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ESTILO RENASCENTISTA Denomina-se Arquitetura do Renascimento àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu do século XIV ao XVI. Este período é caracterizado por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquitectos em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida. A Arquitetura do Renascimento está apoiada em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Em arte, classicismo refere-se ao mundo antigo, ou seja, à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético. Já o humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância. O humanismo renascentista propõe o antropocentrismo. O antropocentrismo era a ideia de "o homem ser o centro do pensamento filosófico", ao contrário do teocentrismo, a ideia de "Deus no centro do pensamento filosófico". O antropocentrismo surgiu a partir do renascimento cultural. Contudo, vale ressaltar que, ainda que a Arquitetura Renascentista não surja totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico). O marco desta ruptura de valores está na construção da cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore em Florença por Fillipo Brunelleschi, um dos principais nomes do cenário arquitetônico deste período com uma nova forma de produzir arquitetura, separando as funções do arquiteto e construtor. Brunelleschi ficou conhecido como o responsável por traçar o caminho em que praticamente todos os arquitetos do Renascimento trilharão suas obras. Porém, ele ainda não tinha pleno domínio sobre as várias ordens sistematizadas da linguagem arquitetônica clássica, o que se verifica quando ele próprio acaba “criando” uma linguagem individual, na qual os elementos clássicos transparecem mas não respondem completamente aos valores antigos. Os arquitetos deste período tornam-se esponsáveis pela busca da ordem e do cânone. O domínio do Classicismo ocorre de ao longo do século XIV, e tem na pessoa de Donato Bramante uma figura paradigmática. Neste momento (e, especialmente, após a teorização da arquitetura proposta por Leon Battista Alberti no seu tratado De re aedificatoria), já existe uma consciência bastante forte dos constituintes formais das arquiteturas grega e romana: as possibilidades de composição, as soluções encontradas e a síntese espacial é, em geral, conhecida. Desta forma, os arquitetos renascentistas têm à sua disposição todo o potencial criativo oferecido pela linguagem e o espírito da época, podendo vir a manifestar-se, potencialmente, através, não da cópia dos clássicos, mas de sua superação. Bramante também populariza uma linguagem que foi por ele desenvolvida e explorada. Inspirada nos arcos triunfais romanos, as características compositivas destes são aplicados aos projetos de palácios. A principal imagem deste “estilo bramantiano” é a tríade de aberturas adornadas com arcos de volta inteira, sendo que dois deles estão a uma mesma altura, com o central maior. A superação dos clássicos, mantendo porém o caráter clássico, se dá especialmente na medida em que os arquitetos do período propõem soluções espaciais em programas novos (como os grandes palácios, diferentes dos romanos, ou as novas catedrais e basílicas). Elementos como as abóbadas e cúpulas são usados de uma nova forma, ainda que as ordens (jônico, coríntio, etc) sejam formalmente seguidas. Conforme o domínio da linguagem clássica evoluía, foi crescendo nos arquitetos renascentistas um certo anseio de libertação formal das regras do Classicismo, de forma que o eventual desejo de sua superação se tornasse um elemento fundamental na nova produção de tais indivíduos. Tal fenômeno, considerado já como um prenúncio de um movimento estético que, cem anos mais tarde, se concretizaria no barroco, ganharia força especialmente nas primeiras décadas do século XVI - praticamente depois de mais de cento e cinqüenta anos de produção arquitetônica dita “renascentista”. Este já é um momento em que a tentativa de sistematizar o conhecimento dos cânones clássicos está plenamente efetivada. Desta forma, os elementos compositivos do Classicismo já não mais são usados nas obras arquitetônicas como experimentação em busca do clássico, mas, partindo de sua plena consciência, em busca de sua inovação. Em um primeiro momento, as regras clássicas de composição ainda são fielmente seguidas, mas seu campo de aplicação se amplia e vai além das grandes obras públicas, dos grandes palácios e templos religiosos (os edifícios ditos “nobres”, dignos de receberem o status de arquitetura segundo a perspectiva clássica) e novas combinações de elementos são propostas. Andrea Palladio foi o principal expoentedesta forma de lidar com a linguagem clássica, especialmente através dos seus projetos de villas nos arredores das cidades italianas. A arquitetura de Palladio foi de tal forma peculiar e destacada da de seus antecessores que seu método projetual acabou levando à caracterização de um novo estilo: o Paladianismo. Tal estilo se apresenta pela aplicação da planta central aos projetos residenciais (como nos das villas), por um certo tipo de ornamentação bastante sintética (uma arquitetura de "superfície"), entre outras características. O próprio Palladio é responsável por produzir um tratado bastante completo sobre a arquitetura clássica, no qual expõe seu modo de pensar e sua perspectiva sobre a questão. Renascimento - Alunos: Aigon, Bruno, Ellen, Fagner, Jonathas, Larissa Corrêa, Larissa Silva, Manassés, Manoel, Marcos, Ulisses, Verônica / I Ano de Arquitetura e Urbanismo - 3. CAPELA PAZZI A , do Arquiteto Fillipo Brunelleschi, considerada uma das obras- primas da arquitetura do Renascimento Italiano, está localizada no claustro da Basílica da Santa Cruz, em Florença. Principal arquiteto renascentista e mais completo é Brunelleschi; sendo pintor, escultor e arquiteto, além de dominar conhecimentos de matemática, geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Somente como construtor que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi. No livro História da Arte de Graça Proença, não há datas da construção e nem a informação de que a obra não é de Brunelleschi, ao contrário, cita que o mesmo traçou uma planta simétrica: um quadrado central – encimado por um dormo – ao qual foram acrescentados dois espaços laterais que o transformaram em retângulo. A Fachada dessa capela compõe-se de um pórtico com seis colunas coríntias de fuste liso que sustentam um entablamento retangular. Sua construção foi ordenada em torno de 1429 por Andrea Pazzi, membro de rica família de banqueiros, mas as obras só começaram em torno de 1441, sendo completada na década de 1460. Até há pouco tempo se pensou que era uma obra de Filippo Brunelleschi, mas hoje parece que sua participação se resumiu na esquematização da planta-baixa e da fachada, enquanto que a construção e o detalhamento do prédio ficou a cargo de um arquiteto desconhecido, Giuliano da Maiano ou Michelozzo. A fachada que se julga ele ter iniciado, hoje está parcialmente oculta por um pórtico, de construção posterior. No interior, na cúpula e no pórtico há ARQUITETURA URBANISMO Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro ‘‘Victório Cardassi’’ PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: - Ordens Arquitetônicas; - Arcos de Volta-Perfeita; - Simplicidade na construção; - A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas; - Construções; palácios, igrejas, vilas, fortalezas. PRINCIPAIS ARQUITETOS: - Felippo Brunelleschi (1.377 – 1.446) - Leon Battista Alberti (1.404 -1.472) - Donato Bramante (1.444 – 1.514) - Andrea Palladio (1.508 – 1.580) - Giulio Romano (1.492 – 1.546) - Michelangelo (1.475 – 1.564) 4. PALÁCIO MÉDICI-RICCARDI O Palácio Médici-Riccardi, em Florença, foi construído entre 1444 e 1464 sob os planos de Michelozzo a pedido de Cosme de Médicis. Foi utilizado como residência à sua família até o ano de 1540. Posteriormente foi alargado e alterado pela família Riccardi que o adquiriu quando os Médicis se instalaram no Palácio Pitti. O seu arquiteto foi discípulo e colaborador de Brunelleschi e Donatello e a sua vertente de escultor-decorador não o impediu de se concentrar exclusivamente no trabalho arquitetônico do palácio. Trouxe diversas inovações para a época como o primeiro "banco de rua" (na esquina), e as "janelas ajoelhadas" de Michelangelo que foi uma alteração sucessiva. Seguiu o modelo medieval, criando um cubo centrado por um pátio aberto, como era comum nos palácios de Florença. Esta era a zona mais adornada dos edifícios. Na fachada o arquiteto foi mais inovador, introduzindo o almofadado dos silhares, cujo relevo vai diminuindo da planta baixa para o último piso. Esta verticalidade de sobreposição de registos contrapõe-se à horizontalidade sugerida pelas fileiras de janelas de ajimez que marcam os dois pisos superiores. Tornou-se uma referência para as grandes residências urbanas do Renascimento. Com os palácios Pitti e dos Uffizi, a Basílica de S. Lourenço e a catedral, faz parte de uma área classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1982 e designada Centro Histórico de Florença. 5. PALÁCIO RUCELLAI Projetado pelo renomado arquiteto renascentista Leon Battista Alberti (1.404 – 1.472) e executado por Bernardo Rosselino (1.409 – 1.464), o Palácio Rucellai ou Palazzo Rucellai, foi construído entre 1.446 e 1.451. Tal obra arquitetônica do Renascimento localiza-se em Florença, Itália, mais precisamente na Via della Vigna Nuova nº 18. O Palácio Rucellai foi encomendado por um dos mebros da família Rucellai, Giovanni Rucellai. Tal família teve sua fortuna construída em torno do tingimento de tecidos. O palácio ainda pertence à eles e na década de 1990 foi sede do Museu da História da Fotografia Fratelli Alinari (Museo di Storia della Fotografia Fratelli Alinari). Sua fachada é subdividida horizontalmente por entablamentos (conjunto de arquitraves, frisos e cornijas) com uma complexidade cada vez maior e mais finamente decorados em vertical. No andar térreo, lesenas de ordem toscana dividem a superfície em espaços onde se abrem dois portais (na origem era só um, mas foi duplicado simetricamente quando o palácio e a fachada foram redobrados). Lesenas são faixas ou bandas verticais, em relevo, feitas numa fachada e que criam uma sombra, usadas na decoração de uma edificação. Em arte românica também se denomina banda lombarda. Os encaixes onde foram colocadas as portas são muito mais amplos que os outros e são, por outro lado, marcados com os mesmos escudos esculpidos das janelas do primeiro andar. Na parte superior do palácio localiza-se uma cornija (acentuamento das nervuras) pouco saliente, apoiada por mísulas (um ornato que ressai de uma superfície, geralmente vertical, e que serve para sustentar um arco de abóbada, uma cornija, figura, busto, vaso, etc.. Muito usado em estruturas de betão, na construção civil.) Na parte detrás está escondida uma loggietta ornada por pinturas monocromáticas do século XV, algumas atribuídas ao círculo de Paolo Uccello. Paolo Uccello foi um pintor italiano que fez parte do Renascimento, destacando-se nas pinturas em perspectiva e pela impressão de relevo que deu à pintura, recorrendo para isso ao claro-escuro. Era obcecado pela perspectiva e passava noites tentando entender o ponto de fuga. Usava-a para criar uma sensação de profundidade em suas obras e não para narrar histórias. Destaca-se ainda que o friso do piso térreo do Palácio Rucellai contém as insígnias da família: três penas numa argola, as velas infladas pelo vento e o escudo familiar, que também aparece nos escudos acima das portas. No interior do palácio localiza-se um pátio renascentista, apesar do fato de atualmente dois lados das arcadas estarem tampados. Amplos arcos de volta completa estão sustentados por colunas com capitéis coríntios muito elaborados, recordando as colunas acima da porta do Batistério de São João. Algumas salas foram decoradas com afrescos por Gian Domenico Ferretti, Lorenzo do Moro e Pietro Anderlini. Por trás do palácio encontra-se a antiga Igreja de São Pancrácio, a qual contém uma outra obra-prima de Alberti, o Templo do Santo Sepúlcro. No interior da antiga nave esquerda, o único espaço ainda consagrado desta estrutura, hospeda o Museu Marino Marini. Frente ao palácio, encontra-se a a Loggia Rucellai, igualmente da autoria de Leon Battista Alberti. Também a fachada da vizinha Basílica de Santa Maria Novella foi desenhada pelo mesmo arquiteto e também encomendada por Giovanni Rucellai. O estilo do Palácio Rucellai constitui um ponto de partida para toda a arquitetura das residências civis do Renascimento, sendo seguido por Bernardo Rossellino, aluno de Leon Battista Alberti, na execução do Palazzo Piccolomini em Pienza, e inspirando, especialmente, Michelozzo na realização do Palazzo Medici Riccardi, o qual se tornou num verdadeiro cânone para todos os outros grandes palácios florentinos, como o Palazzo Strozzi, o Palazzo Antinori ou o núcleo antigo do Palazzo Pitti. 6. SANTA MARIA NOVELLA É uma igreja em Florença, Itália, situada transversalmente a estação ferroviária de mesmo nome. Cronologicamente, é a primeira grande Basílica de Florença, e a principal Igreja Dominicana da Cidade. A igreja, o claustro adjacente e a casa capitular contém uma reserva de tesouros artísticos e monumentos funerários. Especialmente os famosos afrescos do período gótico e do início do renascimento. Elas foram financiadas pela generosidade dos grandes famílias de Florença, que assim asseguravam o lugar de suas capelas e solos sagrados. Essa igreja é chamada de Novella (Nova), porque sua construção foi feita no lugar do oratório de Santa Maria delle Vigne, datado do século IX Quando esse local foi dado a ordem dominicana em 1222, eles decidiram construir uma nova igreja e um claustro adjacente. A igreja foi projetada por dois Frades Dominicanos, Frade Sisto Fiorentino e Frade Ristoro da Campi. A construção começou no meio do século XIII, por volta de 1246 e foi terminada por volta de 1360, sob supervisão do Frade Iacopo Talenti, com a realização do campanário Romano-gótico e a sacristia. Nessa época somente a parte inferior da fachada gótica tinha sido acabada. Sob encomenda de Giovanni di Paolo Rucellai, um comerciante local, Leon Battista Alberti, projetou a parte superior da fachada incrustada em mármore preto e branco. Alberti trouxe os ideais de arquitetura humanista, proporção e detalhamento de inspiração clássica para o projeto, enquanto também criou harmonia com a já existente parte medieval da fachada.da de 1990 foi sede do Museu da História da Fotografia Fratelli Alinari (Museo di Storia della Fotografia Fratelli Alinari). 7. PALÁCIO PITTI Robusto, moderno e agressivo o Palácio Pitti (Palazzo Pitti), Florença, Italia, projetado e construído por Filippo Brunelleschi e Luca Fancelli é uma grande obra Renascentista concebida em grande parte por disputas de ego entre Luca Pitti e a família Médici. Embora sem provas históricas de que seja seu projeto, Brunelleschi teve como base o estilo romano dando um novo estilo palaciano renascentista a construção, a arquitetura prende a atenção em virtude do tamanho e por sua grande severidade e simplicidade, porem seu desenho ainda remete rumores de que pertença a seu ajudante Fancelli. A disputa de egos teve pôr fim a “vitória” da família Médici, adquirindo a propriedade após a falência de família Pitti. Nesta mesma época suas primeiras modificações foram realizadas no Palácio e correspondeu a Bartolomeo Ammannati as mudanças de maior valia arquitetônica como o pátio e os Jardins Boboli, hoje um dos maiores exemplos de jardins italianos, funcionando como museu ao ar livre abrigando várias esculturas encomendadas por Eleonora de Toledo a Niccolò Tribolo. 8. PALÁCIO STROZZI O palácio representa o exemplo mais perfeito do ideal de edifício senhorial do Renascimento. Foi voluntariamente construído num tamanho superior ao do Palazzo Medici, do qual copiou a forma cúbica desenvolvida sobre três andares em volta dum pátio central, e a parede revestida com a típica pietraforte florentina inclinada para o alto. À altura da rua abrem- se janelas retangulares, enquanto que nos pisos superiores se podem encontrar duas séries de elegantes janelas bíforas sobre cornijas dentadas. Em cada um dos três lados que dão para a rua, abrem-se três portais com arcadas, de solene classicismo. Ao torno do palácio corre um rodapé contínuo, e o edifício está coroado por uma imponente cornija apoiada sobre uma faixa lisai. No exterior encontram-se os porta-archotes e porta-bandeiras, e argolas de ferro forjado para cavalos, o melhor exemplo desta forma artística e obra prima de Niccolò Grosso, chamado Il Caparra, o mais famoso ferreiro de Florença no século XV, mencionado também por Vasari em Le Vite. São particularmente notáveis as obras das esquinas: porta-archotes com forma de dragões e esfinges, e as lucernas com a forma de templo com pontas, parecendo assemelhar-se a cebolas, que antigamente davam nome à Plaza Strozzi. 9. BASÍLICA DE SÃO PEDRO O Tempietto de San Pietro ergue-se no pátio do Convento de São Pedro, localizado próximo ao centro histórico de Roma, assinalando, de acordo com a lenda, o local da crucificação de São Pedro.É o edifício síntese da Alta Renascença que foi usado como protótipo para muitas construções futuras e que apresenta claramente características desse período como a planta centrada nas figuras geométricas mais constantes (quadrado, círculo e a combinação de ambos), cúpula hemisférica e forte entablamento, e também características de Bramante como: ordem, regularidade, simplicidade harmonia nas proporções. Bramante reinterpretou a forma circular de templo no Tempietto, construindo um peristilo (corredor coberto circundante, aberto lateralmente através de um ou mais conjuntos de colunas) ao redor de um santuário. Uma cúpula hemisférica, cobre o interior,como no Panteão, mas aqui é sustentada por um tambor alto, além de ter escolhido a máscula ordem dórica, apropriada para um prédio dedicado a São Pedro. Também inclui emblemas do papado na mépotas do friso. Um estudo teórico feito por Alberti que determinava a forma circular como a mais indicada para os templos. As suas referências simbólicas e religiosas são inegáveis, apontando para a afirmação de uma centralidade que traduz o caráter autocrático da autoridade papal, de que S. Pedro constitui a referência máxima. Mais que uma igreja, este edifício foi concebido como um objeto simbólico surgindo como um dos paradigmas da aplicação da estrutura gramatical das ordens clássicas e da perfeição das proporções. 10. VILLA MÉDICI A Villa Médici em Fiesole (Roma), é um palácio estilo renascentista que pertenceu a famosa família Médici, sendo construída por volta de 1500 por Michelozzo em cima da colina. O espaço onde se construiu Villa Médici antigamente fazia parte do jardins de lucullus, os quais passaram para família imperial, que viria ser assassinada. Em 1564 os sobrinhos do Cardeal Giovanni Ricci, obteram a propriedade. Como a propriedade estava abandonada a muito tempo começaram a fazer reformas. Em 1576, a propriedade foi adquirida pelo Cardeal Ferdinando de Médici, o qual conclui a estrutura baseando se em desenhos de Bartolomeo Ammanati. A Villa Médici durante o Renascimento significavam a força a presença e o poder dos Médicis. Foi construída com expressões concreta da família e afirmar a sua presença permanente em Roma. As fachadas da Villa Médici, tornaram se um museu virtual em espaço aberto. Uma série de grandes jardins recordavam os jardins botânicos criados em Pisa e Florença, pelo pai do Cardeal, Cosme l da Médici, protegidos em plantações de pinheiros, ciprestes e carvalhos. A vista é deslumbrante e uma série de grandes terraços forma um verdadeiro jardim suspenso. 11. VILA CAPRA Início da construção é datado de 1566 e, seu término no ano de 1591. A Villa Capra, também conhecida como Villa Rotonda, Villa Capra detta La Rotonda, Villa Almerico-Capra ou Villa Capra-Valmarana, é uma das mais belas e famosas villas de Andrea Palladio. Hoje são um Patrimônio Mundial e, sua imponente fachada, estilo clássico e dominado por colunas e frontões, paisagem aberta para apreciar a vista a partir do interior das moradias e galerias, é o exemplo mais proeminente, onde a natureza e a arquitetura mantém volume sob proporções ideais. A história da Villa Capra começa em 1565, quando o padre e o Conde Paolo Almerico retira da Cúria Romana e se mudou para Vicenza. Como considerado, não precisa de um grande palácio, encomendado como uma residência rural, onde eles podem dedicar-se ao estudo e à meditação. Assim, o arquiteto Palladio desenhou sobre a inspiração da arquitetura religiosa e à base de plantas, ele projetou um edifício quadrado e totalmente simétrico, que é organizado em uma sala circular no centro. Este último é coberto por uma cúpula e iluminado por um óculo central, e é o que dá ao edifício o nome La Rotonda. Todos os quartos são perfeitamente retangulares, dispostos em volta do hall central para que eles possam desfrutar da vista da natureza. A decoração interior do período corresponde delCinquecento italiana, com esplêndidos afrescos com cenas religiosas e até mesmo uma alegoria sobre a vida de Paolo Almerico, seu primeiro proprietário. O hall central é o mais espetacular, com varandas e incrível fingindo ser colunatas frescos e enormes figuras da mitologia grega. O prédio fica em uma base, e cada frente tem uma grande escadaria de acesso à habitação. Os quatro lados são exatamente os mesmos, com exceção de pequenas alterações tais para se adequar ao terreno, e são inspiradas em templos gregos e romanos. Estes são voltadas rotação de 45 graus com os pontos cardeais, de modo que todos os quartos têm sol em algum momento do dia. Cada fachada tem entablamento e frontão suportado por seis colunas jônicas que dão forma às galerias, chamados lodges. Estes alojamentos, que foram utilizados como pontos de encontro ou descanso com excelentes vistas, apenas para dar à planta uma cruz grega. 12. VILLA ALDOBRANDINI Construída entre 1598 a 1602, a Villa Aldobrandini, é um palácio italiano sendo uma das Villas mais importantes da província de Roma, situada na região de Lázio, construída em um cume na entrada da pequena cidade a construção recepciona os turistas com a bela vista. Em 1598, o papa Clemente VII deu a Villa ao seu sobrinho Pietro Aldobrandini como uma forma de recompensa, pelas negociações com o país da França que houve na época, vindo a resultar no tratado de paz de 1955, e também foi uma forma de garantir que a propriedade continuasse na família, já que papas não podem possuir propriedades. A ideia inicial era que Villa fosse transformada em um alojamento em que poderia viver um cardeal, e eventualmente abrigar o papa, o trabalho teve início em 1598, Aldobrandini contratou o arquiteto romano Giacomo della Porta, mas ao decorrer da obra a Villa foi tomando grandes proporções, alguns dizem que pela ambição do cardeal, o que seria apenas um alojamento estava se tornando um palácio imponente. A Villa possui uma fachada setecentista, além de outros elementos arquitetônicos que chamam bastante a atenção para época como; vãos de escadas espiralados, galeria com dupla ordem na fachada. No interior da Villa possui afrescos de artistas barroco e maneiristas como os irmãos Zucuri, e Tadeu Cavallier, o ingresso principal da Villa é situada na praça principal de Frascati é feita por uma entrada monumental que chama muita atenção, feito pelo renomado arquiteto do século XVIII, C.F Bizzaccheri. Outra característica que chama atenção na Villa, é o teatro de água (Teatro delle acqua) construído pelo arquiteto Carlo Moderno, e pelo paisagista Orazio Olivieri, para fornecer água para esta função foi construído 8km de aqueduto, dando ornamentação as belas fontes ninfas e esculturas (cujo o simbolismo complexo está ligado ao mito de Hércules), uma das fontes que mais chamava a atenção, é o quarto de Apollo e as musas ,com afrescos de Passignano, a maioria desses pinturas e esculturas está exposta no national gallery em Londres, o topo do jardim da Villa permaneceu abandonado desde o bombardeio dos Estados unidos, durante a segunda guerra mundial, as fontes do teatro da água teve sua maioria destruída, e em 2011 o atual proprietário príncipe Camilo começou uma obra de restauração. 1. SPEDALE DEGLI INNOCENTI O Spedale degli Innocenti (em português: Hospital dos Inocentes) foi um orfanato de crianças de Florença, concebido por Filippo Brunelleschi, que recebeu a encomenda em 1419. É considerado um notável exemplo da arquitetura do primeiro renascimento italiano. O hospital, com uma galeria frente à praça della Santissima Annunziata, foi construído e dirigido pela "Arte della Seta" ("Guilda da Seda") de Florença. Esta guilda era uma das mais ricas da cidade e, como a maior parte das confrarias, assumia obrigações filantrópicas.O design de Brunelleschi baseou-se tanto na arquitetura da Roma Antiga como na arquitetura gótica tardia 2. SANTA MARIA DEL FIORE A Catedral de Santa Maria del fiore, foi construída em 1296 por Arnolfo di Cambio. Após a morte de Arnolfo, passou pela supervisão de Giotto di Bondone, que deu atenção especial à torre e ao campanário, depois por Francesco talenti e a Cúpula construída pelo arquiteto renascentista Fillipo Brunelleschi. Um grande numero de edifícios foi demolida para que se tivesse uma vista ampla da catedral. Foram alargadas para 21 metros as ruas e edificações, "de modo que esta catedral seja cercada por belas e espaçosas ruas, que reflitam a honra e o interesse pelos bens públicos dos cidadãos florentinos". Brunelleschi estudou o Panteão de Roma e outras abóbadas romanas e descobriu um modo de construir um domo assentando na pedra octogonal uma serie de anéis concêntricos ou fileiras horizontais de tijolos e pedras, cada uma suficientemente forte para sustentar a seguinte. As pedras formaram oito pesados espigões assentados nas esquinas do octógono. Dispostos em duas camadas diferentes e de duas formas diferentes, é a estrutura interna, que é a que aguenta o peso da construção, onde os tijolos foram dispostos na diagonal, “como a espinha de um peixe”, disse Ricci. As pedras formaram, pois, oito pesados espigões assentados nas esquinas do octógono. Para fins de isolamento e também com vista, Brunelleschi construiu duas abóbadas, uma interna e outra externa o que contribuiu para reduzir o peso da abóbada exterior.

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ESTILO RENASCENTISTADenomina-se Arquitetura do Renascimento àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu do século XIV ao XVI. Este período é caracterizado por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquitectos em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida.

A Arquitetura do Renascimento está apoiada em dois pilares essenciais: o Classicismo e o Humanismo. Em arte, classicismo refere-se ao mundo antigo, ou seja, à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético. Já o humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância. O humanismo renascentista propõe o antropocentrismo. O antropocentrismo era a ideia de "o homem ser o centro do pensamento filosófico", ao contrário do teocentrismo, a ideia de "Deus no centro do pensamento filosófico". O antropocentrismo surgiu a partir do renascimento cultural.

Contudo, vale ressaltar que, ainda que a Arquitetura Renascentista não surja totalmente desvinculada dos valores e hábitos medievais, os conceitos que estão por trás desta arquitetura são os de uma efetiva e consciente ruptura com a produção artística da Idade Média (em especial com o estilo gótico).

O marco desta ruptura de valores está na construção da cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore em Florença por Fillipo Brunelleschi, um dos principais nomes do cenário arquitetônico deste período com uma nova forma de produzir arquitetura, separando as funções do arquiteto e construtor. Brunelleschi ficou conhecido como o responsável por traçar o caminho em que praticamente todos os arquitetos do Renascimento trilharão suas obras. Porém, ele ainda não tinha pleno domínio sobre as várias ordens sistematizadas da linguagem arquitetônica clássica, o que se verifica quando ele próprio acaba “criando” uma linguagem individual, na qual os elementos clássicos transparecem mas não respondem completamente aos valores antigos.

Os arquitetos deste período tornam-se esponsáveis pela busca da ordem e do cânone. O domínio do Classicismo ocorre de ao longo do século XIV, e tem na pessoa de Donato Bramante uma figura paradigmática. Neste momento (e, especialmente, após a teorização da arquitetura proposta por Leon Battista Alberti no seu tratado De re aedificatoria), já existe uma consciência bastante forte dos constituintes formais das arquiteturas grega e romana: as possibilidades de composição, as soluções encontradas e a síntese espacial é, em geral, conhecida. Desta forma, os arquitetos renascentistas têm à sua disposição todo o potencial criativo oferecido pela linguagem e o espírito da época, podendo vir a manifestar-se, potencialmente, através, não da cópia dos clássicos, mas de sua superação.

Bramante também populariza uma linguagem que foi por ele desenvolvida e explorada. Inspirada nos arcos triunfais romanos, as características compositivas destes são aplicados aos projetos de palácios. A principal imagem deste “estilo bramantiano” é a tríade de aberturas adornadas com arcos de volta inteira, sendo que dois deles estão a uma mesma altura, com o central maior. A superação dos clássicos, mantendo porém o caráter clássico, se dá especialmente na medida em que os arquitetos do período propõem soluções espaciais em programas novos (como os grandes palácios, diferentes dos romanos, ou as novas catedrais e basílicas). Elementos como as abóbadas e cúpulas são usados de uma nova forma, ainda que as ordens (jônico, coríntio, etc) sejam formalmente seguidas.

Conforme o domínio da linguagem clássica evoluía, foi crescendo nos arquitetos renascentistas um certo anseio de libertação formal das regras do Classicismo, de forma que o eventual desejo de sua superação se tornasse um elemento fundamental na nova produção de tais indivíduos. Tal fenômeno, considerado já como um prenúncio de um movimento estético que, cem anos mais tarde, se concretizaria no barroco, ganharia força especialmente nas primeiras décadas do século XVI - praticamente depois de mais de cento e cinqüenta anos de produção arquitetônica dita “renascentista”. Este já é um momento em que a tentativa de sistematizar o conhecimento dos cânones clássicos está plenamente efetivada. Desta forma, os elementos compositivos do Classicismo já não mais são usados nas obras arquitetônicas como experimentação em busca do clássico, mas, partindo de sua plena consciência, em busca de sua inovação.

Em um primeiro momento, as regras clássicas de composição ainda são fielmente seguidas, mas seu campo de aplicação se amplia e vai além das grandes obras públicas, dos grandes palácios e templos religiosos (os edifícios ditos “nobres”, dignos de receberem o status de arquitetura segundo a perspectiva clássica) e novas combinações de elementos são propostas. Andrea Palladio foi o principal expoentedesta forma de lidar com a linguagem clássica, especialmente através dos seus projetos de villas nos arredores das cidades italianas. A arquitetura de Palladio foi de tal forma peculiar e destacada da de seus antecessores que seu método projetual acabou levando à caracterização de um novo estilo: o Paladianismo. Tal estilo se apresenta pela aplicação da planta central aos projetos residenciais (como nos das villas), por um certo tipo de ornamentação bastante sintética (uma arquitetura de "superfície"), entre outras características. O próprio Palladio é responsável por produzir um tratado bastante completo sobre a arquitetura clássica, no qual expõe seu modo de pensar e sua perspectiva sobre a questão.

Renascimento- Alunos: Aigon, Bruno, Ellen, Fagner, Jonathas, Larissa Corrêa, Larissa Silva, Manassés, Manoel, Marcos, Ulisses, Verônica / I Ano de Arquitetura e Urbanismo -

3. CAPELA PAZZI

A , do Arquiteto Fillipo Brunelleschi, considerada uma das obras-primas da arquitetura do Renascimento Italiano, está localizada no claustro da Basílica da Santa Cruz, em Florença. Principal arquiteto renascentista e mais completo é Brunelleschi; sendo pintor, escultor e arquiteto, além de dominar conhecimentos de matemática, geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante.Somente como construtor que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi. No livro História da Arte de Graça Proença, não há datas da construção e nem a informação de que a obra não é de Brunelleschi, ao contrário, cita que o mesmo traçou uma planta simétrica: um quadrado central – encimado por um dormo – ao qual foram acrescentados dois espaços laterais que o transformaram em retângulo. A Fachada dessa capela compõe-se de um pórtico com seis colunas coríntias de fuste liso que sustentam um entablamento retangular.Sua construção foi ordenada em torno de 1429 por Andrea Pazzi, membro de rica família de banqueiros, mas as obras só começaram em torno de 1441, sendo completada na década de 1460. Até há pouco tempo se pensou que era uma obra de Filippo Brunelleschi, mas hoje parece que sua participação se resumiu na esquematização da planta-baixa e da fachada, enquanto que a construção e o detalhamento do prédio ficou a cargo de um arquiteto desconhecido, Giuliano da Maiano ou Michelozzo.A fachada que se julga ele ter iniciado, hoje está parcialmente oculta por um pórtico, de construção posterior. No interior, na cúpula e no pórtico há

ARQUITETURA URBANISMO

Instituto Municipal de Ensino Superiorde Bebedouro ‘‘Victório Cardassi’’

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

- Ordens Arquitetônicas; - Arcos de Volta-Perfeita; - Simplicidade na construção; - A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas; - Construções; palácios, igrejas, vilas, fortalezas.

PRINCIPAIS ARQUITETOS:

- Felippo Brunelleschi (1.377 – 1.446)- Leon Battista Alberti (1.404 -1.472)- Donato Bramante (1.444 – 1.514)- Andrea Palladio (1.508 – 1.580)- Giulio Romano (1.492 – 1.546)- Michelangelo (1.475 – 1.564)

4. PALÁCIO MÉDICI-RICCARDI

O Palácio Médici-Riccardi, em Florença, foi construído entre 1444 e 1464 sob os planos de Michelozzo a pedido de Cosme de Médicis. Foi utilizado como residência à sua família até o ano de 1540. Posteriormente foi alargado e alterado pela família Riccardi que o adquiriu quando os Médicis se instalaram no Palácio Pitti. O seu arquiteto foi discípulo e colaborador de Brunelleschi e Donatello e a sua vertente de escultor-decorador não o impediu de se concentrar exclusivamente no trabalho arquitetônico do palácio. Trouxe diversas inovações para a época como o primeiro "banco de rua" (na esquina), e as "janelas ajoelhadas" de Michelangelo que foi uma alteração sucessiva. Seguiu o modelo medieval, criando um cubo centrado por um pátio aberto, como era comum nos palácios de Florença. Esta era a zona mais adornada dos edifícios. Na fachada o arquiteto foi mais inovador, introduzindo o almofadado dos silhares, cujo relevo vai diminuindo da planta baixa para o último piso. Esta verticalidade de sobreposição de registos contrapõe-se à horizontalidade sugerida pelas fileiras de janelas de ajimez que marcam os dois pisos superiores. Tornou-se uma referência para as grandes residências urbanas do Renascimento. Com os palácios Pitti e dos Uffizi, a Basílica de S. Lourenço e a catedral, faz parte de uma área classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1982 e designada Centro Histórico de Florença.

5. PALÁCIO RUCELLAI

Projetado pelo renomado arquiteto renascentista Leon Battista Alberti (1.404 – 1.472) e executado por Bernardo Rosselino (1.409 – 1.464), o Palácio Rucellai ou Palazzo Rucellai, foi construído entre 1.446 e 1.451. Tal obra arquitetônica do Renascimento localiza-se em Florença, Itália, mais precisamente na Via della Vigna Nuova nº 18.O Palácio Rucellai foi encomendado por um dos mebros da família Rucellai, Giovanni Rucellai. Tal família teve sua fortuna construída em torno do tingimento de tecidos. O palácio ainda pertence à eles e na década de 1990 foi sede do Museu da História da Fotografia Fratelli Alinari (Museo di Storia della Fotografia Fratelli Alinari).

Sua fachada é subdividida horizontalmente por entablamentos (conjunto de arquitraves, frisos e cornijas) com uma complexidade cada vez maior e mais finamente decorados em vertical. No andar térreo, lesenas de ordem toscana dividem a superfície em espaços onde se abrem dois portais (na origem era só um, mas foi duplicado simetricamente quando o palácio e a fachada foram redobrados). Lesenas são faixas ou bandas verticais, em relevo, feitas numa fachada e que criam uma sombra, usadas na decoração de uma edificação. Em arte românica também se denomina banda lombarda. Os encaixes onde foram colocadas as portas são muito mais amplos que os outros e são, por outro lado, marcados com os mesmos escudos esculpidos das janelas do primeiro andar.Na parte superior do palácio localiza-se uma cornija (acentuamento das nervuras) pouco saliente, apoiada por mísulas (um ornato que ressai de uma superfície, geralmente vertical, e que serve para sustentar um arco de abóbada, uma cornija, figura, busto, vaso, etc.. Muito usado em estruturas de betão, na construção civil.) Na parte detrás está escondida uma loggietta ornada por pinturas monocromáticas do século XV, algumas atribuídas ao círculo de Paolo Uccello.Paolo Uccello foi um pintor italiano que fez parte do Renascimento, destacando-se nas pinturas em perspectiva e pela impressão de relevo que deu à pintura, recorrendo para isso ao claro-escuro. Era obcecado pela perspectiva e passava noites tentando entender o ponto de fuga. Usava-a para criar uma sensação de profundidade em suas obras e não para narrar histórias.Destaca-se ainda que o friso do piso térreo do Palácio Rucellai contém as insígnias da família: três penas numa argola, as velas infladas pelo vento e o escudo familiar, que também aparece nos escudos acima das portas.No interior do palácio localiza-se um pátio renascentista, apesar do fato de atualmente dois lados das arcadas estarem tampados. Amplos arcos de volta completa estão sustentados por colunas com capitéis coríntios muito elaborados, recordando as colunas acima da porta do Batistério de São João. Algumas salas foram decoradas com afrescos por Gian Domenico Ferretti, Lorenzo do Moro e Pietro Anderlini.Por trás do palácio encontra-se a antiga Igreja de São Pancrácio, a qual contém uma outra obra-prima de Alberti, o Templo do Santo Sepúlcro. No interior da antiga nave esquerda, o único espaço ainda consagrado desta estrutura, hospeda o Museu Marino Marini. Frente ao palácio, encontra-se a a Loggia Rucellai, igualmente da autoria de Leon Battista Alberti. Também a fachada da vizinha Basílica de Santa Maria Novella foi desenhada pelo mesmo arquiteto e também encomendada por Giovanni Rucellai.O estilo do Palácio Rucellai constitui um ponto de partida para toda a arquitetura das residências civis do Renascimento, sendo seguido por Bernardo Rossellino, aluno de Leon Battista Alberti, na execução do Palazzo Piccolomini em Pienza, e inspirando, especialmente, Michelozzo na realização do Palazzo Medici Riccardi, o qual se tornou num verdadeiro cânone para todos os outros grandes palácios florentinos, como o Palazzo Strozzi, o Palazzo Antinori ou o núcleo antigo do Palazzo Pitti.

6. SANTA MARIA NOVELLA

É uma igreja em Florença, Itália, situada transversalmente a estação ferroviária de mesmo nome. Cronologicamente, é a primeira grande Basílica de Florença, e a principal Igreja Dominicana da Cidade. A igreja, o claustro adjacente e a casa capitular contém uma reserva de tesouros artísticos e monumentos funerários. Especialmente os famosos afrescos do período gótico e do início do renascimento. Elas foram financiadas pela generosidade dos grandes famílias de Florença, que assim asseguravam o lugar de suas capelas e solos sagrados.Essa igreja é chamada de Novella (Nova), porque sua construção foi feita no lugar do oratório de Santa Maria delle Vigne, datado do século IX Quando esse local foi dado a ordem dominicana em 1222, eles decidiram construir uma nova igreja e um claustro adjacente. A igreja foi projetada por dois Frades Dominicanos, Frade Sisto Fiorentino e Frade Ristoro da Campi. A construção começou no meio do século XIII, por volta de 1246 e foi terminada por volta de 1360, sob supervisão do Frade Iacopo Talenti, com a realização do campanário Romano-gótico e a sacristia. Nessa época somente a parte inferior da fachada gótica tinha sido acabada. Sob encomenda de Giovanni di Paolo Rucellai, um comerciante local, Leon Battista Alberti, projetou a parte superior da fachada incrustada em mármore preto e branco. Alberti trouxe os ideais de arquitetura humanista, proporção e detalhamento de inspiração clássica para o projeto, enquanto também criou harmonia com a já existente parte medieval da fachada.da de 1990 foi sede do Museu da História da Fotografia Fratelli Alinari (Museo di Storia della Fotografia Fratelli Alinari).

7. PALÁCIO PITTI

Robusto, moderno e agressivo o Palácio Pitti (Palazzo Pitti), Florença, Italia, projetado e construído por Filippo Brunelleschi e Luca Fancelli é uma grande obra Renascentista concebida em grande parte por disputas de ego entre Luca Pitti e a família Médici. Embora sem provas históricas de que seja seu projeto, Brunelleschi teve como base o estilo romano dando um novo estilo palaciano renascentista a construção, a arquitetura prende a atenção em virtude do tamanho e por sua grande severidade e simplicidade, porem seu desenho ainda remete rumores de que pertença a seu ajudante Fancelli.A disputa de egos teve pôr fim a “vitória” da família Médici, adquirindo a propriedade após a falência de família Pitti. Nesta mesma época suas primeiras modificações foram realizadas no Palácio e correspondeu a Bartolomeo Ammannati as mudanças de maior valia arquitetônica como o pátio e os Jardins Boboli, hoje um dos maiores exemplos de jardins italianos, funcionando como museu ao ar livre abrigando várias esculturas encomendadas por Eleonora de Toledo a Niccolò Tribolo.

8. PALÁCIO STROZZI

O palácio representa o exemplo mais perfeito do ideal de edifício senhorial do Renascimento. Foi voluntariamente construído num tamanho superior ao do Palazzo Medici, do qual copiou a forma cúbica desenvolvida sobre três andares em volta dum pátio central, e a parede revestida com a típica pietraforte florentina inclinada para o alto. À altura da rua abrem-se janelas retangulares, enquanto que nos pisos superiores se podem encontrar duas séries de elegantes janelas bíforas sobre cornijas dentadas. Em cada um dos três lados que dão para a rua, abrem-se três portais com arcadas, de solene classicismo. Ao torno do palácio corre um rodapé contínuo, e o edifício está coroado por uma imponente cornija apoiada sobre uma faixa lisai. No exterior encontram-se os porta-archotes e porta-bandeiras, e argolas de ferro forjado para cavalos, o melhor exemplo desta forma artística e obra prima de Niccolò Grosso, chamado Il Caparra, o mais famoso ferreiro de Florença no século XV, mencionado também por Vasari em Le Vite. São particularmente notáveis as obras das esquinas: porta-archotes com forma de dragões e esfinges, e as lucernas com a forma de templo com pontas, parecendo assemelhar-se a cebolas, que antigamente davam nome à Plaza Strozzi.

9. BASÍLICA DE SÃO PEDRO

O Tempietto de San Pietro ergue-se no pátio do Convento de São Pedro, localizado próximo ao centro histórico de Roma, assinalando, de acordo com a lenda, o local da crucificação de São Pedro.É o edifício síntese da Alta Renascença que foi usado como protótipo para muitas construções futuras e que apresenta claramente características desse período como a planta centrada nas figuras geométricas mais constantes (quadrado, círculo e a combinação de ambos), cúpula hemisférica e forte entablamento, e também características de Bramante como: ordem, regularidade, simplicidade harmonia nas proporções.

Bramante reinterpretou a forma circular de templo no Tempietto, construindo um peristilo (corredor coberto circundante, aberto lateralmente através de um ou mais conjuntos de colunas) ao redor de um santuário. Uma cúpula hemisférica, cobre o interior,como no Panteão, mas aqui é sustentada por um tambor alto, além de ter escolhido a máscula ordem dórica, apropriada para um prédio dedicado a São Pedro. Também inclui emblemas do papado na mépotas do friso. Um estudo teórico feito por Alberti que determinava a forma circular como a mais indicada para os templos. As suas referências simbólicas e religiosas são inegáveis, apontando para a afirmação de uma centralidade que traduz o caráter autocrático da autoridade papal, de que S. Pedro constitui a referência máxima. Mais que uma igreja, este edifício foi concebido como um objeto simbólico surgindo como um dos paradigmas da aplicação da estrutura gramatical das ordens clássicas e da perfeição das proporções.

10. VILLA MÉDICI

A Villa Médici em Fiesole (Roma), é um palácio estilo renascentista que pertenceu a famosa família Médici, sendo construída por volta de 1500 por Michelozzo em cima da colina.O espaço onde se construiu Villa Médici antigamente fazia parte do jardins de lucullus, os quais passaram para família imperial, que viria ser assassinada. Em 1564 os sobrinhos do Cardeal Giovanni Ricci, obteram a propriedade. Como a propriedade estava abandonada a muito tempo começaram a fazer reformas. Em 1576, a propriedade foi adquirida pelo Cardeal Ferdinando de Médici, o qual conclui a estrutura baseando se em desenhos de Bartolomeo Ammanati.A Villa Médici durante o Renascimento significavam a força a presença e o poder dos Médicis. Foi construída com expressões concreta da família e afirmar a sua presença permanente em Roma.As fachadas da Villa Médici, tornaram se um museu virtual em espaço aberto. Uma série de grandes jardins recordavam os jardins botânicos criados em Pisa e Florença, pelo pai do Cardeal, Cosme l da Médici, protegidos em plantações de pinheiros, ciprestes e carvalhos. A vista é deslumbrante e uma série de grandes terraços forma um verdadeiro jardim suspenso.

11. VILA CAPRA

Início da construção é datado de 1566 e, seu término no ano de 1591. A Villa Capra, também conhecida como Villa Rotonda, Villa Capra detta La Rotonda, Villa Almerico-Capra ou Villa Capra-Valmarana, é uma das mais belas e famosas villas de Andrea Palladio. Hoje são um Patrimônio Mundial e, sua imponente fachada, estilo clássico e dominado por colunas e frontões, paisagem aberta para apreciar a vista a partir do interior das moradias e galerias, é o exemplo mais proeminente, onde a natureza e a arquitetura mantém volume sob proporções ideais. A história da Villa Capra começa em 1565, quando o padre e o Conde Paolo Almerico retira da Cúria Romana e se mudou para Vicenza. Como considerado, não precisa de um grande palácio, encomendado como uma residência rural, onde eles podem dedicar-se ao estudo e à meditação. Assim, o arquiteto Palladio desenhou sobre a inspiração da arquitetura religiosa e à base de plantas, ele projetou um edifício quadrado e totalmente simétrico, que é organizado em uma sala circular no centro. Este último é coberto por uma cúpula e iluminado por um óculo central, e é o que dá ao edifício o nome La Rotonda. Todos os quartos são perfeitamente retangulares, dispostos em volta do hall central para que eles possam desfrutar da vista da natureza. A decoração interior do período corresponde delCinquecento italiana, com esplêndidos afrescos com cenas religiosas e até mesmo uma alegoria sobre a vida de Paolo Almerico, seu primeiro proprietário. O hall central é o mais espetacular, com varandas e incrível fingindo ser colunatas frescos e enormes figuras da mitologia grega. O prédio fica em uma base, e cada frente tem uma grande escadaria de acesso à habitação. Os quatro lados são exatamente os mesmos, com exceção de pequenas alterações tais para se adequar ao terreno, e são inspiradas em templos gregos e romanos. Estes são voltadas rotação de 45 graus com os pontos cardeais, de modo que todos os quartos têm sol em algum momento do dia. Cada fachada tem entablamento e frontão suportado por seis colunas jônicas que dão forma às galerias, chamados lodges. Estes alojamentos, que foram utilizados como pontos de encontro ou descanso com excelentes vistas, apenas para dar à planta uma cruz grega.

12. VILLA ALDOBRANDINI

Construída entre 1598 a 1602, a Villa Aldobrandini, é um palácio italiano sendo uma das Villas mais importantes da província de Roma, situada na região de Lázio, construída em um cume na entrada da pequena cidade a construção recepciona os turistas com a bela vista.Em 1598, o papa Clemente VII deu a Villa ao seu sobrinho Pietro Aldobrandini como uma forma de recompensa, pelas negociações com o país da França que houve na época, vindo a resultar no tratado de paz de 1955, e também foi uma forma de garantir que a propriedade continuasse na família, já que papas não podem possuir propriedades.A ideia inicial era que Villa fosse transformada em um alojamento em que poderia viver um cardeal, e eventualmente abrigar o papa, o trabalho teve início em 1598, Aldobrandini contratou o arquiteto romano Giacomo della Porta, mas ao decorrer da obra a Villa foi tomando grandes proporções, alguns dizem que pela ambição do cardeal, o que seria apenas um alojamento estava se tornando um palácio imponente. A Villa possui uma fachada setecentista, além de outros elementos arquitetônicos que chamam bastante a atenção para época como; vãos de escadas espiralados, galeria com dupla ordem na fachada. No interior da Villa possui afrescos de artistas barroco e maneiristas como os irmãos Zucuri, e Tadeu Cavallier, o ingresso principal da Villa é situada na praça principal de Frascati é feita por uma entrada monumental que chama muita atenção, feito pelo renomado arquiteto do século XVIII, C.F Bizzaccheri.Outra característica que chama atenção na Villa, é o teatro de água (Teatro delle acqua) construído pelo arquiteto Carlo Moderno, e pelo paisagista Orazio Olivieri, para fornecer água para esta função foi construído 8km de aqueduto, dando ornamentação as belas fontes ninfas e esculturas (cujo o simbolismo complexo está ligado ao mito de Hércules), uma das fontes que mais chamava a atenção, é o quarto de Apollo e as musas ,com afrescos de Passignano, a maioria desses pinturas e esculturas está exposta no national gallery em Londres, o topo do jardim da Villa permaneceu abandonado desde o bombardeio dos Estados unidos, durante a segunda guerra mundial, as fontes do teatro da água teve sua maioria destruída, e em 2011 o atual proprietário príncipe Camilo começou uma obra de restauração.

1. SPEDALE DEGLI INNOCENTI

O Spedale degli Innocenti (em português: Hospital dos Inocentes) foi um orfanato de crianças de Florença, concebido por Filippo Brunelleschi, que recebeu a encomenda em 1419. É considerado um notável exemplo da arquitetura do primeiro renascimento italiano. O hospital, com uma galeria frente à praça della Santissima Annunziata, foi construído e dirigido pela "Arte della Seta" ("Guilda da Seda") de Florença. Esta guilda era uma das mais ricas da cidade e, como a maior parte das confrarias, assumia obrigações filantrópicas.O design de Brunelleschi baseou-se tanto na arquitetura da Roma Antiga como na arquitetura gótica tardia

2. SANTA MARIA DEL FIORE

A Catedral de Santa Maria del fiore, foi construída em 1296 por Arnolfo di Cambio. Após a morte de Arnolfo, passou pela supervisão de Giotto di Bondone, que deu atenção especial à torre e ao campanário, depois por Francesco talenti e a Cúpula construída pelo arquiteto renascentista Fillipo Brunelleschi.Um grande numero de edifícios foi demolida para que se tivesse uma vista ampla da catedral. Foram alargadas para 21 metros as ruas e edificações, "de modo que esta catedral seja cercada por belas e espaçosas ruas, que reflitam a honra e o interesse pelos bens públicos dos cidadãos florentinos".Brunelleschi estudou o Panteão de Roma e outras abóbadas romanas e descobriu um modo de construir um domo assentando na pedra octogonal uma serie de anéis concêntricos ou fileiras horizontais de tijolos e pedras, cada uma suficientemente forte para sustentar a seguinte. As pedras formaram oito pesados espigões assentados nas esquinas do octógono. Dispostos em duas camadas diferentes e de duas formas diferentes, é a estrutura interna, que é a que aguenta o peso da construção, onde os tijolos foram dispostos na diagonal, “como a espinha de um peixe”, disse Ricci.As pedras formaram, pois, oito pesados espigões assentados nas esquinas do octógono. Para fins de isolamento e também com vista, Brunelleschi construiu duas abóbadas, uma interna e outra externa o que contribuiu para reduzir o peso da abóbada exterior.