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Relatório de Gestão de Riscos e Capital 3ºTri2017

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Page 1: Relatório de Gestão de Riscos e Capital · que dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de riscos e a estrutura de gerenciamento de capital, revogando as Resoluções acima citadas,

Relatório de Gestão de Riscos e Capital

3ºTri2017

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Sumário

A. Introdução .......................................................................................................................................................................3

B. Escopo de Consolidação e Comparação dos Balanços ......................................................................................................4

C. Governança Interna .........................................................................................................................................................7

1. Comitês ...............................................................................................................................................................................7

2. Estrutura Organizacional ....................................................................................................................................................8

3. Políticas, Normas, Procedimentos e Manuais .....................................................................................................................9

4. Fluxo Estruturado de Informações ......................................................................................................................................9 D. Gerenciamento de capital ............................................................................................................................................. 10

1. Suficiência de Capital (visão Regulatória) .........................................................................................................................10 1.1 Basileia III ..................................................................................................................................................................10

1.2 Capital Disponível (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal) ...................................................11

1.3 Ativos Ponderados pelo Risco ..................................................................................................................................12

1.3.1 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWACPAD) ..............................................................................................13

1.3.2 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAMPAD) ...........................................................................................13

1.3.3 Ativos Ponderados de Risco Operacional (RWAOPAD) ...........................................................................................14

1.3.4 Análise da Suficiência de Capital (Visão Regulatória) ..........................................................................................14

2. Razão de Alavancagem .....................................................................................................................................................16

3. Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital – ICAAP ....................................................................................17 E. Gerenciamento de Riscos .............................................................................................................................................. 18

1. Risco de Crédito .................................................................................................................................................................18 1.1 Definição...................................................................................................................................................................18

1.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................18

1.3 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................19

1.4 Gestão do Risco de Crédito ......................................................................................................................................21

1.4.1 Exposição Total e Média no Trimestre .................................................................................................................22

1.4.2 Exposição por Países e Região Geográfica ...........................................................................................................22

1.4.3 Exposição por Setor Econômico ...........................................................................................................................23

1.4.4 Concentração de Crédito .....................................................................................................................................24

1.4.5 Prazo a decorrer das operações ...........................................................................................................................24

1.4.6 Operações em Atraso ...........................................................................................................................................25

1.4.7 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa ....................................................................................................26

1.5 Mitigação de Risco de Crédito ..................................................................................................................................26

1.6 Risco de Crédito da Contraparte ..............................................................................................................................27

1.6.1 Gestão do Risco de Crédito da Contraparte.........................................................................................................27

1.6.2 Derivativos de Crédito..........................................................................................................................................28

1.7 Aquisição, venda e transferência de ativos financeiros ...........................................................................................29

1.7.1 Exposições Cedidas ..............................................................................................................................................29

1.7.2 Exposições Adquiridas..........................................................................................................................................30

1.8 Securitização ............................................................................................................................................................30

2. Risco de Mercado ..............................................................................................................................................................31 2.1 Definição...................................................................................................................................................................31

2.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................31

2.3 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................31

2.4 Gestão do Risco de Mercado ....................................................................................................................................32

2.4.1 Segregação das Carteiras .....................................................................................................................................32

2.4.2 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle ............................................................................................32

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2.4.3 Metodologia de Mensuração de Risco .................................................................................................................33

2.4.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação .......................................................................................34

2.4.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Desenquadramento de Operações ................................................34

2.4.6 Perfil da Carteira de Instrumentos Derivativos ....................................................................................................35

2.4.7 Análises de Sensibilidade .....................................................................................................................................36

3. Risco de Liquidez ...............................................................................................................................................................38 3.1 Definição...................................................................................................................................................................38

3.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................38

3.3 Governança e Controle .............................................................................................................................................38

3.4 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................39

3.5 Gestão do Risco de Liquidez .....................................................................................................................................39

3.5.1 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle ............................................................................................39

3.5.2 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação .......................................................................................41

3.5.3 Comunicação de Extrapolação de Limites e Plano de Contingência ....................................................................42

4. Risco Operacional ..............................................................................................................................................................43 4.1 Definição...................................................................................................................................................................43

4.2 Princípios Básicos .....................................................................................................................................................43

4.3 Áreas Envolvidas .......................................................................................................................................................43

4.4 Gestão do Risco Operacional ....................................................................................................................................44

4.4.1 Sistema de Mensuração e Processo de Comunicação .........................................................................................44

4.4.2 Perdas Operacionais por Categoria de Risco .......................................................................................................44

4.5 Gerenciamento de Continuidade de Negócios.........................................................................................................44

5. Risco Socioambiental ........................................................................................................................................................46

6. Risco de Participações Societárias.....................................................................................................................................47

7. Outros Riscos .....................................................................................................................................................................48 7.1 Risco de Reputação ..................................................................................................................................................48

7.2 Risco de Estratégia ...................................................................................................................................................48

7.3 Risco de Underwriting ..............................................................................................................................................48

7.4 Risco de Modelos .....................................................................................................................................................48

7.5 Apetite de Riscos ......................................................................................................................................................48

F. Anexos .......................................................................................................................................................................... 49

1. Composição do Patrimônio de Referência (PR) – Anexo 1 ................................................................................................49

2. Principais Características dos Instrumentos do PR – Anexo 2 ...........................................................................................53

3. Modelo Comum de Divulgação de informações sobre a Razão de Alavancagem – Anexo 3 ............................................53

4. Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) – Anexo 4..........................................................................54 G. Glossário ....................................................................................................................................................................... 55

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A. Introdução

Este documento apresenta informações referentes à gestão de riscos, à apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA 1 ) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR) do Consolidado Prudencial do Banco Votorantim, em consonância com as exigências do Banco Central do Brasil (Bacen), por meio das Circulares nº 3.678 e nº 3.716, e em linha com o Pilar 3 das regras do Acordo de Basiléia.

Conforme Resoluções nº 3.380, nº 3.464, nº 3.721, nº 4.090 e nº 3.988 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a Instituição dispõe de estruturas e políticas institucionais para o gerenciamento do risco operacional, risco de mercado, risco de crédito, risco de liquidez e gestão de capital aprovados pelo Conselho de Administração. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos de acordo com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme detalhado nos capítulos específicos sobre cada um destes temas apresentados no presente relatório.

Em março de 2017 o Bacen publicou a Resolução nº 4.557, que dispõe sobre a estrutura de gerenciamento de riscos e a estrutura de gerenciamento de capital, revogando as Resoluções acima citadas, após prazo de implementação das novas recomendações previsto na norma. O Banco Votorantim está classificado no Segmento 2 (S2), conforme Resolução nº 4.553 do CMN, neste caso, a Resolução nº 4.557 deve ser implementada até fevereiro de 2018.

A Instituição também dispõe de política formal de divulgação de informações sobre a gestão de riscos e capital aprovada pelo Conselho de Administração, conforme disposto no Art. 12 da Resolução nº 4.193 do CMN. Adicionalmente, conforme Circular nº 3.678 do Bacen, as informações contidas neste relatório são de responsabilidade do Diretor indicado nos termos do art. 14 da Resolução nº 4.193.

O Banco Votorantim dispõe de portfólio de produtos e serviços, internamente classificados em Atacado e Varejo. No Atacado o Banco tem por objetivo crescer em empresas com faturamento anual entre R$ 300 milhões e R$ 1,5 bilhão, e para empresas com faturamento acima deste valor, o foco é rentabilizar o capital. No Varejo, o Banco é um dos líderes de mercado no financiamento ao consumo, com foco no negócio de veículos, além de relevantes posições em outros negócios complementares como cartões de crédito, corretagem de seguros e empréstimos consignados.

1 Risk weighted assets

A seguir é apresentado um resumo dos principais indicadores de suficiência de capital na Visão Regulatória para data-base setembro de 2017.

A Instituição encerrou set-17 com um Patrimônio de Referência (PR) de R$ 8,8 bilhões, apresentando aumento de R$ 630 milhões (7,7%) em relação ao trimestre anterior, devido principalmente ao resultado no período e emissões de dívidas subordinadas que constituem capital de Nível II. O total do Capital de Nível I encerrou set-17 em R$ 6,6 bilhões (que representa 74,8% do total do PR).

O total de Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) encerou o período com aproximadamente R$ 60,2 bilhões, redução de R$ 233 milhões em relação ao trimestre anterior (-0,4%), impactado principalmente pela redução do Risco de Crédito (RWACPAD).

Patrimônio de Referência (PR) (a) 8.808

Capital Nível I (b) 6.592

Capital Principal (c) 6.592

Capital Nível II 2.216

Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) (d) 60.213

Risco de Crédito (RWACPAD) 53.267

Risco de Mercado (RWAMPAD) 1.557

Risco Operacional (RWAOPAD) 5.390

Capital Exigido (e) 5.570

Margem do PR em relação ao Capital Exigido (a - e) 3.238

RBAN (f) 155

Margem do PR em relação ao Capital Exigido c/ RBAN

(a - e - f)3.083

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Análise da Suficiência de Capital na Visão Regulatória set-17

O Índice de Basileia encerrou set-17 em 14,6%, apresentando uma margem de capital de R$ 3,2 bilhões, calculada pela diferença entre o Patrimônio de Referência (PR) e o Capital Exigido. Já a Razão de Alavancagem encerrou set-17 em 5,5%.

IB - Índice de Basiléia (a / d) 14,6%

IN1 - Índice de Capital Nível I (b / d) 10,9%

ICP - Índice de Capital Principal (c / d) 10,9%

RA - Razão de Alavancagem 5,5%

Índices set-17

Consolidado Prudencial

As informações detalhadas estão descritas no relatório, nos anexos e nas planilhas de apoio às tabelas disponíveis no site de Relações com Investidores em: www.bancovotorantim.com.br/ri

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B. Escopo de Consolidação e Comparação dos Balanços

A gestão de riscos e de capital é realizada para o consolidado prudencial seguindo as recomendações publicadas pelo Bacen.

Neste contexto, a tabela abaixo apresenta as empresas que integram o Balanço Patrimonial Consolidado (publicado no relatório “Demonstrações Contábeis Completas” disponível no site de Relações com Investidores) e o Balanço Regulatório (Conglomerado Prudencial – documento 4060 do Bacen), utilizado na apuração do Índice de Basileia.

Ativo TotalPatrimônio

Líquido

Banco Votorantim S/A. Banco Múltiplo. 93.712 8.777 ✓   ✓  

BV Financeira S.A. – Crédito,

Financiamento e Investimento.

Sociedade de crédito, financiamento e

investimento.39.754 2.093 ✓   ✓  

BV Leasing – Arrendamento Mercantil

S/A.Sociedade de arrendamento mercantil. 9.892 1.010 ✓   ✓  

Votorantim – Corretora de Títulos e

Valores Mobiliários LTDA. Sociedade corretora de TVM. 393 272 ✓   ✓  

Votorantim Asset Management

Distribuidora de Títulos e Valores

Mobiliários LTDA.

Sociedade distribuidora de TVM. 203 94 ✓   ✓  

Banco Votorantim Securities Inc. Instituição financeira no exterior. 25 25 ✓   ✓  

Votorantim Securities (UK) Limited. Instituição financeira no exterior. - - ✓   ✓  

FIP BVIA Fundo de Investimentos e Participações. 1.020 1.019 ✓   ✓  

Votorantim Expertise

Fundo de Investimentos Multimercado

Crédito Privado Investimento no

Exterior

854 129 ✓   ✓  

Valores em R$ milhões.

Empresa Segmento de Atuação

Balanço

Patrimonial

Consolidado

Balanço

Regulatório

set-17

A seguir apresenta-se o comparativo entre o Balanço Patrimonial Consolidado e o Balanço Regulatório, cujo principal objetivo

é destacar os elementos patrimoniais que compõe a apuração do Patrimônio de Referência (PR), conforme as regras

estabelecidas pela Resolução nº 4.192 do Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo que o capítulo F (Anexo 1) divulga a

composição do PR por meio de modelo padronizado disponibilizado pela Circular nº 3.678 do Bacen.

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Ativo – Comparativo entre Balanço Patrimonial Consolidado Publicado (Documento 4040) e Balanço Regulatório de

Setembro de 2017.

Ativo

Balanço

Patrimonial

Consolidado

Balanço

Regulatório 1Diferenças Justificativa

Ref.

Anexo 1

1. Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 98.291 97.006 (1.285)

1.1.Disponibilidades 102 102 -

1.2. Aplicações interfinanceiras de liquidez 17.903 17.324 (579) Eliminação operações entre ligadas

1.3. TVM e Derivativos 26.101 25.231 (870) Eliminação operações entre ligadas

1.4. Relações Interfinanceiras 401 401 -

1.5. Relações Interdependências - - -

1.6. Operações de Crédito 41.362 41.362 -

1.7. Operações de Arrendamento Mercantil (4) (4) -

1.8. Outros créditos 12.182 12.346 164

1.8.1. Créditos por Avais e Fianças 14 14 -

1.8.2.Carteira de Câmbio 1.296 1.296 -

1.8.3. Rendas a Receber 22 21 (1)

1.8.4. Negociação e Intermediação de Valores 149 149 -

1.8.5. Outros Créditos - Diversos 10.848 11.013 165

1.8.5.1. Diversos 3.537 3.546 9

1.8.5.2. Crédito Tributário de Prejuízo Fiscal e Base

Negativa1.089 1.089 - d

1.8.5.3. Crédito Tributário de Diferenças Temporárias

(exceto PCLD)2.074 2.230 156 f

1.8.5.4. Crédito Tributário de Diferenças Temporárias de

PCLD4.148 4.148 -

1.8.6. Outros Créditos - PCLD (147) (147) -

1.9. Outros Valores e Bens 244 244 -

2. Permanente 1.129 1.990 861

2.1. Investimentos 661 1.522 861

2.1.1. Participações em Controladas 589 1.450 861 Reclassificação de investimento da BVEP

2.1.2. Outros Investimentos 72 72 -

2.2. Imobilizado de Uso 102 102 -

2.3. Imobilizado de Arrendamento 214 214 -

2.4. Intangível 152 152 -

2.4.1. Ativos Intangíveis antes de out/13 1 1 - l

2.4.2. Ativos Intangíveis após out/13 151 151 - h

2.5. Diferido - - - g

Total 99.420 98.996 (424) 424

1 - Refere-se ao Consolidado Prudencial (Documento 4060 do Banco Central do Brasil).

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

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Passivo – Comparativo entre Balanço Patrimonial Consolidado Publicado (Documento 4040) e Balanço Regulatório de

Setembro de 2017.

Passivo

Balanço

Patrimonial

Consolidado

Balanço

Regulatório 1Diferenças Justificativa

Ref.

Anexo 1

1. Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo 90.605 90.413 (192)

1.1. Depósitos 9.945 9.945 -

1.2. Captações no Mercado Aberto 26.289 26.289 -

1.3. Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 24.840 24.840 -

1.4. Relações Interfinanceiras 2 2 -

1.5. Relações Interdependências 75 75 -

1.6. Obrigações por Empréstimos 1.385 1.385 -

1.7. Obrigações por Repasses 3.083 3.083 -

1.8. Derivativos 2.856 2.660 (196) Eliminação operações entre ligadas

1.9. Outras obrigações 22.130 22.134 4

1.9.1. Cobrança e Arrecadação de Tributos e

Assemelhados23 23 -

1.9.2. Carteira de Câmbio 858 858 -

1.9.3. Sociais e Estatutárias 133 133 -

1.9.4. Outras Obrigações - Fiscais e Previdenciárias 442 442 -

1.9.4.1. Fiscais e Previdenciárias 167 167 -

1.9.4.2. Obrigações Fiscais Diferidas 275 275 - e

1.9.5. Outras Obrigações - Negociação e Intermediação de

Valores347 347 -

1.9.6. Outras Obrigações - Dívidas Subordinadas 3.673 3.673 -

1.9.6.1. Instr. Eleg. ao Nível II emitidos antes da Resolução

4.1922.938 2.938 - k

1.9.6.2. Reclassificação de PDD genérica. 735 735 -

1.9.7. Instrumentos de dívidas elegíveis a capital 1.620 1.620 - j

1.9.8. Outras Obrigações - Diversas 15.029 15.033 4

1.9.9. Credores por antecipação de VRG 5 5 -

2. Resultados de Exercícios Futuros 39 39 -

3. Patrimônio líquido 8.776 8.544 (232)

3.1. Participação Acionária de Não Controladores

(Minoritários)- - - i

3.2. Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal 8.130 8.103 (27) a

3.3. Reservas de lucros 78 78 - b, i

3.4. Outras receitas e outras reservas 568 363 (205) Diferença de critério de reconhecimento do

ajuste MTM da BVEPc

Total 99.420 98.996 (424)

1 - Refere-se ao Consolidado Prudencial (Documento 4060 do Banco Central do Brasil).

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

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C. Governança Interna

A estrutura de governança da Instituição é composta por fóruns colegiados, formalmente organizados e com delegação de alçadas. Cada órgão de governança tem papel, escopo e composição definido em norma dedicada, que especifica as responsabilidades de gestão e de monitoramento e acompanhamento de riscos.

1. Comitês

A Instituição conta com comitês deliberativos de forma a garantir a adequada gestão dos riscos e do seu capital. Destacam-se o Comitê de Riscos e Controles (CRC) como o principal fórum de gerenciamento de riscos e controles, e em um nível superior, o Comitê Executivo (ComEx), que também realiza o acompanhamento o desempenho geral dos demais fóruns. O corpo diretivo é responsável pela aprovação da criação, composição e atribuições de cada Comitê.

A figura abaixo descreve a estrutura de governança vigente a partir de janeiro/2017.

Comitê Executivo

Comitê de CréditoComitê de Riscos e

ControlesComitê de ALM e

TributosComitê de Gestão

de PessoasComitê de Produtos

e Tecnologia

A estrutura de governança interna garante que todas as partes interessadas contribuam efetivamente no processo interno de gestão e mitigação de riscos e de avaliação da adequação de capital. Conforme detalhado abaixo, todos os órgãos têm uma atuação relevante na gestão dos riscos e do capital da Instituição.

Comitê Executivo – ComEx

• Atribuições: definição da estratégia e acompanhamento do desempenho geral da Instituição, do contexto do mercado e de todos os temas abordados nos comitês, devendo deliberar sobre questões que exigem a participação da alta administração ou arbitrar em caso de empate na votação dos demais Comitês.

• Periodicidade: semanal.

• Reporte: Conselho de Administração.

Comitê de Riscos e Controles (CRC)

• Atribuições: elaborar proposta do apetite de riscos (a ser ratificada pelo Conselho de Administração) e monitorar os indicadores de riscos relevantes, tanto financeiros quanto não financeiros; avaliar e aprovar as operações que possam impactar no consumo ou base de capital; acompanhar a evolução dos índices de capital e o planejamento de capital para três anos; monitorar reservas de liquidez e caixa; deliberar sobre políticas e indicadores de Riscos, Compliance, Controles Internos e PLD; ratificar e acompanhar o teste de estresse integrado de capital; avaliar, monitorar e controlar atividades desempenhadas por Controles Internos, Compliance, Segurança da Informação, Plano de Continuidade de Negócios e Prevenção a Lavagem de Dinheiro; monitorar e controlar ações de correção para deficiências identificadas pelas auditorias Interna e Externa, órgãos reguladores e entidades de autorregulação, deliberar e acompanhar assunções de risco; aprovar relatórios de demandas regulamentares; e encaminhar propostas ao Comitê Executivo e ao Conselho de Administração no que se refere a ações para gerenciamento e controle de riscos, capital e controles, quando necessário.

• Periodicidade: quinzenal.

• Reporte: Comitê Executivo.

Comitê de ALM e Tributos

• Atribuições: avaliar e propor iniciativas visando proteger e maximizar o balanço estrutural do Banco sob o ponto de vista econômico-financeiro, contábil e fiscal; avaliar descasamentos (“gaps”) dos resultados contábeis e fiscais dos veículos legais, bem como as assimetrias; realizar o acompanhamento mensal dos resultados não reconhecidos (RNR), contábeis e fiscais; acompanhar a efetividade dos programas de hedge accounting, propor e revisar periodicamente estratégias de gestão de ativos e passivos, orientar e solicitar estudos ao Grupo de Trabalho de ALM e aprovar iniciativas ou alterações relevantes nas políticas de hedge propostas por ele; analisar cenários e indicadores macroeconômicos; propor estratégias de otimização de capital do Banco; avaliar e aprovar propostas para maximizar a eficiência fiscal do Conglomerado

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Financeiro Votorantim, assim como reorganizações societárias; avaliar riscos fiscais que possam impactar o balanço das empresas do Conglomerado Financeiro; dentre outros.

• Periodicidade: quinzenal. • Reporte: Comitê Executivo.

Comitê de Gestão de Pessoas

• Atribuições: analisar, aprovar e se necessário transmitir ao Comitê Executivo as estratégias e ações no que diz respeito a: práticas de Recursos Humanos com impacto institucional em atração, desenvolvimento e retenção de talentos; estrutura organizacional que envolva mudanças nas diretorias e promoções para níveis executivos; planejamento sucessório; gestão de performance e cultura organizacional; validar as estratégias da Área de Recursos Humanos por meio do acompanhamento dos seus resultados; apoiar os processos de gestão de mudanças e fortalecimento da cultura da Organização; zelar pelo cumprimento do código de conduta da Organização; dentre outros.

• Periodicidade: bimestral. • Reporte: Comitê Executivo. Comitê de Produtos e Tecnologia

• Atribuições: aprovar novos negócios, novos produtos ou serviços e soluções digitais; revisar periodicamente o catálogo de produtos e serviços; acompanhar o desempenho operacional de produtos e serviços; aprovar portfólio e roadmap dos projetos de TI; acompanhar indicadores da carteira de projetos, com avaliação de plano de ação para indicadores com status “em atraso” e “em atenção”; deliberar sobre repactuações, segregações e replanejamento de projetos; dentre outros.

• Periodicidade: mensal.

• Reporte: Comitê Executivo.

Comitê de Crédito

• Atribuições: avaliar a viabilidade de aprovação de limites e/ou operações de crédito encaminhadas pelas áreas comerciais, avaliar as negociações ou acordos para regularização de créditos problemáticos e baixa das restrições de crédito (temporárias ou definitivas) a pessoas, grupos e setores da economia.

• Periodicidade: semanal.

• Reporte: Comitê Executivo.

2. Estrutura Organizacional

Para a execução das atividades de gestão de riscos e capital, o Banco conta com áreas dedicadas que são responsáveis pelos controles consolidados de riscos e de capital. Os principais processos referentes à gestão de risco e capital estão sob responsabilidade da Diretoria Executiva de Riscos, Diretoria Executiva de Controles e Governança, e Diretoria Executiva de Processamento de Operações, Finanças e Relações com Investidores. A seguir, é apresentada a estrutura destas diretorias:

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As atribuições das estruturas especializadas para o gerenciamento de riscos são detalhadas nos capítulos subsequentes, quando da apresentação da abordagem utilizada pelo Banco para gestão e controle de cada tipo de risco.

Adicionalmente destaca-se a atuação da Auditoria Interna e também das áreas de Controles Internos, Compliance e Validação Independente de Modelos que tem por atribuição garantir a avaliação ampla e independente da adequação das metodologias adotadas para gestão integrada de riscos, contemplando a avaliação da governança, dos processos internos, do entorno tecnológico, do cumprimento regulatório e da modelagem.

3. Políticas, Normas, Procedimentos e Manuais

O processo de gerenciamento de riscos e capital conta com um conjunto de documentos que estabelece as principais diretrizes que devem ser observadas nas atividades de gerenciamento de riscos.

O nível de detalhamento destes normativos está estruturado em função do objetivo de cada documento e organizado conforme a hierarquia apresentada a seguir:

Políticas Corporativas:

Princípios e diretrizes fundamentais estabelecidas pelo nível máximo da hierarquia e aplicadas para toda a organização e que norteiam as demais normas, procedimentos e manuais de produtos e serviços.

Normas:

Regras estabelecidas para definir as atividades e a forma como os procedimentos são organizados, aprofundando os aspectos abordados nas políticas corporativas.

Procedimentos:

Regras operacionais estabelecidas para descrever as atividades e as etapas de sua execução, detalhando os aspectos abordados nas normas.

Manuais de Produtos, Serviços, Sistemas e de Modelagens de Cálculo:

Conjunto de documentos que compilam as principais características sobre a estruturação dos produtos, serviços, sistemas e metodologias de cálculos utilizados.

Estes normativos estão publicados para consulta interna no Portal Corporativo (intranet) e são revistos e atualizados em periodicidades específicas para cada tipo de documento, ou quando há mudanças significativas nos objetivos e estratégias do negócio ou no enfoque e na metodologia de gestão do risco.

4. Fluxo Estruturado de Informações

A Instituição tem como prática a comunicação de informações sobre riscos e capital por meio de reportes com periodicidades específicas aos envolvidos nos processos e Alta Administração, o que reforça o monitoramento tempestivo das informações que subsidiam as decisões corporativas.

Conselho de Administração

Comitês

Gestores de Risco, Controles e Unidades de

Negócio

.

.

.

.

.

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A Instituição adota uma abordagem integrada para gestão de riscos e capital, que tem por objetivo organizar o processo

decisório e definir os mecanismos de controle dos níveis de risco aceitáveis e compatíveis com o volume de capital disponível,

em linha com a estratégia de negócio adotada. A consolidação dos riscos abrange as exposições relevantes inerentes às linhas

de negócio da Instituição, agrupados principalmente nas seguintes categorias de riscos: de mercado, de liquidez, de crédito e

operacional. Isto é feito por meio de processo estruturado que compreende o mapeamento, a apuração e a consolidação dos

valores em risco.

Os níveis de exposição a riscos e disponibilidade de capital são monitorados por meio de uma estrutura de limites, que são

incorporados nas atividades do Banco por um processo organizado de gestão e de controle, que atribui responsabilidades

funcionais às áreas envolvidas. Destaca-se a atuação da área de Risco Integrado, que é responsável pela coordenação

(processual e metodológica) do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), elaboração do Dashboard de

apetite de riscos, matriz de riscos materiais, acompanhamento de planos de ação e atualização de normas, coordenação do

Comitê de Riscos e Controles (CRC), e a elaboração do presente documento. O envolvimento da Alta Administração se dá no

acompanhamento e na execução das ações necessárias à gestão dos riscos materiais aos quais está exposta a Instituição.

D. Gerenciamento de capital

Seguindo as regulamentações do Bacen e em consonância com as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, o Banco adota as diretrizes prudenciais de gestão de capital visando uma administração eficiente e sustentável de seus recursos e colaborando para a promoção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional.

Em linha com a Resolução nº 3.988 do Conselho Monetário Nacional (CMN), Resolução nº 4.557 e Circular nº 3.846 do Bacen, a Instituição dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do capital, aprovado pelo Conselho de Administração, em consonância com o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), contemplando os seguintes itens:

• Identificação e avaliação dos riscos relevantes;

• Políticas e estratégias documentadas;

• Plano de capital para três anos, abrangendo metas e projeções de capital, principais fontes de captação e plano de contingência de capital;

• Testes de estresse e seus impactos no capital;

• Relatórios gerenciais para a Alta Administração (diretoria e Conselho de Administração);

• Avaliação de Suficiência de Capital na Visão Regulatória e Econômica; e

• Relatório Anual do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP).

1. Suficiência de Capital (visão Regulatória)

A gestão do capital na Instituição é realizada com o objetivo de garantir a adequação aos limites regulatórios e o estabelecimento de uma base sólida de capital que viabilize o desenvolvimento dos negócios e operações de acordo com o plano estratégico do Banco.

Visando à avaliação da suficiência de capital para fazer frente aos riscos associados e ao cumprimento dos limites operacionais regulatórios, o Banco elabora anualmente um plano de capital considerando projeções de crescimento da carteira de empréstimos e demais operações e ativos. Mensalmente após a apuração do Patrimônio de Referência (PR) e do Capital Exigido, são divulgados relatórios gerenciais de acompanhamento do capital alocado para riscos e os índices de capitais (Basileia, Nível I e Principal) para as áreas envolvidas.

1.1 Basileia III

As novas regras de requerimento de capital de Basileia III passaram a vigorar no Brasil em outubro de 2013, e estabelecem as novas definições e os novos requerimentos mínimos de capital, assim como definem quais empresas deverão compor o Balanço Consolidado Prudencial a ser utilizado para apuração da base de capital e do capital exigido.

O cronograma abaixo, definido pelo Bacen, apresenta a adequação necessária para implementação, no Brasil, dos requisitos definidos em Basileia III:

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Cronograma de Implementação de Basileia III 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Capital Principal 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5% 4,5%

Capital Nível I 5,5% 5,5% 6% 6% 6% 6% 6%

Capital Total (PR) 11% 11% 11% 9,875% 9,25% 8,625% 8%

Adicional de Capital - - - - - - -

Limite Inferior - - - 0,625% 1,25% 1,875% 2,5%

Limite Superior - - - 1,25% 2,5% 3,75% 5%

Capital Principal com Adicional (Limite Inferior) 4,5% 4,5% 4,5% 5,125% 5,75% 6,375% 7%

Capital Principal com Adicional (Limite Superior) 4,5% 4,5% 4,5% 5,75% 7% 8,25% 9,5%

Capital Nível I com Adicional (Limite Inferior) 5,5% 5,5% 6% 6,625% 7,25% 7,875% 8,5%

Capital Nível I com Adicional (Limite Superior) 5,5% 5,5% 6% 7,25% 8,5% 9,75% 11%

Capital Total com Adicional (Limite Inferior) 11% 11% 11% 10,5% 10,5% 10,5% 10,5%

Capital Total com Adicional (Limite Superior) 11% 11% 11% 11,125% 11,75% 12,375% 13%

Deduções dos Ajustes Prudenciais - 20% 40% 60% 80% 100% 100%

Nas próximas seções será apresentada a composição do Patrimônio de Referência (PR) e a composição dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), sob a ótica do Balanço Consolidado Prudencial, e os indicadores de capital.

1.2 Capital Disponível (Patrimônio de Referência, Capital Nível I e Capital Principal)

O Capital Disponível, classificado como Patrimônio de Referência (PR), Capital Nível I e Capital Principal é o patrimônio utilizado como base para verificação do cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras. O Patrimônio de Referência (PR) é obtido pela soma do Capital Nível 2 e Capital Nível 1, sendo este último obtido pela soma do Capital Principal e Capital Complementar, conforme definidos na Resolução nº 4.192 e nº 4.193 do CMN. O Capital Principal é composto pelo Patrimônio Líquido e deduções específicas.

A Instituição encerrou set-17 com um Patrimônio de Referência de R$ 8,8 bilhões, apresentando aumento de R$ 630 milhões (7,7%) em relação ao PR de jun-17, sendo que 74,8% do valor do PR é composto por Capital de Nível I. O Capital Nível I, composto 100% por Capital Principal, encerrou set-17 em R$ 6,6 bilhões, apresentando aumento de R$ 336 milhões em relação ao trimestre anterior.

Apresentamos a baixo o detalhamento da composição do patrimônio de referência do Banco:

Tri Ano

Patrimônio Líquido Consolidado 8.544 8.288 8.254 3,1% 3,5%

Deduções do Capital Principal (1.952) (2.032) (1.360) -3,9% 43,5%

Capital Principal 6.592 6.255 6.894 5,4% -4,4%

Instrumentos elegíveis a compor o Capital Complementar - - - N/A N/A

Deduções do Capital Complementar - - - N/A N/A

Capital Complementar - - - N/A N/A

Nível I (Capital Principal+Capital Complementar) 6.592 6.255 6.894 5,4% -4,4%

Instrumentos elegíveis para compor Nível II 2.216 1.923 2.843 15,3% -22,0%

Nível II 2.216 1.923 2.843 15,3% -22,0%

Patrimônio de Referência (Nível I+Nível II) 8.808 8.178 9.737 7,7% -9,5%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição do Patrimônio de Referência (PR) set-17 jun-17 set-16Variação

Informações adicionais sobre os instrumentos que compõe o PR estão disponíveis no capítulo F (Anexo 1 e Anexo 2) do presente relatório.

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1.3 Ativos Ponderados pelo Risco

O RWA, conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN, é composto pela soma dos ativos ponderados pelo risco referentes aos riscos de crédito, mercado e operacional:

Sendo que:

• RWACPAD: é parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada (Circular nº 3.644 do Bacen);

• RWACAM: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial (Circular nº 3.641 do Bacen);

• RWAJUR: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação de taxas de juros classificadas na carteira de negociação (Circulares nº 3.634, nº 3.635, nº 3.636 e nº 3.637 do Bacen);

• RWACOM: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação dos preços de mercadorias – commodities (Circular nº 3.639 do Bacen);

• RWAACS: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições sujeitas à variação do preço de ações classificadas na carteira de negociação (Circular nº 3.638 do Bacen);

• RWAOPAD: parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) relativa ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante abordagem padronizada (Circular nº 3.640 do Bacen).

O Capital Exigido é obtido a partir das parcelas dos Ativos Ponderados pelo Risco, sendo apurado da seguinte maneira:

Capital Exigido = Fator F x RWA

Onde Fator F é igual:

2015 2016 2017 2018 2019

11% 9,875% 9,25% 8,625% 8%

A evolução da composição do RWA é apresentada de forma consolidada por meio da tabela abaixo:

Trimestre Ano

Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) 60.213 60.446 62.615 -0,4% -3,8%

Risco de Crédito (RWACPAD) 53.267 53.575 56.871 -0,6% -6,3%

Risco de Mercado (RWAMPAD) 1.557 1.719 1.130 -9,5% 37,8%

Risco Operacional (RWAOPAD) 5.390 5.151 4.615 4,6% 16,8%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) set-17 jun-17 set-16Variação

A seguir, é apresentada em detalhes a composição do RWA pelos Riscos de Crédito, Mercado e Operacional.

Risco de Crédito Risco de Mercado

RWACAM + RWAJUR + RWACOM + RWAACS RWACPAD RWAOPAD RWA = + +

Risco Operacional

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1.3.1 Ativos Ponderados de Risco de Crédito (RWACPAD)

A Instituição utiliza a Abordagem Padronizada, definida pela Circular nº 3.644 do Bacen, para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do requerimento de capital (RWACPAD). O valor apurado para o RWACPAD é reportado mensalmente para a Alta Administração, juntamente com o quadro do Índice de Basileia.

Trimestre Ano

Risco de Crédito (RWACPAD) 53.267 53.575 56.871 -0,6% -6,3%

FPR de 2% 28 30 47 -5,6% -40,3%

FPR de 20% 218 271 281 -19,5% -22,7%

FPR de 50% 1.403 1.407 1.931 -0,3% -27,3%

FPR de 75% 24.237 23.614 23.193 2,6% 4,5%

FPR de 85% 8.288 9.453 10.470 -12,3% -20,8%

FPR de 100% 16.188 15.818 16.942 2,3% -4,4%

FPR de 150% - - - N/A N/A

FPR de 250% 1.888 1.816 1.872 4,0% 0,8%

FPR de 300% 653 688 1.396 -5,0% -53,2%

FPR de 1081,08%1 - 76 84 -100,0% -100,0%

Sem Fator de Ponderação de Risco Especificado 363 403 653 -10,0% -44,5%

Variação

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição do RWACPAD por FPR set-17 jun-17 set-16

(1)   Refere-se ao RWA dos ativos deduzidos da apuração do Capital Principal, conforme resolução vigente.

1.3.2 Ativos Ponderados de Risco de Mercado (RWAMPAD)

A Instituição utiliza a abordagem padronizada para o cálculo da parcela dos ativos ponderados de risco (RWA), relativa ao cálculo de capital requerido para risco de mercado (RWAMPAD). Conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN, a parcela RWAMPAD consiste no somatório dos seguintes componentes: RWACAM, RWAJURS, RWACOM e RWAACS. A tabela abaixo apresenta os valores dos ativos ponderados de risco de mercado (RWAMPAD):

Trimestre Ano

Risco de Mercado (RWAMPAD) 1.557 1.719 1.130 -9,5% 37,8%

RWACAM 724 744 147 -2,8% 391,0%

RWAJURS 725 909 944 -20,2% -23,2%

RWAJUR [1] 167 228 126 -26,7% 32,4%

RWAJUR [2] 51 317 157 -84,1% -67,8%

RWAJUR [3] 507 363 661 39,7% -23,2%

RWAJUR [4] - - - N/A N/A

RWACOM - - - N/A N/A

RWAACS 108 66 38 62,7% 184,7%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição do RWAMPAD set-17 jun-17 set-16Variação

A tabela a seguir apresenta o valor das operações sujeitas à variação taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação (RBAN):

Trimestre Ano

RBAN 155 269 257 -42,2% -39,6%

1 - Operação não classificada na carteira de negociação.

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Valor do PR disponível para cobertura da RBAN(1) set-17 jun-17 set-16Variação

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Conforme definido pela Resolução nº 4.193 do CMN:

• RWACAM: Operações sujeitas às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à variação cambial;

• RWAJURS: Operações sujeitas à variação de taxas de juros, sendo: ✓ RWAJUR [1]: Variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real; ✓ RWAJUR [2]: Variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras; ✓ RWAJUR [3]: Variação de taxas dos cupons de índices de preços; ✓ RWAJUR [4]: Variação de taxas dos cupons de taxas de juros.

• RWACOM: Operações sujeitas à variação dos preços de mercadorias (commodities);

• RWAACS: Operações sujeitas à variação do preço de ações;

• RBAN: Operações sujeitas à variação taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.

1.3.3 Ativos Ponderados de Risco Operacional (RWAOPAD)

A Instituição utiliza a Abordagem Padronizada Alternativa (ASA) definida pela Circular nº 3.640 do Bacen para cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco (RWA), relativa ao cálculo de capital requerido para risco operacional (RWAOPAD). A tabela a seguir apresenta a abertura dos ativos ponderados de risco operacional:

Trimestre Ano

Risco Operacional (RWAOPAD)1 5.390 5.151 4.615 4,6% 16,8%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

1 - Parcela de Risco Operacional para as empresas financeiras.

Composição do RWAOPAD set-17 jun-17 set-16Variação

Trimestre Ano

Risco Operacional (Capital Exigido)1 532 509 508 4,6% 4,8%

1 - Parcela de Risco Operacional para as empresas financeiras.

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Capital Exigido de Risco Operacional set-17 jun-17 set-16Variação

1.3.4 Análise da Suficiência de Capital (Visão Regulatória)

A análise da suficiência de capital na visão regulatória tem como objetivo avaliar se a Instituição possui Patrimônio de Referência (capital disponível) em nível superior ao capital exigido para cobertura dos riscos de Pilar I, acrescido da exigência adicional para cobertura do risco de taxa de juros da carteira de não-negociação (RBAN) conforme Circular nº 3.365 do Bacen.

Tri Ano

Patrimônio de Referência (PR) (a) 8.808 8.178 9.737 7,7% -9,5%

Capital Nível I (b) 6.592 6.255 6.894 5,4% -4,4%

Capital Principal (c) 6.592 6.255 6.894 5,4% -4,4%

Capital Nível II 2.216 1.923 2.843 15,3% -22,0%

Total de Ativos Ponderados por Risco (RWA) (d) 60.213 60.446 62.615 -0,4% -3,8%

Risco de Crédito (RWACPAD) 53.267 53.575 56.871 -0,6% -6,3%

Risco de Mercado (RWAMPAD) 1.557 1.719 1.130 -9,5% 37,8%

Risco Operacional (RWAOPAD) 5.390 5.151 4.615 4,6% 16,8%

Capital Exigido (e) 5.570 5.591 6.183 -0,4% -9,9%

Margem do PR em relação ao Capital Exigido (a - e) 3.238 2.587 3.553 25,2% -8,9%

RBAN (f) 155 269 257 -42,4% -39,7%

Margem do PR em relação ao Capital Exigido c/ RBAN (a - e - f) 3.083 2.318 3.296 33,0% -6,5%

Adicional de Capital Principal 753 756 385 -0,4% 95,5%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Análise da Suficiência de Capital na Visão Regulatória set-17 jun-17 set-16Variação

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Em 2016 entrou em vigor a exigência de Adicional de Capital Principal (ACP), que é composto pelas parcelas de ACPConservação, ACPContracíclico e ACPSistêmico, definidas pela Resolução nº 4.193 do CMN, em conjunto com os Requerimentos Mínimos de Capital.

Tri Ano

ACPConservação 753 756 385 -0,4% 96,4%

ACPContracíclico - - - N/A N/A

ACPSistêmico - - - N/A N/A

Total de Adicional de Capital Principal 753 756 385 -0,4% 96,4%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Adicional de Capital Principal set-17 jun-17 set-16Variação

A Instituição encerrou set-17 com um Índice de Basiléia em 14,6%, com uma margem de capital, calculada pela diferença entre o PR e o Capital Exigido, de aproximadamente R$ 3 bilhões (incluindo RBAN). O índice de Capital Nível I atingiu 10,9%, o que representa aumento de 60 bps em relação ao trimestre anterior e 495 bps acima do limite regulamentar (6%), e também suficiente para cobrir o ACP de conservação (1,25%).

Tri Ano

IB - Índice de Basiléia (a / d) 14,6% 13,5% 15,6% 110 bps -92 bps

IN1 - Índice de Capital Nível I (b / d) 10,9% 10,3% 11,0% 60 bps -6 bps

ICP - Índice de Capital Principal (c / d) 10,9% 10,3% 11,0% 60 bps -6 bps

RA - Razão de Alavancagem 5,5% 5,0% 5,5% 53 bps 0 bps

Consolidado Prudencial

Índices set-17 jun-17 set-16Variação

Abaixo a evolução do Índice de Basileia e Capital de Nível I sob a ótica regulatória entre set-16 e set-17:

9.7379.218

8.010 8.1788.808

6.183 6.047 5.631 5.591 5.570

3.553 3.1722.380 2.587

3.238

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10. 000

12. 000

14. 000

16. 000

18. 000

set-16 dez-16 mar-17 jun-17 set-17

Suficiência de Capital

Patrimônio de Referência (PR) Capital Exigido Margem(1)

(1) Margem apurada considerando o Capital Exigido pelo Pilar I do acordo de Basileia. Não Considera Rban.

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16

11,0% 11,2%10,1% 10,3%

10,9%

6,0%

set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17

Índice de Capital Nível I

Índice de Capital Nível I * Limite Regulatório de Capital de Nível I

(*) Para o período analisado Capital de Nível I igual ao Capital Principal

15,6% 15,1%

13,2% 13,5%

14,6%

9,875% 9,250%

set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17

Índice de Basileia

Índice de Basileia Limite Regulatório do Índice de Basiléia

2. Razão de Alavancagem

A partir de 1º de outubro de 2015, entrou em vigor a Circular nº 3.748, que dispõe sobre a metodologia para a apuração da

Razão de Alavancagem (RA). Esta circular está alinhada com as recomendações contidas nos documentos de Basileia III,

divulgadas com o objetivo de aperfeiçoar a capacidade das instituições financeiras absorverem choques provenientes do

próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, propiciando a manutenção da estabilidade financeira.

A Razão de Alavancagem (RA), conforme estabelecido na circular, é definida pela razão do Nível I sobre a Exposição Total da

Instituição:

Sendo que:

• Nível I: corresponde ao somatório do Capital Principal e do Capital Complementar, conforme definido na Resolução nº 4.192;

• Exposição Total: é apurada mediante a utilização de informações contábeis líquidas de provisões, adiantamentos recebidos,

rendas a apropriar e sem a dedução de nenhum tipo de mitigador, conforme definido pela Circular nº 3.748.

Em set-17, o indicador de Razão de Alavancagem encerrou em 5,5%. As informações detalhadas sobre o RA estão disponíveis

no Anexo 3.

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Trimestre Ano

Razão de Alavancagem 5,5% 5,0% 5,5% 53 bps 0 bps

Nível I 6.592 6.255 6.894 5,4% -4,4%

Exposição Total 118.983 124.789 124.510 -4,7% -4,4%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Composição RA set-17 jun-17 set-16Variação

3. Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital – ICAAP2

Em linha com a Resolução nº 3.988 e Circular nº 3.547 do Bacen, a Instituição realiza o Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP) e seu respectivo relatório é disponibilizado ao Bacen anualmente, abrangendo o plano de capital, teste de estresse, plano de contingência de capital e gestão e avaliação da necessidade de capital frente aos riscos relevantes a que o Banco está exposto, entre outros temas.

Conforme o relatório ICAAP da data-base 31 de dezembro de 2016, a Instituição considera estar em níveis adequados de capitalização, uma vez que tanto o capital regulatório atual, quanto as projeções de capital alinhadas às estratégias para os próximos três anos, estão aderentes aos limites regulatórios e limites internos.

2 Internal Capital Adequacy Assessment Process.

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E. Gerenciamento de Riscos

O gerenciamento de riscos na Instituição é realizado para os riscos considerados relevantes pela Alta Administração (Riscos Materiais), os quais são tratados e monitorados por meio de processos específicos.

A identificação dos riscos materiais é realizada de maneira recorrente, a partir de metodologia interna específica e com a participação da área de riscos nos comitês relacionados à gestão dos negócios, tais como o Comitê Executivo e Comitê de Tecnologia, Projetos e Produtos.

1. Risco de Crédito

O objetivo da gestão do risco de crédito é apoiar a Alta Administração no processo decisório, definindo estratégias e políticas, estabelecendo limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis considerados aceitáveis pela administração da Instituição.

1.1 Definição

O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador, emissor ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados com o Banco Votorantim.

1.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 3.721 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de crédito aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de crédito contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Manuais e documentos contendo a estrutura organizacional, produtos relevantes, políticas corporativas, normas e procedimentos contendo fluxos e regras relacionados aos processos de governança, negócios e suporte de crédito;

• Ambiente tecnológico englobando o ciclo de crédito com abrangência desde a admissão do risco, seu acompanhamento e monitoramento, até a reestruturação quando aplicável;

• Processo de validação cobrindo os riscos envolvidos em sistemas, acurácia dos modelos para cálculo e qualidade dos dados processados, bem como, a abrangência dos documentos;

• Estrutura de comitês e alçadas de aprovação de crédito;

• Critérios e procedimentos de seleção de clientes e prevenção à lavagem de dinheiro;

• Normas de análise, concessão e gestão de crédito;

• Procedimentos de análise, aprovação e liberação de novos produtos com risco de crédito;

• Classificação da carteira em níveis de risco, ponderando o rating dos clientes, as garantias envolvidas e atrasos das operações;

• Acompanhamento de concentrações setoriais e de grupos econômicos, bem como, monitoramento dos limites internos e regulatórios definidos dentro das políticas e normas;

• Gestão de limites e risco de crédito de contraparte de instrumentos derivativos financeiros;

• Avaliação do risco em operações de venda ou transferência de ativos;

• Procedimentos formalizados contemplando o fluxo de recuperação de créditos;

• Estabelecimento de limites para a realização de operações sujeitas ao risco de crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado (grupo com interesse econômico comum) e de tomadores ou contrapartes com características semelhantes;

• Controle de garantias e instrumentos de mitigação de risco de crédito;

• Monitoramento da carteira ativa de crédito por meio de indicadores com o objetivo de minimizar o risco de perdas;

• Realização de testes de estresse, mensurando o efeito combinado de movimentos adversos em indicadores macroeconômicos, estimando impactos financeiros afetando a inadimplência, provisões e consequentemente, o capital disponível e exigido;

• Emissão de relatórios gerenciais periódicos para a Alta Administração, com indicadores do desempenho do gerenciamento do risco em decorrência das políticas e estratégias adotadas; e

• Procedimentos documentados de exceções à política.

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Adicionalmente, as atividades de gerenciamento de risco de crédito são realizadas por unidades específicas de controle, fortalecendo a atuação das mesmas com independências em relação às suas unidades de negociação, provendo a Alta Administração uma visão global das exposições do Banco Votorantim aos riscos.

1.3 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco de crédito compreendem um conjunto de atividades estratégicas, táticas e operacionais que permeiam toda a ‘cadeia de negócio’, desde o desenvolvimento de produtos, a concessão de limites, gestão da carteira, informações gerenciais, cobrança e recuperação de crédito, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.

Estrutura da Diretoria Executiva de Riscos

As funções de gerenciamento de risco de crédito são desempenhadas por unidades formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas.

• Gestão de Risco de Crédito Varejo

Tem como missão direcionar e monitorar continuamente o risco de crédito dos produtos de varejo, visando mitigar os riscos associados por meio de análises e estudos técnicos que podem resultar em políticas e monitorando indicadores de deterioração de risco de forma tempestiva. É composta por três estruturas, a saber:

Área Atribuição

Gestão de Risco de Crédito Varejo

• GRC Veículos e Consignados: responsável pela gestão do risco de crédito da carteira de financiamento de veículos e crédito consignado, construindo estratégias de contorno de risco e prezando pelo controle minucioso da perda, agindo tempestivamente no controle do apetite de riscos, sempre mantendo as políticas vigentes documentadas e atualizadas;

• GRC Cartões e Crédito Pessoal: responsável pela gestão do risco de crédito de Cartões e Crédito Pessoal, prezando pelo controle minucioso e agindo tempestivamente no controle do apetite de riscos, sempre mantendo as políticas vigentes documentadas e atualizadas;

• Infraestrutura Varejo: responsável pela elaboração das demandas direcionadas a TI no que se refere a desenvolvimento de soluções tecnológicas, garantindo que as necessidades dos usuários sejam adequadamente refletidas nos sistemas, bem como sua gestão e manutenção;

• MIS e PDD Varejo: responsável pelos relatórios de mensuração e controle das exposições e dos principais indicadores da carteira do varejo, em nível agregado (visão de portfólio) e cálculo da Provisão para Devedores Duvidosos – PDD.

• Analytics e Inovação: área responsável em extrair valores através de análises de dados não estruturados e implantação de modelos disruptivos nos diversos segmentos do banco.

• BI: Área responsável pela execução de projetos de BI (Business Inteligence), gestão de informações, otimização de processos e gestão de custos.

Modelagem Crédito e Cobrança

• Responsável pelo desenvolvimento de modelos estatísticos, tais como Credit Score, Behaviour Score, Collection Score, modelos de fraudes e classificação de empresas, em linha com as exigências do novo acordo de Basiléia.

Gestão de Risco de Fraudes

• Responsável pelo orçamento de fraude e pela análise das tendências das fraudes visando identificar riscos e deficiências nos processos;

• Elaboração e manutenção das estratégias/regras preventivas visando mitigar as fraudes nos produtos do Varejo;

• Elaboração e manutenção de procedimentos e scripts junto às equipes operacionais (Atendimento, Cobrança, Operações e Comercial);

• Gestão das operações de prevenção a fraudes terceirizadas (Ex: DXC, ClearSale);

• Avaliação de novas soluções de combate às fraudes e atuação nos projetos que envolvam o processo de prevenção a fraudes.

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• Gestão de Risco de Crédito Atacado

Tem como missão direcionar e monitorar continuamente o risco de crédito do segmento de Atacado, visando mitigar os riscos associados. É composta por quatro estruturas, a saber:

Área Atribuição

Políticas de Crédito

• Responsável por elaborar análises e estudos técnicos que podem resultar em políticas identificando,

mensurando e mitigando o risco de crédito do segmento de Atacado; elaboração e atualização do teste

de estresse e Capital Econômico de Risco de Crédito. Adicionalmente, a gerência ainda tem como

objetivo zelar pela aderência das políticas de risco de crédito do Atacado aos dispositivos regulatórios,

bem como atender às demandas regulatórias internas e externas no que tange ao risco de crédito do

atacado. É também responsável pelo desenvolvimento, gerenciamento e acompanhamento da

efetividade dos modelos estatísticos utilizados nas classificações de risco de crédito, tais como:

Classificação de Risco de Crédito (“Rating”) e parâmetros de PD/ LGD.

MIS e PDD Atacado • Responsável pela mensuração e controle das exposições e dos principais indicadores da carteira do

atacado em nível agregado (visão de portfólio) e cálculo da Provisão para Devedores Duvidosos – PDD.

Infraestrutura Atacado • Responsável pela elaboração das demandas direcionadas à TI no que se refere a desenvolvimento de

soluções tecnológicas, garantindo que as necessidades dos usuários sejam adequadamente refletidas nos sistemas, bem como sua gestão e manutenção.

Capital Regulatório e Risco Socioambiental

• Responsável pela apuração e análise do capital regulatório de risco de crédito, dos índices de capital (Basileia, Nível I e Principal) e por avaliar os aspectos socioambientais com os quais o cliente esteja envolvido estabelecendo o seu nível de risco socioambiental e emitir parecer socioambiental para subsidiar a área de Concessão de Crédito no processo decisório de crédito.

Estrutura da Diretoria de Concessão de Crédito

Área Atribuição

Crédito CIB - Corporate & Investment Banking

• Responsável pelo processo de análise e aprovação de crédito do CIB participa dos comitês decisórios da área, acompanha a estratégia de negócio com base nos cenários de mercado e políticas internas de crédito e orienta os gerentes comerciais em relação às melhores práticas de crédito, visando o crescimento sustentável e o alinhamento com os objetivos estratégicos da organização.

Concessão de Crédito Varejo

• Responsável pela análise individual, quando necessário, das solicitações de crédito produzidas por intermédio das estruturas comerciais corporativas do segmento Varejo, assegurando que as mesmas sejam tratadas com aderência às normas e procedimentos e aos respectivos níveis de alçada de cada operação, bem como pelo controle da exposição de risco da carteira.

Monitoramento de Crédito

• Responsável pelo monitoramento recorrente das carteiras do banco de atacado, detectando sinais de alerta que identifiquem, com propriedade, antecedência e de forma tempestiva, a deterioração de crédito em níveis individual e agregado.

Planejamento e Controle • Responsável por realizar análises, propor ações, planejar e acompanhar a atuação da Concessão de

Crédito visando garantir maior eficiência em cada processo, de forma a mitigar os riscos associados.

Estrutura da Diretoria de Corporate & Investment Banking

Área Atribuição

Reestruturação de Crédito & Gestão de

Portfólio de Riscos (GPR)

• Responsável pelo acompanhamento diário das operações de clientes ativos com operações vencidas e

a vencer, incluindo visitas e/ou conference calls para atuação de acompanhamento das operações a

vencer, cobrança e/ou renegociações de dívidas (quando detectado a ausência da capacidade de

pagamento aos compromissos) com reporte ao Comitê de Crédito. Atuação conjunta com a área de

Jurídico Contencioso nas situações que apresentam impossibilidade de renegociações ou já lançadas à

prejuízo da carteira GPR, visando a recuperação de crédito.

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Estrutura da Diretoria de Varejo

Área Atribuição

Recuperação de Crédito Varejo

• Responsável pela gestão de créditos inadimplentes, nas esferas administrativa e contenciosa, para todos os produtos do varejo (Veículos, Consignado, Cartões, Crédito Pessoal e CDC); geração das informações gerenciais da área (MIS) e elaboração do orçamento das linhas da DRE relacionadas à recuperação de crédito.

Planejamento de Cobrança Varejo

• Responsável pela definição, implantação e acompanhamento das políticas e estratégias de cobrança; parametrização e manutenção dos sistemas gestores da carteira em cobrança; conceituação, especificação e implantação de projetos e processos de cobrança; gestão da qualidade e processos de back office da cobrança.

Gestão BNDU – Bens não de Uso

• Responsável pela gestão do BNDU, contemplando os processos de remoção, guarda, regularização de documentação e venda das garantias retomadas.

1.4 Gestão do Risco de Crédito

A Instituição realiza a gestão do risco de crédito por intermédio da adoção de instrumentos e ferramentas que permitem a identificação, mensuração, avaliação, mensuração, monitoramento, reporte e controle do risco incorrido em suas atividades nas principais etapas do risco de crédito, sendo elas a concessão de crédito, monitoramento de crédito e recuperação de crédito.

• Concessão de Crédito: O processo de concessão de crédito do segmento de Atacado é pautado por avaliações detalhadas

dos clientes que desejam renovar ou solicitar crédito para os seus negócios. No processo de admissão, a Instituição conta

com sistema para cadastro de clientes (conheça seu cliente - Know Your Client “KYC”), concessão e aprovação de propostas de limites de crédito. Na avaliação são considerados aspectos relativos ao controle acionário e à gestão da empresa, informações econômico-financeiras, ambiente competitivo, aspectos de mercado e setor econômico, entre outros. Adicionalmente, o rating do cliente é obtido por meio de consulta e cálculo no sistema de rating. Após a avaliação é elaborada uma apresentação de crédito, que compila os principais pontos de riscos e seus mitigantes, incluindo o risco socioambiental, que devem ser analisados pelos Comitês de Crédito. Já no segmento de Varejo, as propostas de crédito tramitam por sistema automatizado e parametrizado, suportado por modelos estatísticos, que propiciam maior agilidade e confiabilidade na tomada de decisão sobre a concessão do crédito. Para casos onde os modelos estatísticos não decidem automaticamente, a mesa de crédito realiza uma verificação mais detalhada de todos os aspectos que envolvem o contrato, com intuito de decidir o crédito.

• Monitoramento de crédito: O objetivo é realizar o monitoramento recorrente das carteiras do segmento de Atacado, capturando sinais de alerta que identifiquem, com propriedade, antecedência e de forma tempestiva, a deterioração de crédito em nível individual e agregado visando assegurar a boa qualidade do portfólio. No Varejo, a Instituição realiza o monitoramento do risco de crédito por meio de indicadores de desempenho e relatórios gerenciais da carteira de crédito.

• Cobrança: A área de cobrança compõe a Diretoria de Varejo e atua a partir da identificação de inadimplência em operações de crédito. É responsabilidade da área implementar estratégias, políticas e processos voltados à maximização da recuperação dos créditos inadimplentes.

A seguir as exposições ao risco de crédito de operações com características de concessão de crédito, conforme Circ. nº 3.644:

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1.4.1 Exposição Total e Média no Trimestre

Tri Ano

Pessoa Física 33.341 32.393 31.567 3% 6%

Consignado 2.802 2.987 3.626 -6% -23%

Veículos e Arrendamento Mercantil 28.230 27.194 26.064 4% 8%

Cartão de Crédito(1) 1.884 1.819 1.533 4% 23%

Outros 425 394 344 8% 24%

Pessoa Jurídica 11.526 11.568 12.662 0% -9%

Investimento 2.967 3.080 3.350 -4% -11%

Importação e Exportação 4.050 4.106 4.536 -1% -11%

Capital de Giro, Desconto de Títulos, Conta Garantida e

Cheque Empresarial1.945 1.862 2.262 4% -14%

Crédito Rural 245 368 438 -33% -44%

Outros 2.319 2.152 2.077 8% 12%

Avais e Fianças 3.147 3.152 5.128 0% -39%

Total da Exposição 48.014 47.114 49.357 2% -3%

Valor Médio no Trimestre 47.564 48.047 49.239 -1% -3%

(1) Inclui limites

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição Total e Média no Trimestre set-17 jun-17 set-16Variação

1.4.2 Exposição por Países e Região Geográfica

Centro-

OesteNorte Nordeste Sudeste Sul Total Brasil

Pessoa Física 2.945 863 3.977 18.731 6.826 33.341 - 33.341 32.393 31.567 3% 6%

Consignado 0 - - 2.802 - 2.802 - 2.802 2.987 3.626 -6% -23%

Veículos e Arrendamento

Mercantil2.785 853 3.745 14.262 6.585 28.230 - 28.230 27.194 26.064 4% 8%

Cartão de Crédito1 107 - 188 1.432 157 1.884 - 1.884 1.819 1.533 4% 23%

Outros 53 9 43 236 84 425 - 425 394 344 8% 24%

Pessoa Jurídica 184 172 1.656 7.001 1.113 10.126 1.400 11.526 11.568 12.662 0% -9%

Investimento 61 133 113 2.282 378 2.967 - 2.967 3.080 3.350 -4% -11%

Importação e Exportação 55 - 1.340 1.572 426 3.392 658 4.050 4.106 4.536 -1% -11%

Capital de Giro, Desconto

Títulos, Conta Garantida e

Cheque Empresarial

69 39 200 1.453 184 1.945 - 1.945 1.862 2.262 4% -14%

Crédito Rural - - - 128 117 245 - 245 368 438 -33% -44%

Outros - - 3 1.566 8 1.577 742 2.319 2.152 2.077 8% 12%

Avais e Fiança 20 - 172 2.432 447 3.071 76 3.147 3.152 5.128 0% -39%

Total da Exposição 3.149 1.034 5.804 28.164 8.387 46.539 1.476 48.014 47.114 49.357 2% -3%

1 - Inclui limites

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição por países e regiões

geográficas

set-17

jun-17 set-16

Variação

BrasilTotal

Exterior

Total Brasil

+ ExteriorTri Ano

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1.4.3 Exposição por Setor Econômico

• Pessoa Física

Consignado

Veículos e

Arrendamento

Mercantil

Cartões de

crédito1

Outros

Produtos PFTotal Tri Ano

Total 2.802 28.230 1.884 425 33.341 32.393 31.567 3% 6%

1 - Inclui limites

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição Pessoa

Física

set-17

jun-17 set-16

Variação

• Jurídica e Avais e Fianças

Invest.Import. e

Export.

Cap. de Giro,

Conta Garantida,

Tit. Desc e

Cheque Emp.

Crédito

Rural

Outros

Produtos PJ

Avais e

FiançasTotal Tri Ano

AÇUCAR E ALCOOL 448 1.157 30 110 - 121 1.866 2.017 1.981 -8% -6%

INSTITUICOES FINANCEIRAS 2 - 122 - 652 691 1.467 1.369 2.577 7% -43%

PETROQUIMICA 13 1.314 41 - - 94 1.462 1.428 1.490 2% -2%

TELECOMUNICACOES 1 - 173 - - 657 831 833 916 0% -9%

VAREJO 9 - 320 - 205 148 682 798 820 -14% -17%

FERROVIAS 504 92 18 - - 32 645 652 760 -1% -15%

MINERACAO 0 29 88 - - 497 614 609 719 1% -15%

AGRONEGOCIO 71 369 54 97 - 6 596 563 768 6% -22%

GERACAO DE ENERGIA ELETRICA 330 - 1 - - 154 486 526 591 -8% -18%

GOVERNOS - - - - 437 - 437 499 573 -12% -24%

OIL & GAS 403 - - - - - 403 401 401 1% 0%

SERVICOS 113 0 177 - 15 81 386 216 288 79% 34%

PAPEL E CELULOSE 24 282 6 - - - 311 334 356 -7% -13%

SIDERURGIA 224 83 2 - - - 310 273 270 14% 15%

DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELETRICA 24 - 8 - 7 234 273 295 408 -8% -33%

TEXTIL 22 44 190 - - 1 257 191 202 35% 27%

CONSTRUCAO CIVIL - RES/COML 0 - 200 - - 55 256 284 412 -10% -38%

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA101 88 43 - 3 6 241 272 466 -11% -48%

INDUSTRIA ALIMENTICIA 24 45 121 - - 51 241 194 313 24% -23%

FRIGORIFICO 1 7 1 - 222 - 231 254 263 -9% -12%

OUTROS 654 540 350 38 777 319 2.678 2.713 3.214 -1% -17%

Total 2.967 4.050 1.945 245 2.319 3.147 14.673 14.721 17.790 0% -18%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposição por setor

econômico

Pessoa Jurídica e Avais e

Fianças

set-17

jun-17 set-16

Variação

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1.4.4 Concentração de Crédito

O Banco dispõe de processos de avaliação do risco de concentração de crédito para as carteiras de atacado e varejo, principalmente por meio de monitoramento das carteiras por diferentes dimensões e segmentos internos, divulgados em diversos relatórios. Além disso, o Banco dispõe de normas que limitam a exposição às contrapartes e setores econômicos, e monitora mensalmente alguns destes indicadores de risco de concentração de credito por meio do Dashboard de apetite a riscos. O quadro a seguir apresenta a evolução das exposições de crédito segregadas por faixa de maiores tomadores de operações com características de concessão de crédito, em valores e percentual da exposição total, conforme definições estabelecidas pela Circular nº 3.644:

Dez maiores Exposições 4.208 8,76% 4.397 9,33% 5.773 11,70% -4% -57 bps -27% -293 bps

Cinquenta maiores Exposições 9.437 19,65% 9.715 20,62% 11.802 23,91% -3% -97 bps -20% -426 bps

Cem maiores Exposições 12.192 25,39% 12.291 26,09% 14.713 29,81% -1% -69 bps -17% -442 bps

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Concentração das Exposições set-17 jun-17 set-16Variação

Tri Ano

1.4.5 Prazo a decorrer das operações

• Pessoa Física

Consignado

Veículos e

Arrendamento

Mercantil

Cartões de

crédito1

Outros

Produtos PFTotal Tri Ano

Até 6 meses; 50 480 1.884 10 2.425 2.380 2.103 2% 15%

Acima de 6 meses até 1 ano; 110 1.283 - 30 1.423 1.411 1.471 1% -3%

Acima de 1 ano até 5 anos; 1.802 26.426 - 353 28.581 27.634 26.938 3% 6%

Acima de 5 anos. 840 41 - 32 913 968 1.055 -6% -13%

Total 2.802 28.230 1.884 425 33.341 32.393 31.567 3% 6%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Prazo a decorrer

Pessoa Física

set-17

jun-17 set-16

Variação

1 - Inclui limites

• Pessoa Jurídica e Avais e Fianças

Invest.Importação e

Exportação

Cap. de Giro,

Conta

Garantida,

Tit. Desc e

Cheque Emp.

Crédito

Rural

Outros

Produtos

PJ

Avais e

FiançasTotal Tri Ano

Até 6 meses; 63 896 191 71 1.354 361 2.936 2.975 2.569 -1% 14%

Acima de 6 meses até 1 ano; 223 660 191 90 200 334 1.698 1.208 1.561 41% 9%

Acima de 1 ano até 5 anos; 1.232 2.360 1.266 85 105 415 5.463 5.848 8.313 -7% -34%

Acima de 5 anos. 1.450 134 296 - 660 2.037 4.576 4.690 5.347 -2% -14%

Total 2.967 4.050 1.945 245 2.319 3.147 14.673 14.721 17.790 0% -18%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Prazo a decorrer

Pessoa Jurídica e Avais e

Fianças

set-17

jun-17 set-16

Variação

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1.4.6 Operações em Atraso

A seguir é demonstrado o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas as operações já baixadas para prejuízo, segmentado por:

• Países e regiões geográficas do Brasil

Entre 15 e

60 dias

Entre 61 e

90 dias

Entre 91 e

180 dias

Entre 181 e

360 dias

Acima de

360Total Tri Ano

Brasil 2.134 515 851 1.048 71 4.620 4.777 5.660 -3% -18%

Centro-Oeste 217 51 69 94 12 443 450 592 -1% -25%

Norte 75 17 21 25 2 140 140 216 0% -35%

Nordeste 291 74 144 143 12 664 757 860 -12% -23%

Sudeste 1.103 270 453 641 33 2.501 2.572 2.921 -3% -14%

Sul 449 103 163 144 13 872 858 1.070 2% -19%

Exterior - - - 12 10 22 105 149 -79% -85%

Total 2.134 515 851 1.060 81 4.642 4.882 5.809 -5% -20%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Montante em atraso por

países

e região geográfica

set-17

jun-17 set-16

Variação

• Setor econômico

Entre 15 e

60 dias

Entre 61 e

90 dias

Entre 91 e

180 dias

Entre 181 e

360 dias

Acima de

360Total Tri Ano

CONSTRUCAO CIVIL - RES/COML 4 - 52 65 - 121 120 39 0% 207%

CARROCERIAS 46 - - 0 - 46 14 13 234% 253%

HOLDINGS - - 46 - - 46 45 47 1% -3%

TUBOS - - 40 - - 40 40 - 0% N/A

AGRONEGOCIO - 5 8 12 - 25 117 87 -79% -71%

DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELETRICA 3 18 - - - 20 - - N/A N/A

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA - - 1 13 - 14 14 34 -2% -60%

INDUSTRIA ALIMENTICIA - - - 0 8 8 9 9 -4% -7%

SERVICOS 1 - - 4 0 6 4 22 29% -75%

SIDERURGIA - - 5 - - 5 8 4 -41% 29%

NAVEGACAO 5 - - - - 5 - - N/A N/A

COMERCIO DE VEICULOS 2 - - 1 - 3 2 7 74% -53%

GERACAO DE ENERGIA ELETRICA 2 1 - - - 3 53 32 -94% -91%

EMBALAGENS 1 - 1 - - 3 3 1 -1% 119%

TEXTIL 1 - 1 - - 2 2 0 -7% 4059%

SAUDE - - - - 2 2 2 - -4% N/A

INSTITUICOES FINANCEIRAS - 0 1 - - 1 1 1 7% 91%

PETROQUIMICA 1 - - - - 1 - 1 N/A -36%

IMPLEMENTOS AGRICOLAS 0 - - - - 0 - 1 N/A -36%

AUTOPECAS - - 0 - - 0 1 3 -65% -91%

OUTROS 0 - 0 0 - 1 72 729 -99% -100%

Total PJ 66 24 155 96 10 350 507 1.029 -31% -66%

Varejo PF 2.069 492 696 965 71 4.292 4.375 4.779 -2% -10%

Total 2.134 515 851 1.060 81 4.642 4.882 5.809 -5% -20%

Montante em atraso por setor

econômico

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

set-17

jun-17 set-16

Variação

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1.4.7 Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa

O quadro a seguir apresenta a movimentação das provisões para crédito de liquidação duvidosa e operações baixadas para prejuízo, segregadas por varejo e atacado:

Variação

Varejo Atacado Total Trimestre

Saldo inicial 2.234 997 3.231 3.223 0,2%

Constituições / Reversões 417 97 514 654 -21,4%

Baixas para prejuízo (430) (119) (549) (646) -15,0%

Saldo Final 2.221 975 3.196 3.231 -1,1%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Provisões para Crédito de

Liquidação Duvidosa

3º Tri 20172º Tri 2017

1.5 Mitigação de Risco de Crédito

As funções relacionadas ao processo de mitigação compreendem um conjunto de atividades funcionais distribuídas em diversas áreas do Banco e está intrinsecamente relacionado ao ciclo de risco de crédito no que tange ao processo de concessão, controle, gestão e monitoramento do crédito e recuperação de crédito.

O Banco Votorantim dispõe de uma estrutura de governança para o gerencialmente do risco de crédito disposto em comitês e comissões formadas por executivos que periodicamente acompanham o apetite de risco de crédito, concentrações setoriais e por grupos econômicos, limites de exposição da carteira, contingências relacionadas à gestão do risco de crédito, entre outros. Além das estratégias e regras de crédito, o Banco dispõe de políticas relacionadas à exigibilidade, formalização e monitoramento das garantias para suportar as operações de concessão e crédito, as quais também são avaliadas por esses fóruns que são incumbidos por avaliar as metodologias de mensuração e mitigação de riscos de crédito.

Para a carteira de varejo, o escopo contempla essencialmente as operações de financiamento de veículo, dada sua peculiaridade e relevância sobre a carteira total, e neste contexto, as garantias representam um importante mitigador de risco da operação (veículos). No processo de concessão de crédito, as garantias são avaliadas em conjunto com as demais informações necessárias à aprovação das propostas de crédito e tramitam por um processo automático de verificação e controle (formalização das garantias). Para o atacado, as garantias são avaliadas e classificadas em conjunto com as demais informações necessárias à aprovação do limite de crédito, e considera alguns fatores relevantes em sua definição, tais como: o risco representado pelo cliente/operação, a praticidade e os custos incorridos em sua constituição, liquidez, valor da garantia em relação ao valor da dívida e controle do credor sobre sua própria garantia. Após a concessão, tanto as garantias do atacado quanto do varejo são monitoradas por processos estruturados de avaliação da suficiência e eficácia. A tabela a seguir apresenta o valor total mitigado pelos instrumentos definidos no §3º do art. 36 da Circular nº 3.644, segmentado por tipo de mitigador e por seu respectivo FPR, conforme os Arts. 37 a 39 da Circular nº 3.644.

Tri Ano

Depósito à vista e depósito a prazo; depósito de poupança, em ouro

ou em títulos públicos federais; letras financeiras de emissão própria;

garantia do tesouro nacional e outras garantias.

0% 30.351 31.900 46.261 -5% -34%

Títulos Públicos Federais, conforme art. 37-A da Circ. 3.644/13,

garantidores de exposições compromissadas, que não atendam ao

requisito definido no inc. I do paragrafo 6o do art. 37 da circular

3644/13.

10% - - 136 N/A -100%

Garantias dos países e bancos centrais; garantias prestadas por

empresas públicas, outras garantias. 20% - - - N/A N/A

Garantias de instituições financeiras; garantias prestadas por fundos;

depósito de títulos; derivativos de crédito em que a instituição atue

como contraparte transferidora do risco e repasses de descontos em

folha de pagamento de que trata o art. 36, § 3º, inciso VIII, vinculados

a operações de crédito consignado. Inciso VI, do art. 39 da Circ.

3.644/13, com redação dada pela Circ. 3.714/14.

50% 1.902 2.063 2.540 -8% -25%

1 - Estão contempladas na tabela acima as seguintes garantias: títulos públicos federais utilizados como mitigador de operações compromissadas; Cash Colateral

utilizados em operações de crédito/ avais e fiança; e garantia do Tesouro Nacional para operação com o Estado do Mato Grosso.

Tipo de Mitigador1 FPR do

Mitigadorset-17 jun-17 set-16

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Variação

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Em complemento aos mitigadores utilizados para a apuração do capital necessário de risco de crédito apresentados acima, a tabela abaixo dispõe de outras garantias consideradas nas operações do atacado:

Tri Ano

Garantias Fidejussórias 8.463 8.668 9.380 -2% -10%

Alienação de Ações 2.694 2.629 2.423 2% 11%

Alienação Agro / Rural 173 156 173 11% 0%

Alienação Bem Financiado 2.791 2.934 3.110 -5% -10%

Alienação de Estoques de Mercadorias 558 599 709 -7% -21%

Alienação de Imóveis 1.000 962 1.078 4% -7%

Alienação de Máquinas e Equipamentos 801 777 1.062 3% -25%

Alienação de Veículos 79 74 103 7% -23%

Alienação Embarcações 7 7 4 0% 72%

Alienação Aeronaves 103 103 143 0% -28%

Aplicações de Renda Fixa 1.787 1.588 1.675 13% 7%

Aplicações de Renda Variável 460 414 279 11% 65%

Cessão de Duplicatas 77 68 146 13% -47%

Hipoteca de Imóveis 1.594 1.329 1.371 20% 16%

Hipoteca de Embarcações 7 7 7 0% 0%

Cessão de Títulos - - - N/A N/A

Penhor Agro / Rural 280 331 461 -15% -39%

Penhor Mercantil 216 292 369 -26% -41%

Total de Garantias 21.090 20.938 22.493 1% -6%

1 - Operações do atacado

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Garantias1 set-17 jun-17 set-16Variação

1.6 Risco de Crédito da Contraparte

O risco de crédito da contraparte é definido como a possibilidade de perdas decorrentes do risco bilateral relacionado à incerteza do valor de mercado da operação e suas oscilações associadas ao movimento dos fatores de risco ou à deterioração da qualidade creditícia da contraparte.

As funções de gerenciamento do risco de crédito da contraparte são desempenhadas por unidades específicas, com atribuições definidas, conforme apresentado a seguir:

Área Atribuição

Produtos Derivativos • Responsável pela estruturação de produtos de derivativos sem contraparte central.

Concessão de Crédito Atacado

• Responsável pela concessão dos limites de operações de derivativos de acordo com as políticas de crédito vigentes.

Capital Regulatório e Risco Socioambiental

• A área é responsável pela mensuração do capital regulatório.

Controle de Derivativos • Realiza o monitoramento diário do portfólio de derivativos mantidos com clientes.

Risco de Mercado e Liquidez

• Responsável pela marcação a mercado, modelos econômicos / gerenciais, análise de operações estruturadas de derivativos e suporte à Concessão de Crédito.

Gestão de Risco de Crédito Atacado

• Responsável pelo controle e monitoramento dos limites utilizados e elaboração de relatórios de gestão (pós-venda).

1.6.1 Gestão do Risco de Crédito da Contraparte

O Banco considera que o risco de crédito da contraparte está presente, principalmente, nas operações com instrumentos financeiros derivativos, operações a liquidar, operações compromissadas e empréstimos de ativos. Para as operações de derivativos, são realizados classificações e tratamentos específicos quanto a existência de contraparte central.

• Operações sem contraparte central: o processo de gestão e controle para operações de derivativos sem contraparte central é feito definindo para cada cliente limites de crédito específicos para estas operações. As políticas e normas de crédito adotadas pela Instituição são empregadas tanto na definição quanto no acompanhamento periódico desses limites.

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• Operações com contraparte central: operações com contraparte central possuem cláusulas contratuais (chamadas de margens, etc.) que mitigam o risco de crédito de contraparte.

O Banco dispõe de estruturas dedicadas à gestão de limites, com o objetivo de acompanhar o comportamento da carteira e comunicar a Alta Administração, por meio de relatórios periódicos, o nível de exposição e eventuais extrapolações de limites. O quadro a seguir apresenta os valores referentes à exposição dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação nos quais a câmara atue como contraparte central, com garantia ou sem garantia, conforme definições da Circular nº 3.644:

Trimestre Ano

Câmara Atue como Contraparte Central (Bolsa) 393 547 1.309 -28% -70%

Câmara Não Atue como Contraparte Central (Balcão) 31.750 34.169 39.121 -7% -19%

Com Garantia 28.028 29.745 37.091 -6% -24%

Sem Garantia 3.723 4.423 2.030 -16% 83%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Valores das exposições sujeitas ao

Risco de Crédito da Contraparteset-17 jun-17 set-16

Variação

O quadro a seguir apresenta o valor positivo bruto das exposições sujeitas ao risco de crédito da contraparte:

Trimestre Ano

(+) Valor Positivo Bruto Total 34.707 36.283 42.014 -4% -17%

Câmara Atue como Contraparte Central (Bolsa) 947 887 1.105 7% -14%

Câmara Não Atue como Contraparte Central (Balcão) 33.760 35.396 40.909 -5% -17%

Derivativos 2.331 1.588 2.278 47% 2%

Operações a Liquidar 4 25 4 -85% -3%

Empréstimos de Ativos (Aluguel de ações) - - - N/A N/A

Operações Compromissadas 31.425 33.782 38.628 -7% -19%

(-) Garantias 28.879 30.393 37.968 -5% -24%

Garantias em condições específicas1 28.028 29.745 37.091 -6% -24%

Demais Garantias2 851 648 877 31% -3%

(-) Acordos de Compensação e Liquidação de Operações 151 166 163 -9% -7%

(=) Exposição Global Líquida 5.677 5.724 3.883 -1% 46%

2 - Garantias Reais

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

1 - a) sejam mantidas ou custodiadas na própria instituição; b) tenham por finalidade exclusiva a constituição de garantia para as operações a que se vinculem;

c) estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente, por ordem da instituição depositária; e d) estejam imediatamente disponíveis para a instituição depositária

no caso de inadimplência do devedor ou de necessidade de sua realização;

Valor positivo bruto das exposições sujeitas

ao Risco de Crédito da Contraparteset-17 jun-17 set-16

Variação

A partir da data-base jun-14 as informações sobre risco de crédito da contraparte são apuradas conforme base de

informações utilizadas no atendimento da Circular nº 3.644.

1.6.2 Derivativos de Crédito O quadro a seguir apresenta o valor nocional dos derivativos de crédito mantidos na carteira da Instituição, segregados por exposições de risco transferido e de risco recebido:

Trimestre Ano

Posição Ativa – Risco Recebido 334 298 279 12% 20%

Swap´s de Crédito 334 298 279 12% 20%

Posição Passiva – Risco Transferido 16 101 471 -84% -97%

Swap´s de Crédito 16 101 471 -84% -97%

Derivativos de Crédito Variação

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

set-17 jun-17 set-16

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1.7 Aquisição, venda e transferência de ativos financeiros

O Banco pode vir a realizar operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros para carteiras do Atacado e do Varejo, orientado pela estratégia de crédito definida pela Instituição ou a partir da identificação de oportunidade de negócio. Estas operações, em sua natureza, podem ser realizadas com retenção ou transferência substancial dos riscos e benefícios. Sob este aspecto, o Banco dispõe de políticas que visam estabelecer critérios adequados para uma correta avaliação quanto à retenção ou transferência de riscos e benefícios em operações de aquisição, venda ou transferência de ativos financeiros e por meio destas políticas, define as condições gerais como restrições, critérios para a seleção da Instituição compradora, documentações necessárias da carteira, forma de pagamento dos contratos, dentre outros.

1.7.1 Exposições Cedidas

Em geral as operações de venda ou transferência de ativos financeiros realizados pelo Banco estão relacionadas principalmente às cessões de recebíveis de contratos de empréstimos consignados e financiamentos de veículos (adimplentes ou inadimplentes) e ativos da carteira do Atacado. Tais cessões estão alinhadas as estratégias de captação de recursos para novas operações e gestão de portfólio e são normalmente negociadas com outras instituições financeiras, securitizadoras ou fundos de investimento.

Segue abaixo o saldo das operações cedidas com coobrigação antes da Resolução nº 3.533:

Trimestre Ano

Com retenção substancial dos riscos e benefícios(1)

(com coobrigação)- - 13 N/A -100,0%

(1) Contempla Instituições Financeiras Partes Relacionadas e Outras Instituições Financeiras.

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Saldo das operações cedidas registradas

em contas de compensaçãoset-17 jun-17 set-16

Variação

O quadro a seguir apresenta o saldo das operações cedidas, segregadas conforme o tipo de coobrigação e cessionário (pós Resolução nº 3.533):

Trimestre Ano

Com retenção substancial dos riscos e benefícios

(com coobrigação)10.091 9.256 11.810 9,0% -14,6%

Instituições financeiras 10.091 9.256 11.810 9,0% -14,6%

1 - Para o período apresentado não há exposições nas classificações : Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC); Securitizadoras; Sociedade de

Propósito Específico (SPE); Ajuste a mercado; e Outros.

Saldo das exposições cedidas

com retenção de riscos1 set-17 jun-17 set-16Variação

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

A tabela a seguir apresenta as exposições cedidas nos últimos 12 meses, que tenham sido honradas, recompradas ou baixadas para prejuízo:

Honradas e/ou Recompradas 2.330 2.237 2.502 2.572

Baixadas para Prejuízo 165 93 159 165

4º Tri 2016

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Exposições cedidas que tenham sido honradas,

recompradas, ou baixadas para prejuízo3º Tri 2017 2º Tri 2017 1º Tri 2017

Para o período de referência não foi realizada venda de operações de crédito vencidos com atraso maior que 360 dias.

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1.7.2 Exposições Adquiridas

O Banco esporadicamente adquire carteiras de créditos, a depender da oportunidade de negócio. A seguir, estão demonstrados os saldos das exposições adquiridas no período, segregadas por tipo e cedente:

Cedente Tipo de exposição Riscos e Benefícios Tri Ano

Clientes PJ Recebíveis Com transferência 1.379 1.216 1.030 13,4% 34%

Clientes PJ Recebíveis Com retenção 8 18 42 -54,0% -81%

Saldo das Exposições Adquiridas

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Variaçãoset-17 jun-17 set-16

1.8 Securitização

Conforme Circular nº 3.648 do BACEN, o processo de securitização define-se como a utilização de um fluxo de recebimentos associado a um conjunto de ativos subjacentes para remuneração de títulos de securitização estruturados em, no mínimo, duas classes de priorização de pagamento, podendo ser classificado como tradicional ou sintético. Sob este aspecto, o Banco atua no processo de securitização no papel de contraparte originadora de títulos de securitização, dada a sua atuação de na originação direta ou indireta do ativo subjacente, ou no assessoramento e coordenação da emissão dos títulos de securitização, a partir de ativos subjacentes próprios ou de terceiros. O Banco dispõe de normas internas que amparam o processo de avaliação e originação dos títulos e valores mobiliários advindos de processos de securitização, sendo as propostas das operações aprovadas nas alçadas competentes e Comitê de Crédito.

No 3º trimestre de 2017, o Banco finalizou o processo de distribuição de três operações de Certificado de Recebíveis Imobiliários – “CRI” no valor total de R$ 445 milhões, sendo que a totalidade dos CRI´s foi distribuída a investidores. Adicionalmente, o Banco Votorantim finalizou o processo de distribuição em conjunto com outros bancos de duas operações de Certificado de Recebíveis do Agronegócio – “CRA” no valor total de R$ 416 milhões, sendo que parte dos CRA’s foi distribuída a investidores e parte alocada para a carteira do Banco Votorantim. A carteira de títulos de securitização é composta conforme abaixo:

Tradicional ou

SintéticaTipo do Título Tipo de ativo subjacente Classe Título Tri Ano

Tradicional CRI CCB2 N/A 83 56 102 49% -19%

Tradicional CRIContratos de Compra e

VendaN/A 42 43 0 -3% N/A

Tradicional CRIDebêntures dest.

imobiliáriaN/A 39 73 6 -46% 529%

Tradicional CRA NCE N/A 2 0 0 N/A N/A

1 - Conceito valor contábil

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

VariaçãoSaldo das Exposições de Securitização1

set-17 jun-17 set-16

Na data-base set-17 a parcela de RWACPAD atribuída às exposições de securitização resultou em percentual inferior a 5% do valor total da parcela de RWACPAD na mesma data base.

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2. Risco de Mercado

O controle de risco de mercado tem como objetivo apoiar a gestão do negócio, estabelecer os processos e implementar as ferramentas necessárias para avaliação e controle dos riscos de mercado, possibilitando a mensuração e acompanhamento dos níveis de apetite a risco definidos pela Alta Administração.

2.1 Definição

O risco de mercado é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes da flutuação nos valores de mercado de exposições detidas por uma Instituição financeira. Estas perdas financeiras podem ser incorridas em função do impacto produzido pela variação das taxas de juros, das paridades cambiais, dos preços de ações e de commodities.

2.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 3.464 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de mercado aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de mercado contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Envolvimento da Alta Administração: os comitês existentes estão estruturados com o objetivo de envolver a Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos;

• Segregação de carteiras: para efeito da gestão e do controle consolidado do risco de mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, conforme a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira banking (não-negociação);

• Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução de operações e a definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização, pelo controle de riscos, compliance e controles internos e auditoria. Esta segregação está estruturada com o objetivo de garantir independência e autonomia na condução das atribuições inerentes a cada função;

• Definição de atribuições: definição clara dos processos e do leque de atividades de cada função envolvida na gestão e controle de riscos de mercado. Esta definição está estruturada com o objetivo de possibilitar uma gestão operacional organizada e eficiente;

• Definição de metodologias de precificação e cálculo de riscos: para efeito do controle de riscos são adotadas metodologias estruturadas, de utilização corporativa mandatória, baseadas em práticas de mercado;

• Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base nas medidas de riscos. Esta definição está estruturada com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis de apetite de risco definidos pela Instituição;

• Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilização dos limites autorizados.

2.3 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco de mercado compreendem um conjunto de atividades funcionais que permeiam toda a ‘cadeia de negócio’, desde o desenvolvimento de produtos, a negociação de operações, a modelagem e o controle de risco de mercado e de resultado e a formalização, contabilização e liquidação de operações, bem como o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.

Tais funções são desempenhadas por unidades funcionais formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:

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Área Atribuição

Controle de Risco de

Mercado

• Responsável pelas metodologias e modelagem de precificação e de cálculo de risco de mercado; • Responsável pela captura independente dos preços utilizados; • Responsável pelas apurações dos valores em risco e do capital alocado e pelo monitoramento de limites

autorizados.

Tesouraria

• Responsável pela execução da negociação de operações com o mercado, buscando sempre o preço justo e a conformidade destas operações;

• Responsável pelo acompanhamento das oportunidades e tendências de mercado e pela gestão das exposições em risco, observando as estratégias definidas e os limites autorizados;

• Responsável pela operacionalização da segregação gerencial de carteiras.

Operações

• Responsável pela confirmação independente, pela formalização, pelo registro e contabilização, pela liquidação de operações e pela garantia da abrangência, consistência, integridade e confiabilidade das bases de dados.

Finanças

• Responsável pela apuração e acompanhamento do resultado contábil e gerencial das operações.

2.4 Gestão do Risco de Mercado

2.4.1 Segregação das Carteiras

Para fins da gestão e do controle consolidado do risco de mercado das exposições, as operações são segregadas em dois tipos de carteiras, de acordo com a sua estratégia de negócio: carteira trading (negociação) ou carteira banking (não-negociação).

A carteira trading abrange todas as operações, instrumentos financeiros, mercadorias ou derivativos, detidos com a intenção de negociação, giro ou destinadas a hedging de outras operações integrantes da carteira trading, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. A carteira banking abrange todas as operações não classificadas como trading.

Os principais mecanismos que são adotados pelo Banco para a segregação de carteiras são:

• A segregação de operações é feita com base na intenção das estratégias de negócio, capturadas no momento da negociação, refletindo a gestão proativa da tesouraria, podendo estas ser classificadas como trading ou banking;

• Condições para classificação trading: intenção de negociação no curto prazo (noventa dias), não ter limitação à sua negociabilidade, serem marcadas a mercado diariamente e observar enquadramento aos prazos de giro e de carregamento definidos; e

• Composição da carteira banking: inclui demais operações, instrumentos financeiros, mercadorias ou derivativos, que, por exclusão, não são detidas com a intenção exclusiva de negociação no curto prazo.

2.4.2 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle

O Banco adota um conjunto de medidas objetivas para gestão e controle de riscos de mercado.

• VaR3 (Valor em Risco): busca determinar o risco decorrente de exposições de mercado, por meio da determinação da maior perda esperada dentro de um intervalo de confiança e de um horizonte de tempo;

• Teste de estresse: utilizado para estimar as oscilações potenciais de valor nos instrumentos financeiros, que ocorrem em função de movimentos extremos das variáveis de mercado (ou fatores de risco);

• Capital Regulatório de Risco de Mercado: compreende o capital regulatório apurado em decorrência das exposições das carteiras de negociação e não-negociação;

• Análises de Sensibilidade: é utilizada para estimar as oscilações potenciais de valor nos instrumentos financeiros, que ocorrem em função de choques predeterminados nos fatores de risco; e

• Análise de GAP: consiste na mensuração dos descasamentos de fluxos de caixa por fator de risco.

As medidas de risco são utilizadas em conjunto com limites para a gestão do risco de mercado. Estes limites compreendem a definição dos valores máximos autorizados, em aderência às estratégias adotadas, ao leque de operações e produtos com negociação autorizada e consistentemente às premissas e metas orçamentárias. Existem dois tipos de limites, conforme alçada de decisão:

3 Value-at-risk

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• Limites Superiores: limites máximos autorizados na alçada do Conselho de Administração;

• Limites Operacionais: limites internos autorizados na alçada do Comitê Riscos e Controles, sempre observando os limites Superiores.

O estabelecimento de limites tem por base o apetite de risco e é definido de tal forma a possibilitar, de forma pragmática, o cumprimento das metas de performance financeira pretendidas. Os limites e as metas são compatibilizados por ocasião da programação orçamentária. Os valores estabelecidos nos limites são atualizados e revistos, com periodicidade mínima anual, juntamente com programação orçamentária.

2.4.3 Metodologia de Mensuração de Risco

Carteira Trading

A carteira trading é composta pelas operações que o Banco possui e que estão disponíveis para negociação. Para a mensuração do risco da carteira, o Banco adota metodologia de VaR por Simulação Histórica. O quadro a seguir apresenta a exposição da carteira trading, com abertura por fator de risco, segmentando as posições compradas e vendidas:

Tri Ano

195 852 1.063 -77,1% -81,7%

5.032 11.559 4.467 -56,5% 12,6%

(4.837) (10.706) (3.404) 54,8% 42,1%

261 (318) 48 182,2% 448,1%

Comprado 988 811 1.052 21,8% -6,1%

Vendido (727) (1.129) (1.005) 35,6% -27,7%

119 165 35 -27,4% 237,7%

Comprado 30.676 45.419 44.181 -32,5% -30,6%

Vendido (30.557) (45.255) (44.146) 32,5% -30,8%

(217) (373) 463 41,9% -146,8%

Comprado 480 400 493 19,9% -2,6%

Vendido (697) (773) (30) 9,9% 2204,6%

72 24 7 198,3% 930,7%

Comprado 743 801 1.724 -7,3% -56,9%

Vendido (671) (777) (1.717) 13,7% -61,0%

Mercadorias - - - N/A N/A

Comprado - - - N/A N/A

Vendido - - - N/A N/A

TJLP / TR / TBF - - - N/A N/A

Comprado - - - N/A N/A

Vendido - - - N/A N/A

Renda Variável

Comprado

Vendido

Cupom Moeda Estrangeira

Moeda Estrangeira

Inflação

Prefixado

Exposição da Carteira Trading set-17 jun-17 set-16Variação

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Carteira Banking

A carteira banking é composta pelas exposições estruturais, decorrentes da concessão e manutenção das operações de crédito, propriamente ditas, e das captações, que provêem funding para estas operações de crédito, independentemente dos prazos e moedas das operações ou de suas segmentações comerciais (varejo, middle ou corporate). Também são consideradas na carteira banking as operações destinadas a hedging do Patrimônio ou das operações de crédito ou de captação integrantes da carteira banking. Esta carteira é também conhecida como a carteira estrutural, por compreender a gestão estrutural dos descasamentos entre ativos e passivos.

Para a mensuração do risco da carteira banking, o Banco adota metodologia de VaR por Simulação Histórica e a metodologia adota os preceitos estabelecidos pelo Bacen, por meio da Circular nº 3.365, de 12/09/2007.

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O Banco utiliza premissas conservadoras para a liquidação antecipada de empréstimos e depósitos que não possuam vencimento definido:

• No caso de empréstimos, assume-se a data final de liquidação de contrato, não havendo qualquer modelagem estatística para a cenarização da antecipação do recebimento dos valores devidos;

• No caso de depósitos com liquidez diária, como é o caso das captações compromissadas, realizadas por meio de compromissos de recompra, assume-se a data a partir da qual é possível o resgate (antecipação da liquidação); e

• No caso de depósitos à vista, cujas posições não são materialmente relevantes, assume-se primeiro dia útil subsequente, à data base de cálculo, para seu vencimento.

A seguir apresenta-se a evolução do risco da carteira banking:

Tri Ano

155 269 257 -42,4% -39,7%Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking set-17 jun-17 set-16Variação

2.4.4 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação O Banco adota sistemas corporativos para mensuração e controle de riscos de mercado, combinando aplicativos desenvolvidos internamente com soluções de mercado, de atestada robustez. Estes sistemas compreendem o tratamento integrado de informações, de forma sequenciada:

• A captura de preços e curvas de fontes independentes de mercado, refletindo parâmetros das condições efetivamente praticadas para negociação;

• A captura do registro das operações negociadas e de seus dados cadastrais;

• A atualização e o arquivamento contínuo destas informações em bases de dados estruturadas, com monitoramento de sua integridade e consistência contábil;

• A apuração dos valores a mercado de posições, para fins contábeis, do acompanhamento gerencial de posições e de performance financeira realizada; e

• O cálculo dos valores em risco, seguindo a metodologia de VaR.

Complementarmente, o Banco adota processo estruturado para a comunicação dos assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos de mercado. Este processo de comunicação compreende:

• A emissão periódica de relatórios objetivos, nos quais são apresentadas as exposições e demonstrados os níveis de utilização de limites autorizados;

• A realização periódica dos fóruns colegiados de acompanhamento, em observância às alçadas decisórias e nos quais são debatidos de forma participativa os assuntos em pauta; e

• A emissão de mensagens eletrônicas específicas para reporte e monitoramento de ocorrências de extrapolação de limites ou de desenquadramento de operações, nas quais são identificadas posições e os gestores responsáveis.

2.4.5 Comunicação de Extrapolação de Limites e Desenquadramento de Operações

O procedimento adotado para o monitoramento da utilização de limites ou do desenquadramento de operações compreende duas etapas: (i) de comunicação e (ii) de re-enquadramento.

• Comunicação: Para comunicação são utilizadas mensagens padrão de ‘Alerta de Utilização’, indicando níveis pré-estabelecidos de gatilho na utilização de limites, e de ‘Extrapolação de Limite’, indicando ocorrência de exposições superiores ao risco autorizado, são encaminhadas por meio eletrônico.

• Re-enquadramento: Eventual extrapolação de limites ou desenquadramento de operações implica obrigatoriamente na execução de estratégias de negociação para re-enquadramento aos limites autorizados e redução dos valores utilizados. Estas estratégias são de responsabilidade dos gestores de negócio, considerando as condições do mercado, e acompanhadas no Comitê de Riscos e Controles subsequente.

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2.4.6 Perfil da Carteira de Instrumentos Derivativos

O quadro a seguir apresenta a composição da carteira de instrumentos derivativos, com abertura por fator de risco, segmentando as posições por tipo de contraparte, local e se são compradas ou vendidas:

Contraparte Local C/V1 Tri Ano

C 36.946 37.470 40.695 -1,4% -9,2%

V (63.286) (64.932) (49.072) -2,5% 29,0%

C 73 48 - 52,9% N/A

V (3.448) (3.958) (4.452) -12,9% -22,6%

C 19.110 20.116 9.739 -5,0% 96,2%

V (21.952) (26.553) (14.303) -17,3% 53,5%

C 74 36 1.331 104,5% -94,5%

V (61) (73) (1.440) -16,1% -95,8%

(32.544) (37.844) (17.503) -14,0% 85,9%1 - C - Comprado e V - Vendido

Líquido

Sem Contraparte

Central

Brasil

Exterior

Com Contraparte

Central

Brasil

Exterior

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Fator de Risco: JUROSset-17 jun-17 set-16

Variação

Contraparte Local C/V1 Tri Ano

C 12.865 23.608 26.011 -45,5% -50,5%

V (10.300) (20.113) (25.407) -48,8% -59,5%

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

C 10.336 11.070 7.083 -6,6% 45,9%

V (12.994) (14.769) (7.601) -12,0% 71,0%

C 29 34 143 -13,3% -79,7%

V (79) (98) (226) -19,5% -65,2%

(142) (267) 3 -46,9% -4187,5%1 - C - Comprado e V - Vendido

Líquido

Sem Contraparte

Central

Brasil

Exterior

Com Contraparte

Central

Brasil

Exterior

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Fator de Risco: CÂMBIOset-17 jun-17 set-16

Variação

Contraparte Local C/V1 Tri Ano

C 688 764 1.703 -9,9% -59,6%

V (894) (1.021) (1.717) -12,4% -48,0%

C (0) - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

C - - - N/A N/A

V - - - N/A N/A

(205) (257) (15) -20,0% 1307,9%1 - C - Comprado e V - Vendido

Líquido

Sem Contraparte

Central

Brasil

Exterior

Com Contraparte

Central

Brasil

Exterior

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Fator de Risco: AÇÕESset-17 jun-17 set-16

Variação

Para as datas-bases apresentadas a Instituição não possui exposição ao fator de risco Commodities em Derivativos.

A utilização de instrumentos derivativos é feita de forma dinâmica e em consonância com os limites autorizados e o retorno financeiro pretendido. Do perfil da carteira de derivativos, destacamos as exposições em derivativos de juros, com operações negociadas com contrapartes centrais, isto é, no mercado organizado de bolsas, no Brasil. Estas exposições são decorrentes da estratégia adotada pelo Banco para o hedge do risco de taxa de juros das carteiras estruturais.

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2.4.7 Análises de Sensibilidade

O Banco Votorantim utiliza duas metodologias de análise de sensibilidade das suas exposições.

Análise 1 – Inicialmente, utiliza como método a aplicação de choques paralelos nas curvas dos fatores de risco mais

relevantes. Tal método tem como objetivo simular os efeitos no resultado do Conglomerado diante de cenários eventuais, os

quais consideram possíveis oscilações nas taxas de juros praticadas no mercado. Para efeito de simulação, são considerados

dois cenários eventuais, nos quais o fator de risco analisado sofreria um aumento ou uma redução da ordem de 10 pontos

base.

Analise 1 - Análise de sensibilidade para a carteira de não negociação:

+10 bps -10 bps +10 bps -10 bps

(10) 10 (14) 14

1 (1) (1) 1

(2) 2 (3) 3

(1) 1 1 (1)

(12) 12 (18) 18 Total

Cupons de índices de preços Cupons de índices de preços

Cupons de moedas estrangeiras Cupons de moedas estrangeiras

Taxa pré-fixada Taxas pré-fixadas de juros

Cupons de taxas de juros Cupons de taxas de juros

Valores em R$ milhões.

Fatores de risco Exposiçãoset-17 set-16

Análise 2 – São realizadas simulações que medem o efeito dos movimentos das curvas de mercado e dos preços sobre as

exposições mantidas pelo Conglomerado, tendo como objetivo estimar os efeitos no resultado diante de três cenários

específicos, conforme apresentado a seguir:

• Cenário 1 - Consiste no cenário provável de mercado para os fatores de risco, na concepção da Instituição.

• Cenário 2 - Cenário com choque de 25% sobre o cenário provável de mercado (Cenário 1), conforme norma interna de precificação de ativos e análise econômica, consistente com as melhores práticas de mercado.

• Cenário 3 - Cenário com choque de 50% sobre o cenário provável de mercado (Cenário 1), conforme norma interna de precificação de ativos e análise econômica, consistente com as melhores práticas de mercado.

Na análise feita para as operações classificadas na carteira banking, tem-se que a valorização ou a desvalorização em

decorrência de mudanças em taxa de juros e preços praticados no mercado, não representam impacto financeiro e contábil

significativo sobre o resultado do Conglomerado. Isto porque esta carteira é composta, majoritariamente, por operações de

créditos, captações de varejo e títulos e valores mobiliários, cujo registro contábil é realizado, principalmente, pelas taxas

pactuadas na contratação das operações. Adicionalmente, destaca-se o fato dessas carteiras apresentarem como principal

característica a classificação contábil disponível para venda e, portanto, os efeitos das oscilações em taxa de juros ou preços

são refletidos no Patrimônio Líquido e não no resultado. Há também operações atreladas naturalmente a outros instrumentos

(hedge natural), minimizando dessa forma os impactos em um cenário de estresse.

Nos quadros a seguir, encontram-se sintetizados os resultados para a Carteira de Não Negociação (Banking), composta por títulos públicos e privados e instrumentos financeiros derivativos, apresentando os valores observados no último dia útil da data-base em referência:

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Choque Exposição Resultado

Aumento 2.670 (10)

Aumento (4.955) (1)

Aumento 292 (1)

Aumento 19 0

Aumento (310) 1 TJLP Risco de variação de cupom de TJLP

Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços

TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF

Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros

Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

Cenário I

Fator de Risco Conceito

set-17

Choque Exposição Resultado

Aumento 2.670 (184)

Aumento (4.955) (2)

Aumento 292 (10)

Redução 19 (0)

Aumento (310) (1) TJLP Risco de variação de cupom de TJLP

Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços

TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF

Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros

Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial

Cenário II

Fator de Risco Conceito

set-17

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

Choque Exposição Resultado

Aumento 2.670 (372)

Aumento (4.955) (4)

Aumento 292 (19)

Redução 19 (0)

Aumento (310) (2) TJLP Risco de variação de cupom de TJLP

Índices de preços Risco de variação de cupons de índices de preços

TR/TBF Risco de variação de cupom de TR e TBF

Taxa Prefixada Risco de variação das taxas prefixadas de juros

Cupons de moedas estrangeiras Risco de variação de cupom cambial

Cenário III

Fator de Risco Conceito

set-17

Consolidado Prudencial, valores em R$ milhões.

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3. Risco de Liquidez

A gestão do risco de liquidez visa organizar, avaliar e monitorar o risco de liquidez da Instituição, estabelecendo os processos, ferramentas e limites necessários para a geração e análise de cenários prospectivos de liquidez e o acompanhamento dos níveis de apetite aos riscos estabelecidos pela Alta Administração.

3.1 Definição

O Risco de Liquidez é definido como:

a) A possibilidade de a Instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e

b) A possibilidade de a Instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

3.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 4.090 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco de liquidez aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco de liquidez contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Envolvimento da Alta Administração: os comitês existentes estão estruturados com o objetivo de envolver a Alta

Administração na supervisão global da tomada de riscos;

• Independência de funções: segregação de funções entre as áreas responsáveis pela execução de operações e pela

definição de estratégias de negócio, e as áreas encarregadas pela sua contabilização, pelo controle de riscos, pelo

compliance e controles internos e pela auditoria. Esta segregação está estruturada com o objetivo de garantir

independência e autonomia na condução das atribuições inerentes a cada função;

• Definição de atribuições: definição clara dos processos e do leque de atividades de cada função envolvida na gestão e

controle de riscos de liquidez. Esta definição está estruturada com o objetivo de possibilitar uma gestão operacional

organizada e eficiente;

• Monitoramento de limites: definição do processo de acompanhamento e reporte do nível de utilização dos limites

autorizados;

• Definição de metodologias para construção de cenários: são adotadas metodologias estruturadas, de utilização

corporativa mandatória, baseadas em práticas de mercado, que visam incorporar a dinâmica da contratação de novas

operações e da liquidação das carteiras existentes;

• Estabelecimento de limites: definição clara e objetiva dos limites autorizados de risco, com base em métricas de riscos,

estruturadas com o objetivo de inserir nas atividades diárias os níveis de apetite de riscos definidos pelo Conselho de

Administração;

• Plano de contingência de liquidez: definição e revisão periódica de plano estruturado para recomposição dos níveis pré-estabelecidos de caixa, com a atribuição de responsáveis e instrumentos.

3.3 Governança e Controle

O acompanhamento das atividades de gerenciamento do risco de liquidez é parte integrante das atribuições dos seguintes órgãos colegiados, com definição clara de atribuições, composição e periodicidade:

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Conselho de Administração

• Responsável por fixar as diretrizes fundamentais da política geral de Liquidez da Instituição, verificar e acompanhar a sua execução.

Comitê de Riscos e Controles

• Responsável por ratificar e acompanhar o apetite a risco de liquidez, monitorar o nível de caixa e deliberar estratégias para gestão, controle e contingências de liquidez.

Comitê de ALM e Tributos

• Responsável por avaliar e propor iniciativas visando proteger e maximizar o balanço estrutural do banco sob o ponto de vista econômico-financeiro, contábil e fiscal.

3.4 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco de liquidez compreendem um conjunto de atividades funcionais que permeiam toda a ”cadeia de negócio”, desenvolvimento de produtos, negociação e desembolso de operações, modelagem e controle do risco de liquidez e o acompanhamento da efetividade dos processos e controles utilizados.

As funções de gerenciamento de risco de liquidez são desempenhadas por unidades funcionais formalmente constituídas, com equipes tecnicamente capacitadas, sob gestão segregada, e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:

Área Atribuição

Risco de Mercado e Liquidez

• Responsável pelas metodologias de modelagem e pela validação das premissas utilizadas para os cenários e métricas do risco de liquidez;

• Responsável pela atualização e revisão periódica dos cenários de liquidez, do plano de contingência de liquidez e pelo monitoramento de limites autorizados de caixa;

• Responsável pela apuração do indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR).

Tesouraria e Área de Captação

• Responsáveis pela execução da negociação de operações com o mercado e clientes, buscando sempre o preço justo e a conformidade destas operações;

• Responsáveis pela definição e atualização periódica das premissas de aplicação e captação e pela implementação do plano de contingência de liquidez, observando as estratégias definidas e os instrumentos previamente autorizados.

Finanças

• Responsável pela elaboração e colocação à disposição da previsão orçamentária; • Responsável pelo acompanhamento de carteiras e composição do Balanço e pela avaliação de propostas

de emissão de instrumentos de dívidas subordinadas.

3.5 Gestão do Risco de Liquidez

3.5.1 Medidas e Limites de Risco para Gestão e Controle

O Banco adota um conjunto de medidas objetivas para a gestão e controle do risco de liquidez. Os limites de liquidez são estabelecidos pela Meta de Liquidez, o Caixa Operacional Mínimo e o Apetite a Risco para o LCR. Estes limites compreendem a definição dos valores máximos autorizados, por meio do estabelecimento de níveis mínimos de caixa e de ações contingenciais. A área de Risco de Mercado e Liquidez é responsável por monitorar diariamente o risco de liquidez e acionar os fóruns competentes em caso de aumento do risco.

Os valores estabelecidos nos limites de liquidez e no plano de contingência são atualizados e revistos periodicamente, em função da alteração significativa das condições de mercado ou da dinâmica e composição das carteiras.

Meta de Liquidez e Caixa Operacional Mínimo

• A Meta de Liquidez e o Caixa Mínimo Operacional compreendem o estabelecimento de intervalos e patamares mínimos aceitáveis, configurando limites prospectivos para cenários adversos de liquidez;

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• Cenários de vencimento: compreendem a apuração do perfil futuro de liquidez, tendo por base a premissa geral de vencimento das carteiras atuais e todos os fluxos de caixa;

• Cenários orçamentários: compreendem a apuração do perfil futuro de liquidez, com premissas consistentes com o planejamento orçamentário, tendo por base a premissa geral de rolagem das carteiras atuais;

• Cenários de estresse: compreendem simulações do impacto nas carteiras decorrente de condições extremas de mercado e/ou da dinâmica e da composição das carteiras, que possam alterar de forma significativa os cenários projetados de liquidez do Banco;

• Análises de Sensibilidade: compreendem simulações de sensibilidade no perfil futuro de liquidez em função de pequenas oscilações nas condições de mercado e/ou na dinâmica e composição das carteiras; e

• Perfil de Concentração de Captação: compreende o acompanhamento do perfil de concentração das carteiras, em termos de volumes, prazos, instrumentos, segmentos e contrapartes.

Indicador de Liquidez de Curto Prazo LCR (Liquidity Coverage Ratio)

A partir de 1º de outubro de 2015, entrou em vigor a Circular n°3.749, que estabelece a metodologia de cálculo do indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR). Esta circular está alinhada com as recomendações contidas nos documentos de Basileia III, divulgadas com o objetivo de evidenciar que as grandes instituições financeiras possuem recursos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo padronizado com duração de um mês, mediante critérios pré-estabelecidos na regulamentação.

O LCR, conforme definido pela circular, é a razão entre os estoques de ativos de alta liquidez (HQLA) e o total de saídas líquidas de caixa previstas para um período de 30 dias.

• Estoque de Ativos de Alta Liquidez ou HQLA: Podem ser considerados HQLA os ativos que se mantêm líquidos nos mercados durantes períodos de estresse e que atendam requisitos mínimos definidos pela legislação, como:

✓ Sejam fácil e imediatamente convertidos em espécie, mediante nenhuma ou pouca perda em seu valor de mercado; ✓ Estejam livres de qualquer impedimento ou restrição legal, regulatória, estatutária ou contratual para sua

negociação; ✓ Apresentem baixo risco e tenham seu apreçamento fácil e certo, entre outras exigências.

• Saídas Líquidas de Caixa: São consideradas as potenciais saídas de caixa em 30 dias, sob um severo cenário estresse, e subtraídas as entradas de caixa para o mesmo período.

• O cenário de estresse padronizado considera choques idiossincráticos e de mercado definidos pela norma regulamentar como: ✓ Perda parcial das captações de varejo; ✓ Perda parcial da capacidade de captação de atacado sem colateral; ✓ Perda parcial da capacidade de captar recursos no curto prazo; ✓ Saídas adicionais de recursos, devido ao rebaixamento da classificação de risco de crédito; ✓ Aumento das volatilidades de preços, taxas ou índices que impacte a qualidade do colateral ou a exposição futura de

derivativos; ✓ Saques superiores aos esperados de linhas de crédito e liquidez concedidas; ✓ A necessidade potencial de o banco recomprar dívida ou honrar obrigações não contratuais, visando mitigar seu risco

reputacional.

A Resolução nº 4.401, estabelece um cronograma de implantação do índice, a partir de outubro de 2015:

Out - 2015 2016 2017 2018 2019

LCR Mínimo 60% 70% 80% 90% 100%

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No 3º trimestre de 2017, o LCR ficou em 181%, acima no mínimo regulamentar de 80% para o período, o índice reflete uma gestão conversadora da liquidez e do funding da Instituição. Informações detalhadas encontram-se disponíveis no anexo 4.

Tri

181% 150% 174% 20,5%

11.966 11.769 12.261 1,7%

6.618 7.843 7.054 -15,6%

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Indicador Liquidez de Curto Prazo

LCR

Total HQLA

Total saídas líquidas de caixa

3º Tri 2017 2º Tri 2017 1º Tri 2017Variação

São considerados como HQLA primordialmente títulos públicos federais e reservas bancárias. As saídas de caixa são impactadas principalmente por captações de atacado com vencimento ou liquidez em 30 dias.

Foi considerada a média simples dos dias úteis dos meses de julho, agosto e setembro (64 observações). A tabela detalhada do LCR encontra-se disponível no anexo 4.

Adicionalmente, o Banco Votorantim estabeleceu o apetite a risco para o LCR, que consiste na comparação do LCR atual e da projeção do índice para os próximos 6 meses com um índice mínimo pré-estabelecido.

Indicador de Liquidez de Curto Prazo Gerencial

O Banco Votorantim possui uma linha de crédito junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 6,8 bilhões, que representa significativa reserva de liquidez e que nunca foi utilizada.

E, apesar da regulamentação atual não permitir a inclusão desta linha no cômputo do LCR, a Instituição estima o índice LCR Gerencial com o uso da linha:

Trimestre

284% 237% 270% 19,8%

18.766 18.569 19.061 1,1%

6.618 7.843 7.054 -15,6%

Total HQLA + Linha BB

Total saídas líquidas de caixa

Indicador Liquidez de Curto Prazo Gerencial

LCR

3º Tri 2017 2º Tri 2017 1º Tri 2017

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Variação

3.5.2 Sistemas de Mensuração e Processo de Comunicação

O Banco adota sistemas corporativos para mensuração e controle de riscos de liquidez, combinando aplicativos desenvolvidos internamente com soluções de mercado, de atestada robustez. Estes sistemas operacionalizam o tratamento integrado de informações, de forma sequenciada:

• A captura do registro das operações negociadas e de seus dados cadastrais;

• A atualização e o arquivamento contínuo destas informações em bases de dados estruturadas, com monitoramento de sua integridade e consistência contábil;

• A apuração do perfil de liquidez, pelo cálculo da rolagem e do vencimento de operações, conforme as premissas dos diversos cenários em pauta.

Adicionalmente, o Banco adota processo estruturado para a comunicação dos assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos de liquidez. Este processo de comunicação compreende:

• A emissão periódica de relatórios objetivos, nos quais são apresentados os cenários de liquidez e a evolução do perfil das carteiras de captação, bem como demonstrados os níveis de utilização de limites autorizados;

• A realização periódica dos fóruns colegiados de acompanhamento, em observância às alçadas decisórias e nos quais são debatidos de forma participativa os assuntos em pauta.

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3.5.3 Comunicação de Extrapolação de Limites e Plano de Contingência

O procedimento adotado para o monitoramento dos níveis de caixa e do plano de contingência compreende duas etapas: comunicação e monitoramento.

• Comunicação: Para comunicação são apresentados os cenários e métricas de liquidez no Comitê de Riscos e Controles, onde são analisadas as variações e considerados os níveis pré-estabelecidos de acionamento do plano de contingência em caso de potencial extrapolação dos limites estabelecidos.

• Monitoramento: Eventual extrapolação de limites implica obrigatoriamente a implementação de estratégias combinadas de negócio, de gestão das carteiras de aplicação e captação, para a recomposição dos níveis de liquidez, incluindo, caso necessário, o lançamento e a adoção das ações estabelecidas previamente no plano de contingência. Estas estratégias são de responsabilidade dos gestores de negócio, considerando as condições do mercado, e acompanhadas no Comitê de Riscos e Controles.

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4. Risco Operacional

4.1 Definição

O risco operacional é definido como a possibilidade de perda resultante de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos à Instituição.

4.2 Princípios Básicos

Em linha com a Resolução nº 3.380 do CMN, o Banco dispõe de estrutura e políticas institucionais para o gerenciamento do risco operacional aprovados pelo Conselho de Administração. As informações acerca da estrutura de gestão de risco operacional contidas neste documento estão alinhadas com estas políticas. Os princípios básicos observados na gestão e controle foram estabelecidos em conformidade com a regulamentação vigente e práticas de mercado, conforme segue:

• Envolvimento da Alta Administração na supervisão global da tomada de riscos por intermédio dos comitês e comissões estabelecidos;

• Aculturamento da organização nos conceitos de gestão de Risco Operacional por meio de treinamento corporativo e por meio de discussões promovidas em fóruns de governança específicos;

• Captura de perdas operacionais e manutenção de base de dados estruturada com informações referentes aos eventos;

• Elaboração e avaliação de indicadores de perdas operacionais;

• Cálculo de capital alocado para risco operacional a partir de metodologias estruturadas e adequadas às exigências regulatórias.

• Mapeamento dos processos operacionais e sistêmicos, mapeamento de controles existentes e análise dos riscos inerentes e residuais;

• Avaliação do impacto financeiro potencial e da vulnerabilidade do ambiente de controle para os riscos mapeados através de Control Risk Self Assessment. A partir dessa avaliação, define-se o nível de risco operacional, de acordo com a matriz de risco padronizada para toda a Instituição; e

• Análise, comunicação e implantação de planos de ação para melhoria de processos e controles para mitigação dos riscos incorridos.

4.3 Áreas Envolvidas

As funções de gerenciamento de risco operacional são desempenhadas por unidades funcionais segregadas, formalmente constituídas, formadas por equipes capacitadas e com atribuições claramente definidas, conforme apresentado a seguir:

Área Atribuição

Área de Controles Internos

• Apoiar na identificação e avaliação dos riscos operacionais e controles existentes nas áreas e processos da Instituição, incluindo os serviços terceirizados relevantes;

• Avaliar o desenho e testar a efetividade dos controles de processos de negócios, suporte e de TI;

• Avaliar a adequação da arquitetura tecnológica, colocada à disposição pela área de Tecnologia, bem como a integridade das interfaces sistêmicas que afetam os modelos internos de riscos;

• Acompanhar o andamento e a implantação dos planos de ação elaborados para mitigar riscos operacionais e para promover melhorias no ambiente de controle;

• Colocar à disposição metodologias, modelos e ferramentas que assegurem a identificação e o monitoramento dos riscos relevantes;

• Treinar e fomentar a cultura de controles internos aos colaboradores da Instituição;

• Dar ciência ao Comitê de Riscos e Controles dos resultados dos trabalhos de mapeamento, avaliação e testes de controle, bem como de riscos e eventuais deficiências encontradas que sejam relevantes.

Área de Risco Operacional

• Responsável pela gestão e manutenção da base de dados de perdas operacionais, acompanhamento dos planos de ação para perdas relevantes e definição de metodologias e ferramentas para estruturação de indicadores de risco operacional;

• Responsável pela atualização e revisão periódica das políticas, procedimentos e planos de comunicação relacionados às atividades de gestão e mensuração do risco operacional.

• Responsável pelo cálculo do valor unitário para provisionamento das contingências cíveis massificadas e pelo cálculo do provisionamento das contingências trabalhistas.

Gestores e Colaboradores

• Responsáveis pela gestão e revisão dos riscos operacionais existentes nas suas atividades e processos, pela implementação de controles e definição de indicadores para acompanhamento dos riscos e planos de ação para sua mitigação;

• Responsáveis pela comunicação tempestiva das ocorrências relacionadas a risco operacional.

Capital Regulatório de Risco

Operacional

• Responsável pela apuração do capital alocado para risco operacional e pela realização de estudos para mensuração do capital econômico para risco operacional;

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4.4 Gestão do Risco Operacional

4.4.1 Sistema de Mensuração e Processo de Comunicação

A avaliação dos riscos operacionais existentes nos processos da organização considera os fatores “impacto” e “vulnerabilidade”, definidos na Régua de Riscos corporativa, que os categoriza em Baixos, Médios, Altos ou Extremos.

Os riscos mapeados e classificados são submetidos à validação dos gestores dos processos, para definição do tratamento adequado: aceitar ou reduzir o risco. Caso o tratamento do risco seja reduzir, os gestores do processo são responsáveis por propor ações de mitigação.

A área de Risco Operacional elabora e divulga à Alta Administração o Relatório Anual de Risco Operacional descrevendo a estrutura de gerenciamento do risco operacional, bem como as ações realizadas no ano corrente e as planejadas para o ano seguinte visando o aprimoramento da gestão do risco operacional no Banco.

4.4.2 Perdas Operacionais por Categoria de Risco

O gráfico abaixo apresenta a distribuição das perdas operacionais desembolsadas e despesas de provisão nos anos de 2015 ao 3º trimestre de 2017, classificadas por categoria de risco.

42%

21% 22%

13%

2%

42%

24%20%

12%

1%

43%

24%21%

12%

1%0%

10%

20%

30%

40%

50%

3. Relações Trabalhistas 4. Clientes, Produtos,

Práticas de Negócios

2. Fraude Externa 9. Execução e

Gerenciamento deProcessos

Outros

Perdas Operacionais por Categoria de Risco

2015 2016 3º Tri 2017

4.5 Gerenciamento de Continuidade de Negócios

O Banco conta com um ambiente de tecnologia de alta disponibilidade e alta capacidade de recuperação, composto pelos seguintes elementos:

• Dois datacenters hotsites, construídos pelo conceito de sala cofre pela Aceco, onde as infraestruturas para suportar os sistemas críticos são replicadas – um deles no edifício Rochaverá no Morumbi e outro no edifício BFC na Avenida Paulista;

• Sistema de armazenamento de dados em ambos os datacenters onde as bases de dados críticas são espelhadas de forma síncrona;

• Pool de servidores de aplicação e cluster de servidores de arquivos para os processos e sistemas críticos;

• Unidades de fitas em ambos os datacenters e armazenamento externo de backup;

• Acesso remoto às aplicações críticas;

• Ferramenta de acesso aos planos de contingência acessível pela Internet;

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A área de Continuidade de Negócios utiliza o sistema RPX (Recovery Planner) para gestão das ocorrências de interrupção, definição dos planos de continuidade e documentação de suporte das evidências dos testes e exercícios realizados.

Para as empresas do segmento de varejo, o plano de continuidade compreende os sites de Terceiros, como processamento de Cartões (EDS) e atendimento ao cliente (Tivit e Contax). As diretrizes corporativas de Gestão de Continuidade de Negócios contemplam políticas, normas, procedimentos, papeis e responsabilidades visando à implementação de uma Gestão de Continuidade de Negócios e Crises efetiva na Organização, assegurando uma maior resiliência ante situações adversas.

A partir dos conceitos, princípios e diretrizes estabelecidos, o Consolidado fortalece sua estrutura de gerenciamento de riscos e sua governança corporativa, oferece maior segurança aos seus clientes e acionistas diante de imprevistos a eventuais crises e durante a recuperação até o retorno à normalidade.

A área de Segurança da Informação e Continuidade de Negócios é a estrutura responsável por coordenar as atividades de segurança da informação e continuidade de negócios no Consolidado junto às áreas de Negócio e Suporte e é, por princípio, independente no exercício de suas funções.

A aplicação da metodologia de Análise de Impacto nos Negócios (BIA – Business Impact Analysis) possibilita identificar e classificar o impacto dos processos críticos de negócios, quanto à perda financeira, riscos de imagem, reputação e legal, caso sofram algum evento que os impossibilitem a serem executados da maneira habitual. A classificação de impacto nos processos de negócios é mensurada através das análises qualitativa, que avalia risco de imagem perante os clientes, mercado e reguladores e/ou quantitativa, que avalia potenciais impactos financeiros decorrentes de indisponibilidades. Esta disciplina da continuidade de negócios viabiliza o planejamento estratégico dos planos de contingência do Consolidado Econômico-Financeiro Votorantim e a priorização dos projetos para atender às novas necessidades e/ou a adequação dos planos existentes.

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5. Risco Socioambiental O risco socioambiental é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes de danos socioambientais

associadas às atividades e operações da Instituição, seja no relacionamento com clientes, fornecedores e nas práticas

institucionais.

Para nortear o posicionamento da Instituição quanto ao risco socioambiental, o Banco Votorantim adota Política Corporativa

de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental que trata das diretrizes de risco socioambiental nas cadeias de

negócio da Instituição. Adicionalmente, a Instituição mantém Norma de Risco Socioambiental que define as regras para as

análises de risco socioambiental nas atividades e operações do Banco Votorantim, em consonância com as normas do Banco

Central do Brasil.

Além das Políticas e Normas, a Instituição possui uma estrutura de governança para o tratamento do tema, tendo o Comitê de

Riscos e Controles (CRC) o fórum principal para acompanhamento e deliberação sobre o risco socioambiental.

A Instituição possui ainda uma estrutura de gerenciamento de risco socioambiental para a adequada identificação,

classificação, avaliação, monitoramento, mitigação e controle do risco socioambiental em suas atividades e operações,

principalmente através dos processos de análise e monitoramento socioambiental de clientes e projetos, avaliações de

garantias imobiliárias, análise socioambiental de novos produtos e avaliação de fornecedores. Os processos são realizados por

equipe especializada no tema e consiste em avaliar os aspectos socioambientais com os quais os clientes estejam envolvidos

quanto ao atendimento à legislação socioambiental, condições de trabalho, uso dos recursos naturais, gestão de resíduos,

estabelecendo seu nível de risco socioambiental para subsidiar a tomada de decisão da Instituição.

Em linha com a Política de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Instituição, o Banco Votorantim tornou-se

signatário dos Princípios do Equador no ano de 2016, sendo o 5º banco brasileiro a assinar o compromisso voluntário,

completando mundialmente 85 instituições. Com a assinatura, a Instituição passa a adotar uma série de diretrizes de gestão

de risco a fim de determinar, avaliar e gerir riscos sociais e ambientais em projetos financiados pelo banco apoiando a tomada

de decisão.

Em seu segmento de gestão de recursos de terceiros, a Votorantim Asset Management (VAM) é signatária do PRI (Principles

for Responsible Investment) desde 2012 e aplica elementos de ESG (Environmental, Social and Governance) nos processos de

análise e gestão de ativos, o que reforça o compromisso da Instituição com o tema socioambiental.

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6. Risco de Participações Societárias O risco de participações societárias é definido como a possibilidade de perdas decorrentes de participações societárias não classificadas na carteira de negociação. O risco é oriundo do fato de que o banco possui investimentos em empresas que (i) não possuem participação majoritária e

consequentemente, não possui predominação no controle de sua gestão ou (ii) não fazem parte do escopo de consolidação e

consequentemente, não fazem parte de atividades típicas de empresas financeiras, e que por motivos diversos (mercado,

crédito, operacional, liquidez, gestão entre outros), essa empresa pode afetar o resultado do consolidado financeiro.

Referente à política de contabilização para os investimentos em sociedades a Instituição adere às regras estabelecidas pelo Bacen, descritas nas Normas Básicas COSIF (Capítulo 11, Ativo Permanente itens 1 e 2), que possuem em seu conteúdo as regras ou métodos de avaliação dos investimentos e as metodologias aplicadas a cada situação, como por exemplo, a equivalência patrimonial e as premissas a serem adotadas aos processos contábeis. Para os demais investimentos permanentes, a Instituição utiliza o método de custo de aquisição, aplicando a regra contábil do CPC 01 “redução ao Valor Recuperável de Ativos” aprovado pelo Bacen pela Resolução nº 3.566. Este procedimento visa assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior ao que possa ser recuperado no tempo ou em uma eventual venda.

Segue abaixo, o valor das participações societárias controladas não financeiras e não consolidadas, representado pela conta de investimentos registrada no ativo da Instituição:

set-17 jun-17 set-16 Tri Anual

BVIP - BV Inv. E Partic S.AHoldings de instituições não-

financeiras

Capital

Fechado30 25 13 20% 131%

BVIA - BV Inv. E Gestão S.AHoldings de instituições não-

financeiras

Capital

Fechado145 140 130 3,6% 12%

Votorantim Corretora de Seguros

S.A

Corretores e agentes de seguros,

de planos de previdência

complementar e de saúde

Capital

Fechado415 344 192 21% 116%

BVEP - BV Empreendimentos e

Participações Ltda

Participação em empreendimentos

ou incorporações imobiliárias,

serviços de consultoria e

planejamento e assessoria

empresarial

Capital

Fechado861 955 900 -9,8% -4%

1 – As empresas relacionadas são classificadas como de capital fechado e o valor contábil é igual ao valor justo. Para o período analisado

não ocorreram vendas ou liquidações, sem realização ou reconhecimento de ganhos e perdas.

Consolidado Prudencial - Valores em R$ milhões.

Participações Societárias /

InvestimentosSegmentaçãoNatureza da Atividade

Valor Contábil1 Variação

A Instituição possui outros investimentos caracterizados por incentivos fiscais (FINOR4), títulos patrimoniais (CETIP5 e CIP6), e ações e cotas (ANBIMA7). Mais detalhes sobre o tema podem ser observados conforme nota explicativa nº 13 do Relatório de Demonstrações Contábeis Consolidadas, disponível no site de Relações com Investidores (www.bancovotorantim.com.br/ri). Para o período analisado, o valor do requerimento de capital relativo às participações societárias não classificadas na carteira de negociação, conforme critérios apresentados acima totalizaram R$ 134,1 milhões em set-17. Dada a baixa relevância das participações societárias não classificadas na carteira de negociação em relação ao total de ativos, o Banco não realiza a categorização de suas participações.

4 Fundos de Investimentos do Nordeste: são benefícios fiscais concedidos pelo governo federal e tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico da região Nordeste do Brasil 5 Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos 6 Câmara Interbancária de Pagamentos 7 Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro

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7. Outros Riscos

Além dos riscos materiais acima descritos, a Instituição considera relevante e possui tratamento e monitoramento específico, fazendo parte do escopo do Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), os seguintes riscos:

7.1 Risco de Reputação

O risco de reputação é definido como a ocorrência ou possibilidade de dano à reputação da Instituição decorrente da percepção negativa dos clientes, acionistas, investidores, agências de rating, sociedade civil, colaboradores, sindicatos e órgãos reguladores, em relação às práticas de negócio, conduta ou condição financeira da Instituição.

A gestão do risco de reputação é realizada a partir de processos específicos contidos em diversas áreas da Instituição, os quais têm como objetivo mitigar a ocorrência de eventos que afetem a reputação, bem como atuar na contenção da disseminação desses impactos, quando da ocorrência desses eventos. Adicionalmente, a Diretoria Executiva de Riscos realiza o gerenciamento integrado do risco de reputação, por meio de avaliações e monitoramentos consolidados das ações e reportes (entre outras atividades) das áreas individuais envolvidas no processo de mitigação do risco de reputação.

7.2 Risco de Estratégia

O risco de estratégia é definido como a possibilidade de perda decorrente da utilização de uma estratégia, premissas ou política de negócios inadequada ou de falta desta, incluindo a ausência de resposta a alterações de mercado e a fatores externos à Instituição.

O Objetivo do planejamento estratégico é definir as estratégias e as ambições do Consolidado Banco Votorantim para o médio e longo prazo (cinco anos seguintes ao ano vigente), assegurando uma avaliação de riscos e benefícios potenciais na Instituição e baseia-se principalmente nas tendências de mercado, no ambiente competitivo, na visão regulatória e nos anseios da alta direção e acionistas do banco.

O acompanhamento dos objetivos é realizado mensalmente, e a avaliação do risco de estratégia acontece para o consolidado

através da utilização de indicadores, que buscam demonstrar se os objetivos estratégicos podem ser afetados por algum

evento relacionado ao risco de estratégia, acionando, caso necessário, as alçadas competentes para tomada de decisão.

7.3 Risco de Underwriting

O risco de underwriting é definido como a possibilidade de perdas oriundas da emissão de dívidas de terceiros em que a Instituição é obrigada a colocar estes papéis em sua carteira ativa devido à execução de cláusulas de garantia firme. Seu processo de gestão e controle é realizado por meio de avaliações individuais de cada operação de underwriting e do monitoramento das exposições consolidadas.

7.4 Risco de Modelos

O risco de modelos é definido como o conjunto de possíveis consequências adversas de resultados incorretos de modelos, ou de uso inadequado.

O controle e mitigação do risco de modelos na Instituição é realizado, principalmente, por meio de análises quanto ao poder preditivo, discriminação e estabilidade de seus modelos, processo interno de validação, independente dos processos de desenvolvimento e implantação, manutenção adequada do controle de versões dos documentos de modelagem e acompanhamento da performance dos modelos.

7.5 Apetite de Riscos

Adicionalmente aos processos de gestão e mitigação de riscos descritos nos itens anteriores, a Instituição dispõe de um framework de apetite a riscos, que consiste na declaração do risco que a Instituição está disposta a aceitar para atingir os seus objetivos, e é monitorado por meio de indicadores e seus respectivos limites e reportado mensalmente à Diretoria Executiva de Riscos, Comitê de Riscos e Controles (CRC) e ao Conselho de Administração.

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F. Anexos

1. Composição do Patrimônio de Referência (PR) – Anexo 1

A seguir, tabela com a composição do Patrimônio de Referência e informações sobre a adequação do PR, conforme previsto

pela Circular nº 3.716 para a data-base set-17:

Número da linha

Capital Principal: instrumentos e reservas

Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

1 Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal 8.102.845 - a

2 Reservas de lucros 96.087 - b, c

3 Outras receitas e outras reservas 345.200 - b, c

4 Instrumentos autorizados a compor o Capital Principal antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

5 Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do conglomerado, não dedutível do Capital Principal 1

0 - i

6 Capital Principal antes dos ajustes prudenciais 8.544.132 - -

Número da linha

Capital Principal: ajustes prudenciais Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

7 Ajustes prudenciais relativos a apreçamento de instrumentos financeiros 1.081 - -

8 Ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de rentabilidade futura

- - -

9 Ativos intangíveis 120.695 150.869 h

10 Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e os originados dessa contribuição relativos a períodos de apuração encerrados até 31 de dezembro de 1998

871.013 1.088.766 d-e 2

11 Ajustes relativos ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa de itens protegidos que não tenham seus ajustes de marcação a mercado registrados contabilmente

- - -

12 Diferença a menor entre o valor provisionado e a perda esperada para instituições que usam IRB

- - -

13 Ganhos resultantes de operações de securitização

14 Ganhos ou perdas advindos do impacto de mudanças no risco de crédito da instituição na avaliação a valor justo de itens do passivo

15 Ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido - - -

16 Ações ou outros instrumentos de emissão própria autorizados a compor o Capital Principal, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética

- - -

17 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao Capital Principal

18

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições financeiras no exterior não consolidadas, de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar, que exceda 10% do valor do Capital Principal, desconsiderando deduções específicas

- - -

19

Participações superiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições financeiras no exterior não consolidadas, de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

- - -

20 Mortgage servicing rights

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50

21 Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização, acima do limite de 10% do Capital Principal, desconsiderando deduções específicas

959.697 1.199.621 f-e 3

22 Valor que excede a 15% do Capital Principal - - -

23

do qual: oriundo de participações no capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e de instituições financeiras no exterior não consolidadas, no capital de empresas assemelhadas a instituições financeiras que não sejam consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

- - -

24 do qual: oriundo de direitos por serviços de hipoteca

25 do qual: oriundo de créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização

- - -

26 Ajustes regulatórios nacionais - - -

26.a Ativos permanentes diferidos - - g

26.b Investimento em dependência, instituição financeira controlada no exterior ou entidade não financeira que componha o conglomerado, em relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a informações, dados e documentos

- - -

26.c Instrumentos de captação elegíveis ao Capital Principal emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado

- - -

26.d Aumento de capital social não autorizado - - -

26.e Excedente ao valor ajustado de Capital Principal - - -

26.f Depósito para suprir deficiência de capital - - -

26.g Montante dos ativos intangíveis constituídos antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- 757 l

26.h Excesso dos recursos aplicados no Ativo Permanente -

26.i Destaque do PR -

26.j Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Capital Principal para fins regulatórios

-

27 Ajustes regulatórios aplicados ao Capital Principal em função de insuficiência do Capital Complementar e de Nível II para cobrir deduções

- - -

28 Total de deduções regulatórias ao Capital Principal 1.952.485 - -

29 Capital Principal 6.591.647 - -

Número da linha

Capital Complementar: Instrumentos Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

30 Instrumentos elegíveis ao Capital Complementar - - -

31 dos quais: classificados como capital social conforme as regras contábeis - - -

32 dos quais: classificados como passivo conforme as regras contábeis - - -

33 Instrumentos autorizados a compor o Capital Complementar antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

34 Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do conglomerado, não dedutível do Capital Complementar

- - -

35 dos quais: instrumentos emitidos por subsidiárias antes da entrada em vigor da esolução nº 4.192, de 2013

- - -

36 Capital Complementar antes das deduções regulatórias - - -

Número da linha

Capital Complementar: Deduções Regulatórias Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

37 Ações ou outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o Capital Complementar, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética

- - -

38 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao capital complementar

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39

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição financeira no exterior que não componha o conglomerado e que exceda 10% do valor do Capital Complementar

-

40 Investimentos superiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado

-

41 Ajustes regulatórios nacionais - - -

41.a

Instrumentos de captação elegíveis ao Capital Complementar emitidos por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituições financeiras no exterior que não componham o conglomerado, considerando o montante inferior a 10% do valor do Capital Complementar

- - -

41.b Participação de não controladores no Capital Complementar

41.c Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Capital Complementar para fins regulatórios

-

42 Ajustes regulatórios aplicados ao Capital Complementar em função de insuficiência do Nível II para cobrir deduções

- - -

43 Total de deduções regulatórias ao Capital Complementar - - -

44 Capital Complementar - - -

45 Nível I 6.591.647 - -

Número da linha

Nível II: Instrumentos Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

46 Instrumentos elegíveis ao Nível II 1.312.177 - m

47 Instrumentos autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

903.906 - k

48 Participação de não controladores em subsidiárias integrantes do conglomerado, não dedutível do Nível II

- - -

49 dos quais: instrumentos emitidos por subsidiárias antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

50 Excesso de provisões em relação à perda esperada no IRB - - -

51 Nível II antes das deduções regulatórias 2.216.083 - -

Número da linha

Nível II: Deduções Regulatórias Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

52 Ações ou outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o Nível II, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética

- - -

53 Investimentos cruzados em instrumentos elegíveis ao Nível II

54

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituições financeiras no exterior que não componham o conglomerado, que exceda 10% do valor do Nível II

-

55 Investimentos superiores a 10% do capital social de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de instituição financeira no exterior, que não componha o conglomerado

-

56 Ajustes regulatórios nacionais - - -

56.a Instrumentos de captação elegíveis ao Nivel II emitidos por instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituições financeiras no exterior, que não componham o conglomerado

- - -

56.b Participação de não controladores no Nível II -

56.c Outras diferenças residuais relativas à metodologia de apuração do Nível II para fins regulatórios

-

57 Total de deduções regulatórias ao Nível II - - -

58 Nível II 2.216.083 - -

59 Patrimônio de Referência (Nível I + Nível II) 8.807.730 - -

60 Total de ativos ponderados pelo risco 60.213.018 - -

Número da linha

Índices de Basileia e Adicional de Capital Principal %

61 Índice de Capital Principal (ICP) 10,9%

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52

62 Índice de Nível I (IN1) 10,9%

63 Índice de Basileia (IB) 14,6%

64 Valor do total de Capital Principal demandado especificamente para a instituição (% dos RWA)

5,75%

65 do qual: adicional para conservação de capital 1,25%

66 do qual: adicional contracíclico 0,0%

67 do qual: adicional para instituições sistemicamente importantes em nível global (G-SIB)

68 Montande de Capital Principal alocado para suprir os valores demandados de Adicional de Capital Principal (% dos RWA)

752.663

Número da linha

Mínimos Nacionais %

69 Índice de Capital Principal (ICP), se diferente do estabelecido em Basileia III

70 Índice de Nível I (IN1), se diferente do estabelecido em Basileia III

71 Índice de Basileia (IB), se diferente do estabelecido em Basileia III 9,250%

Número da linha

Valores abaixo do limite para dedução (não ponderados pelo risco) Valor(R$mil) Valor sujeito a

tratamento transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

72

Valor agregado das participações inferiores a 10% do capital social de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

-

-

73

Participações superiores a 10% do capital social de empresas assemelhadas a instituições financeiras não consolidadas, de sociedades seguradoras, resseguradoras, de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar

-

-

74 Mortgage servicing rights

75 Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias, não deduzidos do Capital Principal

755.134

f-e 3

Número da linha

Limites à inclusão de provisões no Nível II Valor(R$mil)

76 Provisões genéricas elegíveis à inclusão no Nível II relativas a exposições sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem padronizada

77 Limite para a inclusão de provisões genéricas no Nível II para exposições sujeitas à abordagem padronizada

78 Provisões elegíveis à inclusão no Nível II relativas a exposições sujeitas ao cálculo do requerimento de capital mediante abordagem IRB (antes da aplicação do limite)

-

79 Limite para a inclusão de provisões no Nível II para exposições sujeitas à abordagem IRB

-

Número da linha

Instrumentos autorizados a compor o PR antes da entrada em vigor da Resolução 4.192, de 2013 (aplicável entre 1º de outubro de 2013 e 1º de

janeiro de 2022) Valor(R$mil)

Valor sujeito a tratamento

transitório (R$ mil)

Referência do balanço do

conglomerado

80 Limite atual para os instrumentos autorizados a compor o Capital Principal antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

81 Valor excluído do Capital Principal devido ao limite

82 Instrumentos autorizados a compor o Capital Complementar antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

- - -

83 Valor excluído do Capital Complementar devido ao limite - - -

84 Instrumentos autorizados a compor o Nível II antes da entrada em vigor da Resolução nº 4.192, de 2013

903.906 2.938.281 k

85 Valor excluído do Nível II devido ao limite - - -

1 - Contempla o ajuste prudencial referente a participação de não controladores, conforme Art. 5º, inciso VI da Resolução nº 4.192.

2 - O valor está sujeito a aplicação de regras específicas estabelecidas no Art. 5º, inciso VIII, § 4º e § 5º da Resolução nº 4.192.

3 - O valor está sujeito a aplicação de regras específicas estabelecidas no Art. 5º, inciso VII, § 2º, § 3º e § 5º da Resolução nº 4.192.

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2. Principais Características dos Instrumentos do PR – Anexo 2

O Anexo 2 está disponível no site de Relações com Investidores (www.bancovotorantim.com.br/ri), menu de Governança Corporativa – Gerenciamento de Riscos.

3. Modelo Comum de Divulgação de informações sobre a Razão de Alavancagem – Anexo 3

A seguir, tabela com as informações detalhadas sobre a Razão de Alavancagem prevista pela Circular nº 3.748 para a data-

base set-17:

Número

da linhaItem Valor(R$mil)

Itens contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

1Itens patrimoniais, exceto instrumentos financeiros derivativos, títulos e valores mobiliários recebidos por empréstimo e

revenda a liquidar em operações compromissadas79.872.692

2 Ajustes relativos aos elementos patrimoniais deduzidos na apuração do Nível I 2.227.428

3 Total das exposições contabilizadas no BP 77.645.264

Operações com Instrumentos Financeiros Derivativos

4 Valor de reposição em operações com derivativos 3.282.078

5 Ganho potencial futuro decorrente de operações com derivativos 855.718

6 Ajuste relativo à garantia prestada em operações com derivativos

7 Ajuste relativo à margem de garantia diária prestada 0

8Derivativos em nome de clientes em que não há obrigatoriedade contratual de reembolso em função de falência ou

inadimplemento das entidades responsáveis pelo sistema de liquidação0

9 Valor de referência ajustado em derivativos de crédito 334.224

10 Ajuste sob o valor de referência ajustado em derivativos de crédito 0

11 Total das exposições relativas a operações com instrumentos financeiros derivativos 4.472.020

Operações Compromissadas e de Empréstimo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM)

12 Aplicações em operações compromissadas e de empréstimo de TVM 6.970.850

13 Ajuste relativo a recompras a liquidar e credores por empréstimo de TVM 0

14 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte 24.454.595

15 Valor relativo ao risco de crédito da contraparte em operações de intermediação 0

16Total das exposições relativas a operações compromissadas e de empréstimo de títulos e valores mobiliários (soma das

linhas 12 a 15)31.425.446

Itens não contabilizados no Balanço Patrimonial (BP)

17 Valor de referência das operações não contabilizadas no BP 7.113.103

18 Ajuste relativo à aplicação de FCC específico às operações não contabilizadas no BP -1.673.258

19 Total das exposições não contabilizadas no Balanço Patrimonial 5.439.845

Capital e Exposição Total

20 Nível I 6.591.647

21 Exposição Total 118.982.575

Razão de Alavancagem (RA)

22 Razão de Alavancagem de Basileia III 5,5%

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4. Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) – Anexo 4

A seguir, tabela com as informações detalhadas sobre o LCR previsto pela Circular nº 3.749 para a data-base set-17:

Valor Médio1 (R$ mil)Valor Ponderado

Médio2 (R$ mil)

Número da linha Ativos de Alta Liquidez (HQLA)

1 Total de Ativos de Alta Liquidez (HQLA) - 11.965.625.746

Número da linha Saídas de Caixa - -

2 Captações de varejo, das quais: 281.653.680 52.165.628

3 Captações estáveis - -

4 Captações menos estáveis 281.653.680 52.165.628

5 Captações de atacado não colateralizadas, das quais: 10.452.643.516 6.509.094.745

6 Depósitos operacionais (todas as contrapartes) e depósitos de cooperativas filiadas - -

7 Depósitos não-operacionais (todas as contrapartes) 10.369.500.033 6.425.951.262

8 Demais captações de atacado não colateralizadas 83.143.483 83.143.483

9 Captações de atacado colateralizadas - 921.887.121

10 Requerimentos adicionais, dos quais: 3.450.688.376 648.159.958

11 Relacionados a exposição a derivativos e a outras exigências de colateral 1.705.008.221 560.875.951

12 Relacionados a perda de captação por meio de emissão de instrumentos de dívida - -

13 Relacionados a linhas de crédito e de liquidez 1.745.680.155 87.284.008

14 Outras obrigações contratuais 1.296.307.744 1.296.307.744

15 Outras obrigações contingentes 5.636.609.805 201.859.535

16 Total de saídas de caixa - 9.629.474.730

Número da linha Entradas de Caixa - -

17 Empréstimos colateralizados 9.857.634.813 6.389.405

18 Operações concedidas em aberto, integralmente adimplentes 2.131.070.971 1.684.111.530

19 Outras entradas de caixa 1.403.757.926 1.320.641.364

20 Total de entradas de caixa 13.392.463.709 3.011.142.299

Valor Total Ajustado³ (R$ mil)

21 Total HQLA - 11.965.625.746

22 Total de saídas líquidas de caixa - 6.618.332.431

23 LCR (%) - 181%

1 - Corresponde ao saldo total referente ao item de entradas ou saídas de caixa.

2 - Corresponde ao valor após aplicação dos fatores de ponderação.

3 - Corresponde ao valor calculado após a aplicação dos fatores de ponderação e dos limites (Nível 2 e 2B e entradas de caixa).

Informações sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR)

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G. Glossário

Banco Múltiplo: Instituição financeira privada que realiza as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições

financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito

imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento;

Capital Exigido: é a representação em capital das parcelas dos Ativos Ponderados pelo Risco, apurado pela fórmula: Fator F x

RWA.

Capital Nível 1: obtido pela soma do Capital Principal e Capital Complementar, conforme definido na Resolução nº 4.192 do

CMN;

Capital Principal: composto pelo Patrimônio Líquido e deduções específicas, conforme definido na Resolução nº 4.192 do

CMN;

Comitê de Supervisão Bancária de Basileia: é um fórum para cooperação em questões de supervisão bancária, com objetivo

de aumentar e melhorar o entendimento das questões essenciais sobre a supervisão bancária ao redor do mundo;

ICAAP: Internal Capital Adequacy Assessment Process (Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital);

Índice de Basileia: indicador que mede a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e o Capital Exigido, definido pela

fórmula PR*100/ RWA;

Modelo de Behaviour Score: é um sistema que atribui pontuações a diversas variáveis de decisão de crédito para um

proponente, inclusive utilizando o histórico de compras e pagamentos dos clientes, através da aplicação de técnicas

estatísticas, objetivando identificar características que segreguem os bons dos maus créditos;

Modelo de Collection Score: é um modelo que visa identificar a probabilidade de pagamento do cliente após a inadimplência,

utilizado para otimizar o processo recuperação de crédito. Através de técnicas estatísticas, são atribuídas pontuações a

diversas variáveis (histórico de pagamento, informações do contrato, etc.) que compõem a pontuação final do cliente,

identificando o seu perfil de pagamento;

Modelo de Credit Score: é similar ao modelo de Behavior Scoring, no entanto, não considera as variáveis históricas dos

clientes na modelagem;

Patrimônio de Referência: é o valor utilizado como base para verificação do cumprimento dos limites operacionais das

instituições financeiras. O montante é obtido pela soma do Capital Nível I e do Capital Nível II, conforme definido na Resolução

nº 4.192 do CMN;

Rating: é um sistema de classificação da qualidade de crédito de um indivíduo, empresa ou país, cujo objetivo é classificar o

tomador de recursos conforme o risco de crédito atribuído a cada um.

RWA: Risk Weighted Assets (Ativos Ponderados pelo Risco).