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REMUNERAÇÃO

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REMUNERAÇÃO

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Adicional de insalubridade

Adicional de periculosidade

Parcelas não integrativas da

remuneração

Sistema de proteção da

remuneração

AULA 4

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DIREITO DO TRABALHO

ADICIONAIS DE RISCO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Prof. Bianca Bastos

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ADICIONAIS DE

RISCO

Adicional insalubridade = risco à

saúde;

Adicional periculosidade = risco

de vida

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INSALUBRIDADE e

PERICULOSIDADE

Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,

além de outros que visem à melhoria de sua condição

social: (...) XXIII – adicional de remuneração para as

atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma

da lei;

Constituição Federal

A insalubridade no dicionário é identificado como

causa de doença!!

Esta matéria está inserida na área da Medicina e

Higiene do Trabalho.

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DESTINATÁRIOS

São destinatários os empregados urbanos e rurais e os trabalhadores avulsos

Adicional de riscoFundamento: art. 14 da Lei 4.860/65 = para eles não há periculosidade/insalubridade

Quanto aos portuários que trabalhem na

área do porto

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DESTINATÁRIOS

Art 14 da Lei 4.860/65. A fim de remunerar os riscos relativos à

insalubridade, periculosidade e outros porventura existentes, fica

instituído o "adicional de riscos" de 40% (quarenta por cento) que

incidirá sôbre o valor do salário-hora ordinário do período diurno e

substituirá todos aquêles que, com sentido ou caráter idêntico,

vinham sendo pagos.

§ 1º Êste adicional sòmente será devido enquanto não forem

removidas ou eliminadas as causas de risco.

§ 2º Êste adicional sòmente será devido durante o tempo efetivo

no serviço considerado sob risco.

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DESTINATÁRIOS

Para os portuários que se ativam em terminal privativo

não se aplica o ADICIONAL DE RISCO, mas os

ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E

PERICULOSIDADE

OJ 402 da SDI-1. Adicional de risco. Portuário. Terminal

privativo. Arts. 14 e 19 da Lei nº 4.860, de 26.11.1965. Indevido.

(DeJT 16/09/2010. Mantida - Res. 175/2011 - DeJT 27/05/2011)

O adicional de risco previsto no artigo 14 da Lei nº 4.860, de

26.11.1965, aplica-se somente aos portuários que trabalham em

portos organizados, não podendo ser conferido aos que operam

terminal privativo.

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As NRs apresentam princípios norteadores para

implantação de um programa de higiene ocupacional a

ser complementado com metodologias de avaliação

ambiental da FUNDACENTRO

MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o

enquadramento dos AGENTES

INSALUBRES

A higiene ocupacional é ciência que se dedica à prevenção,

reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes e

originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde

do homem e o bem estar das pessoas no trabalho, causando

impactos no meio ambiente em geral

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A Norma Regulamentar 15 (NR 15) da Portaria

3.214/78 caracteriza as atividades e operações

insalubres baseado nas avaliações quantitativas e

qualitativas, dependendo do agente envolvido,

orientando o empregador a pagar o adicional devido ao

empregado

MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o

enquadramento dos AGENTES

INSALUBRES

A NR 15 (e também a NR 09 que regulamenta o PPRA)

define os riscos ambientais que são potenciadores de

atividades e operações insalubres

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INSALUBRIDADE : CLT

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres

aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,

exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos

limites de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

PREVISÃO LEGAL

Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das

atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os

critérios de caracterização da insalubridade, os limites de

tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o

tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes

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A Norma Regulamentar 15 (NR 15) caracteriza as

atividades e operações insalubres baseado nas

avaliações quantitativas e qualitativas, dependendo do

agente envolvido, orientando o empregador a pagar o

adicional devido ao empregado

MINISTÉRIO DO TRABALHO faz o

enquadramento dos AGENTES

INSALUBRES

A NR 15 (e também a NR 09 que regulamenta o PPRA)

define os riscos ambientais que são potenciadores de

atividades e operações insalubres

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INSALUBRIDADE : CLT

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres

aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,

exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos

limites de tolerância fixados em razão da natureza e da

intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

PREVISÃO LEGAL

Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das

atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os

critérios de caracterização da insalubridade, os limites de

tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o

tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes

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INSALUBRIDADE

Adicional de insalubridade é devido àquele trabalhador que esteja sujeito a risco à sua

saúde, enquanto executar o trabalho

Agentes físicosAgentes químicosAgentes biológicos

Agressão à saúde Decorre de

Agentes psicológicos?

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INSALUBRIDADE

A interpretação do art. 189 da CLT dispõe no sentido de que a caracterização da

insalubridade depende de uma avaliação quantitativa da intensidade dos agentes físicos e sua comparação com os limites de tolerância

Entretanto, a interpretação dos Anexos da NR 15 leva à constatação de que a caracterização da insalubridade acontecerá por duas formas:

avaliação quantitativa e avaliação qualitativa. Há um conflito entre as normas!!

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Riscos ambientais:

MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e

RISCOS AMBIENTAIS

Ruído

Calor

Vibrações

Frio

Umidade

Radiações ionizantes

Radiações não ionizantes

Pressões (anormais)

Agentes físicos

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Riscos ambientais:

MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e

RISCOS AMBIENTAIS

Substâncias químicas na

forma de:

Gases

Vapores

Aerodispersóides

Agentes químicos

Anexo 13

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Anexo 13 da NR 15 apresenta a relação das atividades

e operações envolvendo agentes químicos tipo:

arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo,

hidrocarbonetos e outros compostos de carbono,

mercúrio, silicatos, substâncias cangerígenas e

operações diversas (outros produtos especificamente

listados no anexo)

Agentes químicos

Enquadramento feito por avaliação qualitativa: segundo

a caracterização da atividade do funcionário dentro do

que determina o Anexo 13

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Riscos ambientais:

MINISTÉRIO DO TRABALHO e NR 15 e

RISCOS AMBIENTAIS

Anexo 14

Este anexo relaciona as

atividades e não os

agentes;

Ex.: pacientes em

isolamento por doenças

infecto-contagiosas =

grau máximo

Agentes biológicos

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AGENTE BIOLÓGICO

As atividades relacionadas são aquelas que o MTE

entende que apresentam maior risco devido a contato

com microorganismos, encontrados nos ambientes e

equipamentos utilizados no exercício do trabalho, com

alto potencial para provocar doenças nos trabalhadores

Trabalhadores protegidos: médicos, enfermeiras,

atendentes de ambulatórios e hospitais, dentistas,

lixeiros, açougueiros, trabalhadores em cortumes,

agricultores, coveiros e veterinários

Doenças relacionáveis: infecções, tuberculose, brucerose, tétano, febre amarela,

febre tireóide, entre outras

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ENQUADRAMENTO

É necessário que o agente agressivo

esteja previsto e classificado pelo

Ministério do Trabalho, não bastando a

constatação por laudo pericial

Súmula 460 do STF- Para efeito do adicional de

insalubridade, a perícia judicial, em reclamação

trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade

entre as insalubres, que é ato da competência do

Ministro do Trabalho e Previdência Social. (DJ

08.10.1964)

Art. 196 da CLT - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições

de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da

respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho,

respeitadas as normas do art. 11

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Ausência de

enquadramento

Súmula 448 do TST – 19/05/2014

448. Atividade Insalubre. Caracterização. Previsão na Norma

Regulamentadora nº 15 da Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214/78.

Instalações Sanitárias. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1

com nova redação do item II - Res. 194/2014, DJ 21.05.2014).

I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o

empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação

da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.

II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande

circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em

residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em

grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº

3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.

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ENQUADRAMENTO

Previsão da OJ 173 da SDI-1 do TST

173 - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO.

EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR (redação alterada na sessão do tribunal

pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e

27.09.2012 I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto,

por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE).

II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima

dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no

Anexo 3 da NR 15 da Portaria nº 3214/78 do MTE.

Histórico: Redação original - Inserida em 08.11.2000 173 - Adicional de insalubridade. Raios solares.

Indevido. Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em

atividade a céu aberto (art. 195, CLT e NR 15 MTb, Anexo 7)

Havendo reclassificação ou descaracterização da

insalubridade pelo Ministério do Trabalho, o adicional passa a

ser indevido, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial

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Mais de um agente

agressivo

TST entende que não se acumulam os adicionais quando o

empregado está sujeito a mais de um agente insalubre, dada a

vedação expressa do item 15.3. da NR 15

NR 15, item 15.3 No caso de incidência de mais de um

fator de insalubridade, será apenas considerado o de

grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial,

sendo vedada a percepção cumulativa.

Ex.: operador de Raio X que mantém contato

com portadores de doença contagiosa

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Classificação/Apuração

A classificação da insalubridade decorre da previsão do art.

192 da CLT: máxima (40%); média (20%) mínima (10%)

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos

limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a

percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%

(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo

se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

E a apuração deve ser feita através de

MÉDICO ou ENGENHEIRO, registrado no

Ministério do Trabalho (art. 195)

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Apuração

A classificação da insalubridade decorre da previsão do art.

192 da CLT: máxima (40%); média (20%) mínima (10%)

Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da

periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-

se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou

Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho

(...)§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado,

seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito

habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao

órgão competente do Ministério do Trabalho

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Apuração

OJ 165 da SDI-1- Perícia. Engenheiro ou médico. Adicional de insalubridade e

periculosidade. Válido. Art. 195, da CLT. (Inserida em 26.03.1999)

O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro

para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e

periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional

devidamente qualificado.

PERÍCIA

Regulamentação = art. 3º da Lei 5.584/70

Os exames periciais são realizados por perito único (o art. 826 da CLT

dizia que cada parte poderia indicar um perito – revogado);

As partes podem indicar um assistente cada, cujo laudo (? ou

parecer?) deve ser apresentado no mesmo prazo assinado para

perito, sob pena de ser desentranhado dos autos

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PERÍCIA

PERÍCIA

Perícia de insalubridade e periculosidade se faz na forma

de vistoria. Outras formas: exame (inspeção sobre pessoa);

avaliação e arbitramento;

Valoração da prova pericial : regulada pelo art. 479 do

NCPC = o juiz apreciará a prova pericial de acordo com o

disposto no art. 371, indicando na sentença os motivos que o

levaram a considerar ou a deixar de considerar as

conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado

pelo perito;

Segundo o art. 480 do NCPC, o juiz determinará, de ofício

ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia

quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida;

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LOCAL DESATIVADO

E se o local está desativado

A prova é legal! Independe de requerimento da parte.

Obrigatória, sob pena de nulidade.

?

OJ SDI-1 278 - Adicional de insalubridade. Perícia. Local de trabalho

desativado. (DJ 11.08.2003)

A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade.

Quando não for possível sua realização como em caso de fechamento da

empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.

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Agente nocivo diverso

daquele indicado

Se a parte indica ruído na inicial e o perito apura contato com

agente químico, pode reconhecer o adicional sem afrontar os

limites do pedido?

Súmula 293 do TST - Adicional de insalubridade. Causa

de pedir. Agente nocivo diverso do apontado na

inicial (Res. 3/1989, DJ 14.04.1989) A verificação mediante

perícia de prestação de serviços em condições nocivas,

considerado agente insalubre diverso do apontado na

inicial, não prejudica o pedido de adicional de

insalubridade.

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BASE DE INCIDÊNCIA DA

INSALUBRIDADE

Para os técnicos de radiologia aplica-se o art. 16 da Lei 7.394/85 = incide sobre o piso

salarial da categoria

Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide sobre o salário mínimo;

Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas

definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos

profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta

por cento) de risco de vida e insalubridade.

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BASE DE INCIDÊNCIA DA

INSALUBRIDADE

Para os técnicos de radiologia aplica-se o art. 16 da Lei 7.394/85 = incide sobre o piso

salarial da categoria

Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide sobre o salário mínimo;

Art. 16 O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas

definidas no Art. 1º desta Lei, será equivalente a 2 (dois) salários mínimos

profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta

por cento) de risco de vida e insalubridade.

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Súmula 17 do TST : CANCELADA

Súmula 17 do TST - Adicional de insalubridade (RA 28/1969, DO-GB 21.08.1969. Cancelada - Res. 29/1994, DJ 12.05.1994. Restaurada - Res. 121/2003, DJ 19.11.2003. Cancelada - Res. 148/2008, DJe do TST de 04.07.2008 - Republicada no DJ de

08.07.2008 em razão de erro material)O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de

lei, convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado.

Não é cabível insalubridade sobre piso salarial de CCT

ou sentença normativa;

Decisão do TST = RR 54900-80.2004.5.04.0122 – J.

28.04.2010 – Min. Agusto Cesar Leite de Carvalho;

(...) Insalubridade. Base de cálculo. É impossível o conhecimento de recurso de

revista por contrariedade à Súmula 17 do TST, porquanto esta foi cancelada por

meio da Resolução 148/2008. Recurso de revista não conhecido

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BASE DE INCIDÊNCIA DA

INSALUBRIDADE

Súmula Vinculante 4 do STF – 30.04.2008Salvo nos casos previstos na Constituição, o

salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser

substituído por decisão judicial

Segundo a disposição do art. 192 da CLT incide sobre o salário mínimo

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INSALUBRIDADE: base

cálculo x Súmula 04

Na solução do AIRR 1121/2005-029-04-40.6, da 7ª Turma,

publicado no DJ de 13/06/2008, Ministro Ives Gandra:“..........................................................................................

(...) 2. Assim decidindo, a Suprema Corte adotou técnica decisória conhecida no Direito Constitucional Alemão como declaração de

inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade (-Unvereinbarkeitseerklärung), ou seja, a norma, não obstante ser

declarada inconstitucional, continua a reger as relações obrigacionais, em face da impossibilidade do Poder Judiciário se substituir ao

legislador para definir critério diverso para regulação da matéria.

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INSALUBRIDADE: base cálculo x Súmula 04

Ementa: RECURSO DE REVISTA - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - BASE DE

CÁLCULO - SÚMULA VINCULANTE Nº 4 DO EXCELSO STF - SUSPENSÃO DA SÚMULA Nº 228 DO TST - DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM DECLARAÇÃO DE NULIDADE - MANUTENÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO COMO BASE DE CÁLCULO ATÉ A EDIÇÃO DE NOVA LEI EM SENTIDO CONTRÁRIO

OU CELEBRAÇÃO DE CONVENÇÃO COLETIVA. O Supremo Tribunal Federal, mediante o julgamento do RE 565.714/SP, editou a Súmula Vinculante nº 4, em que

concluiu, quanto aos termos do art. 7º, IV, da Constituição Federal, ser vedada a utilização do salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade.

Apesar de se reconhecer a inconstitucionalidade da utilização do salário mínimo como indexador da base de cálculo do referido adicional, foi vedada a substituição desse

parâmetro em decisão judicial. Assim, ressalvado meu entendimento no que tange às relações da iniciativa privada, o adicional de insalubridade deve permanecer sendo

calculado com base no salário mínimo enquanto não superada a inconstitucionalidade por meio de lei ordinária ou convenção coletiva. Precedentes da SBDI-1.

Recurso de revista conhecido e provido.

Processo: RR - 112140-83.2006.5.04.0404 Data de Julgamento: 05/05/2010, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 1ª Turma, Data de

Publicação: DEJT 14/05/2010.

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INSALUBRIDADE: repercussão

sobre demais verbas contratuais

A parcela enquanto percebida integra o salário para todos os efeitos legais; exceção feita a descansos semanais remunerados

e feriados.POR QUÊ?

Porque a base de cálculo da parcela (e também da periculosidade é mensal) e já os contempla.

OJ 103 da SDI-1 do TST - Adicional de insalubridade. Repouso semanal e

feriados. (Inserida em 01.10.1997. Nova redação - Res. 129/2005, DJ.

20.04.2005)

O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e

feriados.

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INSALUBRIDADE: repercussão

sobre demais verbas contratuais

Súmula 139 do TST - Adicional de insalubridade. (RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982. Nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº

102 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005) Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. (ex-OJ nº 102 –

Inserida em 01.10.1997)

Possui natureza salarial, apesar da finalidade indenizatória : princípio da força atrativa do salário x habitualidade

Inclui-se: hora extra (OJ 47- SDI-1)Cálculo = hora normal + adicional de insalubridade + adicional

he

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INSALUBRIDADE: ALTERAÇÃO

DO AMBIENTE

Atenção : não é fornecimento de EPI! É alteração no ambiente de trabalho.

E se o ambiente se tornar salubre?Ação revisional que pode ser promovida pela

empregadora, com pedido de exclusão definitiva da parcela, quando o ambiente de trabalho não pode mais

ser considerado insalubre

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Ação revisional: termo do

pagamento da parcela

Caso: Volkswagen autora de ação revisional. Dois recursos ao TST.

Empregado: pede revisão da sentença que determinou a exclusão definitiva e a devolução de valores quitados após a

prolação da sentença;Empregador: pede tutela revisão da decisão que indeferiu a

tutela antecipada para imediata suspensão da parcela.Revista não processada. AGI improvido

TST – AIRR- 50540662005

Prevaleceu o entendimento que o adicional deve ser suprimido a partir da data da prolação da sentença e não da distribuição

da inicial. Discussão natureza jurídica da ação? Desconstitutiva?

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INSALUBRIDADE: eliminação =

EPI

O Equipamento de proteção individual (EPI) pode

eliminar a insalubridade ou reduzir a nocividade.

Então o empregado não terá mais direito ao

adicional;

A eliminação da nocividade é constatada por perícia

Duas Súmulas tratam essa questão =

Súmula 80 do TST

Súmula 289 do TST

+ Art. 191 e 194 da CLT

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INSALUBRIDADE: Art. 191 da CLT

Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade

ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de

trabalho dentro dos limites de tolerância;

II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao

trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a

limites de tolerância.

Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade

ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua

saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das

normas expedidas pelo Ministério do Trabalho

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INSALUBRIDADE: eliminação =

EPI

Súmula 80 TST- Insalubridade (RA 69/1978, DJ 26.09.1978)A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de

aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do

Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.

Súmula 289 TST - Insalubridade. Adicional. Fornecimento do aparelho de proteção. Efeito (Res. 22/1988, DJ 24.03.1988) O

simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador

não o exime do pagamento do adicional de insalubridade.

Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou

eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso

efetivo do equipamento pelo empregado.

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INSALUBRIDADE: intermitência

Trabalho intermitente é aquele que possui

interrupção momentânea; intervalos; suspensões.

Súmula 47 do TST - Insalubridade (RA 41/1973, DJ

14.06.1973) O trabalho executado em condições

insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só

por essa circunstância, o direito à percepção do

respectivo adicional.

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PERICULOSIDADE: Hipóteses/

Previsão legal

O adicional de periculosidade é devido a empregado que

trabalhe diretamente com inflamáveis, explosivos ou

eletricidade

A regulamentação da periculosidade está disposta nos

artigos 193 que sofreu nova redação;

Havia dúvidas em relação a RADIAÇÕES IONIZANTES

(se considerada insalubridade ou periculosidade), mas a

Portaria nº. 3.393/87 caracterizou trabalho com radiação

ionizante como atividade perigosa. Agora não há mais

discussão.

No caso dos RADIOLOGISTAS, verificar o caso concreto

e resolver pela norma mais favorável (??) ou: Portaria x Lei

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Lei 12.997/2014

Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da

regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por

sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de

exposição permanente do trabalhador a:

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Inciso incluído pela Lei nº

12.470/2012 - DOE 10/12/2012)

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de

segurança pessoal ou patrimonial. (Inciso incluído pela Lei nº 12.470/2012 - DOE

10/12/2012)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um

adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe

seja devido.

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza

eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.

§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em

motocicleta. (Parágrafos 3º e 4º incluídos pela Lei nº 12.997/2014 - DOE

20/06/2014)

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Lei 12.997/2014

Concede aos motoboys e motofretistas o adicional de

periculosidade;

Portaria 1.565 de 13/10/2014, que incluiu Anexo 5 NR

16

Exclui

(a)percurso residência/trabalho;(b) veículo que não necessite emplacamento/CNH;(c) motonetas e motocicletas em locais privados;

(d) uso de motoneta/motocicleta de forma eventual

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PERICULOSIDADE: RADIAÇÃO

IONIZANTE

OJ 345 da SDI-1 do TST - Adicional de periculosidade.

Radiação ionizante ou substância radioativa. Devido. (DJ

22.06.2005)

A exposição do empregado à radiação ionizante ou à

substância radioativa enseja a percepção do adicional de

periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do

Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de

07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de

plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação

legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No

período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria

nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao

adicional de insalubridade.

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Art. 193 da CLT

Art. 193 - São consideradas atividades ou operações

perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo

Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou

métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com

inflamáveis ou explosivos em condições de risco

acentuado

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade

assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por

cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da

empresa

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de

insalubridade que porventura lhe seja devido

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INFLAMÁVEIS = NR 16 do MTE

OPERAÇÕES DE TRANSPORTE DE INFLAMÁVEIS = líquidos

ou gasosos liquefeitos, em qualquer vasilhame ou a granel, é

considerada em condições de periculosidade, salvo pequenas

quantidades

200 litros para inflamáveis líquidos

ou

135 litros para inflamáveis gasosos

liquefeitos

Item 16.6

As quantidades constantes nos

tanques de consumo próprio dos

veículos não serão consideradas

para efeito desta Norma

Item 16.6.1

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ABASTECIMENTO AERONAVE

Súmula 447. Adicional de periculosidade. Permanência

a bordo durante o abastecimento da aeronave.

Indevido. (Resolução nº 193/2013, DeJT 13.12.2013)

Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares

de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da

aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao

adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT

e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 16 do MTE.

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INFLAMÁVEIS = NR 16 do MTE

O contato deve ser permanente = conceito para excluir o

trabalho eventual;

Mas para caracterizar a periculosidade não é necessário que o

trabalhador permaneça toda a jornada exposto ao risco;

É PERIGOSO o que a NR 16 assim determinar a partir de

seus critérios técnicos e legais.

Não há interpretação subjetiva do risco. A perícia de

insalubridade não é uma inspeção de segurança

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Exposição EVENTUAL E

INTERMITENTE

O trabalho eventual é aquele que de tão diminuto, torna-se

INCERTO;

No trabalho intermitente, o ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

é DEVIDO!!

Súmula 364 do TST- Adicional de periculosidade. Exposição eventual,

permanente e intermitente. (inserido o item II) - Res. 209/2016

I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto

permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de

risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim

considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo

extremamente reduzido. (ex-OJs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 -

e 280 - DJ 11.08.2003)

II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho

fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao

estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal

parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho,

garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193,

§1º, da CLT).

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CASUÍSTICA

FRENTISTAS

Súmula 39 do TST - Periculosidade (RA 41/1973, DJ

14.06.1973) Os empregados que operam em bomba de

gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº

2.573, de 15.08.1955).

Súmula 212 do STF: Tem direito ao adicional de serviço

perigoso o empregado de posto de renda de combustível

líquido

INSTALADORES DE LINHAS E

APARELHOS TELEFÔNICOS

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CASUÍSTICA

ARMAZENAMENTO/PREDIO

VERTICAL :

OJ 385 da SDI-1 do TST. Adicional de periculosidade.

Devido. Armazenamento de líquido inflamável no prédio.

Construção vertical. (DeJT 09/06/2010) É devido o pagamento

do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve

suas atividades em edifício (construção vertical), seja em

pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados

tanques para armazenamento de líquido inflamável, em

quantidade acima do limite legal, considerando-se como área

de risco toda a área interna da construção vertical.

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CASUÍSTICA

ARMAZENAMENTO/PREDIO

VERTICAL : alteração pela NR 20 em

06/03/2012

Antes o armazenamento era de até 250 litros por

tanque:

A partir da alteração de 2012, passou ser possível

armazenar um total de 3.000 litros em prédios;

Mas há uma série de condições a serem cumpridas.

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SISTEMA ELÉTRICO DE

POTÊNCIA

Decreto 93.412/86

No Decreto 93.412/86 estão delimitadas as atividades

específicas do setor de energia elétrica que garantem ao

trabalhador o adicional de periculosidade

A OJ 324 da SDI-1 pacificou o entendimento de que não é

devido o adicional apenas aos trabalhadores que se ativem em

empresas de energia elétrica, mas todos que se ativem no

sistema elétrico de potência

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PERICULOSIDADE =

base de cálculo

Súmula 191 TST- Adicional. Periculosidade. Incidência. Base de Cálculo (cancelada a parte final da

antiga redação e inseridos os itens II e III)- Res. 214/2016I- O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário

básico e não sobre este acrescido de outros adicionais.

II - O adicional de periculosidade do empregado contratado sob

a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a

totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma

coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido

adicional sobre o salário básico.

III - A alteração da base de cálculo do adicional de

periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº

12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a

partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será

realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme

determina o § 1º do art. 193 da CLT.

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PERICULOSIDADE

OJ 324 do TST - Adicional de periculosidade. Sistema

elétrico de potência. Decreto nº 93.412/86, art. 2º, § 1º. (DJ

09.12.2003)

É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos

empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em

condições de risco, ou que o façam com equipamentos e

instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente,

ainda que em unidade consumidora de energia elétrica

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PERICULOSIDADE

OJ 347 da SDI-1 do TST - Adicional de periculosidade.

Sistema elétrico de potência. Lei nº 7.369, de 20.09.1985,

regulamentada pelo Decreto nº 93.412, de 14.10.1986.

Extensão do direito aos cabistas, instaladores e

reparadores de linhas e aparelhos em empresa de

telefonia. (DJ 25.04.2007) É devido o adicional de

periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e

reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia,

desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a

condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em

contato com sistema elétrico de potência.

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PERICULOSIDADE =

intermitência/eventualidade

Súmula 364 TST - Adicional de periculosidade. Exposição

eventual, permanente e intermitente. (inserido o item II) -

Res. 209/2016I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto

permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de

risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim

considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo

extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 -

e 280 - DJ 11.08.2003)

II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho

fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido

em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela

constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por

norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).

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PERICULOSIDADE

DISPENSA DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO.

CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A

PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação

Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em

21, 22 e 23.05.2014

O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade

da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao

risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a

realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna

incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas.

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CUMULAÇÃO ou OPÇÃO DO

ADICIONAL

Posição do TST no RR 1072-722011.5.02.0384, Ministro

Cláudio Brandão, 7ª Turma acolhe a cumulação do adicional de

insalubridade e periculosidade;

Posição MAIS recente entende que o art. 193 da CLT foi

recepcionada pela CF e que os adicionais não são cumuláveis.

Notícia do TST dá conta da divergência

jurisprudencial e da atual posição que é pela não

concessão acumulada

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TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade

TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade

Por sete votos a seis, a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal

Superior do Trabalho absolveu a Amsted-Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários S. A. de

condenação ao pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade cumulativamente a um

moldador. O entendimento majoritário foi o de que o parágrafo 2º do artigo 193 da CLT veda a

acumulação, ainda que os adicionais tenham fatos geradores distintos.

A decisão afasta entendimento anterior da Sétima Turma do TST de que a regra da CLT, que faculta ao

empregado sujeito a condições de trabalho perigosas optar pelo adicional de insalubridade, se este for

mais vantajoso, não teria sido recepcionada pela Constituição Federal de 1988.

Na reclamação trabalhista, o moldador afirmou que trabalhava em condições de insalubridade, pela

exposição a ruído e pó em valores superiores aos limites legais, e de periculosidade, devido ao contato

com produtos inflamáveis, como graxa e óleo diesel. Por isso, sustentou que fazia jus aos dois

adicionais.

O pedido foi julgado procedente pelo juízo da 4ª Vara do Trabalho de Osasco e pelo Tribunal Regional

do Trabalho da 2ª Região (SP). Segundo a sentença, a Constituição de 1988 prevê, no artigo 7º, inciso

XXIII, os dois adicionais para situações diversas, "já que um remunera o risco da atividade e o outro a

deterioração da saúde decorrente da atividade", sem ressalvas quanto à necessidade de escolha pelo

trabalhador por um dos adicionais. A Sétima Turma do TST desproveu recurso da Amsted-Maxion com

os mesmos fundamentos.

Nos embargos à SDI-1, a indústria sustentou que os adicionais não são cumuláveis, e que o próprio

inciso XXIII do artigo 7º da Constituição assegura os adicionais "na forma da lei".

Impossibilidade

A corrente majoritária da SDI-1 entendeu que os adicionais não são acumuláveis, por força do parágrafo

2º do artigo 193 da CLT. Para a maioria dos ministros, a opção prevista nesse dispositivo implica a

impossibilidade de cumulação, independentemente das causas de pedir.

O voto vencedor foi o do relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, seguido pelos ministros Emmanoel

Pereira, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga, Guilherme Caputo Bastos, Márcio Eurico Vitral Amaro e

Walmir Oliveira da Costa.

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TST afasta pagamento cumulativo de adicionais de periculosidade e insalubridade

Impossibilidade: decisão de 13.10.2016 – Acórdão ainda não publicado em 23/05/2017

A corrente majoritária da SDI-1 entendeu que os adicionais não são acumuláveis, por força do parágrafo 2º do

artigo 193 da CLT. Para a maioria dos ministros, a opção prevista nesse dispositivo implica a impossibilidade

de cumulação, independentemente das causas de pedir.

O voto vencedor foi o do relator, ministro Renato de Lacerda Paiva, seguido pelos ministros Emmanoel

Pereira, Brito Pereira, Aloysio Corrêa da Veiga, Guilherme Caputo Bastos, Márcio Eurico Vitral Amaro e

Walmir Oliveira da Costa.

Divergência

Seis ministros ficaram vencidos: Augusto César Leite de Carvalho, João Oreste Dalazen, José Roberto Freire

Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Alexandre Agra Belmonte e Cláudio Brandão. Eles mantiveram o

entendimento de que, diante da existência de duas causas de pedir, baseadas em agentes nocivos distintos, a

cumulação é devida.

Precedente

Em junho deste ano, a SDI-1 afastou a não recepção da norma da CLT pela Constituição, no julgamento do E-

ARR-1081-60.2012.5.03.0064. O relator daquele caso, ministro João Oreste Dalazen, explicou que os dois

preceitos disciplinam aspectos distintos do trabalho prestado em condições mais gravosas: enquanto a CLT

regula o adicional de salário devido ao empregado em decorrência de exposição a agente nocivo, a

Constituição prevê o direito a adicional "de remuneração" para as atividades penosas, insalubres e perigosas

e atribui ao legislador ordinário a competência para fixar os requisitos que geram esse direito.

Naquele julgamento, porém, a SDI-1, também por maioria, concluiu que é possível a cumulação desde que

haja fatos geradores diferentes. A opção pelo adicional mais vantajoso seria facultada ao trabalhador exposto

a um mesmo agente que seja concomitantemente classificado como perigoso e insalubre, mas aquele exposto

a dois agentes distintos e autônomos faria jus aos dois adicionais. No caso concreto, como não havia a

comprovação dessa condição, a cumulação foi negada.

(Carmem Feijó)

Processo: E-RR-1072-72.2011.5.02.0384

Leia mais:

24/6/2016 - Eletricista não receberá adicionais de periculosidade e insalubridade cumulativamente

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OPÇÃO PELO ADICIONAL:

INSALUBRIDADE ou

PERICULOSIDADE

§2º do art. 193 : O empregado poderá optar pelo

adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido

Qual é o momento da opção:

SENTENÇA?

EXECUÇÃO?

E se opta na sentença e a reclamada recorre e

reforma e exclui a parcela pela qual houve opção?

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SINDICATO: LEGITIMAÇÃO

EXTRAORDINÁRIA

Nos termos do §2º do art. 195 da CLT o Sindicato

detém legitimação extraordinária para postular

ADICIONAIS de INSALUBRIDADE e

PERICULOSIDADE

Foi previsto como substituição processual; Mas hoje pode ser caracterizada como defesa de

direito individual homogêneo, nos termos do inciso III

do art. 8º da CF e das normas que regem a ação

coletiva no CDC

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Formas de pagamento do salário

Em moeda corrente

Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.

Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.

Contra recibo

Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua

impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta

bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de

trabalho.

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Pagamento complessivo

Súmula 91 - Salário complessivo (RA 69/1978, DJ 26.09.1978) Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para

atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.

Súmula 330 do TST - Quitação. Validade (Revisão da Súmula nº 41 - Res. 22/1993 , DJ 21.12.1993. Explicitação dada pela RA nº 4/1994, DJ 18-02-1994. Nova

Redação dada pela Res.108/2001, DJ 18.04.2001) A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador,

com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo,

salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas.

I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse

recibo.

II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no

recibo de quitação.

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SISTEMAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO

Abusos do empregador Valor Salário mínimo

Art. 76 e 82, púnico)

Irredutibilidade

Art. 6º CF e Art. 462 CLT

Proibição do truck system

Art. 468 CLT

Natureza

Inalterabilidade

forma pagto

Proteção da época e forma de pagamento =

Art.459 e parágrafo único; Art. 465; Art. 467; Art. 459,

parágrafo único

Periodicidade = 30 dias

Pagto em dia útil

Pagto em horário próximo do de

trabalho

Pagto em primeira audiência

Pagamento no local de prestação

Pagto até o 5º dia útil

Proteção da certeza de pagamento

Pagto contra recibo

Assinado pelo empregado; com

digital; a rogo

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SISTEMAS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO

Credores do empregado

Credores do empregador

Proteção da cessão do créditosalarial (Art. 464)

Impenhorabilidade do salário(NCPC, Art. 833, IV)

Privilégio geral do crédito salarialaté o limite de 150 saláriosmínimos (Lei de Falências, Art. 83, I)

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Descontos lícitos (Art. 462 da CLT)

Basicamente, o empregador pode descontar apenas adiantamentos (vales) e parcelas previstas em lei (INSS, IR,

contribuições sindicais, vale transporte) Danos = se houver previsão contratual, no caso de culpa. Dano causado por dolo do empregado tem dedução prevista em lei

Súmula 342 do TST- Descontos salariais. Art. 462 da CLT (Res. 47/1995, DJ 20.04.1995) Descontos salariais efetuados pelo empregador,

com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de

previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a

existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.

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Truck System

Sistema destinado a escravizar o trabalhador pela via indireta,

quando este não tem acesso a bens de consumo que não

sejam vendidos pelo próprio empregador e, por conseqüência,

passar a dever ao empregador mais do que recebem de salário.

Art. 462 (...)§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de

mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados

se utilizem do armazém ou dos serviços. § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços

não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos

empregados.

§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar,

por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.