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Rio Grande do Sul MINSTÉRIO DA SAÚDE Brasília – DF 2009 Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação

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  • Rio Grande do Sul

    MINSTÉRIO DA SAÚDE

    Brasília – DF 2009

    Sistema Nacional de Vigilância em SaúdeRelatório de Situação

  • Sumário

    1 CaraCterizaçãodoeStado 5

    1.1 Descrição do Estado 5

    1.2 Estrutura da rede de atenção à saúde 7Atenção básica 7Média e alta complexidade 9

    1.3 Vigilância em saúde 11

    2 análiSedaSprioridadeSdaSVS 12

    2.1 Consolidação da descentralização/gestão das ações de vigilância em saúde 12Financiamento 12Plano de investimento 13VIGISUS II 13Monitoramento das ações de vigilância em saúde 14

    2.2 Coberturas Vacinais 16

    3 FortaleCimentodapromoçãoàSaúde 20

    3.1 Fatores de risco 20Prevalência de atividade física suficiente no tempo livre entre adultos 20Prevalência de tabagismo entre adultos 20

    3.2 Doenças Crônicas Não Transmissíveis 21Razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais na faixa etária 25 a 59 anos 21Taxa de internação por acidente vascular cerebral 22

    3.3 Violências e Acidentes 23Taxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura do fêmur 23

    3.4 Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde 24

    3.5 Rede de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (Rede VIVA) 25

  • 4 aprimoramentodoSproCeSSoSdeanáliSeemonitoramentodaSituaçãodeSaúde 27

    4.1 Indicadores de qualidade dos dados 27Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 27Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 29Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) 30Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA) 31Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade do Solo (Sissolo) 32

    5 aprimoramentodaCapaCidadedereSpoStaàSemergênCiaSemSaúdepúbliCa 34

    5.1 Monitoramento e investigação de emergências em saúde pública 34

    6 reduçãodamorbimortalidade 35

    6.1 Análise das morbidades 35Doenças transmitidas por vetores e antropozoonoses 35Doenças de transmissão respiratória e imunopreveníveis 39Hepatites Virais 43Aids, Gestante HIV+ e Sífilis Congênita 46Tuberculose e hanseníase 49Agravos externos 53

    6.2 Análise da mortalidade 55Mortalidade infantil 55Mortalidade neonatal 56Mortalidade pós-neonatal 57Mortalidade infantil indígena 58

    7 apoiotéCniCoeCientíFiCoaoSeStadoS 60

    7.1 Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde 60

  • 1 CaraCterizaçãodoeStado

    1.1 descriçãodoestado

    Figura 1 Municípios conforme densidade demográfica, países e estados de fronteira, capital e faixa de fronteira. Rio Grande do Sul, Brasil

    0 100 200 30050

    Quilômetros

    Densidade demográfica0,09 - 1,001,01 - 10,0010,01 - 25,0025,01 - 50,0050,01 - 100,00100,01 - 13457,16

    Porto Alegre

    5

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 2 Cobertura de solo e terras indígenas. Rio Grande do Sul, Brasil

    01 00 200 30050

    Quilômetros

    Rios

    Atividades Agrícolas

    Campos

    Campanha Gaúcha

    Contatos entre Tipos de Vegetação

    Floresta Atlântica

    Mata Caducifólia

    Floresta de Transição

    Mata de Pinheiros

    Vegetação Chaquenha

    Terras indígenas

    Centrais hidrelétricas

    Fronteira

    Porto Alegre

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    Capital Porto Alegre

    Número de municípios 496

    Território 281.748,5 km²

    População residente 10.855.214 habitantes, 5.538.164 mulheres e 5.317.050 homens*

    Densidade populacional 38,5 habitantes/km2*

    Fluxos migratórios 4,2% da população residente são habitantes não-naturais do estado**

    População indígena 20.018 habitantes***

    Assentamentos de trabalhadores rurais 885****

    Fonte:* Projeção intercensitária para 2008 realizada pelo IBGE e disponibilizada pelo DATASUS** IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, 2007*** Siasi/Funasa, 2007**** INCRA, 2008

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    6

  • 1.2 estruturadarededeatençãoàsaúde

    Atenção básica

    Figura 3 Cobertura (%) de Equipes de Saúde da Família, segundo município. Rio Grande do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 25> 25 - 50> 50 - 75> 75 - 100

    Fonte: MS/SAS/DAB

    7

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 4 Cobertura (%) de Equipes de Saúde Bucal, segundo município. Rio Grande do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 25> 25 - 50> 50 - 75> 75 - 100

    Fonte: MS/SAS/DAB

    Cobertura populacional da Estratégia de Saúde da Família

    34,4%, implantada em 412 (83%) municípios*

    Centros de saúde/Unidades básicas de saúde 2.582**

    Salas de vacinação 1.708, sendo 1.463 (85,7%) cadastradas como estabelecimentos públicos municipais***

    Fonte:* DAB, 2008** Somando-se centros de saúde/unidades básicas de saúde, posto de saúde, unidades mistas de

    atendimento 24 horas/atenção básica e unidades fluviais, quando aplicável, CNES, 2008*** PNI, 2008

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    8

  • Média e alta complexidade

    Figura 5 Proporção de leitos hospitalares (por mil habitantes), segundo município. Rio Grande do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 1> 1 - 2> 2

    Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES, 2008

    Figura 6 Proporção de leitos pediátricos (por mil crianças), segundo município. Rio Grande do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 1> 1 - 2> 2

    Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES, 2008

    9

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 7 Proporção de leitos obstétricos (por mil mulheres), segundo município. Rio Grande do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 1> 1 - 2> 2

    Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES, 2008

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    10

  • 1.3 Vigilânciaemsaúde

    Tabela 1 Quantidade de estruturas de vigilância em Saúde e sua localização. Rio Grande do Sul, 2008

    estrutura unidades(n) localização

    Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)

    10 Porto Alegre/Estadual, Porto Alegre/Regional, Ijuí, Erechim, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria, Palmeiras das Missões e Caxias do Sul

    Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) 9 Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Canoas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, São Borja, Triunfo e Viamão

    Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE)

    11 Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, Pio Sodalício das Damas de Caridade Mantenedora do Hospital Nossa Senhora de Pompéia – Caxias do Sul, Santa Casa de Misericórdia de Uruguaiana - Hospital Geral Santa Casa de Uruguaiana, Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul/Hospital Santa Cruz, Associação Hospitalar de Caridade Santa Rosa/Hospital Vida Saúde, Associação Beneficente de Canoas/ Hospital Nossa Senhora das Graças, Associação Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo/Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo, Associação de caridade Santa Casa de Misericórdia de Rio Grande, Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, Hospital São Lucas da PUCRS, Hospital Nossa Senhora da Conceição

    Laboratório de Fronteira 3 São Borja, Uruguaiana, Santana do Livramento

    Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS)

    - -

    11

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • 2 análiSedaSprioridadeSdaSVS

    2.1 Consolidaçãodadescentralização/gestãodasaçõesdevigilânciaemsaúde

    Financiamento

    Bloco de Vigilância em Saúde – Componente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental

    O Bloco de Vigilância em Saúde destina-se ao financiamento das ações nes-sa área. Os recursos são repassados, em parcelas mensais, diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde dos estados e municípios certificados para a gestão dessas ações.

    Tabela 2 Recursos destinados ao Componente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, conforme fonte de financiamento e instituição. Rio Grande do Sul, 2008

    Fontedefinanciamento instituição recurso(r$)

    Teto Financeiro de Vigilância em Saúde - TFVS SES 6.706.478,98

    Municípios 19.884.552,55

    Campanha de Vacinação contra Influenza SES 18.126,75

    398 Municípios 173.204,25

    Campanha de Vacinação contra Poliomielite SES 8.231,15

    393 Municípios 211.319,45

    Campanha de Vacinação contra a Rubéola SES 9.611,25

    393 Municípios 817.107,75

    Subsistema de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar 3 Hospitais** 336.000,00

    Política de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos

    SES 52.643,67

    26 municípios 1.368.735,42

    Registro de Câncer de Base Populacional SES 48.000,00

    Fortalecimento das ações dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública - FINLACEN

    SES 2.081.397,00

    Incentivos no Âmbito do PN-HIV/Aids e outras DST*** SES 4.222.737,99

    Municípios 6.367.607,77

    SES Secretaria Estadual de Saúde* Portaria MS 1.349/2002** 1 Hospital Estadual (R$ 72.000,00), 3 Hospitais Federais (R$ 96.000,00), 7 Hospitais Municipais (R$168.000,00)*** Programa Nacional de DST e Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    12

  • Plano de investimento Destina-se ao reforço das estruturas das secretarias estaduais e muni-

    cipais de saúde para a coordenação e a execução de ações de vigilância em saúde.

    O critério de distribuição dos quantitativos nos estados é resultado de pactuação nas Comissões Intergestores Bipartite.

    No ano de 2008, foram repassados para o Rio Grande do Sul veículos e equipamentos que totalizaram cerca de R$ 257.255,00, referentes a: 1 lavadora automática de microplaca; 1 leitora de microplaca; 25 micros-cópios bacteriológicos; 2 nebulizadores costais motorizados e 1 veículo tipo utilitário (kombi). A entrega ocorreu em 2009.

    VIGISUS II

    O objetivo do projeto é fortalecer o Sistema de Vigilância em Saúde para reduzir a mortalidade e a morbidade de doenças transmissíveis e não trans-missíveis, bem como a exposição a fatores de risco associados com a saúde.

    O Projeto VIGISUS é resultado de um acordo de empréstimo entre o gover-no brasileiro e o Banco Mundial, sendo beneficiadas as 27 Unidades Fede-radas, 25 capitais e 144 municípios. Além disso, foram contemplados mais 211 municípios com recursos do Tesouro.

    Tabela 3 Valores (em reais) aprovados para o Plano de Vigilância em Saúde (PLANVIGI) e transferidos para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS) dos municípios elegíveis, segundo fonte de financiamento. Rio Grande do Sul, 2008

    instituição FonteVigiSuSFontetFVS

    totalrepassado

    totalexecução(pagamentos)

    %execução

    SES/RS 2.730.092,53 - 2.730.092,53 1.296.347,34 47,48

    24 Municipios 2.799.207,05 364.498,33 3.163.705,38 1.148.472,59 36,30

    Total Geral 5.529.299,58 364.498,33 5.893.797,91 2.444.819,93 41,48

    * TFVS = Teto Financeiro de Vigilância em Saúde

    13

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Monitoramento das ações de vigilância em saúde

    ações

    rio

    gra

    nde

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    oSu

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    gra

    vata

    í

    gua

    iba

    notificaçãoNotificação de casos de Paralisia Flácida Aguda - PFAinvestigaçãoProporção de doenças exantemáticas investigadas adequadamenteColeta oportuna de uma amostra de fezes para cada caso de Paralisia Flácida Aguda-PFA Encerramento oportuno da investigação epidemiológica das Doenças de Notificação CompulsóriaInvestigação epidemiológica oportuna para raiva humanadiagnósticolaboratorialDiagnóstico laboratorial de doenças exantemáticas (sarampo e rubéola)Encerramento de casos de meningite bacteriana por critério laboratorialRealização de testagem para sífilis (VDRL) nas gestantesImplantação de aconselhamento e testagem sorológica para hepatites virais B e C nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA)Proporção de amostras clínicas para diagnóstico do vírus influenza em relação ao preconizadoRealizar supervisão nos laboratórios públicos identificados pelo LACEN e que realizam diagnóstico de doenças de notificação compulsória e agravos de interesse sanitárioVigilânciaambientalElaboração de dois relatórios anuais contendo informações sobre as ações desenvolvidas pelo VIGIAGUA em municípios com população igual ou acima de 100.000 habitantesVigilânciaeControledeVetoresIdentificação e eliminação de focos e/ou criadouros de AedesRealização da vigilância entomológica de acordo com o preconizado no PNCD nos municípios não infestados. ControlededoençasTaxa de cura de casos novos de tuberculose bacilíferosTaxa de cura de casos de hanseníaseRedução da Incidência Parasitária Anual por Malária (IPA) nos estados da Amazônia LegalProporção de municípios prioritários para combate à dengue com plano de contingência de atenção aos pacientes com dengue elaboradoElaboração do Plano de Contingência de Atenção aos Pacientes com DengueimunizaçõesCobertura vacinal adequada - Hepatite B (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada - Poliomielite (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada - Tetravalente (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada -Tríplice viral (1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para hepatite B (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para poliomielite (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para tetravalente (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para tríplice viral (1 ano)monitorizaçãodeagravosrelevantesInvestigação de óbitos maternos (capitais e municípios com mais de 100.000 habitantes)Investigação de óbitos maternos (municípios com 100.000 habitantes ou menos)divulgaçãodeinformaçõesepidemiológicasElaboração de informes epidemiológicosSistemasdeinformaçãoRealização de coleta de declaração de óbito - DOProporção de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidasSupervisãodappi-VSSupervisão da PPI-VS nos municípios certificados (municípios > 100.000 hab)Supervisão da PPI-VS nos municípios certificados (municípios < 100.000 hab)percentualdemetascumpridas 50,0% 52,6% 67,0% 83,3% 56,0% 73,7% 58,8% 86,7%

    cumprida não cumprida não avaliável não se aplica

    Notas: Dados referentes ao ano de 2007 LACEN = Laboratório Central VIGIAGUA = Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano PNCD = Programa Nacional de Controle da Dengue PPI-VS = Programação Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    14

  • Monitoramento das ações de vigilância em saúde (continuação)

    ações

    nov

    oH

    ambu

    rgo

    pelo

    tas

    rio

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    Sant

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    ão

    notificaçãoNotificação de casos de Paralisia Flácida Aguda - PFAinvestigaçãoProporção de doenças exantemáticas investigadas adequadamenteColeta oportuna de uma amostra de fezes para cada caso de Paralisia Flácida Aguda-PFA Encerramento oportuno da investigação epidemiológica das Doenças de Notificação CompulsóriaInvestigação epidemiológica oportuna para raiva humanadiagnósticolaboratorialDiagnóstico laboratorial de doenças exantemáticas (sarampo e rubéola)Encerramento de casos de meningite bacteriana por critério laboratorialRealização de testagem para sífilis (VDRL) nas gestantesImplantação de aconselhamento e testagem sorológica para hepatites virais B e C nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA)Proporção de amostras clínicas para diagnóstico do vírus influenza em relação ao preconizadoRealizar supervisão nos laboratórios públicos identificados pelo LACEN e que realizam diagnóstico de doenças de notificação compulsória e agravos de interesse sanitárioVigilânciaambientalElaboração de dois relatórios anuais contendo informações sobre as ações desenvolvidas pelo VIGIAGUA em municípios com população igual ou acima de 100.000 habitantesVigilânciaeControledeVetoresIdentificação e eliminação de focos e/ou criadouros de AedesRealização da vigilância entomológica de acordo com o preconizado no PNCD nos municípios não infestados. ControlededoençasTaxa de cura de casos novos de tuberculose bacilíferosTaxa de cura de casos de hanseníaseRedução da Incidência Parasitária Anual por Malária (IPA) nos estados da Amazônia LegalProporção de municípios prioritários para combate à dengue com plano de contingência de atenção aos pacientes com dengue elaboradoElaboração do Plano de Contingência de Atenção aos Pacientes com DengueimunizaçõesCobertura vacinal adequada - Hepatite B (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada - Poliomielite (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada - Tetravalente (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada -Tríplice viral (1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para hepatite B (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para poliomielite (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para tetravalente (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para tríplice viral (1 ano)monitorizaçãodeagravosrelevantesInvestigação de óbitos maternos (capitais e municípios com mais de 100.000 habitantes)Investigação de óbitos maternos (municípios com 100.000 habitantes ou menos)divulgaçãodeinformaçõesepidemiológicasElaboração de informes epidemiológicosSistemasdeinformaçãoRealização de coleta de declaração de óbito - DOProporção de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidasSupervisãodappi-VSSupervisão da PPI-VS nos municípios certificados (municípios > 100.000 hab)Supervisão da PPI-VS nos municípios certificados (municípios < 100.000 hab)percentualdemetascumpridas 50,0% 58,8% 57,0% 75,0% 40,0% 81,3% 53,8%

    cumprida não cumprida não avaliável não se aplica

    Notas: Dados referentes ao ano de 2007 LACEN = Laboratório Central VIGIAGUA = Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano PNCD = Programa Nacional de Controle da Dengue PPI-VS = Programação Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde

    15

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • 2.2 CoberturasVacinais

    Para a vacina DTP (contra difteria, tétano, coqueluche) + Hib (contra me-ningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b), no período de 2000 a 2007, o Rio Grande do Sul alcançou a meta de 95% de cobertura vacinal (CV), com valores próximos às médias verificadas para a Região Sul e o país. Em 2008, a CV ficou abaixo da meta (88%). Em relação à homogeneidade de CV, o estado demonstrou bom desempenho a partir de 2005, com mais de 70% dos municípios com CV adequadas. Em 2008, essa proporção caiu para 58%.

    Figura 8 Cobertura vacinal (%) com a tetravalente* na população menor de um ano. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2000 a 2008

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Rio Grande do Sul Região Sul

    Anos

    Brasil Meta

    Fonte: SIAPI/SVS/MS* CV até 2001 refere-se à DPT - tríplice bacteriana; somam doses DPT e Hib em 2002 e DTP+Hib a partir de 2003

    Para a vacina contra poliomielite em menores de cinco anos de idade, na primeira e segunda etapas da campanha nos dias nacionais de vacinação, as CV no estado foram próximas às médias registradas para a Região Sul e o país, no período de 2000 a 2008. As CV foram superiores à meta de 95% no período, exceto nas primeiras etapas, em 2005 e 2006, e segundas etapas, a partir de 2005.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    16

  • Figura 9 Cobertura vacinal (%)contra poliomielite, na primeira e segunda etapas dos dias nacionais de vacinação, na população menor de cinco anos de idade. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2000 a 200

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    020406080

    100120140

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Etapa 1

    Etapa 2

    Rio Grande do Sul Região Sul

    Anos

    020406080

    100120140

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Brasil Meta

    Fonte: API/CGPNI/DEVEP/SVS/MS

    No período de 2003 a 2007, as CV com a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) na população um ano de idade, no estado, foram su-periores à meta de 95%. Em 2008, a CV ficou abaixo da meta. Em relação à homogeneidade de coberturas, o estado manteve uma proporção em torno de 67% dos municípios com CV adequada, na maior parte do período ana-lisado. Em 2008, a meta de homogeneidade não foi cumprida, apenas 43,5% dos municípios alcançaram CV adequada.

    17

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 10 Cobertura vacinal (%) com a tríplice viral, na população com um ano de idade. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2003 a 2008

    -

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Rio Grande do Sul Região Sul

    Anos

    Brasil Meta

    Fonte: SIAPI/SVS/MS

    Figura 11 Cobertura vacinal (%) acumulada com a vacina contra a hepatite B, segundo grupo etário e total, na população de um a 19 anos de idade. Rio Grande do Sul e Brasil, 1994 a 2009*

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    1 a 4 5 a 10 11 a 14 15 a 19 Total 1 a 19

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Rio Grande do Sul

    Anos

    Brasil

    Fonte: SIAPI/SVS/MS* Até março de 2009

    No Rio grande do Sul, a CV acumulada contra hepatite B, para o grupo etário de 1 a 19 anos, atingiu 100%, acima média nacional de 80,9%.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    18

  • Tabela 4 Cobertura vacinal (%) na campanha nacional de vacinação contra rubéola*, na população de 20 a 39 anos, segundo sexo e na população total desta faixa etária. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2008

    localCobertura(%)

    Homens mulheres populaçãototal

    Rio Grande do Sul 88,8 97,4 93,1

    Região Sul 91,4 96,3 93,8

    Brasil 94,0 99,5 96,8

    Fonte: SIAPI/CGPNI/DEVEP/SVS/MS, em 5/5/2009* Campanha nacional realizada no período de 9 de agosto a 31 de dezembro de 2008

    As CV na campanha de vacinação contra rubéola para adultos jovens, de 20 a 39 anos, no estado foram semelhantes àquelas da Região Sul, porém infe-riores às do país. A CV entre mulheres foi de 97,4%, superior à meta de 95%. Entretanto, as CV entre homens e na população total foram inferiores à meta.

    Figura 12 Cobertura vacinal (%) na campanha de vacinação contra influenza, na população de 60 anos e mais. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2000 a 2008

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Rio Grande do Sul Região Sul

    Anos

    Brasil Meta

    Fonte: SIAPI/SVS/MS

    No período de 2001 a 2008, as CV contra influenza, entre idosos, no estado, foram superiores à meta de 70%, desde 2001, e maiores que 80%, a partir de 2004. Em função da mudança da meta para 80% da população-alvo, em 2008, e da correção da população estimada pelo IBGE, a partir de 2006, os dados não são perfeitamente comparáveis. Em 2008, as CV decresceram em relação aos anos imediatamente anteriores, ficando em 69,6% no es-tado, 72,6% na Região Sul e 75,0% no país, abaixo da nova meta de 80%. O número de doses aplicadas no estado foi crescente em todo o período, elevando-se de 671.171, em 2000, para 951.250, em 2008.

    19

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • 3 FortaleCimentodapromoçãoàSaúde

    3.1 Fatoresderisco

    Prevalência de atividade física suficiente no tempo livre entre adultos

    No Brasil, a frequência de adultos que praticam atividade física suficiente no tempo livre (considera-se a prática de atividades de intensidade leve ou moderada por pelo menos 30 minutos diários em 5 ou mais dias da semana ou atividades de intensidade vigorosa por pelo menos 20 minutos diários em 3 ou mais dias da semana) foi 15,0%, em 2008. Em Porto Alegre, a fre-quência de adultos ativos no tempo livre foi 15,7%, mais frequente entre os homens.

    Tabela 5 Prevalência de atividade física suficiente no tempo livre e respectivo intervalo de confiança de 95%, segundo sexo. Porto Alegre e total das capitais brasileiras, VIGITEL 2006, 2007 e 2008

    loCal 2006 2007 2008

    Porto Alegre 17,9 (16,2-19,5) 15,2 (13,0-17,3) 15,7 (13,3-18,1)

    Masculino 21,9 (18,9-24,9) 17,5 (13,6-21,4) 20,6 (16,7-24,5)

    Feminino 14,6 (12,6-16,5) 13,3 (11,1-15,5) 11,0 (8,2-13,8)

    Total capitais brasileiras 14,9 (14,6-15,2) 15,5 (14,8-16,3) 15,0 (14,3-15,7)

    Masculino 18,3 (17,8-18,8) 19,3 (17,9-20,6) 18,5 (17,3-19,7)

    Feminino 11,9 (11,6-12,3) 12,3 (11,6-13,0) 12,0 (11,3-12,7)

    Fonte: VIGITEL

    Prevalência de tabagismo entre adultos

    O tabagismo aumenta o risco de morbimortalidade por doenças coronaria-nas, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer. Considera-se fumante todo indivíduo que fuma, independente-mente da frequência e intensidade do hábito de fumar. No Brasil, a pre-valência, em 2008, foi 16,1%. Em Porto Alegre, a frequência do hábito de fumar foi 19,4%, maior entre os homens em relação às mulheres.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    20

  • Tabela 6 Prevalência de tabagismo e respectivo intervalo de confiança de 95%, segundo sexo. Porto Alegre e total das capitais brasileiras, VIGITEL 2006, 2007 e 2008

    loCal 2006 2007 2008

    Porto Alegre 21,2 (19,4-23,0) 21,7 (18,8-24,6) 19,4 (16,9-21,9)

    Masculino 26,3 (23,1-29,5) 23,6 (18,5-28,7) 21,8 (17,8-25,9)

    Feminino 17,0 (14,9-19,0) 20,1 (16,9-23,4) 13,9 (10,3-17,5)

    Total capitais brasileiras 16,2 (15,9-16,5) 16,4 (15,5-17,3) 16,1 (15,0-17,3)

    Masculino 20,3 (19,7-20,8) 20,9 (19,4-22,3) 20,5 (18,3-22,7)

    Feminino 12,8 (12,4-13,1) 12,6 (11,6-13,6) 12,4 (11,5-13,3)

    Fonte: VIGITEL

    3.2 doençasCrônicasnãotransmissíveis

    Razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais na faixa etária 25 a 59 anos

    A razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos avalia a cobertura de exames preventivos do câncer de colo uterino nessa população. Espera-se que esta razão seja de no mínimo 0,30 exame/mulher a cada ano. O Rio Grande do Sul, bem como a Região Sul e o Brasil, não atingiram essa meta, no período de 2002 a 2008.

    21

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  • Figura 13 Razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos. Rio Grande do Sul, na Região Sul e Brasil, 2002 a 2008

    0,00

    0,05

    0,10

    0,15

    0,20

    0,25

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Anos

    Raz

    ão

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: INCA/MS

    Taxa de internação por acidente vascular cerebral

    A taxa de internação por acidente vascular cerebral (AVC) é uma forma in-direta de avaliação da disponibilidade de ações básicas de prevenção e con-trole da doença hipertensiva e também é útil para subsidiar o planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a atenção à saúde do adulto. No período de 2002 a 2006, a taxa foi crescente no Rio Grande do Sul. O Brasil apresentou tendência de estabilidade entre os anos de 2002 a 2006, com declínio em 2007.

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    22

  • Figura 14 Taxa de internação por acidente vascular cerebral (por 10 mil habitantes), na população de 40 anos e mais. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2002 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    2002 2003 2004 2005 2006 2007Anos

    Taxa

    por

    10

    mil

    habi

    tant

    es

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: SIH/MS

    3.3 Violênciaseacidentes

    Taxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura do fêmur

    A fratura de fêmur é causa comum e importante de perda funcional, apre-sentando um crescimento de sua incidência com o avançar da idade, prin-cipalmente devido ao aumento do número de quedas e da prevalência de osteoporose entre idosos. Elas estão associadas a um maior número de mortes e incapacidades. A avaliação e o monitoramento desse indicador são importantes, considerando as consequências psicossociais e econômi-cas para população e sistemas de saúde. No período de 2002 a 2007, ob-serva-se, no Rio Grande do Sul, uma leve tendência de queda da taxa. No mesmo período, as taxas no Brasil apresentam estabilidade.

    23

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  • Figura 15 Taxa de internação (por 10 mil habitantes) por fratura do fêmur na população de 60 anos e mais. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2002 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    10

    mil

    habi

    tant

    es

    Região Sul Rio Grande do Sul Brasil

    Fonte: SIH/MS

    3.4 redenacionaldeprevençãodasViolênciasepromoçãodaSaúde

    A Portaria GM/MS nº 936/2004 dispõe sobre a estruturação da Rede Na-cional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde e a implantação de Núcleos de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde (NPVPS). Os Núcleos participantes dessa Rede coordenam, articulam, executam e potencializam, no nível local, as ações de enfrentamento de violências e de promoção da saúde e cultura de paz.

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    24

  • Tabela 7 Municípios prioritários no Pacto pela Vida para implantação de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde (NPVPS). Rio Grande do Sul, 2008

    municípiosprioritáriosparaimplantaçãodenpVpS

    Com NPVPS implantados Sem NPVPS implantados

    AlvoradaCaxias do SulPorto Alegre

    Novo HamburgoSão Leopoldo

    Meta pactuada: 40% (2 municípios)

    Resultado alcançado em relação ao número de municípios prioritários: 60% (3 municípios)

    * NPVPS financiados pelo Ministério da Saúde (Editais, Convênios e Portarias) de acordo com a Portaria GM/MS nº 936/2004

    Fonte: SISPACTO/MS

    Destaca-se que, além dos municípios prioritários, o estado do Rio Grande do Sul já tem NPVPS implantados pelos municípios de Cambará do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Guaporé, Tenente Portela, Farroupilha, Bom Jesus, Garibaldi, São Francisco de Paula.

    3.5 rededeVigilânciadeViolênciaseacidentesemServiçosSentinelas(redeViVa)

    A fim de dimensionar e monitorar os acidentes e violências, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, implantou a Rede VIVA, a partir de 2006. Por meio da Rede VIVA, pretende-se conhecer as características, distribuição, magnitude das violências e acidentes, buscan-do subsidiar o planejamento e a implementação de ações de prevenção e promoção da saúde e cultura de paz. Essas ações devem estar articuladas com a “Rede de Atenção e de Proteção às Vítimas de Violências”.

    Tabela 8 Municípios prioritários no Pacto pela Vida para implantação de notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências. Rio Grande do Sul, 2008

    municípiosprioritáriosparaimplantaçãodenotificaçãodeviolências

    Com notificação implantada Sem notificação implantada

    Porto Alegre AlvoradaCaxias do SulNovo HamburgoSão Leopoldo

    Meta pactuada: 40% (2 municípios)

    Resultado alcançado em relação ao número de municípios prioritários: 20% (1 município)

    Fonte: SISPACTO, VIVA 2006/2007 e Sinan NET/SVS/MS, 2009

    25

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Destaca-se que, além dos municípios prioritários, o estado do Rio Grande do Sul já tem a notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras vio-lências implantadas pelos municípios de Cachoeira do Sul, Giruá e Parobé, que iniciaram a notificação desses agravos, a partir de 2009, no sistema Sinan Net.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    26

  • 4 aprimoramentodoSproCeSSoSdeanáliSeemonitoramentodaSituaçãodeSaúde

    4.1 indicadoresdequalidadedosdados

    Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)

    Tabela 9 Proporção (%) de casos de doenças de notificação compulsória encerrados oportunamente (a), segundo agravo selecionado e ano de notificação. Rio Grande do Sul, 2003 a 2008

    agravo 2003 2004 2005 2006 2007 2008(b)

    Doença de Chagas Aguda 61,3 66,7 54,9 38,6 52,2 32,5

    Cólera nna nna nna nna nna -

    Coqueluche 49,7 74,0 76,1 76,3 76,9 79,9

    Febre Hemorrágica de Dengue (c) nna nna nna nna 33,3 100,0

    Difteria 83,3 83,3 92,3 75,0 57,1 55,6

    Febre Amarela 45,5 14,3 72,7 14,3 - 43,1

    Febre Maculosa (c) nna nna nna nna 25,0 -

    Febre Tifóide 73,9 50,0 - 57,1 80,0 66,7

    Hantavirose 57,1 62,5 55,3 39,6 35,5 35,7

    Hepatites virais 84,8 88,3 89,9 88,2 86,4 81,1

    Leptospirose 79,8 81,7 78,8 64,9 50,3 72,1

    Leishmaniose Tegumentar 28,6 37,5 52,9 55,6 54,5 50,0

    Leishmaniose Visceral 100,0 nna 100,0 nna 100,0 50,0

    Malária 87,0 76,9 68,4 84,8 (d) (d)

    Meningite 86,4 89,9 91,0 89,6 84,7 87,1

    Paralisia Flácida Aguda 45,5 34,3 23,5 11,8 28,0 7,4

    Peste nna 100,0 nna nna nna nna

    Raiva 50,0 - 25,0 - 14,3 16,7

    Rubéola 55,4 67,6 60,0 34,7 83,2 83,5

    Sarampo 60,5 69,7 70,0 31,5 82,8 61,5

    Síndrome da Rubéola Congênita 33,3 50,0 50,0 33,3 - 55,0

    Tétano Acidental 74,1 78,9 83,8 76,2 78,6 72,3

    Tétano neonatal 100,0 nna nna nna nna 100,0

    Total 80,0 83,8 84,3 80,5 80,7 80,3

    Fonte: Sinan/SVS/MS Nota: Os resultados foram obtidos com dados da base do ano seguinte ao avaliado(a) Método de cálculo do indicador: (nº de notificações com investigação encerrada dentro do prazo considerado

    oportuno para cada agravo / nº de notificações na unidade federada de residência e ano de notificação) x 100(b) Dados de 2008 sujeitos à revisão(c) Agravo incluído no cálculo do indicador a partir de 2007(d) Não analisado por falta do campo Data de encerramento na ficha.nna Nenhuma notificação no ano- Houve notificação no ano, porém nenhuma encerrada oportunamente

    27

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • No período de 2003 a 2008, a proporção de casos de doenças de notificação compulsória encerrados oportunamente evidencia o bom desempenho do estado, ficando acima de 80% e superando a meta estabelecida para 2008 (75%). Em 2008, com dados ainda sujeitos à revisão, seis agravos apresen-taram resultados próximos ou acima da meta (80%), mas dez apresentaram proporções abaixo da meta mínima (60%), dentre os quais cinco (hanta-virose, leishmaniose tegumentar americana, paralisia flácida aguda, raiva e síndrome da rubéola congênita) apresentaram resultados nesse patamar, em quase todos os anos do período analisado. Difteria apresentou tendên-cia decrescente.

    Os dados de 2006, registrados no Sinan Windows, deixaram de ser atuali-zados no MS após abril de 2008. Portanto, as atualizações tardias realizadas nas bases municipais após essa data não foram consideradas no cálculo da proporção de encerramento oportuno de 2007, que inclui notificações de hepatites, leishmaniose tegumentar americana (LTA) e síndrome da rubéo-la congênita (SRC) notificados no segundo semestre de 2006.

    Figura 16 Proporção de notificações encerradas oportunamente, segundo município de residência. Rio Grande do Sul, 2008

    Capital

    < 80%> =80%Sem casos residentesregistrados no Sinan

    Fonte: Sinan/SVS/MS (atualizada em 27/04/2009) Dados sujeitos à revisão Municípios em branco = sem casos residentes registrados no Sinan

    Dentre os municípios com casos residentes, 55% atingiram ou ultrapassa-ram a meta estadual de 75%, no ano de 2008. A meta mínima de 60% não foi alcançada por 25,5% dos municípios do estado.

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    28

  • O erro na rotina do fluxo de retorno do Sinan NET, que impossibilitou o encerramento de casos notificados fora do município de residência, pode ter contribuído para a redução dos resultados desse indicador, a partir de 2007, principalmente para os agravos e municípios com pequeno número anual de notificações.

    Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)

    No período de 2000 a 2007, a cobertura do SIM, no Rio Grande do Sul, manteve-se em 100%. Em 2007, a cobertura do estado foi equivalente àque-la da Região Sul e superior àquela do Brasil (89,7%).

    Figura 17 Cobertura dos óbitos do SIM (%). Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 2000 a 2007

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Cob

    ertu

    ra S

    IM (%

    )

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: IBGE e SIM/SVS/MS

    29

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 18 Proporção (%) de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidas, segundo município. Rio Grande do Sul, 2007

    Capital

    < = 60%> 60 - 90%> 90 - 95%> 95 - 100%

    Fonte: SIM/SVS/MS

    Em 2007, a proporção de óbitos por causas definidas, dentre o total de óbi-tos notificados ao SIM, no Rio Grande do Sul, foi 95,1%, superior àquelas da Região Sul (94,5%) e do Brasil (92,3%).

    Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)

    A cobertura do Sinasc no Rio Grande do Sul, no período de 2000 a 2007, elevou-se de 98,0% para 98,3%. Em 2007, essa cobertura foi inferior àquela da Região Sul (100%), porém superior à do país (92,3%).

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    30

  • Figura 19 Cobertura de nascidos vivos do Sinasc (%). Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 2000 a 2007

    60

    65

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Cob

    ertu

    ra S

    inas

    c (%

    )

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: IBGE e Sinasc/SVS/MS

    Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA)

    Dos 496 municípios do estado, 458 (92,3%) alimentaram o SISAGUA, em 2008, com informações de cadastros das diferentes formas de abastecimen-to de água no município. O cadastramento constitui o primeiro passo para o desencadeamento das ações de vigilância da qualidade da água para con-sumo humano, que incluem, dentre outros, o monitoramento da qualidade da água e as inspeções sanitárias.

    31

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 20 Cobertura do SISAGUA* e municípios com informações sobre as formas de abastecimento de água. Rio Grande do Sul, 2008

    SAA - Sistema deAbastecimento de Água

    SAC - SoluçõesAlternativas Coletivas

    SAI - SoluçõesAlternativas Individuais

    * Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da ÁguaFonte: CGVAM/DSAST/SVS/MS

    Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade do Solo (Sissolo)

    No Rio Grande do Sul, no período de 2004 a 2008, foram identificadas 64 áreas de solo contaminado, com uma estimativa de 67.900 habitantes po-tencialmente expostos a contaminantes químicos.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    32

  • Tabela 10 Municípios com populações potencialmente expostas a contaminantes químicos e estimação da população exposta, segundo origem dos contaminantes. Rio Grande do Sul, 2008

    Área de Disposição de Resíduos Urbanos

    Estimação da população exposta

    Área Agrícola

    Área de Mineração

    Depósito de Agrotóxicos

    Área de Disposição de Resíduos Industriais

    Área Industrial

    Área Desativada

    Município AD AI ADRI DA AM ADRU UPAS

    Alvorada 1 100

    Amaral Ferrador 1 50

    Bento Gonçalves 1 50

    Cachoeirinha 1 500

    Campo Bom 1 1 1 1 1.550

    Canela 1 500

    Canoas 2 1 6.000

    Caxias Do Sul 3 2 2 12.600

    Estância Velha 1 50

    Esteio 2 1.000

    Gravataí 1 1 2 4.050

    Guaíba 1 50

    Linha Nova 1 50

    Pelotas 1 5 1 16.000

    Portão 1 1 1.000

    Porto Alegre 1 5 1 13.000

    Rio Grande 1 1 550

    Santa Vitória Do Palmar

    1 50

    Santa Rosa 1 50

    Santa Cruz Do Sul 2 1 3.000

    Santo Cristo 2 100

    São Leopoldo 2 1 1 1 2.500

    Sapucaia Do Sul 1 500

    Taquari 1 500

    Triunfo 500

    Uruguaiana 1 1 1 3.550

    Viamão 1 50

    Total 10 13 12 3 1 20 5 67.900

    Fonte: Sissolo

    33

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • 5 aprimoramentodaCapaCidadedereSpoStaàSemergênCiaSemSaúdepúbliCa

    5.1 monitoramentoeinvestigaçãodeemergênciasemsaúdepública

    Em 2008, o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) recebeu notificação e monitorou quatro eventos ocor-ridos no Rio Grande do Sul, caracterizados como emergências em saúde pública de importância nacional.

    Tabela 11 Emergências em saúde pública notificadas ao CIEVS. Rio Grande do Sul, 2008

    evento Situação municípionúmero

    depessoasenvolvidas

    oportunidadedenotificação

    oportunidadedo

    encerramento

    SFIHA* Suspeita confirmada para leptospirose

    Canguçu 3 17 dias 45 dias

    Enchente Não se aplica São Sapé 18.628 < 24 horas 28 dias

    Doença de transmissão alimentar

    Suspeita confirmada para salmonelose

    Palmares do Sul 2 2 dias 36 dias

    Epizootia (macacos)

    Suspeita descartada

    Três Passos - < 24 horas 32 dias

    * Sindrome Febril Íctero-Hemorrágica Aguda

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    34

  • 6 reduçãodamorbimortalidade

    6.1 análisedasmorbidades

    Doenças transmitidas por vetores e antropozoonoses

    Dengue

    Em 2008, foram confirmados 153 casos de dengue no Rio Grande do Sul, uma redução de 64,1% em comparação com 2007 (426 notificações). Con-sideram-se confirmados todos os casos notificados, exceto os casos descar-tados. Ou seja, todos os casos com classificação final: dengue clássico, den-gue com complicações, febre hemorrágica da dengue, síndrome do choque da dengue, ignorado/branco e inconclusivos

    Todos os casos registrados no Rio Grande do Sul, em 2008, foram impor-tados. A incidência, nesse ano, foi 1,4 casos por 100 mil habitantes, consi-derada baixa. Não houve registro de casos de febre hemorrágica da dengue, nem de dengue com complicação. Quanto ao monitoramento da circulação viral, foram analisadas 34 amostras, mas não há registro de amostra positi-va no estado. As internações acompanharam a tendência de redução obser-vada nas notificações de casos.

    Figura 21 Número de casos confirmados* e de internações por dengue. Rio Grande do Sul, 2000 a 2008

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Ano epidemiológico de início dos sintomas

    Casos Dengue

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60Internações

    Casos Dengue Internações

    Fonte: Sinan/SIH* Importados

    35

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • A incidência de dengue no município de Porto Alegre, no período de 2000 a 2008, foi menor que a observada no Brasil, na Região Sul e no Rio Grande do Sul.

    Figura 22 Taxa de incidência de casos confirmados de dengue (por 100 mil habitantes). Brasil, Região Sul, Rio Grande do Sul e Porto Alegre, 2000 a 2008

    0

    200

    400

    600

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Ano de Início dos Sintomas

    Incidência por 100 mil habitantes

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul Porto Alegre

    Fonte: Sinan

    Dada a situação epidemiológica do estado, não há município prioritário para o Programa Nacional de Controle da Dengue.

    Febre Amarela

    A febre amarela (FA) é uma doença febril aguda, causada por um vírus, per-tencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae, transmitida por mos-quitos. Possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e urbano). A febre amarela urbana (FAU) não ocorre no país desde o ano de 1942.

    O Rio Grande do Sul tem parte de seu território identificado como área de risco para a doença, onde há a recomendação de vacinação de 100% da po-pulação residente e todos os viajantes que se dirijam a qualquer município dessas áreas. Essas áreas foram ampliadas nos anos de 2001, 2003 e 2008, devido ao surgimento de casos humanos e de epizootias de FA.

    Os últimos casos humanos de FA registrados nesse estado ocorreram no ano de 1966, entretanto, no ano de 2001, foi isolado o vírus da FA em pri-

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    36

  • matas não-humanos e vetores na região das missões do estado, e no ano de 2003, somente em primatas, no município de Jaguari.

    Em 2008, foram registrados cinco casos de FA com local provável de infec-ção no estado. Destes, quatro eram autóctones, e um residente em Minas Gerais. Os municípios de local provável de infecção foram: Augusto Pesta-na, Bossoroca, Jóia, Pirapó e Santo Ângelo. Quatro casos evoluíram para óbito. No mesmo ano, foram registradas 266 epizootias, dos quais 37 (14%) foram confirmadas para FA.

    As recomendações nas áreas de risco para FA são as seguintes: vigilância de casos humanos, vigilância de epizootias em primatas, captura de vetores (mosquitos silvestres) nos locais com ocorrência de epizootias, inserção da vacina no Calendário Básico de Vacinação, vigilância de coberturas vaci-nais com manutenção de altas taxas (100% da população residente), vaci-nação de viajantes que se dirijam a áreas de risco, pelo menos 10 dias antes da viagem.

    Hantavirose

    Foram detectados, no período de 2004 a 2008, 35 casos novos de hantavi-rose no Rio Grande do Sul, com uma taxa de letalidade de 51,4%, represen-tando 4,6% dos casos registrados no país e 15,8% na Região Sul.

    Em 2008, foram confirmados 9 casos de hantavirose, com 4 óbitos, resul-tando em uma taxa de letalidade de 44,4%.

    Os casos de hantavirose ocorreram em seis municípios: Marau (n=2), Fa-roupilha (n=1), São Domingos do Sul (n=1), David Canabarro (n=1) Ita-puca (n=1) e São José do Ouro (n=1). Não foi determinado o município do local provável de infecção de dois casos.

    37

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 23 Local provável de infecção (LPI) dos casos de hantavirose, segundo município. Rio Grande do Sul, 2008*

    Casos por município de infecção:

    300 300 6000

    Fonte: Sinan/SVS/MS. (*) Dados sujeitos a alteração.

    Leptospirose

    No período de 2004 a 2008, foram registrados 1.952 casos confirmados de leptospirose, no Rio Grande do Sul, representando 35,1% dos casos da re-gião Sul. Ocorreram 139 óbitos, com taxa de letalidade de 7,1%, inferior àquela do país (10,6%).

    No ano de 2008, foram confirmados 374 casos, com 29 óbitos, resultando em uma taxa de letalidade de 7,7%. O coeficiente de incidência anual foi 3,4 casos por 100 mil habitantes, superior àquela do país (1,7 casos por 100 mil habitantes).

    A leptospirose ocorreu em 21,5% dos municípios do estado (107/496), com destaque para: Porto Alegre (n=50), Venâncio Aires (n=21), Santa Vitória do Palmar (n=20), Canoas (n=15) e Santa Cruz do Sul (n=14). Em relação à área de infecção, 157 casos (42%) ocorreram em área rural, 119 (31,8 %) em área urbana, 13 (3,5%) em área periurbana e em 85 (22,7%) esta infor-mação não está presente.

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    38

  • É importante fortalecer a integração entre as áreas de assistência, diagnós-tico laboratorial, vigilância epidemiológica e controle, para um melhor di-recionamento das ações de prevenção e controle da doença. Sugere-se a realização de análises rotineiras dos bancos de dados pelo estado e municí-pios, para uma melhor compreensão e acompanhamento da situação epide-miológica da doença em todo o estado e da qualidade de suas informações.

    Doenças de transmissão respiratória e imunopreveníveis

    Influenza

    Em 2008, o estado do Rio Grande do Sul trabalhou com três unidades sen-tinelas (US) na vigilância epidemiológica da influenza. Dessa forma, o de-sempenho do estado reflete os indicadores dessas US.

    Considerando os dados registrados no Sistema de Informação Sivep -GRI-PE, observou-se um bom desempenho do estado quanto a sua participação na rede, informando sistematicamente dados de atendimento por síndrome gripal em 92,9% das semanas epidemiológicas de 2008. O desempenho do estado em relação à coleta de amostras foi considerado bom, com 51,7% de amostras colhidas em relação ao preconizado para todo o ano.

    Rubéola

    No período de 2003 a 2008, foram notificados 12.350 casos suspeitos de rubéola no Rio Grande do Sul. Destes, 3.033 (25%) foram confirmados. Dos casos confirmados, 2.404 (79%) foram encerrados pelo critério labo-ratorial.

    Tabela 12 Número de casos confirmados de rubéola. Brasil, Região Sul, Rio Grande do Sul e Porto Alegre, 2003 a 2008

    localanos

    2003 2004 2005 2006 2007 2008*

    Brasil 736 476 365 1648 8.087 2.158

    Sul 31 32 48 25 2910 227

    Rio Grande do Sul 21 20 42 19 2754 195

    Porto Alegre - 1 - 1 1025 67

    Fonte: Sinan/SVS/MS* Dados sujeitos a revisão

    39

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Em 2008, foram confirmados 195 casos de rubéola e 6 de síndrome da rubéola congênita (SRC), nos municípios de Porto Alegre e Bagé. Foram identificados os seguintes vírus: 1J em 2005, proveniente da China, e 2B, a partir de 2007. É necessário intensificar e fortalecer as ações de vigilância epidemiológica, bem como realizar o monitoramento rápido de cobertura vacinal, com vistas à eliminação da rubéola e da SRC, até 2010.

    Meningite

    Entre 2003 e 2008, foram notificados 14.042 casos de meningite no Rio Grande do Sul, 11.267 deles (80%) confirmados, sendo 3.645 (32%) casos de meningite bacteriana, 5.375 (48%) meningite asséptica, 1.663 (15%) me-ningite não especificada e 584 (5%) meningite de outra etiologia. A inci-dência média de meningite, no período de 2003 a 2008, foi de 17,3 casos por 100 mil habitantes, com aumento de 13,3 casos por 100 mil habitantes, em 2003, para 15 casos por 100 mil habitantes, em 2008. A letalidade, no período, foi 8,5%.

    Figura 24 Número de casos confirmados de meningite, segundo etiologia. Rio Grande do Sul, 2003 a 2008

    0200400600800

    1.0001.2001.4001.6001.800

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Núm

    ero

    de c

    asos

    Meningite Bacteriana Meningite AssépticaMeningite Não Especificada Meningite Outra Etiologia

    Fonte: Sinan/SVS/MS

    A meta de encerramento dos casos de meningite bacteriana com técnicas laboratoriais que permitem a identificação do agente etiológico é atingida, no Rio Grande do Sul, desde 2005, primeiro ano da pactuação do Sistema de Vigilância das Meningites.

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    40

  • Paralisia Flácida Aguda – PFA

    Os indicadores que avaliam o desempenho operacional da qualidade da vi-gilância da PFA/poliomielite são: 1) taxa de notificação; 2) investigação em até 48 horas após a notificação do caso; 3) coleta de uma amostra de fezes até o 14º dia do início do déficit motor; e 4) notificação negativa/positiva semanal de casos de PFA. A meta mínima esperada é de 80% para esses indicadores, exceto a taxa de notificação, cuja meta é um caso por 100 mil habitantes menores de quinze anos residente.

    No período de 2003 a 2008, o estado apresentou resultados satisfatórios quanto à taxa de notificação de PFA, exceto em 2003 e 2007. Quanto à co-leta oportuna de fezes, a meta mínima não foi atingida em todo o período.

    Recomenda-se empenho da vigilância para atingir a meta pactuada para esses indicadores, principalmente, a coleta oportuna e adequada das amos-tras fezes, possibilitando a adoção oportuna de estratégias e medidas de controle.

    Ressalta-se que o Brasil mantém estreitos laços econômicos, turísticos e sociais com países que ainda têm circulação de poliovírus selvagem. Uma vigilância frágil põe em risco todo o esforço para manter a erradicação da poliomielite.

    41

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 25 Taxa de notificação de PFA* por 100 mil habitantes menores de 15 anos. Rio Grande do Sul, 2003 a 2008

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Taxa

    por

    100

    mil

    men

    ores

    de

    15 a

    nos

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul Meta

    * Paralisia Flácida Aguda Meta Mínima: 1 caso por 100 mil habitantes < 15 anos

    Figura 26 Proporção (%) de casos de PFA* com amostra de fezes coletadas até o 14º dia do início da deficiência motora. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 2003 a 2008

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    %

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul Meta

    * Paralisia Flácida Aguda Meta Mínima: 80%

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    42

  • Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS

    Sarampo

    De 2001 a 2008, no estado do Rio Grande do Sul, a meta estabelecida para os indicadores epidemiológicos do sarampo foi atingida, exceto para o per-centual de municípios com cobertura vacinal adequada, indicando acúmu-lo de suscetíveis no estado; envio oportuno de amostras, que sugere proble-mas de infraestrutura no encaminhamento das mesmas ao LACEN; resul-tado oportuno, que sugere problemas com a liberação dos resultados para a vigilância epidemiológica; e encerramento oportuno dos casos, indicando a falta de agilidade do encerramento dos mesmos no Sinan.

    Nesse período, foram notificados 939 casos suspeitos de sarampo, e ne-nhum confirmado. A campanha de vacinação contra rubéola, em 2008, com a dupla viral (sarampo e rubéola), para homens e mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, não atingiu a meta, o que pode comprometer o pro-cesso de consolidação da eliminação da transmissão do vírus do sarampo no estado.

    Figura 27 Desempenho dos indicadores de vigilância epidemiológica do sarampo. Rio Grande do Sul, 2006 a 2008*

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Homogeneidade

    Notificação negativa

    Investigação oportuna

    Investigação adequada

    Coleta oportuna

    Envio oportuno

    Resultado oportuno

    Classificação por laboratório

    Encerramento oportuno em 30 dias

    Encerramento oportuno em 60 dias

    2008*

    2007

    2006

    Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS* Dados sujeitos a revisão

    Hepatites Virais

    O indicador do Pacto pela Vida é o percentual de casos das hepatites B e C confirmados por sorologia, critério indispensável para a confirmação desses

    43

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • agravos. A identificação do agente etiológico, por meio do exame sorológi-co específico, possibilita a implantação de medidas de prevenção e controle adequadas. O Rio Grande do Sul apresentou, até 2006, percentuais abaixo da meta proposta (90%). A partir de 2007, a meta foi alcançada.

    Figura 28 Percentual de casos de Hepatite B e C confirmados por sorologia. Rio Grande do Sul, 2003 a 2008

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Ano

    %

    Resultado do Indicador Meta

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    Nos últimos seis anos, o estado do Rio Grande do Sul detectou um maior número de casos das hepatites virais A e B, no ano de 2005, e de hepatite C, no ano de 2006. Ressalta-se a necessidade de continuidade das ações que promovam o diagnóstico, assim como a notificação de casos.

    Figura 29 Coeficiente de incidência (por 100 mil habitantes) de casos de hepatite A notificados. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2003 a 2008

    0

    5

    10

    15

    20

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Ano

    Coe

    ficie

    nte

    por 1

    00 m

    il

    Rio Grande do Sul Região Sul BrasilFonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

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  • Figura 30 Coeficiente de detecção (por 100 mil habitantes) de casos de Hepatite B notificados. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2003 a 2008

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Ano

    Coe

    ficie

    nte

    por 1

    00 m

    il

    Rio Grande do Sul Região Sul Brasil

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    Figura 31 Coeficiente de detecção (por 100 mil habitantes) de casos de hepatite C notificados. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2003 a 2008

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Ano

    Coe

    ficie

    nte

    por 1

    00 m

    il

    Rio Grande do Sul Região Sul Brasil

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

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    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Aids, Gestante HIV+ e Sífilis Congênita

    Desde 1983, ano do primeiro caso de aids notificado no Rio Grande do Sul, até junho de 2008, foram notificados 38.290 casos no Sinan. Por meio de metodologia de relacionamento de bases de dados, com os sistemas SIM, SISCEL/SICLOM, foram identificados 8.009 casos não notificados no Si-nan, representando sub-registro de 17,3% e elevando o número total de casos para 46.299.

    Em 2006, a taxa de incidência de aids do estado foi de 35,9 casos por 100 mil habitantes, a da Região Sul, 28,3 e a do Brasil, 19,0. A maior taxa de in-cidência no estado, ao longo da série histórica, foi observada em 2003 (39,7 por 100 mil habitantes).

    Figura 32 Taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos aids*. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 1996 a 2006

    0,0

    10,0

    20,0

    30,0

    40,0

    50,0

    1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Ano de diagnóstico

    Taxa

    de

    inci

    dênc

    ia

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS* Notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM, SICLOM

    utilizado para validação dos dados do SISCEL. Sinan e SISCEL até 30/06/2008 e SIM de 2000 a 2007. Dados preliminares para os últimos 5 anos.

    Para o período de 1980 a 1995, consultar Boletins Epidemiológicos anteriores ou acessar www.aids.gov.br no menu Área técnica > Epidemiologia > Boletim epidemiológico.

    A razão de sexos, em 1986, era 84 homens para cada mulher e, atualmente, é 1,3 homem para cada mulher, seguindo a tendência nacional.

    De 1996 a junho de 2008, foram identificados 1.320 casos de aids em meno-res de cinco anos, no Rio Grande do Sul.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    46

  • Figura 33 Taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos de aids em menores de cinco anos de idade*. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 1996 a 2006

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Ano de diagnóstico

    Taxa

    de

    inci

    dênc

    ia

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS* Notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM, SICLOM

    utilizado para validação dos dados do SISCEL. Sinan e SISCEL até 30/06/2008 e SIM de 2000 a 2007. Dados preliminares para os últimos 5 anos.

    Para o período de 1980 a 1995, consultar Boletins Epidemiológicos anteriores ou acessar www.aids.gov.br no menu Área técnica > Epidemiologia > Boletim epidemiológico.

    Os cinco municípios do Rio Grande do Sul que apresentaram o maior nú-mero de casos de aids acumulados, até junho de 2008, são: Porto Alegre (n=18.878), Viamão (n=1.700), São Leopoldo (n=1.677), Canoas (n=1.633) e Alvorada (n=1.559). Dentre esses municípios, a maior incidência, em 2006, foi observada em Porto Alegre (97,1 por 100 mil habitantes).

    No Rio Grande do Sul, de 2000 a junho de 2008, foram notificados 7.974 casos de gestante HIV+, e 1.466 casos de aids por transmissão vertical.

    Quanto à mortalidade por aids, o estado acumulou, até 2007, um total de 18.052 óbitos. O coeficiente de mortalidade por aids no Rio Grande do Sul foi de 12,8 por 100 mil habitantes em 2007.

    47

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 34 Coeficiente de mortalidade bruto por aids (por 100 mil habitantes). Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 1996 a 2007*

    0,0

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    14,0

    1996

    1997

    1998

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    2004

    2005

    2006

    2007

    (1)

    Ano do óbito

    Coe

    ficie

    nte

    de m

    orta

    lidad

    e

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: MS/ SVS/ DASIS/ Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM* Dados preliminares

    No período de 1998 a junho de 2008, foram notificados 1.967 casos de sí-filis congênita no Rio Grande do Sul, com taxas de incidência de 1,3 e 1,5 casos por mil nascidos vivos, em 2005 e 2006, respectivamente. No período de 1996 a 2007, foram registrados 61 óbitos por sífilis congênita no estado, apresentando, no ano de 2007, coeficiente de mortalidade de 0,7 por 100 mil nascidos vivos.

    Tabela 13 Número absoluto de casos notificados de sífilis congênita em menores de um ano de idade*. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 1998 a 2008

    localderesidênciaanodediagnóstico

    total1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Brasil 2.840 3.198 4.131 3.958 3.943 5.218 5.203 5.833 5.901 5.301 1.004 46.530

    Sul 227 282 316 310 285 314 262 309 339 386 107 3.137

    Rio Grande do Sul 105 120 262 228 172 191 151 184 215 261 78 1.967

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS* Casos Notificados no Sinan até 30/06/2008. Dados preliminares

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    48

  • Figura 35 Taxa de incidência (por mil nascidos vivos) de casos notificados e investigados de sífilis congênita em menores de um ano de idade*. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 1998 a 2007

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Ano de diagnóstico

    Taxa

    de

    inci

    dênc

    ia

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS, Sinasc/MS/SVS/DASIS * Casos Notificados no Sinan até 30/06/2008, dados preliminares

    A partir de 2004, observa-se tendência crescente da taxa de incidência de casos notificados de sífilis congênita em menores de um ano, no Rio Gran-de do Sul. A taxa de incidência do estado apresenta-se, ao longo da série histórica, maior do que a taxa de incidência da Região Sul.

    Tuberculose e hanseníase

    Tuberculose

    O Rio Grande do Sul possui 22 municípios prioritários, com uma cobertura de 25% das Unidades de Saúde com o Programa de Controle da Tubercu-lose (PCT) implantado. Dessas, 14% vêm utilizando a estratégia de Trata-mento Supervisionado (TS/DOTS). A descentralização do tratamento na atenção básica é uma das metas para o controle da tuberculose, tendo em vista a proximidade maior do paciente com o serviço de saúde.

    Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2007, 4.610 casos novos de tuberculose foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). As incidências foram de 42 casos por 100 mil habitan-tes, para tuberculose em todas as formas, e de 24 por 100 mil, para casos bacilíferos, as mais elevadas da Região Sul.

    49

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 36 Taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de tuberculose em todas as formas. Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 2000 a 2007

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Anos

    Rio Grande no Sul Região Sul Brasil

    Inci

    dênc

    ia p

    or 1

    00 m

    il ha

    bita

    ntes

    Fonte: Sinan/SVS/MS

    Entre 1993 e 2007, a taxa incidência de tuberculose no estado apresentou variação negativa de 10,8%. No mesmo período, as taxas do estado foram superiores àquelas da Região Sul e semelhantes àquelas do Brasil.

    A coorte de tratamento, considerando os casos diagnosticados em 2007, em todo o estado, mostrou uma taxa de cura de 66%, inferior à meta de 85%. Entre os pacientes tratados, houve 9% de abandono, 3% de óbitos, 8% de transferências e 8% de encerramentos no Sinan.

    Hanseníase

    No período de 1990 a 2008, as taxas de detecção de hanseníase, no Rio Grande do Sul, apresentam estabilidade, mantendo-se inferiores àquelas do Brasil e da Região Sul.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    50

  • Figura 37 Taxa de detecção de hanseníase (por 100 mil habitantes). Rio Grande do Sul, Região Sul e Brasil, 1990 a 2008*

    0

    10

    20

    30

    40

    1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Anos

    Rio Grande do Sul Região Sul Brasil

    Taxa

    de

    dete

    cção

    por

    100

    mil

    habi

    tant

    es

    Fonte: Sinan/SVS/MS* Dados preliminares

    A redução de casos em menores de 15 anos é prioridade do Programa Na-cional de Controle da Hanseníase (PNCH), tendo em vista que a detecção de casos em crianças tem relação com doença recente e focos de transmis-são ativos. Em 2008, houve notificação de casos de hanseníase, nessa faixa etária, em dois municípios do estado.

    51

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 38 Taxas de detecção de hanseníase em menores de 15 anos, segundo município de residência, Rio Grande do Sul, 2008*

    Capital

    Hiperendêmico (>=10)Muito Alto (5,00 - 9,99)Alto (2,50 - 4,99)Médio (0,50 - 2,49)Baixo (

  • Tabela 14 Indicadores epidemiológicos e operacionais da Hanseníase. Rio Grande do Sul, 2001 a 2008*

    ano%decura

    nascoortes

    %deavaliaçãodeincapacidadesfísicas

    nodiagnóstico

    %degrau2deincapacidadefísica

    %deavaliaçãodeincapacidadesfísicas

    nacura

    %decontatosexaminados

    2001 86,4 99,0 8,3 18,2 53,5

    2002 78,0 93,0 13,8 22,3 37,7

    2003 70,1 94,4 8,1 28,2 64,5

    2004 80,0 96,5 6,9 53,3 83,3

    2005 92,1 99,2 16,1 67,5 88,3

    2006 95,0 97,4 9,7 56,5 72,6

    2007 83,5 93,1 16,5 54,2 64,9

    2008 73,8 92,2 15,8 73,8 60,6

    Fonte: Sinan/SVS/MS* Dados preliminares Nota: Interpretação dos indicadores

    %decuranascoortes

    %deavaliaçãodeincapacidadesfísicas

    %degrau2deincapacidadefísica

    %decontatosexaminados

    Bom: ≥ 90,0%Regular: 75,0 a 89,9%Precário: < 75,0%

    Bom: ≥ 90,0%Regular: 75,0 a 89,9%Precário: < 75,0%

    Alto: ≥ 10,0%Médio: 5,0 a 9,9%Baixo: < 5,0%

    Bom: ≥ 75,0%Regular: 50,0 a 74,9%Precário: < 50,0%

    Agravos externos

    Intoxicações por agrotóxico

    No período de 2000 a 2008, foram notificados 527 casos de intoxicação por agrotóxicos no Rio Grande do Sul

    53

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 39 Número de casos notificados acumulados de intoxicação por agrotóxicos, segundo município. Rio Grande do Sul, 2000 a 2008

    Capital

    012 - 45 - 10>= 11

    Fonte: Sinan/SVS/MS

    Acidentes por animais peçonhentos

    No período de 2004 a 2008, foram registrados 15.712 casos de acidentes por animais peçonhentos no estado, o que corresponde a 13,8% da ocorrência na Região Sul e 3,2% no país. A taxa letalidade média neste período, no es-tado, foi 0,1%. O araneísmo foi primeira causa de acidentes com incidência de 15,2 casos por 100 mil habitantes, seguido pelo ofidismo, com incidência de 8,5 casos por 100 mil habitantes.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    54

  • Figura 40 Número de casos e taxa de letalidade (%) por acidentes por animais peçonhentos. Rio Grande do Sul, 2004 a 2008*

    0

    500

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    3.000

    3.500

    4.000

    2004 2005 2006 2007 2008

    ano

    Cas

    os

    0,00%

    0,02%

    0,04%

    0,06%

    0,08%

    0,10%

    0,12%

    0,14%

    0,16%

    0,18%

    0,20%

    Leta

    lidad

    e (%

    )

    Casos Letalidade

    Fonte: Sinan/SVS/MS (*) Dados sujeitos a alteração

    Dentre os 3.673 casos registrados no Rio Grande do Sul, em 2008, 12% ocorreram em Bento Gonçalves, município com maior registro, seguido por Teutônia (5%), São Lourenço do Sul (5%), Caxias do Sul (4%) e Ivoti (3%).

    6.2 análisedamortalidade

    Mortalidade infantil

    Para atingir a Meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, propos-ta pela OMS, o Brasil deverá apresentar uma taxa de mortalidade infantil inferior a 15,7 óbitos por mil nascidos vivos em 2015. Isso equivale a uma redução de dois terços em relação à taxa de 1990.

    No período de 2000 a 2007, houve redução de 26,9% na taxa de morta-lidade infantil no Brasil, de 27,4 para 20,0 óbitos por mil nascidos vivos. Também foi observada redução na Região Sul (24,0%) e no Rio Grande do Sul (15,8%).

    A taxa de mortalidade infantil do Rio Grande do Sul é calculada através do método direto, pois a cobertura e a regularidade do SIM, e a cobertura do

    55

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Sinasc, atendem aos critérios da Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA).

    Em 2007, a taxa de mortalidade infantil, no Rio Grande do Sul foi 12,8 óbi-tos por mil nascidos vivos, entre as mais baixas do Brasil. No mesmo ano, as taxas de mortalidade infantil no país e na Região Sul foram, respectiva-mente, 20,0 e 12,9 óbitos por mil nascidos vivos.

    Figura 41 Taxa de Mortalidade Infantil. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 2000 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    Nas

    cido

    s V

    ivos

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: SIM e Sinasc/SVS/MS e IBGE

    Mortalidade neonatal

    A mortalidade neonatal refere-se aos óbitos ocorridos em crianças de 0 a 27 dias de idade. Em 2007, a mortalidade neonatal correspondeu a aproxi-madamente dois terços da mortalidade infantil no país, na Região Sul e no estado. Essa proporção elevada deve-se à ocorrência de causas de óbito de difícil prevenção e tratamento, como afecções originadas no período peri-natal, malformações congênitas e anomalias cromossômicas.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    56

  • Figura 42 Taxa de mortalidade neonatal. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 2000 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    nasc

    idos

    viv

    os

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: SIM e Sinasc/SVS/MS e IBGE

    Mortalidade pós-neonatal

    A mortalidade pós-neonatal refere-se aos óbitos ocorridos em crianças de 28 a 365 dias de idade. Em 2007, a mortalidade pós-neonatal representou aproximadamente um terço da mortalidade infantil no país, na Região e no estado.

    57

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • Figura 43 Taxa de mortalidade pós-neonatal. Brasil, Região Sul e Rio Grande do Sul, 2000 a 2007

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    Nas

    cido

    s V

    ivos

    Brasil Região Sul Rio Grande do Sul

    Fonte: SIM e Sinasc/SVS/MS e IBGE

    Mortalidade infantil indígena

    No período de 2000 a 2006, a taxa de mortalidade infantil indígena do Dis-trito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Interior Sul declinou de 128,8 para 32,6 óbitos por mil nascidos vivos, com queda de 74,6% e tendência de redução. No Dsei Litoral Sul, a taxa elevou-se de 57,9 para 63,3 o que repre-senta aumento de 9,4%, com tendência de certa estabilidade.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    58

  • Figura 44 Taxa de mortalidade infantil indígena. Brasil, Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Interior e Litoral Sul, 2000 a 2006

    0

    40

    80

    120

    160

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    nasc

    idos

    viv

    os in

    díge

    nas

    Dsei Interior Sul Brasil Dsei Litoral Sul

    Fonte: Siasi/Funasa/MS

    59

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação RIO GRANDE DO SUL

  • 7 apoiotéCniCoeCientíFiCoaoSeStadoS

    7.1 rededeFormaçãoderecursosHumanosemVigilânciaemSaúde

    A Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde é uma das estratégias adotadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Minis-tério da Saúde para a estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, no que concerne ao desenvolvimento de recursos humanos. Seu ob-jetivo é a formação de profissionais que atuam nos serviços de vigilância, prevenção e controle de doenças, nas três esferas de governo, sendo resul-tado de um amplo processo de pactuação com as instituições de ensino superior do país. O Rio Grande do Sul é representado na Rede por meio das Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Pelotas (UFPel).

    Tabela 15 Informações sobre os cursos oferecidos no Rio Grande do Sul, por meio da Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde,

    Cursoinstituição

    responsávelClientela

    númerodeprofissionaiscapacitados

    anodeencerramento

    Mestrado Profissional em Saúde Pública Baseada em Evidências

    UFPela Profissionais das secretarias estaduais e municipais de saúde das Regiões Sul e Sudeste

    23 Em andamento

    a Universidade Federal de Pelotas

    Os trabalhos de conclusão do curso, produtos da Rede de Formação, abor-dam temas da área de Vigilância em Saúde, que poderão subsidiar as ações dos serviços de saúde do SUS.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    60

    1Caracterização do Estado1.1Descrição do Estado1.2Estrutura da rede de atenção à saúdeAtenção básicaMédia e alta complexidade

    1.3Vigilância em saúde

    2Análise das prioridades da SVS2.1Consolidação da descentralização/gestão das ações de vigilância em saúdeFinanciamentoPlano de investimentoVIGISUS IIMonitoramento das ações de vigilância em saúde

    2.2Coberturas Vacinais

    3Fortalecimento da Promoção à Saúde 3.1Fatores de riscoPrevalência de atividade física suficiente no tempo livre entre adultosPrevalência de tabagismo entre adultos

    3.2Doenças Crônicas Não TransmissíveisRazão de exames citopatológicos cérvico-vaginais nafaixa etária 25 a 59 anosTaxa de internação por acidente vascular cerebral

    3.3Violências e AcidentesTaxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura do fêmur

    3.4Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde3.5Rede de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (Rede VIVA)

    4Aprimoramento dos processos de análise e monitoramento da situação de saúde4.1Indicadores de qualidade dos dadosSistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA)Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade do Solo (Sissolo)

    5Aprimoramento da capacidade de resposta às emergências em saúde pública5.1Monitoramento e investigação de emergências em saúde pública

    6Redução da morbimortalidade6.1Análise das morbidadesDoenças transmitidas por vetores e antropozoonosesDoenças de transmissão respiratória e imunopreveníveisHepatites Virais Aids, Gestante HIV+ e Sífilis Congênita Tuberculose e hanseníaseAgravos externos

    6.2Análise da mortalidadeMortalidade infantilMortalidade neonatalMortalidade pós-neonatalMortalidade infantil indígena

    7Apoio técnico e científico aos estados7.1Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde