

DECISÃO : A parte ora agravante foi intimada da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário em 04.06.2013 (terça-feira), conforme certidão de fls.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 16

196. Portanto, o prazo para a interposição de agravo esgotou-se em 24.06.2013 (segunda-feira). É, pois, intempestivo o presente agravo, porquanto interposto, via fax, em 25.06.2013.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.998 (189)ORIGEM : PROC - 20100122132 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTEREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO CAVALCANTI JÚNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE MARQUES SOUTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.006 (190)ORIGEM : PROC - 1322013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 28ª CJ -

PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE VENCESLAURECDO.(A/S) : WESLEY MARTINS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO : O acórdão recorrido foi publicado em 18.06.2013 (terça-feira), conforme certidão de fls. 223, tendo-se esgotado o prazo para interposição de recurso extraordinário em 18.07.2013 (quinta-feira). Sendo assim, o recurso é intempestivo, porquanto interposto em 25.07.2013.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.045 (191)ORIGEM : AI - 1389968 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : HAMILTON FERRAZ MARTINS JÚNIORADV.(A/S) : VLADIMIR MACÊDO DA SILVARECDO.(A/S) : MANOEL OSCAR DE ARAÚJO FILHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: O presente agravo não merece prosperar, visto que a petição recursal foi subscrita por advogado que não possui poderes para representar a parte recorrente.

Nos termos da orientação firmada nesta Corte, é inexistente a

impugnação recursal deduzida por advogado que não disponha de procuração nos autos.

Nesse sentido: ARE 647.762-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 17.04.2012), RE 179.717-AgR (rel. min. Celso de Mello, Primeira Turma, DJ de 25.08.1995), RE 606.117-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 09.10.2012), AI 531.599-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 24.02.2006), ARE 689.051 (de minha relatoria, DJe de 16.11.2012), AI 776.736-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 01.07.2011), AI 818.208-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 24.02.2011), AI 640.855-AgR-ED (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 13.06.2012), ARE 709.899 (rel. min. Luiz Fux, DJe de 31.10.2012), ARE 644.474 (rel. min. Rosa Weber, DJe de 08.08.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.911 (192)ORIGEM : PROC - 2522013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 28ª CJ -

PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE VENCESLAURECDO.(A/S) : NILZA MARIA GERALDO NERY E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: O acórdão recorrido foi publicado em 18.06.2013 (terça-feira), conforme certidão de publicação de fls. 223, tendo-se esgotado o prazo para a interposição de recurso extraordinário em 03.07.2013 (quarta-feira). Sendo assim, o recurso é intempestivo, porquanto interposto em 26.07.2013.

Em se tratando de recurso oriundo de juizado especial, é inaplicável o disposto no art. 188 do CPC, de acordo com a norma prevista no art. 9º da Lei 10.259/2001. Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado da Primeira Turma desta Corte:

“RECURSO - JUIZADO ESPECIAL - OPORTUNIDADE - DOBRA INEXISTENTE. Consoante dispõe o artigo 9º da Lei nº 10.259/2001, em se tratando de processo originário de juizado especial, não há a contagem de prazo em dobro prevista no artigo 188 do Código de Processo Civil. Descabe distinguir onde a lei não distingue, para, com isso, dar origem à dualidade de prazos.” (RE 466.834-AgR,-AgR, rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 9.10.2009)

Ainda nesse sentido, confiram-se: AI 747.478-AgR-segundo (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 04.05.2012), AI 535.633-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 24.02.2006), RE 557.560 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 09.04.2008), AI 561.374-AgR (rel. min. Celso de Mello, DJ de 16.10.2006).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.572 (193)ORIGEM : MS - 20060204819000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULAGDO.(A/S) : GABRIELE FRANCO DO AMARAL REPRESENTADA

POR MARCIA DA SILVA FRANCOADV.(A/S) : LEONIR CÂNEPA COUTO

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu parcial provimento ao recurso especial, que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário ao qual se vincula o presente agravo. Tal decisão já transitou em julgado. Portanto, julgo prejudicado o presente agravo, por perda de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.592 (194)ORIGEM : AC - 70013696034 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 17

REGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : CALCADOS MAJOLO LTDAADV.(A/S) : CELSO LUIZ BERNARDON

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial, determinando o retorno dos autos ao Tribunal de origem, para novo julgamento dos embargos de declaração, tendo em vista que não foram sanadas as omissões existentes. Tal decisão já transitou em julgado.

Considerando que o recurso extraordinário ao qual se vincula o agravo em análise perdeu o seu objeto, julgo prejudicado o presente recurso.

Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.172 (195)ORIGEM : MS - 6734962009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : SUELI SANTOS BARRETOADV.(A/S) : ALESSANDRA SCHURIG CARRILHO ROSA E

OUTRO(A/S)

DECISÃO : De modo geral, mesmo que o processo se encontre no Supremo Tribunal Federal em razão da interposição de recurso extraordinário, caberia ao Juízo de origem, no âmbito ordinário, a apreciação dos pedidos de desistência da ação e renúncia ao direito sobre que se funda a ação. Em caso de deferimento do pedido, ficaria prejudicado o recurso extraordinário, sem necessidade de os autos retornarem a este Tribunal.

Contudo, quando se trata de pedido de desistência em mandado de segurança, a Corte tem sistematicamente procedido à homologação, visto que o impetrante pode desistir a qualquer tempo do mandamus, desistência que, inclusive, prescinde de concordância do impetrado (cf. RE 165.712-ED-EDv-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ de 22.02.2002).

Nesse sentido, cf., ainda, o RE 366.490-AgR (rel. min. Eros Grau, DJ de 02.08.2004) e o RE 371.758 (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 29.06.2004).

Do exposto, homologo o pedido de desistência , conforme requerido pela parte ora recorrida (fls. 288), em petição subscrita por advogada com poderes para desistir (fls. 17), e declaro extinto o processo, nos moldes do art. 267, VIII, do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.407 (196)ORIGEM : AI - 00099141120108269000 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 7ª CJ - MOGI MIRIMPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS GARCIA PEREZRECDO.(A/S) : NILCE REGINA TOLOTTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO :Homologo a desistência do agravo, requerida pela parte recorrente em petição subscrita por advogado com poderes para desistir.

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.329 (197)ORIGEM : AC - 200471100044667 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ALISSON DOS SANTOS CAPPELLARIADV.(A/S) : ANTÔNIO PEDRO DA SILVA MACHADO

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial, que visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário ao qual se vincula o presente agravo. Tal decisão já transitou em julgado. Portanto, julgo prejudicado o presente agravo, por perda de seu objeto.

Publique-se.

Brasília, 5 de setembro de 2013.Ministro JOAQUIM BARBOSA

Presidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.752 (198)ORIGEM : AC - 00070596320084036103 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : LUIZ RAIUMUNDO DOS SANTOSADV.(A/S) : MARCELO AUGUSTO BOCCARDO PAES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO : A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, o agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que rejeitou os embargos de declaração não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se. Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.769 (199)ORIGEM : AC - 00035952720104036114 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : OSVALDO JOSE DA SILVAADV.(A/S) : MARCOS ALVES FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: A competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o recurso extraordinário restringe-se às causas decididas em única ou última instância (CF, art. 102, III).

No caso em análise, a parte agravante não esgotou, quanto à decisão que pretende impugnar, as vias recursais ordinárias cabíveis, visto que da decisão monocrática que julgou a apelação e o recurso adesivo não foi interposto agravo para o órgão colegiado (CPC, art. 557, § 1º).

O conhecimento do recurso extraordinário é de ser obstado porque incide o enunciado da Súmula 281 desta Corte.

Nesse sentido: ARE 637.591-AgR (relator-presidente, min. Cezar Peluso, Plenário, DJe de 16.12.2011), AI 533.545-ED-AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 21.09.2011), AI 727.143-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 13.03.2012), AI 818840-ED (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 07.12.2010), ARE 656.132-AgR (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 16.11.2011), ARE 685.599-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 07.11.2012), RE 572.470-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 23.08.2011), ARE 683.215-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 12.09.2012), ARE 640.315-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 13.09.2012), AI 856.739 (rel. min. Celso de Mello, DJe de 04.09.2012).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.187 (200)ORIGEM : PROC - 03220100519092 - TJBA - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 18

RECTE.(S) : RICARDO FREITAS GONÇALVESADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSRECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : THAISE SIMÕES SILVA

DESPACHO: Intime-se o recorrente, por via postal, com aviso de recebimento, para que, no prazo de dez dias, regularize a representação processual.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.494 (201)ORIGEM : PROC - 00451607020128030001 - TJAP - TURMA

RECURSAL ÚNICAPROCED. : AMAPÁREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/AADV.(A/S) : CELSO MARCON E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS E OLIVEIRA CARDOSOADV.(A/S) : LILIANE MONTEIRO DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.524 (202)ORIGEM : PROC - 00968119220098050001 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIAPROCED. : BAHIAREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : ALAN FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCUS GOMES PINHEIRORECDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e

ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.752 (203)ORIGEM : AR - 00655161620108190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIROREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : NADIR PANETO ROCHAADV.(A/S) : LUIZ AUGUSTO DOS SANTOS COELHO DA SILVARECDO.(A/S) : LINDINALVA MEDEIROS ERNANDESADV.(A/S) : DENISE DE PAULA ALMEIDA

DECISÃO : O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação da recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.796 (204)ORIGEM : AC - 200001000513966 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : GOIÁSREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : HUMBERTO LOPES FERREIRARECTE.(S) : OSMILDA NAVES FERREIRARECTE.(S) : JOSÉ MARTINS DA SILVARECTE.(S) : ESPÓLIO DE MARIA DAS DORES SILVARECTE.(S) : ABADIO RODRIGUES NAVESRECTE.(S) : ESPÓLIO DE OLGA FERNANDES NAVESRECTE.(S) : ESPÓLIO DE OTAVIANO MARTINS DE CARVALHORECTE.(S) : LENIR ARAÚJO DE CARVALHORECTE.(S) : JOSÉ EURÍPEDES MARTINSADV.(A/S) : JOÃO BATISTA FAGUNDESRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS ECONOMISTAS DE GOIÂNIAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES CIVIS DO BRASILINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO

ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESA DE

RADIOFUSÃO E PUBLICIDADE NO ESTADO DE GOIÁSINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO GOIANA DE IMPRENSAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS CRONISTAS ESPORTIVOS DO

ESTADO DE GOIÁS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 19

que inviabiliza o apelo extraordinário.Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres

Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.037 (205)ORIGEM : PROC - 3042013 - TJSP - TURMA RECURSAL - 28ª CJ -

PRESIDENTE VENCESLAUPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PRESIDENTE VENCESLAURECDO.(A/S) : FRANCISCO ISIDIO CABRERA MENEGUELLO E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: O acórdão recorrido foi publicado em 18.06.2013 (terça-feira), conforme certidão de publicação de fls. 269, tendo-se esgotado o prazo para a interposição de recurso extraordinário em 03.07.2013 (quarta-feira). Sendo assim, o recurso é intempestivo, porquanto interposto em 26.07.2013.

Em se tratando de recurso oriundo de juizado especial, é inaplicável o disposto no art. 188 do CPC, de acordo com a norma prevista no art. 9º da Lei 10.259/2001. Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado da Primeira Turma desta Corte:

“RECURSO - JUIZADO ESPECIAL - OPORTUNIDADE - DOBRA INEXISTENTE. Consoante dispõe o artigo 9º da Lei nº 10.259/2001, em se tratando de processo originário de juizado especial, não há a contagem de prazo em dobro prevista no artigo 188 do Código de Processo Civil. Descabe distinguir onde a lei não distingue, para, com isso, dar origem à dualidade de prazos.” (RE 466.834-AgR,-AgR, rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 9.10.2009)

Ainda nesse sentido, confiram-se: AI 747.478-AgR-segundo (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 04.05.2012), AI 535.633-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 24.02.2006), RE 557.560 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 09.04.2008), AI 561.374-AgR (rel. min. Celso de Mello, DJ de 16.10.2006).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.197 (206)ORIGEM : AC - 200980000036805 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : ALAGOASREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE MARAGOGIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARAGOGIRECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-

AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.868 (207)ORIGEM : AI - 0000191792012826900500000 - TJSP - 3º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : UNICASA INDÚSTRIA DE MÓVEIS S/AADV.(A/S) : MARCELO GAMBOA SERRANO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : FABIANA MOREIRA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : KARINA MICHELIN JOSÉADV.(A/S) : KARINA MICHELIN JOSÉ

DECISÃO : O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação da recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.912 (208)ORIGEM : PROC - 2740120120031831 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 13ª CJ - ARARAQUARAPROCED. : SÃO PAULOREGISTRADO :MINISTRO PRESIDENTERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE ITÁPOLISADV.(A/S) : VALDINÉIA VALENTINA DE CAMPOS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTONIA APARECIDA COSTA FARIAADV.(A/S) : ELIANA DO VALE

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO (rel. min. Sepúlveda Pertence), estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a intimação do recorrente ocorreu após 3.5.2007 e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Nesse sentido: ARE 667.043-AgR (relator-presidente min. Ayres Britto, Plenário, DJe de 09.08.2012), ARE 692.735-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 24.08.2012), AI 821.305-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 15.08.2011), AI 780.477-AgR (de minha relatoria, Segunda Turma, DJe de 08.03.2012), ARE 654.250-ED (rel. min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 11.10.2011), AI 853.702-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2012), RE 629.255-AgR (rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 10.10.2012), RE 614.223-AgR (rel. min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 15.09.2011), ARE 683.660-AgR (rel. min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 18.09.2012) e ARE 654.243 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 03.10.2011).

Do exposto, nego seguimento ao recurso.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 20

Publique-se.Brasília, 09 de setembro de 2013.

Ministro JOAQUIM BARBOSAPresidente

PLENÁRIO

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 36 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL 711 (209)ORIGEM : AÇÃO PENAL - 0010092195691 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : FRANCISCO VIEIRA SAMPAIOADV.(A/S) : AMARO CARLOS DA ROCHA SENNA E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO PENALCrimes Praticados por Funcionários Públicos Contra a Administração

em GeralPeculato

EMB.INFR. NA AÇÃO PENAL 481 (210)ORIGEM : INQ - 1132004 - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA

FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ASDRÚBAL MENDES BENTESADV.(A/S) : MARCOS CRISTIANO CARINHANHA CASTROEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Matéria:DIREITO PENALCrimes Previstos na Legislação ExtravaganteCrimes EleitoraisCaptação ilícita de votos ou corrupção eleitoral

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.676 (211)ORIGEM : AMS - 200151010086136 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : NOVA LENTE EDITORA LTDAADV.(A/S) : MARIA CAROLA GUDININTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO RICHARD HUGH FISKADV.(A/S) : FERNANDO TARDIOLI LÚCIO DE LIMAINTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS EDITORES DE

REVISTAS - ANERADV.(A/S) : SACHA CALMON NAVARRO COELHO E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO TRIBUTÁRIOLimitações ao Poder de TributarImunidadeLivros / Jornais / Periódicos

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.770 (212)ORIGEM : PROC - 880 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : REPÚBLICA ITALIANARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : M F FRECTE.(S) : G FADV.(A/S) : EUGÊNIO ANTINORO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : P R FADV.(A/S) : BRENO MOREIRA MUSSI E OUTRO(A/S)

Matéria:DIREITO CIVILFamíliaRelações de ParentescoInvestigação de Paternidade

Brasília, 18 de setembro de 2013.Luiz Tomimatsu

Assessor-Chefe do Plenário

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 20ª (vigésima) sessão ordinária, realizada em 28 de agosto de 2013.

Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso.

Procuradora-Geral da República, interina, Dra. Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli.

Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior. REGISTROO SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (PRESIDENTE) -

Comunico a Vossas Excelências que estão presentes, neste Plenário, os alunos dos cursos de Direito das seguintes instituições: Universidade Estácio de Sá, de Queimados, São Paulo, e Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Corumbá, Mato Grosso do Sul.

Desejo a todos as boas-vindas, e que esta sessão seja de grande utilidade a todos.

JULGAMENTOS

QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (213)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZAADV.(A/S) : MARCELO LEONARDOEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal rejeitou, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, as alegações quanto ao cancelamento de votos e notas taquigráficas e à não identificação de voto, bem como a alegação de contradição na decisão sobre a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar os réus não detentores de prerrogativa de foro e na decisão que determinou o desmembramento em relação a alguns acusados, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Em seguida, o julgamento foi suspenso. Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.

Decisão: Após o voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), acolhendo parcialmente os embargos de declaração, sem efeito modificativo, para corrigir erros materiais do acórdão, o julgamento foi suspenso. Plenário, 22.08.2013.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração, sem efeitos modificativos, para corrigir erro material verificado na parte final do voto condutor relativamente aos crimes de lavagem de dinheiro, excluindo a referência ao inciso VII do art. 1º da Lei nº 9.613/98, eis que a condenação do embargante quanto ao crime de lavagem de dinheiro se deu com base no art. 1º, V e VI, da Lei nº 9.613/98, e para corrigir erro material verificado no extrato do acórdão, a fim de que conste, tanto para o delito de corrupção ativa (item III.3 da denúncia), quanto para o delito de lavagem de dinheiro (item IV da denúncia), a pena pecuniária de 93 (noventa e três) dias-multa, no valor de 10 (dez) salários mínimos cada. Rejeitados, por maioria, os embargos de declaração quanto ao pedido de que constasse do acórdão a soma global das penas, vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, e os embargos de declaração quanto à dosimetria da pena base relativa ao crime de quadrilha, vencido o Ministro Ricardo Lewandowski. Rejeitados, por unanimidade, os embargos de declaração quanto às demais alegações, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Plenário, 28.08.2013.

DÉCIMOS QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (214)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : JOSÉ GENOÍNO NETOADV.(A/S) : SANDRA MARIA GONÇALVES PIRESEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, rejeitou a alegação de contradição na decisão sobre a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar os réus não detentores de prerrogativa de foro e na decisão que determinou o desmembramento em relação a alguns acusados, e, por unanimidade, rejeitou a alegação de contradição decorrente da metodologia do julgamento, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Em seguida, o julgamento foi suspenso.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 21

Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por unanimidade e

nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), acolheu em parte os embargos de declaração, sem efeitos modificativos, apenas para proceder à correção do erro material verificado às fls. 51.665, quanto ao nome do defensor do embargante, para que, no trecho onde se lê “GUILHERME TADEU PONTES BIRELLO”, leia-se “LUIZ FERNANDO SÁ E SOUZA PACHECO”, tal como consta da Ata da respectiva sessão. Plenário, 28.08.2013.

VIGÉSIMOS QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (215)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : PEDRO HENRY NETOADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DUARTE ALVARESEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal rejeitou, por unanimidade, a preliminar de redistribuição dos embargos de declaração, e, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, as alegações quanto ao cancelamento de votos e notas taquigráficas e à não identificação de voto, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Em seguida, o julgamento foi suspenso. Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração quanto às demais alegações. Plenário, 28.08.2013.

Brasília, 28 de agosto de 2013.Luiz Tomimatsu

Assessor-Chefe do Plenário

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

Ata da 24ª (vigésima quarta) sessão extraordinária, realizada em 29 de agosto de 2013.

Presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso.

Procuradora-Geral da República, interina, Dra. Helenita Amélia Gonçalves Caiado de Acioli.

Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior.REGISTROO SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (PRESIDENTE) -

Comunico que estão presentes, neste Plenário, os alunos dos cursos de Direito das seguintes instituições: Faculdade Univix, de Vitória, Espírito Santo, e Faculdade Dom Bosco, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Todos sejam bem-vindos, que aproveitem bastante o aprendizado desta sessão.

JULGAMENTOS

TERCEIROS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (216)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : CRISTIANO DE MELLO PAZADV.(A/S) : CASTELLAR MODESTO GUIMARÃES FILHOADV.(A/S) : JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHOADV.(A/S) : CAROLINA GOULART MODESTO GUIMARÃESADV.(A/S) : CASTELLAR MODESTO GUIMARAES NETOADV.(A/S) : IZABELLA ARTUR COSTAEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, rejeitou as alegações quanto ao cancelamento de votos e notas taquigráficas e à não identificação de voto, nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Em seguida, o julgamento foi suspenso. Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração para suprimir o trecho apontado no voto condutor do acórdão quanto ao somatório das penas. O Tribunal, por maioria, rejeitou os embargos de declaração quanto à dosimetria da pena base pelo delito de formação de quadrilha, vencido o Ministro Marco Aurélio. E, por unanimidade, rejeitou os embargos quanto às demais alegações. Tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). O Ministro Marco Aurélio reajustou o voto proferido na sessão do Plenário de 28 de agosto de 2013 quanto à

dosimetria da pena base pelo delito de formação de quadrilha do embargante Marcos Valério Fernandes de Souza. Ausente, ocasionalmente, o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, 29.08.2013.

SEXTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (217)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVAADV.(A/S) : JOSÉ LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMAEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal rejeitou, por unanimidade, a preliminar de redistribuição dos embargos de declaração, e, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, as alegações quanto ao cancelamento de votos e notas taquigráficas e à não identificação de voto. Em seguida, o julgamento foi suspenso. Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), rejeitou os embargos de declaração, vencidos, quanto à dosimetria da pena base pelo delito de formação de quadrilha, os Ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio. Plenário, 29.08.2013.

DÉCIMOS SÉTIMOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (218)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : JOÃO CLÁUDIO DE CARVALHO GENUADV.(A/S) : MARCO ANTONIO MENEGHETTIEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal rejeitou, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, as alegações quanto ao cancelamento de votos e notas taquigráficas e à não identificação de voto, e, por unanimidade, a alegação de nulidade do voto do Ministro Ayres Britto, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Em seguida, o julgamento foi suspenso. Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, após o voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), que rejeitava os embargos de declaração, e os votos dos Ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, que os acolhia parcialmente, pediu vista dos autos o Ministro Roberto Barroso. Plenário, 29.08.2013.

QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (219)ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZAADV.(A/S) : MARCELO LEONARDOEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal rejeitou, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, as alegações quanto ao cancelamento de votos e notas taquigráficas e à não identificação de voto, bem como a alegação de contradição na decisão sobre a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar os réus não detentores de prerrogativa de foro e na decisão que determinou o desmembramento em relação a alguns acusados, tudo nos termos do voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Em seguida, o julgamento foi suspenso. Ausente, licenciado, o Ministro Teori Zavascki. Plenário, 14.08.2013.

Decisão: Após o voto do Relator, Ministro Joaquim Barbosa (Presidente), acolhendo parcialmente os embargos de declaração, sem efeito modificativo, para corrigir erros materiais do acórdão, o julgamento foi suspenso. Plenário, 22.08.2013.

Decisão: Prosseguindo no julgamento, o Tribunal, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração, sem efeitos modificativos, para corrigir erro material verificado na parte final do voto condutor relativamente aos crimes de lavagem de dinheiro, excluindo a referência ao inciso VII do art. 1º da Lei nº 9.613/98, eis que a condenação do embargante quanto ao crime de lavagem de dinheiro se deu com base no art. 1º, V e VI, da Lei nº 9.613/98, e para corrigir erro material verificado no extrato do acórdão, a fim de que conste, tanto para o delito de corrupção ativa (item III.3 da denúncia), quanto para o delito de lavagem de dinheiro (item IV da denúncia), a pena pecuniária de 93 (noventa e três) dias-multa, no valor de 10 (dez) salários mínimos cada. Rejeitados, por maioria, os embargos de declaração quanto ao pedido de que constasse do acórdão a soma global das penas, vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, e os embargos de declaração quanto à dosimetria da pena base relativa ao crime de quadrilha, vencido o Ministro Ricardo Lewandowski. Rejeitados, por unanimidade, os embargos de declaração quanto às demais alegações, tudo nos termos do voto do Relator,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 22

Ministro Joaquim Barbosa (Presidente). Plenário, 28.08.2013.Decisão: O Ministro Marco Aurélio reajustou o voto quanto à fixação

da pena base pelo delito de formação de quadrilha. Presidência do Ministro Joaquim Barbosa. Plenário, 29.8.2013.

Brasília, 29 de agosto de 2013.Luiz Tomimatsu

Assessor-Chefe do Plenário

ACÓRDÃOS

Centésima Trigésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA PETIÇÃO 3.894 (220)ORIGEM : PET - 28948 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : LUÍS CARLOS CREMAADV.(A/S) : LUÍS CARLOS CREMAAGDO.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Votou o Presidente, Ministro Joaquim Barbosa. Ausentes, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia, em participação na Conferencia Internacional – El acceso individual a la justicia Constitucional en América Latina, em Arequipa, Peru, e, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 29.05.2013.

EMENTAAgravo regimental em petição. Interpelação judicial. Procurador-

Geral da República. Supostas práticas de atos de improbidade administrativa e de crimes de responsabilidade pelo Presidente da República. Incompetência originária do STF. Precedentes. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 9.823 (221)ORIGEM : RCL - 9823 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE RONDÔNIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIAAGDO.(A/S) : NILZA GARVIN EVANGELISTAINTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Votou o Presidente, Ministro Joaquim Barbosa. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 19.06.2013.

EMENTAAgravo regimental na reclamação. Ausência de identidade de

temas entre o ato reclamado e decisão da Suprema Corte com eficácia vinculante. Reclamação como sucedâneo de recurso. Agravo regimental não provido.

1. É necessário que a apreciação da reclamação incida sobre a moldura fático-jurídica revelada pelo último ato decisório proferido nos autos da ação originária.

2. Para que seja admitido o manejo da reclamatória constitucional, é preciso haver aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo da decisão paradigmática do STF.

3. A pretensão deduzida nos autos já foi decidida pelo STF nos autos da Rcl nº 9.368/RO, cujo trânsito em julgado já foi certificado.

4. Não se presta a via reclamatória para a parte se furtar ao trâmite adequado dos recursos colocados à sua disposição no STF, nem para se insurgir contra decisão dessa Suprema Corte, renovando o debate proposto na citada Rcl nº 9.368/RO.

5. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 11.613 (222)ORIGEM : PROC - 20100519263 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES VAREJISTAS DO

MERCADO PÚBLICO DE FLORIANÓPOLISADV.(A/S) : CLÁUDIO GASTÃO DA ROSA FILHO E OUTRO(A/S)

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao agravo regimental. Votou o Presidente, Ministro Joaquim Barbosa. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 19.06.2013.

EMENTAAgravo regimental na reclamação. ADPF nº 75/SP. Ausência de

paradigma apto a instaurar a jurisdição da Suprema Corte em sede reclamatória. Reclamação como sucedânea de recurso. Agravo regimental não provido.

1. Por atribuição constitucional, presta-se a reclamação para preservar a competência do STF e garantir a autoridade de suas decisões (art. 102, inciso I, alínea l, CF/88), bem como para resguardar a correta aplicação das súmulas vinculantes (art. 103-A, § 3º, CF/88).

2. São dotadas de efeito vinculante e eficácia erga omnes (i) as decisões concessivas de liminar e (ii) as decisões de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações do controle concentrado de constitucionalidade, conjuntos em que não se enquadra a decisão proferida na ADPF nº 75/SP, a qual foi extinta sem resolução do mérito, por ausência de uma das condições da ação, a saber, a legitimidade ativa ad causam.

3. É inadmissível a reclamação cujo paradigma seja decisão em ação do controle concentrado de constitucionalidade sem efeito vinculante.

4. Agravo regimental não provido.

EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.364

(223)

ORIGEM : ADI - 4364 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE

BENS, SERVIÇOS E TURISMO - CNCADV.(A/S) : ALAIN ALPIN MACGREGOREMBDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA

CATARINAEMBDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, acolheu os embargos de declaração. Votou o Presidente, Ministro Joaquim Barbosa. Ausentes, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia, em participação na Conferencia Internacional – El acceso individual a la justicia Constitucional en América Latina, em Arequipa, Peru, e, neste julgamento, o Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 29.05.2013.

EMENTAEmbargos de declaração. Ação direta de inconstitucionalidade.

Constitucionalidade dos pisos salariais estaduais definidos por norma do Estado de Santa Catarina. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade. Caráter consultivo sobre situação concreta não abarcada pelo julgado. Embargos acolhidos para esclarecimentos.

1. A menção ao dever de obediência a patamar mínimo fixado em lei foi feita - em relação aos trabalhadores alcançados pela lei estadual, não abrangidos por nenhuma forma de negociação coletiva anterior - como reforço argumentativo, com o intuito de realçar a liberdade de atuação dos órgãos sindicais na construção das políticas salarias dos seus representados. Como foi destacado, o piso salarial fixado pela legislação estadual, em razão da limitação contida na Lei Complementar Federal nº 103/2000 e conforme ressalva expressa no art. 3º da lei estadual questionada, não incidirá sobre as profissões que tenham convenção ou acordo coletivo de trabalho, preservando-se e ressalvando-se os pisos salariais assim definidos. Por sua vez, em relação aos trabalhadores não abrangidos por nenhuma forma anterior de negociação coletiva, o piso salarial estadual incidirá, passando a ser esse, portanto, o patamar mínimo legalmente assegurado à categoria, e não mais o “salário mínimo nacional”.

2. Embargos acolhidos somente para se prestarem esclarecimentos, não se alterando o dispositivo do acórdão embargado.

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.790 (224)ORIGEM : MS - 28790 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : JOSÉ JURANDIR DE LIMAADV.(A/S) : PAULO TADEU HAENDCHENEMBDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por maioria, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental e a este negou provimento, vencido o Ministro Marco Aurélio na conversão e no mérito. Votou o Presidente, Ministro Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Ministro Celso de Mello. Plenário, 19.06.2013.

EMENTAEmbargos de declaração em mandado de segurança. Decisão

monocrática. Conversão em agravo regimental. Processo administrativo disciplinar. Proporcionalidade da pena de cassação de aposentadoria. Alegada inconstitucionalidade do art. 42 da LC nº 35/1979.

1. A decisão agravada foi proferida em amplo juízo de cognição e está em plena consonância com o entendimento firmado pela Corte, o que, por conseguinte, afasta de plano qualquer alegação de violação dos princípios do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 23

devido processo legal e da colegialidade.2. O procedimento disciplinar foi conduzido por autoridade

competente, que concluiu pela aplicação de pena prevista em lei, com amparo nas provas colhidas ao longo do procedimento. Impõe-se, destarte, reafirmar que conclusão diversa acerca da adequação da conduta do recorrente demandaria exame e reavaliação de todas as provas integrantes do feito administrativo.

3. As penas disciplinares previstas no art. 42 da LC nº 35/1979 estão de acordo com o estabelecido no art. 4º, inciso VI, do RICNJ e com o art. 103-B, § 4º, III, da CF.

4. A pretensão para que se declare a inconstitucionalidade do parágrafo único do art. 42 da LOMAN mostra-se desconectada do caso dos autos, uma vez que uma tal decisão não produz qualquer efeito na decisão do c. CNJ apontada como ato impugnado. Ausente, portanto, o pressuposto subjetivo do interesse jurídico de agir.

5. Agravo regimental não provido.

Brasília, 18 de setembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

PRIMEIRA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima Trigésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.329 (225)ORIGEM : AC - 200101000198017 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARIA IZABEL DE CASTRO GAROTTIADV.(A/S) : HAROLDO TOTIAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.974 (226)ORIGEM : AC - 200672010007668 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MARIA APARECIDA CANIZELIADV.(A/S) : KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO DE

INSTRUMENTO. JULGAMENTO MONOCRÁTICO. POSSIBILIDADE. COMPETÊNCIA DO RELATOR. ART. 557, CAPUT , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. APOSENTADORIA. REGÊNCIA PELAS NORMAS APLICÁVEIS QUANDO PREENCHIDOS OS REQUISITOS NECESSÁRIOS. APLICAÇÃO DA SÚMULA 359/STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 10.3.2009.

O art. 557, caput, do Código de Processo Civil, permite ao relator negar seguimento ao recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior.

Acórdão recorrido em consonância com a jurisprudência desta Corte. Aplicação da Súmula 359/STF ("Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários"). Precedentes.

O fato de a decisão ser sucinta e contrária aos interesses da parte não configura negativa de prestação jurisdicional ou ausência de fundamentação.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 313.059 (227)ORIGEM : AC - 800165700 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : MARIA DO CARMO LISBÔA DA SILVA SANTOSADV.(A/S) : GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Artigo 19 do ADCT.

Estabilidade. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das

provas da causa. Incidência da Súmula nº 279 da Corte.2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 395.912 (228)ORIGEM : ADI - 772860200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULOADV.(A/S) : ANTÔNIO RODRIGUES DE FREITAS JÚNIOR E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Competência do

relator para negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível. Lei municipal de iniciativa parlamentar. Introdução de matéria no conteúdo programático das escolas das redes municipal e privada de ensino. Criação de atribuição. Professor. Curso de formação. Regime do servidor. Aumento de despesa. Inconstitucionalidade formal. Vício de iniciativa. Prerrogativa do chefe do Poder Executivo. Precedentes.

1. É competente o relator (arts. 557, caput, do Código de Processo Civil e 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para negar seguimento “ao recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior”.

2. Ofende a Constituição Federal a lei de iniciativa parlamentar que cria atribuições para órgãos públicos e que trata do provimento de cargos e do regime jurídico dos servidores públicos, uma vez que, no caso, cabe ao chefe do Poder Executivo, privativamente, a deflagração do processo legislativo.

3. É pacífica a jurisprudência da Corte no sentido de padecer de inconstitucionalidade formal a lei de iniciativa parlamentar que, ao tratar de tema relativo a servidores públicos, acarreta aumento de despesa para o Poder Executivo.

4. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 401.243 (229)ORIGEM : AC - 70000341974 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE NELMO JOSÉ MARTINS BONNET

(REPRESENTADO PELA INVENTARIANTE MARIA CARMEM SILVA PEREIRA)

ADV.(A/S) : EDSON FÁBIO EUZEBIOAGDO.(A/S) : MILTON SALATINO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DOUGLAS DA CRUZ FIGUEREDO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

ISONOMIA – VENCIMENTOS – DELEGADO DE POLÍCIA VERSUS PROCURADOR DO ESTADO – DIFERENÇA – TERMO INICIAL – PRECEDENTES. Considerando o decidido na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 761, as diferenças salariais decorrentes da isonomia entre delegados da polícia e procuradores do Estado do Rio Grande do Sul são devidas a partir da edição da Lei estadual nº 9696/92.

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 424.850 (230)ORIGEM : MS - 53192002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 24

AGTE.(S) : SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DA CIÊNCIA DA PAPILOSCOPIA E IDENTIFICAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO - SINPP/MT

ADV.(A/S) : CARLOS FREDERICK DA SILVA INEZ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)

AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTASegundo agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor

público. Estabilidade financeira. Reenquadramento. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico anterior. Irredutibilidade de vencimentos. Precedentes.

1. É pacífica a jurisprudência da Corte de que, embora seja constitucional o instituto da estabilidade financeira, não há direito adquirido à forma de reajuste da remuneração, o que implicaria direito adquirido a regime jurídico, ficando assegurada, contudo, a irredutibilidade de vencimentos.

2. É possível ao legislador proceder ao reenquadramento do servidor desvinculando o cálculo da vantagem pecuniária incorporada, sem que isso represente violação do texto constitucional.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.571 (231)ORIGEM : RMS - 11432 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JOÃO MANOEL DE ASSUNÇÃO E SILVA FILHOADV.(A/S) : CÍCERO OLIVEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Negativa de

prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Emenda Constitucional nº 7/77 da Constituição de 1969. Serventias judiciais oficializadas. Remuneração pelos cofres públicos. Possibilidade. Artigo 31 do ADCT. Não abrangência. Precedentes.

1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem, mediante decisão suficientemente fundamentada.

2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.

3. A Emenda Constitucional nº 7/77 da Constituição de 1969, ao oficializar as serventias judiciais, determinou que a remuneração dos novos cartorários fosse realizada pelos cofres públicos.

4. O art. 31 do ADCT não se aplica ao caso dos autos, pois o impetrante, na data da promulgação da vigente Constituição Federal, não tinha direito a perceber como remuneração os valores das custas e dos emolumentos provenientes dos processos que tramitavam em sua serventia.

5. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.949 (232)ORIGEM : AC - 843447 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : IMPORTADORA DE FRUTAS LA VIOLETERA LTDAADV.(A/S) : VINICIUS DE FIGUEIREDO TEIXEIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

AGRAVO – CARÁTER INFUNDADO – MULTA. Surgindo do exame do agravo a convicção sobre o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 497.407 (233)ORIGEM : EDROAR - 7110342005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : PARANÁ

RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MAYRIS FERNANDEZ ROSA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM

ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE PONTA GROSSA

ADV.(A/S) : JOSÉ TORRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Trabalhista.

Decreto-Lei nº 2.425/88. URP de abril e maio de 1988. Reflexos financeiros. Irredutibilidade de vencimentos. Impossibilidade.

1. A Primeira Turma da Corte, no exame do RE nº 421.054/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio, publicado no DJe de 30/11/07, concluiu que, “sedimentada a jurisprudência no sentido de assistir direito ao reajuste à base de sete trinta avos de 16,19%, considerado o salário de março, com repercussão nos meses de abril e maio, a exclusão nos de junho e julho implica redução incompatível com os ditames constitucionais”.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.038 (234)ORIGEM : PROC - 200485005014515 - TURMA REC. JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAISPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : JAIRTON SILVA NASCIMENTOADV.(A/S) : BRUNO MARCOS GUARNIERI

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário. Alteração do teto

de benefícios do regime geral de previdência e reflexos nos benefícios concedidos anteriormente à edição da Emenda Constitucional nº 20/98.

1. A matéria em discussão nos autos teve sua repercussão geral reconhecida pela Suprema Corte, a qual, ao apreciar o mérito da questão, entendeu inexistir a apontada violação das normas constitucionais na aplicação imediata do art. 14 da EC nº 20/98 a benefícios previdenciários limitados ao teto do regime geral de previdência estabelecido antes da sua vigência.

2. Orientação, destarte, que deve ser seguida em todos os processos que tratam do mesmo tema.

3. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 643.370 (235)ORIGEM : AC - 200171040056141 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : PEREGRINO MALHAS LTDAADV.(A/S) : MAURÍCIO DAL AGNOLAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA

NORMATIZAÇÃO E QUALIDADE - INMETROADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. APLICAÇÃO DE MULTA. ALEGAÇÃO

DE VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 636/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO DISPONIBILIZADO EM 3.6.2009.

Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida (Súmula 636/STF).

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 682.168 (236)ORIGEM : AMS - 200138000117577 - TRIBUNAL REGIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 25

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MAGNESITA S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL – CONSTITUCIONALIDADE. O Tribunal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 416.601/DF, da relatoria do Ministro Carlos Velloso, concluiu pela constitucionalidade da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental.

AGRAVO – CARÁTER INFUNDADO – MULTA. Surgindo do exame do agravo a convicção sobre o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.718 (237)ORIGEM : AC - 200671000146128 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : GLORIA MARIA BARD RECENA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : CLÓVIS KONFLANZ E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTADIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. FGTS.

EMPREGADOS VINCULADOS À ENTIDADE FILANTRÓPICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF/88. INEXISTÊNCIA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 13.7.2009.

O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXVI e LIV, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal.

Inexiste violação do artigo 93, IX, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que o referido dispositivo constitucional exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, dispensando o exame detalhado de cada argumento suscitado pelas partes.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 757.315 (238)ORIGEM : AC - 200671000159202 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : MARCELO SILVA BECKERADV.(A/S) : IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTADIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DA

COISA JULGADA. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 18.2.2013.

O exame da alegada ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária, prevista no art. 102, da Constituição Federal.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.334

(239)

ORIGEM : AC - 200535000195501 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃO

PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CASSIUS MARCELLUS DE FREITAS RODRIGUESADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O instituto tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurídico veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o exame da violência ao preceito evocado pelo recorrente.

AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.086

(240)

ORIGEM : AC - 26812012 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO

ESTADO DO MARANHÃO - SINDJUS/MAADV.(A/S) : PEDRO DUAILIBE MASCARENHAS E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 6.8.2013.

EMENTAAgravo regimental no recurso extraordinário com agravo.

Servidor público. Lei estadual nº 8.369/06. Reajuste. Natureza jurídica de revisão geral declarada na origem. Discussão. Legislação local. Ofensa reflexa. Precedentes.

1. Não se presta o recurso extraordinário ao exame de legislação local. Incidência da Súmula nº 280/STF.

2. Agravo regimental não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.029

(241)

ORIGEM : RMS - 27780 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : VIVALDO JOÃO MARTINIADV.(A/S) : JOÃO LUIZ BERNARDESAGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTADIREITO PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA.

ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL DO DEBATE. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, LXIX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 14.11.2012.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Agravo regimental conhecido e não provido.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.213

(242)

ORIGEM : AC - 200951010093474 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : JOSÉ MANOEL E SILVAADV.(A/S) : GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/

S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 26

AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTADIREITO ADMINISTRATIVO. MILITAR ANISTIADO. ANULAÇÃO DE

TERMO DE ADESÃO. LEI Nº 11.354/06. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 5º, XXXV, XXXVI, E 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO 17.01.2011.

Tendo a Corte Regional examinado a matéria à luz da legislação infraconstitucional, obter decisão em sentido diverso demandaria a análise de matéria infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, da Lei Maior.

O exame da alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, e 37, caput, da Constituição Federal, dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária.

As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Agravo regimental conhecido e não provido.

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 717.423

(243)

ORIGEM : PROC - 00009053020128030000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : AMAPÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS EM

EDUCAÇÃO NO ESTADO DO AMAPÁ - SINSEPEAPADV.(A/S) : VALDECY DA COSTA ALVESEMBDO.(A/S) : ESTADO DO AMAPÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ

Decisão: A Turma não conheceu dos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS – ACÓRDÃO PROFERIDO POR FORÇA DE IDÊNTICO RECURSO - ADEQUAÇÃO. Os segundos embargos de declaração somente são adequados quando o vício haja surgido pela primeira vez no julgamento dos anteriores.

EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 114.750 (244)ORIGEM : AG - 1380625 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : MARCOS ROBERTO MARQUES LISBOAADV.(A/S) : PLÍNIO LEITE NUNESEMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma negou provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTAEmbargos de declaração em habeas corpus. Omissão e

contradição no acórdão. Não ocorrência. Embargos rejeitados.1. O aresto embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão

julgador decidido, fundamentadamente, todas as questões postas a julgamento, nos limites necessários ao deslinde do feito. Da mesma forma, a decisão não é contraditória, pois não faltam a ela clareza ou certeza quanto ao que foi decidido. Os embargos pretendem, efetivamente, rediscutir o deslinde da causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios.

2. As questões trazidas nos presentes embargos foram suficientemente analisadas pela Primeira Turma e rechaçadas no julgado impugnado.

3. Embargos rejeitados.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.639

(245)

ORIGEM : PROC - 00203471220118260053 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : FLÁVIO DA SILVA CLAROADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 25.6.2013.

EMENTAEmbargos de declaração no recurso extraordinário com agravo.

Conversão em agravo regimental. Servidor. Militar. Princípios da legalidade, da prestação jurisdicional e do devido processo legal. Prequestionamento. Ausência. Vantagens remuneratórias. Natureza. Extensão a todas as graduações da corporação. Ausência de repercussão geral. Precedentes.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.2. Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram

examinados pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 da Corte.

3. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.

4. No ARE nº 650.806/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, o Plenário da Corte concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à existência ou não de direito à “equiparação dos valores recebidos a título de Adicional de Local de Exercício (ALE) ou Operacional de Localidade (AOL) entre todos os policiais civis e militares da ativa”, dado o caráter infraconstitucional da matéria.

5. Agravo regimental não provido.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.104

(246)

ORIGEM : RR - 1588002420045150009 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : CÍCERO CORDEIRO DA SILVAADV.(A/S) : AGAMENON MARTINS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : VIVIANA MISSAGIA DE CASTRO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 25.6.2013.

EMENTAEmbargos de declaração no recurso extraordinário com agravo.

Trabalhista. Participação nos lucros. Natureza da vantagem. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas e de cláusulas de acordo coletivo de trabalho. Impossibilidade. Precedentes.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação

infraconstitucional, dos fatos e das provas dos autos, bem como das cláusulas de acordo coletivo de trabalho. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e 454/STF.

3. Agravo regimental não provido.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.504

(247)

ORIGEM : ARESP - 36069 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : NEIDE LUIZA PESCADORADV.(A/S) : JOSÉ DE CÉSAR FERREIRAEMBDO.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIERADV.(A/S) : EVARISTO ARAGÃO FERREIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : LUIZ CARLOS STURZENEGGER E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 25.6.2013.

EMENTAEmbargos de declaração no recurso extraordinário com agravo.

Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Ação civil pública. Execução individual. Prescrição. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Coisa julgada. Limites objetivos. Ofensa reflexa. Embargos de divergência dirigidos ao Superior Tribunal de Justiça. Pressupostos processuais. Repercussão geral. Ausência. Precedentes.

1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação

infraconstitucional, o reexame dos fatos e das provas dos autos e a aferição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 27

dos limites objetivos da coisa julgada. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.

3. No RE nº 598.365/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 14/8/09, o Plenário da Corte entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo a pressupostos de admissibilidade de recursos de competência de outros tribunais, dado o caráter infraconstitucional da matéria.

4. Agravo regimental não provido.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.270

(248)

ORIGEM : PROC - 051912011 - TJPE - 1º COLÉGIO RECURSAL - 5ª TURMA - CÍVEL DE RECIFE

PROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO GOLDEN BEACHADV.(A/S) : ANDRÉ RICARDO CAMPELO DA SILVAEMBDO.(A/S) : LIDIA CELESTINA GOMES DA FONSECAADV.(A/S) : ANDRÉ HENRIQUE GOMES DA FONSECA E

OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

EMENTAEMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO

REGIMENTAL. DIREITO CIVIL. COBRANÇA. RELAÇÃO CONDOMINIAL. DELIBERAÇÃO EM ASSEMBLÉIA. DEBATE INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AS RAZÕES DO AGRAVO NÃO SÃO APTAS A INFIRMAR OS FUNDAMENTOS QUE LASTREARAM A DECISÃO AGRAVADA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 16.11.2011.

As razões do agravo não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.

Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.

HABEAS CORPUS 112.593 (249)ORIGEM : ARESP - 45531 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : GERD DINSTUHLERIMPTE.(S) : GERD DINSTUHLERADV.(A/S) : ANDRE EDUARDO SILVA E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora, com as ressalvas do Senhor Ministro Marco Aurélio quanto ao primeiro fundamento. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 3.9.2013.

E M E N T AHABEAS CORPUS. APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA.

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. COMPETÊNCIA PRECÍPUA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SÚMULA 182 DO STJ. FALTA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. ENTENDIMENTO CONSAGRADO PELA SÚMULA 287 DO STF.

1. Compete constitucionalmente ao Superior Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, cabendo-lhe, enquanto órgão ad quem, o segundo, e definitivo, juízo de admissibilidade positivo ou negativo deste recurso de fundamentação vinculada. Inadmissível a apreciação desses pressupostos de admissibilidade pelo Supremo Tribunal Federal, exceto nos casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder. Precedentes.

2. Recurso especial inadmitido por ausência de ataque aos fundamentos da decisão hostilizada, consoante entendimento desta Suprema Corte consagrado na Súmula 287 STF.

3. Ordem denegada.

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.027 (250)ORIGEM : HC - 244726 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MAX CAETANO DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 20.8.2013.

EMENTA

Recurso ordinário em habeas corpus. Tráfico de entorpecentes. Pena-base. Dosimetria. Decisão fundamentada em circunstâncias judiciais desfavoráveis. Exame circunscrito à motivação de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão. Motivação idônea. Pretensão à diminuição da pena, em decorrência da figura privilegiada, em grau máximo (Lei nº 11.343/06, art. 33, § 4º), bem como à substituição da reprimenda corporal por penas restritivas de direitos. Inviabilidade de reexame fático-probatório na via estreita do habeas corpus. Recurso não provido.

1. Na via do habeas corpus, o exame da reprimenda fica circunscrito à “motivação [formalmente idônea] de mérito e à congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão” (HC nº 69.419/MS, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 28/8/92, RTJ 143/600).

2. Devidamente motivado o quantum de pena fixado na sentença condenatória por força da qualidade e da quantidade do entorpecente apreendido (art. 42 da Lei nº 11.343/06), além de mostrar-se proporcional ao caso em apreço, não se presta o habeas corpus para reexame ou ponderação das circunstâncias judiciais consideradas no mérito da ação penal. Precedentes.

3. Não há qualquer ilegalidade na exasperação levada a cabo em virtude da qualidade e da quantidade do estupefaciente apreendido em poder do paciente. No caso concreto, considerou-se o fato de ter sido apreendido estupefaciente com alto poder destrutivo, e em quantidade expressiva (29 porções de ‘crack’), tendo-se ponderado, inegavelmente, sobre as graves consequências do crime para a sociedade, bem como sobre sua natureza, conforme preconiza o art. 42 da Lei nº 11.343/06. Precedentes.

4. No que toca à pretensão ao reconhecimento da redução da pena-base em grau máximo, decorrente da figura privilegiada, e à substituição da reprimenda por penas restritivas de direitos, o juízo de piso reconheceu condições desfavoráveis ao paciente, descabendo, na via estreita do habeas, revolver-se o acervo fático-probatório para se reanalisar essa questão.

5. Recurso não provido.

Brasília, 18 de setembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SEGUNDA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima Trigésima Sétima Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.551

(251)

ORIGEM : Ag - 826945 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RHODIA BRASIL LTDAADV.(A/S) : ROGÉRIO BORGES DE CASTROADV.(A/S) : JUAN PEDRO BRASILEIRO DE MELLO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. 1. Art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar n. 118/2005. Aplicação do prazo quinquenal à espécie: precedente do Plenário. 2. Alegação de afronta ao art. 5°, incs. XXXV e LIV, da Constituição da República. Matéria infraconstitucional. 3. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.213

(252)

ORIGEM : AC - 010333807200280500010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SINDICATO DOS VENDEDORES DEJORNAIS E

REVISTAS E EMPREGADOS EM EMPRESAS DISTRIBUIDORAS DE JORNAIS E REVISTAS DO ESTADO DA BAHIA

ADV.(A/S) : HÉLIO MARIANO RIBEIRO DE SANTANAAGDO.(A/S) : BOMPREÇO BAHIA SUPERMERCADOS LTDAADV.(A/S) : MILENA CINTRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 03.09.2013.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 28

Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Processual Civil. Ausência de preparo. Deserção. O recolhimento do preparo deve ser comprovado no momento da interposição do recurso extraordinário. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.659

(253)

ORIGEM : PROC - 000010180221826900250000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTADER S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ANTONIO GALDINO ALENCARADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. É INCABÍVEL O AGRAVO QUE NÃO INFIRMA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 748.573

(254)

ORIGEM : ARESP - 183783 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EDUARDO ANTONIO TEIXEIRAADV.(A/S) : STALYN PANIAGO PEREIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Admissibilidade de recurso de competência de tribunal diverso: inexistência de repercussão geral. Matéria infraconstitucional. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.915

(255)

ORIGEM : AMS - 10312110002317002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : FELIPE BERNARDINO SILVA REPRESENTADO POR

JOSÉ CARLOS FONTOURAADV.(A/S) : JOSE CARLOS FONTOURA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. ALEGADA CONTRARIEDADE À CLÁUSULA DA RESERVA DE PLENÁRIO. INEXISTÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.201

(256)

ORIGEM : PROC - 18011 - COLÉGIO RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SP

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : SANTA HELENA ASSISTÊNCIA MÉDICA S/AADV.(A/S) : ANA RENATA DIAS WARZEE MATTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ROMILDA JOVENTINA NASCIMENTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : APARECIDO C DO NASCIMENTO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 03.09.2013.

Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito do Consumidor. Plano de saúde. Revisão contratual. Matéria infraconstitucional. Incidência dos enunciados 279 e 454 da Súmula/STF. Precedentes. 3. Ausência de prequestionamento (enunciados 282 e 356 da Súmula/STF). 4. Agravo regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.548

(257)

ORIGEM : AC - 90928426520088260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE OURINHOSPROC.(A/S)(ES) : CARLOS ALBERTO BARBOSA FERRAZAGDO.(A/S) : RONALDO MORIADV.(A/S) : ANDRÉ LUIS DE MELLO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DESCONTOS NA REMUNERAÇÃO. ALEGADA REDUÇÃO DE VENCIMENTOS. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.912

(258)

ORIGEM : PROC - 0079120085935 - TJMG - TURMA RECURSAL DE CONTAGEM - 2ª TURMA

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : MARILENE APARECIDA CALDEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CHRISOSTER ALVES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : EMANUELLE FERREIRA DA SILVA REIS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JULIANO BERNARDES DO AMARAL E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 03.09.2013.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 748.371 (REL. MIN. GILMAR MENDES - TEMA 660). TESE RECURSAL CALCADA EM NORMAS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. ANÁLISE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.395

(259)

ORIGEM : PROC - 921100039076 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL - SANTOS

PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO ARAGÃO CIRINOADV.(A/S) : PAULO CESAR COELHO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. ART. 317, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. É inviável o agravo regimental no qual não são impugnados os fundamentos da decisão agravada.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.755

(260)

ORIGEM : AC - 70046903720 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO

ALEGREAGDO.(A/S) : CIENTEC - FUNDAÇÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 03.09.2013.

Agravo regimental em recuso extraordinário com agravo. 2. Tributário. Requisitos para imunidade do artigo 150, VI, “a”. Reexame de matéria fático-probatória. Enunciado 279 da Súmula do STF. Precedentes. 3. Agravo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 29: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 29

regimental a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.946

(261)

ORIGEM : PROC - 13732012 - TJSP - TURMA RECURSAL - 16ª CJ - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : FABIO RENATO LOMBARDIADV.(A/S) : ROGÉRIO KAIRALLA BIANCHI

Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 03.09.2013.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA A FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 284/STF.

RECURSO NÃO CONHECIDO.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 631.523

(262)

ORIGEM : PROC - 200567408 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO

PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIEMBTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOEMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CARIDADE DO PIAUÍADV.(A/S) : MARCELO PORTELA LULA E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. 2ª Turma, 03.09.2013.

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DOS VÍCIOS DO ART. 535 DO CPC. REDISCUSSÃO DE QUESTÕES DECIDIDAS. IMPOSSIBILIDADE.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 739.636

(263)

ORIGEM : AI - 7207889 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ALBINO MAXIMOVITZ E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDRÉ LUIS DOS SANTOSEMBDO.(A/S) : BANCO ITAU S/AADV.(A/S) : GUSTAVO CÉSAR DE SOUZA MOURÃO E OUTRO(A/S)

Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. PRECEDENTES. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 783.659 (264)ORIGEM : CA - 5919835000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : RENATO FAUVEL AMARYADV.(A/S) : CLÁUDIA CRISTINA AYRES AMARY INOMATAEMBDO.(A/S) : GABRIEL CÉSAR BITENCOURTADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS ROCHA PAESINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SOROCABAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SOROCABAINTDO.(A/S) : CONSTRUTORA SOROCABA LTDAADV.(A/S) : DAVID FERRARI JÚNIORINTDO.(A/S) : ALVARO BADINI JÚNIORADV.(A/S) : RODRIGO TREVISAN FESTAINTDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO LEVY PINTOADV.(A/S) : MÁRIO JOSÉ PUSTIGLIONE JÚNIOR

Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 27.08.2013.

Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão

monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Ação popular. Licitação. Alegação de inexistência de irregularidades (inclusive quanto ao superfaturamento em contratação de serviço de reforma de hospital). Necessidade de reexaminar o conjunto fático-probatório. Enunciado 279. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.903 (265)ORIGEM : AC - 200800110972 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ALEXANDRE SILVA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO

Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 27.08.2013.

Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Legitimidade do Ministério Público para ajuizar ação civil pública em defesa dos interesses individuais homogêneos dos consumidores. Precedentes. 4. Discussão acerca da natureza do direito tutelado. Índole infraconstitucional. Necessidade de reexaminar o conjunto fático-probatório. Enunciado 279. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.284

(266)

ORIGEM : PROC - 201071500282831 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : JADER MAIA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : IVONE DA FONSECA GARCIA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e a ele negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ÍNDICE DE REAJUSTE DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.286

(267)

ORIGEM : ARESP - 215001 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : FRANCISCA VERALÚCIA BEZERRAADV.(A/S) : JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES FILHO E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : JOSÉ PEDRO DA SILVAADV.(A/S) : IVÃELIO MENDES DE ALENCARINTDO.(A/S) : JOSÉ EUDES DOS SANTOSPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOINTDO.(A/S) : RENATA MARIA ALVES DE SOUZAADV.(A/S) : RÊMULLO CÉSAR PEREIRA DE CARVALHO DINIZ

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e a ele negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL PENAL. 1. Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 287 do Supremo Tribunal Federal. 2. Insuficiência da preliminar formal de repercussão geral: inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 3. Alegada contrariedade aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Necessidade de análise de matéria infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. Precedentes. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 748.751

(268)

ORIGEM : PROC - 50152058020114047200 - TRF1 - GO - 3ª TURMA RECURSAL

PROCED. : GOIÁSRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : VALENTINA MARIA BERNARDESADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental e a ele negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 27.08.2013.

EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-EXECUTIVA E DE SUPORTE DO MEIO AMBIENTE - GTEMA E GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE - GDAMB. EXTENSÃO AOS INATIVOS. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE PARIDADE REMUNERATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Brasília, 18 de setembro de 2013.Guaraci de Sousa Vieira

Coordenador de Acórdãos

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CAUTELAR 3.405 (269)ORIGEM : AC - 3405 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRÉU(É)(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Em atendimento à diligência solicitada pela douta Procuradoria-Geral da República, diga o autor em réplica no prazo de dez dias.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.176 (270)ORIGEM : PROC - 200336000084957 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRÉU(É)(S) : ESTADO DE MATO GROSSOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSORÉU(É)(S) : AFONSO RODRIGUES MENDONÇARÉU(É)(S) : ZULEICA DE ASSIS DE LIMA MENDONÇARÉU(É)(S) : MARISA MALDONADO FONTESRÉU(É)(S) : LÚCIA HELENA MALDONADO FONTESRÉU(É)(S) : LEILA REGINA MALDONADO FONTES AZEVEDORÉU(É)(S) : FERNANDO TADEU SILVA AZEVEDOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO:Trata-se de ação proposta pelo Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária (INCRA) em face do Estado do Mato Grosso, de Afonso Rodrigues Mendonça, de Zuleica de Assis de Lima Mendonça, de Marisa Maldonado Fontes, de Lúcia Helena Maldonado Fontes e de Leila Regina Maldonado. O autor pretende a declaração de nulidade de títulos de propriedade do imóvel “Gleba Providência III”, localizado no Município de

Cáceres, expedidos pelo Estado do Mato Grosso, sob fundamento de que os imóveis estão localizados na faixa de fronteira. A União, às fls. 361/363, requereu ingresso no feito na condição de assistente litisconsorcial do autor.

Defiro o ingresso da União, conforme pleiteado. À Secretaria para anotar, bem como para regularizar a representação dos réus pelos advogados.

Após, tendo em vista a possibilidade de conciliação e o disposto no art. 125, IV, do Código de Processo Civil, remetam-se os autos à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF/AGU).

Com o retorno, voltem conclusos.Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.369 (271)ORIGEM : PROC - 200870090013956 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALRÉU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de conflito de atribuições instaurado entre o Ministério Público estadual (comarca de Ponta Grossa/PR) e o Ministério Público Federal (Subseção Judiciária de Ponta Grossa/PR).

Cabe verificar, preliminarmente, se a presente causa inclui-se, ou não, na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal.

Como se sabe, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Pet 3.528/BA, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, revendo anterior orientação jurisprudencial, reconheceu assistir a esta Suprema Corte competência originária para dirimir conflito de atribuições instaurado entre o Ministério Público Federal, de um lado, e o Ministério Público estadual, de outro:

“COMPETÊNCIA – CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES – MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ‘VERSUS’ MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. Compete ao Supremo a solução de conflito de atribuições a envolver o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual.

CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES – MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ‘VERSUS’ MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL – ROUBO E DESCAMINHO. Define-se o conflito considerado o crime de que cuida o processo. A circunstância de, no roubo, tratar-se de mercadoria alvo de contrabando não desloca a atribuição, para denunciar, do Ministério Público Estadual para o Federal.”

(Pet 3.528/BA, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)Observo que esse julgamento vem orientando as decisões

proferidas, no âmbito desta Corte, a propósito de idêntica questão (ACO 852/BA, Rel. Min. AYRES BRITTO – ACO 889/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE – ACO 911/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ACO 1.041/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – ACO 1.079/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ACO 1.193/PI, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – ACO 1.239/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.).

Não obstante a minha pessoal convicção em sentido contrário (ACO 946/RR – ACO 947/RR – Pet 3.101/RJ, v.g.), devo ajustar o meu entendimento à diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte, em respeito e em atenção ao princípio da colegialidade.

Definida, assim, a competência originária deste Tribunal para processar e julgar a presente causa, passo à analise do pedido.

O Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra da eminente Procuradora-Geral da República Dra. HELENITA CAIADO DE ACIOLI, formulou parecer que está assim ementado (fls. 63):

“Conflito Negativo de Atribuição entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado do Paraná. Suposta prática de contravenção penal consistente em exercer profissão ou atividade econômica sem preencher as condições a que por lei está subordinado. Vedação expressa da competência da Justiça Federal. Art. 109, IV, da Constituição Federal. Competência da Justiça Estadual. Parecer pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público do Estado do Paraná.” (grifei)

Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo (fls. 63/67):

“Trata-se de conflito negativo de atribuição no qual é suscitante o Ministério Público Federal e suscitado o Ministério Público do Estado do Paraná, em termo circunstanciado que visa apurar a prática de crime previsto no art. 205 do Código Penal.

2. Consoante se extrai dos autos, foi instaurado termo circunstanciado para apuração da prática de possível crime de lesão corporal leve. Durante o processamento do feito, verificou-se que a advogada MARIA EDIONIL RAMOS, que oficiava nos autos, encontrava-se suspensa para o exercício da profissão (fl. 24).

3. O Ministério Público do Estado do Paraná pugnou pelo encaminhamento de cópia dos autos à Justiça Federal, ante a existência

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 31

de indícios da prática do crime de exercício de atividade com infração de decisão administrativa, previsto no artigo 205 do Código Penal, em face da Ordem dos Advogados do Brasil, o que foi deferido pela Justiça Estadual.

4. O Ministério Público Federal, ao analisar os autos, requereu ao Juízo Federal a arguição de conflito negativo de competência, a ser dirimido pelo Superior Tribunal de Justiça. Para tanto, sustenta que a OAB não é entidade da Administração Pública da União, o que afastaria a incidência do artigo 109 da Constituição Federal quantos aos crimes praticados em detrimento de seus serviços e interesses.

5. O juízo da Primeira Vara Federal e Juizado Especial Federal Criminal de Ponta Grossa indeferiu o pedido, aduzindo que o ilícito em apreço se trata de crime contra a Organização do Trabalho, o que atrairia a competência federal, nos termos do artigo 109, VI, da Constituição Federal.

6. O ‘Parquet’ Federal, por sua vez, requereu o envio dos autos ao Procurador-Geral da República, aduzindo que o pleito de arguição de conflito negativo de competência consiste em pedido de arquivamento indireto, dando ensejo à aplicação do artigo 28 do Código de Processo Penal, ante a discordância do juiz em declinar sua competência.

7. Os autos foram encaminhados à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, que, ao analisar a a conduta delituosa, entendeu não estar configurado o tipo penal exposto no artigo 205 do CP, uma vez que só pode ser considerada decisão administrativa aquela proferida por ente da Administração Pública Direta ou Indireta. Aduz, ainda, que os fatos se adequam ao artigo 47 do Decreto-Lei nº 3.688/41, que prevê como contravenção penal o exercício de profissão ou atividade econômica sem preencher as condições a que por lei está subordinado. Assim, a competência para o julgamento do feito seria da Justiça Estadual.

8. Diante do conflito de atribuições, o processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

9. Os autos vieram a esta Procuradoria-Geral da República.10. Assiste razão ao Ministério Público Federal, ora suscitante.11. Com efeito, o crime previsto no artigo 205 do Código Penal, que

se encontra no Título ‘Dos Crimes contra a Organização do Trabalho’, consiste no exercício de atividade com infração de decisão administrativa. Segundo Celso Delmanto (Código Penal Comentado, 8ª edição, 2010, p. 681), o bem jurídico tutelado é ‘o interesse na execução das decisões administrativas relativas ao exercício de atividades’. Assim, para sua consumação, é necessário que a proibição decorra de determinação da Administração Pública.

12. Ao julgar a ADI n.º 3026-DF, o Supremo Tribunal Federal tratou da natureza jurídica da Ordem dos Advogados do Brasil, em acórdão assim ementado, ‘in verbis’:

‘EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. ‘SERVIDORES’ DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME JURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, ‘CAPUT’, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. [….] 2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como ‘autarquias especiais’ para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas ‘agências’. 5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente privilegiada, na medida em que são indispensáveis à administração da Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público.[...] (ADI 3026, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 08/06/2006, DJ 29-09-2006 PP-00031 EMENT VOL-02249-03 PP-00478 RTJ VOL-00201-01 PP- -00093).’

13. Nesse contexto, a conclusão deste eg. Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a OAB não integra a Administração Pública Direta e Indireta, afasta a possibilidade de que a conduta descrita nos autos seja aquela prevista no art. 205 do CP, visto que a suspensão disciplinar da inscrição na Ordem não pode ser tomada como uma decisão de um ente público federal.

14. Na hipótese, a conduta investigada amolda-se a outro ilícito, tipificado no artigo 47 da Lei de Contravenções Penais, que consiste em exercer profissão em desobediência às condições exigidas por lei a que está

subordinado.15. Nesse diapasão, impõe-se o reconhecimento da incompetência

da Justiça Federal para atuar no feito. A uma, porque a conduta não foi praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas. A duas, porque a própria Constituição exclui expressamente sua competência para processar e julgar contravenções penais, nos termos do artigo 109, IV, ‘in verbis’:

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:(...)IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em

detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

16. Assim sendo, a competência para processar e julgar eventual demanda criminal decorrente dos fatos apontados é da Justiça Estadual.

17. Ante o exposto, manifesta-se a Procuradoria-Geral da República pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público do Estado do Paraná, ora suscitado.” (grifei)

É inquestionável, em face do que prescreve o art. 109, IV, da Constituição, que pertence, exclusivamente, à Justiça Federal a competência – que é absoluta – para processar e julgar as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de suas autarquias ou das empresas públicas federais.

A competência penal da Justiça Federal – que possui extração constitucional – estende-se, por isso mesmo, e também “ex vi” do que prescreve o art. 78, IV, do Código de Processo Penal, aos delitos que, embora incluídos na esfera de atribuições jurisdicionais da Justiça local, guardam relação de conexidade com aquelas infrações delituosas referidas no art. 109, IV, da Carta Política.

Ocorre, no entanto, tal como enfatizado pelo Ministério Público Federal (fls. 67, item 15), que não se registrou, até o presente momento, no caso ora em exame, qualquer situação de ofensa a bens, direitos ou interesses da União, de suas autarquias ou de empresas públicas federais, apta a fazer instaurar a competência penal da Justiça Federal.

Acolho, desse modo, como razão de decidir, além dos fundamentos expostos na presente decisão, aqueles em que se apoia a douta manifestação da Procuradoria-Geral da República, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982- -AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.).

Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI):

“Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.”

(AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Ao assim decidir, e tal como precedentemente assinalado, faço-o

em razão da excelência da fundamentação que dá suporte ao pronunciamento do Ministério Público Federal, pois nada mais há a acrescentar, segundo entendo, a tão douta manifestação.

Sendo assim, pelas razões expostas e acolhendo, ainda, a manifestação da douta Procuradoria-Geral da República, conheço do presente conflito, para, dirimindo-o, reconhecer a atribuição do Ministério Público estadual (comarca de Ponta Grossa/PR) de apurar os fatos descritos no Processo nº 2008.70.09.001395-6.

2. Encaminhem-se os presentes autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Paraná, para a adoção das medidas pertinentes.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.599 (272)ORIGEM : ACO - 1599 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARÉU(É)(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 32

DECISÃO: Trata-se de conflito de atribuições instaurado entre o Ministério Público estadual (comarca de Janaúba/MG) e o Ministério Público Federal (Subseção Judiciária de Montes Claros/MG).

Cabe verificar, preliminarmente, se a presente causa inclui-se, ou não, na esfera de competência originária do Supremo Tribunal Federal.

Como se sabe, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Pet 3.528/BA, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, revendo anterior orientação jurisprudencial, reconheceu assistir a esta Suprema Corte competência originária para dirimir conflito de atribuições instaurado entre o Ministério Público Federal, de um lado, e o Ministério Público estadual, de outro:

“COMPETÊNCIA – CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES – MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ‘VERSUS’ MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. Compete ao Supremo a solução de conflito de atribuições a envolver o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual.

CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES – MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL ‘VERSUS’ MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL – ROUBO E DESCAMINHO. Define-se o conflito considerado o crime de que cuida o processo. A circunstância de, no roubo, tratar-se de mercadoria alvo de contrabando não desloca a atribuição, para denunciar, do Ministério Público Estadual para o Federal.”

(Pet 3.528/BA, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei)Observo que esse julgamento vem orientando as decisões

proferidas, no âmbito desta Corte, a propósito de idêntica questão (ACO 852/BA, Rel. Min. AYRES BRITTO – ACO 889/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE – ACO 911/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ACO 1.041/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – ACO 1.079/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ACO 1.193/PI, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – ACO 1.239/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.).

Não obstante a minha pessoal convicção em sentido contrário (ACO 946/RR – ACO 947/RR – Pet 3.101/RJ, v.g.), devo ajustar o meu entendimento à diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte, em respeito e em atenção ao princípio da colegialidade.

Definida, assim, a competência originária deste Tribunal para processar e julgar a presente causa, passo à analise do pedido.

O Ministério Público Federal, em pronunciamento da lavra da eminente Senhora Procuradora-Geral da República Dra. HELENITA CAIADO DE ACIOLI, formulou parecer que está assim ementado (fls. 92):

“Conflito Negativo de Atribuição entre o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Procedimento Investigatório Criminal relativo a supostas irregularidades na administração do Sindicato dos Agricultores Familiares de Janaúba e Nova Porteirinha – SINTRAF. Art. 109, IV e VI, primeira parte, da Constituição Federal. Ausência de condutas atentatórias a bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, inclusive ao sistema de órgãos e instituições com atribuições para proteger os direitos e deveres dos trabalhadores. Competência da Justiça Estadual. Parecer pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.” (grifei)

Os fundamentos expostos em referida manifestação ajustam-se, integralmente, à orientação jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou a propósito da matéria em análise, valendo destacar, por relevante, fragmento do parecer oferecido pela douta Procuradoria-Geral da República, que a seguir reproduzo (fls. 92/95):

“Trata-se de conflito negativo de atribuição suscitado pelo Ministério Público Federal relativamente ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais para atuação no Procedimento Investigatório Criminal n.º 0351.09.000032-1, instaurado para apurar a supostas irregularidades na administração do Sindicato dos Agricultores Familiares de Janaúba e Nova Porteirinha - SINTRAF.

2. Consta dos autos que Marcelo Quadros Costa noticiou ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais a ocorrência de crimes supostamente praticados por Waldemar de Jesus, que estaria iludindo a população de agricultores de Janaúba e Nova Porteirinha, alegando ser representante do Sindicato dos Agricultores Familiares de Janaúba e Nova Porteirinha – SINTRAF, a fim de cobrar taxas de filiação e mensalidades, quando, em verdade, já havia sido declarado pela Justiça do Trabalho a ilegitimidade do referido sindicato para representar a categoria.

3. A 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Janaúba/MG notificou Waldemar de Jesus para apresentar defesa, que pugnou pela improcedência das acusações e pelo arquivamento da representação.

3. Após a adoção de providências para a apuração dos fatos noticiados, o ‘Parquet’ Estadual se manifestou pela ocorrência de ilícitos penais que atentariam contra a organização do trabalho, motivo pelo qual argumentou ser de competência da Justiça Federal a apreciação de eventual demanda, ‘ex vi’ artigo 109, inciso VI, da Constituição Federal, requerendo a remessa do feito ao órgão ministerial competente.

4. O Ministério Público Federal suscitou, então, o presente conflito negativo de atribuições, afirmando que ‘o suposto delito contra a organização do trabalho – se é que existente, porque a espécie mais se aproxima do puro e simples estelionato (art. 171 CP) – não atenta contra o sistema de órgãos e instituições que preservam coletivamente os direitos dos trabalhadores’.

5. Vieram os autos à Procuradoria Geral da República.6. Assiste razão ao Ministério Público Federal.

7. Na espécie, a controvérsia cinge-se a resolver conflito negativo de atribuição para atuação, em feito criminal, que versa sobre a suposta prática de infração penal pelo representante do SINTRAF, que estaria agindo sem a devida legitimação, a fim de cobrar taxas e mensalidades, além de fazer falsas promessas aos agricultores dos municípios de Janaúba e Nova Porteirinha.

8. Cumpre registrar que independentemente da definição jurídica dada aos fatos, concernente à suposta prática do crime de estelionato (art. 171 do Código Penal) e/ou à possível configuração dos crimes previstos nos artigos 197 a 207 do CP, deve ser ressalvada a possibilidade de o órgão legitimado à emissão da ‘opinio delicti’ manter, excluir ou substituir a tipificação legal.

9. Dito isso, importa lembrar que a Constituição Federal, disciplinando a competência da Justiça Federal, estabelece que compete aos juízes federais processar e julgar, entre outros delitos, as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas (art. 109, inc. IV), e contra a organização do trabalho (art. 109, inc. VI).

10. Na hipótese em apreço, evidencia-se a inexistência de condutas que atentem contra bens, serviços ou interesse da União, mas sim a presença de pessoa física, a qual, conforme os autos, atuou em detrimento de particulares, notadamente de um reduzido número de trabalhadores aparentemente enganados pela ilegítima representação do sindicato.

11. Por outro lado, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do Recurso Extraordinário nº 398.041/PA, fixou o seguinte entendimento:

‘Quaisquer condutas que possam ser tidas como violadoras não somente do sistema de órgãos e instituições com atribuições para proteger os direitos e deveres dos trabalhadores, mas também dos próprios trabalhadores, atingindo-os em esferas que lhes são mais caras, em que a Constituição lhes confere proteção máxima, são enquadráveis na categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se praticadas no contexto das relações de trabalho.’

12. No caso, as condutas em tese praticadas não se revelam como atentatórias ao ‘sistema de órgãos e instituições com atribuições para proteger os direitos e deveres dos trabalhadores’, mas contra um pequeno grupo de agricultores, individualmente considerados, razão pela qual, a ‘contrario sensu’ da decisão emanada dessa Suprema Corte no Recurso Extraordinário nº 398.041/PA, a competência para processar e julgar o delito ora em exame é da Justiça Estadual.

Ante o exposto, o parecer é pelo reconhecimento da atribuição do Ministério Público Estadual para oficiar no feito.” (grifei)

É inquestionável, em face do que prescreve o art. 109, IV, da Constituição, que pertence, exclusivamente, à Justiça Federal a competência – que é absoluta – para processar e julgar as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, de suas autarquias ou das empresas públicas federais.

A competência penal da Justiça Federal – que possui extração constitucional – estende-se, por isso mesmo, e também “ex vi” do que prescreve o art. 78, IV, do Código de Processo Penal, aos delitos que, embora incluídos na esfera de atribuições jurisdicionais da Justiça local, guardam relação de conexidade com aquelas infrações delituosas referidas no art. 109, IV, da Carta Política.

Ocorre, no entanto, tal como enfatizado pelo Ministério Público Federal (fls. 94, itens 09/10), que não se registrou, até o presente momento, no caso ora em exame, qualquer situação de ofensa a bens, direitos ou interesses da União, de suas autarquias ou de empresas públicas federais, apta a fazer instaurar a competência penal da Justiça Federal.

Acolho, desse modo, como razão de decidir, além dos fundamentos expostos na presente decisão, aqueles em que se apoia a douta manifestação da Procuradoria-Geral da República, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, cuja legitimidade constitucional tem sido amplamente reconhecida por esta Corte (AI 738.982- -AgR/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 813.692-AgR/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.677-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 172.292/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES, v.g.).

Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI):

“Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.”

(AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Ao assim decidir, e tal como precedentemente assinalado, faço-o

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em razão da excelência da fundamentação que dá suporte ao pronunciamento do Ministério Público Federal, pois nada mais há a acrescentar, segundo entendo, a tão douta manifestação.

Sendo assim, pelas razões expostas e acolhendo, ainda, a manifestação da douta Procuradoria-Geral da República, conheço do presente conflito, para, dirimindo-o, reconhecer a atribuição do Ministério Público estadual (comarca de Janaúba/MG) de apurar os fatos descritos no Procedimento Investigatório Criminal nº 0351.09.000032-1 (fls. 01).

2. Encaminhem-se os presentes autos à douta Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, para a adoção das medidas pertinentes.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.832 (273)ORIGEM : AC - 2893 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRÉU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Especifiquem, as partes, se for o caso, as provas que pretendem produzir, tendo em vista o que expressamente postularam nesta sede processual.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013. .

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.267 (274)ORIGEM : ADI - 85118 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO

PAULO

DESPACHO: Acolho o pedido de aditamento formulado pelo Procurador-Geral da República.

Em razão da petição de fls. 111-115, solicito novas informações ao Governador e à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e determino que providenciem a juntada da redação atual da Lei 12.907, de 15 de abril de 2008, do Estado de São Paulo e, ainda, informem se permanecem em vigor os artigos 81 e 85 da lei supracitada.

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.937 (275)ORIGEM : ADI - 4937 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - PSOLADV.(A/S) : ANDRE BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI E OUTRO(A/

S)INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Dê-se vista dos autos ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, sucessivamente, para que cada qual se manifeste na forma da legislação vigente.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.044 (276)ORIGEM : ADI - 5044 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), com pedido de medida liminar, ajuizada pela então Procuradora-Geral da República (PGR) em exercício, em face do § 2º do art. 11 da Lei Federal 7.479, de 02 de junho de 1986 (na redação conferida pela Lei Federal 12.086, de 06 de novembro de 2009), a qual “Aprova o Estatuto dos Bombeiros-Militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e dá outras providências.”

A inicial alega, em síntese, que a norma impugnada, ao fixar limite mínimo de altura para matrícula nos cursos de formação também para o ingresso nos Quadros de Oficiais Bombeiros Militares de Saúde e de Capelães, violaria seguintes dispositivos constitucionais: (i) art. 5º, caput (princípio da isonomia); (ii) art. 37, caput (princípios da impessoalidade, da moralidade e da eficiência); e (iii) art. 39, § 3º c/c art. 7º, XXX, da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB/1988).

Considerado o lapso de tempo desde a edição do ato normativo ora impugnado (quase 4 – quatro – anos ao momento do ajuizamento desta ADI), e diante da relevância da matéria constitucional suscitada e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, mostra-se adequada a adoção do rito do art. 12 da Lei 9.868, de 10 de novembro de 1999, razão pela qual determino:

a) solicitem-se as informações definitivas, a serem prestadas no prazo de 10 (dez) dias; e

b) em seguida, remetam-se os autos ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de 5 (cinco) dias, para a devida manifestação.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 25 (277)ORIGEM : ADO - 25 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁINTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Despacho: Considerando-se a relevância da matéria, adoto o rito do art. 12 c/c 12-F da Lei 9.868, de 10 de novembro de 1999, e determino:

1) requisitem-se as informações definitivas, a serem prestadas no prazo de 10 dias;

2) após, remetam-se os autos, sucessivamente, ao Advogado-Geral da União e ao Procurador-Geral da República, para que se manifestem no prazo de 5 dias.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 9.835 (278)ORIGEM : RCL - 9835 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : LA FONTE EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S/A E

OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : CORELLA CONSULTORIA E SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIA MARIA CANELAS DA COSTAINTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO

DESPACHO:Declaro meu impedimento, nos termos dos arts. 134, II, e 137, do

Código de Processo Civil, bem como do art. 277, caput, do RI/STF. À Presidência, para redistribuição.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 12.962 (279)ORIGEM : Rcl - 12962 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSOAGTE.(S) : MARIA DAS GRACAS TORREAO DE SAADV.(A/S) : SIMONE SIQUEIRA MELO CAVALCANTI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 34

AGDO.(A/S) : CARLITO MARCOLINO DA SILVAADV.(A/S) : HUMBERTO LÚCIO RODRIGUES VELOSOAGDO.(A/S) : GIOVANNI DE OLIVEIRA MARQUESADV.(A/S) : RÊMULO BARBOSA GONZAGAINTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO:Trata-se de agravo regimental contra decisão do Ministro Joaquim

Barbosa, que negou seguimento a reclamação proposta contra ato do Vice-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, o qual inadmitiu recurso extraordinário nos autos do processo 3009-96.2010.5.00.0000.

A agravante Maria das Graças Torreão de Sá, representada por advogado com poderes bastantes, requer a desistência da pretensão.

Com base no art. 501 do CPC e no art. 21, VIII, do RISTF, homologo o pedido de desistência do recurso.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.027 (280)ORIGEM :PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : JOSE EDMILSON GOMESADV.(A/S) : RAIMUNDO AUGUSTO FERNANDES NETOAGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICIPIOS DO ESTADO

DO CEARAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

DECISÃO : (Petição nº 38.467/2012)Vistos.Em 27/6/12, neguei seguimento a presente reclamação, decisão

publicada no Diário da Justiça eletrônico de 31/7/12.Em 3/8/12, o reclamante apresentou petição (nº 38.467/2012) com

conteúdo idêntico ao da petição inicial (nº 32.038/2012). Em outras palavras, as razões deduzidas na petição identificada no

sistema eletrônico como “Petição de Interposição de Agravo Regimental” identificam-se ipsis litteris com os argumentos desenvolvidos na peça vestibular – não há referência à decisão monocrática ou fundamentos que a questionem, bem como o instrumento não está identificado em sua estrutura como agravo regimental.

A parte, portanto, não apresentou peça possível de ser conhecida como recurso de agravo regimental contra decisão que negou seguimento à reclamação.

Não conheço da petição a qual, por consequência, não tem o condão de suspender o prazo recursal.

À Secretaria Judiciária para certificar o trânsito em julgado e adotar as providências cabíveis.

Publique-se. Int..Brasília, 13 de setembro de 2013.

MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator

Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 118.764 (281)ORIGEM : HC - 274041 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERPACTE.(S) : FABIO DE JESUS NUNES MENDESIMPTE.(S) : RONALD ADRIANO RIBEIRO E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Ronald Adriano Ribeiro e outro em favor de Fabio de Jesus Nunes Mendes contra decisão monocrática da lavra do Ministro Gilson Dipp, no exercício da Presidência do Superior Tribunal de Justiça, que, nos autos do HC 274.041/SP, indeferiu o pedido de liminar.

O paciente foi preso em flagrante, em 14.02.2013, pela suposta prática dos crimes de tráfico e de associação para o tráfico, tipificados nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006, na posse de aproximadamente 10g (dez gramas) de cocaína, distribuídos em 17 (dezessete) invólucros plásticos, além de uma folha de cheque de R$ 5.820,00 (cinco mil, oitocentos e vinte reais) e de R$ 200,00 (duzentos reais) em espécie. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva pelo Juízo da 1ª Vara da Comarca de Boituva-SP.

Oferecida denúncia pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em 26.02.2013.

A Defesa impetrou habeas corpus contra a segregação cautelar do paciente perante o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que denegou a ordem.

Submetida a questão à apreciação do Superior Tribunal de Justiça, o

Ministro Gilson Dipp, no exercício da Presidência daquela Corte, em decisão monocrática, indeferiu a liminar no HC 274.041/SP.

No presente writ, asseveram os Impetrantes a possibilidade, diante das peculiaridades do caso, de superação da Súmula 691/STF.

Sustentam a inidoneidade dos motivos ensejadores da prisão preventiva. Destacam que, não obstante parecer favorável da acusação, o Tribunal de Justiça negou o pedido de liberdade do paciente, invocando, dentre outros fundamentos, o óbice do art. 44 da Lei 11.343/2006, declarado inconstitucional por esta Suprema Corte.

Reputam ilegal o flagrante implementado pela guarda municipal e, portanto, eivado de nulidade absoluta.

Por fim, invocam o excesso de prazo na segregação cautelar, sem o término da instrução processo por demora atribuída ao Juízo da causa.

Requerem, em medida liminar e no mérito, a concessão de liberdade provisória ao paciente com a eventual aplicação das medidas cautelares do art. 319 do Código Penal.

É o relatório.Decido.Insurgem-se os Impetrantes contra decisão monocrática, exarada

pelo Ministro Gilson Dipp, que indeferiu a liminar requerida no HC 274.041/SP. Registro, desde logo, que, não havendo pronunciamento final do

colegiado do Superior Tribunal de Justiça, a pretensão esbarra na Súmula nº 691/STF: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

É certo que o rigor da Súmula tem sido abrandado por julgados desta Suprema Corte, mas apenas em hipóteses excepcionais de flagrante ilegalidade ou abuso de poder na denegação da tutela de eficácia imediata. Nesses termos, enumero as decisões colegiadas: HC 104.855/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 17.10.2011 e HC 96.539/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 06.5.2010.

Contudo, não vislumbro a ocorrência de situação autorizadora do afastamento do mencionado verbete.

O Juízo da 1ª Vara da Comarca de Boituva-SP, ao converter o flagrante em prisão preventiva, concluiu que “a custódia se faz necessária para a garantia da ordem pública, já que o delito de tráfico é grave, aflige a sociedade, acarreta a prática de inúmeros outros crimes e o desenvolvimento da criminalidade organizada”.

Por seu turno, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reforçou a necessidade da segregação do paciente para a garantia da ordem pública. Eis a ementa do acórdão:

“Habeas Corpus. Tráfico de substância entorpecente. Prisão em flagrante. Insurgência contra a manutenção da custódia cautelar. Alegações de que o paciente é mero usuário de drogas e de ausência de fundamentação na decisão objurgada e dos requisitos da prisão preventiva. Inadmissibilidade. Descabida a pretendida discussão aprofundada, nos angustos lindes do remédio heróico, acerca da ausência de provas da autoria delitiva do tráfico – Gravidade in concreto do delito motivadora da necessidade da manutenção da custódia cautelar para a garantia da ordem pública. Crime de tráfico, ademais, equiparado aos hediondos. Vedação expressa do benefício pelo artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Norma legal essa com fundamento de validade no art. 5º, inciso XLIII, da Carta Constitucional de 1988, definidor da inafiançabilidade do crime em questão – Declaração de inconstitucionalidade que não tem influxo sobre os casos em geral, mormente em se considerando que se deu no controle difuso, valendo apenas inter partes, enquanto não operado o mecanismo previsto no art. 52, X, da CF – Não derrogação, ademais, do artigo 44 da Lei nº 11.343/06 pela Lei nº 11.464/07, mercê do princípio da especialidade – Descabimento, por inadequação, de qualquer das medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011, mormente em face da norma inscrita no artigo 282, inciso II, do mesmo Código. Ordem parcialmente conhecida e denegada, oficiando-se”.

Colho do voto condutor do acórdão os seguintes excertos:“Infere-se dos autos que, no dia 14 de fevereiro de 2013, no Bairro

Novo Mundo, na cidade de Boituva, guardas civis municipais, em patrulhamento de rotina, avistaram um veículo com as mesmas características de um que lhes fora denunciado por guardas de Boituva para comprar drogas e levá-las para Quadra. Feita a abordagem, os agentes da Guarda Municipal viram quando os acusados dispensaram algo pela janela do veículo. Ficou constatado que o invólucro dispensado continha substância entorpecente, num total de 16 eppendorfs, pesando 10,0 gramas de cocaína.

Esses dados, que emergem dos autos do presente mandamus, constituíam mesmo indícios suficientes da autoria atribuída ao paciente, de sorte a autorizar perfeitamente a apuração do crime de tráfico de substância entorpecente. Demonstrada, pois a presença do fumus commissi delicti.

Por outro lado, afigura-se evidenciado também o periculum libertatis.Com efeito, da natureza da droga apreendida, aflora a gravidade in

concreto do delito, revelando a aparente periculosidade do agente, de modo a denotar que se faz necessária a manutenção da custódia cautelar, máxime para a garantia da ordem pública”.

Nesse contexto, o Superior Tribunal de Justiça não verificou ilegalidade flagrante no acórdão do Tribunal paulista e indeferiu a liminar aos seguintes fundamentos:

“Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 35

favor de FABIO DE JESUS NUNES MENDES, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Consta dos autos que, inconformada com decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, a defesa impetrou o habeas corpus originário, que restou denegado pelo Tribunal a quo.

Daí a presente impetração, na qual a defesa requer, já em liminar, a expedição de alvará de soltura em favor do acusado, alegando nulidade da decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, bem como ausência de indícios da prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Entretanto, não se pode acolher a pretensão liminar, pois não se verifica, em princípio, ilegalidade flagrante no acórdão atacado, fazendo-se ausentes os requisitos indispensáveis ao atendimento do pleito de urgência.

Ademais, o reconhecimento do pedido confunde-se com o próprio mérito da impetração, o qual será analisado em momento próprio.

Diante do exposto, indefiro a liminar”. Como se observa, a prisão preventiva do paciente foi decretada com

fundamento na necessidade da garantia da ordem pública.Na avaliação dos pressupostos da constrição cautelar, constato que o

flagrante do paciente na posse de substância entorpecente constitui indício suficiente de autoria e materialidade delitivas.

O caso envolve a apreensão com o paciente de 17 (dezessete) invólucros contendo 10g (dez gramas) de cocaína e, ainda, a acusação de associação para o tráfico.

Pela empreitada criminosa, é possível, em tese, concluir-se pela existência de risco à ordem pública, pois as circunstâncias concretas do crime, consubstanciadas na quantidade da droga apreendida, principalmente na forma de acondicionamento e ainda na potencialidade lesiva da substância entorpecente (cocaína), são indicativas de possível envolvimento do paciente na atividade de tráfico, do que se depreende risco de reiteração delitiva.

Em verdade, a prisão foi decretada com base nas circunstâncias concretas do aparente tráfico de drogas, a revelarem, pelo modus operandi, o risco de reiteração delitiva e, por conseguinte, à ordem pública, fundamento suficiente para a decretação da preventiva, conforme art. 312 do Código de Processo Penal.

Nesse sentido, vários precedentes desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.436, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, Dje 17.02.2012; HC 104.332/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, Dje 12.9.2011; HC 98.754/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje 10.12.2009), dentre os quais destaco o seguinte:

"Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar.” (HC 110.313/MS, Rel. Min. Carmen Lúcia, 1ª Turma, Dje 13.02.2012).

Registro que o Plenário desta Suprema Corte, na sessão de julgamento realizada em 10.5.2012, nos autos do HC 104.339/SP, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 05.12.2012, decidiu, por maioria, pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006.

Todavia, o mencionado precedente não obstaculiza a prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas, forte no artigo 312 do Código de Processo Penal.

Na hipótese dos autos, apesar das inferências realizadas pelo Tribunal de Justiça acerca do alcance da aludida declaração de inconstitucionalidade, certo é que a Corte também invocou a garantia da ordem pública para concluir pela necessidade da manutenção da prisão preventiva, fundamento que, por si só, sustenta a legalidade da constrição.

Portanto, não vislumbro ilegalidade ou teratologia apta a superar a Súmula 691 desta Corte, sob pena de supressão de instância, em afronta às normas constitucionais de competência.

Por derradeiro, registro o recente julgamento da 1ª Turma deste Supremo Tribunal Federal, no HC 117.107/SP, também impetrado por Ronald Adriano Ribeiro e outro em favor de Fábio de Jesus Nunes Mendes contra decisão do Relator do HC 165.749/SP, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu pedido de liminar. Em sessão realizada no dia 03.9.2013, a 1ª Turma desta Corte, após aplicar o verbete da Súmula 691/STF e afastar a alegada ilegalidade na prisão preventiva do ora paciente, negou provimento ao agravo regimental interposto.

Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.142 (282)ORIGEM : HC - 276220 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MATHEUS GOSLING CORTEZZIIMPTE.(S) : RAPHAEL SILVA PIRES E OUTRO(A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 276.220 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Petição 46.171/2013-STF.Os impetrantes informam que houve erro material na decisão de

indeferimento da medida liminar pleiteada neste writ, pois nela constou que o processo criminal objeto do pedido seria o de número 043.0402-07.2011.8.13.0024, em trâmite na 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte, quando, na verdade, a prisão em flagrante que se pretende afastar foi decretada no processo 2857160-50.2013.8.13.0024, que tramita na 3ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte.

Por tal razão, pedem o aditamento da inicial para que se considere que o direito de liberdade ora pleiteado refere-se a este último processo, e não ao primeiro. Requerem, ainda:

“b) Em se desfazendo o equívoco manifestado na decisão sobre o pedido de liminar, quanto ao número do processo visado pelo presente writ, que não se expeça ou torne sem efeito o ofício dirigido desnecessariamente à 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte – MG.

c) Que em sendo necessárias maiores informações sobre o presente caso, sejam estas solicitadas ao MM Juízo da 3ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte, sobre o atual estágio do processo n. 2857160-50.2013.8.13.0024” (fl. 4 do documento eletrônico 8).

Decido.De fato, verifico que houve o erro material apontado.Desse modo, defiro o pedido de aditamento da inicial, para que

conste que o objeto deste writ refere-se ao pleito de o paciente responder em liberdade ao processo 2857160-50.2013.8.13.0024, que tramita na 3ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG.

Comunique-se à 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG quanto à dispensa em prestar as informações anteriormente solicitadas.

Solicitem-se, com urgência, informações ao Juízo da 3ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG acerca do atual estágio do processo 2857160-50.2013.8.13.0024.

Após, ouça-se o Procurador-Geral da República.À Secretaria para as providências.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.261 (283)ORIGEM : HC - 275924 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : S G NIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 275.924 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, em favor do menor S. G. do N., contra decisão proferida pela Ministra Laurita Vaz, por meio da qual foi indeferido o pedido de liminar formalizado no HC 275.924/SP.

Consta dos autos que o paciente, em 4 de março de 2012, fora surpreendido portando consigo 39 (trinta e nove) porções de cocaína, na forma de crack, para fins de tráfico de entorpecentes.

O Juízo da Vara da Infância e Juventude da Carapicuíba/SP recebeu a representação oferecida pelo Ministério Público estadual e, concluída a instrução processual, julgou improcedente o pleito nela formulado sob o fundamento de insuficiência de prova da prática da conduta equiparada a tráfico de drogas. Contudo, nos termos do art. 101, III e V, do Estatuto da Criança e do Adolescente, aplicou ao menor as medidas protetivas de “matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental” e “tratamento médico”.

O Ministério Público estadual interpôs recurso de apelação, ao qual o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo deu provimento, para julgar procedente o pleito contido na representação, determinando a imediata internação do adolescente, por prazo indeterminado, com reavaliação mensal, nos termos do art. 121, § 2º, do Estatuto da Criança e do Adolescente.

No voto condutor desse julgado, deu-se relevo ao fato de estarem presentes elementos concretos capazes de alicerçar a convicção de que o adolescente concorria para a prática do tráfico ilícito de entorpecente, nos moldes descritos na representação. E que, embora o menor tenha negado a prática delitiva, as provas material e testemunhal desautorizavam a sua versão.

O Tribunal estadual, ao aplicar a medida socioeducativa de internação, deixou expresso que o menor possui passagem pelo Juízo da Vara da Infância por tráfico de drogas e se encontrava sob medida socioeducativa de liberdade assistida não cumprida. Ressaltou, ainda, que o fato ora apurado viria demonstrar a insistência do representado na prática de atos infracionais. Assim, a reinserção do menor na sociedade só poderia ser feita por meio de sua internação.

Contra esse acórdão da apelação foi impetrado habeas corpus no

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 36

Superior Tribunal de Justiça – HC 275.924/SP, distribuído à Ministra Laurita Vaz – sustentando que a conduta supostamente praticada pelo adolescente não foi cometida com violência, razão pela qual não se justificaria a medida socioeducativa da internação. Sua Excelência, contudo, indeferiu o pedido de concessão de liminar, porque o deslinde da controvérsia, a princípio, demandaria o aprofundado exame do mérito da impetração, cuja apreciação compete ao Órgão Colegiado.

A inicial deste writ volta-se contra essa decisão. A impetrante sustenta a ilegalidade da medida socioeducativa de internação do menor, que estaria em desacordo com o disposto no art. 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Portanto, estar-se-ia diante da hipótese em que se admite a relativização do enunciado da Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal.

Em relação ao mérito do writ, afirma o não cabimento da medida de internação, pois a conduta supostamente praticada pelo menor teria ocorrido sem violência ou grave ameaça a pessoa, haja vista tratar-se de tráfico ilícito de entorpecente. Argumenta não ser possível falar em reiteração de cometimento de outras infrações graves, pois não consta dos autos qualquer certidão em que anotada condenação do adolescente por outro ato infracional com trânsito em julgado. Portanto, é de ter-se em conta o princípio da presunção de não culpabilidade.

A impetrante assevera, por fim, que teria sido inobservado o “principio da atualidade da medida”, haja vista que a conduta imputada ao menor teria ocorrido em março de 2012 e a reforma da sentença absolutória somente ocorreu em maio de 2013, mais de um ano após o oferecimento da representação. Nesse interregno, segundo afirma, tudo transcorrera dentro da normalidade, o que viria demonstrar que a aplicação tardia de uma medida extrema de internação soa desproporcional.

Requer, ao final, o deferimento de medida liminar, no sentido de determinar a liberação imediata do menor, que deverá sem entregue à família. No mérito, pede a confirmação da medida liminar e a concessão definitiva da ordem.

É o breve relatório. Decido.A impetrante afirma o não cabimento da medida de internação, pois a

conduta supostamente praticada pelo menor teria ocorrido sem violência ou grave ameaça a pessoa, haja vista tratar-se de tráfico ilícito de entorpecente.

Contudo, é importante destacar o que, no ponto, foi assentado no acórdão proferido pelo Tribunal estadual, in verbis:

“O tráfico ilícito de entorpecentes, sem qualquer dúvida, é dotado de máxima e, quiçá, inimaginável ameaça e violência à sociedade. Direciona-se cada vez mais contra a população mais jovem e vulnerável. Desestrutura famílias. Aumenta de modo assustador os índices de todo o gênero de criminalidade.

Não foi por outro motivo que o legislador, ao regulamentar o artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, posteriormente à edição do Estatuto da Criança e do Adolescente, equiparou o tráfico ilícito de entorpecentes a crime hediondo (Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, artigo 2º, 'caput')”.

O Tribunal estadual, no julgamento do recurso de apelação, afastou a interpretação literal à regra contida no art. 122, I, do ECA, como se dá em relação àquela em que somente se vislumbra a possibilidade da imposição de medida socioeducativa da internação a autores de atos infracionais graves, como ocorre em relação àqueles praticados com violência ou grave ameaça a pessoa.

Ao contrário, optou pela adoção da interpretação sistemática, para assentar que o tráfico de entorpecentes foi considerado equiparado aos crimes hediondos pela Lei 8.072/90 (art. 2º), o que faz dele ato infracional grave. Daí assentar o cabimento da medida socioeducativa de internação, sob o argumento de que o Estatuto da Criança e do Adolescente considera ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal (artigo 100) e busca no Direito Penal a fonte da qualificação infracional.

Ora, a superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente seria justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Verifica-se, ademais, que o Ministro Relator, ao indeferir a cautelar requerida, apreciou tão somente os requisitos autorizadores para a concessão dessa excepcional medida, e concluiu pela inexistência deles. Em seguida, mencionou que “o pedido liminar confunde-se com o mérito da impetração, o que denota a índole satisfativa do pleito”.

Não há nesse ato ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder.Ante esse quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento

definitivo do Superior tribunal de Justiça, não sendo a hipótese de se abrir, neste momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

HABEAS CORPUS 119.282 (284)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : D L M DA S

IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 277.296 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, em favor de D.L.M. da S., contra a decisão do Ministro Rogério Schietti Cruz, que indeferiu a cautelar requerida no HC 277.296/SP do Superior Tribunal de Justiça.

Consta dos autos que o paciente encontra-se privado de sua liberdade desde 8/7/2013, em razão de sentença proferida pelo Juízo da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Bauru/SP, que lhe aplicou a medida socioeducativa de internação, por prazo indeterminado, em virtude da prática de ato infracional equiparado ao delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06).

Inconformada, a defesa manejou writ no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, oportunidade em que a Desembargadora Cláudia Lúcia Fonseca Fanucchi indeferiu pleito de liminar, dando ensejo ao ajuizamento de idêntica medida processual no STJ.

Na inicial da impetração sustenta-se que o menor não tem personalidade voltada para a criminalidade, mas é dependente químico. Assevera-se, por isso, não ser cabível a medida socioeducativa extrema. E, ainda que se entenda em sentido contrário, cumpria ao juízo de primeira instância conceder-lhe o benefício da conversão da pena privativa da liberdade por restritiva de direito, dadas as condições pessoais favoráveis do menor infrator.

Afirma, ainda, cuidar-se de hipótese em que se admite a relativização do óbice previsto na Súmula 691/STF, haja vista que a aplicação da medida socioeducativa de internação do menor está eivada de ilegalidade, por não se enquadrar na hipótese no disposto no art. 122, I, II e III, do Estatuto da Criança e do Adolescente e contrariar o enunciado da Súmula 492 do Superior Tribunal de Justiça, in verbis:

“O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz, obrigatoriamente, à imposição da medida socioeducativa de internação do adolescente”.

Pede, ao final, a concessão de medida liminar, no sentido de se determinar a entrega imediata do menor à sua família. No mérito, pleiteia a confirmação da providência cautelar deferida.

É o relatório. Decido.A superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente seria

justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada neste writ.

Verifica-se que o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, relator do HC 275.333/SP, apreciou tão somente os requisitos de conhecimento da impetração e assentou a ausência de ilegalidade ou de teratologia no ato por meio do qual foi determinada a internação do menor, dando destaque ao fato de o paciente ter sido flagrado com 91 (noventa e uma) pedras de “crack”, acondicionadas em um recipiente plástico que trazia consigo, ainda quando cumpria a medida socioeducativa de liberdade assistida em virtude da prática de ato infracional análogo ao crime de roubo, consoante relatado na representação apresentada pelo Ministério Público estadual.

Não há, portanto, qualquer ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder no procedimento judicial adotado nos autos de Apuração de Ato Infracional 0024586-34.2013.8.26.0071 (Controle 1691/13) em curso no Juízo da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Bauru/SP, de modo a afastar a incidência da Súmula 691/STF, sendo de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no habeas corpus lá impetrado.

Em casos similares, nos quais foi verificada a hipótese de sucessividade de impetrações contra medida liminares indeferidas, o Supremo Tribunal Federal decidiu não ser admissível a superposição de habeas corpus contra decisões denegatórias de liminar antes do julgamento definitivo do writ (cf. HC 79.776/RS, HC 76.347/RS e HC 79.238/RS, relatados pelo Min. Moreira Alves; HC 79.748/RS, Rel. Min. Celso de Mello; HC 79.775/AP, Rel. Min. Maurício Corrêa).

Ainda sobre o tema, ficou esclarecido no julgamento do HC 82.135-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, in verbis:

“O entendimento desta Corte baseia-se na obediência aos princípios processuais da hierarquia dos graus de jurisdição e da competência. Além disso, se concedida fosse a liminar nesta Corte, estaria prejudicado o habeas corpus interposto, e ainda em curso, perante o STJ. Em última análise, estar-se-ia a impedir que aquele Tribunal Superior deliberasse de forma definitiva sobre julgado da sua área de competência (art. 105, I, 'c', da Constituição)”.

Isto posto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento a este habeas corpus. Prejudicado o exame da medida liminar.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

INQUÉRITO 2.732 (285)ORIGEM : PROC - 100000010232200703 - MINISTÉRIO PUBLICO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 37

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTERIO PUBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : NILMAR GAVINO RUIZ

DESPACHO: Delego ao Juiz de Direito Leandro Galluzzi dos Santos, Magistrado Instrutor convocado para atuar neste Gabinete, a condução do presente inquérito criminal, nos termos do art. 21-A do RISTF.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 2.905 (286)ORIGEM : INQ - 2905 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO.(A/S) : PAULO PEREIRA DA SILVAADV.(A/S) : DIEGO RICARDO MARQUES

DESPACHO: A Secretaria do Tribunal noticia o não recebimento das informações requisitadas por intermédio do Ofício de fl. 862.

Reitere-se o mencionado Ofício, advertindo às instituições financeiras que o não fornecimento das informações pode acarretar crime de desobediência.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.272 (287)ORIGEM : IP - 882011 - DELEGADO DE POLICIAPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS FILHO

DESPACHO: Em face da certidão de fl. 268 e do Relatório da CGU de fls. 247-264, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República para manifestação.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.509 (288)ORIGEM : PETIÇÃO - 793192011 - SUPREMO TRIBUNAL

FEDERALPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : SUELI RANGEL SILVA VIDIGAL

DESPACHO: Reitere-se o ofício de fl. 314.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.519 (289)ORIGEM : PROC - 201100935848 - MINISTÉRIO PÚBLICO

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROINVEST.(A/S) : ANTHONY WILLIAM MATHEUS GAROTINHO DE

OLIVEIRAINVEST.(A/S) : ROSANGELA ROSINHA GAROTINHO BARROS ASSED

MATHEUS OLIVEIRA

DESPACHO:

Vistos.Diante da devolução dos autos que se encontravam na Procuradoria

Geral da República, intime-se o peticionário, por meio do órgão oficial, da disponibilidade de acesso ao feito perante a Secretaria, e início do cômputo do prazo legal para oferecimento de sua manifestação.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.597 (290)ORIGEM : PROC MPF - 100000017939201119 - MINISTÉRIO

PUBLICO FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : JADER FONTENELLE BARBALHOADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Delego ao Juiz de Direito Leandro Galluzzi dos Santos, Magistrado Instrutor convocado para atuar neste Gabinete, a condução do presente inquérito criminal, nos termos do art. 21-A do RISTF.

Publique-se.Brasília, 17 de Setembro de 2013

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.675 (291)ORIGEM : IP - 1781999 - DELEGADO DE POLICIAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : AELTON JOSÉ DE FREITASADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Cuida-se de inquérito instaurado para apurar a prática de delito previsto no art. 1º, incisos I e II, do Decreto-Lei nº 201/67, supostamente praticado por AELTON JOSÉ DE FREITAS, então Prefeito Municipal de Iturama/MG.

As investigações tiveram origem no ofício do Delegado Seccional de Polícia de São José do Rio Preto/SP, o qual continha notas fiscais inidôneas emitidas pela empresa Zanqueta e Zanqueta Rio Preto Ltda. de produtos cujo adquirente era o Município de Iturama/MG.

Realizadas diligências, foi verificada a emissão de notas de empenho para as notas fiscais inidôneas, as quais foram devidamente liquidadas e quitadas (fls. 128-136).

Em 28 de maio de 2013, os autos foram recebidos nesta Corte, em razão da declinação de competência (fl. 273).

Instada a se manifestar, a Procuradoria-Geral da República opinou pelo arquivamento do feito, em virtude da ocorrência da prescrição. Consignou o seguinte:

“Considerando que aos delitos previstos no art. 1º, incisos I e II, do Decreto-Lei nº 201/67, comina-se pena máxima de 12 anos de reclusão, configurada está a prescrição da pretensão punitiva do Estado.

Com efeito, segundo o artigo 109, inciso II, do Código Penal, a prescrição, antes do trânsito em julgado, dá-se em 16 (dezesseis) anos se o máximo da pena não excede a 12 (doze) anos.

No presente caso, 17 (dezessete) anos se passaram desde a ocorrência dos fatos, nos anos de 1995 e 1996”.

É o breve relatório. Passo a decidir.Em razão dos indícios de possível prática dos crime de

responsabilidade previsto no Decreto-Lei nº 201/67, foi instaurado inquérito policial, em 9 de agosto de 1999, pela Delegacia de Polícia da Comarca de Frutal/MG.

Conforme se infere dos autos, as investigações tiveram início a partir do ofício encaminhado pelo Delegado Seccional da Polícia de São José do Rio Preto/SP, com cópia de notas fiscais inidôneas emitidas pela empresa Zanqueta e Zanqueta Rio Preto Ltda., de produtos cujo adquirente foi o Município de Iturama/MG. Referidas notas fiscais são relativas aos anos de 1995 e 1996, época em que Aelton José de Freitas era Prefeito Municipal de Iturama/MG.

Em abril deste ano, constatada a condição de Deputado Federal do investigado, opinou o Ministério Público estadual pela remessa dos autos ao Supremo Tribunal Federal (fls. 270-272), o que foi acolhido pelo Juízo da Comarca de Iturama, no dia 8 de maio de 2013 (fl. 273).

Ocorre que, conforme manifestado pela Procuradoria-Geral da República, verifica-se a prescrição da pretensão punitiva do Estado, uma vez constatado o decurso de tempo superior a 17 (dezessete) anos da data dos fatos, nos termos do art. 109, II, do Código Penal.

É lamentável e inaceitável que fatos como esses, que não se

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 38

revestem de complexidade, arrastem-se e se prolonguem indevidamente no tempo.

Malgrado, nada há que se fazer, senão acolher a manifestação da Procuradoria-Geral da República e, por conseguinte, determinar o arquivamento dos autos, em face da extinção da punibilidade pela ocorrência da prescrição, nos termos do art. 109, II, do Código Penal.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.712 (292)ORIGEM : PA - 000110032013 - MINISTÉRIO PUBLICO FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : JOÃO LÚCIO MAGALHÃES BIFANOADV.(A/S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(A/S)INVEST.(A/S) : CARLOS WILLIAN DE SOUZAINVEST.(A/S) : MARY ROSANE DA SILVA LANESINVEST.(A/S) : ALYSSON JANUÁRIO HUDSONINVEST.(A/S) : JAIRO DE CÁSSIO TEIXEIRAINVEST.(A/S) : LILIANE OLIVEIRA TEIXEIRAINVEST.(A/S) : CARLOS HENRIQUE DOS SANTOSINVEST.(A/S) : ANTONIO CARLOS ALVES DOS SANTOSINVEST.(A/S) : WALTER DE ALMEIDAINVEST.(A/S) : AURÉLIO CEZAR DONÁDIA FERREIRAINVEST.(A/S) : ILDEU OLIVEIRA E SILVAINVEST.(A/S) : GILCLEBER BENTO DE SOUZAINVEST.(A/S) : EDSON ALVES DE SOUZAINVEST.(A/S) : EDMILSON VALADÃO DE OLIVEIRAINVEST.(A/S) : ALTAMIR SEVERO DA ROCHAINVEST.(A/S) : LUIZ DENIS ALVES TEMPONIINVEST.(A/S) : CARLOS VINÍCIO DE CARVALHO SOARESINVEST.(A/S) : WANDERLEY VIEIRA DE SOUZAINVEST.(A/S) : ILTON ROSA DE FREITASINVEST.(A/S) : GERALDO SCHIAVOINVEST.(A/S) : ARNAUD BALDONERO NAPOLEÃOINVEST.(A/S) : SEBASTIÃO ROBISON CRUZ DOS REISADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Regularmente notificado, comparece o denunciado JOÃO LÚCIO MAGALHÃES BIFANO, por meio de seu defensor constituído, para requerer, “em virtude da extensa denúncia oferecida e da necessidade de análise das diversas emendas, diversos convênios, contratos e interceptações telefônicas e demais documentos citados pelo Parquet, a dilação do prazo para a apresentação de resposta preliminar, por mais 15 dias”.

De acordo com o art. 798 do Código de Processo Penal, “todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia de feriado”, salvo as exceções previstas na lei (impedimento do juiz, força maior ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária) ou no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Verifico que, não obstante a aparente complexidade dos fatos, as investigações remontam há mais de ano, de sorte que não vislumbro prejuízo efetivo à defesa.

Com efeito, não havendo previsão legal ou regimental que ampare a pretensão, INDEFIRO o pedido de prorrogação do prazo para a apresentação de defesa preliminar.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

INQUÉRITO 3.767 (293)ORIGEM : PROC - 100000010875201214 - MINISTÉRIO PUBLICO

FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ALFREDO PEREIRA DO NASCIMENTOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHODENÚNCIA – NOTIFICAÇÃO.1. Notifiquem o denunciado para o oferecimento de resposta,

observado o prazo de 15 dias – artigo 4º da Lei nº 8.038/90.2. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

INQUÉRITO 3.768 (294)ORIGEM : INQ - 949 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINVEST.(A/S) : ORLANDO PESSUTIINVEST.(A/S) : CARLOS ALBERTO RICHAINVEST.(A/S) : ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVAINVEST.(A/S) : LUIZ FERNANDO FERREIRA DALAZAREINVEST.(A/S) : DAVID ANTONIO PANCOTTIINVEST.(A/S) : NEMÉSIO XAVIER DE FRANÇA FILHOINVEST.(A/S) : ANSELMO JOSÉ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Manifeste-se o Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE INJUNÇÃO 2.958 (295)ORIGEM : MI - 2958 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : ANTONIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO REIS CLETO E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALINTDO.(A/S) : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRDADV.(A/S) : NILTON CORREIA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO INTERPOSTO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO

NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. DECISÃO ANULADA. DESENTRANHAMENTO DE DOCUMENTOS.

1. Em 19.4.2013, o advogado Henrique Nery Oliveira Souza apresentou petição de embargos de declaração contra decisão de fls. 166-172 (Petição STF n. 17.982).

2. Em 30.8.2013, acolhi os embargos para prestar esclarecimentos (fls. 213-216).

3. Em 3.9.2013, pela Petição STF n. 43.067, os Impetrantes destacaram que a advogado Henrique Nery Oliveira Souza não dispõe de poderes para representá-los nesta ação.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Constato que o advogado subscritor da petição de embargos de

declaração não dispõe de procuração nos autos, razão pela qual seu recurso deve ser tido como inexistente.

5. Pelo exposto, torno sem efeitos a decisão de fls. 213-216 e determino o imediato desentranhamentos dos documentos de fls. 205-206 e 210.

À Secretaria para providências.Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.454 (296)ORIGEM : MI - 5454 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : CARLOS ANDRÉ RENALADV.(A/S) : JOÃO PAULO PEREIRA GREJOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOSADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de mandado de injunção que objetiva a colmatação de alegada omissão estatal no adimplemento de prestação legislativa determinada no art. 40, § 4º, da Constituição da República.

A parte ora impetrante, que é Agente de Segurança Penitenciária no Estado de São Paulo, enfatiza o caráter lesivo da omissão imputada à Senhora Presidente da República, assinalando que a lacuna normativa existente, passível de integração mediante edição da faltante lei complementar, tem inviabilizado o seu acesso ao benefício da aposentadoria especial.

Sendo esse o contexto, cabe verificar se se revela admissível, ou não, na espécie, o remédio constitucional do mandado de injunção.

Como se sabe, o “writ” injuncional tem por função processual

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 39

específica viabilizar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas diretamente outorgados pela própria Constituição da República, em ordem a impedir que a inércia do legislador comum frustre a eficácia de situações subjetivas de vantagem reconhecidas pelo texto constitucional.

Na realidade, o retardamento abusivo na regulamentação legislativa do texto constitucional qualifica-se – presente o contexto temporal em causa – como requisito autorizador do ajuizamento da ação de mandado de injunção (RTJ 158/375, Rel. p/ o acórdão Min. SEPÚLVEDA PERTENCE), pois, sem que se configure esse estado de mora legislativa – caracterizado pela superação excessiva de prazo razoável –, não haverá como reconhecer-se ocorrente, na espécie, o próprio interesse de agir em sede injuncional, como esta Suprema Corte tem advertido em sucessivas decisões:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. (…). PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO MANDADO DE INJUNÇÃO (RTJ 131/963 – RTJ 186/20-21). DIREITO SUBJETIVO À LEGISLAÇÃO/DEVER ESTATAL DE LEGISLAR (RTJ 183/818-819). NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE MORA LEGISLATIVA (RTJ 180/442). CRITÉRIO DE CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE INÉRCIA LEGIFERANTE: SUPERAÇÃO EXCESSIVA DE PRAZO RAZOÁVEL (RTJ 158/375). (…).”

(MI 715/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 378, de 2005)

Essa omissão inconstitucional, derivada do inaceitável inadimplemento do dever estatal de emanar regramentos normativos – encargo jurídico que não foi cumprido na espécie –, encontra, neste “writ” injuncional, um poderoso fator de neutralização da inércia legiferante e da abstenção normatizadora do Estado.

O mandado de injunção, desse modo, deve traduzir significativa reação jurisdicional autorizada pela Carta Política, que, nesse “writ” processual, forjou o instrumento destinado a impedir o desprestígio da própria Constituição, consideradas as graves consequências que decorrem do desrespeito ao texto da Lei Fundamental, seja por ação do Estado, seja, como no caso, por omissão – e prolongada inércia – do Poder Público.

Isso significa, portanto, que o mandado de injunção deve ser visto e qualificado como instrumento de concretização das cláusulas constitucionais frustradas, em sua eficácia, pela inaceitável omissão do Poder Público, impedindo-se, desse modo, que se degrade, a Constituição, à inadmissível condição subalterna de um estatuto subordinado à vontade ordinária do legislador comum.

Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as consequências lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência – necessária ao exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados – depende, essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.

É preciso ter presente, pois, que o direito à legislação só pode ser invocado pelo interessado, quando também existir – simultaneamente imposta pelo próprio texto constitucional – a previsão do dever estatal de emanar normas legais. Isso significa, portanto, que o direito individual à atividade legislativa do Estado apenas se evidenciará naquelas estritas hipóteses em que o desempenho da função de legislar refletir, por efeito de exclusiva determinação constitucional, uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao Poder Público, consoante adverte o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte (MI 633/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Desse modo, e para que possa atuar a norma pertinente ao instituto do mandado de injunção, revela-se essencial que se estabeleça a necessária correlação entre a imposição constitucional de legislar, de um lado, e o consequente reconhecimento do direito público subjetivo à legislação, de outro, de tal forma que, ausente a obrigação jurídico-constitucional de emanar provimentos legislativos, não se tornará possível imputar comportamento moroso ao Estado, nem pretender acesso legítimo à via injuncional (MI 463/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 542/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – MI 642/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Presente esse contexto, observo que o exame dos elementos constantes deste processo evidencia que inexiste, no caso ora em exame, situação configuradora de inércia estatal no cumprimento de imposição ditada pela Carta Política, pois o Estado de São Paulo já editou legislação pertinente à disciplina da aposentadoria especial dos integrantes da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de Escolta e Vigilância Penitenciária (Lei Complementar nº 1.109/10, do Estado de São Paulo), dispondo, de maneira plena, sobre a matéria.

Cabe enfatizar, bem por isso, que o pleito formulado na presente causa opõe-se à própria jurisprudência firmada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, que tem assinalado, em relação aos integrantes das carreiras de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária no Estado de São Paulo, que a aposentadoria especial dos servidores públicos em questão já foi regulamentada pela Lei Complementar paulista nº 1.109/2010:

“AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. INTEGRANTE DA CARREIRA DE AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA E DA CLASSE DE AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40, § 4º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEI COMPLEMENTAR N. 1.109/2010. INEXISTÊNCIA DE

OMISSÃO LEGISLATIVA. 1. O reconhecimento da existência e da aplicabilidade de norma

infraconstitucional regulamentadora do direito constitucional pleiteado evidencia o não cabimento do mandado de injunção, por inexistir omissão legislativa inviabilizadora do exercício de direito constitucionalmente assegurado.

2. Impossibilidade de conjugação do sistema da Lei Complementar n. 1.109/2010 do Estado de São Paulo com o da Lei n. 8.213/1991, para, com isso, cogitar-se de idade mínima para aposentação. Precedentes.

3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(MI 5.390-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)Cumpre enfatizar, por oportuno, que o Supremo Tribunal Federal,

em recentíssimos julgamentos plenários, ocorridos em 08/05/2013, veio a reafirmar a jurisprudência desta Corte sobre o tema (MI 5.390-AgR/DF, MI 5.417-AgR/DF, MI 5.474-AgR/DF, v.g., todos da Relatoria da eminente Ministra CÁRMEN LÚCIA).

Cabe assinalar, ainda, que a douta Procuradoria-Geral da República, ao pronunciar-se pelo não conhecimento do presente mandado de injunção, reportou-se à manifestação que ofereceu no MI 5.306/DF, Rel. Min. LUIZ FUX, em cujo âmbito foi suscitada controvérsia idêntica à ora veiculada nesta causa, formulando, então, parecer assim ementado:

“Mandado de injunção. Regulamentação do art. 40, § 4º, da Constituição da República. Aposentadoria especial. Servidor que exerce atividade de risco. Agente penitenciário estadual. Regulamentação no âmbito do Estado de São Paulo por meio da Lei Complementar Estadual nº 1.109/2010. Inocorrência na espécie de ausência de norma regulamentadora. Falta de interesse de agir. Parecer pelo não conhecimento do mandado de injunção.” (grifei)

Sendo assim, pelas razões expostas, acolhendo o parecer da douta Procuradoria-Geral da República e considerando, ainda, os precedentes plenários desta Suprema Corte, não conheço da presente ação de mandado de injunção.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MEDIDA CAUTELAR NO MANDADO DE INJUNÇÃO 5.934 (297)ORIGEM : MI - 5934 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : IVO SCHMIDTADV.(A/S) : ANTÔNIO LIMBERGER E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DE NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Mandado de injunção, com requerimento de liminar, impetrado por

Ivo Schmidt, em 12.9.2013, contra pretensa omissão legislativa imputada ao Presidente da República e ao Prefeito do Município de Santa Rosa/RS.

2. O Impetrante afirma ser “servidor público municipal no Município de Santa Rosa/RS, tendo sido admitido para exercer a função de eletricista em 06/12/1984, laborando nesta função junto a municipalidade até os dias atuais, ou seja, sempre atuando em atividades sob condições especiais e insalubres” (fl. 1).

Sustenta que “o Supremo Tribunal Federal, vem reconhecendo a mora legislativa e a necessidade de dar eficácia à norma constitucional que trata da aposentadoria especial dos servidores públicos (art. 40, § 4º, da CF/88), aplicando-se assim aos casos o artigo 57, § 1º, da Lei 8213/91, comprovando-se o preenchimento de seus requisitos junto ao órgão de origem, no caso em comento, o Município de Santa Rosa/RS” (fl. 6).

Pede o benefício da justiça gratuita e “a) seja a presente ação constitucional julgada procedente,

suprimindo a lacuna normativa e garantindo o direito à aposentadoria do tempo de serviço em condição especial de trabalho, perante o atual regime jurídico único, Lei Complementar n. 37/2007.

b) caso não seja de imediato reconhecida e concedido o direito à aposentadoria especial do impetrante, seja reconhecida a mora legislativa, bem como seja dada concretude ao art. 40, § 4º da Constituição Federal, concedendo a ordem, para determinar que a autoridade administrativa competente proceda à análise da situação individual do impetrante, para fins de aposentadoria especial, à luz do art. 57 da Lei 8.213/1991” (fl. 6).

3. O Impetrante comprovou ter sido seu pedido de aposentadoria indeferido com fundamento na ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República (doc. 6).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do art. 4º da Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 40

n. 1.060/1950 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

5. Quanto ao pedido de citação do Prefeito do Município de Santa Rosa/RS para figurar como litisconsorte passivo nesta ação, razão jurídica não assiste ao Impetrante.

Apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva ad causam no mandado de injunção. Na espécie, o Município não tem legitimidade para regulamentar o art. 40, § 4º, da Constituição. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. 1. Apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva 'ad causam' no mandado de injunção. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MI 1.525-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 12.4.2011).

6. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais, bem como a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

No caso em exame, o Impetrante alega que a ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

7. Ressalte-se que “os pronunciamentos da Corte são reiterados sobre a impossibilidade de se implementar liminar em mandado de injunção - Mandados de Injunção n. 283, 542, 631, 636, 652 e 694, relatados pelos ministros Sepúlveda Pertence, Celso de Mello, Ilmar Galvão, Maurício Corrêa, Ellen Gracie e por mim, respectivamente” (AC 124-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJ 12.11.2004), razão pela qual indefiro a medida liminar pleiteada.

8. Notifique-se o Impetrado para, querendo, prestar informações no prazo de dez dias (art. 24, parágrafo único, da Lei n. 8.038/1990 c/c art. 7º, inc. I, da Lei n. 12.016/2009 e art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

9. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (arts. 52, inc. IX, e 205 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e art. 103, § 1º, da Constituição da República).

Determino à Secretaria do Supremo Tribunal Federal que proceda à nova autuação deste mandado de injunção, para excluir desta impetração o Prefeito do Município de Santa Rosa/RS.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.938 (298)ORIGEM : MI - 5938 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : FRANCISCO AUGUSTO COELHO MARQUESADV.(A/S) : CLAUDINEY ERNANI GIANNINI E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHOMANDADO DE INJUNÇÃO. ALEGADA AUSÊNCIA DE NORMA

REGULAMENTADORA DO ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Mandado de injunção impetrado por Francisco Augusto Coelho

Marques, em 13.9.2013, contra pretensa omissão legislativa imputada ao Presidente da República e ao Estado do Paraná.

2. O Impetrante afirma ser “servidor público estadual na cidade de Londrina, lotado no CCA-DMVP, junto à Universidade Estadual de Londrina - UEL, ocupante do cargo de Professor Adjunto A, que em todo o decorrer da jornada laboral, esteve em contato com agentes nocivos à saúde de origem químico e biológico (…), tendo ingressado no serviço público em 01.03.1982” (fl. 2).

Sustenta que “a falta de lei complementar prevista no artigo 40, inciso § 4º, II e III da Constituição Federal, não pode constituir óbice ao cômputo do tempo convertido, pois o segurado não pode, e nem deve estar à mercê da eficácia limitada da norma” (fl. 4).

Pede o benefício da justiça gratuita e “seja julgado procedente o presente mandado de injunção, declarando a omissão do Poder Legislativo, determinando a supressão da lacuna legislativa, concedendo a ordem, reconhecendo o direito de ter o seu pleito / garantir o direito do (a) impetrante à aposentadoria especial analisado pela autoridade administrativa competente, à luz do art. 57 e seus parágrafos; incisos da Lei 8.213/91, que trata da aposentadoria especial, ou seja, tempo de serviço de 25aa sob condições especiais; sem a exigência de idade mínima e proventos em 100%

(cem por cento) da média apurada, incorporando integralmente as gratificações / vantagens incorporáveis, considerando a falta do diploma regulamentador a que se refere o art. 40, § 4º, da Constituição Federal, decotado a jubilação bem como a conversão de tempo especial em comum no multiplicador legal” (fl. 15).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.3. Defiro o pedido de justiça gratuita, nos termos do art. 4º da Lei

n. 1.060/1950 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

4. O mandado de injunção é garantia constitucional prestante, exclusivamente, a viabilizar direitos ou liberdades constitucionais e a soberania, a cidadania e a nacionalidade, quando não puderem ser exercidos por ausência de norma regulamentadora (art. 5º, inc. LXXI, da Constituição da República).

Pressupõe, portanto, a existência de preceito constitucional dependente da regulamentação por outra norma de categoria inferior na hierarquia dos tipos normativos.

5. Quanto ao pedido de citação do Estado do Paraná para figurar como litisconsorte passivo nesta ação, razão jurídica não assiste ao Impetrante.

Apenas a autoridade, órgão ou entidade competente para regulamentar a norma constitucional, dispõe de legitimidade passiva ad causam no mandado de injunção. Na espécie, Estado-membro não tem legitimidade para regulamentar o art. 40, § 4º, da Constituição. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. 1. Apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva 'ad causam' no mandado de injunção. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MI 1.525-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 12.4.2011).

6. No caso em exame, o Impetrante alega que a ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria especial, em razão das condições especiais a que estaria submetido em suas atividades, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar.

Constituem pressupostos de cabimento do mandado de injunção a demonstração pelo Impetrante de preencher os requisitos para a aposentadoria especial e a impossibilidade de usufruí-la pela ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República. Confira-se:

“Contudo, apesar da juntada de documentos que informam a condição de servidora pública, o tempo de serviço e o recebimento de adicional de periculosidade, não há notícia nos autos de que a Administração Pública lhe tenha negado a concessão da aposentadoria especial com fundamento na omissão legislativa apontada. Portanto, não se pode concluir, de plano, que o exercício desse direito esteja inviabilizado pela ausência de norma regulamentadora.

Assim, verifico a ausência de pressuposto essencial que viabiliza o regular prosseguimento do feito: a comprovação, in concreto, da inviabilidade do exercício do direito à aposentadoria especial pela Administração Pública em razão da omissão legislativa.

Saliente-se que a simples alegação de inviabilidade do exercício de direito constitucional não é elemento suficiente a ensejar a atuação jurisdicional, nos termos da jurisprudência desta Corte. A comprovação concreta da inviabilidade do direito constitucionalmente assegurado em virtude de ausência de norma é requisito essencial da presente ação. Neste sentido: MI-AgR 375, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 15.2.1992; MI 3.583, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 26.8.2011; MI 4.071, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 6.10.2011; MI 3.584, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 22.8.2011” (MI 4.279, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 1º.3.2012, grifos nossos).

“ Para simples verificação se o servidor cumpre, ou não, os requisitos da aposentadoria especial, não há necessidade de decisão em mandado de injunção em favor do servidor. O mandado de injunção somente se presta aos servidores que cumprem os requisitos para a aposentadoria especial, pois a utilidade desta ação é integrar a regra constitucional ressentida, em seus efeitos, pela ausência de norma a lhe assegurar eficácia plena.

Quando a autoridade administrativa se recusa a examinar requerimento de aposentadoria especial de servidor público, com fundamento na falta da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República, cabe ao Supremo Tribunal Federal afastar o impedimento que advém da ausência da regulamentação constitucionalmente prevista, integrando-se o direito discutido pelo Agravado.

Portanto, antes de indeferir pedido de aposentadoria especial, com fundamento na ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição, a autoridade administrativa deve analisar se o servidor cumpre os requisitos para a aposentação (art. 57 da Lei n. 8.213/1991). Com isso, impede que este Supremo Tribunal fique abarrotado de ações inócuas e que o impetrante se iluda com a aposentadoria especial, pela circunstância de ter a seu favor decisão concessiva de mandado de injunção” (MI 4.842-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 1º.4.2013, grifos nossos).

Neste mandado de injunção não se tem comprovação de que o Impetrante cumpra os requisitos para a aposentadoria especial nem de que a Administração Pública lhe tenha negado a concessão de aposentadoria com fundamento na omissão legislativa apontada. Portanto, não se pode concluir,

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de plano, que o exercício desse direito esteja inviabilizado pela ausência de norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição da República.

7. Pelo exposto, fixo o prazo de dez dias para que o Impetrante, querendo, supra a falha apontada, relativa aos elementos processuais que viabilizariam o trâmite do presente mandado de injunção, nos termos do art. 284, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Determino à Secretaria do Supremo Tribunal Federal que proceda à nova autuação deste mandado de injunção, para excluir desta impetração o Estado do Paraná.

Publique-se. Brasília, 16 setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE INJUNÇÃO 5.941 (299)ORIGEM : MI - 5941 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. LUIZ FUXIMPTE.(S) : ALCIR DA SILVA BATISTAADV.(A/S) : NESTOR JOSÉ FORSTER E OUTRO(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Notifiquem-se as autoridades impetradas para que prestem informações no prazo legal (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009, c/c o art. 24, parágrafo único, da Lei 8.038/90).

Após, ouça-se o representante do Ministério Público Federal (art. 12 da Lei 12.016/2009, c/c o art. 24, parágrafo único, da Lei 8.038/90).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 32.350 (300)ORIGEM : MS - 32350 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : IRAN NAUFAL PERES DIASADV.(A/S) : ROGÉRIO MARINHO LEITE CHAVESIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO : MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

PARANÁ. IRMÃOS EM GABINETE DE DESEMBARGADOR. NEPOTISMO. EXONERAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. DETERMINAÇÃO DE CARÁTER GERAL E IMPESSOAL. APLICAÇÃO PELO ÓRGÃO EXECUTOR. ALEGADO EQUÍVOCO. SITUAÇÃO QUE NÃO INSTAURA A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (ART. 102, INC. I, ALÍNEAS D E R, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). PEDIDO DE PROVIDÊNCIA: INDEFERIMENTO DE LIMINAR. PRESTAÇÃO NEGATIVA. INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. MANDADO DE SEGURANÇA A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado em

10.9.2013 por Iran Naufal Peres Dias, contra ato do Tribunal de Justiça do Paraná (Decreto Judiciário n. 1.496, de 30.7.2013), consubstanciado na exoneração do Impetrante do cargo em comissão de Secretário de Desembargador – DAS-4.

O caso2. O Impetrante narra ter assumido em 10.12.2002, juntamente com

seu irmão, Rodrigo Naufal Peres Dias, as duas (02) vagas existentes em gabinete de Desembargador do Tribunal de Alçada do Paraná para o cargo de Assessor Judiciário DAS-4 (Portaria n. 551/02).

Afirma que, após a extinção dos Tribunais de Alçada (art. 4º da Emenda Constitucional n. 45/2004), ambos foram mantidos pelo Desembargador por eles assessorado, “alterada apenas a denominação dos cargos, na seguinte forma: Rodrigo Naufal Peres Dias de ASSESSOR JUDICIÁRIO DAS-4 para Assessor de Desembargador DAS-4; Iran Naufal Peres Dias de ASSESSOR JUDICIÁRIO DAS-4 para Secretário de Desembargador – DAS-4”.

E argumenta:“Assim, embora tenha havido a mudança de nomenclatura, as

funções de ambos continuaram sendo as mesmas, sem qualquer relação de hierarquia e subordinação ou ainda poder ou influência em nomeação, pois o ato em si implicou em mero cumprimento de formalidade legal (Lei nº 14.807/2005) (não houve recontratação ou qualquer outra forma que implicasse na interrupção da nomeação leveda a efeito em 10/12/2002)” (fl. 4 da petição inicial).

3. Informa que o Corregedor do Conselho Nacional de Justiça teria instaurado, de ofício, o Pedido de Providência n. 0003914-48.2013.2.00.0000, com o objetivo de apurar situação de nepotismo do Impetrante em relação ao seu irmão, na mesma lotação.

Com a procedência do pedido administrativo, o Impetrante alega que foi, “sumária e injustamente exonerado do cargo de secretário de desembargador após 10 anos e 236 dias de absoluta devoção ao Judiciário, tendo cumprido com honra a responsabilidade que lhe fora conferida pelo eminente desembargador, aptidão que o mantivera no exercício do cargo até a execução do ato ora questionado” (fl. 4).

Sustenta nulidade do ato de exoneração, “na medida em que não se observou os princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF)”, pois “[e]m momento algum o impetrante teve a oportunidade de exercer seu direito à defesa contra a injusta imputação que lhe fora feita” (fl. 9).

Acrescenta não ter acessado o pedido de providência no qual se fundou sua exoneração (n. 0003914-48.2013.2.00.0000) por tramitar em sigilo.

Argumenta inexistir nepotismo na espécie, pois “o requerente e seu irmão nunca estiveram subordinados entre si ou influenciaram a contratação um do outro, porque foram, repita-se: indicados pelo Desembargador e nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, simultaneamente, em nada influindo um na contratação do outro” (fl. 11, grifos no original).

Noticia que vários servidores exonerados por nepotismo apresentaram pedido de providência ao Conselho Nacional de Justiça, requerendo liminar para suspender os atos de exoneração, tendo seu pedido sido autuado sob o número 0004415-02.2013.2.00.0000.

Afirma que os pedidos distribuídos ao Corregedor do Conselho Nacional de Justiça, como o seu, tiveram a liminar indeferida, sem que fossem analisadas as peculiaridades de cada caso.

Insiste na inocorrência de nepotismo na espécie, considerando a “inexistência de subordinação hierárquica entre o impetrante e seu irmão, ocupantes de cargos de mesma simbologia (DAS-4) e em razão de terem sido simultaneamente contratados”, realçando, ainda, a ausência do “exercício de função em que um deles possa intervir na manutenção e/ou contratação do outro, eis que vinculados a única autoridade, o eminente Desembargador, quem tem o poder privativo e exclusivo de indicar à nomeação quem lhe seja de confiança, bem como de mantê-los no cargo” (fl. 13).

Cita trechos de votos e manifestações em precedentes deste Supremo Tribunal e do Conselho Nacional de Justiça que reputa favoráveis a sua tese, concluindo que:

“... o exercício de cargo de confiança entre irmãos no âmbito da Administração Pública, sem subordinação hierárquica ou sem possibilidade fática de influência de um na contratação do outro não caracteriza a situação do nepotismo, daí porque sobressai o direito líquido e certo do impetrante em manter-se no cargo, pois preenche todos os requisitos legais para o seu livre exercício, além de atender os princípios da legalidade, da impessoalidade (os irmãos foram contratados por seu mérito única e exclusivamente, presunção inabalada e sequer cogitada pela autoridade coatora), moralidade (o trabalho digno no assessoramento do magistrado, cumprindo prazos e prestando serviço de qualidade não abre margem a qualquer vulneração desse princípio), publicidade e eficiência” (fl. 19).

5. Requer liminar “a fim de que sejam suspensos os efeitos da decisão de exoneração do requerente, isso é, seja reintegrado no cargo de Secretário de Desembargador – DAS4, até que o mérito da presente seja analisado em definitivo” (fl. 21).

No mérito, pede “que seja confirmada a liminar, declarando-se a inexistência de nepotismo entre o requerente e seu irmão, reintegrando o requerente ao cargo acima nominado, na medida em que evidente é seu direito líquido e certo ao acesso ao cargo, nos termos do art. 37, da CF” (fl. 21).

6. Distribuído, os autos vieram-me em conclusão em 11.9.2013.Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.7. Conforme realçado na inicial, este Supremo Tribunal considera

como autoridade coatora, para efeito de mandado de segurança, a pessoa que ordena a prática do ato, não o subordinado que, em obediência, se limita a executar-lhe a ordem (nesse sentido, por exemplo, o Mandado de Segurança n. 24.927/RO, Relator o Ministro Cezar Peluso, Plenário, DJ 25.8.2006).

8. Na espécie vertente, o Impetrante sustenta que o ato de sua exoneração, consubstanciado no Decreto Judiciário n. 1.496, de 30.7.2013, foi exarado pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná em cumprimento ao que determinado pelo Conselho Nacional de Justiça no Pedido de Providência n. 0003914-48.2013.2.00.0000.

Não providenciou, contudo, a juntada de cópia dessa decisão, limitando-se a afirmar que o processo administrativo mencionado seria sigiloso, sem comprovar a recusa do Conselho Nacional de Justiça em fornecê-la.

Tampouco requereu fosse determinada a apresentação da decisão mencionada, nos termos do § 1º do art. 6º da Lei n. 12.016/2009 (“§ 1º No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição”).

A ausência da peça mencionada impede o conhecimento da matéria

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e dos fundamentos, de fato e de direito, nela postos.9. Não é juridicamente possível se abrir prazo para emenda da inicial

a fim de sanar o defeito apontado, sob pena de se autorizar a complementação de documentos necessários ou úteis à comprovação da liquidez e certeza do direito alegado. Nesse sentido, v.g.:

“AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA DECISÃO APONTADA COMO COATORA. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA.

1. A ausência de cópia do inteiro teor da decisão apontada como coatora não pode ser suprida em momento posterior à impetração.

2. O mandado de segurança exige a comprovação de plano do quanto alegado, mediante provas pré-constituídas. Não se admite dilação probatória incidental nessa via processual.

3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MS 28.785/DF-AgR, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe de 6/4/2011).

10. Ademais, os documentos juntados aos autos evidenciam que a exoneração do Impetrante não resultou de determinação direta do Conselho Nacional de Justiça.

O fato de esse órgão de controle não se dirigir, especificamente, contra a situação jurídica do Impetrante fica evidenciado pela apresentação do Pedido de Providência 0004415-02.2013.2.00.0000, cuja decisão de indeferimento da liminar pleiteada afirma:

“Embora a Corregedoria Nacional de Justiça não tenha determinado a exoneração de qualquer servidor nos autos do Pedido de Providências acima mencionado (PP n. 0003914-48.2013.2.00.0000), é certo que foi em decorrência desse expediente que a Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná deliberou pela exoneração do ora requerente do cargo comissionado que ocupava. E o fez de forma motivada, transformando o ato de exoneração em ato de fundamentação vinculada” (fl. 11, doc. 3, grifos nossos).

Eventual equívoco na aplicação, por órgão executor, de determinação com caráter geral e impessoal do Conselho Nacional de Justiça não tem o condão de instaurar a competência originária deste Supremo Tribunal para processar e julgar mandado de segurança (art. 102, inc. I, alíneas d e r, da Constituição da República), sob pena de transformar esse instrumento constitucional em espécie de reclamação destinada à verificação dos limites e à garantia das decisões daquele órgão de controle, o que é manifestamente incabível.

11. Importante realçar, ainda, que o ato do Tribunal de Justiça do Paraná (Decreto Judiciário n. 1496/2013) não está fundado apenas no Pedido de Providência n. 0003914-48.2013.2.00.0000, mas também no art. 37, inc. V, da Constituição da República, na Súmula Vinculante n. 13, e em outros atos do Conselho Nacional de Justiça (Resolução n. 7/2005, Enunciado Administrativo n. 1/2005, Consulta n. 0004050-50.2012.2.00.0000, e Pedidos de Providências ns. 0001808-84.2011.2.00.0000 e 0002242-10.2010.2.000.0000).

Nesses termos, o Tribunal paranaense não teria atuado como mero órgão executor do Pedido de Providência n. 0003914-48.2013.2.00.0000, conforme assume o próprio Impetrante ao atribuir sua exoneração à “evidente equívoco, por meio de análise genérica realizada pelo Departamento Administrativo em conjunto com o Núcleo de Controle Interno do Tribunal de Justiça do Paraná, sem que fosse percebido que os irmãos foram contratados simultaneamente, circunstância essa impeditiva de qualquer espaço para nepotismo” (fls. 11 e 12 da petição inicial, grifos nossos).

12. Nem se alegue o cabimento da impetração contra o indeferimento da liminar no Pedido de Providência apresentado pelo Impetrante no Conselho Nacional de Justiça (n. 0004415-02.2013.2.00.0000), pois, nesse ato, o Conselho Nacional de Justiça teria se limitado a não suspender os efeitos da exoneração realizada pelo Tribunal de Justiça paranaense, não alterando, portanto, o quadro relativo ao Impetrante, razão pela qual a presente ação não pode ter trânsito no Supremo Tribunal Federal, como reiterado em casos análogos ao ora versado.

Na assentada de 2.3.2011, no julgamento do Agravo Regimental no Mandado de Segurança n. 29.118/DF, de minha relatoria, essa orientação foi confirmada nos termos seguintes:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. PROCEDIMENTO DE CONTROLE ADMINISTRATIVO NO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA CONTRA DECISÃO DO SEGUNDO VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS. COMPOSIÇÃO DA BANCA EXAMINADORA DO CONCURSO PÚBLICO PARA DELEGAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TABELIONATO DE REGISTRO. DELIBERAÇÃO NEGATIVA DO conselho nacional DE JUSTIÇA. REDUÇÃO TELEOLÓGICA DA PROTEÇÃO PREVISTA NO ART. 102, INC. I, ALÍNEA R , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ATO COATOR PROFERIDO POR AUTORIDADE NÃO PREVISTA NO ROL DO ART. 102, INC. I, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. SÚMULA N. 624 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.

1. A competência originária do Supremo Tribunal para processar e julgar ações contra o conselho nacional de Justiça não o transforma em instância revisora de toda e qualquer decisão desse órgão administrativo.

2. As decisões do conselho nacional de Justiça que não interferem nas esferas de competência dos tribunais ou dos juízes não substituem aquelas decisões por eles proferidas, pelo que não atraem a competência do

Supremo Tribunal. 3 . A Constituição da República prevê, no art. 102, inc. I, alínea ' d ',

as hipóteses de competência originária do Supremo Tribunal para conhecer de mandado de segurança, entre as quais não consta a possibilidade de impetração contra ato de outro tribunal (Súmula n. 624).

4 . Agravo regimental ao qual se nega provimento (pendente de publicação, grifos nossos).

Na mesma linha, são precedentes as seguintes decisões monocráticas: MS 28431/SP, de minha relatoria, DJ 2.4.2012; MS 27820/DF, de minha relatoria, DJe 24.2.2012; MS 28.879/DF, de minha relatoria, DJ 22.6.2010; MS 27.714/DF, de minha relatoria, DJe 25.5.2010; MS 28.345/DF, de minha relatoria, DJe 20.11.2009; MS 28.083/DF, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 3.8.2009; MS 31.149/ES, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 8.5.2012; MS 27531/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 24.4.2012; MS 31202/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 20.3.2012; MS 27.979/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.6.2009; MS 27.764/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 8.5.2009; MS 27.895/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 7.4.2009; MS 26.797/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 13.4.2009; MS 27.795/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 23.3.2009; MS 27.376/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 1º.8.2008; MS 27.712/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 4.12.2008; e AC 1968-MC/GO, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 26.3.2008.

12. O ato que, pretensamente, teria contrariado o que o Impetrante afirma ser seu direito não é imputado ao Conselho Nacional de Justiça, mas ao Tribunal de Justiça do Paraná, conforme se infere dos termos dos pedidos realizados na inicial desta impetração.

Assim, por não dispor o Supremo Tribunal de competência originária para apreciar mandados de segurança contra ato de Tribunal de Justiça estadual, que não figura no rol taxativo previsto no art. 102, inc. I, alínea d, da Constituição da República, não se pode conhecer da presente impetração contra a decisão tomada no Pedido de Providência n. 0003914-48.2013.2.00.0000.

13. A matéria não comporta discussão mínima, por se cuidar de regra de competência constitucional expressa, que não possibilita interpretação extensiva.

Por essa razão, a negativa de seguimento do mandado de segurança não constitui manifestação quanto ao mérito da ação, o qual deverá ser analisado pelos órgãos administrativos e jurisdicionais competentes, se devidamente provocados.

14. Pelo exposto, nego seguimento a este mandado de segurança, ficando prejudicado, por óbvio, o pedido de liminar (art. 10 da Lei n. 12.016/2009, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Arquive-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.370 (301)ORIGEM : TC - 02333220131 - CONSELHO NACIONAL DE

JUSTIÇAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : EDSON FONSECA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALCINETE NASCIMENTO DE SOUZAIMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO : MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.

DENÚNCIA. APURAÇÃO EM CARÁTER SIGILOSO. DENUNCIANTES: PEDIDO DE AFASTAMENTO DO SIGILO. LIMINAR. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS: INDEFERIMENTO. PROVIDÊNCIAS PROCESSUAIS.

Relatório1. Mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado em

13.9.2013 por Edson Fonseca da Silva e Marize de Andrade Lopes da Silva, contra atos do Presidente do Tribunal de Contas da União e do Ministro Relator da denúncia n. 023.332/2013-1, no Tribunal de Contas da União.

O caso2. Dos documentos juntados ao processo eletrônico, tem-se que os

Impetrantes e várias outras pessoas que celebraram com a Caixa Econômica Federal contrato por instrumento particular de Compra e Venda, Mútuo com Obrigações e Quitação Parcial, apresentaram denúncia ao Tribunal de Contas da União, objetivando a apuração de indícios de irregularidades na Empresa Gestora de Ativos - EMGEA, empresa pública federal criada com o objetivo de adquirir bens e direitos da União e das demais entidades integrantes da Administração Pública Federal (Medida Provisória n. 2.196-3, de 24.8.2001).

Afirmam que “as autoridades coatoras vem mantendo o caráter sigiloso da denúncia efetivada pelos impetrantes, afrontando em tese decisão do Excelso Pretório proferida nos autos do mandado de segurança n. 24.405-4/DF, que em sessão plenária (...) declarou incidenter tantum a inconstitucionalidade da expressão constante do § 1º do artigo 55 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União n. 8.443, de 16 de julho de 1992, ‘manter ou não sigilo quanto ao objeto e à autoridade da denúncia’” (petição

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 43

inicial 3), donde a alegada violação ao art. 5º, incs. V, X, XXXIII e XXXV, da Constituição da República.

3. Requerem a concessão do benefício da gratuidade da justiça e liminar visando “o processamento da denúncia de n. 023.332/2013-1 sem o caráter sigiloso e apuração imediata nos termos da Lei ante o disposto no artigo 143 e § 3º c/c 144 da Lei n. 8.112/90, concedendo-se a SEGURANÇA DEFINITIVA” (petição 5).

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Defiro o pedido de justiça gratuita, nos temos do art. 4º da Lei n.

1.060/1950 c/c o art. 62 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Para deferir a medida liminar em mandado de segurança, o art. 7º,

inc. III, da Lei n. 12.016/2009 e o § 1º do art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal exigem a conjugação de “relevante fundamento e [a circunstância de que] do ato impugnado p[ossa] resultar a ineficácia da medida, caso deferida”, requisitos ausentes na espécie vertente.

6. Quanto ao pedido de afastamento do caráter sigiloso atribuído ao processo administrativo instaurado a partir das denúncias feitas, a possibilidade de restrição à publicidade de documentos administrativos é prevista no art. 5º, inc. XXXIII, da Constituição da República, nos termos seguintes:

“XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado” (grifos nossos).

A Lei n. 8.443/1992 estabelece:“Art. 53. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é

parte legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

(...)§ 3º A denúncia será apurada em caráter sigiloso, até que se

comprove a sua procedência, e somente poderá ser arquivada após efetuadas as diligências pertinentes, mediante despacho fundamentado do responsável” (grifos nossos).

O exame dessas normas revelam que o princípio constitucional da publicidade dos atos administrativos não é absoluto, pois sujeito às limitações impostas pela própria Constituição da República, que ressalvou a possibilidade de decretação de sigilo na parte final do inciso XXXIII de seu art. 5º.

Delas não decorre que a característica de sigilo que impede a ampla divulgação dos documentos, mesmo para terceiros com interesse apenas mediato nas informações nele contidas, possa ser imposta, também, àquele que faz parte de relação processual instaurada a partir da análise desses documentos.

7. Entretanto, tem-se nos atos apontados coatores (Acórdãos ns. 2.476 e 2.477/2013-TCU-Plenário) que o Tribunal de Contas da União negou acesso dos Impetrantes a documento sigiloso sob o fundamento de ausência de requerimento endereçado ao Relator ou, no caso de processo encerrado, ao Presidente do Tribunal de Contas da União.

Consta, ainda, no ato atacado, que “a vista poderá ser concedida desde que o requerente demonstre legitimidade para tanto, por ser parte, procurador da parte ou por estar amparado em alguma outra hipótese autorizada pelas normas que regem a matéria” (docs. 9 e 10).

8. Por esses fundamentos, não se pode afirmar que os documentos cujo acesso se pretende obter respeitam à pessoa dos requerentes ou contêm informações de seu interesse direto.

9. Importante realçar, ainda, que o caso em exame difere substancialmente daquele posto no precedente invocado pelos Impetrantes (Mandado de Segurança n. 24.405/DF, Relator o Ministro Carlos Velloso, Plenário, DJ 23.4.2004), no qual a autoridade denunciada requereu, com o fim apuração dos fatos denunciados, o afastamento do sigilo sobre o nome do denunciante, a fim de buscar indenização pelo desgaste sofrido na sua imagem.

Ao tratar do dispositivo legal suscitado pelos Impetrantes (art. 144 da Lei n. 8.112/1990), esclareceu o Ministro Carlos Velloso, Relator daquele mandado de segurança:

“No caso, já falamos, a denúncia não é anônima relativamente ao órgão público. Ela o é, entretanto, relativamente ao servidor denunciado.

É claro que não estamos propondo a aplicação pura e simples do art. 144 da Lei n.8.112/90 no caso. Não. A invocação desse dispositivo da Lei 8.112/90 é feita com o caráter de auxílio na exegese do dispositivo constante da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União. (...)

Indaga-se: qual a ratio legis do disposto no art. 144 da Lei n. 8.112/90?

A razão da lei é esta: evitar, justamente, o denuncismo irresponsável. Aquele que, irresponsavelmente, formula denúncia contra alguém, deve responsabilizar-se pelo seu ato, respondendo, na Justiça, pelos danos causados à honra subjetiva e objetiva do denunciado (...)” (grifos nossos).

Cuida-se, portanto, de dispositivos legais dirigidos à tutela de direitos do denunciado, e não do denunciante, donde a declaração de inconstitucionalidade, incidenter tantum, da expressão constante do § 1º do art. 55 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União, no que autorizava a manutenção do sigilo quanto à autoria da denúncia, sendo esta a ementa daquele julgado:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO, SERVIDOR PÚBLICO. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. DENÚNCIA. ANONIMATO. LEI 8.443, DE 1992. LEI 8.112/90, ART. 144. C.F., ART. 5º, IV, V, X, XXXIII e XXXV.

I. – A Lei 8.443, de 1992, estabelece que qualquer cidadão, partido político ou sindicato é parte legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. A apuração será em caráter sigiloso, até decisão definitiva sobre a matéria. Decidindo, o Tribunal manterá ou não o sigilo quanto ao objeto e à autoria da denúncia (§ 1º do art. 55). Estabeleceu o TCU, então, no seu Regimento Interno, que, quanto à autoria da denúncia, será mantido o sigilo: inconstitucionalidade diante do disposto no art. 5º, incisos V, X, XXXIII e XXXV, da Constituição Federal.

II. – Mandado de Segurança deferido.”10. Assim, nesse exame preliminar e precário, próprio das medidas

liminares, não parece que a motivação utilizada para a recusa de acesso dos Impetrantes aos processos administrativos advindos da denúncia n. n. 023.332/2013-1 consubstancie atuação ilegal ou abusiva por parte das autoridades apontadas como coatoras, não estando demonstrada, ainda, a existência de risco de ineficácia da medida, se vier a ser, ao final, deferida.

11. Pelo exposto, sem prejuízo de reapreciação da matéria no julgamento do mérito, indefiro a medida liminar requerida (art. 7º, inc. III, da Lei n. 12.016/2009).

12. Notifique-se a autoridade Impetrada para, querendo, prestar informações no prazo de dez dias (art. 7º, inc. I, da Lei n. 12.016/2009 c/c art. 203 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

13. Intime-se a Advocacia-Geral da União, nos termos do art. 7º, inc. II, da Lei n. 12.016/2009.

14. Na sequência, vista ao Procurador-Geral da República (art. 12 da Lei n. 12.016/2009 e art. 52, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MANDADO DE SEGURANÇA 32.373 (302)ORIGEM : PCA - 000000000117201316 - CONSELHO NACIONAL

DO MINISTÉRIO PÚBLICOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIIMPTE.(S) : CLAUDIO CHAVES ARRUDAADV.(A/S) : LUIZ SARAIVA DE LAVORIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Cuida-se de mandado de segurança impetrado por Cláudio Chaves

Arruda em face do Conselho Nacional do Ministério Público, com o objetivo de anular decisão administrativa proferida no Procedimento de Controle Administrativo nº 0.00.000.000117/2013-16, julgado em conjunto com os PCAs nºs 0.00.000.000314/2013-35, 0.00.000.000329/2013-01, 0.00.000.000430/2013-54, 0.00.000.000559/2013-62, 0.00.000.000573/2013-66 e 0.00.000.000611/2013-81.

O impetrante não formulou pedido de liminar.Notifique-se a autoridade coatora para que preste as informações no

prazo de lei. Com ou sem informações, vista à douta Procuradoria-Geral da

República para manifestação como custos legis. Ciência à Advocacia-Geral da União, na forma da lei. Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 3.456 (303)ORIGEM : PROC - 200236000041882 - JUIZ FEDERALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO.(A/S) : WELINTON ANTÔNIO FAGUNDES OU WELINGTON

ANTÔNIO FAGUNDES OU WELLINGTON ANTÔNIO FAGUNDES

ADV.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO DE CARVALHO TORRES

DESPACHO: Cuida-se de Ação Civil de Improbidade Administrativa (2002.36.00.004188-2) ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o Deputado Federal Wellington Antônio Fagundes, em razão da utilização de obras públicas para a promoção pessoal, nos termos do art. 11 da Lei nº 8.492/92.

Em razão do exercício do mandato parlamentar, os autos foram remetidos a esta Corte.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 44

Por meio da decisão de fls. 287, foi determinado o sobrestamento do processo até o julgamento da Reclamação nº 2138, cujo objeto era o “foro especial perante a aplicabilidade da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.492/92) aos agentes políticos”.

Instado a se manifestar, o Procurador-Geral da República aduz que “não se inclui entre as competências atribuídas ao Supremo Tribunal Federal, no rol taxativo do art. 102 da Constituição Federal”, o processamento da presente ação, que tem como objeto a apuração de ato de improbidade. Requer, assim, a remessa dos autos ao Juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso.

O Plenário desta Corte, resolvendo questão de ordem na Petição 3030 QO/RO, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 25.5.2012, reafirmou a incompetência do STF para o processo e julgamento de parlamentares por atos de improbidade, ante a inconstitucionalidade dos §§ 1º e 2º do artigo 84 do CPP, com a redação da Lei 10.628/02, declarada na ADI 2797 (DJU de 19.12.2006), e modulou os efeitos dessa decisão para conferir-lhe eficácia a partir de 15.9.2005, assegurando-se o aproveitamento dos atos processuais já praticados até o julgamento da referida ação direta.

Com essas considerações, declaro a incompetência do STF para o julgamento deste processo, e determino o retorno dos autos ao Juízo da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Mato Grosso.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 5.076 (304)ORIGEM : PROC - 08485001232201152 - DELEGADO DE POLICIAPROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. GILMAR MENDESREQTE.(S) : CORREGEDORA REGIONAL DE POLÍCIA FEDERAL EM

RORAIMAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSREQDO.(A/S) : ROMERO JUCA FILHOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Cuida-se de notícia-crime de autoria de um servidor público ligado à Secretaria de Saúde do Estado de Roraima, trazida ao conhecimento da autoridade policial por meio de papiloscopista da Polícia Federal, Luiz Guilherme Lima de Vasconcellos, atribuindo ao Senador Romero Jucá fraudes na contratação de empresas de informática pelas “Superintendências de Inteligência do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal”.

Instado a se manifestar, o Procurador-Geral da República assentou:“Apesar da notitia criminis mencionar fato concreto e específico, qual

seja, a intermediação, por um lobista vinculado ao Senador Romero Jucá, de contratos de informática com as Superintendências de Inteligência do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, dos quais o parlamentar receberia um percentual, não há elementos suficientes para a deflagração de uma investigação criminal idônea, com a realização das diligências necessárias para a formação da opinio delicti.

Exemplo disso é o Relatório de Pesquisa nº 1241/2013 (em anexo), que traz o resultado da tentativa de localizar a empresa “Net Work” com os dados mencionados na representação. A busca foi infrutífera, justamente em razão da ausência de elementos suficientes na notitia criminis para subsidiar a pesquisa acerca da existência e localização da referida pessoa jurídica.

Além disso, tentou-se encontrar nos organogramas institucionais da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil a existência de uma superintendência de inteligência ou área com atribuição semelhante, todavia tal setor não foi encontrado em nenhuma das duas instituições financeiras”.

Por fim, conclui o Procurador-Geral da República pelo arquivamento do feito, “em razão da inexistência de indícios suficientes para a deflagração de um procedimento criminal de investigação, ressalvada a reabertura das investigações caso surjam indícios concretos da prática dos delitos contra Administração Pública imputados ao parlamentar”. Requer, porém, a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da Justiça, a fim de que tome as providências para a apuração das supostas irregularidades no âmbito da Secretaria de Saúde do Estado de Roraima.

É o breve relatório. Passo a decidir.Na hipótese de existência de pronunciamento do Chefe do Ministério

Público Federal pelo arquivamento do inquérito ou notitia criminis, tem-se, em princípio, um juízo negativo acerca da necessidade de apuração da prática delitiva exercida pelo órgão que, de modo legítimo e exclusivo, detém a opinio delicti a partir da qual é possível, ou não, instrumentalizar a persecução criminal.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assevera que o pronunciamento de arquivamento, em regra, deve ser acolhido sem que se questione ou se entre no mérito da avaliação deduzida pelo titular da ação penal ( cf ., nesse sentido, as seguintes decisões: INQ nº 510/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, unânime, DJ 19.4.1991; INQ nº 719/AC, Rel. Min. Sydney Sanches, Plenário, unânime, DJ 24.9.1993; INQ nº 851/SP, Rel. Min. Néri da Silveira, Plenário, unânime, DJ 6.6.1997; HC nº 75.907/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, maioria, DJ 9.4.1999; HC nº 80.560/GO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, unânime, DJ 30.3.2001; INQ nº 1.538/PR,

Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, unânime, DJ 14.9.2001; HC nº 80.263/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, unânime, DJ 27.6.2003; INQ nº 1.608/PA, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, unânime, DJ 6.8.2004; INQ nº 1.884/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, maioria, DJ 27.8.2004; INQ (QO) nº 2.044/SC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, maioria, DJ 8.4.2005; e HC nº 83.343/SP, 1ª Turma, unânime, DJ 19.8.2005).

Esses julgados ressalvam, contudo, duas hipóteses em que a determinação judicial do arquivamento possa gerar coisa julgada material, a saber: prescrição da pretensão punitiva e atipicidade da conduta.

Portanto, apenas nas hipóteses de atipicidade da conduta e de extinção da punibilidade, o Tribunal poderá analisar o mérito das alegações trazidas pelo Procurador-Geral da República.

Isso evidencia que, nas demais hipóteses, como nada mais resta ao Tribunal a não ser o arquivamento do inquérito, a manifestação do Procurador-Geral da República, uma vez emitida, já seria definitiva no sentido do seu arquivamento.

Ante o exposto, na linha da orientação desta Corte, com fundamento no art. 3º, I, da Lei nº 8.038/90 e art. 21, XV, do RISTF, acolho a manifestação do Ministério Público Federal e determino o arquivamento do presente expediente.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 6.237 (305)ORIGEM : RCL - 93944 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINARECLTE.(S) : COMPANHIA E GÁS DE SANTA CATARINA-SC GÁSADV.(A/S) : PGE-SC - FABRICIO GRIESBACH E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE

FLORIANÓPOLIS (PROCESSOS NºS 3910-2008-001-12-00-0, 3908-2008-001-12-00-1 E 3906-2008-001-12-00-2)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOINTDO.(A/S) : IVAN CESÁR RANZOLININTDO.(A/S) : OTAIR BECKERINTDO.(A/S) : ROGÉRIO BEZERRA LIMAINTDO.(A/S) : WALTER FERNANDO PIAZZA JÚNIORINTDO.(A/S) : ARNO BOLLMANNINTDO.(A/S) : FERNANDA NOGUEIRA E SILVA FERNANDESINTDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ DE FIGUEIREDOINTDO.(A/S) : ORLANDO CELSO DA SILVA NETOINTDO.(A/S) : RYCHARDE FARAHINTDO.(A/S) : ALEXANDRE GOMESINTDO.(A/S) : ANSELMO DA SILVA LIVRAMENTO MACHADOINTDO.(A/S) : ROBERTA RIBEIRO DA SILVA PASQUALIINTDO.(A/S) : MARCELO GASPARINO DA SILVAINTDO.(A/S) : JOÃO DE BONA FILHOINTDO.(A/S) : ANA CAROLINA SKIBAINTDO.(A/S) : GILBERTO INÁCIO KLAUMANN DA SILVAINTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE ENSINO DA ENGENHARIA EM SANTA

CATARINA-FEESCINTDO.(A/S) : FARAH,GMES E SILVA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/

CINTDO.(A/S) : SILVA NETO ADVOGADOS ASSOCIADOS

RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADI 3.684. REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE JURÍDICO LEGÍTIMO DA PARTE RECLAMANTE. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. PEDIDO PREJUDICADO.

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pelo Estado de Santa Catarina e pela Companhia de Gás de Santa Catarina-SC GÁS, em face de decisões proferidas pelo Juiz do Trabalho da 1ª Vara do Trabalho de Florianópolis, nos processos nºs 3910-2008-001-12-00-0, 3908-2008-001-12-00-1 e 3906-2008-001-12-00-2, por suposta ofensa à autoridade do que decidido na ADI n. 3.684/DF pelo Supremo Tribunal Federal.

Consoante pesquisa realizada no sítio eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, verifica-se que as decisões ora reclamadas foram reformadas por aquela Corte Regional do Trabalho.

No processo n. 3908-2008-001-12-00-1, referente ao Termo de Ajuste de Conduta, o agravo de petição foi provido para declarar a nulidade do TAC e, consequentemente, extinguir a ação de execução.

No processo nº 3910-2008-001-12-00-0, relativo à Ação Civil de Improbidade Administrativa, o agravo de instrumento foi provido para declarar a incompetência da Justiça do Trabalho para processar e julgar a ação de improbidade administrativa, determinando a remessa dos autos à Justiça Comum Estadual.

No processo nº 3906-2008-001-12-00-2, concernente à Ação Cautelar

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 45

Preparatória, o recurso ordinário foi parcialmente provido para reformar o julgado no tocante às medidas cautelares concedidas na sentença.

Assim, não mais subsiste interesse jurídico legítimo da parte reclamante a ser amparado na presente via.

À guisa de exemplo, cito o seguinte precedente:“RECLAMAÇÃO - ATO IMPUGNADO - REVOGAÇÃO - PERDA DE

OBJETO. A revogação do ato tido, no pedido inicial da reclamação, como discrepante de certa decisão implica o prejuízo da reclamação, julgando-se extinto o processo sem apreciação do tema de fundo.”

(Rcl 2496 QO, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 24/06/2004, DJ 22-10-2004 PP-00005 EMENT VOL-02169-01 PP-00146 LEXSTF v. 27, n. 314, 2005, p. 141-148)

Ex positis, julgo prejudicada a presente reclamação, diante da perda superveniente de seu objeto (art. 21, IX, do RI/STF).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 6.241 (306)ORIGEM : RCL - 95297 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : EMPRESA GRÁFICA E EDITORA VALE DO

PARANAPANEMA LTDAADV.(A/S) : THIAGO ANTONIO FERREIRARECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

CAPÃO BONITO (PROCESSO Nº 123.01.2007.004500-6)

INTDO.(A/S) : JOSÉ CARLOS TALLARICO JUNIORADV.(A/S) : PAULO ESTEVES E OUTRO(A/S)

RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADPF 130. REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE JURÍDICO LEGÍTIMO DA PARTE RECLAMANTE. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. PEDIDO PREJUDICADO.

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pela Empresa Gráfica e Editora Vale do Paranapanema Ltda., em face de decisão proferida pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Capão Bonito no processo nº 123.01.2007.004500-6, por suposta ofensa à autoridade do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal, na ADPF n. 130.

Consoante pesquisa realizada no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, verifica-se que a decisão ora reclamada foi reformada por aquela Corte de Justiça.

No julgamento da apelação, a 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo deu provimento ao recurso, para declarar improcedente o pedido inicial, invertendo-se os ônus da sucumbência.

Assim, não mais subsiste interesse jurídico legítimo da parte reclamante a ser amparado na presente via.

À guisa de exemplo, cito o seguinte precedente:“RECLAMAÇÃO - ATO IMPUGNADO - REVOGAÇÃO - PERDA DE

OBJETO. A revogação do ato tido, no pedido inicial da reclamação, como discrepante de certa decisão implica o prejuízo da reclamação, julgando-se extinto o processo sem apreciação do tema de fundo.”

(Rcl 2496 QO, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 24/06/2004, DJ 22-10-2004 PP-00005 EMENT VOL-02169-01 PP-00146 LEXSTF v. 27, n. 314, 2005, p. 141-148)

Ex positis, julgo prejudicada a presente reclamação, diante da perda superveniente de seu objeto (art. 21, IX, do RI/STF).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 8.683 (307)ORIGEM : RCL - 91748 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. LUIZ FUXRECLTE.(S) : SOFT & SOFT DO BRASIL LTDA-MEADV.(A/S) : GUSTAVO PEREIRA DA SILVARECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE

DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE SERRINHA (PROCESSO Nº 125776-5/2007)

INTDO.(A/S) : TIAGO PEREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : ERIDSON RENAN SOUZA SILVA

RECLAMAÇÃO. FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. SALÁRIO MÍNIMO. OFENDA À SÚMULA VINCULANTE Nº 4. INEXISTÂNCIA. RECLAMAÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

DECISÃO: Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de medida liminar, ajuizada por SOFT & SOFT DO BRASIL LTDA-ME, contra

decisão proferida pela Juíza de direito do Juizado Especial Cível de Defesa do Consumidor da Comarca de Serrinha, por suposta violação ao enunciado da Súmula Vinculante nº 4 do Supremo Tribunal Federal.

Alega a reclamante que a decisão reclamada não poderia ter arbitrado a indenização por danos morais com base no salário mínimo.

Requer, liminarmente, a imediata suspensão da decisão e, no mérito, a sua cassação, a fim de que outra seja proferida, observada a Súmula Vinculante nº 4, do Supremo Tribunal Federal.

O Ministério Público Federal, em parecer, opinou pelo não conhecimento da reclamação.

É o relatório. Decido.No caso vertente, sustenta a Reclamante que a decisão reclamada,

ao determinar a utilização do salário mínimo como base de cálculo da indenização, teria supostamente inobservado o Enunciando da Súmula Vinculante nº 4 desta Suprema Corte (“Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”), pugnando, assim, pela sua cassação.

O Supremo Tribunal Federal, em 30 de abril de 2008, no julgamento do RE nº 565.714, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 08/08/2008, declarou a não-recepção pela Constituição da República de 1988 do artigo 3º, parágrafo único, da Lei Complementar nº 432/1985 do Estado de São Paulo, que fixava o salário mínimo como base de cálculo do pagamento do adicional de insalubridade para os servidores públicos da Administração Centralizada e Autarquias do Estado. Nada obstante isso, o Supremo Tribunal Federal assegurou a continuidade do pagamento do adicional de insalubridade, nos termos previstos no art. 3º da LC 432/85, até superveniência de nova lei sobre a matéria. Adotou-se esse entendimento, ante a impossibilidade de alteração da base de cálculo por decisão judicial, tendo em vista que ao Poder Judiciário não é dado atuar como legislador positivo. Para melhor elucidar a controvérsia, convém transcrever a ementa daquele julgado:

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO-RECEPÇÃO DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso maior do que aquele diretamente relacionado com o acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a implementação da política salarial prevista no art. 7º, inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento do salário-mínimo para formação da base de cálculo de qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro objetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra na vinculação vedada pela Constituição do Brasil. Histórico e análise comparativa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Declaração de não-recepção pela Constituição da República de 1988 do Art. 3º, § 1º, da Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 2. Inexistência de regra constitucional autorizativa de concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art. 42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 3. Inviabilidade de invocação do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos servidores públicos, a expressão adicional de remuneração contida na norma constitucional há de ser interpretada como adicional remuneratório, a saber, aquele que desenvolve atividades penosas, insalubres ou perigosas tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a Constituição tivesse estabelecido remuneração do trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional sobre a remuneração, o que não fez. 4. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.”

No caso sub examine, não se discute vantagem de servidor público ou de empregado.

Destarte, está evidenciado que não existe identificação material entre o ato reclamado e o julgado tido como paradigma e que estaria sendo descumprido.

Vale ressaltar, assim, que esta Corte, em reiterados julgados, vem decidindo no sentido de que constitui pressuposto de cabimento da reclamação a identidade material entre a decisão reclamada e o julgado tido como paradigma. Nesse sentido, vale conferir os precedentes abaixo colacionados, verbis :

“Os atos questionados em qualquer reclamação - nos casos em que se sustenta desrespeito à autoridade de decisão do Supremo Tribunal Federal - hão de se ajustar, com exatidão e pertinência, aos julgamentos desta Suprema Corte invocados como paradigmas de confronto, em ordem a permitir, pela análise comparativa, a verificação da conformidade, ou não, da deliberação estatal impugnada em relação ao parâmetro de controle emanado deste Tribunal.” (Rcl 6.534-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJe 17.10.2008).

“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. TRIBUTÁRIO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 46

EXECUÇÃO FISCAL. APLICAÇÃO DE MULTA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO QUE DECIDIDO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 551/RJ. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Ato reclamado que examina legislação estadual diferente da analisada no julgado apontado como descumprido. Inexistência de identidade material entre a decisão reclamada e os julgados tidos como paradigmas. Precedentes.” (Rcl 8.780-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, DJe 11.12.2009).

Ademais, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “o que não se admite é observar o salário mínimo para efeitos de atualização de qualquer indenização, mas não como expressão do valor inicial da condenação” ( RE n. 338.760, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Ex positis, nego seguimento à presente reclamação, nos termos do artigo 21, § 1º, do RISTF, restando prejudicado o exame do pedido liminar.

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 13.307 (308)ORIGEM : PROC - 01504200708115004 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : VERA LÚCIA FREITAS DA SILVAADV.(A/S) : BENEDITO TADEU FERNANDES GALLI

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Matão/SP, na qual se sustenta que o acórdão proferido pela Segunda Câmara do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário nº 150400-73.2007.5.15.0081, teria transgredido o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sendo esse o contexto, cabe assinalar, preliminarmente, que o exame dos fundamentos subjacentes à presente causa leva-me a reconhecer a inexistência, na espécie, de situação caracterizadora de desrespeito ao enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF.

É importante registrar, por necessário, que referida Súmula Vinculante foi aprovada em razão da orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise:

“I. Controle de constitucionalidade: reserva de plenário e quorum qualificado (Constituição, art. 97): aplicação não apenas à declaração em via principal, quanto à declaração incidente de inconstitucionalidade, para a qual, aliás, foram inicialmente estabelecidas as exigências.

II. Controle de constitucionalidade; reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição.”

(RE 240.096/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE)Cabe acentuar que o Supremo Tribunal Federal, em sua

jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Na realidade, esta Suprema Corte tem entendido equivaler, à própria declaração de inconstitucionalidade, o julgamento que, sem declará-la, explícita e formalmente, vem a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios resultantes do texto constitucional.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, quanto a esse aspecto, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de

Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não obstante as razões que venho de expor, não vislumbro, na

decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, como resulta claro das informações prestadas pelo E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região:

“Cabe esclarecer que, apesar de afirmado que houve afronta, no caso, ao artigo 37, X, da Constituição Federal, como razões e não como decisão, não houve a declaração de inconstitucionalidade da legislação municipal nem o afastamento de sua incidência. Os abonos concedidos pela lei foram mantidos, mas foram considerados como sendo reajustes salariais.

É cediço que o Juiz do Trabalho, ao apreciar os casos que lhe são apresentados, pode se manifestar, de forma fundamentada, sobre a aplicação ou não da lei, com base nos princípios que regem o Direito Laboral, os quais também devem ser observados pelos órgãos públicos, que optam pela contratação de servidores pelo regime celetista. No entanto, quando o Magistrado julga pelo afastamento da lei ou de parte dela, não significa que necessariamente a considerou inconstitucional. Pensar de outra forma, seria admitir que todos os Juízes do Brasil jamais poderiam julgar pela inaplicabilidade da lei municipal que afronta princípios trabalhistas.

Por tais fundamentos, no caso em exame, o processo não foi submetido ao órgão especial para declaração da inconstitucionalidade das leis municipais.

Aliás, causa estranheza a esta Relatora o fato do acórdão proferido por este Tribunal Regional ter sido publicado aos 23/01/2009 e a presente reclamação ter sido apresentada em 13/02/12, quatro dias após ter sido publicada a ata de julgamento que negou provimento ao agravo regimental em Recurso Extraordinário interposto pelo Município, como se verifica pelo sítio do C. Supremo Tribunal Federal. Se o Município havia entendido que deveria ser observada, na hipótese em tela, a cláusula de plenário, poderia ter interposto Embargos de Declaração, a fim de obter manifestação da 2ª Câmara a esse respeito. No entanto, assim não agiu.” (grifei)

Vê-se, desse modo, que o órgão apontado como reclamado não realizou qualquer exame de constitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, o que afastava a necessidade de submissão do julgamento de referida causa à Corte Especial do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Aquela Egrégia Corte Regional apenas entendeu, corretamente ou não, que referidos diplomas legais teriam concedido revisão geral anual de vencimentos aos servidores municipais, que veio a ser incorporada a suas remunerações

Cumpre assinalar, no ponto, que não transgride a autoridade da Súmula Vinculante nº 10/STF o acórdão proferido por órgão fracionário que,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 47

sem invocar nas razões conflito entre ato do Poder Público e critérios resultantes do texto constitucional, limita-se a interpretar normas de direito local.

Cabe ter presente, por relevante, que o Plenário desta Corte, defrontando-se com idêntica situação jurídica, enfatizou que a discussão da matéria ora em exame envolve típica hipótese de interpretação de normas locais, circunstância esta que descaracteriza o alegado desrespeito ao enunciado da Súmula Vinculante nº 10/STF:

“RECLAMAÇÃO – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO – INADEQUAÇÃO. Descabe evocar o teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo quando a decisão proferida se mostra restrita a interpretação de normas locais sem ser apontado conflito com a Constituição Federal.”

(Rcl 13.478-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei) Vale ressaltar, ainda, que o entendimento ora exposto na presente

decisão tem sido observado no âmbito desta Suprema Corte, como o evidenciam julgamentos proferidos pelo eminente Ministro RICARDO LEWANDOWSKI na Rcl 13.388/SP e na Rcl 13.655/SP, v.g., de que é Relator.

Impende destacar, finalmente, um outro aspecto, que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade jurídico-processual de emprego da reclamação.

Refiro-me ao fato de que a reclamação não pode ser utilizada como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Com efeito, tal como já referido, a reclamação – constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei) “Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei) “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – grifei)

“O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Sendo assim, em face das razões expostas e considerados, ainda,

os recentíssimos precedentes firmados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (Rcl 13.478-AgR/SP e Rcl 14.185-AgR/SP, ambos da relatoria do eminente Ministro MARCO AURÉLIO), nego seguimento à presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Recurso Ordinário nº 150400-73.2007.5.15.0081).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 13.514 (309)ORIGEM : RO - 00647007920095150081 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : CLÓVIS ALVES SIQUEIRAADV.(A/S) : JOÃO SIGRI FILHO

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Matão/SP, na qual se sustenta que o acórdão proferido pela Sexta Câmara do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário nº 0064700-79.2009.5.15.0081, teria transgredido o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sendo esse o contexto, cabe assinalar, preliminarmente, que o exame dos fundamentos subjacentes à presente causa leva-me a reconhecer a inexistência, na espécie, de situação caracterizadora de desrespeito ao enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF.

É importante registrar, por necessário, que referida Súmula Vinculante foi aprovada em razão da orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise:

“I. Controle de constitucionalidade: reserva de plenário e quorum qualificado (Constituição, art. 97): aplicação não apenas à declaração em via principal, quanto à declaração incidente de inconstitucionalidade, para a qual, aliás, foram inicialmente estabelecidas as exigências.

II. Controle de constitucionalidade; reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição.”

(RE 240.096/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE)Cabe acentuar que o Supremo Tribunal Federal, em sua

jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Na realidade, esta Suprema Corte tem entendido equivaler, à própria declaração de inconstitucionalidade, o julgamento que, sem declará-la, explícita e formalmente, vem a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios resultantes do texto constitucional.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, quanto a esse aspecto, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 48: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 48

Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não obstante as razões que venho de expor, não vislumbro, na

decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, como resulta claro das informações prestadas pelo E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região:

“No acórdão proferido por esta 4ª Câmara constou que ‘Não se trata de concessão de reajustes salariais aos servidores municipais pelo Poder Judiciário, procedimento vedado pela Súmula 339 do STF, mas apenas de correção das distorções salariais geradas pela lei local. Com efeito, a legislação municipal descrita na r. sentença recorrida concedeu abonos em valores fixos, incorporando-os aos salários nos anos de 2003, 2004, 2005 e 2008. Isso resultou, na verdade, em instrumento para mascarar a revisão geral anual dos salários dos servidores a que se refere o artigo 37, X, da Constituição Federal, acarretando prejuízos para alguns trabalhadores que ganhavam mais, já que houve incorporação de valores iguais para todos, independentemente da faixa salarial ou de vencimentos em que se enquadravam. O próprio reclamado admite que a sua intenção era conceder reajustes salariais através da edição das leis mencionadas, ao afirmar que a ‘ajuda de custo – alimentação proposta tinha como finalidade precípua, repor a perda do poder aquisitivo do salário mercê do fenômeno inflacionário’ (fls. 113 e 264)’.

Aliás, a questão da extensão a todos os servidores públicos do reajuste que havia sido concedido a uma categoria, de forma diferenciada, já foi objeto de deliberação pelo Colendo STF no caso do reajuste de 28,86% concedido aos militares, ocasião em que se afastou a incidência da Súmula nº 339, à semelhança do que ocorre no caso dos autos:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. REAJUSTE GERAL. ISONOMIA. SÚMULA Nº 339 DO STF. NÃO INCIDÊNCIA. 1. A interpretação da legislação local feita pelo Tribunal de Justiça estadual, no sentido de que versa a hipótese sobre revisão geral de vencimentos, e não reajuste setorial, não é passível de revisão em sede de recurso extraordinário. Precedente: RE 307.302 ED, 2ª Turma, rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 22.11.2002. 2. Ao julgar o RMS 22.307, o STF, por maioria, com fundamento na auto-aplicabilidade do art. 37, X, da CF, em sua redação original, afastar a aplicação da Súmula nº 339 para garantir a todos os servidores públicos federais o reajuste concedido aos servidores militares

pelas Leis 8.622/93 e 8.627/93. 3. Recurso conhecido em parte e, nesta parte, improvido.’ (RE 393679, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, DJ 16-12-2005.

Demais disso, o C. TST já firmou jurisprudência a respeito da concessão de abonos em valores fixos a todos os servidores públicos de determinada Municipalidade. Confira-se:

‘AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. (…). 2. DIFERENÇAS SALARIAIS. DISTORÇÕES. LEI MUNICIPAL. Não afronta o art. 37, X, da Constituição Federal, que assegura a revisão geral anual, sem distinção de índices, decisão regional que mantém a condenação a diferenças salariais por entender que a concessão de abono em valores fixos a todos os servidores ocasionou distorções salariais. Precedentes. Agravo de instrumento conhecido e não provido.’ (Processo: AIRR – 65200-48.2009.5.15.0081, Data de Julgamento: 30/05/2012, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/06/2012).” (grifei)

Vê-se, desse modo, que o órgão apontado como reclamado não realizou qualquer exame de constitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, o que afastava a necessidade de submissão do julgamento de referida causa à Corte Especial do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Aquela Egrégia Corte Regional apenas entendeu, corretamente ou não, que referidos diplomas legais teriam concedido revisão geral anual de vencimentos aos servidores municipais, que veio a ser incorporada a suas remunerações

Cumpre assinalar, no ponto, que não transgride a autoridade da Súmula Vinculante nº 10/STF o acórdão proferido por órgão fracionário que, sem invocar nas razões conflito entre ato do Poder Público e critérios resultantes do texto constitucional, limita-se a interpretar normas de direito local.

Cabe ter presente, por relevante, que o Plenário desta Corte, defrontando-se com idêntica situação jurídica, enfatizou que a discussão da matéria ora em exame envolve típica hipótese de interpretação de normas locais, circunstância esta que descaracteriza o alegado desrespeito ao enunciado da Súmula Vinculante nº 10/STF:

“RECLAMAÇÃO – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO – INADEQUAÇÃO. Descabe evocar o teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo quando a decisão proferida se mostra restrita a interpretação de normas locais sem ser apontado conflito com a Constituição Federal.”

(Rcl 13.478-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei) Vale ressaltar, ainda, que o entendimento ora exposto na presente

decisão tem sido observado no âmbito desta Suprema Corte, como o evidenciam julgamentos proferidos pelo eminente Ministro RICARDO LEWANDOWSKI na Rcl 13.388/SP e na Rcl 13.655/SP, v.g., de que é Relator.

Impende destacar, finalmente, um outro aspecto, que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade jurídico-processual de emprego da reclamação.

Refiro-me ao fato de que a reclamação não pode ser utilizada como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Com efeito, tal como já referido, a reclamação – constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................................................................

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei) “Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei) “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – grifei) “O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Sendo assim, em face das razões expostas e considerados, ainda,

os recentíssimos precedentes firmados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (Rcl 13.478-AgR/SP e Rcl 14.185-AgR/SP, ambos da relatoria do eminente Ministro MARCO AURÉLIO), nego seguimento à presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR nº 64700- -79.2009.5.15.0081) e ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Recurso Ordinário nº 0064700-79.2009.5.15.0081).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 13.656 (310)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : RODRIGO PINHEIRORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : HERNANI JOSÉ TRISTÃOADV.(A/S) : LÚCIO CRESTANA

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Matão/SP, na qual se sustenta que o acórdão proferido pela Sexta Câmara do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário nº 0046300-51.2008.5.15.0081, teria transgredido o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sendo esse o contexto, cabe assinalar, preliminarmente, que o exame dos fundamentos subjacentes à presente causa leva-me a reconhecer a inexistência, na espécie, de situação caracterizadora de desrespeito ao enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF.

É importante registrar, por necessário, que referida Súmula Vinculante foi aprovada em razão da orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise:

“I. Controle de constitucionalidade: reserva de plenário e quorum qualificado (Constituição, art. 97): aplicação não apenas à declaração em via principal, quanto à declaração incidente de inconstitucionalidade, para a qual, aliás, foram inicialmente estabelecidas as exigências.

II. Controle de constitucionalidade; reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição.”

(RE 240.096/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE)Cabe acentuar que o Supremo Tribunal Federal, em sua

jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Na realidade, esta Suprema Corte tem entendido equivaler, à própria declaração de inconstitucionalidade, o julgamento que, sem declará-la, explícita e formalmente, vem a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios resultantes do texto constitucional.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, quanto a esse aspecto, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não obstante as razões que venho de expor, não vislumbro, na

decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, como resulta claro das informações prestadas pelo E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região:

“O Município editou a Lei n° 3.239, de 17.12.2002, concedendo abono aos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas, que oscilou entre R$ 65,00 a R$ 80,00, a ser pago no mês de janeiro/03. Tal abono foi incorporado nos vencimentos dos servidores, a partir de janeiro/03, pela Lei n

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 50

° 3.245/03.Por meio das Leis n° 3.386/03, 3.402/04, 3.427/07, 3.444/04 e

3.460/04, foram concedidas ajudas de custo-alimentação nos meses de janeiro a maio/04, no importe de R$ 20,00, que foi incorporado nos vencimentos dos servidores municipais, a partir de junho de 2004, pela Lei n° 3.479/04.

Novas ajudas de custo foram concedidas nos meses de junho e dezembro/04, pelas Leis n° 3.478/04 e 3.559/04 cujo valor correspondente a R$ 30,00, a partir de janeiro de 2005 foi incorporada na estrutura de cargos e salários por Lei municipal.

Assim, o município-reclamado incorporou na estrutura de cargos e salários dos seus servidores os abonos concedidos, nos valores de R$ 40,00, a partir de janeiro/03, R$ 70,00, a partir de janeiro/04 (fl. 32), R$ 20,00, a partir de junho/04 e R$ 30,00, a partir de janeiro/05.

E, a partir de março de 2006, o município concedeu um reajuste salarial de 3,5% (três vírgula cinqüenta por cento) a todos os servidores (Lei n° 034/2006).

Desta forma, considerando que o Município concedeu os abonos mensais acima e logo em seguida os incorporou ao salário do servidor, infere-se que tal prática teve o propósito de não observar a determinação constitucional de revisar anualmente os salários do pessoal sem distinção de índices, pois não houve a concessão de índice específico de reajustamento geral, de modo a se observar o princípio da isonomia, e o previsto no artigo 37, inciso X, da CF.

Ora, a concessão de abono, titularizado em ajudas de custo, em valores fixos gera distorção, na medida em que imprimim para aqueles que percebem maior salário menor índice, gerando um achatamento nas referências salariais.

A título de exemplo, pode-se citar que a incorporação de R$ 40,00 reais ao salário de R$ 322,00 gera um índice de 12,42%. A mesma incorporação em um salário de R$ 439,00 gera o índice de 9,11%, assim em desacordo com o artigo 37, X, da Constituição Federal.

Portanto, a decisão da Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, por mim relatada, que manteve a sentença que deferiu o pagamento das diferenças salariais em decorrência da aplicação de abonos concedidos através de leis municipais, em valores fixos a todos os servidores, gerando o achantamento nas referências salariais, não afastou a incidências das referidas leis locais, apenas interpretou-se a natureza dos valores concedidos, o que não fere o princípio da reserva de plenário, uma vez que não houve a declaração de inconstitucionalidade da lei e nem o afastamento de suas inciências

De fato, é cediço que o princípio constitucional da reserva de plenário exige que as decisões que declarem expressamente inconstitucionalidade ou afastem implicamente a incidência de norma sejam proferidas pelo voto da maioria absoluta dos membros do órgão especial do Tribunal, o que não é a hipótese do caso.

Mister considerar que na decisão, ora reclamada, não houve afastamento da aplicação das normas municipais, tanto que os abonos concedidos, por meio das Leis Municipais foram efetivamente considerados, apenas fora atribuída natureza distinta daquela prevista nas citadas normas, ou seja, natureza de reajustes salariais disfarçados, tanto que é verdade, que os referidos valores foram incorporados aos salários dos servidores. Em se declarando a inconstitucionalidade ou o afastamento da incidência das leis municipais, por certo os valores não poderiam ser incorporados aos salários.

Nesta esteira, cito acórdão do C. TST:RECURSO DE REVISTA – MUNICÍPIO DE MATÃO – DIFERENÇAS

SALARIAIS – REAJUSTES – CONCESSÃO DE ABONOS. Infere-se do contexto da legislação municipal a intenção de reajuste dos vencimentos dos servidores municipais, conforme determina o art. 37, X, da Constituição da República. Todavia, o fato de o Município ter, com a evidente intenção de se esquivar dos efeitos da concessão do reajuste, nominado o referido reajuste de abono não altera tal conclusão, dada a expressa referência à sua incorporação nos vencimentos, demonstrando a sua real intenção e desatendendo, portanto, ao disposto na parte final do dispositivo constitucional. Com efeito, com a incorporação de tais valores fixos aos vencimentos dos servidores, o Município-recorrente promoveu reajustes em percentuais diferenciados. Tem-se, dessa forma, o reconhecimento de que as reposições e abonos concedidos pelo Município são, a rigor, reajustes e, portanto, deveriam ter sido concedidos de forma linear, aspecto que escapa à tese jurídica inscrita na Súmula nº 339 do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual – não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia –, o que não é a hipótese dos autos. Afasta-se, daí, a arguição de que estaria ocorrendo concessão de reajuste pelo Poder Judiciário, pois, na espécie, opera-se correção de uma distorção, aplicando-se a norma constitucional. Recurso de revista não conhecido.’ (Processo: RR – 74100-20.2009.5.15.0081 Data de Julgamento: 11/05/2011, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 27/05/2011).

Assim, ao deferir as diferenças salariais decorrentes das diferenças de índices concedidos, decidiu-se em conformidade com o dispositivo Constitucional, artigo 37, inciso X, observando o princípio da isonomia.

Desta forma, ‘data venia’, não há falar-se em afastamento da incidência de leis da Municipalidade, inexistindo malferimento do princípio da

reserva legal e/ou da Súmula Vinculante nº 10 do STF.” (grifei)Vê-se, desse modo, que o órgão apontado como reclamado não

realizou qualquer exame de constitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, o que afastava a necessidade de submissão do julgamento de referida causa à Corte Especial do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Aquela Egrégia Corte Regional apenas entendeu, corretamente ou não, que referidos diplomas legais teriam concedido revisão geral anual de vencimentos aos servidores municipais, que veio a ser incorporada a suas remunerações

Cumpre assinalar, no ponto, que não transgride a autoridade da Súmula Vinculante nº 10/STF o acórdão proferido por órgão fracionário que, sem invocar nas razões conflito entre ato do Poder Público e critérios resultantes do texto constitucional, limita-se a interpretar normas de direito local.

Cabe ter presente, por relevante, que o Plenário desta Corte, defrontando-se com idêntica situação jurídica, enfatizou que a discussão da matéria ora em exame envolve típica hipótese de interpretação de normas locais, circunstância esta que descaracteriza o alegado desrespeito ao enunciado da Súmula Vinculante nº 10/STF:

“RECLAMAÇÃO – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO – INADEQUAÇÃO. Descabe evocar o teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo quando a decisão proferida se mostra restrita a interpretação de normas locais sem ser apontado conflito com a Constituição Federal.”

(Rcl 13.478-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei) Vale ressaltar, ainda, que o entendimento ora exposto na presente

decisão tem sido observado no âmbito desta Suprema Corte, como o evidenciam julgamentos proferidos pelo eminente Ministro RICARDO LEWANDOWSKI na Rcl 13.388/SP e na Rcl 13.655/SP, v.g., de que é Relator.

Impende destacar, finalmente, um outro aspecto, que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade jurídico-processual de emprego da reclamação.

Refiro-me ao fato de que a reclamação não pode ser utilizada como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Com efeito, tal como já referido, a reclamação – constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei) “Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 51

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei) “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – grifei) “O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Sendo assim, em face das razões expostas e considerados, ainda,

os recentíssimos precedentes firmados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (Rcl 13.478-AgR/SP e Rcl 14.185-AgR/SP, ambos da relatoria do eminente Ministro MARCO AURÉLIO), nego seguimento à presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR nº 0046300- -51.2008.5.15.0081) e ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Recurso Ordinário nº 0046300-51.2008.5.15.0081).

Publique-se.Arquivem-se os presentes autos.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 13.871 (311)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOINTDO.(A/S) : ANTONIO APARECIDO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : BENEDITO TADEU FERNANDES GALLI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Matão/SP, na qual se sustenta que o acórdão proferido pela Sexta Câmara do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário nº 0175500-14.2008.5.15.0081, teria transgredido o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sendo esse o contexto, cabe assinalar, preliminarmente, que o exame dos fundamentos subjacentes à presente causa leva-me a reconhecer a inexistência, na espécie, de situação caracterizadora de desrespeito ao enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF.

É importante registrar, por necessário, que referida Súmula Vinculante foi aprovada em razão da orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise:

“I. Controle de constitucionalidade: reserva de plenário e quorum qualificado (Constituição, art. 97): aplicação não apenas à declaração em via principal, quanto à declaração incidente de inconstitucionalidade, para a qual, aliás, foram inicialmente estabelecidas as exigências.

II. Controle de constitucionalidade; reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição.”

(RE 240.096/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE)Cabe acentuar que o Supremo Tribunal Federal, em sua

jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Na realidade, esta Suprema Corte tem entendido equivaler, à própria declaração de inconstitucionalidade, o julgamento que, sem declará-la, explícita e formalmente, vem a recusar aplicabilidade ao ato do Poder

Público, sob alegação de conflito com critérios resultantes do texto constitucional.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, quanto a esse aspecto, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não obstante as razões que venho de expor, não vislumbro, na

decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, como resulta claro das informações prestadas pelo E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região:

“No acórdão proferido por esta 4ª Câmara constou que ‘Não se trata de concessão de reajustes salariais aos servidores municipais pelo Poder Judiciário, procedimento vedado pela Súmula 339 do STF, mas apenas de correção das distorções salariais geradas pela lei local. Com efeito, a legislação municipal descrita na r. sentença recorrida concedeu abonos em valores fixos, incorporando-os aos salários nos anos de 2003, 2004, 2005 e 2008. Isso resultou, na verdade, em instrumento para mascarar a revisão geral anual dos salários dos servidores a que se refere o artigo 37, X, da Constituição Federal, acarretando prejuízos para alguns trabalhadores que ganhavam mais, já que houve incorporação de valores iguais para todos, independentemente da faixa salarial ou de vencimentos em que se enquadravam. O próprio reclamado admite que a sua intenção era conceder reajustes salariais através da edição das leis mencionadas, ao afirmar que a ‘ajuda de custo – alimentação proposta tinha como finalidade precípua, repor a perda do poder aquisitivo do salário mercê do fenômeno inflacionário’ (fls. 113 e 264)’.

Aliás, a questão da extensão a todos os servidores públicos do reajuste que havia sido concedido a uma categoria, de forma diferenciada, já foi objeto de deliberação pelo Colendo STF no caso do reajuste de 28,86%

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 52

concedido aos militares, ocasião em que se afastou a incidência da Súmula nº 339, à semelhança do que ocorre no caso dos autos:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. REAJUSTE GERAL. ISONOMIA. SÚMULA Nº 339 DO STF. NÃO INCIDÊNCIA. 1. A interpretação da legislação local feita pelo Tribunal de Justiça estadual, no sentido de que versa a hipótese sobre revisão geral de vencimentos, e não reajuste setorial, não é passível de revisão em sede de recurso extraordinário. Precedente: RE 307.302 ED, 2ª Turma, rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 22.11.2002. 2. Ao julgar o RMS 22.307, o STF, por maioria, com fundamento na auto-aplicabilidade do art. 37, X, da CF, em sua redação original, afastar a aplicação da Súmula nº 339 para garantir a todos os servidores públicos federais o reajuste concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/93 e 8.627/93. 3. Recurso conhecido em parte e, nesta parte, improvido.’ (RE 393679, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, DJ 16-12-2005.

Demais disso, o C. TST já firmou jurisprudência a respeito da concessão de abonos em valores fixos a todos os servidores públicos de determinada Municipalidade. Confira-se:

‘AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. (…). 2. DIFERENÇAS SALARIAIS. DISTORÇÕES. LEI MUNICIPAL. Não afronta o art. 37, X, da Constituição Federal, que assegura a revisão geral anual, sem distinção de índices, decisão regional que mantém a condenação a diferenças salariais por entender que a concessão de abono em valores fixos a todos os servidores ocasionou distorções salariais. Precedentes. Agravo de instrumento conhecido e não provido.’ (Processo: AIRR – 65200-48.2009.5.15.0081, Data de Julgamento: 30/05/2012, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/06/2012).” (grifei)

Vê-se, desse modo, que o órgão apontado como reclamado não realizou qualquer exame de constitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, o que afastava a necessidade de submissão do julgamento de referida causa à Corte Especial do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Aquela Egrégia Corte Regional apenas entendeu, corretamente ou não, que referidos diplomas legais teriam concedido revisão geral anual de vencimentos aos servidores municipais, que veio a ser incorporada a suas remunerações

Cumpre assinalar, no ponto, que não transgride a autoridade da Súmula Vinculante nº 10/STF o acórdão proferido por órgão fracionário que, sem invocar nas razões conflito entre ato do Poder Público e critérios resultantes do texto constitucional, limita-se a interpretar normas de direito local.

Cabe ter presente, por relevante, que o Plenário desta Corte, defrontando-se com idêntica situação jurídica, enfatizou que a discussão da matéria ora em exame envolve típica hipótese de interpretação de normas locais, circunstância esta que descaracteriza o alegado desrespeito ao enunciado da Súmula Vinculante nº 10/STF:

“RECLAMAÇÃO – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO – INADEQUAÇÃO. Descabe evocar o teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo quando a decisão proferida se mostra restrita a interpretação de normas locais sem ser apontado conflito com a Constituição Federal.”

(Rcl 13.478-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei) Vale ressaltar, ainda, que o entendimento ora exposto na presente

decisão tem sido observado no âmbito desta Suprema Corte, como o evidenciam julgamentos proferidos pelo eminente Ministro RICARDO LEWANDOWSKI na Rcl 13.388/SP e na Rcl 13.655/SP, v.g., de que é Relator.

Impende destacar, finalmente, um outro aspecto, que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade jurídico-processual de emprego da reclamação.

Refiro-me ao fato de que a reclamação não pode ser utilizada como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Com efeito, tal como já referido, a reclamação – constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................................................................III - Reclamação improcedente.

IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei) “Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei) “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – grifei) “O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Sendo assim, em face das razões expostas e considerados, ainda,

os recentíssimos precedentes firmados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (Rcl 13.478-AgR/SP e Rcl 14.185-AgR/SP, ambos da relatoria do eminente Ministro MARCO AURÉLIO), nego seguimento à presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR nº 0175500- -14.2008.5.15.0081) e ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Recurso Ordinário nº 0175500-14.2008.5.15.0081).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 14.297 (312)ORIGEM :PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECLTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : GUSTAVO DESTRI TENORIO E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TERCEIRO VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROINTDO.(A/S) : RONALDO DE OLIVEIRA SILVAADV.(A/S) : ROBINSON ROMANCINI

DECISÃORECLAMAÇÃO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ART. 543-A, § 5º,

DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ALEGADA USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ATO RECLAMADO: DECISÃO MONOCRÁTICA. NECESSIDADE DE MANIFESTAÇÃO DO COLEGIADO. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. REMESSA AO ÓRGÃO JURISDICIONAL RECLAMADO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 53

Relatório1. Reclamação ajuizada por Caixa de Previdência dos Funcionários

do Banco do Brasil - Previ, em 6.8.2012, contra decisão proferida pelo Terceiro Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que, no Processo n. 0251730-15.2010.8.19.0001, teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal.

2. A decisão impugnada tem o teor seguinte:“O parágrafo 1° do artigo 557 do CPC, no qual se apoia a agravante,

dispõe que da decisão de que trata o caput (decisão do relator que negar seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior), caberá agravo, em cinco dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, devendo ser apresentado em mesa, na hipótese de não se retratar o relator Por sua vez, os artigos 200 e seguintes do Regimento Interno deste Tribunal referem-se ao recurso extremo, destinado à revisão de decisão passível de análise , ainda que em momento ulterior, por órgão colegiado .

Contudo, as decisões proferidas por esta Terceira Vice-Presidência, no exercício das funções que lhe são delegadas pelo Presidente deste Tribunal de Justiça, nos termos do artigo 33, II, do CODJERJ- " deferir ou indeferir o seguimento de recursos especiais e extraordinários, resolvendo os incidentes que se suscitarem" -, como na hipótese dos autos, não guardam qualquer relação com aquela a que se refere o artigo 557, caput do Código de Processo Civil, tampouco comportam revisão por qualquer órgão julgador deste Tribunal de Justiça, notadamente seu Órgão Especial, no sentido dos artigos 226, do CODJERJ, reproduzido no artigo 200, do Regimento Interno deste Tribunal. Acrescente-se que o artigo 3°, II, "c" do mesmo Regimento dispõe que compete ao Órgão Especial julgar os recursos contra decisões proferidas pelo Presidente ou pelos Vice-Presidente s, tão somente, nos feitos de sua competência.

Ressalte-se que o parágrafo único, do referido artigo 226, do CODJERJ, estabelece não ser cabível o recurso de que cuida o caput em relação às decisões proferidas pela Terceira Vice-Presidência nos processos judiciais, somente se admitindo sua interposição quando se tratar da hipótese prevista no inciso IV; do artigo 33, do mesmo diploma legal - não sendo este o caso dos autos.

Pelo exposto, deixo de conhecer do agravo interno de fls. 1035/1044."

É contra a negativa de processamento do agravo interno no recurso extraordinário com agravo que a Previ ajuíza a presente reclamação.

3. A Reclamante alega que “a inadmissão do Recurso Extraordinário partiu de premissa equivocada, uma vez que o recurso paradigma em que houve o reconhecimento de ausência de repercussão geral trata de matéria absolutamente diversa daquela tratada nos presentes autos.”

Afirma que, “conforme já pacificado na jurisprudência deste STF, quando a Decisão proferida em Juízo de admissibilidade de Recurso Extraordinário na origem aplica equivocadamente os artigos 543 e seguintes do CPC a partir de errôneo enquadramento do caso na jurisprudência dos tribunais superiores, é cabível Agravo Interno diretamente no Tribunal de origem.”

Requer “seja julgada procedente a presente reclamação constitucional determinando-se a cassação da decisão exorbitante para que o Agravo Interno desconhecido siga o trâmite determinado por este STF.”

4. Em 15.8.2012, requisitei informações e determinei vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

5. Em 17.9.2012, a Secretaria deste Supremo Tribunal certificou que “decorreu o prazo sem que fossem prestadas as informações solicitadas ao Terceiro Vice- Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.”

6. Em 23.8.2013, o Procurador-Geral da República opinou pelo não conhecimento da reclamação e a devolução do processo ao Tribunal de origem:

“Reclamação. Não conhecimento, pelo juízo de origem, de agravo regimental interposto da negativa de seguimento a recurso extraordinário. Necessidade de análise, pelo órgão colegiado, da decisão que aplicou a sistemática da repercussão geral. Matéria a ser resolvida na instância de origem, nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Parecer pelo não conhecimento da reclamação e pela devolução dos autos ao juízo de origem, para que o órgão colegiado competente aprecie o recurso da parte interessada.”

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO. 7. Em 19.11.2009, ao resolver questão de ordem suscitada no Agravo

de Instrumento 760.358, Relator o Ministro Gilmar Mendes, o Plenário deste Supremo Tribunal assentou a necessidade de manifestação do Colegiado a quo sobre eventual equívoco apontado na aplicação do instituto da repercussão geral, pelo que determinou a devolução do recurso à origem para que fosse apreciado como agravo regimental.

Esse mesmo procedimento foi adotado no julgamento das Reclamações n. 7.569 e 7.547, ajuizadas em circunstâncias idênticas, determinando-se sua remessa ao órgão jurisdicional prolator do ato reclamado para que as processasse como agravo regimental. Foram fundamentos da decisão:

“RECLAMAÇÃO. SUPOSTA APLICAÇÃO INDEVIDA PELA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE ORIGEM DO INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL. DECISÃO PROFERIDA PELO PLENÁRIO DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.336-RG/RO. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DE AFRONTA À SÚMULA STF 727. INOCORRÊNCIA. 1. Se não houve juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, não é cabível a interposição do agravo de instrumento previsto no art. 544 do Código de Processo Civil, razão pela qual não há que falar em afronta à Súmula STF 727. 2. O Plenário desta Corte decidiu, no julgamento da Ação Cautelar 2.177-MC-QO/PE, que a jurisdição do Supremo Tribunal Federal somente se inicia com a manutenção, pelo Tribunal de origem, de decisão contrária ao entendimento firmado no julgamento da repercussão geral, nos termos do § 4º do art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Fora dessa específica hipótese não há previsão legal de cabimento de recurso ou de outro remédio processual para o Supremo Tribunal Federal. 4. Inteligência dos arts. 543-B do Código de Processo Civil e 328-A do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Possibilidade de a parte que considerar equivocada a aplicação da repercussão geral interpor agravo interno perante o Tribunal de origem. 6. Oportunidade de correção, no próprio âmbito do Tribunal de origem, seja em juízo de retratação, seja por decisão colegiada, do eventual equívoco. 7. Não-conhecimento da presente reclamação e cassação da liminar anteriormente deferida. 8. Determinação de envio dos autos ao Tribunal de origem para seu processamento como agravo interno. 9. Autorização concedida à Secretaria desta Suprema Corte para proceder à baixa imediata desta Reclamação” (Rcl 7.569/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Plenário, DJe 11.12.2009, grifos nossos).

Em seu voto, a Ministra Relatora registrou:“Poder-se-ia teorizar que, para a correção do erro de aplicação da

decisão desta Suprema Corte ao processo sobrestado na origem, cabível seria a reclamação prevista no art. 102, I, l, da Constituição Federal. Entendo, todavia, não ser o caso, uma vez que a competência desta Corte somente estará desrespeitada no caso de uma indevida retenção do recurso extraordinário ou do agravo de instrumento sem que o Tribunal de origem realize a necessária retratação, nos termos do art. 543-B, § 3º, do CPC. Além disso, também não estaria sendo descumprida qualquer decisão emanada deste Supremo Tribunal.

Penso não ser adequada a ampliação da utilização da reclamação para correção de equívocos na aplicação da jurisprudência desta Corte aos processos sobrestados na origem. (...)

A análise individualizada da aplicação da jurisprudência firmada por esta Corte no âmbito da repercussão geral acarretará um drástico aumento do número de reclamações a serem apreciadas neste Supremo Tribunal, o que certamente não estará em harmonia com o objetivo pretendido com a criação do requisito da repercussão geral. (...)

Todavia, as partes não podem ficar à mercê de indevidas aplicações do salutar instituto da repercussão geral. É preciso que o Tribunal, desde já, sinalize ao sistema judiciário a fórmula para solução desses impasses.

Afigura-se claro que o manejo da reclamação é incabível porque não configurada nem a usurpação de competência, nem o desrespeito a decisão deste Tribunal, além de provocar manifestação do STF antes que sua jurisdição seja inaugurada. Além disso, traria o indesejável efeito colateral de ordem prática de abrir as portas do Tribunal a cada decisão nos Tribunais de origem que aplique nossa classificação positiva ou negativa de existência de repercussão geral.

Tendo em vista a ausência de outro meio eficaz para a correção da aplicação da jurisprudência firmada neste Plenário, concluo que o agravo interno a ser interposto no Tribunal de origem contra o ato da presidência que haja erroneamente classificado o caso concreto há de ser o instrumento adequado a ser utilizado. Este instrumento recursal possibilitará a correção, na via do juízo de retratação, ou por decisão colegiada.

5. Por essas razões, não conheço da presente reclamação, casso a liminar anteriormente deferida e determino o envio dos autos ao Tribunal de origem para o seu processamento como agravo interno” (DJe 11.12.2009, grifos nossos).

Assim, a despeito do descabimento da reclamação para se questionar a adequação do caso concreto ao que decidido no Recurso Extraordinário n. 590.005 e da inocorrente usurpação da competência deste Supremo Tribunal pela autoridade reclamada, adoto o entendimento sedimentado a partir do julgamento da Agravo de Instrumento 760.358-QO e das Reclamações n. 7547 e 7.569.

8. Pelo exposto, nego seguimento a esta reclamação (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento 760.358 e das Reclamações n. 7547 e 7.569, determino a remessa desta reclamação ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, para que a processe como agravo interno, julgando-o como de direito.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECLAMAÇÃO 14.398 (313)ORIGEM : RO - 01744200808115000 - TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 54

RECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE MATÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ESTEFÂNIA COLOMBO RECHEADV.(A/S) : JOÃO SIGRI FILHO

DECISÃO: Trata-se de reclamação ajuizada pelo Município de Matão/SP, na qual se sustenta que o acórdão proferido pela Sexta Câmara do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário nº 0174400-24.2008.5.15.0081, teria transgredido o enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF, que possui o seguinte teor:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.” (grifei)

Sendo esse o contexto, cabe assinalar, preliminarmente, que o exame dos fundamentos subjacentes à presente causa leva-me a reconhecer a inexistência, na espécie, de situação caracterizadora de desrespeito ao enunciado constante da Súmula Vinculante nº 10/STF.

É importante registrar, por necessário, que referida Súmula Vinculante foi aprovada em razão da orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise:

“I. Controle de constitucionalidade: reserva de plenário e quorum qualificado (Constituição, art. 97): aplicação não apenas à declaração em via principal, quanto à declaração incidente de inconstitucionalidade, para a qual, aliás, foram inicialmente estabelecidas as exigências.

II. Controle de constitucionalidade; reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição.”

(RE 240.096/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE)Cabe acentuar que o Supremo Tribunal Federal, em sua

jurisprudência (RE 432.597-AgR/SP e AI 473.019-AgR/SP, ambos relatados pelo Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE), considera “declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que – embora sem o explicitar – afasta a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei).

Na realidade, esta Suprema Corte tem entendido equivaler, à própria declaração de inconstitucionalidade, o julgamento que, sem declará-la, explícita e formalmente, vem a recusar aplicabilidade ao ato do Poder Público, sob alegação de conflito com critérios resultantes do texto constitucional.

Como se sabe, a inconstitucionalidade de qualquer ato estatal só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de absoluta nulidade da decisão emanada do órgão fracionário (Turma, Câmara ou Seção).

É preciso ter presente, quanto a esse aspecto, que o respeito ao postulado da reserva de plenário – consagrado pelo art. 97 da Constituição (e introduzido, em nosso sistema de direito constitucional positivo, pela Constituição de 1934) – atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração jurisdicional de inconstitucionalidade dos atos do Poder Público, consoante adverte o magistério da doutrina (LÚCIO BITTENCOURT, “O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis”, p. 43/46, 2ª ed., 1968, Forense; MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO, “Comentários à Constituição Brasileira de 1988”, vol. 2/209, 1992, Saraiva; ALEXANDRE DE MORAES, “Constituição do Brasil Interpretada”, p. 1.424/1.440, 6ª ed., 2006, Atlas; JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Curso de Direito Constitucional Positivo”, p. 50/52, item n. 14, 27ª ed., 2006, Malheiros; UADI LAMMÊGO BULOS, “Constituição Federal Anotada”, p. 939/943, 5ª ed., 2003, Saraiva; LUÍS ROBERTO BARROSO, “O Controle de Constitucionalidade no Direito Brasileiro”, p. 77/81, itens ns. 3.2 e 3.3, 2004, Saraiva; ZENO VELOSO, “Controle Jurisdicional de Constitucionalidade”, p. 50/51, item n. 41, 1999, Cejup; OSWALDO LUIZ PALU, “Controle de Constitucionalidade”, p. 122/123 e 276/277, itens ns. 6.7.3 e 9.14.4, 2ª ed., 2001, RT, v.g.).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, por sua vez, tem reiteradamente proclamado que a desconsideração do princípio em causa gera, como inevitável efeito consequencial, a nulidade absoluta da decisão judicial colegiada que, emanando de órgão meramente fracionário, haja declarado a inconstitucionalidade de determinado ato estatal (RTJ 58/499 – RTJ 71/233 – RTJ 110/226 – RTJ 117/265 – RTJ 135/297) ou, então, “embora sem o explicitar”, haja afastado “a incidência da norma ordinária pertinente à lide, para decidi-la sob critérios diversos alegadamente extraídos da Constituição” (RTJ 169/756-757, v.g.).

As razões subjacentes à formulação do postulado constitucional do “full bench”, excelentemente identificadas por MARCELLO CAETANO (“Direito Constitucional”, vol. II/417, item n. 140, 1978, Forense), justificam a advertência dos Tribunais, cujos pronunciamentos – enfatizando os propósitos teleológicos visados pelo legislador constituinte – acentuam que “A inconstitucionalidade de lei ou ato do poder público só pode ser decretada

pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, em sessão plena” (RF 193/131 – RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217).

Não se pode perder de perspectiva, por isso mesmo, o magistério jurisprudencial desta Suprema Corte, cujas decisões assinalam a alta significação político-jurídica de que se reveste, em nosso ordenamento positivo, a exigência constitucional da reserva de plenário:

“Nenhum órgão fracionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de plenário inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fracionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não obstante as razões que venho de expor, não vislumbro, na

decisão de que ora se reclama, a existência de qualquer juízo, ostensivo ou disfarçado, de inconstitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, como resulta claro das informações prestadas pelo E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região:

“No acórdão proferido por esta 4ª Câmara constou que ‘Não se trata de concessão de reajustes salariais aos servidores municipais pelo Poder Judiciário, procedimento vedado pela Súmula 339 do STF, mas apenas de correção das distorções salariais geradas pela lei local. Com efeito, a legislação municipal descrita na r. sentença recorrida concedeu abonos em valores fixos, incorporando-os aos salários nos anos de 2003, 2004, 2005 e 2008. Isso resultou, na verdade, em instrumento para mascarar a revisão geral anual dos salários dos servidores a que se refere o artigo 37, X, da Constituição Federal, acarretando prejuízos para alguns trabalhadores que ganhavam mais, já que houve incorporação de valores iguais para todos, independentemente da faixa salarial ou de vencimentos em que se enquadravam. O próprio reclamado admite que a sua intenção era conceder reajustes salariais através da edição das leis mencionadas, ao afirmar que a ‘ajuda de custo – alimentação proposta tinha como finalidade precípua, repor a perda do poder aquisitivo do salário mercê do fenômeno inflacionário’ (fls. 113 e 264)’.

Aliás, a questão da extensão a todos os servidores públicos do reajuste que havia sido concedido a uma categoria, de forma diferenciada, já foi objeto de deliberação pelo Colendo STF no caso do reajuste de 28,86% concedido aos militares, ocasião em que se afastou a incidência da Súmula nº 339, à semelhança do que ocorre no caso dos autos:

‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. REAJUSTE GERAL. ISONOMIA. SÚMULA Nº 339 DO STF. NÃO INCIDÊNCIA. 1. A interpretação da legislação local feita pelo Tribunal de Justiça estadual, no sentido de que versa a hipótese sobre revisão geral de vencimentos, e não reajuste setorial, não é passível de revisão em sede de recurso extraordinário. Precedente: RE 307.302 ED, 2ª Turma, rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 22.11.2002. 2. Ao julgar o RMS 22.307, o STF, por maioria, com fundamento na auto-aplicabilidade do art. 37, X, da CF, em sua redação original, afastar a aplicação da Súmula nº 339 para garantir a todos os servidores públicos federais o reajuste concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/93 e 8.627/93. 3. Recurso conhecido em parte e, nesta parte, improvido.’ (RE 393679, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, DJ 16-12-2005.

Demais disso, o C. TST já firmou jurisprudência a respeito da concessão de abonos em valores fixos a todos os servidores públicos de determinada Municipalidade. Confira-se:

‘AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. (…). 2. DIFERENÇAS SALARIAIS. DISTORÇÕES. LEI MUNICIPAL. Não afronta o art. 37, X, da Constituição Federal, que assegura a revisão geral anual, sem distinção de índices, decisão regional que mantém a condenação a diferenças salariais por entender que a concessão de abono em valores fixos a todos os servidores ocasionou distorções salariais. Precedentes. Agravo de instrumento conhecido e não provido.’ (Processo: AIRR – 65200-48.2009.5.15.0081, Data de Julgamento: 30/05/2012, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/06/2012).” (grifei)

Vê-se, desse modo, que o órgão apontado como reclamado não realizou qualquer exame de constitucionalidade das Leis municipais nºs 3.239/02, 3.245/03, 3.387/03, 3.479/04, 3.559/04 ou 3.835/07, o que afastava a necessidade de submissão do julgamento de referida causa à Corte Especial do E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Aquela Egrégia Corte Regional apenas entendeu, corretamente ou não, que referidos diplomas legais teriam concedido revisão geral anual de vencimentos aos servidores municipais, que veio a ser incorporada a suas remunerações

Cumpre assinalar, no ponto, que não transgride a autoridade da Súmula Vinculante nº 10/STF o acórdão proferido por órgão fracionário que, sem invocar nas razões conflito entre ato do Poder Público e critérios resultantes do texto constitucional, limita-se a interpretar normas de direito

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 55

local.Cabe ter presente, por relevante, que o Plenário desta Corte,

defrontando-se com idêntica situação jurídica, enfatizou que a discussão da matéria ora em exame envolve típica hipótese de interpretação de normas locais, circunstância esta que descaracteriza o alegado desrespeito ao enunciado da Súmula Vinculante nº 10/STF:

“RECLAMAÇÃO – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA DO SUPREMO – INADEQUAÇÃO. Descabe evocar o teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula do Supremo quando a decisão proferida se mostra restrita a interpretação de normas locais sem ser apontado conflito com a Constituição Federal.”

(Rcl 13.478-AgR/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – grifei) Vale ressaltar, ainda, que o entendimento ora exposto na presente

decisão tem sido observado no âmbito desta Suprema Corte, como o evidenciam julgamentos proferidos pelo eminente Ministro RICARDO LEWANDOWSKI na Rcl 13.388/SP e na Rcl 13.655/SP, v.g., de que é Relator.

Impende destacar, finalmente, um outro aspecto, que, assinalado em sucessivas decisões desta Corte, afasta a possibilidade jurídico-processual de emprego da reclamação.

Refiro-me ao fato de que a reclamação não pode ser utilizada como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto desta Suprema Corte.

Com efeito, tal como já referido, a reclamação – constitucionalmente vocacionada a cumprir a dupla função a que alude o art. 102, I, “l”, da Carta Política (RTJ 134/1033) – não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual, consoante adverte a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“(...) - O remédio constitucional da reclamação não pode ser utilizado como um (inadmissível) atalho processual destinado a permitir, por razões de caráter meramente pragmático, a submissão imediata do litígio ao exame direto do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. (...).”

(Rcl 6.534-AgR/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno)“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. A RECLAMAÇÃO

NÃO É SUCEDÂNEO DE RECURSO PRÓPRIO. RECURSO IMPROVIDO.I - A reclamação constitucional não pode ser utilizada como

sucedâneo de recurso próprio para conferir eficácia à jurisdição invocada nos autos da decisão de mérito.

.......................................................................................................III - Reclamação improcedente.IV - Agravo regimental improvido.”(Rcl 5.684-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – grifei) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECLAMAÇÃO.

CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE ARGUMENTOS NOVOS. RECLAMAÇÃO UTILIZADA COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

.......................................................................................................3. O instituto da Reclamação não se presta para substituir recurso

específico que a legislação tenha posto à disposição do jurisdicionado irresignado com a decisão judicial proferida pelo juízo ‘a quo’.

.......................................................................................................5. Agravo regimental não provido.”(Rcl 5.465-ED/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei) “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO: NÃO É

SUCEDÂNEO DE RECURSO OU DE AÇÃO RESCISÓRIA.I. - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo de

recurso ou de ação rescisória.II. - Reclamação não conhecida.”(RTJ 168/718, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, Pleno – grifei) “Não cabe reclamação destinada a invalidar decisão de outro

Tribunal, que haja porventura divergido da jurisprudência do Supremo Tribunal, firmada no julgamento de causa diferente, mesmo em se tratando de controvérsias de porte constitucional.

Também não é a reclamação instrumento idôneo de uniformização de jurisprudência, tampouco sucedâneo de recurso ou rescisória, não utilizados tempestivamente pelas partes.”

(Rcl 724-AgR/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, Pleno – grifei) “AGRAVO REGIMENTAL. RECLAMAÇÃO. AFRONTA À DECISÃO

PROFERIDA NA ADI 1662-SP. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE IDENTIDADE OU SIMILITUDE DE OBJETOS ENTRE O ATO IMPUGNADO E A EXEGESE DADA PELO TRIBUNAL.

.......................................................................................................A questão da responsabilidade do Estado pelas dívidas da instituição

financeira estatal revela tema afeto ao processo de execução que tramita na Justiça do Trabalho, não guardando pertinência com o objeto da presente ação. A reclamação não pode servir de sucedâneo de outros recursos ou ações cabíveis.”

(Rcl 1.852-AgR/RN, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – grifei) “O despacho acoimado de ofender a autoridade da decisão do

Supremo Tribunal Federal negou seguimento, por razões processuais

suficientes, ao recurso ordinário interposto contra acórdão em mandado de segurança. Por esse fundamento não é cabível reclamação, eis que a decisão da Corte Maior não cuida da matéria.

.......................................................................................................A reclamação não pode servir de sucedâneo de recursos e ações

cabíveis, como decidiu esse Plenário nas Rcl Ag.Rg 1852, relator Maurício Correa e Rcl Ag.Rg. 724, rel. Min. Octavio Gallotti. (...).”

(Rcl 1.591/RN, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Sendo assim, em face das razões expostas e considerados, ainda,

os recentíssimos precedentes firmados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (Rcl 13.478-AgR/SP e Rcl 14.185-AgR/SP, ambos da relatoria do eminente Ministro MARCO AURÉLIO), nego seguimento à presente reclamação, tornando sem efeito, em consequência, a medida liminar anteriormente deferida.

Comunique-se, com urgência, transmitindo-se cópia da presente decisão ao E. Tribunal Superior do Trabalho (AIRR nº 174400- -24.2008.5.15.0081) e ao E. Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Recurso Ordinário nº 0174400-24.2008.5.15.0081).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 14.972 (314)ORIGEM :PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃOINTDO.(A/S) : DANIEL DE CARVALHO SANTOSADV.(A/S) : FRANCISCA AIRES DE LIMA LEITEINTDO.(A/S) : FIANCA EMPRESA DE SEGURANCA LTDAINTDO.(A/S) : VIPASA VIGILÂNCIA PATRIMONIAL ARMADA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECLAMAÇÃO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE

CONSTITUCIONALIDADE Nº 16 – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA – ARTIGO 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/93 – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.

1. Ao deferir o pedido de liminar, assim me pronunciei:RECLAMAÇÃO – AFASTAMENTO DE PRECEITO LEGAL –

AUSÊNCIA DE INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Nº 16 - LIMINAR DEFERIDA.

1. O Distrito Federal articula com o desrespeito ao acórdão do Supremo prolatado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF e ao teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula. Visa anular o acordão formalizado no Recurso Ordinário n° 02073-2011-006-10-00-0-RO, pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, por meio do qual restou afastada a vigência do § 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93, considerada a jurisprudência consolidada no item IV do Enunciado nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho.

Requer a concessão de medida acauteladora para suspender, até o julgamento final desta reclamação, a tramitação do processo trabalhista. No mérito, busca ver cassado o acórdão questionado, de modo a garantir a autoridade do pronunciamento formalizado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF e do teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula.

2. Nota-se haver sido afastado o § 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93, no que exclui a responsabilidade solidária da tomadora dos serviços.

Saliento que, em 24 de novembro de 2010, o Plenário do Supremo julgou procedente o pedido formulado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF e assentou a harmonia do citado parágrafo com a Constituição Federal.

3. Defiro a liminar para suspender, até a decisão final desta reclamação, a eficácia do acordão formalizado pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, no Recurso Ordinário n° 02073-2011-006-10-00-0-RO, em relação ao reconhecimento de responsabilidade subsidiária do Distrito Federal.

4. Deem ciência, via postal, desta reclamação aos interessados e solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

5. Publiquem.A Procuradoria Geral da República opina pela improcedência do

pedido.2. Considerado o Verbete nº 331 da Súmula do Tribunal Superior do

Trabalho, partiu-se para a responsabilidade objetiva do Poder Público, presente preceito que não versa essa responsabilidade, porque não há o ato do agente público a causar prejuízo a terceiros, que são os prestadores dos serviços. Mostra-se descabida a pretensão de reconhecimento de obrigação subsidiária do Poder Público quando arregimenta mão de obra, mediante prestadores de serviços, em razão do inadimplemento da contratada. Tal é o

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 56

entendimento do Supremo, formalizado no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF, dotado, portanto, de eficácia vinculante.

3. Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado nesta reclamação para cassar o acórdão proferido pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, no Recurso Ordinário n° 02073-2011-006-10-00-0-RO, em relação ao reconhecimento de responsabilidade subsidiária do Distrito Federal.

4. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.978 (315)ORIGEM : PROC - 1302000720115170004 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 17º REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE VITÓRIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17ª REGIÃOINTDO.(A/S) : RODRIGO OLIVEIRA DOS SANTOSADV.(A/S) : JAYME FERNANDES JÚNIOR E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CJF VIGILÂNCIA LTDAADV.(A/S) : ORCY PIMENTA ROCIO

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Vitória como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 14.979 (316)ORIGEM : AIRR - 8401020115040512 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : CLAUDIA BEATRIZ PASQUALETTO PICCINADV.(A/S) : RAFAEL MARANGON ORSOINTDO.(A/S) : COMTAU - COOPERATIVA MISTA DOS

TRABALHADORES AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI LTDA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃORECLAMAÇÃO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE

CONSTITUCIONALIDADE Nº 16 – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA – ARTIGO 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/93 – PROCEDÊNCIA DO PEDIDO.

1. Ao deferir o pedido de liminar, assim me pronunciei:RECLAMAÇÃO – AFASTAMENTO DE PRECEITO LEGAL –

AUSÊNCIA DE INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE – VERBETE VINCULANTE Nº 10 DA SÚMULA – LIMINAR DEFERIDA.

1. O Município de Bento Gonçalves articula com o desrespeito ao acórdão do Supremo prolatado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF e ao teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula. Visa anular o acórdão formalizado no Agravo de Instrumento em Recurso de Revista nº TST-AIRR-840-10.2011.5.04.0512, pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por meio do qual restou afastada a vigência do § 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93, considerada a jurisprudência consolidada no item IV do Enunciado nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho.

Requer a concessão de medida acauteladora para suspender, até o julgamento final desta reclamação, a tramitação do processo trabalhista. No mérito, busca ver cassado o acórdão questionado, de modo a garantir a autoridade do pronunciamento formalizado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF e do teor do Verbete Vinculante nº 10 da Súmula.

2. Nota-se haver sido afastado o § 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93, no que exclui a responsabilidade solidária da tomadora dos serviços.

Saliento que, em 24 de novembro de 2010, o Plenário do Supremo julgou procedente o pedido formulado na Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF e assentou a harmonia do citado parágrafo com a Constituição Federal.

3. Defiro a liminar para suspender, até a decisão final desta reclamação, a eficácia do acórdão formalizado pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, no Agravo de Instrumento em Recurso de Revista nº TST-AIRR-840-10.2011.5.04.0512, em relação ao reconhecimento de responsabilidade subsidiária do Município de Bento Gonçalves.

4. Deem ciência, via postal, desta reclamação aos interessados e solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

5. Publiquem.A Procuradoria Geral da República opina pela improcedência do

pedido.2. Considerado o Verbete nº 331 da Súmula do Tribunal Superior do

Trabalho, partiu-se para a responsabilidade objetiva do Poder Público, presente preceito que não versa essa responsabilidade, porque não há o ato do agente público a causar prejuízo a terceiros, que são os prestadores dos serviços. Mostra-se descabida a pretensão de reconhecimento de obrigação subsidiária do Poder Público quando arregimenta mão de obra, mediante prestadores de serviços, em razão do inadimplemento da contratada. Tal é o entendimento do Supremo, formalizado no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16/DF, dotado, portanto, de eficácia vinculante.

3. Ante o exposto, julgo procedente o pedido formulado nesta reclamação para cassar o acórdão proferido pela Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, no Agravo de Instrumento em Recurso de Revista nº TST-AIRR-840-10.2011.5.04.0512, em relação ao reconhecimento de responsabilidade subsidiária do Município de Bento Gonçalves.

4. Publiquem.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.014 (317)ORIGEM : PROC - 02007002320095150102 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE TAUBATÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOSIANE ROSA DA SILVAADV.(A/S) : LUCIO ROBERTO FALCEINTDO.(A/S) : ACERT - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDA - EPPADV.(A/S) : FERNANDA MARA PEREIRA DE TOLEDO

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Taubaté como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 57: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 57

firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.087 (318)ORIGEM : RO - 00010993420105150059 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE TAUBATÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BENEDITO HENRIQUE CONGOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SHEKINAH CONSTRUTORA LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PINDAMONHANGABAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

PINDAMONHANGABA

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Taubaté como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.099 (319)ORIGEM : RO - 0009650820105150091 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPPROC.(A/S)(ES) : PAULO MURILO SOARES DE ALMEIDARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : WILLIAN RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : JANETE DA SILVA SALVESTROINTDO.(A/S) : PERSONAL SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDAADV.(A/S) : MAURICE FERRARI

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a

possibilidade de condenação da Universidade de São Paulo como responsável subsidiária por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.101 (320)ORIGEM : PROC - 14779520105040511 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : TAMIRES DE MELOADV.(A/S) : JANETE C MEZZOMO ZONATTO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : COMTAU - COOPERATIVA MISTA DE

TRABALHADORES AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI LTDA

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Bento Gonçalves como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 58: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 58

Relator Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.334 (321)ORIGEM :PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPPROC.(A/S)(ES) : RICCARDO FRAGA NAPOLI E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : DOMINGAS DE OLIVEIRA SANTOSADV.(A/S) : OVÍDIO SÁTOLO E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : PROVAC SERVIÇOS LTDAADV.(A/S) : GESIEL DE SOUZA RODRIGUES

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação da Universidade de São Paulo como responsável subsidiária por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013..

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.357 (322)ORIGEM :PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SANDRA REGINA RIBEIRO DE MELOADV.(A/S) : ALETHEA PREVIATO COSTA E OUTRO(A/S)INTDO.(A/S) : CONTRATEBEM - SERVIÇOS ESPECIAIS LTDAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação da União como responsável subsidiária por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426

Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.363 (323)ORIGEM : RO - 00009660620105090658 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 9º REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JEFFERSON JULIANO DOS SANTOSADV.(A/S) : JORGE ANDRÉ MENEZESINTDO.(A/S) : INTERSEPT VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDAADV.(A/S) : IVO BERNARDINO CARDOSO

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação da União como responsável subsidiária por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.421 (324)ORIGEM : AIRR - 1253004020095040512 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : MARIA CONCEIÇÃO FRAGOSO DAUNHEIMERADV.(A/S) : LUCAS GUILHERME GÖTZEINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS TRABALHADORES

AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI LTDA.ADV.(A/S) : ANA MERI PAGOT

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 59

possibilidade de condenação do Município de Bento Gonçalves como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

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MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.449 (325)ORIGEM : RO - 00006365120105150008 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USPPROC.(A/S)(ES) : ALESSANDRA DE PAULA PINTO HADDAD E OUTRO(A/

S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : REGINA CÉLIA AIELLO PAULOADV.(A/S) : PAULO EDUARDO CARDOZO DE MORAESINTDO.(A/S) : HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL LTDAADV.(A/S) : CLELIA PAULA RODRIGUES

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação da Universidade de São Paulo como responsável subsidiária por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013..

Ministro Gilmar Mendes Relator

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RECLAMAÇÃO 15.941 (326)ORIGEM : ARESP - 163298 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : PATRÍCIA PEREIRA DE SANT'ANNAADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS FACIOLI CHEDID JUNIOR E

OUTRO(A/S)

DECISÃOCOMPETÊNCIA – ALÍNEA “N” DO INCISO I DO ARTIGO 102 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ALCANCE – RECLAMAÇÃO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A União aponta como ato reclamado o acórdão, proferido no Agravo em Recurso Especial nº 163.298/RS, em que a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu o direito de integrante do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de receber a ajuda de custo prevista no artigo 65, inciso I, da Lei Complementar nº 35/79.

Segundo alega, magistrada federal vinculada ao Regional ajuizou ação de cobrança visando o recebimento de ajuda de custo referente à promoção em 16 de agosto de 2007, no valor de dois subsídios, e à remoção, em 31 de março de 2009, correspondente a três subsídios. O pedido foi julgado procedente em primeira instância, havendo o Regional confirmado a sentença e aplicado multa à reclamante. Desprovidos os declaratórios, foram interpostos recursos especial e extraordinário – este último, conforme verificado, veio a ser inadmitido na origem, não tendo sido distribuído o agravo protocolado visando a respectiva sequência. No Superior Tribunal de Justiça, o relator do Agravo em Recurso Especial nº 163.298/RS negou seguimento ao recurso. Apresentado agravo regimental, foi parcialmente provido apenas para afastar a imposição, na instância ordinária, da multa estabelecida no artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil. Protocolados declaratórios, acabaram desprovidos.

Argui a usurpação da competência originária do Supremo prevista no artigo 102, inciso I, alínea “n”, da Constituição Federal ante a circunstância de o processo versar interesse de todos os membros da magistratura. Alude ao pronunciamento formalizado na Questão de Ordem na Ação Originária nº 1.569/DF, de minha relatoria, referente ao pagamento de ajuda de custo a magistrados.

Cita as decisões prolatadas nas Reclamações nº 14.697 e nº 15.440, da relatoria dos ministros Dias Toffoli e Teori Zavascki, respectivamente, e nas Reclamações nº 15.371 e nº 15.417, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Nesses processos, teria sido assentada a competência originária do Supremo para apreciar casos relativos ao pagamento de ajuda de custo a membro da magistratura.

Sob o ângulo do risco, aduz estar a Fazenda Pública na iminência de ser compelida ao pagamento de valores indevidos, de difícil repetição ante o caráter alimentar.

Requer, em sede liminar, a suspensão do ato atacado e, alfim, pretende a anulação do pronunciamento impugnado, determinando-se a vinda do processo ao Supremo.

2. Atentem para as balizas da espécie. Magistrada federal ajuizou ação, na origem, visando o recebimento de ajuda de custo por motivo de promoção e, posteriormente, remoção a pedido. A reclamante busca o reconhecimento da competência do Supremo mediante a formalização desta reclamação.

Nota-se a inexistência de interesse peculiar à magistratura, considerada a possibilidade de qualquer servidor pleitear o pagamento de ajuda de custo em razão de promoção funcional e/ou remoção. Nesse sentido, em 7 de abril de 2013, ao apreciar caso análogo – Reclamação nº 15.370 –, fiz ver:

RECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO PEDIDO.

1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A União argui usurpação da competência do Supremo pelo Juízo da

3ª Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Circunscrição Judiciária de Santa Catarina, em razão do acórdão concernente ao julgamento do Recurso Inominado nº 5016172-28.2011.404.7200.

Consoante assevera, figura como ré em demanda formalizada por juiz do trabalho objetivando o recebimento de ajuda de custo decorrente de remoção da Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região para a Vara do Trabalho de Bagé. Assinala ter sido assentado procedente o pedido, em primeira instância. Anota a interposição de recurso inominado, apontando-se a incompetência absoluta do Juízo, com base no artigo 3º, § 1º, inciso III, da Lei nº 10.259/2001, desprovido pelo Colegiado.

Articula com a usurpação da competência originária do Supremo prevista no artigo 102, inciso I, alínea n, do Diploma Maior, presente o interesse de toda a magistratura na matéria de fundo. Diz da incompetência absoluta do Colegiado local, dada a natureza funcional de que se reveste. Evoca entendimento adotado na Questão de Ordem na Ação Originária nº

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 60

1.569/DF, da relatoria de Vossa Excelência, e na Reclamação nº 14.697/AC, da relatoria do ministro Dias Toffoli.

Sob o ângulo do risco, alude ao iminente pagamento indevido resultante do cumprimento do ato reclamado, que dificilmente reverterá ao erário, ante os obstáculos próprios à repetição de verbas alimentares. Postula a suspensão liminar do pronunciamento. No mérito, requer a anulação das decisões proferidas no referido processo, determinando-se seja remetido a este Tribunal para julgamento.

O processo encontra-se concluso, visando a apreciação do pedido de medida acauteladora.

2. Os pronunciamentos do Supremo, presente o alcance da alínea n do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal, são reiterados no sentido de apenas lhe caber o julgamento de conflito de interesses quando se tratar de direito substancial exclusivo da magistratura. Está em jogo ajuda de custo em caso de remoção, instituto que, de início, pode beneficiar todo e qualquer servidor. Precedentes:

COMPETÊNCIA. CAUSA DE INTERESSE DA MAGISTRATURA. A letra n do inciso I do art. 102 da Constituição Federal, ao firmar a competência originária do STF para a causa, só se aplica quando a matéria versada na demanda diz respeito a privativo interesse da magistratura enquanto tal e não também quando interessa a outros servidores. Precedentes. Agravo improvido.

(Agravo Regimental na Reclamação nº 1.952, relatora ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgado em 19 de fevereiro de 2004, Diário da Justiça de 12 de março de 2004)

Ação originária. Reclamação trabalhista. Questão de ordem sobre competência. - Não sendo a vantagem financeira pleiteada na presente reclamação vantagem privativa da magistratura, uma vez que ela interessa também aos servidores e empregados em geral, é pertinente a jurisprudência desta Corte no sentido de que a letra "n" do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal só se aplica quando a matéria versada na causa diz respeito a privativo interesse da magistratura como tal, e não quando também interessa a outros servidores (assim, a título exemplificativo, decidiu-se na AO 33). Questão de ordem que se resolve no sentido de que esta Corte é incompetente para julgar em instância única a presente reclamação, sendo competente para julgá-la no primeiro grau de jurisdição a Junta de origem, à qual devem ser restituídos os autos.

(Questão de Ordem na Ação Originária nº 230, relator ministro Moreira Alves, Tribunal Pleno, julgado em 17 de março de 1999, Diário da Justiça de 14 de maio de 1999)

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.3. Em razão do exposto, nego seguimento ao pleito veiculado.4. Publiquem.Brasília – residência –, 14 de setembro de 2013, às 11h30.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 15.944 (327)ORIGEM : PROC - 50051033520124047209 - JUIZ FEDERAL DA 4º

REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL

CÍVEL DE JARAGUÁ DO SULADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : ADRIANO VITALINO DOS SANTOSADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃOCOMPETÊNCIA – ALÍNEA “N” DO INCISO I DO ARTIGO 102 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ALCANCE – RECLAMAÇÃO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A União formaliza reclamação em virtude da sentença proferida na Ação nº 5005103-35.2012.404.7209 pelo Juizado Especial Federal de Jaraguá do Sul/SC, na qual foi reconhecido a juiz federal o direito de receber o auxílio-moradia de que trata o artigo 227, inciso VIII, da Lei Complementar nº 75/93, considerada a simetria constitucional entre as carreiras do Ministério Público e da magistratura. Informa ter interposto recurso inominado, pendente de julgamento.

Alega a usurpação da competência originária do Supremo, prevista no artigo 102, inciso I, alínea “n”, da Carta da República. Cita mudança de entendimento do Tribunal, que teria passado a admitir a existência de interesse de toda a magistratura em casos semelhantes. Faz referência à decisão concernente à Questão de Ordem na Ação Originária nº 1.569, de minha relatoria, alusiva ao pagamento de ajuda de custo para remoção de magistrado. Evoca outros precedentes.

Sob o ângulo do risco, aponta estar sendo compelida ao pagamento de valores indevidos, de difícil ressarcimento em razão da natureza alimentar. Requer a concessão de medida acauteladora para suspender-se o processo na origem. Alfim, busca a proclamação da nulidade do ato reclamado, determinando-se a remessa do processo ao Supremo.

2. Observem a excepcionalidade da adequação de caso à alínea “n” do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal. Pronunciamentos reiterados do Tribunal são no sentido de ressaltar que deve haver o interesse peculiar da magistratura ou situação concreta em que comprometida a independência dos órgãos julgadores.

Na espécie, discute-se o direito de magistrado ao auxílio-alimentação presente o que assegurado a integrantes do Ministério Público. Então, não se faz em jogo pretenso direito exclusivo da magistratura. Por outro lado, não se pode, ante as balizas subjetivas do processo em que estampada a ação ajuizada, cogitar de interesse abrangente a tornar impedidos os juízes que atuam nas instâncias de origem.

Está-se diante de situação jurídica que deve, quanto ao conflito, observar a organicidade do Direito, chegando-se, se for o caso, por via recursal, ao Supremo. Na Questão de Ordem na Ação Originária nº 1.569, levou-se em conta o fato de se tratar de ação coletiva proposta pela Associação dos Juízes Federais da 1ª Região – AJUFER. A não se compreender de forma estrita a competência prevista na citada alínea “n”, ter-se-á o deslocamento para o Supremo de toda e qualquer ação em que se mostre interessado magistrado.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília – residência –, 14 de setembro de 2013, às 17h40.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.958 (328)ORIGEM :PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : VIVALDIR DUTRAADV.(A/S) : DAIANE DA SILVA RUDOLPH E OUTRO(A/S)

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Bento Gonçalves como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.153 (329)ORIGEM : RTOrd - 00008114220105150009 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE TAUBATÉADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : KATIUSCIA APARECIDA DA SILVAADV.(A/S) : LUCIO ROBERTO FALCE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 61: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 61

INTDO.(A/S) : ACERT - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDAADV.(A/S) : FERNANDA MARA PEREIRA DE TOLEDO

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Taubaté como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 16.169 (330)ORIGEM : PROC - 05029520920134058100 - JUIZ FEDERAL DA 3º

REGIÃOPROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 26.ª VARA DOS JUIZADOS

ESPECIAIS FEDERAIS DO CEARÁADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : SÉRGIO DE NORÕES MILFONT JÚNIORADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃOCOMPETÊNCIA – ALÍNEA “N” DO INCISO I DO ARTIGO 102 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ALCANCE – RECLAMAÇÃO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.

1. A União afirma haver o Juízo da 26ª Vara dos Juizados Especiais Federais do Ceará usurpado a competência do Supremo ao prolatar, no Processo nº 0502952-09.2013.4.05.8100, sentença condenando-a a restituir os valores descontados do subsídio de magistrado federal a título de custeio do plano de auxílio pré-escolar. Contra o pronunciamento anota ter interposto embargos declaratórios, os quais foram desprovidos.

Sustenta caber ao Supremo a apreciação da controvérsia ante o disposto no artigo 102, inciso I, alínea “n”, da Carta da República, presente interesse de toda a magistratura. Cita o acórdão concernente à Questão de Ordem na Ação Originária nº 1.569, de minha relatoria. Menciona as decisões proferidas nas Reclamações nº 15.565, 15.636 e 15.607, da relatoria, respectivamente, dos ministros Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Cármen Lúcia.

Sob o ângulo do risco, aduz estar na iminência de ser compelida ao pagamento de valores indevidos, de difícil repetição.

Requer a observância do artigo 161 do Regimento Interno do Tribunal para, desde logo, cassar o pronunciamento atacado, determinando-se a remessa do processo ao Supremo. Sucessivamente, pede, em sede liminar, a suspensão do ato impugnado e, alfim, a anulação das decisões formalizadas na origem e o envio da demanda a este Tribunal.

2. Atentem para as balizas objetivas desta reclamação. Magistrado federal pleiteou a restituição dos valores descontados pela reclamante a título de custeio do auxílio pré-escolar previsto no Decreto nº 977/93, cujo artigo 1º dispõe:

Art. 1º A assistência pré-escolar será prestada aos dependentes dos servidores públicos da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, nos termos do presente decreto.

O caso revela a inexistência de interesse peculiar à magistratura, considerada a possibilidade de qualquer servidor requerer o pagamento da

verba pleiteada pelo ora interessado. Na Reclamação nº 15.370, fiz ver:RECLAMAÇÃO – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE

SEGUIMENTO AO PEDIDO.1. O Gabinete prestou as seguintes informações:A União argui usurpação da competência do Supremo pelo Juízo da

3ª Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Circunscrição Judiciária de Santa Catarina, em razão do acórdão concernente ao julgamento do Recurso Inominado nº 5016172-28.2011.404.7200.

Consoante assevera, figura como ré em demanda formalizada por juiz do trabalho objetivando o recebimento de ajuda de custo decorrente de remoção da Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região para a Vara do Trabalho de Bagé. Assinala ter sido assentado procedente o pedido, em primeira instância. Anota a interposição de recurso inominado, apontando-se a incompetência absoluta do Juízo, com base no artigo 3º, § 1º, inciso III, da Lei nº 10.259/2001, desprovido pelo Colegiado.

Articula com a usurpação da competência originária do Supremo prevista no artigo 102, inciso I, alínea n, do Diploma Maior, presente o interesse de toda a magistratura na matéria de fundo. Diz da incompetência absoluta do Colegiado local, dada a natureza funcional de que se reveste. Evoca entendimento adotado na Questão de Ordem na Ação Originária nº 1.569/DF, da relatoria de Vossa Excelência, e na Reclamação nº 14.697/AC, da relatoria do ministro Dias Toffoli.

Sob o ângulo do risco, alude ao iminente pagamento indevido resultante do cumprimento do ato reclamado, que dificilmente reverterá ao erário, ante os obstáculos próprios à repetição de verbas alimentares. Postula a suspensão liminar do pronunciamento. No mérito, requer a anulação das decisões proferidas no referido processo, determinando-se seja remetido a este Tribunal para julgamento.

O processo encontra-se concluso, visando a apreciação do pedido de medida acauteladora.

2. Os pronunciamentos do Supremo, presente o alcance da alínea n do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal, são reiterados no sentido de apenas lhe caber o julgamento de conflito de interesses quando se tratar de direito substancial exclusivo da magistratura. Está em jogo ajuda de custo em caso de remoção, instituto que, de início, pode beneficiar todo e qualquer servidor. Precedentes:

COMPETÊNCIA. CAUSA DE INTERESSE DA MAGISTRATURA. A letra n do inciso I do art. 102 da Constituição Federal, ao firmar a competência originária do STF para a causa, só se aplica quando a matéria versada na demanda diz respeito a privativo interesse da magistratura enquanto tal e não também quando interessa a outros servidores. Precedentes. Agravo improvido.

(Agravo Regimental na Reclamação nº 1.952, relatora ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgado em 19 de fevereiro de 2004, Diário da Justiça de 12 de março de 2004)

Ação originária. Reclamação trabalhista. Questão de ordem sobre competência. - Não sendo a vantagem financeira pleiteada na presente reclamação vantagem privativa da magistratura, uma vez que ela interessa também aos servidores e empregados em geral, é pertinente a jurisprudência desta Corte no sentido de que a letra "n" do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal só se aplica quando a matéria versada na causa diz respeito a privativo interesse da magistratura como tal, e não quando também interessa a outros servidores (assim, a título exemplificativo, decidiu-se na AO 33). Questão de ordem que se resolve no sentido de que esta Corte é incompetente para julgar em instância única a presente reclamação, sendo competente para julgá-la no primeiro grau de jurisdição a Junta de origem, à qual devem ser restituídos os autos.

(Questão de Ordem na Ação Originária nº 230, relator ministro Moreira Alves, Tribunal Pleno, julgado em 17 de março de 1999, Diário da Justiça de 14 de maio de 1999)

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.3. Em razão do exposto, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília – residência –, 14 de setembro de 2013, às 18h10.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.181 (331)ORIGEM : PROC - 00011788120115040512 - TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA 4º REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECLTE.(S) : MUNICIPIO DE BENTO GONCALVESPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO

GONÇALVESRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : JOVELIANO NUNESADV.(A/S) : PAULO RICARDO AQUINI CAMARGOINTDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS TRABALHADORES

AUTÔNOMOS DO ALTO URUGUAI - COOMTAAUADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 62

Decisão: Trata-se de reclamação constitucional que versa sobre a possibilidade de condenação do Município de Bento Gonçalves como responsável subsidiário por encargos trabalhistas devidos em contratos de terceirização.

Verifico que o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993 foi declarado constitucional, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 9.9.2011.

Ocorre que, posteriormente a este julgamento, o Tribunal Superior do Trabalho deu nova redação à Súmula 331 daquela Corte, para fazer constar que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta desde que: hajam participado da relação processual; constem também do título executivo judicial; e seja evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora.

Constato a existência de tema com repercussão geral ainda pendente de análise por esta Corte, no qual pode ser apreciada, de maneira geral, a compatibilidade da nova redação da Súmula 331 do TST com a orientação firmada por este Tribunal no julgamento da ADC 16. Refiro-me ao assunto 426 Responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, cujo processo-paradigma é o Recurso Extraordinário 603.397, Rel. Min. Rosa Weber.

Ante o exposto, defiro o pedido de medida cautelar para determinar a suspensão dos efeitos da decisão reclamada até o julgamento final desta ação.

Requisitem-se as informações. Após, remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República. Comunique-se. Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 16.253 (332)ORIGEM : RT - 00015558620115150046 - TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO DA 15º REGIÃOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE ARARASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARARASRECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : MARIA ELIZA APARECIDA PANARELIADV.(A/S) : ANTÔNIO MARIA DENOFRIO

DECISÃORECLAMAÇÃO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Nº 3.395-6 – IMPROPRIEDADE – NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. O Município de Araras/SP afirma haver a Sexta Câmara do Tribunal

Regional do Trabalho da 15ª Região, no julgamento do Recurso Ordinário nº 0001555-86.2011.5.15.0046, desrespeitado o que assentado na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395.

Segundo argumenta, Maria Eliza Aparecida Panareli ajuizou ação trabalhista visando o reconhecimento do vínculo de trabalho em razão da adesão a programa municipal de transferência de renda e capacitação para o trabalho, “Programa Cidade Verde”, criado pela Lei municipal nº 3.403/2002. Reformando a sentença de primeira instância, o reclamado assentou incumbir à Justiça Trabalhista o julgamento de demanda a envolver o referido programa e determinou o retorno do processo à origem, para apreciação do mérito.

Sustenta tratar-se de relação de natureza jurídico-administrativa, ainda que postulado o pagamento de verbas trabalhistas decorrentes da extinção do vínculo, cabendo à Justiça Comum a análise da questão, conforme decidido na mencionada ação direta. Evoca jurisprudência do Supremo.

Refere-se aos objetivos assistenciais do programa, consistentes na concessão de bolsa de auxílio, treinamento e capacitação de pessoas carentes, sem formação profissional, com baixa escolaridade e desempregadas, no intuito de posterior inserção no mercado de trabalho. Relata a existência de previsão, no âmbito do programa, de colaboração dos participantes mediante a execução de atividades e tarefas de interesse comunitário, com uma jornada de dezesseis horas semanais e limitada ao prazo de doze meses, além do recebimento de um salário mínimo mensal, cesta básica, seguro de vida e acidentes pessoais e assistência médica pela rede de saúde pública. Frisa a ausência dos requisitos para a configuração da relação de emprego, presente vínculo de caráter jurídico-administrativo de assistência social. Alude à assinatura de termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público, o qual não descaracterizaria a natureza especial do liame, nem o transformaria em relação de trabalho.

Sob o ângulo do risco, diz estar submetido a decisão de autoridade incompetente, suscetível de causar-lhe prejuízos.

Requer a suspensão do ato impugnado. Alfim, busca ver assentado

cumprir à Justiça Comum o processamento da demanda, declarando-se nulos todos os atos praticados pela Justiça do Trabalho.

2. Não concorre a pertinência do pleito. A medida acauteladora implementada na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395 ficou restrita ao afastamento de interpretação do inciso I do artigo 114 da Carta Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 45/2004, que implique admissão da competência da Justiça do Trabalho para apreciar questões atinentes a regime especial, de caráter jurídico-administrativo.

Depreende-se da leitura das peças processuais que instruem a reclamação, não postular a interessada, na origem, o pagamento de verbas trabalhistas, ante alegado desvirtuamento do programa social, destinado à arregimentação de mão de obra. Atentem para o seguinte trecho do ato reclamado:

[...]Do exposto na peça de ingresso, infere-se que a própria reclamante

afastou a possibilidade de reconhecimento de vínculo jurídico-administrativo com o município reclamado, diante da ausência de concurso público, não havendo que se falar em equiparação de sua situação com a dos servidores estatutários.

Nada obstante a irregularidade na contratação, a autora pretende a (sic) obter verbas de natureza trabalhista, asseguradas aos empregados celetistas, quais sejam, depósitos no FGTS e indenização por danos morais.

Assim sendo, resta claro a competência para apreciar os pedidos da presente reclamação trabalhista pertence à Justiça do Trabalho, como determina o art. 114 da CF.

[...]Está presente a articulação, como causa de pedir, da regência do

vínculo pela Consolidação das Leis do Trabalho. Não há, portanto, o arguido desrespeito ao assentado no mencionado processo objetivo. Define-se a competência segundo a ação proposta. Se a causa de pedir é a relação de natureza celetista, pretendendo-se parcelas trabalhistas, o exame do tema cabe à Justiça do Trabalho e não à Comum. Àquela incumbe, inclusive, examinar possível carência da ação proposta.

Observem a organicidade e a instrumentalidade do Direito. Na espécie, parte-se de exercício interpretativo para, com isso, guindar, com queima de etapas, controvérsia ao Supremo.

3. Ante o quadro, nego seguimento ao pedido.4. Publiquem.Brasília – residência –, 15 de setembro de 2013, às 11h30.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.347 (333)ORIGEM : PROC - 00170360820138260032 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : GENÉSIO LÚCIO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANO NITATORI E OUTRO(A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA COMARCA DE

ARAÇATUBAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional ajuizada por GENÉSIO LÚCIO E

OUTRO(A/S) em face do JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA COMARCA DE ARAÇATUBA, cuja decisão teria afrontado a autoridade do Supremo Tribunal Federal e a eficácia do que decidido no RE nº 626.307/SP.

Na peça vestibular, os reclamantes narram que:a) em sede da Ação Civil Pública nº 1998.01.1.016798-99, foi julgado

procedente o pedido para condenar o Banco do Brasil a pagar expurgos inflacionários calculado sobre saldo de poupança apurado em janeiro de 1989, decisão transitada em julgado em 27/10/09;

b) ajuizado o pedido de liquidação e execução do referido julgado, a autoridade coatora determinou o sobrestamento dos feitos com fundamento no RE nº 626.307/SP, o que deu ensejo ao ajuizamento da presente reclamação constitucional;

c) a decisão reclamada contrariou o que decidido na ação paradigma, uma vez que a determinação contida no RE nº 626.307/SP impõe obstáculo ao prosseguimento de ação em que o tema esteja sendo debatido em fase de conhecimento, não alcançando, portanto, decisão com trânsito em julgado.

Requer que seja deferido o pedido de liminar para suspender os efeitos da decisão reclamada a fim de que tenha prosseguimento o pedido de liquidação de sentença.

No mérito, postula que seja julgada procedente a ação, tornando definitivo o provimento liminar.

Compulsados os autos, tenho que os documentos apresentados pelos reclamantes são suficientes para a solução da controvérsia, razão pela qual deixo de requisitar informações à autoridade reclamada.

Dispenso, ainda, a oitiva da douta Procuradoria-Geral da República ante o caráter iterativo da controvérsia.

É o relatório.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 63

O objeto da presente reclamação consiste em saber se a suspensão do trâmite do Processo nº 0017036-08.2013.8.26.0032 desrespeita o que decidido no RE nº 626.307/SP, relativamente ao sobrestamento dos recursos que versem sobre expurgos inflacionários ocorridos nos Planos Econômicos Bresser e Verão, publicado no DJe de 1º/9/10.

A fundamentação da decisão paradigma (RE nº 626.307/SP) é abaixo reproduzida:

“(...)O parecer da lavra da Vice-Procuradora-Geral da República Dra.

Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira, aprovado pelo Procurador-Geral da República Roberto Monteiro Gurgel Santos, possui o seguinte teor:

‘Recurso extraordinário. Pedidos de ingresso no feito na condição de ‘amicus curiae’ e de sobrestamento de todas as causas em curso. Parecer pelo acolhimento do primeiro pleito e pelo sobrestamento apenas dos recursos, e desde que digam respeito especificamente à matéria tratada nestes autos.

(…)9.Quanto ao outro pedido, o § 1º do art. 543-B do CPC dispõe que

caberá ao Tribunal de origem selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte.

10.Portanto, a literalidade da norma indica que apenas os recursos serão sobrestados, o que está aquém da pretensão de sobrestamento de todas as causas pertinentes à matéria.

11.A distinção é importante principalmente no que diz respeito às causas que estão em processo de execução e, portanto, já objeto de sentença transitada em julgado.

12.E o princípio constitucional da duração razoável do processo também não permite que o sobrestamento alcance a causa na sua fase inicial, pois é justamente nessa ocasião que as partes alocam os elementos de fato, os quais são independentes, obviamente, da decisão que vier a ser proferida por esse Supremo Tribunal Federal.

(…)’Vieram-me conclusos os autos aos 25.8.2010.É o relatório.Acompanho na íntegra o parecer da douta Procuradoria-Geral da

República, adotando-o como fundamento desta decisão, ao estilo do que é praxe na Corte, quando a qualidade das razões permitem sejam subministradas pelo relator (Cf. ACO 804/RR, Relator Ministro Carlos Britto, DJ 16/06/2006; AO 24/RS, Relator Ministro Maurício Corrêa, DJ 23/03/2000; RE 271771/SP, Relator Ministro Néri da Silveira, DJ 01/08/2000).

Assim sendo, é necessária a adoção das seguintes providências:a) A admissão dos requerentes como amici curiae, ‘em razão de suas

atribuições terem pertinência com o tema em discussão’, na medida em que ‘possuem, ao menos em tese, reflexão suficiente para contribuir com o bom deslinde da controvérsia.’

Oportunamente, conceder-lhes-ei prazo para manifestação sobre o mérito da questão debatida nos autos.

b) O sobrestamento de todos os recursos que se refiram ao objeto desta repercussão geral, excluindo-se, conforme delineado pelo Ministério Público, as ações em sede executiva (decorrente de sentença trânsita em julgado) e as que se encontrem em fase instrutória.

c) Limitar o objeto da suspensão dos recursos aos Planos Bresser e Verão, tendo em conta que somente em relação a esses é que se vincula o presente processo representativo da controvérsia, como bem anotou o parecer.

Ante o exposto, determino a incidência do artigo 238, RISTF, aos processos que tenham por objeto da lide a discussão sobre os expurgos inflacionários advindos, em tese, dos Planos Econômicos Bresser e Verão, em curso em todo o País, em grau de recurso, independentemente de juízo ou tribunal, até julgamento final da controvérsia pelo STF. Não é obstada a propositura de novas ações, nem a tramitação das que forem distribuídas ou das que se encontrem em fase instrutória.

Não se aplica esta decisão aos processos em fase de execução definitiva e às transações efetuadas ou que vierem a ser concluídas. .” (grifei).

Os reclamantes juntaram documento por meio eletrônico, de entre eles “Certidão de Inteiro Teor”, editada pelo e. TJDFT, referente à Ação Civil Pública nº 1998.01.1.016798-9, de que se extrai a informação de que, após a procedência do pedido formulado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, o Banco do Brasil interpôs recursos especial e extraordinário.

A referida certidão narra que o recurso especial foi parcialmente provido perante o e. STJ para reduzir o percentual inflacionário de correção no tocante ao mês de janeiro de 1989. Informa, ainda, que esta Suprema Corte negou provimento ao agravo regimental no RE nº 375.709/DF, mantendo a decisão monocrática que negou seguimento ao recurso, “[a]córdão publicado em 09/10/20098 e transitado em julgado em 27/10/2009, conforme certidão de fls. 1065”.

A decisão reclamada, de outra forma, identifica a ação originária cuja execução é buscada pelos ora reclamantes como “ação civil pública promovida pelo IDEC (processo nº 0403263-60.1993.8.26.0053)” (grifei), asseverando tratar-se de “execução [de] caráter provisório” (grifei), por ausência de decisão “sobre os critérios de aferição e atualização do débito”.

Nessa perspectiva e em sede de juízo de estrita delibação, próprio dos provimentos liminares, entendo que a prova dos autos não é apta a comprovar o descumprimento, pela autoridade reclamada, do que decidido no paradigma - RE nº 626.307/SP -, através do qual se determinou o sobrestamento de todos os recursos cujo objeto da lide fosse “a discussão sobre os expurgos inflacionários advindos, em tese, dos Planos Econômicos Bresser e Verão, em curso em todo o País, em grau de recurso, independentemente de juízo ou tribunal, até julgamento final da controvérsia pelo STF”, exceto os “processos em fase de execução definitiva”.

Sem prejuízo de nova apreciação da matéria após as informações colhidas junto à autoridade reclamada, em especial quanto à execução buscada pelos ora reclamantes no Processo nº 0017036-08.2013.8.26.0032 estar relacionada com a Ação Civil Pública nº 1998.01.1.016798-9 ou a Ação Civil Pública nº 0403263-60.1993.8.26.0053 - cujas datas de início se distanciam em 5 (cinco) anos, a saber, 1998, na primeira, e 1993, na segunda -, indefiro o pedido de liminar.

Solicitem-se informações à autoridade reclamada. Publique-se. Int..Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.354 (334)ORIGEM : PROC - 00190758320138260482 - JUIZ DE DIREITOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : M.H.F.N.ADV.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULORECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA

COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTEADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, na qual se sustenta que o ato judicial ora questionado teria desrespeitado a autoridade da Súmula Vinculante nº 11/STF, que possui o seguinte teor:

“Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” (grifei)

A análise dos autos, no entanto, parece revelar, ao menos em juízo de estrita delibação, que o ato objeto da presente reclamação não teria desrespeitado a autoridade da Súmula Vinculante nº 11/STF.

Verifica-se, desse modo, tendo em vista o presente contexto processual, que não se registra, aparentemente, na hipótese ora em análise, a situação configuradora do alegado desrespeito ao conteúdo da Súmula Vinculante nº 11/STF, valendo transcrever, por relevante, o teor da decisão ora impugnada que, proferida pelo ilustre magistrado estadual processante, em audiência de instrução e julgamento, da qual destaco a seguinte passagem:

“(...) No que diz respeito à nulidade em razão da permanência do adolescente com algemas durante a audiência, também não há que se falar em nulidade, considerando que o menor em questão registra várias passagens por tráfico de drogas perante este juizado, ficando patente a sua periculosidade, sendo oportuno registrar que já ocorreram, em outros casos, de menores saírem correndo pelas dependências do fórum, causando tumulto generalizado, razão pela qual rejeito a argumentação de nulidade, pois justificada a permanência das algemas. Frise-se, ainda, neste particular, o total comprometimento do adolescente com a drogadição, conforme declarações de sua genitora (fls. 30), ficando evidente que a qualquer momento poderia ocorrer uma surpresa desagradável durante a audiência, sendo pertinente a manutenção das algemas.”

Tais razões parecem evidenciar que o ato ora questionado ajustar-se-ia aos padrões que, fixados por esta Suprema Corte, deram suporte à Súmula Vinculante nº 11/STF (que permite, excepcionalmente, o uso de algemas, desde que justificada sua necessidade), o que basta para afastar, em sede de cognição sumária, a pretensão deduzida pela parte ora reclamante.

Impende registrar, por necessário, que Ministros de ambas as Turmas desta Suprema Corte, defrontando-se com idêntica pretensão deduzida em sede de reclamação, vieram a julgá-la incabível (Rcl 6.493/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – Rcl 6.564-MC/DF, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 6.797/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 6.928-MC/PR, Rel. Min. EROS GRAU – Rcl 6.963/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO – Rcl 7.261/DF, Rel. Min. EROS GRAU – Rcl 7.264/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Rcl 7.268/DF, Rel. Min. MENEZES DIREITO – Rcl 7.361-MC/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – Rcl 8.032/SP, Rel. Min. MENEZES DIREITO, v.g.), cabendo destacar, neste ponto, por extremamente oportunas, as doutas considerações expendidas pela eminente Ministra ELLEN GRACIE, quando do julgamento da Rcl 6.870/GO, de que foi Relatora:

“(...) registro que, mesmo em se considerando eventual pedido de declaração de nulidade da audiência, houve expressa justificativa para o uso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 64: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 64

das algemas durante o ato processual (fls. 11/13), feita por escrito e com base nas circunstâncias em que a audiência se realizou (sala de pequeno tamanho, com considerável número de pessoas, além da consulta feita pela juíza à escolta do reclamante).

Não é possível admitir-se, em sede de reclamação, qualquer dúvida a respeito das questões de fato apontadas pela juíza para negar o pedido da defesa de retirada das algemas do reclamante.

A reclamação constitucional tem sede nos casos em que seja necessário preservar a competência do STF ou garantir a autoridade de suas decisões (art. 13, ‘caput’, da Lei nº 8.038/90), o que não se verifica no caso em tela.

Ante o exposto, com fundamento no art. 38 da Lei nº 8.038/90, bem como nos arts. 21, § 1º, e 161, parágrafo único, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação.” (grifei)

Sendo assim, sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, indefiro o pedido de medida cautelar.

2. Ouça-se a douta Procuradoria-Geral da República.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECLAMAÇÃO 16.357 (335)ORIGEM : RESP - 1241433 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECLTE.(S) : AGISTEC INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E

TELECOMUNICAÇÕES LTDA.ADV.(A/S) : RODRIGO CIPRIANO DOS SANTOS RISOLIARECLDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOSINTDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Cuida-se de reclamação constitucional, com pedido de liminar,

ajuizada por AGISTEC INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E TELECOMUNICAÇÕES LTDA. em face do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

Na peça vestibular, a autora requer seja o presente feito distribuído por dependência à Ministra Rosa Weber, com fundamento no art. 70, § 2º, do RISTF, tendo em vista o paradigma apontado ser o RE nº 566.621/RS.

Ante o exposto, encaminhem-se os autos à i. presidência do STF a fim de que, nos termos regimentais, aprecie a existência de eventual prevenção.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.360 (336)ORIGEM : MS - 18242 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SÉRGIO LOURENÇO PAESADV.(A/S) : BRUNO MARCELO RENNÓ BRAGA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.

PORTARIA INTERMINISTERIAL N. 134/2011. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE REVISÃO DE ANISTIA: FASE PRELIMINAR DE APURAÇÃO. INEXISTÊNCIA MANIFESTA DE AFRONTA A DIREITO LÍQUIDO E CERTO. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Relatório1. Recurso ordinário em mandado de segurança interposto por Sérgio

Lourença Paes contra julgado da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, que denegou o Mandado de Segurança n. 18.242/DF.

O caso2. O mandado de segurança foi impetrado contra ato do Ministro da

Justiça que deu ciência ao Impetrante da instauração de processo de revisão da Portaria Ministerial n. 3.463, de 22.11.2004, a qual reconheceu sua condição de anistiado político.

3. Em 22.5.13, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça denegou a ordem, em acórdão com a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – MANDADO DESEGURANÇA – ANISTIA POLÍTICA – PORTARIA

INTERMINISTERIAL MJ/AGU Nº 134/2011 – REVISÃO DOS ATOS DE ANISTIA – SÚMULA 266/STF – PRECEDENTES DA PRIMEIRA SEÇÃO.

1. A Primeira Seção firmou entendimento de que a revisão determinada pela Portaria Interministerial MJ/AGU nº 134/2011, por consubstanciar-se em simples fase de estudos acerca de eventuais

irregularidades nas concessões das anistias com base na Portaria nº 1.104/GM3/1964, não afeta a esfera individual de direitos dos impetrantes. Incidência, por analogia, da Súmula 266/STF.

2. Agravo regimental da União contra decisão concessiva da liminar prejudicado.

3. Mandado de segurança denegado.” (fl. 28, vol. 20).4. Em 26.6.2013, foi interposto o presente recurso ordinário, no qual

se afirma a impossibilidade de revisão do ato administrativo na espécie, pois, “efetivada a decadência do direito da administração pública rever o ato administrativo, por óbvio sequer poder-se-á inaugurar o procedimento” (fl. 48, vol. 20).

5. A União apresentou contrarrazões (fl. 61-84, vol. 22).6. Em 23.8.2013, o recurso foi admitido pelo Vice-Presidente do

Superior Tribunal de Justiça (fl. 86, vol. 20).7. Distribuídos, os autos vieram-me em conclusão em 13.9.2013.Examinado os elementos havidos nos autos, DECIDO.8. No julgamento do Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n.

30.973, ocorrido na sessão de 28.2.2012 da Primeira Turma deste Supremo Tribunal, seguiu-se o entendimento consolidado no sentido de que o art. 54 da Lei n. 9.784/1999 estabelece prazo decadencial de cinco anos para que a Administração Pública anule atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, salvo comprovada má-fé, não para casos de revisão, como o presente.

Esta a ementa daquele julgado:“EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE

SEGURANÇA. PORTARIA INTERMINISTERIAL N. 134/2011. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE REVISÃO DE ANISTIA: FASE PRELIMINAR DE APURAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE AFRONTA A DIREITO LÍQUIDO E CERTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECURSO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Esse entendimento foi confirmado em julgado da Segunda Turma deste Supremo Tribunal (Embargos de Declaração no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 30.964, Relator o Ministro Celso de Mello), nos seguintes termos:

“EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – BENEFÍCIO CONSTITUCIONAL DA ANISTIA – PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 134/2011 – INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE REVISÃO DOS ATOS EM QUE RECONHECIDA A CONDIÇÃO DE ANISTIADO POLÍTICO – PRETENDIDA VIOLAÇÃO A DIREITO INDIVIDUAL – INEXISTÊNCIA – SIMPLES EXERCÍCIO, PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DO SEU PODER DE AUTOTUTELA – ALEGADA CONSUMAÇÃO DE PRAZO DECADENCIAL (LEI Nº 9.784/99, ART. 54) – INOCORRÊNCIA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

- O Estado, com apoio no princípio da autotutela, dispõe da prerrogativa institucional de rever, em sede administrativa, os seus atos e decisões, podendo, em consequência, invalidá-los, quer mediante revogação (quando presentes motivos de conveniência, oportunidade ou utilidade), quer mediante anulação (quando ocorrente situação de ilegalidade), ressalvada, sempre, em qualquer dessas hipóteses, a possibilidade de controle jurisdicional. Doutrina. Precedentes.

- A mera instauração de procedimento de revisão dos atos concessivos de reparação econômica a que se referem o art. 8º do ADCT e a Lei nº 10.559/2002 não caracteriza, só por si, violação a direito individual daqueles que já tiveram reconhecida sua condição de anistiado político, revelando-se legítima, em consequência, a possibilidade de reexame, pela Pública Administração, da anistia concedida com apoio na Lei nº 10.559/2002. Precedentes.

- Eventual invalidação do ato concessivo de anistia, fundada no art. 17 da Lei nº 10.559/2002, deverá ser precedida, sempre, de procedimento administrativo em cujo âmbito seja respeitada a garantia constitucional do ‘due process of law’. Precedentes” (DJe 8.6.2012).

No mesmo sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM

MANDADO DE SEGURANÇA. 1. Portaria Interministerial n. 134/2011. Instauração de procedimento de revisão de anistia: fase preliminar de apuração. Inexistência de afronta a direito líquido e certo. 2. Julgamento monocrático, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Possibilidade. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (Agravo Regimental no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança 31.570, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 4.10.2012).

A mera autorização para deflagrar o procedimento revisional em relação a determinado anistiado não serve para afastar os fundamentos utilizados nos precedentes mencionados, pois desse ato não resulta qualquer lesão ou justo receio de alteração da condição de anistiado do Impetrante, sendo possível, inclusive, que, ao final do processo administrativo instaurado, o ato de concessão de anistia ao Impetrante não seja anulado.

9. Tem-se, portanto, que o alegado direito no qual se funda a impetração (decadência do poder-dever da Administração Pública de rever seus próprios atos) somente poderá ser constatado após a conclusão do processo administrativo de revisão, no qual será apurada eventual ocorrência da situação excludente do prazo previsto no art. 54 da Lei n. 9.784/1999, com a devida observância do devido processo legal.

A ausência de provas idôneas que afastem dúvidas quanto ao elemento subjetivo na concessão da anistia ao Impetrante impede o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 65

reconhecimento, nessa ação mandamental, de direito seu que esteja ameaçado ou tenha sido lesado, menos ainda que se possa qualificar como sendo líquido e certo.

Nessa linha, em precedentes com matéria idêntica à apresentada neste recurso: Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 31.743, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática, DJe 13.12.2012; Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 31.751, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática, DJe 13.12.2012; Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 31.991, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática, DJe 15.4.2013; Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 31.990, Relator o Ministro Luiz Fux, decisão monocrática, DJe 15.4.2013; Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 31.784, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 31.1.2013.

10. Anote-se que, quanto ao recurso ordinário em mandado de segurança, dispõe o Relator de competência para decidir monocraticamente nas situações como a dos autos, nas quais há precedentes específicos das duas Turmas no mesmo sentido, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal nos autos do Agravo Regimental no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 23.691/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, na parte que interessa:

“JULGAMENTO MONOCRÁTICO DO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.

O Relator, na direção dos processos em curso perante a Suprema Corte, dispõe de competência, para, em decisão monocrática, julgar recurso ordinário em mandado de segurança, desde que - sem prejuízo das demais hipóteses previstas no ordenamento positivo (CPC, art. 557) - a pretensão deduzida em sede recursal esteja em confronto com Súmula ou em desacordo com a jurisprudência predominante no Supremo Tribunal Federal” (DJ 21.6.2002).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil”.

11. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso ordinário em mandado de segurança (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.362 (337)ORIGEM : MS - 13735 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : IRON DE TASSO RIBEIRO MACHADOADV.(A/S) : EDSON MENDONÇA DE CARVALHORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃORECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. CONCURSO PÚBLICO PARA O CARGO DE AGENTE DE INSPEÇÃO SANITÁRIA E INDUSTRIAL DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL. CORREÇÃO DE PROVA OBJETIVA. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO MINISTRO. EXISTÊNCIA DE FUNDAMENTO SUFICIENTE PARA MANUTENÇÃO DA DECISÃO IMPUGNADA. AUSÊNCIA DE NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. PRECEDENTES. TEORIA DA ENCAMPAÇÃO: DESCABIMENTO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso ordinário em mandado de segurança interposto por Iron

de Tasso Ribeiro Machado contra julgado da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, que denegou o Mandado de Segurança n. 13.735/DF.

O caso2. O mandado de segurança foi impetrado em 1.8.2008 contra ato

atribuído ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, consubstanciado na homologação do concurso público para o provimento de vagas para o cargo de Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal, regulamentado pelo Edital n. 3, de 2.3.2007, após a rejeição da impugnação administrativa do Impetrante contra o gabarito oficial da prova objetiva.

3. A impetração foi denegada monocraticamente em 22.2.2013, pela ilegitimidade passiva da autoridade impetrada, decisão mantida pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, em acórdão com a seguinte ementa:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO. PROVA OBJETIVA. REVISÃO DE QUESTÕES. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. ATO DE

ATRIBUIÇÃO DA ENTIDADE ORGANIZADORA DO CERTAME.1. A ação mandamental exige a demonstração, de plano, da

existência do ato ilegal ou abusivo atribuído à autoridade impetrada. Na espécie, contudo, a petição inicial não atribui tal prática a qualquer autoridade mencionada no art. 105, inc. I, "b", da Constituição Federal.

2. Autoridade coatora é a pessoa que ordena, executa diretamente ou omite a prática do ato impugnado, não sendo este o caso do Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em relação à revisão de questões da prova objetiva aplicada no concurso para provimento de cargos de Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal.

3. A teor da compreensão firmada pelo Superior Tribunal de Justiça, ‘a homologação do concurso é mera consequência do seu resultado, de modo que, na verdade, a presente impetração volta-se contra ato de atribuição do CESPE, a quem compete a elaboração, correção da prova e análise dos recursos administrativos, o que acaba por afastar a competência desta Corte para conhecer desta ação mandamental’ (AgRg no MS 14.132/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 25/3/2009, DJe 22/4/2009).

4. Agravo regimental a que se nega provimento” (DJe 29.5.2013, fl. 15, vol. 4).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados em 12.6.2013 (fl. 35-36, doc. 4).

4. Em 5.8.2013, o Impetrante interpôs o presente recurso ordinário, insistindo na legitimidade passiva ad causam do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, considerando ser a autoridade subscritora do edital de indeferimento dos recursos administrativos contra o gabarito da prova objetiva.

Sustenta, ainda, a aplicação da teoria da encampação na espécie, pois a autoridade indigitada coatora teria, nas informações prestadas, defendido o ato impugnado, pleiteando a denegação da segurança.

Afirma que a desconsideração desses argumentos pelo Superior Tribunal de Justiça resultou em “supressão de prestação jurisdicional, ferindo seus direitos previstos no art. 5º, XXXV, da CF” (fl. 48, doc. 4).

5. A União apresentou contrarrazões (fl. 7-12, doc. 5).6. Em 23.8.2013, o recurso foi admitido pelo Vice-Presidente do

Superior Tribunal de Justiça (fl. 15, doc. 5).7. Distribuídos, os autos vieram-me em conclusão em 13.9.2013.Examinado os elementos havidos nos autos, DECIDO.8. O Superior Tribunal de Justiça enfatizou a existência de

fundamento suficiente para afastar a discussão sobre a comprovação da correção das provas objetivas pela autoridade apontada coatora:

“Ademais, a elaboração da prova do concurso, bem como o julgamento dos respectivos recursos competem à Assessoria em Organização de Concursos Públicos Ltda., conforme o disposto no item ‘8.2’ do edital (e-fl. 34), não devendo o referido Ministro de Estado figurar como autoridade coatora na presente ação mandamental.

Nesse sentido é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmada em caso semelhante:

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. FISCAL AGROPECUÁRIO. QUESTÕES OBJETIVAS. ANULAÇÃO. AUTORIDADE COATORA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. PRECEDENTE. PROCESSO EXTINTO SEM EXAME DE MÉRITO.

1. A autoridade coatora, para fins de mandado de segurança, é aquela que ordena a prática do ato impugnado ou se abstém de realizá-lo.

2. Consoante o Edital 1/2004-MAPA, de 23 de abril de 2004, a Fundação Universitária José Bonifácio – FUJB, Fundação de apoio à Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, por intermédio do Núcleo de Computação Eletrônica – NCE, é a responsável pela execução do Concurso Público para Provimento do Cargo de Fiscal Federal Agropecuário. Por conseguinte, compete-lhe a elaboração das provas, correção das questões, análise dos recursos, fixação dos gabaritos e divulgação da lista de aprovados.

3. O Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, embora tenha homologado o resultado final do certame, não é parte legítima para figurar no pólo passivo do mandado de segurança em que candidato se insurge contra suposta correção equivocada de questões objetivas, formuladas na primeira fase. Precedente.

4. Processo extinto sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, VI, do Código de Processo Civil. (MS 10.070/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/8/2005, DJ 26/9/2005)

Ao mesmo enunciado, o AgRg no MS 14.132/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, julgado pela eg. Terceira Seção em 25/3/2009, DJe de 22/4/2009, acrescenta que ‘a homologação do concurso é mera consequência do seu resultado, de modo que, na verdade, a presente impetração volta-se contra ato de atribuição do CESPE, a quem compete a elaboração, correção da prova e análise dos recursos administrativos, o que acaba por afastar a competência desta Corte para conhecer desta ação mandamental’, exatamente como decidido na presente impetração.” (fls. 12-14, doc. 4).

Não há falar, portanto, em negativa de prestação jurisdicional na espécie, estando o acórdão recorrido em consonância com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, por exemplo:

“EMENTA Embargos de declaração no agravo regimental no recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 66

extraordinário. Ausência das hipóteses de cabimento dos aclaratórios. Desnecessidade de complementação da prestação jurisdicional. Fundamentos jurídicos suficientes para o deslinde do feito. 1. Não há qualquer omissão, contradição ou obscuridade no acórdão embargado. O embargante pretende, efetivamente, um rejulgamento da causa, o que não é possível nesta senda. 2. Todas as questões trazidas nos presentes declaratórios já foram objeto do agravo regimental anteriormente interposto pela parte, sendo certo, também, que as referidas alegações foram rejeitadas por esta Turma no julgamento do acórdão ora embargado. 3. Embargos de declaração rejeitados” (Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n. 450.314/MG, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 20.2.2013);

“EMENTA: CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. NECESSIDADE DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XXXV, DA CF. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo regimental deve atacar todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Súmula 283 do STF. II - Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. III - Agravo regimental improvido” (Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 662.319/RR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 5.3.2009);

“EMENTA: Com razão entendeu o acórdão recorrido que a decisão, então embargada para declaração, continha fundamento suficiente ao convencimento dos Juízes que apreciaram a questão de acordo com elementos reputados adequados à solução da lide, sem a obrigação de responder a todos os argumentos das partes” (Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 281.007/PA, Relator o Ministro Octávio Gallotti, 1ª Turma, DJ 18.8.2000);

9. O acórdão recorrido tampouco diverge do entendimento deste Supremo Tribunal quanto à ilegitimidade passiva da autoridade indigitada coatora, conforme se infere de recente julgado, no qual consta matéria idêntica a que se põe na presente impetração:

“COMPETÊNCIA – CONCURSO PÚBLICO – ORIGEM DO ATO. A competência para o julgamento de mandado de segurança decorre da autoria do ato apontado como ilegal. Não a atrai o fato de Tribunal haver contratado o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos – CESPE, cabendo-lhe definir a banca examinadora, elaborar e corrigir as provas do concurso bem como avaliar os recursos” (Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 30.918/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 25.3.2013).

Nesse julgamento, asseverou o Relator, Ministro Marco Aurélio:“Embora estabelecidas obrigações ao Superior Tribunal Militar,

incumbindo-lhe a homologação do concurso, no caso concreto, não há atuação do Presidente, pois não participa da preparação ou correção das provas realizadas nem lhe cabe modificar nota de candidato ou anular itens dos exames. A causa de pedir deste mandado de segurança está relacionada às atividades implementadas pela entidade contratada, do que decorre a ilegitimidade da autoridade apontada como coatora para figurar no polo passivo da ação e a incompetência absoluta da Justiça Militar quanto ao julgamento da causa. Em suma, o impetrante busca anular questão relativa a prova de concurso, não surgindo, presente a delegação para a execução do certame, qualquer ato administrativo complexo envolvendo o Presidente do Tribunal” (grifos nossos).

10. Nesse precedente, também foi requerida a aplicação da denominada teoria da encampação, a qual ocorre quando “o impetrante indica erroneamente a autoridade coatora, mas a autoridade notificada encampa a impugnação e oferece a devida redarguição” (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 1022).

No ponto, o Ministro Luiz Fux afirmou:“E Vossa Excelência tocou num ponto fundamental, que são esses

mandados de segurança que chegam ao Supremo Tribunal Federal veiculando pretensões contra comissões examinadoras de concursos. Aí alega-se a Teoria da Encampação. A Teoria da Encampação do ato só tem aplicação quando ela não modifica a competência ratione personae constitucional” (grifos nossos).

A aplicação da teoria da encampação no mandado de segurança exige o preenchimento cumulativo de alguns requisitos, não existente na situação posta nos autos, conforme asseverou a União nas suas contrarrazões:

“Por certo que não basta que a autoridade impetrada não se limite a alegar sua ilegitimidade, defendendo o próprio ato impugnado.

Não é o único requisito exigido para aplicação da aludida teoria. Há outros requisitos cumulativos, a saber: a existência de subordinação hierárquica entre a autoridade efetivamente coatora e a apontada no MS, bem como que a encampação do ato não resulte em alteração da competência.” (fl. 9, doc. 5).

Ausente existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou as informações e a que praticou o ato impugnado e sendo manifesta a modificação de competência jurisdicional, não há falar em aplicação da teoria da encampação na espécie.

11. Anote-se que, quanto ao recurso ordinário em mandado de segurança, dispõe o Relator de competência para decidir monocraticamente nas situações como a dos autos, nas quais há precedentes específicos das

duas Turmas no mesmo sentido, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal nos autos do Agravo Regimental no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança n. 23.691/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, na parte que interessa:

“JULGAMENTO MONOCRÁTICO DO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.

O Relator, na direção dos processos em curso perante a Suprema Corte, dispõe de competência, para, em decisão monocrática, julgar recurso ordinário em mandado de segurança, desde que - sem prejuízo das demais hipóteses previstas no ordenamento positivo (CPC, art. 557) - a pretensão deduzida em sede recursal esteja em confronto com Súmula ou em desacordo com a jurisprudência predominante no Supremo Tribunal Federal” (DJ 21.6.2002).

Nesse sentido, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, poderá o Relator:

“negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente inadmissível, improcedente ou contrário à jurisprudência dominante ou a Súmula do Tribunal, deles não conhecer em caso de incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente, bem como cassar ou reformar, liminarmente, acórdão contrário à orientação firmada nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil”.

12. Pelo exposto, nego seguimento ao presente recurso ordinário em mandado de segurança (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

MEDIDA CAUTELAR NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.389

(338)

ORIGEM : HC - 217683 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MICK MANOEL XAMBREADV.(A/S) : JOÃO CARLOS PEREIRA FILHORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de recurso ordinário em “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, interposto contra decisão que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado:

“HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DO RECURSO CABÍVEL. IMPOSSIBILIDADE. NÃO CONHECIMENTO. ROUBO MAJORADO. PENA-BASE. FIXAÇÃO ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. ADEQUAÇÃO. FRAÇÃO DE AUMENTO. QUALIFICADORAS. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. CONFISSÃO ESPONTÂNEA. RECONHECIMENTO QUE SE IMPÕE. REGIME INICIAL FECHADO. MANUTENÇÃO.

1. Esta Corte não deve continuar a admitir a impetração de ‘habeas corpus’ (originário) como substitutivo de recurso, dada a clareza do texto constitucional, que prevê expressamente a via recursal própria ao enfrentamento de insurgências voltadas contra acórdãos que não atendam às pretensões veiculadas por meio do ‘writ’ nas instâncias ordinárias.

2. Verificada hipótese de dedução de ‘habeas corpus’ em lugar do recurso cabível, impõe-se o não conhecimento da presente impetração, nada impedindo, contudo, que se corrija de ofício eventual ilegalidade flagrante como forma de coarctar o constrangimento ilegal. 3. Não há ilegalidade na fixação da pena-base acima do mínimo legal, mostrando-se evidente a exacerbada culpabilidade do paciente, que se envolveu em organizado e meticuloso empreendimento criminoso, cujas circunstâncias e consequências suportadas pela vítima justificam o incremento da reprimenda básica no patamar de 1/6, tal qual realizado pelas instâncias ordinárias, por se mostrar razoável e proporcional.

4. A exasperação em 5/12, na terceira fase de fixação da pena, encontra-se justificada nas circunstâncias em que praticado o delito – número de agentes envolvidos (sete), emprego de armas de fogo e restrição de liberdade da vítima por longo período de tempo.

5. Servindo a confissão de suporte para a condenação, o fato de ter se dado de forma parcial não afasta a incidência da atenuante prevista no art. 65, III, ‘d’, do Código Penal.

6. Deve ser mantido o regime inicial fechado para o cumprimento da pena, ante a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, destacando-se a gravidade do delito – roubo de caminhão de carga – e a periculosidade concreta do paciente.

7. Impetração não conhecida. Ordem concedida de ofício a fim de, reconhecendo a atenuante da confissão espontânea, fixar a reprimenda do paciente em 7 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, além de 17 dias-multa.”

(HC 217.683/SP, Rel. Min. OG FERNANDES – grifei)Busca-se, desse modo, a concessão de medida cautelar, para que

“(...) seja possibilitado ao Paciente/Recorrente se utilizar, junto à Vara das Execuções Criminais, até o julgamento colegiado do presente ‘habeas corpus’, do montante de 6 anos, 1 mês e 20 dias, referente à condenação pelos autos originários (1ª Vara Judicial da comarca de Miracatu/SP, Processo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 67

355.01.2005.001960-4/Número de ordem 61/2005)”.O exame dos fundamentos em que se apoia o acórdão ora

impugnado parece descaracterizar, ao menos em juízo de estrita delibação, a plausibilidade jurídica da pretensão deduzida nesta sede processual.

Cumpre assinalar, por relevante, que o deferimento da medida liminar, resultante do concreto exercício do poder cautelar geral outorgado aos juízes e Tribunais, somente se justifica em face de situações que se ajustem aos seus específicos pressupostos: a existência de plausibilidade jurídica (“fumus boni juris”), de um lado, e a possibilidade de lesão irreparável ou de difícil reparação (“periculum in mora”), de outro.

Sem que concorram esses dois requisitos – que são necessários, essenciais e cumulativos –, não se legitima a concessão da medida liminar.

Sendo assim, e sem prejuízo de ulterior reapreciação da matéria, quando do julgamento final do presente recurso constitucional, indefiro o pedido de medida liminar.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ROSA WEBER

AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.182 (339)ORIGEM : ADI - 6049 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS -

AMBADV.(A/S) : ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁAGDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ

Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos moldes do art. 29 da Resolução STF nº 427, de 20 de abril de 2010.

À Secretaria Judiciária, para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 30 de agosto de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.336

(340)

ORIGEM : MS - 70879 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MIGUEL ALCIDES PARANHOSAGDO.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE DE ROSSITER CORRÊAADV.(A/S) : ALEXANDRE BARBOSA JAGUARIBEINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Despacho: Idêntico ao de nº 339

RECURSOS

AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 437.113 (341)ORIGEM : AC - 200071080045411 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : RÁDIO FELICIDADE FM LTDAADV.(A/S) : NEUSA CRISTINA RIECK HÜBNER

DESPACHO: Vistos.Intime-se o agravante a manifestar-se sobre a noticiada perda de

objeto do recurso (fls. 437 a 441). Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.944 (342)ORIGEM : REOMS - 200639000095782 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERALPROCED. : PARÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : NATHALIA SANTOS LIMAADV.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

DESPACHORECURSO – INTERESSE – PERSISTÊNCIA.1. Diga a agravante sobre a persistência do interesse no julgamento

do agravo, ante a passagem do tempo.2. Publiquem.Brasília, 4 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 270.870

(343)

ORIGEM : AC - 598399830 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ADÃO COSTA DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKERAGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS LOBATO LESSAADV.(A/S) : ADRIANO HARTER LESSAAGDO.(A/S) : DINEA TEREZINHA NUNES (ESPÓLIO DE FLORIANO

NUNES)ADV.(A/S) : EDSON FÁBIO EUZEBIO

DESPACHO: Vistos.Cumpra-se o despacho de fl. 396.Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.452 (344)ORIGEM : RESP - 691912 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : ERNESTO RUBENS DE AMORIM ANDRADEADV.(A/S) : ELTON ALTAIR COSTA E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Vistos.Indefiro o pedido de fls. 470/471, mantendo a decisão de fl. 467, por

seus próprios fundamentos, pois a decisão a ser proferida, pelo Plenário da Corte, nos autos da AC nº 2.910/RS orientará a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria em discussão nestes autos.

Cumpra-se, pois, o despacho de fl. 467, in fine.Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 724.868 (345)ORIGEM : AC - 10079084473184001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CEMIG DISTRIBUIÇÃO S/AADV.(A/S) : IVAN MACEDO DE ANDRADE MOREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CONTAGEMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CONTAGEM

Petição/STF nº 39.627/2013DESPACHOREPRESENTAÇÃO PROCESSUAL – SUBSTABELECIMENTO –

JUNTADA.1.CEMIG Distribuição S/A requer a juntada de procuração e

substabelecimento, assinado por profissional da advocacia regularmente credenciado. Indica os nomes dos advogados Ivan Mercêdo de Andrade Moreira e Willian Batista Nésio para constar das futuras intimações.

2.O credenciamento de vários profissionais da advocacia não enseja as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 68

regra do lançamento de nome seguido da expressão e outros. Procedam como consignado.

3. Publiquem.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 761.509 (346)ORIGEM : AC - 20100111373736 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALAGDO.(A/S) : LEANDRO SILVA FERREIRAADV.(A/S) : LUCIANA GONÇALVES DIAS

DECISÃO: Reconsidero a decisão por mim proferida nestes autos, ficando prejudicado, em consequência, o exame do recurso de agravo contra ela interposto.

Passo, desse modo, a apreciar o presente apelo extremo.Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que,

confirmado pelo E. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, em sede de embargos de declaração, está assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. POSSE EM CARGO DIVERSO DO CONCORRIDO. INCONSTITUCIONALIDADE.

I - Revela-se inválido o aproveitamento, ou a transposição, de candidato aprovado para cargo diverso daquele para o qual foi aprovado em concurso público. Inteligência do art. 37, II, da CF/88 e da Súmula nº 685 do STF, além do que essa pretensão apoia-se em lei declarada inconstitucional.

II - Deu-se provimento ao recurso.”O Distrito Federal, parte ora recorrente, ao deduzir este apelo

extremo, sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos no art. 5º, inciso XXXVI, e no art. 37, inciso IV, ambos da Constituição da República.

A pretensão recursal deduzida na presente causa apoia-se, em síntese, nos seguintes fundamentos:

“(...) a posse do recorrido tinha respaldo legal no art. 6º do Decreto 21.688/2000 e por isso era considerada legal até a declaração de inconstitucionalidade com efeitos ‘EX NUNC’ do referido artigo do Decreto na ADI TJDFT 2007.002.006740-7 em 15/05/2009.”

Sendo esse o contexto, passo a apreciar o presente recurso extraordinário. E, ao fazê-lo, reconheço que o exame desta causa evidencia achar-se o acórdão ora impugnado em divergência com a diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na análise da matéria em referência.

Com efeito, a controvérsia jurídica objeto deste processo já foi dirimida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, que, ao julgar a ADI 3.601-ED/DF, Rel. Min. DIAS TOFFOLI (RTJ 217/230), fixou entendimento consubstanciado em decisão cuja ementa possui o seguinte teor:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI DISTRITAL Nº 3.642/05, QUE ‘DISPÕE SOBRE A COMISSÃO PERMANENTE DE DISCIPLINA DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL’. AUSÊNCIA DE PEDIDO ANTERIOR. NECESSIDADE DE MODULAÇÃO DOS EFEITOS.

1. O art. 27 da Lei nº 9.868/99 tem fundamento na própria Carta Magna e em princípios constitucionais, de modo que sua efetiva aplicação, quando presentes os seus requisitos, garante a supremacia da Lei Maior. Presentes as condições necessárias à modulação dos efeitos da decisão que proclama a inconstitucionalidade de determinado ato normativo, esta Suprema Corte tem o dever constitucional de, independentemente de pedido das partes, aplicar o art. 27 da Lei nº 9.868/99.

2. Continua a dominar no Brasil a doutrina do princípio da nulidade da lei inconstitucional. Caso o Tribunal não faça nenhuma ressalva na decisão, reputa-se aplicado o efeito retroativo. Entretanto, podem as partes trazer o tema em sede de embargos de declaração.

3. Necessidade de preservação dos atos praticados pela Comissão Permanente de Disciplina da Polícia Civil do Distrito Federal durante os quatro anos de aplicação da lei declarada inconstitucional.

4. Aplicabilidade, ao caso, da excepcional restrição dos efeitos prevista no art. 27 da Lei 9.868/99. Presentes não só razões de segurança jurídica, mas também de excepcional interesse social (preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio – primado da segurança pública), capazes de prevalecer sobre o postulado da nulidade da lei inconstitucional.

5. Embargos declaratórios conhecidos e providos para esclarecer que a decisão de declaração de inconstitucionalidade da Lei distrital nº 3.642/05 tem eficácia a partir da data da publicação do acórdão embargado.”

Impende assinalar, por oportuno, em face de sua extrema pertinência e ante a inquestionável procedência de suas observações, a seguinte passagem da decisão proferida pelo eminente Ministro GILMAR MENDES no AI 830.401/DF:

“Como sabido, a declaração de inconstitucionalidade de ato

normativo opera, via de regra, efeitos ‘ex tunc’. Contudo, ao contrário do afirmado pelo recorrente, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, é permitido ao órgão julgador a modulação dos efeitos da decisão (art. 27 da Lei 9.868/99), sendo esta a hipótese adotada no caso dos autos.”

Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando, ainda, precedentes específicos sobre a matéria em análise (RE 718.452/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 738.374/DF, Rel. Min. GILMAR MENDES), conheço do presente recurso extraordinário, para dar-lhe provimento (CPC, art. 557, § 1º-A).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 666.954

(347)

ORIGEM : AC - 20070057134 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAAGDO.(A/S) : HILÁRIO RIBASADV.(A/S) : VALTEMIR NOGUEIRA MENDESINTDO.(A/S) : LUIZ CÉSAR SCHWEITZERADV.(A/S) : RENATO MELILLO FILHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Tendo em vista a ordem de substabelecimentos de fls. 7, 66, 160 e 288, defiro o pedido de exclusão de patrono contido na petição de fl. 305.

À secretaria para as providências cabíveis.Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 722.124

(348)

ORIGEM : AC - 2011208503 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : LUCI DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ GILSON DOS SANTOSAGDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE

DECISÃO: Reconsidero a decisão por mim proferida nestes autos, ficando prejudicado, em consequência, o exame do recurso de agravo contra ela interposto.

Passo, desse modo, a apreciar o agravo deduzido pela parte ora recorrente.

A controvérsia suscitada na presente causa já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RE 393.350-AgR/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 449.128-AgR/SE, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, v.g.):

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Gratificações de produtividade e periculosidade. Vedação do art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal. Não incidência.

1. As gratificações de periculosidade e produtividade são de espécies distintas, não sendo concedidas sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Destarte, o cálculo da gratificação de periculosidade incidente sobre o vencimento-base mais a gratificação de produtividade não viola o art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal (redação anterior à EC nº 19/98).

2. Agravo regimental não provido.”(RE 414.883-AgR/SE, Rel. Min. DIAS TOFFOLI)Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem

sendo observado em sucessivos julgamentos, que, proferidos no âmbito desta Corte, versaram questão assemelhada à que ora se examina nesta sede recursal (RE 246.892/SE, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 253.609/SE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 269.345/SE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – RE 327.701/SE, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – RE 351.686/SE, Rel. Min. NELSON JOBIM – RE 487.565/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O acórdão impugnado em sede recursal extraordinária diverge da orientação jurisprudencial firmada por esta Corte no exame da matéria ora em análise.

Sendo assim, e tendo presentes as razões expostas, conheço do presente agravo, para, desde logo, conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário a que ele se refere (CPC, art. 544, § 4º, II, “c”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010), em ordem a reconhecer que o cálculo das vantagens pecuniárias incida sobre a soma resultante do vencimento básico com a gratificação de produtividade. Fixo os honorários advocatícios em 10%

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 69

sobre o valor da condenação.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.736

(349)

ORIGEM : AI - 10702073474489007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MSW COMERCIO E REPRESENTACAO DE

PRODUTOS AGROPECUARIOSADV.(A/S) : VIVIANE RAMONE TAVARES E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : MONSANTO DO BRASIL LTDAADV.(A/S) : BERNARDO CÂMARA E OUTRO(A/S)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1. Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2. Publiquem.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.139 (350)ORIGEM : AC - 200800417881 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. LUIZ FUXAGTE.(S) : MANOEL ALVES DE SOUZA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANDREA RODRIGUES ROSSI E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ALAIR PINHEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Acolho o pedido de desistência para todos os efeitos legais, na forma do artigo 158, caput, do CPC, manifestado pelos agravantes, na Petição nº 44.527/2013 (fl. 117), posto subscrito por advogados com poderes bastantes (artigo 38 do CPC).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.913 (351)ORIGEM : AC - 200800144723 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : DDL - DECISÃO E DESENVOLVIMENTO LTDAADV.(A/S) : TRAJANO RICARDO MONTEIRO RIBEIRO E OUTRO(A/

S)AGDO.(A/S) : COMPANHIA PETROPOLITANA DE TRÂNSITO E

TRANSPORTES - CPTRANSADV.(A/S) : AGUINALDO AUGUSTO DE MELLO JUNIOR E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.DDL – Decisão e Desenvolvimento Ltda interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos II, XXXV, XLV, LIV e LV, e 37 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“Direito Administrativo. Contrato administrativo. Contrato de execução de serviço de operação, manutenção, controle e guarda de veículos nos estacionamentos em logradouros públicos do Município de Petrópolis. Rescisão do contrato unilateralmente pela administração. Interesse público primário. Cláusula exorbitante. Prova pericial constatando infração contratual pela apelante. Ausência de violação ao princípio do contraditório e ampla defesa. Manutenção da sentença.

Na lição de José dos Santos Carvalho Filho ‘.... cláusulas exorbitantes são as prerrogativas especiais conferidas à Administração na relação do contrato administrativo em virtude de sua posição de supremacia em relação à parte contratada. Tais cláusulas constituem verdadeiros princípios de direito público, e, se antes eram apenas enunciados pelos estudiosos do assunto, atualmente transparecem no texto legal sob a nomenclatura de prerrogativas (art. 58 do Estatuto) ... ‘ (Manual de Direito Administrativo, Editora Lumen Juris, 14a Edição, pág. 160).

Rescisão unilateral do contrato. A Administração rescindiu

unilateralmente o contrato celebrado ao argumento de que a contratada não cumpriu com algumas cláusulas contratuais, mormente com a cláusula que determinava o pagamento mínimo. A prova pericial foi robusta em concluir que, por diversos meses, os valores pagos à apelada eram inferiores ao mínimo ajustado. Ademais, na ação ajuizada pela própria, esta confessa que houve queda na arrecadação, em razão da inadimplência dos usuários.

Princípios do contraditório e ampla defesa. Violação. Inexistência. A Administração Pública possibilitou tais exercícios diante do processo administrativo instaurado.

Desprovimento do recurso”. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação.A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido

de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República” (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ademais, ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem demandaria o reexame do contrato celebrado entre as partes e da legislação infraconstitucional pertinente, o que encontra óbice nas Súmulas nºs 454 e 636 desta Corte.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.777 (352)ORIGEM : AIRR - 1072200634101407 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : COMPANHIA SIDERÚGICA NACIONAL - CSNADV.(A/S) : MARCELO COSTA MASCARO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS

METALÚRGICAS, MECÂNICAS, DE MATERIAL ELÉTRICO E DE INFORMÁTICA DE BARRA MANSA, VOLTA REDONDA, RESENDE, ITATIAIA, QUATIS, PORTO REAL E PINHEIRAL - SINDICATO DE VOLTA REDONDA

ADV.(A/S) : JÚLIO CESAR DAMASCENO DE FREITAS

DECISÃO: Vistos.Companhia Siderúrgica Nacional - CSN interpõe agravo de

instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso II, e 7°, inciso XXIX, da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 70

Constituição Federal.Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sétima Turma do

Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:“PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - DIFERENÇAS

DECORRENTES DA RETENÇÃO DE PARTE DO LUCRO LÍQUIDO EM CONTA DE RESERVA - PRESCRIÇÃO – MARCO INICIAL - SÚMULA 294 DO TST.

1. Consoante assentado na Súmula 294 do TST, tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.

2. Na hipótese, o Regional assentou que o direito de pretender o pagamento das diferenças de participação de lucros e resultados não estaria prescrito, pois a violação surgiria para os substituídos a partir da divulgação, em assembleia datada de 11/06/01, da existência de lucros relativos aos exercícios de 1997, 1998 e 1999 que estariam depositados na chamada ‘conta de reserva’. Assim, tendo em vista que a presente reclamatória foi ajuizada em março/06, a Turma Julgadora ‘a quo’ concluiu que não há prescrição extintiva a ser declarada.

3. O entendimento adotado no acórdão regional decorre da observância do princípio da ‘actio nata’, segundo o qual a prescrição começa a fluir a partir do momento em que o titular do direito pode exigi-lo do devedor. No caso, os substituídos somente teriam a faculdade de vir a juízo postular as mencionadas diferenças a partir do momento em que tiveram ciência da existência de lucros remanescentes que foram distribuídos, de forma tardia, aos sócios da Reclamada. Ademais, o acórdão regional está em consonância com o entendimento assentado na segunda parte da Súmula 294 do TST, uma vez que o direito à participação nos lucros e resultados está assegurado em lei.

Agravo de instrumento desprovido”.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. A propósito:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ademais, como já decidiu esta Corte, a questão relativa à incidência da prescrição está restrita à interpretação da legislação infraconstitucional e ao reexame das provas dos autos, operações vedadas em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRAZO PRESCRICIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A discussão relativa ao prazo prescricional para propositura da ação situa-se no campo infraconstitucional. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 485.013/PB–AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 13/4/07);

“1. Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa a pressuposto de admissibilidade de recurso trabalhista, restrita ao plano processual ordinário; inocorrência de negativa de prestação jurisdicional ou violação do princípio compreendido no artigo 93, IX, da Constituição. 2. Prescrição qüinqüenal: alegação de ofensa ao artigo 7º, XXIX, da Constituição, cuja verificação demandaria reapreciação de fatos e documentos, inviável no extraordinário (Súmula 279)” (AI nº 245.122/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 7/5/04).

Essa orientação foi consolidada pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do ARE nº 697.514/RO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, onde se assentou a ausência

de repercussão geral desse tema, em virtude de sua natureza infraconstitucional. Tal julgado ficou assim ementado:

“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial. Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral” (DJe de 14/9/12).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação infraconstitucional pertinente e no acordo coletivo de trabalho dos autos; assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Sobre o tema:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. LEI 10.101/2000. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A controvérsia sobre validade de cláusula de acordo coletivo de trabalho foi decidida com apoio legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Assim, a ofensa à Constituição, acaso existente, seria indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. II - Agravo regimental improvido” (RE nº 584.218/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 27/5/11).

“AGRAVO REGIMENTAL. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS. VALIDADE DE ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade à Constituição. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 595.703/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/3/11).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.993 (353)ORIGEM : AC - 200900142305 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MARIANA GONÇALVES DE ANDRADEADV.(A/S) : JOÃO DE OLIVEIRA MENEZES

DECISÃO:Vistos.Fundo Único de Previdência do Estado do Rio de Janeiro –

Rioprevidência interpõe agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário no qual se alega contrariedade ao artigo 97 da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. ESTADO DO RIO DE JANEIRO. INTIMAÇÃO PESSOAL DO PROCURADOR DO ESTADO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. RECURSO INTEMPESTIVO. INADMISSIBILIDADE.

Ao contrário do Advogado da União, do Procurador da Fazenda Nacional, do Defensor Público e do Ministério Público, a União, que é o ente federativo competente para legislar sobre direito processual, não criou aos Procuradores do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios o privilégio da intimação pessoal dos atos processuais.

Nesta senda, no presente caso, o único privilégio que se aplica à Fazenda Pública é a contagem em dobro dos prazos recursais (artigo 188 do Código de Processo Civil- CPC).

A intimação pessoal não tem o condão de reabrir o prazo recursal iniciado com a intimação ocorrida pela Imprensa Oficial.

Em sendo assim, o recurso de apelação interposto pelo IPERJ é intempestivo, não podendo ser admitido.

Precedentes do ST J e do STF.Recurso improvido”.Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 71

procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação, uma vez que, conforme já assentado por ambas as Turmas desta Corte, o entendimento aplicado pelo Tribunal de origem no caso em tela não implicou declaração de inconstitucionalidade do artigo 44, inciso IV, da Lei Complementar nº 15/80, norma que sequer foi citada pelo Tribunal local, o qual se limitou a ressaltar a inexistência de legislação federal que determine a intimação pessoal de Procurador do Estado.

Ademais, eventual afastamento da aplicação da referida legislação, pelo acórdão atacado, importaria em juízo negativo de recepção, na medida em que se refere a uma norma editada antes da Constituição Federal de 1988, afastando, assim, a sujeição ao disposto no artigo 97 da Constituição Federal.

Nesse sentido, anotem-se os fundamentos lançados no AI nº 582.280/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso Mello, DJ de 6/11/06, in verbis, na parte em que interessa:

“(...)É que, em tal situação, por tratar-se de lei pré-constitucional

(porque anterior à Constituição de 1988), o único juízo admissível, quanto a ela, consiste em reconhecer-lhe, ou não, a compatibilidade material com a ordem constitucional superveniente, resumindo-se, desse modo, a solução da controvérsia, à formulação de um juízo de mera revogação (em caso de conflito hierárquico com a nova Constituição) ou de recepção (na hipótese de conformidade material com a Carta Política).

Esse entendimento nada mais reflete senão orientação jurisprudencial consagrada nesta Suprema Corte, no sentido de que a incompatibilidade vertical de atos estatais examinados em face da superveniência de um novo ordenamento constitucional “(...) traduz hipótese de pura e simples revogação dessas espécies jurídicas, posto que lhe são hierarquicamente inferiores” (RTJ 145/339, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RTJ 169/763, Rel. Min. PAULO BROSSARD, v.g.).

Vê-se, portanto, na linha de iterativa jurisprudência prevalecente nesta Suprema Corte e em outros Tribunais (RTJ 82/44 - RTJ 99/544 - RTJ 124/415 - RTJ 135/32 - RT 179/922 - RT 208/197 - RT 231/665, v.g.), que a incompatibilidade entre uma lei anterior (como a norma ora questionada inscrita na Lei nº 691/1984 do Município do Rio de Janeiro/RJ, p. ex.) e uma Constituição posterior (como a Constituição de 1988) resolve-se pela constatação de que se registrou, em tal situação, revogação pura e simples da espécie normativa hierarquicamente inferior (o ato legislativo, no caso), não se verificando, por isso mesmo, hipótese de inconstitucionalidade (RTJ 145/339 - RTJ 169/763).

Isso significa que a discussão em torno da incidência, ou não, do postulado da recepção - precisamente por não envolver qualquer juízo de inconstitucionalidade (mas, sim, quando for o caso, o de simples revogação de diploma pré-constitucional) - dispensa, por tal motivo, a aplicação do princípio da reserva de Plenário (CF, art. 97), legitimando, por isso mesmo, a possibilidade de reconhecimento, por órgão fracionário do Tribunal, de que determinado ato estatal não foi recebido pela nova ordem constitucional (RTJ 191/329-330), além de inviabilizar, porque incabível, a instauração do processo de fiscalização normativa abstrata (RTJ 95/980 - RTJ 95/993 - RTJ 99/544 - RTJ 143/355 - RTJ 145/339, v.g.)”.

No mesmo sentido, anote-se os seguintes precedentes sobre a matéria:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO. LEI 4.156/62. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DA CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO (ARTIGO 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). INOCORRÊNCIA. NORMA ERIGIDA SOB A ÉGIDE DA CONSTITUIÇÃO ANTERIOR. RECEPÇÃO DA LEI POR ÓRGÃO FRACIONÁRIO. POSSIBILIDADE. 1. A cláusula de reserva de plenário (full bench) é aplicável somente aos textos normativos erigidos sob a égide da atual Constituição. 2. As normas editadas quando da vigência das Constituições anteriores se submetem somente ao juízo de recepção ou não pela atual ordem constitucional, o que pode ser realizado por órgão fracionário dos Tribunais sem que se tenha por violado o art. 97 da CF. Precedentes: AI-AgR 582.280, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 6.11.2006 e AI 831.166-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje de 29.4.2011. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 669.872/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/2/13).

“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. FALÊNCIA. MULTA. NATUREZA ADMINISTRATIVA. SÚMULA 565/STF. ART. 9º DO DL 1.893/1981. AFASTAMENTO. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA VINCULANTE 10. INAPLICABILIDADE. 1. Não se aplica a Súmula Vinculante 10 à decisão prolatada em momento anterior ao de adoção do enunciado. 2. A simples ausência de aplicação de uma dada norma jurídica ao caso sob exame não caracteriza, tão-somente por si, violação da orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal. Não se exige a reserva estabelecida no art. 97 da Constituição sempre que o Plenário, ou órgão equivalente do Tribunal, já tiver decidido a questão. Também não se exige a submissão da matéria ao colegiado maior se a questão já foi examinada pelo Supremo Tribunal Federal. No caso em exame, a jurisprudência da Corte é no sentido de que à multa de natureza administrativa aplica-se a Súmula 565/STF, ainda que na vigência da Constituição de 1988. 3. Esta Corte estabeleceu a

distinção entre o juízo de recepção de norma pré-constitucional e o juízo de declaração de constitucionalidade ou inconstitucionalidade (ADI 2, rel. min. Paulo Brossard). A reserva de Plenário prevista no art. 97 da Constituição não se aplica ao juízo de não-recepção de norma pré-constitucional. Agravo regimental ao qual se nega provimento” ( AI nº 278.710/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 28/5/10).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.483 (354)ORIGEM : AC - 10024069904431001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : MARIA JULIANA DOS REISADV.(A/S) : MARIA JOSÉ XAVIER

DECISÃO: Vistos.Estado de Minas Gerais interpõe agravo de instrumento contra a

decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos XXXVI, LIV e LV, 37, caput, e 71, inciso III, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim ementado:

“REVISIONAL DE APOSENTADORIA INTEGRAL - DECADÊNCIA - CINCO ANOS. A Administração Pública está autorizada, a teor da Súmula nº 473 do STF, a rever seus próprios atos e, destarte, anulá-los e/ou revogá-los quando contenham vícios que os tornam ilegais. Entretanto, tem-se que este poder de autotutela não pode adotar traços de eternidade. Confirmaram a sentença no reexame oficial, prejudicado o recurso voluntário”.

Decido.A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido da

possibilidade da Administração Pública, com base no princípio da legalidade, corrigir seus atos, quando eivados de vícios ou ilegalidades, sem que isso importe em ofensa aos princípios do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos.

Nesse sentido, destaco o seguinte trecho da decisão proferida pelo Ministro Gilmar Mendes, em caso análogo ao presente, nos autos do RE nº 556.429/RS (DJe de 14/12/10):

“(...)A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a

Administração, ao constatar a ilegalidade de seus atos, pode corrigi-los no exercício do seu poder de autotutela, de modo a garantir a legalidade de seus provimentos (art. 37, caput, CF).

A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo com a lei, não ofende, portanto, o direito adquirido e o princípio da irredutibilidade de vencimentos.

Nesse sentido o RE 185.255, Rel. Min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 19.9.1997; RE 247.399, Rel. Min. Ellen Gracie, Primeira Turma, DJ 24.5.20002; RE-AgR 273.665, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 5.8.2005 e RE-AgR 259.201, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 28.10.2004.”

Ressalte-se que tal decisão foi confirmada recentemente pela Segunda Turma desta Corte, no julgamento do agravo regimental que se seguiu, por meio de acórdão que restou assim ementado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Retificação do ato de aposentadoria pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Cálculo das horas-extras incorporadas na forma da Lei n. 1.560/78, do Município de Estrela. Possibilidade. 3. Súmula 473. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (DJe de 24/2/11).

Ainda sobre o tema, destaco os seguintes precedentes:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. EFEITOS

MODIFICATIVOS. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO. POSSIBILIDADE. SÚMULA STF 473. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO DE VALORES. BOA-FÉ CONFIGURADA. DESNECESSIDADE. 1. Existência de contradição. Embargos de declaração acolhidos para, conferindo-lhes excepcional efeito modificativo, anular o acórdão recorrido e reexaminar o recurso extraordinário. 2. A Administração pode, a qualquer tempo, rever seus atos eivados de erro ou ilegalidade. Súmula STF 473. 3. O reconhecimento da ilegalidade do ato que majorou o percentual das horas extras incorporadas aos proventos não determina, automaticamente, a restituição ao erário dos valores recebidos, pois foi comprovada boa-fé do autor. Precedente: MS 26.085/DF. 4. Recurso extraordinário conhecido e parcialmente provido” (RE nº 553.159/DF-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1º/12/09).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 72

ESTADO DE SÃO PAULO. PROCURADORES AUTÁRQUICOS. PROVENTOS. IRREDUTIBILIDADE. ARTIGO 17 DO ADCT/88. 1. O Decreto estadual n. 26.233/86, editado anteriormente à Constituição de 1988, estabeleceu vinculação vedada de vencimentos ao promover a extensão aos Procuradores Autárquicos de vantagens remuneratórias previstas em lei complementar estadual que disciplinava carreira diversa --- a dos Procurados do Estado de São Paulo. 2. Não há qualquer vício na supressão, por meio de decreto, de parcelas remuneratórias ilegalmente pagas a servidores. Consoante dispõe o Enunciado n. 473 da Súmula desta Corte, a Administração, no exercício de sua autotutela, pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais. 3. Reconhecida a inconstitucionalidade da norma, não há falar em direito à percepção de vantagem por ela disciplinada, nem em ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, eis que a jurisprudência desta Corte é no sentido de que são irredutíveis os vencimentos e proventos constitucionais e legais, jamais os ilegais [Precedentes]. Como se isso não bastasse, a Constituição de 1988, no artigo 17 do ADCT, expressamente permitiu a supressão de verbas remuneratórias quando percebidas em desacordo com o texto constitucional. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.327/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/6/05).

Ademais, o Plenário desta Suprema Corte firmou o entendimento de que a revisão de proventos de aposentadoria, por força de decisão da Corte de Contas, e depois de decorridos mais de cinco anos desde que consolidada a situação que se pretende ver alterada, não prescinde da abertura de prazo para que o interessado apresenta sua defesa. Nesse sentido:

“Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de 10 (dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima). Garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da segurança. I – Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas da União – que consubstancia o exercício da competência constitucional de controle externo (art. 71, III, CF). II – A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao princípio da confiança – face subjetiva do princípio da segurança jurídica. Precedentes. III – Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de Contas. IV – Concessão parcial da segurança para anular o acórdão impugnado e determinar ao TCU que assegure ao impetrante o direito ao contraditório e à ampla defesa no processo administrativo de julgamento da legalidade e registro de sua aposentadoria, assim como para determinar a não devolução das quantias já recebidas. V – Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar a devolução das importâncias pretéritas recebidas, na forma do que dispõe a Súmula 106 do TCU” (MS nº 24.781/DF, Relator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 9/6/11).

Diga-se, em arremate, que quando do julgamento do mérito do RE nº 594.296/MG, de minha relatoria, na sessão dia 21/9/11, cuja repercussão geral da matéria em discussão já havia sido reconhecida, o Plenário desta Corte reconheceu a necessidade do respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, previamente à tomada de decisão administrativa que implique em redução dos proventos de servidor público. Tal decisão restou assim ementada:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. EXERCÍCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISÃO DE CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO E DE QUINQUÊNIOS DE SERVIDORA PÚBLICA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

1. Ao Estado é facultada a revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo administrativo.

2. Ordem de revisão de contagem de tempo de serviço, de cancelamento de quinquênios e de devolução de valores tidos por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de submetida a questão ao devido processo administrativo, em que se mostra de obrigatória observância o respeito ao princípio do contraditório e da ampla defesa.

3. Recurso extraordinário a que se nega provimento”. A decisão atacada não divergiu dessa orientação, o que acarreta a

rejeição do presente recurso.

Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.302 (355)ORIGEM : AC - 200534000283696 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : LE MANS ESTACIONAMENTO LTDAADV.(A/S) : ELVIS DEL BARCO CAMARGO E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo de instrumento. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXVI, 146, III, “b”, 150, IV, e 173, §§ 1º, II e 2º, da Lei Maior. Inicialmente determinada a devolução dos autos ao Tribunal a quo para os fins previstos no art. 543-B do CPC, retornaram os autos a esta Corte. Informa a Presidência do Tribunal de origem que a recorrente apenas se insurge quanto à declaração de prescrição dos créditos de empréstimo compulsório sobre a energia elétrica, não tratando dos critérios de correção para a devolução da exação, o que afastaria a aplicação do paradigma indicado às fls. 243-7.

É o relatório. Decido. Assiste razão. Ausente identidade entre o presente feito e o AI 735.933, o qual fora

submetido ao Plenário Virtual para exame quanto à existência de repercussão geral, torno sem efeito a decisão que aplicou o paradigma (fl. 253-7), e passo ao exame do recurso.

Nada colhe o agravo.O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional indicado nas

razões recursais, consagrador dos princípios da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Não há falar em afronta aos demais preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: AI 832.639-AgR/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 04.5.2012; AI 818.234-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 26.4.2011; AI 819.546-AgR/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 04.11.2011; e AI 818.161-AgR/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 06.12.2011, cuja ementa transcrevo:

“Empréstimo compulsório sobre energia elétrica. Eletrobras. Prazo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 73

prescricional. Ofensa constitucional indireta. 1. A matéria relativa ao prazo de prescrição dos créditos referentes ao empréstimo compulsório sobre a energia elétrica é de índole infraconstitucional. Eventuais ofensas à Constituição seriam indiretas ou reflexas, pois ensejariam o reexame de normas infraconstitucionais. 2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.

Não há, portanto, como assegurar trânsito ao extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.443 (356)ORIGEM : AC - 20050111205144 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIAGTE.(S) : VITOR JOSÉ DE SOUSAADV.(A/S) : WANDER PEREZAGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

DECISÃO:Vistos.Vitor José de Sousa interpõe agravo de instrumento contra a decisão

que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e incisos XXXV, LV e XLI, e 7º, incisos VI, X e XXXX, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. REVISÃO. CARDIOPATIA GRAVE DIAGNOSTICADA POSTERIORMENTE. PROVENTOS INTEGRAIS. EFEITOS FUTUROS.

1. Constatando-se que no ato de aposentação o Servidor não apresentava cardiopatia grave, moléstia especificada em lei capaz de autorizar o recebimento de proventos integrais, mas, apenas, quando do processo de revisão da aposentadoria, impossível a retroação do benefício à data em que o apelante passou para a inatividade.

2. Recurso conhecido e improvido”. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados .O recorrente pretende, em suma, a concessão de efeitos retroativos à

integralidade de seus proventos, à data da aposentação.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que os dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.A irresignação não merece prosperar.

Ademais, para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem, de que o recorrente não era portador de cardiopatia grave na ocasião da aposentação, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que se mostra de inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a Súmula nº 279 desta Corte.

De fato, assim dispôs a fundamentação do voto condutor, in verbis:“Logo, o Relatório Médico-particular anexado pelo Recorrente (fl. 22)

não tem o condão, por si só, de comprovar que o estado de saúde do Paciente desde a data de sua aposentadoria, realizada em janeiro de 2003, já lhe autorizava o recebimento de proventos integrais. O fato de constar no Relatório Particular que o Paciente era hipertenso grau III há décadas, não tem a autoridade de desconstituir o regular processo administrativo de aposentadoria do Servidor, embasado em Junta Médica Oficial.

Vale acrescer que naquela oportunidade não foi diagnosticada a cardiopatia grave, mas constatado, por meio dos documentos de fls. 90/95, a

seguinte moléstia: ‘Miocardiopatia dilatada do ventrículo esquerdo, com moderado comprometimento da função sistólita. Insuficiência mitral de grau discreto’ e ‘Teste de esforço em esteira ergométrica, segundo protocolo de Bruce, eficaz, com 98% da freqüência cardíaca máxima prevista. Exame sem critérios definidos para resposta isquêmica. Presença de extra-sistolia ventricular no exame (vide descrição): Aptidão cardiorespiratória muito fraca’.

Nestes termos, observando que foi diagnosticado que o Autor era portador de cardiopatia grave apenas no processo de revisão de aposentadoria, não tem como prosperar a pretensão recursal”.

Nesse mesmo sentido, anote-se:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MOLÉSTIA PROFISSIONAL GRAVE OU DOENÇA GRAVE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 473.703/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS PROPORCIONAIS. ALEGAÇÃO DE ENFERMIDADE GRAVE E DEFINITIVAMENTE INCAPACITANTE, APTA A ENSEJAR APOSENTADORIA COM PROVENTOS INTEGRAIS. INVIABILIDADE DO REEXAME EM SEDE EXTRAORDINÁRIA. ENUNCIADOS 279 E 280 DA SÚMULA/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou a Corte de origem seria necessário reexaminar matéria fática e legislação local. Exame inviável, consoante os Enunciados 279 e 280 da Súmula/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 794.831/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/10/10).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DAS PROVAS QUE FUNDAMENTARAM A DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 560.725/AM-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/09).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 593.064/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 12/12/08).

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Prequestionamento. Ausência. Servidor público. Aposentadoria por invalidez. Doença grave. Requisitos para a concessão. Ofensa a direito local. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A questão constitucional não foi examinada pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Inadmissível em recuso extraordinário a análise da legislação local e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (ARE nº 637.702-AgR/MG, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 29/6/12).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.506 (357)ORIGEM : AC - 200871000052570 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : MARLI THEREZINHA SOUZA DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL -

UFRSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO.1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por

simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 74

As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos à decisão atacada, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 4 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.167 (358)ORIGEM : AC - 200972000031705 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA -

UFSCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : ROBERT LENOCH E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GUSTAVO ANTONIO PEREIRA GOULART

Vistos etc.Trata-se de agravo interposto contra decisão do Tribunal Regional

Federal da 4ª Região que inadmitiu recurso extraordinário ao aplicar a sistemática da repercussão geral, na forma do art. 543-B do Código de Processo Civil.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo de instrumento.

Firmou-se o entendimento desta Suprema Corte no sentido de que incabível agravo de instrumento ou reclamação de decisão que, na origem, aplica o disposto no art. 543-B do CPC. Contra decisão desse teor reputa-se admissível apenas agravo regimental no âmbito do próprio Tribunal a quo.

Forte no princípio da fungibilidade recursal, determinada em um primeiro momento a conversão dos agravos e das reclamações em agravo regimental, a ser julgado pelo Tribunal de origem (v.g. AI 760.358-QO, Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 19.12.2009, e Rcls 7.547 e 7.569, Pleno, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 11.12.2009). Posteriormente, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido de que somente possível a conversão em agravo regimental quanto aos recursos interpostos e reclamações ajuizadas até a data do julgamento dos referidos processos, qual seja, 19.11.2009. Nesse sentido, Rcl 11.633-AgR, Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 13.9.2011 e Rcl 9.471, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 13.8.2010:

“Agravo regimental em reclamação. 2. Indeferimento da inicial. Ausência de documento necessário à perfeita compreensão da controvérsia. 3. Reclamação em que se impugna decisão do tribunal de origem que, nos termos do art. 328-A, § 1º, do RISTF, aplica a orientação que o Supremo Tribunal Federal adotou em processo paradigma da repercussão geral (RE 598.365-RG). Inadmissibilidade. Precedentes. AI 760.358, Rcl 7.569 e Rcl 7.547. 4. Utilização do princípio da fungibilidade para se determinar a conversão em agravo regimental apenas para agravos de instrumento e reclamações propostos anteriormente a 19.11.2009. 5 Agravo regimental a que se nega provimento”.

Ainda, exemplificativamente, as seguintes decisões monocráticas: ARE 713.609, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 03.4.2013, ARE 737.931, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 03.4.2013, ARE 720.845, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 15.3.2013, ARE 703.326, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 02.10.2012, ARE 654.045, Rel. Min. Luiz Fux, DJ 1º.3.2012, e ARE 646.211, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 02.8.2012.

Nessa linha, em se tratando, o presente, de agravo interposto após 19.11.2009, manifesto o seu descabimento, consoante a compreensão jurisprudencial consolidada nesta Casa, assim como incabível sua conversão em agravo regimental.

Não há, portanto, como assegurar trânsito ao extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.867 (359)ORIGEM : AC - 200070000320124 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUX

AGTE.(S) : VOLVO DO BRASIL VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLIAGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Acolho o pedido de desistência para todos os efeitos legais, na forma do artigo 158, caput, do CPC, manifestado pela VOLVO DO BRASIL VEÍCULOS LTDA., na Petição nº 40.128/2013 (fl. 85), posto subscrito por advogados com poderes bastantes (artigo 38 do CPC).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro Luiz FuxRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.437 (360)ORIGEM : AI - 20040020059590 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRACAPADV.(A/S) : MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : EDEGAR STECKER E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : EDEGAR STECKER E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO

PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. CARÊNCIA DE AÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios:

“PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS FIXADOS EM SENTENÇA - SENTENÇA CASSADA. 1 - O ACÓRDÃO PROFERIDO EM APELAÇÃO OU REMESSA OFICIAL, JULGANDO EXTINTO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, EM FACE DA CARÊNCIA DE AÇÃO DOS AUTORES, EQUIVALE A CASSAÇÃO DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU, RAZÃO PORQUE DESTA NÃO SUBSISTE EFEITOS, NÃO HAVENDO FALAR-SE EM MANUTENÇÃO DA SENTENÇA APENAS QUANTO À CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS IMPOSTA AOS RÉUS EM BENEFÍCIO DE LITISDENUNCIADO. 2 - OPERANDO-SE O TRÂNSITO EM JULGADO DO ARESTO QUE CASSOU A SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU, NÃO HÁ FALAR-SE EM EFEITOS DO JULGADO DE PRIMEIRO GRAU. 3 - AGRAVOS PROVIDOS” (grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos pela Agravante foram rejeitados.2. A Agravante alega que teria sido contrariado o art. 5º, incs. XXXV e

XXXVI, e 93 inc. IX, da Constituição da República.Argumenta que “tendo a R. sentença (fls. 160/168) declarado extinto

o processo com relação à COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRACAP, e tendo julgado procedentes os pedidos formulados pelos autores em relação ao ESPÓLIO DE GERNOT JOHAN REUTER, NEUZA REUTER e FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA DO DISTRITO FEDERAL, ou quem a suceda - e no caso quem sucede a FZDF é a COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRACAP, eis que norma legal assim o impôs, já sendo de amplo conhecimento tal aspecto por parte de todo o juízo fazendário do Distrito Federal, de fato -, por conseqüência lógica, se o acórdão do e. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (fls. 169/ 181) reverteu tal decisum, obviamente que, de sucumbente na causa, a TERRACAP, como legítima sucessora da Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, passou a vitoriosa na demanda. Por conseguinte, como vitoriosa, tem direito a honorários advocatícios, e seria um completo absurdo pensar-se que não tem, como levianamente vieram afirmar ESPÓLIO DE GERNOT JOHAN REUTER e NEUZA REUTER (fls. 201/203). Mais um argumento que lhes é desfavorável. Sem contar o fato de que sequer precisaria a TERRACAP da decisão (fls. 179/182) do TJDFT nos Embargos de Declaração opostos por ESPÔLIO DE GERNOT JOHAN REUTER e NEUZA REUTER para ter direito a honorários advocatícios, pois em verdade a Recorrente/ Agravada tem direito a honorários advocatícios porque a parte da sentença (fls. 160/168) que condenou os outros réus a pagar honorários de 10% sobre o valor da causa manteve-se intacta após o v. acórdão (fls. 169/178)”.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de ofensa constitucional direta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. Razão de direito não assiste à Agravante.5. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 75

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

6. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator afirmou:

“o julgamento de segundo grau (fls. 121/130 - AGI 0-39502), ao dar provimento à Remessa Oficial, por entender carentes de ação os autores da Reivindicatória, em face da impossibilidade jurídica do pedido, julgou extinto o processo sem julgamento de mérito, de maneira a substituir o decisum de primeiro grau.

A decisão dos Embargos de Declaração (fls. 138/140 do AGI 0-39502), condenou os autores ao pagamento de honorários de R$20.000,00 (vinte mil reais) por conta da sucumbência operada em face dos réus, não ante a TERRACAP, porquanto esta não matinha com os autores relação processual, eis que compunha apenas a denunciação da lide requerida pelos réus ESPÓLIO DE GERNOT JOHAN REUTER e NEUSA REUTER, ora agravantes.

Noutro giro, a ausência de irresignação da TERRACAP contra os arestos que decidiram a ação reinvidicatória e fixaram honorários sucumbenciais no valor de R$20.000,00 (vinte mil reais) apenas em favor dos agravantes, permitindo o trânsito em julgado daqueles arestos, retirou-lhe o direito aos honorários sucumbenciais fixados no julgado de primeiro grau.

Assim, considerando que os honorários sucumbenciais devidos na causa são apenas os de R$20.000,00 (vinte mil reais) fixados no aresto de fls. 138/140 do AGI 0-39502 em favor dos agravantes, há de ser provido o Agravo de Instrumento nº. 2004.00.2.003950-2 para cassar a decisão acostada às fl. 18 deste recurso que reconheceu que a TERRACAP é credora de honorários sucumbenciais.

Por conseqüência, o Agravo de Instrumento nº. 2004.00.2.005959-0 também há de ser provido para o fim de liberar a importância depositada nos autos da execução de sentença em favor dos agravantes” (grifos nossos).

Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Código de Processo Civil) e o reexame do conjunto fático-probatório do processo, procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PUBLICAÇÃO E INTIMAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 718.375-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, Dje 1º.2.2013).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual Civil. Intimação. Ausência. Nulidade. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI 835.281-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, Dje 4.4.2013).

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.454 (361)ORIGEM : AC - 10460060215601003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI

AGTE.(S) : MÁRCIA CRISTINA CAMPOSADV.(A/S) : AUGUSTO CÉSAR MENDES GONÇALVESAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE OURO FINOADV.(A/S) : LUÍS EMÍLIO PINHEIRO NAVES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. O objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. A decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

2. No que toca à alegação de ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, relativa à suposta negativa de prestação jurisdicional, foi observado no caso entendimento assentado por esta Corte no julgamento do AI 791.292 QO - RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 13.8.2010), cuja repercussão geral foi reconhecida, para reafirmar jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que:

(…) o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

3. Adite-se que a alegação de ofensa ao art. 37, caput, da Constituição Federal, em relação ao princípio da legalidade, incide o óbice da Súmula 636/STF: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

4. Por fim, o acolhimento do recurso imporia a incursão em fatos e provas e em direito local (fls. 08/18), o que é inviável na via extraordinária a teor das Súmulas 279 e 280/STF.

5. Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.540 (362)ORIGEM : AC - 10024043258854009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MARCELO DA SILVA EVANGELISTAADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO

PÚBLICO. EXAME PSICOTÉCNICO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

“CONCURSO PÚBLICO - TESTE PSICOTÉCNICO - AVALIAÇÃO PREVISTA NO EDITAL E QUE ENCONTRA RESPALDO NA LEGISLAÇÃO VIGENTE - POSSIBILIDADE DE SUA EXIGÊNCIA - SÚMULA 686 - STF.- A Lei 14.445/2002 e a Lei Complementar nº 50/98, que alterou a Lei nº 5.301/69, foram editadas em conformidade com o artigo 37, inciso I, da Constituição Federal de 1.988. Estes diplomas - que contêm o Estatuto do Pessoal da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais - inserem o exame psicológico como condição de ingresso nos quadros da PMMG. - A previsão do exame psicotécnico, como requisito para ingresso na carreira, encontra-se ancorada na Lei 5.301/69, com a nova redação dada pela Lei Complementar n.º 50/98, e no art. 6º da Lei 14.445/2002, que prevêem expressamente a necessidade de aprovação em testes psicotécnicos, como antecedente lógico e necessário para o provimento do cargo militar. - A exigência de psicotécnico para o provimento do cargo público, tal como posta, não contém nenhuma ilegalidade e mostra-se necessário, mormente para a difícil e honrosa missão policial. Aplicação da Súmula 686 do STF" (grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos pelo Agravante foram rejeitados.2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os

arts. 5º, inc. XXXV e LV, e 37, caput, inc. I e II, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Argumenta que “Primeiramente, o recorrente contesta o edital. Conforme já

ressaltado o item 4.13.2 do mesmo que trata sobre a avaliação psicológica

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 76

viola o princípio da legalidade.Ocorre que, embora o edital preveja a observância às leis, de fato, a

PMMG não atuou em conformidade com as mencionadas normas, pois, a Lei n° 5.301/69, com as alterações advindas pela Lei Complementar n° 50 de 13-01-98, é expressa no sentido de se exigir uma Junta Militar de Saúde e uma Comissão de Avaliadores integrada por profissionais psicólogos, quando da aplicação dos exames psicotécnicos para averiguação da sanidade fisica e mental dos candidatos.

Da mesma forma, a Resolução n° 3692/02, também exige que a avaliação psicológica seja realizada por psicólogos militares integrantes de uma Junta Militar de Saúde.

Portanto, tais normas são claras a respeito da obrigatoriedade de Oficiais Psicólogos, integrantes de uma Comissão Avaliadora, para aferir a sanidade mental dos candidatos à inclusão nos órgãos militares, presumindo-se, logicamente, que existirão no mínimo dois profissionais para aplicação do teste psicológico.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido os fundamentos de inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República, ausência de ofensa constitucional direta e incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Agravante.5. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

6. O tema suscitado neste recurso extraordinário teve a repercussão geral reconhecida na questão de ordem no Agravo de Instrumento n. 758.533, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.8.2010, para reafirmar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

“Antiga é a jurisprudência desta Corte no sentido de que a exigência de avaliação psicológica ou teste psicotécnico, como requisito ou condição necessária ao acesso a determinados cargos públicos de carreira somente é possível, nos termos da Constituição Federal, se houver lei em sentido material (ato emanado do Poder Legislativo) que expressamente a autorize, além de previsão no edital do certame.

Ademais, o exame psicotécnico necessita de um grau mínimo de objetividade e de publicidade dos atos em que se procede. A inexistência desse requisitos torna o ato ilegítimo, por não possibilitar o acesso à tutela jurisdicional área a verificação de lesão de direito individual pelo uso desses critérios” (grifos nossos).

7. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator afirmou:

“Nos termos do edital do concurso prestado pelo apelado vê-se que (fls. 51/70):

(…)4.13 - O exame psicotécnico consistirá na avaliação objetiva e

padronizada de características cognitivas e de personalidade dos candidatos, mediante o emprego de técnicas científicas, para tanto poderão ser utilizados: testes, questinonários, inventários, anamnese, dinâmica de grupo, testes situacionais e procedimentos complementares.

(…)Primeiramente, diga-se, desde logo, que a exigência do exame

psicológico não é, em tese, ilegal.A Lei nº 5.301/69 prevê, em seu art. 80, como requisito para matrícula

em curso da Academia de Polícia Militar, o exame psicológico para apurar a inteligência, as aptidões específicas e a personalidade adequada ao exercício profissional, o que se repete no Edital do Concurso, que os exige com caráter eliminatório.

E a Lei Complementar nº 50/98, que alterou a Lei nº 5.301/69, foi editada em conformidade com o artigo 37, inciso I, da Constituição Federal de 1.988. Tal diploma - que contém o Estatuto do Pessoal da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais - insere, no item 5 do inciso III do art. 5º, o exame psicológico, nos termos do parágrafo único, item 6, "a", do artigo 5º da Lei Complementar referida.

A mencionada norma encontra-se igualmente inserida na Resolução nº 3.444/98, que regula as inspeções de saúde na PMMG, prevendo fatores de contra-indicação no exame psicológico.

Segundo o disposto no art. 5º, II, "a", item 5, da Lei nº 5.301/69 - Lei Orgânica da PMMG - o ingresso na Polícia Militar será feito de acordo com as normas regulamentares próprias, satisfeita, entre outras exigências, a constatação de sanidade física e mental do candidato, com pleno gozo de seus órgãos e funções, sendo impeditivas as deficiências orgânicas, prejudiciais ao exercício de determinadas funções e tarefas”

Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto fático-probatório do processo e das cláusulas do edital do certame e a análise prévia da legislação

infraconstitucional aplicável à espécie (Lei n. 5.301/1969, Lei Complementar n. 50/1998 e Lei n. 14.445/2002). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EXAME PSICOTÉCNICO. 1) CRITÉRIOS OBJETIVOS: OBRIGATORIEDADE. 2) IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 721.152-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 30.8.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO. CONCURSO PÚBLICO. EXAME PSICOTÉCNICO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA CENTRALMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A análise da legislação infraconstitucional bem como o reexame dos fatos e provas constantes dos autos são providências incompatíveis com a via recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE 655.157-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 20.3.2012).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Concurso público. Exame psicotécnico. Subjetividade dos critérios de avaliação. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alegam violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. É pacífica jurisprudência deste Tribunal no sentido de ser possível a exigência de teste psicotécnico como condição de ingresso no serviço público, desde que haja previsão no edital regulamentador do certame e em lei, que referido exame seja realizado mediante critérios objetivos, e que se confira publicidade aos resultados da avaliação, a fim de viabilizar sua eventual impugnação. 4. O recurso extraordinário não se presta ao reexame da legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 5. Agravo regimental não provido” (AI 784.485-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.3.2012).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo ( caput do art. 557

do Código de Processo Civil e § 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.651 (363)ORIGEM : AMS - 200372000099127 - TRF4 - SC - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ROSA WEBERAGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UFSCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : EDMUNDO LIMA DE ARRUDA JÚNIORADV.(A/S) : GIZELLY VANDERLINDE MEDEIROS E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo de instrumento. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, XXXV e LV, e 37, caput, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo de instrumento.

Mostra-se deficiente de fundamentação, no recurso extraordinário interposto de acórdão cuja publicação se deu após a Emenda Regimental nº 21, de 30.4.2007, a preliminar formal de repercussão geral. O preenchimento desse requisito demanda a demonstração, em tópico destacado, da relevância econômica, política, social ou jurídica da questão constitucional suscitada, a ultrapassar os interesses subjetivos das partes (art. 543-A, § 1º, do CPC).

Com efeito, a matéria tratada no presente feito – direito do servidor público obter licença para tratar de assuntos particulares –, diverge daquela indicada nas razões recursais como possuidora de repercussão geral –

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“decidir se pode a administração, dentro do seu poder de autotutela, reaver valores pagos indevidamente a servidor” (fl. 151).

A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a deficiência da preliminar acarreta a inadmissibilidade do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o RE 569.476-AgR/SC, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, unânime, DJe 25.04.2008, cujo acórdão está assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO. ART. 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar sobre a repercussão geral na petição de recurso extraordinário, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes. A ausência dessa preliminar na petição de interposição permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c , e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Cuida-se de novo requisito de admissibilidade que se traduz em verdadeiro ônus conferido ao recorrente pelo legislador, instituído com o objetivo de tornar mais célere a prestação jurisdicional almejada. O simples fato de haver outros recursos extraordinários sobrestados, aguardando a conclusão do julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, não exime o recorrente de demonstrar o cabimento do recurso interposto. Agravo regimental desprovido.”

Ressalto que a ausência ou deficiência da preliminar formal de repercussão geral nas razões do recurso extraordinário não pode ser suprida por meio de posterior veiculação nas razões do agravo de instrumento, alcançada pelo manto da preclusão consumativa.

Não há, portanto, como assegurar trânsito ao extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput). Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.614 (364)ORIGEM : ERR - 88517200390004005 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVESADV.(A/S) : PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVESEMBDO.(A/S) : BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A -

BANRISULADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL

DECISÃO: Comprovou-se, nestes autos, com a produção da pertinente certidão de óbito, a ocorrência do falecimento de Paulo Francisco Sarmento Esteves, parte embargante.

Como se sabe, a morte de qualquer das partes gera consequências de natureza jurídica, com imediato reflexo, tanto na ordem processual quanto na esfera material: (a) extingue o mandato judicial outorgado pelo falecido ao mandatário (Código Civil, art. 682, II), pois, extinto o mandato pela morte do mandante, o antigo procurador já não mais ostenta qualidade para intervir no processo (AI 24.862, Rel. Min. PEDRO CHAVES), (b) provoca a suspensão do processo (CPC, art. 265, I), (c) torna inexistentes os atos praticados durante esse período de suspensão processual, (d) legitima a sucessão processual da parte falecida (CPC, art. 43) e (e) viabiliza, para este último efeito, a habilitação dos terceiros interessados (CPC, art. 1055).

Assim, determino (a) que a/o inventariante, mediante certidão do termo de inventariança (CPC, art. 990, parágrafo único), comprove a sua condição de representante do espólio (CPC, art. 12, V, c/c o art. 991, I), desde que os bens da herança ainda não tenham sido partilhados e (b) que venha aos autos procuração outorgada, pela (o) inventariante, em nome do espólio de Paulo Francisco Sarmento Esteves.

Suspendo este processo, por noventa (90) dias, em virtude do óbito – regularmente comprovado – de Paulo Francisco Sarmento Esteves.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.647

(365)

ORIGEM : RESPE - 384203820066260000 - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PROCED. : SÃO PAULO

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA -

DIRETÓRIO ESTADUAL DE SÃO PAULOADV.(A/S) : MILTON DE MORAES TERRA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : JUSTIÇA ELEITORAL

Trata-se de embargos de declaração opostos de acórdão proferido pela Segunda Turma desta Corte, relator o Ministro Joaquim Barbosa, em agravo regimental em recurso extraordinário eleitoral com agravo.

Por haver, nestes autos, inadmitido o recurso extraordinário eleitoral, em 10/4/2012, declaro-me impedido, nos termos dos arts. 277 do RISTF e 134, III, do Código de Processo Civil.

Remetam-se os autos à Presidência.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.693

(366)

ORIGEM : AC - 70017055898 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULEMBDO.(A/S) : ELENITA LUCIA SPOHR FERNANDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)

DecisãoVistos.O Estado do Rio Grande do Sul interpõe tempestivos embargos de

declaração (fls. 215 a 217), contra a decisão de fl. 207, pela qual determinei o sobrestamento do presente feito, com a seguinte fundamentação:

“Decisão: Vistos. Esta Corte, ao examinar o RE nº 592.317/RJ, concluiu pela existência

da repercussão geral de matéria constitucional versada nestes autos. O assunto corresponde ao tema 315 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata de definir se o Poder Judiciário ou a Administração Pública podem, ou não, aumentar vencimentos de servidores públicos civis e militares regidos pelo regime estatutário, ou estender-lhes vantagens e gratificações, com base no princípio da isonomia, na equiparação salarial ou a pretexto de revisão geral anual.

Destarte, determino o sobrestamento do feito até o julgamento do RE nº 592.317/RJ. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária até a conclusão do referido julgamento.

Publique-se. Brasília, 17 de junho de 2013” .Aduz o embargante que, como ainda não foi citado para os termos da

ação a que se refere este recurso, não pode o feito ser vinculado a outro, cuja repercussão geral foi reconhecida por esta Corte, sob pena de vir a ser proferida decisão viciada por nulidade absoluta.

Decido. Não assiste razão ao embargante. Com efeito, a decisão embargada determinou tão somente o

sobrestamento do feito enquanto se aguarda o julgamento, pelo Plenário desta Corte, do recurso no qual foi reconhecida a repercussão geral de uma matéria que guarda semelhança com o tema em debate nestes autos.

Vê-se, portanto, que se trata de despacho de mero expediente, despido de conteúdo decisório, que não desafia, destarte, a interposição de qualquer recurso. Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, consoante os seguintes precedentes:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Recurso contra despacho sem conteúdo decisório. Cabimento. Impossibilidade. 3. Trânsito em julgado. Constatação. 4. Agravo regimental não conhecido” (AI nº 694.046-AgR/MG, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 11/9/09).

“RECURSO. Agravo regimental. Despacho. Ausência de conteúdo decisório. Não cabimento. Agravo não conhecido. Precedentes. Não se admite agravo regimental de despacho que não tem conteúdo decisório” (AI nº 558.987-AgR-AgR/PI, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe de 31/8/07).

Diga-se, em arremate, que o fato de o ora embargante não ter sido citado para os termos da ação de que deriva este recurso em nada altera a situação supra descrita, pois constitui matéria que deve ser composta no momento oportuno.

Ante o exposto, não conheço dos embargos de declaração.Cumpra-se o que determinado no despacho de fl. 207.Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 78

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.199 (367)ORIGEM : AC - 00124346220114049999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : RENATO JOAQUIMADV.(A/S) : SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHO: Conheço, preliminarmente, dos embargos de declaração de fls. 463/466 como recurso de agravo (RTJ 145/664 – RTJ 153/834 – AI 243.159-ED/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI 243.832-ED/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Rcl 4.395-ED/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO, v.g.).

Em consequência, determino a reautuação dos mencionados embargos de declaração como recurso de agravo, sem prejuízo do outro recurso interposto pelo INSS.

Após, voltem-me conclusos os presentes autos, para julgamento de ambos os recursos de agravo.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.060

(368)

ORIGEM : PROC - 201071580112595 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : JOÃO LOPES DIASADV.(A/S) : ANTÔNIO LUÍS WUTTKE E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO. REPERCUSSÃO GERAL INADMITIDA – APOSENTADORIA POR

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – RENDA MENSAL – CÁLCULO – FATOR PREVIDENCIÁRIO – INCIDÊNCIA – PERÍODO LABORADO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS CONVERTIDO EM PERÍODO DE ATIVIDADE COMUM – AGRAVO DESPROVIDO.

1. O embargante insurge-se contra a decisão proferida em 27 de dezembro de 2012, mediante a qual determinei a devolução do processo à origem, ante reconhecimento de repercussão geral, considerado o Recurso Extraordinário nº 639.856/RS.

2. Efetivamente, procedendo a um melhor exame dos autos, constata-se erro na aplicação do paradigma.

3. Destarte, acolho os embargos de declaração para conceder efeito modificativo ao ato impugnado. Passo ao exame do agravo.

O Supremo, no Recurso Extraordinário com Agravo nº 748.444/RS, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu pela inexistência de repercussão geral do tema referente à incidência do fator previdenciário, para fins de cálculo da renda mensal de aposentadoria por tempo de contribuição, sobre o período laborado em condições especiais convertido em período de atividade comum.

4. Ante o precedente, ressalvando a óptica pessoal quanto à inadequação do instituto da repercussão geral, haja vista a inserção de agravo no denominado Plenário Virtual, nego provimento ao agravo.

5. Publiquem.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.123

(369)

ORIGEM : AC - 6171559 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. GILMAR MENDESEMBTE.(S) : CAMINHOS DO PARANÁ S/AADV.(A/S) : FLÁVIO RIBEIRO BETTEGA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : VITOR FERLA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEX SANDRO SONDA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Em face das razões dos embargos de declaração (eDOC 13) e dos documentos juntados (eDOC 15) reconsidero a decisão embargada (eDOC 11) e consequentemente passo a análise do recurso extraordinário com agravo.

Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado:

“APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. CONCESSIONÁRIA DE

RODOVIA. FORTE CHUVA. AQUAPLANAGEM DE VEÍCULO E CONSEQUENTE CAPOTAMENTO. ADUÇÃO DE MÁ CONSERVAÇÃO DA PISTA. PARCIAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. INCONFORMISMOS FORMALIZADOS.

APELAÇÃO CÍVEL (1) – VITOR FERLA E OUTRO. APLICABILIDADE AO CASO VERTENTE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CULPA CONCORRENTE AFASTADA. FALHA NO SERVIÇO CONFIGURADA PELO ACÚMULO DE ÁGUA NA RODOVIA. EXCESSO DE VELOCIDADE NÃO COMPROVADO NOS AUTOS. PLEITO DE MAJORAÇÃO DA VERBA COMPENSATÓRIA INADEQUADO. VALOR ESCORREITAMENTE FIXADA À GUISA DE DANOS MORAIS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

As concessionárias de serviço público respondem objetivamente, sob a modalidade de risco administrativo, ou seja, independentemente de culpa, pelos danos que seus empregados, nesta qualidade, causarem a terceiros, nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.

Sendo objetiva a responsabilidade, é da concessionária o ônus de provar a culpa da vítima, exclusiva ou concorrente.

APELAÇÃO CÍVEL (2) – CAMINHOS DO PARANÁ S/A. OCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR (CONDIÇÃO CLIMÁTICA ADVERSA) COMO EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE CIVIL. INCONGRUIDADE. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA NA VERIFICADA. CONCESSIONÁRIA NÃO SE DESINCUMBIU DE SEU ÔNUS DE COMPROVAR O EXCESSO DE VELOCIDADE EMPREGADO PELOS AUTORES. SEQÜELAS DECORRENTES DO SINISTRO DEVIDAMENTE COMPROVADAS POR PERITO JUDICIAL. DANOS MATERIAIS DEVIDOS. RECURSO NÃO PROVIDO.

Agravo retido. Denunciação à lide de seguradora. Impertinência. Recurso não provido.

No procedimento sumário é incabível a utilização do instituto da denunciação à lide, pois o propósito primordial do rito é a celeridade. O despacho que indeferiu a denunciação é de 09.11.2001; portanto anterior à vigência da Lei 10.444, de 07.05.2002”. (eDOC p. 46-47)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, o recorrente sustenta, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação aos artigos 37, § 6º, do texto constitucional.

Nas razões recursais, defende-se, em síntese, que a responsabilidade por omissão é subjetiva e que a parte autora não comprovou o nexo causal entre o dano e a omissão estatal.

Decido.O recurso não merece prosperar.Isso porque a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se

no sentido de que a responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, abrange os atos omissivos do Poder Público.

Nesse sentido destacam-se o seguintes julgamentos de ambas as Turmas desta Corte:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. OMISSÃO. DEVER DE FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO. ART. 37, § 6º, CF/88. NEXO CAUSAL. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. Existência de nexo causal entre a omissão do Município e o dano causado ao agravado. Precedente. 2. Incidência da Súmula STF 279 para afastar a alegada ofensa ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal - responsabilidade objetiva do Estado. 3. Agravo regimental improvido.” (AI-AgR 742.555, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 10.9.2010).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO: § 6º DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. AGENTE PÚBLICO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da RE n. 327.904, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 8.9.06, fixou entendimento no sentido de que 'somente as pessoas jurídicas de direito público, ou as pessoas jurídicas de direito privado que prestem serviços públicos, é que poderão responder, objetivamente, pela reparação de danos a terceiros. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo estes na qualidade de agentes públicos, e não como pessoas comuns'. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE-AgR 470.996, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 11.9.2009 ).

“RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO - PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO – NÃO COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - SOBERANIA DESSE PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA - INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, DA EXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (...)” (RE-AgR 481.110, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 9.3.2007)

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DE CONCESSIONÁRIA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. FALHA DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 79

SEGURANÇA EM RODOVIA. REPARAÇÃO DE DANOS. ART. 37, § 6º, DA CF/88. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. O Tribunal a quo, diante da análise do conjunto fático-probatório da causa, concluiu pela responsabilidade objetiva, porquanto comprovadas a falha na segurança da pista e a causação de prejuízos ao autor, evidenciando, portanto, o nexo causal a ensejar o direito à reparação. Precedentes. 2. Incidência da Súmula STF 279 para aferir alegada ofensa ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal - responsabilidade objetiva da concessionário de serviço público. 3. Pedido recursal contido no agravo regimental não pode, por si só, alterar aquele originariamente deduzido no recurso extraordinário. 4. Agravo regimental improvido.” (RE-AgR 557.935, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 5.2.2010 ).

“RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ALEGADA FALTA DE COMPROVAÇÃO DE NEXO CAUSAL, EM VIOLAÇÃO AO § 6º DO ART. 37 DA CARTA DA REPÚBLICA. MATÉRIA PROBATÓRIA. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O recurso, ao sustentar a ausência de provas hábeis a caracterizar o liame entre os danos causados à recorrida e a ação ou omissão da União, como exigido pelo dispositivo constitucional sob enfoque, pretende o reexame do conjunto probatório dos autos, o que é inviável ante o preceituado na mencionada súmula desta Corte. Recurso extraordinário não conhecido.” (RE 346.978, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 7.3.2003).

Assim, não há o que prover quanto às alegações recursais.Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento

ao recurso extraordinário (art. 544, 4º, II, “b” do CPC).Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.080

(370)

ORIGEM : PROC - 200971620010066 - TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 4º REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : JADIR MARQUES DE MATOSADV.(A/S) : ANILDO IVO DA SILVAEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão

proferida.2. Diga a parte embargada.3. Publiquem.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 746.240

(371)

ORIGEM : PROC - 50003712620124047107 - TRF4 - RS - 2ª TURMA RECURSAL

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : MARINES FIAMENGHI DA SILVAADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFFEMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DESPACHOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITO MODIFICATIVO –

CONTRADITÓRIO.1. Os embargos veiculam pedido de modificação da decisão

proferida.2. Diga a parte embargada.3. Publiquem.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 273.277 (372)ORIGEM : AMS - 94030112972 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : METALÚRGICA CARTO LTDAADV.(A/S) : WALDIR LUIZ BRAGA E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO (Petição n. 42.844/2013)

1. Em 19.6.2013, Waldir Luiz Braga e demais advogados integrantes do escritório Braga & Moreno Consultores Jurídicos e Advogados protocolizaram a Petição n. 29.951/2013, informando que renunciaram “aos poderes (...) outorgados, nos presentes autos, pela Saturna Sistemas de Energia S/A, para todos os fins de direito” e requereram “a juntada da cópia da notificação anexa (…), demonstrando assim que a Recorrente [Saturna Sistemas de Energia S/A] foi cientificada acerca da renúncia em 29/01/2013, para fins de nomeação de um novo patrono”.

2. Em 1º.8.2013, determinei o desentranhamento e a devolução aos subscritores da Petição n. 29.951/2013, pois verifiquei que a pessoa jurídica Saturnia Sistemas de Energia S/A não integrava a relação processual destes autos.

3. Em 2.9.2013, pela presente petição, Maurilio Freitas Maia, advogado integrante do Escritório Braga & Moreno Consultores Jurídicos e Advogados (OAB-SP nº 1.681), em complementação à Petição n. 29.951/2013, informa que “Saturnia Sistemas de Energia Ltda incorporou (…) a empresa Metalúrgica Carto Ltda, a qual consta cadastrada no polo ativo da presente demanda, conforme certidão emitida pela Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP (doc.1)”.

Requer seja apreciado o requerimento na Petição n. 29.951/2013.Juntou documento comprobatório de que a Recorrente foi notificada

da renúncia de mandato. 4. Por não haver outros advogados credenciados nos autos, intime-

se pessoalmente a Recorrente para regularizar a representação processual, nos termos do art. 45 do Código de Processo Civil.

5. À Secretaria para que, após o prazo do art. 45 do Código de Processo Civil, descredencie os advogados subscritores das petições ns. 29.951/2013 e 42.844/2013, na forma requerida.

Publique-se. Brasília, 16 de agosto de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.037

(373)

ORIGEM : RR - 586005020065040007 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOEMBTE.(S) : HOSPITAL CRISTO REDENTOR S/AADV.(A/S) : DANTE ROSSIEMBDO.(A/S) : PATRICIA MARIA BRASIL RABOLINIADV.(A/S) : HELENA AMISANI SCHUELLER

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – PRECEDENTE DO PLENÁRIO –

NEGATIVA DE SEGUIMENTO.1. A Primeira Turma negou acolhida a pedido formulado em agravo,

ante os seguintes fundamentos:No mais, o Pleno, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 599.628/DF,

no qual admitida a repercussão geral, apreciou o tema ora em discussão. Vencido o relator, foi designado redator o ministro Joaquim Barbosa. Eis a síntese do julgado:

FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO.

ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO.CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA

CONSTITUCIONAL CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA.Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de

economia mista que executam atividades em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas.

Portanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte não pode se beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas decorrentes de decisões judiciais (art. 100 da Constituição).

Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.Valho-me do voto que proferi na ocasião:Presidente, a brecha foi aberta quando o Tribunal acabou por

excepcionar o que se contém no artigo 100 da Constituição Federal e assentar que a Empresa de Correios e Telégrafos empresa pública, pessoa jurídica de direito privado teria jus à satisfação dos débitos mediante o que, para os credores, de modo geral, consubstancia uma famigerada forma de execução, que é a execução mediante precatório.

O que ocorre em última análise? O devedor comum, após citado, dispõe de vinte e quatro horas para satisfazer o débito constante de título judicial, ou indicar bens à penhora e vir a embargar a própria execução. O Estado conta com dezoito meses, contrapondo-se a essas vinte e quatro horas, para essa mesma satisfação. E verificamos que se adentrou círculo vicioso no País não me refiro à União propriamente dita, mas a Estados e a Municípios , quanto a se postergar para as calendas gregas a liquidação do débito.

O que nos vem da Carta Federal, mais precisamente do artigo 100? Que o sistema de execução, via precatório, está restrito à Fazenda Pública, reporto-me à Federal, Estadual, Distrital e Municipal.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 80

Os parágrafos que se seguem à cabeça do artigo versam referências à entidade de direito público, versam referência a orçamento, orçamento a que está submetida a própria entidade de direito público. No caso, defrontamo-nos com pretensão que, a meu ver, com a devida vênia do Ministro Carlos Ayres Britto, do Ministro Dias Toffoli, do Ministro Gilmar Mendes, não se coaduna com o que previsto na Constituição da República. O artigo 100 não pode ser interpretado e aplicado de modo a haver pessoas jurídicas de direito privado beneficiadas pelo que nele se contém. É a recorrente sociedade anônima, pessoa jurídica, portanto, de direito privado, não se valendo de orçamento.

Conheço, Presidente, o instituto da despersonalização, mas para atribuir responsabilidade e não para se mitigar responsabilidade. Precisamos pensar não apenas nessa sociedade de economia mista, que tem participação majoritária federal, mas também em outras sociedades de economia mista que se situam no âmbito dos Estados e dos Municípios.

Por isso, convencido de que nem mesmo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos pode gozar desse privilégio e todo privilégio é odioso, vamos falar em prerrogativa , assento que não cabe, sob pena de transgressão aos artigos 100 e 173, § 1º, da Constituição Federal, no que submete empresas públicas e sociedades de economia mista ao regime jurídico próprio das empresas privadas, concluir pela prerrogativa de satisfazer débito, repito, constante de título judicial a encerrar obrigação de dar, mediante o sistema que projeta, e projeta em muito, o prazo para liquidação, que é o sistema de precatório.

Peço vênia para acompanhar a divergência iniciada pelo Ministro Joaquim Barbosa, desprovendo o recurso.

Nos embargos de divergência, insiste-se no direito à execução pela sistemática do precatório, em razão da circunstância de a executada se tratar de empresa pública que exerce atividade sem fins lucrativos em regime de não concorrência.

2. Conquanto preenchidos os pressupostos de recorribilidade, o Pleno já pacificou o entendimento quanto ao tema versado neste processo. Ao julgar o Recurso Extraordinário nº 599.628/DF, sob o ângulo da repercussão geral, assentou a inviabilidade de pessoa jurídica de direito privado beneficiar-se com execução via precatório. Eis como ficou elucidada a matéria:

FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO.

ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO.CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA

CONSTITUCIONAL CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA.Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de

economia mista que executam atividades em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas.

Portanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte não pode se beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas decorrentes de decisões judiciais (art. 100 da Constituição).

Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.Os embargos encontram óbice no artigo 332 do Regimento Interno do

Supremo:Art. 332. Não cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou de

ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no art. 103.

3. Ante o quadro, nego seguimento a estes embargos.4. Publiquem.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 381.529

(374)

ORIGEM : AC - 6046852 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBEREMBTE.(S) : ANTONIO PICININIADV.(A/S) : MARIO HERMES TRIGO DE LOUREIRO FILHOEMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Vistos etc.Trata-se de embargos de divergência contra acórdão da 1ª Turma

desta Corte, de relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence e que possui a seguinte ementa:

“Concurso público: direito à nomeação: Súmula 15/STF. Firme o entendimento do STF no sentido de que o candidato aprovado em concurso público detém mera expectativa de direito, não direito à nomeação.”

Os embargantes indicam precedentes da 2ª Turma para demonstrar a existência da divergência.

Informam que a matéria teve repercussão geral reconhecida no RE 598.099.

É o relatório.Decido.É possível constatar a mudança na jurisprudência desta Corte sobre

a matéria. O entendimento da 1ª Turma a respeito do direito à nomeação do

candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital foi modificado no julgamento do RE 598.099, Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 03.10.2011, cujo acórdão possui a seguinte ementa:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS.

I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas.

II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do concurso público. Isso igualmente decorre de um necessário e incondicional respeito à segurança jurídica como princípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de proteção à confiança. Quando a Administração torna público um edital de concurso, convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar de forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como guia de comportamento. Isso quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administração Pública no decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito à confiança nela depositada por todos os cidadãos.

III. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO. CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO. Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração a possibilidade de situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que determinadas situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração Pública de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública, é necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes características: a) Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; b) Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; c) Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser devidamente motivada e, dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário.

IV. FORÇA NORMATIVA DO PRINCÍPIO DO CONCURSO PÚBLICO. Esse entendimento, na medida em que atesta a existência de um direito subjetivo à nomeação, reconhece e preserva da melhor forma a força normativa do princípio do concurso público, que vincula diretamente a Administração. É preciso reconhecer que a efetividade da exigência constitucional do concurso público, como uma incomensurável conquista da cidadania no Brasil, permanece condicionada à observância, pelo Poder Público, de normas de organização e procedimento e, principalmente, de garantias fundamentais que possibilitem o seu pleno exercício pelos cidadãos. O reconhecimento de um direito subjetivo à nomeação deve passar a impor limites à atuação da Administração Pública e dela exigir o estrito cumprimento das normas que regem os certames, com especial observância dos deveres de boa-fé e incondicional respeito à confiança dos cidadãos. O princípio constitucional do concurso público é fortalecido quando o Poder Público assegura e observa as garantias fundamentais que viabilizam a efetividade desse princípio. Ao lado das garantias de publicidade, isonomia, transparência, impessoalidade, entre outras, o direito à nomeação representa também uma garantia fundamental da plena efetividade do princípio do concurso público.

V. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.”Nesse julgamento, o relator fez a seguinte ressalva quanto ao direito

à nomeação:“Ressalte-se que o dever da Administração e, em consequência, o

direito dos aprovados, não se estende a todas as vagas existentes, nem sequer àquelas surgidas posteriormente, mas apenas àquelas expressamente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 81

previstas no edital de concurso. Isso porque cabe à Administração dispor dessas vagas da forma mais adequada, inclusive transformando ou extinguindo, eventualmente, os respectivos cargos.”

Constatada a mudança jurisprudencial, é importante verificar a sua aplicação ao caso.

Na petição inicial (fls. 9-23), Antonio Picinini e outros informam que foram aprovados no concurso para o Cargo de Inspetor Fiscal I do Município de São Paulo, realizado em 1992, que tinha previsão de vinte e uma vagas, mais as vagas que surgissem durante o seu prazo de validade. Sustentavam a existência de vagas e o direito à nomeação.

O pedido foi julgado improcedente, tendo o juiz consignado o seguinte (fls. 106-107):

“Importa verificar que o concurso em exame tinha validade por dois anos (item 8.4) do edital, a partir de sua homologação (09.06.92). Considerando que houve prorrogação do prazo, a vigência do concurso esgotou-se em 08.06.96. Durante esse período foram nomeados os candidatos classificados sob os nºs 1 a 400, sendo que a classificação dos autores começa no número 401. Pelo que se observa dos documentos juntados com a contestação, as nomeações ocorreram de acordo com a ordem de classificação e dentro do prazo de validade do concurso.”

Consta do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que negou provimento à apelação dos candidatos (fl. 134):

“No caso dos autos, pouco tempo antes de caducar o concurso, pelo vencimento do prazo de validade prorrogado, foi nomeado o quadrigentésimo aprovado, enquanto que o autor melhor classificado o foi no quadrigentésimo primeiro lugar. Não se pode dizer, à evidência, que houve preterição, e irrelevante que várias nomeações tenham sido tornadas sem efeito, quando ainda houve chamadas já próximo do fim da validade do concurso.”

Houve interposição de recurso extraordinário, inadmitido na origem. Contra essa decisão foi interposto agravo de instrumento.

O agravo teve o seu provimento negado pelo Ministro Sepúlveda Pertence com a seguinte fundamentação (fl. 273):

“É inviável o RE: Ao contrário do que afirmam os recorrentes, o acórdão recorrido não violou o texto constitucional ao dispor que: a classificação no concurso dá aos candidatos o direito de não ser preteridos, mas não o de ser nomeados, mesmo existindo vaga (incisos II, III e IV do caput do artigo 37 da Constituição da República, em combinação com a Súmula 15 do egrégio Supremo Tribunal Federal), e isso porque cabe ao Poder Executivo preencher os cargos da administração Pública a ele afetos segundo critérios de oportunidade e conveniência (inciso XXV do artigo 84 em combinação com o artigo 2º, ambos da Constituição da República e inciso V do caput do artigo 47 da Constituição Paulista).”

No julgamento do agravo regimental, a decisão do relator foi mantida pela 1ª Turma desta Corte. Nessa oportunidade, o Ministro Ayres Britto proferiu voto-vista no qual deixou consignado:

“Como o Relator, também entendo não ter o candidato aprovado em concurso público o direito à nomeação, tirante os casos de desobediência à ordem de classificação, situação diversa da ora analisada. Conquanto seja sensível à tese de que, comprovado o surgimento de vagas, ainda na validade do certame e havendo previsão editalícia de seu provimento, poderia o candidato já aprovado ter preferência em relação aos aprovados em exame posterior, tal entendimento aqui não se aplicaria. É que o caso possui uma peculiaridade bem delineada na decisão a quo. Até pouco antes de exaurido o concurso pelo vencimento do seu prazo de validade, já prorrogado, ainda buscou a Administração preencher os cargos vagos, procedendo a novo chamamento já no derradeiro mês do respectivo edital. Se o concurso previa o preenchimento de 21 vagas, 400 candidatos foram nomeados. Não se pode, pois, sustentar o desatendimento ao edital. Se não foram preenchidas todas as vagas, isto se deu pelo fato do vencimento do período fatal de quatro anos de validade do certame, em estrita obediência ao art. 37, inciso III, da Lei das Leis.”

Embora tenha ocorrido uma mudança de entendimento, essa alteração não modifica a situação dos recorrentes, pois de acordo com o voto do relator do RE 598.099, o dever de nomear os candidatos aprovados atinge somente aqueles classificados dentro do número de vagas expressamente previsto no edital de concurso

Além disso, para as vagas existentes dentro do prazo de validade do concurso foram nomeados novos candidatos, completando as 400 nomeações. Assim, não havia vaga disponível para os recorrentes dentro do prazo de validade do concurso, impossibilitando suas nomeações. As vagas somente ficaram disponíveis com a publicação da portaria que tornou sem efeito nomeações de candidatos que não tomaram posse, o que somente ocorreu após o término do prazo de validade do concurso.

Desse modo, nego seguimento aos embargos de divergência.Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.960

(375)

ORIGEM : AC - 1073827 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁ

RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ANTÔNIO CASEMIRO BELINATIADV.(A/S) : BRUNO AUGUSTO GONÇALVES VIANNAEMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

DESPACHO 1. Intimem-se o Embargado para, querendo, apresentar

contrarrazões no prazo máximo de 15 dias (art. 335, caput , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.371

(376)

ORIGEM : AI - 200404010494229 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIEMBTE.(S) : SUCESSÃO DE BLONDINA GRINGS MACHADOADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Vistos.Em razão de minha pretérita atuação no feito, na condição de

Advogado-Geral da União (fls. 250 a 265), afirmo meu impedimento para participar deste feito.

Encaminhem-se os autos à Presidência desta Corte, para sua redistribuição.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 715.190

(377)

ORIGEM : AC - 200651010095536 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : ANTONIO NELSON SILVA DE LIMAADV.(A/S) : BÁRBARA COSTA PESSOA GOMES TARDINEMBDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃOEMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1) AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA DO PARADIGMA APONTADO. 2) AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA. ART. 332 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EMBARGOS NÃO ADMITIDOS.

Relatório1. Embargos de divergência opostos contra acórdão da Segunda

Turma deste Supremo Tribunal que, em 11.12.2012, negou provimento ao agravo regimental interposto por Antonio Nelson Silva de Lima:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ANISTIA. ART. 8º DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Promoção restrita ao posto que o militar alcançaria se tivesse sido reformado pelos trâmites legais. Precedentes. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. Publicado o acórdão no DJe de 15.4.2013, opôs Antonio Nelson

Silva de Lima, ora Embargante, em 19.2.2013, tempestivamente, embargos de divergência (doc. 32).

3. O Embargante sustenta que “a v. decisão diverge frontalmente de diversas outras decisões prolatadas pela Primeira Turma deste Egrégio Supremo Tribunal Federal, que reconheceram aos praças das Forças Armadas, militares anistiados, as promoções que teriam direito durante o tempo em que estiveram afastados, como se na ativa estivessem, por não terem que se submeter aos critérios subjetivos e competitivos dos militares que permaneceram na Atividade.” (doc. 32, fl. 24-25).

Assevera que “o julgamento proferido [pela Segunda Turma] é totalmente divergente aos da Primeira Turma, que entende que ‘de acordo com o novo entendimento do Tribunal no que se refere à interpretação do art. 8º do ADCT, há de exigir-se, para a concessão de promoções, na aposentadoria ou na reserva, apenas a observância dos prazos de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 82

permanência em atividade inscritos nas leis e regulamentos vigentes, inclusive, em consequência, do requisito de idade-limite para ingresso em graduações ou postos, que constem de leis e regulamentos vigentes na ocasião em que o servidor, civil ou militar, seria promovido’, reconhecendo o direito ao anistiado político militar de ser promovido, também por merecimento, em decorrência da aplicação do art. 8º do ADCT/88, em conformidade com a nova orientação firmada no RE no 165.438.” (doc. 32, fl. 25).

Aponta os seguintes arrestos como paradigmas: a) Recurso Extraordinário n. 387.842-5-AgR, Primeira Turma, DJe 26.05.2006; b) Recurso Extraordinário n. 145.179-ED, Primeira Turma, DJe 27.10.2006; c) Recurso Extraordinário n. 165.438, Plenário, DJe 5.5.2006; d) Recurso Extraordinário n. 166.791- EDv, Plenário, DJe 19.10.2007; e) Recurso Extraordinário n. 174.161-ED-EDv, Plenário, DJe 13.11.2007.

Requer “sejam conhecidos e providos estes Embargos de Divergência, visando pacificar o entendimento entre as Turmas deste Excelso Supremo Tribunal Federal acerca da possibilidade da concessão das promoções ao oficialato, aos anistiados políticos militares da marinha do Brasil inerentes ao oficialato, previstos no Quadro de Oficiais Auxiliares da Marinha – QOAM” (doc. 32, fl. 39).

Examinada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Embargante.Os embargos de divergência são cabíveis contra decisão de Turma

deste Supremo Tribunal que divergir de julgado da outra Turma ou do Plenário (art. 330 do Regimento interno do Supremo Tribunal Federal).

5. Na espécie vertente, a Segunda Turma decidiu:“4. Como afirmado na decisão agravada, embora no julgamento dos

Embargos de Divergência em Recurso Extraordinário n. 166.791, Relator o Ministro Gilmar Mendes, tenha sido modificada interpretação anterior dada ao art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para adotar o entendimento firmado no julgamento do Recurso Extraordinário n. 165.438, Relator o Ministro Carlos Velloso, Plenário, DJ 5.5.2006, no qual se reconheceu o direito dos militares anistiados à promoção, também por merecimento, manteve-se a obrigatoriedade de que essas promoções ocorram somente dentro do mesmo quadro da carreira militar à qual pertenceu o anistiado.

O Tribunal de origem não divergiu da orientação jurisprudencial recente deste Supremo Tribunal Federal:

“1. Embargos de Divergência em Recurso Extraordinário. 2. Anistia. Art. 8º do ADCT/1988 . 3. Promoção de Militar e alcance do benefício constitucional. 4. RE conhecido e provido. 5. A jurisprudência do STF, que se firmara no sentido de excluir do âmbito de incidência do benefício constitucional da anistia tanto as promoções fundadas no critério de merecimento quanto aquelas que pressupunham aprovação em concurso e admissão e posterior aproveitamento em curso exigido por lei ou por atos regulamentares foi modificada a partir do julgamento do RE 165.438-DF, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de 05.05.2006. 6. De acordo com o novo entendimento do Tribunal no que se refere à interpretação do art. 8º do ADCT, há de exigir-se, para a concessão de promoções, na aposentadoria ou na reserva, apenas a observância dos prazos de permanência em atividade inscritos nas leis e regulamentos vigentes, inclusive, em consequência, do requisito de idade-limite para ingresso em graduações ou postos, que constem de leis e regulamentos vigentes na ocasião em que o servidor, civil ou militar, seria promovido. 7. Embargos de divergência conhecidos e acolhidos para reconhecer o direito do embargante de ser promovido, também por merecimento, em decorrência da aplicação do art. 8º do ADCT/88, em conformidade com a nova orientação firmada no RE no 165.438/DF” (RE 166.791-EDv, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, DJe 19.10.2007 – grifos nossos).

“CONSTITUCIONAL. MILITAR. ANISTIA. PROMOÇÃO. ART. 8º DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. 1 - Alteração da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no julgamento do Recurso Extraordinário n. 165.438, Relator o Ministro Carlos Velloso. Fato modificativo de direito. Aplicação do art. 462 do Código de Processo Civil. 2 - O que a norma do art. 8º do ADCT exige, para a concessão de promoções, na aposentadoria ou na reserva, é a observância, apenas, dos prazos de permanência em atividade inscritos nas leis e regulamentos vigentes, inclusive, em consequência, do requisito de idade-limite para ingresso em graduações ou postos, que constem de leis e regulamentos vigentes na ocasião em que o servidor, civil ou militar, seria promovido" (RE 165.438, Rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, DJ 5.5.2006). 3 - Embargos de Declaração acolhidos para receber os embargos de divergência e negar provimento ao recurso extraordinário” (RE 197.761-EDv- AgR-ED-ED, do qual fui redatora para o acórdão, Plenário, DJe 5.10.2007, grifos nossos).

5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional.

6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.”6. Quanto ao paradigma do Plenário apontado pelo Embargante

(Recurso Extraordinário n. 174.161) se tem: “1. Embargos de Declaração em Embargos de Divergência em

Recurso Extraordinário. 2. Decisão monocrática do relator dos embargos de divergência. 3. Embargos de Declaração recebidos como Agravo Regimental.

4. Anistia. Art. 8º do ADCT/1988. 5. Promoção de Militar e alcance do benefício constitucional. 6. RE conhecido e provido. 7. A jurisprudência do STF, que se firmara no sentido de excluir do âmbito de incidência do benefício constitucional da anistia tanto as promoções fundadas no critério de merecimento quanto aquelas que pressupunham aprovação em concurso e admissão e posterior aproveitamento em curso exigido por lei ou por atos regulamentares foi modificada a partir do julgamento do RE 165.438-DF, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de 05.05.2006. 8. De acordo com o novo entendimento do Tribunal no que se refere à interpretação do art. 8o do ADCT, há de exigir-se, para a concessão de promoções, na aposentadoria ou na reserva, apenas a observância dos prazos de permanência em atividade inscritos nas leis e regulamentos vigentes, inclusive, em conseqüência, do requisito de idade-limite para ingresso em graduações ou postos, que constem de leis e regulamentos vigentes na ocasião em que o servidor, civil ou militar, seria promovido. 9. Agravo regimental provido para conhecer e acolher os embargos de divergência e reconhecer o direito do embargante de ser promovido, também por merecimento, em decorrência da aplicação do art. 8o do ADCT, em conformidade com a nova orientação firmada no RE no 165.438-DF.” (RE 174.161-EDv-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 9.5.2013, grifos nossos)

Não há pertinência entre o que decidido no acórdão embargado e no paradigma apontado.

O acórdão paradigma não tratou da controvérsia trazida no presente processo, apesar de ambos tratarem de promoções concedidas na esteira do art. 8º do ADCT. No caso apontado como exemplo nada se dispôs sobre a possibilidade de o militar anistiado poder ou não ser promovido a posto fora de seu quadro de carreira.

Ademais, os acórdãos paradigma e embargado convergem no entendimento de que promoções concedidas com base no art. 8º do ADCT da Constituição da República devem observar os prazos de permanência em atividade.

O Supremo Tribunal Federal assentou que, para a caracterização do conflito jurisprudencial, é indispensável que o paradigma invocado respeite situação jurídica idêntica à apreciada no acórdão embargado:

“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA DA DIVERGÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1 - Para a demonstração da divergência, é indispensável que os paradigmas invocados digam respeito a situação jurídica idêntica à apreciada pelo acórdão embargado. 2 - Incabíveis os embargos de divergência pelos quais se pretende a utilização de decisão monocrática para a demonstração de contradição jurisprudencial” (AI 767.226-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 1º.2.2011 – grifos nossos).

“O acórdão-paradigma, para legitimar a oposição de embargos de divergência, deve referir-se a situações, que, considerados os elementos essenciais a ela inerentes, permitam estabelecer, ante a especificidade de que se revestem, a necessária relação de pertinência com a tese jurídica que a decisão embargada, em frontal dissenso com o padrão de confronto invocado, veio a acolher no julgamento da causa. Inocorrência, no caso ora em exame, desse específico pressuposto de admissibilidade dos embargos de divergência. - A parte embargante, sob pena de recusa liminar de processamento dos embargos de divergência - ou de não-conhecimento destes, quando já admitidos - deve demonstrar, de maneira objetiva, mediante análise comparativa entre o acórdão-paradigma e a decisão embargada, a existência do alegado dissídio jurisprudencial, impondo-se-lhe reproduzir, na petição recursal, para efeito de caracterização do conflito interpretativo, os trechos que configuram a divergência indicada, mencionando, ainda, as circunstâncias que identificam ou que tornam assemelhados os casos em confronto, não bastando, para os fins a que se refere o art. 331 do RISTF, a mera transcrição das ementas dos acórdãos invocados como referências paradigmáticas, nem simples alegações genéricas pertinentes à suposta ocorrência de dissenso pretoriano. Precedentes” (RE 255.328-ED-EDv-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Plenário, DJ 30.5.2003, grifos nossos).

7. Quanto aos demais paradigmas apontados, é pacífica a jurisprudência deste Supremo Tribunal no mesmo sentido do acórdão embargado.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 165.438, os seguintes esclarecimentos foram prestados pelo Relator, Ministro Carlos Velloso:

“A Sra. Ministra Ellen Gracie Tenho um pedido de esclarecimento ao eminente Relator. V. Exa. Então, defere o pedido originalmente encaminhado na via do mandado de segurança para o efeito de que o militar receba todas as promoções que poderia receber dentro do seu quadro? Porque ele é um integrante dos quadros inferiores: subtenente, sargento, etc.

O Sr. Ministro Nelson Jobim (Presidente) Pode chegar a Brigadeiro, então?

A Sra. Ministra Ellen Gracie Não, não pode; é dentro do seu quadro. O Sr. Ministro Carlos Velloso (Relator) É dentro do seu quadro”.Nesse sentido, os seguintes julgados: “1. Embargos de Divergência em Recurso Extraordinário. 2. Anistia.

Art. 8º do ADCT/1988. 3. Promoção de Militar e alcance do benefício constitucional. 4. RE conhecido e provido. 5. A jurisprudência do STF, que se firmara no sentido de excluir do âmbito de incidência do benefício

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 83

constitucional da anistia tanto as promoções fundadas no critério de merecimento quanto aquelas que pressupunham aprovação em concurso e admissão e posterior aproveitamento em curso exigido por lei ou por atos regulamentares foi modificada a partir do julgamento do RE 165.438-DF, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ de 05.05.2006. 6. De acordo com o novo entendimento do Tribunal no que se refere à interpretação do art. 8º do ADCT, há de exigir-se, para a concessão de promoções, na aposentadoria ou na reserva, apenas a observância dos prazos de permanência em atividade inscritos nas leis e regulamentos vigentes, inclusive, em consequência, do requisito de idade-limite para ingresso em graduações ou postos, que constem de leis e regulamentos vigentes na ocasião em que o servidor, civil ou militar, seria promovido. 7. Embargos de divergência conhecidos e acolhidos para reconhecer o direito do embargante de ser promovido, também por merecimento, em decorrência da aplicação do art. 8º do ADCT/88, em conformidade com a nova orientação firmada no RE no 165.438/DF” (RE 166.791-EDv, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 19.10.2007, grifos nossos).

“DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ART. 8º DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. ANISTIA. DIREITO À PROMOÇÃO RESTRITO AO QUADRO DE CARREIRA INTEGRADO PELO MILITAR. PRECEDENTES. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 27.7.2010. O art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias abrange as promoções fundadas nos critérios de antiguidade e merecimento, observados os prazos de permanência em atividades inscritas nas leis e regulamentos vigentes, vedada, no entanto, a promoção ao quadro de carreira diverso daquele integrado pelo militar anistiado. Agravo regimental conhecido e não provido.” (ARE 718.938-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 21.5.2013, grifos nossos).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ART. 8º DO ADCT. ANISTIA. MILITAR. PROMOÇÃO A POSTO DE CARREIRA DIVERSA. IMPOSSIBILIDADE. ANÁLISE DOS QUADROS DA CARREIRA MILITAR. INVIABILIDADE. REEXAME DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 632.176-ED, Relator o Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, DJe 30.4.2013, grifos nossos)

O acórdão embargado não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal.

8. Nos termos do art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, “não cabem embargos se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada”.

Assim, ausente a alegada divergência, incabíveis os presentes embargos:

“I – Embargos de divergência: inadmissibilidade, ‘quando houver jurisprudência firme do Plenário no mesmo sentido da decisão embargada’ (Súmula 247)” (RE 433.257-AgR-EDEDv-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 16.2.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSONÂNCIA DA DECISÃO EMBARGADA COM O ACÓRDÃO PROFERIDO PELO TRIBUNAL PLENO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO. Embargos de divergência. Não-cabimento. A teor do disposto no artigo 332 do Regimento Interno desta Corte, não cabem embargos se a jurisprudência do Plenário estiver firmada no sentido da decisão embargada. Agravo regimental não provido” (RE 153.781-EDv-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ 25.4.2003).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Embargante.9. Pelo exposto, não admito os embargos de divergência (art. 335

do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 2 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420

(378)

ORIGEM : APCRIM - 20010001362380 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL

PROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHAADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E

OUTRO(A/S)EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁEMBDO.(A/S) : EVELINE ABREU FREITASADV.(A/S) : PAULO CAMILLO

DESPACHOVista ao Procurador-Geral da República.Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.723 (379)ORIGEM : AC - 20060097465000000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ÉDSON JOSÉ DA SILVAADV.(A/S) : GERVÁSIO ALVES DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : JOSÉ ORCÍRIO MIRANDA DOS SANTOSADV.(A/S) : NEWLEY ALEXANDRE DA SILVA AMARILLARECDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS BIFFIRECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : AZOR RODRIGUES MARQUESADV.(A/S) : NEWLEY ALEXANDRE DA SILVA AMARILLARECDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO YENESADV.(A/S) : NEWLEY ALEXANDRE DA SILVA AMARILLA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL E REEXAME NECESSÁRIO – AÇÃO POPULAR – CONCURSO PÚBLICO – PRAZO DE VALIDADE – PRORROGAÇÃO – RESPEITO AO PRAZO CONSTITUCIONAL PREVISTO NO ART. 37, II, DA CF – PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DAS NOMEAÇÕES DE CANDIDATOS APROVADOS EM NÚMERO SUPERIOR ÀS VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE ABERTURA – INADMISSIBILIDADE – AUSÊNCIA DE PRETERIÇÃO – NÃO-OCORRÊNCIA DE ILEGALIDADE, IMORALIDADE OU LESÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO – RECURSO IMPROVIDO.

A fixação do prazo de validade do concurso público e sua prorrogação inserem-se na esfera de discricionariedade da Administração Pública, cabendo ao Poder Judiciário apenas a verificação quanto à legalidade extrínseca de tais atos.

Eventuais equívocos da Administração Pública no tocante à fixação do prazo de validade do concurso público, se forem sanados a tempo e mediante ato administrativo válido, não configuram lesão aos princípios da legalidade e moralidade administrativa.

É válida a nomeação de candidatos aprovados em concurso público em número superior ao de vagas oferecidas no edital, desde que o surgimento das novas vagas tenha ocorrido durante o prazo de validade do concurso e seja observada a estrita ordem de classificação dos candidatos” (fl. 567).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 37, II e III, da mesma Carta. Sustentou-se que a administração não poderia prorrogar o prazo de validade do concurso após o termo fixado pelo Edital 6/2000, razão pela qual deveriam ser considerados nulos o Edital 12/2000 bem como a Resolução 33/2001.

Por fim, aduziu-se a invalidade das nomeações realizadas após o prazo fixado no Edital 6/2000 e em número superior à quantidade de vagas previstas no Edital de abertura.

A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pelo desprovimento do recurso (fls. 647-650).

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência desta Corte no sentido de que a administração deve respeitar as regras por ela estipuladas para reger determinado concurso público ante a necessidade de proteção à confiança dos cidadãos que se dispuseram a concorrer às vagas oferecidas. Nesse sentido, destaco o seguinte trecho da ementa do RE 598.099-RG/MS, Rel. Min. Gilmar Mendes:

“(...) II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do concurso público. Isso igualmente decorre de um necessário e incondicional respeito à segurança jurídica como princípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de proteção à confiança. Quando a Administração torna público um edital de concurso, convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar de forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como guia de comportamento. Isso quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administração Pública no decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito à confiança nela depositada por todos os cidadãos”.

Dessa forma, a atuação da administração se respaldou na necessidade de proteção da expectativa, legitimamente criada, daqueles que se dispuseram à participar do certame no sentido de que seu prazo de validade, ante a ausência de menção expressa no edital, seria regulado pela norma constitucional que o estipula em dois anos (art. 37, III).

Assim o parecer da Procuradoria Geral da República, do qual extraio o seguinte trecho:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 84

“Conquanto se vislumbre conturbado contexto editalício, a Administração agiu nos limites constitucionais, não acarretando prejuízo a direito material dos aprovados no certame, segundo critérios objetivos, previamente estabelecidos.

Ora, o concurso constituindo meio técnico posto à disposição da administração para o alcance da probidade e aperfeiçoamento do serviço público, rege-se pelo princípio da eficiência e, representando processo oneroso ao Erário, deve culminar no máximo aproveitamento, a fim de atingir a finalidade coletiva que nele se espelha.

Assim, dando cumprimento aos ditames constitucionais, nenhuma ilegalidade se vislumbra na conduta administrativa” (fls. 649-650)

Outrossim, o direito à nomeação, tal como reconhecido pelo Tribunal de origem, também se estende ao candidato aprovado fora do número de vagas previstas no edital na hipótese em que surgirem novas vagas no prazo de validade do concurso. Com esse entendimento, cito o seguinte julgado:

“Concurso público. Criação, por lei federal, de novos cargos durante o prazo de validade do certame. Posterior regulamentação editada pelo Tribunal Superior Eleitoral a determinar o aproveitamento, para o preenchimento daqueles cargos, de aprovados em concurso que estivesse em vigor à data da publicação da Lei.

1. A Administração, é certo, não está obrigada a prorrogar o prazo de validade dos concursos públicos; porém, se novos cargos vêm a ser criados, durante tal prazo de validade, mostra-se de todo recomendável que se proceda a essa prorrogação.

2. Na hipótese de haver novas vagas, prestes a serem preenchidas, e razoável número de aprovados em concurso ainda em vigor quando da edição da Lei que criou essas novas vagas, não são justificativas bastantes para o indeferimento da prorrogação da validade de certame público razões de política administrativa interna do Tribunal Regional Eleitoral que realizou o concurso.

3. Recurso extraordinário provido” (RE 581.113/SC, Rel. Min. Dias Toffoli - grifos meus).

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 820.065-AgR/GO, Rel. Min. Rosa Weber; RE 227.480/RJ e RE 733.029/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 649.046-AgR/MA e RE 708.653/BA, Rel. Min. Luiz Fux; AI 776.070-AgR/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Por fim, para dissentir do Tribunal de origem necessário seria o reexame do conjunto fático probatório constante dos autos, bem como a análise de cláusulas editalícias, o que atrai a incidência da Súmula 279 e 454 do STF. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS NO EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS. PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (RE N. 598.099). REEXAME DE FATOS E PROVAS E DE CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

(...)” (RE 666.092-AgR/BA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.528 (380)ORIGEM : MS - 20050008523780 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : CEARÁRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO CEARÁADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁRECDO.(A/S) : PAULO DE TARSO CAVALCANTE ASFOR JÚNIORADV.(A/S) : PEDRO CADEIRA DE ARAÚJO

A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no RE 655.265, verbis :

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO PARA CARGO DE JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO. COMPROVAÇÃO DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE JURÍDICA (PRÁTICA FORENSE) DE 3 (TRÊS) ANOS. MOMENTO DA EXIGÊNCIA DO PREENCHIMENTO DA CONDIÇÃO. EDITAL DO CONCURSO OMISSO QUANTO À DATA DA INSCRIÇÃO DEFINITIVA. CONCURSO SUSPENSO POR ATO DA ADMINISTRAÇÃO. ATENDIMENTO SUPERVENIENTE DO REQUISITO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.”.

O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.

Devolvam-se os autos à Corte de origem.Publique-seBrasília, 09 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.043 (381)ORIGEM : AI - 200804000023140 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ASSOCIACAO DOS SERVIDORES DA JUSTICA

FEDERAL NO PARANA - ASSERJUSPARADV.(A/S) : JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALASSIST.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO

CONSUMIDOR - IDECADV.(A/S) : LEONARDO SAMPAIO DE ALMEIDAAM. CURIAE. : FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BANCOS - FEBRABANADV.(A/S) : RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S)

Petição/STF nº 35.436/2013DESPACHOMANDATO – EXCLUSÃO – OUTORGADOS – AUTUAÇÃO -

RETIFICAÇÃO.1. Juntem.2. Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN requer a exclusão

dos nomes dos advogados Luís Roberto Barroso, Renata Saraiva, Eduardo Mendonça, Thiago Magalhães e Viviane Perez da autuação do processo. Indica os nomes dos advogados Rafael Barroso Fontelles e Felipe Monnerat Solon de Pontes Rodrigues para constar das futuras publicações.

3. Observem o pedido, alterando a autuação.4. Publiquem.Brasília, 2 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.372 (382)ORIGEM : AC - 200751010005333 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : DERZULIO CORREIA DE MELOADV.(A/S) : BRUNO HERRLEIN CORREIA DE MELLORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do qual destaco os seguintes trechos da ementa:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ISONOMIA. ART. 40 § 8º DA CF/88. AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL APOSENTADO. GRATIFICAÇÃO DE INCREMENTO DA FISCALIZAÇÃO E ARRECADAÇÃO - GIFA. LEI 11.356/2006. VANTAGEM PRO LABORE FACIENDO. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS INATIVOS.

(...).2 - A Gratificação de Incremento de Fiscalização e Arrecadação -

GIFA, foi instituída com objetivo de que o Fisco atingisse metas de arrecadação, através dos procedimentos de fiscalização perpetrados pelos servidores, o que seria obtido através da avaliação de desempenho individual dos Auditores Fiscais da Receita Federal e institucional do órgão, o que caracteriza sua natureza pro labore faciendo.

3 - Conforme entendimento sedimentado do e. STF, não infringe o princípio da isonomia sua não extensão aos servidores aposentados e pensionistas, tendo em vista que somente as vantagens de caráter geral são extensíveis aos inativos. Precedentes.

(...)” (fls. 219-220 grifos meus).Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, caput, e 40º, § 8º (redação data pela EC 41/2003), da mesma Carta. Sustentou-se, ainda, que “a GIFA possui natureza de vantagem de caráter geral e, considerando essa condição peculiar, é extensiva aos servidores aposentados e pensionistas nos mesmos valores pagos aos servidores em atividade” (fl. 232).

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a controvérsia sobre a natureza da vantagem concedida demanda o exame da legislação infraconstitucional aplicável ao caso. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Inviável, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE INCREMENTO DA FISCALIZAÇÃO E DA ARRECADAÇÃO – GIFA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 661.790-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).

“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 85

ESTÍMULO À PRODUÇÃO INDIVIDUAL. LEI ESTADUAL 6.762/75. PRECEDENTES.

1. A gratificação de estímulo à produção individual tem caráter pro labore faciendo, não devendo ser acrescida à pensão recebida por dependentes de servidores que não estejam na atividade.

2. A Lei estadual 6.762/75 disciplina a forma de concessão da GEPI. Para se analisar a controvérsia dos autos seria necessário fazer um exame de fatos, provas e legislação local, o que é defeso nesta fase recursal, nos termos das Súmulas STF 279 e 280.

3. Agravo regimental improvido” (RE 472.577-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma).

No mesmo sentido, em hipóteses semelhantes à destes autos, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 679.773/RS, Rel. Min. Luiz Fux; RE 520.666/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 648.746/PB, Rel. Min. Dias Toffoli; RE 591.382/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 558.193/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; ARE 655.505/CE, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.654 (383)ORIGEM : REsp - 1008842 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : FABIANO DA CONCEIÇÃO PINHEIROADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

Trata-se de recurso extraordinário criminal contra acórdão do TJ/RS que negou provimento ao agravo em execução, reconhecendo que o cometimento de falta grave não acarreta a perda dos dias remidos do apenado.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, violação aos arts. 1º, II e IV, 5º, XXXVI e XLVI, e 6º, da mesma Carta.

O presente recurso perdeu o objeto.Com efeito, verifico que o Superior Tribunal de Justiça deu

provimento ao recurso especial (REsp 1.008.842/RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho), nos seguintes termos:

“O entendimento desta Corte Superior e do Pretório Excelso é de que o instituto da remição constitui, em verdade, um benefício concedido ao apenado que trabalha e a decisão acerca de sua concessão sujeita-se à cláusula rebus sic stantibus. Assim, ocorrendo o cometimento de falta grave, o condenado perde o direito ao tempo já remido (...)”.

Tal decisão transitou em julgado em 18/8/2010.Isso posto, julgo prejudicado o recurso extraordinário (Art. 21, IX,

RISTF). Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.705 (384)ORIGEM : AC - 457342009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BUNGE ALIMENTOS S/AADV.(A/S) : ARNO SCHMIDT JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO

DESPACHO: Determino o sobrestamento do feito, até o julgamento do RE 635.688,

Relator o Ministro Gilmar Mendes.Devem os autos aguardar na Secretaria Judiciária da Corte.Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.864 (385)ORIGEM : RE - 20050276161000300 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINAPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINA

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

RECDO.(A/S) : AROLDO DE ARAUJOADV.(A/S) : EDUVALDO JOSÉ VIEIRA

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 635 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE-RG 721.001, de minha relatoria, DJe 7.3.2013. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no artigo. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 665.688 (386)ORIGEM : ADI - 20060413212 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : SINDICATO DA INDÚSTRIA DA EXTRAÇÃO DO

CARVÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA - SIECESC

ADV.(A/S) : ANDRÉ DA SILVA DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE TREVISOADV.(A/S) : EDAIR RODRIGUES DE BRITTO JÚNIORRECDO.(A/S) : CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE

TREVISO

DECISÃO: O presente recurso extraordinário foi interposto contra acórdão, que, proferido, em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, pelo Órgão Especial do E. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, está assim ementado:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI MUNICIPAL. PROMULGAÇÃO, PELO PRESIDENTE DA CÂMARA, DE PROJETO DE INICIATIVA PARLAMENTAR APROVADO PELOS VEREADORES, APÓS ENCAMINHAMENTO AO CHEFE DO EXECUTIVO, QUE DEIXOU TRANSCORRER O PRAZO SEM LHE OPOR VETO. PROCESSO LEGISLATIVO QUE OBSERVOU A NORMA INSCRITA NO ART. 54 E PARÁGRAFOS DA CARTA ESTADUAL. ARGUIÇÃO DE VÍCIO FORMAL. INOCORRÊNCIA.

‘A sanção pode ser expressa ou tácita: é expressa quando o prefeito declara seu assentimento ao projeto de lei; é tácita quando deixa transcorrer o prazo sem opor veto à proposição enviada pela Câmara. Após a sanção segue-se a promulgação, como estágio sucessivo e imediato no procedimento complexo de formação da lei’ (Meirelles, Hely Lopes, Direito Municipal Brasileiro, 16ª ed. atual., Ed. Malheiros, 2008, p. 739).

MALFERIMENTO DO ART. 112, INCISOS I E II, DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL. COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE A QUESTÃO QUE INCUMBIRIA AO ESTADO E À UNIÃO. EXTENSÃO AOS MUNICÍPIOS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL NO TOCANTE A MATÉRIAS QUE DIZEM RESPEITO A INTERESSE LOCAL.

IMPROCEDÊNCIA.‘A competência executiva do Município para a proteção ambiental

está expressa na Constituição da República, dentre as matérias de interesse comum a todas as entidades estatais (art. 23, VI). Essa competência em defesa de sua população e de seus bens já se achava remansada na doutrina e na jurisprudência, transposta a fase inicial de hesitações, compreensível em matéria nova e complexa, tratada quase sempre sob influências emocionais e interesses conflitantes, não devidamente sopesados com a neutralidade da técnica, a certeza do Direito e a serenidade da justiça. Superado esse estágio, verificou-se que a proteção ambiental é incumbência do Poder Público em todos os níveis de governo; e a nossa Constituição, inovadoramente, reservou as normas gerais de proteção do meio ambiente para a União (CF, art. 24, VI, e § 1º), deixando para o Estado-membro a legislação supletiva (art. 24, § 2º) e para o Município o provimento dos assuntos locais. Realmente, sempre se entendeu que ao Município sobravam poderes implícitos para editar normas edilícias de salubridade e segurança urbanas e para tomar medidas executivas de contenção das atividades prejudiciais à saúde e bem-estar da população local e degradadoras do meio ambiente de seu território, uma vez que, como entidade estatal, achava-se investido de suficiente poder de polícia administrativa para a proteção da coletividade administrativa.

No tocante à proteção ambiental a ação do Município limita-se espacialmente ao seu território, mas materialmente estende-se a tudo quando possa afetar seus habitantes e particularmente a população urbana. Para tanto, sua atuação nesse campo deve promover a proteção ambiental nos seus três aspectos fundamentais: controle da poluição, preservação dos recursos naturais e restauração dos elementos destruídos’ (obra citada, p. 581).”

A parte recorrente, ao deduzir o presente apelo extremo, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 86

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. PAULO DA ROCHA CAMPOS, ao opinar pelo improvimento do recurso extraordinário em questão, formulou parecer do qual se destaca a seguinte passagem:

“6. No caso em tela, os graves danos registrados no aresto impugnado, como o esvaziamento de nascentes de água potável, rios e poços artesianos e o desabamento de residências, justificam a limitação da atividade de mineração na área urbana do Município Recorrido.

7. Saliente-se que o ‘subsolo é considerado recurso ambiental’ pelo art. 3º, V, da Lei nº 6.938/81 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente); e que a Lei n° 7.805, de 18/7/1989, estabelece, no art. 2°, que ‘a permissão de lavra garimpeira em área urbana depende de assentimento da autoridade administrativa local, no Município de situação do jazimento mineral’ (…).”

Entendo assistir razão ao parecer da douta Procuradoria-Geral da República, no ponto em que opina pelo improvimento do presente recurso extraordinário, cujos termos adoto como fundamento da presente decisão, valendo-me, para tanto, da técnica da motivação “per relationem”, reconhecida como plenamente compatível com o texto da Constituição (AI 738.982/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 809.147/ES, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 814.640/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ARE 662.029/SE, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – MS 28.989-MC/PR, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI, v.g.):

“Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.”

(AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Impende assinalar, por relevante, que o Supremo Tribunal Federal,

corroborando a manifestação do Ministério Publico Federal, consagrou diretriz jurisprudencial que torna inacolhível a pretensão recursal ora deduzida (ADI 3.338/DF, Red. p/ o acórdão Min. EROS GRAU – RE 474.922-segundo-AgR/SC, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, v.g.):

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 1. COMPETÊNCIA CONCORRENTE PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO AMBIENTAL. PRECEDENTES. (…). 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

(AI 856.768-AgR/MG, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – grifei)Cumpre destacar, por oportuno, ante a inquestionável procedência

de suas observações, a seguinte passagem do voto do eminente Ministro AYRES BRITTO, proferido por ocasião do julgamento plenário da ADI 3.338/DF, no sentido de que:

“(...) além de a Constituição conferir a competência material aos Estados e Municípios para ‘proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas’ (art. 23, VI), ela, Constituição Federal, também na matéria, confere a competência de ordem legislativa, expressamente, art. 24, inciso VI.” (grifei)

Essa mesma compreensão do tema é também perfilhada por autorizado magistério doutrinário (JOSÉ AFONSO DA SILVA, “Direito Ambiental Constitucional”, p. 81/82, item n. 14, 9ª ed., 2011, Malheiros; CELSO ANTONIO PACHECO FIORILLO, “Curso de Direito Ambiental Brasileiro”, p. 219/220, item n. 4.2, 2012, Saraiva; PAULO AFFONSO LEME MACHADO, “Direito Ambiental Brasileiro”, p. 442/444, item n. 3, 2013, Malheiros), como se depreende da expressiva lição de PAULO DE BESSA ANTUNES (“Direito Ambiental”, p. 110/111, item n. 2.3, 15ª ed., 2013, Atlas):

“O artigo 30 da Constituição Federal atribui aos Municípios competência para legislar sobre: assuntos de interesse local; suplementar a legislação federal e estadual no que couber; promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observadas a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Parece claro, na minha análise, que o meio ambiente está incluído no conjunto de atribuições legislativas e administrativas municipais e, em realidade, os Municípios formam um elo fundamental na complexa cadeia de proteção ambiental. A importância dos Municípios é evidente por si mesma, pois as populações e as autoridades locais reúnem amplas condições de bem conhecer os problemas e mazelas ambientais de cada localidade, sendo certo que são as primeiras a localizar e identificar o problema. É através dos Municípios que se pode implementar o princípio ecológico de agir localmente, pensar globalmente. Na verdade, entender que os Municípios não têm competência ambiental específica é fazer uma interpretação puramente literal da Constituição Federal.”

O exame da presente causa evidencia que o acórdão ora impugnado ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência.

Cabe registrar, finalmente, tratando-se da hipótese prevista no art.

125, § 2º, da Constituição da República, que o provimento e o improvimento de recursos extraordinários interpostos contra acórdãos proferidos por Tribunais de Justiça em sede de fiscalização normativa abstrata têm sido veiculados em decisões monocráticas emanadas dos Ministros Relatores da causa no Supremo Tribunal Federal, desde que, tal como sucede na espécie, o litígio constitucional já tenha sido definido pela jurisprudência prevalecente no âmbito deste Tribunal (RE 243.975/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 334.868-AgR/RJ, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 336.267/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 353.350- -AgR/ES, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 369.425/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 371.887/SP, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE 396.541/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 415.517/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 421.271-AgR/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 444.565/RS, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 461.217/SC, Rel. Min. EROS GRAU – RE 501.913/MG, Rel. Min. MENEZES DIREITO – RE 592.477/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – RE 601.206/SP, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.).

Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando os precedentes referidos, conheço do presente recurso extraordinário, para negar-lhe provimento.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.261 (387)ORIGEM : AC - 50018149520104047102 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : IVON DA SILVA JUNIOR E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE CARTER MANICA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa:

“TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL. EMPREGADOR RURAL PESSOA FÍSICA. INCONSTITUCIONALIDADE. SUPERPOSIÇÃO DE INCIDÊNCIAS. BASE DE CÁLCULO NÃO IDENTIFICADA COM RECEITA OU FATURAMENTO. INSTITUIÇÃO POR LEI COMPLEMENTAR. LEIS Nº 8.540/1992, 9.528/1997 E 10.256/2001. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/1998. EFEITO REPRISTINATÓRIO DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. REVOGAÇÃO DO § 5º DO ART. 22 DA LEI Nº 8.212/1991. CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS.

1. O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o RE 363.852/MG, reconheceu a inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre a comercialização da produção rural, quanto ao empregador rural pessoa física, prevista no artigo 25 da Lei 8.212/91.

(...)5. A Corte Especial deste Tribunal, no ARGINC 2008.70.16.000444-6,

declarou inconstitucional a Lei nº 10.256/2001, com redução de texto, para abstrair do caput do art. 25 da Lei nº 8.212/91 as expressões 'contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22', e 'na alínea 'a' do inciso V', fica mantida a contribuição do segurado especial, na forma prevista nos incisos I e II do art. 25 da Lei nº 8.212/91.

6. Consoante o julgado da Corte Especial, torna-se exigível a contribuição do empregador rural pessoa física sobre a folha de salários, uma vez que o art. 6º da Lei nº 10.256/2001 revogou o § 5º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, que determinava a não aplicação do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 ao empregador rural pessoa física.

7. O entendimento firmado pela Corte Especial coaduna-se com o efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade, pois, anulando-se os atos praticados com base na norma inconstitucional, restaura-se a vigência da legislação anterior, aparentemente revogada pela lei inconstitucional.

8. O empregador rural pessoa física tem direito à restituição ou à compensação do valor integral da contribuição recolhida com base na comercialização da produção rural até a edição da Lei nº 10.256/2001 e, a partir da vigência dessa Lei, da diferença entre a contribuição sobre a produção rural e a contribuição sobre a folha de salários”.

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação aos arts. 2º, 5º, XXXVI e LIV, e 52, X, da mesma Carta, bem como aos princípios constitucionais da isonomia, da proporcionalidade, da razoabilidade e da proteção à confiança.

Para tanto, sustentou-se a ilegitimidade em exigir a contribuição sobre a folha de salários para o empregador rural pessoa física, após reconhecida a inconstitucionalidade da tributação da comercialização da produção rural, pleiteando-se, assim, a restituição do valor integral do indébito tributário mesmo na vigência da Lei 10.256/2001, afastando-se a compensação com a contribuição que seria devida sobre a folha de salários.

A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 87

não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, anote-se:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. ART. 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356. 1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais dados como contrariados. Caso em que o aresto impugnado não abordou a questão constitucional disposta nos dispositivos tidos por violados (arts. 5º, LV; 93, IX e 207 da CF), tampouco foram opostos embargos de declaração, imprescindíveis a suprir eventual omissão. Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. Agravo regimental improvido” (RE 363.743AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).

Ainda que superado esse óbice, o recurso não prosperaria. É que este Tribunal possui larga jurisprudência no sentido de que, reconhecida a inconstitucionalidade de obrigação tributária ou a constitucionalidade de crédito em favor do contribuinte, as questões que se seguem quanto à eventual determinação da norma aplicável em substituição à declarada inconstitucional, bem como a interpretação da legislação que define a prescrição, a correção monetária, os juros, o direito à compensação e a fixação exata do montante a que o contribuinte tem direito em cada caso concreto possuem nítido caráter infraconstitucional ou dependem do exame de provas.

Daí a necessidade de que essas questões sejam decididas pelas instâncias ordinárias.

Com esse raciocínio, destaco os seguintes precedentes, entre outros: RE 387.316-AgR-ED-ED/PR e RE 422.005-ED/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 489.845-AgR/SP e RE 415.802-ED/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 512.483-ED/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 447.436-ED/RS, Rel. Min. Celso de Mello; RE 480.191-AgR/SP e RE 509.908-AgR/PR, Rel. Min. Ayres Britto; RE 523.855-ED/RJ e RE 327.677-ED/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 343.937-ED/SC e RE 499.634-ED-ED/SC, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 717.602 (388)ORIGEM : HC - 201192642325 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

GOIÁSRECDO.(A/S) : GUSTAVO BALTAZAR ALVES DE FARIASADV.(A/S) : ULISSES TRINDADE DE FARIA

DECISÃO: Vistos.O Ministério Público do Estado de Goiás interpõe recurso

extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, assim ementado:

“HABEAS CORPUS. TRÁFICO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. DECISÃO AUSENTE DE FUNDAMENTAÇÃO. 1 – Não obstante o paciente tenha respondido ao processo segregado cautelarmente, restando evidenciado que o Juízo a quo ao emitir o decreto condenatório, deixou de justificar adequadamente os motivos ensejadores da manutenção da prisão, merece ser permitido a ele o direito de apelar em liberdade. 2 – Ordem conhecida e concedida” (fl. 72).

O recorrente alega, basicamente, ofensa ao art. 93, inciso IX, da Constituição. Aduz, para tanto, sua ocorrência “quando o acórdão dele utiliz[ou]-se para afastar a necessária manutenção da prisão, sob equivocado fundamento de carência de fundamentação da decisão que negou o pedido de apelar em liberdade” (fl. 112).

Examinados os autos, decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão atacado foi publicado após

3/5/07 (fl. 97), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do art. 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece ser acolhida.Sucede que não há falar em violação pelo julgado impugnado do art.

93, inciso IX, da Constituição, pois a jurisdição foi prestada em espécie, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão do ora agravante, tendo o Tribunal a quo justificado suas razões de

decidir.Registre-se, ademais, que o Plenário desta Corte no HC nº

104.339/SP, Relator o Ministro Gilmar Mendes, reconheceu a inconstitucionalidade incidenter tantum do art. 44, caput, da Lei nº 11.343/06, que vedava a possibilidade de concessão de liberdade provisória em se tratando de prisão em flagrante pelo delito de tráfico de entorpecentes.

Com essas considerações, nos termos dos arts. 21, § 1º do RISTF e 38 da Lei nº 8.038/90, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 719.731 (389)ORIGEM : AC - 200533000233487 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES FEDERAIS EM

SAUDE TRABALHO PREVIDENCIA E ASSISTENCIA SOCIAL NO ESTADO DA BAHIA - SINDIPREV/BA

ADV.(A/S) : MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do

Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE

DESEMPENHO DE ATIVIDADE PREVIDENCIÁRIA – GDAP. LEI 10.355/2001, ART. 8º. ISONOMIA. CF/88, ARTS. 5º, CAPUT, E 40, § 8º. APOSENTADOS E PENSIONISTAS.

1. O artigo 40, parágrafo 4º, da Constituição Federal/88, em sua redação anterior à EC 20/98, não assegurava a equiparação absoluta entre servidores ativos, inativos e pensionistas. Garantia a equivalência de vencimentos e vantagens somente quando se tratasse de verbas de caráter genérico e impessoal, não associadas ao exercício efetivo da função.

2. O parágrafo único do art. 8º da Lei 10.355/2001 estendeu a GDAP às aposentadorias e às pensões existentes quando da vigência da Lei, fixando o valor correspondente a 30 (trinta) pontos, quando percebida por período inferior a 60 (sessenta) meses, sem qualquer afronta ao princípio constitucional inserto no art. 40, § 4º, da Constituição Federal – redação vigente na ocasião – tendo em conta não se tratar de gratificação de caráter geral, uma vez que a GDAP está associada com a avaliação do desempenho profissional, caracterizando-se como vantagem associada ao exercício efetivo da função, concedida em virtude do alcance dos objetivos organizacionais, podendo considerar projetos e atividades prioritárias e condições especiais de trabalho, além de outras características específicas do INSS.

3. Apelação a que se nega provimento.”O recurso busca fundamento no art. 102, III, a, da Constituição

Federal. A parte recorrente alega violação ao art. 40, § 8º, da Constituição. O recurso extraordinário deve ser provido, tendo em vista que a

decisão recorrida não está alinhada com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. De início, note-se que a legislação que instituiu a gratificação em análise determinou sua graduação segundo uma avaliação de desempenho institucional (parcela geral) e individual (parcela específica), a ser realizada conforme critérios que serão instituídos por ato do Poder Executivo. Até que sobrevenha a regulamentação e sejam realizadas as avaliações, porém, a lei determina que todos os servidores da ativa receberão pelo mesmo patamar. Com efeito, esta Corte já assentou que, na hipótese de gratificação dotada de caráter genérico, se impõe a sua extensão aos servidores inativos ainda beneficiados pela regra de paridade. Vale dizer: aos servidores que tenham se aposentado antes da edição da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou que, nos termos de seu art. 3º, já tivessem reunido as condições para tanto.

Esse é, precisamente, o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal em diversas oportunidades, inclusive em relação à gratificação em análise. Nesse sentido, confira-se a ementa do RE 595.023-AgR, julgado sob a relatoria da Ministra Carmem Lúcia:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE PREVIDENCIÁRIA - GDAP E GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE SEGURO SOCIAL - GDASS: CARÁTER GERAL. POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

Diante do exposto, com base no art. 557, § 1º, do CPC e no art. 21, § 2º, do RI/STF, dou provimento ao recurso extraordinário, a fim de que seja reconhecida a extensão, aos servidores inativos filiados ao recorrente ainda beneficiados pela regra de paridade, da Gratificação de Desempenho de Atividade Previdenciária (GDAP), enquanto esta for dotada de caráter genérico.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 88

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 741.939 (390)ORIGEM : AC - 2919024000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : JANSSEN - CILAG FARMACÊUTICA LTDAADV.(A/S) : PATRICIA GUIMARÃES HERNANDEZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EDNA RITA DE SOUZA LEITEADV.(A/S) : LUIZ COELHO PAMPLONA E OUTRO(A/S)

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que deu provimento à apelação da recorrida, para assegurar-lhe o direito à indenização por danos morais e materiais, decorrentes de uso de medicamento tido como provável causador dos problemas de saúde que culminaram na amputação de um de seus braços.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, violação aos arts. 5º, XXXVII, LII e LV, 93, III, 94, e 98, I, da mesma Carta da República.

O recorrente sustenta, basicamente, que o julgamento da apelação por Turma composta majoritariamente por juízes de primeiro grau convocados ofenderia os dispositivos constitucionais suscitados.

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Paulo Gustavo Gonet Branco, opinou pelo desprovimento do recurso (fls. 1.650-1.652).

Bem examinados os autos, entendo que a pretensão recursal não merece acolhida.

Registro, de início, quanto à alegação de nulidade processual, como bem ressaltado no parecer ministerial, não houve o devido prequestionamento, além de ser de evidente índole infraconstitucional, alcançando de modo oblíquo o texto constitucional.

No que concerne ao mérito do recurso, também não logra êxito. Isso porque, no que toca à suposta violação ao princípio do juiz natural, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 597.133-RG/RS, de minha relatoria, reconheceu a repercussão geral do tema em debate e confirmou a sua jurisprudência no sentido de que não viola o postulado constitucional do juiz natural o julgamento proferido em Tribunais por órgãos fracionários compostos majoritariamente por juízes convocados. O acórdão do referido julgado foi assim ementado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL PENAL. JULGAMENTO DE APELAÇÃO POR TURMA JULGADORA COMPOSTA MAJORITARIAMENTE POR JUÍZES FEDERAIS CONVOCADOS. NULIDADE. INEXISTÊNCIA. OFENSA AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO.

I – Não viola o postulado constitucional do juiz natural o julgamento de apelação por órgão composto majoritariamente por juízes convocados, autorizado no âmbito da Justiça Federal pela Lei 9.788/1999.

II – Colegiado constituído por magistrados togados, integrantes da Justiça Federal, e a quem a distribuição de processos é feita aleatoriamente.

III – Julgamentos realizados com estrita observância do princípio da publicidade, bem como do direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório.

IV – Recurso extraordinário desprovido”.Na mesma esteira cito o AI 815.344-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim

Barbosa; AI 765.205-ED/SP, Rel. Min. Luiz Fux; AI 652.414-AgR/SP, de minha relatoria, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 743.015 (391)ORIGEM : PROC - 20000004944607001 - SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTICAPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : JOSE FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : RONALDO DE MORAIS RIBASADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO CHAVES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da 13º

Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim

ementado:“AGRAVO INTERNO – SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA DE

PODERES – NÃO-REVOGAÇÃO DOS SUBSTABELECIMENTOS ANTERIORES – PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃOS – AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS RECÉM-SUBSTABELECIDOS – INTIMAÇÃO DOS OUTROS PROCURADORES CONSITUÍDOS NOS AUTOS – INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DO ATO DE PUBLICAÇÃO. - O ulterior substabelecimento, efetuado pelo primitivo mandatário, com reserva de poderes, não revoga o(s) anterior(es). - Havendo mais de um advogado constituído nos autos para a mesma parte, basta que a intimação se faça em nome de um dos procuradores para ser válida, ressalvada a hipótese em que há designação prévia e expressa do advogado que deve receber as intimações, pois, nesse caso, realizar a intimação a advogado diverso daquele indicado pela parte implica cerceamento de defesa. - Em se verificando que, no caso concreto, não houve requerimento específico no sentido de que a intimação fosse efetuada no nome dos últimos advogados substabelecidos nos autos em detrimento dos primeiros, não há que se cogitar de nulidade da publicação dos acórdãos por ausência de intimação dos advogados ulteriormente substabelecidos”.

Alega-se, no apelo extremo, a existência de violação ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em

16/12/2006, conforme expresso na certidão de folha 264, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR. ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 716.886/AgR-SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11/4/2013).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual Civil. Intimação. Ausência. Nulidade. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas da causa. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 835.281/AgR-PR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 04/4/2013).

Destaca-se do acórdão recorrido a seguinte fundamentação:“Deve-se salientar, porém, que os novos procuradores da apelante

foram tão-somente substabelecidos, com reservas de poderes (f. 226-227-TJ), pelo advogado a quem foi concedido mandato para atuar no processo (f. 128 e 228-TJ), o qual, por sua vez, já havia inclusive outorgado substabelecimento para outros advogados defenderem os interesses da apelante em juízo (f. 129-130). Assim, considerando-se que o último substabelecimento não revoga o(s) anterior(es), deve-se afastar, de plano, qualquer alegação no sentido de que os ‘novos procuradores’ da apelante substituíram os anteriores.

(…)Pois bem. A princípio, impende ressaltar que se consolidou na

jurisprudência entendimento segundo o qual não há violação da regra prescrita no art. 236 §1º, do CPC (“Art. 236. (…) §1º É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes s de seus advogados, suficientes para sua identificação”) se, havendo diversos advogados da mesma parte, apenas m deles for intimado da publicação do ato processual. Nesse sentido:

(…)Cabe destacar que tal entendimento é excepcionado quando há

designação précia e expressa do advogado que deve receber as intimações, uma vez que, nessa hipótese, realizar a intimação do advogado diverso daquele indicado pela parte implica cerceamento de defesa. A esse respeito:

(…)Voltando à análise do caso vertente, infere-se que, conquanto a

apelante tenha requerido que os advogados substabelecidos às f. 226-227 fossem cadastrados para intimação quanto aos atos processuais, não se vislumbra nos autos qualquer alegação no sentido de que apenas estes advogados fossem intimados a partir do cadastramento. Por conseguinte, não

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 89: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 89

se deve reputar nula a publicação realizada em nome dos outros procuradores constituídos pela apelante, sobretudo porque não foi indicada qualquer razão específica para que a intimação fosse efetuada no nome dos últimos advogados substabelecidos em detrimento dos primeiros, como, por exemplo, o acompanhamento do processo no tribunal. Ademais, é importante ressaltar que a própria apelante já havia requerido que todas as publicações fossem realizadas no nome da Dra. Ana Cristina Linhares Sad (f. 183), a qual foi efetivamente cadastrada e intimada a respeito da publicação das súmulas dos acórdãos proferidos por este tribunal nos autos” (F. 242-245-TJ)”.

Modificar tal entendimento demandaria, induvidosamente, o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, procedimento vedado em sede extraordinária. Incidência, na espécie, da Súmula 279/STF.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 750.946 (392)ORIGEM : AI - 10209110048383001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : SILVIA REGINALDA CHAVESADV.(A/S) : SORAIA FÉLIX DE SOUZA

DESPACHO1. Vista ao Procurador-Geral da República.Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 754.422 (393)ORIGEM : AC - 20040102879 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : SILVIO DE JESUS GARCIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AMP COMERCIO DE CONFECCOES E CALCADOS

LTDAADV.(A/S) : MILTON BATISTA PEDREIRA

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CIVIL. PROCESSUAL CIVIL.

CONTRATO BANCÁRIO. JUROS. LIMITAÇÃO. PEDIDO DOS RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO REFERENTE AOS JUROS FIXADOS NO CONTRATO ATENDIDO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO: DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul:

“APELAÇÃO CÍVEL - REVISIONAL DE CONTRA TO - EMPRÉSTIMO EM CONTA CORRENTE- LIMITAÇÃO DOS JUROS EM 12% AO ANO - CAPITALIZAÇÃO - INDEVIDA - COMISSÃO DE PERMANÊNCIA - INADEQUADA PARA CORRIGIR O VALOR DA DÍVIDA - MULTA CONTRATUAL- LIMITAÇÃO LEGAL - RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

Nos termos do artigo 5° do Decreto n. 22.626/33 (Lei de Usura), os juros remuneratórios limitam-se a 12% (doze por cento) ao ano e os moratórios, na forma do artigo 5°, parágrafo único do Decreto-Lei n. 167/1967 (cédula de crédito rural), a 1% (um por cento) ao ano, admitindo-se a capitalização anual.

A comissão de permanência não é meio adequado para atualização do capital.

A multa contratual, nos termos do ordenamento vigente, é de 2% (dois por cento)” (grifos nossos).

No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator afirmou:

“Entendo que, malgrado a Súmula n. 596-STF, a Lei de Usura se aplica às instituição bancárias e afins, o que, a partir da Constituição de 1988, tomou-se mais do que evidente: que o princípio da isonomia, agora, no ordenamento jurídico brasileiro, não pode ter apenas conteúdo formal e abstrato, mas concreto e material (cf. José Afonso da Silva em seu "Curso de Direito Constitucional Positivo", pág. 190 e ss.), não permitindo privilégios a alguns. De outro lado, se o já tantas vezes repetido § 3° do artigo 192 é auto-aplicável, significa dizer que as ditas instituições financeiras não podem

cobrar juros superiores àquela taxa de doze por cento anuais.(...)A parte final do artigo 1.262 do Código Civil de 1917 que se achava

pois, revogada pela Lei de Usura, não foi repristinada pela Lei n. 4.595/64 e, ainda que se considere ter ela admitido que, por autorização do Conselho Monetário Nacional (de que fazem parte representantes de Bancos - cf. artigo 6°), as instituições financeiras pudessem cobrar juros com taxa superior a 12% (doze por cento) ao ano, a Constituição veio a impedir isso (artigo 192, § 3°)” (grifos nossos).

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 192, § 3º, da Constituição da República.

Sustenta a reforma do acórdão recorrido para “estabelecer que os juros remuneratórios são os contratados entre as partes, bem como declarar que o parágrafo 3° do artigo 192 da CF/88 não é autoaplicável, dependendo, portanto, de regulamentação” (grifos nossos).

Analisados os elementos havidos no processo, DECIDO.3. O Recorrente interpôs simultaneamente recursos extraordinário e

especial, nos quais pediu fossem os juros fixados em conformidade com o contrato bancário.

4. No julgamento do Recurso Especial n. 1.093.784/MS, o Ministro Ari Pargendler asseverou:

“O objeto litigioso diz respeito aos encargos exigíveis em contrato de abertura de crédito em conta-corrente firmado por pessoa jurídica.

As razões do recurso especial atacam o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul quanto aos juros remuneratórios e a sua capitalização mensal e à comissão de permanência.

Juros remuneratórios A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que

a legislação não limita os juros remuneratórios cobrados pelas instituições financeiras, que, todavia, estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor (STJ - Súmula nº 297).

Nessa linha, eles podem ser abusivos se destoarem da taxa média de mercado sem que as peculiaridades do negócio os justifiquem, conclusão que, no entanto, depende de prova in concreto (REsp nº 1.061.530, RS, Relatora a Ministra Nancy Andrighy, DJe de 10.03.2009) - circunstância não demonstrada nos autos.

Capitalização mensal de jurosAntes da Medida Provisória nº 1.963-17, de 30 de março de 2000,

ratificada pela Medida Provisória nº 2.170-36, de 2001, osjuros só podiam ser capitalizados se expressamente contratados, proibida a periodicidade menor do que a anual.

O artigo 5º das Medidas Provisórias acima aludidas permitiu a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano, que também depende de contratação – contratação evidentemente posterior àquela Medida Provisória, prequestionada pelo tribunal a quo e enfocada no recurso especial.

No caso, o acórdão recorrido não tratou das referidas Medidas Provisórias, faltando-lhes o indispensável prequestionamento.

Comissão de permanênciaA Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do

REsp nº 863.887, RS, consolidou o entendimento de que a comissão de permanência abrange três parcelas, a saber, os juros remuneratórios, à taxa média de mercado, nunca superiores àquela contratada para o empréstimo, os juros moratórios e a multa contratual; daí ser impossível a sua cobrança cumulada com juros de mora e multa contratual, sob pena de incorrer em bis in idem.

Ante o exposto, conheço do recurso especial e dou-lhe parcial provimento para afastar o fundamento infraconstitucional do julgado, declarando a exigibilidade dos juros remuneratórios contratados, bem como para declarar que, a partir do vencimento, o devedor responderá exclusivamente pela comissão de permanência (assim entendidos os juros remuneratórios à taxa média de mercado, nunca superiores àquela contratada para o empréstimo + juros de mora + multa contratual) – afastada a cobrança da correção monetária.

No julgamento do recurso extraordinário, o Supremo Tribunal Federal decidirá sobre a matéria constitucional, se for o caso.

Em face da sucumbência recíproca, ambas as partes responderão por metade das custas processuais e pelos honorários de advogado, que devem ser compensados na medida do possível.

O credor, nessa linha, pagará ao devedor honorários de advogado à base de 10% dos valores que o julgado declarou inexigíveis; já o devedor pagará ao credor honorários de advogado à base de 10% dos valores que o julgado declarou exigíveis – ambos calculados à data do ajuizamento da ação, com correção monetária” (grifos nossos).

Na espécie, o pedido foi atendido pelo Superior Tribunal de Justiça em decisão que transitou em julgado em 29.5.2013. Portanto, preclusa para este Supremo Tribunal a análise dessa matéria.

6. Pelo exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário, por perda de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 90

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 756.054 (394)ORIGEM : PROC - 200733009024713 - TRF1 - BA - 1ª REGIÃO - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : DANIELLE ALMEIDA DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RAILANE DA SILVA PEREIRAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CIVIL. CONTRATO. RENOVAÇÃO.

FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL - FIES. LEI N. 10.260/2001. EXIGÊNCIA DE FIANÇA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTE. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária da Bahia, que decidiu:

“CIVIL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES). NECESSIDADE DE FIADOR PARA O IMPLEMENTO CONTRATUAL. EXIGÊNCIA QUE NÃO SE COADUNA COM O OBJETIVO DO PROGRAMA. FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO E ACESSO À EDUCAÇÃO. IRRAZOABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. O FIES [Fundo de Financiamento Estudantil] é um programa de financiamento destinado a beneficiar estudantes que não têm condições econômicas de arcar com os custos de uma graduação em nível superior em instituições não gratuitas. 2. Nesse contexto, a exigência da garantia fidejussória apresenta-se irrazoável, escapando aos princípios da função social do contrato e da vedação ao retrocesso social, haja vista que o sistema anterior não o exigia, e criando empecilho muitas vezes intransponível para o estudante carente, que se vê obrigado a indicar como fiador alguém que disponha de renda mínima equivalente a duas vezes o valor da mensalidade do curso. 3. Tal exigência subverte, ainda, a presunção de adimplência do contratante, a qual, caso não se verifique, comportará a adoção das medidas judicialmente cabíveis, em ressarcimento da instituição financeira, a despeito da inexistência de fiador. 4. Recurso a que se nega provimento. 5. Sem honorários advocatícios, vez que não houve atuação advocatícia em favor do recorrido na fase recursal. 6. Presentes, ademais, os requisitos do ‘fumus boni juris’ e do ‘periculum in mora’, concedida, de ofício, nos termos do art. 4.º da Lei n. 10.259/2001, a antecipação da tutela ou, acaso já deferida na sentença, fica aqui mantida, para que a CEF proceda à assinatura do contrato e aditamentos, independentemente da nomeação de fiador” (fl. 91).

2. A Recorrente alega que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 205, 206, inc. I, e 208, inc. V, da Constituição da República.

Argumenta ser “desprovida de razoabilidade (…) a postura da Turma Recursal (…) que entende de forma cartelizada pela inexigibilidade da fiança nos contratos de FIES [Fundo de Financiamento Estudantil]. Fomenta-se, indiretamente, a inadimplência contratual. E não se venha dizer que a dação da fiança corresponde à imposição de barreira insuperável ao estudante carente. Porque a prestação de garantia fidejussória não implica em qualquer ônus financeiro ao estudante e porque, para os estudantes realmente carentes, o Governo Federal oferece o ProUni [Programa Universidade para Todos]” (fls. 99-100).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. O Juiz Relator do caso na Turma Recursal dos Juizados Especiais

Federais da Seção Judiciária da Bahia afirmou: “Veja-se tratar de contrato a ser interpretado à luz de sua finalidade

social. Atualmente, inclusive, resta indubitavelmente consagrado princípio da função social do contrato (art. 421 da Lei n. 10.406/2002), a par com o princípio da função social da propriedade. Neste caso, em especial, a função social é qualificada, devendo suas cláusulas serem interpretadas de forma ainda mais criteriosa. A cláusula em questão, ao exigir a presença de fiador em contratos que tais, exorbita o princípio da função social do contrato em comento, desnaturando-o. Acentue-se que não se pode presumir a inadimplência, havendo, ademais, outras formas de cobrar o seu cumprimento.

A exigência de fiador no contrato em exame traduz, então, cláusula excessivamente onerosa ao contratante, que desnatura a finalidade primordial da função do contrato de servir de instrumento apto a tornar efetivo o direito à educação, enquanto direito universal assim consagrado no ordenamento jurídico brasileiro, quanto ao quê, no entanto, o Estado tem falhado em efetivar” (fl. 89, grifos nossos) .

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes dependeria da análise prévia da legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Lei n. 10.260/2001). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Alegada violação às normas dos arts. 1º, inciso III, 3º, inciso III, 5º, inciso LIV, 206, inciso I e 208, inciso V, da Constituição Federal. Ofensa meramente reflexa, a não ensejar a interposição de recurso extraordinário . 1. Não há que se falar em ofensa

direta ao texto constitucional se, para sua constatação, faz-se necessária a análise da norma infraconstitucional em que fundamentada a decisão regional. 2. Jurisprudência pacífica deste Supremo Tribunal Federal a respeito do tema. 3. Agravo regimental não provido” (RE 509.343-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 10.11.2011).

Ainda as seguintes decisões monocráticas: Recursos Extraordinários ns. 613.500 e 541.551, de minha relatoria, DJe 4.4.2011, DJe 16.2.2009, respectivamente, 663.710, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe 7.12.2011, e 696.751, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe 18.3.2013.

Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente. 4. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 757.439 (395)ORIGEM : PROC - 50123312520114047200 - TRF4 - SC - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA TERESINHA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ROBERTO DE BEM RAMOSRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA CONTRIBUTIVA DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. ART. 29, § 5º, DA LEI N. 8.213/1991: APLICAÇÃO RESTRITA À APOSENTADORIA PRECEDIDA DE AUXÍLIO-DOENÇA INTERCALADO COM ATIVIDADE LABORATIVA (ART. 36, § 7º, DO DECRETO N. 3.048/1999). ACÓRDÃO RECORRIDO CONSOANTE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Santa Catarina, que decidiu:

“Voto no sentido de confirmar, por seus próprios fundamentos, a sentença que julgou improcedente o pedido de revisão de benefício previdenciário na forma do art. 29, § 5º , da Lei n. 8.213/91.

O Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2011, no julgamento do RE 583834, sobre a legalidade da súmula n. 09/TRSC, com repercussão geral reconhecida, decidiu da seguinte forma a respeito da matéria ventilada:

‘CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. CARÁTER CONTRIBUTIVO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXÍLIODOENÇA. COMPETÊNCIA REGULAMENTAR. LIMITES. 1. O caráter contributivo do regime geral da previdência social (‘caput’ do art. 201 da CF) a princípio impede a contagem de tempo ficto de contribuição. 2. O § 5º do art. 29 da Lei n. 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social - LBPS) é exceção razoável à regra proibitiva de tempo de contribuição ficto com apoio no inciso II do art. 55 da mesma Lei. E é aplicável somente às situações em que a aposentadoria por invalidez seja precedida do recebimento de auxílio-doença durante período de afastamento intercalado com atividade laborativa, em que há recolhimento da contribuição previdenciária. Entendimento, esse, que não foi modificado pela Lei n. 9.876/99. 3. O § 7º do art. 36 do Decreto n. 3.048/1999 não ultrapassou os limites da competência regulamentar porque apenas explicitou a adequada interpretação do inciso II e do § 5º do art. 29 em combinação com o inciso II do art. 55 e com os arts. 44 e 61, todos da Lei n. 8.213/1991. 4. A extensão de efeitos financeiros de lei nova a benefício previdenciário anterior à respectiva vigência ofende tanto o inciso XXXVI do art. 5º quanto o § 5º do art. 195 da Constituição Federal. Precedentes: REs 416.827 e 415.454, ambos da relatoria do Ministro Gilmar Mendes. 5. Recurso extraordinário com repercussão geral a que se dá provimento. (RE 583834, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 21/09/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-032 DIVULG 13-02-2012 PUBLIC 14-02-2012)’.

Em seu voto, o relator, ministro Ayres Britto, afirmou que o regime geral da previdência social tem caráter contributivo, nos termos do ‘caput’ do artigo 201 da Constituição Federal, 'donde se conclui, pelo menos a princípio, pelo desacerto de interpretações que resultem em tempo ficto de contribuição'.

Assim, nota-se que o STF, na decisão, entendeu somente ser possível a aplicação do que dispõe o art. 29, § 5º , da Lei n. 8.213/91, aos benefícios de aposentadoria por invalidez, caso o auxílio-doença recebido anteriormente tenha sido intercalado com períodos de contribuição, ou seja, período em que há atividade laborativa. Tratando-se de aposentadoria por invalidez precedida de período contínuo de afastamento da atividade, aplica-se o disposto no art. 36, § 7º , do Decreto n. 3.048/99.

Nesse sentido, adoto por fundamentos as razões do voto proferido pela Juíza Federal Ana Cristina Monteiro de Andrade e Silva, nos autos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 91

5008622-55.2011.404.7208, de onde extraio:‘Portanto, vê-se que o STF, ao pronunciar-se a respeito do assunto,

deixou claro que o art. 29, §5º, da Lei n. 8.213/91, como exceção à regra que impede a contagem de tempo de contribuição fictício, só pode ser aplicado na hipótese em que a aposentadoria por invalidez seja precedida do recebimento de auxílio-doença intercalado com atividade laborativa, em que há recolhimento da contribuição previdenciária. Daí que, se se tratar de aposentadoria por invalidez precedida de período contínuo de afastamento da atividade, possível é a aplicação do art. 36, § 7º, do Decreto n. 3.048/99. Outrossim, cabe observar que a decisão proferida pelo STF, mesmo tendo tratado de benefício concedido nos termos da redação original do art. 29, caput, da Lei n. 8.213/91, também deve, a meu ver, ser aplicada aos benefícios concedidos após a edição da Lei n. 9.876/99, que deu nova redação ao art. 29 daquela lei. Isso porque, segundo o próprio STF, o citado artigo 29 continua a fazer referência a 'salários-de-contribuição' apurados no período contributivo, sem qualquer inovação neste ponto. Assim, tendo em vista que a aposentadoria por invalidez em apreço decorre da conversão de auxílio-doença, sem períodos intercalados com atividade contributiva, o recurso interposto pela parte-autora não merece provimento, devendo esta ser condenada ao pagamento de honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, ressalvado que, para evitar o estabelecimento de honorários em patamar irrisório, o valor não poderá ser inferior a 1 (um) salário mínimo, suspensa a execução caso lhe tenha sido deferido o benefício da assistência judiciária gratuita’.

(…)Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso da parte

autora, confirmando por seus próprios fundamentos e pelo os ora acrescidos a sentença de improcedência do pedido”.

2. A Recorrente alega que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXVI, 194, inc. IV, 201, §§ 3º e 4º, e 202 da Constituição da República.

Argumenta que: “a aplicação do Recurso Extraordinário n. 583.834 aos benefícios

previdenciários concedidos depois da promulgação da Lei n. 9.876/99, posto que o RE [recurso extraordinário] que fundamentou a sentença é analisado sob a ótica do benefício concedido em março de 1995, ou seja, a sistemática de cálculo não condiz com a situação fática do benefício da parte recorrente, vez que o cálculo do RMI [renda mensal inicial] foi realizado nos termos da Lei n. 9.876/99.

(…)(…) Facilmente se percebe que interpretação do RE ([recurso

extraordinário] n. 583.834 não possui aplicabilidade aos benefícios concedidos após a Lei n. 9876/99. Dessa forma, não se encontra nem nunca se encontrou qualquer disposição expressa na legislação previdenciária que ampare a tese do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], ora recorrido. Em nenhum momento a norma fez distinção para o cálculo de aposentadoria por invalidez decorrente de transformação em auxílio-doença”.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 3. Razão jurídica assiste à Recorrente. 4. Este Supremo Tribunal assentou que a natureza contributiva do

regime geral de previdência social impõe a aplicação do art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991 somente à aposentadoria precedida de auxílio-doença intercalado com atividade laborativa:

“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. CARÁTER CONTRIBUTIVO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. COMPETÊNCIA REGULAMENTAR. LIMITES. 1. O caráter contributivo do regime geral da previdência social (‘caput’ do art. 201 da CF) a princípio impede a contagem de tempo ficto de contribuição. 2. O § 5º do art. 29 da Lei n. 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social - LBPS) é exceção razoável à regra proibitiva de tempo de contribuição ficto com apoio no inciso II do art. 55 da mesma Lei. E é aplicável somente às situações em que a aposentadoria por invalidez seja precedida do recebimento de auxílio-doença durante período de afastamento intercalado com atividade laborativa, em que há recolhimento da contribuição previdenciária. Entendimento, esse, que não foi modificado pela Lei n. 9.876/99. 3. O § 7º do art. 36 do Decreto n. 3.048/1999 não ultrapassou os limites da competência regulamentar porque apenas explicitou a adequada interpretação do inciso II e do § 5º do art. 29 em combinação com o inciso II do art. 55 e com os arts. 44 e 61, todos da Lei n. 8.213/1991. 4. A extensão de efeitos financeiros de lei nova a benefício previdenciário anterior à respectiva vigência ofende tanto o inciso XXXVI do art. 5º quanto o § 5º do art. 195 da Constituição Federal. Precedentes: REs 416.827 e 415.454, ambos da relatoria do Ministro Gilmar Mendes. 5. Recurso extraordinário com repercussão geral a que se dá provimento” (RE 583.834, Relator o Ministro Ayres Britto, Plenário, DJe 14.2.2012, grifos nossos).

No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas transitadas em julgado: Agravo em Recurso Extraordinário n. 654.783, de minha relatoria, DJe 5.10.2012; Agravo de Instrumento n. 830.376, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe 1º.2.2012; e Agravo em Recurso Extraordinário n. 697.558, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 5.9.2012.

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido. 5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 9 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 760.664 (396)ORIGEM : AI - 20060070081 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CAIXA DE PREVIDENCIA DOS FUNCIONARIOS DO

BANCO DO BRASIL PREVIADV.(A/S) : ANDRESSA LAURENTINO MEDEIROS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HELIO PIGNATARO FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : RAIMUNDO NONATO DE LIMA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

3. Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

4. Quanto à alegação de ofensa aos limites da coisa julgada e aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, diz respeito a temas cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. Registre-se que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF). De fato, a questão decidida pelo acórdão recorrido – aplicação imediata do art. 475-J do CPC, inserido pela Lei 11.323/2005, aos processos em tramitação – demanda análise unicamente de matéria infraconstitucional.

5. Diante do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinárioPublique-se. Intime-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 761.803 (397)ORIGEM : PROC - 50016490220114047203 - TRF4 - SC - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EVANDRO CARLOS ZANATTOADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BRUSTOLIN E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO1. Vista ao Procurador-Geral da República.Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 762.599 (398)ORIGEM : PROC - 200570500019009 - TRF4 - PR - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA APARECIDA DE SOUZA CRUZADV.(A/S) : CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 92

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. ALTERAÇÃO

DO TETO DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO: REAJUSTE NOS MESMOS ÍNDICES DOS BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. PRECEDENTE. ÍNDICES DE REAJUSTES DA RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Paraná, que manteve a sentença por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/1991.

Na sentença, o juiz decidiu: “A parte requerente busca revisão de benefício previdenciário de sua

titularidade. Argumenta que todos os reajustes concedidos ao salário-de-contribuição devem corresponder àqueles aplicados aos benefícios de prestação continuada, nos termos do art. 20, §1º, e 28, § 5º, ambos da Lei n. 8.212/91, procedimento de reajuste que não teria sido observado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. Afirma, outrossim, que a Emenda Constitucional n. 41/03, em seu art. 5º, consagrou o reajustamento do limite máximo do valor dos benefícios de acordo com os índices aplicados aos benefícios do Regime Geral da Previdência Social. Partindo do pressuposto de correspondência entre o valor do benefício percebido pelo segurado e o teto máximo do salário-de-contribuição, levanta a tese de que em se dando a elevação do limite máximo do salário-de-contribuição, deve haver também, por força do princípio da preservação do valor real dos benefícios da Previdência Social, a elevação do valor do benefício previdenciário na mesma proporção, pois teria sido esta a forma encontrada pelo legislador ordinário para manter o poder de compra dos benefícios.

(…)Decido.O benefício previdenciário é calculado de acordo com a lei vigente ao

tempo de sua concessão ou quando do cumprimento dos requisitos, de acordo com a cláusula da condição mais favorável.

Concedido o benefício, seu conteúdo patrimonial integra o que se tem por ato jurídico perfeito, circunstância que lhe atribui intangibilidade em relação à legislação superveniente, salvo disposição expressa em lei determinadora de revisão mais benéfica de seu valor. O exemplo típico de revisão de benefício por norma jurídica superveniente é a determinada pelo art. 58 do ADCT [Ato das Disposições Constitucionais Transitórias] quando o constituinte, compenetrado no aviltamento do valor dos benefícios previdenciários ao longo do período de manutenção, determinou sua revisão mediante a conversão em salários mínimos quando da data de sua concessão e o pagamento, na expressão em salários mínimos, até quando implementado o novo plano de benefícios do Regime Geral da Previdência Social [RGPS]. 1 A intangibilidade do valor dos benefícios previdenciários é garantida não apenas pelo ato jurídico perfeito ou pelo direito adquirido, mas expressamente pelo princípio constitucional da irredutibilidade do valor dos benefícios da Seguridade Social (CF/88, art. 194, IV) e pela garantia também constitucional de preservação, em caráter permanente, do valor real dos benefícios previdenciários, conforme critérios estabelecidos em lei (CF/88, art. 201, § 4º). Pode-se dizer, assim, que ao beneficiário da Previdência Social assiste o direito de reajustamento do valor dos benefícios previdenciários, nos termos definidos pelo legislador, e ainda o direito à majoração do benefício quando o legislador, atendida a regra da contrapartida (CF/88, art. 195, § 5º), determine a revisão.

O reajustamento, como se sabe, se dá nos termos da lei (e, atualmente, de acordo com os percentuais definidos pelo Poder Executivo – Lei n. 8.213/91, art. 41, ‘caput’).

Segundo a tese levantada na inicial, deve haver a vinculação proporcional ou correspondência percentual entre o valor do limite máximo do salário-de-contribuição e o valor do benefício previdenciário, mas tal fundamentação, a despeito da relevante preocupação que encerra, não encontra amparo no ordenamento jurídico.

De fato, nada obstante o reajustamento do limite máximo do salário-de-contribuição se deva dar nas mesmas épocas e pelos mesmos índices que reajustam os benefícios previdenciários, ao legislador é possível, por razões de política previdenciária, elevar o teto do salário-de-contribuição visando, no futuro, aumentar o grau de proteção do sistema básico de Previdência Social, sem que isso altere a sistemática de cálculo de renda mensal dos benefícios previdenciários ou implique dever de reajuste dos benefícios mantidos pelo RGPS [Regime Geral de Previdência Social]. E foi justamente o que se sucedeu com a elevação do limite máximo do salário-de-contribuição pelas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03.

Não procede, em primeiro lugar, o argumento de que se operou reajuste no valor do limite máximo salário-de-contribuição em descompasso com o valor dos benefícios previdenciários, pela singela razão de que não estamos diante de um reajuste destinado a manter o valor real do limite máximo, mas de uma elevação informada por critérios técnicos e de política de gestão previdenciária que em nenhum momento autoriza o pensamento de elevação automática dos benefícios previdenciários até então mantidos, o que, de resto, fulminaria a pretensão constitucional de equilíbrio financeiro e atuarial (CF/88, art. 201, ‘caput’).

Outrossim, assentados os pressupostos anteriormente deduzidos no sentido de que o benefício previdenciário tem o valor de sua renda mensal calculado de acordo com a lei vigente ao tempo de sua concessão e de que as prestações previdenciárias mantidas devem ser reajustadas para manter, em caráter permanente, o poder de compra, podendo ser alteradas apenas em razão de futura revisão (mais benéfica) determinada pelo legislador, não vislumbro fundamento para se acolher a tese de que o benefício cuja renda mensal foi limitada de acordo com a legislação vigente ao tempo de sua concessão mereça revisão por elevação (e não reajustamento) do limite máximo do salário-de-contribuição, o qual, nos termos do art. 33 da Lei n. 8.213/91, corresponde ao novo teto dos benefícios previdenciários, limite este que, por força do princípio ‘tempus regit actum’, terá aplicação para os benefícios concedidos a partir da nova disposição legal, não operando qualquer efeitos para o passado.

No sentido contrário a este entendimento, a Turma Recursal de Santa Catarina tem orientado que os limitadores dos benefícios previdenciários introduzidos pelas Emendas Constitucionais ns. 20/98 e 41/03 aplicam-se não somente aos benefícios concedidos após a sua promulgação, mas a todos os benefícios mantidos pelo RGPS [Regime Geral de Previdência Social], ao fundamento, primeiro, de que a existência de dois limites máximos para os benefícios não é autorizada pela Constituição ou pela legislação ordinária, e, segundo, de que o valor da renda mensal, quando atinge o teto dos benefícios, é limitada apenas para fins de pagamento, de maneira que se deve proceder, consoante este entendimento, a uma adequação da renda mensal ao novo limite máximo. Tal procedimento de revisão, ainda segundo esta linha jurisprudencial, teria sido adotado pelo próprio legislador ordinário quando veiculou as normas contidas no art. 26 da Lei n. 8.870/94 e art. 21, § 3º, da Lei n. 8.880/94.3

Sem embargo do respeito que é devido aos ilustres magistrados componentes da referida instância judicial catarinense, o fundamento adotado para se proceder à majoração dos benefícios previdenciários, pela elevação do limite máximo do salário-de-contribuição, não granjeia a adesão deste julgador.

Quanto à existência de mais de um limite para os benefícios mantidos pelo Regime Geral da Previdência Social [RGPS], é de se anotar que a Previdência Social tradicionalmente convive com a existência de diversos limitadores, sem que tal circunstância implique tratamento desigualitário. Com efeito, a própria disposição contida no art. 41, § 3º, da Lei n. 8.213/91, segundo a qual ‘nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos’, conduz ao pensamento de que benefícios há que são mantidos pelo Regime Geral da Previdência Social e pagos em valores superiores aos limites que foram sendo fixados pelo legislador.

O que não seria admissível, em princípio, é a existência de mais de um limitador como referência para benefícios do RGPS [Regime Geral de Previdência Social] concedidos em espaço temporal que os prende à mesma sistemática legal de cálculo de renda mensal (e ainda assim correm as exceções da cota adicional da aposentadoria por invalidez – Lei n. 8.213/91, art. 45, do valor do salário maternidade devido às seguradas empregada e trabalhadora avulsa – Lei n. 8.213/91, art. 72 e dos benefícios especiais como o devido aos ex-combatentes, entre outros).

Por outro lado, a renda mensal de um benefício previdenciário não constitui um conteúdo patrimonial provisório. Sendo definida de acordo com a lei vigente ao tempo da concessão, a renda mensal somente pode ser alterada por força dos reajustes necessários a preservar o valor real do benefício ou por determinação legal de revisão.

Não vejo meios jurídicos de se desnaturar a renda mensal inicial de uma grandeza definitiva para uma expressão provisória, mediante a sustentação de que ela apenas foi limitada para fins de pagamento. Não se trata apenas de uma limitação para fins de pagamento, mas de um verdadeiro limitador que, vigente ao tempo da concessão do benefício, emprestou contornos definitivos à expressão pecuniária. O excedente ao limite existe apenas na boa intenção do intérprete, carecendo de substrato jurídico.

De resto, a invocação das revisões determinadas pelas Leis ns. 8.870/94 e 8.880/94 é imprópria para o efeito de ilustrar a possibilidade de alteração da renda mensal por força de um novo limite máximo do salário-de-contribuição.

O detalhe é sutil mas determinante: essas revisões (que foram expressamente determinadas por lei, averbe-se) têm seu fundamento em elevação do limite máximo do salário-de-contribuição que é produto de mero reajustamento deste limitador.

O objetivo das referidas revisões é bem distinto, na medida em que o que se pretendeu foi evitar que o beneficiário fosse prejudicado por ter tido seu benefício calculado e limitado por um teto que se encontrava defasado. Assim, se a renda mensal do benefício foi limitada ao teto porque atingiu o valor máximo do salário-de-benefício (que é o mesmo do salário-de-contribuição) em mês anterior ao que se seguiria o reajustamento de tal limite, é adequado que por ocasião do primeiro reajuste se proceda a uma revisão, de maneira a evitar que o valor do benefício seja limitado por conta de um teto defasado e em vias de receber reajustamento.

Em suma, a alteração do valor máximo do salário-de-contribuição, que corresponde ao limite máximo da renda mensal dos benefícios previdenciários, não afeta os benefícios concedidos em tempo anterior e que foram calculados de acordo com as disposições normativas vigentes ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 93

tempo de sua concessão. A elevação do poder de compra de um benefício previdenciário depende de lei e esta, para guardar consonância com a Constituição, deve apontar a correspondente fonte de custeio destinada à majoração do benefício previdenciário (CF/88, art. 195, § 5º).

Se assim não fosse, restaria comprometida a possibilidade do legislador projetar novos graus de proteção previdenciária para os trabalhadores que se encontram em atividade, da forma como reclamam o princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços (CF/88, art. 194, IV) e a exigência constitucional de um Regime Geral de Previdência Social organizado segundo critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (CF/88, art. 210, ‘caput’).

A eficácia do princípio constitucional da preservação do valor real dos benefícios mantidos pelo Regime Geral da Previdência Social [RGPS] constitui uma das preocupações centrais do estudioso do direito previdenciário. Não se deve olvidar, porém, que sobre o tema o Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário n. 376.8468/SC, orientou que ‘a presunção de constitucionalidade da legislação infraconstitucional realizadora do reajuste previsto no art. 201, § 4º, da C.F, somente pode ser elidida mediante demonstração da impropriedade do percentual adotado para o reajuste’ (Rel. Min. Carlos Velloso, j. 24.09.2003, DJ 02.04.2004). Não é razoável que, a pretexto de se emprestar eficácia ao comando constitucional de preservação do valor dos benefícios previdenciários, opere-se inteligência que traduz, na verdade, aumento real de sua expressão econômica. Isto posto, julgo improcedente o pedido inicial”.

2. A Recorrente alega que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 3º, inc. I, 195, caput, e §§ 4º e 5º, e 201, § 4º, da Constituição da República.

Argumenta que: “Não existe, pois, nenhum dispositivo permitindo aumentos políticos,

ou por motivos discricionários, ou quaisquer outros interesses alheios à vontade do legislador. E a Constituição Federal é bastante clara em determinar que a Seguridade Social será financiada nos termos da lei.

Sendo assim, qualquer aumento na fonte de custeio sem obedecer a um dispositivo legal fere não somente a CF/88, art. 195, como também a Lei n. 8.212/91, arts. 20, 18 e 102.

E foi o que ocorreu em dezembro de 1998 e dezembro de 2003, na oportunidade da publicação das Emendas Constitucionais ns. 20/98 e 41/2003, posto que o Ministério da Previdência Social, através das Portarias ns. 4.883/98 e 12/2004 aumentou os salários-de- contribuição sem qualquer repasse aos benefícios previdenciários à época mantidos, procedimento ilegal e inconstitucional, conforme se demonstrará (…).

(…)Todo e qualquer reajuste aplicado ao salário-de-contribuição deve

guardar total equivalência àquele aplicado aos benefícios de prestação continuada em manutenção, o que não foi observado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] em 12/1998, 12/2003 e 01/2004.

(…)E justamente por estarmos a falar de um reajuste concedido aos

salários-de-contribuição (e não aos benefícios), pelo Ministro da Previdência Social (e não pelo legislador), é que o mesmo foi ilegal, sendo devido o mesmo reajuste aos benefícios em manutenção, conforme Lei n. 8.212/91.

(…)Como restou claro na exordial, bem como no recurso impetrado, o

que fundamenta o pleito do Recorrente é a Lei n. 8.212/91, em seus artigos 20, 28 e 102, e também a CF/88, arts. 201, § 4º (manutenção do valor real), 195, ‘caput’ e § 4º (necessidade de lei para alterações no custeio) e artigo 3º, (princípio da solidariedade, que rege o Regime de Repartição, base de nosso sistema previdenciário).

(…)Por tais razões, e se não foi publicada uma nova lei aumentando a

contribuição previdenciária sem o idêntico repasse percentual aos benefícios previdenciários, deve-se aplicar a legislação existente (Lei n. 8.212/91) que nos artigos 20, 28 e 102 expressam o ‘regime de repartição simples’, determinando total equivalência de reajuste entre o custeio e os benefícios em manutenção.

(…)E repita-se, em resumo final, e por exaustão, que o Ministério da

Previdência Social, através das Portarias Ministeriais, elevou os salários-de-contribuição de todas as escalas da tabela, e não somente do teto máximo, aumentando a fonte de custeio. Que as Emendas Constitucionais não autorizaram, ora nenhuma, a elevação do custeio, mas apenas especificaram novo valor máximo para benefícios futuros. Que o sistema de repartição implica em total repasse do montante arrecadado pelo INSS para os benefícios em manutenção, sem reserva. E que não existe qualquer dispositivo legal autorizando o Ministro da Previdência Social a aumentar sua fonte de arrecadação sem que repasse tal elevação em forma de benefício aos segurados do sistema (criação, majoração, extensão ou reajuste de benefícios)”.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. O Juiz Relator manteve sentença assim fundamentada: “A parte requerente busca revisão de benefício previdenciário de sua

titularidade. Argumenta que todos os reajustes concedidos ao salário-de-contribuição devem corresponder àqueles aplicados aos benefícios de prestação continuada, nos termos do art. 20, §1º, e 28, § 5º, ambos da Lei n.

8.212/91, procedimento de reajuste que não teria sido observado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social].

(…)O reajustamento, como se sabe, se dá nos termos da lei (e,

atualmente, de acordo com os percentuais definidos pelo Poder Executivo – Lei n. 8.213/91, art. 41, ‘caput’).

(…)Não procede, em primeiro lugar, o argumento de que se operou

reajuste no valor do limite máximo salário-de-contribuição em descompasso com o valor dos benefícios previdenciários, pela singela razão de que não estamos diante de um reajuste destinado a manter o valor real do limite máximo, mas de uma elevação informada por critérios técnicos e de política de gestão previdenciária que em nenhum momento autoriza o pensamento de elevação automática dos benefícios previdenciários até então mantidos, o que, de resto, fulminaria a pretensão constitucional de equilíbrio financeiro e atuarial (CF/88, art. 201, ‘caput’).

(…)Em suma, a alteração do valor máximo do salário-de-contribuição,

que corresponde ao limite máximo da renda mensal dos benefícios previdenciários, não afeta os benefícios concedidos em tempo anterior e que foram calculados de acordo com as disposições normativas vigentes ao tempo de sua concessão. A elevação do poder de compra de um benefício previdenciário depende de lei e esta, para guardar consonância com a Constituição, deve apontar a correspondente fonte de custeio destinada à majoração do benefício previdenciário (CF/88, art. 195, § 5º) (grifos nossos)”.

O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência do Supremo Tribunal, que assentou que a alteração do teto do salário de contribuição não enseja reajuste nos mesmos índices dos benefícios de prestação continuada:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. 1. A alteração do teto do salário de contribuição não enseja reajuste nos mesmos índices dos benefícios de prestação continuada. Precedentes. 2. Índices de reajustes da renda mensal de benefício. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 707.813-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.10.2012, grifos nossos).

E: “1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reajuste de

benefício previdenciário. Interpretação de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição. Agravo regimental não provido. Não se tolera, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. 2. PREVIDÊNCIA SOCIAL. Reajuste de benefício de prestação continuada. Índices aplicados para atualização do salário-de-benefício. Arts. 20, § 1º e 28, § 5º, da Lei nº 8.212/91. Princípios constitucionais da irredutibilidade do valor dos benefícios (Art. 194, IV) e da preservação do valor real dos benefícios (Art. 201, § 4º). Não violação. Precedentes. Agravo regimental improvido. Os índices de atualização dos salários-de-contribuição não se aplicam ao reajuste dos benefícios previdenciários de prestação continuada” (AI 590.177-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 27.4.2007, grifos nossos).

4. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido a respeito do índice de reajuste aplicável ao benefício previdenciário demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional e das normas infralegais aplicadas à espécie (Lei n. 8.213/1991, e Portarias ns. 4.883/1998 e 12/2004 do Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS), inviável em recurso extraordinário:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Salário de contribuição e benefício de prestação continuada. Equivalência dos reajustes. Preservação do valor real. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte é de que, embora o segurado tenha direito ao reajuste dos benefícios, esse se dará nos moldes e critérios previstos na lei, que definirá, inclusive, os índices de correção monetária aplicáveis e os períodos de sua incidência. 2. Inviável em recurso extraordinário a interpretação da legislação infraconstitucional e a análise de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da Súmula n. 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 537.616-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.2.2012, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente. 5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 9 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 762.961 (399)ORIGEM : PROC - 20047050071702 - TRF4 - PR - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CELIA REGINA JAEGERADV.(A/S) : ELIANA MEIRA NOGUEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 94

RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. ALTERAÇÃO

DO TETO DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO: REAJUSTE NOS MESMOS ÍNDICES DOS BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. PRECEDENTE. ÍNDICES DE REAJUSTES DA RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Paraná, que manteve a sentença por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/1991.

Na sentença mantida, o juiz decidiu: “A parte requerente busca revisão de benefício previdenciário de sua

titularidade. Argumenta que todos os reajustes concedidos ao salário-de-contribuição devem corresponder àqueles aplicados aos benefícios de prestação continuada, nos termos do art. 20, §1º, e 28, § 5º, ambos da Lei n. 8.212/91, procedimento de reajuste que não teria sido observado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. Afirma, outrossim, que a Emenda Constitucional n. 41/03, em seu art. 5º, consagrou o reajustamento do limite máximo do valor dos benefícios de acordo com os índices aplicados aos benefícios do Regime Geral da Previdência Social. Partindo do pressuposto de correspondência entre o valor do benefício percebido pelo segurado e o teto máximo do salário-de-contribuição, levanta a tese de que em se dando a elevação do limite máximo do salário-de-contribuição, deve haver também, por força do princípio da preservação do valor real dos benefícios da Previdência Social, a elevação do valor do benefício previdenciário na mesma proporção, pois teria sido esta a forma encontrada pelo legislador ordinário para manter o poder de compra dos benefícios.

(…) Decido. (…)Segundo a tese levantada na inicial, deve haver a vinculação

proporcional ou correspondência percentual entre o valor do limite máximo do salário-de-contribuição e o valor do benefício previdenciário, mas tal fundamentação, a despeito da relevante preocupação que encerra, não encontra amparo no ordenamento jurídico.

De fato, nada obstante o reajustamento do limite máximo do salário-de-contribuição se deva dar nas mesmas épocas e pelos mesmos índices que reajustam os benefícios previdenciários, ao legislador é possível, por razões de política previdenciária, elevar o teto do salário-de-contribuição visando, no futuro, aumentar o grau de proteção do sistema básico de Previdência Social, sem que isso altere a sistemática de cálculo de renda mensal dos benefícios previdenciários ou implique dever de reajuste dos benefícios mantidos pelo RGPS [Regime Geral de Previdência Social]. E foi justamente o que se sucedeu com a elevação do limite máximo do salário-de-contribuição pelas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03.

Não procede, em primeiro lugar, o argumento de que se operou reajuste no valor do limite máximo salário-de-contribuição em descompasso com o valor dos benefícios previdenciários, pela singela razão de que não estamos diante de um reajuste destinado a manter o valor real do limite máximo, mas de uma elevação informada por critérios técnicos e de política de gestão previdenciária que em nenhum momento autoriza o pensamento de elevação automática dos benefícios previdenciários até então mantidos, o que, de resto, fulminaria a pretensão constitucional de equilíbrio financeiro e atuarial (CF/88, art. 201, ‘caput’).

Outrossim, assentados os pressupostos anteriormente deduzidos no sentido de que o benefício previdenciário tem o valor de sua renda mensal calculado de acordo com a lei vigente ao tempo de sua concessão e de que as prestações previdenciárias mantidas devem ser reajustadas para manter, em caráter permanente, o poder de compra, podendo ser alteradas apenas em razão de futura revisão (mais benéfica) determinada pelo legislador, não vislumbro fundamento para se acolher a tese de que o benefício cuja renda mensal foi limitada de acordo com a legislação vigente ao tempo de sua concessão mereça revisão por elevação (e não reajustamento) do limite máximo do salário-de-contribuição, o qual, nos termos do art. 33 da Lei n. 8.213/91, corresponde ao novo teto dos benefícios previdenciários, limite este que, por força do princípio ‘tempus regit actum’, terá aplicação para os benefícios concedidos a partir da nova disposição legal, não operando qualquer efeitos para o passado.

No sentido contrário a este entendimento, a Turma Recursal de Santa Catarina tem orientado que os limitadores dos benefícios previdenciários introduzidos pelas Emendas Constitucionais ns. 20/98 e 41/03 aplicam-se não somente aos benefícios concedidos após a sua promulgação, mas a todos os benefícios mantidos pelo RGPS [Regime Geral de Previdência Social], ao fundamento, primeiro, de que a existência de dois limites máximos para os benefícios não é autorizada pela Constituição ou pela legislação ordinária, e, segundo, de que o valor da renda mensal, quando atinge o teto dos benefícios, é limitada apenas para fins de pagamento, de maneira que se deve proceder, consoante este entendimento, a uma adequação da renda mensal ao novo limite máximo. Tal procedimento de revisão, ainda segundo

esta linha jurisprudencial, teria sido adotado pelo próprio legislador ordinário quando veiculou as normas contidas no art. 26 da Lei n. 8.870/94 e art. 21, § 3º, da Lei n. 8.880/94.3

Sem embargo do respeito que é devido aos ilustres magistrados componentes da referida instância judicial catarinense, o fundamento adotado para se proceder à majoração dos benefícios previdenciários, pela elevação do limite máximo do salário-de-contribuição, não granjeia a adesão deste julgador.

Quanto à existência de mais de um limite para os benefícios mantidos pelo Regime Geral da Previdência Social [RGPS] , é de se anotar que a Previdência Social tradicionalmente convive com a existência de diversos limitadores, sem que tal circunstância implique tratamento desigualitário. Com efeito, a própria disposição contida no art. 41, § 3º, da Lei n. 8.213/91, segundo a qual nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos adquiridos, conduz ao pensamento de que benefícios há que são mantidos pelo Regime Geral da Previdência Social e pagos em valores superiores aos limites que foram sendo fixados pelo legislador.

O que não seria admissível, em princípio, é a existência de mais de um limitador como referência para benefícios do RGPS [Regime Geral de Previdência Social] concedidos em espaço temporal que os prende à mesma sistemática legal de cálculo de renda mensal (e ainda assim correm as exceções da cota adicional da aposentadoria por invalidez Lei n. 8.213/91, art. 45, do valor do salário maternidade devido às seguradas empregada e trabalhadora avulsa Lei n. 8.213/91, art. 72 e dos benefícios especiais como o devido aos ex-combatentes, entre outros).

(…)De resto, a invocação das revisões determinadas pelas Leis ns.

8.870/94 e 8.880/94 é imprópria para o efeito de ilustrar a possibilidade de alteração da renda mensal por força de um novo limite máximo do salário-de-contribuição.

O detalhe é sutil mas determinante: essas revisões (que foram expressamente determinadas por lei, averbe-se) têm seu fundamento em elevação do limite máximo do salário-de-contribuição que é produto de mero reajustamento deste limitador.

O objetivo das referidas revisões é bem distinto, na medida em que o que se pretendeu foi evitar que o beneficiário fosse prejudicado por ter tido seu benefício calculado e limitado por um teto que se encontrava defasado. Assim, se a renda mensal do benefício foi limitada ao teto porque atingiu o valor máximo do salário-de-benefício (que é o mesmo do salário-de-contribuição) em mês anterior ao que se seguiria o reajustamento de tal limite, é adequado que por ocasião do primeiro reajuste se proceda a uma revisão, de maneira a evitar que o valor do benefício seja limitado por conta de um teto defasado e em vias de receber reajustamento.

Em suma, a alteração do valor máximo do salário-de-contribuição, que corresponde ao limite máximo da renda mensal dos benefícios previdenciários, não afeta os benefícios concedidos em tempo anterior e que foram calculados de acordo com as disposições normativas vigentes ao tempo de sua concessão. A elevação do poder de compra de um benefício previdenciário depende de lei e esta, para guardar consonância com a Constituição, deve apontar a correspondente fonte de custeio destinada à majoração do benefício previdenciário (CF/88, art. 195, § 5º).

Se assim não fosse, restaria comprometida a possibilidade do legislador projetar novos graus de proteção previdenciária para os trabalhadores que se encontram em atividade, da forma como reclamam o princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços (CF/88, art. 194, IV) e a exigência constitucional de um Regime Geral de Previdência Social organizado segundo critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (CF/88, art. 210, ‘caput’).

A eficácia do princípio constitucional da preservação do valor real dos benefícios mantidos pelo Regime Geral da Previdência Social [RGPS] constitui uma das preocupações centrais do estudioso do direito previdenciário. Não se deve olvidar, porém, que sobre o tema o Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário n. 376.8468/SC, orientou que a presunção de constitucionalidade da legislação infraconstitucional realizadora do reajuste previsto no art. 201, § 4º, da C.F, somente pode ser elidida mediante demonstração da impropriedade do percentual adotado para o reajuste (Rel. Min. Carlos Velloso, j. 24.09.2003, DJ 02.04.2004). Não é razoável que, a pretexto de se emprestar eficácia ao comando constitucional de preservação do valor dos benefícios previdenciários, opere-se inteligência que traduz, na verdade, aumento real de sua expressão econômica. Isto posto, julgo improcedente o pedido inicial”.

2. A Recorrente alega que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 3º, inc. I, 195, caput, e §§ 4º e 5º, e 201, § 4º, da Constituição da República.

Argumenta que“não existe, pois, nenhum dispositivo permitindo aumentos políticos,

ou por motivos discricionários, ou quaisquer outros interesses alheios à vontade do legislador. E a Constituição Federal é bastante clara em determinar que a Seguridade Social será financiada nos termos da lei.

Sendo assim, qualquer aumento na fonte de custeio sem obedecer a um dispositivo legal fere não somente a CF/88, art. 195, como também a Lei n. 8.212/91, arts. 20, 18 e 102.

E foi o que ocorreu em dezembro de 1998 e dezembro de 2003, na oportunidade da publicação das Emendas Constitucionais ns. 20/98 e

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41/2003, posto que o Ministério da Previdência Social, através das Portarias ns. 4.883/98 e 12/2004 aumentou os salários-de- contribuição sem qualquer repasse aos benefícios previdenciários à época mantidos, procedimento ilegal e inconstitucional, conforme se demonstrará (…).

(…) Todo e qualquer reajuste aplicado ao salário-de-contribuição deve

guardar total equivalência àquele aplicado aos benefícios de prestação continuada em manutenção, o que não foi observado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social] em 12/1998, 12/2003 e 01/2004.

(…) Importa observar que os reajustes conferidos ao salário-de-

contribuição (fonte de custeio da Previdência Social), sem o devido repasse aos benefícios mantidos, o foram somente através de Portarias Ministeriais (Portarias ns. 4.883/98, art. 7º, e 12/2004, arts. 3º e 4º), sem qualquer fundamento fático ou legal que pudesse ampará-los.

(…)E justamente por estarmos a falar de um reajuste concedido aos

salários-de-contribuição (e não aos benefícios), pelo Ministro da Previdência Social (e não pelo legislador), é que o mesmo foi ilegal, sendo devido o mesmo reajuste aos benefícios em manutenção, conforme Lei n. 8.212/91.

(…) Como restou claro na exordial, bem como no recurso impetrado, o

que fundamenta o pleito da Recorrente é a Lei n. 8.212/91, em seus artigos 20, 28 e 102, e também a CF/88, art. 195 e artigo 3º, (princípio da solidariedade, que rege o Regime de Repartição, base de nosso sistema previdenciário).

E a não aplicação dos referidos índices de reajuste (dezembro/1998, dezembro/2003 e janeiro/2004) ofende, sim, os dispositivos constitucionais referidos, que apenas permitem a elevação dos salários-de-contribuição mediante lei e sendo que a lei determina que a elevação do custeio deve ser repassada aos benefícios em manutenção”.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. O Juiz Relator manteve sentença assim fundamentada: “A parte requerente busca revisão de benefício previdenciário de sua

titularidade. Argumenta que todos os reajustes concedidos ao salário-de-contribuição devem corresponder àqueles aplicados aos benefícios de prestação continuada, nos termos do art. 20, §1º, e 28, § 5º, ambos da Lei n. 8.212/91, procedimento de reajuste que não teria sido observado pelo INSS [Instituto Nacional do Seguro Social].

(…) O reajustamento, como se sabe, se dá nos termos da lei (e,

atualmente, de acordo com os percentuais definidos pelo Poder Executivo Lei n. 8.213/91, art. 41, ‘caput’).

(…) Não procede, em primeiro lugar, o argumento de que se operou

reajuste no valor do limite máximo salário-de-contribuição em descompasso com o valor dos benefícios previdenciários, pela singela razão de que não estamos diante de um reajuste destinado a manter o valor real do limite máximo, mas de uma elevação informada por critérios técnicos e de política de gestão previdenciária que em nenhum momento autoriza o pensamento de elevação automática dos benefícios previdenciários até então mantidos, o que, de resto, fulminaria a pretensão constitucional de equilíbrio financeiro e atuarial (CF/88, art. 201, ‘caput’).

(…) Em suma, a alteração do valor máximo do salário-de-contribuição,

que corresponde ao limite máximo da renda mensal dos benefícios previdenciários, não afeta os benefícios concedidos em tempo anterior e que foram calculados de acordo com as disposições normativas vigentes ao tempo de sua concessão. A elevação do poder de compra de um benefício previdenciário depende de lei e esta, para guardar consonância com a Constituição, deve apontar a correspondente fonte de custeio destinada à majoração do benefício previdenciário (CF/88, art. 195, § 5º)” (grifos nossos).

O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência do Supremo Tribunal, que assentou que a alteração do teto do salário de contribuição não enseja reajuste nos mesmos índices dos benefícios de prestação continuada:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. 1. A alteração do teto do salário de contribuição não enseja reajuste nos mesmos índices dos benefícios de prestação continuada. Precedentes. 2. Índices de reajustes da renda mensal de benefício. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 707.813-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.10.2012, grifos nossos).

E: “1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reajuste de

benefício previdenciário. Interpretação de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição. Agravo regimental não provido. Não se tolera, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. 2. PREVIDÊNCIA SOCIAL. Reajuste de benefício de prestação continuada. Índices aplicados para atualização do salário-de-benefício. Arts. 20, § 1º e 28, § 5º, da Lei nº 8.212/91. Princípios constitucionais da irredutibilidade do valor

dos benefícios (Art. 194, IV) e da preservação do valor real dos benefícios (Art. 201, § 4º). Não violação. Precedentes. Agravo regimental improvido. Os índices de atualização dos salários-de-contribuição não se aplicam ao reajuste dos benefícios previdenciários de prestação continuada” (AI 590.177-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 27.4.2007, grifos nossos).

4. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido a respeito do índice de reajuste aplicável ao benefício previdenciário demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional e das normas infralegais aplicadas à espécie (Lei n. 8.213/1991, e Portarias ns. 4.883/1998 e 12/2004 do Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS), inviável em recurso extraordinário:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Salário de contribuição e benefício de prestação continuada. Equivalência dos reajustes . Preservação do valor real. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte é de que, embora o segurado tenha direito ao reajuste dos benefícios, esse se dará nos moldes e critérios previstos na lei, que definirá, inclusive, os índices de correção monetária aplicáveis e os períodos de sua incidência. 2. Inviável em recurso extraordinário a interpretação da legislação infraconstitucional e a análise de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da Súmula n. 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 537.616-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.2.2012, grifos nossos).

E:“Agravo regimental no recurso extraordinário. 2. Previdenciário.

Índices aplicáveis. Reajustamento de benefícios previdenciários. 3. A definição de critérios para assegurar o reajustamento dos benefícios de modo a preservar o seu valor real está restrita ao âmbito da legislação infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 588.956-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 30.5.2011, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente. 5. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2012.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.758 (400)ORIGEM : APCRIM - 34482009 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO MATO GROSSOPROCED. : MATO GROSSORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MANOEL MESSIAS MOREIRA DA COSTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MATO GROSSO

Trata-se de recurso extraordinário interposto por Manoel Messias Moreira da Costa contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso que negou provimento à apelação defensiva.

O Recorrente foi condenado às penas de 06 (seis) anos de reclusão, no regime inicial fechado, e de 500 (quinhentos) dias-multa, pela prática do crime de tráfico de drogas, tipificado no art. 33 da Lei 11.343/2006. A sentença condenatória foi mantida pelo Tribunal de Justiça.

Contra essa decisão, o Recorrente manejou recursos especial e extraordinário, admitidos pelo Tribunal de origem.

Nas razões do apelo extremo, o Recorrente sustenta que o acórdão afrontou os arts. 5º, XLVI e LVII, e 93, IX, da Constituição Federal, porquanto equivocada a dosimetria da pena (fls. 243-68).

É o relatório.Decido. Há fato superveniente que impede o processamento do recurso

extraordinário.Ao apreciar o REsp 1.154.528/MT, o Superior Tribunal de Justiça deu

provimento ao recurso para “determinar que as ações penais em andamento e inquéritos policiais não sejam levados em conta na majoração da pena-base a título de maus antecedentes e personalidade voltada para o crime e - mantida a condenação do recorrente – enviar os autos ao Juízo de Primeiro Grau para que, ao analisar o caso concreto, proceda nova dosimetria da pena, bem como examine o preenchimento ou não dos requisitos necessários à concessão do benefício da substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, nos termos desta decisão” (fls. 298-301).

Houve, portanto, substancial alteração do julgado recorrido, esvaziando as pretensões constantes do extraordinário.

Ante o exposto, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra Rosa Weber

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 96

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.176 (401)ORIGEM : AC - 38941720044013803 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : CLÁUDIA REGINA PEREIRA FONTES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARIA NÚBIA BOTELHO

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO. ÁREA DA SAÚDE. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS COMPROVADA.

1. O mandado de segurança é destinado a garantir direito líquido e certo, ou seja, aquele que pode ser provado de plano.

2. Os impetrantes comprovaram, pelas provas juntadas nos autos, a existência do direito líquido e certo invocado de compatibilidade de horários (CR/88, art. 37, XVI), relativamente aos dois cargos públicos que exercem cumulativamente na área da saúde, com jornada de trabalho total de 60 horas semanais.

3. Apelação e remessa oficial, tida por interposta, não providas” (fl. 216).

Neste RE, fundado com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 7º, XIII e XV, 37, XVI, 39, § 3º, e 207 da mesma Carta. Sustentou-se, ainda, a ocorrência de incompatibilidade de horários, tendo em vista que a acumulação de cargos exercida pelos recorridos perfazem um total de 70 (setenta) horas semanais de trabalho.

A pretensão recursal não merece acolhida.O acórdão recorrido encontra-se em consonância com o decidido no

julgamento do RE 553.670-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, no sentido de que a Constituição Federal autoriza a acumulação remunerada de dois cargos públicos privativos de profissionais da saúde quando há compatibilidade de horários. Por oportuno, transcrevo a ementa do aludido julgado:

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE. CF/88, ART. 37, XVI, c. POSSIBILIDADE.

1. A Constituição Federal prevê a possibilidade da acumulação de cargos privativos de profissionais da saúde, em que se incluem os assistentes sociais. Precedentes.

2. Agravo regimental improvido”.No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI

847.855/DF e AI 762.427/GO, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 351.905/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 570.495/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 834.334/RJ e AI 741.853/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 782.276/RJ, Rel. Min. Eros Grau.

Ademais, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal a quo, no concernente à existência da compatibilidade de horários dos cargos ocupados pelos ora recorridos, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Inviável, portanto, o extraordinário. Nesse sentido:

“ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS RECONHECIDA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. REGULARIDADE CONSTITUCIONAL DE ACUMULAÇÃO. PODER REGULAMENTAR. CRIAÇÃO DE NOVA REGRA. IMPOSSIBILIDAE. AGRAVO IMPROVIDO.

I - Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes.

II - Impossibilidade de se criar regra não prevista no texto da Constituição Federal, a pretexto de regulamentar dispositivo constitucional.

III - Agravo regimental improvido” (RE 565.917-AgR/GO, de minha relatoria).

Seguindo essa orientação, cito, ainda, os seguintes precedentes: AI 835.129/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 833.664/RJ, Rel. Min. Ayres Britto; RE 634.984/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 752.240/RJ, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.541 (402)ORIGEM : AC - 200784000086810 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATALRECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

NORTE - UFRNPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O presente recurso extraordinário insurge-se contra acórdão que se apoia em dois (2) fundamentos, um dos quais possui caráter infraconstitucional.

Cabe acentuar, neste ponto, que, em situações nas quais o tema de índole meramente legal deixa de ser apreciado pelo E. Superior Tribunal de Justiça – seja porque não interposto o pertinente recurso especial, seja porque, embora deduzido o apelo excepcional em questão, a parte recorrente nele não impugna o referido fundamento de natureza infraconstitucional, seja, ainda, porque denegado processamento ao recurso especial (a que não se seguiu a utilização do cabível agravo de instrumento), seja, finalmente, porque o recurso especial não foi conhecido ou provido –, a jurisprudência desta Suprema Corte, em ocorrendo qualquer dessas hipóteses, tem aplicado a doutrina constante da Súmula 283/STF.

Isso significa, portanto, presente o contexto em exame, que a ausência de impugnação do fundamento legal subjacente ao acórdão recorrido, que se revelava suscetível de impugnação em sede recursal adequada, basta para conferir, por si só, em qualquer das situações acima referidas, subsistência autônoma à decisão ora questionada nesta causa, precisamente em decorrência da preclusão do fundamento infraconstitucional mencionado, tal como adverte o magistério jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria (RTJ 151/261-262 – AI 237.774-AgR/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – RE 168.517/RS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 273.834/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Sendo assim, considerando as razões expostas, e atento à Súmula 283 desta Suprema Corte, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.015 (403)ORIGEM : AC - 01760886920098260100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : CAMILA GOMES DOS SANTOS REPRESENTADA POR

EDIMEIA GOMES DOS SANTOSADV.(A/S) : ANDRÉ DOS SANTOS GUINDASTERECDO.(A/S) : MARÍTIMA SEGUROS S/AADV.(A/S) : DÁRCIO JOSÉ DA MOTAADV.(A/S) : INALDO BEZERRA SILVA JÚNIOR

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a seguinte ementa:

“APELAÇÃO CÍVEL – SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT) – Interposição contra sentença que julgou improcedente ação de cobrança da diferença da indenização do seguro obrigatório DPVAT. Pagamento efetuado administrativamente. Aplicação da Lei nº 11.482/2007. Alegação de inconstitucionalidade da Lei nº 11.482/2007 afastada pelo Órgão Especial. Indenização não devida. Sentença mantida” (fl. 277).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 1º, III, 5º, X e XXXVI, 59, parágrafo único, e 62 da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque a recorrente, apesar de afirmar a existência de repercussão geral no extraordinário, não conseguiu demonstrar as razões pelas quais entende que a questão constitucional nele versada seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, e ultrapassaria os interesses subjetivos da causa. A mera alegação de existência do requisito, desprovida de fundamentação adequada que demonstre seu efetivo preenchimento, não satisfaz a exigência prevista no art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e no art. 327, § 1º, do RISTF. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 730.333-AgR/SE, de minha relatoria:

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS DISCUTIDAS NO CASO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, LIV e LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.

I - O agravante, nas razões do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar formal e fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. A simples alegação, destituída de argumentos convincentes, não satisfaz tal exigência.

II - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária.

III - Agravo regimental improvido”.Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 97

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.297 (404)ORIGEM : EIEXEC - 435799 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ

DO RIO PRETORECDO.(A/S) : JOÃO LUCHETTI FILHOADV.(A/S) : VICTOR ALEXANDRE ZILIOLI FLORIANO E OUTRO(A/

S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO

FISCAL. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA – CDA: CRITÉRIOS DE EXIGIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado do juízo de direito da Vara da Fazenda Pública de São José do Rio Preto/SP, que decidiu:

“O Município de São José do Rio Preto opôs embargos infringentes contra a sentença de fl. 42, que determinou a extinção do processo sem julgamento do mérito, julgando a Fazenda carecedora da ação por basear-se a execução em títulos executivos nulos.

(...)Fundamento e DECIDO.Os embargos opostos não comportam provimento.Primeiro porque não competia ao município cindir o IPTU, imposto

previsto na Constituição Federal, em dois impostos distintos, ainda que mantendo a mesma denominação.

Segundo, porque o § 1º do artigo 156 da Constituição Federal autoriza a aplicação de alíquotas progressivas em razão do valor do imóvel e da localização e uso do imóvel.

Por fim, o acórdão de folhas 29-36 já declarou a nulidade dos lançamentos efetuados, de modo que a sentença embargada apenas declarou a nulidade dos lançamentos e a inexigibilidade dos títulos fundados nesses lançamentos, nada havendo a ser modificado.

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso interposto, mantendo a sentença por seus próprios fundamentos” (fls. 56-57).

A sentença mantida foi assim fundamentada:“acolho a objeção de pré-executividade porque o v. acórdão de fls.

29-36 declarou a nulidade dos lançamentos do Imposto Predial efetuado com base na Lei n. 5.722/1994, referente ao exercício de 1995.

Logo, a CDA [Certidão de Dívida Ativa] de fl. 4 não é título executivo porque ausente um dos requisitos de constituição (exigibilidade).

Por isso, julgo o autor carecedor da ação executiva, e extingo o processo nos termos do art. 267, inc. VI, c/c 618, inc. I, ambos do CPC.

Pela sucumbência, arcará o exequente com as custas e despesas processuais e honorários de 10% sobre o valor da causa” (fl. 42).

2. O Recorrente alega que o juízo a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXVI, 93, inc. IX, e 156, inc. I, da Constituição da República.

Argumenta que:“A decisão ora impugnada fere, primeiramente, o princípio da

motivação das decisões judiciais, previsto no artigo 93, IX, com redação dada pela Emenda Constitucional n. 45/2004, o qual impõe que todas as decisões do Poder Judiciário sejam fundamentadas sob pena de nulidade

(...)Não bastasse isso, a decisão atacada ofende frontalmente o instituto

da coisa julgada, a qual se constitui numa qualidade que torna imutável e indiscutível o comando emergente da parte dispositiva de uma decisão judicial não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.

(...)Quanto aos últimos aspectos constitucionais, as decisões ferem,

novamente, o estatuído no artigo 156, pois impedem a Municipalidade de exercitar a sua capacidade tributária ativa” (fls. 62-64).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao inc. IX do

art. 93 da Constituição da República não subsiste, pois, embora em sentido contrário à pretensão do Recorrente, o julgado recorrido apresentou suficiente fundamentação. Firmou-se na jurisprudência deste Supremo Tribunal:

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 21.5.1993).

4. O juiz de direito da Vara da Fazenda Pública de São José do Rio Preto/SP observou:

“a CDA [Certidão de Dívida Ativa] de fl. 4 não é título executivo porque ausente um dos requisitos de constituição (exigibilidade)” (fl. 42– grifos nossos).

Na espécie vertente, a controvérsia limita-se à verificação dos requisitos de exigibilidade de Certidão da Dívida Ativa – CDA.

No julgamento do Agravo de Instrumento n. 846.803, Relator o Ministro Presidente, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão discutida nestes autos:

“RECURSO. Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Execução Fiscal. Prosseguimento. Certidão de Dívida Ativa supostamente ilíquida. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto possibilidade de se prosseguir em execução fiscal lastreada em Certidão de Dívida Ativa, supostamente ilíquida, por cobrar, entre outras, taxa declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, versa sobre tema infraconstitucional” (DJe 9.9.2011 – grifos nossos).

5. Carente de repercussão geral a questão constitucional posta à apreciação, os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão serão recusados pelos respectivos relatores, nos termos do § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.6. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário (§

1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.313 (405)ORIGEM : PROC - 71003307618 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL

DA FAZENDA PÚBLICAPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ELIZ REGINA SOARES SILVEIRAADV.(A/S) : JACSON SIMONADV.(A/S) : TIAGO SANGIOGO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO

PÚBLICO: EXISTÊNCIA DE VAGAS. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA. SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III

do art. 102 da Constituição da República contra julgado da Turma Recursal da Fazenda Pública dos Juizados Especiais Cíveis do Rio Grande do Sul, que decidiu:

“RECURSO CONTRA SENTENÇA. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PRELIMINAR DE DECADENCIA REJEITADA. EXISTÊNCIA DE CARGOS VAGOS QUE ALCANÇAM A CLASSIFICAÇÃO DO AUTOR. DIREITO SUBJETIVO À NOMEAÇÃO. RECUSA DA ADMINISTRAÇÃO EM PROVER CARGOS VAGOS: NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO. INDEFERIMENTO DA PRETENSÃO DE PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO PELA NÃO PERCEPÇÃO DE SALÁRIOS. PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME” (fl. 103).

Os embargos declaratórios opostos foram assim julgados:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INOCORRÊNCIA DA APONTADA

OMISSÃO OU DE QUAISQUER OUTRAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ARTIGO 48, DA LEI N. 9.099/95. PREQUESTIONAMENTO DESCABIDO. 1. Estando suficientemente fundamentado o acórdão vergastado, prescindível a manifestação do juízo acerca de todos os argumentos levantados pelas partes. 2. Ao defender, em sede de aclaratórios, que inexiste o direito da autora ao provimento no cargo referido, alegando que as contratações e nomeações efetuadas durante o período de vigência do concurso não alcançariam a colocação da embargada, pretende o Estado/embargante, em verdade, a reforma do julgado, não se prestando, para tanto, a via eleita. Desacolheram os Embargos de Declaração. Unânime” (fl. 113).

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os incs. II e IV do art. 37 da Constituição da República.

Argumenta que“Quanto à matéria objeto do recurso - determinação pelo Judiciário de

nomeação de candidato após o prazo de validade do concurso, sem observância da existência de vagas e do mérito do ato administrativo - o acordão vulnerou o disposto no art. 37, incs. II e IV, da Constituição Federal.

(…) descurou que o prazo de validade do concurso está vencido há muito e que, examinando-se o edital, não induz à certeza de que a autora foi aprovada dentro do número de vagas, o que inviabiliza a aplicação de tal entendimento ao caso concreto.

(…)Encerrado o prazo de validade do certame, não existe o direito à

nomeação determinada pelo acórdão.(…)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 98

A realização de contratos emergenciais após o prazo de validade do concurso não implica, de modo algum, preterição” (fls. 1119-132).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.O Juiz Relator do caso na Turma Recursal afirmou:“Pretende a autora, ora recorrente, ser nomeada para o cargo de

professora estadual de Ensino Médio/Educação Profissional – na disciplina de História, no Município de Alvorada, dizendo ter obtido a 11ª classificação em concurso público (Edital n. 01/05) que previa a existência de 5.896 vagas para o Quadro do Magistério Estadual. (…). A situação do Edital n. 01/05 é peculiar, já que, inobstante tenha oferecido aos candidatos 5.896 vagas para o cargo de professor, deixou de especificar o quantitativo para os variados municípios e disciplinas albergados pelo concurso, o que nos leva a examinar a existência de direito subjetivo da autora/recorrente, repito, aprovada em 11º lugar em lista de classificação para a disciplina de história, no Município de Alvorada à luz dos princípios norteadores do nosso ordenamento jurídico, em especial, da moralidade e razoabilidade. E é irrazoável entender no sentido de que, não tendo sido distribuídas as vagas no Edital, discricionário o ato de nomeação, que deve obedecer unicamente a critérios de oportunidade e conveniência administrativa. Isso porque, ao anunciar concurso para o preenchimento de 5.896 vagas de professor no total, publicado o Edital nesse sentido, o ente público passa a ter o dever de nomear aqueles para os quais há vagas existentes – ato vinculado. (…). E, no tocante ao Edital n. 01/05, evidente a sinalização de existência de vagas, inclusive conforme notícia veiculada no próprio site da Secretaria de Educação (…). No presente feito, as informações trazidas pelo Estado dão conta de que no período de validade do certame (fl. 47), para a disciplina e Município para o qual a autora restou aprovada, não foram nomeados professores, e nem contratados temporariamente. O mesmo documento de fl. 47, por outro turno, demonstra a contratação temporária de mais 15 professores após o encerramento do prazo de validade do concurso, com o que, manifesta a existência de vagas em aberto alcançando a classificação da recorrente - 11ª, o que, inclusive, ensejaria a prorrogação do certame (…). Ora, debruçando-me no princípio da razoabilidade, não vejo como desconsiderar o direito subjetivo da autora tão-só pelo fato de que a existência da 11ª vaga, correspondente a sua classificação, foi sinalizada após o prazo de validade do concurso. Dessarte, diante da comprovada existência de cargos públicos via contratações temporárias, que alcançam a classificação da recorrente, confirmando a existência de vagas, merece ser provido o recurso, a fim de que seja determinada a sua nomeação, conforme pretendido” (fls. 104-108, grifos nossos).

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes dependeria do reexame de provas e de cláusulas de edital, o que não pode ser adotado em recurso extraordinário, nos termos das Súmulas n. 279 e 454 deste Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. Impossibilidade de análise de cláusulas de edital e de provas. Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 712.580-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 30.10.2012, grifos nossos).

E:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PROFESSORES. EXISTÊNCIA DE CANDIDADOS APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO DE PROVIMENTO EFETIVO. ILEGALIDADE. LEI ESTADUAL 6.915/2007. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DESTA CORTE. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. POSSIBILIDADE DE CONTROLE JUDICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS DISCRICIONÁRIOS ABUSIVOS E ILEGAIS. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inviável o recurso extraordinário quando sua apreciação demanda o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. II - Esta Corte possui entendimento no sentido de que o exame pelo Poder Judiciário do ato administrativo tido por ilegal ou abusivo não viola o princípio da separação dos poderes. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (RE 654.170-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 15.4.2013, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações do Recorrente.4. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário

(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.620 (406)ORIGEM : AC - 5526705600 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDES

RECTE.(S) : SEBASTIÃO EVARISTO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GLÁUCIA SUDATTI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 388 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 613.033, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 9.6.2011. Assim, devolvam-se os autos ao Tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.671 (407)ORIGEM : PROC - 00029477020094047208 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : EDELVITA VENTURA DA LUZADV.(A/S) : ULISSES JOSÉ FERREIRA NETO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado:

“PREVIDENCIÁRIO. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DECURSO DE MAIS DE CINCO ANOS ENTRE A DATA DA CONCESSÃO E O INÍCIO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE CULMINOU COM A REDUÇÃO DO BENEFÍCIO. INVIABILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DA QUESTÃO.

A revisão de ato de concessão de benefício pelo INSS, no regime anterior ao advento do art. 103-A da Lei 8.213/91, somente pode ocorrer, em regra, dentro do prazo decadencial de 5 (cinco) anos, haja vista o disposto no artigo 7º da Lei 6.309/75 (revogado pela Lei 8.422, de 23.05. 92) e no artigo 54 da Lei 9.784/99, e também em homenagem ao princípio da segurança jurídica”. (eDOC 1, p. 187)

Opostos os embargos declaratórios, estes foram rejeitados (eDOC 1, p. 198-201).

No recurso extraordinário, aponta-se violação dos artigos 5º, caput e incisos XXXV, XXXVI, LIV e LV; e 37 do texto constitucional.

Nas razões recursais, sustenta-se, em consonância ao princípio da segurança jurídica, a não ocorrência da decadência do direito do INSS em revisar a concessão do benefício previdenciário.

Decido.O recurso não merece prosperar.No tocante à suposta ofensa às garantias constitucionais do devido

processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, da CF), a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a alegação de afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do direito adquirido e do ato jurídico perfeito configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional quando a controvérsia cingir-se à interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário.

Em relação à prescrição do direito pleiteado, segundo o entendimento deste Tribunal, a discussão acerca do prazo prescricional não possui índole constitucional, uma vez que depende de prévio exame de matéria infraconstitucional, o que é inviável em sede de recurso extraordinário. Nesse sentido, os seguintes precedentes: AI-AgR 486.246, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 6.8.2010; AI-AgR 663.944, Primeira Turma, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 6.8.2010; e AI-AgR 670.779, Segunda Turma, de minha relatoria, DJe 22.6.2010.

Com relação ao art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, verifico que o acórdão impugnado decidiu a controvérsia à luz da legislação aplicável à espécie. A ofensa à Constituição, se ocorresse, seria indireta, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

Nesse sentido, confiram-se o RE-AgR 690.518/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 04.9.2013; e o ARE-AgR 753.763/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 30.8.2013, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

Ainda, ressalto que o Supremo Tribunal Federal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolver reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Enunciado 636 da Súmula do STF).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (arts. 21,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 99

§1º, do RISTF; e 557, caput, do CPC). Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 769.818 (408)ORIGEM : MS - 00540246120128260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PRISCILA GOMES KOCHADV.(A/S) : TATIANA SOARES DE SIQUEIRA

Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão cuja ementa segue transcrita:

“DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA – CONCURSO PÚBLICO – CARGO DE PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II – ETAPA DE CURSO DE FORMAÇÃO – PRESENÇA MÍNIMA – ATENDIMENTO – NOMEAÇÃO – DIREITO – EXISTÊNCIA – O fato de, por lapso, a autora não ter assinado a lista de presença no II Encontro Presencial na ocasião resta superado pelo atestado de comparecimento emitido pela Superviso de Ensino da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, que tem fé pública (fl. 18), dotado de fé pública, confirmado pela própria Diretora de Ensino competente (fl. 15) – Ato que tornou insubsistente a sua nomeação anulada – Concede-se a segurança” (fl. 248).

Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 206, IV, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O Tribunal de origem, a partir da análise das provas dos autos,

decidiu a controvérsia com base nos seguintes termos:“A autora busca a anulação do ato administrativo que determinou sua

exclusão do concurso público para o cargo de Professor Educação Básica II - PEB II, sob o fundamento de que não teria atingido a presença mínima na Etapa de Curso de Formação, relativamente aos Encontros Presenciais, uma vez que teria participado de apenas um dos três, sendo exigida a presença em no mínimo dois.

A Administração sustenta que a impetrante estava ausente no II e III Encontros Presenciais, que ocorreram, respectivamente, em 14 de outubro de 2011 e 25 de novembro de 2011.

Contudo, como afirma a insurgente, e vê-se dos autos, a candidata realmente faltou ao Terceiro Encontro, mas esteve presente no Segundo, atingindo, portanto, os requisitos mínimos para sua nomeação.

O fato de, por lapso, não ter assinado a lista de presença na ocasião resta superado pelo atestado de comparecimento (fl. 18), o que é confirmado pela própria Diretoria de Ensino competente (fl. 15).

O descumprimento de mera formalidade, superada pela documentação emitida pelo próprio Poder Público, não pode ser óbice à verificação do cumprimento dos requisitos para aprovação, nomeação e posse.

No mesmo sentido, é o parecer do 'parquet':'Em segundo lugar, não se nos parece correto admitir como

comprovação da presença nos encontros do Curso de Formação Específica exclusivamente a assinatura do candidato. Embora o item B.4.2, 20, do Edital de Convocação e Regulamento do Curso de Formação Específica tenha estabelecido que a freqüência do cursista seria aferida por meio de assinatura (fls. 207), nada impede que outra forma de aferição comprove, excepcionalmente, a sua presença.

Naturalmente caberá à autoridade administrativa avaliar a prova apresentada da presença do cursista, de modo a aceitá-la ou não como/suficiente à comprovação de sua presença.

Neste patamar, resta evidente que a prova apresentada pela impetrante, Atestado emitido pela Supervisora de Ensino Teresinha Sanches (fls. 18), é suficiente o bastante para tal fim.

Isto porque a própria Supervisora de Ensino da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, que tem fé pública no seu mister, Atesta o comparecimento de Priscila Gomes Koch no segundo Encontro Presencial. Contrario sensu estaria a própria administração tornando inválido 'para os devidos fins' atestado por ela mesma emitida, sem justificativa plausível, o que não se concebe no âmbito administrativo, data vênia.

Vale lembrar, finalmente, que a Administração Pública é informada pelos princípios da eficiência e da razoabilidade. O princípio da eficiência não será alcançado com a atual exclusão da impetrante do Concurso Público, no qual comprovadamente obteve aprovação. [...]

Não se mostra razoável, ademais, a exclusão da impetrante, nestas condições, do pretendido cargo de Professor. A razoabilidade, neste caso, é outro princípio constitucional que deve guiar o Administrador Público em seu mister. [...]' (fls. 238/240).

Daí por que se julga procedente a ação, assegurando à impetrante o direito à nomeação, posse, classificação e participação no processo de atribuição de aulas.” (fls. 249-251).

Verifica-se, portanto, que, para dissentir da conclusão do acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como a interpretação de cláusulas do edital, o que inviabiliza o recurso extraordinário nos termos das Súmulas 279 e 454 do STF. Nesse sentido, transcrevo as ementas dos seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO. IRREGULARIDADE NA CONVOCAÇÃO. 1) REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELA ALÍNEA C DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO. INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 727.104-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia).

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EXIGÊNCIA EDITALÍCIA. ANÁLISE DE CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279 E 454 DO SFT. AGRAVO IMPROVIDO.

I – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação de cláusulas editalícias. Súmulas 279 e 454 do STF. Precedentes.

II – Agravo regimental improvido” (AI 701.743-AgR/SP, de minha relatoria).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.690 (409)ORIGEM : PROC - 0388377612010 - TURMA RECURSAL DE

JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : GOOGLE BRASIL INTERNET LTDAADV.(A/S) : EDUARDO BROCK E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JAQUELINE CASTELANA ARAÚJOADV.(A/S) : PAULO JOSÉ NALON DE ANDRADE

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, II, XXXV, LIV, LV e LXXVIII, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da legalidade, da negativa de prestação jurisdicional e da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 100

razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise de matéria infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: AI 853.878-AgR/DF, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 16.5.2012; ARE 722.752-AgR/AC, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe 1º.02.2013; e ARE 668.066-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.9.2012, cuja ementa transcrevo:

"Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Civil. Indenização. Dano moral. Divulgação de matéria jornalística. Ato ilícito. Demonstração. Não ocorrência. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. O Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que os agravados não abusaram do direito de expressão ao veicular reportagem jornalística envolvendo a agravante, razão pela qual não teria ficado demonstrado nos autos o ato ilícito apto a ensejar reparação. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 4. Agravo regimental não provido”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.668 (410)ORIGEM : AC - 060004894 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PIAUÍPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAMPO MAIORADV.(A/S) : DIEGO ALENCAR DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RAIMUNDA BORGES MOREIRAADV.(A/S) : JOSÉ RIBAMAR COELHO FILHO

DECISÃO: O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não basta, portanto, considerada a diretriz jurisprudencial referida,

que a parte agravante, ao deduzir a sua impugnação, restrinja-lhe o conteúdo, limitando-o a alegações extremamente vagas, sem desenvolver, de modo consistente, as razões que apenas genericamente enunciou.

Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.610 (411)ORIGEM : PROC - 00348025420084013500 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃOPROCED. : GOIÁS

RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : ORODÍZIA BATISTA FERNANDESADV.(A/S) : ESTANISLAU FRANCO MARTINSRECDO.(A/S) : LÚCIA HELENA AMARALADV.(A/S) : JUSTINA TEIXEIRA CAMPOS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário aos fundamentos de que (a) a ofensa ao dispositivo constitucional apontado, se ocorreu, foi indireta ou reflexa; (b) o recurso encontra óbice na Súmula 279/STF e (c) não foi demonstrada a existência de repercussão geral (fl. 413).

No agravo em recurso extraordinário, a agravante alega, em suas razões, que (a) o recurso extraordinário cuida de violação direta de dispositivo constitucional; (b) houve prequestionamento da matéria constitucional e (c) foi demonstrada a repercussão geral do tema (fls. 417/422).

2. Como se vê, as razões do agravo não impugnaram todos os fundamentos suficientes para manter a decisão agravada, nada dizendo acerca do óbice da Súmula 279/STF, o que acarreta o não-conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC, com a redação dada pela Lei 12.322/2010.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.935 (412)ORIGEM : PROC - 200971500272811 - TRF4 - RS - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : QUINTINA CUSTODIO DA SILVAADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. 1.

APOSENTADORIA PROPORCIONAL. DISCUSSÃO SOBRE O PERCENTUAL DE GRATIFICAÇÃO DEVIDO A SERVIDOR. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. NÃO CABIMENTO DO RECURSO PELA ALÍNEA B DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e b, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul, que, nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/1995, manteve a seguinte sentença:

“Prejudicial. Prescrição. Cuidando o caso de parcelas que se repetem mensalmente, de acordo com a periodicidade dos pagamentos dos proventos ou pensões, sujeita-se a prescrição ao regime do art. 3º, do D 20.910/1932, prejudicadas apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação STJ Súmula, v. 85.

Ajuizada esta ação em 17/11/2009, visando ao pagamento de diferenças a partir de março de 2008, não incide prescrição nos termos antes descritos.

(…)Extensão das vantagens a aposentados e pensionistas. A matéria já

foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com relação à GDATA, em entendimento que se aplica à GDASST e à GDPST, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) n. 476.279.

(...)Fundamenta-se a decisão no disposto pelo artigo 7º da EC n.

41/2003, segundo o qual serão estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade. Entendeu, ainda, o STF que a Lei n. 10.971/2004 transformou a GDATA em gratificação de caráter geral em sua totalidade e, portanto, extensível a quem já era aposentado ou pensionista antes da vigência da EC nº 41/2003.

Ressalte-se que a paridade dos proventos de aposentadoria e pensões foi estendida aos servidores que tenham ingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003 (data da publicação da EC n. 41/2003) pelos artigos 2º e 3º, parágrafo único, ambos da EC n. 47/2003.

Vale referir que, uma vez implantado o sistema de avaliação para pagamento variável, perdem as gratificações o caráter geral e voltam a ter caráter pro labore faciendo .

Saliento que, no caso de aposentadoria proporcional, a gratificação deve ser calculada na mesma proporção.

Isto porque o art. 40, § 1º, III, alínea ‘b’ da CF refere a possibilidade

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 101

de aposentadoria com proventos proporcionais, os quais devem incidir sobre o total da remuneração do servidor e não apenas sobre o vencimento básico, consoante já decidiu o STF.

(...)Ressalte-se que o fato de a lei não ter mencionado a

proporcionalidade para a gratificação de desempenho, no caso das aposentadorias proporcionais, é irrelevante no caso, uma vez que a mesma integra o conceito de remuneração (art. 41 da Lei n. 8.112/90), sendo esta a base de cálculo para a aposentadoria proporcional e não apenas o vencimento básico, como acima referido” (doc. 26, grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos foram acolhidos para efeito de prequestionamento (doc. 76).

2. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula Vinculante n. 20 do Supremo Tribunal Federal (doc. 98).

Contra essa decisão a ora Agravante interpôs este agravo, no qual afirma que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 2º, 5º, caput, incs. II, XXXV, LIV e LV, 7º, inc. XXX, 37, caput e inc. X, 39, § 3º, 40, § 8º, 61, § 1º, inc. II, alínea a, 64, 65, 66, 67 e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Sustenta que “a matéria em discussão nos autos refere-se à GDPST (Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho), e não à GDATA (Gratificação de Desempenho da Atividade Técnico-Administrativa). Para aquela, foram devidamente lançadas as razões recursais sem que houvesse manifestação explícita a seu respeito na decisão negativa de admissibilidade, inclusive quanto ao momento, nos termos do decisório, em que tal gratificação deixou de ter ‘caráter geral’” (fl. 4, doc. 103).

Assevera que se “buscou, ainda, no apelo extraordinário, mostrar que o acórdão acarretou ofensa direta aos princípios da igualdade e legalidade ( arts. 5º, caput, 37, e 40, § 8º ), na medida em que, ao arrepio da sistemática constitucional de apuração dos proventos de aposentadoria, foi dado ao recorrido (caso concreto) tratamento diferenciado frente aos demais inativos que recebem a mesma gratificação de desempenho, apurada na mesma proporção do benefício. Frise-se não haver como equiparar, para efeito de concessão da gratificação incorporada, servidores aposentados com a integralidade com aqueles aposentados com apenas uma parcela dos proventos, uma vez que no cálculo dos proventos finais é levada em conta a proporção sobre todas as rubricas da remuneração do aposentado” (fls. 11-12, doc. 103).

3. Em 19.3.2012, o Presidente deste Supremo Tribunal determinou a remessa deste agravo ao juízo de origem, nos termos da Portaria CP n. 138/2009, para observância da sistemática da repercussão geral (doc. 131).

O Presidente da 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul devolveu este agravo a este Supremo Tribunal:

“A União interpôs agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário, requerendo a declaração de legitimidade do pagamento diferenciado da gratificação entre servidores ativos e inativos ou, no caso de condenação, que o pagamento da gratificação observe a mesma proporcionalidade utilizada no pagamento dos proventos de inatividade.

Conforme informação juntada no feito, o Supremo Tribunal Federal determinou o retorno dos autos à origem, com a determinação de que fosse observado o tema 409 (RE 631880), que trata da extensão aos servidores inativos dos mesmos critérios de cálculo da GDPST estabelecidos para os servidores em atividade.

No entanto, resta pendente de análise a questão relativa ao pagamento proporcional da gratificação, de acordo com o tipo de aposentadoria recebida pelo servidor (proporcional ou integral), motivo pelo qual entendo seja pertinente o retorno dos autos ao Egrégio Supremo Tribunal Federal, para que se manifeste sobre este ponto.

Intimem-se.Após, remetam-se os autos ao Supremo Tribunal Federal” (doc. 135).Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Este Supremo Tribunal assentou que a concessão da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho – GDPST aos inativos obedecerá a critérios aplicáveis aos servidores ativos:

“RECURSO. Extraordinário. Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho – GDPST. Critérios de cálculo. Extensão. Servidores públicos inativos. Repercussão geral reconhecida.

Precedentes. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão, aos servidores públicos inativos, dos critérios de cálculo da GDPST estabelecidos para os servidores públicos em atividade” (RE 631.880-RG, Relator o Ministro Presidente, Plenário Virtual, DJe 31.8.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA E DE SUPORTE - GDPGTAS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 715.549-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 20.11.2009).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.8. Além disso, com base na interpretação e aplicação das Leis ns.

10.404/2002, 10.483/2002, 10.971/2004, 10.855/2004, 10.876/2004, 10.997/2004, 11.355/2006, 11.357/2006, 11.784/2008 e 11.907/2009, a Turma Recursal assentou inexistir respaldo legal para a distinção feita pela Agravante entre a aposentadoria proporcional e a integral, para efeito de extensão de gratificações aos inativos.

Concluir de modo diverso do que decidido pelas instâncias ordinárias demandaria o reexame dessas leis. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008).

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação reflexa a Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada a norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que e a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).

No mesmo sentido: ARE 764.260/RS, Relatora a Ministra Rosa Weber, decisão monocrática, DJ 16.8.2013; ARE 741.207/RS, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 20.8.2013; ARE 751.677/RS de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 1º.7.2013; RE 457.743-AgR/DF, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 1º.10.2010; e RE 619.241/RN, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 3.10.2010.

9. Também não se viabiliza o recurso extraordinário pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não declarou a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal:

“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. ALÍNEA B. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. AUSÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Não tendo sido declarada a inconstitucionalidade pelo Tribunal a quo do dispositivo legal questionado, não há como conhecer de recurso extraordinário interposto pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República. 2. Agravo regimental desprovido” (RE 334.723-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 6.11.2006).

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DISPOSITIVO AUTORIZADOR DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INDICAÇÃO. AUSÊNCIA. CONSTITUCIONAL. RECURSO INTERPOSTO COM BASE NO ART. 102, III, B. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A indicação correta do dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário - artigo, inciso e alínea - é requisito indispensável ao seu conhecimento, a teor do art. 321 do RISTF e da pacífica jurisprudência do Tribunal. II - O Tribunal a quo não declarou inconstitucional lei federal ou tratado, incabível a interposição de recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição. III - Agravo regimental improvido” (AI 687.167-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 6.3.2009).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 4 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 102

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.169 (413)ORIGEM : AC - 7299183 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JACKSON DA SILVA VIEIRAADV.(A/S) : JÚLIO CEZAR ENGEL DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário aos fundamentos de que (a) não houve prequestionamento dos dispositivos constitucionais, incindindo os óbices contidos nas Súmulas 282 e 356/STF e (b) eventual ofensa à Constituição seria meramente reflexa (fls. 106/107).

No agravo, a parte recorrente alega que (a) o recurso não pode ter o seguimento obstado face a argumentação de que (I) a matéria está pacificada nos tribunais e (II) não apresenta repercussão geral e (b) compete exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal a análise do mérito do recurso (fls. 110/112).

2. Como se vê, a parte agravante não impugnou especificadamente nenhum dos fundamentos suficientes para manter a decisão agravada, o que acarreta o não-conhecimento do presente recurso, a teor do que dispõe o art. 544, § 4º, I, do CPC.

3. Diante do exposto, não conheço do agravo.Publique-se. Intime-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.180 (414)ORIGEM : PROC - 2522011 - TURMA RECURSAL DE JUIZADOS

ESPECIAIS ESTADUAISPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TRÊS GERAÇÕES TRANSPORTES LTDA - MEADV.(A/S) : RAFAEL AMÂNCIO DE LIMARECDO.(A/S) : AUTO POSTO LAZINHO LTDAADV.(A/S) : LAÉRCIO GONÇALVES

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

3. Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

4. Adite-se que não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca da matéria de que trata a norma inserta no artigo 5º, X e LV, da Constituição Federal, nem os embargos declaração opostos se prestaram a suprir eventual omissão, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, não pode ser o recurso extraordinário conhecido, incidindo os óbice das Súmulas 282 e 356 do STF.

5. Ademais, o acórdão recorrido decidiu a causa com base na legislação pertinente, de modo que, se houvesse ofensa constitucional, seria meramente indireta ou reflexa.

6. Por fim, a análise de afronta ao dispositivos constitucionais indicados no recurso demanda o reexame das provas constantes nos autos, atraindo o óbice da Súmula 279/STF ( Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário ).

7. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.782 (415)ORIGEM : AC - 199940000062020 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GILVAN FRANCISCO DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : GEORGE NUNES MARTINS

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 660 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o ARE 748.371, de minha relatoria, DJe 1.8.2013. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.660 (416)ORIGEM : AC - 01437857920078260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : RUBEN CIPRIANO DA SILVAADV.(A/S) : CARLA GLÓRIA DO AMARAL BARBOSA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : ANA MARIA PAULA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : CARLA GLÓRIA DO AMARAL BARBOSA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

3. Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

4. Não pode ser conhecido o recurso extraordinário quanto à alegada ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Isto porque, não há, na fundamentação do recurso, a indicação adequada da questão constitucional controvertida, tendo deixado a recorrente de informar de que modo a Constituição foi violada, incidindo, na espécie, o óbice da Súmula 284 do STF.

5. Ainda que se superassem esses graves óbices, quanto à alegação de ofensa aos limites da coisa julgada e aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, diz respeito a temas cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. Registre-se que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

6. Por fim, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia tão somente a partir de interpretação e aplicação das normas infraconstitucionais pertinentes (Lei Complementar 689/92 do Estado de São Paulo). A apreciação dos aspectos concernentes à referida norma demanda análise de direito local, o que faz incidir o óbice constante da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal (" por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ").

7. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 103

Relator Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.098 (417)ORIGEM : AC - 70033407826 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ANDREA ROCHO NEUMANN ANDIOTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUCIANO DA SILVA LEMOSRECDO.(A/S) : CONSELHO BRASILEIRO DE OFTAMOLOGIA - CBOADV.(A/S) : ADRIANA HELENA NUNES WINKLERADV.(A/S) : FLÁVIO DE CASTRO WINKLER

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO COMINATÓRIA E AÇÃO CAUTELAR E AÇÃO ORDINÁRIA. TÉCNICO EM OPTOMETRIA. EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE OPTOMETRISTA. IMPOSSIBILIDADE LEGAL DE O TÉCNICO OPTOMETRISTA PRESCREVER, INDICAR E ACONSELHAR LENTES DE GRAU (ÓCULOS OU LENTES DE CONTATO). INTELIGÊNCIA DOS DECRETOS Nº 24.492/34 E 20.931/32. ATO PRIVATIVO DE MÉDICO. SENTENÇA MANTIDA.

CAUTELAR. VENDA DOS EQUIPAMENTOS EM LEILÃO. POSSIBILIDADE. CONFISCO E PERDIMENTO LEGAL. ART. 38 DO DECRETO N. 20.931/31.

ASTREINTES. FIXAÇÃO. MOMENTO. ART. 461, § 6º, DO CPC.HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. VALOR

AUMENTADO PARA FAZER-SE CONDIZENTE COM A IMPORTÂNCIA, COMPLEXIDADE DA LIDE E COM O TRABALHO DESENVOLVIDO.

APELO DOS PROFISSIONAIS OPTOMETRISTAS IMPROVIDO. APELO DO CBO E SORIGS PARCIALMENTE PROVIDO”. (eDOC 8, p. 67)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação ao artigo 5º, inciso XIII, do texto constitucional.

Alega-se, em síntese, que o Tribunal de origem violou os princípios constitucionais de livre exercício da profissão e o da dignidade da pessoa humana, tendo em vista ter cassado o direito dos recorrentes de exercer a atividade de optometristas, impossibilitando-os de prescrever, indicar e aconselhar lentes de grau.

Decido.O recurso não merece prosperar.Com efeito, o acórdão recorrido, acerca dos fatos alegados pelos

recorrentes, assentou o seguinte: “No Decreto nº 20.931/32, em seu artigo 38, encontra-se disposição

que veda expressamente aos optometristas, dentre outros, a instalação de consultórios para atender pacientes, devendo o material que for encontrado em tais recintos ser apreendido e remetido para depósito público.

Tem-se, ainda, que são atos privativos de médico, consoante dispõe o artigo 14, do Decreto 24.492/34, (1) o exame optométrico, (2) o diagnóstico e (3) a receita de fórmulas ópticas.

(...)(…) Analisada a legislação vigente, bem como a prova carreada aos

autos, tem-se que estavam os ora apelantes a exercerem atos privativos dos profissionais médicos”. (eDOC 8, pgs. 75-82)

Assim, para se entender de forma diversa e superar o entendimento adotado pelo Tribunal a quo, seria necessário o revolvimento do acervo fático-probatório, além da análise da legislação infraconstitucional, providências vedadas em sede de recurso extraordinário, nos termos da jurisprudência desta Corte.

O julgamento do RMS 26.199/DF, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, decidiu que o exame da invasão ou não das atribuições de médico oftalmologista situa-se no campo fático-probatório. Tem o seguinte teor a ementa do citado acórdão:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AUTONOMIA DIDÁTICO-CIENTÍFICO DAS UNIVERSIDADES. ART. 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM OPTOMETRIA. ATIVIDADES QUE SERIAM PRIVATIVAS DO EXERCÍCIO DA MEDICINA E DA OFTALMOLOGIA. DILAÇÃO PROBATÓRIA. De acordo com o art. 53 da Lei nº 9.394/96, as universidades têm a prerrogativa de criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior. Por outro lado, a manifestação do Conselho Nacional de Saúde somente era exigível para a criação de cursos de graduação em medicina, em odontologia e em psicologia (art. 27 do Decreto nº 3.860/2001). No caso, a alegada "invasão nas atribuições da profissão médica" depende de comprovação dilatória, inadmissível na via estreita do mandado de segurança. Mantém-se a decisão denegatória do Superior Tribunal de Justiça, tal como proferida”.

Nesse sentido: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A

PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO .

- A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário. Precedentes .

-A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta , só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes .

- Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes. (AI-AgR 738.145, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJ 25.2.2011) (grifei)

Não há, pois, o que prover quanto às alegações dos agravantes.Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento

ao recurso extraordinário (Art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.043 (418)ORIGEM : MI - 2011103997 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DE SERGIPEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPERECDO.(A/S) : DANIEL DA SILVA BONELÁADV.(A/S) : CHARLES ROBERT SOBRAL DONALD E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça de Sergipe ementado nos seguintes termos:

““MANDADO DE INJUNÇÃO – INEXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO DO SERGIPREVIDÊNCIA – COMPETÊNCIA RESTRITIVA À GESTÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DE PLANOS PREVIDENCIÁRIOS – ARTIGO 103 E 104 DA LEI ESTADUAL COMPLEMENTAR Nº 113/2005 – LEGITIMIDADE DO GOVERNADOR DO ESTADO PARA FIGURAR NO PÓLO PASSIVO – ARTIGO 61 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ESTADUAL – PRELIMINARES REJEITADAS – MÉRITO – MORA LEGISLATIVA INCONTESTE – APLICAÇÃO DO ARTIGO 57 E 58 DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (LEI FEDERAL Nº 8.213/91) – REQUISITOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS PELA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA COMPETENTE QUANDO DA ANÁLISE DO PEDIDO DE APOSENTADORIA – JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA – CONCESSÃO DA ORDEM UNÂNIME”. (eDOC 3)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação aos arts. 24º, XII e 40, § 4º, ambos insertos no texto constitucional.

Defende-se, em síntese, que compete privativamente a União, por meio de lei complementar, regulamentar a aposentadoria especial de servidor público. Assim requer o reconhecimento da ilegitimidade passiva do Governador de Estado e a consequente extinção do feito sem julgamento de mérito.

Decido.O recurso não merece prosperar.A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a

inexistência de norma estadual que estabeleça critérios para aferição de condições especiais de trabalho não impede o julgamento do mandado de injunção, uma vez que a indefinição decorre de omissão legislativa objeto do referido writ.

Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: MI 4.534, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 8.8.2012; MI 3.784, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 15.3.2012; e o MI-AgR 1.169, Rel. Min. Cármen Lúcia, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ART. 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991.

1. A inexistência de norma estadual que estabeleça critérios para a aferição das condições especiais de trabalho que prejudiquem a saúde ou integridade física dos servidores públicos não impede o julgamento do mandado de injunção. A indefinição desses critérios decorre da omissão legislativa objeto do mandado de injunção.

2. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.Ainda sobre a matéria, esta Corte tem entendimento pacificado no

sentido de que é aplicável ao caso, no que couber, o art. 57 da Lei 8.213/91, caso reconhecida omissão legislativa referente às condições para o implemento de aposentadoria especial.

Além disso, a jurisprudência desta Corte consolidou-se no sentido de que a autoridade administrativa responsável pelo exame de pedido de aposentadoria é competente para analisar o preenchimento dos critérios e requisitos previstos para este fim.

Nesse sentido, leia-se o MI 795, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 22.5.2009; e, também, o MI-ED 1.286, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 104

19.2.2010, a seguir ementados:“MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DO

SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR A DISCIPLINAR A MATÉRIA. NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO LEGISLATIVA.

1. Servidor público. Investigador da polícia civil do Estado de São Paulo. Alegado exercício de atividade sob condições de periculosidade e insalubridade.

2. Reconhecida a omissão legislativa em razão da ausência de lei complementar a definir as condições para o implemento da aposentadoria especial.

3. Mandado de injunção conhecido e concedido para comunicar a mora à autoridade competente e determinar a aplicação, no que couber, do art. 57 da Lei n. 8.213/91”.

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE INJUNÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA ESPECIAL DO SERVIDOR PÚBLICO. ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. APLICAÇÃO DO ART. 57 DA LEI N. 8.213/1991. COMPETÊNCIA DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA.

1. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos no ordenamento jurídico vigente.

2. Agravo regimental ao qual se nega provimento”. Assim, verifica-se que o Tribunal de origem decidiu em conformidade

com a jurisprudência desta Corte, tendo em vista que a concessão da ordem reconheceu a mora legislativa - diante da ausência de regulamentação no âmbito interno dos critérios para a aposentadoria especial - para determinar a análise do pedido formulado pelo ora recorrido à recorrente.

Ressalte-se, entretanto, no tocante à aplicabilidade do art. 57 da Lei 8.213/1991 aos casos de atividades de risco, que os MIs 833 e 844 (que tratam especificamente sobre a matéria) encontram-se pendentes de julgamento pelo Plenário desta Corte, em razão do pedido de vista feito pelo Min. Ayres Britto.

Por fim, registre-se que a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a discussão acerca da legitimidade ad causam demanda a prévia análise da legislação infraconstitucional, no caso, a Constituição do Estado de Sergipe, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário quanto a este ponto, tendo em vista que a ofensa à Constituição Federal, se existente, dar-se-ia de forma reflexa. Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS E DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI-AgR 587.112, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 4.6.2010)

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (arts. 21, § 1º, do RISTF e 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.754 (419)ORIGEM : AI - 00273991920118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : BHS - BRASILIAN HEICOPTER SERVICES TÁXI

AÉREO S/AADV.(A/S) : JORGE HERMANO MORRERIA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O presente agravo insurge-se contra decisão que determinou, em face do que dispõe o art. 542, § 3º, do Código de Processo Civil, na redação dada pela Lei nº 9.756/98, a retenção, nos autos, do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Cumpre ressaltar, desde logo, que, conforme se depreende do próprio despacho agravado, inexiste, na espécie, juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário em questão, o que desautoriza, no caso em exame, o cabimento do agravo previsto no art. 544, “caput”, do CPC, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010.

Não se pode perder de perspectiva, neste ponto, que o tema veiculável no âmbito do agravo concerne, especificamente, à análise dos fundamentos – efetivamente deduzidos ou potencialmente invocáveis – em que se apoia eventual juízo negativo de admissibilidade que haja incidido sobre o recurso extraordinário interposto pela parte agravante, tanto que a

esta se impõe o dever de questionar, em sede de agravo, não o conteúdo do acórdão impugnado pela via do apelo extremo, mas, exclusivamente, as razões impeditivas do trânsito e do processamento dessa modalidade de impugnação excepcional (RTJ 126/864, Rel. Min. FRANCISCO REZEK – RTJ 133/485, Rel. Min. CÉLIO BORJA).

Note-se, pois, que o agravo – tal como resulta da norma inscrita no art. 544, “caput”, do CPC – é cabível, tão-somente, na hipótese de recusa de processamento do recurso extraordinário, o que necessariamente supõe, como requisito específico de sua interposição, a formulação de juízo negativo de admissibilidade pertinente ao apelo extremo, situação de todo inexistente na espécie ora em exame.

Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, I, primeira parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010), tornando sem efeito, em consequência, o ato judicial proferido a fls. 331/332.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.988 (420)ORIGEM : APCRIM - 9561133 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : EDUARDO FERREIRA FONSECAADV.(A/S) : RAFAEL VIEIRA SARAIVA DE MEDEIROSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos.Eduardo Ferreira Fonseca interpõe agravo visando impugnar decisão

(fls. 583/584) que não admitiu recurso extraordinário, assentado em contrariedade aos arts. 5º, incisos XLVI, LIV e LV, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que proveu parcialmente o recurso defensivo para modificar o regime prisional imposto ao agravante (fls. 297 a 309).

Os embargos declaratórios opostos (fls. 315 a 317), foram rejeitados (fls. 320 a 324).

O agravante, nas razões do extraordinário, aduz que “o prejuízo experimentado pelo recorrente decorre da inobservância do procedimento legal, sendo que ao não lhe possibilitar a benesse do contraditório prévio, o juízo monocrático cerceou-lhe a ampla defesa e maculou os princípios do devido processo legal e do contraditório” (fl. 407).

Aduz, ainda, que “a fixação do regime fechado para cumprimento da para imposta ao recorrente, bem como a não substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, a despeito do que dispõe os artigos supra mencionados, feriram mortalmente o consagrado princípio constitucional da individualização da pena” (fl. 408).

Examinados os autos decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão proferido em sede de

embargos de declaração foi publicado após 3/5/07 (fl. 313), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do art. 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

No caso, o inconformismo não merece ser acolhido. O Tribunal a quo ao decidir a questão se ateve ao exame da

legislação infraconstitucional. Por consequência, a violação, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso extraordinário.

Ressalte-se, que a jurisprudência desta Suprema Corte é assente no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, não configura ofensa direta e frontal à Constituição da República.

Na esteira desse entendimento, destaco:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL.

EXPLORAÇÃO DE JOGOS DE AZAR. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DOS FATOS E DAS PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 759.897-AgR/RS, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10);

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 105

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CRIMINAL. JOGOS DE AZAR. MÁQUINAS CAÇA-NÍQUEIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA AFRONTA AO INCISO III DO ART. 195 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido exigiria o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e do acervo fático-probatório dos autos. 2. Ofensa à Carta da República, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. 3. Quanto à alegada violação ao inciso III do art. 195 da Carta Magna, o aresto impugnado afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 4. Agravo regimental desprovido” (RE nº 582.479-AgR/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJe de 16/10/09)

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Apesar dos argumentos do Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. 2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento” (AI nº 649.191-AgR/DF, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/6/07).

Como se não bastasse, entender de forma contrária ao acórdão recorrido, como pretende o ora agravante, demandaria um reexame aprofundado do contexto fático-probatório dos autos, além de outros elementos intimamente ligados ao mérito da própria ação penal, o que é inviável na via eleita. Incidência, portanto, da Súmula nº 279/STF.

Perfilhando esse entendimento, destaco o seguinte julgado:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

OFENSA AO ART. 5º, INCISOS LIV E LV. INVIABILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF Nº 279. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INQUÉRITO. CONFIRMAÇÃO EM JUÍZO DOS TESTEMUNHOS PRESTADOS NA FASE INQUISITORIAL. 1. A suposta ofensa aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa passa, necessariamente, pelo prévio reexame de fatos e provas, tarefa que encontra óbice na Súmula STF nº 279. 2. Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do art. 5º da Constituição. 3. Ao contrário do que alegado pelos ora agravantes, o conjunto probatório que ensejou a condenação dos recorrentes não vem embasado apenas nas declarações prestadas em sede policial, tendo suporte, também, em outras provas colhidas na fase judicial. Confirmação em juízo dos testemunhos prestados na fase inquisitorial. 4. Os elementos do inquérito podem influir na formação do livre convencimento do juiz para a decisão da causa quando complementam outros indícios e provas que passam pelo crivo do contraditório em juízo. 5. Agravo regimental improvido” (RE nº 425.734-AgR/MG, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 28/10/05).

Com essas considerações, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.522 (421)ORIGEM : PROC - 20070068508 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINARECDO.(A/S) : SERGINO CONSTANTE DA SILVA JUNIORADV.(A/S) : FREDERICO WELLINGTON JORGE

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, assim ementado:

“AGRAVO EM EXECUÇÃO – NARCOTRÁFICO – APLICAÇÃO RETROATIVA DE DISPOSITIVO ISOLADO DE LEI – IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL – CRIAÇÃO DE PRIVILÉGIO PENAL, CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE REPRIMENDA, CONFERIDO A DETERMINADOS TRAFICANTES QUE SATISFAÇAM OS REQUISITOS DO ART. 33, § 4º, DA LEI Nº 11.343/06, QUE POR FAVORECER O CONDENADO DEVE VOLTAR AO PASSADO – ADEQUAÇÃO, CONTUDO, NO PATAMAR DA REDUÇÃO.

RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO” (eDOC 1, p. 166).Opostos embargos declaratórios, estes foram rejeitados (eDOC 2, p.

3-5).No apelo extremo, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”,

do permissivo constitucional, aponta-se violação ao artigo 5º, XL, da Constituição Federal.

Nas razões recursais, sustenta-se o seguinte:“No caso em tela, verifica-se que a aplicação retroativa, ao crime

consumado sob a vigência da lei anterior, da nova causa legal de redução de pena instituída pela Lei de Tóxicos (artigo 33, § 4º, da Lei n. 11.343/06) caracteriza flagrante combinação de leis penais.

Assim, apesar de a nova causa de redução de pena contar com ampla e irrestrita aplicabilidade aos crimes cometidos sob a égide do novo diploma (Lei n. 11.343/2006), não pode ser aplicável às condenações fundadas na Lei n. 6.368/76, porquanto estas (as causas de especial redução de pena), não têm existência autônoma, uma vez que são subordinadas e umbilicalmente atreladas aos respectivos preceitos a que vinculadas.

Bem por isso, pode-se afirmar que a minorante prevista no artigo 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 somente pode ser aplicada ao preceito secundário do artigo 33 da mesma lei, que elevou a pena mínima do crime de tráfico de drogas para 5 anos.

(…) Portanto, ao fazer aplicar retroativamente a nova causa de diminuição de pena prevista no artigo 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 ao preceito secundário do artigo 12 do diploma legal revogado (Lei n. 6.368/76), o acórdão recorrido procedeu a flagrante combinação de leis, consolidando o surgimento de um novo preceito imaginário, que contraria o próprio princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, conspira contra a isonomia que deve prevalecer nas relações jurídico-punitivas entre o Estado e o cidadão-acusado, além de dissociar-se do ideal federativo de harmonia e independência entre os Poderes da República” (eDOC 2, p. 43-45).

Contrarrazões apresentadas (eDOC 2, p. 100-109).O Tribunal a quo negou trânsito ao recurso extraordinário, com

fundamento no Enunciado 286 da Súmula do STF (eDOC 2, p. 118-119). Contra referida decisão de inadmissibilidade foi interposto agravo nos

próprios autos, no qual repisa-se a tese exposta no recurso extraordinário (eDOC 2, p. 137-143).

É o relatório.Decido.Não assiste razão ao agravante.Isso porque, no julgamento do RE n. 596.152/SP, Red. p/ o acórdão

Ministro Ayres Britto, o Plenário desta Corte decidiu pela possibilidade de aplicação retroativa do § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/06 sobre a pena cominada com base na Lei n. 6.368/76. Confira-se, a propósito, a ementa do julgado:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA, INSTITUÍDA PELO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. FIGURA DO PEQUENO TRAFICANTE. PROJEÇÃO DA GARANTIA DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA (INCISO XLVI DO ART. 5º DA CF/88). CONFLITO INTERTEMPORAL DE LEIS PENAIS. APLICAÇÃO AOS CONDENADOS SOB A VIGÊNCIA DA LEI 6.368/1976. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA (INCISO XL DO ART. 5º DA CARTA MAGNA). MÁXIMA EFICÁCIA DA CONSTITUIÇÃO. RETROATIVIDADE ALUSIVA À NORMA JURÍDICO-POSITIVA. INEDITISMO DA MINORANTE. AUSÊNCIA DE CONTRAPOSIÇÃO À NORMAÇÃO ANTERIOR. COMBINAÇÃO DE LEIS. INOCORRÊNCIA. EMPATE NA VOTAÇÃO. DECISÃO MAIS FAVORÁVEL AO RECORRIDO. RECURSO DESPROVIDO.

1. A regra constitucional de retroação da lei penal mais benéfica (inciso XL do art. 5º) é exigente de interpretação elástica ou tecnicamente ‘generosa’.

2. Para conferir o máximo de eficácia ao inciso XL do seu art. 5º, a Constituição não se refere à lei penal como um todo unitário de normas jurídicas, mas se reporta, isto sim, a cada norma que se veicule por dispositivo embutido em qualquer diploma legal. Com o que a retroatividade benigna opera de pronto, não por mérito da lei em que inserida a regra penal mais favorável, porém por mérito da Constituição mesma.

3. A discussão em torno da possibilidade ou da impossibilidade de mesclar leis que antagonicamente se sucedem no tempo (para que dessa combinação se chegue a um terceiro modelo jurídico-positivo) é de se deslocar do campo da lei para o campo da norma; isto é, não se trata de admitir ou não a mesclagem de leis que se sucedem no tempo, mas de aceitar ou não a combinação de normas penais que se friccionem no tempo quanto aos respectivos comandos.

4. O que a Lei das Leis rechaça é a possibilidade de mistura entre duas normas penais que se contraponham, no tempo, sobre o mesmo instituto ou figura de direito. Situação em que há de se fazer uma escolha, e essa escolha tem que recair é sobre a inteireza da norma comparativamente mais benéfica. Vedando-se, por conseguinte, a fragmentação material do instituto, que não pode ser regulado, em parte, pela regra mais nova e de mais forte compleição benéfica, e, de outra parte, pelo que a regra mais velha contenha de mais benfazejo.

5. A Constituição da República proclama é a retroatividade dessa ou daquela figura de direito que, veiculada por norma penal temporalmente mais nova, se revele ainda mais benfazeja do que a norma igualmente penal até então vigente. Caso contrário, ou seja, se a norma penal mais nova consubstanciar política criminal de maior severidade, o que prospera é a vedação da retroatividade.

6. A retroatividade da lei penal mais benfazeja ganha clareza cognitiva à luz das figuras constitucionais da ultra-atividade e da retroatividade, não de uma determinada lei penal em sua inteireza, mas de uma particularizada norma penal com seu específico instituto. Isto na acepção

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 106

de que, ali onde a norma penal mais antiga for também a mais benéfica, o que deve incidir é o fenômeno da ultra-atividade; ou seja, essa norma penal mais antiga decai da sua atividade eficacial, porquanto inoperante para reger casos futuros, mas adquire instantaneamente o atributo da ultra-atividade quanto aos fatos e pessoas por ela regidos ao tempo daquela sua originária atividade eficacial. Mas ali onde a norma penal mais nova se revelar mais favorável, o que toma corpo é o fenômeno da retroatividade do respectivo comando. Com o que ultra-atividade (da velha norma) e retroatividade (da regra mais recente) não podem ocupar o mesmo espaço de incidência. Uma figura é repelente da outra, sob pena de embaralhamento de antagônicos regimes jurídicos de um só e mesmo instituto ou figura de direito.

7. Atento a esses marcos interpretativos, hauridos diretamente da Carta Magna, o § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 outra coisa não fez senão erigir quatro vetores à categoria de causa de diminuição de pena para favorecer a figura do pequeno traficante. Minorante, essa, não objeto de normação anterior. E que, assim ineditamente positivada, o foi para melhor servir à garantia constitucional da individualização da reprimenda penal (inciso XLVI do art. 5º da CF/88).

8. O tipo penal ou delito em si do tráfico de entorpecentes já figurava no art. 12 da Lei 6.368/1976, de modo que o ineditismo regratório se deu tão-somente quanto à pena mínima de reclusão, que subiu de 3 (três) para 5 (cinco) anos. Afora pequenas alterações redacionais, tudo o mais se manteve substancialmente intacto.

9. No plano do agravamento da pena de reclusão, a regra mais nova não tem como retroincidir. Sendo (como de fato é) constitutiva de política criminal mais drástica, a nova regra cede espaço ao comando da norma penal de maior teor de benignidade, que é justamente aquela mais recuada no tempo: o art. 12 da Lei 6.368/1976, a incidir por ultra-atividade. O novidadeiro instituto da minorante, que, por força mesma do seu ineditismo, não se contrapondo a nenhuma anterior regra penal, incide tão imediata quanto solitariamente, nos exatos termos do inciso XL do art. 5º da Constituição Federal.

10. Recurso extraordinário desprovido”.O acórdão recorrido não divergiu desse entendimento jurisprudencial.Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe

provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.262 (422)ORIGEM : APCRIM - 70039705975 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : GILMAR SUPPI DA SILVADP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado Rio Grande do Sul, assim ementado:

“CRIME DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES (ARTIGO 33, CAPUT, DA LEI N. 11.343/06). IRRESIGNAÇÃO DEFENSIVA. PROVA. CONDENAÇÃO MANTIDA.

A prova contida nos autos autoriza a manutenção da condenação do réu como incurso nas sanções do artigo acima referido, sendo inviáveis as pretendidas absolvição ou desclassificação, por insuficiência probatória.

De salientar que os depoimentos dos policiais merecem total credibilidade, notadamente quando coerentes e harmônicos com os demais elementos probatórios.

Cabível a minoração da pena-base imposta ao réu, bem como a incidência da redutora do artigo 33, § 4º, da Lei n. 11.343/06, às sanções carcerária e pecuniária estipuladas ao mesmo. Voto vencido.

Viável a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, diante da peculiaridades do caso concreto, provimento alcançado de ofício. Voto vencido.

APELAÇÃO PROVIDA EM PARTE E, DE OFÍCIO, SUBSTITUÍDA A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS, POR MAIORIA”. (eDOC 3, p. 33).

No apelo extremo (eDOC 3, p. 46-56), interposto com base no artigo 102, inciso, III, alínea “a”, do permissivo constitucional, sustenta-se que o acórdão recorrido violou o artigo 5º, XLVI, da Constituição Federal.

Sustenta-se, em síntese, que o Tribunal de origem, ao substituir a pena privativa de liberdade de réu condenado pelo delito de tráfico de drogas por penas restritivas de direito, contrariou o princípio da individualização da pena.

Em contrarrazões, a Defensoria Pública estadual alega que o recurso

não deve ser conhecido, em virtude da ausência de preliminar formal e fundamentada de repercussão geral e em razão da inexistência de afronta à Constituição Federal (eDOC 3, p. 78-84).

O Tribunal a quo negou trânsito ao recurso extraordinário, ao fundamento de violação meramente reflexa ao texto constitucional (eDOC 3, p. 86-92).

Contra referida decisão de inadmissibilidade foi interposto agravo nos próprios autos, no qual repisa-se a tese exposta no recurso extraordinário e refutam-se os fundamentos da decisão recorrida (eDOC 3, p. 102-104/eDOC 4, p. 1-2).

É o relatório.Decido.Não assiste razão ao agravante.Verifico que o Tribunal de origem manteve a condenação do agravado

pelo crime de tráfico, mas reduziu a sua pena privativa de liberdade para 2 anos e 6 meses de reclusão, fixando o regime inicial fechado para o cumprimento da pena, nos termos do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, bem como substituiu a pena privativa de liberdade por duas penas restritivas de direitos (prestação de serviços à comunidade e de cesta básica) e o condenou ao pagamento de 250 dias-multa.

Inicialmente, no que se refere à possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, verifico que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte, que, em sessão realizada em 1º.9.2010 pelo Plenário, examinou o HC n. 97.256/RS, de relatoria do Min. Ayres Britto e, por maioria, declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da expressão vedada a conversão em penas restritivas de direitos, constantes do § 4º do art. 33, e art. 44, ambos da Lei n. 11.343/2006.

Contudo, no que concerne ao regime inicial de cumprimento da pena, destaco que, em sessão realizada em 27.6.2012, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao analisar o HC 111.840/ES, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, por maioria, declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei 11.464/2007.

Desse modo, ficou superada a obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado aos condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC) e concedo a ordem de ofício, a fim de determinar ao Tribunal de origem que, afastando o disposto no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/90, proceda à nova fixação do regime inicial de cumprimento de pena, segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.616 (423)ORIGEM : PROC - 90170075420118130024 - TURMA RECURSAL

DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA 1º REGIÃOPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAROLINA JUNQUEIRA MENDESADV.(A/S) : RODRIGO MARCOS BEDRAN E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DANO MORAL. DECISÃO AGRAVADA NÃO IMPUGNADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287/STF. PRECEDENTES. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.

1. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz à inadmissão do recurso extraordinário. Súmula 287 do STF. Precedentes: ARE 665.255-AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22/5/2013, AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7/5/2013.

2. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Primeiramente, conveniente ressaltar que as provas carreadas aos autos atestam cabalmente a veracidade dos fatos narrados por CAROLINA, eis que restou comprovado nos autos a cobrança indevida da quantia de R$3.071,98 já declarada inexigível em sentença proferida em processo outro com trânsito em julgado. Indene de dúvidas, portanto, que houve falha na prestação de serviços do BANCO, restando inegável sua responsabilidade pelo dano perpetrado.”

4. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se de agravo nos próprios autos interposto por BANCO

SANTANDER (BRASIL) S/A, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, objetivando a reforma da decisão que inadmitiu seu recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 107

extraordinário manejado com arrimo na alínea “a” do permissivo Constitucional contra acórdão que assim assentou:

“Primeiramente, conveniente ressaltar que as provas carreadas aos autos atestam cabalmente a veracidade dos fatos narrados por CAROLINA, eis que restou comprovado nos autos a cobrança indevida da quantia de R$3.071,98 já declarada inexigível em sentença proferida em processo outro com trânsito em julgado.

Indene de dúvidas, portanto, que houve falha na prestação de serviços do BANCO, restando inegável sua responsabilidade pelo dano perpetrado.”

Nas razões do apelo extremo sustenta preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal.

O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que não houve ofensa direta ao dispositivo constitucional, bem como que seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos.

É o relatório. DECIDO. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

O agravo não merece provimento.O agravante não atacou o fundamento da decisão agravada. Esta

Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que a parte tem o dever de impugnar os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não ter sua pretensão acolhida, por vedação expressa do enunciado da Súmula 287 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo não atacou os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário, o que torna inviável o recurso, conforme a Súmula 287 do STF. Precedentes. II - O argumento expendido no presente recurso referente à suposta admissibilidade recursal com base no art. 102, III, c, da Constituição traduz inovação recursal, haja vista não ter sido mencionada nas razões do apelo extremo. III - Agravo regimental improvido.” (ARE 665.255-AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22/5/2013)

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Processual. Ausência de impugnação de todos fundamentos da decisão agravada. Óbice ao processamento do agravo. Precedentes. Súmula nº 287/STF. Prequestionamento. Ausência. Incidência da Súmula nº 282/STF. 1. Há necessidade de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de se inviabilizar o agravo. Súmula nº 287/STF. 2. Ante a ausência de efetiva apreciação de questão constitucional por parte do Tribunal de origem, incabível o apelo extremo. Inadmissível o prequestionamento implícito ou ficto. Precedentes. Súmula nº 282/STF. 3. Agravo regimental não provido.” (AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 7/5/2013)

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de agosto de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.800 (424)ORIGEM : AC - 70045681160 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FRANCISCO PADILHAADV.(A/S) : ONIR RODRIGUES ALVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA DOS

SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - PREVIMPA

ADV.(A/S) : LYDIA MARIA DE MENEZES FERREIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE. INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE RESULTADO FAZENDÁRIO E DE PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA - GRFPO. ART. 9º DA LEI MUNICIPAL N. 10.087/06. REQUISITO TEMPORAL NÃO PREENCHIDO. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. PRECEDENTES DESTE COLEGIADO. POR MAIORIA, NEGARAM PROVIMENTO AO APELO” (fl. 192).

No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 40, § 8°, da

Constituição Federal, assim como inconstitucionalidade do artigo 9° da Lei Municipal n° 10.087/06, na redação dada pela Lei Municipal n° 10.765/09.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar. Do voto condutor do acórdão, extraem-se os seguintes trechos:“Não merece provimento o apelo, impondo-se a manutenção da

sentença de origem, considerando posição adotada por este Colegiado no exame de feitos similares, nos quais os servidores não atenderam o requisito temporal previsto no art. 9º da Lei Municipal n. 10.087/06, que assim estabelece:

Art. 9º A GRFPO fica estendida ao servidor aposentado anteriormente à vigência desta Lei, desde que tenha estado no efetivo exercício de suas funções, na SMF ou no GPO, pelos últimos 10 (dez) anos de atividade, por ocasião da aposentadoria.

Outrossim, é cediço que a atuação da administração pública deve pautar-se pelo disposto em lei, não podendo dela se afastar, sob pena de responsabilização administrativa, civil e penal por conceder direitos sem amparo legal.

(…). Ademais, não verifico a alegada violação a norma constitucional, na

esteira dos fundamentos lançados pela eminente Procuradora de Justiça Vera Lúcia Gonçalves Quevedo, os quais adoto como parte integrante deste voto, a seguir transcritos:

‘Aliado a isso, não assiste razão aos apelantes no que tange ao argumento de que o artigo 9º da Lei nº 10.087/06, com redação dada pela Lei nº 10.756/09, viola a regra do artigo 40, § 8º, da Magna Carta , em sua antiga redação.

Isso porque, pela análise dos artigos 5º e 9º da Lei nº 10.087/06, constata-se que o servidor que atualmente está na ativa, para vir a incorporar, por ocasião da aposentadoria, a GRFPO, necessita preencher o tempo mínimo de dez anos de trabalho na Procuradoria-Geral do Município.

No mesmo diapasão, o servidor aposentado antes da publicação da lei em questão, se contar os mesmos dez anos de trabalho na Procuradoria-Geral do Município, também poderá incorporar a gratificação, de modo que não há violação à regra da paridade.

Outrossim, destaca-se que o fato do documento de fl. 38 demonstrar que os servidores em efetivo exercício na Procuradoria-Geral do Município estão recebendo a GRFPO também não viola a regra da paridade, uma vez que o artigo 40, § 8º, da Magna Carta, em sua antiga redação, deve ser aplicado aos benefícios ou reajustes concedidos sem a exigência do preenchimento de qualquer requisito.

Do contrário, se fosse aceito o argumento da paridade nos termos propostos pelos apelantes, os servidores inativos teriam direito a receber todos os benefícios concedidos aos servidores em atividade, tal como avanços por tempo de serviço, o que configuraria um total despautério jurídico’.

No caso concreto, os servidores admitem o não-preenchimento do referido requisito temporal, razão pela qual improcede a pretensão” (fls. 193/194v).

Dessa forma, é certo que as instâncias de origem decidiram a lide, no sentido de que o recorrente não teria direito à incorporação da Gratificação e Resultado Fazendário e de Programação Orçamentária – GRFPO, amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente.

Para ultrapassar tal entendimento, seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional local, o que é vedado nesta via extraordinária. Nesse sentido:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República” (RE nº 586.949/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 13/3/09).

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Base de cálculo de horas extraordinárias. Necessidade de prévia análise e interpretação da legislação local aplicável. Enunciado 280 da Súmula do STF. 3.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 108

Inaplicabilidade da Súmula Vinculante 16. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 728.754/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 5/3/13).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO AMAZONAS. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE INDUSTRIAL. LEI ESTADUAL 2.120/1992. DECRETO ESTADUAL 14.645/1992. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inviável o recurso extraordinário quando sua apreciação demanda reexame, por esta Corte, da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 do STF. II – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE n° 642.621/AgR-AM, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 2/4/13).

Nesse mesmo sentido, ainda, a seguinte decisão monocrática: ARE nº 639.159/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 3/5/11.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.226 (425)ORIGEM : AIRR - 695406419975040662 - TRIBUNAL SUPERIOR

DO TRABALHOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LEONIR DIDONEADV.(A/S) : LUIZ ROTTENFUSSER E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que versa sobre a incidência dos juros de mora previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, nas ações em que a União figura como sucessora da Rede Ferroviária Federal S.A., em período anterior à referida sucessão.

Verifico que determinei a devolução dos autos para os fins do art. 543-B do CPC, por entender que a controvérsia estaria representada na sistemática da repercussão geral pelo tema n. 435 - AI-RG 842.063. (eDOC 13).

Encaminhados os autos ao Tribunal Superior do Trabalho, este reencaminhou o processo ao STF por considerar que o tema debatido nos autos é diverso do paradigma invocado (eDOC 18).

Constato que, posteriormente, assunto idêntico ao versado na petição do recurso extraordinário foi encaminhado ao Plenário Virtual desta Corte, por meio do tema n. 640, cujo paradigma é o ARE-RG 734.169, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 17.4.2013.

Ante o exposto, devolvam-se os autos ao Tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se. Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar Mendes Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 717.536 (426)ORIGEM : PROC - 50165705320124047001 - TRIBUNAL

SUPERIOR DO TRABALHOPROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : DIRCEU JOSE DE OLIVEIRAADV.(A/S) : ARNALDO DE OLIVEIRA MARIGORECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma Recursal da Seção Judiciária do Paraná que, em síntese, negou provimento ao recurso e manteve a sentença que julgou procedente, em parte, o pedido do autor de revisão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição.

Do voto do Relator do acórdão atacado extrai-se a seguinte fundamentação:

“Quanto à possibilidade de conversão de tempo especial após 28.05.1998, anoto que esta Turma vinha admitindo, em face da nova redação dada ao artigo 70 do Decreto nº 3.048/99 e, principalmente em face da edição

da Instrução Normativa INSS/DC nº 118/2005 (DOU de 18.04.2005) e da Instrução Normativa INSS/PR nº 11/06 (DOU de 21.09.2006). E, recentemente, em 20.10.2009, a Turma Regional de Uniformização da 4ª Região, no Incidente de Uniformização nº 2007.72.95.009899-2/SC, pacificou esse entendimento:

‘DIREITO PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. NEUTRALIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE SIMILITUDE FÁTICA. NÃO CONHECIMENTO. CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM APÓS 28/05/1998. POSSIBILIDADE.

1. Não havendo similitude fática entre a situação dos autos e os paradigmas invocados, não deve ser conhecido o pedido de uniformização no que respeita à descaracterização ou não da especialidade de tempo de serviço em razão do uso de equipamento de proteção individual - EPI.

2. Considerando que a Constituição Federal assegura, desde sua redação original, e mesmo após alterações posteriores pelas Emendas Constitucionais nºs 20 e 47, a adoção de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria a segurado sujeito a condições especiais de trabalho, e, ainda, que continua em vigor o § 5º, do artigo 57, da Lei nº 8.213/91, é possível a conversão de tempo de serviço especial para comum, mesmo após 28/05/1998.

3. Precedente da Turma Nacional de Uniformização (PEDILEF 200461840057125, Relatora Juíza Federal Joana Carolina Lins Pereira, Data da decisão: 27/03/2009, DJ 22/05/2009; PEDILEF 200461842523437, Relator Juiz Federal Manoel Rolim Campbell Penna, Data da decisão: 18/12/2008, DJ 09/02/2009) e do Superior Tribunal de Justiça (REsp 1010028/RN, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 28/02/2008, DJe 07/04/2008; REsp 956110/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 29/08/2007, DJ 22/10/2007 p. 367).

Por outro lado, no tocante ao labor de eletricista, a Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais entendeu que, após 05/03/1997, não mais se admite o enquadramento do agente nocivo eletricidade como especial:

(...)”.Alega o recorrente violação dos artigos 7°, inciso XXIII, e 201, § 1º,

da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Não merece prosperar a irresignação.As instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação

infraconstitucional pertinente (Decreto n° 3.048/99 e Lei n° 8.213/91). Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência da Súmula nº 279/STF. Sobre o tema:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE n° 665.429/SC-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1°/8/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. APOSENTADORIA. REQUISITOS. LEGISLAÇÃO LOCAL. FATOS E PROVAS. SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessário o reexame de legislação local e de fatos e provas, circunstância que impede a admissão do recurso extraordinário, ante os óbices das Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 590.477/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 17/10/08).

Ademais, essa orientação restou consolidada pelo Plenário desta Corte que, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do AI nº 841.047/RS, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada neste feito em virtude de sua natureza infraconstitucional. Esse julgado recebeu a seguinte ementa:

“Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Aposentadoria. Tempo de serviço. Condições especiais. Cômputo. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 109

repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto o cômputo, para efeito de aposentadoria, do tempo de serviço exercido em condições especiais, versa sobre tema infraconstitucional.”

Essa decisão, nos termos do artigo 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, com a redação da Lei nº 11.418/06, “valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, que serão indeferidos liminarmente”.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 721.606 (427)ORIGEM : AC - 0165788142010 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : MARINA GERIBELOADV.(A/S) : ANDRE DOS SANTOS GUINDASTERECDO.(A/S) : MARÍTIMA SEGUROS S/AADV.(A/S) : DARCIO JOSÉ DA MOTA E OUTRO(S) E OUTRO(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. PAGAMENTO DE DIFERENÇA DE INDENIZAÇÃO DE SEGURO OBRIGATÓRIO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.

1. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI nº 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007).

2. In casu, a parte não cumpriu o referido requisito ao impugnar o acórdão recorrido que assentou: “Dando-se, o acidente de trânsito e a morte do filho da autora, na vigência da Lei 11.482/2007, a indenização do seguro obrigatório desvincula-se do salário mínimo e importa em treze mil e quinhentos reais. Como houve pagamento integral, substitui-se o decreto de improcedência pelo de extinção do processo sem exame de mérito, à falta de interesse de agir.”

3. Agravo DESPROVIDO.DECISÃO: Trata-se agravo nos próprios autos interposto por MARINA

GERIBELO com o objetivo de ver reformada a r. decisão que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional, contra acordão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado, in verbis:

“Dando-se, o acidente de trânsito e a morte do filho da autora, na vigência da Lei 11.482/2007, a indenização do seguro obrigatório desvincula-se do salário mínimo e importa em treze mil e quinhentos reais. Como houve pagamento integral, substitui-se o decreto de improcedência pelo de extinção do processo sem exame de mérito, à falta de interesse de agir.”

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.Nas razões do apelo extremo alega violação aos artigos 1º, III, 5º, X

e XXXVI, 59, parágrafo único, e 62, caput, da Constituição Federal.O tribunal a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por

entender que não restou demonstrada a alegada vulneração aos dispositivos que considera violados.

É o relatório. DECIDO.Razão não assiste à agravante.O recorrente não apresentou preliminar formal e fundamentada de

repercussão geral no recurso extraordinário, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06.

O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/2007, fixou o seguinte entendimento:

“I. Questão de ordem. Recurso extraordinário, em matéria criminal e a exigência constitucional da repercussão geral.

[...]II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de

admissibilidade: competência.1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem,

seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327).

2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita “à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal” (Art. 543-A, § 2º).

III. Recurso extraordinário: exigência de demonstração, na petição do RE, da repercussão geral da questão constitucional: termo inicial.

[...]4. Assim sendo, a exigência da demonstração formal e

fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental n. 21, de 30 de abril de 2007.”

Insta ressaltar que a intimação do acórdão impugnado deu-se, no caso sub examine, em data posterior à fixada no citado julgamento.

Ex positis, DESPROVEJO o agravo, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se. Brasília, 23 de agosto de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 725.066 (428)ORIGEM : ARE - 05040401520094058200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAO - PEPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ADAILTON ALVES DE MEDEIROSADV.(A/S) : YURI PORFÍRIO CASTRO DE ALBUQUERQUE E

OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 2º, 5º, II, e 37 da Constituição Federal.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido, cito, por oportuno, a seguinte decisão proferida no RE 731.652/SE, Rel. Min. Dias Tofolli, no DJe 24.4.2013:

“Decisão:Vistos.União interpõe recurso extraordinário contra acórdão proferido pela

Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado de Sergipe, que manteve a sentença que acolheu o pedido:

“ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, FAZENDA E PLANEJAMENTO. GDAFAZ. EXTENSÃO AOS INATIVOS. PAGAMENTO DEVIDO ATÉ A REGULAMENTAÇÃO DAS AVALIAÇÕES E PROCESSAMENTO DOS RESULTADOS. PRECEDENTE DO STF. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.

I. A GDAFAZ é gratificação de caráter individual (pro labore faciendo), mas ao ser concedida a todos os servidores ativos, no mesmo percentual (80%), sem a efetiva avaliação, passou a ter um caráter geral, acarretando a sua extensão na mesma proporção aos aposentados e pensionistas abarcados pelo art. 7º da EC n. 41/2003.

II. Até que sejam efetivamente regulamentados os critérios de avaliação individual e institucional e, bem assim, processados os resultados da primeira avaliação individual, caberá aos inativos, da mesma forma que previstos para os servidores em atividade, o percentual de 80% (oitenta por cento), desde o início da vigência da GDAFAZ, em 01.07.2008 (ou a partir de quando o requerente começou a auferir a gratificação), até o advento da primeira avaliação individual e institucional, depois de processados os resultados dessa avaliação, nos termos da Lei. n.º 11.907/2009.

III. Recurso improvido. Sentença mantida”.Opostos embargos declaratórios, foram desprovidos.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 110

Esta Corte, na sessão plenária de 29/10/2009, aprovou a Súmula vinculante nº 20, consolidando o direito de servidores inativos receberem a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa (GDATA), nesses termos, in verbis:

“A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa- GDATA, instituída pela Lei 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete virgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e,nos termos do art. 5º, parágrafo único, da Lei 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o art. 1º da Medida Provisória 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.”

Em situações semelhantes, este Supremo Tribunal Federal tem estendido o entendimento firmado no julgamento da citada GDATA a outros casos em que se discutem gratificações similares no sentido de que a falta de regulamentação do processo de avaliação de desempenho confere às gratificações uma natureza de generalidade. Nesse sentido, veja-se a decisão proferida no ARE n° 642.827/ES-RG em que foi reconhecida a repercussão geral da matéria para ratificar a jurisprudência desta Corte:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa do Meio Ambiente – GDAMB. Critérios de cálculo. Extensão. Servidores públicos inativos e pensionistas. Precedentes. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão, aos servidores públicos inativos e pensionistas, dos critérios de cálculo da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa do Meio Ambiente – GDAMB estabelecidos para os servidores públicos em atividade” (DJe de 31/8/11).

Anote-se também, as seguintes decisões:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. PARIDADE REMUNERATÓRIA. § 8º DO ART. 40 DO MAGNO TEXTO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE PERITO FEDERAL AGRÁRIO (GDAPA). EXTENSÃO NOS MESMOS VALORES PAGOS A SERVIDORES ATIVOS. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO JÁ REGULAMENTADOS. 1. A ausência de regulamentação do processo de avaliação de desempenho, tal como previsto na Lei federal 10.550/2002, confere à GDAPA um caráter de generalidade. Pelo que a vantagem é de ser estendida aos servidores aposentados em paridade de condições com os ativos apenas no período que antecedeu a citada regulamentação. 2. Agravo regimental desprovido” (AI n° 845.833/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 13/4/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – GDATA E DE GRATIFICAÇÃO DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR – GDATEM. SÚMULA VINCULANTE N. 20. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI n° 811.049/PB-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/3/11).

Desse entendimento, não divergiu a sentença confirmada pela decisão recorrida.

Tratando dessa mesma gratificação, destacam-se as seguintes decisões: ARE nº 703.792/CE, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/8/12; Re nº 633.630/PB, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 23/8/12; e ARE nº 703.935/CE, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/8/12.

Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário.”

Quanto à alegada violação do art. 2º da Lei Fundamental, o Supremo Tribunal Federal entende que exame da legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes. Nesse sentido: RE 417.408-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012; ARE 655.080-AgR/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 09.9.2012, este assim ementado:

"Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4. Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de violação ao Princípio da separação de Poderes. Precedentes do STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela agravada, para investidura no cargo público de magistério estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame. Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento".

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 20 de agosto de 2013.

Ministra Rosa Weber

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.452 (429)ORIGEM : AC - 10461090613062001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. ROBERTO BARROSORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE OURO PRETOADV.(A/S) : VANESSA LIMA NASCIMENTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MAXIMIANO RESENDE DOS SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO RAMOS

DESPACHOAbra-se vista dos autos à Procuradoria Geral da República. Publique-se.Brasília, 04 de setembro de 2013.

Ministro LUÍS ROBERTO BARROSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 736.306 (430)ORIGEM : AI - 990102987566 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : JOSE EDIS VOLPATOADV.(A/S) : ELIZABETH BENEDITA ROSSI CORTIJO

Petição/STF nº 42.146/2013DECISÃOAGRAVO – DESISTÊNCIA – HOMOLOGAÇÃO.1. Banco Bradesco S/A formula desistência do agravo.2. Ante o disposto no Regimento Interno desta Corte, homologo o

pedido de desistência do recurso para que produza os efeitos legais.3. Publiquem.Brasília, 29 de agosto de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 736.403 (431)ORIGEM : AI - 24049012263 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO DE FARIAADV.(A/S) : GIOVANNI ROCHA DAS NEVESRECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA DOS

SERVIDORES DO MUNICIPIO DE VITORIA - IPAMVADV.(A/S) : TATIANA PREZOTTI MORELLI

DECISÃOVistos. Carlos Roberto de Faria interpõe recurso extraordinário contra

acórdão proferido pelo Segundo Grupo de Câmaras Cíveis Reunidas do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.

Decido. Vê-se, porém, que não se observou o prazo de 15 (quinze) dias para

a interposição do recurso extraordinário, conforme estabelece o art. 26 da Lei nº 8.038/90.

O acórdão dos embargos infringentes foi publicado no dia 27 de julho de 2010, terça-feira. Iniciado no primeiro dia útil subsequente, 28 de julho de 2010, quarta-feira, o prazo recursal expirou no dia 12 de agosto de 2010, quinta-feira. O recurso extremo, todavia, foi protocolado somente em 18 de agosto de 2010, quarta-feira, após o término do prazo. É, portanto, intempestivo.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro Dias Toffoli Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 738.106 (432)ORIGEM : AC - 9031825100 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOSRECDO.(A/S) : MARIMEX DESPACHOS TRANSPORTES E SERVIÇOS

LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 111

ADV.(A/S) : MARIA CAROLINA ANTUNES DE SOUZA E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos. O Plenário desta Corte concluiu, em sessão realizada por meio

eletrônico, no exame do RE nº 601.720/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, pela existência da repercussão geral da matéria constitucional versada nestes autos. Trata-se de discussão acerca do “alcance da imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da Constituição Federal, em relação aos imóveis que, embora pertencentes aos entes públicos, são utilizados por concessionários ou permissionários para a exploração de atividades econômicas com fins lucrativos”.

Nas Questões de Ordem suscitadas no AI nº 715.423/RS e no RE nº 540.410/RS, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal concluiu pela possibilidade da aplicação da norma do artigo 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de matéria constitucional com repercussão geral reconhecida por esta Corte, independentemente da data de interposição do apelo extremo.

Ante o exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do artigo 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja aplicado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 14 de agosto de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.024 (433)ORIGEM : MS - 70048937221 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GELSON LUIZ CORDEIRO DOS SANTOSADV.(A/S) : PAULO ZANONI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que deixou de admitir recurso extraordinário de acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que em mandado de segurança, denegou a ordem, com base na impossibilidade jurídica do pedido, pois o próprio servidor requereu voluntariamente a remoção-descenso de comarca de entrância intermediária para inicial, sabendo da adequação dos vencimentos à nova situação funcional (fl. 87 v.).

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria, conforme estabelece o art. 543-A, § 2º, do CPC.

Aponta ofensa ao artigo 7º, VI, da Constituição Federal, asseverando, em suma, que (a) em decorrência de remoção-descenso de comarca de entrância intermediária para uma inferior, houve diminuição do salário, ainda que exercendo a mesma função de Oficial de Justiça (fl. 64); (b) o documento de remoção, com assinatura de ciência de que haveria redução nos proventos, é ilegal; e (c) existe desconhecimento por parte do Poder Judiciário a respeito do nível de exigência, sobrecarga de serviço e responsabilidades dos serviços prestados (fl. 69).

2. O recurso extraordinário foi interposto imediatamente após acórdão que denegou mandado de segurança proposto perante Tribunal de Justiça. Desse modo, tal matéria estava sujeita a recurso de natureza ordinária para o Superior Tribunal de Justiça (CF/88, art. 105, II, b). Diante desse quadro, não se pode conhecer do extraordinário ante o óbice da Súmula 281 do STF (“É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber, na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada). Nesse sentido, confira-se:

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE EXAURIMENTO DAS VIAS RECURSAIS NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281/STF. 1. É assente no Supremo Tribunal Federal a inadmissibilidade do “recurso extraordinário, quando couber, na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada” (Súmula 281/STF). 2. É cabível recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça de decisão denegatória proferida em mandado de segurança decidido em única instância por Tribunal Regional Federal, Tribunal de Estado ou do Distrito Federal e dos Territórios (alínea “b” do inciso II do art. 105 da Constituição Republicana). 3. Agravo regimental desprovido.(AI 641409 AgR, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe 14-02-2011)

3. Diante do exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.358 (434)ORIGEM : AI - 20110020222290 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : D L DE S DADV.(A/S) : IGOR TAMASAUSKAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

DESPACHO: Vistos.Consulta ao andamento do feito, no endereço eletrônico do Superior

Tribunal de Justiça, mantido na rede mundial de computadores, demonstra que foi determinado o imediato processamento do recurso especial paralelamente interposto.

Por isso, reconsidero a decisão retro, para determinar o encaminhamento dos autos àquela Corte, para julgamento do referido recurso especial.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.429 (435)ORIGEM : PROC - 50005757120114047215 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ADOLFO ROGERIO KLABUNDE E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : IANDERSON ANACLETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão que entendeu pela não possibilidade do recolhimento em atraso das contribuições previdenciárias, para fins de manutenção da qualidade de segurado no RGPS (eDOC 159, p.1-2).

Opostos embargos declaratórios, estes foram rejeitados (eDOC 171, p. 1).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se ofensa ao artigo 201, caput, do texto constitucional.

Nas razões recursais, alega-se que, sendo a filiação ao Regime Geral da Previdência Social de caráter obrigatório, é possível o recolhimento em atraso a qualquer tempo, ainda que após a morte do segurado.

Decido.A pretensão recursal não merece prosperar.Verifico que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia com

fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei nº 8.212/91). A ofensa à Constituição, caso existente, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa, o que não enseja a abertura da via extraordinária. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, §3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que na data do óbito o “de cujus” não possuía a qualidade de segurado, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 3. Agravo regimental a que se nega provimento”. (RE 695.265-AgR/SP, Rel. Min. Lux Fux, Primeira Turma, DJe 2.10.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 112

PROVIMENTO”. (AI 782.536-AgR/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.9.2010)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.519 (436)ORIGEM : AI - 70039971866 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. LUIZ FUXRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : JOVITA DO AMARAL GOMESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREJUDICIALIDADE. PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. ÓBITO DA PARTE AGRAVADA.

1. O agravo da inadmissão do recurso extraordinário carece de interesse em face de falecimento da parte agravada.

2. Agravo PREJUDICADO (artigo 21, inciso IX, do RISTF).DECISÃO: Por meio de análise dos autos, verifica-se que o Tribunal

de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul declarou a prejudicialidade do recurso extraordinário, quando da sua admissibilidade, tendo em vista a informação do falecimento da parte agravada.

Dadas as circunstâncias dos fatos relatados, constata-se a perda superveniente de objeto do presente recurso.

Ex positis, JULGO PREJUDICADO o presente agravo, com fundamento no artigo 21, inciso IX, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro LUIZ FUXRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.007 (437)ORIGEM : AR - 4248 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : AGROPECUÁRIA JURUENA LTDAADV.(A/S) : DIOMAR BEZERRA DE LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no AI 751.478-RG/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada:

“DIREITO DO TRABALHO. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA. MATÉRIA RESTRITA AO PLANO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”

O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Impõe-se registrar, finalmente, no que concerne à própria controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte que versaram matéria assemelhada à veiculada no caso em exame (AI 813.054-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 844.725-AgR/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – AI 850.376/MG, Rel. Min. ROSA WEBER – ARE 656.407/MT, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – RE 583.857- -AgR/RJ, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.).

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 743.036 (438)ORIGEM : AC - 477213 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : LUIZ GONZAGA DE BARROS FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ANTHONY FERNANDES OLIVEIRA LIMA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA CARVALHO E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado, no que interessa:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL - CONTRATO DE MÚTUO IMOBILIÁRIO - QUITAÇÃO DO SALDO DEVEDOR RESIDUAL - CONTRATO NÃO COBERTO PELA CLÁUSULA DO FCVS - RESPONSABILIDADE DOS MUTUÁRIOS – DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL DA CASA BANCÁRIA. IRRESIGNAÇÃO DOS AUTORES. (...)”. (eDOC 3, p. 17)

Opostos os embargos declaratórios, estes foram rejeitados (eDOC 4, p. 11-16).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação dos artigos 1º, III; 5º, caput e XXXII; e 6º, caput e I, do texto constitucional.

O recorrente sustenta que a determinação do pagamento do saldo devedor existente no contrato de financiamento habitacional ofende, em especial, o direito à moradia.

Decido.Verifico que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz da

legislação infraconstitucional e com interpretação de cláusulas contratuais. Para se concluir de forma diversa, seria necessária a análise das mencionadas cláusulas, o que não enseja a abertura da via extraordinária. Incide, portanto, o Enunciado 454 da Súmula do STF.

Sobre o tema, confiram-se os seguintes julgados:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

DIREITO CIVIL. CONTRATO. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. SALDO DEVEDOR. REAJUSTE. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NECESSIDADE DE ANÁLISE DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS CONSTANTES DO ATO CELEBRADO ENTRE AS PARTES. SÚMULA 454 DO STF. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGAÇÃO DE PRÁTICA DE ANATOCISMO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido (Súmulas 282 e 356 do STF). II - A discussão acerca da suposta violação ao ato jurídico perfeito não dispensa a interpretação das cláusulas contratuais constantes do ato celebrado entre as partes, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 454 do STF. III – Esta Corte reafirmou a sua jurisprudência no sentido de que a controvérsia relativa a critério de reajuste de saldo devedor em contrato de mútuo pelo sistema financeiro de habitação encontra-se no âmbito infraconstitucional. IV – A verificação da ocorrência do prática de anatocismo encontra óbice na Súmula 279 do STF. V - Agravo regimental improvido”. (RE 568.692-AgR/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 03.3.2011)

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS (SÚMULA 454). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI 576.744-AgR/GO, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 13.3.2009)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 744.997 (439)ORIGEM : AC - 10024101161180005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ALEXANDRE FARIAS DE MIRANDAADV.(A/S) : ANTÔNIO SALVO MOREIRA NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 113

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, XXXV e LV, da Lei Maior. Inicialmente determinada a devolução dos autos ao Tribunal a quo para os fins previstos no art. 543-B do CPC, retornaram os autos a esta Corte. Informa a Presidência do Tribunal de origem a existência de vício formal de admissibilidade do recurso extraordinário, manejado em face de acórdão não unânime que reformou, em grau de apelação, a sentença de mérito.

É o relatório. Decido. Assiste razão. Manejado o extraordinário em face de acórdão não unânime que, em

apelação, reformou a sentença de mérito, cabível a oposição dos embargos infringentes junto à origem (art. 530 do CPC).

Ante o exposto, torno sem efeito a decisão que aplicou o paradigma da repercussão geral (fl. 393), e passo ao exame do recurso.

Nada colhe o agravo, não exauridos os recursos cabíveis nas instâncias ordinárias.

Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula 281/STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada”. Nesse sentido: AI 672.658-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 21.11.2008; RE 572.470-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 23.8.2011; AI 816.831-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 30.11.2010; e ARE 656.132-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 16.11.2011, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO IMPUGNADA. MONOCRÁTICA. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA VIA RECURSAL ORDINÁRIA. SÚMULA 281 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Recurso extraordinário interposto contra decisão monocrática em embargos de declaração. Não esgotamento da via recursal ordinária (Súmula 281 do STF). II – Agravo regimental improvido.”

Não conheço do agravo (art. 544, § 4º, I, do CPC). Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 748.504 (440)ORIGEM : PROC - 50059063320124047204 - TRF4 - SC - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PEDRO PAULO DIAS SPECK FILHO (REPRESENTADO

POR GESELE CAMPOS RUFINO)ADV.(A/S) : KÉTRORIN JOÃOADV.(A/S) : JANAINA DE OLIVEIRA BARCELOS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que, aplicando a sistemática da repercussão geral (CPC, art. 543-B, § 2º), não admitiu o recurso extraordinário.

2. O Plenário desta Corte firmou o entendimento de que não cabe recurso ou reclamação ao Supremo Tribunal Federal para rever decisão do Tribunal de origem que aplica a sistemática da repercussão geral, a menos que haja negativa motivada do juiz em se retratar para seguir a decisão da Suprema Corte (AI 760.358 QO, Rel. Min. GILMAR MENDES; Rcl 7.569 e Rcl 7.547, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 11.12.2009; AI 783.839 ED, Rel. Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, DJe 01/02/2011; ARE 682753 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 01/08/2012).

3. Diante do exposto, não conheço do agravo e determino a devolução dos autos ao Juízo de origem a fim de que lá seja apreciado como agravo interno.

Publique-se. Intime-se.Brasília, 16 de setembro de 2013

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.173 (441)ORIGEM : AC - 200283000053359 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL 5A. REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : PAULO EUGÊNIO LEAL DE AZEVEDO FERNANDESADV.(A/S) : MARCUS JOSÉ DE MELO LYRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região de inadmissibilidade de recurso extraordinário

que impugna acórdão ementado nos seguintes termos:“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE

OBJETIVA DO ESTADO. OPERAÇÃO DE BARREIRA DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL. TROCA DE TIROS COM ASSALTANTES. RECORRIDO ATINGIDO POR DISPAROS. DANO MORAL CONFIGURADO.

1 – A responsabilidade civil do Estado é objetiva, na modalidade risco administrativo, e encontra previsão na Constituição Federal, em art. 37, § 6º.

2 - “Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva, imputável a agente do Poder Público, que tenha, ‘nessa condição funcional, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional (RTJ 140/636) e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. (RE 109615/STJ)”.

3 – Não há controvérsia acerca do dano sofrido pelo recorrido, atingido por dois disparos de arma de fogo, em decorrência de uma operação de barreira na BR-304, realizada pela Polícia Rodoviária Federal, que resultou em troca de tiros com bandidos.

4 – A atuação de agente público em restrito cumprimento de dever legal não exclui o dever de indenizar. São excludentes de responsabilidade civil do Estado o caso fortuito, a força maior e a culpa exclusiva da vítima e de terceiros.

5 – No tocante ao valor da indenização, a quantia de R$ 5.250,00 (cinco mil, duzentos e cinquenta reais) é razoável, considerando as condições econômicas da vítima e do causador do dano, até mesmo para evitar o enriquecimento ilícito de quaisquer das partes.

6 – Apelações improvidas.” (eDOC 2, p. 42)No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, aponta-se violação ao artigo 37, § 6º, do texto constitucional.

Na espécie, alega-se, em síntese, a inexistência de responsabilidade civil da recorrente, por não haver nexo causal entre a ação da União, por meio dos policiais rodoviários federais, e o dano sofrido pelo recorrido.

No caso dos autos, aduz-se que:“ (…) os policiais rodoviários federais apenas estavam no estrito

cumprimento de seu dever e por caso fortuito ocorreu do autor, ora recorrido, vir a ser atingido nesta atuação por disparo que, inclusive, NÃO VEIO DA ARMA DE NENHUM POLICIAL e sim dos assaltantes. Ou seja, os agentes da polícia rodoviária federal se encontravam no exercício de seu dever legal, inexistindo assim qualquer conduta abusiva ou excessiva, nem sequer dano causado por estes.” (eDOC 2, p. 92)

Decido.As razões recursais não merecem prosperar.Segundo orientação sumulada do STF, não cabe recurso

extraordinário para simples reexame de prova (Súmula 279). Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é

diferente da valoração das provas. Enquanto a primeira prática é vedada em sede de recurso extraordinário, a segunda, a valoração, há de ser aceita.

Na espécie, o acórdão recorrido assentou, em síntese, que:“(...) não há controvérsia acerca do dano sofrido pelo recorrido,

atingido por dois disparos de arma de fogo, em decorrência de uma operação de barreira na BR-304, realizada pela Polícia Rodoviária Federal, que resultou em troca de tiros com bandidos.”

Verifico que a controvérsia a respeito do nexo de causalidade e do dano sofrido pelo recorrido envolve o reexame dos elementos fático-probatórios constantes dos autos pelas instâncias inferiores, os quais não podem ser revistos em sede de recurso extreaordinário, nos termos da Súmula 279 do STF.

Nesse sentido, cito precedente de ambas as Turmas:“RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO -

PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS - SOBERANIA DESSE PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA - INVIABILIDADE DA DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, DA EXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL - IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o ‘eventus damni’ e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente público, (c) a oficialidade da atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder Público que tenha, nessa específica condição, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses de responsabilidade civil objetiva do Poder Público, supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.), a

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 114

comprovada existência do nexo de causalidade material entre o comportamento do agente e o ‘eventus damni’, sem o que se torna inviável, no plano jurídico, o reconhecimento da obrigação de recompor o prejuízo sofrido pelo ofendido. - A comprovação da relação de causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte doutrinário (teoria da equivalência das condições, teoria da causalidade necessária ou teoria da causalidade adequada) - revela-se essencial ao reconhecimento do dever de indenizar, pois, sem tal demonstração, não há como imputar, ao causador do dano, a responsabilidade civil pelos prejuízos sofridos pelo ofendido. Doutrina. Precedentes. - Não se revela processualmente lícito reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula 279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários sobre matéria de fato e de prova. Precedentes. - Ausência, na espécie, de demonstração inequívoca, mediante prova idônea, da efetiva ocorrência dos prejuízos alegadamente sofridos pela parte recorrente. Não-comprovação do vínculo causal registrada pelas instâncias ordinárias” (RE 481.110, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 9.3.2007).

“RE: descabimento: debate relativo à existência de nexo de causalidade a justificar indenização por dano material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas: incidência da Súmula 279” (AI-AgR 359.016, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 7.5.04).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações recursais.Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe

provimento (arts. 21, § 1º, do RISTF, e 544, § 4º, II, “a”, do CPC).Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.889 (442)ORIGEM : PROC - 20070020090081 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF

ADV.(A/S) : ROSITTA MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

Referente à Petição 28050/2013DECISÃO: Trata-se de petição de pedido de reconsideração em face de

decisão que determinou a devolução dos autos à origem, com base no RE-RG 612.043, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 8.3.2012, para os fins do disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Cumpre destacar que o ato que determina a remessa dos autos à origem para a aplicação da sistemática da repercussão geral é ato de mero expediente e, por isso, não desafia impugnação.

O Plenário deste Tribunal decidiu não ser cabível recurso para o Supremo Tribunal Federal contra a aplicação do procedimento da repercussão geral nas instâncias de origem. Transcrevo a ementa do AI-QO 760.358, de minha relatoria, DJe 18.2.2010:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”. (grifei)

Com mais razão, não cabe recurso contra a aplicação da sistemática por Ministro deste Tribunal, diante da inexistência de conteúdo decisório. Nesse sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE-AgR 593.078, Rel. Min. Eros Grau, DJe 19.12.2008; AI 705.038, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 19.11.2008; e AI-AgR 696.454, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 10.11.2008. Transcrevo esta última decisão:

“O ato judicial que faz incidir a regra inscrita no art. 543-B do CPC não possui conteúdo decisório nem se reveste de lesividade, pois traduz mera consequência – admitida pela própria jurisprudência plenária do Supremo Tribunal Federal (AI 715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE e RE

540.410-QO/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO) – que resulta do reconhecimento da existência de repercussão geral de determinada controvérsia constitucional suscitada em sede recursal extraordinária, tal como sucede no caso ora em exame.

A ausência de gravame, no caso em análise, decorre da circunstância de que, julgado o mérito do apelo extremo em que reconhecida a repercussão geral, os demais recursos extraordinários, que se acham sobrestados, ‘serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se’ (CPC, art. 543-B, § 3º – grifei).

A inadmissibilidade de recurso, em tal situação, deriva da circunstância – processualmente relevante – de que o ato em causa não consubstancia, seja a solução da própria controvérsia constitucional (a ser apreciada no RE 567.454/BA), seja a resolução de qualquer questão incidente.

Tratando-se, pois, de manifestação que não se ajusta, em face do seu próprio teor, ao perfil normativo dos atos de conteúdo sentencial (CPC, art. 162, § 1º) ou de caráter decisório (CPC, art. 162, § 2º), resulta evidente a irrecorribilidade do ato que meramente ordenou, como no caso, a devolução dos presentes autos ao órgão judiciário de origem, nos termos e para os fins do art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei n. 11.418/2006). Sendo assim, e em face das razões, não conheço, por inadmissível, do presente recurso de agravo”. (destaquei)

No mesmo sentido pronunciei-me, ao negar a liminar no MS 28.551, DJe 13.5.2010:

“Registre-se que a devolução determinada pela Presidência e cumprida pela Secretaria Judiciária do STF não se reveste de ato jurisdicional, mas simples mecânica que permita aos órgãos de origem examinarem se o caso concreto é, ou não, semelhante a caso paradigma ou representativo da controvérsia já examinado pelo Pretório Excelso.

Nesse sentido, tanto o comando constitucional, inserido pela Emenda Constitucional n. 45/2004, quanto as disposições do Código de Processo Civil e do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal convergem para a racionalização do procedimento, de sorte que desobrigue o Tribunal e seus Ministros de examinar repetidas vezes a mesma questão constitucional. Portanto, ausente o indispensável fumus boni juris para concessão da medida liminar pleiteada.

Indefiro o pedido de liminar”. (grifei)Assim, nada há a deferir. Determino a imediata baixa dos autos. Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.937 (443)ORIGEM : AC - 50077990820114047200 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GELVANE FRANCISCO GOEDERTADV.(A/S) : FLORENTINO CARMINATTI JÚNIOR

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de inadmissibilidade do recurso extraordinário que impugna acórdão ementado nos seguintes termos:

“ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. FÉRIAS NÃO USUFRUÍDAS PELA OCORRÊNCIA DE TRATAMENTO DE SAÚDE. FRUIÇÃO NO EXERCÍCIO SEGUINTE. DIREITO ASSEGURADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1. O afastamento do trabalho por motivo de licença para tratamento de saúde não interfere na fruição de período de férias no exercício seguinte pois um ato administrativo não pode coibir direitos constitucionais (art. 7º , XVII, art. 37, XVII e art. 39, § 3º da CF/88).

2. Prequestionamento quanto à legislação invocada estabelecido pelas razões de decidir.

3. Apelação improvida.”No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, alega-se violação ao artigo 37, caput, do texto constitucional.

Na espécie, defende-se, em síntese, que:“ (…) o administrador da res publica só pode agir conforme letra da

lei, devendo seguir o princípio da legalidade de forma indissociável, não podendo dar prevalência a outros princípios, deixando de lado o da legalidade.” (eDOC 1, p. 161)

Decido.As razões recursais não merecem prosperar.No caso, o Tribunal de origem, em síntese, consignou que:“ (…) quando em gozo de licença para tratamento de saúde,

observado o limite de 24 (vinte e quatro) meses de afastamento, tem o

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 115

servidor direito ao cômputo desse período como se estivesse em efetivo exercício.

Sendo assim, havendo o exercício efetivo do trabalho mesmo quando afastado para tratamento de saúde, assiste ao servidor o direito de gozar do direito de férias, assim como à sua acumulação, até o máximo de 2 (dois) períodos.” (eDOC 1, p. 145)

Com efeito, para se entender de forma diversa da orientação firmada pelo acórdão recorrido, e entender-se pela suposta afronta ao princípio da legalidade, seria imprescindível rever a interpretação conferida pela origem à legislação infraconstitucional, providência vedada na via extraordinária, a teor do disposto no Enunciado 636 da Súmula do STF, in verbis:

“NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE, QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA REVER A INTERPRETAÇÃO DADA A NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA”.

Sobre o tema, confiram-se, entre inúmeros outros, os seguintes precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LOCAIS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 636. AGRAVO IMPROVIDO. (...) III – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). IV – Agravo regimental improvido”. (ARE-AgR 646.106, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 13.8.2012)

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Portaria e poder regulamentar. Inviável o prosseguimento do recurso extraordinário quando a averiguação da afronta ao princípio da legalidade demanda análise de legislação infraconstitucional. Verbete 636 da Súmula desta Corte. 3. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento”. (AI-AgR 745.965, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 29.6.2011)

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Processual Civil. Prequestionamento. Ausência. Astreintes. Fixação. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Princípio da legalidade. Súmula nº 636/STF. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 279/STF. 3. Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade quando, para a sua verificação, seja necessário analisar a legislação infraconstitucional aplicável ao caso. Incidência da Súmula nº 636/STF. 4. Agravo regimental não provido”. (ARE-AgR 660.196, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 1º.6.2012)

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (arts. 21, § 1º, do RISTF; e 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.950 (444)ORIGEM : AC - 199961170004438 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ORIZIA TURRA CHECHETTOADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO FERRAZ DE CAMARGO E OUTRO(A/

S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. BENEFÍCIO

ASSISTENCIAL. ART. 20, § 3º, DA LEI 8.742/1993. INCONSTITUCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 567.985. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

“PREVIDENCIÁRIO - BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - ART. 203, V, DA CF/88 - PESSOA IDOSA - TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - PRELIMINAR REJEITADA -

RECURSO DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO E REMESSA OFICIAL PROVIDA.

1. O INSS é parte legítima para ser demandada em processos desta natureza, ·a teor do art. 12, I, da Lei 8742/93 c.c. o art. 32, § único, do Decreto 1744/95.

2. Demonstrado que a parte autora é pessoa idosa, não tendo meios de prover a sua manutenção, nem de tê-la provida por sua família, impõe-se a concessão do benefício de assistência social (art. 203, V, da CF/88).

3. A Lei 8742/93, art. 20, § 3°, quis apenas definir que a renda familiar inferior a 1/4 do salário mínimo é, objetivamente considerada, insuficiente para a subsistência do idoso ou portador de deficiência; tal regra não afasta, no caso em concreto, outros meios de prova da condição de miserabilidade da família do necessitado. Precedentes do STJ.

4. O termo inicial do benefício fica mantido à data da citação, quando o Instituto-réu tomou conhecimento da pretensão da parte autora e a ela resistiu.

5. O pagamento dos honorários advocatícios, porque decorrente da sucumbência, deve ser suportado pelo vencido.

6. Reduzido o valor relativo aos honorários advocatícios, na forma do art. 20, § 4°, do CPC.

7. Preliminar rejeitada. Recurso do INSS parcialmente provido e remessa oficial provida.”

2. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 97 e 203, inc. V, da Constituição da República.

Assevera que “o v. aresto afasta a aplicação da norma inscrita no parágrafo 3°, do art. 20, da Lei 8.742/93, pois embora admita que a renda mensal familiar per capita não se amolda ao limite imposto naquela norma legal, determina a concessão do beneficio assistencial previsto no "caput" daquele artigo, tem-se que a E. Turma deveria proceder na forma descrita no artigo 97 da Lei Maior, remetendo o feito para o Pleno da E. Corte.”

Argumenta que “o fato de que o beneficio assegurado pelo inciso V, do artigo 203, da Carta Magna, é destinado às pessoas que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por suas famílias, conforme dispuser a lei, ou seja, somente àquelas pessoas que comprovam, nos termos da lei, a condição de hipossuficiente econômico é que fazem jus ao beneficio.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão agravada,

pois a matéria é de direito e teve a repercussão geral reconhecida. Todavia, a superação desse fundamento não é suficiente para o

acolhimento da pretensão do Agravante. 5. A observância pelos Tribunais do princípio constitucional da reserva

de plenário para declarar uma norma inconstitucional, disposto no art. 97 da Constituição da República, justifica-se nos casos em que não haja decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

Sobrevindo decisão do Supremo Tribunal Federal, não há necessidade do retorno destes autos ao Tribunal a quo para que se pronuncie sobre a constitucionalidade da lei. Nesse sentido: RE 520.461, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ 7.3.2007.

6. O acórdão recorrido não destoa do decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal que declarou incidenter tantum a inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei 8.742/1993 no julgamento do Recurso Extraordinário n. 567.985, Redator para o acórdão o Ministro Gilmar Mendes (DJe 30.4.2013).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.611 (445)ORIGEM : PROC - 50467862520114047100 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : VALMIR DE OLIVEIRA QUADROSDP : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Petição/STF nº 43.248/2013DECISÃOPROCESSO – REPRESENTAÇÃO DE PARTE.1.A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, tendo em

vista a intimação relativa ao desprovimento do agravo, requer seja intimada a Defensoria Pública da União, com a consequente reabertura do prazo recursal, porquanto compete a esta a representação processual, nos termos do artigo 109, I, da Constituição Federal.

2.Procedam à intimação da Defensoria Publica da União, na forma

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 116

requerida.3.Publiquem.Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.650 (446)ORIGEM : AC - 70041253865 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DENSIMAGEM CLINICA MEDICA LTDAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS BRAGA MONTEIRO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MONTENEGROADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO.

RECOLHIMENTO DE ISS NOS TERMOS DO DECRETO-LEI 406/68. CARACTERIZAÇÃO DA SOCIEDADE COMO UNIPROFISSIONAL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“AGRAVO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. ISS. SERVIÇOS DE DENSITOMETRIA, RADIOLOGIA, ORTOPEDIA, TRAUMATOLOGIA E RAIO X. BASE DE CÁLCULO. TRATAMENTO PRIVILEGIADO. IMPOSSIBILIDADE NO CASO CONCRETO. SOCIEDADE EMPRESARIAL.

Nos termos do artigo 156, III, da CF, dispõem os Municípios de competência para instituição de imposto sobre os serviços de qualquer natureza, a serem definidos em Lei Complementar, desde que não compreendidos no artigo 155, II, do mesmo diploma legal.

Caracterizada a atividade da sociedade, composta por médicos, prestando diversos serviços, com amplo objeto social, como empresarial, impossibilita-se a concessão de tratamento privilegiado no recolhimento do ISS, uma vez que não caracterizada como unipessoal.

Inaplicabilidade do § 3º do art. 9º do DL 406/68.Agravo desprovido”.2. O recurso extraordinário foi inadmitido ao argumento de que “não

cabe ao Supremo Tribunal Federal o exame da matéria infraconstitucional”. 3. A Agravante sustenta não ter “caráter empresarial, estando assim

perfeitamente enquadrada a incidência do ISSQN na forma privilegiada, nos moldes instituídos pelo artigo 9º, § 3º, DL n. 406/68”.

Assevera que “ainda que se sirva ou se socorra de auxiliares para a coleta das imagens e radiografias na prestação dos seus serviços médicos, essa circunstância não retira, em momento algum, a responsabilidade profissional do sócio (médico) no exame e na diagnosticação que dá, caso a caso”.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. O Desembargador Relator afirmou:“A demandante não se enquadra no perfil necessário ao tratamento

privilegiado, como se verá a seguir.(…).A simples leitura do objeto social é indicativo bastante da extensão

dos serviços prestados, descaracterizando a sociedade como uniprofissional, uma vez que, para a prática da Medicina através de exames e consultas, necessária a existência de estrutura empresarial, que não se restringe ao mero desempenho de atividades por três médicos.

Em se tratando de prestação em caráter empresarial, como constatado, as sociedades de profissionais não têm direito ao privilégio previsto no art. 9º, §§ 1º e 3º, do Decreto-Lei n. 406/68”.

O Juízo a quo apreciou a matéria à luz dos fatos e das provas constantes dos autos.

Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o reexame do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. ISS. Sociedade médica que pretende recolher o imposto com base no tratamento tributário insculpido no art. 9º, § 3º, do Decreto-Lei nº 406/68. Acórdão proferido pela origem reconhecendo o não preenchimento de requisitos necessários para tanto. Atividade médica exercida como empresarial. Sociedade empresarial. Conclusão firmada à luz do contexto fático-probatório. Incidência na espécie da Súmula nº 279. 1. A pretensão da contribuinte foi afastada pelo Tribunal de origem com base no entendimento de que a recorrente reveste-se da natureza de sociedade empresarial. 2. A verificação em concreto dos requisitos para fazer jus ao tratamento previsto nos §§ 1º e

3º do art. 9º do Decreto-Lei nº 406/68 enseja, inevitavelmente, o reexame de provas. Óbice constante da Súmula nº 279 da Corte. 3. Agravo regimental não provido” (AI 632.781 AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJ 9.9.2013).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOCIEDADE EMPRESARIAL. ALÍQUOTAS FIXAS. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. DECRETO-LEI Nº 406/69. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” 5. A controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. 6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 8. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.” 9. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 647.009 AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 20.9.2012).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.6. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.947 (447)ORIGEM : PROC - 7882620074036301 - TRF3 - SP - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : NILDA INACIA BENTOADV.(A/S) : MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVARECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO.

PENSÃO POR MORTE: PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado da Turma Recursal Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de São Paulo que manteve a sentença com base no artigo 46 da Lei n. 9.099/1995.

A Juíza Federal, Angela Cristina Monteiro, fundamentou a sentença nos seguintes termos:

“A autora sem dúvida comprovam a condição de dependentes (esposa), conforme certidões de casamento e óbito anexadas aos autos,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 117

sendo a dependência econômica, neste caso, presumida (art. 16, I, § 4º, Lei 8.213/91).

Todavia, Nelson Teodoro Bento não mais ostentava a condição de segurado quando de seu falecimento.

O artigo 15, inciso II, da Lei 8.213/91 estabelece o prazo de 12 meses após a cessação das contribuições para que o segurado perca esta condição e o prazo de seis meses no caso de contribuinte facultativo. O prazo é prorrogado por mais doze meses se o segurado empregado tiver contribuído com mais de 120 (cento e vinte) contribuições sem interrupção que acarrete a perda da condição de segurado (§ 1º do artigo 15) ou mais doze meses se estiver desempregado (§ 2º), com comprovação desta condição por meio de registro próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

Consoante a documentação anexada os autos eletrônicos, verifica-se que o falecido exerceu atividade vinculada ao Regime Geral da Previdência Social por 02 anos (31/10/64 a 10/10/66), tendo vertido recolhimentos, como contribuinte individual, de novembro de 1975 a setembro de 1994.

Seu último recolhimento à Previdência Social foi feito em setembro de 1994, ao passo que o óbito ocorreu em 21/04/2003. Mesmo se considerado o prazo de graça máximo (36 meses), a condição de segurado seria mantida até novembro de 1997.

Uma vez perdida a qualidade de segurado, a concessão da pensão somente é possível caso o de cujus houvesse implementado todos os requisitos para a obtenção de aposentadoria, na data do óbito (art. 102, Lei 8.213/91), o que não ocorreu no caso em tela.

Consoante a documentação anexada, o marido da autora efetuou 206 recolhimentos à previdência (17 anos), que, somado ao tempo do vínculo registrado na CTPS - 02 anos, totalizam 19 anos de tempo de serviço, insuficiente à concessão de aposentadoria por tempo de contribuição.

Ainda, não tinha direito à aposentadoria por idade, pois faleceu com 56 anos, exigindo a lei o implemento de 65 anos.

(…)Não tendo o de cujus implementado a idade de 65 anos, que é um

dos requisitos à aposentadoria por idade, não há que se falar em pensão, pois inexistente qualquer direito a ser transmitido, cumprindo relembrar que os dependentes não possuem direito próprio perante a previdência, estando seus benefícios condicionados, de modo indissociável, aos direitos dos titulares“ (grifos no original).

2. A Agravante afirma que a Turma Recursal teria contrariado o art. 201, inc. V, da Constituição da República.

Assevera que “a apesar da perda da qualidade de segurado, o falecido possuía um número de contribuições que lhe garantiria aposentadoria por idade quando completasse 65 anos, razão pela qual seus dependentes fariam jus à pensão por morte, portanto neste caso a perda da qualidade de segurado não deverá ser levada em conta.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. Concluir de forma diversa do que decidido pela Turma Recursal

demandaria o reexame do conjunto fático-probatório e da legislação aplicável à espécie (no caso, a Lei n. 8.213/1991), o que inviabiliza o recurso extraordinário. Incide a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que na data do óbito o de cujus não possuía a qualidade de segurado, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 695.265-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 2.10.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 782.536-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 24.9.2010).

“ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental

improvido” (RE 458.432-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 6.8.2010).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21. § 1º, do Regimento Interno do Supremo tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.037 (448)ORIGEM : PROC - 200763010463835 - TRF3 - SP - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : SILVIO FRANCISCATOADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO FERNANDESRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO.

ÍNDICE DE REAJUSTE DA RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alíneas a e c do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais – Seção Judiciária de São Paulo, manteve sentença por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/1995.

Na sentença, o juiz assim decidiu: “Pretende a parte autora a revisão de seu benefício previdenciário,

com fulcro nas teses sustentadas na peça inicial.(…)Manutenção do valor real dos benefícios (artigo, 201, § 4º, da CF/88

e artigo 41, I, da Lei n. 8.213/91):A irredutibilidade do valor real do benefício, princípio constitucional

delineado pelo art. 201, §4º, da Constituição da República, é assegurada pela aplicação da correção monetária anual, cujos índices são estabelecidos por meio de lei, razão pela qual não cabe ao Poder Judiciário escolher outros parâmetros, seja o índice de atualização o INPC, IGP-DI, IPC, BTN, ou qualquer outro diverso daqueles definidos pelo legislador.

Assim sendo, a fórmula de reajuste dos benefícios mantidos pela Previdência Social obedece a critérios fixados estritamente em leis infraconstitucionais. O STF já se pronunciou a respeito, concluindo que a adoção de índice previsto em lei, para a atualização dos benefícios previdenciários, não ofende as garantias da irredutibilidade do valor dos benefícios e da preservação do seu valor real, por ter a respectiva legislação criado mecanismos para essa preservação (RE 231.412/RS, DJ 25-9-98, relator Min. Sepúlveda Pertence).

Equivalência salarial (artigo 58 do ADCT):A equivalência salarial, prevista pelo art. 58 do ADCT, somente é

aplicável aos benefícios concedidos anteriormente à promulgação da Constituição da República de 05.10.1988, que vedou expressamente, no art. 7º, IV, a utilização da vinculação do salário mínimo para qualquer fim.

(…)Portanto, conclui-se que a equivalência do valor dos benefícios

previdenciários ao número correspondente de salários mínimos teve fim com o advento das Leis ns. 8.212/91 e 8.213/91.

A partir do novo Regime Geral da Previdência Social (RGPS), a atualização dos benefícios previdenciários passou a respeitar o disposto no artigo 41, da Lei n. 8.213/91, ou seja, passou a ter seus critérios de reajustamento previsto pelo legislador ordinário.

(…).O artigo 29, § 2º, da Lei n. 8.213/91 estabeleceu o teto de pagamento

dos benefícios pagos pela Previdência Social. Após exaustiva discussão nos Tribunais Superiores pátrios, o Supremo Tribunal Federal fulminou a questão, decidindo pela constitucionalidade do limite legalmente imposto.

Nos anos de 1998 e 2003, o teto máximo de pagamento da Previdência foi reajustado, respectivamente, pelas Emendas Constitucionais ns. 20/98 (art. 14º) e n. 41/03 (art. 5º).

Contudo, não há que se falar na equiparação entre os valores dos benefícios previdenciários concedidos anteriormente às referidas Emendas e aqueles concedidos a posteriori, já sob a égide das novas normas Constitucionais, tendo em vista a sua previsão expressa, ‘in verbis’: (…).

Ora, fazer incidir, retroativamente, os limites máximos dos valores dos benefícios estipulados nas Emendas Constitucionais supracitadas, afrontaria o princípio da legalidade (‘lato sensu’), por ausência de previsão legal expressa.

(…)Ademais, também não há que se falar em aplicação do índice

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 118: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 118

previsto para majoração do teto. Isto porque, os dispositivos legais ora debatidos não tratam de reajustamento de benefícios previdenciários (nem mesmo de reajustamento de salários-de-contribuição – custeio), não trazendo qualquer índice que deva se aplicado aos benefícios em manutenção pelo INSS, mas sim, tão somente, de majoração do teto de pagamento dos benefícios da Previdência.

(…)A tese da revisão da renda mensal, com o afastamento da limitação

do teto máximo de pagamento dos benefícios, não merece acolhida.O Supremo Tribunal Federal já sedimentou o entendimento acerca da

constitucionalidade do limite imposto pelos artigos 29, § 2º e 33 da Lei n. 8.213/91.

(…)Contudo, não há que se falar em ilegalidade praticada pela autarquia

ré, uma vez que tais benefícios (concedidos antes de agosto de 1991) foram corrigidos, retroativamente, na própria esfera administrativa, após o advento da Portaria MPS n. 302/92, de 20/07/1992.

Em 01/10/1992, passou a viger a Portaria MPS n. 485/92, que regulou o pagamento das diferenças devidas aos segurados que tiveram seus benefícios corrigidos pela Portaria MPS n. 302/92.

Cabe salientar, entretanto, que é correta a subtração da correção de 79,96% (prevista pela própria Portaria MPS n. 302/92, em seu artigo 1º), uma vez que este índice já fora aplicado pela Portaria MPS n. 10, de 27 de abril de 1992, incidente sobre o mesmo período.

(…)De acordo com o disposto nos artigos 26, §1º, da CLPS (Decreto n.

77.077/76) e no artigo 37, §1º, do RBPS (Decreto n. 83.080/79), quando do cálculo dos salários de benefício, deveriam ser atualizados, tão somente, os salários de contribuição anteriores aos 12 últimos meses.

A Lei n. 6.423/77, por sua vez, determinou que tal atualização deveria ser fundada na aplicação do índice da ORTN.

(…)Nos termos do artigo 21, da Lei n. 8.213/91, c.c. artigo 9º, da Lei n.

8.542/92, o índice IRSM passou a ser aplicado na correção dos salários de contribuição ‘referentes às competências anteriores a março de 1994’ (artigo 21, §1º, da Lei n. 8.213/91), utilizados nos cálculos dos benefícios previdenciários concedidos a partir de 1º de março de 1994.

Isso posto, considerando o teor do artigo 285-A, julgo improcedente (s) o (s) pedido(s) da parte autora”.

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a contrariedade indireta à Constituição da República e a ausência de indicação do dispositivo constitucional tido por violado.

4. O Agravante argumenta que:“a alegação de que o recorrente não indicou o dispositivo

constitucional tido por violado pelo acórdão recorrido, data venia, é equivocado, tendo em vista que em caso de existência de repercussão geral, sua aplicabilidade, mesmo que não mencionada pela parte interessada, por se tratar de questão de ordem pública, deve ser aplicada e assim reconhecida de ofício.

(…)Merece ser ressaltado que o objeto da ação e a causa de pedir, no

caso em tela, são iguais aos reconhecido em repercussão geral no Recurso Extraordinário n. 564.354-9.

Há de ser ressaltado, ainda, que o pedido do (a) agravante, em sua exordial, não tem por objeto obter correção com base em índice de salário mínimo, mas para que seu benefício seja reconhecido e calculado com base em suas contribuições.

Assim sendo, não foi pedido concessão de aumento a recorrente, mas sim para que seja reconhecido o direito de ter o valor de seu benefício calculado com base em limitador mais alto, levando-se em consideração suas contribuições.

(…)Não obstante, fundamenta a r. decisão de que o Agravante não

mencionou o dispositivo constitucional que teria sido violado pelo acórdão recorrido, limitando-se a alegar, de forma genérica, que a redução do valor nominal dos benefícios ocorreu de forma indevida, a bem da verdade, o Agravante mencionou sobre a defasagem salarial, nos exatos termos da existente com repercussão geral [reconhecida pelo] STF [Supremo Tribunal Federal], conforme decisão ocorrida em plenário [Recurso Extraordinário n. 564.354], especificamente sobre a Emenda Constitucional n. 20/98, o que, por si só, basta”.

No recurso extraordinário, alega-se que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 5º, caput, 194, inc. VI, e 201, § 4º, da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Registre-se, inicialmente, que a controvérsia posta neste agravo

não guarda pertinência com a questão constitucional julgada no Recurso Extraordinário n. 564.354-RG, de minha relatoria, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal.

Naquele recurso, a discussão versava sobre a aplicação imediata dos arts. 5º e 14 das Emendas Constitucionais ns. 41/2003 e 20/1998, respectivamente, aos benefícios previdenciários limitados ao teto do regime geral de previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional, nestes autos, a controvérsia, versa sobre índice de reajuste aplicável à renda mensal inicial do benefício previdenciário.

7. O Juiz Relator do caso na Turma Recursal manteve sentença, assim fundamentada:

“Pretende a parte autora a revisão de seu benefício previdenciário, com fulcro nas teses sustentadas na peça inicial.

(…)Assim sendo, a fórmula de reajuste dos benefícios mantidos pela

Previdência Social obedece a critérios fixados estritamente em leis infraconstitucionais.

(…)Portanto, conclui-se que a equivalência do valor dos benefícios

previdenciários ao número correspondente de salários mínimos teve fim com o advento das Leis ns. 8.212/91 e 8.213/91.

A partir do novo Regime Geral da Previdência Social (RGPS), a atualização dos benefícios previdenciários passou a respeitar o disposto no artigo 41, da Lei n. 8.213/91, ou seja, passou a ter seus critérios de reajustamento previsto pelo legislador ordinário.

O STF já se pronunciou a respeito, concluindo que a adoção de índice previsto em lei, para a atualização dos benefícios previdenciários, não ofende as garantias da irredutibilidade do valor dos benefícios e da preservação do seu valor real, por ter a respectiva legislação criado mecanismos para essa preservação (RE n. 231.412/RS, DJ 25-9-98, relator Min. Sepúlveda Pertence)” (grifos nossos).

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional e das normas infralegais aplicadas à espécie (Leis n. 8.212/1991, 8.213/1991, 6.423/1977, Decretos ns. 83.080/1979, 77.077/1976, e Portarias ns. 302/1992 e 485/1992 do Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS), inviável em recurso extraordinário:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Salário de contribuição e benefício de prestação continuada. Equivalência dos reajustes. Preservação do valor real. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte é de que, embora o segurado tenha direito ao reajuste dos benefícios, esse se dará nos moldes e critérios previstos na lei, que definirá, inclusive, os índices de correção monetária aplicáveis e os períodos de sua incidência. 2. Inviável em recurso extraordinário a interpretação da legislação infraconstitucional e a análise de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da Súmula n. 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 537.616-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.2.2012, grifos nossos).

8. Ademais, o recurso extraordinário também não se viabiliza pela alínea c do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República. Incide na espécie a Súmula n. 284 deste Supremo Tribunal:

“Recurso extraordinário. Inocorrência da hipótese prevista na alínea ‘c’ do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Falta de fundamentação, por isso mesmo, a esse respeito. Aplicação da Súmula 284” (RE 148.355, Relator o Ministro Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 5.3.1993).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante.

9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.790 (449)ORIGEM : AC - 3789475200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : RIP REFRATARIOS ISOLAMENTO E PINTURA LTDAADV.(A/S) : CARIM CARDOSO SAAD E OUTRO(A/S)

DECISÃO: A controvérsia suscitada no recurso extraordinário a que se refere o presente agravo já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RTJ 200/1356, Rel. Min. AYRES BRITTO – AI 834.233-AgR/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ARE 642.416-AgR/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 268.586/SP, Rel. Min. MARCO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 119

AURÉLIO – RE 555.654-AgR/MG, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 598.051-AgR/SP, Rel. Min. EROS GRAU – RE 611.576-ED/RS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.):

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERPOSIÇÃO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE RATIFICAÇÃO. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMPORTAÇÃO. SUJEITO ATIVO. ALÍNEA ‘A’ DO INCISO IX DO § 2º DO ART. 155 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

.......................................................................................................2. O sujeito ativo da relação jurídico-tributária do ICMS é o Estado

onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário jurídico da mercadoria importada, pouco importando se o desembaraço aduaneiro ocorreu por meio de outro ente federativo. Precedente.

3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF.

Agravo regimental a que se nega seguimento.”(AI 635.746-AgR-AgR/MG, Rel. Min. EROS GRAU)Observo, ainda, por relevante, que a douta Procuradoria-Geral da

República, ao opinar nesta causa, manifestou-se contrariamente à parte ora recorrente, apoiando-se, para tanto, em fundamentos evidenciadores da inviabilidade processual do recurso extraordinário em questão, dos quais se destaca a seguinte passagem:

“Para realizar o debate proposto pela agravante, seria preciso eliminar essa baliza fática. Afinal, o Estado de São Paulo defende a titularidade do crédito tributário, baseado no suposto fato de a mercadoria ter circulado por seu território. Nas razões do seu recurso, insiste que ‘documentos acostados aos autos comprovam que a mercadoria importada, uma vez desembaraçada, não seguiu diretamente ao Estado de Minas Gerais, mas sim para o município de Indaiatuba, no Estado de São Paulo’ (f. 407). Dado o caráter expresso da competência impositiva do Estado onde situado o estabelecimento ao qual se destina a mercadoria – art. 155, § 2º, IX, ‘a’, da Constituição –, apenas a remoção da premissa de fato do julgado recorrido poderia permitir o exame da tese do recurso.

Em resumo, o recurso extraordinário não suscita discussão jurídica. Quer demonstrar equívoco das instâncias ordinárias no exame da prova, função que não é própria dessa medida recursal. É o caso de se aplicar a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal: ‘para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’.”

Acolho, neste ponto, por seus próprios fundamentos, essa manifestação da douta Procuradoria-Geral da República.

Registro, por oportuno, que se reveste de plena legitimidade jurídico-constitucional a adoção, no caso, da técnica da motivação “per relationem” (HC 69.438/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 69.987/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Com efeito, o Supremo Tribunal Federal, pronunciando-se a propósito da técnica da motivação por referência ou por remissão, reconheceu-a compatível com o que dispõe o art. 93, inciso IX, da Constituição da República, como resulta de diversos precedentes firmados por esta Suprema Corte (HC 54.513/DF, Rel. Min. MOREIRA ALVES – RE 37.879/MG, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI – RE 49.074/MA, Rel. Min. LUIZ GALLOTTI):

“Reveste-se de plena legitimidade jurídico-constitucional a utilização, pelo Poder Judiciário, da técnica da motivação ‘per relationem’, que se mostra compatível com o que dispõe o art. 93, IX, da Constituição da República. A remissão feita pelo magistrado – referindo-se, expressamente, aos fundamentos (de fato e/ou de direito) que deram suporte a anterior decisão (ou, então, a pareceres do Ministério Público ou, ainda, a informações prestadas por órgão apontado como coator) – constitui meio apto a promover a formal incorporação, ao ato decisório, da motivação a que o juiz se reportou como razão de decidir. Precedentes.”

(AI 825.520-AgR-ED/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas,

conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.896 (450)ORIGEM : APCRIM - 00217631620108260161 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LUIZ JOHNATA PEREIRA PIRESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos.Luiz Johnata Pereira Pires interpõe agravo visando impugnar decisão

(fls. 273 a 275) que não admitiu recurso extraordinário, assentado em contrariedade aos arts. 1º, incisos II, III e § único, 5º, caput, e incisos II, XXXIX e LIV, e 44, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que negou provimento ao apelo defensivo (fls. 224 a 233).

Examinados os autos, decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado após

3/5/07 (fl. 234), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

No caso, a irresignação não merece colher êxito.Correta a decisão agravada a assentar que a alegada violação aos

preceitos constitucionais em questão carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado recorrido. Incidem, na espécie, as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Nesse sentido, confira-se:“1. Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo constitucional

dado por violado (CF, art. 5º, II) não analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356. 2. Embargos de declaração, prequestionamento e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada. 3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: alegada violação a dispositivo constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06);

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 1. Ao contrário do que sustenta o agravante, os embargos de declaração, para fins de prequestionamento, servem para suprir omissão do acórdão recorrido em relação à matéria suscitada no recurso cabível ou nas contra- razões e não para inovar matéria constitucional não debatida nos autos. 2. Ausente o prequestionamento do art. 129, III, da Constituição, dado como contrariado. Não prescinde desse requisito, inerente ao cabimento do recurso de natureza extraordinária, a circunstância de poder a ilegitimidade ativa ad causam ser analisada em qualquer grau de jurisdição. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 434.420/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 5/8/05).

Ademais, é certo que o Tribunal a quo ao decidir a questão se ateve ao exame da legislação infraconstitucional. Por consequência, a violação, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso extraordinário.

Nessa linha de entendimento, anote-se:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

ADMINISTRATIVO. PERDA DE CARGO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULAS 279 E 280). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 639.730/RO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/3/09);

“1. Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa à demissão de servidor público estadual decidida à luz da legislação local, cujo reexame é vedado no RE: incidência da Súmula 280. 2. Agravo regimental: necessidade de impugnação dos fundamentos da decisão agravada: precedentes” (AI nº 420.966/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 7/4/06).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.548 (451)ORIGEM : PROC - 062013 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A - TELESPADV.(A/S) : FABIO RIVELLIRECDO.(A/S) : RULIANA FERNANDA ALVES DA CONCEIÇÃO GODOY

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 120

ADV.(A/S) : CARMELO BRAREN DAMATO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus da recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Ademais, não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca das matérias de que tratam as normas insertas nos arts. 5º, II, V, XXXV, XXXIX e 93, IX, da Constituição Federal, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, não pode ser o recurso extraordinário conhecido, incidindo o óbice das súmulas 282 e 356 do STF.

4. Outrossim, o órgão judiciário de origem confirmou decisão monocrática que decidiu a controvérsia tão somente a partir de interpretação e aplicação da legislação pertinente. Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de alegada violação a dispositivo da Constituição Federal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa. Nesse sentido: ARE 670.626-AgR, Primeira Turma, rel. Min. ROSA WEBER, DJe de 06/02/2013; ARE 746.649-AgR, Segunda Turma, rel. Min GILMAR MENDES, DJe de 24/6/2013.

5. Por fim, chegar a entendimento diverso do adotado pela Turma Recursal demandaria o reexame das provas constantes nos autos, pois o acórdão recorrido (a) confirmou ter havido descumprimento de ordem judicial e (b) assentou a razoabilidade do valor face a capacidade econômica da parte recorrente. Assim, refutar essas afirmações demanda a reapreciação do conjunto fático-probatório dos autos, o que não é cabível no âmbito do recurso extraordinário, conforme estabelece a Súmula 279 do STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário).

6. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro Teori Zavascki Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.381 (452)ORIGEM : RESP - 1210499 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : QUALITY ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S/C

LTDAADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

NÃO PROVIMENTO DE RECURSO ESPECIAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. RESSARCIMENTO DE DESPESAS. LITISPENDÊNCIA. INOCORRÊNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. INSCRIÇÃO NO CADIN. LEI 10.522/02, ART 2º, § 8º. NATUREZA INDENIZATÓRIA DO DÉBITO. INAPLICABILIDADE DA EXCEÇÃO.

PRECEDENTES. DISCUSSÃO DOS DÉBITOS EM JUÍZO. MOTIVO INSUFICIENTE PARA OBSTAR A INSCRIÇÃO NO CADIN. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O acolhimento das alegações deduzidas no Apelo Nobre, quanto a existência ou não de litispendência, ensejaria a incursão no acervo fático-probatório da causa, o que encontra óbice na Súmula 7 do STJ. 2. A jurisprudência desta Corte pacificou-se no sentido de que os valores devidos, à título de ressarcimento, pelas operadoras de planos de saúde à Agência Nacional de Saúde Suplementar, não se enquadram no conceito legal de preços públicos ou referentes a operações financeiras, ostentando natureza indenizatória. 3. No que atine a possibilidade de inscrição no CADIN de débitos discutidos em juízo, a jurisprudência desta Corte manifestou-se no sentido de que, quando não acompanhados da correspondente caução, nada obsta a inscrição de tais débitos no referido cadastro. 4. Agravo regimental de QUALITY ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S/A desprovido” (fl. 82, doc. 3).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fls. 109-117, doc. 3).

2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º, incs. XXXV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

No recurso extraordinário, sustenta que “a Colenda Corte de Justiça negou provimento ao recurso especial admitido pelo E. Desembargador Federal Vice-Presidente do Eg. Tribunal Regional Federal da 2ª Região sem analisar as violações suscitadas, sendo certo que, por consequência, emergiram outras violações, agora ao artigo 93, inciso IX, c/c artigo 5º, incisos XXXV e LV, da CF de 1988” (fl. 2).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de ausência de ofensa constitucional direta e, quanto ao art. 93, inc. IX, da Constituição, julgado prejudicado, pois o acórdão recorrido estaria em harmonia com o que decidido pelo Supremo Tribunal na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento n. 791.292 (fls. 32-36, doc. 4).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93,

inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

7. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, incs. XXXV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Lei n. 10.522/2002 e Código de Processo Civil), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 121

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.999 (453)ORIGEM : PROC - 50063518520114047107 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : AGOSTINHO ESTEVAO POLETOADV.(A/S) : ELIANE PATRICIA BOFFRECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO

GERAL RECONHECIDA. CONTROVÉRSIA SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 328 DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra julgado da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul, no qual se discute a possibilidade de renúncia a benefício de aposentadoria e o aproveitamento do respectivo tempo de serviço para obtenção de outro benefício mais vantajoso.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 2. No Recurso Extraordinário n. 661.256, Relator o Ministro Roberto

Barroso, este Supremo Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional trazida na espécie:

“CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. § 2º do ART. 18 DA LEI N. 8.213/1991. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA. UTILIZAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO QUE FUNDAMENTOU A PRESTAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ORIGINÁRIA. OBTENÇÃO DE BENEFÍCIO MAIS VANTAJOSO. MATÉRIA EM DISCUSSÃO NO RE 381.367, DA RELATORIA DO MINISTRO MARCO AURÉLIO. PRESENÇA DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL DISCUTIDA. Possui repercussão geral a questão constitucional alusiva à possibilidade de renúncia a benefício de aposentadoria, com a utilização do tempo se serviço/contribuição que fundamentou a prestação previdenciária originária para a obtenção de benefício mais vantajoso” (DJe 26.4.2012, grifos nossos).

3. Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do parágrafo único do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal .

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.097 (454)ORIGEM : PROC - 05075675820124058300 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIA DO CARMO PEREIRAADV.(A/S) : CUSTÓDIO NETO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO.

AUXÍLIO-RECLUSÃO. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA: IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado da Turma Recursal Juizados Especiais de Pernambuco:

“PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. QUALIDADE DE SEGURADO. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. GENITORA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO. DICÇÃO DO ART. 16, § 4º, DA LEI 8.213/91. RECURSO IMPROVIDO.

1. A pensão por morte não exige para sua concessão o cumprimento do período de carência, todavia se faz necessária a comprovação da qualidade de segurado à época do óbito para que os dependentes façam jus ao benefício em comento.

2. O artigo 16, § 4º, estabelece a necessidade de a mãe do segurado comprovar a existência de dependência econômica para ser beneficiária da pensão por morte.

3. Deve ser prestigiada a análise probatória realizada pelo juiz prolator da sentença, porquanto responsável pela produção das provas em audiência, especialmente diante do princípio da oralidade, de peculiar relevância nos juizados especiais.

4. No caso em apreço, verifica-se que as provas produzidas não se mostraram aptas a comprovar a efetiva existência de dependência econômica da autora em relação a sua filha falecida.

5. Por fim, impende esclarecer que colaboração eventual, do filho, para melhor conforto dos pais, mas cuja ausência não desequilibra a subsistência dos genitores, não indica a existência de efetiva dependência econômica, sendo comum que filhos solteiros, que moram na casa de seus pais, destinem parte de seus recursos para comodidade deles.

6. Recurso improvido.7. Sem condenação em ônus sucumbenciais, nos termos da Lei

1060/50.”2. A Agravante afirma que a Turma Recursal teria contrariado os arts.

5º, caput, incs. XXXIV, XXXV e XXXVI, e 37 da Constituição da República.Assevera que “dependia financeira de sua filha, que sempre

trabalhou e ajudou nas despesas da casa. Não se pode admitir que o Recorrido fechasse os olhos para tal direito, na medida em que o direito protege o Recorrente, mas se lhe está sendo negado.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. Concluir de forma diversa do que decidido pela Turma Recursal

demandaria o reexame do conjunto fático-probatório, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Incide a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 782.536-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 24.9.2010).

“ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - A matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido” (RE 458.432-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 6.8.2010).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21. § 1º, do Regimento Interno do Supremo tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.128 (455)ORIGEM : AC - 200782000019864 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : HOSPITAL GERAL DE ESPERANÇA LTDAADV.(A/S) : VANINA CARNEIRO DA CUNHA MODESTO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 122

jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF. Saliente-se que o RE 594.296 trata de questão diversa da enfocada neste caso, qual seja, a hipótese de revisão de contagem de tempo de serviço e exclusão de benefício de servidor público com devolução de valores.

3. Adite-se que, quanto à alegação de ofensa aos limites da coisa julgada e aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, diz respeito a temas cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. Registre-se que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

4. Por fim, o Plenário desta Corte, ao analisar o RE 611.230 (rel. Min. ELLEN GRACIE - Tema 291, DJe de 27/08/2010), rejeitou a existência de repercussão geral, por se tratar de questão infraconstitucional, do tema “notificação pessoal de contribuinte para exclusão do REFIS”.

Esse assunto é análogo ao dos autos, razão pela qual se aplica o entendimento de inexistência de repercussão geral, nos termos do art. 327 do RISTF.

5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.596 (456)ORIGEM : APCRIM - 00024683120054047107 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : IEDA HELENA ROCKENBACHADV.(A/S) : TIAGO KANOFRE MARTINIRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. ART 40 DA LEI Nº 9.605/1998. DOLO. DANO AMBIENTAL. REPARAÇÃO ESPECÍFICA.

1. Não pode alegar falta de dolo, agente que prossegue em construção em área de Unidade de Conservação após sofrer embargo administrativo do IBAMA.

2. A realização de construções em Unidade de Conservação, com alteração de ecossistema natural de grande relevância ecológica e cênica, gera danos a esta, enquadrando-se a conduta no tipo do art. 40 da Lei n.º 9.605/1998.

3. Na condenação por crime ambiental, pode ser imposta pelo Juízo penal a obrigação de reparação específica, em interpretação teleológica do art. 20 da Lei n. 9.605/1998” (eDOC 2, p. 24).

No apelo extremo, interposto com base no art. 102, inciso III, alínea “a”, do permissivo constitucional, sustenta a recorrente que a decisão impugnada viola o artigo 5º, inc. XXXIX, da Constituição Federal.

A recorrente aduz que a demarcação do Parque Nacional de Aparados da Serra (PNAS) é imprecisa, estando o seu imóvel, na realidade, situado fora dele. Dessa forma, em face de ausência de certeza dos limites do PNAS, a conduta seria atípica.

O Tribunal a quo negou trânsito ao recurso extraordinário, com o fundamento de que a matéria demandaria reexame de fatos e provas, bem como a ofensa à Constituição seria reflexa. (eDOC 2, p. 80-85)

Contra a referida decisão de inadmissibilidade, foi interposto agravo nos próprios autos, no qual se contra-argumentam os óbices destacados na decisão, assim como aduz-se fato novo. (eDOC 2, p. 101-106)

A agravante alega a existência de negociação com o ICMBIO, a fim de desapropriar as terras em discussão, o que confirmaria que as edificações notificadas não se encontravam em terreno do PNAS.

É o relatório.Decido. Não assiste razão a agravante.Na origem, o membro do Ministério Público, irresignado com a

sentença que absolveu a agravante, interpôs recurso perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual restou provido. Por conseguinte, a ora recorrente foi condenada pela prática do delito previsto no art. 40 da Lei 9.605/98 à pena de 1 (um) ano e 6 (seis) meses de reclusão, em regime inicial

aberto, substituída por duas restritivas de direitos. Da leitura dos autos, verifico que a recorrente pretende, na realidade,

o revolvimento fático-probatório, que é defeso em sede de recurso extraordinário.

Constato que o Tribunal a quo, com base no acervo probatório produzido nos autos, concluiu a contento pela existência da autoria delitiva da ora recorrente. A propósito, confira-se o seguinte trecho do acórdão recorrido:

“Apesar do relato realizado pelo magistrado quanto aos limites do PNAS, a acusada teve contra si lavrados em duas ocasiões autos de infração por construir na área pertinente ao PNAS (fls. 03-08 do apenso I ao inquérito e fls. 43-48 do inquérito). Outrossim, foi realizado laudo pericial pela Polícia Federal afirmando categoricamente que as cabanas encontram-se dentro do PNAS (fls. 93-103 do inquérito).(...)

O laudo está ilustrado com mapas, fotos, tendo os peritos se deslocado até o local, motivo pelo qual a inspeção judicial reclamada pela acusada na primeira instância não era necessária.

Tratando-se de questão eminentemente técnica, deve ser prestigiada a conclusão dos peritos a respeito dos fatos e que, aliás, estão em consonância com a posição do órgão ambiental, também de postura eminentemente técnica.

Registre-se ainda que, apesar das ponderações do magistrado sentenciante, não chegou ele a afirmar que as cabanas estariam fora dos limites do PNAS.

Não obstante, diante da controvérsia, que é ilustrada pela sentença absolutória, cumpre reconhecer que não é possível afirmar que a acusada agiu com dolo, pelo menos até o tempo da lavratura do primeiro auto de infração pelo Ibama, em 23/10/2004.” (eDOC. 2, p. 16 -17)

Ainda, da leitura da sentença, observo que o magistrado embasou a absolvição nas declarações das testemunhas e da própria recorrente, entendendo que esta não agiu com consciência da ilicitude (eDOC. 1. p. 388-399). Contudo, no acórdão recorrido, a convicção contrária ao decreto absolutório foi formada com base nos laudos técnicos, juntamente com as demais evidências existentes nos autos, como se extrai dos seguintes trechos da sentença condenatória:

“Na ocasião, foi lavrado inclusive termo de embargo das obras, sendo advertida a acusada de que construía, sem autorização, em área do PNAS.

Apesar disso, continuou construindo, o que foi constatado pelo segundo auto de infração, lavrado em 26/01/2006 (fls. 43-48 do inquérito). Nele foi consignado que, apesar do embargo, a acusada teria instalado ‘rede hidráulica e estrutura de armazenamento de água’ e descumprido o embargo administrativo anterior. Tais instalações visavam atender às cabanas anteriormente construídas e podem ser visualizadas na fl. 39 do inquérito. É ali apontado que seriam construções recentes, o que também pode ser inferível diretamente pelas fotos na fl. 39 do inquérito.

Como escusa, a acusada declarou aos fiscais que teria prosseguido na construção por força de ação judicial (fl. 46 do inquérito), apresentando extrato de ação de n.º 2005.71.07.005063-8 (fl. 51 do inquérito).

Entretanto, como se verifica no apenso II do inquérito, tal ação foi proposta em 21/10/2005, mas não havia até a data do auto de infração qualquer decisão judicial autorizando a construção no local. Supervenientemente, em 27/01/2006, a liminar foi denegada (fls. 148-150 do apenso II do inquérito). Nunca teve, portanto, a acusada abrigo em decisão judicial”. (eDOC. 2, p. 17)

Por conseguinte, com relação aos fatos novos aduzidos pela recorrente – o ofício do instituto responsável pela conservação do PNAS e a ata da reunião dos proprietários das terras localizadas no Morro Agudo com o representante do ICMBIO (eDOC. 2, p. 114- 115), constato que são incapazes de demonstrar efetivamente a inocência da recorrente.

Observo que os documentos apresentados, de fato, referem-se à desapropriação de terras localizadas no Morro Agudo. No entanto, não trazem nenhuma referência específica à área objeto do presente processo.

Ademais, a conclusão a que chegou o Tribunal a quo decorreu da análise do conjunto probatório e, para que se entenda de forma diversa, demandaria o confronto entre todas as provas produzidas nos autos que sustentaram o acórdão impugnado.

Verifico, portanto, que a tese desenvolvida no recurso extraordinário demanda a reanálise da instrução probatória. Todavia, o recurso extraordinário não se presta à revisão dos fatos e provas já analisados pelas instâncias ordinárias.

Nesse sentido, entre inúmeros precedentes, cito os seguintes: AI-AgR 780.123/PR, Rel Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1º.10.2010; AI-AgR 780.810/RS, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010; e AI-AgR 761.897/RS, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.4.2010, restando esse último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, III E LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NECESSIDADE DE APRECIAÇÃO DOS FATOS E DAS PROVAS DA CAUSA.

1. Incabível o Recurso Extraordinário nos casos em que se impõe o reexame do quadro fático-probatório para apreciar a apontada ofensa à Constituição Federal. Incidência da Súmula STF 279. 2. Agravo regimental improvido”.

Incide, portanto, o Enunciado 279 da Súmula desta Corte, segundo o qual não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 123

ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC). Publique-se. Int..Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.952 (457)ORIGEM : AI - 00029978420124040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECDO.(A/S) : USINA DE ACUCAR SANTA TEREZINHA LTDAADV.(A/S) : DIRCEU GALDINO CARDIN E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.

EXAME DE INTERESSE DA UNIÃO OU DE ENTIDADE FEDERAL NO PROCESSO: IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

“AGRAVO LEGAL. COMPETÊNCIA. JUSTIÇA FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE DE ENTE OU ENTIDADE FEDERAL. 1. Trata-se, na origem, de ação ordinária de indenização por responsabilidade civil movida contra o Estado do Paraná, por conta da participação (em tese) do Estado-Federado em noticiados danos causados à propriedade privada da demandante por integrantes do Movimento Sem Terra. Basicamente, a responsabilidade do Estado adviria do não cumprimento (ou do retardamento) de ordem judicial reintegratória. 2. Diante do quadro, mostra-se cristalina a inviabilidade do processamento do feito perante a Justiça Federal, pois a causa de pedir da demanda refere-se à conduta do único demandado (Estado do Paraná), inexistindo elemento que indicie qualquer colaboração da União ou do INCRA na produção do resultado danoso (alegado). 3. Ademais, importa ressaltar que a competência da Justiça Federal está atrelada à natureza jurídica das partes, nos termos do artigo 109, I, da Constituição Federal. 4. Ou seja, ausente interesse de qualquer das pessoas jurídicas mencionadas no dispositivo constitucional referido, não há que se falar em competência da Justiça Federal. 5. Agravo legal improvido” (fl. 26, doc. 5).

Os embargos de declaração opostos foram acolhidos para fins de prequestionamento (fls. 42-47, doc. 5).

2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 109, inc. I, da Constituição da República.

No recurso extraordinário sustenta que, “antes da invasão, o INCRA e a União Federal iniciaram processos desapropriatórios da área em análise, o que gerou a expectativa nos integrantes destes movimentos de que a terra pudesse vir a ser utilizada pra fins de reforma agrária. Assim, não há que se falar em responsabilidade exclusiva do Estado do Paraná a indenizar os supostos danos sofridos, vez que sem a atuação de tais órgãos nas áreas objeto de análise, que somente depois foram desfeitas pelo Poder Judiciário, a invasão poderia sequer ter ocorrido” (fl. 65).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência das Súmulas ns. 279 e 286 do Supremo Tribunal Federal (fls. 96-99, doc. 5).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Este Supremo Tribunal assentou não bastar a simples alegação de

suposto interesse da União ou de suas entidades para justificar o deslocamento do processo para a Justiça Federal. Confira-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1) CONSTITUCIONAL. ART. 109, INC. I, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO DA UNIÃO, DE AUTARQUIA OU DE EMPRESA PÚBLICA PARA INTEGRAR A LIDE. MERA ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE INTERESSE DE UM DESSES ENTES. IMPOSSIBILIDADE DE DESLOCAMENTO DA COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA FEDERAL. 2) ALEGAÇÃO DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO: QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 588.134-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.7.2011, grifos nossos).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI N. 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À

CONSTITUIÇÃO – MERA ALEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO FEDERAL OU DE AGÊNCIA REGULADORA – RAZÃO INSUFICIENTE PARA JUSTIFICAR O DESLOCAMENTO DA CAUSA PARA A ESFERA DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL – RECURSO IMPROVIDO” (ARE 693.017-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 29.10.2012).

“Recurso extraordinário. Alegação de incompetência da Justiça estadual. - Sendo ‘ratione personae’ a competência prevista no artigo 109, I, da Constituição, e não integrando a União a presente vistoria ‘ad perpetuam rei memoriam’ na qualidade de autora, ré, assistente ou opoente, inexiste ofensa ao citado dispositivo constitucional, porquanto a simples alegação da existência de interesse da União feita pela ora recorrente não desloca, só por isso, a competência para a Justiça Federal.” (RE 172.708, Relator o Ministro Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 12.11.1999.

7. Na espécie, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu:“Efetivamente, trata-se, em síntese, de ação ordinária de indenização

por responsabilidade civil movida por Usina de Açúcar Santa Terezinha Ltda. contra o Estado do Paraná, por conta da participação (em tese) do Estado-Federado em noticiados danos causados à propriedade privada da demandante por integrantes do Movimento Sem Terra. Basicamente, a responsabilidade do Estado adviria do não cumprimento (ou do retardamento) de ordem judicial reintegratória. Diante do quadro, mostra-se cristalina a inviabilidade do processamento do feito perante a Justiça Federal, pois a causa de pedir da demanda refere-se à conduta do único demandado (Estado do Paraná), inexistindo elemento que indicie qualquer colaboração da União ou do INCRA na produção do resultado danoso” (fl. 25, doc. 5, grifos nossos).

Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente em recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“Embargos de declaração no recurso extraordinário. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Competência. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. É assente a jurisprudência do Tribunal de que, na análise do recurso extraordinário, os fatos devem ser considerados na ‘versão do acórdão recorrido’. 3. Definição da competência que, no caso, não prescinde do exame dos fatos e das provas dos autos, o qual é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência da Súmula n. 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (RE 688.639-ED, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 1º.8.2013).

“A discussão atinente à eventual ofensa ao art. 109, I, da Constituição Federal, no caso, é matéria que demanda revolvimento de material fático-probatório, ao que se aplica a Súmula/STF 279. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 810.385-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 24.2.2011).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 5 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.000 (458)ORIGEM : PROC - 201063010270424 - TRF3 - SP - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

CONTROVÉRSIA SOBRE A POSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO DO ESTADO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS À DEFENSORIA PÚBLICA: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado da Turma Recursal Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de São Paulo:

“INSS CONDENADO A HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS À DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO. EXPEDIÇÃO RPV INDEFERIDA COM BASE NO ART. 46 DA LC 80/1994. CONFUSÃO ENTRE CREDOR E DEVEDOR. ART. 381 CC/2002. IMPOSSIBILIDADE. NÃO SÃO DEVIDOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS À DPU QUANDO ATUA CONTRA PESSOA JURÍDICA A QUAL INTEGRA. SÚMULA 421 DO STJ.”

2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 124

5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.Assevera que, “com o trânsito em julgado da decisão originária, que

fixou honorários advocatícios a favor da Defensoria Pública da União, tal direito incorporou-se ao patrimônio da referida Instituição, sendo que as verbas serão destinadas ao Fundo de Aperfeiçoamento Profissional da Defensoria Pública da União.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 592.730, Relator o

Ministro Menezes Direito, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão discutida neste processo:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DEFENSORIA PÚBLICA REPRESENTANDO LITIGANTE VENCEDOR EM DEMANDA AJUIZADA CONTRA O PRÓPRIO ESTADO AO QUAL O REFERIDO ÓRGÃO ESTÁ VINCULADO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CONDENAÇÃO INCABÍVEL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL” (DJe 21.11.2008).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.6. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.163 (459)ORIGEM : AI - 00056348920118190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FUNDO ÚNICO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO - RIOPREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : THEREZINHA SILVA VIEIRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JAIR DA COSTA E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. COISA JULGADA. APLICAÇÃO DE MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“Agravo de instrumento contra decisão que determinou a intimação do Agravante para dar cumprimento à sentença de ação revisional de benefícios, já transitada em julgado, sob pena do agente público responsável pelo ato, arcar com o pagamento de multa de 10% do valor da causa, na forma do artigo 14, parágrafo único do Código de Processo Civil, e de responder à parte executada pelo pagamento de multa mensal equivalente a um salário mínimo. Peças que instruíram o recurso que demonstram que o valor do benefício pago às Agravadas não corresponde à integralidade dos vencimentos do servidor falecido, tendo sido corretamente determinada a sua implementação nos termos da sentença. Divergência apontada que, no entanto, não evidencia ato atentatório ao exercício da jurisdição a justificar a aplicação da penalidade do art. 14, parágrafo único do CPC. Multa cominatória mensal imposta para o caso de descumprimento da obrigação de fazer que comporta redução para melhor se adequar a critérios de razoabilidade e proporcionalidade. Provimento parcial do agravo de instrumento.“

2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.

Assevera que “permitir que a recorrida obtenha nova revisão de pensão, neste processo, significa impedir que as questões relativas à plausibilidade deste novo pedido de revisão sejam submetidas ao contraditório, violando, assim, o direito de defesa do ora recorrente.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. Razão jurídica não assiste ao Agravante.

5. O Tribunal de origem assentou:“Examinando as peças que instruíram o agravo de instrumento, e

comparando-se os documentos de fls. 251 e 252, verifica-se que, de fato, a pensão percebida por Márcia da Silva Vieira não corresponde a 50% do que o servidor falecido auferiria se vivo estivesse, tendo sido, com acerto, determinada a implementação correta da revisão do benefício.

Todavia, não se pode considerar tal divergência ato atentatório ao exercício da jurisdição, para o fim de aplicar ao responsável pelo ato a multa prevista no artigo 14, parágrafo único do Código de Processo Civil, pois, como se vê dos referidos documentos, o contracheque da beneficiária da pensão é do mês de setembro de 2010 (fl. 251), e a informação quanto aos ganhos do servidor falecido refere-se ao mês de novembro de 2010.

No que diz respeito à multa imposta ao Agravante para o caso de descumprimento da determinação de implementação correta da revisão de benefícios, é a mesma admissível, nos termos do artigo 461, § 5°, do Código de Processo Civil.

O valor arbitrado para a referida multa, no entanto, comporta redução para montante compatível com a obrigação a ser cumprida, uma vez que a diferença mensal percebida a menor pelas Agravadas, não chega a R$ 300,00, como se vê de fls. 246/247.

Dessa forma, afigura-se razoável reduzir a multa cominatória mensal para o equivalente a meio salário mínimo.

Diante do exposto, dá-se provimento parcial ao agravo de instrumento para reduzir a multa cominatória mensal para o equivalente a meio salário mínimo, bem como para excluir da decisão impugnada a multa prevista no artigo 14, parágrafo único do Código de Processo Civil.”

Concluir de forma diversa do que decidido pelo Tribunal de origem demandaria o reexame do conjunto fático-probatório e da legislação aplicável à espécie (no caso, o Código de Processo Civil), o que inviabiliza o recurso extraordinário. Incide a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. APLICAÇÃO DE MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 663.699-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe 5.3.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. LEGITIMIDADE DO PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO ADOTADO PELA RECORRIDA. IMPOSIÇÃO À RECORRENTE DA MULTA PREVISTA NO ART. 538 DO CPC PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. MATÉRIAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA REFLEXA. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO. INOCORRÊNCIA. AFERIÇÃO, IN CONCRETO, DA RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELOS DANOS SOFRIDOS PELA RECORRENTE. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II – O julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração de negativa de prestação jurisdicional. III – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF. IV – Agravo regimental improvido” (ARE 733.663-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ 20.8.2013).

6. Este Supremo Tribunal Federal assentou, ainda, que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Consolidação das Leis do Trabalho), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta:

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, configurariam ofensa constitucional indireta. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21. § 1º, do Regimento Interno do Supremo tribunal Federal.

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.176 (460)ORIGEM : AC - 6518665200 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 125

ESTADO DE SÃO PAULO - DER/SPPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : ROBERTO GOMES CALDAS FILHO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : PAULO VALLE NOGUEIRA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

EMBARGOS À EXECUÇÃO. REEXAME DE CÁLCULOS EM HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO: IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“EMBARGOS À EXECUÇÃO - Desapropriação - Apuração de saldo devedor - Conta elaborada pelo Contador de Primeira Instância acolhida - Embargos julgados improcedentes - Verificação dos cálculos em segundo grau - Concordância das partes quanto ao valor apurado pela Contadoria de Segunda Instância - Processo julgado extinto, com sucumbência recíproca – Recurso provido, com observação” (fl. 53, doc. 3).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fls. 81-87, doc. 3).

2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

No recurso extraordinário sustenta que, “nos cálculos homologados constavam honorários advocatícios em continuação, o que viola o preceito da moratória constitucional, do art. 33 do ADCT, do qual possibilitou que os precatórios pendentes de pagamento na data da promulgação da Constituição Federal pudessem ser pagos em ‘prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de oito anos’” (fl. 100, doc. 3).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de ausência de ofensa constitucional direta (fls. 130-131, doc. 3).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O Tribunal de São Paulo assentou:“O Serviço de Contadoria da Segunda Instância, ao verificar

minuciosamente as contas apresentadas pelas partes, afirmou que cada uma delas continham um procedimento incorreto, passando a descrevê-lo (fl. 257/258).

Feito isto, elaborou um novo cálculo detalhado (fl. 258/159), que chegou ao valor total de R$517.312,50, favorável aos expropriados, para março de 2009.

Assim, com a concordância expressa de ambas as partes HOMOLOGAM-SE os cálculos apresentados pelo Serviço de Contadoria de Segunda Instância (fls. 245/259), julgando-se extinto os presentes embargos à execução (art. 269, III, do CPC), declarada a sucumbência recíproca das partes, pelas razões supra apresentada” (fls. 54-55, doc. 3).

Na espécie, a pretexto de ter o Tribunal a quo contrariado o art. 33 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o Agravante pretende a revisão dos cálculos de juros moratórios e de honorários advocatícios acordados entre as partes e homologados pelo Tribunal de origem.

Para se concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias seria necessária a análise do acordo firmado pelas partes, procedimento incabível de ser adotado validamente no recurso extraordinário, conforme dispõem as Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Confira-se:“AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE CLÁUSULAS

CONTRATUAIS E DE MATÉRIA FÁTICA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS 454 E 279 DO STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido seria necessário o reexame das cláusulas do contrato firmado entre as partes e das provas constantes dos autos, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com as Súmulas 454 e 279 do Supremo Tribunal Federal. O Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado, sem ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Inexistência de ofensa direta à Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 788.650-AgR, Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 17.5.2011).

“A Súmula 279/STF dispõe: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. A interpretação de cláusulas contratuais não viabiliza o recurso extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 454 do Supremo Tribunal Federal. 5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, dos

limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010” (AI 786.511-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.11.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUROS CONTRATUAIS. (...) – Para se chegar à conclusão diversa a adotada pelo Juízo a quo, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como a interpretação de cláusula integrante de acordo coletivo de trabalho, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. Portanto, a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (AI 842.185-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 25.3.2013).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.302 (461)ORIGEM : AC - 200971000273942 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : LYDIA MATONEADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Vistos.Lydia Matone interpõe agravo contra a decisão que não admitiu

recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Compulsando os autos, verifica-se que os autos do recurso especial paralelamente interposto, foram autuados no STJ como Resp nº 1.248.518/RS e que aquela Corte deu provimento ao referido apelo, “para anular o acórdão proferido pela Corte a quo em sede de embargos, e determinar o retorno dos autos àquele Sodalício para que seja realizado novo julgamento, com a efetiva apreciação da irresignação veiculada na medida integrativa, pertinente à prejudicial de decadência”.

Tal decisão transitou em julgado.Destarte, fica prejudicado o apelo extremo e, em consequência, o

presente agravo por falta de objeto.Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do Regimento

Interno do Supremo Tribunal Federal, julgo prejudicado o agravo, dada a perda superveniente de seu objeto.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.610 (462)ORIGEM : AI - 50030029620104047208 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS NATURAIS RENOVAVÉIS - IBAMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : HANNELOR PROBSTADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI

Decisão:Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário contra acórdão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado:

“SERVIDOR PÚBLICO. QUADRO DO IBAMA. CRIAÇÃO DA CARREIRA DE ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE. PRESCRIÇÃO. PARIDADE DE TRATAMENTO A ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS. JUROS MORATÓRIOS. CORREÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

1. Rejeitada a prejudicial de prescrição do fundo de direito. Reconhecida a prescrição das prestações vencidas antes dos cinco anos que antecederam o ajuizamento da ação.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 126: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 126

2. Assegurado à parte demandante o direito ao reposicionamento do cargo do instituidor da pensão na carreira de Especialista em Meio Ambiente como disciplinado nas Leis nº 10.410/2002 e 10.472/2002, e o direito à percepção das diferenças remuneratórias.

3. A contar de 30/6/2009, sobre o débito judicial, incidem, de uma só vez, índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados às cadernetas de poupança para fins, respectivamente, de atualização monetária e de compensação da mora. Inteligência do art. 5º da Lei nº 11.960, de 29/6/2009.

4. Honorários de 10%, incidentes sobre o valor da condenação, como previsto no art. 20, § 3º , do CPC.

5. Apelações e remessa oficial improvidas”.Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.Alega o recorrente violação dos artigos 37, inciso II, e 40, § 8º, da

Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar.Verifica-se que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas

na legislação infraconstitucional pertinente (Leis nºs 10.410/02 e 10.472/02); assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo.

Como se não bastasse, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que se mostra incabível nesta via extraordinária. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema:

“PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. REENQUADRAMENTO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 701.288/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. PENSIONISTA DE EX-SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO DE DIFERENÇAS DECORRENTES DA REESTRUTURAÇÃO DE CARGOS. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE nº 644.272/DF-ED, Primeira Turma Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/9/11).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Servidores públicos do IBAMA. Reestruturação da carreira pelas leis 10.410/2002, 10.472/2002 e 10.775/2003. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. 3. Existência ou não decréscimo remuneratório. Necessidade de reexame dos fatos e provas. Incidência do Verbete 279 da Súmula desta Corte. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 845.209/SE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 29/6/11)

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REENQUADRAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que o reenquadramento de servidores públicos estaduais possui caráter infraconstitucional. Agravo regimental improvido” (RE 441.194/CE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 7/10/05).

“AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. REENQUADRAMENTO. INTERPRETAÇÃO DE DIREITO LOCAL. O Tribunal a quo decidiu a questão em debate com base na interpretação dada à Lei estadual 12.582/1996. Assim, para se chegar a conclusão diversa, seria necessária a análise de norma local, o que não é permitido em recurso extraordinário, à luz da Súmula 280 desta Corte. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 321.785/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 1/7/05).

De igual teor, ainda, as seguintes decisões monocráticas: RE n° 644.779/PR, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 9/5/12; ARE n° 682.350/PR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 29/8/12; RE n° 599.208/DF, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 6/9/12; RE nº 715.831/PE, DJe de 13/8/13, e AI nº 802.026/DF, proferida em 6/9/13, essas duas últimas de minha

relatoria.Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao

recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.980 (463)ORIGEM : PROC - 200761000251480 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DEMAG CRANES E COMPONENTS LTDAADV.(A/S) : PEDRO WANDERLEY RONCATORECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO DA COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA. INADMISSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DA SUPREMA CORTE, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA SEÇÃO. AGRAVO DESPROVIDO.

Caso em que proferida decisão em que não admitido o processamento de embargos infringentes interpostos em face de acórdão majoritário proferido, porém, em apelação em mandado de segurança.

Pacífica a jurisprudência, sumulada inclusive no âmbito da Suprema Corte e do Superior Tribunal de Justiça (enunciados nº 597 e 169, respectivamente), firme no sentido da decisão proferida pelo relator” (grifos nossos).

2. A Agravante alega que teriam sido contrariados o art. 5º, caput e incs. XXII, XXXV e LV, da Constituição da República.

Argumenta que “deve ser reformada a decisão que não admitiu os Embargos

Infringentes, tendo em vista a ausência de súmula vinculante em nosso ordenamento jurídico e a contrariedade ao art. 530 do CPC”.

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão de direito não assiste à Agravante.6. O Tribunal de origem limitou-se ao exame do cabimento de recurso

de sua competência.No julgamento do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o

Ministro Ayres Britto, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão discutida neste processo:

“PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso ‘elemento de configuração da própria repercussão geral’, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608” (DJe 23.6.2010).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e arts. 21, § 1º, e 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 127

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.055 (464)ORIGEM : MS - 20090020013207 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : SINDIRETA SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS

CIVIS DA ADMINISTRACAO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDACOES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO.

APOSENTADORIA. SERVIDOR PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL. CÁLCULO DO VENCIMENTO BÁSICO. JORNADA DE TRABALHO DE QUARENTA HORAS. EXTENSÃO AOS INATIVOS. NATUREZA JURÍDICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. O Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios decidiu:

“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. PRELIMINARES. DECADÊNCIA, PRESCRIÇÃO, ILEGITIMIDADES ATIVA E PASSIVAS E DE NÃO CABIMENTO, AO FUNDAMENTO DE SE CUIDAR DE COBRANÇA DE VALOR. REJEIÇÃO. SERVIDORES PÚBLICOS. APOSENTADORIA. JORNADA DE QUARENTA HORAS. COMISSIONADOS. PARIDADE ENTRE ATIVOS E INATIVOS. DIREITO ADQUIRIDO. ORDEM DEFERIDA EM PARTE. O sindicato tem legitimidade para atuar como substituto processual na defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais homogêneos da categoria que representa. Desnecessária, inclusive, a expressa autorização dos sindicalizados para a substituição processual (STF - Súmulas ns. 629 e 630). A autoridade coatora é aquela que ordena ou omite a prática do ato impugnado, e não o superior que recomenda ou baixa normas para a sua execução. Na espécie, o ato omissivo pode ser atribuído à autoridade apontada como coatora – o Senhor Secretário de Estado de Planejamento e Gestão do Distrito Federal, a quem cabe elaborar folha de pagamento dos servidores públicos do Distrito Federal. Não prospera a preliminar de decadência, pois se investe contra o ato omissivo de não pagamento de vencimentos de servidores inativos, com base no regime de 40 (quarenta) horas, instituído pelo art. 9º, § 1º, do Decreto [distrital] n. 25.324, de 10/11/2004, na redação dada pelo Decreto [distrital] n. 25.567, de 11/02/2005. Desde então, a alegada ilegalidade se repete mês a mês, configurado, assim, o trato sucessivo, que torna atual a impetração”.

Os embargos declaratórios opostos foram assim julgados:“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE OMISSÕES E

OBSCURIDADE. REJEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DAS ALEGADAS OMISSÕES E OBSCURIDADE. O JUIZ NÃO ESTÁ OBRIGADO A RESPONDER, UMA A UMA, TODAS AS ALEGAÇÕES DAS PARTES, JÁ TENDO ENCONTRADO FUNDAMENTO SUFICIENTE PARA ALICERÇAR A DECISÃO. O ESCOPO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS OUTRO NÃO É SENÃO O DE SANAR, NA DECISÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. ERRO NA APRECIAÇÃO DAS ALEGAÇÕES DAS PARTES, DA SUBSUNÇÃO DOS FATOS AO DIREITO E À LEI, ENFIM ‘ERROR IN JUDICANDO’ DESAFIA NÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, MAS RECURSO INFRINGENTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS”.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição da República.

4. O Agravante argumenta que: “Do exame do v. acórdão recorrido verifica-se claramente que ele

ofendeu, diretamente, o artigo 40, § 1º, da Constituição Federal.A matéria constitucional, por sua vez, foi enfrentada, debatida e

decidida pela instância ordinária. Malgrado não explicitamente mencionados na decisão recorrida, é inegável que a controvérsia gira sobre a violação ao § 1º do art. 40 da Constituição Federal, com redação dada pela EC n. 41/03. Ademais, forma opostos embargos declaratórios com o fim de prequestionamento, em estrita observância ao disposto na Súmula n. 356 dessa Colenda Corte”.

No recurso extraordinário, alega-se que o Tribunal a quo teria contrariado o § 1º do art. 40 da Constituição da República (alterado pela Emenda Constitucional n. 41/2003).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do

recurso extraordinário. 6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. O Desembargador Relator do caso no Conselho Especial do Tribunal

de Justiça do Distrito Federal e Territórios afirmou: “A Lei [distrital] n. 2.663, de 04/01/2001, que instituiu o regime

opcional de trabalho de quarenta horas semanais, foi regulamentada pelo Decreto [distrital] n. 24.357, de 09/01/2004, posteriormente revogado pelo [Decreto distrital] n. 25.324, de 10 de novembro de 2004 , que é de seguinte teor: (…).

Argumenta-se que, ‘no presente caso, não houve qualquer modificação da remuneração dos servidores em atividade, tampouco foram instituídos benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade’, ou ainda, que ‘o pagamento foi transitório e extraordinário, em razão da comprovada necessidade do serviço’. Todavia, tais premissas não se aplicam ao servidor estável ocupante de cargo em comissão, sujeito ao regime de 40 (quarenta) horas semanais. É a regra estabelecida pelo Decreto [distrital] n. 25.324/2004 em seu artigo 9º, ‘caput’ e §1º, que apenas ressalvou disposições contidas em legislação específica, que não se vislumbra no caso. Confiram-se os seguintes julgados desta Corte: (…).

Nesse quadro, os servidores ocupantes de cargo efetivo, que exerciam cargo comissionado quando das suas aposentadorias, fazem jus à percepção de seu vencimento básico calculado com base na carga horária de 40 horas semanais, por conta da incidência da regra da paridade entre ativos e inativos e das disposições do Decreto [distrital] n. 25.324/2004. Isto porque cumpriam a jornada de 40 (quarenta) horas semanais.

Com efeito, nos termos do art. 2º da Lei distrital n. 34/89, a jornada de trabalho adotada no âmbito do Distrito Federal para os ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança era de 40 (quarenta) horas semanais. Confira-se: (…).

Dessa forma, em observância ao princípio da paridade entre os proventos de aposentadoria e os vencimentos do cargo efetivo, os associados do impetrante, que ocupavam cargo em comissão à época de suas aposentadorias, têm direito à percepção do vencimento básico calculado com base na carga horária de 40 (quarenta) horas semanais.

O mesmo não sucede, porém, em relação aos associados do impetrante que, quando das suas aposentadorias, não exerciam cargo em comissão e não cumpriam jornada de 40 (quarenta) horas semanais.

A extensão da jornada, posterior à aposentadoria, só beneficia os servidores ativos. Tem natureza ‘pro labore faciendo’. Não há como estendê-la aos inativos.

Pelo exposto, concedo, em parte, a segurança, para assegurar apenas aos associados do impetrante que ocupavam cargo em comissão à época de suas aposentadorias, o vencimento atinente ao regime de 40 (quarenta) horas semanais”(grifos nossos).

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes dependeria da análise prévia de legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Leis distritais ns. 34/1989 e 2.663/2001, e Decretos distritais n. 24.357/2004 e 25.324/2004). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE ESTÍMULO À DOCÊNCIA – GED. NATUREZA JURÍDICA E POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS INATIVOS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 636.578-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 16.5.2011, grifos nossos).

E:“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO AOS SERVIDORES DO FUNDO DE ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. 1. O Tribunal ‘a quo’, interpretando legislação estadual que trata da matéria, entendeu que a gratificação seria extensível aos inativos. 2. Para se concluir, como pretende a parte agravante, pela natureza pro laborem faciendo da gratificação em análise, necessário seria o reexame de legislação local. Precedente. 3. Agravo regimental improvido” (AI 744.856-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 12.3.2010, grifos nossos).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, pelo que nada há a prover quanto às alegações da Agravante.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.177 (465)ORIGEM : AC - 024080210537 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 128

RELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO IPAJMADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO GIACOMELLI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : HELOISA HELENA DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : DULCINÉIA ZUMACH LEMOS PEREIRA E OUTRO(A/S)

Despacho:Vistos. O Plenário desta Corte concluiu, no exame do RE nº 593.068/SC,

Relator o Ministro Joaquim Barbosa, em sessão realizada por meio eletrônico, pela existência da repercussão geral de uma das matérias discutidas no presente feito. O assunto corresponde ao tema 163 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do portal do STF na internet e trata da discussão sobre a constitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias, serviços extraordinários, adicional noturno, adicional de insalubridade e outros pagamentos de caráter transitório.

Como o julgamento do referido recurso extraordinário refletirá no deslinde do presente feito, determino o seu sobrestamento até a decisão do mencionado RE nº 593.068/SC por este Supremo Tribunal Federal. Devem os autos permanecer na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.591 (466)ORIGEM : PROC - 50283902920134047100 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : IGNEZ BONINADV.(A/S) : GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO TRABALHO – GDPST. EXTENSÃO AOS INATIVOS: POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 2) ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado da Turma Recursal Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul que manteve a sentença com base no artigo 46 da Lei n. 9.099/1995.

A Juíza Federal Substituta, Paula Weber Rosito, fundamentou a sentença nos seguintes termos:

“Saliento que, no caso de aposentadoria proporcional, a gratificação deve ser calculada na mesma proporção.

Isto porque o art. 40, § 1º, III, alínea 'b' da CF refere a possibilidade de aposentadoria com proventos proporcionais, os quais devem incidir sobre o total da remuneração do servidor e não apenas sobre o vencimento básico, consoante já decidiu o STF:

‘EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. APOSENTADORIA PROPORCIONAL PREVISTA ALÍNEA 'C' DO INCISO III DO ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA, REDAÇÃO ANTERIOR À EC 20/98. PROVENTOS PROPORCIONAIS. BASE DE CÁLCULO DA PROPORCIONALIDADE - VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA, PELO ENTE FEDERADO, DAS NORMAS DE APOSENTADORIA CONSTANTES DO MAGNO TEXTO. PRECEDENTES. A proporcionalidade da aposentadoria prevista na alínea 'c' do inciso III do art. 40 da carta de outubro, com a redação anterior à EC 20/98, deve incidir sobre o total da remuneração do servidor, e não apenas sobre o vencimento básico do cargo. Este é o sentido da expressão 'proventos proporcionais' (no plural), lançada no dispositivo. É assente nesta colenda Corte o entendimento de que as regras estaduais de concessão de aposentadoria devem pautar-se pelos critérios estabelecidos no art. 40 da Lei das Leis. Precedentes: ADIs 101, 369 e 755. Recurso provido. (RE 400344, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, julgado em 15/02/2005, DJ 09-09-2005 PP-00046 EMENT VOL-02204-03 PP-00494 RTJ VOL- 00195-02 PP-00686)’.

Ressalte-se que o fato de a lei não ter mencionado a proporcionalidade para a gratificação de desempenho, no caso das aposentadorias proporcionais, é irrelevante no caso, uma vez que a mesma integra o conceito de remuneração (art. 41 da Lei n. 8.112/90), sendo esta a

base de cálculo para a aposentadoria proporcional e não apenas o vencimento básico, como acima referido.”

2. A Agravante afirma que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 5º, caput, e 40, § 1º, inc. III, alínea b, e § 8º, da Constituição da República.

Assevera que, “se o servidor aposenta-se proporcionalmente, o valor dos seus proventos será calculado de forma proporcional sobre o total da remuneração (incluídas as gratificações habituais) e não apenas sobre o seu vencimento básico. Torna-se, pois, evidente que todas as parcelas e gratificações que componham este cálculo sejam proporcionalizadas em igual magnitude. De acordo com o art. 41 da L. 8.112/90, as gratificações recebidas em caráter permanente compõem o conceito de remuneração.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. Este Supremo Tribunal assentou que a concessão da Gratificação

de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho - GDPST, aos inativos obedecerá a critérios aplicáveis aos servidores ativos:

“RECURSO. Extraordinário. Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho – GDPST. Critérios de cálculo. Extensão. Servidores públicos inativos. Repercussão geral reconhecida. Precedentes. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão, aos servidores públicos inativos, dos critérios de cálculo da GDPST estabelecidos para os servidores públicos em atividade” (RE 631.880-RG, Relator o Ministro Presidente, Plenário Virtual, DJe 31.8.2011).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA E DE SUPORTE - GDPGTAS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 715.549-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 20.11.2009).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.6. Ademais, a Turma Recursal fundamentou-se na interpretação e

aplicação de dispositivos das Leis n. 11.355/2006 e 11.784/2008 e concluiu que não haveria respaldo legal para a distinção feita pela Agravante entre aposentadoria proporcional e integral, para efeito de extensão de gratificações aos inativos.

Para se concluir de modo diverso seria imprescindível a análise dessas leis ordinárias, o que inviabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta.

“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Não cabe recurso extraordinário que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República” (AI 508.047-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 21.11.2008, grifos nossos).

“Recurso extraordinário: descabimento, quando fundado na alegação de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação reflexa a Constituição, quando o seu reconhecimento depende de rever a interpretação dada a norma ordinária pela decisão recorrida, caso em que e a hierarquia infraconstitucional dessa última que define, para fins recursais, a natureza de questão federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em questões constitucionais todas as controvérsias sobre a interpretação da lei ordinária, baralhando as competências repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a inteligência do direito local” (AI 134.736-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).

No mesmo sentido: ARE 724.111-AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe 28.6.2013; e ARE 741.814-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 7.5.2013.

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.687 (467)ORIGEM : PROC - 00275034720098260562 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTOSPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 129: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 129

RECTE.(S) : GENIALI DISTRIBUIDORA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CAIO SANCHES DELPHINOADV.(A/S) : RODOLFO BARBOSA DA COSTA E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA –

INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO.

1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:

Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos

ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.

A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.

2. Conheço do agravo e o desprovejo.3. Publiquem.Brasília, 3 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.123 (468)ORIGEM : AC - 024070300363 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - IPAJMADV.(A/S) : LETÍCIA POTRATZ LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARINALVA ROSA LYRIOADV.(A/S) : GABREILA FARDIN PERIM BASTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, assim ementado:

“AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL. 1) APELO DESPROVIDO PELA VIA MONOCRÁTICA. GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA. CHAMADA 'RUBRICA 21'. DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. REGIME JURÍDICO DE VENCIMENTO. INCIDÊNCIA DE VANTAGENS. PRECEDENTES DO ETJES. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.

1) A ‘gratificação de função de chefia’ paga aos delegados de polícia civil do Estado do Espírito Santo - prevista nos arts. 85, I, e 86 da Lei Estadual nº 3.400/81 (Estatuto dos Policiais Civis) e no art. 32 da LCE nº 04/90 (alterada pela LCE nº 57/94) - possuía natureza jurídica de vencimento, pois era paga aos delegados de polícia civil do Estado, indistintamente, em razão do simples exercício de atribuições gerais e típicas inerentes ao cargo público ocupado, apenas variando o seu montante segundo a evolução na carreira policial, e não como uma verdadeira contraprestação adicional pelo desempenho de funções extraordinárias e específicas para as quais teria sido criada (‘encargos de chefia’, ex vi do art. 37, V, da CF/88).

2) A intitulada gratificação de função de chefia não fora vinculada de fato ao desempenho de autênticos encargos de chefia, como enunciava a norma legal que a instituiu, remunerando de forma camuflada o exercício das próprias atribuições básicas e rotineiras inerentes ao cargo de Delegado de Polícia Civil, razão pela qual tal acréscimo remuneratório deve integrar o vencimento base, inclusive para incidência das vantagens pessoais.

3) Não há falar-se em ofensa ao art. 37, inc. XIV, da Constituição (vedação de acumulação de acréscimos pecuniários), porquanto a descaracterização da parcela remuneratória como simples vantagem de natureza pessoal tem o condão de refutar o cálculo de uma vantagem sobre outra vantagem, mas sim vantagem sobre o montante do vencimento básico, integrado pela verba paga a título de suposta ‘gratificação’.

4) Não há vilipêndio ao enunciado nº 339 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, tendo em vista que a decisão judicial não encerra a

concessão de aumento de vencimentos a servidor público, sem autorização legislativa, com fundamento no princípio da isonomia, mas sim reconhece a verdadeira natureza vencimental do acréscimo pecuniário, mediante interpretação dos pressupostos legais erigidos para a sua percepção, atribuindo a tal parcela remuneratória, por conseguinte, o regime jurídico próprio de vencimento em sentido estrito. Agravo interno improvido”.

Opostos embargos de declaração, não foram providos.Sustenta o agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação

do artigo 2º da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o julgamento, pelo Poder Judiciário, da legalidade dos atos dos demais Poderes, não representa ofensa ao princípio da separação dos poderes. Anote-se, nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. SEPARAÇÃO DOS PODERES. POSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE ATO DO PODER EXECUTIVO PELO PODER JUDICIÁRIO. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279, 280 E 454. AGRAVO IMPROVIDO. I - Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte. III - O exame de matéria de fato e a interpretação de cláusulas editalícias atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº 640.272/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 31/10/07).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ILEGALIDADE DO ATO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO DO SERVIDOR NO QUADRO DA POLÍCIA MILITAR. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. INEXISTÊNCIA. 1. Ato administrativo vinculado. Indeferimento do pedido de reintegração do servidor na Corporação. Ilegalidade por não terem sido observados os direitos e garantias individuais assegurados pela Constituição Federal. 2. Reexame da decisão administrativa pelo Poder Judiciário. Ofensa ao princípio da separação de poderes. Inexistência. A Carta Federal conferiu ao Poder Judiciário a função precípua de controlar os excessos cometidos em qualquer das esferas governamentais, quando estes incidirem em abuso de poder ou desvios inconstitucionais. Precedente. Agravo regimental não provido” (RE nº 259.335/RJ-AgR , Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 7/12/2000).

Ademais, o Tribunal de origem dirimiu a controvérsia amparado na legislação local aplicável à espécie (Lei Estadual nº 3.400/84 e Lei Complementar Estadual nº 57/94), cujo reexame é vedado em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte.

Especificamente sobre o tema em questão, transcrevo o seguinte trecho da fundamentação da decisão proferida pela Ministra Cármen Lúcia, em caso análogo ao presente, nos autos do RE nº 658.121/ES (DJe de 5/12/11), que bem aborda a questão:

“(…)6. Quanto ao mérito, o Tribunal a quo resolveu a controvérsia com

base na Lei n. 3.400/1984, e Leis Complementares n. 4/1990, 57/1994, e 422/2007, e reconheceu que “não obstante a verba em comento [Gratificação de Função de Chefia] - Rubrica 23 – ter sido intitulada como gratificação, tem ela natureza jurídica de vencimento”.

Concluir de forma diversa do que decidido pelo Tribunal de origem demandaria o exame dessas legislações infraconstitucionais, o que é vedado em recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE HABILITAÇÃO POLICIAL MILITAR. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 3. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL (SÚMULA N. 280). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI 809.617-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.11.2010, grifei).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 130

‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. SÚMULA STF 280. 1. Para se concluir, como pretende a parte agravante, pelo caráter indenizatório da gratificação em análise, necessário seria o reexame de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária (Súmula STF 280). 2. Agravo regimental improvido’ (AI 752.671-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 22.10.2010).

7. Ademais, não há falar no caso em ofensa ao art. 97 da Constituição nem em incidência da Súmula Vinculante n. 10 do Supremo Tribunal, pois o Tribunal de Justiça do Espírito Santo não declarou inconstitucional ou afastou, por julgar inconstitucional, a Lei n. 3.400/1991 ou da Lei Complementar n. 4/1990, apenas interpretou essas normas utilizando-se dos dispositivos correspondentes à matéria em debate.

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE SE LIMITA A INTERPRETAR A NORMA E APLICÁ-LA AO CASO CONCRETO. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI 821.963-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.4.2011, grifei)”.

Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DELEGADO DE POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA. NATUREZA JURÍDICA DE VENCIMENTO. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 3.400/1981, 4/1990 E 57/1994. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais locais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (ARE nº 702.406/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/12/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. GRATIFICAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA. LEI ESTADUAL 3.400/81 E LEI COMPLEMENTAR 04/90. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. O direito local acaso violado por decisão judicial não autoriza a interposição de recurso extraordinário nos termos do enunciado da Súmula 280 do STF, verbis: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Precedentes: RE 545.661-AgR, Relator o Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 06.06.2011; RE 591.455-AgR, Relator o Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 10.09.2010; RE 529.378-AgR, Relatora a Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 28.08.2009. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO INTERNO – JULGAMENTO MONOCRÁTICO – POSSIBILIDADE – MATÉRIA CONSOLIDADA NO TJ/ES – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Se a matéria se encontra consolidada neste Egrégio Tribunal de Justiça revela-se possível o julgamento monocrático do recurso na forma autorizada pelo art. 557 do CPC. 2. Agravo interno conhecido e improvido. 3. Agravo de instrumento a que se nega seguimento. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 852.619/ES-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 2/10/12).

Anotem-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 757.424/ES, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 5/8/13; e AI nº 840.135/ES, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/2/12.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.310 (469)ORIGEM : AC - 024060125515 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - IPAJMADV.(A/S) : LETÍCIA POTRATZ LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IARA DE LOURDES DOMINGOS MAZZEGAADV.(A/S) : EVANDRO DE CASTRO BASTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃOVistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, assim ementado:

“ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - FUNÇÃO GRATIFICADA - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE CHEFIA (RUBRICA 23) - DELEGADO DE POLICIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO - ESTATUTO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (LEI ESTADUAL Nº. 3.400, DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO) - LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº. 04, LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº. 57, LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº. 412 E LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº. 422, TODAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO) - INCORPORAÇÃO AOS VENCIMENTOS - CARÁTER DEFINITIVO - GENERALIDADE - INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - CARÁTER VENCIMENTAL.

1. A natureza jurídica de determinado instituto não se encontra atrelada ao nome a ele dado pelo legislador, mas, sim, a sua própria essência.

2. De fato, não se permite a incorporação aos vencimentos de servidor público de vantagens funcionais de natureza pro labore faciendo; todavia, a denominada ‘gratificação de função de chefia’ (também chamada de ‘rubrica 23’), relativamente aos Delegados de Policia Civil do Estado do Espírito Santo, constitui vantagem de caráter nitidamente vencimental pois (1) concedida a todos os Delegados de Polícia Civil do Estado do Espírito Santo e (b) sobre tal gratificação incide contribuição previdenciária”.

Opostos embargos de declaração, não foram providos.Sustenta o agravante, nas razões do recurso extraordinário, violação

do artigo 2º da Constituição Federal.Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o julgamento, pelo Poder Judiciário, da legalidade dos atos dos demais Poderes, não representa ofensa ao princípio da separação dos poderes. Anote-se, nesse sentido:

“CONSTITUCIONAL. SEPARAÇÃO DOS PODERES. POSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE ATO DO PODER EXECUTIVO PELO PODER JUDICIÁRIO. DECISÃO BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA E INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. SÚMULAS 279, 280 E 454. AGRAVO IMPROVIDO. I - Cabe ao Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte. III - O exame de matéria de fato e a interpretação de cláusulas editalícias atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº 640.272/DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 31/10/07).

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ILEGALIDADE DO ATO QUE INDEFERIU O PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO DO SERVIDOR NO QUADRO DA POLÍCIA MILITAR. OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. INEXISTÊNCIA. 1. Ato administrativo vinculado. Indeferimento do pedido de reintegração do servidor na Corporação. Ilegalidade por não terem sido observados os direitos e garantias individuais assegurados pela Constituição Federal. 2. Reexame da decisão administrativa pelo Poder Judiciário. Ofensa ao princípio da separação de poderes. Inexistência. A Carta Federal conferiu ao Poder Judiciário a função precípua de controlar os excessos cometidos em qualquer das esferas governamentais, quando estes incidirem em abuso de poder ou desvios inconstitucionais. Precedente. Agravo regimental não provido” (RE nº 259.335/RJ-AgR , Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 7/12/2000).

Ademais, o Tribunal de origem reconheceu que a agravada tem direito a incorporar, em seu vencimento básico, o percentual da Gratificação de Função de Chefia (rubrica 23), amparado na legislação local aplicável à espécie (Lei Estadual nº 3.400/84 e Lei Complementar Estadual nº 57/94), cujo reexame é vedado em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte.

Especificamente sobre o tema em questão, transcrevo o seguinte trecho da fundamentação da decisão proferida pela Ministra Cármen Lúcia, em caso idêntico ao presente, nos autos do RE nº 658.121/ES (DJe de 5/12/11), que bem aborda a questão:

“(…)6. Quanto ao mérito, o Tribunal a quo resolveu a controvérsia com

base na Lei n. 3.400/1984, e Leis Complementares n. 4/1990, 57/1994, e

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 131

422/2007, e reconheceu que “não obstante a verba em comento [Gratificação de Função de Chefia] - Rubrica 23 – ter sido intitulada como gratificação, tem ela natureza jurídica de vencimento”.

Concluir de forma diversa do que decidido pelo Tribunal de origem demandaria o exame dessas legislações infraconstitucionais, o que é vedado em recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE HABILITAÇÃO POLICIAL MILITAR. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 3. NATUREZA DA GRATIFICAÇÃO: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL (SÚMULA N. 280). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI 809.617-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.11.2010, grifei).

‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. SÚMULA STF 280. 1. Para se concluir, como pretende a parte agravante, pelo caráter indenizatório da gratificação em análise, necessário seria o reexame de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária (Súmula STF 280). 2. Agravo regimental improvido’ (AI 752.671-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 22.10.2010).

7. Ademais, não há falar no caso em ofensa ao art. 97 da Constituição nem em incidência da Súmula Vinculante n. 10 do Supremo Tribunal, pois o Tribunal de Justiça do Espírito Santo não declarou inconstitucional ou afastou, por julgar inconstitucional, a Lei n. 3.400/1991 ou da Lei Complementar n. 4/1990, apenas interpretou essas normas utilizando-se dos dispositivos correspondentes à matéria em debate.

‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE SE LIMITA A INTERPRETAR A NORMA E APLICÁ-LA AO CASO CONCRETO. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI 821.963-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.4.2011, grifei)”.

Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DELEGADO DE POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA. NATUREZA JURÍDICA DE VENCIMENTO. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 3.400/1981, 4/1990 E 57/1994. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais locais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (ARE nº 702.406/ES-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/12/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. GRATIFICAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA. LEI ESTADUAL 3.400/81 E LEI COMPLEMENTAR 04/90. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. O direito local acaso violado por decisão judicial não autoriza a interposição de recurso extraordinário nos termos do enunciado da Súmula 280 do STF, verbis: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Precedentes: RE 545.661-AgR, Relator o Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 06.06.2011; RE 591.455-AgR, Relator o Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJe de 10.09.2010; RE 529.378-AgR, Relatora a Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 28.08.2009. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO INTERNO – JULGAMENTO MONOCRÁTICO – POSSIBILIDADE – MATÉRIA CONSOLIDADA NO TJ/ES – RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Se a matéria se encontra consolidada neste Egrégio Tribunal de Justiça revela-se possível o julgamento monocrático do recurso na forma autorizada pelo art. 557 do CPC. 2. Agravo interno conhecido e improvido. 3. Agravo de instrumento a que se nega seguimento. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 852.619/ES-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 2/10/12).

Anotem-se, ainda, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 757.424/ES, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 5/8/13; e AI nº 840.135/ES, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/2/12.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministro Dias ToffoliRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.180 (470)ORIGEM : AGRG - 1247459 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : SAO JOAQUIM ENERGIA S/AADV.(A/S) : SANDRA MARA LOPOMO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ALFREDO CHAVESADV.(A/S) : NELSON MELLO GUIMARÃES

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário no qual se alega contrariedade aos incisos XXXV e XXXIV, alínea “a”, do art. 5°da Constituição Federal.

Decido.A irresignação não merece prosperar, haja vista que todos os

dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso extraordinário carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Mesmo que assim não fosse, verifico que o Superior Tribunal de Justiça, no exame do acórdão objeto do recuso extraordinário, ateve-se à análise dos pressupostos de admissibilidade de recurso dirigido àquela Corte. Essa matéria é afeta à legislação infraconstitucional e de exame inviável no recurso extraordinário, uma vez que a afronta ao texto constitucional, caso houvesse, se daria de forma indireta ou reflexa. Sobre o tema, os seguintes precedentes:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283. PRESSUPOSTOS DE RECURSOS INTERPOSTOS PERANTE O STJ. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA STF 283. 1. As razões do presente agravo não atacam um dos fundamentos da decisão agravada, relativo ao não-cabimento de recurso extraordinário interposto com base no artigo 322 do RISTF, porquanto não é mais possível a apresentação de tal recurso fundado em divergência jurisprudencial. Incidência da Súmula STF 283. 2. Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria processual de índole infraconstitucional referente a pressupostos de admissibilidade de agravo regimental e de embargos de divergência apresentados perante o STJ. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 551.692/RS-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 21/5/10).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. 1. A decisão do Superior Tribunal de Justiça, que nega seguimento a agravo de instrumento por ausência de pressupostos de admissibilidade, diz respeito às normas processuais de natureza infraconstitucional, circunstância impeditiva da subida do extraordinário. 2. A questão constitucional que serviu de fundamento ao acórdão do Tribunal de segundo grau deve ser atacada no momento próprio, sob pena de preclusão. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 641.299/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 3/8/07).

Corroborando com este entendimento, ressalte-se que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 14/8/09, no exame do RE nº 598.365/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros tribunais, dado o caráter infraconstitucional da matéria.

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.435 (471)ORIGEM : AC - 364437 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5A.

REGIAOPROCED. : PERNAMBUCORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CONTIL CONSTRUCAO E INCORPORACAO DE

IMOVEIS LTDAADV.(A/S) : HUGO DE BRITO MACHADO SEGUNDO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 132

PARCELAMENTO. MORA DO CONTRIBUINTE. 1) REEXAME DE FATOS E PROVAS: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 5ª Região:

“TRIBUTÁRIO. PARCELAMENTO. INADIMPLEMENTO. MORA. PAGAMENTO POR GRPS FORNECIDA PELO INSS. RESPONSABILIDADE DO DEVEDOR.

-Seria precário deixar de se aplicar a mora ao contribuinte assumidamente devedor, que deixa de honrar seus compromissos já em sede de parcelamento, sob o singelo argumento de que o INSS não teria enviado a pertinente guia de pagamento.

-Ademais, se houve recusa de recebimento, poderia o devedor utilizar outros meios, inclusive, judiciais para fazer o pagamento, evitando-se a mora.

-Apelação e remessa oficial providas”.Os embargos de declaração foram rejeitados.2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art.

37, caput, da Constituição da República.Sustenta que “o acórdão recorrido malferiu, completa e diretamente,

os princípios constitucionais da moralidade e da boa-fé, positivados no art. 37, caput, da CF/88”.

Assevera que “tendo comparecido diversas vezes na repartição competente, do INSS, para saber por que não havia recebido o boleto para pagar a parcela de seu parcelamento, foi-lhe dito que o sistema estaria ‘fora do ar’, mas que em mais alguns dias o boleto seria enviado. Foi-lhe dito que não se preocupasse, que o atraso não lhe traria gravame algum, e que o boleto seria encaminhado depois” .

Afirma que a rescisão do parcelamento “não se coaduna com uma Administração Pública que deve guiar-se pelo princípio da moralidade, pois não é moral, nem ético, enganar o cidadão”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao argumento de que a ofensa à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO . 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. A questão em debate foi decidida com base na legislação

infraconstitucional aplicada à espécie (Código Tributário Nacional e Termo de Parcelamento de Dívida Fiscal) e no conjunto fático-probatório dos autos. A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide também na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. DANOS MORAIS E INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA. 1. Turma recursal. Possibilidade de remissão, no acórdão, aos fundamentos da sentença. 2. Controvérsia decidida à luz do Código de Defesa do Consumidor, das provas dos autos e do contrato firmado pelas partes. Incidência das Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal. 3. Alegada contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, LIV e LV, da Constituição: ofensa constitucional indireta. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE 682.317-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.8.2012,).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. SERVIÇO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA. TARIFA SOCIAL. INCLUSÃO DE CONSUMIDOR. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279/STF. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Ofensa reflexa ou indireta à Constituição. Inexistência de ofensa ao art. 5º, XXXV e LV, porquanto o Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 784.987-ED, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 27.2.2012, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.585 (472)ORIGEM : PROC - 50509408620114047100 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : WILMA KRAUZER DOS REISADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE

REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra julgado no qual se discute a necessidade de prévio requerimento administrativo de benefício previdenciário como condicionante ao pedido de provimento judicial.

2. Este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário ao analisar o Recurso Extraordinário n. 631.240, Relator o Ministro Roberto Barroso.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, dou provimento a este agravo para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.160 (473)ORIGEM : PROC - 50095095120114047107 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JANICE MARIA RUPPENTAL PERINIADV.(A/S) : JOVELINO LIBERATO SIMÃO POTRICH E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO.

DEMONSTRAÇÃO INSUFICIENTE DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado da Turma Recursal Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul que manteve a sentença com base no artigo 46 da Lei n. 9.099/1995 a qual julgara “parcialmente procedente o pedido inicial, com fundamento no art. 269, I, do Código de Processo Civil, para o fim de condenar o INSS a reconhecer e averbar o período de 09/03/1989 a 16/03/1989 como tempo de serviço especial, passível de conversão em tempo de serviço comum, mediante aplicação da proporção entre o referencial de 25 anos - para obtenção de aposentadoria especial - e o referencial de tempo mínimo exigido para obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição, ao tempo em que preenchidos os requisitos para aquisição do direito ao benefício.”

2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.

Assevera que “a Constituição Federal determina a inaplicabilidade da lei nova ao direito adquirido anteriormente à vigência daquela, o que impossibilita a aplicação da Lei nº 9.032/1995 e do Decreto 4.827/2003 no período anterior a sua vigência, como ocorreu no caso em tela, que já se encontra consolidado muito antes do advento da referida norma.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste à Agravante.5. A Agravante limitou-se a afirmar que:“É evidente que se mantendo a decisão ora recorrida, estar-se-á

criando um precedente para que muitos outros processos movidos contra os trabalhadores sejam indeferidos ainda administrativamente, motivando novas

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 133

demandas judiciais, mesmo sem que haja a necessidade para tal, pois os benefícios poderiam ser deferidos ainda em fase administrativa pelo recorrido.

Assim, a questão da repercussão geral deve, portanto, ser analisada como a necessidade de que os efeitos da decisão proferida pelo STF transcendam aos limites daquela demanda.

Será dotado de repercussão geral e por tanto ter o direito de ser apreciada toda a matéria em que cuja decisão houver repercussão além do mundo processual, causando efeitos a outras pessoas.”

O art. 543-A, § 1º, do Código de Processo Civil dispõe que, “para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa”.

Não basta, portanto, afirmar que o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo da parte demonstrar, com argumentos substanciais, haver na espécie relevância econômica, política, social ou jurídica.

A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.

Assim, embora tenha mencionado a existência, na espécie vertente, de repercussão geral, a Agravante não desenvolveu argumentos suficientes para cumprir o objetivo da exigência constitucional. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E TAXA DE COLETA DE LIXO E LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Repercussão geral da questão constitucional: demonstração insuficiente. 2. Atribuição de efeitos ex nunc: impossibilidade. Precedentes. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 703.803-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.2.2009).

“Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, § 2º, do CPC. 4. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 5. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no Recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e § 1º, do RISTF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 718.395-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 14.5.2009).

“1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 3. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, § 1º, do RISTF. Precedente. 4. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 5. Agravo regimental desprovido” (AI 692.400-ED, Relator o Ministro Ellen Gracie, Plenário, DJe 30.5.2008).

6. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. I,

do Código de Processo Civil, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.792 (474)ORIGEM : AI - 2012000079492 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MIGUEL ALESSANDRO LOPES DA LUZADV.(A/S) : RAPHAEL GIULLIANO LARSEN SANTOS DA SILVARECDO.(A/S) : CENTAURO VIDA E PREVIDÊNCIA S/AADV.(A/S) : MILTON LUIZ CLEVE KUSTER

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO QUE NÃO INFIRMA

O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a (ao que se depreende) do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Cível e Criminal do Paraná decidiu:

“CÍVEL. DECISÃO MONOCRÁTICA. COBRANÇA. DPVAT. INDENIZAÇÃO CALCULADA COM BASE NO PERCENTUAL DA INVALIDEZ. ATUAL ENTENDIMENTO DESTA TURMA RECURSAL. SÚMULA 30 DO TJPR. SOMA DOS PERCENTUAIS MENCIONADOS NO LAUDO. IMPOSSIBILIDADE ‘IN CASU’. PERDA FUNCIONAL DA MÃO DECORRENTE DA PERDA DA FORÇA NO DEDO. RECURSO INOMINADO PARCIALMENTE PROVIDO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 557, § 1º-A, DO CPC. AGRAVO CONHECIDO E DESPROVIDO” (fl. 138).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição da República e a incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante repete os argumentos expostos no recurso extraordinário, no qual alega ter a Turma Recursal contrariado os arts. 3º, inc. I, e 127 da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste ao Agravante, não podendo ter seguimento o agravo, por não terem sido infirmados os fundamentos da decisão agravada, os quais, por esse motivo, subsistem:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. É INCABÍVEL O AGRAVO QUE NÃO INFIRMA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 759.427-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 6.9.2013).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante, mantendo-se a decisão agravada por subsistirem os fundamentos não infirmados.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.307 (475)ORIGEM : AI - 00365249520104040000 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 4ª REGIÃOPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : FABRICA DE MOVEIS RIO NEGRINHO LTDAADV.(A/S) : CÉLIA CELINA GASCHO CASSULI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALINTDO.(A/S) : FAMORINE REFLORESTAMENTO AGRICOLA E

PECUARIA LTDA/

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário.Insurge-se, no recurso extraordinário, contra acórdão do Tribunal

Regional Federal da 4ª Região, que restou assim ementado:“PARCELAMENTO. HONORÁRIOS. ART. 65 DA LEI 12.249/10.

IMPOSSIBILIDADE.O parcelamento disciplinado pela lei em referência diz com os débitos

administrados pelas autarquias e fundações públicas federais e aqueles contraídos com a Procuradoria-Geral Federal, não abrangendo as dívidas existentes com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”.

A agravante alega que estão preenchidos os requisitos para o conhecimento do apelo extremo e sustenta que está caracterizada a relevância constitucional da discussão, tendo em vista sua pretensão de parcelar os honorários advocatícios com base no art. 65 da Lei nº 12.249/10.

Decido.A irresignação não merece prosperar, haja vista que a recorrente não

demonstrou qual dispositivo constitucional porventura foi violado pelo acórdão recorrido. Mesmo que assim não fosse, para ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem acerca do parcelamento dos honorários advocatícios, seria necessário o reexame da norma infraconstitucional, o que é incabível em sede de recurso extraordinário. Nesse sentido:

“PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ANÁLISE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 134: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 134

DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 279/STF. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (ARE n° 637.729/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe de 1°/2/13) (Grifo nosso).

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Previdenciário. Restabelecimento de auxílio-doença. Conversão em aposentadoria por invalidez. Comprovação da incapacidade. Reexame do conjunto fático-probatório. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Fixação de honorários advocatícios. Matéria de índole infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 754.019/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 10/9/13) (Grifo nosso).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.374 (476)ORIGEM : APCRIM - 990102764281 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : RICARDO DA SILVA SANTOSRECTE.(S) : SERGIO RICARDO RAMOS DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : EDUARDO GOMES EVANGELISTA SILVA

Contra o juízo negativo de admissibilidade da Presidência da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, manejam agravo Ricardo da Silva Santos e Sérgio Ricardo Ramos da Silva, representados pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, com vista a assegurar o trânsito do recurso extraordinário que interpuseram (fls. 541-6). Oposto na origem o óbice da Súmula 284/STF.

Os Recorrentes foram condenados às penas de 06 (seis) anos e 05 (cinco) meses de reclusão, no regime inicial fechado, e de 15 (quinze) dias-multa pela prática do crime de roubo, tipificado no art. 157, § 2º, do Código Penal. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve a condenação.

Irresignada, a Defesa interpôs recurso extraordinário, inadmitido na origem.

Nas razões do apelo extremo, sustenta ofensa aos princípios da coisa julgada, do non bis in idem, da igualdade e da proporcionalidade pela aplicação da circunstância agravante da reincidência (fls. 497-510).

A inadmissão do apelo extremo na Corte de origem resultou na interposição do presente agravo.

É o relatório.Decido.A pretensão recursal versa sobre a recepção pela Constituição

Federal da circunstância agravante da reincidência. Inicialmente, destaco que, em sessão de julgamento realizada no dia

04.4.2013, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, nos autos do RE 453.000/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, reconheceu a constitucionalidade da aplicação do instituto da reincidência como agravante da pena em processos criminais (art. 61, I, do Código Penal).

Naquela oportunidade, “consignou-se que a reincidência não contraria a individualização da pena”, mas ”levar-se-ia em conta, justamente, o perfil do condenado, ao distingui-lo daqueles que cometessem a primeira infração penal”. Assim, “estaria respaldado, então, o instituto constitucional da individualização da pena, na medida em que se evitaria colocar o reincidente e o agente episódico no mesmo patamar” (Informativo 700/STF). O instituto, portanto, em consonância com o fundamento constitucional, revela razoável política normativa criminal.

Nesse contexto, determinou-se a aplicação, ao caso, do regime da repercussão geral reconhecida nos autos do RE 591.563/RS, e autorizaram-se os Ministros a decidir casos idênticos monocraticamente.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.590 (477)ORIGEM : PROC - 50038124020114047110 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - UFPELPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : JOAQUIM ALFREDO LHULLIER DA CUNHAADV.(A/S) : LEONOR LIMA DE FARIA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso

extraordinário no qual se alega contrariedade aos artigos 2º, 5º, caput e incisos II e XXXVI, 37 e 40, parágrafo 8º, da Constituição Federal.

Insurge-se no apelo extremo contra decisão da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul que, em síntese, estendeu aos inativos o pagamento da Gratificação de Estímulo à Docência - GED nos mesmos moldes que pagos aos servidores em atividade até que fossem efetivadas as avaliações de desempenho individuais e institucionais.

Decido.No que se refere aos artigos 2º, 5º, caput e incisos II e XXXVI, e 37,

da Constituição Federal, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos declaratórios para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.

Ademais, esta Corte, na sessão plenária de 29/10/2009, aprovou a Súmula vinculante nº 20, consolidando o direito de servidores inativos receberem a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa (GDATA), nesses termos, in verbis:

“A Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa- GDATA, instituída pela Lei 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete virgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e,nos termos do art. 5º, parágrafo único, da Lei 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o art. 1º da Medida Provisória 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.”

Em situações semelhantes, este Supremo Tribunal Federal tem estendido o entendimento firmado no julgamento da citada GDATA a outros casos em que se discutem gratificações similares no sentido de que a falta de regulamentação do processo de avaliação de desempenho confere às gratificações uma natureza de generalidade. Nesse sentido, veja-se a decisão proferida no ARE n° 642.827/ES-RG em que foi reconhecida a repercussão geral da matéria para ratificar a jurisprudência desta Corte:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa do Meio Ambiente – GDAMB. Critérios de cálculo. Extensão. Servidores públicos inativos e pensionistas. Precedentes. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão, aos servidores públicos inativos e pensionistas, dos critérios de cálculo da Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa do Meio Ambiente – GDAMB estabelecidos para os servidores públicos em atividade” (DJe de 31/8/11).

Anote-se também:“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.

SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. PARIDADE REMUNERATÓRIA. § 8º DO ART. 40 DO MAGNO TEXTO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE DE PERITO FEDERAL AGRÁRIO (GDAPA). EXTENSÃO NOS MESMOS VALORES PAGOS A SERVIDORES ATIVOS. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO JÁ REGULAMENTADOS. 1. A ausência de regulamentação do processo de avaliação de desempenho, tal como previsto na Lei federal 10.550/2002, confere à GDAPA um caráter de generalidade. Pelo que a vantagem é de ser estendida aos servidores aposentados em paridade de condições com os ativos apenas no período que antecedeu a citada regulamentação. 2. Agravo regimental desprovido” (AI n° 845.833/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 13/4/12).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDORES INATIVOS. EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO – ADMINISTRATIVA – GDATA E DE GRATIFICAÇÃO DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-OPERACIONAL EM TECNOLOGIA MILITAR – GDATEM. SÚMULA VINCULANTE N. 20. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI n° 811.049/PB-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/3/11).

Ressalte-se, outrossim, que para dissentir do acórdão recorrido quanto à natureza da gratificação em determinado período seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, providência vedada em sede de recurso extraordinário. Nesse sentido, mencionem-se os seguintes julgados:

“SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO, INSTITUÍDA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 27/99. CARÁTER GENÉRICO. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. MOLDURA FÁTICA DELINEADA PELO TRIBUNAL A QUO. Havendo o Tribunal de origem decidido que a Gratificação de Incentivo tem natureza genérica, ela deve ser estendida aos inativos, pena de violação ao art. 40, § 8º, da Magna Carta, na redação da EC 20/98, conforme jurisprudência pacífica desta Casa Maior da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 135

Justiça brasileira. Precedentes: MI 211, Rel. Min. Octavio Gallotti; RE 410.288-AgR e AI 437.175-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; e AI 265.373-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio. Entendimento diverso exigiria reexame da legislação infraconstitucional pertinente, bem como do conjunto fático-probatório dos autos, procedimentos vedados na via extraordinária. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 518.402/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 23/9/05).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEI Nº 9.678/98 - GRATIFICAÇÃO DE ESTÍMULO À DOCÊNCIA (GED) - EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – PRECEDENTES – RECURSO IMPROVIDO” (RE nº 600.122/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Melo, DJe de 15/3/11).

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. Gratificação de Estímulo à Docência – GED. Lei 9.678/98. 4. Extensão aos servidores inativos e pensionistas. Impossibilidade. Ausência de natureza genérica. Precedentes do STF. 3. Discussão sobre a alteração da natureza da gratificação após a edição da Lei 11.087/05. Necessidade de rever a interpretação conferida pelo acórdão recorrido à legislação infraconstitucional. Providência vedada no âmbito do recurso extraordinário. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n° 853.473/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 4/9/12).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.714 (478)ORIGEM : PROC - 00002593520128269003 - TJSP - 2º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : GREENLINE SISTEMA DE SAÚDE LTDAADV.(A/S) : HAROLDO DE AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : IVONE RODRIGUES MUNHOZADV.(A/S) : GABRIEL COELHO BORTONI E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/02/2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/02/2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Adite-se que, quanto à alegação de ofensa aos limites da coisa julgada e aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, diz respeito a temas cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. Registre-se que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

4. No que toca à alegação de ofensa ao art. 5º, II, da Constituição Federal, em relação ao princípio da legalidade, incide o óbice da Súmula 636/STF: Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

5. Por fim, chegar a entendimento diverso do adotado pela Turma Recursal demandaria o reexame das provas constantes nos autos, o que não é cabível no âmbito do recurso extraordinário, conforme estabelece a Súmula 279 do STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário).

6. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se. Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.394 (479)ORIGEM : AC - 24020180923 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : HENRIQUE JORGE ARRAES DE CASTROADV.(A/S) : ELISSANDRA DONDONI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARISTELA CALIMAN TESCHADV.(A/S) : TADEU FRAGA DE ANDRADE E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO – INTEMPESTIVIDADE DO EXTRAORDINÁRIO

CONSIDERAÇÕES – DESPROVIMENTO.1. A análise das peças revela a intempestividade do extraordinário. O

acórdão recorrido foi publicado no Diário da Justiça de 9 de fevereiro de 2012, quinta-feira, e o extraordinário somente restou protocolado em 27 seguinte, e, portanto, fora do prazo assinado em lei. Tratando-se de pressuposto recursal, de preliminar do recurso, incumbe o exame independentemente de provocação da parte e de pronunciamento do Juízo primeiro de admissibilidade.

2. Diante da extemporaneidade do recurso extraordinário, conheço deste agravo, mas a ele nego provimento.

3. Publiquem.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIO Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.504 (480)ORIGEM : AI - 70048977722 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : JULIO CARLOS BLOIS VAZ E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BERENICE PINTO MALGARIMADV.(A/S) : SIRLEY ABERO SOARES NOBLE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que deixou de admitir recurso extraordinário de acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que manteve decisão que negara provimento a agravo de instrumento, mantendo o prosseguimento de execução individual de sentença proferida em ação coletiva.

No recurso extraordinário, a parte recorrente aponta ofensa aos artigos 18 e 125 da Constituição Federal, asseverando, em suma, ofensa ao princípio federativo, em razão de ser executada no Rio Grande do Sul sentença proferida no Distrito Federal.

2. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia tão somente a partir de interpretação e aplicação das normas infraconstitucionais pertinentes (Código de Processo Civil e Lei 7.347/85). Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de alegada violação a dispositivo da Constituição Federal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa.

Ademais, as normas constitucionais indicadas são demasiadamente genéricas, sendo incapazes de interferir na peculiar situação tratada no acórdão – a qual, como já se disse, é disciplinada pela legislação processual. Aplica-se também o óbice da Súmula 284/STF.

3. Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.534 (481)ORIGEM : PROC - 00592532120094013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : LUIZ ANTENOR MURICY CARDOSO E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LINO DE CARVALHO CAVALCANTE

DECISÃO: A parte ora agravante foi intimada do acórdão objeto do apelo extremo em 20/01/2012, sexta-feira. Desse modo, o termo final do prazo para a oportuna interposição do recurso extraordinário recaiu no dia

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 136

06/02/2012, segunda-feira.Ocorre, no entanto, que o recurso extraordinário a que se refere o

presente agravo somente veio a ser interposto em 15/02/2012, quarta-feira, data em que já se consumara o trânsito em julgado do acórdão emanado do Tribunal de origem.

Torna-se lícito concluir, desse modo – especialmente se se considerar que os prazos recursais são peremptórios e preclusivos (RT 473/200 – RT 504/217 – RT 611/155 – RT 698/209 – RF 251/244) – que se extinguiu, “pleno jure”, o direito de interpor, em tempo legalmente oportuno, o recurso pertinente.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.554 (482)ORIGEM : PROC - 00577783020094013400 - TRF1 - DF - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : ANA MARIA GOMES JORDANIADV.(A/S) : LINO DE CARVALHO CAVALCANTE

DECISÃO: A parte ora agravante foi intimada do acórdão objeto do apelo extremo em 18/11/2011, sexta-feira. Desse modo, o termo final do prazo para a oportuna interposição do recurso extraordinário recaiu no dia 05/12/2011, segunda-feira.

Ocorre, no entanto, que o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo somente veio a ser interposto em 02/02/2012, terça-feira, data em que já se consumara o trânsito em julgado do acórdão emanado do Tribunal de origem.

Torna-se lícito concluir, desse modo – especialmente se se considerar que os prazos recursais são peremptórios e preclusivos (RT 473/200 – RT 504/217 – RT 611/155 – RT 698/209 – RF 251/244) – que se extinguiu, “pleno jure”, o direito de interpor, em tempo legalmente oportuno, o recurso pertinente.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.722 (483)ORIGEM : PROC - 00152177020118260011 - TJSP - 3º COLÉGIO

RECURSAL DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : TRISUL VENDAS CONSULTORIA EM IMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : EDUARDO PEDROSA MASSAD E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARCOS EDUARDO DE CAMARGORECDO.(A/S) : EDNA ALVES PINHEIRO DE CAMARGOADV.(A/S) : JOÃO BATISTA TORRES DO VALE E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que manteve a sentença por seus próprios fundamentos.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, da mesma Carta.

A pretensão não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados de ambas as Turmas dessa Corte:

“TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INCIDÊNCIA. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. EMPRESÁRIOS. AUTÔNOMOS E AVULSOS. LC 84/96. CONSTITUCIONALIDADE. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 287 DO STF. RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. II - A Contribuição social instituída pela Lei

Complementar n. 84/96 teve sua constitucionalidade declarada pelo Plenário do STF, no julgamento do RE 228.321/RS. III - As razões do recurso não infirmam o fundamento da decisão agravada, o que atrai a incidência da Súmula 287 do STF. IV - Recurso protelatório. Aplicação de multa. V - Agravo regimental improvido” (AI 700.144-AgR/RJ, de minha relatoria, Primeira Turma).

“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ARTIGOS 5º, LIV E LV; 6º; E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS STF 282 E 356. 1. O artigo 6º da Constituição Federal não se encontra prequestionado, porque, embora suscitado nos embargos de declaração opostos, não foi argüido nas razões do recurso interposto perante o Tribunal a quo. 2. Os artigos 5º, LIV e LV, e 93, IX, sequer foram suscitados nos embargos de declaração. Se a alegada ofensa à Constituição surge com a prolação do acórdão proferido em embargos de declaração, impõe-se a oposição de novos embargos declaratórios, a fim de que seja suprido o requisito do prequestionamento. 3. Agravo regimental improvido” (AI 696.326-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.724 (484)ORIGEM : PROC - 0020621902008819029 - TJRJ - 4ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ERO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/AADV.(A/S) : ROBERTO BASTOS DORIA JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANTONIO CALADOADV.(A/S) : ERICA PINTO DE BARROSADV.(A/S) : JORGE LUÍS RIBEIRO DE AMORIM

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que negou provimento ao recurso inominado do recorrente.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 1º, IV, 5º, XXXVI, e 170, caput, da mesma Carta.

A pretensão não merece acolhida. Como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é

inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, anote-se:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. REGIME DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. ART. 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356. 1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais dados como contrariados. Caso em que o aresto impugnado não abordou a questão constitucional disposta nos dispositivos tidos por violados (arts. 5º, LV; 93, IX e 207 da CF), tampouco foram opostos embargos de declaração, imprescindíveis a suprir eventual omissão. Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. Agravo regimental improvido (RE 363.743AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie)” (RE 363.743-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.846 (485)ORIGEM : MS - 876952005 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : BENEDITA VERAS DA SILVAADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ MÁXIMO MOREIRA E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado, no que importa:

“MANDADO DE SEGURANÇA – DIREITO PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - (…). 4. A prova colacionada nos autos indica que, efetivamente, houve redução dos proventos da Impetrante, na remuneração decorrente da combinação da situação fática com as regras das leis 3.375/75, que garantiu aos membros do magistério 'a permanência no regime de trabalho em que se encontram' (art. 48, § 2º), e 4.694/87, cujo artigo 11 assegura a incorporação ao vencimento do professor aposentado da média total anual de aulas extraordinárias ministradas por período contínuo de três anos ou seis anos

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 137: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 137

intercalados (…). Preliminares rejeitadas. Segurança concedida. (...)” (fl. 356 do e-STJ – grifos no original).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LXIX, 71, III, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida.Verifica-se, preliminarmente, que, com exceção do art. 5º, XXXVI, da

Constituição Federal, os demais dispositivos apontados como violados não foram prequestionados. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

É certo, ainda, que o Tribunal de origem, ao apreciar a segurança pleiteada, decidiu a causa, conforme se vê de trecho do acórdão recorrido, nos seguintes termos:

“ (…) Quanto ao mérito, a prova colacionada nos autos indica que, efetivamente, houve redução dos proventos da Impetrante, na remuneração decorrente da combinação da situação fática com as regras das leis 3.375/75, que garantiu aos membros do magistério 'a permanência no regime de trabalho em que se encontram' (art. 48, § 2º), e 4.694/87, cujo artigo 11 assegura a incorporação ao vencimento do professor aposentado da média total anual de aulas extraordinárias ministradas por período contínuo de três anos ou seis anos intercalados.

Nesse diapasão, a alegação de que a incorporação da média total das aulas suplementares, em número de 187,05 aulas – sem a dedução daquelas utilizadas para a implementação da carga horária do enquadramento da Impetrante no regime de 40 horas semanais -, implicaria em duplicidade de pagamento da vantagem, resta inócua diante das circunstâncias de que o direito da Impetrante decorre, exatamente, do indeferimento das aulas extraordinárias excedentes, e de que cálculos equivocados desconsideraram o número médio de 187,05 aulas mensais como índice dos últimos três anos.

(…)Em face das razões expedidas, rejeitam-se as preliminares de

impropriedade da ação mandamental, de decadência e de ilegitimidade da Autoridade Coatora e, no mérito, concede-se a segurança para reformar o ato impugnado e determinar a inclusão das aulas suplementares ou extraordinárias ministradas pela Impetrante, aos proventos de inatividade desta, considerando o índice médio dos últimos três anos, de 187,5 aulas mensais, e o restabelecimento do coeficiente horas/dias mensal para 63 ou 1/63 para cálculo do valor hora/aula suplementar ou extraordinária, na forma do pedido constante da inicial (…).” (fl. 359-361 do e-STJ – grifos no original).

Verifica-se, pois, que o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Leis Estaduais 3.375/75 e 4.694/87), bem como no conjunto fático probatório constante dos autos. Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. LEI ESTADUAL 4.694/87. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. QUESTÃO DECIDIDA PELO TRIBUNAL A QUO EXCLUSIVAMENTE À LUZ DE INTERPRETAÇÃO DE LEI LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. (...) 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 708.477AgR/BA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. INCORPORAÇÃO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA. OFENSA A DIREITO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 280/STF. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. O Tribunal de origem concluiu, com base nas Leis baianas nºs 4.694/87 e 8.480/02, na Constituição estadual e nos fatos e nas provas dos autos, que a ora agravada fazia jus à incorporação da vantagem pecuniária pleiteada no mandado de segurança impetrado na origem. 2. Não se presta o recurso extraordinário à análise da legislação local e ao reexame do conjunto fático-probatório da causa. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI 845.332 AgR/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma).

Por fim, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. O mencionado dispositivo constitucional não impõe que seja a decisão exaustivamente fundamentada, mas sim o que se busca é que o julgador informe de forma clara as razões de seu convencimento, tal como ocorreu.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.200 (486)ORIGEM : AC - 20100748620 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SANTA CATARINA

PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : ADELINO DIASADV.(A/S) : LÁZARO BITTENCOURTRECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

Petição/STF nº 44.915/2013DECISÃOPREFERÊNCIA – ESTATUTO DO IDOSO – DEFERIMENTO.1. Adelino Dias requer preferência na apreciação do recurso, em

razão do Estatuto do Idoso. Apresenta cópia de documento comprobatório de possuir mais de sessenta anos de idade.

2.Defiro o pedido de preferência, ante o atendimento da idade prevista na Lei nº 10.741/2003.

3.Publiquem.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.275 (487)ORIGEM : AC - 00035361120108190019 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MÁRCIO PALMA LEALADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO

GERAL. CONTROVÉRSIA SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto pela alínea a do inciso III do art. 102 contra julgado no qual se discute a legitimidade do Estado ou do Município, para promover a execução de multa aplicada pelo Tribunal de Contas estadual a agente político, por danos causados ao erário municipal.

2. Este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário no Agravo em Recurso Extraordinário n. 641.896, Relator o Ministro Marco Aurélio.

3. Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do parágrafo único do art. 328 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.640 (488)ORIGEM : PROC - 50046914720114047110 - TRF4 - RS - 2ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : DERONI DA SILVA JAQUESADV.(A/S) : ELIANI DE OLIVEIRA MADRUGA BATISTI E

OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de Turma Recursal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que, aplicando a sistemática da repercussão geral, não admitiu o apelo extremo.

Na espécie, a decisão recorrida aplicou o art. 543-B do CPC, com fundamento no entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE-RG 583.834, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 1º.8.2008, por entender que o acórdão recorrido está em sintonia com o citado posicionamento

Decido. O recurso não merece conhecimento. Registro que esta Corte, na Questão de Ordem no AI 760.358, de

minha relatoria, DJe 3.12.2009, firmou o entendimento no sentido de que não cabe ao Supremo Tribunal Federal rever decisão que, na origem, aplica o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 138

disposto no art. 543-B do CPC, assim ementado: “Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo

de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”.

Nesse sentido, ressalto que não cabe a interposição do agravo previsto no artigo 544 do CPC contra decisão do Tribunal de origem que aplica a sistemática da repercussão geral.

No caso, sequer a conversão do recurso em agravo regimental dirigido ao Tribunal de origem é possível, uma vez que o agravo foi interposto após o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, que definiu o meio processual adequado para questionar essas decisões.

Ante o exposto, não conheço do presente agravo (art. 544, § 4º, I, do CPC).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.715 (489)ORIGEM : RESE - 990103548817 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ALEXANDRE MACHADO PINTOADV.(A/S) : PAULO EDUARDO PASCHOAL JUNIORRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JOELIS GENNAROINTDO.(A/S) : JEAN CARLOS GENNAROINTDO.(A/S) : MARCOS DA SILVA ALVES

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL.

INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA N. 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. AGRAVO NÃO CONHECIDO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a e c, da Constituição da República.

O recurso inadmitido tem por objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Júri. Veredicto condenatório proferido pelo Tribunal Popular. Recurso defensivo que pede a anulação do julgamento, sob o argumento de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos. Impossibilidade. Muito ao contrário do que sustenta a parte, a decisão tomada se afina com a prova existente. Recurso a que se nega provimento” (fl. 672).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fl. 691).2. O Agravante afirma que “a decisão do Conselho de Sentença foi

baseada em provas manifestamente contrárias às dos autos” (fl. 715).Alega que “tanto acusação e defesa não fizeram prova quanto às

qualificadoras em plenário, visto que afastadas pela acusação já no início da sessão” (fl. 716).

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob fundamento de intempestividade (fl. 675).

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão de direito não assiste ao Agravante. 6. O recurso extraordinário é intempestivo. 7. O acórdão recorrido foi publicado no Diário de Justiça em

13.8.2012, segunda-feira. No entanto, o Agravante não observou o prazo legal de quinze dias e interpôs o recurso extraordinário em 6.9.2012, quinta-feira, após o término do prazo legal, que se deu em 28.8.2012, terça-feira.

8. Ademais, o agravo, também, é intempestivo.

O Agravante foi intimado da decisão em 27.2.2013, quarta-feira (fl. 752 – vol. 7). Assim, o prazo começou a fluir em 28.2.2013 (quinta-feira) e findou em 4.3.2013 (segunda-feira).

O agravo, no entanto, foi protocolizado no dia 11.3.2011 (segunda-feira), quando exaurido o prazo previsto no art. 28 da Lei 8.038/1990, nos termos da súmula n. 699 do Supremo Tribunal, que dispõe que “o prazo para interposição de agravo, em processo penal, é de cinco dias, de acordo com a Lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil”.

Confiram-se os seguintes julgados:“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é de cinco dias o prazo para a interposição do agravo de instrumento em recurso extraordinário criminal, conforme o art. 28 da Lei n. 8.038/90, não revogado, em matéria penal, pela Lei n. 8.950/94, de âmbito normativo restrito ao Código de Processo Civil. Incide, no caso, a Súmula 699 do Supremo Tribunal Federal. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI 640.461-AgR, de minha relatoria, DJ 22.6.2007).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. INAPLICABILIDADE DO PRAZO DA LEI 12.322/2010. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DESTA CORTE. Agravo intempestivo. O Plenário desta Corte, no julgamento da questão de ordem suscitada no ARE 639.846, rel. p/ o acórdão, min. Luiz Fux, reafirmou o enunciado constante da Súmula 699/STF, que prevê ser de 05 (cinco) dias o prazo para interposição do agravo no processo penal, nos termos da Lei 8.038/1990, não se aplicando a alteração trazida pela Lei 12.322/2010 ao art. 544, caput, do Código de Processo Civil. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 659.028-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 25.5.2012).

No mesmo sentido, dentre outros: AI 655.692-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ 31.8.2007; AI 476.707-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 11.3.2005.

9. Anote-se a inaplicabilidade do prazo de dez dias da Lei n. 12.322/2010 ao processo penal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PRAZO. LEI Nº 12.322/2010. MATÉRIA CRIMINAL. INAPLICABILIDADE DO ART. 544 DO CPC. INCIDÊNCIA DO ART. 28 DA LEI Nº 8.038/90. PRECEDENTES. QUESTÃO DE ORDEM REJEITADA E AGRAVO NÃO CONHECIDO. 1. A alteração promovida pela Lei nº 12.322, de 9 de setembro de 2010, não se aplica aos recursos extraordinários e agravos que versem sobre matéria penal e processual penal, de modo que o prazo do Agravo em Recurso Extraordinário criminal é o de 5 (cinco) dias previsto no art. 28 da Lei nº 8.038/90, e não o de 10 (dez) dias, conforme o art. 544 do CPC. Precedentes (AG 197.032-RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 5.11.97; AG (AgRg) 234.016-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 8.6.99). 2. Questão de ordem rejeitada para não conhecer do recurso de agravo” (ARE 639.846-AgR-QO, Redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe 20.3.2012 – grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.10. Pelo exposto, não conheço deste agravo (art. 38 da Lei n.

8.038/1990 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.774 (490)ORIGEM : AC - 200760000064380 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : NEYLA IVETTI YUTRONIC SERRANOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO

GROSSO DO SUL - FUFMSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita, no que importa:

"DIREITO ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA - ENSINO SUPERIOR - REVALIDAÇÃO DE DIPLOMA ESTRANGEIRO - FIXAÇÃO DE ÉPOCA PARA RECEBIMENTO DO PEDIDO DE REVALIDAÇÃO - POSSIBILIDADE - AUTONOMIA ADMINISTRATIVA DA UNIVERSIDADE - RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 08/2007 - RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.

(...)" (fls. 229).Opostos embargos de declaração pela recorrente, foram acolhidos

para sanar omissão no que tange à isenção do pagamento da taxa para a revalidação do diploma estrangeiro. O acórdão embargado restou assim ementado:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 139

“PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – PEDIDOS CUMULATIVOS – FALTA DE ANÁLISE – ACOLHIMENTO – TAXA DE REVALIDAÇÃO DE DIPLOMA ESTRANGEIRO – COBRANÇA – POSSIBILIDADE.

(…)III – Já foi decidido por este E. Tribunal e pelo E. TRF 1ª Região que

assim como é permitida a cobrança de taxa de inscrição no vestibular também é possível a cobrança de taxa para a revalidação de diploma estrangeiro, a qual tem suporte na própria lei que criou a fundação. Ademais, é de livre escolha do candidato a opção pela instituição de ensino em que revalidará o diploma, não estando obrigado, consequentemente, a efetuar o pagamento justamente na UFMS.

IV – Os dispositivos constitucionais invocados (incisos XXXIV e LXXVII) do artigo 5º) não têm o alcance pretendido pela embargante, não ensejando a isenção do pagamento da taxa de revalidação de diploma estrangeiro.

(...)” (fls. 241 e 241-v.).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa

aos arts. 1º, III, 3º, II, 5º, XIII, XXXIV e LXXVII, 6º, caput, 206, I e VI, e 208, VII, da mesma Carta.

Verifica-se, preliminarmente, que, à exceção do artigo 5º, XXXIV e LXXVII, da Constituição Federal, os demais dispositivos tidos por violados não foram prequestionados. Como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF.

Ademais, o acórdão impugnado decidiu a questão posta nos autos, relativa à isenção do pagamento de taxa para revalidação de diploma estrangeiro, com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 9.265/1996). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo Juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono o RE 738.628/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.167 (491)ORIGEM : PROC - 50036788520124047107 - TRF4 - RS - 4ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E

AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - CREA/RS

ADV.(A/S) : LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AMT EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDAADV.(A/S) : ELIANE DENISE KIEKOW

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TAXA DE

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA. NATUREZA TRIBUTÁRIA. SUBMISSÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. PRECEDENTES. JULGADO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, al. ‘b’, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra julgado da 2ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul, proferido nos termos seguintes:

“No mérito, a questão controvertida passa pelo exame do § 2° do art. 2º da Lei n. 6.496, de 07 de dezembro de 1977:

Art 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos peloempreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.

(...).§ 2º - O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART ad

refendum do Ministro do Trabalho.Depreende-se, pelo dispositivo ora transcrito, que se trata de tributo

devido em razão da fiscalização da categoria profissional, é dizer, trata-se de cobrança de taxa em face do exercício do poder de polícia, amoldando-se ao disposto nos artigos 77 e 78 do CTN.

Logo, caracterizado como tributo, deve observância ao Sistema Tributário Nacional, ou seja, deve sujeitar-se aos diversos princípios norteadores a ele pertinentes, dentre os quais, destaco o da 'legalidade'.

Sucede que a Corte Especial do TRF da 4ª Região já reconheceu a inconstitucionalidade do art. 2º, § 2º, da Lei nº 6.496/77, nos seguintes termos:

TRIBUTÁRIO. INCIDENTE DE ARGÜIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART 2º, § 2º, DA LEI Nº 6.496/77.

ACOLHIMENTO.1. Considerando que a Constituição Federal exige como requisito de

validade e exigibilidade do tributo a sua previsão em lei, a qual deve conter, expressamente, todos os elementos necessários à sua caracterização, não é cabível que um ou mais desses elementos sejam instituídos por norma de natureza infra-legal, mesmo que haja lei autorizando.

2. Incidente de argüição de inconstitucionalidade do artigo 2º, § 2º, da lei Nº 6.496/77 acolhido. (ARGINC nº 2007.70.00.013915-1/PR, Corte Especial, Relatora Des. Federal Luciane Amaral Côrrea Münch, D.E. 01/10/2009) (grifei)

Assim, uma vez reconhecida a inconstitucionalidade do dispositivo legal que dava suporte à criação do tributo, a Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, por violação ao princípio da legalidade, mostra-se inexigível.

Porém, essa situação perdura somente até o advento da Lei nº 12.514/2011, que estabeleceu, em seu art. 11, o valor máximo para a taxa ART, bem como os parâmetros para a sua atualização:

Art. 11. O valor da Taxa de anotação de responsabilidade Técnica - ART, prevista na Lei no 6.496, de 7 de dezembro de 1977, não poderá ultrapassar R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).

Parágrafo único. O valor referido no caput será atualizado, anualmente, de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou índice oficial que venha a substituí-lo.

Tais valores máximos somente terão eficácia para o exercício 2012 em virtude do princípio da anterioridade, que está previsto no art. 150, III, 'b', da Constituição Federal (isso porque, comparativamente à legislação anterior acima analisada, trata-se de um aumento de tributo).

Sendo assim, procede a pretensão da parte autora no que tange às taxas de Anotação de Responsabilidade Técnica emitidas até a eficácia da Lei nº 12.514/2011.

Nesse contexto, embora o 'sacado' indicado nas guias a seguir referidas não seja a autora, esta comprovou que foi quem realmente efetuou os pagamentos. Portanto, a parte autora tem direito à repetição dos valores recolhidos a este título (ART), que no caso dos autos estão comprovados através das guias juntadas no evento nº 1, OUT8, fl. 9, OUT 9, fls. 1, 3, 6, 7, e OUT10, fl. 3.

Por fim, não há como ser restituído o valor referente ao recibo anexado no evento nº 1, OUT10, fl. 1, uma vez que não está vinculado a nenhuma ART anexada aos autos, não havendo, no corpo do recibo, nenhuma discriminação que permita tal vinculação.

Sobre os valores a serem restituídos (1) incide, até 30/06/2009, atualização pela taxa SELIC, no caso, desde o pagamento indevido, a teor do § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250/95; e (2) a partir de 01/07/2009, para fins de atualização monetária e juros e independentemente da data de citação, haverá a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, na forma do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pelo art. 5º da Lei nº 11.960/2009, cujo montante será apurado por ocasião da liquidação da sentença.

DispositivoIsso posto, acolho, parcialmente a preliminar de ilegitimidade ativa; e,

no mérito, julgo parcialmente procedente o pedido inicial, nos termos do artigo 269, I, do CPC, para:

a) reconhecer indevida a exigência da taxa de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART até a eficácia da Lei nº 12.514/2011, ou seja, relativamente às guias emitidas até 31.12.2011;

eb) condenar o Conselho réu a restituir os valores pagos (suportados)

pela parte autora a este título (guias juntadas no evento nº 1, OUT8, fl. 9, OUT 9, fls. 1, 3, 6, 7, e OUT10, fl. 3), atualizados nos termos da fundamentação.'”.

2. O Agravante afirma que “a discussão exsurge acerca da constitucionalidade da fixação de valor e cobrança da Anotação de Responsabilidade Técnica,com base no artigo 2º e §§ da Lei nº 6.496 de 1977, em face do artigo 97 do Código Tributário Nacional e artigo 150, §1º, da Constituição Federal, havendo a decisão hostilizada acolhido a pretensão do recorrido, supondo ser inconstitucional a cobrança de ARTs”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao fundamento de que a contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.32/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos desse recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. O julgado recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste

Supremo Tribunal, que assentou a submissão das obrigações tributárias impostas pelos conselhos profissionais ao princípio da legalidade.

Nesse sentido, em caso idêntico ao destes autos:“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que

entendeu que a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, instituída pela Lei n. 6.496/1977, configura manifestação do exercício do poder de polícia.

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 140

Dessa forma, concluiu-se que a cobrança efetuada em decorrência daquela anotação possui natureza de taxa e, portanto, deve se submeter ao princípio da estrita legalidade previsto no art. 150, I, da Constituição. Neste RE, fundado no art. 102, III, ‘a’, da Constituição, alegou-se, em suma, a validade da cobrança da ART que, por possuir natureza de preço público, não está submetida ao mandamento do art. 150, I, da Constituição. A pretensão recursal não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte enfatiza a distinção entre taxa, espécie de tributo, e preço público com fundamento na compulsoriedade da primeira e facultatividade do último. Sobre o tema, assim me manifestei no julgamento do RE n. 576.189/RS, de minha relatoria: ‘(...) se a alguém é dado optar por certo comportamento dentre vários outros igualmente possíveis, e estando um ou mais deles liberados do pagamento de determinada obrigação pecuniária, a submissão ao ônus passa a ter caráter voluntário, o que não se coaduna com o conceito de tributo. Se, por outro lado, todos os meios legítimos de realização desse mesmo comportamento levarem ao pagamento compulsório da obrigação, o ônus, por não depender da vontade do responsável, apresentará inequívoca natureza tributária. (…). Tanto a taxa quanto o preço público constituem um pagamento realizado em troca da fruição de um serviço ou bem estatal, divisível e específico. A distinção entre ambas está em que a primeira caracteriza-se pela nota da compulsoriedade, porque resulta de uma obrigação legal, ao passo que o segundo distingue-se pelo traço da facultatividade por decorrer de uma relação contratual. Ademais, enquanto as receitas das taxas ingressam nos cofres do Estado, as provenientes dos preços públicos integram patrimônio privado dos entes que atuam por delegação do Estado’. A obrigação de Anotação de Responsabilidade Técnica foi instituída pela Lei n. 6.496/1977, que em seu art. 1º prescreve: ‘Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à ‘Anotação de Responsabilidade Técnica’ (ART)’. Constato, dessa forma, que o dispositivo citado impôs às partes contratantes um dever legal. Assim, inviável aos obrigados a possibilidade de se esquivarem ao registro determinado pela lei, não se podendo falar, na hipótese, em facultatividade. Tem-se, no caso, uma obrigação legal marcada pela nota da compulsoriedade. Esse caráter impositivo da ART é acentuado pelo art. 3º da Lei n. 6.496/1977, que determina a aplicação de multa ao profissional ou à empresa que não realizar a anotação de responsabilidade técnica. Desse modo, se o descumprimento da obrigação legal sujeita o infrator a uma sanção, impossível afirmar que essa obrigação tenha natureza facultativa. Na espécie, o dever de Anotação de Responsabilidade Técnica constitui, como assentado na decisão ‘a quo’, nítido exercício do poder de polícia realizado pelo Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia – CONFEA. De fato, o dever de anotação ora discutido caracteriza-se como instrumento utilizado pela recorrente no desempenho do dever de fiscalização do exercício das profissões sujeitas ao seu controle. Ressalto que esta Corte, no julgamento da ADI n. 1.717/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, assentou que a fiscalização e a regulamentação de profissões são atividades típicas de Estado que abrangem os poderes de polícia, de tributar e de punir. Nesse sentido, transcrevo a ementa do acórdão citado: (...). Concluo, portanto, que a Anotação de Responsabilidade Técnica [ART] prevista no art. 1º da Lei n. 6.496/1977 presta-se ao exercício do poder de polícia, fiscalização de profissões, atribuído ao CONFEA. Assim, a remuneração dessa atividade, dada a sua natureza compulsória, não provém da cobrança de preço público, como quer fazer crer o recorrente, mas sim da instituição de taxa cuja criação deve ser realizada com observância do princípio da legalidade tributária, previsto no art. 150, I, da Constituição” (RE 599.778, Relator o Mininistro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, DJe 6.3.2012 e transitada em julgado em 16.3.2012, grifos nossos).

7. Na mesma linha: RE 609.106/DF, Relator o Min. Dias Toffoli, DJe 05.11.2012; RE 596.440/DF, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 18.6.2012; e ARE 748.538/SC, Relator a Ministra Rosa Weber, decisão monocrática, DJ 22.8.2013.

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea ‘a’, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.233 (492)ORIGEM : ARE - 2746920105050641 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOAO MARIO ALVES SOBRINHOADV.(A/S) : EDVARD DE CASTRO COSTA JUNIORRECDO.(A/S) : AGRICOLA MONCOES LTDAADV.(A/S) : CAMILLA DANTAS PALUDETTO DASSIE

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA.

INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. AJUIZAMENTO NO LUGAR DO

DOMICÍLIO DO RECLAMANTE. INTERPRETAÇÃO DO ART. 651 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base nas alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. AJUIZAMENTO NO LUGAR DO DOMICÍLIO DO RECLAMANTE. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO DENEGATÓRIA. MANUTENÇÃO. Esta Corte tem entendido que o Reclamante somente pode optar pelo ajuizamento da demanda no local de seu domicílio desde que coincida com o local da contratação ou da prestação de serviços. Pode escolher, por outro lado, entre o local da contratação formal ou mesmo da mera arregimentação informal, a par do local da prestação de serviços, nos casos referidos pelo art. 651, §3º, CLT. Contudo, não se enquadrando o domicílio obreiro em qualquer das hipóteses do art. 651, não há como se importar do Direito Civil o foro de eleição implícito. Em consequência, não há como assegurar o processamento do recurso de revista quando o agravo de instrumento interposto não desconstitui a decisão denegatória que, assim, subsiste por seus próprios fundamentos. Precedentes. Agravo de instrumento desprovido” (grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos pelo Agravante foram rejeitados.2. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º,

inc. XXXV, da Constituição da República.Argumenta que “O v. acórdão contrastado ao manter a competência para julgar e

recepcionar a peleja em tráfego, na localizada que dista mais de 2000 km do domicilio do recorrente, rasgou frontalmente as disposições postas na norma jurídica dantes dita .

X- O recorrente, na qualidade de obreiro, encontra-se sob os auspícios dos Princípios que regem o Direito do Trabalho, dentre os quais o de proteção ao hipossuficiente. O obreiro não detém condições financeiras para se deslocar até a cidade de São Paulo com o fito de instruir o presente feito”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido aos fundamentos de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal e de ausência de ofensa constitucional direta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias

originárias demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Consolidação das Leis do Trabalho) e o reexame do conjunto fático-probatório do processo. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. CARGO DE CONFIANÇA. SÚMULA N. 287/TST. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA SBDI-1/TST. ESTABILIDADE. CLÁUSULA NORMATIVA. PROVAS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, II, XXXV, XXXVI E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS” (ARE 696.563-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 4.12.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. PRESSUPOSTOS DE CABIMENTO DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 3. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DO ART. 5º, INC. XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 647.524-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 21.8.2012).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. MULTA. ART. 600 DA CLT. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV E LV, DA

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 141

CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes. II – A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. III – Não há negativa de prestação jurisdicional, tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV – Agravo regimental improvido” (ARE 681.402-ED, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 14.8.2012).

7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.319 (493)ORIGEM : PROC - 00370811820118260577 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : LUIZ ALBERTO NOVOLIADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SPPREV SÃO PAULO PREVIDÊNCIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário de acórdão do Colégio Recursal da Comarca de São José dos Campos-SP que manteve a sentença de improcedência do pedido de restituição dos descontos decorrentes de contribuição previdenciária, ocorridos entre a vigência da EC 41/2003 e a Lei Complementar 1.013/2007 do Estado de São Paulo.

No recurso extraordinário, a parte recorrente aponta ofensa aos artigos 5º, XXXVI § 2º, 142, X, § 3º, 40, § 20, 201, 194 e 195, caput, da Constituição Federal, asseverando, em suma, o caráter confiscatório dos descontos previdenciários e a violação à irredutibilidade dos seus vencimentos e ao seu direito adquirido.

2. Não houve emissão, pelo acórdão recorrido, de juízo acerca da matéria de que tratam as normas insertas nos artigos 5º, XXXVI § 2º, 142, X, § 3º, 40, § 20, 201, 194 e 195, caput, da Constituição Federal, tampouco a questão foi suscitada no momento oportuno, em sede de embargos de declaração, razão pela qual, à falta do indispensável prequestionamento, não pode ser o recurso extraordinário conhecido, incidindo os óbices das súmulas 282 e 356 do STF.

3. Ante o exposto, nego provimento ao agravo.Publique-se. Intime-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.346 (494)ORIGEM : AMS - 199801000928156 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ADAILSA PIRES DE ARAÚJO BERTEROADV.(A/S) : MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 5º, caput, XVII, 8º, I, e 37, VI, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser

constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão da origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: RE 523.664-AgR/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 16.5.2012; e RE 602.293-AgR/AM, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 29.9.2011, cuja ementa transcrevo:

"AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS FEDERAIS E LOCAIS. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A verificação da alegada ofensa ao texto constitucional envolve o reexame da interpretação dada pelo juízo a quo à legislação infraconstitucional, federal e local, aplicável ao caso. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir, na espécie, a Súmula 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. II - Agravo regimental improvido”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.497 (495)ORIGEM : AC - 10471081010905001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : VANDA CRISTINA QUEIROZ DUARTE CASSIMIRO DA

COSTAADV.(A/S) : THIAGO OLIVEIRA VINHAL E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DA VARGINHAADV.(A/S) : NÉLIA LÚCIA VALADARES E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais ementado nos seguintes termos:

ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ANULAÇÃO DE NOMEAÇÃO DE SERVIDOR. AUSÊNCIA DE REGISTRO NO CONSELHO PROFISSIONAL RESPECTIVO. PREVISÃO EDITALÍCIA E LEGAL. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. INOCORRÊNCIA. MÃ-FE DO SERVIDOR. CARACTERIZAÇÃO. Inexiste direito líquido e certo a amparar a pretensão da impetrante se demonstrado nos autos que à época da sua nomeação não preenchia os requisitos previstos no respectivo edital e na legislação que regulamenta a profissão de enfermagem. Não existe óbice ao exercício por parte da administração do seu poder de autotutela em prazo superior aos cinco anos contados da data do fato, se houver comprovada má-fé daquele que se beneficiou do ato administrativo irregular - Lei Federal 9874/99. Em reexame necessário, denegada a segurança (eDOC 2, p. 172).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta violação ao artigo 37, I e II, do texto constitucional.

Nas razões recursais, defende-se, em síntese, que a recorrente possui direito líquido e certo, uma vez que preencheu os requisito legais para investidura no cargo de auxiliar de enfermagem. Ademais, sustenta-se a falta de competência do prefeito para determinar a instauração de processo administrativo. Por fim, aduz-se violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Decido.O recurso não merece prosperar.Isso porque o acórdão recorrido está em sintonia com a

jurisprudência desta Corte que se firmou no sentido de que a comprovação da habilitação para o exercício do cargo público deverá ser exigida no momento da posse, a não ser que a habilitação pretendida seja requisito para alguma das etapas do certame, o que não é o caso dos autos.

Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados:“CONSTITUCIONAL. CONCURSO PÚBLICO PARA CARGO DE

TÉCNICO DE PROVIMENTO DE APOIO. EXIGÊNCIA DE TRÊS ANOS DE HABILITAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO CONSTITUCIONAL. SEGURANÇA CONCEDIDA. I - O que importa para o cumprimento da finalidade da lei é a existência da habilitação plena no ato da posse. II - A exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso. III - Precedentes. IV - Ordem concedida”. (MS 26668, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, DJe 29.5.2009) (grifei)

“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. MILITAR. 1º TENENTE DO QUADRO DE OFICIAIS DE SAÚDE. PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO. MOMENTO DA EXIGÊNCIA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 142

DE HABILITAÇÃO. CONCURSO FORA DA ÁREA JURÍDICA. INSCRIÇÃO NO CERTAME. MOMENTO DA POSSE. AGRAVO IMPROVIDO. PRECEDENTES. I – O momento para a exigência de habilitação para o exercício do cargo, que não seja da área jurídica, dar-se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso. Precedentes. II - Agravo regimental improvido”. (RE-AgR 594.862, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 9.11.2010) (grifei)

“Concurso público: auxiliar de enfermagem: a exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso: precedente (RE 184.425, 2ª T., Carlos Velloso, DJ 12.6.98)”. (RE 423752, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, DJ 10.9.2004)

Ademais, no que tange à suposta violação aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, ressalte-se que esta Corte rejeitou a questão no tema 660 da sistemática da repercussão geral, cujo o paradigma é o ARE-RG 748.371, de minha relatoria, oportunidade em que rejeitou a repercussão, tendo em vista tratar-se de matéria infraconstitucional.

Ainda que assim não fosse, para se entender de forma diversa do que foi consignado pelo Tribunal de origem, far-se-ia imprescindível o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e do edital do concurso, o que não é possível em sede de recurso extraordinário, segundo o Enunciado 279 da Súmula de Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, uma vez que o acórdão recorrido consignou que a recorrida agiu de má-fé

Assim, não há o que prover quanto às alegações recursais.Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar seguimento

ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, II, “b”, do CPC).Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.550 (496)ORIGEM : AR - 0057773182011819000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : DAVI CAVALCANTE DOS REISADV.(A/S) : JORGE EVANILDO MORAIS RODRIGUES E OUTRO(A/

S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -

UERJADV.(A/S) : KARINA COHEN LIMA E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 8º, 25 e 37, VI, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão da origem, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: RE 523.664-AgR/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 16.5.2012; e RE 602.293-AgR/AM, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª Turma, DJe 29.9.2011, cuja ementa transcrevo:

"AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS FEDERAIS E LOCAIS. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A verificação da alegada ofensa ao texto constitucional envolve o reexame da interpretação dada pelo juízo a quo à legislação infraconstitucional, federal e local, aplicável ao caso. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir, na espécie, a Súmula 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. II - Agravo regimental improvido”.

Além disso, na esteira da jurisprudência desta Corte, a discussão acerca dos pressupostos de admissibilidade de ação rescisória não alcança status constitucional, pois não prescinde da análise da legislação infraconstitucional aplicável. Colho precedentes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. AÇÃO RESCISÓRIA. REQUISITOS. SÚMULA N. 298/TST. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, XXXV, LIV e LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS

FUNDAMENTOS. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes. 2. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. ... 4. Agravo regimental a que se NEGA PROVIMENTO” (ARE 678.787 AgR, Relator Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 08.02.2013)

“DIREITO CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL E TRABALHISTA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO TRABALHISTA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. AGRAVO. 1. Não conseguiu o agravante abalar os fundamentos da decisão que, na instância de origem, indeferiu o Recurso Extraordinário, nem o da que negou seguimento ao Agravo de Instrumento. 2. Na verdade, o acórdão recorrido considerou não suscitados temas constitucionais, na Ação Rescisória, e por isso a teve por inviável, invocando a Súmula 282 do STF. 3. Ademais, o cabimento, ou não, de Ação Rescisória, é questão infraconstitucional, que não propicia R.E. (art. 102, III, da C.F.). 4. E, nos limites referidos, houve prestação jurisdicional. 5. Por fim, é pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido de não admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação ou aplicação e mesmo inobservância de normas infraconstitucionais. 6. Agravo improvido.” (AI 395.132-AgR/SP, Rel. Min. Sydney Sanches, 2ª Turma, DJe 22.6.2011).

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.558 (497)ORIGEM : PROC - 00020313520108260101 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - TAUBATÉPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : CGMP - CENTRO DE GESTÃO DE MEIOS DE

PAGAMENTO S/AADV.(A/S) : MARIO MENDONÇA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : RENATO MORSELIADV.(A/S) : SIMONE LEMES DOS SANTOS E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, XXXV e LV, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da inafastabilidade da prestação jurisdicional e da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 143

infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

De mais a mais, esta Corte já pronunciou a inexistência de repercussão geral da matéria relativa aos pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros Tribunais – RE 598.365-RG/MG, Rel. Min. Ayres Britto, Plenário Virtual, DJe 26.3.2010, cuja ementa transcrevo:

“PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso “elemento de configuração da própria repercussão geral”, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.”

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.562 (498)ORIGEM : PROC - 00093278120118190000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : DIOGO GARCIA DE ARAUJO BASTOSADV.(A/S) : ALEXANDRE WANDERLEY DA SILVA COSTA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO RIO DE JANEIRO

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. NÃO ESGOTAMENTO DA INSTÂNCIA ORDINÁRIA: SÚMULA N. 281 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu:“CONSTITUCIONAL/ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.

AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO MONOCRÁTICA DE INDEFERIMENTO DA INICIAL, COM BASE NO ART. 10 DA LEI N. 12.016/09 C/C 267, VI, CPC. ‘WRIT’ VOLTADO CONTRA INDEFERIMENTO AO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO DE NOMEAÇÃO PARA O CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO DO TJ/RJ. PLEITO FORMULADO COM BASE NA AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO DE TODAS AS VAGAS DISPONIBILIZADAS. CANDIDATO CLASSIFICADO ALÉM DO NÚMERO DE VAGAS CONVOCADO PELA ADMINISTRAÇÃO DO TRIBUNAL. MERA EXPECTATIVA DE DIREITO. INOCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO À ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO DO CONCURSO. NECESSIDADE DE NOVAS NORMAÇÕES EM RAZÃO DA EXCASSEZ DE FUNCIONÁRIOS QUE DIZ RESPEITO UNICAMENTE À ADMINISTRAÇÃO. MÉRITO ADMINISTRATIVO NO QUAL NÃO É DADO AO JUDICIÁRIO IMISCUIR-SE. JULGAMENTO AMPARADO EM PACÍFICA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (SÚMULA N. 15). IMPOSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DO ‘MANDAMUS’. ENDOSSO DO COLEGIADO AO INDEFERIMENTO DA INICIAL ESTABELECIDO NA DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR ORIGINÁRIO. DESPROVIMENTODO AGRAVO REGIMENTAL”.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a incidência da Súmula n. 281 do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante argumenta que“não ocorreu a denegação da ordem, o que determinaria a

observância do art. 105, inc. II, alínea ‘b’, da Constituição Federal e o endereçamento do Recurso Ordinário ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça, mas sim o indeferimento da inicial com base nos arts. 10 da Lei n. 12.016 de 7/8/2009 e 267, inc. VI, do Código de Processo Civil.

Ademais, os dispositivos legais prequestionados no mandado de segurança têm natureza constitucional, o que atrai a competência originária do Excelso Pretório“.

No recurso extraordinário, alega-se que o Tribunal a quo teria

contrariado o caput e o inc. IV do art. 37 da Constituição da República.Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos desse recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. O Agravante interpôs recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Tribunal e, simultaneamente, recurso ordinário.

Este Supremo Tribunal assentou que a decisão possibilitadora do recurso extraordinário é aquela proferida em única ou última instância, conforme o disposto no inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois é necessário o esgotamento da jurisdição na origem. Incide na espécie a Súmula n. 281 deste Supremo Tribunal:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - INTERPOSIÇÃO CONTRA DECISÃO DE TRIBUNAL DE JUSTIÇA QUE DENEGOU, ORIGINARIAMENTE, MANDADO DE SEGURANÇA - INADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO - CABIMENTO, NO CASO, DE RECURSO ORDINÁRIO PARA O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, AINDA QUE A MATÉRIA VERSADA SEJA DE NATUREZA CONSTITUCIONAL - SIGNIFICADO DA EXPRESSAO CONSTITUCIONAL ‘DECISÃO DENEGATORIA’ - REGIME JURÍDICO DO RECURSO ORDINÁRIO - DESNECESSIDADE DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL - COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA EXERCER O CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE DOS ATOS ESTATAIS - A QUESTÃO DOS RECURSOS ‘SECUNDUM EVENTUM LITIS’ - AGRAVO IMPROVIDO. - O sentido da expressão constitucional ‘decisão denegatoria’, comum tanto as ações de mandado de segurança quanto as ações de habeas corpus, reveste-se de conteúdo amplo, abrangendo, em seu domínio conceitual, os pronunciamentos jurisdicionais que apreciem o fundo da controvérsia jurídica suscitada ou que, sem julgamento do mérito, impliquem a extinção do processo. Precedentes: RTJ 72/51, rel. Min. XAVIER DE ALBUQUERQUE - RTJ 132/718, rel. Min. CELSO DE MELLO. - As decisões denegatórias de mandado de segurança, quando proferidas em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais locais, comportam uma só e especifica modalidade recursal: o recurso ordinário constitucional, interponível, nos termos do art. 105, II, ‘b’, da Carta Politica, para o Superior Tribunal de Justiça. A previsão constitucional do recurso ordinário em tal hipótese não permite a imediata utilização do recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, eis que, enquanto não esgotada a via recursal ordinária, revela-se inadmissível a interposição do apelo extremo. Inexistência de decisão final. Súmula 281/STF. - O regime de interposição do recurso ordinário define-se em função do caráter negativo do pronunciamento jurisdicional em sede originaria de mandado de segurança, e não em razão da natureza das categorias temática versadas na decisão denegatória do ‘writ’. Mesmo, portanto, que se tenha instaurado controvérsia de índole constitucional no âmbito do processo mandamental, ainda assim terá pertinência o recurso ordinário para o Superior Tribunal de Justiça, desde que, tratando-se de decisão denegatória de mandado de segurança, tenha sido ela proferida, em única instância, por Tribunal local ou por Tribunal Regional Federal. Precedentes do STF. - A competência recursal ordinária do Superior Tribunal de Justiça possui extração constitucional. E indisponível, e inderrogável, quer pelo ministério da lei, quer pela interpretação dos juízes e, na concreção do seu alcance, qualifica essa elevada Corte judiciária nacional a exercer - a semelhança dos demais Tribunais e juízes - o controle difuso de constitucionalidade, ainda que este venha a ser instaurado, como e processualmente licito, no âmbito do recurso ordinário cabível nos termos do art. 105, II, ‘b’, da Constituição Federal. - Não se revela aplicável ao recurso ordinário a exigência do prequestionamento do tema constitucional que configura pressuposto especifico de admissibilidade do recurso extraordinário. - A previsão normativa dos recursos ‘secundum eventum litis’, além de juridicamente possível, não ofende o postulado da unirrecorribilidade das decisões judiciais, uma vez que esse princípio tem por objetivo impedir - salvo disposição legal em contrario - a simultânea interposição de mais de um recurso contra o mesmo ato decisório emanado do Poder Judiciário. - A controvérsia em torno da constitucionalidade do art. 18 da Lei n. 1533/51. Estipulação de prazo decadencial para a impetração do mandado de segurança. Precedentes do STF firmados sob a égide da Constituição de 1988” (AI 145.395-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Primeira Turma, DJ 25.11.1994, grifos nossos).

E:“DESCABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA

DE EXAURIMENTO DAS VIAS RECURSAIS NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281 DO STF. Ainda cabível o agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC, da decisão singular que negou seguimento aos embargos declaratórios. Agravo regimental desprovido” (AI 507.535-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJ 18.2.2005).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea b, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 144

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.604 (499)ORIGEM : PROC - 00077188720128190207 - TJRJ - 2ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : HASSAN EL EIS COMÉRCIO DE PISCINAS LTDAADV.(A/S) : CLÁUDIO VENÍCIO DA S NOVAES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : SILAMARY BASTOS RAMOSADV.(A/S) : ZAIRA LEONIDIO DO CARMO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, LV, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Na esteira jurisprudência cristalizada do Supremo Tribunal Federal, a comprovação do recolhimento do preparo deve ocorrer no momento da interposição do recurso, o seu recolhimento incompleto ou em desacordo com a regulamentação vigente configura a deserção do recurso manejado. Na hipótese, recolhidas as custas por meio de “GRU Simples”, quando o correto seria utilizar “GRU Cobrança” (art. 5º da Resolução STF 500/2013). Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. PREPARO. INOBSERVÂNCIA DA RESOLUÇÃO 431/2010-STF, VIGENTE À ÉPOCA DA OPOSIÇÃO DO RECURSO. DESERÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I A jurisprudência desta Corte está pacificada no sentido de que o preparo dos embargos de divergência deve ser comprovado no ato da interposição do recurso, sob pena de deserção. II O recolhimento das custas em desacordo com a Resolução 431/2010-STF, vigente à época da oposição dos embargos de divergência, equivale à ausência de preparo. III Embargos de declaração convertidos em agravo regimental a que se nega provimento”. (RE 551.660-AgR-EDv-ED/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, DJE 30.5.2012).

“Processual civil e administrativo. Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Recurso extraordinário: porte de remessa e retorno dos autos. Preparo. Ausência de comprovação do recolhimento. Deserção configurada. Deficiência na formação do apelo extremo. Aplicação, mutatis mutandes, da súmula 288/STF. Decisão que se mantém por seus próprios fundamentos. 1. O preparo recursal consiste na efetuação, por parte do recorrente, do pagamento dos encargos financeiros que dizem respeito à regularidade formal do recurso interposto, e que englobam as custas do processamento do recurso nos tribunais, e os portes de remessa e retorno dos autos ou do instrumento, no caso de agravo nesta modalidade. 2. A demonstração da efetivação do preparo deve ocorrer no momento da interposição do recurso, sob pena de preclusão consumativa … 6. Agravo regimental desprovido”. (ARE 677.681-AgR/AP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 27.6.2012).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DESERÇÃO. Constatando-se no processo o não recolhimento do preparo, não há que se aplicar a intimação prevista no artigo 511, § 2º, do Código de Processo Civil, impondo-se a conclusão sobre a deserção do recurso.” (ARE 695.203-AgR/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 16.11.2012).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Deserção reconhecida. 1. O preparo do recurso extraordinário deve ocorrer concomitantemente à sua interposição. Sua não efetivação, conforme os ditames legais, enseja a deserção do recurso. 2. Agravo regimental não provido.”(AI 587.613-AgR/CE, Rel. Min. Dias Tóffoli, 1ª Turma, DJe 21.3.2012).

“EMENTA: RECURSO. Recurso extraordinário. Inadmissibilidade. Preparo em agência bancária diversa da devida. Ausência de porte de remessa e retorno. Precedentes do STF. Jurisprudência assente. Agravo improvido. O recolhimento de preparo em agência bancária diversa da exigida e a ausência de pagamento de custas de remessa e retorno dos autos inviabilizam o conhecimento de recurso extraordinário”. (AI 520.772-AgR/SP, Rel. Min. César Peluso, 2ª Turma, DJe 20.8.2012).

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.741 (500)ORIGEM : RR - 413002820065150053 - TRIBUNAL SUPERIOR DO

TRABALHOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ROBERTO YOSHIO OMOTOADV.(A/S) : GISLÂNDIA FERREIRA DA SILVARECDO.(A/S) : CAIXA ECONOMICA FEDERALADV.(A/S) : LEANDRO DA SILVA SOARES E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA.

HORAS EXTRAS. CARGO EM COMISSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base nas alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Superior do Trabalho:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMANTE. RECURSO DE REVISTA. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - BANCÁRIO - HORAS EXTRAS - PLANO DE CARGOS EM COMISSÃO - OPÇÃO PELA JORNADA DE OITO HORAS - INEFICÁCIA - EXERCÍCIO DE FUNÇÕES MERAMENTE TÉCNICAS - NÃO CARACTERIZAÇÃO DE EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA. Ante a razoabilidade da tese de violação do artigo 224, §2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, dá-se provimento para determinar o processamento do recurso de revista para melhor análise da matéria veiculada em suas razões. Agravo provido.

RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. Há de se mostrar omissa a decisão, mesmo após a provocação da manifestação por intermédio de embargos declaratórios, para que reste demonstrada a negativa de prestação jurisdicional ensejadora do conhecimento do recurso de revista. Exegese do disposto no artigo 535, inciso II, do Código de Processo Civil. Recurso de revista não conhecido.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - BANCÁRIO - HORAS EXTRAS - PLANO DE CARGOS EM COMISSÃO - OPÇÃO PELA JORNADA DE OITO HORAS - INEFICÁCIA - EXERCÍCIO DE FUNÇÕES MERAMENTE TÉCNICAS - NÃO CARACTERIZAÇÃO DE EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA. De acordo com a atual, iterativa e notória jurisprudência da SBDI-1 desta Corte (Orientação Jurisprudencial Transitória nº 70), "Ausente a fidúcia especial a que alude o art. 224, §2º, da CLT, é ineficaz a adesão do empregado à jornada de oito horas constante do Plano de Cargos em Comissão da Caixa Econômica Federal, o que importa no retorno à jornada de seis horas, sendo devidas como extras a sétima e a oitava horas laboradas. A diferença de gratificação de função recebida em face da adesão ineficaz poderá ser compensada com as horas extraordinárias prestadas". Recurso de revista conhecido e provido.

RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DA SENTENÇA (alegação de violação dos artigos 5°, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição Federal, 458 e 535 do Código de Processo Civil e 832 e 896 da Consolidação das Leis do Trabalho). Não demonstrada a violação direta e literal de preceito constitucional, à literalidade de dispositivo de lei federal, ou a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, não há que se determinar o seguimento do recurso de revista com fundamento nas alíneas "a" e "c" do artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho. Recurso de revista não conhecido.

MULTA E INDENIZAÇÃO POR EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS E LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A par da discussão acerca da natureza dos embargos de declaração – se recursal ou não -, havendo interposição de recurso com intuito manifestamente protelatório, aplica-se a multa e a indenização previstas no artigo 18 do Código de Processo Civil. Porém, na hipótese específica de oposição de embargos de declaração protelatórios, há previsão própria, a qual prevê, inclusive, multa mais grave para a sua reiteração e o condicionamento da interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo. Em razão disso, conclui-se que não é possível a aplicação da multa e da indenização previstas no artigo 18 do Código de Processo Civil nos casos em que o único fundamento invocado é a oposição de embargos de declaração protelatórios. Trata-se de aplicação do princípio da especificidade, segundo o qual onde há disposição legal específica disciplinando determinado assunto, esta não poderá deixar de ser aplicada em favor da disposição geral, eis que o intérprete não pode ir além do que dispõe a lei. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido” (grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos pelo Agravante foram rejeitados.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 145

2. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 1º, inc. VI, 5º, inc. XXXV, e 37, da Constituição da República.

Argumenta que “o Colegiado Regional limitou-se a enquadrar as atribuições do reclamante, comprovadas nos autos, aos termos do "caput" do artigo 224 da CLT, determinando a reclamada a pagar corno horas extras as excedentes da jornada legal, sem, no entanto, adentrar ao mérito da questão da nulidade e/ou invalidade da opção de jornada de 8 horas prevista na OJT n°70, má aplicada na hipótese, violando, por conseqüência o artigo 894 e 896 da CLT”

Pede seja declarada “a inconstitucionalidade da Orientação Jurisprudencial Transitório n° 70 da SBDI-1 daquela Corte, cassar o comando judicial que autorizou a compensação da gratificação de função com as horas extras“.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao fundamento de ausência de ofensa constitucional direta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias

originárias demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Consolidação das Leis do Trabalho) e o reexame do conjunto fático-probatório do processo. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 709.474-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 8.11.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. CARGO DE CONFIANÇA. SÚMULA N. 287/TST. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA SBDI-1/TST. ESTABILIDADE. CLÁUSULA NORMATIVA. PROVAS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, II, XXXV, XXXVI E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS” (ARE 696.563-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 4.12.2012).

“Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Trabalhista. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Horas extras. Legislação infraconstitucional. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 3. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 4. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279/STF. 5. Agravo regimental não provido” (AI 638.645-ED, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 1º.2.2012).

7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.799 (501)ORIGEM : AC - 0054020058190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : COMPANHIA DISTRIBUIDORA DE GÁS DO RIO DE

JANEIRO - CEGADV.(A/S) : GUSTAVO A FARIA GORTINES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS

CONCEDIDOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ASEP

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCESSÃO DE

SERVIÇOS PÚBLICOS. NULIDADE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO. NECESSIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro:

“AÇÃO ANULATÓRIA. DIREITO ADMINISTRATIVO. CEG. CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS. PEDIDO DE DECLARAÇÃO DE NULIDADE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO. DESÍDIA DA CONCESSIONÁRIA QUANTO A MANUTENÇÃO DE CAIXA REGULADORA DE MÉDIA PARA BAIXA PRESSÃO. DECISÃO PROFERIDA NOS AUTOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E-04/079.257/2001. DELIBERAÇÃO ASEP-RJ N. 510/2004.

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA OBSERVADOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DO PLEITO AUTORAL.

ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA SENTEÇA DO JUÍZO A QUO POR OMISSÃO QUANTO AO VÍCIO DE LEGALIDADE. INEXISTÊNCIA.

FUNÇÃO FISCALIZATÓRIA DAS AGÊNCIAS REGULADORAS. PODER DE POLÍCIA.

ATO ADMINISTRATIVO MOTIVADO. PROCESSO ADMINISTRATIVO SEM VÍCIOS DE LEGALIDADE. HIPÓTESE EM QUE SE MOSTRA CORRETA E REGULAR A IMPOSIÇÃO DAS PENALIDADES. PENALIDADE APLICADA RESPEITA OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE.

PROIBIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO DE ADENTRAR NO MÉRITO DE DECISÕES PROFERIDAS NO ÂMBITO ADMINISTRATIVO. PODER DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO EM APLICAR PENALIDADE. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA INDEPENDÊNCIA E DA HARMONIA ENTRE OS PODERES. ART. 20 DA CRFB/88.

NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO”.Os embargos de declaração opostos pela Agravante foram rejeitados.2. A Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º,

inc. II, da Constituição da República.Argumenta que “o acórdão foi preciso quanto ao alcance do princípio da legalidade.

Contudo, foi deveras impreciso quanto à sua aplicação, vez que o referido princípio não tem a interpretação simplória que lhe foi deferida, pois faz nítida confusão entre permissão legal para multar e enquadramento legal da multa.

Quanto ao primeiro aspecto, permissão legal para multar, é notório que a lei n° 8.987/1995 e a lei estadual n° 2.831/1997 — não a lei 148/1989 — conferem à AGENERSA o dever de fiscalização e a discricionariedade de aplicar a penalidade cabível quando entender que a concessionária de serviços públicos não atende aos ditames contratuais. A permissão legal existe e é legítima, pois atinente ao princípio da legalidade, tal o disposto no art. 2°, parágrafo único, I, da lei n° 9.784/1999 e, com muito maior propriedade, no art. 5°. II, da CRFB.

No entanto, o mesmo não ocorre quanto ao enquadramento legal da multa, pois a lei n° 8.987/1995 não contém qualquer previsão de penalidade administrativa às concessionárias para o eventual descumprimento do disposto nos capítulos VI (do contrato de concessão), VII (dos encargos do Poder Concedente) e VIII (dos encargos da concessionária), todos do contrato de concessão. Tampouco o faz a Lei estadual n° 2.831/1997.

Além disso, não há qualquer lei que defina a conduta da CEG como infração. E ainda que houvesse, não há qualquer norma a especificar a penalidade aplicável ou mesmo sua estipulação e gradação”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os fundamentos de ausência de ofensa constitucional direta e incidência das Súmulas n. 279 e 282 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias

originárias demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis ns. 8.987/1995 e 9.784/1999 e Lei estadual n. 2.831/1997) e do conjunto fático-probatório do processo. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 146

o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Energia elétrica. Interrupção do fornecimento. Negativa de restabelecimento do serviço. Indenização. Danos morais. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram examinados pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. As instâncias de origem concluíram, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, que restaram demonstrados os pressupostos legais da responsabilidade civil, bem como que a agravante tinha o dever de indenizar o agravado pelos danos por ele sofridos em decorrência da conduta abusiva daquela em negar-se a restabelecer o fornecimento de energia elétrica. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido” (ARE 723.110-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 29.4.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - A apreciação do recurso extraordinário, na espécie, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (ARE 732.176-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22.5.2013).

7. A alegada contrariedade ao art. 5º, inc. II, da Constituição da República esbarra no óbice da Súmula n. 636 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe não caber “recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”, como ocorre na espécie vertente (Leis ns. 8.987/1995 e 9.784/1999 e Lei estadual n. 2.831/1997):

“Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa ao pagamento de horas in itinere decidida pelo acórdão recorrido à luz da legislação infraconstitucional: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636; inocorrência de negativa de prestação jurisdicional ou violação dos princípios constitucionais apontados no recurso extraordinário” (AI 233.548-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 18.3.2005).

“Inviável o prosseguimento do recurso extraordinário quando a averiguação da afronta ao princípio da legalidade demanda análise de legislação infraconstitucional. Verbete 636 da Súmula desta Corte. 3. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 745.965-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 26.6.2011).

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DE JULGAMENTO EXTRA PETITA. NECESSIDADE DE EXAME PRÉVIO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO ” (RE 631.736-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJE 8.4.2011).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.973 (502)ORIGEM : AC - 20110111916635 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ALBERTINA BARROS E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VICTOR ALVES MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Decisão: Trata-se de agravo interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado:

“PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL. CARREIRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SERVIDOR PERTENCENTE À CARREIRA ASSISTÊNCIA PÚBLICA À SAÚDE. MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE.

1. A GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL - GDO -, INSTITUÍDA PELA LEI DISTRITAL N. 3.824, DE 21 DE FEVEREIRO DE

2006, MOSTRA-SE DEVIDA APENAS AOS SERVIDORES INTEGRANTES DA CARREIRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL, LOTADOS NOS ÓRGÃOS DO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, EXCETO ÀQUELES LOTADOS NA SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTE E LAZER, NA SECRETARIA DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E NA SECRETARIA DE ESTADO DE TRABALHO.

2. A CARREIRA ASSISTÊNCIA PÚBLICA À SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL RESTOU INSTITUÍDA PELA LEI DISTRITAL N. 87/1989, POSTERIORMENTE REESTRUTURADA PELA LEI DISTRITAL N. 740/1994 E PELA LEI N. 3.320/2004. NÃO OBSTANTE APRESENTAR ESPECIALIDADES COM NOMENCLATURAS SIMILARES OU IDÊNTICAS ÀQUELAS DA CARREIRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, COM ESTA NÃO SE CONFUNDE.

3. OS SERVIDORES PERTENCENTES À CARREIRA ASSISTÊNCIA PÚBLICA À SAÚDE NÃO FAZEM JUS AO PERCEBIMENTO DA GDO.

4. APLICÁVEL À ESPÉCIE O DISPOSTO NO ARTIGO 557 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, QUANDO O RELATOR, DIANTE DE UM RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE, NEGA-LHE SEGUIMENTO.

5. RECURSO NÃO PROVIDO”. (eDOC 9, p. 1)No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102,

III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, aponta-se violação ao artigo 37, caput, do Texto Constitucional.

Defende-se, em síntese, violação ao princípio da legalidade, uma vez que não foi concedida a gratificação de desempenho organizacional aos servidores da carreira de assistência pública à saúde do Distrito Federal.

Decido.O recurso não merece prosperar.Isso porque o tribunal de origem decidiu a causa com fundamento na

legislação local (Lei Distrital 3.824/2006) e consignou que não é devida a gratificação de desempenho organizacional aos servidores da carreira de assistência pública à saúde do Distrito Federal.

Dessa forma, para se concluir de maneira diversa, far-se-ia necessária a análise da legislação local aplicável ao caso, providência vedada no âmbito do recurso extraordinário, conforme disposto no Enunciado 280 da Súmula do STF.

Ademais, ressalte-se que, nos termos do Enunciado 636 da Súmula do STF, não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Nesse sentido: AI-AgR 822.961, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.11.2012; e o ARE-AgR 706.650, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 8.11.2012, cuja ementa assim dispõe:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

Assim, não há o que prover quanto às alegações recursais. Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe

provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro Gilmar MendesRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.125 (503)ORIGEM : REsp - 1370503 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ESTADO DA BAHIAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIARECDO.(A/S) : CELINA MARY NOBRE ANDRADEADV.(A/S) : EDILENE COELHO REINEL

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia de inadmissibilidade do recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“AGRAVOS REGIMENTAIS – MANDADO DE SEGURANÇA – DECISÕES MONOCRÁTICAS – APESAR DO CONFESSADO EQUÍVOCO DE ENDEREÇAMENTO E CONSEQUENTE INTEMPESTIVIDADE, CONHECE-SE DO PRIMEIRO AGRAVO, MANTIDO O ENTENDIMENTO, DE RELAÇÃO A AMBOS OS RECURSOS, DE QUE NÃO PODE O ESTADO DA BAHIA, QUE NÃO É A AUTORIDADE INDIGITADA COATORA NA IMPETRAÇÃO, RECUSAR-SE A DAR CUMPRIMENTO AO JULGADO – DA MESMA FORMA QUE ACATOU O ESTADO DETERMINAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS PARA PAGAR A MENOS À IMPETRANTE, DEVE AGORA ACATAR, IGUALMENTE, A DETERMINAÇÃO DAQUELE TRIBUNAL, PARA QUE CORRIJA TAL EQUÍVOCO E PASSE A PAGAR REGULARMENTE – DECISÕES MANTIDAS – PENALIDADE POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – NEGA-SE PROVIMENTO AOS RECURSOS.” (eDOC 4, pg. 161).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 147: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 147

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, sustenta-se, em síntese, que o acórdão recorrido teria violado os artigos 5º, incisos LIV e LV; 71, inciso III; 100 e 103, todos da Constituição Federal.

Alega-se, em suma, que o acórdão recorrido feriu os princípios constitucionais do contraditório e do devido processo legal.

Defende-se, ademais, a tese de que o Poder Executivo não está obrigado a executar qualquer resolução proveniente do Tribunal de Contas do Estado.

Por fim, sustenta-se que houve tentativa de intimidação e consequente violação da imunidade de que goza o advogado (público, no caso) no exercício de suas atribuições.

Decido.As razões recursais não merecem prosperar.Consignou o acórdão recorrido que: “Repise-se, então, não integrar a lide o Estado da Bahia, devendo,

não obstante, impor o Tribunal de Contas do Estado o cumprimento de sua Resolução, ainda que sob a tutela judicial necessária.

Fundamentalmente pela clara impropriedade e intempestividade do primeiro agravo regimental e, mais ainda, pela manutenção da indevida interferência do Estado ao interpor um segundo agravo regimental, com intuito manifestamente protelatório, enquadra-se seu procedimento nos incisos do art. 17 CPC, porque causa danos à parte, em processo do qual não faz parte.

Há então evidente resistência injustificada do Estado, assim como procedeu de maneira temerária, quando ingressou para defender condenação de outra entidade.

Fixa-se a condenação da litigância de má-fé em uma multa no valor de (…).” (eDOC, pg. 165).

Quanto à alegada ofensa ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal, observo que esta Corte já apreciou a matéria por meio da sistemática da repercussão geral, tema 424:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional.” (ARE-RG 639.228, Rel. Min. Presidente, DJe 5.11.2009).

Nesse sentido, é firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do direito adquirido e do ato jurídico perfeito, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário.

Nesse mesmo sentido:“Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de prestação

jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada, do ato jurídico perfeito, do direito adquirido, e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido.” (AI-AgR 622.814, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 8.3.2012).

Cito, ainda, os seguintes precedentes: AI-AgR 819.729, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.4.2011; e RE-AgR 356.209, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.3.2011.

Em relação à alegada ofensa ao artigo 100 da CF/88, verifico que a apreciação desta questão por esta Corte encontra óbice na Súmula 282 do STF, que assim dispõe, in verbis: É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.

Quanto à suposta violação do art. 103 da Constituição Federal, quando da condenação do Estado da Bahia por litigância de má-fé, verifico que esta questão já foi decidida por meio da sistemática da repercussão geral (Tema 401). Consignou esta Corte que a matéria sob exame não possui repercussão geral, pois possui caráter infraconstitucional:

“Extraordinário. Inadmissibilidade. Multa. Litigância de má-fé. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto aplicação de multa por litigância de má-fé, com fundamento no art. 18 do CPC, nos casos de interposição de recursos com manifesto propósito protelatório, versa sobre tema infraconstitucional.” (RE-RG 633.360, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 31.8.2011).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF e 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se.

Brasília, 16 de setembro de 2013.Ministro GILMAR MENDES

RelatorDocumento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.196 (504)ORIGEM : PROC - 01918461120118050001 - TJBA - 3ª TURMA

RECURSALPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : JOSE ALVES DOS SANTOSADV.(A/S) : RAIMUNDO LÁZARORECDO.(A/S) : EDMUNDO PEREIRA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : GENEIR MARQUES DE CARVALHO

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, V, X, XXII e XXIII, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Outrossim, o Tribunal de origem lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento no sentido de que, na espécie, não pode ser atribuída à conduta do réu – comissiva ou omissiva – a responsabilidade pelos danos extrapatrimoniais eventualmente sofridos pelo autor.

Nesse contexto, somente mediante o revolvimento do quadro fático delineado seria possível aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo (art. 5º, V e X, da Lei Maior). Inadmissível, pois, o recurso extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a qual “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Não há falar em afronta aos demais preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise de matéria infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: ARE 668.066-AgR/SP, Rel. Min. Dias Tóffoli, 1ª Turma, DJe 14.9.2012; e AI 495.880-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005, cuja ementa transcrevo

"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas".

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.221 (505)ORIGEM : PROC - 1960120110161982 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 38ª CJ - FRANCAPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/A (INCORPORADOR

DO SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL)

ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : EZIO MARTINSADV.(A/S) : FERNANDO ATTIÉ FRANÇA

DECISÃO: O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 148

das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como

indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto.

Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância “a quo”. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do órgão de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.456 (506)ORIGEM : AC - 00494325920088260405 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARCOS ANTONIO VENDRAMINIADV.(A/S) : NELSON ESTEFAN JUNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : PAULO EDUARDO DIAS DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL.

DIREITO DO CONSUMIDOR. 1) INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 2) VENDA CASADA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO, LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“Cerceamento de defesa. Inocorrência. Desnecessária realização de perícia contábil para demonstração de existência de anatocismo na utilização da Tabela Price. Preliminar rejeitada.

Embargos à execução hipotecária. Instrumento particular de compra e venda, mútuo, pacto adjeto de hipoteca e outras avenças. Financiamento. Ausência de capitalização mediante a utilização da Tabela Price. Inocorrência de ilegalidade na realização do seguro em operação casada com o financiamento. Inexistência de demonstração de cobrança de importância indevida. Sentença mantida. Recurso não provido.”

2. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, incs. XXXII e LV, e 170, incs. IV e V, da Constituição da República.

Argumenta ter sido “cerceado o seu direito de defesa, pois necessária a produção de prova para o deslinde da controvérsia acerca do sistema de juros aplicado pelo recorrido.”

Assevera que, “com a imposição do pagamento do seguro juntamente com as prestações mensais, o recorrido violou tanto o inciso IV, livre concorrência, quanto o inciso V, da defesa do consumidor, pois na medida em que impõe a venda casada de seu produto fere ambos.”

3. O recurso extraordinário foi inadmitido ao fundamento de incidência das Súmulas n. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 5. Não se há afirmar cerceamento de defesa pelo indeferimento da

produção de prova, pois cabe ao juiz da causa o exame de sua suficiência e a eventual necessidade de dilação probatória.

No julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo n. 639.228, Relator o Ministro Presidente, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral desta questão, nos seguintes termos:

“RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional” (DJe 31.8.2011).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

6. Quanto à venda casada, o Tribunal de origem asseverou:“Não há qualquer ilegalidade na realização do seguro em operação

casada, mesmo porque não há demonstração de que tenha sido cobrado importância indevida, e ficava a critério do apelante efetuar o contrato de seguro, para garantir o cumprimento do contrato, sempre deixando equilibrada a relação contratual, e bastava notificar a instituição financeira de que tinha feito o seguro, em algumas desses empresas que lhes dão a garantia necessária, evitando que pudesse ficar o imóvel sem a devida cobertura.”

Concluir de forma diversa do que decidido nas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo, das cláusulas do contrato firmado entre as partes e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (no caso, o Código de Defesa do Consumidor), procedimento inviável de ser validamente adotado nessa via processual. Incidem as Súmulas n. 279 e 454 deste Supremo Tribunal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. COBRANÇA INDEVIDA. DEVOLUÇÃO. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROVAS E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 739.094-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 13.6.2013).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. VALOR DA CONDENAÇÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A apreciação do recurso extraordinário quanto à efetiva ocorrência de danos morais e materiais ocasionados pelo recorrente, bem como quanto à fixação do montante indenizatório encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 798.951-AgR/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJ 19.3.2013, grifos nossos).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.484 (507)ORIGEM : AC - 00352320420098260602 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : EDMÉIA GOMES DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JESSE JAMES METIDIERI JÚNIOR E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SOROCABAADV.(A/S) : CLEIDE COSTA MENDES E OUTRO(A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO QUE NÃO INFIRMA

OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: INVIABILIDADE. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu:

“SERVIDORAS PÚBLICAS MUNICIPAIS. REGIME DE TRABALHO DIFERENCIADO. VENCIMENTOS. HORAS EXTRAORDINÁRIAS. Autoras, recepcionistas em pronto atendimento que exercem suas funções em regime diferenciado de horas trabalhadas (12x36). Admissibilidade. Inexistência de inconstitucionalidade ou ilegalidade, já que presente previsão em lei

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 149

específica. Horas extraordinárias que se limitam ao que sobejar da carga mensal. Sentença de procedência reformada. Recurso provido.” (fl. 215).

Os embargos declaratórios opostos foram assim julgados: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. Mesmo

opostos com este fim, merecem ser rejeitados se não preencherem os requisitos legais do artigo n. 535 do Código de Processo Civil. O prequestionamento prescinde de menção expressa à dispositivos legais e/ou constitucionais. Precedentes do STJ e STF. Embargos rejeitados” (fl. 232).

3. A decisão agravada teve os seguintes fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) insuficiência de argumentos para infirmar a fundamentação do acórdão recorrido; b) ausência de contrariedade às normas constitucionais, não sendo atendida qualquer das previsões das alíneas a, b, c e d do inc. III do art. 102 da Constituição da República; e c) ofensa constitucional indireta.

4. As Agravantes repetem os argumentos expostos no recurso extraordinário, alegando ter o Tribunal a quo contrariado o inc. XIII do art. 7º da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. O agravo não pode ter seguimento, pois as Agravantes não infirmaram qualquer dos fundamentos da decisão agravada, os quais, por esse motivo, subsistem:

“AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO ATACA O FUNDAMENTO EM QUE SE ASSENTOU A DECISÃO AGRAVADA. Caso em que o recurso manejado se revela insuscetível de atingir seu objetivo. Agravo regimental desprovido” (AI 545.590-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 14.11.2008).

Nada há a prover quanto às alegações das Agravantes, mantendo-se a decisão agravada por subsistir os fundamentos não infirmados.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.487 (508)ORIGEM : AC - 4821952007 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DA BAHIAPROCED. : BAHIARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALVADORPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADORRECDO.(A/S) : ALONSO JOSÉ DE SOUZAADV.(A/S) : SÉRGIO COUTO DOS SANTOS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE

REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário interposto contra julgado no qual se discute a possibilidade de instituir alíquotas de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU diferenciadas para imóveis residenciais, não residenciais, edificados e não edificados, no período anterior à Emenda Constitucional n. 29/2000.

2. Este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário ao analisar o Recurso Extraordinário n. 666.156, Relator o Ministro Ayres Britto.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, dou provimento a este agravo para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 6 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.655 (509)ORIGEM : AC - 20085110050136 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARÍLIA AVELINO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO CATUNDA CÉSAR DE SIQUEIRA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO.

CIVIL. PENSÃO POR MORTE. CONFIGURAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

“APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO ADMINISTRATIVO - CONCESSÃO DE PENSÃO MILITAR - COMPANHEIRA - UNIÃO ESTÁVEL NÃO CONFIGURADA - ART. 7º, I, DA LEI Nº 3.765/60 - RECURSO PROVIDO. I - Trata-se de apelação de sentença que julgou procedente o pedido de concessão de pensão militar a favor da companheira; II - Na hipótese, o conjunto probatório produzido nos autos não comprova a existência da alegada união estável como entidade familiar havida entre a autora e o de cujus, conforme exigido pela legislação de regência da matéria, para fins de concessão da pensão militar; III - A despeito da sentença da 5ª Vara de Família da Comarca da Capital, que reconheceu a existência de união estável em sede de uma transação proposta por aquele Juízo, baseada tão-somente num exame de paternidade relativo a um filho gerado em 1982, há mais de vinte e três anos da data do óbito do falecido instituidor, inexiste prova documental que demonstre ter a alegada relação afetiva se prolongado até a data do falecimento do companheiro, porquanto apenas duas notas fiscais de compra de material para casa e duas folhas de cheque nominais a favor da autora, não são suficientes para atestar a dependência econômica e a coabitação nos moldes do casamento; IV - Consta nos autos farta documentação comprovando que o ex-militar era casado, jamais se separou de sua esposa, e residia em endereço diverso da autora, vindo a falecer na Cidade de Cabo Frio/RJ, no mesmo endereço em que residia o seu filho Renato Carvalho Silva, conforme contestação apresentada pelo mesmo nos autos da já citada ação de reconhecimento de união estável proposta pela autora. Reforçam o convencimento da que a autora jamais residiu com o de cujus, as informações relativas à identificação dos periciandos no laudo técnico do exame de paternidade, onde consta que o suposto ex-companheiro vivia no Bairro da Barra da Tijuca, enquanto o Sr. Vinicius Avelino do Amaral, o filho gerado fora do casamento, residia no Grajaú, no mesmo endereço declinado por sua genitora na exordial; V - Verifica-se, assim, que a união estável não poderia ter sido reconhecida em sede de uma transação ilegalmente proposta pelo Juízo Estadual, pois o envolvimento do de cujus com a autora não passou de mera relação concubinária, o que foi admitido pela própria apelada em suas contrarrazões, tipo de relacionamento que não está apto para gerar direitos previdenciários, bem como para obrigar a União Federal a conceder benefícios de pensão por morte; VI - Agravo retido interposto pela União Federal não conhecido, uma vez que não foi requerida a sua apreciação por esta Corte, nos termos do art. 523, § 1º, do CPC; VII - Recurso de apelação da segunda ré e remessa necessária providos” (grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. A Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os

arts. 5º, inc. XXXVI e 226, § 3º, da Constituição da República. Assevera que “restou comprovado a existência de união estável entre

ela e o Sr. Fortunato Carvalho Silva” .3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de

incidência na espécie da Súmula n. 284 do Supremo Tribunal Federal.Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. O Tribunal a quo apreciou a matéria à luz dos fatos e das provas

constantes dos autos.Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o reexame do

conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 651.296-AgR, de minha relatoria, Primeira

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 150

Turma, DJe 7.11.2008). “AGRAVO REGIMENTAL. PENSÃO POR MORTE DE

COMPANHEIRO MILITAR CASADO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário reexaminar a legislação infraconstitucional pertinente e os fatos e provas da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário. Incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 498.673-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 18.4.2011).

“ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF .

I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta.

II - A matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

III - Agravo regimental improvido” (RE 458.432-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 6.8.2010).

Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.798 (510)ORIGEM : PROC - 2440120090015585 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 21ª CJ - REGISTROPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : TELEFÔNICA BRASIL S/AADV.(A/S) : FABIO RIVELLIRECDO.(A/S) : ALINE FLAVIA CARNEIRO DE AQUINOADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

3. Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

4. Ainda que se superasse esse óbice, no que toca à alegação de ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal, relativa à suposta negativa de prestação jurisdicional, deve ser observado entendimento assentado por esta Corte, do qual não divergiu o acórdão recorrido, no julgamento do AI 791.292 QO - RG (Min. Rel. GILMAR MENDES, DJe de 13/8/2010), cuja repercussão geral foi reconhecida, para reafirmar jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que:

(…) o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.

5. Por fim, quanto à alegação de ofensa aos limites da coisa julgada e aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, diz respeito a temas cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. Registre-se que a decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

6. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.854 (511)ORIGEM : PROC - 50008267020124047113 - TRF4 - RS - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GENI DA MAIA SILVAADV.(A/S) : ALEX JACSON CARVALHO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: : Trata-se de agravo interposto contra decisão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul que, aplicando a sistemática da repercussão geral, não admitiu o apelo extremo.

Na espécie, a decisão recorrida aplicou o art. 543-B do CPC, com fundamento no entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE-RG 583.834, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 1º.8.2008, por entender que o acórdão recorrido está em sintonia com o citado posicionamento.

Decido.O recurso não merece conhecimento.Registre-se que esta Corte, na Questão de Ordem no AI 760.358, de

minha relatoria, DJe 3.12.2009, firmou o entendimento no sentido de que não cabe ao Supremo Tribunal Federal rever decisão que, na origem, aplica o disposto no art. 543-B do CPC, assim ementado:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”. (grifamos)

Nesse sentido, ressalta-se que não cabe a interposição do agravo previsto no artigo 544 de CPC contra decisão de tribunal de origem que aplica a sistemática da repercussão geral.

No caso, sequer a conversão do recurso em agravo regimental dirigido ao tribunal de origem é possível, uma vez que o agravo foi interposto após o entendimento firmado por este Supremo Tribunal Federal, que definiu o meio processual adequado para questionar essas decisões.

Ante o exposto, não conheço do presente agravo (art. 544, § 4º, I, do CPC).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.960 (512)ORIGEM : AC - 20110111996714 - TJDFT - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : VINICIUS FOGASA DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSRECDO.(A/S) : CEB DISTRIBUIÇÃO S/AADV.(A/S) : LÍVIA FERREIRA EYNG VILELA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO

DISTRITO FEDERAL - CAESBADV.(A/S) : ANA CECÍLIA DE FREITAS SANTOS E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. OBRIGAÇÃO

DE FAZER. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 151

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Distrito Federal decidiu:

“I. JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA. DIREITO CONSTITUCIONAL E DIREITO ADMINISTRATIVO. CAESB. CEB. PEDIDO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA E DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. II. POSSUIDOR DE LOTE IRREGULAR. DECRETO DISTRITAL 32.898/2011. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA DEMONSTRAÇÃO DE OCUPAÇÃO REGULAR NÃO APRESENTADA. LOTE OCUPADO EM ÁREA INVADIDA. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA DO IMÓVEL, EM LOCALIDADES SEM ESCRITURA PÚBLICA, DEVE SER EMITIDA PELA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL (CODHAB) PARA VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DA OCUPAÇÃO. DECRETO DISTRITAL 26.590/2006. NORMAS DE EXECUÇÃO E TARIFAÇÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANITÁRIO. AUSÊNCIA DE PEDIDO DE VISTORIA PRÉVIA PARA VERIFICAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE FORNECIMENTO DE ÁGUA. RESOLUÇÃO 414/2010 - ANEEL. DANO MORAL. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE CONDUTA LESIVA DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. ART. 182 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FORNECIMENTO DE SERVIÇOS PÚBLICOS SUJEITA-SE À POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO. RECORRENTE OCUPANTE DE ÁREA PÚBLICA DO DF. VEDAÇÃO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO DE ÁGUA, ESGOTO E ENERGIA ELÉTRICA COMO DESESTÍMULO A OCUPAÇÕES ILEGAIS. III. CIDADANIA. CF/88. DIREITO FUNDAMENTAL DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO QUE DEMANDA A PARTICIPAÇÃO DE SEU TITULAR NA VIDA EM SOCIEDADE E TRAZ, CORRELATOS, DEVERES DO CIDADÃO PARA COM A COMUNIDADE. VALOR ESSENCIAL DE PROTEÇÃO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA QUE NÃO AUTORIZA SEU EXERCÍCIO QUANDO DESCUMPRIDAS OBRIGAÇÕES LEGALMENTE ESTABELECIDAS EM RESPEITO AOS INTERESSES DE TODA A SOCIEDADE. INOBSERVADO O DEVER DE RESPEITO A LEIS QUE VIABILIZAM A EFETIVAÇÃO DE DIREITO FUNDAMENTAL À MORADIA, É DE SER RECONHECIDA LEGÍTIMA A ATUAÇÃO ESTATAL DE RECUSA AO FORNECIMENTO DE SERVIÇO PÚBLICO ENQUANTO NÃO CUMPRIDAS EXIGÊNCIAS NORMATIVAS QUE REGULAMENTAM A CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO VINDICADO. IV. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO”

3. O agravante alega que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 6º, 182 e 225 da Constituição da República.

Argumenta que “não há qualquer possibilidade de se viver com dignidade sem que se tenha o mínimo essencial, como por exemplo, o acesso à água potável e energia elétrica. Assim, há que se aplicar ao caso em tela os princípios constitucionais que asseguram a eficácia dos direitos sociais fundamentais à existência humana”.

4. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário: a) contrariedade indireta à Constituição, e b) incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante, que não trouxe

argumentos capazes de afastar os fundamentos do juízo negativo de admissibilidade, exercido pelo Presidente da Turma Recursal.

O Juiz Relator do caso afirmou:“Atuando a CAESB segundo parâmetros legalmente estabelecidos

tem-se por legítimo seu proceder. Hipótese concreta em que incabível a invocação de regras protetoras da dignidade da pessoa humana para, por via reflexa, blindar o ocupante de terreno em área de ocupação irregular, eximindo-o do cumprimento de obrigações legais todos imposta. O usufruto de serviço público de fornecimento de água e esgoto exige estrita obediência aos ditames legais fixados no Decreto 32.898/2011, que visa ao controle e à erradicação de ocupações irregulares do solo e de áreas de proteção ambiental. Além disso, estabelece a Constituição Federal que a prestação de serviços públicos deve sujeitar-se à política de desenvolvimento urbano (art. 182).”

Decidir de modo diverso do que assentado na instância precedente demandaria o reexame de fatos e provas, o que atrai a aplicação da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Novo exame do julgado impugnado exigiria, ainda, o exame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto distrital n° 32.898/2011). Assim, a alegada contrariedade à Constituição Federal, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL E ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA. INADIMPLEMENTO. CORTE. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.” (AI 854430-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 22.5.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO

PÚBLICO. SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. DEMORA NO RESTABELECIMENTO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.” ( ARE 721.786-Agr, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 29.4 2013).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.”(ARE 741.342, de minha relatoria, DJe 17.5.2013).

A decisão agravada harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.967 (513)ORIGEM : PROC - 00009185920124025151 - TRF2 - RJ - 1ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E

ARTÍSTICO NACIONAL - IPHANPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : PAULO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ JÚLIO MACEDO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que estendeu aos servidores inativos e pensionistas a Gratificação de Atividade Técnico-Administrativa – GDATA e a Gratificação de Desempenho de Atividade Cultural – GDAC, no mesmo patamar em que percebem os servidores em atividade, enquanto não regulamentados os critérios de aferição de desempenho funcional.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos artigos 2º, 5º, caput, II, XXXVI, LIII e LIV, 7º, XXX, 37, caput, X, 39, § 3º, 40, §§ 1º, “b”, e 8º, 61, § 1º, II, “a”, 64, 67, 98, I, parágrafo único, e 109, I, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. O recorrente, apesar de afirmar a existência de repercussão geral

neste recurso, não demonstrou as razões pelas quais entende que a questão constitucional aqui versada seria relevante do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, e ultrapassaria os interesses subjetivos da causa. A mera alegação de existência do requisito, desprovida de fundamentação adequada que demonstre seu efetivo preenchimento, não satisfaz a exigência prevista no art. 543-A, § 2º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006, e no art. 327, § 1º, do RISTF. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 730.333-AgR/SE, de minha relatoria:

“PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS DISCUTIDAS NO CASO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, LIV e LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravante, nas razões do recurso extraordinário, não demonstrou, em preliminar formal e fundamentada, a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. A simples alegação, destituída de argumentos convincentes, não satisfaz tal exigência. II - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. III - Agravo regimental improvido”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.000 (514)ORIGEM : AC - 20120150412 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATALRECTE.(S) : NATALPREV - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE NATALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATALRECDO.(A/S) : GRINODIL DE CARVALHO CUNHAADV.(A/S) : SYLVIA VIRGÍNIA DOS S DUTRA DE MACEDO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 152

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 5º, XXXVI e 37, XV, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

O entendimento adotado no acórdão recorrido não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual não se divisa a alegada ofensa aos dispositivos constitucionais suscitados. Nesse sentido:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Servidor público aposentado. Magistério. Reenquadramento. Alteração da carga horária semanal. Redução dos proventos. Princípio da irredutibilidade de vencimentos. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. É pacífica a jurisprudência da Corte de que não há direito adquirido à manutenção da forma de cálculo da remuneração, o que importaria em direito adquirido a regime jurídico, ficando assegurada, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional local e o reexame dos fatos e das provas da causa. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (ARE 734020 AgR, Relator(a): Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 09.8.2013 - destaquei)

“CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. PROVENTOS DE APOSENTADORIA. LEI SUPERVENIENTE ESTABELECENDO VENCIMENTO ÚNICO PARA A CARREIRA. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA, ASSEGURADA A IRREDUTIBILIDADE DO VALOR PERCEBIDO. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se no sentido de que não existe direito adquirido nem a regime jurídico, nem aos critérios que determinaram a composição da remuneração ou dos proventos, desde que o novo sistema normativo assegure a irredutibilidade dos ganhos anteriormente percebidos. 2. Não havendo redução dos proventos percebidos pelo inativo, não há inconstitucionalidade na lei que estabelece, para a carreira, o sistema de vencimento único, com absorção de outras vantagens remuneratórias. 3. Agravo regimental desprovido. (RE 634732 AgR-segundo, Relator(a): Min. Teori Zavascki, 2ª Turma, DJe 19-06-2013 - destaquei))

Divergir da posição adotada pela Corte de origem demandaria a análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, bem como do quadro fático delineado, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação das Súmulas 279 e 280/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário” e “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 28.9.2011; e RE 227.755-AgR/CE, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 23.10.2012, cuja ementa transcrevo:

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Aposentadoria. Lei estadual nº 11.171/86. Gratificação. Incorporação. Estabilidade financeira. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Redução de vencimentos. Impossibilidade. Legislação local. Reexame de fatos e provas. Precedentes. 1. Aplica-se à aposentadoria a norma vigente à época do preenchimento dos requisitos para a sua concessão. 2. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que não viola a Constituição o cálculo de vantagens nos termos da Lei estadual nº 11.171/86 em face de fato que tenha se consolidado antes da alteração, pela Emenda Constitucional nº 19/98, do art. 37, inciso XIV, da Constituição Federal. 3. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que, embora constitucional o instituto da estabilidade financeira, não há direito adquirido a regime jurídico, ficando assegurada, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos. 4. Rever o entendimento assentado no Tribunal de origem quanto à ocorrência de redução nos proventos do servidor demandaria a análise das Leis estaduais nºs 11.17186 e 12.386/94, e dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 5. Agravo regimental não provido.”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.206 (515)ORIGEM : MS - 10433103230671003 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ESPÓLIO DE VALDIVIA SOARES RIBEIROADV.(A/S) : HELIO OLIMPIO DE SOUZA MACEDO E OUTRO(A/S)

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO.

IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO – ITCD. SÚMULA N. 114 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu:

“MANDADO DE SEGURANÇA – PAGAMENTO DE ITCD [IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO] – INCIDÊNCIA DE JUROS E MULTA ANTES DA HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS – INVIABILIDADE – SENTENÇA QUE SE CONFIRMA EM REEXAME. Nos termos da Súmula n. 114 do STF, ‘o imposto de transmissão ‘causa mortis’ não é exigível antes da homologação do cálculo’, razão pela qual se reputa manifestamente indevida a incidência de multa e juros aplicados com base na data de abertura da sucessão” (fl. 158).

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.3. A decisão agravada teve como fundamento para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante argumenta que“após a edição da Súmula n. 114/STF, sobrevieram duas novas

ordens constitucionais, instauradas pela Constituição Federal de 1967 (…) e pela Constituição Federal de 1988, sob a vigência da qual foi editada a legislação estadual que rege o ITCD [Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação], em Minas Gerais.

A ordem constitucional vigente desde 1988 assentou novo modelo federativo, reforçando a autonomia dos Estados e Municípios, notadamente em matéria tributária, com a vedação de isenções ou benefícios fiscais heterônomos (art. 150, § 6º). Dispositivo deste quilate não existia nas ordens constitucionais anteriores, que, ao contrário, eram reconhecidamente centrípetas, concentrando poderes na União Federal.

Desse modo, a eternização da Súmula n. 114/STF somente pode ser admitido caso prevaleça certa acomodação intelectual, por meio da qual se restrinja a competência tributária estadual, malgrado a atual Constituição Federal tenha ampliado e protegido tal competência” (fls. 216-217).

No recurso extraordinário, alega-se que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 97, 150, § 6º, e 155, inc. II, da Constituição da República e Súmula Vinculante n. 10 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. O Desembargador Relator do caso na Sétima Câmara Cível do

Tribunal de Justiça de Minas Gerais afirmou: “Tendo em vista que a homologação do cálculo constitui o ‘dies a quo’

para recolhimento do tributo e que entre a data da homologação e do efetivo pagamento não transcorreram mais de 180 dias, não pode subsistir a multa e os juros aplicados.

Em resumo, nos termos da Súmula n. 114 do STF, ‘o imposto de transmissão ‘causa mortis’ não é exigível antes da homologação do cálculo’, razão pela qual se reputa manifestamente indevida a incidência de multa e juros aplicados com base na data de abertura da sucessão” (fl. 162, grifos nossos).

O Supremo Tribunal Federal assentou caber ao Superior Tribunal de Justiça a apreciação de controvérsias atinentes à matéria infraconstitucional objeto de súmula editada à luz das constituições anteriores à 1988, como é o caso do presente processo, no qual se discute a aplicação da Súmula n. 114 do Supremo Tribunal Federal, aprovada em 13.12.1963:

“DECISÃO. Vistos. O Estado de Minas Gerais interpõe agravo nos autos contra a decisão que não admitiu o recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 24, I, e 155, I, da Constituição Federal. O agravante insurgiu-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o qual ficara ementado nos seguintes termos: ‘APELAÇÃO CÍVEL – MANDADO DE SEGURANÇA -

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 153

IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS (ITCD) – INEXIGIBILIDADE ANTES DA HOMOLOGAÇÃO DO CÁLCULO – APLICAÇÃO DE MULTA E JUROS – ILEGALIDADE – CONCESSÃO DA SEGURANÇA – O imposto de transmissão causa mortis só é exigível após a homologação do cálculo no juízo sucessório, razão pela qual se mostra indevida a incidência de juros e multa levando-se em consideração a data de abertura do inventário (Súmula n. 114 do STF)’ (fl.257). O Estado opôs embargos de declaração, os quais foram rejeitados. Apresentadas as contrarrazões (fls. 299/305), o recurso teve seu processamento obstado por força da decisão de inadmissibilidade. Este é o relatório. Decido. O Tribunal de origem negou trânsito ao apelo do Estado aduzindo que a pretensão recursal estaria em desencontro com entendimento sumulado deste Supremo Tribunal Federal. Sustenta o recorrente que o Imposto de Transmissão Causa Mortis deveria ser recolhido na hipótese acrescido de multa e juros de mora em virtude da obrigação tributária não ter sido adimplida no prazo prescrito no art. 13 da Lei Estadual n. 14.941/2003. A Corte de revisão aplicou entendimento sumulado desta Corte no sentido de que não se deve exigir o Imposto de Transmissão Causa Mortis antes da homologação do cálculo realizada no juízo sucessório. O agravante sustenta que o entendimento constante da súmula n. 114 foi formulado com base em uma outra realidade federativa, distinta da realidade atual, considerando que o verbete já existe a mais de cinquenta anos. Decido. De início, cumpre alertar que a súmula n. 114 do Supremo Tribunal Federal foi aprovada sob a égide de constituição anterior ao Texto Magno vigente, de modo que, à época de sua edição, o Supremo Tribunal Federal ainda detinha competência para apreciar matéria infraconstitucional. O Código Tributário Nacional (art. 192) estabelece que nenhuma sentença de julgamento de partilha, ou adjudicação, será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou as suas rendas. Daí exsurge o entendimento de que somente após a homologação judicial seria devido o imposto. (Nesse sentido: PAULSEN, Leandro; SOARES DE MELO, José Eduardo. Impostos Federais, Estaduais, Municipais. 5ª edição. Livraria do Advogado. Porto Alegre: 2010). Segundo se infere do acórdão regional, a legislação do Estado de Minas Gerais elencara o momento da abertura do inventário para fins de exigibilidade do imposto, considerando este preciso momento como termo inicial para incidência de juros e multas. Diante daquilo que foi exposto, verifico que a controvérsia reside, em última análise, em aferir se a legislação atacada viola a disposição do Código Tributário Nacional supra aludida. Afigura-se evidente que o contencioso ora sob consideração encontra-se na órbita da legalidade. O Supremo Tribunal Federal possui entendimento firme no sentido de que cabe ao Superior Tribunal de Justiça apreciar controvérsias atinentes à matéria sumular editada à luz das constituições anteriores, sobretudo mediante a notória ausência de repercussão constitucional do tema controvertido. Vejamos: ‘Direito Civil e Processual Civil. Súmula n. 621 do S.T.F. Recurso Extraordinário e Recurso Especial. Princípio da legalidade (art. 5º, inc. II, da C.F.) Prequestionamento. (Súmulas ns. 282 e 356). 1. Em face da Constituição Federal de 1988, desdobrado, que foi, o Recurso, em extraordinário e especial (artigos 102, III, a, b e c, e 105, III, a, b e c), coube ao Superior Tribunal de Justiça apreciar a matéria infraconstitucional, objeto deste último, relacionada com a Súmula n. 621 do S.T.F., segundo a qual não enseja embargos de terceiro a penhora a promessa de compra e venda não inscrita no registro de imóveis. E o fez, mantendo o acórdão recorrido, com trânsito em julgado. 2. Resta, pois, ao S.T.F., no exame do Recurso Extraordinário, verificar, apenas, se houve, ou não, ofensa ao princípio da legalidade (art. 5., II), único tema de sua competência, no caso. 3. Sucede que esse tema constitucional não foi oportunamente prequestionado, o que afasta o cabimento do R.E. (Súmulas ns. 282 e 356). 4. E, por outro lado, não admite o S.T.F., em R.E., alegação de ofensa indireta a Constituição Federal, a pretexto de ma interpretação de legislação infraconstitucional. 5. R.E. não conhecido’. (RE n. 119.937/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Sydney Sanches , DJ de 15/9/95). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, ‘caput’, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao agravo de instrumento interposto nos autos” (ARE 710.920, Relator o Ministro Dias Toffoli, decisão monocrática, DJe 25.2.2013, transitada em julgado em 12.3.2013, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

I, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.233 (516)ORIGEM : AC - 10713120036296001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE

VIÇOSA - SAAEADV.(A/S) : PRISCILA NEWLEY KOPKE E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : AMARILDO CRISTÓVAMADV.(A/S) : LUCIANO CASTRO DE SOUZA

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 37, XV, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional local apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: ARE 728.431-AgR/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 14.5.2013; e ARE 727.139-AgR/SC, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 26.4.2013, cuja ementa transcrevo:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR DE SANTA CATARINA. PAGAMENTO DE ADICIONAL NOTURNO E HORAS EXTRAORDINÁRIAS. BASE DE CÁLCULO. DISCUSSÃO QUE ENVOLVE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 280 DO STF. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DESTA CORTE A RESPEITO DO TEMA. DECISÃO MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Esta Corte, no exame de casos idênticos, firmou jurisprudência no sentido de que a discussão acerca da base de cálculo para pagamento de adicional noturno e horas extraordinárias de serviço aos policias militares de Santa Catarina envolve a análise e interpretação de legislação local. Assim, eventual ofensa à Constituição da República, acaso existente, seria reflexa, nos termos da súmula STF nº 280. Precedentes. 2. In casu, os recursos extraordinários listados no relatório destes autos tiveram o seguimento negado por ausência de prequestionamento e aplicação da súmula STF nº 280. Na origem, as 16 ações foram ajuizadas por Policiais Militares de Santa Catarina que pretendiam a inclusão da remuneração integral da Corporação, à exceção do vale-alimentação, na base de cálculo das horas extras de serviço e do adicional noturno, pagos sob o título de Indenização de Estímulo Operacional. Os pedidos foram julgados improcedentes. O Tribunal de Justiça catarinense, conheceu dos recursos interpostos, mas negou-lhes provimento para manter as sentenças por seus próprios fundamentos. 3. Agravo regimental desprovido.”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.243 (517)ORIGEM : RS - 50123476120114047108 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MELITA MENDES DE ALMEIDAADV.(A/S) : MARIA SILESIA PEREIRA E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo interposto contra decisão que, aplicando a sistemática do art. 543-B do Código de Processo Civil, não admitiu o recurso extraordinário.

A pretensão recursal não merece acolhida.Isso porque não é cabível agravo para correção de suposto equívoco

na aplicação da repercussão geral, conforme se observa do julgamento do AI 760.358-QO/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes, que porta a seguinte ementa:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 154

STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”.

Desse modo, a competência para a aplicação da sistemática da repercussão geral é dos tribunais de origem.

Ressalte-se, ainda, que o cabimento de agravo dirigido a esta Corte resume-se aos casos elencados nos arts. 544 do CPC e 313 do Regimento Interno do STF.

Destaco, por fim, que a aplicação do princípio da fungibilidade recursal com a devolução dos autos para julgamento pelo Tribunal de origem como agravo regimental só é cabível nos processos interpostos antes de 19.11.2009. Nesse sentido, a Rcl 9.471, Rel. Min. Gilmar Mendes:

“Agravo regimental em reclamação. 2. Indeferimento da inicial. Ausência de documento necessário à perfeita compreensão da controvérsia. 3. Reclamação em que se impugna decisão do tribunal de origem que, nos termos do art. 328-A, § 1º, do RISTF, aplica a orientação que o Supremo Tribunal Federal adotou em processo paradigma da repercussão geral (RE 598.365-RG). Inadmissibilidade. Precedentes. AI 760.358, Rcl 7.569 e Rcl 7.547. 4. Utilização do princípio da fungibilidade para se determinar a conversão em agravo regimental apenas para agravos de instrumento e reclamações propostos anteriormente a 19.11.2009. 5 Agravo regimental a que se nega provimento”.

Isso posto, não conheço do agravo (art. 21, § 1º, do RISTF).Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.257 (518)ORIGEM : AC - 20120110483382 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSALPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : IVANEIDE CAMPOS DE JESUSADV.(A/S) : THAIS MARIA SILVA RIEDEL DE RESENDE E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DETRAN DF - DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO

DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita:

“ADMINISTRATIVO. ASSISTENTE DE TRÂNSITO. DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL. PROMOÇÃO FUNCIONAL É DEVIDA SOMENTE APÓS O PREENCHIMENTO DAS CONDIÇÕES NORMATIVAS: CUMPRIMENTO DO INTERSTÍCIO E APROVAÇÃO EM AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO. DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS INDEVIDAS. RECURSO IMPROVIDO”.

No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, e 37, V, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o Juízo de origem decidiu a causa nos seguintes termos:

“A promoção funcional dos integrantes na Carreira de Atividades de Trânsito ocorrerá em 1º de julho (art. 4º do Decreto Distrital n. 14.647/1993), mediante a observância do interstício de 12 (doze) meses e a aprovação em avaliação de desempenho, nos termos do art. 10, § 2º, da Lei Distrital n. 3.750/2006.

A avaliação de desempenho é aferida por comissão de avaliação, cujo resultado da apuração será publicado no Diário Oficial do Distrito Federal até 30 de abril de cada ano (art. 11 do Decreto Distrital n. 14.647/1993).

Conclui-se que a promoção funcional compreende o cumprimento do interstício mínimo de 12 (doze) meses e aprovação em avaliação de mérito, observando-se, ainda, uma série de condições normativas: 1º) que o interstício seja cumprido até 30 de junho; 2º) que a obtenção da pontuação na apuração de mérito seja publicada no Diário Oficial do Distrito Federal até 30 de abril de cada ano. Somente cumpridas todas essas condições é que será devida a promoção funcional.

Assim, incabíveis os efeitos retroativos pretendidos”.Nesse contexto, resta claro que para divergir do entendimento

firmado pelo juízo a quo, necessário seria a análise de normas infraconstitucionais locais, o que atrai a incidência da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, trago à colação julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROGRESSÃO SALARIAL. LEI ESTADUAL N. 10.961/1992 E DECRETO ESTADUAL N. 36.033/1994. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS E DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” AI 853.465-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Servidora pública municipal. Progressão funcional. Dilação

probatória. Alegação de cerceamento de defesa em razão de indeferimento do pedido de produção de provas. 4. Análise da legislação local. Lei 7.969/2000. Incidência da Súmula 280. 5. Reexame do conteúdo fático-probatório. Impossibilidade. Enunciado 279 da Súmula do STF. Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 715.440-AgR/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).

Por fim, registre-se a seguinte decisão proferida em caso análogo: ARE 767.161, Rel. Min. Ricardo Lewandowski.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.370 (519)ORIGEM : AC - 00036234320114039999 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GEORGINA RIBEIRO LOPESADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE STÁBILE E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, após reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional igualmente versada na presente causa, julgou o RE 567.985/MT, Red. p/ o acórdão Min. GILMAR MENDES, nele proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado:

“Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição.

A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu os critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo seja concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

2. Art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232.

Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que ‘considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal ‘per capita’ seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo’.

O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente.

Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS.

3. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei 8.742/1993.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda familiar per capita estabelecido pela LOAS.

Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de se contornar o critério objetivo e único estipulado pela LOAS e de se avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes.

Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais elásticos para a concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a Municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas.

O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores posicionamentos acerca da intransponibilidade dos critérios objetivos.

Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente de notórias ‘mudanças fáticas’ (políticas, econômicas e sociais) e ‘jurídicas’ (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro).

4. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993.

5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.”Cabe ressaltar, por necessário, que essa orientação plenária

reflete-se em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito desta Corte (AI 803.306/ES, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – ARE 743.831/TO, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – ARE 755.427/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O exame da presente causa evidencia que o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 155

Suprema Corte firmou na matéria em referência. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas,

conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.417 (520)ORIGEM : AC - 00235245120068190021 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DUQUE DE

CAXIASRECDO.(A/S) : CARLOS ALBERTO NAVARRO DA SILVA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : JULIETA FALCÃO RODRIGUES DE ALMEIDA

DECISÃO: Trata-se de agravo interposto contra decisão 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro de inadmissibilidade do recurso extraordinário que impugna acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA PELO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO. ERRO MÉDICO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RELAÇÃO DE CONSUMO. APLICAÇÃO DO CDC. RESPONSABILIDADE OBJETIVA PELO EVENTO QUE DEU AZO A PRESENTE LIDE QUE RESTOU CARACTERIZADA PELOS ELEMENTOS COLIGIDOS DOS AUTOS. APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 6º, VI E X, AMBOS DO CDC. OBSERVÂNCIA DO ART. 22 DO CDC. RESPONSABILIDADE QUE TAMBÉM EXSURGE AO ART. 37, § 6º DA CRFB. CONDENAÇÃO DO PRIMEIRO RÉU NO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MATERIAIS E MORAIS SOFRIDOS PELOS AUTORES. IMPOSSIBILIDADE DE CONDENAÇÃO DO SEGUNDO RÉU ANTE A AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA CONDUTA ILÍCITA E DO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE ESTA E O EVENTO DANOSO. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO DOS AURTORES.” (fl. 234).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria. No mérito, sustenta-se, em síntese, que o acórdão recorrido teria violado o artigo 37, § 6º, do texto constitucional.

Alega-se, em síntese, que:“Portanto, não restando dúvidas a respeito da aplicabilidade da norma

consumerista, cumpre analisar como compatibilizá-la à prestação de serviço público, que contém aspectos peculiares traçados pela Constituição e pela Lei 8.987/95. Logo, observa-se que Município de Duque de Caxias não desenvolve comercialização de prestação de serviços.

Equivocaram-se os Eméritos Julgadores no v. Acórdão ao analisar a relação jurídica em tela como consumerista, não avocando aos princípios da responsabilização civil da Administração Pública, visto que não há no caso em tela não é relação de consumo.

Por fim, o d. colegiado não observou que a aplicação do CDC à presente relação jurídica contraria o entendimento aplicado a Responsabilidade Civil do Estado, autorizando o enriquecimento ilícito dos recorridos.

Em tempo, conclui-se que a presente responsabilidade advém de ato omissivo do agente público, aplicando-se a responsabilidade civil subjetiva, sendo desconsiderada pelos Iminetes [sic] Julgadores os requisitos da responsabilidade, a legislação brasileira e os princípios constitucionais citados anteriormente, o que não é correto, caso mantenha a v. acórdão, irá permitir tal fato, totalmente contrário às provas trazidas aos autos e a legislação vigente.” (fl. 260).

Decido.As razões recursais não merecem prosperar.Consignou o acórdão recorrido que:“Desta forma, resta clara a violação ao disposto no art. 6º, X, do CDC,

que acarretaria o dever do fornecedor do serviço à efetiva reparação dos danos sofridos, nos moldes do art. 6º, VI, do CDC.

Assim, como a relação deduzida em Juízo é de cunho consumerista, consoante já asseverado, e como o primeiro réu em momento algum de desincumbiu de demonstrar a existência de alguma causa excludente de sua responsabilidade, nos moldes do que dispõe o art. 14, § 3º, do CDC, eis que a mesma é objetiva, haja vista que simplesmente se resumiu a aduzir que observou o procedimento correto ao realizar o tratamento da segunda autora e que não haveria erro em seu diagnóstico, não existe outra conclusão lógica senão o reconhecimento de falha na prestação do serviço por parte do primeiro réu, falha esta mais do que caracterizadora de danos na esfera jurídica da mesma e do primeiro autor, pai do bebê falecido.

Não bastasse o supramencionado, o ente municipal também deve ser responsabilizado de forma objetiva em razão do disposto no art. 37, § 6º da CRFB, haja vista que não se pode considerar que sua conduta se caracterizaria como uma omissão, em atenção à teoria da culpa anônima,

haja vista que o serviço prestado é uti singuli, sendo plenamente passível de individualização e, portanto, passível de verificação acerca de eventual falha, o que restou claramente demonstrado.” (fl. 238).

Dessa forma, para dissentir do consignado pelo Tribunal a quo, far-se-ia imprescindível a análise da legislação infraconstitucional com base na qual o acórdão recorrido decidiu a controvérsia, providência vedada em sede de apelo extremo. Ofensa à Constituição, se existente, dar-se-ia de maneira meramente reflexa e indireta.

Cito, a propósito, o seguinte precedente: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

INDENIZAÇÃO POR ERRO MÉDICO. MAJORAÇÃO PELO TRIBUNAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 2. In casu, o acórdão recorrido decidiu a lide com aplicação de normas infraconstitucionais, por isso que eventual violação à Constituição o foi de forma indireta ou reflexa, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso extraordinário.” (RE-AgR 695.887, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 25.9.2012).

Verifico, ademais, que para discordar do Tribunal de origem, no concernente ao decidido acerca da responsabilidade civil do Estado, far-se-ia imprescindível o reexame do conjunto fático-probatório posto nos autos, o que não é permitido, pela via do recurso extraordinário, por força da Súmula 279 do STF.

Nesse mesmo sentido:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ERRO MÉDICO. DANO CAUSADO POR PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. EXISTÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA E O EVENTO DANOSO. EXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Tribunal de origem constatou a existência do nexo de causalidade entre a conduta e o evento danoso, concluindo pela responsabilidade civil objetiva do Estado. Assim, a apreciação do RE demandaria o reexame de provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – Agravo regimental improvido.” (RE-AgR 578.326, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 20.8.2013).

“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Administrativo. 3. Responsabilidade civil do Município. Fratura de membro inferior esquerdo do recém-nascido por intervenção médica durante o parto. Demora no procedimento. Indenização por dano moral. 4. Reexame do conteúdo fático-probatório. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. Precedentes. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE-AgR 600.866, de minha relatoria, DJe 13.12.2012).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF e 544, § 4º, II, “b”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.427 (521)ORIGEM : PROC - 20020119232680 - TJPB - TURMA

RECURSAL DE JOÃO PESSOA - 1ª TURMAPROCED. : PARAÍBARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO CITICARD S/AADV.(A/S) : KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : LUZIA POLLYANA DE ARAÚJO GAMBARRAADV.(A/S) : CARLA PRISCILA DE ARAÚJO GAMBARRA

DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. AGRAVO QUE NÃO INFIRMA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INVIABILIDADE. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais de João Pessoa/PB manteve sentença por seus próprios fundamentos, nos termos do art. 46 da Lei n. 9.099/1995.

Na sentença mantida, o juiz assim decidiu: “AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – PRELIMINAR ILEGITIMIDADE

PASSIVA PARA A CAUSA – NÃO ACOLHIDA – PRELIMINAR DE INÉPCIA DA INICIAL – AFASTADA – RECUSA DE CARTÃO DE CRÉDITO – VIAGEM INTERNACIONAL – DANO MORAL CONFIGURADO – DANO MATERIAL – NÃO COMPROVAÇÃO – RESPONSABILIDADE OBJETIVA –

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 156

PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO” (fl. 108).Não foram opostos embargos de declaração.3. A decisão agravada teve como fundamentos para a

inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição da República e a incidência das Súmulas ns. 279, 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4. O Agravante argumenta que“independentemente de haver indicado expressamente os artigos

normativos, resta certo que houve apreciação por parte [da Turma Recursal] com relação à matéria em comento.

Deste modo, não há que se falar em ausência do requisito formal em comento, visto que a questão já está prequestionada.

(…)O r. Acórdão recorrido inegavelmente violou direta e frontalmente os

dispositivos acima mencionados [arts. 5º, incs. II, XXXV, LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República]” (fls. 252-253).

No recurso extraordinário, alega que a Turma Recursal teria contrariado os arts. 5º, incs. II, XXXV e LV, e 93, inc. IX, da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. Os argumentos expostos neste agravo não infirmam os fundamentos

da decisão agravada, pois o Agravante não se manifestou quanto à incidência da Súmula ns. 279 deste Supremo Tribunal, fundamento autônomo e suficiente para sustentar a inviabilidade do recurso extraordinário:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. É INCABÍVEL O AGRAVO QUE NÃO INFIRMA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA . PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 739.989-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 30.8.2013, grifos nossos).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante, mantendo-se a decisão agravada por subsistir o fundamento não infirmado.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.479 (522)ORIGEM : AC - 7998381 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DO PARANÁPROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MARIROSANI DAS GRAÇAS FRANCO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : RENE PELEPIU E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.

CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO: OBSERVÂNCIA DAS REGRAS DO EDITAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

2. A Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná decidiu:“APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DECLARATÓRIA E NULIDADE DE ATO

ADMINISTRATIVO – CONCURSO PÚBLICO PARA O CARGO DE PROFESSOR – EXCLUSÃO DE CANDIDATO ANTE AO NÃO ATENDIMENTO AO EDITAL – INOBSERVÂNCIA AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE – NÃO CONFIGURADO – EDITAL QUE PREVIA AS FORMAS DE DIVULGAÇÃO DOS ATOS DO CONCURSO – PUBLICAÇÃO POR INTERNET E DIÁRIO OFICIAL – PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO – RESPONSABILIDADE DO CONDIDATO ACOMPANHAR AS VIAS DE COMUNICAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO CONCURSO – SENTENÇA REFORMADA – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO" (fl. 176).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição e a incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal.

4. A Agravante argumenta que “convocar o candidato a comparecer via Diário Oficial do Estado, que

somente circula numa sexta-feira, afronta o princípio constitucional da

Publicidade.(…) não merece prosperar a fundamentação de que os comandos

constitucionais não tiveram a abordagem necessária.(…) o recorrido, além de observar as regras do edital do concurso,

deve obediência aos princípios norteadores de sua atuação, sendo certo que, no presente caso, não observou o princípio da publicidade. Ademais, a verificação quanto à ofensa à Constituição Federal (reflexa, indireta ou não) cabe ao Supremo Tribunal Federal” (fls. 249-251).

No recurso extraordinário, alega-se que o Tribunal a quo teria contrariado o caput e os incs. I e II do art. 37 da Constituição da República.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

6. Inicialmente, cumpre afastar o óbice oposto na decisão agravada, pois a matéria foi suscitada em momento processual adequado.

Todavia, a superação desse fundamento não é suficiente para acolher a pretensão da Agravante.

7. O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Paraná observou:

“da análise dos autos, observa-se que o edital n. 09/2007 estabeleceu expressamente as formas como se daria a publicidade dos atos, editais e comunicados referentes ao certame (…). Desta forma, verifica-se que tais meios se revelam hábeis para os fins colimados, uma vez que foi realizada a convocação dos candidatos para a fase seguinte do certame, atendendo-se assim o princípio da publicidade, inerente ao ato convocatório. (…). Nota-se que, no caso em tela, caberia a apelada acompanhar atentamente o andamento do concurso ao qual se inscrevera, até porque, conforme dispunha o subitem 13.9 do referido edital, era de responsabilidade dos candidatos, durante o prazo de validade do concurso, acompanhar a publicação de todos os atos, editais e comunicados referentes ao certame (…). Sendo assim, restando comprovada a regular publicidade do Edital n. 39/2008, através do qual a apelada foi convocada para a realização dos exames de avaliação clínica, o seu não comparecimento, via de consequência, importou em sua eliminação do certame” (fls. 180-184, grifos nossos).

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes dependeria do reexame de provas e de cláusulas de edital, o que não pode ser adotado em recurso extraordinário, nos termos das Súmulas ns. 279 e 454 deste Supremo Tribunal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. OBSERVÂNCIA DAS REGRAS DO EDITAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 829.036-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.3.2011, grifos nossos).

E:”AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATA APROVADA EM CERTAME PARA TÉCNICO JUDICIÁRIO REALIZADA EXCLUSIVAMENTE VIA DIÁRIO OFICIAL. LEGALIDADE DA NOMEAÇÃO. ANÁLISE DE CLÁUSULAS EDITALÍCIAS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 454 DO STF. 1. A verificação de validade de cláusula editalícia encerra reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, ‘in casu’ o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: ‘Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário’. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11 e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 2. Sobre o verbete sumular assim discorre Roberto Rosas: ‘O Código Civil não se estende além do art. 85 no tocante à interpretação dos atos jurídicos. Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade acima do sentido literal da linguagem. Menos regras temos em relação à interpretação dos contratos. Mas podemos verificar que essa interpretação está no plano dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz. Como observa Washington de Barros Monteiro, para chegarmos à interpretação do contrato é necessário reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a real vontade do agente e, assim, corrigindo sua manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente (Curso, v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser examinados no STF quando da apreciação do recurso extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância, aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por José Rodrigues de Carvalho (Do Recurso Extraordinário, Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814). Ver Súmula 5 do STJ.’ (ROSAS, Roberto, in, Direito Sumular, Malheiros). 3. Agravo regimental a que nega provimento” (RE 637.747-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 13.9.2011, grifos nossos).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, pelo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 157

que nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.482 (523)ORIGEM : PROC - 0313563442011 - TJMG - TURMA RECURSAL

DE GOVERNADOR VALADARES - 1ª TURMAPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LUIS HENRIQUE DE SOUZA CARVALHOADV.(A/S) : RUY BARBOSA DE ASSISRECDO.(A/S) : ANTONIO FERNANDES DA SILVAADV.(A/S) : JOSÉ SOARES VALENTE E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, V e X, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise de matéria infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Com efeito, o Tribunal de origem lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento no sentido de que, na espécie, não pode ser atribuída à conduta do réu – comissiva ou omissiva – a responsabilidade pelos danos extrapatrimoniais eventualmente sofridos pelo autor.

Nesse contexto, somente mediante o revolvimento do quadro fático delineado seria possível aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo (art. 5º, V e X, da Lei Maior). Inadmissível, pois, o recurso extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a qual “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: AI 853.878-AgR/DF, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 16.5.2012; ARE 722.752-AgR/AC, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJe 1º.02.2013; e ARE 668.066-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 14.9.2012, cuja ementa transcrevo:

"Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Civil. Indenização. Dano moral. Divulgação de matéria jornalística. Ato ilícito. Demonstração. Não ocorrência. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. O Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que os agravados não abusaram do direito de expressão ao veicular reportagem jornalística envolvendo a agravante, razão pela qual não teria ficado demonstrado nos autos o ato ilícito apto a ensejar reparação. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 4. Agravo regimental não provido”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.730 (524)ORIGEM : AC - 00127226720108260438 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE SÃO PAULOPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDOADV.(A/S) : RENATO OLIMPIO SETTE DE AZEVEDORECDO.(A/S) : VERA LUCIA DA COSTA

ADV.(A/S) : LEONILDO GONCALVES JUNIOR

DECISÃO (Petição STF n. 45366/2013)AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DESISTÊNCIA.

HOMOLOGAÇÃO.1. O Agravante requer “a desistência do presente recurso

extraordinário com agravo, razão pela qual espera a extinção do procedimento recursal” (fl. 1, doc. 4).

2. O pedido de desistência foi feito por advogado do Agravante com poderes específicos para desistir (fls. 2-8, doc. 4).

3. Pelo exposto, homologo o pedido de desistência deste agravo, nos termos do art. 501 do Código de Processo Civil e do art. 21, inc. VIII, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, e determino, após o trânsito em julgado, a baixa dos autos à origem.

Junte-se.Publique-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.821 (525)ORIGEM : PROC - 70052185063 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ROSIMERI FABIANA MENGARDAADV.(A/S) : VITOR LINDOLFO GRESSLERINTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na afronta aos arts. 5º, LXXI, 7º, IX, e 39, § 3º, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional apontada no apelo extremo, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: RE 728.457-AgR/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 06.5.2013; e ARE 638.861-ED/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 15.6.2011, cuja ementa transcrevo:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INOCORRÊNCIA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. POLICIAL CIVIL. ADICIONAL NOTURNO. REGIME DE PLANTÃO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – O julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional. Precedentes. II - Os Ministros desta Corte, no AI 783.172-RG/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral do tema referente ao direito de policiais civis que atuam em regime de plantão ao adicional noturno, sob o entendimento de que essa controvérsia está restrita ao plano do direito local. III - Agravo regimental improvido.”.

Cito ainda as seguintes decisões monocráticas: ARE 737.733/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 19.4.2013; e ARE 737.752/RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 19.4.2013, verbis:

“Trata-se de recurso extraordinário com agravo interposto pelo ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, com fulcro no art. 544 do Código de Processo Civil, contra a r. decisão de fls. 120/121, que não admitiu seu recurso extraordinário, ao fundamento de que, em divergência com o posicionamento do recorrente, a redução da jornada noturna e adicional da hora noturna não podem ser confundidos, já que institutos distintos, razão pela qual não há falar que equivocado o entendimento de que não há omissão legislativa a justificar a concessão do pleito. O que se vê é a adequação do ordenamento jurídico ao caso concreto, prática que, evidentemente, não ofende os regramentos constitucionais

Noticiam os autos que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, concedeu a ordem ao mandado de injunção

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 158

impetrado pela recorrida, nos termos da seguinte ementa, verbis:MANDADO DE INJUNÇÃO. MAGISTÉRIO E GRATIFICAÇÃO

NOTURNA. ARTIGOS 7°, IX, E 39, § 3°, CF/88 E ARTIGO 29, IV, CE/89. LEI ESTADUAL N° 6.672/74. REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA E ACRÉSCIMO REMUNERATÓRIO. DIFERENÇA. OMISSÃO LEGISLATIVA. WRIT E EFICÁCIA NORMATIVA.

Não há maior dúvida quanto à previsão constitucional, seja na Carta Federal – artigos 7°, IX, e 39, § 3°, seja na Carta Estadual, artigo 29, IV, relativamente à incidência de plus remuneratório quanto ao trabalho noturno, que não se há de confundir com a redução da carga horária, com o que se afigura omissão legislativa relativamente ao magistério público estadual, uma vez prever seu estatuto, Lei Estadual n° 6.671/74, no artigo 117, §1°, apenas o benefício de cunho físico e não o de natureza pecuniária.

Sob pena de absoluta inutilidade, há de se conferir eficácia normativa ao mandado de injunção, regrando-se, desde logo, direitos não contemplados pelo legislador infraconstitucional há muito tempo, enquanto não houver edição de comandos legais pelo Poder Legislativo. (fl. 72)

Opostos embargos de declaração, estes restaram rejeitados (fls. 99/102).

Nas razões do apelo extremo, o recorrente sustenta, preliminarmente, estar caracterizada a necessária repercussão geral e, no mérito, aponta violação aos arts. 5°, LXXI, 7°, IX, e 39, § 3°, da Constituição Federal. Aduz, em suma, que “há de se ressaltar que a falta de previsão legal a respeito de determinado adicional ou benefício não significa ausência de regulação. Ocorre que a regulamentação legal existente não é a pretendida pela parte autora, não se podendo cogitar, em tal hipótese, de omissão legislativa a justificar a impetração de mandado de injunção.” (fls. 108/116).

É o relatório. DECIDO. Não merece prosperar o presente agravo. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o

crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).

Verifica-se que a controvérsia foi decidida à luz da interpretação de legislação infraconstitucional. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência no sentido de que a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais, in casu (Leis nºs 605/49, 6.672/74, 5.889/73, 8.112/90, 10.098/90 e 12.016/09), encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros.

Demais disso, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como intento o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:

“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova’ (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ.” (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).

Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.”

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.864 (526)ORIGEM : PROC - 70052183779 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : ANTONIO LEMOS ROLIMADV.(A/S) : VITOR LINDOLFO GRESSLER

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita:

“MANDADO DE INJUNÇÃO. MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. ADICIONAL NOTURNO. OMISSÃO LEGISLATIVA. APLICABILIDADE DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 34 E 113 DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 10.098/1994 (ESTATUTO E REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL).

POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. Presente omissão legislativa quando ao trabalho noturno relativamente ao magistério estadual. Não há confundir redução de carga horária com o adicional noturno. Os dois institutos acumulam-se e não se excluem.

Eficácia normativa ao mandado de injunção. Previsão na Constituição Federal (artigos 7º, IX, e 39, § 3º) e na Constituição Estadual (art. 29, IV). Aplicação da regra contida na Lei Estadual nº 10.098/94, em seu artigo 113, parágrafo único, enquanto não houver edição de comandos pelo Poder Legislativo. Precedente jurisprudencial.

PRELIMINAR REJEITADA. ORDEM CONCEDIDA. UNÂNIME.” (fl. 64)

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, LXXI, 7º, IX, e 39, § 3º, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o Tribunal de origem decidiu a causa nos seguintes

termos:“Trata-se, em síntese, de Mandado de Injunção em que se discute a

possibilidade de recebimento de adicional noturno por servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul pertencente ao quadro do magistério estadual.

A pretensão do impetrante é a regulamentação do direito assegurado no art. 29, inciso IV, da Constituição Estadual.

(...)A sua vez, a Lei Complementar Estadual nº 10.098/94, Estatuto e

Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civil do Estado do Rio Grande do Sul, trata tanto da redução da carga horária, como do adicional, de 20%, em se tratando de trabalho prestado entre 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte:

(...)Com essas considerações, rejeito a preliminar e concedo a ordem,

aplicando-se a regra do art. 113 da Lei Estadual nº 10.098/94 ao Estatuto do Magistério Estadual e, consequentemente, à parte impetrante, até a edição de regra legislativa própria, observando-se o contido no artigo 14, § 4º, da Lei Federal nº 12.016/09” (fls. 66, 69 e 78).

Nesse contexto, resta claro que para divergir do Juízo a quo necessário seria a análise de normas infraconstitucionais locais aplicáveis à espécie, o que inviabiliza o extraordinário a teor da Súmula 280 do STF. Com o mesmo entendimento menciono: ARE 737.752/RS, Rel. Min. Luiz Fux, ARE 737.733/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, e ARE 741.570, de minha relatoria, todos análogos ao presente caso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.944 (527)ORIGEM : AC - 70045788015 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ANA HELENA SILVEIRA CABALHEIROADV.(A/S) : ANDRÉ MOURA GOMES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ALISSON DOS SANTOS CAPPELLARI E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 159

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL

CIVIL. COISA JULGADA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base na alínea a do inc. III do art. 102 da Constituição da República.

O recurso foi interposto contra o seguinte julgado doTribunal de Justiça Rio Grande do Sul decidiu:

“APELAÇÃO CÍVEL. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ASTREINTE. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA EM AÇÃO REVISIONAL. ABRANGÊNCIA.

- Tendo em vista que o caso dos autos trata de penhora on line, via BACEN-JUD, necessário se faz a intimação da executada para início do prazo para oferecimento de impugnação.

- O exame anterior que incidiu em erro material, ainda mais em se tratando de aspecto (inexigibilidade do título) passível de ensejar a nulidade da execução, não se sujeita à preclusão nem configura ofensa à coisa julgada.

- A discussão acerca da caracterização de descumprimento de ordem judicial afasta a certeza da obrigação e enseja a inexigibilidade do título, autorizando o manejo da Impugnação à Fase de Cumprimento de Sentença (CPC, art. 475-L, II).

- Não caracteriza descumprimento de ordem judicial a manutenção do nome da correntista no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF – quando as cártulas que ensejaram a restrição não tem vínculo com o débito objeto da ação revisional. Impugnação à fase de cumprimento de sentença acolhida para julgar extinta a execução forçada da astreinte.

NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO”.Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.2. No recurso extraordinário, alega-se que o Tribunal a quo teria

contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República.Argumenta que “além de a parte devedora buscar discutir aquilo que

já era matéria de Recurso no Superior Tribunal de Justiça, apresenta fundamentos que não condizem com o momento processual. O direito para discutir a multa já precluiu. Na realidade o Banco continua procrastinando a demanda, a qual já poderia ter findado, ou melhor, não teria existido se não tivesse agido indevidamente” (grifos no original).

3. A decisão agravada teve como fundamentos para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de contrariedade direta à Constituição e a incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra decisão que não admite recurso extraordinário processa-se nos autos deste recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento.

Sendo este o caso, analisam-se, inicialmente, os argumentos expostos no agravo, de cuja decisão se terá, então, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste à Agravante.6. O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça Rio

Grande do Sul observou:“O principal aspecto sustentado pela instituição financeira é o no

sentido de inocorrência de descumprimento de ordem judicial, porque a inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF – na qual se apega a autora, não estaria abrangida pela determinação judicial, que proibiu qualquer anotação restritiva sobre o nome da autora a partir dos contratos revisandos, considerando que aquela restrição decorrera da emissão de cheques sem provisão. Nesse passo, afirma, o impugnante, que não houve a incidência de multa e por conseguinte, inexiste valor a ser executado pela autora.

No quadro relatado, diferentemente do alegado pela impugnada, a impugnação contempla matéria arrolada pelo art. 475-L, CPC, qual seja, a inexigibilidade do título.

Tangente à inexigibilidade do título, na doutrina de Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero , tem-se que “o art. 475-L, II, CPC, possibilita ao executado alegar não só a inexigibilidade da obrigação estampada no título executivo, mas toda e qualquer alegação tendente a negar força executiva ao título apresentado. Vale dizer: permite igualmente a alegação de ausência de certeza e de liquidez da obrigação documentada no título executivo. Ausente obrigação líquida, certa e exigível representada no título, carece de base a execução (arts. 580, 586 e 618, I, CPC)”.

Outrossim, enquanto questionada a origem do crédito exequendo, carece, a obrigação de certeza e inviável sua execução forçada.

Acerca deste tema, oportuna a transcrição retirada da obra antes citada de que “a obrigação consubstanciada no título executivo deve ser certa, líquida e exigível para que possa dar lugar à execução forçada (arts. 580 e 586, CPC). A obrigação certa é aquela que, diante do título, existe – da qual não se duvida a partir do título a respeito da existência.”

Portanto, não há se falar em descabimento da impugnação ora proposta por desatender ao comando do art. 475-L, CPC.

E sobre a referida ofensa à coisa julgada, pelas razões já expostas,

reitera-se a sua inocorrência e a possibilidade de exame da matéria nesta oportunidade.

Cumpre referir, ademais, que a hipótese dos autos beira à nulidade da execução, a qual, em sendo o caso, pode ser declarada a qualquer tempo, inclusive de ofício, sem prejuízo à coisa julgada.

Portanto, não colhe frutos, também neste ponto, a inconformidade da apelante. ”

Decidir de modo diverso do que assentado nas instâncias precedentes exigiria a análise prévia de legislação infraconstitucional aplicada à espécie (Código de Processo Civil). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ANÁLISE DOS LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. ARTIGO 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E OBSCURIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS” (ARE 716.932-AgR-ED, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 2.4.2013, grifos nossos).

E:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa constitucional indireta” (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011, grifos nossos).

A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, pelo que nada há a prover quanto às alegações da Agravante.

7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.949 (528)ORIGEM : RMS - 27949 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICAPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : LAR DOS MENINOSADV.(A/S) : RICARDO ALMEIDA RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ICMS. ADICIONAL.

CONSTITUCIONALIDADE DO FUNDO DE COMBATE À POBREZA E ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS. PRECEDENTES. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alíneas a e c, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Superior Tribunal de Justiça:

“PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. ICMS. ADICIONAL. LEI ESTADUAL N. 4.056/2002. FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA. CONTROVÉRSIA APÓS A EC 42/2003.

A questão dos autos já foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o art. 4º da EC 42/2003 validou os adicionais instituídos pelos estados e pelo Distrito Federal para financiar os Fundos de Combate à Pobreza.

Precedentes: (RE 538.679-AgR/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 4.6.2012; RE 570.016-AgR/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Eros Grau, DJe 12.9.2008. Agravo regimental improvido”.

Os embargos de declaração opostos pelo Agravante foram rejeitados.2. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts.

5º, inc. XXXVI, 22, 23, 24, inc. I, § 1º, 50, 59, 60, inc. IV, §4º, 165, § 5º, § 9º, incs. II e III, 167, inc. IV, da Constituição da República e arts. 79, 82, § 1º, e 83 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Assevera que “a Lei Estadual no 4.056/2002, com a redação da Lei 4.086/2003,

estabeleceu um "adicional geral" da alíquota atualmente vigente do Imposto

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 160

sobre Circulação de Mercadorias - ICMS (art. 20, inciso I) e ditou as atividades (artigo 10, parágrafo único) não abrangidas pelas disposições da Lei, bem como os produtos e serviços excluídos do adicional geral de um ponto percentual da alíquota do ICMS (artigo 20, inciso I, letras "a" a ‘g’), o que se manteve idêntico após a edição da Lei Estadual n. 4086/03.

Evidente e incontornável, portanto, a inconstitucionalidade do artigo 10, parágrafo único e do artigo 20, inciso I, letras "a" a "g", porque, por via transversa, ambos os artigos acabaram por definir aquilo que, por norma de natureza constitucional (ADCT, art. 83), era da competência privativa da união, pois somente lei federal, certamente com o objetivo de preservar o caráter isonômico e simétrico do Fundo, bem como evitar a guerra fiscal, pode definir "produtos e serviços supérfluos" sobre os quais irá incidir o adicional de ICMS.

Constata-se, pois, ter havido invasão do Estado do Rio de Janeiro em matéria legislativa de competência privativa da União e, em consequência, violação do princípio da repartição de competências, previsto no art. 22 da Constituição Federal combinado com o art. 83 do Ato das Disposições Constitucionais Transitarias”.

Sustenta que “se o Fundo Federal exige lei complementar para sua regulação, por

óbvio e evidente também os Fundos Estaduais exigem regulação por lei complementar, até porque a Constituição Federal, em seu art. 165, § 9°, inciso II, é expressa em dizer que cabe à lei complementar estabelecer normas para a instituição e funcionamento de fundos. Jamais e tempo algum, portanto, um Fundo de Pobreza Estadual poderia ser criado por lei ordinária.

O Estado do Rio de Janeiro, ao criar o seu Fundo de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, violou diretamente o artigo 82, seu § 1°, e o artigo 83, ambos do ADCT, e, sob este aspecto, a Lei Estadual no 4.056/2002 com a redação da Lei n° 4.086/2003, é inegavelmente inconstitucional.

Com efeito, desses dois comandos de natureza constitucional se extrai que a referida Lei Estadual não poderia criar adicionais sobre alíquota do ICMS para financiar o Fundo de Combate à Pobreza, porque estes adicionais, pela regra do art. 82, § 1°, do ADCT, só podem incidir sobre "produtos e serviços supérfluos" e estes "produtos e serviços supérfluos" serão definidos em lei federal (ADCT. artigo 83).

Por conseguinte, as normas contidas nos artigos introduzidos pela Emenda Constitucional n° 31 somente produzirão efeitos após edição de lei federal que defina o que são produtos supérfluos, ou seja, enquanto isso não ocorrer, nenhum Estado poderá eleger como fonte de financiamento de seu Fundo de Combate à Pobreza adicional sobre alíquota de ICMS.

Por fim, frisa-se que, ainda que se entenda que o Estado do Rio de Janeiro pudesse criar o seu Fundo, enquanto não sobrevier lei federal definidora do que sejam os chamados "produtos e serviços supérfluos" (ADCT, art. 83), o Fundo Estadual terá de ser mantido com as "doações de qualquer natureza" e "outros recursos compatíveis com a legislação, especialmente com a Emenda Constitucional Nacional n° 31, de 14 de dezembro de 2000" (Lei Estadual n° 4.056/2002, artigo 20, incisos III e IV, com a redação da Lei n° 4.086/2003) jamais com adicionais ao ICMS incidente sobre a energia elétrica”.

3. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a harmonia do acórdão recorrido com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal.

Analisada a matéria posta à apreciação, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. O Supremo Tribunal Federal reconheceu constitucional a legislação

do Estado do Rio de Janeiro (Lei estadual n. 4.056/2002 e Decreto n. 32.646) que majorou a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para o financiamento do Fundo Estadual de Combate à Pobreza:

“AGRAVOS REGIMENTAIS NOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. RESERVA DE PLENÁRIO. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ICMS. ADICIONAL. INSTITUIÇÃO POR LEI ESTADUAL. FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA. CONVALIDAÇÃO PELO ART. 4º DA EMENDA CONSTITUCIONAL 42/2003. AGRAVOS IMPROVIDOS. I – A obediência à cláusula de reserva de plenário não se faz necessária quando houver orientação consolidada do STF sobre a questão constitucional discutida. II – Possibilidade de reconhecimento de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público pelos órgãos fracionários dos Tribunais, com base em julgamentos do plenário ou órgão especial que, embora não guardem identidade absoluta com o caso em concreto, analisaram matéria constitucional equivalente. III – Ausência de prequestionamento do art. 167, IV, da CF. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. IV – O art. 4º da EC 42/2003 validou os adicionais instituídos pelos Estados e pelo Distrito Federal para financiar os Fundos de Combate à Pobreza. Precedentes. V – Agravos

regimentais improvidos” (RE 571.968-AgR, Relator o Ministro Ricardo Leandowski, Segunda Turma, DJe 4.6.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. ADICIONAL DE ALÍQUOTA. DESTINAÇÃO AO FUNDO DE COMBATE À POBREZA. CONSTITUCIONALIDADE. DECRETO ESTADUAL 32.646/2003. EC 42/2004. A decisão agravada está em consonância com a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido da validade do adicional de alíquota do ICMS destinado ao Fundo de Combate a Pobreza. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE 538.679-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ICMS. ADICIONAL. LEI ESTADUAL N. 4.056/02. FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA. CONTROVÉRSIA APÓS A EC 42/03. O Supremo Tribunal Federal, na decisão proferida na ADI n. 2.869, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 13.5.04, fixou que 'o art. 4º da Emenda Constitucional nº 42/2003 validou os adicionais criados pelos Estados e pelo Distrito Federal, ainda que estes estivessem em desacordo com o previsto na Emenda Constitucional nº 31/2000. Sendo assim, se pairavam dúvidas acerca da constitucionalidade dos diplomas normativos ora adversados, estas foram expressamente enxotadas pelo mencionado art. 4º'. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 570.016-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 12.9.2008).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. FUNDO ESTADUAL DE COMBATE À POBREZA: CONVALIDAÇÃO PELA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 42/03. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO ” (RE 606.127-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.12.2010).

Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o acórdão recorrido.7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc.

II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.960 (529)ORIGEM : AC - 20120126930 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : UNIMED NATAL - SOCIEDADE COOPERATIVA DE

TRABALHO MEDICOADV.(A/S) : MURILO MARIZ DE FARIA NETO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ANDRE LUIS COSTA BARBOSAADV.(A/S) : SÉSIOM FIGUEIREDO DA SILVEIRA E OUTRO(A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário em face de acórdão assim ementado:

“PROCESSUAL CIVIL. APELO EM AÇÃO ORDINÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR CERCEAMENTO DE DEFESA, SUSCITADA PELO APELANTE. TRANSFERÊNCIA PARA O MERITUM CAUSAE. MÉRITO: LASTRO PROBATÓRIO SUFICIENTE A EDIFICAR O CONVENCIMENTO DO MAGISTRADO. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE QUE SE MOSTRA COERENTE. INOCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE QUE NÃO SE ALCANÇA. NEGATIVA DA COOPERATIVA EM INTEGRAR MÉDICO DEVIDAMENTE HABILITADO EM SEU QUADRO DE CREDENCIADOS. NECESSIDADE REFLETIDA NA DESPROPORÇÃO ESPECIALISTAS/USUÁRIOS (01/4.831) CONDUTA MALFERIDORA DA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA (LEI 5.764/71) E DO PRINCÍPIO DA PORTA ABERTA. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ. SENTENÇA MANTIDA. CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO”. ( eDOC 2, p. 90)

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação ao artigo 5º, incisos II e XVIII, do texto constitucional.

Sustenta-se que cumpre ao Conselho de Administração da Cooperativa estabelecer os critérios para a admissão de novos cooperados.

Argumenta, ainda, que cabe à cooperativa a liberdade de se organizar, sem a intervenção estatal, e estabelecer direitos e obrigações por meio do seu Estatuto social e Regimento Interno.

Decido. A pretensão recursal não merece prosperar. Isso porque, para se ultrapassar as premissas firmadas nas

instâncias originárias, faz-se imprescindível o reexame do acervo fático-probatório dos autos, da legislação infraconstitucional aplicável e das cláusulas constantes do Estatuto, o que é inviável pela via do apelo extremo. Incidem, no caso, os Enunciados 279, 454 e 636 da Súmula do STF.

Nesse sentido, o AI-ED 832.624, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 16.5.2011; e o AI-AgR 805.455, de minha relatoria, DJe 11.4.2012, este assim ementado:

“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista. Cooperativa médica. Limitação de exames e consultas. Matéria

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 161

infraconstitucional. Interpretação de cláusulas contratuais e reexame de matéria fático-probatória. Enunciados 279 e 454 da Súmula do STF. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento”.

Ademais, a alegada afronta ao art. 5º, inc. II, da Constituição da República esbarra no óbice no Enunciado 636 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, que dispõe que “não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.071 (530)ORIGEM : AC - 20120029973 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : FRANCISCO SOLIDON FERNANDES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO ALEXSANDRO LISBOA CÂMARA E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES MEDEIROS DA NOBREGAADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE MARQUES SOUTO

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.

USUCAPIÃO. IMÓVEL MUNICIPAL. SÚMULAS N. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO. BEM USUCAPIENDO QUE PERTENCE À FAZENDA MUNICIPAL. PROVA DOCUMENTAL NESTE SENTIDO. DECRETO ADMINISTRATIVO EXPROPRIATÓRIO. BENS PÚBLICOS QUE NÃO PODEM SER OBJETO DE PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. INTELIGÊNCIA DO ART. 183, § 3º E 191, PARÁGRAFO ÚNICO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO VERIFICADA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO”(grifos nossos).

Os embargos declaratórios opostos pelos Agravantes foram rejeitados.

2. Os Agravantes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, incs. XXII e XXIII, da Constituição da República.

Afirmam que “em hipótese alguma poder-se-ia alegar que o terreno em questão constitui bem de domínio público do Município de Natal, visto que houve a revogação parcial do Decreto de n. 2.294/79 pelo Decreto n. 2.766/83, que exclui da área sujeita à expropriação pela primeiro Decreto o imóvel, objeto da presente demanda, consoante demonstrando nas instâncias ordinárias”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob os fundamentos de ausência de ofensa constitucional direta e de incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.6. Concluir de modo diverso do que decidido pelo Tribunal a quo

demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante do processo e da legislação infraconstitucional aplicável na espécie (Decreto municipais n. 2.294/79 e 2.766/83), procedimento inviável de ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide no caso as Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal:

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. CONTROVÉRSIA SOBRE A TITULARIDADE DO DOMÍNIO DO BEM. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA.

AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 576.930-AgR/PR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 4.6.2010).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. USUCAPIÃO ESPECIAL. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO” (AI 857.803-AgR/MG, de minha relatoria, Segunda Turma, DJ 5.3.2013).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. USUCAPIÃO DE DOMÍNIO ÚTIL DE IMÓVEL PÚBLICO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. OFENSA REFLEXA. 1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a controvérsia acerca da possibilidade de usucapião de domínio útil de imóvel público dado em enfiteuse a particular demanda a análise da legislação infraconstitucional pertinente. Caso em que ofensa à Magna Carta de 1988, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta. 2. Agravo regimental desprovido” (RE 370.415-AgR/RS, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJ 28.3.2012).

Nada há a prover quanto às alegações dos Agravantes. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.084 (531)ORIGEM : AC - 20110111924993 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ISAMI RIBEIRO DA COSTA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : VICTOR ALVES MARTINS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão composto pela sela seguinte ementa:

“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL – GDO” (e-STJ - fl. 110).

No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, caput, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Leis Distritais 51/1989 e 3.824/2006), bem como no conjunto fático probatório constante dos autos. Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquelas normas pelo juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, além de incidir, na espécie, as Súmulas 279 e 280 do STF. No mesmo sentido, menciono o seguinte julgado:

“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Servidor da carreira 'assistência pública à saúde do Distrito Federal'. Pagamento da Gratificação de Desempenho Organizacional. Controvérsia decidida com base na legislação local (Lei Distrital 3.824/2006). Óbice do Enunciado 280 da Súmula do STF. 3. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 743.068-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes).

Ademais, este Tribunal entende inadmissível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.154 (532)ORIGEM : AMS - 00001162719994036109 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE SANTA

CRUZ DAS PALMEIRASADV.(A/S) : RICARDO DE OLIVEIRA CONCEIÇÃOADV.(A/S) : DIMAS ALBERTO ALCANTARARECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 162

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no AI 800.074-RG/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada:

“Requisitos de admissibilidade. Mandado de segurança. Revisão. Recurso Extraordinário. Não cabimento. Matéria infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral.”

O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.201 (533)ORIGEM : PROC - 00150905620108260565 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTO ANDRÉPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : LEONARDO ALVES ZUFFOADV.(A/S) : LUIS HENRIQUE FAVRETADV.(A/S) : MARCUS VINÍCIUS LOBREGAT E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : CARLOS RICARDO SAMBRA E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS MANCINI FEDATTO E OUTRO(A/S)

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação dos arts. 5º, XXXVI, e 93, IX, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:

“Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09).

“Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08).

“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03).

O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional indicado nas razões recursais, consagrador dos princípios da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis:

"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO

DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).

"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.204 (534)ORIGEM : PROC - 00042459720118260348 - TJSP - COLÉGIO

RECURSAL - SANTO ANDRÉPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA - ELETRICIDADE

DE SÃO PAULO S/AADV.(A/S) : ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ NILTON BUSELLIADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Colégio Recursal da 3ª Circunscrição Judiciária do Estado de São Paulo (Comarca de Santo André), assim ementado:

“POSTE DE SUSTENTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA SITUADO EM LOCAL QUE CAUSA TRANSTORNOS A PROPRIETÁRIO DE IMÓVEL – REMOÇÃO SEM CUSTO PARA O CONSUMIDOR – CF. ART. 2° DA LEI ESTADUAL 12.635/2007 – SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – ART. 46 DA LEI 9.099/95.” (fl. 62).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, inciso III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal, sustenta-se, em preliminar, a repercussão geral da matéria deduzida no recurso. No mérito, aponta-se violação ao artigo 22, incisos I e IV, do texto constitucional.

Alega-se, em síntese, que a Lei Estadual, 12.635/2007 (embasadora do acórdão recorrido) seria inconstitucional, uma vez que conteria vício de iniciativa, pois legislar sobre energia elétrica seria de competência privativa da União.

Decido.A irresignação não merece prosperar.O acórdão recorrido manteve a decisão de primeiro grau pelos seus

próprios fundamentos, a qual decidiu a controvérsia com base no acervo probatório dos autos. Assim, para se chegar a entendimento diverso do consignado, far-se-ia imprescindível a revisão dos fatos e provas constantes dos autos, bem como a análise e interpretação da legislação local aplicada ao caso (Lei Estadual, 12.635/2007), providências vedadas, no âmbito do apelo extremo, pelas súmulas 279 e 280 do STF, respectivamente.

Nesse mesmo sentido:“AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSUMIDOR.

FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS E DA ANÁLISE PRÉVIA DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (ARE 648.467, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje 4.8.2011)

“AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA. NEXO DE CAUSALIDADE. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 163

AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.” (ARE 713.815, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje 4.2.2013).

Quanto à alegada inconstitucionalidade da Lei Estadual 12.635/2007, com base na qual o Tribunal a quo, ao manter o decidido em primeiro grau, fundamentou sua decisão, verifico que se trata de mera inovação recursal que não tem o condão de alterar o consignado no acórdão recorrido. Sobre o tema, há de se lembrar do enunciado da Súmula 282 desta Corte, verbis: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.

Ainda que assim não fosse, verifico que o entendimento do STF é na seguinte direção:

“Também é incabível o recurso extraordinário fundado na alínea c do inc. III do art. 102 da Constituição. Para a interposição de recurso extraordinário com respaldo nessa alínea não basta que o acórdão recorrido tenha aplicado a lei estadual vigente contestada “em face desta Constituição”. É preciso que o acórdão recorrido faça prevalecer a lei local em detrimento da Constituição, o que não se deu no presente caso.” (ARE 715.040, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 16.11.2012).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ALÍNEA 'C' DO INCISO III DO ARTIGO 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A conclusão sobre o cabimento do recurso extraordinário pela alínea 'c' do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal pressupõe haja a Corte de origem homenageado a lei estadual em detrimento da Carta. Inexistente tal fato, impossível é entender pelo trânsito do extraordinário.” (AI-AgR 138.298, Rel. Min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ 30.4.1992).

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (arts. 21, § 1º, do RISTF e 557, caput, do CPC).

Publique-se. Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.270 (535)ORIGEM : AC - 200001000617349 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSE LAGE ANTAORECTE.(S) : WAGNER ANTONIO PIRESADV.(A/S) : LARIEL RIBAMAR SOUZA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASILPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1) ALEGAÇÃO DE

CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE N. 748.371. 2) CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. DESCABIMENTO DO RECURSO PELA ALÍNEA D DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea d, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região:

“ADMINISTRATIVO E COMERCIAL. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. IRREGULARIDADES CONSTATADAS EM INSPEÇÃO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL. LEGALIDADE DO ATO (LEI N. 6.024/1974, ART. 15, INCISO I, ALÍNEAS “A”, “B” E “C”). PEDIDO DE ANULAÇÃO. IMPROCEDÊNCIA. SENTENÇA MOTIVADA. NULIDADE. NÃO-OCORRÊNCIA.

1. Não se afigura desmotivada a sentença que, embora de maneira sucinta, traz fundamentos suficientes à solução da lide, tal como proposta pela parte.

2. Apurado pela fiscalização do Banco Central do Brasil (BACEN) que a instituição financeira, em decorrência da prática de inúmeras irregularidades, encontrava-se em situação de insolvência, a decretação de sua liquidação extrajudicial constitui ato legítimo, que se insere nas atribuições da autarquia, consoante previsto no art. 15, inciso I, alíneas “a”, “b” e “c”, da Lei n. 6.024/1974.

3. Sentença confirmada.4. Apelação desprovida”.2. Os Agravantes alegam que o Tribunal a quo teria contrariado o art.

93, inc. IX, da Constituição da República e o princípio da ampla defesa.Argumentam que “a opinião particular de que a sentença monocrática

não teria ocorrido na falta de fundamentação da tese, data vênia desse entendimento, pelo contrário, a sentença monocrática não chegou ao âmago da tese e os recorrentes demonstrarão a esta Egrégia Turma os seus fundamentos que mudarão a história dos fatos, para surgir a verdade desses mesmos fatos dentro do direito”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem sob o fundamento de incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 6. Incabível o extraordinário pela alínea d do inc. III do art. 102 da

Constituição da República. A análise do recurso extraordinário interposto por essa alínea depende da configuração nos autos de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação, não sendo cabível, no entanto, quando há mera pretensão de revisão da interpretação dada à norma infraconstitucional.

No julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento 132.755, Redator para o acórdão o Ministro Dias Toffoli, o Ministro Marco Aurélio esclareceu que:

“Na alínea d, Presidente, não está essa explicitação e, então, em visão primeira, admitir-se-ia recurso extraordinário desde que contestada lei local em face de lei federal, inclusive quanto ao mérito em si. Foi quando imaginamos que o alcance desse preceito não é outro senão submeter ao Supremo a competência legiferante, ou seja, apenas quando em discussão - na Corte de origem e formalizado o acórdão impugnado mediante o extraordinário -, em termos de competência, se cabe ao Poder Legislativo local ou federal disciplinar a matéria, é que se abre a porta para chegar ao Supremo. Fora isso, o Supremo ficará inviabilizado se admitirmos todo e qualquer conflito entre a lei local e a federal” (DJe 25.2.2010).

E ainda: RE 682.313/RS, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 18.5.2012 e RE 561.718, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 6.5.2010.

7. Ademais, a alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação.

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, “o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RE 140.370, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).

E no julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário n. 748.371, Relator o Ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal assentou a inexistência de repercussão geral quanto às alegações de contrariedade aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, quando o exame da questão depende de prévia análise da adequada aplicação de normas infraconstitucionais:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral” (DJe 1º.8.2013).

Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 11 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.333 (536)ORIGEM : PROC - 50042775820114047107 - TRF4 - RS - 3ª

TURMA RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : GENIR BALDINADV.(A/S) : ELIANE PATRÍCIA BOFF

DECISÃO: Trata-se de agravo contra decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário que impugna acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul o qual concedeu o benefício previdenciário à parte recorrida (eDOC 112, p. 1-2).

Opostos os embargos declaratórios, estes foram rejeitados (eDOC 128, p. 1-2).

No recurso extraordinário, interposto com fundamento no artigo 102, III, a e b, da Constituição Federal, aponta-se violação dos artigos 5º, XXXV, XXXVI, LIII, LIV e LV, do texto constitucional.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 164

Alega-se que o feito foi julgado procedente sem que os argumentos trazidos pelo recorrente fossem analisados pela Turma Recursal.

É o relatório.Decido.O recurso não merece prosperar.Inicialmente, verifico que o acórdão recorrido decidiu a controvérsia

com fundamento na análise dos elementos fático-probatórios constantes dos autos (Enunciado 279 da Súmula do STF) e na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.213/91). A ofensa à Constituição, caso existente, dar-se-ia de maneira indireta ou reflexa, o que não enseja a abertura da via extraordinária. Confiram-se, a propósito, os seguintes precedentes:

“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 2. Previdenciário. Restabelecimento de auxílio-doença. Conversão em aposentadoria por invalidez. Comprovação da incapacidade. Reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Agravo regimental a que se nega provimento”. (ARE 732.730-AgR/RJ, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 4.6.2013)

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”. (AI 806.029-AgR/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.11.2010)

Com relação ao art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, verifico que o acórdão impugnado decidiu a controvérsia à luz da legislação aplicável à espécie. A ofensa à Constituição, se ocorresse, seria indireta, o que não enseja a abertura da via extraordinária.

Nesse sentido, confiram-se o RE 690.518-AgR/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 04.9.2013; e o ARE 753.763-AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 30.8.2013, este último assim ementado:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”.

Ademais, enfatizo que é firme a jurisprudência desta Corte de que mera alegação de violação aos primados constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório é insuficiente para viabilizar o processamento de recurso extraordinário quando a norma constitucional for atingida apenas de forma reflexa. Nesse sentido, os julgamentos do RE-AgR 559.816, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 4.5.2011; e o AI-AgR 635.789, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.4.2011, cuja ementa transcrevo:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Ato jurídico perfeito. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas 636 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido”.

Por fim, anoto que o acórdão recorrido não declarou inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, limitando-se a analisar o caso com base em leis federais. Desse modo, não há que se falar em interposição do recurso extraordinário com fundamento na alínea “b” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.

Ante o exposto, conheço do presente agravo para negar-lhe provimento (Art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.466 (537)ORIGEM : AC - 10024101157709001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS - FUNEDPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ANDRÉ FELIPE LEAL BERNARDESADV.(A/S) : JOSÉ RENATO DE MORAIS COSTA

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita, no que importa:

“PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO À EFICIENTIZAÇÃO DO SERVIÇO (GIEFS). VANTAGEM PECUNIÁRIA QUE INTEGRA O CONCEITO DE REMUNERAÇÃO. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO NATALINA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

(...)4. A gratificação de incentivo à eficientização dos serviços – GIEFS

– , embora possua natureza transitória, razão pela qual seve ser computada na base de cálculo da ratificação natalina, caso tenha sido percebida pelo servidor no mês de dezembro” (fl. 107).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 7º, VIII, 37, XIV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Estadual 11.406/1994 e 12764/64). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquelas normas pelo Juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta, além de incidir, na espécie, a Súmula 280 do STF. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO. INTEGRAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA GRATIFICAÇÃO NATALINA. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 833.976-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia).

Indico, no mesmo sentido, as seguintes decisões, entre outras: RE 724.499/MG, de minha relatoria; e ARE 678.095/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput ). Publique-se. Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.597 (538)ORIGEM : AC - 199940000027899 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 1ª REGIAOPROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO -

CONABADV.(A/S) : EDER JACOBOSKI VIEGAS E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ RIBAMAR LUSTOSA DE ALENCARADV.(A/S) : FILOMENO LUSTOSA NOGUEIRA FILHO

DECISÃO.Vistos.Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu o recurso

extraordinário o qual alega contrariedade ao artigo 5º, incisos II, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal.

Decido.Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto

contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.

Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão.

A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes” (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).

Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas na legislação infraconstitucional pertinente. Assim, a afronta aos dispositivos constitucionais suscitados no recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Ademais, o acolhimento da pretensão recursal demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e das cláusulas do contrato celebrado entre as partes, o que se mostra incabível em sede extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454 desta Corte. Sobre o tema:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 165

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COMPRA E VENDA DE MADEIRA. RESCISÃO CONTRATUAL. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL, DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS E DAS PROVAS INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 454. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 847.594/MG-ED, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/9/11).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se. Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.826 (539)ORIGEM : PROC - 00059025220128260053 - COLÉGIO

RECURSAL CENTRAL DA CAPITAL/SPPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREVPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : LUCAS NILTON DA SILVA OLIVEIRA CORREIAADV.(A/S) : ADRIANA PIRES VIEIRA

Vistos etc.Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário,

exarado pela Presidência do Tribunal a quo, foi manejado agravo. Na minuta, sustenta-se que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aparelhado o recurso na violação do art. 5º, XXXV e LV, da Lei Maior.

É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de

seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.

Não há falar em afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais, porquanto, no caso, a suposta ofensa somente poderia ser constatada a partir da análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário.

Dessarte, desatendida a exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal. Aplicação da Súmula 280/STF: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido: AI 564.892-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 19.11.2012; e AI 934.385-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJe 20.5.2011, cuja ementa transcrevo:

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Pensão. Dependência econômica. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido”.

“Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Previdenciário. Concessão de pensão por morte a menor sob guarda da avó. 3. Controvérsia decidida à luz da interpretação dada pelo Tribunal a quo aos dispositivos legais aplicáveis ao caso (leis 7.249/98, do Estado da Bahia, e 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente). Incidência da Súmula 636. 4. Agravo regimental a que se nega provimento”.

Outrossim, o Tribunal de origem, na hipótese em apreço, lastreou-se na prova produzida para firmar seu convencimento, razão pela qual aferir a ocorrência de eventual afronta aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo exigiria o revolvimento do quadro fático delineado, procedimento vedado em sede extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.

Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República.

Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2013.

Ministra Rosa WeberRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.913 (540)ORIGEM : AREsp - 200902010180952 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃO

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JOSÉ DE SOUZA FILHOADV.(A/S) : KATARINA BARBARA ANASTACIA DO NASCIMENTO E

OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃOAGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO.

EXECUÇÃO FISCAL. INDICAÇÃO DE NOME DE SÓCIO NA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE PRÉVIA DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO

Relatório1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso

extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região:

“PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. ALEGAÇÕES REPETIDAS. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. Questões relativas à relação jurídica que deu origem ao crédito, que demandem produção de prova, não podem ser decididas em sede de exceção de pré-executividade.

2. Não logrou o agravante comprovar sua ausência de responsabilidade pela constituição da dívida, não restando ilegítima sua inclusão no pólo passivo da demanda.

3. A agravante apenas repete as alegações já devidamente apreciadas por ocasião da decisão monocrática.

4. Agravo interno desprovido”.No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator

afirmou:“Assim, questões relativas à relação jurídica que deu origem ao

crédito, que demandem produção de prova, não podem ser decididas em sede de exceção de pré-executividade.

O STJ já é pacífico com relação à responsabilidade de sócios-gerentes de pessoas jurídicas sob execução fiscal, entendendo que, ao constar o nome da pessoa física co-responsável tributária na Certidão de Dívida Ativa (CDA), há presunção juris tantum de legitimidade da mesma, cabendo ao executado o ônus da prova para afastar a incidência da responsabilidade subsidiária prevista no art. 135 do CTN, conforme decisões já proferidas pelo STJ” (grifos nossos).

Os embargos de declaração opostos pelo Agravante foram rejeitados.2. O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º,

inc. XIII, 146, inc. III, alínea b, 170, parágrafo único, da Constituição da República.

Argumenta que “não há nos autos demonstração de que houve procedimento administrativo no sentido de comprovar a ingerência por parte do Recorrente, permitindo-se concluir que a norma autorizadora para a Autarquia Previdenciária incluir os sócios da empresa devedora na CDA foi o art. 13 e seu parágrafo único, da Lei Federal n° 8.620/1993”.

Sustenta que “jamais poderia uma lei ordinária estabelecer diretrizes especificas para o crédito tributário de natureza previdenciária , olvidando-se que estes também se submetem ao art. 146, III, b, CF/88, que ora se enaltece violado, sendo a responsabilidade tributária decorrente do rol exemplificativo ali contido. Assim, derrubada a inclusão automática dos sócios na CDA pelo simples inadimplemento da obrigação tributaria previdenciária, uma vez que cabe à lei complementar estabelecer normas sobre responsabilidade , apenas as hipóteses dos arts. 134 e 135 do CTN ensejariam a lavratura da COA em nome do sócio da sociedade limitada”.

Aduz que“a lei prevê que, quando houver inadimplemento da pessoa

jurídica, a responsabilidade pelo pagamento dos tributos pode ser transferida para seus diretores, gerentes ou responsáveis, sob determinadas condições.

É o que determina o comando do artigo 135, inciso III, do Código Tributário Nacional, verbis:

(...)De acordo com o citado comando legal, esta responsabilidade só

poderá ser transferida para a pessoa do sócio administrador , para o diretor responsável ou para o representante legal capaz. Além disso, esta transferência só pode acontecer quando houver prova de que estes praticaram qualquer um dos atos irregulares descritos no caput do artigo”.

3. O recurso extraordinário foi inadmitido pelo Tribunal de origem ao fundamento de inexistir ofensa constitucional direta.

Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei

n. 12.322/2010, aplicável ao processo penal nos termos da Resolução n. 451/2010 do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário processa-se nos autos do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 166

processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso.

Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário.

5. Não assiste razão jurídica ao Agravante.6. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias

originárias demandaria a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Código Tributário Nacional, Código de Processo Civil e Lei n. 8.620/1993) e o reexame do conjunto fático-probatório do processo. Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que inviabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. REGULARIDADE FORMAL DA CDA. PEDIDO DE EXCLUSÃO DO NOME DE SÓCIO DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA EM FASE DE EXECUÇÃO. ANÁLISE DE MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL” (AI 782.205-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 12.12.2012).

“Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário. CDA. Multa. Requisitos. Nulidade. Súmula nº 279 desta Corte. Contraditório e ampla defesa. Legalidade. Ofensa reflexa. 1. O exame da controvérsia relativa à nulidade da certidão de dívida ativa que fundamenta a execução fiscal pressupõe a análise da legislação infraconstitucional aplicável, bem como das provas e dos documentos constantes nos autos, o que impede o conhecimento do recurso extraordinário. 2. A afronta aos princípios da ampla defesa, do contraditório e da legalidade, configuram, no caso, mera ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, inviabilizadora do prosseguimento do recurso extraordinário. 3. A caracterização do efeito confiscatório da exação enseja reexame do suporte fático do caso concreto, o que é vedado em sede de recurso extraordinário. 4. Agravo regimental não provido” (AI 765.222-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 5.9.2012).

“TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR DE PESSOA JURÍDICA. VIOLAÇÃO DA LEI, DE ESTATUTO OU DE CONTRATO SOCIAL. MERO INADIMPLEMENTO. FALÊNCIA. PROCESSUAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. Os princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal são plenamente aplicáveis ao ato administrativo de constituição do crédito tributário, que é plenamente vinculado. Tal como posta a questão nestes autos, toda a discussão se resume ao exame do cabimento da exceção de pré-executividade para discussão da validade da atribuição de responsabilidade tributária. Autos do processo administrativo ausentes. Falta de prequestionamento e necessidade de reexame de fatos e de provas e da interpretação da legislação infraconstitucional (Súmulas 279, 282 e 636/STF). Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 718.320-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 18.9.2012).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL PROPOSTA PELA FAZENDA PÚBLICA. INEXIGIBILIDADE DO PRÉVIO PROCESSO DE CONHECIMENTO. NULIDADE DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - CDA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 404.663-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 14.8.2009).

Nada há a prover quanto às alegações do Agravante.7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II,

alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.960 (541)ORIGEM : AC - 03294809320108190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : VITÓRIA RÉGIA DA SILVA RANCESADV.(A/S) : OSVALDO SIROTA ROTBANDERECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PARA A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO - FIA/RJPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

DECISÃO: O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado –

conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como

indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto.

Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância “a quo”. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do órgão de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 16 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.977 (542)ORIGEM : AC - 20100111672554 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOS

DECISÃO: Tendo em vista o regular preenchimento dos pressupostos de admissibilidade, dou provimento ao agravo e determino o processamento do recurso extraordinário.

Remetam-se os autos à Procuradoria-Geral da República para parecer.

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.104 (543)ORIGEM : PROC - 00214350220118170000 - TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCOPROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E

PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO

RECDO.(A/S) : ANTONIO FERNANDO SODRÉ DA MOTAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS NOBRE PESSÔA

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Sob tal perspectiva, revela-se absolutamente inviável o recurso extraordinário em questão.

Com efeito, a verificação, em sede recursal extraordinária, do caráter genérico, ou não, de determinada vantagem pecuniária de natureza funcional revela-se, a princípio, inviável, consoante evidencia decisão emanada da colenda Segunda Turma desta Suprema Corte:

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal ‘a quo’ o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 167

Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República.”

(RE 586.949/MG, Rel. Min. CEZAR PELUSO – grifei)Essa orientação jurisprudencial vem sendo observada, por

eminentes Juízes desta Corte, em sucessivas decisões proferidas sobre o tema ora em exame (AI 806.315-AgR/PA, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 528.237-AgR/PE Rel. Min. DIAS TOFFOLI – RE 566.114/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 567.699/BA, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 595.054/PR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – RE 596.976/MT, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.).

De outro lado, e no que se refere à alegada violação ao art. 97 da Constituição, cabe observar que a pretensão recursal ora deduzida também se revela inacolhível, eis que a análise do acórdão recorrido evidencia que, na espécie, não houve qualquer declaração de inconstitucionalidade de diploma legislativo ou de ato normativo a ele equivalente, em clara demonstração de que se revela impertinente, na espécie, a fundamentação com que a parte ora agravante pretendeu justificar a interposição do recurso extraordinário.

No caso em análise, como já enfatizado, não houve qualquer declaração de inconstitucionalidade, tanto que o acórdão impugnado em sede recursal extraordinária resultou de julgamento efetuado por órgão fracionário do E. Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, considerada, na espécie, a inaplicabilidade da cláusula inscrita no art. 97 da Constituição da República, cuja prescrição – ressalte-se – somente incidirá na hipótese de a decisão do Tribunal importar em proclamação da invalidade constitucional de determinado ato estatal (RTJ 95/859 – RTJ 96/1188 – RT 508/217 – RF 193/131):

“Nenhum órgão fraccionário de qualquer Tribunal dispõe de competência, no sistema jurídico brasileiro, para declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos emanados do Poder Público. Essa magna prerrogativa jurisdicional foi atribuída, em grau de absoluta exclusividade, ao Plenário dos Tribunais ou, onde houver, ao respectivo Órgão Especial. Essa extraordinária competência dos Tribunais é regida pelo princípio da reserva de Plenário, inscrito no artigo 97 da Constituição da República.

Suscitada a questão prejudicial de constitucionalidade perante órgão fraccionário de Tribunal (Câmaras, Grupos, Turmas ou Seções), a este competirá, em acolhendo a alegação, submeter a controvérsia jurídica ao Tribunal Pleno.”

(RTJ 150/223-224, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, portanto, no tocante à suposta transgressão ao art. 97 da

Constituição, que não se revela viável o recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante, em face da própria ausência de declaração de inconstitucionalidade, efetivamente inexistente na espécie ora em exame.

Torna-se forçoso concluir, portanto, que se revela inviável o apelo extremo em questão, cabendo ressaltar, por necessário, que esse entendimento tem prevalecido na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, cujas decisões, na matéria, acentuam a inviabilidade processual do recurso extraordinário, quando, interposto com fundamento em alegada violação ao art. 97 da Carta Política, impugna, como no caso, decisão que não declarou a inconstitucionalidade dos diplomas normativos questionados (AI 654.893-ED/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – AI 684.976-AgR/MG, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 733.334-AgR/RJ, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 736.977-AgR/CE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – AI 769.804-AgR/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 791.673-AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – RE 527.814-AgR/PR, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.):

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGADA CONTRADIÇÃO DO ACÓRDÃO EMBARGADO QUE AFASTOU A OFENSA AO ART. 97 DA CF.

Balda que não se verificou, explicitado que se acha, no aresto embargado, que o Tribunal a quo afastou a aplicação, na hipótese, de norma infraconstitucional, sem, contudo, declará-la inconstitucional.

Embargos rejeitados.”(AI 230.990-AgR-AgR-ED/DF, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO TRIBUNAL ‘A QUO’. AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.”

(AI 799.809-AgR/PE, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA)Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas,

conheço do presente agravo, para negar-lhe provimento, eis que correta a decisão que não admitiu o recurso extraordinário a que ele se refere (CPC, art. 544, § 4º, II, “a”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.284 (544)ORIGEM : APCRIM - 00022324720004036181 - TRIBUNAL

REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : BARUCH ROTHADV.(A/S) : JOÃO BATISTA TAMASSIA SANTOSRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos.Baruch Roth interpõe agravo contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário assentado em contrariedade aos arts. 5º, incisos I, XXXIV, XXXV, LIV, LV e LXVII, 37 e 150, inciso II, todos da Constituição Federal.

Examinados os autos, decido. O recurso encontra-se prejudicado.É que o Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de

Justiça, ao assentar a prejudicialidade do REsp nº 1.294.899/SP, paralelamente interposto, extinguiu, de ofício, a punibilidade do recorrente, tendo em vista a consumação da prescrição da pretensão punitiva estatal.

E decisão encontra-se assim sintetizada:“RECURSO ESPECIAL. PENAL. APROPRIAÇÃO INDÉBITA

PREVIDENCIÁRIA. ART. 168-A DO CÓDIGO PENAL. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. LAPSO CONSUMADO.

Extinção da punibilidade declarada, de ofício, restando prejudicado o recurso especial”(fl. 1.021).

Essa decisão transitou em julgado em 4/9/13, conforme certidão de fl. 1.028.

Com efeito, a apreciação da pretensão formulada no presente recurso extraordinário encontra-se prejudicada pela decisão havida no recurso especial.

Anote-se que a jurisprudência deste Supremo Tribunal é assente no sentido de que, nos casos como o presente, há o prejuízo do recurso extraordinário ou do respectivo agravo de instrumento interpostos. Nesse sentido as seguintes decisões monocráticas: RE nº 588.768/RS, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 23/6/08; RE nº 434.133/DF, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 27/9/04; e RE nº 432.537/RJ, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/9/04.

Ante o exposto, nos termos dos arts. 21, inciso IX, do RISTF, e 38 da Lei nº 8.038/90, julgo prejudicado o recurso extraordinário, por perda superveniente de objeto.

Publique-se. Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.303 (545)ORIGEM : RS - 50089282720114047110 - TRF4 - RS - 1ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : CARLOS ROBERTO PETERADV.(A/S) : WILLIAM FERREIRA PINTO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: : Trata-se de agravo interposto contra decisão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul que, aplicando a sistemática da repercussão geral, não admitiu o apelo extremo.

Na espécie, a decisão recorrida aplicou o art. 543-B do CPC, com fundamento no entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE-RG 583.834, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 1º.8.2008, por entender que o acórdão recorrido está em sintonia com o citado posicionamento.

Decido.O recurso não merece conhecimento.Registre-se que esta Corte, na Questão de Ordem no AI 760.358, de

minha relatoria, DJe 3.12.2009, firmou o entendimento no sentido de que não cabe ao Supremo Tribunal Federal rever decisão que, na origem, aplica o disposto no art. 543-B do CPC, assim ementado:

“Questão de Ordem. Repercussão Geral. Inadmissibilidade de agravo de instrumento ou reclamação da decisão que aplica entendimento desta Corte aos processos múltiplos. Competência do Tribunal de origem. Conversão do agravo de instrumento em agravo regimental. 1. Não é cabível agravo de instrumento da decisão do tribunal de origem que, em cumprimento do disposto no § 3º do art. 543-B, do CPC, aplica decisão de mérito do STF em questão de repercussão geral. 2. Ao decretar o prejuízo de recurso ou exercer o juízo de retratação no processo em que interposto o recurso extraordinário, o tribunal de origem não está exercendo competência do STF, mas atribuição própria, de forma que a remessa dos autos individualmente ao STF apenas se justificará, nos termos da lei, na hipótese em que houver expressa negativa de retratação. 3. A maior ou menor aplicabilidade aos processos múltiplos do quanto assentado pela Suprema Corte ao julgar o mérito das matérias com repercussão geral dependerá da abrangência da questão constitucional decidida. 4. Agravo de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 168

instrumento que se converte em agravo regimental, a ser decidido pelo tribunal de origem”. (grifamos)

Nesse sentido, ressalta-se que não cabe a interposição do agravo previsto no artigo 544 de CPC contra decisão de tribunal de origem que aplica a sistemática da repercussão geral.

No caso, sequer a conversão do recurso em agravo regimental dirigido ao tribunal de origem é possível, uma vez que o agravo foi interposto após o entendimento firmado por este Supremo Tribunal Federal, que definiu o meio processual adequado para questionar essas decisões.

Ante o exposto, não conheço do presente agravo (art. 544, § 4º, I, do CPC).

Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.728 (546)ORIGEM : AREsp - 201003990065793 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 3ª REGIAOPROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : MARIA DAS DORES POMBAL TEIXEIRAADV.(A/S) : EDEMIR DE JESUS SANTOS E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão o qual manteve sentença que julgou procedente o pedido de concessão de benefício assistencial.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação aos arts. 97 e 203, V, da mesma Carta.

A pretensão recursal não merece acolhida.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 567.985-RG/

MT e o RE 580.963-RG/PR, redator para o acórdão o Min. Gilmar Mendes, declarou a inconstitucionalidade incidenter tantum do § 3º do art. 20 da Lei 8.742/93. Por oportuno, destaco trecho do referido julgado, veiculado no informativo 702 do STF:

“O Plenário, por maioria, negou provimento a recursos extraordinários julgados em conjunto — interpostos pelo INSS — em que se discutia o critério de cálculo utilizado com o intuito de aferir-se a renda mensal familiar per capita para fins de concessão de benefício assistencial a idoso e a pessoa com deficiência, previsto no art. 203, V, da CF (…)

Prevaleceu o voto do Min. Gilmar Mendes, relator do RE 580963/PR. Ressaltou haver esvaziamento da decisão tomada na ADI 1232/DF — na qual assentada a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 —, especialmente por verificar que inúmeras reclamações ajuizadas teriam sido indeferidas a partir de condições específicas, a demonstrar a adoção de outros parâmetros para a definição de miserabilidade. Aduziu que o juiz, diante do caso concreto, poderia fazer a análise da situação”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.903 (547)ORIGEM : APCRIM - 20080710320984 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOSPROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. DIAS TOFFOLIRECTE.(S) : CARLOS ALVES DA SILVAADV.(A/S) : VALTER FERREIRA XAVIER FILHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : JÚNIOR BATISTA DE SOUSAINTDO.(A/S) : LAÉRCIO FONTENELE ALBUQUERQUE LIMAINTDO.(A/S) : KELTON PEREIRA DE ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : KELSON PEREIRA DE ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : KELYS PEREIRA DE ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : KÉLBIA PEREIRA DE ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : FRANCISCO RAIMUNDO FONTENELE DE

ALBUQUERQUEINTDO.(A/S) : CLÉBER LEITE GUIMARÃES ARAÚJOINTDO.(A/S) : CELSON ALVES DA SILVAINTDO.(A/S) : LUIZ CARLOS DA SILVAINTDO.(A/S) : CARLOS PEREIRA DA SILVAINTDO.(A/S) : ELMAN MONTEIRO DA SILVAINTDO.(A/S) : JOSÉ ESPEDITO MARQUES DOS REISINTDO.(A/S) : HANS RARY SILVA CAMPOSINTDO.(A/S) : JURANDIR KALB DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : FRANCISCO DAS CHAGAS VERAS DE OLIVEIRA

DECISÃO: Vistos.Carlos Alves da Silva interpõe agravo visando impugnar decisão (fls.

3.537 a 3.540) que não admitiu recurso extraordinário, assentado em contrariedade ao art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal.

Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado:

“PENAL E PROCESSIAL PENAL. QUADRILHA ARMADA. RECEPTAÇÃO. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. ADULTERAÇÃO DE SINAIS IDENTIFICADORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. FALSIDADE IDEOLÓGICA. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS. INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS. PROVA ORAL. PENA. ADEQUAÇÃO.

1. Resultando do contexto probatório o conluio associativo para fins ilícitos, como também das outras imputações, não há como atender pretensão absolutória dos réus, com exceção de um deles (Luiz Carlos da Silva).

2. Diante da especificidade das condutas imputadas, não soa legítimo atribuir-se a causa de aumento do parágrafo único, do art. 288, do Código Penal, aos quadrilheiros, se a atuação, muitas das vezes, era solitária ou em dupla, não fornecendo o arcabouço probatório certeza se todos sabiam da utilização de arma de fogo quando da execução de cada evento.

3. Não há falar em qualificada a receptação se os agentes simplesmente procuravam alienar o que ilicitamente adquiriam, não podendo ser tachado de comerciante irregulares.

4. Adequa-se a reprimenda corporal e pena de multa haja vista atendimento parcial do inconformismo recursal.

5. Recursos dos réus parcialmente providos, com exceção do réu Luiz Carlos da Silva, que foi integral” (fl. 3.318).

Os embargos de declaração opostos (fls. 3.445 a 3.449) foram rejeitados (fls. 3.458 a 3.467).

Sustenta o agravante, nas razões do extraordinário, que “ o julgador não se atentou às justificativas apresentadas em juízo e utilizou, para sua convicção somente os elementos colhidos em fase policial, em clara afronta ao princípio da presunção de inocência” (fl. 3.520 – grifos do autor).

Examinados os autos, decido.Anote-se, inicialmente, que o acórdão proferido nos embargos de

declaração foi publicado após 3/5/07 (fl. 3.473), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do art. 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”.

No caso, o inconformismo não merece prosperar.Isto porque o preceito constitucional, em tese violado, não foi

devidamente prequestionado, sendo certo que esse ponto não foi objeto dos acórdãos recorridos. Incidência da Súmula n° 282 desta Corte. Anote-se que o fato de o recorrente ter trazido a questão constitucional no bojo dos embargos de declaração não é bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos embargos, o recurso de apelação e as respectivas contrarrazões não apresentaram a referida questão constitucional, hipótese em que já não se prestam os embargos declaratórios opostos contra o acórdão de segundo grau a suscitá-la pela primeira vez. Nesse sentido:

“1. Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo constitucional dado por violado (CF, art. 5º, II) não analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356. 2. Embargos de declaração, prequestionamento e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a decisão embargada tenha sido efetivamente omissa a respeito da questão antes suscitada. 3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: alegada violação a dispositivo constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636” (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06);

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 1. Ao contrário do que sustenta o agravante, os embargos de declaração, para fins de prequestionamento, servem para suprir omissão do acórdão recorrido em relação à matéria suscitada no recurso cabível ou nas contra- razões e não para inovar matéria constitucional não debatida nos autos. 2. Ausente o prequestionamento do art. 129, III, da Constituição, dado como contrariado. Não prescinde desse requisito, inerente ao cabimento do recurso de natureza extraordinária, a circunstância de poder a ilegitimidade ativa ad causam ser analisada em qualquer grau de jurisdição. 3. Agravo regimental improvido” (RE nº 434.420-AgR/DF, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 5/8/05).

Ademais, é certo que o Tribunal a quo ao decidir a questão se ateve ao exame da legislação infraconstitucional. Por consequência, a violação, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso extraordinário.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 169

Na esteira desse entendimento, destaco:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL.

EXPLORAÇÃO DE JOGOS DE AZAR. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DOS FATOS E DAS PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 759.897-AgR/RS, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10);

“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CRIMINAL. JOGOS DE AZAR. MÁQUINAS CAÇA-NÍQUEIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA AFRONTA AO INCISO III DO ART. 195 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido exigiria o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e do acervo fático-probatório dos autos. 2. Ofensa à Carta da República, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. 3. Quanto à alegada violação ao inciso III do art. 195 da Carta Magna, o aresto impugnado afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 4. Agravo regimental desprovido” (RE nº 582.479-AgR/RS, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJe de 16/10/09)

“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Apesar dos argumentos do Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. 2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento” (AI nº 649.191-AgR/DF, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/6/07).

Como se não bastasse, entender de forma contrária ao acórdão recorrido, como pretende o ora agravante, demandaria um reexame aprofundado do contexto fático-probatório dos autos, além de outros elementos intimamente ligados ao mérito da própria ação penal, o que é inviável na via eleita. Incidência, portanto, da Súmula nº 279/STF.

Perfilhando esse entendimento, destaco o seguinte julgado:“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

OFENSA AO ART. 5º, INCISOS LIV E LV. INVIABILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF Nº 279. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INQUÉRITO. CONFIRMAÇÃO EM JUÍZO DOS TESTEMUNHOS PRESTADOS NA FASE INQUISITORIAL. 1. A suposta ofensa aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa passa, necessariamente, pelo prévio reexame de fatos e provas, tarefa que encontra óbice na Súmula STF nº 279. 2. Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do art. 5º da Constituição. 3. Ao contrário do que alegado pelos ora agravantes, o conjunto probatório que ensejou a condenação dos recorrentes não vem embasado apenas nas declarações prestadas em sede policial, tendo suporte, também, em outras provas colhidas na fase judicial. Confirmação em juízo dos testemunhos prestados na fase inquisitorial. 4. Os elementos do inquérito podem influir na formação do livre convencimento do juiz para a decisão da causa quando complementam outros indícios e provas que passam pelo crivo do contraditório em juízo. 5. Agravo regimental improvido” (RE nº 425.734-AgR/MG, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 28/10/05).

Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2013.

Ministro DIAS TOFFOLIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.904 (548)ORIGEM : AREsp - 201324551284 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DO RIO DE JANEIROPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DO BRASILADV.(A/S) : RENATO OLIMPIO SETTE DE AZEVEDOADV.(A/S) : FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDORECDO.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA VIEIRARECDO.(A/S) : TELMA DOS SANTOS COELHOADV.(A/S) : GERARDO GALLO CANDIDO E OUTRO(A/S)

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no ARE 748.371-RG/MT, Rel. Min. GILMAR MENDES, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada:

“Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas

infraconstitucionais. Rejeição da repercussão geral.”O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal,

considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, “b”, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010).

Publique-se.Brasília, 12 de setembro de 2013.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.256 (549)ORIGEM : PROC - 00040456220098190055 - TJRJ - 5ª TURMA

RECURSALPROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CHARLES DA SILVA RABELOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : JORGE SIARDO RODRIGUES DE ALMEIDA AMADOADV.(A/S) : NEIDE VALENTIM FERREIRA DE AZEVEDO

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que o recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. No que toca à alegada ofensa ao artigo 93, IX, da Constituição Federal, o recurso diz respeito à tema cuja repercussão geral foi reconhecida, e já julgado no mérito, na análise do AI 791.292 RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de - TEMA 339). A fundamentação do acórdão recorrido alinha-se com as diretrizes estabelecidas nesse precedente.

4. Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável o exame da alegada violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, do acesso à justiça e à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa (ARE 748.371-RG/MG, Min. Gilmar Mendes, TEMA 660).

5. Por fim, (a) a Turma Recursal reputou desnecessária a intimação da defensoria pública tendo em vista a revelia anteriormente decretada – aspecto decisivo que não foi abordado no recurso, atraindo os óbices das Súmulas 283 e 284/STF e (b) os precedentes indicados, além de não se referirem à mesma situação destes autos, foram proferidos em matéria criminal, o que não é o caso do presente processo.

6. Diante do exposto, nego provimento ao agravo (RISTF, art. 21, § 1º).

Publique-se. Intime-se.Brasília, 13 de setembro de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKIRelator

Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.548 (550)ORIGEM : AC - 1387257220098090051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DO ESTADO DE GOIÁSPROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : AMBRÓSIO DA CRUZ VIANAADV.(A/S) : AMBROSIO DA CRUZ VIANARECDO.(A/S) : FINANCEIRA ITAÚ CBD S/A CRÉDITO,

FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 170

ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CORTESADV.(A/S) : LIDIANE MAURIZ ARAÚJO E OUTRO(A/S)

Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja ementa segue transcrita, no que importa:

“AGRAVO REGIMENTAL EM APELAÇÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NEGATIVA DE DÍVIDA. AUSÊNCIA DE INTERESSE. EXTINÇÃO DO FEITO. DEVIDA. PREQUESTIONAMENTO. AFASTADO POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART. 557, DO CPC. AUSÊNCIA DE FATO NOVO.

(...)“ (fl. 245 do e-STJ).No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se violação aos artigos 1º, II e III, e 5º, LV, da mesma Carta.A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o ora agravante não demonstrou as razões pelas quais

entende violados os dispositivos constitucionais indicados no recurso extraordinário. Assim, a deficiência na fundamentação do recurso não permite a exata compreensão da controvérsia. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da súmula 284 do STF. Nesse sentido, menciono julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“DIREITO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. SÚMULA STF 284. Incabível o recurso extraordinário quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exatada compreensão da controvérsia. Súmula 284/STF. Agravo regimental conhecido e não provido” (ARE 680.977-AgR/SP, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma).

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO DO APELO EXTREMO – INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284/STF – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO” (ARE 719.790-ED/PR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma).

Ainda que superado esse óbice, o recurso não prosperaria. Isso porque o acórdão recorrido decidiu a controvérsia com base no conjunto fático-probatório constante nos autos. Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional faz incidir na espécie a Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.054 (551)ORIGEM : PROC - 00089077020124013300 - TRF1 - BA - 1ª

REGIÃO - 1ª TURMA RECURSALPROCED. : BAHIARELATOR :MIN. GILMAR MENDESRECTE.(S) : JOSÉ RAMIRO SILVA SANTOSADV.(A/S) : MANOEL HERMES DE LIMA E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O assunto versado no recurso extraordinário corresponde ao tema 315 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE-RG 592.317, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 22.10.2010. Assim, devolvam-se os autos ao tribunal de origem, para que observe o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2013.

Ministro GILMAR MENDESRelator

Documento assinado digitalmente.

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ROSA WEBER

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 667.708 (552)ORIGEM : AC - 20080030818 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUALPROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASRECDO.(A/S) : ENENGI - EMPRESA NACIONAL DE ENGENHARIA E

CONSTRUÇÕES LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO DE ALBUQUERQUE MOURA

Determino a tramitação do presente feito na forma eletrônica, nos moldes do art. 29 da Resolução STF nº 427, de 20 de abril de 2010.

À Secretaria Judiciária, para as providências cabíveis.Publique-se.Brasília, 27 de agosto de 2013.

Ministra Rosa Weber

Relatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.862 (553)ORIGEM : AC - 10024060851144001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ESTADUALPROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : MAGMA CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOSADV.(A/S) : EVARISTO FERREIRA FREIRE JÚNIORADV.(A/S) : ELCIO FONSECA REIS

Despacho: Idêntico ao de nº 552

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.850 (554)ORIGEM : PROC - 200550010102947 - TRIBUNAL REGIONAL

FEDERAL DA 2ª REGIÃOPROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALRECDO.(A/S) : ALDEIR SOARES E OUTRO(A/S)ADV.(A/S) : LUÍS FERNANDO NOGUEIRA MOREIRA E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 552

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.458 (555)ORIGEM : PROC - 00121923020128260297 - TJSP - TURMA

RECURSAL - 55ª CJ - JALESPROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ROSA WEBERRECTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/AADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXAO CÔRTES E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ALEX APARECIDO DO AMARALADV.(A/S) : ANDRÉ MANOEL DE CARVALHO E OUTRO(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 552

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Apoio Técnico, conferi. PATRÍCIA PEREIRA DE MOURA MARTINS, Secretária Judiciária.

Brasília, 18 de setembro de 2013.

REPUBLICAÇÕES

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.461 (556)ORIGEM : AC - 10024080726615001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

ESTADO DE MINAS GERAISPROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKIRECTE.(S) : CARMEN SYLA GUIMARÃES MOURAADV.(A/S) : HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO E OUTRO(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, da Constituição Federal em que a parte recorrente sustenta, preliminarmente, a existência de repercussão geral da matéria e aponta ofensa, pelo juízo recorrido, a dispositivos constitucionais.

2. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que é ônus do recorrente a demonstração formal e fundamentada de repercussão geral da matéria constitucional versada no recurso extraordinário, com indicação específica das circunstâncias reais que evidenciem, no caso concreto, a relevância econômica, política, social ou jurídica. Não bastam, portanto, para que seja atendido o requisito previsto nos artigos 102, § 3º, da CF e 543-A, § 2º, do CPC, alegações genéricas a respeito do instituto, como a mera afirmação de que: (a) a matéria controvertida tem repercussão geral; (b) o tema goza de importância econômica, política, social ou jurídica; (c) a questão ultrapassa os interesses subjetivos da parte ou tem manifesto potencial de repetitividade; (d) a repercussão geral é consequência inevitável de suposta violação de dispositivo constitucional; ou, ainda, (e) a existência de jurisprudência pacífica desta Corte quanto ao tema discutido. Nesse sentido: ARE 691.595 AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/02/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14.2.2013; ARE 696.263-AgR/MG, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19.02.2013; AI 717.821 AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/08/2012.

Ora, no caso, a alegação de repercussão geral não está acompanhada de fundamentação demonstrativa nesses moldes exigidos pela jurisprudência do STF.

3. Adite-se, em relação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição, que o objeto deste recurso diz respeito a tema cuja existência de repercussão geral foi rejeitada por esta Corte na análise do ARE 748.371-RG (Rel. Min. GILMAR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

Page 171: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · embte.(s) :hidromecanica de vettori s/a adv.(a/s) :cairo roberto bittar hamÚ silva jÚnior embdo.(a/s) :municipio de recife

STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 171

MENDES, Tema 660), por se tratar de questão infraconstitucional. A decisão de inexistência de repercussão geral tem eficácia em relação a todos os recursos sobre matéria idêntica (art. 543-A, § 5º, do CPC c/c art. 327, § 1º, do RISTF).

4. Ademais, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia a partir de interpretação e aplicação das normas infraconstitucionais pertinentes (Leis 9.532/87 e 14.683/03 do Estado de Minas Gerais). A apreciação dos aspectos concernentes às referidas normas demanda análise de direito local, o que faz incidir o óbice constante da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal ("por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário"). Nesse sentido, RE 578.220-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe 21/05/2010; AI 733.711-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe 15/05/2009; AI 853.128-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe 21/05/2012.

Ademais, conforme reiterada jurisprudência desta Corte, é inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de alegada violação a dispositivo da Constituição Federal que, por não prescindir do exame de normas infraconstitucionais, se houvesse, seria meramente indireta ou reflexa. É notório o propósito da recorrente de, sob a alegação de violação a dispositivos constitucionais, rever a interpretação conferida pela Corte de origem às normas locais supra.

5. Diante do exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário.

Publique-se. Intime-se. Brasília, 29 de agosto de 2013.

Ministro TEORI ZAVASCKI Relator

Documento assinado digitalmente

(Republicado por haver saído com incorreção no Diário da Justiça do dia 05/09/2013).

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

OS MESMOS (53) OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)(261) (423) ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) (376)ABADIO RODRIGUES NAVES (204)ABDALA LÔBO ANTUNES E OUTRO(A/S) (185)ADEMIR JOSÉ DA SILVA (149)ADRIANA HELENA NUNES WINKLER (417)ADRIANA PIRES VIEIRA (539)ADRIANO HARTER LESSA (343)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(1) (4) (33) (37) (43) (44) (45) (46) (47) (52)(54) (58) (82) (99) (101) (102) (104) (120) (141) (145)(163) (164) (165) (166) (168) (169) (170) (204) (206) (224)(224) (225) (226) (238) (239) (242) (262) (269) (270) (273)(275) (275) (277) (279) (295) (296) (297) (298) (299) (301)(302) (316) (319) (320) (322) (323) (324) (324) (326) (327)(329) (330) (335) (336) (337) (340) (340) (376) (377) (382)(412) (425) (428) (441) (466) (481) (482) (494) (509)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(61) (176) (255) (269) (354) (362) (439) (515) (537) (553)(556)AFONSO RODRIGUES MENDONÇA (270)AGAMENON MARTINS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (246)AGUINALDO AUGUSTO DE MELLO JUNIOR E OUTRO(A/S) (351)AGUINALDO DE CASTRO (182)AIRTON ROCHA NÓBREGA E OUTRO(A/S) (163)ALAIN ALPIN MACGREGOR (223)ALAIR PINHEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S) (350)ALBERTO PAVIE RIBEIRO E OUTRO(A/S) (339)ALCINETE NASCIMENTO DE SOUZA (301)ALESSANDRA DE PAULA PINTO HADDAD E OUTRO(A/S) (325)ALESSANDRA DOS SANTOS LEANDRO (138)ALESSANDRA SCHURIG CARRILHO ROSA E OUTRO(A/S) (195)ALETHEA PREVIATO COSTA E OUTRO(A/S) (322)ALEX JACSON CARVALHO E OUTRO(A/S) (511)ALEX SANDRO DE LIMA E OUTRO(A/S) (180)ALEX SANDRO SONDA E OUTRO(A/S) (369)ALEXANDRE BARBOSA JAGUARIBE (340)ALEXANDRE CARTER MANICA E OUTRO(A/S) (387)ALEXANDRE DE VASCONCELOS E OUTRO(A/S) (164)ALEXANDRE GOMES (305)ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) (239)

ALEXANDRE SILVA DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (265)ALEXANDRE TORREZAN MASSEROTTO (59)ALEXANDRE WANDERLEY DA SILVA COSTA E OUTRO(A/S) (498)ALINE SEVERO FRANCISCO E OUTRO(A/S) (73)ALISSON DOS SANTOS CAPPELLARI (197)ALISSON DOS SANTOS CAPPELLARI E OUTRO(A/S) (527)ALTAMIR SEVERO DA ROCHA (292)ALVARO ANTONIO BOF (129)ALYSSON BRUNO CAETANO DA SILVA (26)ALYSSON JANUÁRIO HUDSON (292)AMARO CARLOS DA ROCHA SENNA E OUTRO(A/S) (209)AMBROSIO DA CRUZ VIANA (550)ANA CAROLINA FERNANDES ALTOÉ T SEIXAS E OUTRO(A/S) (122)ANA CAROLINA SKIBA (305)ANA CAROLINA SOARES DA ROCHA E OUTRO(A/S) (125)ANA CECÍLIA DE FREITAS SANTOS E OUTRO(A/S) (512)ANA CRISTINA SCHEFFER (88)ANA GLORIA TRINDADE BARBOSA (41)ANA MERI PAGOT (324)ANA PAULA MAGALHÃES COSTA BAPTISTA ROSA E OUTRO(A/S) (90)ANA RENATA DIAS WARZEE MATTOS E OUTRO(A/S)(187) (256)ANDERSON DJAR DE SOUZA SILVA (7)ANDRE BRANDÃO HENRIQUES MAIMONI E OUTRO(A/S) (275)ANDRÉ DA SILVA DE OLIVEIRA (386)ANDRÉ DOS SANTOS GUINDASTE (403)ANDRE DOS SANTOS GUINDASTE (427)ANDRE EDUARDO SILVA E OUTRO(A/S) (249)ANDRÉ HENRIQUE GOMES DA FONSECA E OUTRO(A/S) (248)ANDRÉ LUIS DE MELLO (257)ANDRÉ LUIS DOS SANTOS (263)ANDRÉ LUIZ FARIAS DE OLIVEIRA (30)ANDRÉ MANOEL DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (555)ANDRÉ MOURA GOMES E OUTRO(A/S) (527)ANDRÉ RICARDO CAMPELO DA SILVA (248)ANDREA FERRAZ DO AMARAL DE TOLEDO SANTOS E OUTRO(A/S)

(84)

ANDREA RODRIGUES ROSSI E OUTRO(A/S) (350)ANDRESSA BARROS FIGUEIREDO DE PAIVA (183)ANDRESSA LAURENTINO MEDEIROS E OUTRO(A/S) (396)ÂNGELO AURÉLIO GONÇALVES PARIZ E OUTRO(A/S) (527)ANILDO IVO DA SILVA(75) (370)ANILDO IVO DA SILVA E OUTRO(A/S) (78)ANSELMO DA SILVA LIVRAMENTO MACHADO (305)ANTHONY FERNANDES OLIVEIRA LIMA E OUTRO(A/S) (438)ANTHONY WILLIAM MATHEUS GAROTINHO DE OLIVEIRA (289)ANTÔNIO ÂNGELO POLIDORO NETO(20) (20)ANTONIO CARLOS ALVES DOS SANTOS (292)ANTÔNIO CARLOS BIFFI (379)ANTÔNIO CARLOS BORLOTT (9)ANTONIO CARLOS DOS SANTOS (22)ANTONIO CARLOS FACIOLI CHEDID JUNIOR E OUTRO(A/S) (326)ANTÔNIO CARLOS FREITAS DE ALMEIDA (180)ANTONIO CARLOS RODRIGUES DE CARVALHO E OUTRO(A/S)(186) (190) (192) (205)ANTÔNIO LIMBERGER E OUTRO(A/S) (297)ANTÔNIO LUÍS WUTTKE E OUTRO(A/S) (368)ANTÔNIO MARIA DENOFRIO (332)ANTÔNIO PEDRO DA SILVA MACHADO (197)ANTONIO RAMOS (429)ANTÔNIO RODRIGUES DE FREITAS JÚNIOR E OUTRO(A/S) (228)ANTÔNIO SALVO MOREIRA NETO E OUTRO(A/S) (439)ANTUNES DOS SANTOS JUNIOR (45)APARECIDO C DO NASCIMENTO (256)ARMANDO AUGUSTUS FERNANDES (55)ARNALDO DE OLIVEIRA MARIGO (426)ARNAUD BALDONERO NAPOLEÃO (292)ARNO BOLLMANN (305)ARNO SCHMIDT JÚNIOR E OUTRO(A/S) (384)ARTHUR DAVIS FLORIANO RIBEIRO(23) (24)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (223)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO (274)ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ (339)ASSOCIAÇÃO DOS CRONISTAS ESPORTIVOS DO ESTADO DE GOIÁS

(204)

ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES CIVIS DO BRASIL (204)ASSOCIAÇÃO GOIANA DE IMPRENSA (204)AUGUSTO CÉSAR MENDES GONÇALVES (361)AURÉLIO CEZAR DONÁDIA FERREIRA (292)BÁRBARA COSTA PESSOA GOMES TARDIN (377)BELCHIOR GABRIEL (28)

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 172

BENEDITO TADEU FERNANDES GALLI (308)BENEDITO TADEU FERNANDES GALLI E OUTRO(A/S) (311)BERNARDO BUOSI(131) (132)BERNARDO CÂMARA E OUTRO(A/S) (349)BRENO MOREIRA MUSSI E OUTRO(A/S) (212)BRUNO AUGUSTO GONÇALVES VIANNA (375)BRUNO CÉSAR MUNIZ DE CASTRO (155)BRUNO DE UGALDE MELLO (33)BRUNO HERRLEIN CORREIA DE MELLO (382)BRUNO MACHADO (21)BRUNO MARCELO RENNÓ BRAGA E OUTRO(A/S) (336)BRUNO MARCOS GUARNIERI (234)CAIO VELOSO GUIMARÃES (59)CAIRO ROBERTO BITTAR HAMÚ SILVA JÚNIOR (12)CALIXTO ANTONIO JUNIOR (148)CÂMARA DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE TREVISO (386)CAMILLA DANTAS PALUDETTO DASSIE (492)CARIM CARDOSO SAAD E OUTRO(A/S) (449)CARLA GLÓRIA DO AMARAL BARBOSA E OUTRO(A/S)(416) (416)CARLA PRISCILA DE ARAÚJO GAMBARRA (521)CARLOS ALBERTO BARBOSA FERRAZ (257)CARLOS ALBERTO BRUSTOLIN E OUTRO(A/S) (397)CARLOS ALBERTO FERNANDES (448)CARLOS ALBERTO RICHA (294)CARLOS ALEXANDRE LOPES RODRIGUES SOUZA (42)CARLOS EDUARDO REIS CLETO E OUTRO(A/S) (295)CARLOS FREDERICK DA SILVA INEZ DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (230)CARLOS HENRIQUE DA ROCHA CRUZ E OUTRO(A/S) (126)CARLOS HENRIQUE DELANDRÉA E OUTRO(A/S) (112)CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS (292)CARLOS MARIO DA SILVA VELLOSO E OUTRO(A/S) (171)CARLOS PEREIRA DA SILVA (547)CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO E OUTRO(A/S) (278)CARLOS VINÍCIO DE CARVALHO SOARES (292)CARLOS WILLIAN DE SOUZA (292)CARMELO BRAREN DAMATO (451)CÁRMEN LÚCIA GUARCHE HESS PEREIRA E OUTRO(A/S) (56)CAROLINA GOULART MODESTO GUIMARÃES (216)CASTELLAR MODESTO GUIMARÃES FILHO (216)CASTELLAR MODESTO GUIMARAES NETO (216)CÉLIA CELINA GASCHO CASSULI E OUTRO(A/S) (475)CELSO GUIRELLI (159)CELSO LUIZ BERNARDON (194)CELSO MARCON E OUTRO(A/S) (201)CELSO SANCHEZ VILARDI (18)CELSON ALVES DA SILVA (547)CHARLES ROBERT SOBRAL DONALD E OUTRO(A/S) (418)CHRISOSTER ALVES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (258)CÍCERO ANTÔNIO LIRA DE ARAÚJO (105)CÍCERO OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (231)CLÁUDIA CRISTINA AYRES AMARY INOMATA (264)CLÁUDIA MARIA CANELAS DA COSTA (278)CLÁUDIA SALLES VILELA VIANNA (398)CLAUDINEY ERNANI GIANNINI E OUTRO(A/S) (298)CLÁUDIO GASTÃO DA ROSA FILHO E OUTRO(A/S) (222)CLAUDIO MIKIO SUZUKI E OUTRO(A/S) (100)CLÁUDIO VENÍCIO DA S NOVAES E OUTRO(A/S) (499)CLÉBER LEITE GUIMARÃES ARAÚJO (547)CLEIDE COSTA MENDES E OUTRO(A/S) (507)CLEITON GERALDELI E OUTRO(A/S) (111)CLELIA PAULA RODRIGUES (325)CLÓVIS KONFLANZ E OUTRO(A/S) (237)CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO (180)CRISTIANO DE CASTRO DAYRELL E OUTRO(A/S) (103)CRISTIANO KURITA E OUTRO(A/S) (44)CUSTÓDIO NETO DA SILVA E OUTRO(A/S) (454)D L M DA S (284)D'JANE SANTOS SILVA (74)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO(A/S) (452)DAIANE DA SILVA RUDOLPH E OUTRO(A/S) (328)DANIEL HENRIQUE MOTA DA COSTA E OUTRO(A/S) (131)DANIELA MENEGAT BIONDO (127)DANIELLE ALMEIDA DA SILVA E OUTRO(A/S) (394)DANTE ROSSI (373)DÁRCIO JOSÉ DA MOTA (403)DARCIO JOSÉ DA MOTA E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (427)DAURO LÖNHOFF DÓREA (180)DAVID ANTONIO PANCOTTI (294)DAVID FERRARI JÚNIOR (264)DAVID PEIXOTO MANHÃES (89)DÉCIO FLÁVIO GONÇALVES FREIRE E OUTRO(A/S) (9)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

(110) (123) (160) (512)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (70)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO (267)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(161) (283) (284) (450) (476)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (250)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO (400)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(119) (549)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(57) (383) (422) (436) (445)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL(173) (394) (458) (490)DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO (342)DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO (334)DELAMAR CESAR PINHEIRO RIBEIRO (6)DENISE DE PAULA ALMEIDA (203)DIEGO ALENCAR DA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (410)DIEGO MONTEIRO CHERULLI (72)DIEGO RICARDO MARQUES (286)DIEGO TORRES DE GASPERI (137)DILCÉA DE BARROS POEYS (76)DIMAS ALBERTO ALCANTARA (532)DIOGO CUNHA LIMA MARINHO FERNANDES E OUTRO(A/S) (83)DIOMAR BEZERRA DE LIMA E OUTRO(A/S) (437)DIRCEU GALDINO CARDIN E OUTRO(A/S) (457)DOMINGOS NOVELLI VAZ (53)DOUGLAS DA CRUZ FIGUEREDO (229)DOUGLAS MORAES DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (175)DULCINÉIA ZUMACH LEMOS PEREIRA E OUTRO(A/S) (465)EDAIR RODRIGUES DE BRITTO JÚNIOR (386)EDEGAR STECKER E OUTRO(A/S) (360)EDEMIR DE JESUS SANTOS E OUTRO(A/S) (546)EDER JACOBOSKI VIEGAS E OUTRO(A/S) (538)EDILENE COELHO REINEL (503)EDILTON DE OLIVEIRA TELES (41)EDMILSON VALADÃO DE OLIVEIRA (292)EDMUNDO GUIMARÃES LIMA FILHO (74)EDMUNDO STARLING LOUREIRO FRANCA (169)EDNEUZA SANTOS DE SOUZA (41)EDSON ALVES DE SOUZA (292)EDSON FÁBIO EUZEBIO(229) (343)EDSON MENDONÇA DE CARVALHO (337)EDUARDO BROCK E OUTRO(A/S) (409)EDUARDO DE PAIVA TANGERINA E OUTRO(A/S) (49)EDUARDO GOMES EVANGELISTA SILVA (476)EDUARDO LORENZETTI MARQUES E OUTRO(A/S) (151)EDUARDO PEDROSA MASSAD E OUTRO(A/S) (483)EDUVALDO JOSÉ VIEIRA (385)EDVARD DE CASTRO COSTA JUNIOR (492)ELCIO FONSECA REIS (553)ELCIO NUNES DOURADO (41)ELIANA DO VALE (208)ELIANA DOS SANTOS LEITE (41)ELIANA MEIRA NOGUEIRA (399)ELIANA SILVA SANTOS AMORIM (41)ELIANE DENISE KIEKOW (491)ELIANE LIMA DE SOUZA LOBO (41)ELIANE PATRICIA BOFF(371) (453)ELIANE PATRÍCIA BOFF (536)ELIANI DE OLIVEIRA MADRUGA BATISTI E OUTRO(A/S) (488)ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S)(245) (493)ELISSANDRA DONDONI E OUTRO(A/S) (479)ELIZABETH BENEDITA ROSSI CORTIJO (430)ELMAN MONTEIRO DA SILVA (547)ELOISA GOMES PAZINI (46)ELTON ALTAIR COSTA E OUTRO(A/S) (344)ELVIS DEL BARCO CAMARGO E OUTRO(A/S) (355)ENOCK BARRETO DESIDÉRIO (165)ERICA PINTO DE BARROS (484)ERIDSON RENAN SOUZA SILVA (307)ERVINO ROLL (46)ESPÓLIO DE MARIA DAS DORES SILVA (204)ESPÓLIO DE OLGA FERNANDES NAVES (204)ESPÓLIO DE OTAVIANO MARTINS DE CARVALHO (204)ESTADO DE SANTA CATARINA (305)ESTANISLAU FRANCO MARTINS (411)EUGÊNIO ANTINORO E OUTRO(A/S) (212)EUVALDO THOMAZ SOARES (79)EVANDRO DE CASTRO BASTOS E OUTRO(A/S) (469)EVANDRO FERREIRA MONTE (117)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 173

EVARISTO ARAGÃO FERREIRA DOS SANTOS (247)EVARISTO FERREIRA FREIRE JÚNIOR (553)FABIANA MOREIRA SILVA E OUTRO(A/S) (207)FABIANO CABRAL DIAS (81)FÁBIO ANDRÉ FADIGA (131)FÁBIO ANDRÉ FADIGA E OUTRO(A/S) (132)FABIO DE JESUS NUNES MENDES (281)FÁBIO RAMOS NOGUEIRA E OUTRO(A/S) (132)FABIO RIVELLI(451) (510)FAMORINE REFLORESTAMENTO AGRICOLA E PECUARIA LTDA/ (475)FARAH,GMES E SILVA ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C (305)FELIPE EMANUEL OLIVEIRA VIEIRA (52)FELIPE SARMENTO CORDEIRO (37)FERNANDA MARA PEREIRA DE TOLEDO(317) (329)FERNANDA NOGUEIRA E SILVA FERNANDES (305)FERNANDA VELASCO VALADÃO DE MOURA (89)FERNANDA VIDAL PEREIRA E OUTRO(A/S) (6)FERNANDO ATTIÉ FRANÇA (505)FERNANDO JOSÉ MÁXIMO MOREIRA E OUTRO(A/S) (485)FERNANDO RECH (114)FERNANDO TADEU SILVA AZEVEDO (270)FERNANDO TARDIOLI LÚCIO DE LIMA (211)FERNNANDO FERNANDES MANO E OUTRO(A/S) (104)FIANCA EMPRESA DE SEGURANCA LTDA (314)FILOMENO LUSTOSA NOGUEIRA FILHO (538)FLÁVIA ANDRADE MORAES PINHEIRO E OUTRO(A/S) (180)FLÁVIO DE ALBUQUERQUE MOURA (552)FLÁVIO DE CASTRO WINKLER (417)FLÁVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (548)FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (524)FLÁVIO RIBEIRO BETTEGA E OUTRO(A/S) (369)FLORENTINO CARMINATTI JÚNIOR (443)FRANCISCA AIRES DE LIMA LEITE (314)FRANCISCO DAS CHAGAS DE BRITO CARDOSO E OUTRO(A/S) (4)FRANCISCO DAS CHAGAS VERAS DE OLIVEIRA (547)FRANCISCO JOSÉ DE FIGUEIREDO (305)FRANCISCO RAIMUNDO FONTENELE DE ALBUQUERQUE (547)FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO (53)FRANCISCO THIAGO FARIAS LIMA (158)FREDERICO SOARES ARAÚJO (72)FREDERICO SOARES ARAÚJO E OUTRO(A/S)(140) (142) (143) (144)FREDERICO WELLINGTON JORGE (421)FUNDAÇÃO DE ENSINO DA ENGENHARIA EM SANTA CATARINA-FEESC

(305)

GABREILA FARDIN PERIM BASTOS E OUTRO(A/S) (468)GABRIEL COELHO BORTONI E OUTRO(A/S) (478)GENEIR MARQUES DE CARVALHO (504)GEORGE NUNES MARTINS (415)GERALDO MARCELO ALVES CASSINI (150)GERALDO SCHIAVO (292)GERARDO GALLO CANDIDO E OUTRO(A/S) (548)GERD DINSTUHLER (249)GERSON LUCCHESI BRITO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (242)GERVÁSIO ALVES DE OLIVEIRA (379)GESIEL DE SOUZA RODRIGUES (321)GILBERTO INÁCIO KLAUMANN DA SILVA (305)GILCLEBER BENTO DE SOUZA (292)GILMAR APARECIDO MIRANDA (177)GILMAR SUPPI DA SILVA (422)GILSON ADRIANE DE SOUZA E OUTRO(A/S) (185)GIOVANNI ROCHA DAS NEVES (431)GISLÂNDIA FERREIRA DA SILVA (500)GIZELLY VANDERLINDE MEDEIROS E OUTRO(A/S) (363)GLÁUCIA SUDATTI E OUTRO(A/S) (406)GLÁUCIO HENRIQUE TADEU CAPELLO(177) (178)GLÊNIO LUÍS OHLWEILER FERREIRA (466)GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA (223)GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO (274)GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ (339)GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (525)GUILHERME CARVALHO E SOUSA (1)GUILHERME GOLDSCHMIDT E OUTRO(A/S) (124)GUSTAVO A FARIA GORTINES E OUTRO(A/S) (501)GUSTAVO ANTONIO PEREIRA GOULART (358)GUSTAVO CAMPOS ALVARES DA SILVA E OUTRO(A/S) (79)GUSTAVO CÉSAR DE SOUZA MOURÃO E OUTRO(A/S) (263)GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) (227)GUSTAVO DESTRI TENORIO E OUTRO(A/S) (312)GUSTAVO HENRIQUE STÁBILE E OUTRO(A/S) (519)GUSTAVO LORENCETE DE OLIVEIRA (49)

GUSTAVO PEREIRA DA SILVA (307)HANS RARY SILVA CAMPOS (547)HAROLDO DE AZEVEDO CARVALHO E OUTRO(A/S) (478)HAROLDO TOTI (225)HELENA AMISANI SCHUELLER (373)HELIO DA SILVA SANCHES (48)HÉLIO JOSÉ FIGUEIREDO(11) (13)HÉLIO MARIANO RIBEIRO DE SANTANA (252)HELIO OLIMPIO DE SOUZA MACEDO E OUTRO(A/S) (515)HENRIQUE CAETANO CARDOSO DA SILVA (26)HENRIQUE PETRILLI OLIVAN (32)HIND DE ASSUMPÇÃO SIMÕES GOMES (128)HUGO DE BRITO MACHADO SEGUNDO E OUTRO(A/S) (471)HUMBERTO LOPES FERREIRA (204)HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (556)HUMBERTO LÚCIO RODRIGUES VELOSO (279)IANDERSON ANACLETO E OUTRO(A/S) (435)IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR E OUTRO(A/S) (238)IGOR TAMASAUSKAS E OUTRO(A/S) (434)ILDEU OLIVEIRA E SILVA (292)ILTON ROSA DE FREITAS (292)INALDO BEZERRA SILVA JÚNIOR (403)ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S) (461)ISABEL CUNHA E OUTRO(A/S) (180)ISABELA BRAGA POMPILIO E OUTRO(A/S) (413)IVÃELIO MENDES DE ALENCAR (267)IVAN CESÁR RANZOLIN (305)IVAN MACEDO DE ANDRADE MOREIRA E OUTRO(A/S) (345)IVANISE ELIAS MOISES CYRINO E OUTRO(A/S) (184)IVES GERALDO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (123)IVO BERNARDINO CARDOSO (323)IVONE DA FONSECA GARCIA E OUTRO(A/S) (266)IZABELLA ARTUR COSTA (216)JACSON SIMON (405)JAIR DA COSTA E OUTRO(A/S) (459)JAIR JOSÉ MONTEIRO DE SOUZA E OUTRO(A/S) (180)JAIRO DE CÁSSIO TEIXEIRA (292)JANAINA DE OLIVEIRA BARCELOS (440)JANAÍNA REIS MIRON (59)JANAINA ROCHA MACHADO E OUTRO(A/S) (17)JANETE C MEZZOMO ZONATTO E OUTRO(A/S) (320)JANETE DA SILVA SALVESTRO (319)JAYME FERNANDES JÚNIOR E OUTRO(A/S) (315)JEAN CARLOS GENNARO (489)JEFFERSON RAMOS RIBEIRO E OUTRO(A/S) (90)JESSE JAMES METIDIERI JÚNIOR E OUTRO(A/S) (507)JOÃO ANTONIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (253)JOÃO AUGUSTO TONON MEDEIROS (17)JOÃO BATISTA FAGUNDES (204)JOÃO BATISTA TAMASSIA SANTOS (544)JOÃO BATISTA TORRES DO VALE E OUTRO(A/S) (483)JOÃO CARLOS CAMPANINI (158)JOÃO CARLOS PEREIRA FILHO (338)JOÃO DE BONA FILHO (305)JOÃO DE OLIVEIRA MENEZES (353)JOÃO GONÇALVES DA CRUZ NETTO E OUTRO(A/S) (25)JOÃO GUIMARO DE CARVALHO FILHO E OUTRO(A/S) (180)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI (359)JOÃO LUIZ ARZENO DA SILVA (381)JOÃO LUIZ BERNARDES (241)JOAO PAULO BRZEZINSKI DA CUNHA (10)JOÃO PAULO PEREIRA GREJO (296)JOÃO PINHEIRO ROSA NETTO E OUTRO(A/S) (10)JOÃO SIGRI FILHO(309) (313)JOELIS GENNARO (489)JORCI MENDES JUNIOR E OUTRO(A/S) (107)JORGE ANDRÉ MENEZES (323)JORGE EVANILDO MORAIS RODRIGUES E OUTRO(A/S) (496)JORGE HERMANO MORRERIA E OUTRO(A/S) (419)JORGE LUÍS RIBEIRO DE AMORIM (484)JORGE LUIZ ALVES DE CASTRO (120)JORGE RODRIGUES CAVALCANTE FILHO (40)JORGE SANTOS ROCHA E OUTRO(A/S) (71)JORGE WAGNER COSTA GOMES E OUTRO(A/S) (95)JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL (364)JOSÉ ALEXANDRE BATISTA MAGINA (147)JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHO (216)JOSÉ ANTONIO DUARTE ALVARES (215)JOSÉ ANTONIO MARTINS LACERDA E OUTRO(A/S) (92)JOSÉ AUGUSTO DE CARVALHO TORRES (303)JOSÉ BASTOS FREIRES (181)JOSÉ CÂNDIDO GARCEZ DA ROCHA E OUTRO(A/S) (50)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 174

JOSÉ CARLOS BRAGA MONTEIRO E OUTRO(A/S) (446)JOSE CARLOS FONTOURA E OUTRO(A/S) (255)JOSÉ CARLOS GARCIA PEREZ (196)JOSÉ CARLOS GOMES DE SOUZA E OUTRO(A/S) (100)JOSÉ CARLOS NOBRE PESSÔA (543)JOSÉ CARLOS ROCHA PAES (264)JOSÉ DAVID GIL RODRIGUES FILHO E OUTRO(A/S) (267)JOSÉ DE CÉSAR FERREIRA (247)JOSÉ EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO E OUTRO(A/S)(109) (430)JOSÉ EDUARDO CARMINATTI(177) (178)JOSÉ EDUARDO RANGEL DE ALCKMIN E OUTRO(A/S) (290)JOSÉ ESPEDITO MARQUES DOS REIS (547)JOSÉ FERNANDO CHAVES E OUTRO(A/S) (391)JOSÉ FERNANDO TREMESCHIN (56)JOSÉ FRANCISCO DA SILVA VIEIRA (548)JOSE FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS E OUTRO(A/S) (391)JOSÉ GILSON DOS SANTOS (348)JOSÉ JÚLIO MACEDO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S) (513)JOSE LAGE ANTAO (535)JOSÉ LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA (217)JOSÉ MARTINS DA SILVA (204)JOSÉ NAÉCIO DE MATOS (74)JOSÉ OSMAR OIOLI (178)JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS FILHO (287)JOSÉ RENATO DE MORAIS COSTA (537)JOSÉ RIBAMAR COELHO FILHO (410)JOSÉ ROBERTO CATUNDA CÉSAR DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S) (509)JOSÉ ROBERTO FERRAZ DE CAMARGO E OUTRO(A/S) (444)JOSÉ SOARES VALENTE E OUTRO(A/S) (523)JOSÉ STÊNIO DE ARAÚJO LUCENA (145)JOSÉ TORRES DAS NEVES E OUTRO(A/S) (233)JOSUÉ ISAAC VARGAS FARIA(34) (36) (38)JOSUE ISAAC VARGAS FARIA (35)JOVELINO LIBERATO SIMÃO POTRICH E OUTRO(A/S) (473)JUAN PEDRO BRASILEIRO DE MELLO E OUTRO(A/S) (251)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAPÃO BONITO (PROCESSO Nº 123.01.2007.004500-6)

(306)

JUIZ DO TRABALHO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS (PROCESSOS NºS 3910-2008-001-12-00-0, 3908-2008-001-12-00-1 E 3906-2008-001-12-00-2)

(305)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE PARNAÍBA (40)JUÍZA DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE SERRINHA (PROCESSO Nº 125776-5/2007)

(307)

JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DE SÃO PAULO (458)JUIZO DA PRIMEIRA VARA DE DOMINGOS MARTINS (81)JULIA JALES DE L S SOUTO E OUTRO(A/S) (188)JULIANA FRANCO DE CAMARGO (181)JULIANO BERNARDES DO AMARAL E OUTRO(A/S) (258)JULIETA FALCÃO RODRIGUES DE ALMEIDA (520)JULIO CARLOS BLOIS VAZ E OUTRO(A/S) (480)JÚLIO CESAR DAMASCENO DE FREITAS (352)JÚLIO CEZAR ENGEL DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (413)JÚNIOR BATISTA DE SOUSA (547)JURANDIR KALB DE OLIVEIRA (547)JUSTIÇA ELEITORAL (365)JUSTINA TEIXEIRA CAMPOS (411)KARINA COHEN LIMA E OUTRO(A/S) (496)KARINA DE ALMEIDA BATISTUCI E OUTRO(A/S) (521)KARINA MICHELIN JOSÉ (207)KATARINA BARBARA ANASTACIA DO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (540)KATARINI OLIVEIRA BRANDÃO E OUTRO(A/S) (10)KATIA CILENE SCOBOSA LOPES (178)KÁZIA FERNANDES PALANOWSKI E OUTRO(A/S) (226)KÉLBIA PEREIRA DE ALBUQUERQUE (547)KELSON PEREIRA DE ALBUQUERQUE (547)KELTON PEREIRA DE ALBUQUERQUE (547)KELYS PEREIRA DE ALBUQUERQUE (547)KÉTRORIN JOÃO (440)KLEBER ROBERTO CARVALHO DEL GESSI E OUTRO(A/S)(152) (259) (467)LAÉRCIO FONTENELE ALBUQUERQUE LIMA (547)LAÉRCIO GONÇALVES (414)LAMARTINE BRAGA CÔRTES FILHO E OUTRO(A/S) (180)LARIEL RIBAMAR SOUZA E OUTRO(A/S) (535)LÁZARO BITTENCOURT (486)LEANDRO BARATA SILVA BRASIL E OUTRO(A/S) (113)LEANDRO DA SILVA SOARES E OUTRO(A/S) (500)LEANDRO DE AZEVEDO BEMVENUTI E OUTRO(A/S) (97)LEILA REGINA MALDONADO FONTES AZEVEDO (270)LENIR ARAÚJO DE CARVALHO (204)

LEONARDO DE SOUZA LOPES E OUTRO(A/S) (14)LEONARDO LAMACHIA E OUTRO(A/S) (491)LEONARDO SAMPAIO DE ALMEIDA (381)LEONILDO GONCALVES JUNIOR (524)LEONIR CÂNEPA COUTO (193)LEONOR LIMA DE FARIA E OUTRO(A/S) (477)LETÍCIA POTRATZ LIMA E OUTRO(A/S)(468) (469)LETICIA SILVA SOUZA PINHO (174)LIDIANE MAURIZ ARAÚJO E OUTRO(A/S) (550)LILIANE MONTEIRO DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (201)LILIANE NETO BARROSO E OUTRO(A/S) (236)LILIANE OLIVEIRA TEIXEIRA (292)LINO DE CARVALHO CAVALCANTE(481) (482)LÍVIA FERREIRA EYNG VILELA E OUTRO(A/S) (512)LUCAS GUILHERME GÖTZE (324)LÚCIA HELENA MALDONADO FONTES (270)LÚCIA HELENA PEREIRA DA SILVA BRANDÃO (56)LUCIANA ASSUNÇÃO NOGUEIRA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (99)LUCIANA GONÇALVES DIAS (346)LUCIANO CASTRO DE SOUZA (516)LUCIANO DA SILVA LEMOS (417)LUCIANO NITATORI E OUTRO(A/S) (333)LUCIANO SANTOS LOPES E OUTRO(A/S) (156)LUCIANY MOTA BEZERRA DE OLIVEIRA (30)LÚCIO CRESTANA (310)LUCIO ROBERTO FALCE(317) (329)LUFTIA DAYCHOUM E OUTRO(A/S) (28)LUIS CARLOS CAETANO DE OLIVEIRA (22)LUÍS CARLOS CREMA (220)LUÍS CLÁUDIO DE PAULA E OUTRO(A/S) (5)LUÍS EMÍLIO PINHEIRO NAVES E OUTRO(A/S) (361)LUÍS FERNANDO NOGUEIRA MOREIRA E OUTRO(A/S) (554)LUÍS FERNANDO SARMENTO NICOLAU (30)LUIS HENRIQUE FAVRET (533)LUIZ ANTONIO MULLER MARQUES E OUTRO(A/S) (141)LUIZ AUGUSTO DOS SANTOS COELHO DA SILVA (203)LUIZ CARLOS DA SILVA (547)LUIZ CARLOS STURZENEGGER E OUTRO(A/S) (247)LUIZ COELHO PAMPLONA E OUTRO(A/S) (390)LUIZ DENIS ALVES TEMPONI (292)LUIZ FERNANDO FERREIRA DALAZARE (294)LUIZ RODRIGUES WAMBIER (247)LUIZ ROTTENFUSSER E OUTRO(A/S) (425)LUIZ SARAIVA DE LAVOR (302)LYDIA MARIA DE MENEZES FERREIRA E OUTRO(A/S) (424)M F F (212)MANOEL HERMES DE LIMA E OUTRO(A/S)(146) (551)MARC GOLDHARDT E OUTRO(A/S) (138)MARCELO ABELHA RODRIGUES E OUTRO(A/S) (8)MARCELO AUGUSTO BOCCARDO PAES E OUTRO(A/S) (198)MARCELO BRAZ RIBEIRO(40) (40) (40)MARCELO COSTA MASCARO NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (352)MARCELO DE LIMA CASTRO DINIZ E OUTRO(A/S) (115)MARCELO GAMBOA SERRANO E OUTRO(A/S) (207)MARCELO GASPARINO DA SILVA (305)MARCELO LEONARDO(213) (219)MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) (412)MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(A/S) (292)MARCELO OLIVEIRA DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (125)MARCELO PORTELA LULA E OUTRO(A/S) (262)MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (381)MARCELO WERNECK NOGUEIRA DA GAMA E OUTRO(A/S) (176)MARCÍLIO ANDRADE DE LUCENA DIAS (55)MARCO ANTONIO BELMONTE (180)MARCO ANTONIO MENEGHETTI (218)MARCO ANTONIO PÓVOA SPOSITO (124)MARCO AURÉLIO PEREIRA DA SILVA (357)MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (464)MARCOS ALVES FERREIRA E OUTRO(A/S) (199)MARCOS ANTÔNIO LOPES (177)MARCOS CRISTIANO CARINHANHA CASTRO (210)MARCOS DA SILVA ALVES (489)MARCOS EDUARDO DE CAMARGO (483)MARCUS GOMES PINHEIRO (202)MARCUS JOSÉ DE MELO LYRA E OUTRO(A/S) (441)MARCUS OLÍMPIO ANTUNES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) (29)MARCUS VINÍCIUS LOBREGAT E OUTRO(A/S) (533)MARCUS VINICIUS MANCINI FEDATTO E OUTRO(A/S) (533)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 175

MARIA CAROLA GUDIN (211)MARIA CAROLINA ANTUNES DE SOUZA E OUTRO(A/S) (432)MARIA DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA CARVALHO E OUTRO(A/S) (438)MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI (462)MARIA DE FÁTIMA DOMENEGHETTI E OUTRO(A/S)(94) (268)MARIA DE FÁTIMA OLIVEIRA (120)MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA (447)MARIA JOSÉ RODRIGUES (58)MARIA JOSÉ XAVIER (354)MARIA NÚBIA BOTELHO (401)MARIA SILESIA PEREIRA E OUTRO(A/S) (517)MARIANA CRISTINA XAVIER GALVÃO E OUTRO(A/S) (5)MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHO (389)MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHO E OUTRO(A/S) (494)MARINA EMILIA BARUFFI VALENTE BAGGIO E OUTRO(A/S) (91)MARINEIDE SPALUTO E OUTRO(A/S) (136)MARIO HERMES TRIGO DE LOUREIRO FILHO (374)MÁRIO JOSÉ PUSTIGLIONE JÚNIOR (264)MARIO MENDONÇA E OUTRO(A/S) (497)MARISA MALDONADO FONTES (270)MARTHA MAFRA GONZALEZ (3)MARY ROSANE DA SILVA LANES (292)MATHEUS GOSLING CORTEZZI (282)MATILDE SÃO PEDRO (84)MAURICE FERRARI (319)MAURÍCIO DAL AGNOL (235)MAURO ANDRÉ FEITOSA DE AZEVEDO E OUTRO(A/S) (134)MAURO MONCAO DA SILVA (40)MAYRIS FERNANDEZ ROSA E OUTRO(A/S) (233)MELISSA ZORZI LIMA VIANNA E OUTRO(A/S) (139)MIGUEL ALCIDES PARANHOS (340)MIGUEL ROBERTO MOREIRA DA SILVA (360)MILENA CINTRA E OUTRO(A/S) (252)MILENE COSTA MIRANDA (93)MILTON BATISTA PEDREIRA (393)MILTON DE MORAES TERRA E OUTRO(A/S) (365)MILTON LUIZ CLEVE KUSTER (474)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ (271)MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO (305)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (271)MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO(A/S)(61) (362)MÔNICA MARIA DE AGUIAR PIRES(40) (40)MUNICÍPIO DE NATAL (514)MURILO GOMES MATTOS (74)MURILO MARIZ DE FARIA NETO E OUTRO(A/S) (529)NADIR DOS SANTOS (23)NEIDE VALENTIM FERREIRA DE AZEVEDO (549)NÉLIA LÚCIA VALADARES E OUTRO(A/S) (495)NÉLIO SILVEIRA DIAS JÚNIOR (55)NELSON ESTEFAN JUNIOR E OUTRO(A/S) (506)NELSON MELLO GUIMARÃES (470)NEMÉSIO XAVIER DE FRANÇA FILHO (294)NESTOR JOSÉ FORSTER E OUTRO(A/S) (299)NEUSA CRISTINA RIECK HÜBNER (341)NEWLEY ALEXANDRE DA SILVA AMARILLA(379) (379) (379)NILMAR GAVINO RUIZ (285)NILTON CORREIA E OUTRO(A/S) (295)NILZA GARVIN EVANGELISTA (221)NOVO RIO BATERIAS LTDA (90)OCTAVIO DE PAULA SANTOS NETO (147)OLINDA VANESSA SOARES NOGUEIRA (102)ONIR RODRIGUES ALVES E OUTRO(A/S) (424)ORCY PIMENTA ROCIO (315)ORLANDO CELSO DA SILVA NETO (305)ORLANDO PESSUTI (294)OSCAR BITTENCOURT NETO (166)OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES (550)OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)(253) (505)OSMAR MENDES PAIXAO CÔRTES E OUTRO(A/S) (555)OSMILDA NAVES FERREIRA (204)OSVALDO SIROTA ROTBANDE (541)OTAIR BECKER (305)OVÍDIO SÁTOLO E OUTRO(A/S) (321)PATRICIA GUIMARÃES HERNANDEZ E OUTRO(A/S) (390)PAULO CAMILLO (378)PAULO CÉSAR AZAMBUJA DE LIMA (6)PAULO CESAR COELHO E OUTRO(A/S) (259)PAULO DE BARROS CARVALHO E OUTRO(A/S) (135)PAULO DE TARSO FERNANDES (55)

PAULO EDUARDO CARDOZO DE MORAES (325)PAULO EDUARDO DIAS DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (506)PAULO EDUARDO PASCHOAL JUNIOR (489)PAULO ESTEVES E OUTRO(A/S) (306)PAULO FRANCISCO SARMENTO ESTEVES (364)PAULO GUEDES PEREIRA E OUTRO(A/S) (92)PAULO HENRIQUE MARQUES SOUTO (530)PAULO HENRIQUE MARQUES SOUTO E OUTRO(A/S) (189)PAULO JOSÉ NALON DE ANDRADE (409)PAULO MIGUEL GIMENEZ RAMOS (162)PAULO MURILO SOARES DE ALMEIDA (319)PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E OUTRO(A/S) (378)PAULO RICARDO AQUINI CAMARGO (331)PAULO TADEU HAENDCHEN (224)PAULO VALLE NOGUEIRA (460)PAULO ZANONI E OUTRO(A/S) (433)PEDRO CADEIRA DE ARAÚJO (380)PEDRO DUAILIBE MASCARENHAS E OUTRO(A/S) (240)PEDRO HENRIQUE BRAGA REYNALDO ALVES E OUTRO(A/S) (54)PEDRO PERES DA SILVA (179)PEDRO PERINO (15)PEDRO RAMBOR E OUTRO(A/S) (151)PEDRO SOARES MODOLLO(19) (19)PEDRO WANDERLEY RONCATO (463)PEDRO WANDERLEY RONCATO E OUTRO(A/S)(16) (77)PGE-SC - FABRICIO GRIESBACH E OUTRO(A/S) (305)PLÍNIO LEITE NUNES (244)PLINIO VINICIUS RAMACCIOTTI (148)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (295)PRESIDENTE DA REPÚBLICA (296)PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL(295) (296)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (281)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(278) (498)PRISCILA CORTEZ DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (59)PRISCILA NEWLEY KOPKE E OUTRO(A/S) (516)PRISCILLA MELLILO SENNA (21)PRISCILLA RINALDI LARA (131)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(53) (113) (115) (121) (124) (128) (197) (211) (251) (341)(355) (359) (372) (381) (387) (397) (455) (463) (475) (532)(540)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(18) (23) (29) (30) (31) (51) (157) (160) (171) (172)(173) (209) (210) (213) (214) (215) (216) (217) (218) (219)(220) (250) (254) (267) (272) (276) (285) (286) (287) (288)(290) (291) (292) (293) (294) (303) (338) (456) (544) (547)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO (228)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(434) (542)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS(103) (388)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO(174) (400)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(70) (150) (156) (272)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA(222) (421)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(148) (153) (154) (155) (158) (159) (161) (162) (420) (450)(476) (489)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ (378)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

(149)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ (375)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(2) (265) (289)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

(55)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(39) (57) (129) (383) (422)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL (535)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(60) (85) (86) (87) (110) (122) (314) (346) (356) (442)(464) (502) (518) (531) (542)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA(71) (195) (202) (485) (503)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS (552)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 176

PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(103) (204)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO(230) (270) (384)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (193)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(134) (543)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RONDÔNIA (221)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA (107)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(241) (347) (385) (486)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(15) (16) (77) (84) (135) (137) (175) (227) (245) (374)(408) (416) (449) (460) (493) (539)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE(50) (348) (418)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAPÁ(95) (243)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS (3)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ(117) (126) (280) (280) (380)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(7) (8)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(231) (240)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (379)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ (277)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(96) (232) (457) (522)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ (273)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(76) (89) (211) (353) (419) (459) (487) (501) (528) (541)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(83) (188) (189)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(116) (130) (133) (194) (229) (260) (343) (344) (366) (405)(433) (436) (525) (526)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARARAS (332)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (14)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES(316) (320) (324) (328) (331)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL (129)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM (345)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS (520)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA (108)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARAGOGI (206)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MATÃO(308) (309) (311) (313)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL(402) (514)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PINDAMONHANGABA (318)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (260)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE VENCESLAU(186) (190) (192) (205)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RECIFE (12)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (508)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS (432)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

(404)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (228)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SOROCABA (264)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TAUBATÉ(317) (318) (329)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA (315)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (88)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO GRANDE (39)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(11) (13) (42) (62) (63) (64) (65) (66) (67) (68)(69) (72) (73) (75) (78) (80) (93) (94) (97) (98)(104) (105) (106) (111) (112) (114) (127) (136) (140) (142)(143) (144) (146) (182) (184) (198) (199) (234) (235) (236)(266) (268) (270) (342) (357) (358) (363) (367) (368) (370)(371) (389) (392) (395) (398) (399) (401) (402) (406) (407)(415) (426) (435) (437) (440) (443) (444) (445) (447) (448)(452) (453) (454) (461) (462) (471) (472) (473) (477) (488)(490) (511) (513) (517) (519) (536) (545) (546) (551) (554)PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA (274)RAFAEL AMÂNCIO DE LIMA (414)RAFAEL BARROSO FONTELLES E OUTRO(A/S) (381)RAFAEL CLEMENTE SILVA E OUTRO(A/S) (85)RAFAEL MARANGON ORSO (316)RAFAEL SILVA DE MEDEIROS E OUTRO(A/S) (98)RAFAEL VIEIRA SARAIVA DE MEDEIROS (420)RAFAELA DE ANDRADE RODRIGUES (183)

RAIMUNDO AUGUSTO FERNANDES NETO (280)RAIMUNDO LÁZARO (504)RAIMUNDO NONATO DE LIMA E OUTRO(A/S) (396)RAISSA DE S XAVIER V BATISTA E OUTRO(A/S) (101)RAPHAEL GIULLIANO LARSEN SANTOS DA SILVA (474)RAPHAEL SILVA PIRES E OUTRO(A/S) (282)RAPHAEL STORANI MANTOVANI (147)RELATOR DO HC Nº 201.576 E HC Nº 201.577 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(20)

RELATOR DO HC Nº 277.296 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(284)

RELATOR DO HC Nº 277.543 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(24)

RELATORA DO ARESP Nº 355.428 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(28)

RELATORA DO HC Nº 214.576 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(19)

RELATORA DO HC Nº 275.924 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(283)

RELATORA DO HC Nº 276.220 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(282)

RELATORA DO HC Nº 276.726 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(27)

RELATORA DO HC Nº 277535 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(22)

RELATORA DO HC Nº 278.452 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(25)

RELATORA DO HC Nº 278.498 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(26)

RÊMULLO CÉSAR PEREIRA DE CARVALHO DINIZ (267)RÊMULO BARBOSA GONZAGA (279)RENATO CASTELO BRANCO (154)RENATO DA COSTA GARCIA (167)RENATO MELILLO FILHO E OUTRO(A/S) (347)RENATO MUNIZ LACOURT MOREIRA (60)RENATO OLIMPIO SETTE DE AZEVEDO(524) (548)RENATO ZENKER E OUTRO(A/S) (147)RENE PELEPIU E OUTRO(A/S) (522)RENILDE TEREZINHA DE RESENDE ÁVILA (58)RICARDO ALMEIDA RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S) (528)RICARDO COUTINHO GUEDES (168)RICARDO DA SILVA SANTOS (476)RICARDO DE OLIVEIRA CONCEIÇÃO (532)RICARDO JOSUÉ PUNTEL (113)RICARDO SPOSITO CONTE (152)RICCARDO FRAGA NAPOLI E OUTRO(A/S) (321)ROBERTA RIBEIRO DA SILVA PASQUALI (305)ROBERTO ALEXSANDRO LISBOA CÂMARA E OUTRO(A/S) (530)ROBERTO BASTOS DORIA JUNIOR E OUTRO(A/S) (484)ROBERTO DE BEM RAMOS (395)ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S)(237) (366)ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S) (534)ROBERTO LUIS HUPFER E OUTRO(A/S) (116)ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA (294)ROBINSON NEVES FILHO (180)ROBINSON ROMANCINI (312)RODOLFO BARBOSA DA COSTA E OUTRO(A/S) (467)RODOLPHO PETTENÁ FILHO (153)RODRIGO ABUD PAMPANELLI (139)RODRIGO ANTONIO GIACOMELLI E OUTRO(A/S) (465)RODRIGO AUGUSTO BONIFÁCIO E OUTRO(A/S) (109)RODRIGO BOLZANI (133)RODRIGO CIPRIANO DOS SANTOS RISOLIA (335)RODRIGO MARCOS BEDRAN E OUTRO(A/S) (423)RODRIGO PINHEIRO (310)RODRIGO TREVISAN FESTA (264)ROGÉRIO BEZERRA LIMA (305)ROGÉRIO BORGES DE CASTRO (251)ROGÉRIO KAIRALLA BIANCHI (261)ROGÉRIO MARINHO LEITE CHAVES (300)RONALD ADRIANO RIBEIRO E OUTRO(A/S) (281)ROSANGELA ROSINHA GAROTINHO BARROS ASSED MATHEUS OLIVEIRA

(289)

ROSITTA MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (442)RUDE JOSÉ VIEIRA (82)RUI PINHEIRO JUNIOR (180)RUY BARBOSA DE ASSIS (523)RYCHARDE FARAH (305)S G N (283)SACHA CALMON NAVARRO COELHO E OUTRO(A/S) (211)SANDRA MARA LOPOMO E OUTRO(A/S) (470)SANDRA MARIA GONÇALVES PIRES (214)

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 177

SANDRO GILBERT MARTINS E OUTRO(A/S) (96)SAYONARA TAVARES SANTOS SOUSA E OUTRO(A/S) (106)SELMA NUNES ESTEVES E OUTRO(A/S)(62) (63) (64) (65) (66) (67) (68) (69) (472)SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS(30) (31) (31) (32) (32) (32) (34) (35) (36) (38)(39) (40) (40) (40) (40) (41) (42) (43) (43) (44)(44) (45) (45) (46) (47) (47) (47) (48) (49) (49)(50) (51) (91) (96) (118) (133) (167) (180) (180) (180)(180) (180) (180) (181) (191) (196) (200) (276) (276) (291)(292) (293) (294) (300) (304) (304) (313) (314) (316) (317)(318) (318) (318) (320) (321) (322) (322) (323) (325) (326)(327) (327) (328) (330) (330) (331) (331) (332) (333) (333)(334) (335) (446) (487) (510) (534)SÉRGIO COUTO DOS SANTOS (508)SÉSIOM FIGUEIREDO DA SILVEIRA E OUTRO(A/S) (529)SILMARA APARECIDA CHIAROT (187)SILVA NETO ADVOGADOS ASSOCIADOS (305)SILVIO CEZAR DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) (27)SILVIO DE JESUS GARCIA E OUTRO(A/S) (393)SILVIO LUIZ DE COSTA E OUTRO(A/S) (367)SIMONE BERNOLDI MASSEROTTO (59)SIMONE LEMES DOS SANTOS E OUTRO(A/S) (497)SIMONE SIQUEIRA MELO CAVALCANTI (279)SINDICATO DOS ECONOMISTAS DE GOIÂNIA (204)SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE GOIÁS

(204)

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESA DE RADIOFUSÃO E PUBLICIDADE NO ESTADO DE GOIÁS

(204)

SIRLEY ABERO SOARES NOBLE E OUTRO(A/S) (480)SONIA REGINA SILVA AMARO PEREIRA (152)SORAIA FÉLIX DE SOUZA (392)STALYN PANIAGO PEREIRA (254)SUELI RANGEL SILVA VIDIGAL (288)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(21) (244) (249)SUZANA VALDENIR PERBONI (47)SYLVIA VIRGÍNIA DOS S DUTRA DE MACEDO (514)TADEU FRAGA DE ANDRADE E OUTRO(A/S) (479)TATIANA CASSOL SPAGNOLO (43)TATIANA PREZOTTI MORELLI (431)TATIANA SOARES DE SIQUEIRA (408)TELMO SIMÕES MATTOS E OUTRO(A/S) (2)TERCEIRO VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(312)

THAIS DE MELLO LACROUX (51)THAIS MARIA SILVA RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S) (518)THAISE SIMÕES SILVA (200)THIAGO ANTONIO FERREIRA (306)THIAGO DE MENDONCA VASCONCELOS (37)THIAGO OLIVEIRA VINHAL E OUTRO(A/S) (495)TIAGO BRUNO PEREIRA DE CARVALHO (40)TIAGO KANOFRE MARTINI (456)TIAGO SANGIOGO (405)TIBICUERA MENNA BARRETO DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) (130)TRAJANO RIBEIRO E OUTRO(S) E OUTRO(A/S) (170)TRAJANO RICARDO MONTEIRO RIBEIRO E OUTRO(A/S) (351)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (278)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO (314)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO (221)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO(308) (309) (310) (311)TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17ª REGIÃO (315)ULISSES BORGES DE RESENDE (58)ULISSES JOSÉ FERREIRA NETO E OUTRO(A/S) (407)ULISSES RIEDEL DE RESENDE E OUTRO(A/S)(86) (87)ULISSES TRINDADE DE FARIA (388)VALDECY DA COSTA ALVES (243)VALDINÉIA VALENTINA DE CAMPOS E OUTRO(A/S) (208)VALÉRIA RICARTE ESTRELA FERNANDES E OUTRO(A/S) (108)VALÉRIA TAVARES DE SANT'ANNA E OUTRO(A/S) (121)VALMIR DE OLIVEIRA QUADROS (445)VALTEMIR NOGUEIRA MENDES (347)VALTER FERREIRA XAVIER FILHO E OUTRO(A/S) (547)VALTER FILHO MOTA TEIXEIRA (25)VANESSA COELHO DE OLIVEIRA (131)VANESSA LIMA NASCIMENTO E OUTRO(A/S) (429)VANINA CARNEIRO DA CUNHA MODESTO E OUTRO(A/S) (455)VERA LÚCIA RIBEIRO (157)VERNER MELLO DINESEN HANSEN (183)VICENTE AQUINO E OUTRO(A/S) (118)VICTOR ALEXANDRE ZILIOLI FLORIANO E OUTRO(A/S) (404)VICTOR ALVES MARTINS E OUTRO(A/S)

(502) (531)VILSON FARIAS E OUTRO(A/S) (179)VINICIUS DE FIGUEIREDO TEIXEIRA E OUTRO(A/S) (232)VITOR LINDOLFO GRESSLER(525) (526)VIVIAN VIEIRA ALBRECHT E OUTRO(A/S) (80)VIVIANA MISSAGIA DE CASTRO E OUTRO(A/S) (246)VIVIANE RAMONE TAVARES E OUTRO(A/S) (349)VLADIMIR MACÊDO DA SILVA (191)WALDIR LUIZ BRAGA E OUTRO(A/S) (372)WALTER AROCA SILVESTRE E OUTRO(A/S) (147)WALTER DE ALMEIDA (292)WALTER FERNANDO PIAZZA JÚNIOR (305)WANDENAN VALDECI ELIEZER MACHADO OU WALDENAN VALDECI ELIEZER MACHADO

(27)

WANDER PEREZ (356)WANDERLEY VIEIRA DE SOUZA (292)WELLINGTON BARBOSA GARRETT FILHO (172)WELLINGTON DE LIMA SANTOS (24)WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER (343)WILLIAM FERREIRA PINTO E OUTRO(A/S) (545)WILSON DUARTE DE CARVALHO E OUTRO(A/S) (119)YURI PORFÍRIO CASTRO DE ALBUQUERQUE E OUTRO(A/S) (428)ZAIRA LEONIDIO DO CARMO (499)ZULEICA DE ASSIS DE LIMA MENDONÇA (270)ZULMIRA DO ESPÍRITO SANTO CORREIA(40) (40)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AÇÃO CAUTELAR 3.405 (269)AÇÃO CAUTELAR 3.453 (1)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.176 (270)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.369 (271)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.599 (272)AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 1.832 (273)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.267 (274)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.937 (275)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.044 (276)AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 25 (277)AÇÃO ORIGINÁRIA 1.820 (2)AÇÃO RESCISÓRIA 2.378 (3)AG.REG. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.182 (339)AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.336

(340)

AG.REG. NA PETIÇÃO 3.894 (220)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 9.823 (221)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 9.835 (278)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 11.613 (222)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 12.962 (279)AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 14.027 (280)AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 437.113 (341)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.944 (342)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.329 (225)AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.974 (226) AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 313.059 (227)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 395.912 (228)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 401.243 (229)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 466.571 (231)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 482.452 (344)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 488.949 (232)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 497.407 (233)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 552.038 (234)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 643.370 (235)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 682.168 (236)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.718 (237)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 724.868 (345)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 757.315 (238)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 761.509 (346)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 666.954 (347)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 674.334 (239)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.551 (251)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.086 (240)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.213 (252)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 722.124 (348)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.659 (253)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 748.573 (254)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.029 (241)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.915 (255)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.201 (256)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.736 (349)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4554607

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 178

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.548 (257)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.912 (258)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.213 (242)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.395 (259)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.755 (260)AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.946 (261)AG.REG. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 270.870

(343)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 780.139 (350)AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.913 (351)AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.777 (352)AGRAVO DE INSTRUMENTO 816.993 (353)AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.483 (354)AGRAVO DE INSTRUMENTO 828.302 (355)AGRAVO DE INSTRUMENTO 847.715 (4)AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.443 (356)AGRAVO DE INSTRUMENTO 852.506 (357)AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.899 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.167 (358)AGRAVO DE INSTRUMENTO 858.867 (359)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.437 (360)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.454 (361)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.540 (362)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.572 (193)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.592 (194)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.597 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.618 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.617 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.651 (363)AGRAVO DE INSTRUMENTO 859.660 (9)DÉCIMOS QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (214)DÉCIMOS SÉTIMOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (218)EMB.DECL. NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.364

(223)

EMB.DECL. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.790 (224)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.614 (364)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.910 (10)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.026 (11)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.540 (12)EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.720 (13)EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 631.523

(262)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.852

(14)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.647

(365)

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 739.636

(263)

EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 783.659 (264)EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 857.903 (265)EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 114.750 (244)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.199 (367)EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.060

(368)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.123

(369)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.639

(245)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.284

(266)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.080

(370)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.104

(246)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 745.286

(267)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 746.240

(371)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 748.751

(268)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.504

(247)

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.270

(248)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.962

(15)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.693

(366)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.994

(16)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 717.423

(243)

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.850

(17)

EMB.DIV. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 803.296 (175)EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 273.277 (372)EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.037

(373)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 381.529

(374)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 608.960

(375)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.371

(376)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 715.190

(377)

EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420

(378)

EMB.INFR. NA AÇÃO PENAL 470 (18)EMB.INFR. NA AÇÃO PENAL 481 (210)HABEAS CORPUS 112.593 (249)HABEAS CORPUS 118.764 (281)HABEAS CORPUS 119.282 (284)HABEAS CORPUS 119.428 (20)HABEAS CORPUS 119.427 (19)HABEAS CORPUS 119.429 (21)HABEAS CORPUS 119.430 (22)HABEAS CORPUS 119.431 (23)HABEAS CORPUS 119.443 (26)HABEAS CORPUS 119.446 (27)HABEAS CORPUS 119.448 (28)HABEAS CORPUS 119.440 (24)HABEAS CORPUS 119.442 (25)INQUÉRITO 2.732 (285)INQUÉRITO 2.905 (286)INQUÉRITO 3.272 (287)INQUÉRITO 3.509 (288)INQUÉRITO 3.519 (289)INQUÉRITO 3.597 (290)INQUÉRITO 3.675 (291)INQUÉRITO 3.712 (292)INQUÉRITO 3.767 (293)INQUÉRITO 3.768 (294)INQUÉRITO 3.775 (31)INQUÉRITO 3.772 (29)INQUÉRITO 3.774 (30)MANDADO DE INJUNÇÃO 2.958 (295)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.454 (296)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.938 (298)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.941 (299)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.945 (32)MANDADO DE INJUNÇÃO 5.946 (33)MANDADO DE SEGURANÇA 32.350 (300)MANDADO DE SEGURANÇA 32.373 (302)MANDADO DE SEGURANÇA 32.384 (35)MANDADO DE SEGURANÇA 32.387 (37)MANDADO DE SEGURANÇA 32.386 (36)MANDADO DE SEGURANÇA 32.383 (34)MANDADO DE SEGURANÇA 32.395 (38)MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.370 (301)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 14.978 (315)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.014 (317)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.087 (318)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.099 (319)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.101 (320)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.334 (321)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.357 (322)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.363 (323)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.421 (324)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.449 (325)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 15.958 (328)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.153 (329)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.181 (331)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.347 (333)MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 16.354 (334)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.142 (282)MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 119.261 (283)MEDIDA CAUTELAR NO MANDADO DE INJUNÇÃO 5.934 (297)MEDIDA CAUTELAR NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.389

(338)

PETIÇÃO 3.456 (303)PETIÇÃO 5.076 (304)QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470(213) (219)QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL 711 (209)RECLAMAÇÃO 6.237 (305)RECLAMAÇÃO 6.241 (306)RECLAMAÇÃO 8.683 (307)

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RECLAMAÇÃO 13.307 (308)RECLAMAÇÃO 13.514 (309)RECLAMAÇÃO 13.656 (310)RECLAMAÇÃO 13.871 (311)RECLAMAÇÃO 14.297 (312)RECLAMAÇÃO 14.398 (313)RECLAMAÇÃO 14.979 (316)RECLAMAÇÃO 14.972 (314)RECLAMAÇÃO 15.944 (327)RECLAMAÇÃO 15.941 (326)RECLAMAÇÃO 16.169 (330)RECLAMAÇÃO 16.253 (332)RECLAMAÇÃO 16.357 (335)RECLAMAÇÃO 16.363 (39)RECLAMAÇÃO 16.364 (40)RECLAMAÇÃO 16.365 (41)RECLAMAÇÃO 16.366 (42)RECLAMAÇÃO 16.369 (44)RECLAMAÇÃO 16.368 (43)RECLAMAÇÃO 16.375 (50)RECLAMAÇÃO 16.373 (48)RECLAMAÇÃO 16.374 (49)RECLAMAÇÃO 16.371 (46)RECLAMAÇÃO 16.372 (47)RECLAMAÇÃO 16.370 (45)RECLAMAÇÃO 16.377 (51)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.676 (211)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.770 (212)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.723 (379)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 604.528 (380)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.043 (381)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 626.372 (382)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 628.654 (383)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.705 (384)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.864 (385)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 665.688 (386)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.261 (387)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 717.602 (388)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 719.731 (389)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 741.939 (390)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 743.015 (391)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 750.946 (392)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 754.422 (393)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 756.054 (394)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 757.439 (395)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 760.664 (396)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 761.803 (397)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 762.599 (398)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 762.961 (399)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.329 (52)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 763.758 (400)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.035 (53)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.176 (401)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.541 (402)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.015 (403)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.297 (404)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 766.313 (405)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.009 (54)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.620 (406)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 768.671 (407)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 769.818 (408)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 769.830 (55)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.227 (56)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 772.600 (57)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 667.708 (552)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 667.914 (58)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 669.690 (409)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 670.668 (410)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.828 (59)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.610 (411)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 676.935 (412)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.169 (413)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.180 (414)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 685.782 (415)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.660 (416)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.098 (417)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.172 (195)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.238 (60)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.168 (61)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.043 (418)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.754 (419)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.988 (420)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.280 (62)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.344 (176)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.146 (63)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.522 (421)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.262 (422)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.033 (65)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.032 (64)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.228 (66)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.269 (67)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.272 (68)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.862 (553)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.616 (423)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.800 (424)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 716.226 (425)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 717.536 (426)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 717.959 (69)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 721.606 (427)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 725.066 (428)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 733.794 (70)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 734.452 (429)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.855 (177)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 735.856 (178)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 736.306 (430)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 736.403 (431)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 738.106 (432)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 738.758 (179)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.024 (433)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.407 (196)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.286 (180)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.358 (434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.429 (435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 741.519 (436)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 742.007 (437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 743.036 (438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 744.997 (439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 748.504 (440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 749.173 (441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.889 (442)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.937 (443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 750.950 (444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 751.794 (181)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.611 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.650 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.850 (554)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 753.947 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.037 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.790 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 754.896 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.384 (71)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 755.548 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.381 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 756.999 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.097 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.128 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.596 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 757.952 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.000 (458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.163 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.176 (460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.302 (461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.610 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 758.980 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.055 (464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.177 (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.591 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 759.687 (467)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.123 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 760.310 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.180 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.435 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 761.585 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.160 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 762.792 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.307 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.374 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.458 (555)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.461 (556)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.590 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.714 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 763.906 (72)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.394 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.504 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.534 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.554 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.724 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.722 (483)

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 764.846 (485)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.112 (73)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.200 (486)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.275 (487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.329 (197)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.640 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.715 (489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.752 (198)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.769 (199)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.774 (490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 765.776 (182)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.167 (491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.233 (492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.319 (493)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.346 (494)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.497 (495)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.558 (497)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.550 (496)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.562 (498)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.604 (499)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.601 (183)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.741 (500)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.799 (501)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 766.973 (502)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.125 (503)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.187 (200)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.196 (504)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.228 (184)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.221 (505)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.232 (74)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.456 (506)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.463 (75)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.487 (508)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.484 (507)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.494 (201)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.524 (202)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.655 (509)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.752 (203)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.751 (185)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.796 (204)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.798 (510)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.854 (511)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.967 (513)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.960 (512)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.973 (76)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.986 (186)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.991 (187)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.995 (188)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 767.998 (189)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.000 (514)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.006 (190)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.037 (205)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.045 (191)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.197 (206)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.206 (515)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.233 (516)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.243 (517)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.257 (518)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.295 (77)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.311 (78)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.323 (79)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.333 (81)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.332 (80)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.337 (83)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.334 (82)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.351 (84)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.361 (85)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.375 (86)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.370 (519)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.379 (87)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.402 (88)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.417 (520)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.427 (521)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.443 (89)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.479 (522)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.482 (523)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.499 (90)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.500 (91)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.502 (92)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.730 (524)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.821 (525)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.868 (207)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.864 (526)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.885 (93)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.911 (192)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.912 (208)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.949 (528)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.944 (527)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 768.960 (529)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.071 (530)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.084 (531)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.154 (532)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.201 (533)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.204 (534)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.270 (535)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.299 (94)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.333 (536)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.466 (537)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.587 (95)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.597 (538)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.609 (96)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.656 (97)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.673 (98)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.769 (99)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.770 (100)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.778 (103)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.775 (102)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.774 (101)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.786 (105)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.784 (104)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.795 (106)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.826 (539)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.822 (107)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.913 (540)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.960 (541)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 769.977 (542)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.047 (108)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.050 (109)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.058 (113)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.057 (112)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.054 (110)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.055 (111)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.060 (114)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.104 (543)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.110 (115)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.111 (116)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.126 (118)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.125 (117)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.134 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.133 (120)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.135 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.131 (119)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.140 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.141 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.142 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.143 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.145 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.147 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.284 (544)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.303 (545)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.711 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.718 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.728 (546)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.904 (548)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 770.903 (547)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.028 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.034 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.050 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.062 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.161 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.163 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.256 (549)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.309 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.548 (550)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.659 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.662 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.681 (140)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.699 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.715 (142)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.733 (143)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 771.746 (144)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.001 (145)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.047 (146)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.054 (551)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.226 (147)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.318 (148)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.338 (149)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.344 (150)

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STF - DJe nº 185/2013 Divulgação: quinta-feira, 19 de setembro Publicação: sexta-feira, 20 de setembro 181

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.389 (151)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.504 (152)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.589 (153)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.591 (154)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.606 (155)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.629 (156)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.632 (157)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.649 (158)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.689 (159)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.698 (160)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.757 (161)RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 772.759 (162)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.362 (337)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.360 (336)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.379 (165)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.377 (163)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.378 (164)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.381 (167)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.380 (166)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.382 (168)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.388 (169)RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.389 (170)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 117.027 (250)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.435 (173)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.434 (172)RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 119.432 (171)REVISÃO CRIMINAL 5.435 (174)SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 424.850 (230)SEXTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (217)TERCEIROS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (216)VIGÉSIMOS QUARTOS EMB.DECL.JULG. NA AÇÃO PENAL 470 (215)

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