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RELATÓRIO (2015 - 2018) DE GESTao FUNDAÇÃO PEDRO CALMON

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RELATÓRIO

(2015 - 2018)

DE GESTaoFUNDAÇÃO PEDRO CALMON

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FICHA TÉCNICA

RUI COSTA Governador

ARANY SANTANA

Secretária de Cultura

ZULU ARAÚJO Diretor-Geral da Fundação Pedro Calmon

IGOR GALVÃO

Chefe de Gabinete

LUCIANA MOTA Assessoria Técnica

DANIELE DE JESUS Assessoria Jurídica

KÊNIA SILVA

Assessoria da Diretoria Geral

CAMILLA FRANÇA Assessoria de Comunicação

EDILEUZA DA SILVA

Diretoria Administrativa, de Orçamento e Finanças

TERESA MATOS Diretoria do Arquivo Público da Bahia

RAFAEL FONTES

Diretoria do Centro de Memória da Bahia

CARMEN AZEVEDO Diretoria de Bibliotecas

BÁRBARA FALCON

Diretoria do Livro e da Leitura

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ÍNDICE

1. Introdução Diretor Geral da FPC ..................................................................................04

Zulu Araújo

2. Análise de Desenvolvimento...........................................................................................12

Luciana Mota

3. Dados Gerais da FPC ......................................................................................................15

Carlota Gottschall

4. Diretoria de Bibliotecas Públicas ....................................................................................17

Carmen Azevedo

5. Centro de Memória da Bahia...........................................................................................32

Rafael Oliveira Fontes

6. Diretoria do Livro e Leitura..............................................................................................50

Bárbara Vieira Falcon

7. Arquivo Público do Estado da Bahia...............................................................................60

Maria Teresa Navarro de Brito Matos

8. DESTAQUES ...............................................................................................................71

Carmen Azevedo

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1. Introdução Diretor Geral da FPC

Zulu Araújo

A Instituição:

A Fundação Pedro Calmon, Centro de Memória e Arquivo Público da Bahia (FPC), tem por

finalidade, recolher, organizar, preservar e divulgar o acervo documental proveniente de

arquivos públicos e privados, que evidenciem a memória histórica, geográfica,

administrativa, técnica, legislativa e judiciária da Bahia. Assim sendo, cabe a FPC, estimular e

promover atividades relacionadas com as bibliotecas, organizando, atualizando e difundindo

seus acervos, bem como promover ações de fomento a difusão do livro, da leitura e da

escrita.

A FPC é uma instituição vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, é um dos

principais organismos estaduais no campo da cultura, sendo responsável pela gestão de dois

dos mais importantes equipamentos culturais do país: a Biblioteca Central da Bahia

(primeira biblioteca pública do Brasil e da América Latina, com 208 anos de existência) e o

Arquivo Público do Estado da Bahia, (fundado há 128 anos e também responsável pela

guarda de acervos dos mais importantes da nossa história, em particular do período

colonial).

Além disso, fazem parte da estrutura da FPC, O Centro de Memória da Bahia, responsável

pela guarda e difusão dos acervos privados de interesse público, a Diretoria de Livro e

Leitura que executa o Programa Estadual do Livro, Leitura e Escrita no âmbito do Estado e a

Diretoria de Bibliotecas, responsável pelo Sistema Estadual de Bibliotecas composta pela

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Biblioteca Central do Estado, Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, Biblioteca Juracy

Magalhães (Salvador e Itaparica), Biblioteca Thales de Azevedo, Biblioteca Anísio Teixeira e a

Coordenação de Acervos Virtuais Baianos Consuelo Pondé de Sena.

Vale a pena ressaltar que a estrutura peculiar da Fundação Pedro Calmon formada por

instituições de tamanha envergadura no cenário cultural do país e com tantas

responsabilidades, nos obriga a apresentar um Relatório de Gestão, também diferenciado,

onde as distinções de abordagens, de objetivos e de público que serão encontradas ao longo

do texto, diferentemente do que possamos imaginar, é um ativo importante e positivo não

só para o desenvolvimento do nosso trabalho, como para o cumprimento de nossa missão.

Diretriz da gestão:

Por isto mesmo, e por compreender a importância estratégica dessa instituição no campo da

produção do conhecimento, a Direção Geral da FPC, ao assumir a gestão do período que ora

se finda (2015/2018), definiu como diretriz maior a ampliação e o fortalecimento das

relações institucionais, sociais e culturais, no campo do livro, da leitura e da memória, com

os mais diversos setores da sociedade.

Impactos e desafios:

É importante destacar ainda que o quadriênio (2015/2018) foi, seguramente, um dos mais

complexos e tensos da recente história republicana brasileira. As duas grandes crises que

ocorreram no período, à primeira de ordem política, que resultou no impeachment da

Presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita, e a segunda, de ordem econômica, que

provocou uma das mais profundas recessões no país, impactaram fortemente o cenário

cultural e político baiano e brasileiro.

Os resultados dessas duas crises foram desastrosos para o desenvolvimento cultural.

Exemplo disto, é que o Ministério da Cultura que atuava fortemente no apoio às políticas

públicas de cultura dos Estados, bem como no fomento à modernização e ampliação dos

equipamentos culturais, após o impeachment , reduziu drasticamente sua atuação,

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provocando interrupções e cancelamentos de inúmeros projetos e ações que estavam em

andamento pelo país afora.

Para a Bahia não foi diferente, as organizações públicas, privadas e da sociedade civil

sofreram duramente os cortes de verbas, as interrupções de convênios e contratos e de

atividades que vinham sendo realizadas em parceria com o MinC.

Por outro lado, diante da gravidade da crise econômica vivida pelo país, o Governo do

Estado foi obrigado a adotar um conjunto de medidas para assegurar os investimentos

essenciais e prioritários para a população baiana, tais como: saúde, educação, segurança e

mobilidade urbana e, de outro, que garantisse o pagamento do salário dos servidores em

dia, fato, aliás, dos mais alvissareiros, visto que, apesar da baixa arrecadação tributária da

Bahia foi um dos poucos estados brasileiros que graças ao controle orçamentário, conseguiu

manter o pagamento regular. E para tanto, a área da cultura teve que dar sua parcela de

contribuição. E, diga-se de passagem, não se furtou a isto.

Portanto, em que pese às críticas legitimamente ocorridas neste período por parcela

daqueles que se utiliza dos nossos serviços, quanto à precariedade temporária de alguns dos

equipamentos que administramos, podemos afirmar que o saldo é positivo. E neste sentido,

é importante destacar o compromisso dos dirigentes da instituição, bem como dos seus

servidores que contando com o apoio integral da Secretária Arany Santana, assim como das

Secretarias sistêmicas, manteve a maioria das atividades da Fundação Pedro Calmon

funcionando regularmente.

Nesse contexto adverso e desafiador, a FPC estabeleceu diálogos com diferentes instituições

do campo da cultura no cenário internacional, nacional e local. Para tanto, a FPC adotou

pautas sociais e culturais relevantes, tanto para os pesquisadores quanto para a sociedade

civil, articulou, implementou e executou projetos e ações que objetivaram qualificar o

acesso ao conhecimento para a população baiana a exemplo do projeto “Conversando com

sua História” que abrangeu 20.826 acessos (virtual e presencial), entre 2015/2018.

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Articulações e Parcerias :

Para fomentar os diversos projetos e ações que foram desenvolvidos durante a gestão, a

Fundação Pedro Calmon firmou parcerias com alguns dos mais importantes equipamentos

culturais do Brasil e do Exterior. No cenário internacional tivemos parcerias com o Consulado

Geral dos Estados Unidos (RJ), o Consulado Geral de Cuba (BA), a Comunidade dos Países de

Língua Portuguesa – CPLP, a Embaixada de Angola no Brasil e o Instituto Goethe (BA). No

Brasil, com o Arquivo Nacional (RJ), a Fundação Biblioteca Nacional (RJ), o Museu da Língua

Portuguesa (SP), a Biblioteca Mário Andrade (SP), a Biblioteca Parque (RJ).

Na Bahia, com a Academia de Letras da Bahia, a Associação Brasileira da Igreja de Jesus

Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, além de

instituições acadêmicas, a exemplo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a

Universidade Estadual da Bahia (Uneb). No campo social firmamos parcerias com Templos

Religiosos de Matriz Africana, a exemplo Terreiro do Bate Folha e dentre outras entidades da

cultura negra, o Grupo Cultural Olodum e a Irmandade Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Essas articulações e parcerias resultaram em troca de experiências, assistências técnicas

para projetos da Fundação e a realização de eventos importantes, tais como: exposições

Gullah, Bahia, África e Martin Luther King - Legado e Inspiração com o Consulado Geral dos

Estados Unidos; a exposição e palestras, Viagem a Timbuktu, originária do livro do fotógrafo

Edmon Fortier, produzida pela historiadora Daniela Moreau da Casa das Áfricas; com a

Fundação Bill Melinda Gattes realizou-se a capacitação de centenas de bibliotecárias e

auxiliares de vários municípios do Estado, além da doação de cinquenta computadores feito

pela referida Fundação, para as Bibliotecas Públicas do Estado.

Outras ações importantes no campo internacional foram: a palestra com o escritor

português Walter Hugo Mãe; a celebração dos 42 anos da Independência de Angola, em

parceria com a Embaixada de Angola no Brasil, que contou com a presença do Balett

Tradicional Kilandukilu, da Banda Maravilha e do cantor Fernando Lucas da Silva. A criação

da Sala Temática José Marti instalada na Biblioteca Central do Estado da Bahia que possui o

acervo de 158 obras sobre Cuba e a celebração em parceria com o Consulado de Cuba na

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Bahia da passagem dos 121 anos da morte do poeta José Marti, além da III Convenção

Estadual de Solidariedade a Cuba e a Integração dos Povos Latino-americanos e Caribenhos.

Planejamento e articulação interna:

Para que as ações da FPC estivessem em consonância com o Plano Plurianual do Estado da

Bahia (PPA -2016/2019), com a Lei Orgânica da Cultura do Estado e com o Plano Estadual de

Cultura a Assessoria Técnica (Astec) e a Diretoria Administrativa Orçamentária e Financeira

(DAOF) reuniram e organizaram as proposições das áreas finalísticas, planejando de forma

detalhada todos os passos, estrategicamente e administrativamente.

O momento culminante desta escuta interna foi o encontro realizado com todos os (as)

servidores (as) da FPC, entre os meses de outubro de 2016 a janeiro de 2017, quando

tratamos de questões pertinentes à qualificação da gestão, através da formação de pessoal.

Os resultados dessa escuta permitiram que a Diretoria Geral pudesse adotar várias medidas

para melhor aproveitamento funcional, melhoria das relações interpessoais e ampliação e

fortalecimento da comunicação interna. Tudo isto, possibilitou que a FPC atuasse de forma

conjunta e coesa ao longo da gestão, superando dificuldades e desafios.

O trabalho das áreas administrativas (ASTEC, DAOF e Copel) permitiu que os recursos

captados por meio das articulações realizadas pela Diretoria Geral fossem integralmente

executados, assim como atualizasse todas as prestações de contas pendentes de convênios

federais anteriores. Tivemos uma execução de R$ 4.190.000,00 (quatro milhões, cento e

noventa mil reais), por meio de convênios com o MinC, com destaque das Emendas

Parlamentares destinadas pela Senadora Lídice da Mata que representaram quase 90% dos

recursos captados e emendas estaduais . No total foram 10 projetos federais e 2 estaduais

contemplados, 81 parcerias institucionais firmadas e 30 projetos por meio de Editais. Além

disso, tivemos uma média anual de execução orçamentária no período, da ordem de 97%.

Alguns projetos especiais cumpriram papéis importantes neste período, para a consolidação

do trabalho da Fundação Pedro Calmon no cenário cultural baiano:

● 220 anos da Revolta dos Búzios, coordenado pelo Arquivo Público do Estado e que objetivou revisar e publicar a documentação custodiada por aquela instituição em

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uma nova edição e difundir o legado desse importante fato histórico ocorrido na Bahia no século XVIII. (em andamento)

● Memórias Contemporâneas , coordenado pelo Centro de Memória da Bahia e que em parceria com o Instituto Goethe realizou eventos tratando de temas polêmicos e contemporâneos no campo da arte e da cultura na América Latina, África, Europa e Oriente Médio.

● Concurso dos Escritores Escolares, coordenado pela Diretoria do Livro e Leitura e que teve como objetivo principal o estímulo ao livro, a leitura e a escrita entre os estudantes das redes públicas e privadas de ensino na Bahia, sendo responsável pela presença da Fundação nos territórios de identidade .

● O Violão e a Palavra , coordenado pela Diretoria do Livro e Leitura , visa estimular a leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como Margareth Menezes, Lazzo Matumbi, Juliana Ribeiro, Mateus Aleluia, Jussara Silveira, Roberto Mendes e Jorge Portugal.

● Óculos com inteligência artificial, disponíveis na Biblioteca Central e com objetivo proporcionar a inclusão social dos cegos e deficientes visuais ao livro e leitura.

● Trezena da Liberdade: coordenado pela Biblioteca Virtual Consuelo Pondé de Sena e que teve como objetivo ampliar a difusão de um dos fatos históricos mais importantes do país que foi a luta pelo fim da escravidão.

A Fundação em números :

Ao longo dos últimos quatro anos as ações da FPC proporcionaram uma grande abrangência

entre o seu público alvo. Nos três campos inscritos no Plano Plurianual: Realização de

Eventos, Capacitação Técnica e Consolidação de Arquivos e Bibliotecas nos vetores de

Memória e Livro e Leitura foi registrado o alcance de 817.098 atendimentos. Destaca-se

nesta área o Sistema Estadual de Bibliotecas com uma prestação de serviços da ordem de

256.578 atendimentos. Também distribuímos gratuitamente 45.000 mil livros , sendo 15 mil

por via do Projeto Leia e Passe Adiante e 30 mil para Bibliotecas municipais e comunitárias e

Espaços de Leitura. Ainda no campo da Consolidação de Arquivos e Bibliotecas foram

digitalizados 1.436.206 (hum milhão quatrocentos e trinta e seis mil) documentos .

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Potencialidades da Fundação Pedro Calmon

O que identificamos com clareza ao longo deste relatório, com tantos números positivos e

ações importantes é que, em que pese às dificuldades e precariedades com que a Fundação

Pedro Calmon vem se defrontando, em particular nos dois equipamentos mais importantes

que estão sob sua responsabilidade – a saber o Arquivo Público do Estado da Bahia e a

Biblioteca Central. Estes demandam investimentos urgentes tanto na preservação de suas

edificações, quanto para suas manutenções.

Para tanto, o investimento em infraestrutura digital é o caminho que deverá ser seguido pela

FPC para a expansão do acesso ao público no que diz respeito à Memória e ao Livro e

Leitura, duas vertentes estruturantes desta Fundação. No relatório global Repensar as

Políticas Culturais – Criatividade para o Desenvolvimento (UNESCO, 2018), o investimento

em meios digitais foi apontado como tendência para o fortalecimento mundial da cultura.

Os dados da FPC para o quadriênio 2015-2018 nas três prerrogativas do PPA selecionadas

para esse estudo de público – realização de eventos nas áreas de memória histórica, de

leitura e do livro; capacitação técnica nas áreas de memória histórica, da leitura e do livro;

consolidação do sistema de arquivos e bibliotecas – confirmam esse indicativo. O Quadro I

(Resumo Geral em anexo) informa que as Ações de Realização de Eventos iniciadas mais

assiduamente a partir de 2017 responderam no conjunto por 20% do total de público

alcançado por todas as unidades desta Fundação. De igual maneira, os dados referentes à

ação do PPA denominada Consolidação do Sistema de Arquivos e Bibliotecas também

apontam que 30,1% do total de público registrado decorreram de acessos aos meios digitais

oferecidos no vetor Livro e Leitura, principalmente a Biblioteca Virtual Consuelo Pondé de

Sena.

Com investimento em infraestrutura digital que possibilite a amplificação dos serviços

especializados prestados pelo conjunto de unidades vinculadas, a FPC poderá potencializar

uma das áreas que apresentou menor desempenho, mas que representa demanda social

significativa: capacitação técnica. A dimensão do território baiano somado às dificuldades

financeiras por que passa o país, apontam para o uso da tecnologia digital como alternativa

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para ampliar os serviços de formação técnica necessários aos equipamentos de memória e

de leitura municipais (arquivos e bibliotecas), assim fortalecendo também a ação do PPA de

Consolidação do Sistema.

Com investimento em infraestrutura digital os equipamentos culturais estruturantes e os

conteúdos que são resguardados pela FPC (projeto memória do mundo, obras raras, acervo

diversos) poderão ampliar significativamente o alcance de público e o cumprimento da

missão de preservação da memória da Bahia, do Brasil e do mundo atribuídos a essa

importante instituição.

Toca a zabumba que a terra é nossa! Zulu Araújo Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon

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2. Análise de Desenvolvimento:

ANÁLISE DE DESENVOLVIMENTO

Assessoria Técnica (ASTEC) - 2015/2018

Luciana Mota 1

“O planejamento estratégico da organização é um processo dinâmico, sistêmico, coletivo, participativo e contínuo para determinação dos objetivos, estratégia e ações da organização”. Nota-se que um dos objetivos do planejamento estratégico é “concentrar e direcionar as forças internas que existe, levando em consideração os seus membros numa mesma direção, ou seja, todos caminham em busca de resultados satisfatórios”.

Rezende (2008).

REGIMENTO INTERNO: Assessoria Técnica - ASTEC que, tem por finalidade, desempenhar as

atividades de planejamento estratégico e de avaliação, estudos e análises, atuou no período

referenciado sobre a égide da gestão participativa .

Primando pela articulação entre os setores as ações desenvolvidas pela ASTEC,

compreendeu a organização das atividades sugeridas pelas unidades e as demandas

apresentadas pelo gabinete – citando desde o acompanhamento de todas as fases dos

convênios federais e estaduais, sejam eles em fase de prestação de contas (período anterior

a 2015), perpassando pela elaboração de projetos e o acompanhamento dos mesmos,

corroborando para o alcance da missão desta Instituição.

1 Servidora Pública (Técnica Administrativa - Téc. Contabilidade) - Cargo de Assessora técnica – Especialista em Gestão de Políticas

Publicas de Gênero e Raça e em Jornalismo Cultural. Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda.

Qualificações para desempenho das funções na ASTEC (Gestão e Planejamento): Gestão Estratégica de Pessoas e Planos de             

Carreira; Comunicação Interpessoal; Formação em Políticas Culturais e Formação em Políticas de Financiamento e Fomento à Cultura;

Gestão Estratégica Pública; Gestão Pública - Elaboração de Políticas Públicas; Visão Sistêmica e criação de Valor Público - Comunicação

e Transparência na Gestão Pública...

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Um dos destaques de atuação refere-se às metas apresentadas do PPA 2016/2019 – foram

devidamente cumpridas, a qual considerou exitoso o acompanhamento dos compromissos

do PPA 2016-2019 delimitados pelo governo para o trabalho desenvolvido por esta

Fundação e a participação no seu monitoramento pelos diretores e assessores das unidades.

No período anterior a agosto de 2016, a ASTEC organizou um diagnóstico, elaborado a partir

da análise - Matriz SWOT, solicitado pelo então gabinete da SECULT. No primeiro semestre

de 2015, todas as unidades da FPC preencheram um formulário padrão, ofertando

informações do cenário interno, desde estrutura até pessoal.

Neste período, a FPC realizou a reorganização do Novo Regimento da Fundação, a partir de

uma comissão com, estabelecida pelo Diretor Geral - discutindo temas relevantes, como a

Missão e a Responsabilidades da FPC. Para além disto, pautaram principais aspectos do

público alvo e as principais entregas para o período 2016 /2019, organizadas no ciclo

orçamentário – Ações do PPA e seu fluxo na Instituição - FIPLAN – Planejamento,

Monitoramento e Avaliação (concentrados na Coordenação II - ASTEC).

Em parceria com a Assessoria Especial do Diretor Geral, destacamos a elaboração do Projeto

diversas Leituras e Novos caminhos com o objetivo de Desenvolver atividades de estimulo a

leitura e acesso ao conhecimento de modo a contribuir na transformação da vida social e

econômica e impulsiona-lo para novas perspectivas de vida. Projeto a ser apoiado pela

SEPROMI através do Fundo de Combate à Pobreza (FUNCEP). O projeto continua em

tramitação. Além destes, segue a lista de projetos cujo os recursos foram captados, sendo

02 com recursos Estaduais.

● Exposição Hansen Bahia (MINC)

● Restauração do Arquivo Público I e II (MINC e BNDS)

● Encontro dos Pontos de Cultura do Brasil - Teia Nacional da Diversidade (MINC)*

● Diversas Leituras, Novos Caminhos (FUNCEP/SEPROMI)

● Fórum do Pensamento Crítico (MINC)

● Diversidade e Mudanças: Convergindo Ações para fortalecer a Cultura Baiana (MINC)

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● Revolta dos Búzios 220 anos (MINC)

● Encontro com representantes das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

● Feiras Literárias da Bahia (MINC)

● Olodum - Continuidade da Estruturação do Centro de Documentação (Emenda Parlamentar)

● Projeto Documentário Raso da Catarina (Emenda Parlamentar)

PARCERIAS - Minutas Oficiais.

Na articulação e elaboração do Protocolo de intenções, entre outras minutas, basilares na

relação com parceiros institucionais, destacamos a parceria entre a Fundação Pedro

Calmon/Secult/BA e o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira/MUNCAB, representado pela

Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira /AMAFRO; 81 parcerias firmadas

Editais – Fundo de Cultura - (Acompanhamento)

Coordenação e acompanhamento com distribuição de ações entre as diretorias interessadas,

para realização do Edital Conjunto: SECULT/vinculadas – 2015/2016/2017, realizando do

conteúdo do edital proposto pela SECULT, contribuindo na escolha dos projetos analisando e

emitindo parecer. O acompanhamento da execução dos 30 projetos aprovados encontra-se

a cargo do núcleo de Editais desta Fundação.

Outras Ações Relevantes - ASTEC

Em agosto de dois mil e quinze, foi realizada a 1ª Reunião dos Colegiados Setoriais de

Cultura, nos seguimentos de Arquivos, Bibliotecas, Livro e Leitura - Fundação Pedro

Calmon/Secult/BA.

Luciana Mota Assessora Chefe

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3. Dados Gerais da FPC

POTENCIALIDADES DA FUNDAÇÃO PEDRO CALMON A PARTIR DA ANÁLISE DE PÚBLICO E

DIGITALIZAÇÃO DE ACERVOS

A era informacional impulsiona uma revisão no papel e no significado das instituições que

oferecem serviços de livro, leitura e memória, posto que é grande a profusão de

conhecimento acessíveis a boa parcela da população. Vivemos em um tempo marcado por

um gigantesco volume de informações ao alcance da mão, não apenas pelo que nos

proporciona a internet e os meios de comunicação mais modernos, mas também pela

enorme capacidade que hoje temos de gerar conteúdos e disponibilizá-los para todos.

Nesse contexto é grande o desafio da FPC em responder ativamente a missão de preservar a

memória histórica da Bahia e incentivar o interesse pelo livro e pela leitura. Acredita-se que

sejam dois os caminhos a serem trilhados: criar uma ambiência digital e reestruturar física

e conceitualmente as instituições prestadoras de serviço direto ao público (arquivos e

bibliotecas). A experiência gerencial vivenciada no quadriênio 2015-2018 apontou para a

vitalidade dessas duas vertentes pela aderência de público, conforme se verá a seguir.

Os dados referentes às ações executadas pela Fundação Pedro Calmon (ver Anexo) indicam

o potencial do público virtual como um caminho a ser almejado para o próximo período de

gestão no que diz respeito à Memória e ao Livro e Leitura, as duas vertentes estruturantes

desta Fundação. Assim como, para a necessidade de transformação de conceitos no

atendimento das demandas de público para as bibliotecas públicas estaduais e os arquivos.

Como já mencionado no início deste documento, o relatório global Repensar as Políticas

Culturais – Criatividade para o Desenvolvimento (UNESCO, 2018), aponta para a necessidade

de investimento em um ambiente digital nas instituições destinadas a cultura como uma das

estratégias a ser seguida até 2030 pelos países em desenvolvimento visando o

fortalecimento mundial do setor.

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Os dados da FPC para o quadriênio 2015-2018, considerando as três prerrogativas do PPA

selecionadas para esse estudo de público – realização de eventos nas áreas de memoria

histórica, de leitura e do livro; capacitação técnica nas áreas de memória histórica, da leitura

e do livro; consolidação do sistema de arquivos e bibliotecas –, confirmam esse indicativo

mesmo frente aos limites tecnológicos vivenciado nessa Fundação.

O Quadro I (ver Anexo) indica que no quadriênio em estudo, 29% do público alcançado pela

FPC foi por via digital, com destaque para as ações inscritas no PPA como Consolidação do

Sistema de Arquivos e Bibliotecas decorrentes do vetor Livro e Leitura, liderado pela

Biblioteca Virtual Consuelo Pondé. Entretanto, é preciso considerar a importância do

atendimento presencial no balcão ofertado pelo conjunto de bibliotecas e pelos arquivos

para o público soteropolitano e de Itaparica (79% do total de atendimentos presenciais). A

realização de eventos foi uma alternativa utilizada pela Fundação nesse quadriênio,

sobretudo pelo vetor de livro e leitura, respondendo por cerca de 20% do total de público

presencial atendido. De certo, a área do PPA com menor resposta de público foi a de

capacitação técnica (0,7% do conjunto). Condição que precisa ser revista no próximo plano

de ação.

A modernização da infraestrutura física e dos conceitos de atendimento ao público nos

espaços das bibliotecas e dos arquivos vinculados a FPC, associada ao ambiente digital,

poderá ampliar exponencialmente o acesso de público ao acervo disponível nas bibliotecas,

nos arquivos, assim como, contribuir para a disseminação da leitura e do livro no plano

estadual e para além de nossas fronteiras. Esse é o nosso desafio!

Carlota Gottschall Assessoria de Gabinete

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4. Diretoria de Bibliotecas Públicas

4.1. INTRODUÇÃO

O presente relatório de gestão da Diretoria de Bibliotecas Públicas (DIBIP) – período de 2015

– 2018 – registra as principais realizações das bibliotecas públicas estaduais e das gerências

que fazem parte do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SEBP), referente aos dados

resultantes da atuação e da prestação de serviços ao público usuário de bibliotecas. As

informações aqui registradas identificam a biblioteca como instituição cultural integrada à

sociedade com capacidade de acolher o cidadão e disponibilizar a informação buscando

satisfazer as necessidades da comunidade.

A DIBIP é composta por oito unidades: Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB);

Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (BIML); Biblioteca Juracy Magalhães Júnior (BJMJR-SSA);

Biblioteca Pública Thales de Azevedo (BPTA); Biblioteca Anísio Teixeira (BAT); Biblioteca de

Extensão (BIBEX); Biblioteca Juracy Magalhães Júnior (BJMJR-Itaparica) e Biblioteca Virtual

Consuelo Pondé, especializada na História da Bahia. Integram, também, a DIBIP duas

gerências: Gerência do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (GESB), responsável pela

assistência técnica prestada às bibliotecas públicas municipais, comunitárias e espaços de

leitura e pela sistematização das ações resultantes das programações culturais, e a Gerência

Técnica (GETEC), responsável pela Política de Desenvolvimento de Coleções (PDC),

distribuição e informatização do acervo, atribuições importantes para o processo de

formação de acervos das bibliotecas.

No escopo deste Relatório, destacamos a execução e o fortalecimento das políticas públicas

de incentivo à leitura através do SEBP em consonância com o Sistema Nacional de

Bibliotecas Públicas (SNBP) do Ministério da Cultura (Minc), com o Plano Nacional do Livro e

Leitura (PNLL) e com o Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia (PELL-BA) . Em

sintonia com essas políticas públicas, em 2015 e 2018, as bibliotecas estaduais e municipais

da Bahia foram contempladas pelo Programa Conecta Biblioteca, realizado pela ONG

RECODE e a Caravan Studios, patrocinados pela Fundação Bill & Melinda Gates. O Conecta

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Biblioteca é um programa nacional de estímulo à transformação social por meio de

bibliotecas públicas com o objetivo de proporcionar a transformação de jovens em situação

de vulnerabilidade social mediante o empoderamento digital e o aprendizado contínuo.

A atuação da DIBIP no quadriênio (2015-2018) foi bastante produtiva, inovadora e

desafiadora diante das mudanças na demanda por informação pelos usuários, e das novas

tecnologias para as bibliotecas públicas. Desafiados, os gestores destas instituições

redefiniram prioridades, metas, objetivos, modificaram rotinas, inovaram serviços, enfim,

adequaram as ações das bibliotecas ao contexto as quais estão inseridas e promovam o

acesso democrático ao livro, a leitura e à informação.

Carmen Azevedo Melo da Silva Coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas

4.2. BIBLIOTECAS DO SISTEMA – Informações Gerais

Todas as Unidades foram contempladas, em 2015, com 10 computadores com o Programa

Conecta - uma ação da ONG RECODE, apoiada pela Fundação Byll & Melinda Gattes cujo

objetivo é promover o empoderamento digital de jovens através de aprendizado contínuo.

I. BIBLIOTECA CENTRAL DO ESTADO DA BAHIA

A Biblioteca Central do Estado da Bahia tem 207 anos de serviços prestados no âmbito da

informação, da leitura e da cultura, ao público baiano, e está localizada no Bairro dos Barris,

centro de Salvador.

Seu acervo é composto de aproximadamente 120 mil títulos e 700 mil exemplares de fontes

de informação em diversos suportes, incluindo livros, periódicos e multímeios (CD’S, DVD’S e

outros) à disposição da comunidade.

Nos últimos quatro anos a Biblioteca Central do Estado atendeu aproximadamente 300 mil

pessoas com seus serviços.

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Page 20: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Algumas atividades realizadas em parceria com outras instituições possibilitam o diálogo da

Biblioteca com outras áreas do conhecimento como, por exemplo: a participação da

Biblioteca através do Setor Braille no Projeto Com Outros Olhos, exposição inclusiva do

Museu da Misericórdia na 16ª Semana de Museus que compartilhou experiências de

aprendizado, interatividade, experiências sensoriais e cognitivas voltados para a pessoa cega

e/ou de baixa visão.

Em 2018 a Unidade foi beneficiada com o projeto de eficiência energética realizado pela

ECOLUZ através da COELBA obtendo o benefício de substituição de todas as lâmpadas do

prédio por lâmpadas econômicas em LED, exceto as dos setores localizados na parte interna

no térreo, que foram contemplados anteriormente, na manutenção elétrica realizada pela

SUPAT/SAEB. No mesmo ano a BCEB passou por intervenções estruturais de manutenção

predial incluindo a rede elétrica do térreo.

II. BIBLIOTECA JURACY MAGALHÃES JÚNIOR – RIO VERMELHO

A Biblioteca Juracy Magalhães Júnior está localizada no bairro do Rio Vermelho há 50 anos. A

Unidade possui no Espaço Caramuru o acervo de fotografias, livros e documentos referentes

à história do Bairro do Rio Vermelho os quais estão disponíveis para a pesquisa da

comunidade. O acervo é formado por cerca de 18 mil títulos de fontes de informação. Além

de livros, o acervo da Unidade possui CD’S, DVD’S e fotografias.

Em meados de 2018 a Unidade passou por reforma estrutural no telhado em decorrência da

análise técnica dos engenheiros da SUPAT/SAEB, com a finalidade de solucionar os

problemas ocasionados pela chuva como: infiltrações, goteiras, mofos e fissuras. A

manutenção predial promove o conforto e a segurança dos usuários. Nos últimos quatro

anos a BJMJR recebeu aproximadamente 45 mil pessoas.

III. BIBLIOTECA INFANTIL MONTEIRO LOBATO

A Biblioteca Infantil Monteiro Lobato foi idealizada e criada pela Professora Denise

Fernandes Tavares em 18 de abril de 1950. Localizada na Praça Conselheiro Almeida Couto,

S/N – Nazaré, Centro Antigo de Salvador, é a segunda biblioteca do país especializada no

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Page 21: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

público infanto-juvenil. Seu acervo é composto de livros, almanaques infantis, mapas, CD’S,

revistas infantis e de histórias em quadrinhos (HQ), apresentando aproximadamente cerca

de 13 mil títulos de fontes de informação, dentre livros, revistas e multimeios.

A Biblioteca promove atividades que integram e socializam adolescentes e jovens através de

ações culturais transversais com a literatura, a música, a dança e o teatro representado pela

Companhia de Teatro da BIML.

Em 2018 a BIML passou pelo processo de requalificação da rede elétrica e substituição de

lâmpadas LED, o que promoveu o aumento da frequência dos leitores à biblioteca.

Nos últimos quatro anos a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato recebeu aproximadamente

225 mil pessoas.

IV. BIBLIOTECA PÚBLICA THALES DE AZEVEDO

A Biblioteca Pública Thales de Azevedo, localizada no Parque Costa Azul na Rua Adelaide

Fernandes Costa, s/n, no bairro Costa Azul, foi inaugurada em 31 de março de 1997. A

Biblioteca é parte integrante do Parque Costa Azul e seu acervo é composto por 17 mil

títulos de diversas fontes de informação dentre livros, revistas e jornais. Durante o

quadriênio 2015- 2018 a Biblioteca atendeu 45 mil pessoas.

V. BIBLIOTECA ANÍSIO TEIXEIRA

A Biblioteca Anísio Teixeira (BAT) situada à Rua Frei Vicente, nº 16, Centro Histórico de

Salvador - Pelourinho, no Centro Antigo, tem em seu acervo cerca de 10 mil títulos de fontes

de informação incluindo jornais, revistas, CD’S, DVD’S, dentre esses multimeios, estão os

acessíveis com tradução em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) disponíveis à comunidade.

A BAT articula-se com as instituições do Centro Histórico – Pelourinho e conta com a

parceria do Projeto Axé, das escolas municipais e estaduais, Instituições de surdos,

professores e intérpretes de LIBRAS, Centro de Referência Especializada para Pessoas em

Situação de Rua (Centro POP), Centro de Atenção Psicossocial Álcool Drogas (CAPS-AD) e

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Page 22: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Movimento da Libertação da Mulher (MLM). Ao longo do período de 2015 a 2018 a Unidade

atendeu aproximadamente 60 mil pessoas.

VI. BIBLIOTECA DE EXTENSÃO – BIBLIOTECA MÓVEL

A Biblioteca de Extensão (BIBEX) foi criada em 1985 como Unidade, após desvincular-se da

Biblioteca Central, onde atuava como Seção de Extensão e utilizava veículo automotor, como

biblioteca móvel, para realizar atividades de incentivo à leitura, contação histórias e

empréstimo de livros nos bairros de Salvador.

Os espaços de leitura recebem da BIBEX o acervo inicial de 600 livros e os mediadores de

leitura desses espaços participam do Curso de Capacitação para Auxiliares de Bibliotecas

Públicas, Comunitárias e Espaços de Leitura, promovido pela Gerência do Sistema de

Bibliotecas (GESB).

Nos últimos anos, a Móvel, como é conhecida, participou de festas literárias nos municípios

da Bahia, proporcionando espaço de integração para crianças, adolescentes e jovens através

da leitura e da interdisciplinaridade com as linguagens artísticas. A atuação da Móvel atrai

um número expressivo de pessoas, a exemplo da Festa Literária Internacional de Cachoeira

(FLICA) que registrou a média de 6 mil participantes em atividades nas quatro edições no

município localizado no Recôncavo baiano.

Nos últimos quatro anos, 44 (quarenta e quatro) municípios contaram com a participação da

Biblioteca de Extensão nos eventos de promoção e incentivo à leitura.

O público contemplado com as ações da BIBEX é de aproximadamente 110 mil pessoas ao

longo do quadriênio 2015-2018.

VII. BIBLIOTECA JURACY MAGALHÃES JÚNIOR – MUNICÍPIO DE ITAPARICA

A Biblioteca Juracy Magalhães Júnior está localizada no Centro de Itaparica há 50 anos. A

Unidade atende às comunidades dos municípios de Itaparica e Vera Cruz, bem como regiões

circunvizinhas.

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A Unidade disponibiliza cerca de 14 mil títulos de diversas fontes de informação para a

comunidade no acervo composto por livros, CD’S e DVD’S incluindo multimeios acessíveis

com tradução em LIBRAS. A BJMJR - Itaparica preserva no Memorial Iconográfico de

Itaparica, um acervo digital de 900 fotos de paisagens, casarios e registros do cotidiano dos

municípios de Itaparica, Salinas da Margarida e Vera Cruz disponíveis para acesso público.

Ao longo dos últimos quatro anos a Unidade recebeu o público de 35 mil pessoas.

VIII. BIBLIOTECA VIRTUAL CONSUELO PONDÉ

A Biblioteca Virtual Consuelo Pondé (BVCP) fundada em 2011, com o nome Biblioteca Virtual

2 de Julho foi criada como forma de difundir nas redes sociais a História da Bahia.

O site da Biblioteca Virtual Consuelo Pondé ( http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/) é o

espaço para divulgação do acervo e da História baiana e disponibiliza o acesso para o Brasil e

diversos países como Estados Unidos, Peru, França, Filipinas, Argentina, dentre outros.

Neste relatório, elencamos os principais projetos desenvolvidos pela Biblioteca ao longo dos

últimos quatro anos – 2015- 2018, sendo que a maior parte de nossas ações estão

relacionadas a esses projetos estruturantes de nossa biblioteca.

Ao longo de quatro anos a Biblioteca Virtual obteve aproximadamente 105 mil acessos.

1. Publicação - REVISTAS BAHIA COM HISTÓRIA

Bahia com História é uma revista digital, publicada em junho de 2015 seu primeiro número,

o periódico obteve cinco edições.

Ação: Revista Bahia com História do n° 01 a 5° Data: Julho de 2015 até Fevereiro de 2017 Local: http://bahiacomhistoria.ba.gov.br/?edit=01

2. EXPOSIÇÕES VIRTUAIS

As exposições virtuais e websites têm como objetivo convidar seus visitantes a conhecer um

pouco mais sobre a História da Bahia, seus acontecimentos, personagens e pessoas que

ajudaram a construir a nossa História.

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Page 24: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Ação: Exposições Virtuais Data: De 2015 até outubro de 2018 Local:http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/2017/06/51/Exposicoes-Virtuais.html

3. DOSSIÊS TEMÁTICOS

Os Dossiês temáticos aproximam o visitante dos temas sobre a História da Bahia com artigos

produzidos por pesquisadores.

Ação: Dossiê Temáticos Data: De 2015 até outubro de 2018 Local: http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=50

4. SÉRIES ESPECIAIS

As Séries Especiais são produzidas de forma temática, através de pesquisas em arquivos

reunimos textos, imagens, documentos históricos, artísticos, visual, literário, jornalístico etc.

Ação: Séries especiais Data: De 2015 até outubro de 2018 Local: http://www.bvconsueloponde.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=50

5. A BAHIA TEM DENDÊ

Em 2014 a Biblioteca Virtual Consuelo Pondé participou da 2ª Convocatória de Ayudas

del Programa Iberoamericano de Bibliotecas Públicas, IBERBIBLIOTECAS e foi contemplada

com recursos para desenvolver o projeto A Bahia tem dendê! – Acarajé, patrimônio nacional

do Brasil.

Ação: A BAHIA TEM DENDÊ Data: De 2015 até outubro de 2018 Local: http://173.44.46.52/~bahia/

IX. GERÊNCIA DO SISTEMA ESTADUAL (GESB)

A Gerência Estadual do Sistema de (GESB) presta assessoria às ações culturais das bibliotecas

públicas estaduais, promove assistência técnica às bibliotecas públicas municipais, com o

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Page 25: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

objetivo de fortalecer as ações relacionadas ao incentivo à leitura e a preservação da cultura

nos municípios.

A GESB atua na atualização dos acervos e a capacitação de mediadores de leitura que atuam

nas bibliotecas públicas municipais, comunitárias e nos espaços de leitura do Estado. No

período de 2015 a 2018 a GESB capacitou 288 funcionários das bibliotecas públicas

municipais de 106 municípios contemplando todos os territórios de identidade. Promoveu a

atualização dos acervos em bibliotecas de 39 municípios, 17 territórios baianos e instituições

culturais com a doação de aproximadamente 30 mil livros.

1. Cursos de capacitação promovidos pela GESB:

1.1. Oficina de Elaboração de Projetos Culturais: Capacitação realizada através de

parceria entre a Fundação Pedro Calmon, através do Sistema Estadual de

Bibliotecas Públicas, e o Escritório Bahia Criativa da Secretaria de Cultura da Bahia

– SECULT/BA, destinada a servidores que atuam em bibliotecas públicas

estaduais, municipais e comunitárias, com objetivo de oferecer subsídios a estes

equipamentos a fim de que possam pleitear e obter apoio financeiro através de

editais de fomento à cultura.

Período: 27 e 28/04/2017

Local: Biblioteca Central do Estado da Bahia

Quantidade de participantes: 20

Quantidade de municípios: 9 (Cotegipe, Madre de Deus, Teofilândia, Pojuca,

Banzaê, Itaparica, Itabuna, Iraquara e Salvador).

1.2. Curso de Capacitação para Auxiliar de Bibliotecas Públicas, Comunitárias e

Espaços de Leitura ˗˗ Capacitação realizada anualmente pelo Sistema Estadual de

Bibliotecas Públicas da Fundação Pedro Calmon, através de sua Gerência,

destinada aos servidores que atuam em Bibliotecas Públicas estaduais,

municipais, comunitárias e espaços de leitura, como prestação de Assistência

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Page 26: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Técnica. Durante o quadriênio foram capacitados cerca de 300 mediadores de

leitura contemplando cerca de 60 municípios baianos. No caso das Bibliotecas

públicas municipais esta assistência está prevista no Convênio de Cooperação

Técnica firmados entre quase 100 municípios e a Fundação Pedro Calmon, de

2015 a 2018.

2. Publicações online elaboradas pela GESB:

2.1. Guia de Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia - É um documento de referência

planejado para mapear, registrar e divulgar as Bibliotecas Públicas Municipais,

integrando-as e fortalecendo o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SEBP) da

Fundação Pedro Calmon, além de incluir as bibliotecas públicas estaduais que

integram o Sistema.

2.2. Guia de Bibliotecas Comunitárias - Documento que representa uma das ações de

apoio às bibliotecas comunitárias da Bahia através do Sistema Estadual de

Bibliotecas Públicas (SEBP) da Fundação Pedro Calmon, fortalecendo e tornando

conhecidas essas iniciativas que se sustentam nas suas próprias experiências.

2.3. Anuário Estatístico das Bibliotecas Públicas Estaduais da Bahia 2015 - É um

documento de referência planejado com objetivo de subsidiar o Sistema de

Informações Culturais da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT/BA),

além de ser um instrumento de gestão que busca qualificar cada vez mais o

Sistema de Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia (SEBP) da Fundação Pedro

Calmon, que traz a série histórica de 2014 a 2015, divulgando e permitindo a

transparência das ações e políticas públicas destas bibliotecas.

X. GERÊNCIA TÉCNICA (GETEC)

A Gerência Técnica (GETEC) é responsável pelo desenvolvimento de coleções para que as

Bibliotecas Públicas possam oferecer um acervo atualizado e, assim, atender às necessidades

dos usuários. Nos últimos quatros anos, a GETEC realizou doações de livros, periódicos e

material audiovisual para 40 Bibliotecas Públicas Municipais, para 14 Bibliotecas

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Comunitárias da capital e do interior e instituições diversas visando contribuir para o

enriquecimento dos acervos e promover o incentivo à leitura, hábito fundamental para a

formação integral das crianças, jovens e adultos.

De 2015 a 2018 a GETEC fez o processamento técnico de aproximadamente 40 mil livros no

Sistema Pergamum e selecionou cerca de 30 mil livros para doação a bibliotecas públicas

municipais, comunitárias, espaços de leitura e instituições culturais, com a equipe de

bibliotecários e auxiliares de bibliotecas da gerência.

4.3. LINHA DO TEMPO

Com objetivo de traçar uma cronologia com as ações mais relevantes da DIBIP foi montado

um panorama do período de 2015 a 2018, constando o ano e alguns destaques pelo Sistema.

ANO / AÇÕES E PROJETOS CULTURAIS

2015

● Domingo na Praça projeto que atua em praças públicas e parques da cidade aos

domingos, com ações de artes plásticas, teatro, recitais, contação de histórias, para

cerca de 1000 pessoas.

Período: Janeiro a dezembro

● Lê Bairros – Atividades de incentivo à leitura nos bairros de Salvador que contribuem

para a disseminação da cultura afro e indígena. Aproximadamente 2 mil pessoas.

Período: Janeiro a dezembro

● Encontro do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia – Encontro

de gestores das bibliotecas públicas municipais (BPM), estaduais e comunitárias, a

fim de promover o fortalecimento do SEBP.

Período: Outubro

Local: BCEB

Parceiro: Ufba - Instituto da Ciência da Informação – Conselho Regional de

Biblioteconomia 5ª Região

● JEDICON 1ª Edição – Convenção que reuniu os fãs da saga Star Wars em um dia de

atividades voltadas para este universo criado a partir dos filmes.

Período: Outubro

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Page 28: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Local: BCEB

Parceiro: Conselho Jedi Bahia

● I Encontro – O Autismo na Família: as conquistas e angústias do dia a dia - realizado

com relatos de pessoas autistas, dinâmicas, além de debates e palestra com a

psicóloga Priscila Fernandes

Período: Setembro

Local: BPTA

Parceria : ONG FAMA

● III Feira Literária – Primavera das Letras – O projeto teve como intuito aproximar

autor e leitor e promover o incentivo ao hábito da leitura.

Período: Setembro

Local: BJMJr – Rio Vermelho

Parceria : Colégio Alfredo Magalhães; Escola Municipal Hercília Moreira Poetas,

Escritores e editoras baianas.

2016

● Férias na Biblioteca – Projeto com ações de: contação de histórias, oficinas, teatro de

fantoches, jogos e brincadeiras e diversas atividades lúdicas de incentivo à leitura no

período de férias escolares

Período: Janeiro e Fevereiro

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR.

● Trezena da Liberdade – Em comemoração ao Dia da África (25 de maio) algumas

ações foram realizadas tendo como tema o continente africano e a diáspora.

Período: Maio

Local: BVCP

Parceiro: Uneb e Unijorge

● Exposição: Viagem a Timbuktu – Edmon Fortier - Parte da obra fotográfica do

francês Edmond Fortier (1862-1928) compõe a exposição homônima, sob a curadoria

da historiadora Daniela Moreau.

Período: Maio a Junho

Local: BCEB

● 1ª FEIRA LITERÁRIA DE CRUZ DAS ALMAS – Com objetivo de despertar no leitor o

gosto pela leitura, atividades como contação de histórias, jogos educativos ao ar

livre, além de desenhos para colorir foram realizadas pela Biblioteca de Extensão

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Page 29: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

(BIBEX).

Período: Abril

Local: Cruz das Almas / BIBEX

● EXPOSIÇÃO DE MARTIN LUTHER KING Jr.– Construída em parceria entre a Biblioteca

Pública Thales de Azevedo e o Consulado Americano do Rio de Janeiro.

Período: Novembro

Local: BCEB / BPTA

Parceiro: Consulado Americano do Rio de Janeiro

● Seminário Mulheres Negras no Foco: mídia, representação e memória - Entre os temas debatidos foram o direito das mulheres negras à comunicação, a representação política e desafios, a construção dos discursos e narrativas de luta das mulheres negras na construção do acesso aos direitos. Período: Julho Local: BCEB Parceiro: Odara – Instituto da Mulher Negra

● Sarau da BIML - O Sarau da BIML é realizado com apresentação do recital de poesias de diversos escritores. Período: Agosto / Setembro Local: BIML

2017

● Série Mundo Jovem e seus dilemas: Bullying - tratou de um assunto tão recorrente e

que faz durante muito tempo, estudantes sofrerem, em várias partes do mundo, o

Bullying.

Período: Junho

Local: BCEB

● LANÇAMENTO DO SITE: A BAHIA TEM DENDÊ: ACARAJÉ, PATRIMÔNIO NACIONAL DO

BRASIL.- O site A Bahia tem dendê! Acarajé patrimônio nacional do Brasil elaborado

pela Biblioteca Virtual Consuelo Pondé.

Período: Novembro

Custo: R$ 20.686 mil reais

Parceiro: Programa Ibero-americano de Bibliotecas – Iberbibliotecas

● PROJETO TEATRO CIA DA BIML - Acontece durante o ano promovendo a interação de

jovens com o mundo do teatro através da Companhia de Teatro da Biblioteca, bem

como encenando peças diversas. Aproximadamente 2 mil pessoas.

Período: Janeiro a Dezembro

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Page 30: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Local: BIML

● LEITURAS ACESSÍVEIS - Projeto que debate o Dia Nacional de Luta da Pessoa com

Deficiência com a perspectiva de trabalhar temas referentes à acessibilidade,

proporcionando conhecimento acerca de questões que se relacionam diretamente

com a acessibilidade nas suas mais diversas formas e contextos. Cerca de 1500

pessoas.

Período: Setembro

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BVCP, BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR.

Parceiros: Universidade Católica de Salvador (UCSAL), CAP/NAZARÉ ABACCI,

APAE-Salvador, UNEB, UFBA, Superintendência da Pessoa com Deficiência (SUDEF),

CAEE, e UNIFACS

● ANGOLA 42 ANOS DE INDEPENDÊNCIA - Para celebrar a independência de Angola, a

Fundação Pedro Calmon, a Embaixada da República de Angola no Brasil e o Centro

Cultural Casa de Angola na Bahia promoveu o evento “Angola: 42 anos de

Independência” . Período: Novembro

Local: BCEB / Espaço Xisto

Parceiros: Embaixada da República de Angola no Brasil e o Centro Cultural Casa de

Angola na Bahia

● FITA - Festival de Música e Poesia de Itaparica – Com atividades de contação de

histórias, oficinas, exposições, leituras ao ar livre e bate papo com escritor do

Primeiro Festival de Itaparica – Música e Poesia (FITA). Foram sorteados 50 livros

durantes as atividades culturais. Aproximadamente 1500 pessoas.

Período: Novembro

Local: BJMJR – Itaparica

● Voz, Violão e a Palavra – a influência dos terreiros de candomblé; música, cantos

sacros na trajetória musical de Mateus Aleluia . Bate papo com Mateus Aleluia e

Manoel Passos – Manuca (historiador)

Período: Dezembro

Local: BJMJR – Rio Vermelho

2018

● Projeto Março Mulher - contempla atividades culturais, como exposições, mesa

redonda, palestras, oficinas, contações de história, filmes em torno da questão da

mulher na sociedade. Cerca de 2 mil pessoas.

Período: Março

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Page 31: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR, BVCP.

● Abril do Livro Infantil - Projeto que comemora através da Lei 10.402/02 o Dia

Nacional do Livro Infantil em homenagem ao nascimento do escritor Monteiro

Lobato 18 de abril, envolvendo cerca de 2500 pessoas.

Período: Abril

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR.

● 220 anos da Revolta dos Búzios – A Exposição “220 anos da Revolta dos Búzios”

realizada pela BCEB no Shopping Center Lapa, composta por fotos e livros o acervo e

disponibilização do jogo de estratégia desenvolvido pela UNEB contando a história da

Revolta dos Búzios.

Período: Agosto / Setembro

Local: BCEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BVCP, BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR,

BVCP

Parceiro: Shopping Center Lapa

● K-popper Meeting Bahia - encontro de cultura coreana, com foco a música pop,

danças e costumes.

Período: Maio

Local: BCEB

Custo: Sem ônus

Parceiro: Kpoppers Baianos Entretenimento (KBE)

Público: 600

● Conversa com Valter Hugo Mãe - Uma roda de conversa com o escritor português de

origem africana, Valter Hugo Mãe, mediada pelo escritor baiano Saulo Dourado.

Período: Outubro

Local: .BCEB

● Comemorações ao Dois de Julho – Com proposta de ampliar o contexto histórico da

representação do 2 de Julho como importante etapa no processo de participação

popular nas lutas para emancipação política da Bahia e do Brasil.

Período: Julho

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BVCP , BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR,

BVCP

● Mês da Criança – durante todo mês as bibliotecas nos setores infantis realizam

programação voltada ao público infantil.

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Page 32: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

● Período: Outubro

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, , BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR, BVCP

● Saúde nas Bibliotecas - com o apoio de entidades da área de saúde, as bibliotecas

debatem sobre temas, como o Outubro Rosa nas Bibliotecas; o Novembro Azul; A

Semana Vermelha em dezembro: O Tabagismo, Amarelo entre outros.

Período: Agosto, Setembro e Outubro

Local: BPEB, BIBEX, BIML, BAT, BPTA, BJMJR ITAPARICA e BJMJR SALVADOR.

Custo: Sem ônus

Parceiro: Secretária de Saúde do Estado da Bahia, Secretária Municipal de Saúde do

Município

Público: 456

5. Centro de Memória da Bahia

5.1. INTRODUÇÃO

Há muito tempo, com efeito, nossos grandes precursores (...) nos ensinaram a reconhecer: o objeto da história é, por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens. Mais que o singular, favorável à abstração, o plural, que é o modo gramatical da relatividade, convém a uma ciência da diversidade. Por trás dos grandes vestígios sensíveis da paisagem, [os artefatos ou as máquinas,] por trás dos escritos aparentemente mais insípidos e as instituições aparentemente mais desligadas daqueles que as criaram, são os homens que a história quer capturar. Quem não conseguir isso será apenas, no máximo, um serviçal da erudição. Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua caça.

Marc Bloch 2

A busca de carne humana ou a preservação de seus vestígios que constitui o Centro de

Memória da Bahia. Desde a sua criação em setembro de 1986, esta instituição vem

2BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: ed. Zahar, 2001. P. 54

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Page 33: RELATÓRIO DE GESTao - Fundação Pedro Calmon...leitura via a música e a poesia, ressaltando a importância da mesma no processo de criação de artistas consagrados baianos como

guardando e preservando vestígios da presença de homens e mulheres que, mais

recentemente, contribuíram de forma mais decisiva para a Bahia ser o que é. Desta forma,

ao preservar cartas, fotografias, itens pessoais, livros rabiscados de importantes

personalidades da história baiana, o Centro de Memória oferece aos historiadores, e demais

interessados, um vasto cardápio da presença humana na política e na cultura baiana.

Por quase trinta anos, o Centro de Memória da Bahia, focou os seus esforços em adquirir

documentos que representassem como a classe dominante consolidou-se no campo político

baiano. Desta forma, conseguiu-se fazer deste Centro uma referência confiável frente aos

familiares de políticos e intelectuais baianos para guardarem seus acervos e,

consequentemente, suas memórias.

Quando assumi a direção do Centro de Memória, assumi o desafio dado por Zulu Araújo de

pensar o Centro de Memória para além do campo universitário e de Salvador. De certa

forma, este é também o desafio que todo historiador deve enfrentar ao atuar na gestão de

um espaço de memória e é muito do que nos diz Marc Bloch na epígrafe deste texto: farejar

carne humana... Com este objetivo, busquei ampliar a atuação do Centro de Memória da

Bahia para além dos ex-governadores e dos políticos – sem, ao mesmo tempo, deixar de

manter a busca contínua por seus acervos – buscando na intelligentsia e no campo artístico

outros acervos que pudesses acrescentar perspectivas diversas às narrativas históricas e

memorialísticas da Bahia. Colhemos os primeiros resultados desta caçada (ainda

parafraseando Bloch), mas já farejamos outros acervos, outros homens e mulheres que

fizeram nossa história.

Era um desafio grande. Antes de mim, a saudosa professora Consuelo Novais Sampaio tinha

construído o respaldo que o Centro de Memória tem com muito trabalho e articulação direta

com os produtores destes acervos. Jacira Primo, minha antecessora, manteve a qualidade do

trabalho consolidado por Consuelo e manteve as pesquisas por ela iniciadas com a mesma

qualidade. Na minha avaliação, era chegada a hora do Centro de Memória avançar noutra

direção. Era notável o quanto o Centro era importante para o campo científico da História da

Bahia produzida ou difundida em Salvador, faltava a presença do Centro de Memória em

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outros pontos do Estado – esta observação talvez tenha sido de ter vindo da política

territorial da cultura ou, talvez, da formação de historiador realizada no interior (na UEFS) e

por não ter tido contato com o Centro de Memória durante todo esse período. Com este

horizonte avançamos na construção de relações e parcerias com todas as universidades do

estado que possuem cursos de história e/ou relacionados à memória. Avalio, passados quase

três anos, que ainda não alcançamos este horizonte, mas avançamos muito através dos

Projetos Rotas da Independência, Navio Negreiro e do Curso de Gestão de Centros de

Documentação e Pesquisa.

Outra frente de trabalho que tivemos foi a ampliação da abrangência do Centro de Memória

no cenário cultural baiano. Projetos como o Memórias Contemporâneas, Tropicália: Régua e

Compasso, Silvio Robatto: Sentido Figurado, foram a forma que conseguimos fazer o Centro

ficar conhecido não apenas entre os historiadores e pesquisadores, mas entre os agentes

produtores da Cultura Baiana. Acredito que conseguimos avançar muito neste sentido, pois

é possível observar o crescimento do volume documental do Centro de Memória,

basicamente devido a acervos advindos do campo das artes.

Estas mudanças não foram fáceis, como não devem ser. Todo reposicionamento de um

órgão como o Centro de Memória da Bahia nos obriga a criar desconfortos e enfrentar

desafios. Ainda os enfrentamos, mas não o fazemos sós. O apoio dado pela Fundação Pedro

Calmon como um todo, mais em especial por Zulu Araújo, foi fundamental para o seu

enfrentamento. A disposição de toda a equipe do Centro de Memória de mudar também foi

crucial.

Nós jogamos ao vento sementes de mudanças, uma hora, o Centro de Memória colherá seus

frutos. Este relatório apresenta, em partes, estas sementes, reflete nossos esforços e aponta

diretrizes para a consolidação de uma política pública de memória para a Bahia.

Rafael Fontes Diretor do Centro de Memória da Bahia

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5.2. DADOS GERAIS DO CMB E ATENDIMENTO GERAL

I. A estrutura do CMB:

O Centro de Memória da Bahia (CMB) foi constituído em 1986 juntamente com o Memorial

dos Governadores Republicanos da Bahia com o objetivo de salvaguardar a memória

institucional do Estado e de seus governadores. Nestes 32 anos, o CMB se consolidou como

importante centro de guarda documental e de promoção da memória histórica do estado.

5.3. SETORES INTERNOS DO CENTRO DE MEMÓRIA DA BAHIA

I. Coordenação de Arquivos Privados (Coordenação de Documentação):

Responsável pela guarda, descrição, restauro e digitalização dos conjuntos documentais

doados ao Centro de Memória da Bahia, esta coordenação é composta por três setores:

Arquivo, Laboratório de Manutenção e Restauro e Laboratório de Digitalização.

Em relação ao arquivo, é onde aparecem os maiores resultados no CMB. Nele está a

materialização do esforço para aproximar o Centro do campo cultural e de dialogar com

potenciais doadores de acervos. No período de 2015 a 2018, a unidade recebeu 4 novos

fundos documentais: Lia Robatto, Silvio Robatto, Roberto Santos e Companhia Baiana de

Comedia. O que representou em quantidade de acervos um crescimento de 9% do acervo.

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Contudo, levando em consideração o volume documental contido nestes novos fundos, o

acervo do Centro de Memória deu um salto exponencial, fazendo com que o volume

documental destes quatro fundos representasse 95% do acervo do CMB:

Vale ressaltar que neste relatório estamos levando em consideração apenas os fundos

efetivamente doados e salvaguardados no Centro de Memória da Bahia. Outros conjuntos

documentais que estão em trâmite para a sua efetiva doação não foram levados em conta

para a geração destes dados.

Fundos documentais em processo de doação:

Fundo Doador Quantitativo Situação para doação Paulo

Jackson Zoiraide Vilas Boas 80.000 Finalizando o inventário

Neuza Dantas

Luciana Maria Dantas Fontes Vianna

4.016 Aguardando a documentação para finalizar doação

Como parte do trabalho contínuo de salvaguarda e de promoção do processo informacional

do acervo do Centro de Memória, a Coordenação de Documentação, realiza a descrição em

5 níveis:

Nível 1 – Fundo, o título deve representar o produtor. No caso de uma coleção, o título deve

representar o colecionador ou o tema da coleção;

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Nível 2 – Seção, os títulos devem refletir, preferencialmente, a estrutura administrativa ou

familial da entidade, o exercício de uma função ou atividade ou a organização geográfica;

Nível 3 – Série, os títulos devem refletir, preferencialmente, um tema, tipologia documental,

estrutura administrativa ou familial da entidade ou o exercício de uma função ou atividade;

Níveis 4 e 5 – Dossiê/processo e item documental, o título pode incluir tipologia, indicação

de responsabilidade (como autor, destinatário, emissor, requerente, requerido, outorgante,

outorgado, e/ou interveniente etc.) e assunto.

Neste trabalho, foram descritos nos últimos quatro anos mais de 50 mil documentos,

conforme o gráfico abaixo:

O crescimento do volume documental descrito entre 2015 e 2016 se deu pela setorização do

Centro de Memória em coordenações e na distribuição de servidores e estagiários de forma

contínua pelas coordenações. Contudo, o decréscimo de 2017 para 2018 é devido ao

processo de mudança das instalações do Centro de Memória da Biblioteca Central para o

Edifício Brasilgás, que levou cerca de 6 meses sem que este trabalho pudesse ser realizado.

I. Coordenação de Pesquisa e Documentação (Coordenação de

Documentação):

A Coordenação de Pesquisa e Documentação, chamada desde a reestruturação do

Regimento da Fundação de Coordenação de Pesquisa, é responsável pela realização de

projetos de pesquisa que culminem na produção de suportes relacionados aos fundos

documentais do Centro de Memória, bem como o atendimento ao público pesquisador.

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● Projetos de Pesquisa:

O Centro de Memória da Bahia iniciou em 2013 projetos de pesquisa que findaram em 2017:

Dicionário Biográfico e Histórico da Bahia: Projeto que constituiu 720 verbetes sobre

políticos, parlamentares e ocupantes de cargos públicos da Bahia desde 1890 a 2012. Estes

verbetes foram divididos de forma metodológica em períodos republicanos: 1ª República

(governos oligárquicos de 1890-1929), 2ª República (golpe de Estado de 1930, governo

Vargas de 1930 a 1937 e Ditadura Vargas de 1937-1945), 3ª República (governos

democráticos de 1945-1964); 4ª República (Ditadura Militar de 1964-1985) e 5ª República

(Nova República até 2012 – data de corte da pesquisa). Em 2015 a produção dos verbetes da

chamada 5ª República, que fora objeto do Convênio MINC/FPC Nº. 751763/2010 com aporte

de R$226.766,00, estava em 30% do total de 200 verbetes que deveriam ser produzidos.

Atualmente, após reconfigurações metodológicas, o setor conseguiu acelerar a produção de

verbetes, conforme o gráfico abaixo, e encerrando o projeto em junho de 2017.

Para ser concluído completamente este projeto, é necessária a produção de um

site/dicionário online de fácil consulta a ser disponibilizado na aba do Centro de Memória no

site da Fundação.

Otávio Mangabeira – Cartas dos Exílios: Tomando como base o acervo do ex-governador

doado ao Centro de Memória da Bahia, foi realizado um levantamento das cartas por ele

trocadas durante seus exílios totalizando cerca de 2 mil documentos compreendidos entre

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os dois períodos em que esteve exilado (1930-1934 e 1938-1945). No total foram publicados

cerca de 400 documentos incluindo cartas, cartões e telegramas trocados entre o

ex-governador com políticos e familiares. Nestas cartas existem nomes codificados e

informações preciosas sobre os bastidores da política baiana e brasileira da primeira metade

do século XX.

Em 2017 foi encerrado o processo de transcrição, editoração, revisão e publicação das cartas

do 2º exílio v. 3 (1938 a 1945). Nesta publicação constam 172 documentos selecionados

(correspondências enviadas e recebidas) e com investimento de R$112.200,00 fruto do

Convênio MINC/FPC Nº. 747246/2010.

José Gonçalves da Silva – Projeto de uma organização de uma publicação da documentação

do Ex-governador da Bahia José Gonçalves da Silva. Nomeado governador pelo Presidente

Deodoro da Fonseca e eleito em 2 de julho de 1891. Contudo, o seu governo não chegou ao

final do ano devido a um levante popular liderado por César Zama em novembro, levando a

sua renúncia ao cargo. A execução deste projeto de pesquisa encontra-se na metade do

processo.

● Atendimento ao Pesquisador:

Vinculado à Coordenação de Pesquisa, o setor de atendimento ao pesquisador no Centro de

Memória dispõe de terminais conectados ao acervo digital do Jornal A Tarde, de leitora de

microfilmes e de suportes para acesso direto ao acervo do Centro de Memória. Nos últimos

anos foi investido em divulgação dos fundos documentais pertencentes ao acervo do CMB,

bem como em promoção de eventos culturais e acadêmicos pelo Centro. Desta forma,

observa-se de 2015 para 2017 um crescimento considerável de público pesquisador do

acervo do Centro de Memória.

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A diminuição dos números referentes ao público pesquisador que aconteceu em 2018 foi

devido à suspensão do atendimento de janeiro a setembro, em decorrência da transferência

da sede do Centro de Memória.

Neste quadriênio foi incentivada a modalidade de atendimento online. Pesquisadores

interessados solicitam o levantamento de fontes sobre seus temas de pesquisa e a

coordenação de pesquisa lhes envia as fichas de descrição arquivística e os documentos

digitalizados que estiverem disponíveis. Esta modalidade também apresentou perda no

serviço de 2018 devido à distância entre a coordenação de pesquisa (que foi transferida para

a nova sede) e a coordenação de documentação (que aguardou para ser transferida).

Analisando o perfil deste público pesquisador que demandou do Centro de Memória

observamos:

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Neste quadro destaca-se o crescimento de duas categorias de pesquisadores: a dos

estudantes e dos não acadêmicos. Na primeira desta, pode-se perceber como resultado da

atuação do Centro junto às instituições de ensino, especialmente da História (UFBA, UNEB,

UNIJORGE e UCSal). Já na segunda, percebemos o crescimento de curiosos sobre o acervo.

Um desafio para o Centro de Memória quanto à Coordenação de Pesquisa é o

desenvolvimento de instrumentos para disponibilização do acervo e dos suportes de

pesquisa por ela produzidas em meio virtual. Por vezes foi tentado montar o ICA-ATOM

(Conselho Internacional de Arquivos - Acesso à Memória) do Centro de Memória, mas

dificuldades orçamentárias impediram que fosse contratada a ampliação da capacidade de

armazenamento de dados da Fundação junto à Prodeb. A implantação deste sistema

possibilitará a ampliação do acesso remoto, ao tempo em que, garante a preservação plena

do documento.

II. Coordenação Técnica (Coordenação de Promoção e Difusão da História da

Bahia)

A Coordenação Técnica, chamada na reforma do Regimento da Fundação de Coordenação

de Promoção e Difusão da História da Bahia, foi o setor do Centro de Memória que mais

passou por profundas mudanças nestes quatro anos. Estas mudanças dizem respeito a uma

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transformação conceitual das atribuições da coordenação – antes pensada como uma

assessoria técnica da diretoria, a qual passou a ser o principal veículo de diálogo do Centro

de Memória para com a sociedade.

● Projetos destaques longa duração:

1. Conversando com a sua História:

O Conversando com a sua História é o projeto de

difusão da produção historiográfica baiana mais

consolidada no Estado. Em suas 14 edições, desde

2013, passaram mais de 150 pesquisadores baianos

ou dedicados à história da Bahia, com público de

7.500 participantes. Devido à descontinuidade dos

procedimentos de coleta das frequências, não é

possível mapear o perfil do público nem excluir a repetição do público cativo.

Nos últimos anos, o formato do Conversando com a sua História foi aprimorado, tornando-o

mais leve e de fácil adesão para o formato audiovisual. A mesa do palestrante foi substituída

por uma poltrona para os convidados, construindo uma sala de bate-papo, dando a ideia ao

público que estava integrado a conversa sem maiores obstáculos. Esta mudança de

formato foi fundamental para tornar o Conversando com a sua História a principal atração

do Centro de Memória de público e potencializar a sua interação nas redes sociais.

Outra mudança foi relacionada a ampliação de público com a transmissão online e ao vivo

das palestras/conversas com interação do público virtual. O que era uma dúvida no início, se

a transmissão online geraria perda de público físico, se efetivou. Entretanto, o público

cresceu em 20 vezes. Em 2017, por exemplo, foram realizadas 20 edições do Conversando

com a sua História, com um público presencial de 666 pessoas (uma média de 30

participantes por edição), somado ao público online, ou seja, aqueles que assistiram aos

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vídeos ao vivo ou posteriormente, chegaram-se a aproximadamente 15 mil pessoas,

obtendo uma média de público 700 pessoas por evento.

2. Memórias Contemporâneas:

Iniciado em 2016 em comemoração aos 30 anos do Centro de Memória, este projeto previa

originalmente a produção de um repositório de entrevistas (baseado no método de História

Oral) com personalidades do campo das artes e da cultura na Bahia para servir de base ao

mapeamento de acervos relacionados às políticas culturais e para as artes no Estado. Este

ainda é objetivo do projeto, contudo, foi dado início a apenas uma das suas etapas, com

base na produção de debates públicos com estes personagens.

Desta forma, de Setembro a Novembro de 2016, foram realizados pelo Conservando com a

sua História debates como Espaços Livres da Cultura nos anos 1970 com Marilda Santana

(Professora da UFBA), Guido Araújo (Cineasta), Roland Schaffner (Ex-diretor do

Goeth-Institut) e Paulo Miguez (vice-reitor da UFBA); Cultura e Cidade com João Jorge

Rodrigues (Presidente do Olodum) e Nivaldo Vieira de Andrade Junior (Professor da UFBA e

Presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil); Teatro na Bahia com Sonia Robatto (atriz),

Marcio Meirelles (diretor de teatro e ex-Secretário de Cultura da Bahia) e Antônio Jorge Godi

(ator e professor da UEFS); Cinema na Bahia com Pola Ribeiro (Cineasta e ex-diretor de

Audiovisual do Ministério da Cultura), Edgard Navarro (Cineasta) e Isabel de Fátima Melo

(Historiadora e professora da UNEB); Eu sou negão: Movimento Negro, Afro-Reggae e Axé

Músic com Fabricio Mota (Professor do IFBA e Músico da banda I.F.A. Afrobeat) e Gerônimo

Santana (músico); Artes plásticas e identidade Afro-Baiana com Ayrson Heráclito (Professor

da UFRB e artista plástico) e J. Cunha (artista plástico) e O samba da minha terra: Samba e

identidade Baiana com Juliana Ribeiro (Historiadora e cantora) e Nelson Rufino (sambista).

Nos anos de 2017 e 2018 o Memórias Contemporâneas tomou outro caráter: foi

desassociado do Conversando com a sua História e passou a ser a principal ação conjunta da

Fundação Pedro Calmon com o Goethe-Institut. Nesta parceria o projeto tomou corpo num

formato de debate sobre as políticas culturais no Brasil, notadamente na Bahia, e no mundo,

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recebendo convidados nacionais do Centro de Memória da Bahia e internacionais

convidados pelo Goethe através de seu programa de residência Vila Sul.

Desta forma em 2017 e 2018 foram realizados nove encontros com os seguintes temas:

● Maio de 2017 – Artistas pela democracia com Juca Ferreira (Brasil), Roy Dib (Líbano)

eCyrilleBrissot (França).

● Julho de 2017 – Queerness com Tiago Sant’Anna (Brasil) e Adam Kinner

(EUA/Canadá).

● Agosto de 2017 – Gentrificação com LanussiPasquali (Brasil) e Sandra Tannous

(Canadá).

● Setembro de 2017 – Arte e Cultura Popular com J. Cunha (Brasil) e Nadine Siegert

(Alemanha).

● Outubro de 2017 – Arquivo, memória e identidade na fotografia latino-americana

com Paulo Coqueiro (Brasil) e AngelaBonadies (Venezuela).

● Novembro de 2017 – Mulheres na Diáspora com Lindinalva de Paula (Brasil), Valdecir

Nascimento (Brasil) e Sandra Izsadore (EUA).

● Março de 2018 – Mulheres e arte com Suya Nascimento (Brasil), DjIpek (Turquia) e

Paz Ortúzar (Chile).

● Maio de 2018 – Identidades Diaspóricas com Ana Hupe (Brasil) e

IyaAdedoyinTalabiFaniyi (Nigéria).

● Julho de 2018 – A dança na/da diáspora africana com Amélia Conrado (Brasil) e

Augusto Soledade (Brasil/EUA).

Nos debates de 2017 e 2018 houve controle de público do projeto, com registro de 436

pessoas presencialmente e online com cerca de 3 mil visualizações, salientando que foram

transmitidos online os debates de 2018.

3. Rota da Independência:

Projeto que a Fundação Pedro Calmon realiza desde 2011 nas cidades de São Francisco do

Conde, Santo Amaro, Cachoeira, São Felix, Maragojipe, Itaparica e Caetité. Na sua versão

original, a Rota seguia o SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) em visitação a estas

cidades com sua Biblioteca Móvel (DIBIP) e com o ônibus da Feira de Livros (DLL). Desde

2015 o Centro de Memória da Bahia faz parte do projeto com visitas-guiadas a locais

históricos relacionados à Independência do Brasil na Bahia.

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Em 2016, a Rota da Independência foi coordenada pelo CMB, que buscou agregar atividades

lúdicas ao projeto. Desta forma, foi contratado a Cia. Finos Trapos de Teatros para que fosse

produzido um espetáculo-aula sobre a Guerra de forma acessível a todos os públicos, com

apresentações artísticas de filarmônicas e grupos culturais locais, bem como a Biblioteca de

Extensão (BIBEX) .

Em 2017, as atividades da Rota foram o Colóquio Guerra e Identidade: a Independência do

Brasil na Bahia e a realização de Rotas Históricas em Salvador, Itaparica e Caetité. E em 2018

o investimento foi diversificar o público nas rotas históricas. A Rota foi dividida em três

momentos voltados para estudantes do ensino básico, médio e superior, contemplando ao

todo, mais de 600 estudantes.

4. Centenário do Bate-Folha:

Promovendo a valorização e o reconhecimento da memória da Bahia para além do seu

campo dominante e político, o Centro de Memória buscou apoiar e realizar parcerias com o

Mansu Banduquenqué (Terreiro do Bate-Folha) para a celebração de seu centenário. O CMB

apoiou a realização de um seminário proposto pela instituição e o desenvolvimento do

projeto de construção de um memorial do candomblé bantu na Bahia.

5. Tropicália, Régua e Compasso:

Em 2017 à convite da Fundação Cultural do Estado da Bahia – FUNCEB, a FPC, através do

Centro de Memória da Bahia, fez parte do projeto Tropicália: Régua e Compasso. Uma

grande exposição realizada no Museu Palacete das Artes, com mesas/debates e

apresentações artísticas. Ao Centro de Memória coube a organização das mesas.

6. Feira Literária de Andaraí:

Promovida pela Fundação Pedro Calmon e a Prefeitura de Andaraí, a Feira Literária de

Andaraí aconteceu em Setembro de 2017 e o Centro de Memória atuou na organização do

Memorial Herberto Sales. A família de Herberto Sales doou para o município de Andaraí seu

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acervo pessoal e a atuação do Centro de Memória foi na organização deste acervo e na

montagem de uma expografia dos itens de um memorial de Herberto Sales.

7. Navio Negreiro: Castro Alves e Hansen Bahia

Como fruto do convênio MINC/FPC e com o objetivo de promover a memória e a arte do

gravador, pintor e escultor alemão radicado na Bahia Karl Heinz Hansen, posteriormente

batizado de Hansen Bahia, realizou-se de novembro de 2017 a maio de 2018, 15 exposições

contendo 20 obras produzidas pelo artista, juntamente, com 33 oficinas de xilogravuras no

intuito de perpetuar o legado do artista. Neste projeto, o curador contratado, Ayrson

Heráclito (artista plástico e professor da UFRB) optou pela série de 20 xilogravuras

produzidas por Hansen, na década de 1950, para uma publicação do poema Navio Negreiro

organizada por Edson Carneiro. Desta forma, montou-se a exposição que percorreu 14

municípios em 12 territórios:

Território Cidade Local da Exposição

Metropolitano de Salvador

Salvador Teatro Castro Alves São Francisco do Conde

UNILAB

Recôncavo Santo Amaro Teatro Dona Canô Cachoeira Fundação Hansen Bahia

Litoral Norte/Agreste Baiano

Alagoinhas Centro de Cultura

Sertão do São Francisco Juazeiro Centro de Cultura João Gilberto Portal do Sertão Feira de Santana Centro de Cultura Amélio Amorim

Médio Rio de Contas Jequié Centro de Cultura Antônio Carlos Magalhães

Sudoeste Baiano Vitória da Conquista Memorial Governador Regis Pacheco Costa do Descobrimento Porto Seguro Centro de Cultura

Litoral Sul Ilhéus Teatro Municipal UESC

Baixo Sul Valença Centro de Cultura Olivia Barradas Chapada Diamantina Lençóis Casa de Cultura Afrânio Peixoto

Sisal Conceição do Coité Centro Cultural

O resultado alcançado foram cerca de 3 mil visitas a exposição, com uma efetiva participação

das instituições de ensino médio e fundamental do setor público e privado, instituições

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universitárias e associações como a APAE, além de 25 instituições com participação efetiva, e

grupos artísticos e culturais.

8. Silvio Robatto – Sentido Figurado:

Como desdobramento da doação do acervo de Silvio Robatto pelos seus familiares em 2016,

a Fundação Pedro Calmon, através do Centro de Memória da Bahia, firmou parceria com o

IPAC, através do Museu Palacete das Artes, para a realização de uma exposição retrospectiva

de Silvio Robatto (importante arquiteto, cineasta e fotógrafo baiano).

● Cursos:

Além dos eventos contínuos e esporádicos, o Centro de Memória oferece cursos

complementares às formações existentes no campo acadêmico baiano. Neste período foram

oferecidos os seguintes cursos:História Oral com a prof ª. Drª. Tânia Gandon (UEFS);

Revolta dos Buzios com a Prof ª. Dr ª Patricia Valim (UFBA); Literatura e intelectuais

africanos com o Prof. Dr. Jacques Depelchin (UEFS), ofertados para mais de 200 pessoas

● Unidades Externas do Centro de Memória da Bahia:

Além das atividades de pesquisa, salvaguarda de acervos e de difusão da História da Bahia, o

Centro de Memória da Bahia é responsável por dois outros acervos e equipamentos

culturais: o Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia e a Casa de Cultura Afrânio

Peixoto, em Lençóis.

1. MEMORIAL DOS GOVERNADORES REPUBLICANOS DA BAHIA (MGRB)

Constituído em 1986 no Palácio Rio Branco (sede histórica do Governo da Bahia) para

preservar a memória administrativa e dos gestores do Estado da Bahia desde 1889, o

Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia, foi o embrião do Centro de Memória e

da Fundação Pedro Calmon. O espaço permaneceu funcionando e recebendo um dos

maiores públicos de visitantes de Salvador, se comparado a outros equipamentos museais.

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De janeiro de 2015 a outubro de 2018 (quando coletamos os dados deste relatório) foram

mais de 110 mil visitantes, uma média anual de 27 mil visitações.

Os desafios da gestão do Memorial é ampliar seu uso do Palácio Rio Branco, garantindo que

ele cumpra o papel de preservar a memória histórica do Estado da Bahia e do primeiro

prédio público do Brasil, dividindo suas alas entre os períodos dos governos baianos e tendo

espaço para a realização de exposições temporárias e iterativas, dialogando com o público

escolar. Para isto, se constituiu um projeto de requalificação do Memorial, que se encontra

em fase de captação.

2. CASA DE CULTURA AFRÂNIO PEIXOTO

A Casa de Cultura Afrânio Peixoto, foi criada em 1970, para guardar o acervo privado de seu

patrono. Entre 2006 e 2007 ele passou por uma reforma que construiu seu auditório,

momento que foi incorporada à Fundação Pedro Calmon. Desde então, até 2016, esta

equipamento fez parte do Sistema Estadual de Bibliotecas, passando sua gestão ao Centro

de Memória da Bahia, por compreender que seu acervo se constitui de um centro de

documentação privada.

A Casa de Cultura Afrânio Peixoto possui acervo documental de aproximadamente 11 mil

itens, todos doados pela viúva de Afrânio Peixoto, Dona Francisca Peixoto. Formado por

objetos que fizeram parte do cotidiano de Afrânio Peixoto, como por exemplo, a sua

biblioteca particular, seu violino, etc. Deste acervo, apenas 20% se encontra exposto ao

público, dentre eles os 28 títulos honoríficos recebidos pelo patrono.

3. ACERVO BIBLIOGRÁFICO

O acervo bibliográfico está disposto em 06 (seis) estantes de aço e 02 (dois) expositores de

vidro no mezanino da Casa, totalizando aproximadamente um acervo de 850 (oitocentos e

cinquenta) títulos distribuídos por toda Casa. O acervo é composto de: produção intelectual

do próprio Afrânio Peixoto e outras que tiveram sua participação como tradutor, biógrafo,

entre outras.

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O acervo documental se encontra armazenado em um espaço localizado entre a sala da

secretaria da Casa de Cultura Afrânio Peixoto e a sala que dá acesso aos únicos sanitários da

Instituição, e exposto ao público no primeiro andar do casarão.

Foram localizados 02 (dois) instrumentos de pesquisa, elaborados por funcionários, à época,

da Casa de Cultura Afrânio Peixoto:

A) Publicação intitulada “Inventário da Casa de Cultura Afrânio Peixoto – Cartas 1894 –

1937, Volume I”, publicado em 1977, por Kátia Maria de Carvalho Silva. Publicação

que se refere -se apenas às cartas expedidas e recebidas por Afrânio Peixoto no

período indicado na publicação, contendo assunto, data e localização física dos

documentos;

B) Fichas/formulários padronizadas, preenchidas, datados e assinados, intitulados

“Cadastramento de Bens Móveis”. Estes formulários/fichas contém a descrição dos

documentos, dos livros, dos jornais, das fotografias, das peças museológicas, enfim,

de todo acervo doado pela viúva do Afrânio Peixoto à Casa de Cultura Afrânio

Peixoto.

● Eventos:

A Casa de Cultura Afrânio Peixoto como o principal equipamento cultural de Lençóis. Além

de seu rico acervo que a Casa de Cultura Afrânio Peixoto guarda, se mantém disponível ao

público um auditório que, adequado à realidade de Lençóis, tem se consolidando no seu

principal equipamento cultural.

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Desde as mudanças realizadas na gestão da Casa em 2016 se observa a crescente

quantidade de eventos realizados. A única perda neste gráfico se refere ao limite da coleta

dos dados deste relatório a outubro de 2018 e ao período que a Casa esteve sem

funcionamento devido à transição da sua gestão nos meses finais de 2015.

Este crescimento da quantidade de eventos realizados na Casa reflete também na

frequência de público:

Outro dado importante para avaliarmos o público alcançado pela Casa de Cultura Afrânio

Peixoto é a quantidade de visitações neste quadriênio:

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6. Diretoria do Livro e Leitura

6.1. INTRODUÇÃO

A Diretoria do Livro e Leitura (DLL) vem executando ao longo dos anos diversas ações com

objetivos similares, voltadas para o incentivo à leitura e ampliação do número de leitores na

Bahia. A DLL é a Diretoria responsável pela execução de políticas públicas de fomento ao

livro, estímulo à leitura e difusão da literatura e produção literária no Estado.

Assim, nos últimos 04 anos, a DLL tem sido responsável pela implementação de políticas

públicas no âmbito do livro, da leitura e da escrita, realizando projetos especiais, a exemplo:

Prêmio Nacional Kátia Mattoso de História da Bahia, Concurso para Escritores Escolares de

Poesia e Redação; Campanhas de incentivo à leitura, Leia & Passe Adiante e Memórias de

Leitura; e coordenação editais de Apoio a Projetos de Leitura e de Apoio a Editoras

Baianas , financiados pelo Fundo Estadual de Cultura. Suas ações estão fundamentadas no

Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e no Plano Estadual do Livro e Leitura (PELL).

Importante mencionar que João Vanderlei de Moraes Filho, gestor desta Diretoria até 2016,

foi membro da Comissão Executiva do PELL-BA, tendo colaborado efetivamente para sua

elaboração, redação e organização. Em sintonia com o Plano Nacional, as políticas propostas

pelo PELL-BA destacam a importância da leitura como “diretriz principal”, considerando-a

como “o caminho” mais curto para uma sociedade mais justa. Afinada com estes propósitos

a Fundação Pedro Calmon, através da sua Diretoria do Livro e Leitura, vem se propondo,

cada vez mais, a desenvolver atividades que apresentem a leitura como uma atividade

prazerosa, como deleite estético e como fonte de conhecimento.

Nesse sentido, a DLL desenvolve diversas ações com fins a democratizar o acesso ao livro,

fomentar e valorizar a leitura, incentivar e difundir a produção literária baiana e dinamizar a

cadeia produtiva do livro. Além dos projetos supracitados, esta Diretoria vem coordenando a

atuação da FPC em festas, feiras e festivais literários da Bahia, propondo e realizando

programação diversificada, com atividades de incentivo à leitura, lançamento e registro de

campanha, lançamentos de livros, oficinas, exposições, conversas cantadas, entre outras

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atividades, contribuindo de forma decisiva para a participação da população local,

especialmente por jovens estudantes ou pelo público presente que possam ser atraídos.

Aliado a esse esforço, somam-se, também, parcerias com instituições públicas, privadas e da

sociedade civil, a exemplo do Comitê PROLER Salvador que, hoje, conta em seu corpo com

26 representantes, sendo coordenado por esta Diretoria, que vem articulando ações

diversas (minicursos, palestras, oficinas) em espaços importantes de discussão, a exemplo do

Fórum Social Mundial. Estabelece ainda diálogo com outras instituições objetivando realizar

ações em espaços de privação de liberdade, a exemplo da Secretaria de Administração

Penitenciária e Ressocialização – SEAP e da Fundação da Criança e do Adolescente –

FUNDAC.

Com cerca de 54.000 atendimentos (entre cursos, eventos e doações), em

aproximadamente 80 municípios de 26 territórios de identidade da Bahia, a DLL, através de

suas ações, tem contribuído para a formação de público leitor e mediadores de leitura nesse

quadriênio.

Bárbara Falcon Diretoria do Livro e da Leitura

6.2. DADOS GERAIS DA ÁREA E ATENDIMENTO GERAL

A Diretoria do Livro e Leitura foi criada em 2011, tendo como propósito incentivar a leitura, a

formação de mediadores e fomentar e divulgar a produção de autores baianos. Essa política

é desenvolvida mediante apoio a organizações e profissionais da área, através de editais

específicos; formação de leitores e mediadores de leitura; organização de prêmios e

concursos literários; realização de campanhas que visem incentivar o crescimento e

qualidade dos leitores baianos, sobretudo de crianças e adolescentes, estabelecendo

parcerias com instituições que comungam do mesmo objetivo, criando uma rede articulada

de ações. O seu público alvo é prioritariamente jovens, com atendimentos realizados a

crianças, jovens e adultos.

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A DLL possui um acervo de livros considerado como reserva técnica da FPC. O Acervo da DLL

é composto por livros que foram doados por programas federais, instituições, editoras ou

apoiados/custeados através de editais setoriais do estado, sendo este constituído por 1.341

títulos e 13.828 exemplares.

No período que compreende este relatório a DLL apoiou a publicação de 14 livros (07 através

de edital, 02 prêmios e 05 apoios diretos) de autores baianos; apoiou também 11 projetos

de incentivo à formação de leitores e mediadores, via editais do Fundo Estadual de Cultura;

e foram doados aproximadamente 30.000 livros para diversas instituições no Estado da

Bahia.

Com fins de promover a viabilização de projetos especiais, a DLL vem realizando parcerias

com instituições públicas, privadas e da sociedade civil, na capital e no interior do estado, a

exemplo de universidades (UFBA, UFRB, UESC, UEFS), escolas públicas e privadas,

organizações da sociedade civil, como a RBCS (Rede de Bibliotecas Comunitárias de

Salvador), ONGs, editoras baianas universitárias e privadas, e Secretarias de Cultura

Municipais.

Dentre as principais ações permanentes desta Diretoria, destaca-se a coordenação do

Comitê PROLER Salvador, reativado em 2017, por um período de quatro anos, instituindo 26

membros efetivos e mais 31 parceiros distribuídos em um total de 18 instituições (Câmara

Baiana do Livro, Coletivo CARDUME, Casa da Contação de Histórias, CEIFAR, Centro Juvenil,

CRIA, FGM, FPC, IAT, Instituto de Ciência da Informação - ICI-UFBA, LDM, Mais Médicos,

RBCS, SUP, UFBA, UNEB e Secretaria de Educação do Estado através da Rede de Bibliotecas

Escolares – SEC, SEC/Educação Básica e SEC/SUPED Salvador).

Uma ação da DLL que merece especial destaque é o Concurso para Escritores Escolares de

Poesia e Redação, com 04 edições realizadas. O Concurso contempla estudantes do Ensino

Fundamental I, Ensino Fundamental II, e do Ensino Médio.

Importante frisar que, desde 2016, os textos selecionados integram uma exposição

itinerante que circula nos eventos literários da Bahia. O total de inscritos nas quatro edições

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já realizadas foi de aproximadamente 2.000 estudantes de 26 territórios de identidade da

Bahia.

Outro concurso coordenado pela DLL, realizado com amplitude nacional, o Prêmio Katia

Mattoso busca incentivar a publicação de trabalhos que contemplem a memória do Estado

da Bahia.

Em consonância com o Plano Estadual do Livro e da Leitura (PELL), a FPC vem incentivando a

prática da leitura através de 02 campanhas com boa repercussão de público e mídia. A

Campanha Memórias de Leitura é voltada a sensibilizar o público para o prazer de ler, por

meio de depoimentos audiovisuais sobre memórias afetivas de leitura.

A primeira edição da campanha, veiculada em 2017, foi um sucesso. Além da exibição dos 16

interprogramas de 01 minuto por 06 meses na programação diária da TVE, os vídeos

circulam nos mais diversos espaços e eventos literários por toda a Bahia. A 2ª edição da

Campanha, lançada em maio de 2018, também veiculada na TVE, reuniu, em 20

interprogramas de 1 minuto por 04 meses.

Foram 32 entrevistados, e integram a lista Ruy Espinheira Filho, Maria Valéria Rezende,

Minna Salami, Paulina Chiziane, Daniel Munduruku, Daniela Galdino, Cuti, Julia Tolezano

(Jout Jout), Maíra Azevedo (Tia Má), dentre outros. Em 2018 foram gravados 32 novos

depoimentos que irão gerar a 3ª edição da Campanha, incluindo relatos de autores

renomados como Conceição Evaristo, Patrícia Hill Collins, Valter Hugo Mãe e Eliane Brum.

A Campanha Leia e Passe Adiante é uma ação de incentivo e estímulo à leitura como prática

social em diferentes espaços da sociedade. Em 2015, a Leia e Passe Adiante esteve inserida

em eventos diversos, onde 15 mil livros foram doados, seguindo de forma eficaz o trâmite

de compartilhamento entre leitores. Sua última ação ocorreu na FLICA 2018, onde foram

realizadas duas ações durante o período do evento, com distribuição de 3 mil livros ao

público e aplicação de 2.146 questionários para uma pesquisa sobre hábitos de leitura. A

pesquisa aplicada tem como objetivo nortear as ações da Fundação Pedro Calmon nos

eventos literários da Bahia em 2019.

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O projeto O Violão e a Palavra merece especial destaque, com 09 edições realizadas entre

2016 e 2018, com público total de aproximadamente 3 mil. Com a intenção de promover o

encontro de arte e cultura para os amantes de literatura, leitura e música, sendo ao mesmo

tempo debate e aula show, a atividade.

A DLL realizou nestes quatro anos 11 projetos e 34 eventos para um público, com média, de

42 mil.

6.3. LINHA DO TEMPO DE AÇÕES

2015

● II CONCURSO PARA ESCRITORES ESCOLARES DE POESIA E DE REDAÇÃO

O II Concurso Para Escritores Escolares de Poesia e de Redaçãoteve 100 inscrições e

alcançou qualitativamente sete territórios de identidade, nos municípios de Salvador,

Lauro de Freitas, Santo Amaro, Santa Bárbara, Serrinha, Coaraci, Lapão, Euclides da

Cunha e Quijingue. Foram 24 premiados, do ensino fundamental I e II e do ensino

médio, nas categorias de redação e poesia, em 1º, 2º e 3º, além de menção honrosa.

● CURSO DE CAPACITAÇÃO EM LINGUAGENS E PRÁTICAS DA ESCRITA CRIATIVA

O Curso de Escritas Criativas foi uma iniciativa voltada para o público jovem (17 a 29

anos), com a finalidade de disponibilizar gratuitamente aulas de Poesia, Roteiro,

Crônica, Teatro e Conto, sob a coordenação da escritora mineira Ana Maria

Gonçalves e com 670 participantes para os workshops.

● EVENTOS LITERÁRIOS

Em 2015 a DLL, organizou nove feiras de livros na capital com o objetivo de integrar e

divulgar ações e publicações de editoras e autores baianos, juntamente com atores

da economia do livro e da leitura na Bahia que se encontram fora do circuito de

grandes editoras nacionais, como editoras baianas, sebos, distribuidores e livreiros

locais independentes. Estimativa de público global de 2 mil pessoas e distribuição de

400 livros pela Campanha Leia e Passe Adiante.

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● Além destas Feiras, a DLL se deslocou com sua Feira Móvel para sete cidades do

interior do Estado entre os meses de junho e outubro, participando de quatro

grandes eventos: o Festival Literário de Paulo Afonso (FLIPA); Rota da Independência

percorrendo as cidades de Cachoeira, São Félix, Maragogipe, Santo Amaro e São

Francisco do Conde; a Festa Literária de Cachoeira (FLICA) e a 3ª Feira Universitária

da UESC, em Ilhéus. Estimativa de público global de 7 mil pessoas e distribuição de 6

mil livros pela Campanha Leia e Passe Adiante.

● CAMPANHA LEIA E PASSE ADIANTE

A Campanha Leia e Passe Adiante , uma ação de incentivo e estímulo à leitura como

prática social em diferentes espaços da sociedade. A Campanha teve seu

lançamento oficial na Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) 2015, para

um público estimado de 5 mil pessoas. O espaço teve programação diversa, como

contações de história, apresentações teatrais e bate papo com autores baianos,

totalizando 50 atividades e doação de 1 mil livros ao público. Ao longo do ano de

2015, uma série de ações foi realizada nos eventos literários em que a DLL esteve

presente com aproximadamente 6 mil livros doados. A Campanha Leia e Passe

Adiante manteve um posto permanente de distribuição na Biblioteca Pública do

Estado da Bahia (BCEB), totalizando assim a doação direta de mais de 15 mil livros no

ano.

2016

● PMLLB - PLANO MUNICIPAL DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECA

O Plano tem o objetivo é assegurar a democratização do acesso ao livro, o fomento e

a valorização da leitura e o fortalecimento das cadeias criativa e produtiva do livro.

Ao longo do ano de 2016, a DLL adotou a estratégia de sensibilizar as prefeituras,

através das suas Secretarias de Educação e Cultura, que já estão desenvolvendo

parcerias com a Fundação em outros projetos, para a importância da elaboração dos

PMLLB para o desenvolvimento cultural local.

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A Coordenação da Leitura e do Livro realizou encontros em: Salinas da Margarida,;

em Santo Amaro; em São Francisco do Conde; em Cachoeira; em São Felix;

Maragogipe; Itaparica; e em Caetité. Nestes encontros foi iniciada a assistência para

elaboração do Plano Municipal do Livro, da Leitura e de Bibliotecas. Após estes

encontros presenciais, foi realizado acompanhamento da elaboração dos planos,

sempre tendo em conta a manutenção da autonomia de cada município.

● III CONCURSO PARA ESCRITORES ESCOLARES DE POESIA E REDAÇÃO

Após o sucesso da segunda edição do Concurso para Escritores Escolares de Poesia e

Redação, a DLL reformulou o concurso para se tornar um privilegiado espaço de

integração da cultura e educação, e um fomentador de processos paralelos de leitura

e escrita nas escolas.

Esta estratégia ampliou exponencialmente o número de inscritos no concurso em

relação ao ano anterior, com 584 inscritos de 40 municípios presentes em 15

territórios de identidade. Para fazer a seleção destes trabalhos, foram criadas duas

comissões de seleção distintas, uma para as três categorias de poesia e outra para as

três categorias de redação, com três integrantes em cada comissão.

Todos os estudantes premiados, oriundos de 13 municípios: Salvador, Lauro de

Freitas, Lapão, Candeias, Andaraí, Itaberaba, Camacã, Santa Rita de Cássia, Maracás,

Formosa do Rio Preto, Feira de Santana, Ipiaú e Serrinha, estiveram presentes na

premiação.

● EVENTOS LITERÁRIOS

A DLL participou ativamente de dois importantes eventos do Estado: Semana de

Cultura de Coité, com programação de Contação de História para um público de 200

pessoas, e qualificação dos atores locais com interesse em serem incentivadores da

leitura, em uma Oficina de Mediação de Leitura, ministrada pela filósofa e contadora

de histórias Semidéia Sentimental, no Centro Cultural de Coité. Em outubro, já

tradicional FLICA - Festa Literária Internacional de Cachoeira. Na programação, os

destaques são: Oficina "O Fantástico Mundo da Leitura", realizada pelo educador e

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poeta Anderson Shon, com apresentação dos gêneros literários para estudantes de

Escolas Públicas da cidade, no auditório da galeria Hansen Bahia.

2017

● OFICINAS CRIATIVAS NA ROTA DA INDEPENDÊNCIA

Com o objetivo de difundir a memória e a história da Bahia, foram realizadas oficinas

em diferentes linguagens artísticas para estudantes de colégios estaduais da periferia

de Salvador. Durante 10 dias foram realizadas 10 oficinas ministradas por

especialistas, sendo: 04 de poesia, 04 de escrita criativa e 02 de vídeo, abrigadas em

10 bibliotecas comunitárias de Salvador.

As oficinas ocorreram em junho, com carga horária de 15h cada, contando com a

participação de 150 estudantes do ensino fundamental II e médio.

As Oficinas aconteceram nas Bibliotecas Comunitárias: São José de Calasanz (São

Marcos), de Ítalo (Cajazeira V), Padre Luís Campinoti (Fazenda Grande do

Retiro), Clementina de Jesus (Uruguai), Centro Educativo João Paulo II (São João do

Cabrito), Padre Alfonso Pacciani (Fazenda Grande do Retiro), Maria Rita Almeida de

Andrade (Cidade Nova), Novo Amanhecer (Calafate), Tia Jana (Águas Claras), Sete de

Abril (Sete de Abril). Para a realização deste projeto, a DLL contou com a parceria da

RBCS – Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, com a cessão de espaço.

EVENTOS LITERÁRIOS

A terceira edição do O Violão e A Palavra, protagonizada pela cantora baiana Jussara

Silveira, Paquito e Luciano Salvador Bahia, foi realizada em agosto, no Largo do

Pelourinho. Além das atividades supracitadas, a Biblioteca Móvel da FPC levou para o

Terreiro de Jesus, apresentações teatrais, contações de história e oficinas.

A Festa Literária Internacional de Cachoeira, FLICA 2017, a Fundação Pedro Calmon,

doou cerca de 300 livros a professores, estudantes e pesquisadores. Na Sala Multiuso

aconteceram 05 lançamentos de livros de autores baianos, com mesas compostas

pelos autores e/ou organizadores das publicações. A Exposição com textos ilustrados

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dos vencedores da IV Edição do Concurso para Escritores Escolares foi montada na

Fundação Hansen Bahia.

Em Outubro, o I Festival de Música e Poesia de Itaparica (FITA) recebeu a Exposição

dos textos premiados no III Concurso para Escritores Escolares de Poesia e Redação,

exibição da Campanha Memórias de Leitura e 01 Oficina de Escrita Criativa. A Oficina

de Escrita Criativa, ministrada por Anderson Shon, para 02 grupos de 30 estudantes,

estimulou a atuação destes como autores e apreciadores de literatura, por meio de

práticas que proporcionou aproximação com diversos gêneros literários, personagens

e autores no intuito de despertar o gosto pela leitura e escrita.

● IV CONCURSO PARA ESCRITORES ESCOLARES DE POESIA E REDAÇÃO

A 4ª edição do Concurso de Poesia e Redação para Escritores Escolares alcançou sua

maior marca, com o número de 232 escolas envolvidas, 1.200 inscritos oriundos de

60 municípios de 26 territórios de identidade do Estado. Nesta edição foram

premiados estudantes oriundos das cidades de Salvador, Camacã, São Francisco do

Conde, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Andaraí, Brumado, Eunapólis e Lajedinho.

2018

● EVENTOS LITERÁRIOS

A Festa Literária de Ilhéus , ocorreu em maio , tendo a Fundação Pedro Calmon com

uma das realizadoras . Com o tema, “Leituras Democráticas: Juventudes, Livros e

Zaps”, foi proposta uma programação geral que contemplou discussões que

envolveram as diversas juventudes locais, com atividades de incentivo à leitura

atrativas para públicos infantil, infanto-juvenil, jovem e adulto.

Em agosto, a Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), sob a

coordenação da Fundação Casa de Jorge Amado, com o apoio da Fundação Pedro

Calmon, ocupou 13 (treze) espaços do Centro Histórico da capital baiana com uma

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programação que incluiu: literatura, apresentações teatrais, musicais e exposições,

inserindo a Festa no cenário internacional dos eventos literários.

Em setembro, a FPC participou da 11ª Feira do Livro, Festival Literário e Cultural de

Feira de Santana - FLIFS. O evento que contou com oficinas, palestras, recitais,

lançamentos de livros, shows literomusicais, exposição e venda de livros, obteve

público estimado pela organização de 75 mil pessoas.

Em outubro, a Fundação Pedro Calmon participou da Festa Literária Internacional de

Cachoeira (FLICA) , com atividades diversas contemplando públicos infantil,

infanto-juvenil, jovem e adulto. O stand da Campanha Leia e Passe Adiante que

esteve em atividade na praça com a equipe da FPC realizando pesquisa sobre hábitos

de leitura e doando livros. Foram aplicados 2.146 questionários ao público do evento

e doados 3.000 livros .

A pesquisa apontou que, dentre os entrevistados, prevaleceu maior número de

mulheres, com nível superior, predominantemente estudantes e professoras, na faixa

etária entre 15 e 40 anos. A maioria das pessoas entrevistadas declarou que usa o

livro e a internet como principais meios para leitura e que leem de 04 a 06 livros por

ano, vai ao evento passear e comprar livros, e que gostaria de ver na programação da

FPC nos eventos literários: oficinas de escrita criativa, contações de história e

palestras sobre história da Bahia.

7. Arquivo Público do Estado da Bahia

7.1. APRESENTAÇÃO

A governança arquivística, no âmbito do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), durante

a gestão do Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon (FPC) - Edvaldo Mendes de Araújo

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(Zulu Araújo), de 2015 a 2018, se caracterizou no sentido de fortalecer a preservação e a

difusão da memória da Bahia, do Brasil, para subsidiar a produção do conhecimento e

assegurar o exercício pleno da cidadania. As ações institucionais foram fundamentadas na

formulação e no desenvolvimento de um conjunto de parcerias colaborativas. Modelo de

governança alicerçado em “boas práticas” inerentes à gestão arquivística.

Ao longo destes quatro anos, a direção do APEB conviveu com o desafio de gerir dois

patrimônios de imensurável significado e importância – o documental e o arquitetônico. O

Diretor Geral (DG) da FPC esteve permanentemente empenhado, na captação de recursos

financeiros para restaurar o Solar da Quinta do Tanque, sede do APEB. A concretização se

efetivou na assinatura da ordem de serviço das obras, em 13 de dezembro do presente ano -

Secretaria de Cultura, FPC e a Marsou Engenharia Eireli, no valor de R$ 2.301.585,96.

O contingenciamento orçamentário decorrente da crise econômica que atinge o país

repercutiu com intensidade nas instituições arquivísticas. No caso do APEB, a política da

DG/FPC aliada ao compromisso da equipe possibilitou a continuidade do tratamento técnico

de parte do acervo documental custodiado. Paralelamente, a mesma equipe, também, se

manteve direcionada aos serviços de atendimento ao público, presencial e à distância. O

conjunto das ações assegurou o acesso democrático dos cidadãos à informação pública que

representa a chave de interlocução com o passado, o senso das origens, da identidade, do

pertencimento, da história e da memória pessoal e coletiva.

Maria Teresa N. de Britto Matos

Diretora do Arquivo Público do Estado da Bahia

As ações de Preservação do Acervo Documental e Bibliográfico representadas pela

higienização, ações corretivas, restauração, digitalização, descrição arquivística,

acondicionamento e armazenamento são prioritárias e permanentes para a prática de uma

política de conservação preventiva que, consequentemente, qualificam a preservação do

acervo documental custodiado. Além de possibilitar a digitalização de parte do acervo pelo

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Laboratório de Digitalização do APEB, e mediante o estabelecimento de cooperações

técnicas.

Quanto ao Acesso, registra-se a abertura à consulta pública do acervo da Delegacia

Especializada – Jogos e Costumes, em outubro de 2017. Somam-se, ainda, a aplicação das

normas de descrição arquivística estabelecidas pelo Conselho Nacional de Arquivos e pelo

Conselho Internacional de Arquivos, e o lançamento do Memory Access (AtoM) do

APEB/FPC, em outubro de 2016. A descrição arquivística e as respectivas imagens passaram

a ser disponibilizadas para consulta web, dos acervos a seguir: “Independência do Brasil na

Bahia” e “Revolta do Búzios”. Paralelamente, a Coordenação de Arquivos Permanentes

realizou 7.369 inserções no Sistema de Cadastro e Registro de Acervo (SICRO).

Na Gestão de Documentos, ação de grande importância para a modernização dos serviços

arquivísticos da administração pública estadual do Poder Executivo, verificou-se o aumento

exponencial de demandas em relação aos serviços disponibilizados pela Coordenação de

Arquivos Intermediários (CAIN). A Coordenação prestou 313 assistências técnicas as

Secretaria de Estado, demais órgãos e entidades do Poder Executivo, com vistas à

aprovação, e aplicação de Planos de Classificação e Tabelas de Temporalidade de

Documentos (TDD), Atividades Fim (AF).

Nos anos de 2017 e 2018, o quantitativo de demandas se expandiu em decorrência do

cumprimento dos requisitos do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) Bahia. Ação que

motivou mais ainda a criação de Comissões de Avaliação de Documentos, o que resultou na

elaboração e oficialização de TTD – AF e na autorização para publicação de 28 Editais de

Ciência de Eliminação de Documentos. Foram recolhidos ao APEB os documentos de órgãos

extintos, caracterizados como de valor histórico: Bahiatursa e Empresa Baiana de

Desenvolvimento Agrícola ( EBDA).

Entre as ações relativas à Promoção de Eventos foram computados 30. Além de apoiar 10

relacionados às áreas de Arquivologia e História.

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No plano da Política Estadual de Arquivos, registra-se a instalação e posse do Colegiado

Setorial de Arquivos, e a oficialização do Regimento Interno (Portaria FPC nº 210, de

13/10/2016). A Assessoria de Arquivos Municipais empreendeu esforços na mobilização e na

sensibilização junto aos gestores e servidores municipais quanto ao cumprimento da

Constituição, de 1988, no sentido de esclarecer a responsabilidade da administração

municipal na gestão da documentação produzida.

A Manutenção Predial da sede do APEB se constitui em uma ação estratégica na agenda da

Unidade. Isto porque, o Solar da Quinta do Tanque, um patrimônio arquitetônico tombado,

abriga uma instituição arquivística, e, portanto, requer um monitoramento contínuo. Nesta

perspectiva, inúmeras diligências têm sido efetivadas junto ao Corpo de Bombeiros do

Estado da Bahia e a Superintendência de Patrimônio (Supat) da Saeb.

A) DADOS GERAIS DO APEB E ATENDIMENTO GERAL

● Espaço Físico

O APEB reúne, em termos quantitativos, um volume total aproximado de 7.360,14 metros

lineares de documentos. As datas-extremas identificadas abrangem a segunda metade do

século XVI e o início do século XXI.

● Público Alvo

O público alvo do APEB que consulta o acervo custodiado, ou que por alguma razão utiliza os

serviços disponibilizados pela unidade, seja presencialmente ou à distância, no período de

2015 a 2018, apresenta perfis específicos. O quantitativo geral do atendimento ao público ,

no período, atingiu, aproximadamente, 18 mil pessoas, onde se inclui a Sala de Consulta de

Manuscritos e Impresso, a Sala de Consulta de Microfilmes, os serviços presenciais e a

distância.

Os referidos “públicos” são, em sua maioria, de nacionalidade brasileira (85%), sendo que

60% são originários do Estado da Bahia. Muitos pesquisadores, também, procedem de outas

regiões do Brasil (30%). Somam-se os estrangeiros (10%), notadamente, do Benin, Canadá,

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Costa do Marfim, Espanha, França, Gana, Estados Unidos, Inglaterra, Moçambique, Portugal,

Turquia, entre outros.

O maior percentual de “públicos” concentra-se no “pesquisador” vinculado a universidades

públicas (federais e estaduais) e privadas, na qualidade de estudantes (bacharelado,

especialização, mestrado e doutorado) ou pesquisadores de diversas áreas do conhecimento

(Antropologia, Arquivologia, Arquitetura, Artes Plásticas, Direito, Gastronomia, História,

Letras, Medicina, Música, etc.). Em geral, os projetos de pesquisa contam com o apoio

financeiro de Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais, assim como da CAPES e do CNPq.

Além de subsídios de agências internacionais.

● Quantidade Atendimento

O Atendimento ao Público realizou-se nas Salas de Consulta de Manuscritos e Impressos

(11.474) e Microfilmes (772), nas Seções (1.178), nos serviços presenciais - emissão de

certidão (580) e autenticação de documentos (583) - e a distância, pela Coordenação de

Pesquisa (1.020), pela assistência técnica prestada aos órgãos e entidades da administração

estadual do Poder Executivo, quanto à gestão de documentos (313), e nas visitas guiadas

(1.261).

A partir de uma avaliação, em termos quantitativos e qualitativos das temáticas das

pesquisas realizadas em fontes documentais custodiadas pelo APEB, observa-se que os

documentos produzidos pelo Poder Judiciário se constituem os mais consultados,

representados pelo fundo - Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (1652-1983). Esse fundo

tem origem no Tribunal da Relação do Estado do Brasil (1587-1751), Tribunal da Relação da

Bahia (1751-1891), Tribunal de Apelação e Revista (1891-1915), Tribunal Superior da Justiça

(1915-1935), Corte de Apelação (1935-1944), Tribunal da Apelação (1944-1947) e Tribunal

de Justiça.

O citado fundo documental reúne: Regimentos - 1º Regimento de 1587 (impresso) e o

segundo de 1652, este último manuscrito, original; Livro de Termo de Posse e Juramento dos

Desembargadores do ano de 1653 a 1889; Alvarás; Provisões; Penalidades; Processos;

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Sentenças Provisórias; Petições; Portarias; Procurações; Livros de Notas; Testamentos;

Inventários; Escrituras; Autos Cíveis e Crimes. Merece destaque dentre os documentos que

compõem o fundo, os Livros de Notas (1644-1915), da capital (1.384 unidades) e interior (923

unidades) - conhecidos, também, como registros cartoriais, que representam uma tipologia

documental de extrema importância e intensa utilização por pesquisadores, nacionais e

internacionais, e consulentes, em geral. Foram produzidos conforme a expansão da cidade de

Salvador (Bahia), de suas ruas, seus imóveis, seus habitantes e o conjunto da cultura material.

Estes registros possibilitam o resgate de dados sobre propriedades, por permitir a

identificação da cadeia sucessória de imóveis e da demarcação de limites.

● Capilaridade de Ações nos Municípios

Em quatro anos (2015-2018), a Assessoria de Arquivos Municipais empreendeu esforços

para mobilizar os representantes das Prefeituras e Câmaras Municipais sobre o significado e

a importância de investir na gestão de documentos, com vistas a qualificar a tomada de

decisão, o controle e a transparência das ações governamentais, possibilitando o direito de

acesso à informação, à memória, contribuindo para o pleno exercício da cidadania.

Foram realizadas 15 ações de sensibilização e treinamentos in loco , nos seguintes

municípios: Ilhéus, Itabuna e Lençóis (2015); Cachoeira, Caetité e São Félix (2016);

Alagoinhas, Cachoeira, Candeias, Dias D´Ávila, Lauro de Freitas e Ruy Barbosa (2017); e Cairú,

Porto Seguro e Santo Estevão (2018). Participaram das referidas ações um total de 350

servidores municipais das Prefeituras e Câmaras Municipais.

Registra-se que 16 autoridades municipais estabeleceram interlocução com o APEB,

objetivando criar ou fortalecer, institucionalmente, os Arquivos Municipais nos respectivos

municípios: Igrapiúna e Muritiba (2015); Barreiras, Cachoeira (2016); Alagoinhas, Antônio

Cardoso, Belmonte, Cachoeira, Conde, Dias D’Ávila, Lauro de Freitas, Nazaré, Ruy Barbosa e

Santo Antônio de Jesus (2017); Porto Seguro e São Félix (2018).

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Assessoria de Arquivos Municipais prestou 76 assistências técnicas mediante telefone,

e-mail e visita presencial na Unidade, com vistas à criação, implantação e fortalecimento

dos Arquivos Municipais.

Neste período, foram realizados 02 Encontros Baianos de Arquivos Municipais (EBAM), na

sede do APEB. O VII EBAM realizado nos dias 10 e 11/11/2015, que reuniu 50 participantes,

representantes de 26 municípios baianos. Na oportunidade, 08 Secretários Municipais

(Cachoeira, Capela de Alegre, Correntina, Igaporã, Muritiba, Prado, São Felipe e Vitoria da

Conquista) se fizeram presentes. O VIII EBAM ocorreu de 06 a 08/06/2018, contou com 294

participantes, de 19 municípios. Dois Secretários Municipais estiveram presentes (Nazaré e

Porto Seguro).

Além dos dois EBAMs, foram organizados e promovidos 02 Encontros Territoriais de

Arquivos, no ano de 2016. O primeiro dedicado aos territórios - Recôncavo e Portal do

Sertão, em 16/06, na cidade de São Félix, com a participação de 10 representantes dos

municípios: Conceição de Feira, Irará, Mucugê, Nazaré e São Félix. O segundo Encontro

reuniu 32 representantes do Sertão Produtivo (Brumado, Caetité e Guanambi), na cidade de

Caetité.

Esforços foram direcionados à realização e atualização do “Mapeamento de Arquivos

Municipais do Estado da Bahia” iniciado em 2014. Uma ação permanente que se justifica

em razão da dinâmica do processo de institucionalização (criação, implantação e

modernização) dos Arquivos Municipais. Até o momento, foram identificados 83 Arquivos

Municipais criados por lei, sendo que apenas 47 implantados e em funcionamento. Em 2017,

o APEB lançou o “ Cadastro Online dos Arquivos Públicos Municipais do Estado da Bahia” no

sitio institucional da FPC.

B) LINHA DO TEMPO - AÇÕES DE DESTAQUE

2015

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● Colegiado Setorial de Arquivos - Cerimônia de instalação e posse do Colegiado

Setorial de Arquivos, previsto na Lei Orgânica de Cultura do Estado da Bahia (Lei nº

12.365, de 30/11/2011).

Local - Biblioteca Central do Estado da Bahia

Período - 26/08

Parceiro - Associação dos Arquivistas da Bahia

● VII Encontro Baiano de Arquivos Públicos Municipais - Fórum de interlocução entre

autoridades, gestores públicos e servidores municipais visando refletir sobre o

significado, a importância e os benefícios da gestão, da preservação e do acesso aos

documentos públicos, em âmbito municipal.

Local - APEB

Período - 10 e 11/12

Parceiros - Conselho Nacional de Arquivos

● Digitalização de Fontes Documentais de Interesse para Estudos Genealógicos -

Cooperação Técnica firmada com a Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos

Santos dos Últimos Dias (DOE nº 21.748, 05/08). Gerou 372.560 imagens digitais

(matrizes e derivadas).

Local - APEB

Período – 2 anos de vigência

Parceiro - Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

● Digitalização de “Livros de Notas da Bahia – 1664-1889” - Cooperação Técnica

firmada com a Universidade Federal da Bahia, por meio do Programa de

Pós-Graduação em História. Gerou 323.532 imagens digitais (matrizes e derivadas).

Local - APEB

Período - 2 anos de vigência

Parceiro - Universidade Federal da Bahia

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● Projeto de Restauração do Solar da Quinta do Tanque - Projeto de Restauração do

Solar da Quinta do Tanque, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional (IPHAN) em 1949, atual sede do APEB.

Período - Início de Dezembro

Parceiro - Ministério da Cultura/ IPHAN

2016

● Nominação pelo Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da

Unesco no Registro Nacional do Brasil do conjunto documental – Companhia

Empório Industrial do Norte (1891-1973) custodiado pelo APEB/FPC - Cerimônia de

entrega dos diplomas de inscrição no Registro Nacional do Programa Memória do

Mundo da Unesco, aos representantes das instituições custodiadoras de acervos

selecionados pelo Edital 2016.

Local - Auditório Paulo Nogueira Batista, Anexo II do Palácio do Itamaraty.

Período - 06/12

Promoção – Programa Memória do Mundo da Unesco

● Encontros Territoriais de Arquivos - Realização de dois Encontros Territoriais de

Arquivos. O primeiro reuniu os Territórios do Recôncavo e do Portal do Sertão. E, o

segundo, dedicado ao Território - Sertão Produtivo.

Local - Instituto Dannemann (São Félix) e Arquivo Municipal de Caetité (Caetité)

Período - 16 e 29/06

Parceiro - Arquivo Municipal de Caetité

● Mesa Redonda – Narrativas do Edital Setorial de Arquivos - Publicização dos

resultados finais dos projetos contemplados pelos Editais SecultBa nº 27/2012 e nº

14/2013. E, também, divulgou o Edital Setorial de Arquivos, lançado no ano de 2016,

direcionado para apoiar a restauração e a digitalização de acervos arquivísticos, de

natureza privada, de interesse público e social.

Local - APEB

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Período - 09/08

● AtoM do APEB/FPC - Lançamento do software AtoM do APEB/FPC.

Local - APEB

Período - 25/10

Quantidade de Público - 250

Parceiros - Colegiados de Graduação em Arquivologia, Instituto de Ciência da

Informação da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Editora da UFBA; Associação

dos Arquivistas da Bahia.

● Recolhimento do Fundo - Comissão Estadual da Verdade (Bahia) - Recolhimento do

fundo produzido, recebido e acumulado pela Comissão Estadual da Verdade – Bahia,

de agosto/ 2013 a agosto/ 2016.

Período - 25/08

2017

● Institucionalização e Estruturação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) Bahia

Participação do APEB em Grupo de Trabalho (GT) criado pela Secretaria de

Administração, responsável pela institucionalização e estruturação do SEI Bahia.

Período - Abril a Dezembro

Parceiros - Secretaria de Administração

● Cadastramento On Line dos Arquivos Públicos Municipais - Lançamento do

Cadastramento On Line dos Arquivos Públicos Municipais, mediante o sítio

institucional da FPC.

Local http://www.fpc.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=225

Período – 06/06

● “Com a Palavra o Pesquisador” - Instituição e lançamento do projeto “Com a Palavra

o Pesquisador”. A primeira edição realizada foi proferida pelo Professor Vilson

Caetano de Sousa Junior, que teve por título “Candomblé e Polícia nos Arquivos de

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Jogos e Costumes, dialogando com as fontes”.

Local - APEB

Período – Iniciado em 08/06

● Festa Literária Internacional de Cachoeira - Primeira participação do APEB na 7ª

Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA), sobre o tema “Produção literária a

partir de fontes do Arquivo Público do Estado da Bahia”.

Local – 06/10

Período – Casa Educar para Transformar, sala Multiuso, em Cachoeira

Parceiros – Diretoria do Livro e da Leitura da FPC

● Oficina Regional do Programa Memória do Mundo da Unesco - A Oficina objetivou

divulgar o Edital MOWBrasil 2017 e esclarecer possíveis dúvidas de forma a estimular

instituições culturais baianas a apresentarem novas proposituras.

Local - APEB

Período – 01/06

Parceiro – Programa Memória do Mundo da Unesco

2018

● Ciclo de Debates sobre Governança e Arquivos - Série de quatro conferências sobre

aspectos relevantes de governança e arquivos, proferida uma a cada mês.

Local - APEB

Período - 30/01, 27/02, 27/03 e 24/04/2018

Quantidade de Público - 220

Parceiro - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade

Federal da Bahia

● VIII Encontro Baiano de Arquivos Públicos Municipais - Fórum de interlocução entre

autoridades, gestores públicos e servidores municipais visando refletir sobre o

significado, a importância e os benefícios da gestão, da preservação e do acesso aos

documentos públicos, em âmbito municipal.

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Local - APEB

Período – 06 a 08/06

Quantidade de Público - 300

Parceiros - Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia e

INFORMMATIO - Gestão da Inovação, do Conhecimento, Documental e Memória.

● Roda de Conversa - “Por que Preservar Arquivos de Escritores?” - Organização de

Roda de Conversa, no âmbito da 2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho

(FLIPELÔ).

Local - Café-Teatro Zélia Gattai

Período – 11/08

Parceiros – Diretoria do Livro e da Leitura da FPC e Fundação Casa de Jorge Amado

● Implantação de Processos e Documentos no Sistema Eletrônico de Informações

(SEI) Bahia - O APEB/FPC deu continuidade a colaboração no âmbito do SEI Bahia, na

etapa de implantação dos tipos de processos (sistêmicos e finalísticos).

Período: Janeiro a Dezembro

Quantidade: 572 bases de conhecimentos analisadas pela gestão documental; 612

documentos (externos e internos) criados; e 152 assuntos cadastrados no SEI Bahia

Parceiro: Secretaria de Administração

8. DESTAQUES

Ao longo do período de 2015 a 2018 a DIBIP ofertou para a comunidade produtos e serviços

no âmbito do livro e da leitura, destacando a política de inclusão das bibliotecas, a aquisição

de novas tecnologias inclusivas, a capacitação de servidores nessas tecnologias, o Projeto

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Brincando em Família em parceria com o Instituto de Psicologia da UFBA, ações culturais

inclusivas e atrações da Cia de Teatro da BIML, assim como, implantação de espaços de

leitura em bases comunitárias.

A. POLÍTICA DE INCLUSÃO

1. Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB)

No âmbito da leitura inclusiva, as bibliotecas desenvolvem atividades voltadas para a

inclusão da pessoa com deficiência, através de debates e discussões, atividades de contação

de histórias com tradução em libras, exibição de vídeos acessíveis bem como

disponibilizando ao público as tecnologias assistivas.

O Setor Braille da Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB) foi criado a partir do Decreto

22.103 de 04 novembro de 1970, tendo como missão disponibilizar serviços especializados e

de boa qualidade à comunidade com necessidades especiais na área da visão.

Serviços prestados aos usuários do Setor Braille:

● Transcrição de livros para o Braille;

● Gravação de mídias;

● Exibição de filmes com audiodescrição;

● Ledores voluntários copistas;

● Digitação e impressão em Braille

Setor Braille: Público atendido no quadriênio: 6.150 mil usuários

Dados/Ações

2016

● Projeto Mais Diferença - Aquisição de 10 equipamentos de tecnologia assistiva:

Teclado USB com máscara Colmeia, Impressora Braille, linha Braille, scanner com voz,

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lupa com bandeja, tablet, notebook, acionador de pressão e leitores óticos. A

modernização desses equipamentos do Setor Braille foi realizada através do

Convênio nº 800814/2014 com o Ministério da Cultura. Os equipamentos

possibilitam a digitação, digitalização de imagens, leitura de textos em Braille.

Valor do investimento: R$ 32.281,99

2018

● Jornada Formativa da Educação Inclusiva - Desafios, avanços e perspectivas na

inclusão socioeducacional da pessoa com deficiência visual na sociedade baiana.

Parceria – Secretaria de Educação do Estado da Bahia/CAP (Centro de Apoio

Pedagógico)

Local – Biblioteca Central do Estado da Bahia

Período: 05 a 07/02/18

Público: 204 pessoas

● Sextas Culturais do CAP - Roda de conversa – O papel da mulher na sociedade

contemporânea

Parceria: Secretaria de Educação do Estado da Bahia/CAP (Centro de Apoio

Pedagógico) - Biblioteca Central do Estado da Bahia

Data: 23/03/2018

Público: 80 pessoas

● II Festival das Artes da Pessoa com deficiência Visual - Integração da pessoa com

deficiência através das artes

Parceria: Biblioteca Central do Estado da Bahia – SEC/CAP

Local: Biblioteca Central do Estado da Bahia

Data: 28/09/2018

Público: 118

Público: 80 pessoas

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● Aquisição de 09 (nove) Óculos Orcam MyEye 2.0 para o Setor Braille - Governo do

Estado da Bahia/Secult/FPC - Aquisição de 09 (nove) unidades de Óculos Orcam

MyEye 2.0 para atendimento das necessidades de pessoas com deficiência visual,

déficit de atenção e dislexia. Os óculos auxiliam as pessoas cegas e com visão

subnormal (baixa visão) nas tarefas diárias de leitura de livros, placas revistas,

cédulas e reconhece faces, promovendo o conforto, praticidade, segurança e

autonomia das pessoas.

Valor do investimento: 148.500,00

2. Biblioteca Anísio Teixeira (BAT)

A Biblioteca Anísio Teixeira (BAT) desenvolveu, ao longo desses quatro anos, diversas ações

culturais e inclusivas, atendendo à Agenda 2030 que trata dos Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS). Como destaque nesses anos, o curso de LIBRAS foi a ação de grande

relevância para a Biblioteca no seu contexto sócio inclusivo, no que tange uma abrangência

de pessoas que participaram destes cursos, transformando-os em multiplicadores da língua

de sinais. A Unidade capacitou 04 servidores nos cursos de LIBRAS.

Dados/Ações

● Curso Básico de Libras - Aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) nos

processos de interação e comunicação entre surdos e ouvintes.

Cursos realizados: 03 edições

Público beneficiado: 136 pessoas.

Professor – Parceiro da Biblioteca

● Oficina de Libras - Oficina que tem como objetivo quebrar barreiras da comunicação

entre surdos e ouvintes, oferecendo o aprendizado básico de alfabeto, verbos,

estações do ano, cores primárias e secundárias.

Oficinas realizadas: 18

Público beneficiado: 296 pessoas

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Professora parceira da Biblioteca

● Contação de história em LIBRAS - Momento lúdico de Incentivo à leitura,

proporcionando ensino e aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais e promove a

inclusão através da atividade de contação de histórias.

Quantidade de ações realizadas: 122.

Público beneficiado: 1095 pessoas.

Professora parceira da Biblioteca

3. Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (BIML)

A BIML desenvolve atividades voltadas para o público infanto-juvenil, com o objetivo de

incentivar e despertar o gosto pela leitura de forma lúdica. A Unidade possui convênio de

Cooperação Técnica com a UFBA, cujo objetivo é executar o Projeto Brincando em Família,

que visa ampliar e melhorar o acesso das crianças e suas famílias a serviço de promoção a

saúde e o desenvolvimento da primeira infância.

A BIML promove o projeto da Cia de Teatro da BIML, que tem como objetivo despertar de

forma lúdica o interesse do público em geral pela leitura, tanto dos alunos como daqueles

que assistem aos espetáculos. O arte-educador Sérgio Mício, propõe uma companhia teatral

de cunho prático-teórico em que desenvolve atividades lúdicas e pedagógicas aproximando

a linguagem do teatro da literatura.

No período 2015-2018, 14 espetáculos foram montados pela Companhia de Teatro, 14 mil

pessoas tiveram a oportunidade de assistir.

B. IMPLANTAÇÃO DE ESPAÇOS DE LEITURA NAS BASES COMUNITÁRIAS DE

SEGURANÇA

A Biblioteca de Extensão proporciona ações com a finalidade de promover o livro e a leitura,

possibilitando o desenvolvimento educativo, informativo e cultural junto às comunidades

urbanas, suburbanas e municípios. Uma parceria foi reforçada com a Secretaria de Justiça,

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Direitos Humanos e Desenvolvimento Social nos Mutirões de Cidadania do Pacto Pela Vida e

dos Espaços de Leitura em unidades prisionais com requalificação de acervos e viabilização

de implantação de Espaços de Leitura nas unidades das Bases Comunitárias de Segurança

(Camaçari, Bairro da Paz, Santa Cruz, Águas Claras, Fazenda Coutos)

1. PACTO PELA VIDA

É um Programa do Governo Estadual para implantar uma política de segurança pública

transversal e integrada que protege a cidadania, garanta os direitos humanos, reduza os

índices de criminalidade, violência e vulnerabilidade das comunidades, com base em ações

construídas de forma pactuada junto à sociedade e as Secretarias de Governo.

Ações desenvolvidas

Desenvolve atividades de estímulo à leitura, fomenta a pesquisa e o acompanhamento

escolar e oportuniza o contato com as diversas linguagens por meio da promoção de

manifestações artísticas e culturais, teatro, música, oficinas artísticas e de leitura dramática,

contação de história entre outras atividades.

Objetivos

● Integrar ações ao Programa;

● representar a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/Fundação Pedro Calmon;

● divulgar o livro e a biblioteca;

● desenvolver o gosto pela leitura;

● fomentar a pesquisa e a informação

● promover integração com a comunidade

● divulgar serviços do governo do Estado da Bahia;

● Contribuir com o processo educacional

Apoio à Implantação dos Espaços de Leitura

As visitas aos espaços de leitura objetivaram a implantação da unidade, ou seja, treinamento

técnico, mudança de metodologia de empréstimo utilizando o sistema de cores, para maior

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efetividade do serviço. Nesse ano, a BIBEX iniciou cinco implantações em espaços de leitura,

através de entrega e organização do acervo.

2. BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA DE CAMAÇARI

Endereço: R. Campo Formoso - Phoc II, Camaçari - BA, 42800-970

Telefone: (71) 3622-0678

Comandante Responsável: Capitão Ariovaldo Arcanjo e Soldado Joazio

E-mail: [email protected]

Observação:

● Visita técnica: 16 de agosto de 2018

● Aguardo do recebimento dos equipamentos (mesas, cadeiras, e estantes) de

agosto a dezembro

● Retirada do acervo para a base: 28 de dezembro 2018

● 400 publicações foram destinadas para a implantação

● Mês de organização e implantação: nos primeiros meses de 2019

3. BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA DE SANTA CRUZ

Endereço: Rua do Futuro, Santa Cruz - CEP: 41.295-490

Telefone: (71) 3117-7917

Comandante responsável: Cap PM Sheila Barbosa

E-mail: [email protected]

Observação:

● Visita Técnica - 21 de agosto 2018

● Aguardo do recebimento dos equipamentos (mesas, cadeiras, e estantes) de

agosto a dezembro

● Retirada do acervo para a base: 28 de dezembro 2018

● 400 publicações foram destinadas para a implantação

● Mês de organização e implantação: nos primeiros meses de 2019

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4. BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA DO BAIRRO DA PAZ

Base Comunitária de Segurança

Endereço: R. Valdemar Oliveira, Bairro da Paz - CEP: 40.515-010

Telefone : (71) 3116-1424 / 9 9978-9087 / 9 8157-5015 (pessoal)

Comandante responsável : Ten PM Aimar

E-mail: [email protected]

Observação:

● Visita técnica: 12 de setembro de 2018

● Aguardo do recebimento dos equipamentos (mesas, cadeiras, e estantes) de

agosto a dezembro

● Retirada do acervo para a base: 28 de dezembro 2018

● 400 publicações foram destinadas para a implantação

● Mês de organização e implantação: 04 de janeiro de 2019.

5. BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA DE ÁGUAS CLARAS

Endereço : R. 2 St. 2 Conjunto Remanescente - Águas Claras, Salvador - BA, 41311-290

Tel: (71) 98822-6228

Comandante: TenPM. Leonardo

E-mail: [email protected]

Observação:

● Visita técnica: 15 de setembro de 2018

● Aguardo do recebimento dos equipamentos (mesas, cadeiras, e estantes) de

agosto a dezembro

● Retirada do acervo para a base: 28 de dezembro 2018

● 400 publicações foram destinadas para a implantação

● Mês de organização e implantação: janeiro de 2019.

6. BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA DA FAZENDA COUTOS

Rua Almeida Júnior, Faz. Coutos III - CEP: 40.730-575

Tel: (71) 3117-2686 | 3117-2686 / 9 9637-2078

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Comandante: Ten PM Lilian

E-mail: [email protected]

Observação:

● Visita Técnica – 20 de setembro de 2018

● Aguardo do recebimento dos equipamentos (mesas, cadeiras, e estantes) de

agosto a dezembro

● 400 publicações foram destinadas para a implantação

● Visitas Técnicas – Bases Comunitárias

● Retirada do Acervo na sede da Bibex

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