relatório de situação · 2020. 3. 19. · * projeção intercensitária para 2008 realizada pelo...

60
Mato Grosso do Sul MINSTÉRIO DA SAÚDE Brasília – DF 2009 Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação

Upload: others

Post on 14-Feb-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Mato Grosso do Sul

    MINSTÉRIO DA SAÚDE

    Brasília – DF 2009

    Sistema Nacional de Vigilância em SaúdeRelatório de Situação

  • Sumário

    1 CaraCterizaçãodoeStado 5

    1.1 Descrição do Estado 5

    1.2 Estrutura da rede de atenção à saúde 7Atenção básica 7Média e alta complexidade 9

    1.3 Vigilância em saúde 10

    2 análiSedaSprioridadeSdaSVS 11

    2.1 Consolidação da descentralização/gestão das ações de vigilância em saúde 11Financiamento 11Plano de investimento 12VIGISUS II 13Monitoramento das ações de vigilância em saúde 14

    2.2 Coberturas Vacinais 15

    3 FortaleCimentodapromoçãoàSaúde 19

    3.1 Fatores de risco 19Prevalência de atividade física suficiente no tempo livre entre adultos 19Prevalência de tabagismo entre adultos 19

    3.2 Doenças Crônicas Não Transmissíveis 20Razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais na faixa etária 25 a 59 anos 20Taxa de internação por acidente vascular cerebral 21

    3.3 Violências e Acidentes 22Taxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura do fêmur 22Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde 23Rede de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (Rede VIVA) 24

  • 4 aprimoramentodoSproCeSSoSdeanáliSeemonitoramentodaSituaçãodeSaúde 25

    4.1 Indicadores de qualidade dos dados 25Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 25Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) 27Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) 28Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA) 29Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade do Solo (Sissolo) 30

    5 aprimoramentodaCapaCidadedereSpoStaàSemergênCiaSemSaúdepúbliCa 32

    5.1 Monitoramento e investigação de emergências em saúde pública 32

    6 reduçãodamorbimortalidade 33

    6.1 Análise das morbidades 33Doenças transmitidas por vetores e antropozoonoses 33Doenças de transmissão respiratória e imunopreveníveis 38Hepatites Virais 43Aids, Gestante Hiv+ E Sífilis Congênita 46Tuberculose e hanseníase 50Agravos externos 53

    6.2 Análise da mortalidade 55Mortalidade infantil 55Mortalidade neonatal 56Mortalidade pós-neonatal 57Mortalidade infantil indígena 58

    7 apoiotéCniCoeCientíFiCoaoSeStadoS 60

    7.1 Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde 60

  • 1 CaraCterizaçãodoeStado

    1.1 descriçãodoestado

    Figura 1 Municípios conforme densidade demográfica, países e estados de fronteira, capital e faixa de fronteira. Mato Grosso do Sul, Brasil

    Quilômetros

    Densidade demográfica0,09 - 1,001,01 - 10,0010,01 - 25,0025,01 - 50,0050,01 - 100,00100,01 - 13457,16

    Campo Grande

    0 20050 100

    5

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 2 Cobertura de solo e terras indígenas. Mato Grosso do Sul, Brasil

    0 100 200 30050

    Quilômetros

    Rios

    Atividades Agrícolas

    Cerrado

    Contatos entre Tipos de Vegetação

    Floresta Amazônica

    Floresta de Transição

    Mata Caducifólia

    Terras indígenas

    Pantanal

    Centrais geradores hidrelétricas

    Fronteira

    Campo Grande

    #

    #

    #

    #

    #

    ##

    #

    #

    #

    #

    ##

    #

    #

    ##

    #

    #

    #

    #

    #

    #

    #

    ##

    #

    #

    #

    #

    #

    #

    #

    # #

    #

    ##

    #

    #

    ##

    #

    #

    ##

    #

    #

    #

    ##

    ##

    #

    #

    #

    #

    #

    #

    ##

    #

    # #

    #

    #

    #

    #

    #

    ##

    Capital Campo Grande

    Número de municípios 78

    Território 357.125 km²

    População residente 2.336.058 habitantes, 1.171.327 mulheres e 1.164.731 homens*

    Densidade populacional 6,54 habitantes/km2*

    Fluxos migratórios 29,2% da população residente são habitantes não-naturais do estado**

    População indígena 63.551 habitantes***

    Assentamentos de trabalhadores rurais 2.399****

    Fonte:* Projeção intercensitária para 2008 realizada pelo IBGE e disponibilizada pelo DATASUS** IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, 2007*** Siasi/Funasa, 2007**** INCRA, 2008

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    6

  • 1.2 estruturadarededeatençãoàsaúde

    Atenção básica

    Figura 3 Cobertura (%) de Equipes de Saúde da Família, segundo município. Mato Grosso do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 25> 25 - 50> 50 - 75> 75 - 100

    Fonte: MS/SAS/DAB

    7

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 4 Cobertura (%) de Equipes de Saúde Bucal, segundo município. Mato Grosso do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 25> 25 - 50> 50 - 75> 75 - 100

    Fonte: MS/SAS/DAB

    Cobertura populacional da Estratégia de Saúde da Família

    56,2%, implantada em 76 (97%) municípios*

    Centros de saúde/Unidades básicas de saúde 521**

    Salas de vacinação 531, sendo 391 (73,63%) cadastradas como estabelecimentos públicos municipais ***

    Fonte:* DAB, 2008** Somando-se centros de saúde/unidades básicas de saúde, posto de saúde, unidades mistas de

    atendimento 24 horas/atenção básica e unidades fluviais, quando aplicável, CNES, 2008*** PNI, 2008

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    8

  • Média e alta complexidade

    Figura 5 Proporção de leitos hospitalares (por mil habitantes), segundo município. Mato Grosso do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 1> 1 - 2> 2

    Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES, 2008

    Figura 6 Proporção de leitos pediátricos (por mil crianças), segundo município. Mato Grosso do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 1> 1 - 2> 2

    Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES, 2008

    9

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 7 Proporção de leitos obstétricos (por mil mulheres), segundo município. Mato Grosso do Sul, 2008

    Capital

    0> 0 - 1> 1 - 2> 2

    Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES, 2008

    1.3 Vigilânciaemsaúde

    Tabela 1 Quantidade de estruturas de vigilância em Saúde e sua localização. Mato Grosso do Sul, 2008

    estrutura unidades(n) localização

    Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)

    3 Campo Grande, Corumbá, Dourados

    Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) 17 Anastácio, Bodoquena, Bonito, Campo Grande, Caracol, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corumbá, Costa Rica, Dourados, Ladário, Miranda, Nova Andradina, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Rio Pardo, Três Lagoas

    Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE)

    3 Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian e Associação Beneficente de Campo Grande - Santa Casa

    Laboratório de Fronteira 1 Ponta Porã

    Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS)

    - -

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    10

  • 2 análiSedaSprioridadeSdaSVS

    2.1 Consolidaçãodadescentralização/gestãodasaçõesdevigilânciaemsaúde

    Financiamento

    Bloco de Vigilância em Saúde – Componente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental

    O Bloco de Vigilância em Saúde destina-se ao financiamento das ações nes-sa área. Os recursos são repassados, em parcelas mensais, diretamente do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde dos estados e municípios certificados para a gestão dessas ações.

    11

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Tabela 2 Recursos destinados ao Componente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, conforme fonte de financiamento e instituição. Mato Grosso do Sul, 2008

    Fontedefinanciamento instituição recurso(r$)

    Teto Financeiro de Vigilância em Saúde - TFVS SES 1.952.011,32

    Municípios 8.673.237,21

    Contratação adicional de agentes de saúde para o combate ao Aedes aegypti*

    SES 326.838,84

    Campo Grande 330.000,00

    Campanha de Vacinação contra Raiva Animal SES 136.933,11

    78 Municípios 166.541,51

    Campanha de Vacinação contra Influenza SES 11.535,00

    78 Municípios 61.076,00

    Campanha de Vacinação contra Poliomielite SES 27.663,50

    78 Municípios 116.197,00

    Campanha de Vacinação contra a Rubéola SES 80.558,92

    78 Municípios 402.025,52

    Subsistema de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar 3 Hospitais** 114.000,00

    Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito

    Campo Grande 250.000,00

    Política de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos

    SES 52.643,67

    7 municípios 368.505,69

    Registro de Câncer de Base Populacional SES 36.000,00

    Fortalecimento das ações dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública - FINLACEN

    SES 2.449.683,00

    Incentivos no Âmbito do PN-HIV/Aids e outras DST*** SES 1.114.449,38

    Municípios 1.375.998,61

    SES Secretaria Estadual de Saúde* Portaria MS 1.349/2002** 1 Hospital Estadual (R$ 36.000,00), 1 Hospital Federal (R$ 60.000,00), 1 Hospital Municipal (R$18.000,00)*** Programa Nacional de DST e Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis

    Plano de investimento Destina-se ao reforço das estruturas das secretarias estaduais e muni-

    cipais de saúde para a coordenação e a execução de ações de vigilância em saúde.

    O critério de distribuição dos quantitativos nos estados é resultado de pactuação nas Comissões Intergestores Bipartite.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    12

  • No ano de 2008, foram repassados para o Mato Grosso do Sul veículos e equipamentos que totalizaram cerca de R$ 315.490,00, referentes a: 1 balança semi-analítica; 1 medidor de cor microprocessado; 19 micros-cópios bacteriológicos; 4 nebulizadores costais motorizados; 30 pulveri-zadores com compressão prévia; 1 turbidímetro digital microprocessa-do e 3 veículos tipo utilitário. A entrega ocorreu em 2009.

    VIGISUS II

    O objetivo do projeto é fortalecer o Sistema de Vigilância em Saúde para reduzir a mortalidade e a morbidade de doenças transmissíveis e não trans-missíveis, bem como a exposição a fatores de risco associados com a saúde.

    O Projeto VIGISUS é resultado de um acordo de empréstimo entre o gover-no brasileiro e o Banco Mundial, sendo beneficiadas as 27 Unidades Fede-radas, 25 capitais e 144 municípios. Além disso, foram contemplados mais 211 municípios com recursos do Tesouro.

    Tabela 3 Valores (em reais) aprovados para o Plano de Vigilância em Saúde (PLANVIGI) e transferidos para a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS) dos municípios elegíveis, segundo fonte de financiamento. Mato Grosso do Sul, 2008

    instituição FonteVigiSuSFontetFVS*

    totalrepassado

    totalexecução(pagamentos)

    %execução

    SES/MS 2.108.744,90 - 2.108.744,90 1.312.209,50 62,2

    SMS - Dourados 285.902,10 - 285.902,10 238.620,39 83,5

    SMS - Campo Grande

    666.017,10 - 666.017,10 730.606,88 109,7

    Total Geral 3.060.664,10 - 3.060.664,10 2.281.436,77 74,5

    * TFVS = Teto Financeiro de Vigilância em Saúde

    13

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Monitoramento das ações de vigilância em saúde

    ações

    mat

    og

    ross

    odo

    Sul

    Cam

    po

    gra

    nde

    dou

    rado

    s

    notificaçãoNotificação de casos de Paralisia Flácida Aguda - PFAinvestigaçãoProporção de doenças exantemáticas investigadas adequadamenteColeta oportuna de uma amostra de fezes para cada caso de Paralisia Flácida Aguda-PFA Encerramento oportuno da investigação epidemiológica das Doenças de Notificação CompulsóriaInvestigação epidemiológica oportuna para raiva humanadiagnósticolaboratorialDiagnóstico laboratorial de doenças exantemáticas (sarampo e rubéola)Encerramento de casos de meningite bacteriana por critério laboratorialRealização de testagem para sífilis (VDRL) nas gestantesImplantação de aconselhamento e testagem sorológica para hepatites virais B e C nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA)Proporção de amostras clínicas para diagnóstico do vírus influenza em relação ao preconizadoRealizar supervisão nos laboratórios públicos identificados pelo LACEN e que realizam diagnóstico de doenças de notificação compulsória e agravos de interesse sanitárioVigilânciaambientalElaboração de dois relatórios anuais contendo informações sobre as ações desenvolvidas pelo VIGIAGUA em municípios com população igual ou acima de 100.000 habitantesVigilânciaeControledeVetoresIdentificação e eliminação de focos e/ou criadouros de AedesRealização da vigilância entomológica de acordo com o preconizado no PNCD nos municípios não infestados. ControlededoençasTaxa de cura de casos novos de tuberculose bacilíferosTaxa de cura de casos de hanseníaseRedução da Incidência Parasitária Anual por Malária (IPA) nos estados da Amazônia LegalProporção de municípios prioritários para combate à dengue com plano de contingência de atenção aos pacientes com dengue elaboradoElaboração do Plano de Contingência de Atenção aos Pacientes com DengueimunizaçõesCobertura vacinal adequada - Hepatite B (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada - Poliomielite (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada - Tetravalente (< 1 ano)Cobertura vacinal adequada -Tríplice viral (1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para hepatite B (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para poliomielite (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para tetravalente (< 1 ano)Proporção de municípios com cobertura vacinal adequada para tríplice viral (1 ano)monitorizaçãodeagravosrelevantesInvestigação de óbitos maternos (capitais e municípios com mais de 100.000 habitantes)Investigação de óbitos maternos (municípios com 100.000 habitantes ou menos)divulgaçãodeinformaçõesepidemiológicasElaboração de informes epidemiológicosSistemasdeinformaçãoRealização de coleta de declaração de óbito - DOProporção de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidasSupervisãodappi-VSSupervisão da PPI-VS nos municípios certificados (municípios > 100.000 hab)Supervisão da PPI-VS nos municípios certificados (municípios < 100.000 hab)percentualdemetascumpridas 37,0% 77,8% 66,7%

    cumprida não cumprida não avaliável não se aplica

    Notas: Dados referentes ao ano de 2007 LACEN = Laboratório Central VIGIAGUA = Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano PNCD = Programa Nacional de Controle da Dengue PPI-VS = Programação Pactuada Integrada de Vigilância em Saúde

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    14

  • 2.2 CoberturasVacinais

    Para a vacina DTP (contra difteria, tétano, coqueluche) + Hib (contra me-ningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b), no período de 2000 a 2008, o estado superou a meta de 95% de cobertura e manteve-se com coberturas vacinais (CV) muito próximas, porém, su-periores às médias verificadas para a região e o país, exceto em 2004. Em relação à homogeneidade, o estado mostrou um bom desempenho a partir de 2005, com proporções superiores a 70% dos municípios com CV iguais ou superiores a 95%.

    Figura 8 Cobertura vacinal (%) com a tetravalente* na população menor de um ano de idade. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2000 a 2008

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Mato Grosso do Sul Região Centro-Oeste

    Anos

    Brasil Meta

    Fonte: SIAPI/SVS/MS

    * CV até 2001 refere-se à DPT - tríplice bacteriana; somam doses DPT e Hib em 2002 e DTP+Hib a partir de 2003

    As coberturas da vacina contra poliomielite em menores de cinco anos na primeira e segunda etapas, nos dias nacionais de vacinação, apontam um comportamento irregular no período de 2000 a 2008, mais acentuado na primeira etapa. Em 1995 e 1996, as CV ficaram abaixo da meta (95%), em ambas as etapas.

    15

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 9 Cobertura vacinal (%) contra poliomielite, na primeira e segunda etapas dos dias nacionais de vacinação, na população menor de cinco anos de idade. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2000 a 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    020406080

    100120140

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Etapa 1

    Etapa 2

    Anos

    Anos

    020406080

    100120140

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Região Centro-Oeste Brasil MetaMato Grosso Sul

    Fonte: API/CGPNI/DEVEP/SVS/MS

    No período de 2003 a 2008, as coberturas da vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) superaram a meta (95%) no estado, na ma-crorregião e no país. Para Mato Grosso do Sul, em relação à homogenei-dade, observou-se irregularidade no período com variação de 88,3% (68 municípios) em 2003 a 58,9% (46 municípios) em 2008, com CV iguais ou superiores a 95%.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    16

  • Figura 10 Cobertura vacinal (%) com a tríplice viral, na população com um ano de idade. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2003 a 2008

    -

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Mato Grosso do Sul Região Centro-OesteAnos

    Brasil Meta

    Fonte: SIAPI/SVS/MS

    Figura 11 Cobertura vacinal (%) acumulada contra a hepatite B, segundo grupo etário e total, na população de um a 19 anos de idade. Mato Grosso do Sul e Brasil, 1994 a 2009*

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    1 a 4 5 a 10 11 a 14 15 a 19 Total 1 a 19

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Mato Grosso do Sul

    Faixa etária (anos)

    Brasil

    Fonte: SIAPI/SVS/MS * Até março de 2009

    A cobertura acumulada da vacina contra hepatite B, para o grupo etário de 1 a 19 anos, atingiu 81,4% no estado, próxima à média nacional (80,9%). Nos grupos etários de 1 a 4 e de 5 a 10 anos, as CV acumuladas foram superiores à média nacional. No grupo de maior risco epidemiológico (15 a 19 anos), a CV em Mato Grosso do Sul (55,3%) foi próxima à média do país (57,5%).

    17

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Tabela 4 Cobertura vacinal (%) na campanha nacional de vacinação contra rubéola*, na população de 20 a 39 anos, segundo sexo e na população total desta faixa etária. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2008

    localCobertura(%)

    Homens mulheres populaçãototal

    Mato Grosso do Sul 95,20 100,34 97,78

    Centro-Oeste 94,47 98,12 96,32

    Brasil 93,96 99,50 96,75

    Fonte: SIAPI/CGPNI/DEVEP/SVS/MS, em 5/5/2009* Campanha nacional realizada no período de 9 de agosto a 31 de dezembro de 2008

    As coberturas vacinais na campanha de vacinação contra rubéola para adultos jovens, de 20 a 39 anos, em Mato Grosso do Sul, foram superiores àquelas do país e da região Centro-Oeste.

    Figura 12 Cobertura vacinal (%) na campanha de vacinação contra influenza, na população de 60 anos e mais. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2000 a 2008

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Cob

    ertu

    ra (%

    )

    Mato Grosso do Sul Região Centro-Oeste

    Anos

    Brasil Meta

    Fonte: SIAPI/SVS/MS

    A meta estabelecida de CV (70%) para a vacinação contra influenza entre idosos foi superada no estado, na região Centro Oeste e no país, a par-tir de 2002. Ressalta-se que, em função da mudança de meta para 80% da população-alvo em 2008 e da correção da população estimada pelo IBGE a partir de 2006, os dados não são perfeitamente comparáveis. Em 2008, as CV mantiveram-se acima de 70%, porém, abaixo da nova meta de 80%. No estado, o número de doses aplicadas foi ascendente em todo o período, elevando-se de 97.840 doses em 2000 para 158.160 doses em 2008.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    18

  • 3 FortaleCimentodapromoçãoàSaúde

    3.1 Fatoresderisco

    Prevalência de atividade física suficiente no tempo livre entre adultos

    No Brasil, a frequência de adultos que praticam atividade física suficiente no tempo livre (considera-se a prática de atividades de intensidade leve ou moderada por pelo menos 30 minutos diários em 5 ou mais dias da semana ou atividades de intensidade vigorosa por pelo menos 20 minutos diários em 3 ou mais dias da semana) foi 15,0%, em 2008. Em Campo Grande, a frequência de adultos ativos no tempo livre foi 18,1%, atingindo 18,4% en-tre homens e 17,8% entre mulheres.

    Tabela 5 Prevalência de atividade física suficiente no tempo livre e respectivo intervalo de confiança de 95%, segundo sexo, Campo Grande e total das capitais brasileiras, VIGITEL 2006, 2007 e 2008

    loCal 2006 2007 2008

    Campo Grande 16,4 (14,8-18,0) 16,7 (14,1-19,2) 18,1 (15,4-20,7)

    Masculino 15,4 (12,9-17,9) 19,9 (15,3-24,4) 18,4 (14,3-22,4)

    Feminino 17,2 (15,1-19,3) 13,7 (11,3-16,2) 17,8 (14,3-21,3)

    Total capitais brasileiras 14,9 (14,6-15,2) 15,5 (14,8-16,3) 15,0 (14,3-15,7)

    Masculino 18,3 (17,8-18,8) 19,3 (17,9-20,6) 18,5 (17,3-19,7)

    Feminino 11,9 (11,6-12,3) 12,3 (11,6-13,0) 12,0 (11,3-12,7)

    Fonte: VIGITEL

    Prevalência de tabagismo entre adultos

    O tabagismo aumenta o risco de morbimortalidade por doenças coronaria-nas, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer. Considera-se fumante todo indivíduo que fuma independente-mente da frequência e intensidade do hábito de fumar. No Brasil, a preva-lência, em 2008, foi 16,1%. Em Campo Grande, a frequência do hábito de fumar foi 18,8%, sem diferença entre os sexos.

    19

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Tabela 6 Prevalência de tabagismo e respectivo intervalo de confiança de 95%, segundo sexo, Campo Grande e total das capitais brasileiras. VIGITEL 2006, 2007 e 2008

    loCal 2006 2007 2008

    Campo Grande 15,0 (13,4-16,5) 16,4 (13,4-19,4) 18,8 (15,6-21,9)

    Masculino 20,5 (17,7-23,4) 22,0 (17,1-26,9) 23,2 (18,2-28,2)

    Feminino 9,9 (8,3-11,6) 11,3 (7,7-14,9) 14,8 (10,9-18,6)

    Total capitais brasileiras 16,2 (15,9-16,5) 16,4 (15,5-17,3) 16,1 (15,0-17,3)

    Masculino 20,3 (19,7-20,8) 20,9 (19,4-22,3) 20,5 (18,3-22,7)

    Feminino 12,8 (12,4-13,1) 12,6 (11,6-13,6) 12,4 (11,5-13,3)

    Fonte: VIGITEL

    3.2 doençasCrônicasnãotransmissíveis

    Razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais na faixa etária 25 a 59 anos

    A razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos avalia a cobertura de exames preventivos do câncer de colo uterino nessa população. Espera-se que esta razão seja de no mínimo 0,30 exame/mulher a cada ano. Mato Grosso do Sul alcançou esta meta somente no ano de 2002. A Região Centro-Oeste e o Brasil não atingiram essa meta no período de 2002 a 2008.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    20

  • Figura 13 Razão de exames citopatológicos cérvico-vaginais em mulheres de 25 a 59 anos. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2002 a 2008

    0,00

    0,05

    0,10

    0,15

    0,20

    0,25

    0,30

    0,35

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Raz

    ão

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: INCA/MS

    Taxa de internação por acidente vascular cerebral

    A taxa de internação por acidente vascular cerebral (AVC) é uma forma indireta da avaliação da disponibilidade de ações básicas de prevenção e controle da doença hipertensiva e também é útil para subsidiar o plane-jamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a atenção à saúde do adulto. No período de 2002 a 2007, a taxa foi decrescente no Mato Grosso do Sul. O Brasil apresentou tendência de estabilidade entre os anos de 2002 a 2006, com declínio em 2007.

    21

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 14 Taxa de internação por acidente vascular cerebral (por 10 mil habitantes), na população de 40 anos e mais. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2002 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    2002 2003 2004 2005 2006 2007Anos

    Taxa

    por

    10

    mil

    habi

    tant

    es

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: SIH/MS

    3.3 Violênciaseacidentes

    Taxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura do fêmur

    A fratura de fêmur é causa comum e importante de perda funcional, apre-sentando um crescimento de sua incidência com o avançar da idade, prin-cipalmente devido ao aumento do número de quedas e da prevalência de osteoporose entre idosos. Elas estão associadas a um maior número de mortes e incapacidades. A avaliação e o monitoramento desse indicador são importantes, considerando as consequências psicossociais e econômi-cas para população e sistemas de saúde. No período de 2002 a 2007, obser-va-se no Mato Grosso do Sul uma tendência de queda da taxa, enquanto no Brasil verifica-se estabilidade.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    22

  • Figura 15 Taxa de internação (por 10 mil habitantes) por fratura do fêmur na população de 60 anos e mais. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2002 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    10

    mil

    habi

    tant

    es

    Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Brasil

    Fonte: SIH/MS

    Rede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde

    A Portaria GM/MS nº 936/2004 dispõe sobre a estruturação da Rede Na-cional de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde e a implantação de Núcleos de Prevenção das Violências e Promoção da Saúde (NPVPS). Os Núcleos participantes dessa Rede coordenam, articulam, executam e potencializam, no nível local, as ações de enfrentamento de violências e de promoção da saúde e cultura de paz.

    Tabela 7 Municípios prioritários no Pacto pela Vida para implantação de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde (NPVPS). Mato Grosso do Sul, 2008

    municípiosprioritáriosparaimplantaçãodenpVpS

    Com NPVPS implantados Sem NPVPS implantados

    Campo Grande Corumbá

    -

    Meta pactuada: 100% (2 municípios)

    Resultado alcançado em relação ao número de municípios prioritários:100% (2 municípios)

    * NPVPS financiados pelo Ministério da Saúde (Editais, Convênios e Portarias) de acordo com a Portaria GM/MS nº 936/2004

    Fonte: SISPACTO/MS

    23

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Destaca-se que, além dos municípios prioritários, o estado de Mato Grosso do Sul já tem NPVPS implantados pelos municípios de Cassilândia, Dou-rados e Ladário.

    Rede de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (Rede VIVA)

    A fim de dimensionar e monitorar os acidentes e violências, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, implantou a Rede VIVA, a partir de 2006. Por meio da Rede VIVA, pretende-se conhecer as características, distribuição, magnitude das violências e acidentes, buscan-do subsidiar o planejamento e a implementação de ações de prevenção e promoção da saúde e cultura de paz. Essas ações devem estar articuladas com a “Rede de Atenção e de Proteção às Vítimas de Violências”.

    Tabela 8 Municípios prioritários no Pacto pela Vida para implantação de notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências. Mato Grosso do Sul, 2008

    municípiosprioritáriosparaimplantaçãodenotificaçãodeviolências

    Com notificação implantada Sem notificação implantada

    Campo Grande Corumbá

    Meta pactuada: 100% (2 municípios)

    Resultado alcançado em relação ao número de municípios prioritários: 50% (1 município)

    Fonte: SISPACTO, VIVA 2006/2007 e Sinan NET/SVS/MS, 2009

    Destaca-se que, além dos municípios prioritários, o estado de Mato Grosso do Sul já tem a notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras vio-lências implantada pelos municípios de Anaurilândia, Antônio João, Na-viraí, Nioaque e Taquarussu, que iniciaram a notificação desses agravos, a partir de 2009, no sistema Sinan Net.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    24

  • 4 aprimoramentodoSproCeSSoSdeanáliSeemonitoramentodaSituaçãodeSaúde

    4.1 indicadoresdequalidadedosdados

    Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)

    Tabela 9 Proporção (%) de casos de doenças de notificação compulsória encerrados oportunamente (a), segundo agravo selecionado e ano de notificação. Mato Grosso do Sul, 2003 a 2008

    agravo 2003 2004 2005 2006 2007 2008(b)

    Doença de Chagas Aguda 86,2 30,8 40,0 20,0 4,8 56,3

    Cólera 100,0 nna nna nna nna nna

    Coqueluche 80,0 94,9 61,8 63,6 82,6 78,4

    Febre Hemorrágica de Dengue (c) nna nna nna nna 72,3 85,7

    Difteria 80,0 nna nna 100,0 - 100,0

    Febre Amarela 75,0 100,0 100,0 100,0 14,3 66,7

    Febre Maculosa (c) nna nna nna nna 66,7 50,0

    Febre Tifóide nna nna nna nna - nna

    Hantavirose 100,0 50,0 100,0 100,0 nna nna

    Hepatites virais 85,8 88,3 85,2 87,4 68,6 77,8

    Leptospirose 64,7 92,9 54,8 59,1 50,0 64,7

    Leishmaniose Tegumentar 80,6 72,4 73,4 53,6 62,4 69,2

    Leishmaniose Visceral 92,0 88,5 92,3 87,7 6,7 80,2

    Malária 85,2 88,0 88,9 84,9 (d) (d)

    Meningite 89,1 92,3 83,8 93,1 82,2 85,0

    Paralisia Flácida Aguda 33,3 30,0 37,5 16,7 nna -

    Raiva 100,0 33,3 53,3 - nna -

    Rubéola 69,0 61,6 64,0 65,0 71,0 90,8

    Sarampo 78,4 62,1 64,2 56,3 71,4 85,7

    Síndrome da Rubéola Congênita 66,7 nna - - 50,0 100,0

    Tétano Acidental 55,6 71,4 58,6 58,3 33,3 80,0

    Total 84,6 83,9 81,5 81,5 68,8 79,7

    Fonte: Sinan/SVS/MS Nota: Os resultados foram obtidos com dados da base do ano seguinte ao avaliado(a) Método de cálculo do indicador: (nº de notificações com investigação encerrada dentro do prazo considerado

    oportuno para cada agravo / nº de notificações na unidade federada de residência e ano de notificação) x 100(b) Dados de 2008 sujeitos a revisão(c) Agravo incluído no cálculo do indicador a partir de 2007(d) Não calculado devido à ausência do campo Data de encerramento na ficha a partir de 2007nna Nenhuma notificação no ano- Houve notificação no ano, porém nenhuma encerrada oportunamente

    A análise da proporção de casos de doenças de notificação compulsória encerrados oportunamente evidencia o bom desempenho do Estado, no

    25

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • período de 2003 a 2006, especialmente para as notificações de difteria, he-patites virais, febre amarela, leishmaniose visceral, malária e meningite. Em 2007, houve queda da oportunidade no estado, com 68,8% dos casos Noti-ficados no Sinan NET encerrados oportunamente, ficando abaixo da meta estadual de 2007 (80%), mas acima da meta mínima estabelecida para esse indicador (60%). Os dados de 2008, ainda que sujeitos a revisão, já eviden-ciam recuperação no resultado desse indicador, com 79,7% das notifica-ções encerradas oportunamente. Para a maior parte dos agravos analisados nesse ano, os resultados foram próximos ou superaram 80%. Apenas dois agravos apresentaram resultados abaixo de 60%. Entre os agravos selecio-nados, somente coqueluche e meningite alcançaram a meta pactuada em 2007 (80%).

    Os dados de 2006, registrados no Sinan Windows, deixaram de ser atuali-zados no MS após abril de 2008. Portanto, as atualizações tardias realizadas nas bases municipais após essa data não foram consideradas no cálculo da proporção de encerramento oportuno de 2007, que inclui notificações de hepatites, leishmaniose tegumentar americana (LTA) e síndrome da rubéo-la congênita (SRC) notificados no segundo semestre de 2006.

    Figura 16 Proporção de notificações encerradas oportunamente, segundo município de residência. Mato Grosso do Sul, 2008

    Capital

    < 80%> =80%Sem casos residentesregistrados no Sinan

    Fonte: Sinan/SVS/MS (atualizada em 27 /04/2008) Dados sujeitos à revisão

    Dentre os municípios com casos residentes, a metade apresentou propor-ções de notificações encerradas oportunamente acima de 78,2% e, entre es-ses, 36 atingiram ou superaram a meta estadual de 80%, pactuada em 2008.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    26

  • Cabe ressaltar que 17 dos municípios com casos residentes apresentaram resultados abaixo de 60%.

    O erro na rotina do fluxo de retorno do Sinan NET, que impossibilitou o encerramento de casos notificados fora do município de residência, pode ter contribuído para a redução dos resultados desse indicador, a partir de 2007, principalmente para os agravos e municípios com pequeno número anual de notificações.

    Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)

    No período de 2000 a 2007, a cobertura do SIM em Mato Grosso do Sul ele-vou-se de 93,5% para 100%, representando um aumento de 7%. Em 2007, a cobertura do estado foi superior àquelas da região Centro-Oeste (90,2%) e do Brasil (89,7%).

    Figura 17 Cobertura dos óbitos do SIM (%). Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 2000 a 2007

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Cob

    ertu

    ra S

    IM (%

    )

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: IBGE e SIM/SVS/MS

    27

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 18 Proporção de óbitos não fetais informados ao SIM com causas básicas definidas, segundo município. Mato Grosso do Sul, 2007

    Capital

    < = 60%> 60 - 90%> 90 - 95%> 95 - 100%

    Fonte: SIM/SVS/MS

    No ano de 2007, a proporção de causas definidas no estado de Mato Grosso do Sul foi 98,3%, superior àquelas da Região Centro-Oeste (95,7%) e do Brasil (92,3%).

    Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)

    A cobertura do Sinasc em Mato Grosso do Sul, no período de 2000 a 2007, elevou-se de 93,3% para 96,2%, respectivamente. Em 2004 e 2005, essa co-bertura atingiu 100%. Em 2007, a cobertura no estado foi superior àquelas da Região Centro-Oeste (92,0%) e do país (92,3%).

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    28

  • Figura 19 Cobertura de nascidos vivos do Sinasc (%). Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 2000-2007

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Cob

    ertu

    ra S

    inas

    c (%

    )

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: IBGE e Sinasc/SVS/MS

    Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA)

    Dos 78 municípios do estado, 66 (84,6%) alimentaram o SISAGUA, em 2008, com informações de cadastros das diferentes formas de abastecimen-to água. O cadastramento constitui o primeiro passo para o desencadea-mento das ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, que incluem, dentre outros, o monitoramento da qualidade da água e as inspeções sanitárias.

    29

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 20 Cobertura do SISAGUA* e municípios com informações sobre as formas de abastecimento de água. Mato Grosso do Sul, 2008

    SAA - Sistema deAbastecimento de Água

    SAC - SoluçõesAlternativas Coletivas

    SAI - SoluçõesAlternativas Individuais

    * Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da ÁguaFonte: CGVAM/DSAST/SVS/MS

    Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade do Solo (Sissolo)

    No Mato Grosso do Sul, no período de 2004 a 2008, foram identificadas 16 áreas de solo contaminado, com uma estimativa de 12.750 habitantes potencialmente expostos a contaminantes químicos.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    30

  • Tabela 10 Municípios com populações potencialmente expostas a contaminantes químicos e estimação da população exposta, segundo origem dos contaminantes. Mato Grosso do Sul, 2004 a 2008

    Unidade de Postos de Abastecimento e Serviços

    Estimação da população exposta

    Área de Disposição de Resíduos Urbanos

    Contaminação Natural

    Área de Disposição de Resíduos Industriais

    Depósito de Agrotóxicos

    Área Industrial

    Município AI DA ADRI CN ADRU UPAS

    Campo Grande 6 12 2 11 10 6.550

    Corumbá 2 1 2 1 1 3.500

    Dourados 1 500

    Três Lagoas 1 2 2.200

    Total 9 13 2 2 15 11 12.750

    Fonte: Sissolo/DEVEP/SVS/MS

    31

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • 5 aprimoramentodaCapaCidadedereSpoStaàSemergênCiaSemSaúdepúbliCa

    5.1 monitoramentoeinvestigaçãodeemergênciasemsaúdepública

    Em 2008, o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) recebeu notificação e monitorou um evento ocorrido no Mato Grosso do Sul, caracterizado como emergência em saúde pública de importância nacional.

    Tabela 11 Emergências em saúde pública notificadas ao CIEVS, Mato Grosso do Sul, 2008

    evento Situação municípionúmero

    depessoasenvolvidas

    oportunidadedenotificação

    oportunidadedo

    encerramento

    Botulismo Descartado e confirmado para salmonelose

    Conxim 1 24 dias 3 dias

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    32

  • 6 reduçãodamorbimortalidade

    6.1 análisedasmorbidades

    Doenças transmitidas por vetores e antropozoonoses

    Dengue

    Em 2008, foram confirmados 1.021 casos de dengue em Mato Grosso do Sul, uma redução de 98,5% em comparação com 2007 (69.378 notifica-ções). Consideram-se confirmados todos os casos notificados, exceto os casos descartados. Ou seja, todos os casos com classificação final: dengue clássico, dengue com complicações, febre hemorrágica da dengue, síndro-me do choque da dengue, ignorado/branco e inconclusivos.

    Em 2008, a incidência de dengue no Mato Grosso do Sul, foi de 43,8 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa. Não houve registro de caso de febre hemorrágica, mas houve seis casos de dengue com complicação, sem óbitos. Foram encaminhadas 238 amostras para isolamento viral, duas fo-ram positivas, sendo uma para o vírus DENV 2, e outra para o DENV 3. As internações acompanharam a tendência de redução das notificações.

    Figura 21 Número de casos confirmados e de internações por dengue. Mato Grosso do Sul, 2000 a 2008

    Casos Dengue

    80.000

    70.000

    60.000

    50.000

    40.000

    30.000

    20.000

    10.000

    0

    4.500

    4.000

    3.500

    3.000

    2.500

    2.000

    1.500

    1.000

    500

    0

    Casos Dengue

    Ano epidemiológico de início dos sintomas

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Internações

    Internações

    Fonte: Sinan/SIH

    33

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • A taxa de incidência de dengue, no município de Campo Grande, foi maior que a observada no Brasil, na região Centro-Oeste e no Estado de Mato Grosso do Sul, nos anos de 2001, 2002 e 2007, com 1.037, 1.309 e 10.922 casos confirmados por 100 mil habitantes, respectivamente.

    Figura 22 Taxa de incidência de casos confirmados de dengue (por 100 mil habitantes) Brasil, Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Campo Grande, 2000 a 2008

    0

    2.000

    4.000

    6.000

    8.000

    10.000

    12.000

    14.000

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Ano de início dos sintomas

    Incidência por 100 mil habitantes

    Brasil Região Centro-oeste

    Mato Grosso do Sul Campo Grande

    Fonte: Sinan

    As maiores taxas de letalidade por febre hemorrágica da dengue, no Mato Grosso do Sul, no período de 2000 a 2008, foram registradas em 2006 e 2007.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    34

  • Figura 23 Número de casos e taxa de letalidade (%) por febre hemorrágica da dengue (FHD). Mato Grosso do Sul, 2000 a 2008

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Casos FHD (n)

    0

    5

    10

    15

    20

    25Anos Letalidade (%)

    Casos FHD Óbitos Letalidade

    Fonte: Sinan

    Sete municípios do Estado (9%) são prioritários para o Programa Nacional de Controle da Dengue: Bonito, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Doura-dos, Ponta Porã e Três Lagoas.

    Febre amarela

    A febre amarela (FA) é uma doença febril aguda, causada por um vírus, per-tencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae, transmitida por mos-quitos. Possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e urbano). A febre amarela urbana não ocorre no país desde 1942.

    Em Mato Grosso do Sul, há ocorrência esporádica de casos de febre amarela silvestre, em indivíduos não vacinados. Em 2007, foi registrada a ocorrên-cia de uma epizootia no município de São Gabriel do Oeste e, em 2008, foram registrados 9 casos humanos da doença, sendo que 8 eram visitan-tes inadvertidamente não vacinados contra a doença, residentes do Paraná, São Paulo e Paraguai.

    Os locais prováveis de infecção foram os municípios de Bonito, Água Cla-ra, Maracaju, Aral Moreira e Ribas do Rio Pardo. Também foram registra-das epizootias de primatas em Aquidauana, Anastácio, Paranaíba, Campo Grande e Corumbá. Dois dos cinco casos de epizootias foram confirmados para FA.

    35

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • O Mato Grosso do Sul situa-se em área de risco para a doença, onde há a recomendação de vacinação de 100% da população residente e de todos os viajantes que se dirijam a qualquer município desse estado.

    As recomendações nas áreas de risco para FA são as seguintes: vigilância de casos humanos, vigilância de epizootias em primatas, captura de vetores (mosquitos silvestres) nos locais com ocorrência de epizootias, inserção da vacina no Calendário Básico de Vacinação, vigilância de coberturas vaci-nais com manutenção de altas taxas (100% da população residente) e vaci-nação de viajantes que se dirijam a áreas de risco, pelo menos 10 dias antes da viagem.

    Leishmaniose Visceral (LV)

    No período de 2004 a 2008, foram registrados 1.114 casos de LV no Mato Grosso do Sul, o que corresponde a 77% da ocorrência da Região Centro-Oeste e 6% do país. O estado é o oitavo estado com maior registro de casos no país. A letalidade média neste período foi de 8,6%, sendo que o menor valor foi registrado no ano de 2007 (4%). Em 2008, a letalidade voltou a crescer, atingindo 11%. Nesse ano, foram confirmados 246 casos novos, distribuídos em 31% dos municípios. Do total de casos, 55% ocorreram em Campo Grande, seguido por Três Lagoas, com 23% dos casos e Aquidauana com 5%.

    Figura 24 Número de casos e taxa de letalidade (%) por leishmaniose visceral. Mato Grosso do Sul, 2004 a 2008*

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    2004 2005 2006 2007 2008*

    Anos

    Nº C

    asos

    0,0

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    Leta

    lidad

    e (%

    )

    Casos Letalidade

    Fonte: Sinan/SVS/MS* Dados sujeitos a revisão.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    36

  • De acordo com a classificação epidemiológica adotada pelo Ministério da Saúde, o Estado apresenta 37 municípios com transmissão de LV no perío-do de 2006 a 2008, dos quais 19% (n=7) são considerados prioritários para o desenvolvimento das ações de vigilância e controle vetorial e de reserva-tórios domésticos, além das demais ações recomendadas. Desses prioritá-rios, seis são de transmissão intensa (média ≥ 4,4 casos nos últimos três anos) e um de transmissão moderada (média ≥ 2,4 e < 4,4 casos nos últimos três anos). Nos 30 municípios de transmissão esporádica (média < 2,4 casos nos últimos três anos), as ações de vigilância devem ser monitoradas.

    Raiva

    No período de 2004 a 2008, foram notificados 13 casos de raiva no ciclo urbano (cães e gatos domésticos), representando 24% dos casos da região Centro-Oeste. O Mato Grosso do Sul é o 9º estado com maior registro de casos nesse ciclo no Brasil.

    Dentre os locais prováveis de infecção das epizootias de raiva canina e felina nesse período, destaca-se a região de fronteira com a Bolívia, onde Corumbá registrou 12 casos caninos e Ladário um caso felino. Chama a atenção que, a partir de 2006, houve a introdução da variante 1 no Brasil, importada da Bolívia.

    Figura 25 Locais prováveis de infecção por raiva humana e das epizootias de raiva canina e felina, segundo município. Mato Grosso do Sul, 2004 a 2008

    Casos de raiva:HumanoCaninoFelinoCanino e felino

    300 3000

    Fonte: SVS/MS

    37

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Em relação aos demais ciclos de transmissão, em 2008, foram notificados 28 casos de raiva no ciclo rural (animais de produção) e 5 no ciclo aéreo (morcegos).

    Doenças de transmissão respiratória e imunopreveníveis

    Influenza

    Em 2008, Mato Grosso do Sul trabalhou com duas unidades sentinela (US) na vigilância epidemiológica da Influenza. Dessa forma, o desempenho do estado reflete os indicadores das duas US.

    Considerando os dados registrados no Sistema de Informação Sivep -GRI-PE, observou-se um bom desempenho do estado quanto a sua participação na rede, informando sistematicamente dados de atendimento por síndrome gripal em 92,3% das semanas epidemiológicas de 2008. O desempenho em relação à coleta de amostras foi considerado excelente, com 95,0% de amos-tras colhidas em relação ao preconizado para todo o ano.

    Rubéola

    No período de 2003 a 2008, foram notificados 1.701 casos suspeitos de ru-béola em Mato Grosso do Sul. Destes, 154 (9%) foram confirmados. Dos casos confirmados, 141 (92%) foram encerrados pelo critério laboratorial.

    Tabela 12 Número de casos confirmados de rubéola. Brasil, Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Campo Grande, 2003 a 2008

    localanos

    2003 2004 2005 2006 2007 2008*

    Brasil 736 476 365 1.648 8.087 2.158

    Centro-Oeste 50 26 55 38 841 319

    Mato Grosso do Sul 6 9 30 13 29 70

    Campo Grande - - 1 - 13 3

    Fonte: Sinan/SVS/MS* Dados sujeitos a revisão

    Entre 2007 e 2008, houve um surto de rubéola. O vírus identificado foi o 2B, que circulou no país. É necessário intensificar e fortalecer as ações de vigilância epidemiológica, bem como a realização do monitoramento rápi-

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    38

  • do de cobertura vacinal, com vistas à eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC), até 2010.

    Meningite

    Entre 2003 e 2008, foram notificados 1.501 casos de meningite em Mato Grosso do Sul, 1.232 deles (82%) confirmados, sendo 465 (38%) casos de meningite bacteriana, 420 (34%) meningite asséptica, 260 (21%) meningite não especificada e 87 (7%) meningite de outra etiologia. A incidência mé-dia de meningite, no período de 2003 a 2008, foi de 8,8 casos por 100 mil habitantes, tendo ocorrido redução de 10 casos por 100 mil habitantes, em 2003, para 8 casos por 100 mil habitantes, em 2008. A taxa de letalidade no período foi de 17%.

    Figura 26 Número de casos confirmados de meningite, segundo etiologia. Mato Grosso do Sul, 2003 a 2008

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Núm

    ero

    de c

    asos

    Meningite Bacteriana Meningite Asséptica

    Meningite Não Especificada Meningite Outra Etiologia

    Fonte: Sinan/SVS/MS

    O Mato Grosso do Sul vem alcançando a meta de encerramento dos casos de meningite bacteriana com técnicas laboratoriais que permitem a iden-tificação do agente etiológico desde primeiro ano da pactuação do Sistema de Vigilância das Meningites (2005).

    39

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Paralisia Flácida Aguda – PFA

    Os indicadores que avaliam o desempenho operacional da qualidade da vi-gilância da PFA/poliomielite são: 1) taxa de notificação; 2) investigação em até 48 horas após a notificação do caso; 3) coleta de uma amostra de fezes até o 14º dia do início do déficit motor; e 4) notificação negativa/positiva semanal de casos de PFA. A meta mínima esperada é de 80% para esses indicadores, exceto a taxa de notificação, cuja meta é um caso por 100 mil habitantes menores de quinze anos residente.

    No período de 2003 a 2008, o estado apresentou resultados satisfatórios quanto à taxa de notificação de PFA, exceto em 2006 e 2007. Quanto à cole-ta oportuna de fezes, a meta mínima foi atingida apenas em 2008.

    Recomenda-se empenho da vigilância na manutenção do cumprimento das metas para esses indicadores e na qualidade das amostras coletadas. Uma vigilância ativa e sensível possibilita a adoção de estratégias e medidas de controle.

    Ressalta-se que o Brasil mantém estreitos laços econômicos, turísticos e sociais com países que ainda têm circulação de poliovírus selvagem. Uma vigilância frágil põe em risco todo o esforço para manter a errradicação da poliomielite.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    40

  • Figura 27 Taxa de notificação de PFA* por 100 mil habitantes menores de 15 anos. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2003 a 2008

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Taxa

    por

    100

    mil

    men

    ores

    de

    15 a

    nos

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Meta

    * Paralisia Flácida Aguda Meta Mínima: 1 caso por 100 mil habitantes < 15 anos

    41

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 28 Proporção (%) de casos de PFA* com amostra de fezes coletadas até o 14º dia do início da deficiência motora. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2003 a 2008

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    %

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Meta

    * Paralisia Flácida Aguda Meta Mínima: 80%Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS

    Sarampo

    De 2001 a 2008, no estado de Mato Grosso do Sul, a meta estabelecida para os indicadores epidemiológicos do sarampo foi atingida, exceto para a ho-mogeneidade da cobertura vacinal da tríplice viral em crianças de 1 ano de idade, envio e resultados oportunos e encerramento no Sinan em 30 dias.

    Nesse período, foram notificados 582 casos suspeitos de sarampo, sem ca-sos confirmados. A intensificação das ações de vigilância epidemiológica deve ser realizada para não comprometer os esforços de erradicação. A campanha de vacinação contra rubéola, em 2008, utilizando a vacina dupla viral (sarampo e rubéola), para homens e mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, atingiu a meta, consolidando a eliminação do vírus do sarampo no estado.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    42

  • Figura 29 Desempenho dos indicadores de vigilância epidemiológica do sarampo. Mato Grosso do Sul, 2006 a 2008*

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    HomogeneidadeNotificação negativa

    Investigação oportunaInvestigação adequada

    Coleta oportunaEnvio oportuno

    Resultado oportunoClassificação por laboratório

    Encerramento oportuno em 30 diasEncerramento oportuno em 60 dias

    %

    2008*20072006

    Fonte: COVER/CGDT/DEVEP/SVS/MS* Dados sujeitos a revisão

    Hepatites Virais

    O indicador do Pacto pela Vida é o percentual de casos das hepatites B e C confirmados por sorologia, critério indispensável para a confirmação desses agravos. A identificação do agente etiológico, por meio do exame sorológico específico, possibilita a implantação de medidas de prevenção e controle adequadas. O Mato Grosso do Sul apresentou percentuais abaixo da meta proposta (90%), nos anos de 2003 a 2008.

    43

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 30 Percentual de casos de Hepatite B e C confirmados por sorologia. Mato Grosso do Sul, 2003 a 2008

    76

    78

    80

    82

    84

    86

    88

    90

    92

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    %

    Resultado do Indicador Meta

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    Nos últimos seis anos, o estado do Mato Grosso do Sul detectou um maior número de casos de hepatites virais A, B e C no ano de 2005. Ressalta-se a necessidade de continuidade das ações que promovam o diagnóstico, assim como a notificação de casos.

    Figura 31 Coeficiente de incidência (por 100 mil habitantes) de casos de hepatite A notificados. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2003 a 2008

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Coe

    ficie

    nte

    por 1

    00 m

    il

    Mato Grosso do Sul Região Centro-Oeste Brasil

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    44

  • Figura 32 Coeficiente de detecção (por 100 mil habitantes) de casos de Hepatite B notificados. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2003 a 2008

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Coe

    ficie

    nte

    por 1

    00 m

    il

    Mato Grosso do Sul Região Centro Oeste Brasil

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    Figura 33 Coeficiente de detecção (por 100 mil habitantes) de casos de hepatite C notificados. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 2003 a 2008

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Coe

    ficie

    nte

    por 1

    00 m

    il

    Mato Grosso do Sul Região Centro Oeste Brasil

    Fonte: Sinan/DEVEP/SVS/MS Dados sujeitos a revisão

    45

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Aids, Gestante Hiv+ e Sífilis Congênita

    Desde 1984, ano do primeiro caso de aids notificado em Mato Grosso do Sul, até junho de 2008, foram notificados 4.403 casos no Sinan. Por meio de metodologia de relacionamento de bases de dados, com os sistemas SIM, SISCEL/SICLOM, foram identificados 1.164 casos não notificados no Si-nan, representando sub-registro de 21%, e elevando o número total de ca-sos no período para 5.567.

    Em 2006, a taxa de incidência do estado foi de 19,2 por 100 mil habitantes, a da Região Centro-Oeste, 17,1 e a do Brasil, 19,0. A maior taxa de incidência no estado, ao longo da série histórica, foi observada em 2003 (21,5 por 100 mil habitantes).

    Figura 34 Taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos aids*. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 1996 a 2006

    0,0

    5,0

    10,0

    15,0

    20,0

    25,0

    1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Ano de diagnóstico

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Taxa

    de

    inci

    dênc

    ia

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS* Notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM, SICLOM

    utilizado para validação dos dados do SISCEL. Sinan e SISCEL até 30/06/2008 e SIM de 2000 a 2007. Dados preliminares para os últimos 5 anos.

    Para o período de 1980 a 1995, consultar Boletins Epidemiológicos anteriores ou acessar www.aids.gov.br no menu Área técnica > Epidemiologia > Boletim epidemiológico.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    46

  • A razão de sexos no início da epidemia (1989) era 35 homens para cada mulher e, atualmente, é 1,4 homem para cada mulher, seguindo a tendência nacional.

    De 1996 a junho de 2008, foram identificados 111 casos de aids em meno-res de cinco anos.

    Figura 35 Taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de casos de aids em menores de cinco anos de idade*. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 1996 a 2006

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0

    6,0

    7,0

    8,0

    1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Brasil Região Centro-Oeste

    Anos

    Mato Grosso do Sul

    Taxa

    de

    inci

    dênc

    ia

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS* Notificados no Sinan, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM, SICLOM

    utilizado para validação dos dados do SISCEL. Sinan e SISCEL até 30/06/2008 e SIM de 2000 a 2007. Dados preliminares para os últimos 5 anos.

    Para o período de 1980 a 1995, consultar Boletins Epidemiológicos anteriores ou acessar www.aids.gov.br no menu Área técnica > Epidemiologia > Boletim epidemiológico.

    Os cinco municípios do Mato Grosso do Sul que apresentaram o maior nú-mero de casos de aids acumulados até junho de 2008 são: Campo Grande (2.949), Dourados (472), Corumbá (321), Três Lagoas (311) e Ponta Porã (183). Dentre esses municípios, a maior incidência em 2006 foi observada em Ponta Porã (29,3 por 100 mil habitantes).

    47

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • No Mato Grosso do Sul, de 2000 a junho de 2008, foram notificados 392 casos de gestantes HIV+ e 142 casos de aids por transmissão vertical.

    Quanto à mortalidade por aids, o estado acumulou, até 2007, um total de 1.981 óbitos. Em 2007, o coeficiente de mortalidade por aids no Mato Gros-so do Sul foi de 6,8 óbitos por 100 mil habitantes.

    Figura 36 Coeficiente de mortalidade bruto por aids (por 100 mil habitantes). Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 1996 a 2007*

    0,0

    2,0

    4,0

    6,0

    8,0

    10,0

    12,0

    1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007(1)

    Ano do óbito

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Coe

    ficie

    nte

    de m

    orta

    lidad

    e

    Fonte: MS/ SVS/ DASIS/ Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM* Dados preliminares

    No período de 1998 a junho de 2008, foram notificados 606 casos de sífilis congênita no Mato Grosso do Sul, apresentando, em 2005 e 2006, taxas de incidência de 2,3 e 3,1 casos por mil nascidos vivos, respectivamente. No período de 1996 a 2007, foram registrados 16 óbitos por sífilis congênita no estado, apresentando, no ano de 2007, coeficiente de mortalidade de 7,6 por 100 mil nascidos vivos.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    48

  • Tabela 13 Número absoluto de casos notificados de sífilis congênita em menores de um ano de idade*. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 1998 a 2008

    localderesidênciaanodediagnóstico

    total1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    Brasil 2.840 3.198 4.131 3.958 3.943 5.218 5.203 5.833 5.901 5.301 1.004 46.530

    Centro-Oeste 288 478 287 214 249 282 351 385 384 282 106 3.306

    Mato Grosso do Sul - 107 47 23 51 25 49 94 121 51 38 606

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS* Casos Notificados no Sinan até 30/06/2008. Dados preliminares

    Figura 37 Taxa de incidência (por mil nascidos vivos) de casos notificados e investigados de sífilis congênita em menores de um ano de idade*. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 1998 a 2007

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Ano de diagnóstico

    Taxa

    de

    inci

    dênc

    ia

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: MS/SVS/PN-DST/AIDS, Sinasc/MS/SVS/DASIS * Casos Notificados no Sinan até 30/06/2008, dados preliminares

    A partir de 2003, observa-se tendência de aumento da taxa de incidência de casos notificados de sífilis congênita em menores de um ano, ultrapassan-do as taxas encontradas na Região Centro-Oeste e no Brasil. A queda, em

    49

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • 2007, pode ser devida ao atraso de notificação, visto que os dados para esse ano são preliminares.

    Tuberculose e hanseníase

    Tuberculose

    O Mato Grosso do Sul possui 6 municípios prioritários, com uma cobertura de 59% das Unidades de Saúde com o Programa de Controle da Tubercu-lose (PCT) implantado. Dessas, 75% vêm utilizando a estratégia de Trata-mento Supervisionado (TS/DOTS). A descentralização do tratamento na atenção básica é uma das metas para o controle da tuberculose, tendo em vista a proximidade maior do paciente com o serviço de saúde.

    Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 2007, 844 casos novos de tu-berculose foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de No-tificação (Sinan). As incidências foram de 36 casos por 100 mil habitantes, para tuberculose em todas as formas, e de 19 por 100 mil, para casos baci-líferos.

    Figura 38 Taxa de incidência (por 100 mil habitantes) de tuberculose em todas as formas. Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 1993 a 2007

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Anos

    Mato Grosso do Sul Região Centro-Oeste Brasil

    Inci

    dênc

    ia p

    or 1

    00 m

    il ha

    bita

    ntes

    Fonte: Sinan/SVS/MS

    Entre 1993 e 2007, a taxa incidência de tuberculose no estado apresentou variação negativa de 11%. No mesmo período, as taxas do estado foram

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    50

  • superiores àquelas da Região Centro-Oeste, porém inferiores àquelas do Brasil.

    A coorte de tratamento, considerando os casos diagnosticados em 2007, em todo o estado, mostrou uma taxa de cura de 70%, inferior à meta de 85%. Entre os pacientes tratados, houve 8% de abandono, 4% de óbitos, 84% de transferências e 7% de encerramentos no Sinan.

    Hanseníase

    No período de 1990 a 2008, as taxas de detecção de hanseníase no Mato Grosso do Sul apresentam estabilidade, mantendo-se inferiores àquelas da Região Centro-Oeste semelhantes àquelas registradas no Brasil, superando essas últimas, a partir de 2000.

    Figura 39 Taxa de detecção de hanseníase (por 100 mil habitantes). Mato Grosso do Sul, Região Centro-Oeste e Brasil, 1990 a 2008*

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Anos

    Mato Grosso do Sul Região Centro-Oeste Brasil

    Taxa

    de

    dete

    cção

    por

    100

    mil

    habi

    tant

    es

    Fonte: Sinan/SVS/MS* Dados preliminares

    A redução de casos em menores de 15 anos é prioridade do Programa Na-cional de Controle da Hanseníase (PNCH), tendo em vista que a detecção de casos em crianças tem relação com doença recente e focos de transmis-são ativos. Em 2008, houve notificação de casos de hanseníase, nessa faixa etária, em 10 (12,8%) municípios do estado.

    51

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 40 Taxas de detecção de hanseníase em menores de 15 anos (por 100 mil habitantes), segundo município de residência. Mato Grosso do Sul, 2008*

    Capital

    Hiperendêmico (>=10)Muito Alto (5,00 - 9,99)Alto (2,50 - 4,99)Médio (0,50 - 2,49)Baixo (

  • Tabela 14 Indicadores epidemiológicos e operacionais da Hanseníase. Mato Grosso do Sul, 2001 a 2008*

    ano%decura

    nascoortes

    %deavaliaçãodeincapacidadesfísicas

    nodiagnóstico

    %degrau2deincapacidadefísica

    %deavaliaçãodeincapacidadesfísicas

    nacura

    %decontatosexaminados

    2001 85,9 78,2 6,7 28,4 120,1

    2002 83,1 82,7 5,7 35,0 64,5

    2003 82,8 87,4 7,6 43,7 43,3

    2004 76,1 79,8 5,5 44,5 49,1

    2005 77,1 79,3 5,3 51,7 66,2

    2006 91,3 82,8 5,6 53,1 66,3

    2007 86,3 80,2 13,0 62,6 58,7

    2008 86,0 83,2 8,0 60,5 74,2

    Fonte: Sinan/SVS/MS * Dados preliminaresNota: Interpretação dos indicadores

    %decuranascoortes

    %deavaliaçãodeincapacidadesfísicas

    %degrau2deincapacidadefísica

    %decontatosexaminados

    Bom: ≥ 90,0%Regular: 75,0 a 89,9%Precário: < 75,0%

    Bom: ≥ 90,0%Regular: 75,0 a 89,9%Precário: < 75,0%

    Alto: ≥ 10,0%Médio: 5,0 a 9,9%Baixo: < 5,0%

    Bom: ≥ 75,0%Regular: 50,0 a 74,9%Precário: < 50,0%

    Agravos externos

    Intoxicações por agrotóxico

    No período de 2000 a 2008, foram notificados 848 casos de intoxicação por agrotóxicos no Mato Grosso do Sul.

    53

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 41 Número de casos notificados acumulados de intoxicação por agrotóxicos, segundo município. Mato Grosso do Sul, 2000 a 2008

    Capital

    012 - 45 - 10>= 11

    Acidentes por animais peçonhentos

    No período de 2004 a 2008, foram registrados 3.745 casos de acidentes por animais peçonhentos no Mato Grosso do Sul, o que corresponde a 20% dos casos registrados na Região Centro-Oeste e 1% no país. A letalidade média neste período foi de 0,2%. O ofidismo foi considerado a primeira causa de acidentes no estado, com uma incidência de 23,2 casos por 100 mil habi-tantes, seguido pelo o escorpionismo, com incidência de 10,8 casos por 100 mil habitantes.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    54

  • Figura 42 Número de casos e letalidade (%) por acidentes por animais peçonhentos. Mato Grosso do Sul, 2004 a 2008

    0

    200

    400

    600

    800

    1.000

    1.200

    2004 2005 2006 2007 2008

    Anos

    Cas

    os

    0,0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    Leta

    lidad

    e (%

    )

    Casos Letalidade

    Fonte: Sinan/SVS/MS

    Dentre os 1.008 casos ocorridos em 2008, 32,5% ocorreram em Corumbá, sendo este considerado o município com maior registro no período, segui-do por Campo Grande, Ponta Porã, Três Lagoas e Aquidauana.

    6.2 análisedamortalidade

    Mortalidade infantil

    Para atingir a Meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, propos-ta pela OMS, o Brasil deverá apresentar uma taxa de mortalidade infantil inferior a 15,7 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos em 2015. Isso equivale a uma redução de dois terços em relação à taxa de 1990.

    No período de 2000 a 2007, houve redução de 26,9% na taxa de morta-lidade infantil no Brasil, passando de 27,4 para 20,0 por mil nascidos vi-vos. Também foi observada redução na Região Centro-Oeste (21,1%) e em Mato Grosso do Sul (19,5%).

    A taxa de mortalidade infantil de Mato Grosso do Sul é calculada através do método direto, pois a cobertura e a regularidade do SIM, e a cobertura

    55

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • do Sinasc, atendem aos critérios da Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA).

    Em 2007, a taxa de mortalidade infantil de Mato Grosso do Sul foi 19,2 óbitos por mil nascidos vivos, semelhante à taxa nacional, porém superior àquela dos demais estados da Região Centro-Oeste.

    Figura 43 Taxa de Mortalidade Infantil. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 2000 a 2007

    0

    10

    20

    30

    40

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    nasc

    idos

    viv

    os

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: SIM e Sinasc/SVS/MS e IBGE

    Mortalidade neonatal

    A mortalidade neonatal refere-se aos óbitos ocorridos em crianças de 0 a 27 dias de idade. Em 2007, a mortalidade neonatal correspondeu a aproxi-madamente dois terços da mortalidade infantil no país, na Região Centro-Oeste e no estado. Essa proporção elevada deve-se à ocorrência de causas de óbito de difícil prevenção e tratamento, como afecções originadas no período perinatal, malformações congênitas e anomalias cromossômicas.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    56

  • Figura 44 Taxa de mortalidade neonatal. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 2000 a 2007

    0

    5

    10

    15

    20

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    nasc

    idos

    viv

    os

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: SIM e Sinasc/SVS/MS e IBGE

    Mortalidade pós-neonatal

    A mortalidade pós-neonatal refere-se aos óbitos ocorridos em crianças de 28 a 365 dias de idade. Em 2007, a mortalidade pós-neonatal representou aproximadamente um terço da mortalidade infantil no país, na Região e no estado.

    57

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • Figura 45 Taxa de mortalidade pós-neonatal. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 2000 a 2007

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    nasc

    idos

    viv

    os

    Brasil Região Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

    Fonte: SIM e Sinasc/SVS/MS e IBGE

    Mortalidade infantil indígena

    No período de 2000 a 2006, a taxa de mortalidade infantil indígena de Mato Grosso do Sul apresentou declínio de 84,9 para 38,2 óbitos por mil nascidos vivos, com tendência de queda. Houve redução de 55%, superior àquelas registradas na Região Centro-Oeste (51,6%) e no país (34,9%).

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    58

  • Figura 46 Taxa de mortalidade infantil indígena. Brasil, Região Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul, 2000 a 2006

    0

    40

    80

    120

    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    Anos

    Taxa

    por

    mil

    nasc

    idos

    viv

    os in

    díge

    nas

    Mato Grosso do Sul Região Centro-Oeste Brasil

    Fonte: Siasi/Desai/Funasa/MS

    59

    Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Relatório de Situação MATO GROSSO DO SUL

  • 7 apoiotéCniCoeCientíFiCoaoSeStadoS

    7.1 rededeFormaçãoderecursosHumanosemVigilânciaemSaúde

    A Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde é uma das estratégias adotadas pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Minis-tério da Saúde para a estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, no que concerne ao desenvolvimento de recursos humanos. Seu ob-jetivo é a formação de profissionais que atuam nos serviços de vigilância, prevenção e controle de doenças, nas três esferas de governo, sendo resul-tado de um amplo processo de pactuação com as instituições de ensino superior do país. O Estado de Mato Grosso do Sul é representado na Rede por meio de duas instituições: a Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser da Secretaria de Estado de Saúde e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

    Figura 47 Informações sobre os cursos oferecidos em Mato Grosso do Sul, por meio da Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde

    Cursoinstituição

    responsáveleparceiras

    Clientelanúmerode

    profissionaiscapacitados

    anodeencerramento

    Especialização em Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis

    SES-MSa

    UFMSb

    ENSP/Fiocruzc

    UERJd

    Profissionais das secretarias estaduais e municipais de saúde das capitais da Região Centro-Oeste

    23 Em andamento

    Mestrado Profissional em Vigilância em Saúde

    ENSP/Fiocruzc

    SES-MSa

    UFMSb

    Profissionais dos municípios sede das regionais de Dourados e Três Lagoas

    25 Em andamento

    a Escola de Saúde Publica Dr. Jorge David Nasser/SES-MS– instituição responsável pelo curso de especializaçãob Universidade Federal de Mato Grosso do sulc Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz – instituição responsável pelo curso de mestradod Universidade Estadual do Rio de Janeiro

    Encontra-se em fase de programação, para iniciar em 2010, um curso de Mestrado Profissional em Vigilância em Saúde na Fronteira. O curso é des-tinado à clientela da região de faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, e tem previsão de formar 25 profissionais. Será oferecido pela ENSP/Fiocruz, em parceria com a UFMS, a Universidade Federal da Gran-de Dourados (UFGD) e a Escola de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul.

    Os trabalhos de conclusão dos cursos, produtos da Rede de Formação, abordam temas da área de Vigilância em Saúde, que poderão subsidiar as ações dos serviços de saúde do SUS.

    Secretaria de Vigilância em Saúde/MS

    60

    1Caracterização do Estado1.1Descrição do Estado1.2Estrutura da rede de atenção à saúdeAtenção básicaMédia e alta complexidade

    1.3Vigilância em saúde

    2Análise das prioridades da SVS2.1Consolidação da descentralização/gestão das ações de vigilância em saúdeFinanciamentoPlano de investimentoVIGISUS IIMonitoramento das ações de vigilância em saúde

    2.2Coberturas Vacinais

    3Fortalecimento da Promoção à Saúde 3.1Fatores de riscoPrevalência de atividade física suficiente no tempo livre entre adultosPrevalência de tabagismo entre adultos

    3.2Doenças Crônicas Não TransmissíveisRazão de exames citopatológicos cérvico-vaginais nafaixa etária 25 a 59 anosTaxa de internação por acidente vascular cerebral

    3.3Violências e AcidentesTaxa de internação hospitalar em pessoas idosas por fratura do fêmurRede Nacional de Prevenção das Violências e Promoção da SaúdeRede de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (Rede VIVA)

    4Aprimoramento dos processos de análise e monitoramento da situação de saúde4.1Indicadores de qualidade dos dadosSistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc)Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água (SISAGUA)Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade do Solo (Sissolo)

    5Aprimoramento da capacidade de resposta às emergências em saúde pública5.1Monitoramento e investigação de emergências em saúde pública

    6Redução da morbimortalidade6.1Análise das morbidadesDoenças transmitidas por vetores e antropozoonosesDoenças de transmissão respiratória e imunopreveníveisHepatites Virais Aids, Gestante Hiv+ E Sífilis Congênita Tuberculose e hanseníaseAgravos externos

    6.2Análise da mortalidadeMortalidade infantilMortalidade neonatalMortalidade pós-neonatalMortalidade infantil indígena

    7Apoio técnico e científico aos estados7.1Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde