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Guarda, 2013 Página 2

LISTA DE SIGLAS

ACSS – Administração Central do Sistema de Saúde

ADSE – Direção Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da

Administração Pública

AIM – Autorização de Introdução no Mercado

ANF – Associação Nacional das Farmácias

BPF – Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária

CIM – Centro de Informação do Medicamento da Ordem dos Farmacêuticos

DCI – Denominação Comum Internacional

DG – Distribuidor Grossista

DL – Decreto-Lei

DM – Dispositivos Médicos

DT – Diretor (a) Técnico (a)

EDP – Energias De Portugal

EMA – “European Medicines Agency”

FEFO – “First Expired, First Out”

FGN – Formulário Galénico Nacional

FIGP – Farmácia Instituto Galénico Português

fsa – faça segundo a arte

GAP – Gabinete de Atendimento Personalizado

HTA – Hipertensão Arterial

IMC – Índice de Massa Corporal

INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P.

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IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado

MNSRM – Medicamento Não Sujeito a Receita Médica

MSRM – Medicamento Sujeito a Receita Médica

OMS – Organização Mundial de Saúde

PA – Pressão Arterial

PDHC – Produtos de dermocosmética e higiene corporal

PF – Preço de Fatura

PPD – Produtos do Protocolo da Diabetes

PR – Preço de Referência

PV – Prazo de Validade

PVP – Preço de Venda ao Público

RAM – Reações Adversas a Medicamentos

RME – Receita Médica Especial

SAMS – Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários

SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade

SNF – Sistema Nacional de Farmacovigilância

SNS – Serviço Nacional de Saúde

TDT – Técnico de Diagnóstico e Terapêutica

ZRE – Zona de Receção de Encomendas

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, e mais que tudo, pretendo agradecer à minha querida mãe,

pois tudo foi e é possível graças ao enorme esforço e dedicação por parte dela. Não

menos importante é o seu namorado – Sérgio – que esteve sempre disposto a ajudar-me

no que mais precisava.

Quero agradecer também à professora orientadora Sandra Ventura, pois ao longo

de todo o período de estágio mostrou sempre interesse no esclarecimento de qualquer

tipo de dúvida.

Gostava também de mostrar a minha gratidão à proprietária e Diretora Técnica

da Farmácia Instituto Galénico Português – Dr.ª. Isabel Coimbra – por ter aceite o meu

estágio e por todos os ensinamentos transmitidos.

Os meus sinceros agradecimentos a toda a equipa de profissionais de saúde a

laborar na Farmácia Instituto Galénico Português – Dr. Pedro, Dr.ª. Joana, Salomé, Dr.ª

Isabel, por toda a disponibilidade, compreensão, palavras de coragem, ensinamentos

transmitidos, boa disposição e, ainda, por me terem tornado numa pessoa melhor e mais

instruída.

Presto, desta forma, o meu agradecimento a todos que de alguma forma

contribuíram direta ou indiretamente para a realização e para o sucesso deste segundo

estágio em Farmácia Comunitária.

Um ENORME OBRIGADO!

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PENSAMENTO

“A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas

aquilo em que ele nos transforma”

(John Ruskin)

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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8

2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E FUNCIONAL DA FARMÁCIA .... 10

2.1. CARATERIZAÇÃO DO QUADRO LEGAL EM VIGOR PARA O SETOR DAS

FARMÁCIAS ............................................................................................................. 10

2.1.1. Localização ....................................................................................................... 10

2.1.2. Espaço externo .................................................................................................. 10

2.1.3. Espaço interno ................................................................................................... 11

2.1.4. Horário de Funcionamento ................................................................................ 13

2.2. IDENTIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS ............................................. 14

3. BIBIOTECA E FONTES DE INFORMAÇÃO ................................................... 15

3.1. PUBLICAÇÕES DE EXISTÊNCIA OBRIGATÓRIA ......................................... 15

4. ENCOMENDAS E APROVISIONAMENTO ..................................................... 16

4.1. REALIZAÇÃO DE ENCOMENDAS .................................................................. 16

4.1.1. Distribuidores grossistas .................................................................................... 17

4.2. RECECIONAR, CONFERIR E COLOCAR NOS RESPETIVOS LOCAIS AS

ENCOMENDAS ......................................................................................................... 17

4.3. MARCAÇÃO DE PREÇOS ................................................................................. 19

4.4. ARMAZENAMENTO ......................................................................................... 19

4.5. CONTROLO DOS PRAZOS DE VALIDADE .................................................... 20

4.6. DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS ............................................................... 20

5. DISPENSA DE MEDICAMENTOS .................................................................... 21

5.1. RECEITA MÉDICA ............................................................................................ 21

5.2. PRESCRIÇÃO MÉDICA E VALIDAÇÃO DA MESMA .................................... 22

5.3. TIPOS DE RECEITA MÉDICA .......................................................................... 23

5.4. DISPENSA DE MNSRM ..................................................................................... 23

5.5. DISPENSA DE PSICOTRÓPICOS E ESTUPEFACIENTES............................... 25

7. MEDICAMENTOS MANIPULADOS ................................................................. 25

7.1. REGRAS DE MANIPULAÇÃO .......................................................................... 25

7.2. REGIME DE PREÇOS E COMPARTICIPAÇÕES.............................................. 26

8. RECEITUÁRIO/FATURAÇÃO .......................................................................... 27

8.1. CONFERÊNCIA E CORREÇÃO ........................................................................ 27

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8.2. PROCESSO MENSAL DE ENVIO DO RECEITUÁRIO .................................... 28

9. CUIDADOS DE SAÚDE E AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS

E FISIOLÓGICOS ................................................................................................... 29

9.1. PARÂMETROS AVALIADOS NA FARMÁCIA INSTITUTO GALÉNICO

PORTUGUÊS ............................................................................................................. 30

9.2. VALORMED ....................................................................................................... 30

10. FARMACOVIGILÂNCIA.................................................................................. 31

11. QUALIDADE ...................................................................................................... 32

12. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 33

13. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 34

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela I- Responsabilidades e funções dos recursos humanos da FIGP…………….....14

Tabela II- Resolução de problemas referentes à receção de encomendas……………...18

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1.INTRODUÇÃO

O estágio é um processo de aprendizagem indispensável a um futuro profissional

que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira.

No estágio temos a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, aprender as

peculiaridades da profissão, conhecer a realidade do dia-a-dia no âmbito daquilo que um

dia pretendemos exercer.

Os relatórios de estágio são documentos formais que tem como finalidade a

apresentação descritiva do local do estágio, destacando-se as actividades realizadas, o

período de tempo do estágio e os conhecimentos envolvidos.

Assim sendo, o presente relatório tem como objetivo descrever as experiências

vivenciadas na unidade curricular de Estágio Profissional II. O Estágio Profissional II,

de frequência obrigatória e objeto de avaliação é parte integrante do plano de estudos do

segundo semestre, quarto ano do Curso de Farmácia – 1º Ciclo, do Instituto Politécnico

da Guarda, nomeadamente da Escola Superior de Saúde.

Este estágio decorreu durante 15 semanas, entre os dias 4 de Março e 21 de

Junho de 2013, tendo um total de 500 horas, as quais foram divididas por um total de 72

dias.

A coordenação e orientação do Estágio Profissional II foram da competência dos

Docentes Sandra Ventura, André Araújo, Fátima Roque e Cristina Granado, assim

como no local de estágio da Dr.ª Joana Coimbra, farmacêutica adjunta, e restante equipa

de profissionais de saúde a laborar na Farmácia Instituto Galénico (FIGP) que me

acompanharam diariamente ao longo das 15 semanas.

O principal objetivo do Estágio Profissional II é então promover o contacto dos

alunos com a realidade da Farmácia Comunitária, proporcionando a integração dos

conhecimentos desenvolvidos e a prática de todas as tarefas relacionadas com a

atividade.

Ao longo do desenvolvimento do relatório utilizei uma metodologia descritiva

baseada em pesquisa online e nas evidências, questões levantadas, atividades realizadas

e observações feitas ao longo do Estágio Profissional II. Posteriormente será defendido

em sala de aula perante o júri de avaliação e defesa do relatório de estágio.

A realização deste relatório não tem apenas como finalidade primordial servir de

instrumento de avaliação, mas sim, contribuir para uma reflexão muito importante sobre

todos os aspetos abordados durante o estágio, assim como a contribuição positiva que

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este teve para o desenvolvimento não apenas profissional, mas também pessoal, na

medida em que pude, de forma participativa e ativa, verificar as múltiplas funções de

um Técnico de Farmácia (TF).

Para a correta elaboração deste relatório recorri aos objetivos a que estive sujeita

durante o estágio; estes serviram para melhor compreensão e determinação das metas

que me impus a atingir. Desta forma, todo o meu estágio foi orientado no sentido de

atingir os objetivos tanto gerais como específicos que passo a citar:

Reconhecer a Farmácia como entidade prestadora de cuidados de saúde;

Caraterizar o circuito do medicamente, matérias-primas e outros produtos de saúde;

Caraterizar a aplicação informática utilizada e relacionar com as áreas funcionais da

farmácia;

Interpretar as prescrições médicas;

Identificar os motivos que justificam a devolução de medicamentos;

Aplicar conhecimentos teóricos e teórico-práticos sobre situações de execução

prática;

Executar e avaliar as técnicas e métodos de acordo com os recursos disponíveis;

Aplicar normas de higiene/limpeza e desinfeção.

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2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E FUNCIONAL DA FARMÁCIA

O espaço da Farmácia deve ser adequado, em termos físicos e funcionais, para

proporcionar qualidade nos serviços e garantir a segurança, conservação, preparação,

armazenamento, acessibilidade dos medicamentos, devendo permitir o acesso de todas

as pessoas. [1]

2.1. Caraterização do quadro legal em vigor para o setor das farmácias

2.1.1. Localização

A FIGP localiza-se na Rua Prof Dr. Carlos Lloyd, Freguesia de S. Vítor, Braga.

Trata-se de uma farmácia com mais de cem anos, de grandes dimensões, estando situada

numa zona extremamente urbanizada. É assim uma farmácia bem localizada, recebendo

diariamente uma grande afluência populacional de utentes dos mais variados níveis

socioeconómicos, etários e educacionais.

Trata-se de uma farmácia de simples acesso, com uma vasta área circundante,

possibilitando assim um fácil estacionamento.

2.1.2. Espaço externo

Tal como é requerido pelas BPF (Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia

Comunitária), a FIGP possui um aspeto exterior profissional e caraterístico, sendo

perfeitamente visível e identificada por uma placa com o nome da farmácia e uma cruz

verde luminosa própria das “Farmácias Portuguesas” (anexo I).

Possui uma fachada em vidro voltada para a rua. Esta é apenas utilizada como

expositor informativo (ex: campanhas realizadas), não apresentando produtos expostos.

Na fachada encontra-se exposto o horário de funcionamento e as farmácias de reforço e

de serviço permanente para cada dia (de acordo com o DL n.º 53/2007, de 8 de Março).

[2,5]

Existem dois locais para a entrada, no entanto, apenas a entrada principal é

utilizada pelos clientes. Nesta, forma-se um pequeno hall onde existe um postigo para o

atendimento noturno.

Deste modo, o aspeto exterior da farmácia encontra-se de acordo com a

legislação em vigor (DL n.º 307/2007, de 31 de Agosto) e com o manual de BPF. [2;3]

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2.1.3. Espaço interno

Para o exercício da boa prática farmacêutica torna-se necessário que o espaço

disponível possa, por um lado, facilitar as tarefas e, por outro, proporcionar um

ambiente agradável, acolhedor e repousante para os utentes. Ao mesmo tempo deverá

permitir a fácil circulação dos utentes e uma exposição ampla dos produtos

farmacêuticos existentes.

A FIGP apresenta um espaço amplo, adequado à atividade farmacêutica, sendo

que todos os diferentes setores existentes e suas áreas mínimas são regulamentados pela

legislação (Deliberação n.º 2473/2007, de 28 Novembro) de modo a assegurar a melhor

prestação de serviços ao utente. A FIGP apresenta as seguintes divisões:

a) Zona de atendimento ao público

É a área mais espaçosa da FIGP, dando desta forma relevância à atividade por

excelência da farmácia comunitária: o atendimento aos utentes.

É um espaço amplo, iluminado e bem organizado, que dispõe de quatro balcões

de atendimento individuais. Cada balcão possui um terminal informático, um leitor

ótico de códigos de barras e uma impressora, partilhando dois postos de multibanco

entre os quatro balcões (anexo II).

Atrás dos balcões existem lineares onde se encontram os vários produtos de

dermocosmética, suplementos alimentares, produtos de higiene íntima, e pequenas

gavetas que contêm produtos de rotação elevada e venda livre tais como antiséticos,

termómetros, entre outros.

Também se encontram afixados os serviços de avaliação de parâmetros

bioquímicos, fisiológicos e físicos (ex: altura, peso, Índice de Massa Corporal – IMC)

prestados pela farmácia, bem como outras informações úteis para o utente e o recipiente

da VALORMED (anexo III), que permite a recolha de medicamentos e embalagens fora

de uso.

Neste espaço estão também disponíveis algumas cadeiras que permitem o

repouso dos utentes durante o tempo de espera para o atendimento (anexo IV), assim

como é possível verificar-se a presença de uma balança altimétrica (anexo V).

Os medicamentos de uso veterinário encontram-se numa secção particular desta

área (anexo VI).

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Neste local encontram-se também expostas as linhas de produtos de

dermocosmética e higiene corporal (PDHC), as de bebé e criança e os produtos

sazonais.

b) Armazém

Local onde são acondicionados quase todos os medicamentos e produtos de

saúde da farmácia. Este está dividido em diferentes zonas. Um grande bloco de gavetas

deslizantes organizado por ordem alfabética da designação do medicamento, constitui o

local de armazenamento da maioria dos medicamentos sujeitos a receita médica

(MSRM) (anexo VII), existindo divisões específicas para formas farmacêuticas sólidas,

formas farmacêuticas para uso oftálmico, soluções/suspensões para administração

injetável, soluções/suspensões para administração oral, formas farmacêuticas para

administração retal, cremes e pomadas, granulados, formas farmacêuticas para

administração vaginal, soluções/suspensões orais, champôs, sistemas transdérmicos e

soluções/suspensões que possuem a designação “uso externo”. Os medicamentos

psicotrópicos e estupefacientes estão armazenados em gavetas deslizantes, isolados de

todos os outros produtos e medicamentos.

Os medicamentos/produtos termolábeis estão armazenados num frigorífico que

mantém a temperatura entre 2 e 8ºC (anexo VIII).

c) Área de receção e processamento de encomendas

Acoplado ao armazém, encontra-se a zona de receção de encomendas. Este é o

local onde são rececionadas todas as encomendas e arquivada temporariamente a

documentação referente. Neste local, encontram-se o computador central da farmácia,

modem, telefone e fax. É uma área espaçosa para dar resposta ao volume de

encomendas que aqui se processam. Tem armários onde se arquivam alguns

documentos, tais como faturas e devoluções.

d) Laboratório

Constitui a zona de preparação de manipulados, estando adaptada e equipada

para esse fim. Possui alguns armários e uma bancada com lavatório (anexo IX). As

matérias-primas encontram-se num armário, ordenadas alfabeticamente. Aqui, também,

podemos encontrar alguma bibliografia e documentação, como por exemplo o

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Formulário Galénico Nacional (FGN), os boletins analíticos e registos de movimentos

respeitantes às matérias-primas (anexo X), as tabelas de preços dos excipientes e as

fichas de preparação.

e) Gabinete da Diretora Técnica (DT)

É uma área reservada, que dispõe de alguns armários e de uma secretária. Está

destinado a todas as funções relacionadas com a organização, gestão e administração da

farmácia.

O gabinete permite à DT realizar tarefas administrativas da farmácia com a

máxima privacidade e serve de local de reunião com fornecedores e delegados de

informação médica (anexo XI).

f) Gabinete de Atendimento Personalizado

O utente tem o direito de querer ser atendido de modo confidencial, pelo que a

farmácia deverá possuir uma sala onde isto seja possível. É, também nesta sala que se

procede à avaliação dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos, nomeadamente: Pressão

arterial (PA), glicémia, triglicerídeos e colesterol total.

Neste local, existe uma secretária, duas cadeiras, um cadeirão e um lavatório, e

são prestados alguns serviços farmacêuticos que constam da Portaria n.º 1429/2007 de 2

de Novembro, nomeadamente a administração de medicamentos e primeiros socorros [3]

(anexo XII).

g) Instalações sanitárias

A FIGP possui uma casa de banho acoplada à zona de receção e processamento

de encomendas. Destina-se aos utentes, caso solicitem, e também é utilizada para

recolha de amostras de urina aquando da realização de testes de gravidez, entre outros

exames, sendo também usada pela equipa de trabalho.

2.1.4. Horário de Funcionamento

A legislação que regula o horário de funcionamento das farmácias comunitárias

é o DL nº 53/2007, de 8 de Março [5]

, sendo que as farmácias como estabelecimentos de

venda ao público e de prestação de serviços que são podem estar abertas entre as 6 e as

24 horas todos os dias da semana, havendo um limite mínimo de 55 horas semanais.

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A FIGP está aberta de segunda a sexta-feira das 9 horas às 21 horas, não

encerrando à hora de almoço. Aos sábados abre das 9 horas às 20 horas. Quando se

encontra em serviço permanente, a FIGP fica aberta até às 9h do dia seguinte. O

atendimento noturno é, como já foi referido, realizado através de um postigo localizado

na zona da entrada da farmácia.

2.2. Identificação dos Recursos Humanos

A FIGP é constituída por uma equipa de trabalho com qualidade a diversos

níveis, nomeadamente humano e de conhecimentos, sendo que estes, acoplados a um

bom ambiente de trabalho, resultam no sucesso da prestação de serviços da qual tive

oportunidade de constatar. Tendo em conta que entre as farmácias os produtos são os

mesmos ou variam pouco, a qualidade dos serviços é essencial.

Legalmente as farmácias dispõem de pelo menos dois farmacêuticos, sendo que

um deles assume o cargo de DT e estes devem, tendencialmente constituir a maioria dos

trabalhadores da farmácia, podendo ser coadjuvados por TF ou por outro pessoal

devidamente habilitado.[4]

A equipa é constituída pelos seguintes elementos:

Tabela I - Responsabilidades e funções dos recursos humanos da FIGP

1. Assume a responsabilidade dos atos farmacêuticos praticados na farmácia;

2. Supervisiona, lidera e delega funções;

3. Substitui o DT nas suas competências aquando da sua ausência;

4. Atendimento;

5. Conferência e correção do receituário;

6. Negociações e compras aos laboratórios;

7. Gestão de “stocks” e encomendas;

8. Receção de encomendas;

CARGO FUNÇÃO

DT e proprietária 1. 2. 6. 8. 10. 16.

Farmacêutica Adjunta 3. 4. 6. 7. 12. 13. 15. 16.

Farmacêutico 4. 5. 7. 11. 12. 13. 15. 16.

TF 4. 5. 6. 7. 8. 9. 13. 14. 16.

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9. Arrumação e reposição de “stocks”;

10. Controlo de psicotrópicos e estupefacientes;

11. Fecho do mês/faturação;

12. Preparação e controlo de manipulados;

13. Determinação de parâmetros bioquímicos e interpretação de resultados;

14. Controlo dos prazos de validade;

15. Administração de injetáveis;

16. Registo/controlo da temperatura/humidade dos termohigrómetros.

Todos os profissionais têm como função primordial o atendimento ao público.

No entanto, a flexibilidade é muito importante, daí as funções enunciadas serem apenas

linhas orientadoras e representarem a atividade fundamental do funcionário, para além

do atendimento ao público supracitado. No seu exercício profissional encontram-se

devidamente identificados, mediante o uso de um cartão contendo o nome e a categoria

profissional.

3. BIBIOTECA E FONTES DE INFORMAÇÃO

3.1. Publicações de existência obrigatória

O TF depara-se diariamente com questões e dúvidas colocadas pelo utente às

quais não sabe responder de forma imediata, não obstante a sua formação e experiência

profissional. Nestas situações tem o dever de pesquisar a informação necessária de

forma a esclarecer o utente. Assim, mais importante do que saber uma resposta imediata

é saber onde a procurar, a fim de fornecer um aconselhamento de qualidade e seguro. A

farmácia deve dispor de fontes de informação credíveis e atualizadas para conseguir dar

resposta a eventuais dúvidas que surjam.

De acordo com o disposto no artigo nº 37 do DL nº 307/2007, de 31 de Agosto

[4], as farmácias têm de possuir nas suas instalações a Farmacopeia Portuguesa, em

edição de papel, ou em formato eletrónico/online a partir de sítio reconhecido pela

Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (INFARMED), bem

como outros documentos indicados por este. Outro dos documentos obrigatórios da

farmácia é o livro de reclamações, segundo o disposto no artigo nº 38 do DL acima

referido.[4]

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Assim, para além da Farmacopeia Portuguesa VIII e do livro de reclamações,

fazem parte da biblioteca da FIGP publicações como o “Prontuário terapêutico”, o

“Formulário Galénico Nacional”, “Simposium Terapêutico”, “Índice Nacional

Terapêutico”, “Direito farmacêutico”, “Medicamentos prescritos” (publicado pela ANF

– Associação Nacional de Farmacêuticos), “Guia dos Medicamentos Genéricos (emitido

periodicamente pelo INFARMED)”, “Medicamentos não prescritos - Aconselhamento

Farmacêutico”, “Índice Nacional de Veterinária”, entre outras publicações relativas à

atividade farmacêutica.

4. ENCOMENDAS E APROVISIONAMENTO

A boa gestão do aprovisionamento numa farmácia é vital para o bom

funcionamento desta já que, se por um lado, é importante evitar ao máximo defraudar

as expectativas dos utentes, precavendo a rutura de stocks, por outro, gerar stocks

elevados implica a necessidade acrescida de espaço para o armazenamento,

aumentando a imobilização de capital, bem como, a probabilidade de vencimento dos

prazos de validade. [2]

4.1. Realização de encomendas

Na FIGP a realização de encomendas é feita por via modem para cada um dos

fornecedores.

Muitas vezes, também se faz a encomenda telefonicamente, para produtos não

inseridos na nota de encomenda e/ou que estejam em falta, ou ainda nos casos em que

há necessidade de confirmar se o produto se encontra disponível nesse fornecedor. Uma

vez que os fornecedores possuem estafetas, há possibilidade de receber as entregas

muito rapidamente em situações de falta dos produtos na farmácia.

Todo este processo possibilita a rápida e frequente reposição dos stocks de

acordo com as necessidades do momento, evitando situações desvantajosas para a

farmácia como um desnecessário empate de capital, a acumulação de produtos de baixa

rotação e a expiração dos Preço de Venda (PV).

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4.1.1. Distribuidores grossistas

A compra aos distribuidores grossistas tem como principal vantagem dar uma

resposta rápida e eficaz às necessidades da farmácia e, consequentemente, do utente,

sendo, por isso, a opção mais utilizada na farmácia.

A FIGP trabalha com os seguintes grossistas/fornecedores: Cooprofar, Alliance

Healthcare, Medicanorte e A. Sousa & Ca Lda. O facto de se trabalhar com vários

distribuidores evita, com mais facilidade, situações de rutura de stock, garantindo assim

a eficiência no atendimento ao público.

4.2. Rececionar, conferir e colocar nos respetivos locais as encomendas

É através da receção de encomendas que os medicamentos e produtos de saúde

passam a fazer parte do stock da farmácia. Quando uma encomenda chega à farmácia, é

importante:

Verificar se o destinatário corresponde ou não à farmácia;

Verificar se contém produtos que necessitem de acondicionamento especial,

nomeadamente produtos termolábeis, no sentido de assegurar o seu bom estado

de conservação;

Arquivar as requisições de psicotrópicos/estupefacientes e os boletins de

análise das matérias-primas, quando estes produtos integram a encomenda;

Dar entrada dos medicamentos/produtos de saúde no sistema informático

através da leitura ótica dos códigos de barras, verificando se estão efetivamente

faturados e conferindo a integridade das embalagens, os preços, os prazos de

validade (PV), as substâncias ativas, formas farmacêuticas, dosagens, a

quantidade pedida e a quantidade faturada.

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Tabela II- Resolução de problemas referentes à receção de encomendas

O Sifarma 2000 possibilita a realização de diferentes tipos de propostas de

encomendas: Diária, Esgotados, Tipo, Reforço de stock, Direta e Manual. Depois de

geradas as propostas, estas são analisadas pela pessoa responsável pelo envio da

encomenda. Todas são enviadas via “farmalink” para os distribuidores grossistas, que as

entregam acompanhadas das respetivas faturas (anexo XIII). Apesar de apresentarem

diferenças entre si, no tipo de medicamentos/produtos de saúde encomendados, na

frequência e finalidade com que são efetuadas, estas encomendas são rececionadas

seguindo os mesmos procedimentos, à exceção das encomendas diretas.

As encomendas diretas, sendo efetuadas diretamente aos laboratórios, estão

associadas a uma nota de encomenda (modelo do próprio fornecedor), ficando os

originais destas, arquivados na farmácia. Aquando da receção, é necessária a introdução

destas encomendas no sistema informático, através da criação de uma encomenda

manual, sendo os demais procedimentos semelhantes a qualquer outra.

Sempre que um produto é rececionado pela primeira vez na farmácia, necessita

de ser criada uma ficha do produto, definindo-se o stock mínimo/máximo, registando o

PV, o fornecedor preferencial e a sua localização no armazém.

Os medicamentos/produtos de saúde são colocados nos locais apropriados,

sendo garantidas as suas condições de conservação mediante o registo/controlo da

temperatura e humidade adequadas, medidas por termohigrómetros.

PROBLEMA MOTIVO RESOLUÇÃO

Produto em falta

“Esgotado no laboratório”

“Retirado do mercado”

“Não comercializado”

Transferência para situação de

“Esgotado”

Incluir numa próxima encomenda

Quantidade enviada inferior à

encomendada, mas debitada

Erro do distribuidor

Notificar o fornecedor, que enviará

o produto numa próxima

encomenda ou emitirá uma nota de

crédito

Quantidade enviada superior à

encomendada

Erro do distribuidor

Devolver o produto e notificar o

fornecedor

Bónus Dar entrada no “stock” como bónus

Produto enviado diferente do

encomendado Erro do distribuidor

Devolver o produto, acompanhado

da respetiva nota devolução e

notificar o fornecedor para envio de

nota de crédito ou envio do produto

correto

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4.3. Marcação de preços

A maioria das especialidades farmacêuticas tem o PVP inscrito na embalagem -

Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM). Estes, têm uma margem de

comercialização estipulada por lei (anexo XIV).

Relativamente aos Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM),

produtos de dermocosmética, higiene corporal, produtos dietéticos, produtos de

puericultura e medicamentos veterinários, os PVP são definidos a partir do preço de

compra, acrescido de IVA.

4.4. Armazenamento

Concluída a receção da encomenda, é então necessário proceder ao seu correto

armazenamento, que deverá ser organizado e funcional, de maneira a que os produtos

sejam rápida e facilmente acessíveis para proporcionar ao utente um serviço de

qualidade. O farmacêutico e o TF têm o dever comum de criar as condições necessárias

à boa conservação dos produtos que armazena, assim, os produtos devem ser

armazenados em locais distintos dos de outras mercadorias e obrigatoriamente nas

condições especificadas pelo fabricante, para evitar a sua deterioração pela luz,

humidade ou temperatura. [52]

Existem, no entanto, produtos com exigências específicas

de luminosidade, temperatura e humidade para o seu armazenamento, como acontece no

caso das vacinas, insulinas, e alguns colírios que são armazenados no frigorífico e que

devem ser sempre os primeiros a serem armazenados quando chegam à farmácia.

Os MSRM são armazenados em gavetas deslizantes, no frigorífico ou em

armários por forma farmacêutica e designação (alfabeticamente). Os MNSRM devem

estar guardados à vista dos utentes mas fora do seu alcance, uma vez que, a capacidade

de escolha e decisão da sua aquisição por parte do utente deve ser considerada.

Os produtos de PV mais longo devem ser colocados por detrás dos de PV mais

curto para que estes sejam os primeiros a ser vendidos (“first expired/first-out”).

Os medicamentos sujeitos a legislação especial - estupefacientes e psicotrópicos

- devem ser armazenados em local reservado, fora do alcance do público de modo a

garantir a segurança do utente e da equipa de trabalho.

Os produtos sazonais bem como os PDHC devem tomar lugares de destaque na

farmácia, sempre tendo em conta as zonas quentes (produtos de maior rotação) e zonas

frias (produtos de menor rotação), sendo para isso utilizados lineares e gôndolas.

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As matérias-primas devem ser armazenadas em local fresco e seco como é o

caso do laboratório. Estas são dispostas igualmente por ordem alfabética da designação.

4.5. Controlo dos prazos de validade

Na conferência de encomendas deve verificar-se o PV e se necessário deve

registar-se no computador. Desta forma, quando se efetua uma venda de um

medicamento cujo PV termina no mês corrente, o sistema informático emite uma

chamada de atenção. No entanto, o TF deve verificar sempre os prazos no ato da

dispensa.

Além deste controlo, o armazenamento segundo a máxima “first expired/first

out” promove o correto escoamento dos produtos.

Todos os meses, um dos funcionários da FIGP é responsável pela impressão de

uma lista fornecida pelo programa informático, na qual constam os produtos cujo PV

expirará dentro de três meses. Isto é possível, porque na ficha de cada produto consta o

PV mais curto (inserido no momento da receção do produto). Com esta lista, confirma-

se manualmente quais os produtos que realmente têm um PV curto e que por isso devem

ser devolvidos, ou, então, faz-se a atualização dos prazos no sistema informático no

caso de não serem os corretos.

Se realmente existirem produtos com PV curto e que podem ser devolvidos,

estes são então separados do stock da farmácia para serem devolvidos ao fornecedor.

Para isso, é emitida uma nota de devolução (anexo XV) em duplicado, especificando-se

o produto, a quantidade de embalagens, o motivo da devolução, a data, a assinatura de

quem processou a encomenda e ainda o carimbo da farmácia. Uma cópia é enviada para

o fornecedor e outra é arquivada na farmácia. Ao efetuar a nota de devolução, o sistema

informático dá saída do produto, corrigindo o stock. Os fornecedores procedem à sua

troca ou emitem uma nota de crédito (anexo XVI) para a farmácia, para descontar na

fatura mensal seguinte. Medicamentos ou produtos que não podem ser devolvidos

retornam a farmácia e são considerados como perda existencial.

4.6. Devolução de medicamentos

Além do PV existem outras razões pelas quais é necessário proceder à devolução

de produtos, por exemplo, erro na quantidade recebida, produto danificado, preço

diferente do acordado, entre outros. Nestas situações, é necessário contactar o

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fornecedor, de preferência no próprio dia, para proceder o mais rapidamente possível à

sua devolução.

Também existem situações em que certos medicamentos ou produtos existentes

no mercado constituem um risco para a saúde dos utentes, assim, o INFARMED

comunica às farmácias através de circulares que esses medicamentos ou produtos terão

que ser devolvidos e retirados de circulação temporária ou definitiva.

5. DISPENSA DE MEDICAMENTOS

No momento da dispensa, o TF deve assegurar que o utente adquire toda a

informação que necessita para utilizar o medicamento em segurança e obter o benefício

terapêutico adequado.

As Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária (BPF) requerem,

entre outros, que a essência da atividade farmacêutica seja a dispensa de medicamentos

e outros produtos de cuidados de saúde, o fornecimento da informação adequada, o

aconselhamento ao utente e a monitorização do resultado da terapêutica. [3]

O Estatuto do Medicamento, aprovado pelo DL n.º 176/2006,de 30 de Agosto,

classifica os medicamentos quanto a dispensa ao público em MSRM e MNSRM. [3]

5.1. Receita médica

De acordo com o Estatuto do Medicamento define-se receita médica como

“documento através do qual são prescritos, por um médico ou, nos casos previstos em

legislação especial, por um médico dentista ou por um odontologista, um ou mais

medicamentos determinados” (anexo XVII e XVIII).

O modelo de receita médica que neste momento prevalece numa farmácia

comunitária é o modelo do SNS aprovado pela Portaria n.º 137-A/2012, de 11 de Maio

[4]. Este modelo serve para prescrição de medicamentos e manipulados a comparticipar

pelo SNS, independentemente do local de prescrição (hospitais, centros de saúde,

consultórios privados).

O modelo de receita médica em papel é exclusivo da Imprensa Nacional – Casa

da Moeda, S.A. e foi concebido de forma a poder ser adaptado ao formato eletrónico

(Despacho n.º 7330/2003, de 18 de Março). Este modelo de receita médica permite as

seguintes modalidades:

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Receita médica não renovável (anexo XIX), tem validade de 30 dias a partir do

dia de emissão e destina-se a terapias de curta/média duração;

Receita médica renovável (anexo XX), é constituída por 3 vias, tem validade

de 6 meses e é destinada a utentes que fazem terapias prolongadas de maneira a

reduzir o número de deslocações ao médico;

Além deste modelo, existem outros modelos de receita médica consoante o

organismo comparticipante (SAMS, SAMS BANCÁRIOS, regime especial, produtos de

protocolo, EDP, doenças crónicas (ex: psoríase)…).

5.2. Prescrição médica e validação da mesma

É essencial que os medicamentos sejam dispensados de forma segura, eficiente e

sempre acompanhadas de diálogo com o utente. Quando o utente apresenta uma receita

médica ao TF, este último, tem a responsabilidade de verificar se obedece aos requisitos

legais relativos à prescrição médica e validação da mesma, descritos na Portaria n.º

1501/2002, de 12 de Dezembro: [3;9]

Assim, na receita médica devem constar:

Identificação do utente e do organismo a que pertence, mediante apresentação do

respetivo cartão de beneficiário;

Princípio ativo, dosagem, forma farmacêutica, posologia, tamanho e número

de

embalagens;

Identificação do médico, incluindo a especialidade médica, assinatura do médico

prescritor e vinheta identificativa;

Data de prescrição;

Vinheta ou carimbo do estabelecimento de saúde onde é feita a prescrição (dispensável

para as receitas emitidas em impresso próprio do médico numa consulta privada);

Indicação da entidade financeira responsável e do regime especial de comparticipação,

se aplicável;

Em cada receita médica só podem ser prescritos até quatro medicamentos

distintos, com o limite máximo de quatro embalagens. No entanto, só poderão ser

prescritas na mesma receita médica no máximo duas embalagens do mesmo

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medicamento, com exceção dos medicamentos de dose unitária cujo limite é alargado

para as quatro embalagens. [3]

5.3. Tipos de receita médica

Existem diferentes modelos de receita médica:

Receita médica não renovável (anexo XIX) – Constituída por um único documento,

é utilizada para prescrições ocasionais ou para tratamentos de curta duração. A sua

validade é de 30 dias consecutivos.

Receita médica renovável (anexo XX) – Apresentam-se em triplicado (3 vias) e têm

validade de 6 meses, sendo utilizadas na prescrição de medicação para tratamentos

prolongados/crónicos.

Receita médica especial (RME) – Informatizada, só pode ser prescrito um

medicamento, com limite de quatro embalagens e com um prazo de validade de trinta

dias úteis. Contém ainda a informação sobre o médico prescritor, utente e sobre o

medicamento.

Receita médica restrita – utilizada para medicamentos de uso hospitalar. [25]

5.4. Dispensa de MNSRM

Os MNSRM são medicamentos não comparticipáveis, salvo em casos

excecionais, devidamente justificados por razões de saúde pública. Quando

comparticipados ficam sujeitos ao regime de preços estabelecido para os medicamentos

sujeitos a receita médica [51]

Na cedência de medicamentos de venda livre, quem assume o papel principal é o

utente, mas o TF também tem um papel importante, uma vez que é o doente que escolhe o

que quer tomar, sem prescrição médica, mas sempre com os conselhos dados pelo TF bem

como pelo farmacêutico.

Estes medicamentos, normalmente são utilizados por automedicação e esta é

uma realidade a ter em consideração.

A automedicação tem um papel cada vez mais significativo nos hábitos das

pessoas, que se sentem impelidos a serem os próprios a resolverem os seus sintomas

incómodos de natureza passageira e não grave, sem que para tal tenham de consultar um

médico. A somar a este desejo de controlar a própria saúde é de referir o estado difícil

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em que se encontra o Sistema Público de Saúde, em que as pessoas ou não têm acesso a

médicos ou têm de esperar horas, dias ou meses por uma simples consulta.

Embora seja de desencorajar, este método de automedicação apresenta alguns

aspetos positivos, que são importantes do ponto de vista da saúde pública, tais como:

rapidez de atendimento na farmácia, evitar a sobrecarga dos médicos, de modo a estes

terem mais tempo para atender os casos mais graves, economia para o estado, uma vez

que os MNSRM não são comparticipados, entre outros.

A automedicação pode ser vista, em determinadas situações, como uma situação

aceitável e útil mas, quando esta não é feita de modo racional e responsável, pode

conduzir a situações negativas e que podem pôr a saúde do doente em perigo.

A ideia generalizada que os MNSRM são inócuos, está errada pois os riscos da

automedicação são imensos (ex: consumo crónico e abusivo).

Face à incidência com que as pessoas se automedicam, o TF deve estar

sensibilizado e preparado para este problema, e devido à posição privilegiada que ocupa

no contacto com os utentes, desempenha um papel preponderante na sua resolução.

Cabe assim ao TF se situar em relação doente, procurando saber por exemplo: idade do

doente, sexo do doente e patologias crónicas.

Só depois de analisar e ponderar estes fatores, é que o TF pode aconselhar

aquela que no seu entender será a terapêutica mais adequada, tendo em conta a

qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos. O TF deve certificar-se de que o

utente não sai da farmácia com dúvidas sobre a posologia, duração do tratamento,

possíveis efeitos secundários e precauções especiais de utilização relativas à medicação

cedida.

Nunca esquecer de frisar que os medicamentos de venda livre não são inócuos e

que por isso devem ser usados com moderação.

Pelo que presenciei na FIGP, os MNSRM mais solicitados pelos utentes são:

Analgésicos e antipiréticos;

Laxantes;

Expetorantes e antitússicos;

Descongestionantes nasais;

Anti-ácidos;

Complexos vitamínicos.

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5.5. Dispensa de Psicotrópicos e Estupefacientes

Sendo frequentemente usadas para fins ilícitos, estas substâncias vêem-se

sujeitas a legislação especial durante todo o ciclo do medicamento, de modo a evitar o

seu uso para esses fins. Assim, este tipo de medicamentos exige um tratamento diferente

no que respeita à aquisição, armazenamento, dispensa e ao tratamento do receituário. [53]

A sua aquisição é feita mediante uma requisição ao Distribuidor Grossista (DG),

sendo acompanhados, aquando da sua receção, por um documento especial (requisição),

que é arquivado em dossier próprio.

A dispensa destes medicamentos exige que se proceda ao registo do nome do

medicamento, a quantidade a dispensar e a entidade responsável pela comparticipação.

Posteriormente surge um quadro onde se preenche os dados do médico (nome do

médico) os dados do utente (o nome e a morada) a quem se destina o medicamento e

ainda os dados do indivíduo (nome, número do Bilhete de Identidade, data de

nascimento e a assinatura) que vai levantar os medicamentos. É essencial que se

imprima o documento no verso da receita, onde consta a identificação da farmácia, data,

número do operador que dispensa o medicamento, toda a informação do medicamento

(designação, PVP que o utente vai pagar, quantidade, forma farmacêutica, dosagem,

código de barras, entidade responsável pela comparticipação, número e lote da receita).

Seguidamente imprime-se então o recibo que é anexado juntamente com a receita que

foi fotocopiada, sendo posteriormente guardada num dossier. Nestas receitas torna-se

necessário carimbar e assinar por parte do DT.

7. MEDICAMENTOS MANIPULADOS

7.1. Regras de manipulação

A preparação de manipulados pode ser feita por pedido do utente, por

aconselhamento farmacêutico recorrendo ao FGN ou então por prescrição médica

(fórmula magistral). No caso de se tratar de uma fórmula magistral, o modelo de receita

médica é idêntico ao apresentado anteriormente para os restantes medicamentos e

deverá ter a indicação expressa da palavra “Manipulado”, não sendo permitida a

prescrição de mais nenhum medicamento na mesma receita. Deverá igualmente constar

a composição qualitativa e quantitativa, a posologia a forma de administração e a

abreviatura “fsa” (faça segundo a arte), que significa que o médico prescritor delega no

farmacêutico a competência e a responsabilidade da preparação do manipulado.

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Segundo a Portaria nº 594/2004, de 2 de Julho, antes de iniciar a preparação do

medicamento manipulado, o TF deverá assegurar-se de que o medicamento é seguro na

dosagem em que é prescrito e que não apresenta nenhum tipo de incompatibilidade que

possam por em causa a ação do medicamento ou a segurança do doente. A área de

trabalho deve estar devidamente limpa e não deve conter nada que não diga respeito ao

medicamento a preparar. Antes de iniciar a manipulação, todas as matérias-primas

devem estar disponíveis, devidamente rotuladas e com prazo de validade em vigor e os

equipamentos devem apresentar-se em bom estado de funcionamento e de limpeza.

Deve ser assegurado que todos os documentos e materiais de embalagem destinados ao

acondicionamento estão à disposição. Por fim, o TF deve respeitar a regra de que se

utilizem primeiro os materiais de embalagem e as matérias-primas cuja validada caduca

em primeiro lugar.

Seguidamente, o manipulado deve ser preparado segundo as Boas Praticas de

Manipulação de modo a garantir a boa qualidade final do medicamento manipulado. Por

fim, procede-se ao acondicionamento do manipulado e à emissão do rótulo. A

rotulagem deve descriminar o nome do doente (no caso de se tratar de uma fórmula

magistral), fórmula do manipulado, número de lote atribuído, prazo de utilização,

condições de conservação, eventuais instruções especiais como “uso externo” (em

fundo vermelho) ou “agitar antes de usar”., via de administração, posologia e

identificação da farmácia e do DT. Por cada medicamento manipulado deve ser

preenchida a respetiva ficha de preparação (anexo XXI), em simultâneo com a

realização das diferentes operações. A verificação de um medicamento manipulado

deve ser sempre feita por uma pessoa diferente daquela que o preparou. A farmácia

deve ter um sistema de atribuição de número de lote, assegurando que dois manipulados

diferentes não têm nunca o mesmo número de lote. Estes registos devem manter-se na

farmácia por um período mínimo de três anos. [17;18]

7.2. Regime de preços e comparticipações

Nos termos do artigo 1º da Portaria 769/2004, de 1 de Julho, o cálculo do PVP

dos medicamentos manipulados por parte das farmácias é efetuado com base no valor

dos honorários da preparação (a), no valor das matérias-primas (b) e no valor dos

materiais de embalagem (c). Nos termos do artigo nº 5 da mesma portaria, o valor

resultante do somatório das parcelas anteriores deve ser multiplicado por 1,3,

acrescendo, por fim o valor do IVA (atualmente de 6%).

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(Valor dos honorários + Valor das matérias-primas + Valor dos materiais de

embalagem) x 1,3 + IVA (6%)

(a) Cálculo dos honorários de preparação - é efetuado, multiplicando um fator

(F) que é atualizado anual e automaticamente na proporção do crescimento

do índice de preços ao consumidor divulgado pelo Instituto Nacional de

Estatística (INE) por outro (dependente da forma farmacêutica e da

quantidade a preparar). O fator em vigor este ano é de 4.57.

(b) Cálculo do valor das matérias-primas - é obtido com base no respetivo valor

de aquisição (após dedução do IVA), o qual é multiplicado por um fator que

varia desde 1,3 (Quilograma) a 2,8 (Centigrama), consoante a maior das

unidades que forem utilizadas.

(c) Cálculo do valor dos materiais de embalagem - é estabelecido pelo valor de

custo do mesmo (após dedução do IVA) multiplicado por 1,2.

O preço total do manipulado é dado pelo somatório de (a), (b) e (c), multiplicado

por 1,3 e acrescido da taxa de IVA: [30]

(anexo XXII)

O regime de comparticipação dos medicamentos manipulados é estabelecido no

DL nº 106-A/2010, de 1 de Outubro, sendo que a comparticipação é feita sobre aqueles

que constem em lista a aprovar anualmente e é de 30%. [15]

8. RECEITUÁRIO/FATURAÇÃO

8.1. Conferência e correção

Após a dispensa dos medicamentos de uma receita médica, é necessário

introduzir o organismo comparticipador (através de um número previamente definido).

A identificação e introdução correta do organismo são de extrema importância pois,

consoante o organismo, os medicamentos tem percentagens de comparticipação

distintas. Após o final da venda é atribuído a cada receita, por organismo e de forma

sequencial pelo sistema informático, um número de receita, um número de lote e uma

letra de série (atribuída uma a cada mês, sendo que todas as receitas do mesmo mês

possuem a mesma letra), informação esta que é impressa no verso da receita médica,

acompanhada do código e da designação do organismo comparticipante.

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Na FIGP, findo o atendimento as receitas são arquivadas por organismos para

serem posteriormente conferidas.

8.2. Processo mensal de envio do receituário

Depois de conferido e corrigidos eventuais erros, o receituário é separado por

organismos de comparticipação e agrupado em lotes de 30 receitas, devidamente

ordenados.

No final do mês procede-se à emissão dos respetivos verbetes identificativos de

lotes, bem como ao fecho de todos os lotes para que seja iniciada uma nova série (no

mês seguinte). Caso um lote não esteja completo (número de receitas inferior a 30), o

procedimento de emissão de verbete e fecho do mês mantêm-se.

O verbete consiste num resumo das receitas que constituem o lote, que é

carimbado e colocado dobrado sobre as receitas que lhe correspondem, com o auxílio de

um elástico. O verbete contém o nome e o código da farmácia atribuído pelo

INFARMED; o mês e o ano a que se refere; a entidade comparticipadora; o código, o

tipo e o número sequencial do lote (no total dos lotes entregues no mês); a quantidade

de embalagens, de receitas e o valor total do PVP; os encargos dos doentes e das

entidades comparticipadoras.

Para cada conjunto de lotes é impressa a relação resumo de lotes que descrimina

o nome e o código da farmácia atribuído pelo INFARMED; o mês e o ano a que se

refere; o número da folha (relativo ao total de folhas da relação resumo de lotes); dados

informativos separados por lotes (transcritos dos respetivos verbetes de identificação); o

código, o tipo e o número sequencial do lote (no total de lotes entregues no mês); a

importância total dos lotes correspondente ao PVP; a importância total dos lotes paga

pelos utentes e a importância total dos lotes a pagar pela entidade comparticipadora.

Para cada conjunto de organismos de uma mesma entidade comparticipadora

também é emitida uma fatura mensal, que contém o número e o código da farmácia

atribuído pelo INFARMED, o número da fatura, a data da fatura (correspondente ao

último dia do mês do fornecimento dos medicamentos), o número de identificação

fiscal, o total de lotes, a importância total correspondente ao PVP, aos utentes e à

entidade comparticipadora e a assinatura.

Os lotes de receitas cuja entidade comparticipadora é o SNS são levantados na

farmácia pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) a partir do dia 5 de

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cada mês, sendo acompanhados pelo verbete identificativo do lote (carimbado e

anexado ao lote respetivo) e pela relação/resumo de lotes (emitida em duplicado, sendo

que uma cópia fica arquivada na farmácia). A fatura mensal de medicamentos é emitida

em quadruplicado, sendo enviados o original e uma cópia para a ACSS juntamente com

a restante documentação, outra enviada para a ANF e outra arquivada na farmácia

(contabilidade).

Os lotes faturados a outros organismos comparticipadores, que não o SNS, são

enviados diretamente para a ANF, separados por entidade comparticipadora e

acompanhados de 3 vias dos documentos acima referidos, sendo que a fatura mensal de

medicamentos, nestes casos, é emitida em quadruplicado, ficando uma das cópias

arquivada na farmácia. [34]

9. CUIDADOS DE SAÚDE E AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E

FISIOLÓGICOS

As farmácias foram evoluindo na prestação de serviços de saúde e, de meros

locais de dispensa de medicamentos e da produção de medicamentos manipulados para

uso humano e veterinário, transformaram-se em importantes espaços de saúde,

reconhecidos pelos utentes.

Os cuidados de saúde englobam todas as atividades centradas no utente e que

têm como objetivo a melhoria do seu estado clínico e o seguimento da sua

farmacoterapia. A portaria nº 1429/2007, de 2 de Novembro, define diversos serviços

que as farmácias poderão prestar aos utentes, promovendo a sua saúde e o seu bem-

estar. São eles: apoio domiciliário, administração de primeiros socorros, administração

de medicamentos, utilização de meios auxiliares de diagnóstico e de terapêutica,

administração de vacinas não incluídas no Plano Nacional Vacinação, programas de

cuidados farmacêuticos, campanhas de informação e colaboração em programas de

educação para a saúde. [1;36]

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9.1. Parâmetros avaliados na Farmácia Instituto Galénico Português

Na FIGP é possível avaliar-se os seguintes parâmetros:

- Pressão arterial;

- Colesterol total/Triglicerídeos;

- HDL;

- LDL;

- Níveis de glicémia;

- Ácido úrico;

- Peso e altura;

- Relação peso/altura e Índice de Massa Corporal (IMC);

No entanto, eu apenas tive a oportunidade de avaliar o Colesterol Total, Nível de

Glicémia, Ácido Úrico e Pressão Arterial.

9.2. VALORMED

A VALORMED foi licenciada pelos Ministérios do Ambiente e da Economia

para a gestão do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens de

Medicamentos – SIGREM. As Farmácias colaboram na recolha de resíduos de

medicamentos, contribuindo para o uso racional do medicamento e para a prevenção de

danos ambientais.

Embora o Setor do Medicamento represente menos de 0,5% dos Resíduos

Sólidos Urbanos, o projeto VALORMED justifica-se em termos de saúde pública e

ambiental, uma vez que a manipulação dos medicamentos exige cuidados nos respetivos

resíduos. Assim, os resíduos de medicamentos são recolhidos através de um sistema

seguro, em contentores devidamente identificados e invioláveis (ver anexo XXIII). O

material recolhido é objeto de um processo de triagem, sendo reencaminhados para

reciclagem todo o material de embalagem suscetível deste tipo de tratamento ambiental

[45]; [46]

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10. FARMACOVIGILÂNCIA

A Farmacovigilância é uma área de estudo e de intervenção em defesa do

consumidor e da Saúde Pública que visa melhorar a qualidade e a segurança dos

medicamentos, através da deteção, avaliação e prevenção de reações adversas aos

medicamentos (RAM).

O Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF) foi implementado em 1992 e é

regulamentado pelo DL nº 176/2006, de 30 de Agosto. O INFARMED é a entidade

responsável pelo acompanhamento, coordenação e aplicação do mesmo.

De acordo com a Portaria nº 271/2003, de 5 de Fevereiro, o SNF deve recolher,

avaliar e divulgar a informação sobre as suspeitas de reações adversas a medicamentos,

exercer a vigilância de ensaios clínicos através da colheita, registo e avaliação dos

acontecimentos adversos ocorridos durante os mesmos, analisar a existência de relações

de causalidade entre os medicamentos e as reações ocorridas, assegurar a identificação

precoce dos problemas de segurança que possam ocorrer com a utilização de

medicamentos, coordenar as atividades das unidades de Farmacovigilância que integram

o SNF, assegurar a articulação com os sistemas de informação nacionais e europeus no

âmbito das suas competências, e garantir o relacionamento com o grupo de

Farmacovigilância da EMA (“European Medicines Agency”) e com os centros de

Farmacovigilância de outras agências do medicamento; propor e implementar medidas

de segurança.

Os profissionais de saúde como os médicos, farmacêuticos e enfermeiros têm a

responsabilidade de notificar quer as reações adversas graves, quer as inesperadas. O

método de notificação mais utilizado em Portugal é o da notificação espontânea de

RAM, o qual consiste na notificação voluntária pelos profissionais de saúde. A

notificação pode ser efetuada utilizando as fichas de notificação disponibilizadas para o

efeito, por contacto telefónico ou pelo envio da informação por fax ou por e-mail. [2;14;

49]

Durante o meu estágio na FIGP não surgiu a oportunidade de fazer o registo de

RAM.

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11. QUALIDADE

Qualidade entende-se pelo conjunto de características de uma empresa que lhe

conferem a capacidade de satisfazer as necessidades e corresponder às expectativas dos

seus clientes. São objetivos da qualidade, a organização, a normalização, a prevenção, a

gestão, a melhoria e a satisfação. Através de um sistema de gestão da qualidade (SGQ),

uma empresa consegue otimizar os serviços que presta a todos os níveis, o que se irá

naturalmente refletir no nível de satisfação dos seus clientes, maximizando os

resultados. Ao nível da farmácia comunitária, o SGQ é muito sustentado pelas Boas

Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária (BPF). As BPF são o sistema de

qualidade da Ordem dos Farmacêuticos (OF), constituindo uma estrutura documental

em que as Boas Práticas de cada área de atividade são o ponto de partida para a

elaboração de procedimentos operativos normalizados e de normas de orientação

clínica.

Mesmo não sendo uma farmácia certificada, a FIGP cumpre muitos dos

requisitos constantes das BPF, tanto a nível das instalações e equipamentos como a

nível dos recursos humanos, procurando sempre melhorar o desempenho da sua equipa

no sentido de obter a máxima satisfação e a fidelização dos seus utentes. [2]

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12. CONCLUSÃO

O estágio em farmácia comunitária permitiu estabelecer uma ponte entre a vida

académica e profissional, tendo contribuído para a consciencialização do papel do TF

como profissional de saúde. Foi uma fase de formação e aprendizagem constantes,

revelando todo o funcionamento de uma farmácia e a relevância do TF comunitário na

saúde e bem-estar do utente, ao manter com este uma relação próxima, direta e

permanente e intervindo de forma direta no seu aconselhamento e acompanhamento.

A atividade farmacêutica, no que diz respeito ao atendimento ao público, requer

não só competências técnicas e científicas, mas também comunicativas e sociais, sendo

estas últimas resultado da experiência diária, com vista a um atendimento de qualidade,

que se traduz na adesão do utente à terapêutica e à farmácia. A experiência, a atitude

responsável e assertiva, merecedora da confiança do utente, a par de uma aprendizagem

contínua são fundamentais para o correto exercício da profissão.

O meu estágio na FIGP foi bastante gratificante e apenas retiro aspetos positivos,

pela contínua aprendizagem, pelos desafios diários que foram ultrapassados, pela noção

de profissionalismo que me foi transmitida e por todo o apoio prestado pela equipa da

farmácia, tendo sido brindada com um excelente ambiente de trabalho no qual a

simpatia, a amabilidade, a cooperação e a entreajuda são uma constante.

Considero que este estágio decorreu da melhor forma possível e me preparou

para encarar o futuro e a profissão com a motivação e coragem necessárias para

ultrapassar os constantes desafios!

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13. BIBLIOGRAFIA

[1]http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst_09/defaultCategoryViewOne.asp

?categoryId=1909

[2] Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária – 3ª edição; 2009;

Ordem dos Farmacêuticos

[3] DL nº 307/2007, de 31 de Agosto

[4] Deliberação nº 2473/2007, de 28 de Novembro

[5] DL nº 53/2007, de 8 de Março

[6] http://www.anf.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=38&Itemid=120

[7]http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid//ofWebInst_09/defaultCategoryViewOne.as

p?categoryId=1929

[8]http://www.minsaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/medicamentos/INF

ARMED_cimi.htm

[9] http://www.inem.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=41918

[10] http://www.lef.pt

[11] http://www.eurekasante.fr/medicaments/vidal-famille/medicament-ohexat01-

HEXATRIONE.html

[12] http://www.vidal.fr/Medicament/hexatrione-8211.htm

[13] DL nº 48-A/2010, de 13 de Maio

[14] DL nº 176/2006, de 30 de Agosto

[15] DL nº 106-A/2010, de 1 de Outubro

[16] Lei nº 25/2011, de 16 de Junho

[17] DL nº 95/2004, de 22 de Abril

[18] Portaria nº 594/2004, de 2 de Junho

[19] DL nº 189/2008, de 24 de Setembro

[20] DL nº 227/1999, de 22 de Junho

[21] DL nº 232/1999, de 24 de Junho

[22] DL nº 148/2008, de 29 de Julho

[23] http://www.anf.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=838

[24] DL nº 145/2009, de 17 de Junho

[25] Portaria nº 1501/2002, de 12 de Dezembro

[26] Portaria nº 193/2011, de 13 de Maio

[27] Portaria nº 198/2011, de 18 de Maio

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[28] Despacho nº 9187/2011, de 21 de Julho

[29] DL nº 15/93, de 22 de Janeiro

[30] Portaria nº 769/2004, de 1 de Julho

[31] Despacho nº 18694/2010, de 18 de Novembro

[32] Portaria nº 1474/2004, de 21 de Dezembro

[33] Portaria nº 393/2005, de 5 de Abril

[34] Portaria nº 3-B/2007, de 2 de Janeiro

[35] Despacho nº 17690/2007, de 10 de Agosto

[36] Portaria nº 1429/2007, de 2 de Novembro

[37] MADEIRA, A., et al.; Check-saúde: Guia prático, Risco cardiovascular; ANF;

2008

[38] http://www.medscape.com/pharmacists

[39] http://www.who.int/topics/diabetes_mellitus/en/

[40] Manual de Instruções do CR3000

[41] SANTOS, R.; Guia Prático: Intervenção farmacêutica na obesidade; ANF; 1ª

edição, 2007

[42] http://gravidez.awardspace.com/exame-hcg-como-funciona-tabela-hcg-bhcg.html

[43] http://www.predictor.be/pt/products/pregnancy_test.asp

[44] http://www.afplp.org/xfiles/scContentDeployer_pt/docs/articleFile185.pdf

[45]http://www.anf.pt/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=99&Ite

mid=100

[46]http://www.valormed.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=26&Ite

mid=84

[47]http://www.valormed.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=190:pro

cessofarm&catid=78:processo&Itemid=166

[48] http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p490p174&l=1

[49] Portaria nº 271/2003, de 5 de Fevereiro

[50]http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PERGUNTAS_FREQUEN

TES/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/MUH_FARMACOVIGILANCIA#P4

[51] DL n.º 209/94, de 6 de Agosto

[52] Portaria n.º 348/98, de 15 de Junho

[53] DL n.º 15/93, de 22 de Janeiro

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ANEXOS

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ANEXO I – Espaço externo da farmácia

ANEXO II - Zona de atendimento ao público

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ANEXO III- Contentor da VALORMED

ANEXO IV- Cadeiras que permitem o repouso dos utentes durante o tempo de espera

para o atendimento

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ANEXO V- Balança altimétrica

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ANEXO VI- Produtos de veterinária

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ANEXO VII- Gavetas deslizantes

ANEXO VIII- Frigorífico onde são armazenados os medicamentos sujeitos a condições

de temperatura especiais

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ANEXO IX- Laboratório

ANEXO X- Ficha de movimentos de matérias-primas

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ANEXO XI- Gabinete da Diretora Técnica

ANEXO XII – Gabinete de atendimento personalizado

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ANEXO XIII- Exemplo de fatura de uma encomenda que tive oportunidade de

rececionar

ANEXO XIV- Documento relativo à margem de comercialização dos medicamentos

estipulada por lei

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ANEXO XV- Exemplo de uma nota de devolução

ANEXO XVI- Exemplo de uma nota de crédito

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ANEXO XVII- Modelo de receita médica manual

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ANEXO XVIII- Modelo de receita médica eletrónica

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ANEXO XIX- Receita médica não renovável

ANEXO XX- Modelo de receita médica renovável

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ANEXO XXI- Ficha de preparação de uma Solução de Minoxidil a 5%

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ANEXO XXII- Documento relativo ao cálculo do preço de venda dos

medicamentos/produtos manipulados

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