reparo tecidual aulapatologia

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  • REPARO TECIDUALPROFESSORA EDIANE CAIRES

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESDISTRIBUIO

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESINTENSIDADELeve ou discreta: Quando o tecido ou rgo afetado tem sua funo alterada levemente, de modo a no comprometer seriamente o organismo como um todo; Moderada: Quando o tecido ou rgo afetado tem sua funo alterada de modo a comprometer razoavelmente o organismo como um todo, ainda que no signifique por si s risco de vida; Grave ou severa: Quando o tecido ou rgo afetado tem sua funo muito alterada, comprometendo seriamente o organismo como um todo, inclusive pondo em risco a vida.

  • REPARAORegenerao:reposio de um grupo de clulas destrudas pelo mesmo tipo

    Substituio:tecido original susbtitudo por tecido fibroso (fibroplasia, cicatrizao)

    Ambos requerem crescimento celular, diferenciao e interao entre clula e matriz.

  • REGENERAO TECIDUAL

    Controlada por fatores bioqumicos liberada em resposta a leso celular, necrose ou trauma mecnico

    Como exerce seu controle?

    Induz clulas em repouso a entrar em seu ciclo celular;Equilibra fatores estimulatrios ou inibitriosEncurta o ciclo celular Diminui a perda celular

  • CARACTERSTICAS DA PROLIFERAO CELULARClulas Lbeis (renovam-se sempre):Que se encontram em constante divisoEpitlio: pele, cavidade oral, trato GI, hematopoiese

    Clulas estveis (quiescentes):Comumente em G0 e baixo nvel de replicao Proliferao rpidaFgado, rim, pncreas, endotlio, fibroblastos.

  • CARACTERSTICAS DA PROLIFERAO CELULAR

    Clulas Permanentes (no se dividem):Permanentemente removidas do ciclo celular Leso irreversvel induz uma cicatriz Clulas nervosas, msculo cardaco e esqueltico

  • CICLO CELULAR

  • SINALIZAO INTERCELULAR Autcrina: clulas tem receptores para seus prprios fatores secretados Parcrina: clulas respondem a secreo de clulas vizinhas

    Endcrina: clulas respondem a fatores (hormnios) produzidos por clulas distantes.

  • SINALIZAO INTERCELULAR

  • FASES DA CICATRIZAOFase Inflamatria ou Exsudativa:

    Sua durao de aproximadamente 48 a 72 horas. Caracteriza-se pelo aparecimento dos sinais prodrmicos da inflamao: dor, calor, rubor e edema. Mediadores qumicos provocam vasodilatao, aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem a quimiotaxia dos leuccitos - neutrfilos combatem os agentes invasores e macrfagos realizam a fagocitose.

  • FASES DA CICATRIZAOFase Proliferativa(3 a 14 dias):

    Reepitelizao: em feridas incisas esta fase ocorre entre 24 a 48 horas aps leso inicial. Nas primeiras 24 horas, clulas basais presentes nas bordas da ferida, proliferam-se e se alongam, e comeam a migrar para o outro lado da superfcie da ferida at que ocorra a inibio por contato.

    Migrao de fibroblastos: os fibrosblastos sugem na ferida no terceiro dia e atingem o pico em 7 dias. Clulas circunvizinhas indiferenciadas podem se transformar em fibroblastos por ativao de mediadores.

  • FASES DA CICATRIZAO/FASE PROLIFERATIVA

    Formao de tecido de granulao: aproximadamente 4 dias aps o inicio da leso, a ferida invadida por tecido de granulao, constitudo de fibroblastos, clulas inflamatrias, capilares neoformados envoltos em colgeno, fibronectina e cido hialurnico.

    Angiognese: o processo de angiognese torna-se ativo a partir do segundo dia . Os nveis elevados de cido ltico, o pH cido e a diminuio da tenso de O2, no ambiente da ferida, so fatores que influem na angiognese.

  • FASES DA CICATRIZAO/FASE PROLIFERATIVA

    Sntese protica: cerca de 5 dias depois da leso, predominam a sntese e deposio de protena. A sntese de colgeno afetada por caractersticas do paciente e da ferida.

    Contrao da ferida: inicia-se 4 a 5 dias aps a leso e continua por cerca de 2 semanas ou mais nas feridas crnicas. A taxa de contrao depende do local da ferida e forma. A contrao caracterizada pela predominncia de miofibroblastos na periferia da ferida.

  • FASES DA CICATRIZAO/FASE DE REMODELAGEM

    Fase de remodelagem (7 dias a 1 ano): a remodelagem da cicatriz comea a predominar a partir de 21 dias aps a leso. Ocorre equilbrio entre taxa de sntese e degradao de colgeno. Este processo controlado por mediadores presentes na leso.

    A remodelagem essencial para a formao de uma cicatriz resistente

  • CICATRIZAOFenmeno complexo, porem ordenado, envolvendo diversos processos:

    Induo do processo inflamatrio agudo pela leso iniciaProliferao de clulas Formao do tecido conjuntivo/Sntese de protenas da MECContrao da feridaRemodelao

  • FASES SEQENCIAIS DA CICATRIZAO

  • REPARO POR TECIDO CONJUNTIVO

    Dependendo da destruio tecidual, o reparo pode no ser efetuado exclusivamente atravs de clulas parenquimatosas, por conseguinte, ocorre tentativas de reparo tecidual atravs da substituio das clulas parenquimatosas lesadas por tecido conjuntivo.

  • REPARO POR TECIDO CONJUNTIVO/COMPONENTES

    Formao de novos vasos(Angiognese)

    Migrao e proliferao de fibroblastos

    Deposio de MEC

    Remodelagem, que consiste na maturao e organizao do tecido fibroso

  • MSCULO

  • NERVOSO

  • SSEOFratura, sangramento e cogulo. Granulao.Calcificao novo osso, 2 mesesRemodelagem.

  • CICATRIZAO DE FERIDAS

    Primeira inteno ou cicatrizao primria

    Segunda inteno ou cicatrizao secundaria

    Terceira inteno ou Fechamento primrio retardado

    ( Orgill e Demling, 1988 )

  • PRIMEIRA INTENO OU CICATRIZAO PRIMRIA

    Processo atravs do qual uma ferida limpa imediatamente reaproximada ou ferida superficial limpa imediatamente suturada.

    Fatores que interferem na cicatrizao: quantidade de tecido necrtico, presena de espao morto, suturas muito apertadas, infeco, etc.

  • CICATRIZAO: PRIMEIRA INTENO

    Inciso limpa.

    Linha de fechamento precisa de hemostasia.

    Desidratao na superfcie cria crosta.

    24 h: neutrfilos, mitoses do epitlio basal

    1 - 2 dias: clulas epiteliais basais crescem ao longo da derme.

    3 dias: neutrfilos saem, macrfagos entram, tecido de granulao se forma.

  • CICATRIZAO: PRIMEIRA INTENO

    5 dias: espao preenchido com tecido de granulao e por pontes de unio de fibrilas colgenas.

    Espessamento da epiderme permanece normal.

    2 Semana: acmulo de colgeno, fibroblastos (edema inflamao reduzidos)

    Fim do 1 ms: tecido conjuntivo sem inflamao; epiderme intacta

    Fora de tenso aumenta de 70 - 80% em relao pele normal em 3 meses

  • CICATRIZAO: PRIMEIRA INTENO

  • CICATRIZAO: PRIMEIRA INTENO

  • SEGUNDA INTENO OU CICATRIZAO SECUNDARIA

    Uma ferida aberta se fecha pela formao de tecido de granulao com conseqente reepitelizao e contrao da ferida.

    feridas agudas que cicatrizam sem a aposio das bordas (bipsias cutneas, queimaduras profundas, feridas infectadas mantidas abertas). Neste caso o tempo para reepitelizao de pende de vrios fatores ( profundidade, localizao e forma).

  • SEGUNDA INTENO OU CICATRIZAO SECUNDARIA

  • SEGUNDA INTENO OU CICATRIZAO SECUNDARIA

  • TERCEIRA INTENO OU FECHAMENTO PRIMRIO RETARDADO

    Processo pelo qual uma ferida temporariamente mantida aberta, sendo fechada mais tarde, usualmente 4 a 7 dias com aproximao ou sutura.

  • FERIDAS CRNICAS

    Esta classificao bastante subjetiva: esto includas feridas traumticas e induzidas cirurgicamente, infectadas ou com comprometimento vascular.

    Abrange lceras de pele, diabticas, venosas e arteriais, e as lceras de presso.

  • FERIDAS CRNICAS

  • FERIDAS CRNICAS

  • FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAONutrientes: m-nutrio importante fator de interferncia na cicarizao, especialmente em idosos - Hipoproteinemia : retardo na cicatrizao, inibio da angiognese, da proliferao e sntese de fibroblastos, interfere no acmulo e remodelagem do colgeno

    Hipxia: encontrada em pacientes anmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabticos. Feridas infectadas, com hematoma e suturas sob tenso

  • FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAODiabetes: neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distrbios metablicos - a ativao reduzida das clulas inflamatrias e a quimiotaxia reduzida, resultam em menor eficincia na destruio das bactrias

    Infeco: a contaminao da ferida por bactrias acarreta em infeco clnica e retardo na cicatrizao

    Drogas e outros fatores: - Corticosterides: inibem a migrao de macrfagos, a proliferao de fibroblastos e a sntese da matriz proteica. - Irradiao local: reduz populao de fibroblastos e reduz potencial proliferativo do endotlio.

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESASPECTOS PATOLOGICOS DO REPARO DE FERIDAS

    Formao deficiente da cicatriz

    Formao excessiva dos componentes de reparo. Ex.: Cicatrizes hipertrficas e quelides.

    Formao de contraturas. Ex.: queimados

  • QUELIDE

    Espessamento localizado na pele, devido a um depsito excessivo de colgeno que se forma em cicatrizes da pele

    Predisposio gentica: humanos negros

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESSinais Gerais Embora seja considerada uma reao local, a inflamao suscita vrias reaes gerais em conseqncia de:

    Ao direta de componentes do agente inflamatrio (Antgenos, pirgenos, toxinas, etc...); Liberao por clulas do foco inflamatrio de substncias de ao geral, durante a fagocitose, a histlise, a ativao do complemento, a coagulao do sangue;

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESa. Febre: Sndrome caracterizada por: Hipertermia mista (aumento da termognese + reduo da termlise); Taqui ou dispnia (como adaptao hipertermia, acidose e ao do metabolismo); Taquicardia (Grosseiramente 1 C acima da temperatura corprea normal corresponde a um aumento de 8 ppm); Anorexia + Polidipsia (reduo da secrees digestivas + aumento da reteno hdrica nos tecidos); Lassitude, obnubilao e fadiga.

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESConseqncias:Benficas: - Virulncia e do crescimento bacteriano (muitas vezes pouco significativo...);- Estmulo das defesas inespecficas do organismo ("Fogo que purifica", de Hipcrates);- Aumento da atividade fagocitria dos PMN;- Aumento da produo de interferon;- Aumento da gliclise, com aumento de cido lctico e reduo do pH, resultando em inibio do crescimento bacteriano e viral;

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESMalficas: - Quando intensa e/ou prolongada, determina exausto orgnica pelas modificaes metablicas que acarreta:- Consumo do glicognio heptico;- Mobilizao rpida dos cidos graxos;- Acetonemia e cetonria;- Aumento da eliminao urinria de nitrognio,- Reduo da filtrao glomerular;- Reteno de cloretos;- Depleo de potssio e fsforo.

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESb. Alteraes hematolgicas:

    Reduo dos nveis sricos de FerroLeucocitoseAumento da velocidade de sedimentao das hemcias

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESc. Reao dos rgos linfides:Ocorre exaltao das funes do tecido linfide, em conseqncia da estimulao extraordinria, por antgenos do agente inflamatrio, que chegam s formaes linfticas regionais e s distantes atravs dos vasos aferentes ou pela circulao sangnea.

    d. Degenerao parenquimatosa:Freqente nas inflamaes graves, tanto agudas como crnicas.

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESObservao:

    muito importante considerarmos a inter-relao "Agente Agressivo - Contato Agente Tecido - Tecido" na caracterizao da gravidade da agresso e da intensidade da inflamao.

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRESAssim, um agente pouco patognico, em contato nico e ligeiro com um tecido saudvel pode determinar to somente uma agresso leve com reao inflamatria de curta durao (aguda) e de pequena intensidade. Por outro lado, um agente muito resistente e patognico, em contatos repetidos e persistentes, mesmo em tecidos saudveis, ir determinar uma agresso mais grave com reao inflamatria de longa durao (crnica) e de maior intensidade.

  • PATOLOGIA HUMANAPROFESSORA EDIANE CAIRES

  • FIM