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Ministério da Defesa Departamento de Controle do Espaço Aéreo
Relatório de Desempenho Operacional
TERMINAL BELO HORIZONTE
| 2019 |
RELATÓRIO DE DESEMPENHO OPERACIONAL DA
TERMINAL BELO HORIZONTE
Este relatório apresenta uma análise de desempenho operacional do DTCEA-CF com
foco na Área de Controle Terminal de Belo Horizonte e no Aeroporto Internacional
de Confins.
O objetivo principal desse estudo foi servir como um primeiro estudo de caso para
aplicação de indicadores operacionais que estão em desenvolvimento pelo Grupo de
Trabalho de Indicadores Operacionais para o SISCEAB, conduzido pelo ICEA e
gerenciado pela APLOG.
Com esse trabalho obteve-se resultados de indicadores para o caso do DTCEA-CF,
além de identificar necessidades para obtenção de dados, padronização de
informação e definições importantes para medições do SISCEAB.
O período de desenvolvimento do estudo de caso de do DTCEA-CF ocorreu durante
todo o ano de 2018.
Este trabalho foi conduzido pelo ICEA e supervisionado pelo SDOP e aprovado pelo
VICEA.
Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2018.
Robson Louzada de Lima Ferreira Cel Av
Diretor do ICEA
Ary Rodrigues Bertolino Brig do Ar Chefe do SDOP
Leônidas de Araújo Medeiros Junior Maj Brig do Ar
Vice-Diretor do DECEA
2
DESCRIÇÃO DO DOCUMENTO Título do Documento
Relatório de Desempenho Operacional da Terminal Belo Horizonte (2018) PROGRAMA DE
REFERÊNCIA EDIÇÃO DATA DA EDIÇÃO
Grupo de Trabalho Indicadores Operacionais
Estudo Proposta 14 DEZ 2018
SUMÁRIO Este relatório do grupo de Trabalhos Indicadores Operacionais apresenta uma análise preliminar da performance do DTCEA-CF com foco nas Áreas Principais de Performance de Eficiência, Segurança, Capacidade, Meio ambiente e Custo Benefício.
Palavras chaves Gerenciamento de Tráfego Aéreo
Medidas de Performance
Indicadores de Performance
ATM TMA-BH SBCF CONTATO
APLOG -DECEA Praça Sen. Salgado Filho, 896/928 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20021-340 TCel Av R1 Hygino Lima Rolim Tel: +55 21 2101 6307 Email: [email protected]
ELABORADO POR TCel Av R1 Hygino Lima Rolim Maj Esp CTA Fernando Garcia Pfutze Cap Esp CTA Ricardo Silva de Oliveira 1º Ten Eng Rafael de Araújo Almeida 1º Ten Est Camila da Silva 2° Ten Esp CTA Ivanelson Lobato dos Santos SO BCT Marco Antônio Rodrigues Corrêa 2S BCT Pedro Ivo Santos Ribeiro 2S BCT Nelson Junior do Amaral 2S BCT Thiago Sandei de Oliveira CV DACTA Est Adriano Duarte da Silva CV Leonardo Silva de Barros Ribeiro
REVISADO POR Maj Av Hugo Dominato Rossi
COORDENADO POR TCel Av R1 Hygino Lima Rolim
STATUS E TIPO DOS DOCUMENTOS STATUS DISTRIBUIÇÃO
Draft Edição Proposta Edição Revisada
(X) (X) (X)
Ostensiva DECEA Restrita
(X) (X) (X)
NOME DE REFEREÊNCIA INTERNO: RDOT 01 V1.1
3
SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. 5
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................. 6
SIGLAS ...................................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................10
1.1. Sobre este relatório ..................................................................................................... 10
1.2. Escopo do relatório ..................................................................................................... 10
1.3. Fonte de dados ............................................................................................................ 12
1.4. KPA e KPI ..................................................................................................................... 13
1.5. Estrutura do relatório .................................................................................................. 16
2. VISÃO GERAL DA TMA-BH ....................................................................................................17
2.1. APP-BH ........................................................................................................................ 17
2.2. Aeroporto Internacional de Confins ............................................................................ 19
2.3. Dados básicos .............................................................................................................. 21
2.4. Características dos ATCO ............................................................................................. 22
2.5. Evolução do tráfego .................................................................................................... 24
2.6. Variabilidade de tráfego .............................................................................................. 27
2.7. Meteorologia ............................................................................................................... 28
3. Indicadores ATM .......................................................................................................................31
3.1. KPI 01 – PONTUALIDADE DE PARTIDA......................................................................... 31
3.2. KPI 02 – TEMPO ADICIONAL DE TAXI-OUT .................................................................. 35
3.3. KPI 06 – CAPACIDADE DO ESPAÇO AÉREO .................................................................. 39
3.4. KPI 09 – CAPACIDADE DE CHEGADA DO AEROPORTO ................................................ 41
3.5. KPI 10 – TAXA PICO DE CHEGADA DO AEROPORTO .................................................... 41
3.6. KPI 13 – TEMPO ADICIONAL DE TAXI-IN ...................................................................... 42
3.7. KPI 14 – PONTUALIDADE DE CHEGADA ....................................................................... 46
3.8. KPI 15 – VARIABILIDADE DO TEMPO DE VOO ............................................................. 50
3.9. ID BR 01 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE ............................................. 52
3.10. ID BR 02 – TEMPO DE CHEGADA NA TERMINAL ..................................................... 53
3.11. ID BR 03 – TEMPO DE SAÍDA NA TERMINAL ............................................................ 54
3.12. ID BR 04 – HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO ATC X QUANTIDADE DO
EFETIVO 54
3.13. ID BR 05 – HORAS DO EFETIVO DO ÓRGÃO X HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO
ÓRGÃO 56
3.14. ID BR 06 – RELAÇÃO ENTRE HORAS DE LOGIN X HORAS ATCO ............................... 57
3.15. ID BR 07 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE NO SETOR ........................ 59
4
4. CONCLUSÕES ..............................................................................................................................59
5. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................61
6. ANEXO A – DETALHAMENTO INDICADORES ................................................................62
6.1. KPI 01 – PONTUALIDADE DE PARTIDA......................................................................... 62
6.2. KPI 02 - TEMPO ADICIONAL DE TAXI-OUT ................................................................... 65
6.3. KPI 06 – CAPACIDADE DO ESPAÇO AÉREO .................................................................. 68
6.4. KPI 09 – CAPACIDADE DE CHEGADA DO AEROPORTO ................................................ 70
6.5. KPI 10 – TAXA PICO DE CHEGADA DO AEROPORTO .................................................... 73
6.6. KPI 11 – UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE DE CHEGADA ................................................. 75
6.7. KPI 13 – TEMPO ADICIONAL DE TAXI-IN ...................................................................... 77
6.8. KPI 14 – PONTUALIDADE DE CHEGADA ....................................................................... 80
6.9. KPI 15 – VARIABILIDADE DO TEMPO DE VOO ............................................................. 83
6.10. ID BR 01 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE DE PISTA .......................... 85
6.11. ID BR 02 – TEMPO DE CHEGADA NA TERMINAL ..................................................... 86
6.12. ID BR 03 – TEMPO DE SAÍDA NA TERMINAL ............................................................ 89
6.13. ID BR 04 – HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO X QUANTIDADE DE EFETIVO 91
6.14. ID BR 05 – HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO X QUANTIDADE DE HORAS DO
EFETIVO DO ÓRGÃO ................................................................................................................ 94
6.15. ID BR 06 – RELAÇÃO ENTRE HORAS DE LOGIN X HORAS ATCO ............................... 98
6.16. ID BR 07 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE NO SETOR ...................... 101
5
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Croqui da TMA-BH ........................................................................................................................ 11
Figura 2 - Setorização da TMA-BH ............................................................................................................... 18
Figura 3 - Uso das cabeceiras ......................................................................................................................... 20
Figura 4 - Evolução do efetivo ....................................................................................................................... 22
Figura 5 - Efetivo ATCO x Graduação .......................................................................................................... 22
Figura 6 - Supervisores X Tempo de Serviço no Órgão ....................................................................... 23
Figura 7 - Instrutores X Tempo de Serviço no Órgão ........................................................................... 23
Figura 8 - ATCO x Nível de inglês ................................................................................................................. 24
Figura 9 - Evolução dos movimentos em SBCF ...................................................................................... 25
Figura 10 - Média Diária de Movimentos por Dia da Semana de SBCF ........................................ 27
Figura 11 - Total de Movimentos da Aviação Comercial por Mês em SBCF ............................... 28
Figura 12 - Total de Movimentos da Aviação Geral por Mês em SBCF ......................................... 28
Figura 13 - Média mensal de ocorrência de nevoeiro em Confins entre 2015 e 2017 .......... 30
Figura 14 - Média mensal de ocorrência de trovoada em Confins entre 2015 e 2017 .......... 31
Figura 15 - Gráfico decolagens X pontualidade ...................................................................................... 33
Figura 16 - Gráfico de pontualidade das decolagens por parâmetro ............................................ 33
Figura 17 - Distribuição de pontualidade das decolagens ................................................................. 33
Figura 18 - KPI 01 de diferentes bases ...................................................................................................... 35
Figura 19 - Média do tempo adicional de Taxi-out por mês para a cabeceira 16 .................... 36
Figura 20 - Distribuição do tempo de taxi-out para a cabeceira 16 ............................................... 37
Figura 21 - Média do tempo adicional de taxi-out por cia aérea para a cabeceira 16 ............ 37
Figura 22 - Média do tempo adicional de Taxi-out por mês para a cabeceira 34 .................... 37
Figura 23 - Distribuição do tempo de taxi-out para a cabeceira 34 ............................................... 38
Figura 24 - Média do tempo adicional de taxi-out por cia aérea para a cabeceira 34 ............ 38
Figura 25 - Setorização da TMA-BH ............................................................................................................ 39
Figura 26 - KPI 10 mensal ao longo do ano .............................................................................................. 42
Figura 27 - Tempo adicional de taxi-in por cia aérea (fonte: BH Airport) .................................. 43
Figura 28 - Gráficos de tempo de taxi-in com fonte no TATIC FLOW ........................................... 44
Figura 29 - Gráficos de tempo de taxi-in com fonte da BH Airport ................................................ 45
Figura 30 - Tempo médio de taxi-in por gate (fonte: BH Airport) ................................................. 46
Figura 31 - Pontualidade de chegada por faixa de pontualidade (fonte: BH Airport) ........... 47
Figura 32 - Gráficos de pontualidade obtidos com TATIC FLOW ................................................... 48
Figura 33 - Gráficos de pontualidade obtidos com a BH Airport .................................................... 49
Figura 34 - Tempos médios de voo com destino SBCF........................................................................ 51
Figura 35 - Tempos médios de voo com origem em SBCF ................................................................. 52
Figura 36 - Média do Indicador ID BR 01 por faixa horária .............................................................. 53
Figura 37 - Indicador ID BR 04 para APP-BH .......................................................................................... 55
Figura 38 - Indicador ID BR 04 para a TWR-CF ..................................................................................... 55
Figura 39 - Indicador ID BR 05 para a APP-BH ..................................................................................... 57
Figura 40 - Indicador ID BR 05 para a TWR-CF ..................................................................................... 57
Figura 41 - Indicador ID BR 06 para a APP-BH ...................................................................................... 58
Figura 42 - Indicador ID BR 06 para a TWR-CF ..................................................................................... 58
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Aeroportos na TMA-BH ............................................................................................................... 11
Tabela 2 – Descrição dos indicadores ........................................................................................................ 15
Tabela 3 - Divisão dos setores da TMA-BH .............................................................................................. 17
Tabela 4 - Mix de Aeronaves na TMA-BH ................................................................................................. 18
Tabela 5 - Mix de Aeronaves de SBCF......................................................................................................... 20
Tabela 6 - Visão geral do SISCEAB ............................................................................................................... 21
Tabela 7 - Total de Movimentos Anual de SBCF (Pousos + Decolagens + Cruzamentos +
TGL) .......................................................................................................................................................................... 24
Tabela 8 - Movimentos Nacionais e Internacionais Comerciais ...................................................... 25
Tabela 9 - Movimentos Nacionais por região .......................................................................................... 25
Tabela 10 - Movimentos Internacionais por região ............................................................................. 26
Tabela 11 - Movimentos Nacionais e Internacionais da Aviação Geral ........................................ 26
Tabela 12 - Movimentos Nacionais da Aviação Geral por região .................................................... 26
Tabela 13 - Movimentos Asa Fixa e Rotativa da Aviação Geral ....................................................... 27
Tabela 14 - Variante do indicador ............................................................................................................... 31
Tabela 15 - KPI 01: Dado X Fonte ................................................................................................................. 32
Tabela 16 - Capacidade de setor ATC ......................................................................................................... 40
Tabela 17 - Capacidade de pista de SBCF.................................................................................................. 41
Tabela 18 - Variante do indicador ............................................................................................................... 46
Tabela 19 - KPI 14: Dado x Fonte ................................................................................................................. 47
7
SIGLAS
ACC Area Control Centre
A-CDM Airport Collaborative Decision Making
ACFT Aircraft
AD Aerodrome
AIBT Actual In-Block Time
ALDT Actual Landing Time
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
ANS Air Navigation Service
AOBT Actual Off-Block Time
APLOG Assessoria de Planejamento, Orçamento e Gestão
APP Approach control
ARR Arrival
ASBU Aviation System Block Upgrade
ATC Air Traffic Control
ATCO Controlador de Tráfego Aéreo
ATFM Air Traffic Flow Management
ATM Air Traffic Management
ATOT Actual Take-Off Time
ATS Air Traffic Services
BDC Banco de Dados Climatológicos
BHR Busy Hour Rate
BIMTRA Banco de Informações de Movimento de Tráfego Aéreo
CGNA Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea
CHS Capacidade Horário do Setor
CI Código de Identificação do Indicador
CINDACTA I Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego
Aéreo
CTP Capacidade Teórica de Pista
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DEP Departure
DT Delta tempo de voo na TMA
8
DTCEA-CF Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Confins
EEAR Escola de Especialistas de Aeronáutica
EIBT Estimated In-Block Time
ELDT Estimated Landing Time
EOBT Estimated off-block time
ETA Estimated time of arrival
FAF Final Approach Fix
FIR Flight Information Region
FL Flight Level
GANP Global Air Navigation Plan
HE Hora de escala
HL Hora Logada
HTM Hora de entrada na terminal
ICA Instrução do Comando da Aeronáutica
ICAO International Civil Aviation Organization
ICEA Instituto de Controle do Espaço Aéreo
ID Indicador
IF Intermediate Approach Fix
IFR Instrument Flight Rules
ILS Instrument Landing System
INF Informação
KPA Key Performance Area
KPI Key Performance Indicator
MCA Manual do Comando da Aeronáutica
Npico Número Pico
Nref Número de Referência
PBA Performance-Based Approach
PLN Plano de voo
PRU Performance Unit Review
PSNA Provedor de Serviços de Tráfego Aéreo
RMS Report Management System
RWY Runway
9
SAGITARIO Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego
Aéreo e Relatório de Interesse Operacional
SBCF Aeroporto Internacional Tancredo Neves
SDOP Subdepartamento de Operações do DECEA
SGPO Sistema de Gerenciamento de Pessoal Operacional
SGTC Sistema de Gerenciamento de Torre de Controle
SID Standard Instrument Departure
SISCEAB Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro
SRPV-SP Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo
STAR Standard Instrument Arrival
STDMA Sistema de Tratamento de Dados de Movimento de Aeródromos
TATIC Total Air Traffic Information Control
TGL Toque e arremetida
TMA Terminal Control Area
TMA-BH Área de controle terminal de Belo Horizonte
TMST Tempo médio ponderado entre dois pousos consecutivos
TRef Tempo de Referência
TWR-CF Torre de controle de aeródromo de Confins
TWY Taxiway
UTC Universal Time Coordinated
VFR Visual Flight Rules
VHF Very High Frequency
10
1. INTRODUÇÃO
1.1. Sobre este relatório
Este relatório apresenta os resultados obtidos do estudo de caso realizado no APP-
BH e na TWR-CF para auxiliar na especificação dos indicadores do macroprocesso
ATM, na definição dos sistemas de coleta de dados e do processo de automação, em
suporte ao empreendimento de Gestão por desempenho do Programa SIRIUS, do
DECEA.
Seus resultados são fruto da análise de dados realizada pelos representantes do
SDOP, ICEA, CGNA, SRPV-SP, DTCEA-CF e APLOG, relativos ao período de 1º de
novembro de 2017 a 31 de outubro de 2018 para atender aos seguintes objetivos
específicos:
a) Definir a metodologia de indicadores ATM para o DECEA;
b) Definir o processo de coleta de dados para os indicadores do ASBU, da ICAO;
c) Definir os eventos relevantes para as metodologias dos indicadores e as
respectivas fontes de dados fidedignas; e
d) Avaliar os desenvolvimentos necessários para a integração entre os sistemas
de Torre de Controle – TWR e de Controle de Aproximação – APP.
1.2. Escopo do relatório
Este estudo contempla o controle de área terminal de Belo Horizonte (TMA-BH), a
qual é representada na Figura 1, na qual é possível observar o esboço da área
geográfica horizontal da TMA-BH e os aeródromos públicos e privados que estão
dentro dos limites horizontais da TMA-BH.
A Tabela 1 por sua vez apresenta a lista de todos os aeródromos, públicos e privados,
inseridos nos limites laterais da TMA-BH. Dessa lista, o Aeródromo mais importante
e objeto de estudo desse relatório é o Aeroporto Internacional da Confins (SBCF).
Nessa tabela também é possível observar o percentual de movimentos dos
aeródromos em relação ao total de movimentos nos aeródromos contidos nos
limites laterais da TMA-BH. O período analisado dessa tabela foi de 07 DEZ 2017 a
08 JUN 2018, da fonte RMS. Verifica-se dessa forma que o Aeroporto Internacional
de Confins é o mais relevante em termos de movimentos, com 92,1% tráfego da
TMA-BH.
11
Figura 1 – Croqui da TMA-BH
Tabela 1 - Aeroportos na TMA-BH
REGIONAL COD ICAO
AERÓDROMO TIPO % Mov na TMA
CINDACTA I
SBBH PAMPULHA Público 1,4% SBCF CONFINS Público 92,1% SBPR CARLOS PRATES Público 4,4% SNPA PARÁ DE MINAS Público 2,0% SBLS LAGOA SANTA Militar 1,2% SDGM FAZENDA MUCAMBO Privado - SDJR JN RESORT Privado 0,2%
SIVJ CIRRUS SOCIEDADE AERODESPORTIVA
Privado -
SJQT HARAS RPC Privado 0,2% SNLG SERRA DO CIPÓ Privado 0,2% SNXI ALBERTO RAMOS Privado -
12
REGIONAL COD ICAO
AERÓDROMO TIPO % Mov na TMA
SWPS FAZENDA DAS PEROBAS Privado - SWZT FAZENDA DO BREJO Privado 0,1%
1.3. Fonte de dados
As fontes de dados disponíveis foram aquelas provenientes de sistemas e órgãos do
SISCEAB, tais como:
• TATIC FLOW: dados de 33 aeroportos relacionadas aos movimentos de solo,
pouso e decolagem. Inclui assim as fases de Pushback, Taxi-Out, Take-Off,
Landing, Taxi-In, etc. Sendo o período dos dados de 01 NOV 17 a 31 OUT 18.
• SAGITARIO: dados do RMS do sagitário da TMA-BH. É possível obter dados
de plano de voo, sobrevoo, mensagens ATS, conflitos, etc. Foram copiadas
254 tabelas ao todo. O período obtido de dados é de 07 DEZ 17 a 06 JUN 18.
• STDMA: dados de 33 aeroportos relacionados aos movimentos de
aeródromo, pouso e decolagem, e de cruzamento de pista, como toque-
arremetida e sobrevoo. Para este relatório só serão utilizados dados de pouso
e decolagem. Possui dados validados desde 2010. Neste relatório não foram
utilizados dados do STDMA.
• BH Airport: dados do aeroporto de Confins/MG relacionados aos
movimentos de solo, pouso e decolagem. Inclui as fases de Pushback, Taxi-
Out, Take-Off, Landing e Taxi-In. No entanto, existe uma restrição do período
dos dados que é de 01 JAN 18 a 31 MAI 18 para dados de EOBT, AOBT, EIBT
e AIBT. Enquanto que há dados gerais de solo para o período de 01 a 31 MAIO
2018.
• BIMTRA: banco de dados de tarifação do DECEA. Esse banco conta com
informações de movimento de pouso e decolagem de mais de 180
aeroportos, além de informações de sobrevoo. Neste relatório não foram
utilizados dados do BIMTRA.
• SETA MILLENNIUM: banco de dados que importa informações do SGTC e
TATIC (e suas versões) para realizar estatísticas de movimento de
aeroportos e espaço aéreo. Conta com mais de 180 aeroportos, 42 TMA e 5
13
FIR. Possui dados validados desde 2011. Neste relatório não foram utilizados
dados do SETA MILLENNIUM.
• BDC: Banco de Dados Climatológico, que apresenta dados das estações
meteorológicas de superfície e altitude, operadas no âmbito do SISCEAB.
• SGPO: Sistema de Gerenciamento de Pessoal Operacional. Contém dados de
efetivo, nível de inglês, setor de trabalho, etc.
• CGNA: responsável por dados de capacidade de pista, capacidade de setores
do espaço aéreo e pelo anuário estatístico do SISCEAB.
• Publicações Aeronáuticas: dados das trajetórias, incluindo SID, STAR e
rotas utilizadas no planejamento dos voos, informações aeronáuticas (AIP
Brasil) divulgados no portal AIS do DECEA (AISWEB).
1.4. KPA e KPI
As áreas de desempenho, também denominadas KPA (Key Performance Area), são
uma maneira de categorizar assuntos de desempenho relacionados a ambições e
expectativas de alto nível. A ICAO definiu 11 KPAs: segurança (safety e security),
impacto ambiental, custo-benefício, capacidade, eficiência de voo, flexibilidade,
previsibilidade, acesso e equidade, participação e colaboração, interoperabilidade
(ICAO, 2009).
Uma breve descrição de cada área segue abaixo, as quais são apresentadas de
maneira completa no Doc 9854 (ICAO, 2005):
• Acesso e equidade – Um sistema de navegação aéreo (ANS) deve fornecer um
ambiente operacional que garante que todos os utilizadores do espaço aéreo
tenham o direito de acesso aos recursos ATM necessários de forma segura.
Deve ainda assegurar a equidade para todos os utilizadores do espaço aéreo
que tenham acesso a um determinado espaço aéreo ou serviço.
• Capacidade – O ANS deve explorar a capacidade inerente para atender a
demanda de usuários do espaço aéreo em horários de pico e locais enquanto
minimiza restrições sobre o fluxo de tráfego.
• Custo-benefício – O ANS deve ser rentável e ao mesmo tempo equilibrar os
diversos interesses da comunidade ATM. O custo do serviço para os
utilizadores do espaço aéreo deve ser sempre considerado quando se avalia
14
qualquer proposta para melhorar a qualidade do serviço ATM ou
desempenho do serviço ATM.
• Eficiência – Aborda a eficácia operacional e econômica das operações de voo
gate-to-gate. Os usuários do espaço aéreo querem partir e chegar no horário
selecionado e voar a trajetória ótima escolhida para cada fase de voo.
• Meio Ambiente – O ANS deve contribuir para a proteção do meio ambiente
levando em conta o ruído, as emissões de gases na atmosfera e outras
questões ambientais que podem ser oriundas da implantação e operação do
ANS.
• Flexibilidade – É a habilidade de todos os usuários do espaço aéreo modificar
dinamicamente as trajetórias de voo e ajustar horários de partida e de
chegada, de forma a explorar oportunidades operacionais em tempo real.
• Interoperabilidade – O ANS deve ser baseado em padrões globais e princípios
uniformes para assegurar a interoperabilidade técnica e operacional dos
sistemas de navegação aérea.
• Participação – A comunidade ATM deve estar envolvida no planejamento,
implementação e operação do sistema para garantir que a evolução do ANS
satisfaça as expectativas da comunidade ATM a nível global.
• Previsibilidade – É a capacidade dos usuários do espaço aéreo e dos
prestadores de serviço de navegação aérea (ANSP) de fornecer níveis
consistentes e confiáveis de desempenho. É ainda uma medida de variância
de atraso frente ao objetivo de desempenho. À medida que a variação do
atraso esperado aumenta, maior é a preocupação das companhias aéreas ao
desenvolver e operar seu cronograma de voos.
• Segurança (safety) – É a maior prioridade na aviação. O ATM desempenha
um papel importante no sentido de garantir a segurança global da aviação.
Normas de segurança uniformes e práticas de gerenciamento de risco e de
segurança devem ser aplicadas de forma sistemática para o ANS.
• Segurança (security) – Refere-se à proteção contra ameaças, que decorrem
de atos intencionais ou não intencionais contra a aeronave, as pessoas ou as
instalações em solo. O ANS deve ser protegido contra ameaças de segurança.
Os riscos e ameaças devem ser avaliados, de modo a garantir o acesso da
comunidade ATM sem prejuízo dos níveis aceitáveis de segurança.
15
A Abordagem com base no desempenho, também conhecida como PBA -
Performance-Based Approach, tem como base os seguintes princípios: foco nos
resultados através da adoção de objetivos e metas de desempenho, tomada de
decisão colaborativa impulsionada pelos resultados e dependência de fatos e dados.
O objetivo principal desse conceito busca um sistema mais seguro e eficiente através
da redução de custos e recursos, aplicação de práticas de cobrança mais equitativas
e provisão de serviços mais eficientes. De acordo com a metodologia da PBA, a
avaliação das realizações é periodicamente verificada através de uma revisão de
desempenho, que, por sua vez, requer uma coleta adequada de dados, capacidades
de medição de desempenho, bem como conhecimentos adequados.
Os indicadores de desempenho, também chamados de KPI (Key Performance
Indicator), são métricas que expressam quantitativamente o desempenho passado
e atual com base nos objetivos organizacionais. Para serem relevantes, os
indicadores precisam expressar fielmente a intenção do objetivo específico
associado. Os indicadores, em geral, não são medidos diretamente, mas sim
calculados a partir de métricas de suporte de acordo com fórmulas bem definidas.
Para este estudo foi definido um conjunto de indicadores elencados como relevantes
para uma Área Terminal, os quais estão listados na Tabela 2. Nesse quadro vê-se o
código de identificação do indicador (CI), sua nomenclatura e uma breve definição
do indicador. Para o código de identificação é utilizado o prefixo “KPI” quando se
trata de indicadores que tiveram origem no Doc 9750-NA/963 (ICAO, 2016), o
prefixo “ID BR” quando se trata de indicadores criados pelo Grupo de Trabalho.
Tabela 2 – Descrição dos indicadores
CI Nome Definição
KPI01 Pontualidade de partida Porcentagem de voos saindo do gate no horário programado (EOBT/ Horário do Registro)
KPI02 Tempo adicional de taxi-out
Comparação entre o tempo médio de táxi desimpedido de saída e o real por aeroporto
KPI06 Capacidade do espaço aéreo
Número máximo de movimentos no volume de espaço aéreo aceito sob condições normais em um dado período de tempo
KPI09 Capacidade de chegada do aeroporto
O maior número de pousos que um dado aeroporto pode suportar em uma hora de operação (também chamado de capacidade
16
CI Nome Definição
de pouso declarada ou taxa de aceitação do aeroporto)
KPI10 Taxa pico de chegada do aeroporto
95º percentil do número de pousos por hora da hora mais “busy”, registrado em um aeroporto
KPI11 Utilização da capacidade de chegada
Taxa de pouso do aeroporto (demanda acomodada) comparada com a capacidade de pouso ou demanda o que for menor
KPI13 Tempo adicional no taxi-in
Comparação entre o tempo de taxi de chegada desimpedido e o tempo real por aeroporto
KPI14 Pontualidade de chegada Porcentagem de voos chegando ao gate no horário programado (EIBT)
ID BR 01
Relação entre demanda x capacidade de pista
Relação entre movimento (pouso, decolagem e TGL) realizado e a capacidade de pista
ID BR 02
Tempo de chegada na Terminal
É comparação do tempo desimpedido de chegada na TMA com o tempo real de voo na terminal
ID BR 03
Tempo de saída na Terminal
É comparação do tempo desimpedido de saída da TMA com o tempo real de voo saindo da terminal
ID BR 04
Horas de voos evoluídos no órgão x quantidade
do efetivo
Somatório das horas de voo no espaço aéreo de um órgão operacional por quantidade de efetivo
ID BR 05
Horas de voos evoluídos no órgão x quantidade de horas do efetivo do
órgão
Somatório das horas de voo no espaço aéreo de um órgão operacional por: -somatório de horas de ATCO na escala; e -somatório de horas de ATCO logado
ID BR 06
Relação entre horas de LOGIN x horas ATCO
Relação entre horas de tempo ATCO logado por tempo de escala operacional
ID BR 07
Relação entre demanda x capacidade no setor
Relação entre a demanda do setor e a capacidade de declarada
O detalhamento de cada indicador é dado no ANEXO A – DETALHAMENTO
INDICADORES.
1.5. Estrutura do relatório
Este relatório está estruturado em 6 capítulos. No primeiro capítulo é apresentado
o projeto de Indicadores, o Grupo de Trabalho, o escopo do estudo e o embasamento
teórico.
17
O segundo capítulo apresenta uma visão geral da TMA-BH, caracterizando a
terminal foco do estudo assim como o principal aeroporto em análise. Além disso,
alguns tópicos são exibidos a fim de caracterizar aspectos que possuem certa
influência nos indicadores posteriormente apresentados tais como, distribuição dos
ATCO, perfil do tráfego e meteorologia.
O terceiro capítulo apresenta resultados dos indicadores para a TMA-BH,
mapeamento dos dados e análise dos indicadores.
O quarto capítulo aponta as conclusões do estudo, quais foram as principais
restrições, e como replicar o mesmo estudo para outras Áreas de Controle Terminal
do Brasil.
O quinto capítulo lista as principais referências que foram base para o
desenvolvimento do trabalho.
Por fim o sexto apresenta informações detalhadas e relevantes ao trabalho em forma
de Anexo.
2. VISÃO GERAL DA TMA-BH
2.1. APP-BH
As informações que se seguem foram obtidas através do Modelo e do Manual
Operacional do APP-BH (DTCEA-CF, 2018A), (DTCEA-CF, 2018B).
a) Setorização Da Terminal Belo Horizonte
A Tabela 3 lista os setores da TMA-BH e suas respectivas responsabilidades. Esses
mesmos setores são apresentados em modo gráfico na Figura 2.
Tabela 3 - Divisão dos setores da TMA-BH
SETOR RESPONSABILIDADE
S1 Chegadas/Saídas N/NW
S2 Chegadas/Saídas E/NE
S3 Chegadas/Saídas SE
S4 Chegadas/Saídas W/SW/S
FCF Final Confins
FBH Final Belo Horizonte
VFR Tráfegos sob VFR
18
Figura 2 - Setorização da TMA-BH
Entende-se por Setor SUL o agrupamento dos setores S3 e S4, com ou sem o setor
FBH; entende-se por Setor NORTE o agrupamento dos setores S1 e S2, com ou sem
o setor FCF.
Durante a operação convencional, o APP-BH não cumpre a setorização estabelecida
para a prestação do Serviço de Vigilância ATS. A distribuição passa a ser:
i. Setor Inferior: do solo ao FL120 (inclusive);
ii. Setor Superior: do FL120 (exclusive) ao FL195.
b) Mix de Aeronaves
A Tabela 4 apresenta as principais aeronaves que trafegam na TMA-BH, observa-se
que, aproximadamente, 50% do tráfego consiste das aeronaves E190, A320 e B738.
O período analisado dessa tabela foi de 07 DEZ 2017 a 08 JUN 2018, da fonte RMS.
Tabela 4 - Mix de Aeronaves na TMA-BH
Equipamento Quantidade Percentual
E190 22.223 18,6%
A320 18.219 15,2%
19
Equipamento Quantidade Percentual
B738 16.135 13,5%
AT72 7.059 5,9%
A321 5.502 4,6%
B737 5.464 4,6%
A319 5.266 4,4%
C208 3.227 2,7%
BE9L 2.038 1,7%
AS50 1.802 1,5%
B763 1.670 1,4%
BE58 1.632 1,4%
R44 1.630 1,4%
A332 1.464 1,2%
OUTROS 26.238 21,9%
No aeroporto da Pampulha (SBBH) operam variados tipos de aeronaves, sendo a
maioria de pequeno porte.
2.2. Aeroporto Internacional de Confins
As informações que se seguem foram obtidas através do Modelo e do Manual
Operacional do APP-BH (DTCEA, 2018C), (DTCEA, 2018D).
Atualmente a pista 16/34 tem 45 m de largura por 3.000 m de comprimento com
aumento planejado para 3.600 m, sendo que o pavimento dos 600 m adicionais já
está conforme para utilização, faltando apenas a homologação para utilização desta
porção.
A TWY F1 (taxiway de saída rápida) é a mais utilizada por aeronaves que pousam
na RWY 16.
Não é permitido giro de 180º no leito da pista, de modo que uma aeronave que não
seja capaz de livrar a pista pela TWY F1 após o pouso deverá fazê-lo pela TWY H.
A movimentação nos pátios acontece em sua maioria nos pátios 1 e 2, pois os pátios
3 e 4 são destinados ao terminal de carga e à companhia Gol, respectivamente.
20
A frequência de uso das cabeceiras é de 85 e 15%, respectivamente, para as
cabeceiras 16 e 34, conforme pode ser observado na Figura 3 obtido com dados do
TATIC FLOW.
Figura 3 - Uso das cabeceiras
A Tabela 5 apresenta os principais tipos de aeronaves que operam em SBCF,
observa-se que, aproximadamente, 75% do tráfego consiste das aeronaves E190,
A320, B738 e AT72. O período analisado dessa tabela foi de 01 NOV 2017 a 31 OUT
2018, da fonte Tatic Flow.
Tabela 5 - Mix de Aeronaves de SBCF
Equipamento Quantidade Percentual
E190 33.800 33,5%
A320 17.961 17,8%
B738 11.745 11,6%
AT72 11.302 11,2%
B737 6.761 6,7%
A319 6.361 6,3%
E195 6.195 6,1%
A321 1.689 1,7%
B734 957 0,9%
AT76 931 0,9%
B763 570 0,6%
A332 527 0,5%
A333 396 0,4%
21
Equipamento Quantidade Percentual
B733 284 0,3%
OUTROS 1546 1,5%
2.3. Dados básicos
De maneira resumida a Tabela 6 mostra as principais características que permitem
configurar o APP-BH e a TWR-CF.
Tabela 6 - Visão geral do SISCEAB
AP
P-B
H
TW
R-C
F
Área geográfica (mil km²)1 23,7 -
Número de ATCO em operação 68 45
Número de ATCO em formação/instrução2 - -
Número de ATCO não operacional 1 1
Efetivo total ATCO3 69 46
Percentual operacional 98,6% 97,8%
Número de setores 6 -
Quantidade de aeródromo público 4 1
Quantidade de aeródromo privado 8 -
Total de aeródromos 12 1
1 Informação obtida através da Carta ARC da TMA-BH disponibilizado no AISWEB (Acesso: 27 NOV 2018). 2 Quantidade de formação obtido pela EEAR. 3 Todos os valores de efetivo foram extraídos do SGPO (Acesso: 16 NOV 2017).
22
2.4. Características dos ATCO
Ao longo deste item é abordado o perfil dos ATCO que atuam no DTCEA-CF, com
base em informações cedidas pelo próprio destacamento.
Figura 4 pode-se observar informações sobre o efetivo operacional do efetivo do
DTCEA-CF ao longo do tempo, conforme SGPO, nota-se que no período de 2014 a
2018 houve um aumento em 27,8% do efetivo.
Figura 4 - Evolução do efetivo
Figura 5 indica a quantidade de efetivo no APP-BH e TWR-CF distribuídos conforme
a graduação.
Figura 5 - Efetivo ATCO x Graduação
23
Figura 6 indica a quantidade de supervisores no APP-BH e TWR-CF por tempo de
experiência no órgão.
Figura 6 - Supervisores X Tempo de Serviço no Órgão
Figura 7 representa a quantidade de instrutores por tempo de experiência no órgão.
Figura 7 - Instrutores X Tempo de Serviço no Órgão
24
Figura 8 apresenta a distribuição dos ATCO conforme o nível de proficiência na
língua inglesa, com base em informações do EPLIS.
Figura 8 - ATCO x Nível de inglês
2.5. Evolução do tráfego
Este subitem tem como objetivo fazer uma descrição da evolução do tráfego ao longo
dos últimos anos no Aeroporto Internacional de Confins. A administração deste
aeroporto pertence ao grupo privado BH-Airport desde agosto de 2014. Foi feita
uma descrição da evolução de movimentos anual, a Média Diária de Movimentos por
Dia da Semana, os Movimentos por Mês e Tipo de Voo, entre outras, com objetivo de
analisar a evolução deste aeroporto nos últimos anos. Todos estes dados têm como
fontes os Anuários Estatísticos de Tráfego Aéreo do CGNA.
Tabela 7 - Total de Movimentos Anual de SBCF (Pousos + Decolagens + Cruzamentos + TGL)
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20184
Total 121.467 110.747 108.295 114.762 100.231 100.593 86.235
Comercial 116.829 107.889 105.853 112.333 98.396 98.219 84.262
Geral 4.258 2.482 2.056 2.101 1.591 1.985 1.688
Militar 380 376 386 328 244 389 285
É apresentado, na Tabela 7 e na Figura 9, o Total de Movimentos Anual de SBCF que informa o número de movimentos nos últimos anos em análise. Onde pode-se observar que no ano de 2012 teve o maior número de movimentos chegando a 121.467 voos. A aviação geral vinha decrescendo, no entanto, aumentou 24,8% dos movimentos no
4 Os dados foram contemplados de janeiro a outubro/2018.
25
último ano, totalizando 1.985 de voos e retroagiu para 1.688 voos em 2018. A aviação militar também apresentou queda de 26,7% dos movimentos.
Figura 9 - Evolução dos movimentos em SBCF
Aviação Comercial em SBCF
A aviação comercial foi responsável por 98% dos movimentos do aeroporto de
Confins ao longo dos últimos anos. A seguir são apresentadas as Tabela 8 a Tabela
10, que detalham o movimento de voos comerciais.
Tabela 8 - Movimentos Nacionais e Internacionais Comerciais
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20185
Total de Movimentos 116.829 107.889 105.853 112.333 98.396 98.219 84.262
Nacionais 114.055 105.123 102.743 109.218 95.874 94.650 80.663
Internacionais 2.699 2.739 3.083 2.828 2.183 3.110 3.116
Sobrevoos e TGL 11 3 7 12 204 335 324
Local não identificado 64 24 20 275 135 124 159
Tabela 9 - Movimentos Nacionais por região
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20185
Nacionais 114.055 105.123 102.743 109.218 95.874 94.650 80.663
Reg. Sudeste 69.911 65.215 63.703 67.907 62.266 62.501 53.550
Reg. Sul 5.976 4.521 3.896 4.416 2.088 1.649 1.293
Reg. Centro-Oeste 15.534 13.068 13.438 12.796 10.615 10.310 8.981
Reg. Nordeste 18.136 18.487 18.869 19.888 17.115 17.166 14.157
Reg. Norte 4.498 3.832 2.837 4.211 3.790 3.024 2.682
5 Os dados foram contemplados de janeiro a outubro/2018.
26
Tabela 10 - Movimentos Internacionais por região
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20185
Internacionais 2.699 2.739 3.083 2.828 2.183 3.110 3.116
América do Sul 396 485 744 531 364 1.097 1.220
América Central 729 728 738 684 589 708 596
América do Norte 939 917 940 981 699 722 738
Europa 621 578 615 594 508 566 554
Ásia 0 1 0 0 0 2 2
África 14 30 46 38 23 15 6
Aviação Geral em SBCF
O aeroporto de Confins vem diminuindo os movimentos da aviação geral que é
responsável por 2% dos movimentos ao longo dos últimos anos. A seguir são
apresentadas as Tabela 11 a Tabela 13, que detalham o movimento de voos da
aviação geral.
Tabela 11 - Movimentos Nacionais e Internacionais da Aviação Geral
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20186
Total de Movimentos 4.258 2.482 2.056 2.101 1.591 1.984 1.688
Nacionais 3.212 1.381 1.493 1.474 1.054 1.162 1.196
Internacionais 176 106 172 80 72 60 37
Sobrevoos e TGL 689 922 300 348 294 495 272
Local não identificado 181 73 91 199 171 267 183
Tabela 12 - Movimentos Nacionais da Aviação Geral por região
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20185
Nacionais 3.212 1.381 1.493 1.474 1.054 1.162 1.196
Reg. Sudeste 2.915 1.242 1.250 1.265 971 1.037 1.071
Reg. Sul 37 13 30 21 8 27 16
Reg. Centro-Oeste 82 64 103 105 24 34 45
Reg. Nordeste 146 40 92 61 40 47 53
Reg. Norte 32 22 18 22 11 17 11
6 Os dados foram contemplados de janeiro a outubro/2018.
27
Tabela 13 - Movimentos Asa Fixa e Rotativa da Aviação Geral
2012 2013 2014 2015 2016 2017 20185
Total 4.258 2.482 2.056 2.101 1.591 1.985 1.688
Fixa 3.273 1.908 1.563 1.379 1.007 1.242 1.109
Rotativa 985 574 493 722 584 743 579
2.6. Variabilidade de tráfego
Em SBCF, observando a Figura 10, considerando os dias da semana, a sexta-feira foi
o dia mais movimentado ao longo dos anos, com base em dados desde 2012 até
2017.
Figura 10 - Média Diária de Movimentos por Dia da Semana de SBCF
Em SBCF, o tipo de aviação com maior representatividade é a comercial, que tem
uma variabilidade ao longo do ano com picos nos meses de férias, janeiro, julho e
dezembro, ainda com base em dados de 2012 a 2017 (Figura 11).
200,00
240,00
280,00
320,00
360,00
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Méd
ia d
e m
ovi
men
to d
iári
o
28
Figura 11 - Total de Movimentos da Aviação Comercial por Mês em SBCF
Pode-se observar também que o mês de fevereiro apresenta o menor movimento ao
longo do ano.
Figura 12 - Total de Movimentos da Aviação Geral por Mês em SBCF
O mês de janeiro é o que registra o menor movimento da aviação geral, ao longo dos
anos, conforme visto na Figura 12.
2.7. Meteorologia
Como se observa até aqui, o intuito maior deste documento é apresentar um estudo
voltado para o desenvolvimento de indicadores que traduzam as várias etapas ou
processos que compõem as operações aéreas, como o percentual de atraso das
aeronaves no momento da decolagem e do pouso e a utilização da capacidade de
chegada dos aeródromos, em especial, neste caso, do aeródromo de Confins.
Contudo, acredita-se que seja dada maior robustez a esses indicadores quando são
7.500
8.000
8.500
9.000
9.500
10.000
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Méd
ia d
e m
ovi
men
to p
or
mês
0
50
100
150
200
250
300
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Méd
ia d
e m
ovi
men
to p
or
mês
29
consideradas as características meteorológicas predominantes da região em estudo,
mormente aquelas que, direta ou indiretamente, mais afetam as operações aéreas.
Nesse sentido, a análise da ocorrência de determinados parâmetros atmosféricos
pode auxiliar na identificação de sua influência no gerenciamento da navegação
aérea em geral, e, de modo particular, nas operações adstritas aos aeródromos. Cita-
se, como ilustração, o quanto a pontualidade de chegada dos voos com destino a
Confins pode ser (ou de fato é) afetada por condições de tempo adversas, como no
caso de visibilidade restrita devido à ocorrência de nevoeiro na pista ou de
trovoadas na região em torno do aeroporto.
Desse modo, a fim de facilitar a busca de soluções para essas indagações, apresenta-
se, a seguir, um levantamento estatístico simples elaborado com base nos registros
reais de variáveis atmosféricas observadas no aeródromo de Confins, no período
entre 2015 e 2017. O objetivo aqui não é descrever a climatologia da área em estudo,
mas buscar indícios que apontem para a existência da relação entre condições de
mau tempo nos aeródromos e perda de eficiência em sua operacionalidade por meio
do uso de indicadores de desempenho ATM e de métricas de meteorologia.
Antes de iniciar a análise cabe relembrar o conceito de nevoeiro, ou seja, fenômeno
caracterizado pela presença de minúsculas gotículas de água em suspensão na
atmosfera adjacente à superfície, as quais reduzem a visibilidade horizontal
predominante no aeródromo a menos de 1.000 metros. Logo, considerando o fato
de que em aviação valores baixos de visibilidade exigem maior rigor quanto à
aplicação de regras de separação e de operação das aeronaves na área dos
aeródromos, é razoável supor que a ocorrência de baixa visibilidade horizontal
devido à presença de nevoeiros afeta a capacidade de operação dos aeródromos,
especialmente aqueles que não dispõem de equipamentos de navegação capazes de
compensar esses impactos (ILS, por exemplo).
Conforme se observa na Figura 13, a frequência com que ocorre nevoeiro em Confins
apresenta variações mensais superiores a 50% dentro do período de análise dos
dados (2015 a 2017). Isso nos faz acreditar que a capacidade do aeródromo é
afetada de modo desigual devido a variabilidade de ocorrência do fenômeno (varia
em função da época do ano).
30
Figura 13 - Média mensal de ocorrência de nevoeiro em Confins entre 2015 e 2017 (fonte: BDC)
Para complementar a análise anterior, verificou-se o comportamento da ocorrência
de trovoadas em Confins para o mesmo período. Conceitualmente, trovoadas são
eventos atmosféricos intensos com alto grau de impacto na aviação, e em especial,
nas operações dos aeródromos, graças aos fenômenos a ela associados, quais sejam:
rajadas de vento, turbulência, formação de gelo, precipitação severa com ou sem
granizo, baixa visibilidade horizontal, relâmpagos, restrição de teto devido à
cobertura de nuvens, entre outros. Feita a revisão, a Figura 14 permite observar uma
variabilidade do fenômeno também significativa na área do aeródromo de Confins,
isto é, o fenômeno é frequente nos meses de início e final de ano (final da primavera
e verão) e praticamente não ocorre entre os meses de maio a agosto (final de outono
e inverno). Essa variabilidade é esperada em função da climatologia típica da região,
isto é, tropical com invernos muito secos e verões chuvosos. Da mesma forma que
ocorre com os nevoeiros, as trovoadas, mesmo sendo de curta duração em muitas
vezes, exigem dos operadores de navegação aérea a aplicação de procedimentos
que, em prol da segurança, tendem a diminuir a capacidade e a eficiência do
aeródromo.
31
Figura 14 - Média mensal de ocorrência de trovoada em Confins entre 2015 e 2017
3. Indicadores ATM
Cada subitem apresenta um indicador com seus resultados e discussões. A descrição
detalhada de cada indicador é apresentada no ANEXO A – DETALHAMENTO
INDICADORES.
3.1. KPI 01 – PONTUALIDADE DE PARTIDA
Este indicador aponta para a previsibilidade desempenhada pelo aeroporto em suas
operações de decolagem, sendo calculado de duas formas: com base no horário
programado de partida do voo (Registro ANAC) e com base no EOBT do Plano de
Voo. O indicador ainda apresenta duas variantes para cada parâmetro de
discrepância de 5, 15 ou 30 minutos do horário de referência, ou seja, podendo ser
antecipação ou atraso do voo, as variantes estão apresentadas na Tabela 14.
Tabela 14 - Variante do indicador
Fonte
Parâmetro Registro PLN
5, 15 ou 30 min Var 1 Var 2
A Tabela 15 relaciona o dado utilizado no indicador e a fonte de dados utilizada. A
fonte de dados empregada para o cálculo do KPI foi o TATIC FLOW, sendo que
posteriormente serão utilizados os dados de Registro, ou seja, a variante 1.
Os dados da BH Airport foram utilizados a nível de comparação. Os dados AOBT
(Actual Off-Block Time) são alimentados por meio do comando do ATCO no sistema
32
TATIC da TWR (Torre de Controle) e os de EOBT (Estimated Off-Block Time) pela
última atualização do campo respectivo no planejamento do Plano de Voo, por essa
razão o indicador deve colher os dados do Registro no futuro.
A confiabilidade dos dados de AOBT depende da precisão e doutrina dos ATCO na
utilização do sistema, tendo sido considerada segura para SBCF (Confins) a partir
das observações in loco, e pelo fato do APP BH e do CGNA terem a necessidade da
informação em tempo real.
Tabela 15 - KPI 01: Dado X Fonte
Dado Fonte
EOBT Tatic Flow
Hora programada de partida Registro
AOBT Tatic Flow
AOBT (consulta) BH Airport
3.1.1 Análise do KPI
Nos gráficos abaixo é possível analisar a pontualidade das decolagens dos voos
regulares e não regulares, no período de 1º de novembro de 2017 até 31 de outubro
de 2018. A coluna do gráfico é a quantidade média de partidas por dia em cada mês,
enquanto a linha corresponde ao indicador de pontualidade.
Nas Figura 15, Figura 16 e Figura 17 é possível analisar a pontualidade por mês e
por parâmetro de discrepância, além do gráfico de distribuição de pontualidade por
minuto. De maneira geral, para o período analisado, o valor para o parâmetro de
pontualidade de 15 min é de 88,9%.
Percebe-se que nos meses de maior movimento ocorre uma degradação na
pontualidade (janeiro, julho e dezembro).
33
Figura 15 - Gráfico decolagens X pontualidade
Figura 16 - Gráfico de pontualidade das decolagens por parâmetro
Figura 17 - Distribuição de pontualidade das decolagens
Um dos possíveis problemas desse indicador está na informação utilizada como
AOBT e EOBT. No TATIC FLOW o AOBT é obtido e partir do comando do ATCO no
34
início do Pushback da aeronave, fazendo a evolução da “strip” do voo para a posição
de táxi e seguir com as autorizações até a decolagem da aeronave (Take off), já no
sistema da BH Airport, o AOBT é obtido a partir do descalço da aeronave que permite
o deslocamento por pushback para livrar a utilização da ponte (gate). Com relação
ao EOBT, o TATIC FLOW utiliza a última atualização destinada a este campo no plano
de voo na hora da decolagem, enquanto a BH Airport utiliza o horário do registro
(antigo horário HOTRAN) que é o que foi planejado com mais antecedência.
Outro problema ocorre com relação à base de dados e a pequenos erros que geram
distorções, por exemplo, cias aéreas inexistentes por erro no indicativo do voo. O
Tipo de Voo também pode conter erros e classificar aviação geral como aviação
regular, assim como o contrário também pode ocorrer. A BH Airport não calcula o
atraso de cargueiros, enquanto que no TATIC FLOW é contabilizado por se tratar de
aviação regular.
A Figura 18 possui diversos gráficos, onde foram separados os dados referentes a
pontualidade de 15 minutos no TATIC FLOW e no BH Airport para que fosse possível
analisar a diferença entre eles. Para diminuir algumas diferenças já observadas,
foram selecionados os voos das 4 maiores cias aéreas: Azul, GOL, Avianca e TAM. Os
gráficos verdes, a esquerda, são do TATIC FLOW, enquanto que os azuis e a direita
são do BH Airport.
35
TATIC FLOW BH AIRPORT
Figura 18 - KPI 01 de diferentes bases
3.2. KPI 02 – TEMPO ADICIONAL DE TAXI-OUT
Este KPI tem como objetivo fornecer uma indicação da eficiência no táxi de saída no
aeroporto. Isso inclui a espera média que ocorre em pistas de decolagens, rotas não
otimizadas de táxi e paradas intermediárias durante o táxi de saída. Este KPI
também é utilizado para estimar o excesso de consumo de combustível e emissões
associados. O KPI visa identificar o efeito do layout do aeroporto, enquanto foca na
responsabilidade do ATM em aperfeiçoar o fluxo de tráfego saindo do gate para
decolagem.
O tempo adicional de táxi é calculado depois de definido o tempo de táxi
desimpedido, que por sua vez pode-se começar com uma análise utilizando o 20º
percentil do tempo de táxi, que é o valor de táxi que separa uma lista de tempos de
táxi ordenados em 20% dos mais rápidos e dos 80% mais demorados.
A fonte de dados utilizada foi o TATIC FLOW, porque é a fonte disponível com
informações das horas de AOBT (Actual Off-Block Time), que foi considerado a hora
de “cPush” do sistema TATIC da TWR, e de ATOT (Actual Take-Off Time), que foi
considerado o “DEP” do sistema. Existe a expectativa do uso de dados da BH Airport
para fazer comparação e validação dos dados para as análises. Os dados de AOBT e
36
ATOT são obtidos a partir do comando do ATCO no sistema TATIC da TWR (Torre
de Controle). A confiabilidade destes dados depende da precisão e doutrina dos
ATCO na utilização do sistema, tendo sido considerada segura para SBCF (Confins)
a partir das observações in loco, e pelo fato do APP BH e do CGNA terem a
necessidade da informação em tempo real.
3.2.1 Análise do KPI
Os gráficos a seguir indicam o tempo médio de táxi em minutos da decolagem da
aviação regular e não regular, no período de 1º de novembro de 2017 até 31 de
outubro de 2018, excluindo asa rotativa. O tempo de desimpedido de taxi-out para
a cabeceira 16 é de 10,28 minutos e para a cabeceira 34 é de 10,17 minutos. O tempo
médio adicional de taxi-out para a cabeceira 16 é 3,16 minutos e para a cabeceira 34
é 3,58 minutos.
Já nos gráficos seguintes é possível ver este tempo adicional de taxi-out por
cabeceira de pista para cada uma das quatro maiores cias aéreas, eles servem para
diferenciar como a distância que os portões (gates) reservados a estas cias aéreas
podem interferir no tempo de táxi até a cabeceira de pista da decolagem. Além disso,
temos esse mesmo indicador ao longo do tempo (por mês).
Figura 19 - Média do tempo adicional de Taxi-out por mês para a cabeceira 16
37
Figura 20 - Distribuição do tempo de taxi-out para a cabeceira 16
Figura 21 - Média do tempo adicional de taxi-out por cia aérea para a cabeceira 16
Figura 22 - Média do tempo adicional de Taxi-out por mês para a cabeceira 34
38
Figura 23 - Distribuição do tempo de taxi-out para a cabeceira 34
Figura 24 - Média do tempo adicional de taxi-out por cia aérea para a cabeceira 34
O comportamento dos gráficos, no caso de Confins, é condizente com a disposição
das aeronaves de cada companhia no pátio, pois lá cada empresa ocupa Gates fixos
e agrupados na área de movimento. Como consequência, percebe-se que a Azul tem
maior tempo adicional de taxi-out para a cabeceira 16 e menor para a cabeceira 34.
Paralelamente a isso, pode-se observar que a LATAM apresenta menor tempo de
taxi-out para a cabeceira 16 por ocupar gates mais próximas a essa cabeceira.
No ATM, um eventual valor muito alto neste índice pode refletir demora por
determinada aeronave no ponto de espera devido sequenciamento de pouso que
não tenha permitido decolagem da referida aeronave. A degradação deste indicador
pode impactar em outros KPI, como por exemplo, o de pontualidade de chegada.
Um dos possíveis problemas desse indicador está na informação utilizada como
AOBT, assim como explicado na KPI 01. No TATIC FLOW o AOBT é obtido e partir do
39
comando do ATCO no início do pushback da aeronave, fazendo a evolução da “Strip”
do voo para o status “taxi” e seguir com as autorizações até a decolagem da aeronave
(dep), já no sistema da BH Airport, o AOBT é obtido a partir do descalço da aeronave
que permite o deslocamento por pushback para livrar a utilização da ponte (gate).
3.3. KPI 06 – CAPACIDADE DO ESPAÇO AÉREO
Esse indicador não apresenta metodologia padronizada estabelecida pelo GANP, apenas
a referência de que deve ser apresentado o número máximo de movimentos em um
determinado período de tempo por setor. Esse número depende do padrão de tráfego
aéreo e da configuração do setor, os quais são apresentados na Figura 25.
Atualmente o cálculo de capacidade de setor é realizado pelo CGNA, com
metodologia própria, estabelecida no MCA 100-17 (DECEA, 2014).
Figura 25 - Setorização da TMA-BH
Neste indicador foi utilizado a Capacidade Horária de Setor ATC (CHS), que é o
número de aeronaves que determinado setor de controle ATC é capaz de prestar
serviço de controle de tráfego aéreo, no período de uma hora.
40
Tabela 16 - Capacidade de setor ATC
SETOR(ES) Nref Npico CHS
S1/S2/S3/S4/FBH/FCF 6 8 48
S1/S2/FCF 6 8 27
S3/S4/FBH 7 9 44
VFR - 10 -
FBH 4 6 -
FCF 4 6 -
A Tabela 16 disponibiliza as informações de capacidade dos setores do APP-BH,
sendo o CHS o indicador de interesse. A coluna de “SETOR” indica a configuração de
setores do APP com o assistente, por exemplo, “1/2/FCF C/ASS” significa setores 1,
2 e final FCF agrupados com a utilização de assistente.
O Nref expressa o número ótimo de aeronaves em controle simultâneo que um
determinado setor ATC é capaz de manter por um período de tempo, sem que, em
momento algum, esse número de aeronaves controladas simultaneamente
provoque uma sobrecarga de trabalho para ATCO.
O Npico é a capacidade de controle simultâneo que um determinado setor ATC tem
condições de manter, por no máximo, 19 minutos (contínuos ou não) no intervalo
de uma hora, a fim de atender um aumento de demanda de curta duração. Durante
esse período, o ATCO experimentará uma sobrecarga de trabalho controlada.
Quando em operação convencional, cada setor poderá ter no máximo 5 aeronaves;
No caso de desativação do Setor VFR, os Serviços de Tráfego Aéreo, quando
pertinente, serão prestados às aeronaves VFR pelos setores em que estiverem
voando (S1, S2, S3 ou S4).
3.3.1 Análise do KPI
Este indicador é uma referência estática calculada e declarada pelo CGNA, por meio
da metodologia apresentada no MCA 100-17, a fim de fornecer parâmetros seguros
para operação em condições normais de cada setor. Esta capacidade só é alterada a
partir de mudanças na estrutura do espaço aéreo ou implantações de novas
ferramentas no órgão.
41
3.4. KPI 09 – CAPACIDADE DE CHEGADA DO AEROPORTO
Este indicador não apresenta metodologia padronizada estabelecida pelo GANP,
apenas a referência de que deve ser apresentado o número máximo de capacidade
declarada em um determinado período por aeroporto, considerando todas as
restrições.
No contexto deste relatório foi considerado que o KPI 09 é igual a capacidade do
sistema de pistas do aeroporto, considerando somente pousos.
O cálculo de capacidade de pista (pouso e decolagem) é realizado pelo CGNA, com
metodologia estabelecida no MCA 100-14, enquanto que a capacidade declarada
equivale a 80% com a finalidade de ter uma margem de segurança para possíveis
acomodações de tráfego e atrasos.
3.4.1 Análise do KPI
A Tabela 17 apresenta o valor da capacidade de pista calculado em 100% até o
percentual de 80%, com o valor de 31, que é a capacidade de pista declarada para
SBCF.
No entanto, o KPI 09 é calculado para a capacidade somente de pousos, desta forma
o valor para o indicador é de 16.
Tabela 17 - Capacidade de pista de SBCF
100% 90% 80%
Capacidade 39 35 31
Capacidade de Chegada 20 18 16
Este indicador é uma referência estática calculada e declarada pelo CGNA, por meio
da metodologia apresentada no MCA 100-14. Esta capacidade só é alterada a partir
de mudanças na estrutura do aeroporto, implantações de novas ferramentas ou
mudanças operacionais.
3.5. KPI 10 – TAXA PICO DE CHEGADA DO AEROPORTO
A metodologia para este indicador já é bem definida e conhecida como “Busy-Hour
rate” (BHR) na literatura (Ashford, Coutu & Beasley, 2013), geralmente aplicado ao
contexto de terminal de aeroportos, mas aqui introduzido para operação na pista.
42
Esse indicador representa o 95º percentil do número de pousos reportados no
intervalo de uma hora do aeroporto, ordenado do horário menos para o mais
movimentado.
Esse é um valor facilmente calculado e serve para o dimensionamento de
aeroportos, nesse caso podendo ser usado para o planejamento de configuração e
capacidade de pista.
Conhecendo esse indicador é possível monitorar o crescimento do movimento no
aeroporto e servir como gatilho para novos investimentos na operação e na
infraestrutura do aeroporto.
3.5.1 Análise do KPI
As figuras abaixo fazem a comparação da capacidade de pousos do aeroporto e o 95º
percentil do número de pousos, ou seja, um momento de grande demanda.
O valor do KPI 10 é de 13 movimentos, onde o 95º percentil indica a utilização de
81,3% da capacidade disponível na hora “busy”, ou seja, em 95% do tempo de
operação o aeroporto utiliza menos do que 81,3% de sua capacidade.
A Figura 26 apresenta o indicador calculado para cada mês e o limite da capacidade,
que é 16. Nota-se que a maioria dos meses o 95º percentil está em 13 pousos, mas
alguns meses apresentam valores como 12 ou 14.
Figura 26 - KPI 10 mensal ao longo do ano
3.6. KPI 13 – TEMPO ADICIONAL DE TAXI-IN
Este KPI tem como objetivo fornecer uma indicação da eficiência no táxi de chegada
(taxi-in) no aeroporto. Isso inclui rotas não otimizadas de táxi e paradas
intermediárias durante o táxi de chegada. Este KPI também é utilizado para estimar
o excesso de consumo de combustível e emissões associados. O KPI visa identificar
43
o efeito do layout do aeroporto, enquanto foca na responsabilidade do ATM em
aperfeiçoar o fluxo de tráfego saindo da pista de pouso até o gate.
O tempo adicional de táxi é calculado depois de definido o tempo “ideal” de táxi
desimpedido, onde podemos começar uma análise utilizando o 20º percentil (GANP)
do tempo de táxi, que é o valor que separa numa lista com os tempos de táxi
ordenados os 20% mais rápidos dos 80% mais demorados.
A fonte de dados utilizada foi a concessionária BH Airport, devido a baixa
confiabilidade dos dados de AIBT (Actual In-Block Time) extraídos do TATIC FLOW,
enquanto que ALDT (Actual Landing Time), que foi considerado o “ARR” do sistema
TATIC, pode ser extraído de maneira confiável de ambas as fontes.
3.6.1 Análise do KPI
Os gráficos a seguir indicam o tempo adicional de táxi-in em minutos de pouso da
aviação regular e não regular (excluídos os cargueiros), no período de 1º de maio de
2018 a 31 de maio de 2018. A maior quantidade de pouso leva 0,72 minuto de tempo
adicional de taxi-in, sendo que o Tempo de taxi desimpedido é de 3 minutos. Já nos
gráficos seguintes é possível ver este tempo adicional de táxi para cada uma das
quatro maiores cias aéreas, eles servem para diferenciar como a distância que os
portões (gates) reservados a estas cias aéreas podem interferir no tempo de táxi
desde o pouso até o gate.
Figura 27 - Tempo adicional de taxi-in por cia aérea (fonte: BH Airport)
44
TATIC FLOW
Figura 28 - Gráficos de tempo de taxi-in com fonte no TATIC FLOW
45
BH AIRPORT
Figura 29 - Gráficos de tempo de taxi-in com fonte da BH Airport
46
Figura 30 - Tempo médio de taxi-in por gate (fonte: BH Airport)
3.7. KPI 14 – PONTUALIDADE DE CHEGADA
Este indicador aponta para a previsibilidade desempenhada pelo aeroporto em suas
operações de pouso, sendo calculado de duas formas: com base no horário
programado de chegada do voo (ETA - Registro ANAC) e com base no EIBT do Plano
de Voo. O indicador ainda apresenta três variantes para os parâmetros de
discrepância de 5, 15 ou 30 minutos do horário de referência, ou seja, podendo ser
antecipação ou atraso do voo.
Tabela 18 - Variante do indicador
Fonte
Parâmetro Registro PLN
5, 15 ou 30 min Var 1 Var 2
A fonte de dado utilizada para o cálculo do KPI foi a concessionária BH Airport,
conforme Tabela 19.
Não foi utilizado o TATIC FLOW tendo em vista que os dados de AIBT (Actual In-
Block Time) são alimentados por meio do comando do ATCO no sistema TATIC da
TWR (Torre de Controle) e os de EIBT (Estimated In Block Time) pela última
atualização do campo respectivo no planejamento do Plano de Voo. A confiabilidade
dos dados de EIBT depende da precisão dos cálculos efetuados pela empresa
mantenedora do Sistema TATIC, contudo no presente momento ainda não apresenta
resultado satisfatório. Para o Estudo de Caso foi utilizado o AIBT fornecido pela
concessionária por apresentar maior precisão do que o obtido pelo TATIC.
47
Tabela 19 - KPI 14: Dado x Fonte
Dado Fonte
ETA Tatic Flow
Hora programada de chegada Registro / BH Airport
AIBT Tatic Flow
AIBT (consulta) BH Airport
3.7.1 Análise do KPI
Nos gráficos abaixo é possível analisar a pontualidade dos pousos dos voos
regulares e não regulares, no período de 1º de janeiro a 31 de maio de 2018. A coluna
do gráfico é a quantidade média de chegadas por dia em cada mês, enquanto a linha
corresponde ao indicador de pontualidade. Nos gráficos seguintes é possível
analisar a pontualidade por mês, e por parâmetro de discrepância, além do gráfico
de distribuição de pontualidade por minuto.
Figura 31 - Pontualidade de chegada por faixa de pontualidade (fonte: BH Airport)
48
TATIC FLOW
Figura 32 - Gráficos de pontualidade obtidos com TATIC FLOW
49
BH AIRPORT
Figura 33 - Gráficos de pontualidade obtidos com a BH Airport
Um dos possíveis problemas desse indicador está na informação utilizada como
AIBT e EIBT. No TATIC FLOW o AIBT é obtido e partir do comando do ATCO no
momento de chegada no gate da aeronave, fazendo a evolução da “STRIP” do voo,
contudo isso pode ocorrer em momentos distintos devido ao fato da aeronave já
50
estar sob responsabilidade do Controle de Pátio e não mais com o Controle de Solo.
Já no sistema da BH Airport, o AIBT é obtido a partir do momento de calço da
aeronave sendo mais preciso. Com relação ao EIBT, o TATIC FLOW utiliza a última
atualização destinada a este campo, contudo por se tratar de um cálculo empírico
pode não apresentar valor compatível com o real.
3.8. KPI 15 – VARIABILIDADE DO TEMPO DE VOO
A "variabilidade" das operações determina o nível de previsibilidade para os
usuários, dessa forma tem um impacto na programação das companhias aéreas.
Concentra-se na variância associada às fases do voo.
Quanto maior a variabilidade, maior será a distribuição dos tempos de viagem reais
e o custo desse tempo de buffer necessário nas agendas das companhias aéreas para
manter um nível de pontualidade satisfatório.
Neste estudo não foi possível calcular a variabilidade dos voos, no entanto, foi
possível calcular o tempo médio de voos por pares de cidades (origem-destino),
conforme observa-se na Figura 34 e Figura 35.
51
Figura 34 - Tempos médios de voo com destino SBCF
52
Figura 35 - Tempos médios de voo com origem em SBCF
3.9. ID BR 01 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE
Este indicador visa mensurar a utilização da capacidade de pista (ARR, DEP e TGL)
através de dados obtidos do sistema TATIC FLOW.
O Indicador relaciona o movimento, a efetiva utilização da pista, no intervalo de
tempo de uma hora (60min) com a capacidade declarada de pista, expresso em
percentual.
3.9.1 Análise do ID
O gráfico a seguir compara a capacidade horária de pousos e decolagens (31) com a
demanda média diária por faixa horária no período de 1º de novembro de 2017 a 31
de outubro de 2018, sendo que na quantidade de movimentos se exclui a de asas
rotativas (helicópteros).
53
Figura 36 - Média do Indicador ID BR 01 por faixa horária
Um dos possíveis problemas desse indicador está na classificação do tipo de asa,
porque deve excluir a asa rotativa no cálculo deste indicador, porém este campo tem
que ser obtido através do tipo de equipamento, o que gera a necessidade de revisão
periódica com o lançamento de novos equipamentos de asa rotativa, assim como
pode existir inconsistência neste campo no banco de dados.
Para o cálculo desse indicador foi utilizada a hora cheia, não sendo ainda possível o
cálculo a partir de cada minuto no intervalo de uma hora passada. Também não
foram incluídos os dados de TGL, em SBCF não são realizados.
3.10. ID BR 02 – TEMPO DE CHEGADA NA TERMINAL
Este Indicador consiste na comparação entre o tempo desimpedido de chegada da
TMA, obtido segundo a metodologia ANS Performance EU, considerando tempos de
voo desimpedido, com o tempo real de voo na chegada na TMA de acordo com a pista
em uso. Assim, permite que seja determinado o percentual de voos pontuais,
atrasados ou adiantados, tornando possível medir a eficiência das operações, do
design da terminal e da aderência das Companhias Aéreas ao planejamento
apresentado.
3.10.1 Análise do ID
Para os fins desse relatório foi possível, inicialmente, calcular o tempo médio de
chegada na Terminal (13,4 minutos), observadas todas as chegadas da TMA-BH. Os
dados foram extraídos do SAGITARIO do DTCEA-CF sendo somente considerados os
voos com mais de 1 ponto geolocalizado registrado.
54
3.11. ID BR 03 – TEMPO DE SAÍDA NA TERMINAL
Este Indicador consiste na comparação entre o tempo desimpedido de saída da TMA,
obtido segundo a metodologia ANS Performance EU, considerando tempo de
referência, com o tempo real de voo na saída da TMA. Em nível avançado deve-se
determinar o tempo de saída desimpedido para cada SID existente. Assim, permite
que seja determinado o percentual de voos pontuais, atrasados ou adiantados,
tornando possível medir a eficiência das operações, do design da terminal e da
aderência das Companhias Aéreas ao planejamento apresentado.
3.11.1 Análise do ID
Para os fins desse relatório foi possível, inicialmente, calcular o tempo médio de
saída na Terminal (10,9 minutos), observadas todas as saídas da TMA-BH. Os dados
foram extraídos do SAGITARIO do DTCEA-CF sendo somente considerados os voos
com mais de 1 ponto geolocalizado registrado.
3.12. ID BR 04 – HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO ATC X
QUANTIDADE DO EFETIVO
O objetivo deste indicador é apontar a taxa de emprego do efetivo apresentando a
quantidade de horas de voo por ATCO.
Este ID pode ser apresentado considerando duas variantes para a quantidade de
efetivo: uma é a soma ponderada do efetivo na escala operacional, com o objetivo de
equiparar a participação de cada ATCO na escala, e a outra, o efetivo do órgão.
Para fins de cálculo os estagiários não são considerados como pertencentes ao
efetivo.
Para este estudo de caso, a fonte de dados utilizada para obtenção da quantidade de
efetivo ponderado foi a escala operacional, para a quantidade de efetivo total foi o
DTCEA-CF e para a quantidade de horas de voo foi o SAGITARIO e TATIC FLOW.
É necessário que a quantidade de efetivo ponderado seja obtida de forma
automatizada, da mesma forma, a quantidade de horas de voo deverá ser obtida a
partir do SAGITARIO para APP/ACC e a partir do TATICFLOW para TWR.
3.12.1 Análise do ID
Este ID indica a quantidade de horas de voo pelo efetivo ponderado e pelo efetivo
do órgão no período de 1º a 31 de maio de 2018. A quantidade ponderada de ATCO,
para o APP-BH é de 37 e para TWR-CF é 26, considerando todos os turnos, significa
55
que, para atender a quantidade de horas de voo do mês em questão, seriam
necessários 37 ATCO para o APP-BH e 26 para a TWR-CF trabalhando com o máximo
de dias de serviços observados no mesmo mês (20 dias para o APP-BH e 19 dias para
a TWR-CF).
Na primeira variante (Var 1 – Ponderado), o valor encontrado é 45,9 para o APP-BH
e 47,0 para a TWR-CF que corresponde a quantidade de horas de voo por ATCO no
mês, podendo ser analisado para todos os turnos ou cada um separadamente.
Na segunda variante (Var 2 – Efetivo) o valor encontrado é 24,2 para o APP-BH e
21,4 para a TWR-CF que é apresenta a quantidade de horas por ATCO no mês,
considerando todo o efetivo do órgão, independentemente do número de serviços
de cada ATCO, podendo, igualmente, ser observado por turno.
Figura 37 - Indicador ID BR 04 para APP-BH
Figura 38 - Indicador ID BR 04 para a TWR-CF
Com a análise deste ID será possível identificar quais organizações fazem o melhor
emprego dos seus recursos humanos a partir da comparação dos valores obtidos de
órgãos semelhantes (APP com APP, por exemplo).
56
3.13. ID BR 05 – HORAS DO EFETIVO DO ÓRGÃO X HORAS DE VOOS
EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO
O objetivo deste indicador é apresentar a quantidade de horas de voo sob
responsabilidade do Órgão ATC em cada hora de escala do respectivo Órgão.
Este ID pode ser apresentado considerando duas variantes para a quantidade de
horas trabalhadas no Órgão ATC: uma é a soma das horas de escala cumprida, com
o objetivo de mensurar a quantidade de horas de voo por horas de escala, e a
segunda, a quantidade de horas de voo por horas logadas.
Para este estudo de caso, a fonte de dados utilizada para obtenção da soma de horas
de escala foi a escala cumprida fornecida pelo APP-BH, para a soma de horas logadas
foi a distribuição dos ATCO do turno realizada pelos supervisores e para a
quantidade de horas de voo foi o TATIC FLOW e o SAGITARIO.
É necessário que a soma de horas de escala e logadas seja obtida de forma
automatizada, da mesma forma, a quantidade de horas de voo deverá ser obtida a
partir do SAGITARIO para APP/ACC e a partir do TATIC FLOW para TWR.
3.13.1 Análise do ID
A Figura 39 e a Figura 40 apresentam a quantidade de horas de escala e logada por
horas de voo controlado no período de 1º a 31 de maio de 2018. Na primeira
variante (Hora Escala/Hora Voo) o valor é de 3,30 para o APP-BH enquanto que o
valor é de 3,05 para a TWR-CF.
Isso significa que para 1 hora de voo controlado foi necessário 3,30 horas de homens
na escala para o APP-BH e 3,05 horas de homens na escala para a TWR-CF, podendo
ser analisado para todos os turnos ou cada um separadamente.
Na segunda variante (Hora Logado/Hora Voo) o valor é de 1,29 para o APP-BH e
1,76 para a TWR-CF.
57
Figura 39 - Indicador ID BR 05 para a APP-BH
Figura 40 - Indicador ID BR 05 para a TWR-CF
Com a análise deste ID será possível identificar quais organizações fazem o melhor
emprego dos seus recursos humanos a partir da comparação dos valores obtidos de
órgãos semelhantes (APP com APP, por exemplo).
3.14. ID BR 06 – RELAÇÃO ENTRE HORAS DE LOGIN X HORAS ATCO
O objetivo deste indicador é apresentar a proporção de tempo na posição
operacional para cada hora de escala no respectivo Órgão.
Este ID apresenta a relação entre a soma de horas logadas (HL = quantidade de
tempo em horas que um ATCO esteve guarnecendo uma posição operacional) e a
soma das horas de escala cumprida (HE), excetuando o tempo de briefing
operacional.
Para este estudo de caso, a fonte de dados utilizada para obtenção da soma de HE foi
a escala cumprida fornecida pelo APP-BH, para a soma de HL foi a planilha de
distribuição dos ATCO durante o turno de serviço realizada pelos supervisores. Para
58
TWR-CF as informações de HE e HL foram coletadas do LRO, para o HL foi
considerado a Divisão de Turno.
Em 17,2% dos turnos do APP-BH não foi conseguido coletar a distribuição dos ATCO
durante o turno de serviço, para efeito de computo foi considerada a Hora Logada
de mesmo turno, mesmo dia da semana e mesma quantidade de ATCO do mês.
A fim de otimizar o cálculo desse ID faz-se necessário que a coleta da soma de HE e
HL (divisão de turnos) seja obtida de forma automatizada.
3.14.1 Análise do ID
O gráfico a seguir indica a quantidade de horas logadas dividida pela quantidade de
horas de escala cumprida no período de 1º a 31 de maio de 2018. O valor de 39,2%,
para todos os turnos, indica que em média o ATCO está na posição operacional em,
aproximadamente, 40% do tempo de serviço, podendo o ID ser analisado para todos
os turnos ou cada um separadamente.
Figura 41 - Indicador ID BR 06 para a APP-BH
Figura 42 - Indicador ID BR 06 para a TWR-CF
59
Com a análise deste ID será possível identificar quais organizações fazem o melhor
emprego dos seus recursos humanos a partir da comparação dos valores obtidos de
órgãos semelhantes (APP com APP, por exemplo).
Este indicador não pode ter valor acima de 100%, também deve ser considerado que
existe o tempo de descanso que não foi considerado por não ter um valor específico
para ser utilizado.
3.15. ID BR 07 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE NO SETOR
Este indicador visa avaliar a taxa de ocupação no setor. Permite inferir se a demanda
real está sendo acomodada, se o setor está dimensionado corretamente ou necessita
ser reavaliado, além de evidenciar o nível de complexidade do referido setor, seja
em nível de pessoal especializado ou equipamentos disponibilizados.
Para este relatório não foi possível obter estes dados devido à falta de informações
do Radar e correta correlação com os setores. No entanto, essa análise será possível
através da verificação e validação da base de dados do SAGITARIO e a operação real.
4. CONCLUSÕES
Este relatório oferece uma análise de desempenho operacional do DTCEA-CF,
incluindo o APP-BH e a TWR-CF.
O objetivo principal desse estudo foi servir como um primeiro estudo de caso para
aplicação de indicadores operacionais que estão em desenvolvimento pelo Grupo de
Trabalho de Indicadores Operacionais ATM para o SISCEAB, o qual se subdivide em
equipe operacional e técnica.
Os objetivos específicos elencados no início do trabalho foram a definição da
metodologia de indicadores ATM para o DECEA, do processo de coleta de dados, dos
eventos relevantes para as metodologias dos indicadores e as respectivas fontes de
dados fidedignas e a avaliação dos desenvolvimentos necessários para a integração
entre os sistemas de Torre de Controle – TWR e de Controle de Aproximação – APP.
Devido à falta de dados não foi possível obter todos os indicadores como desejado,
nesses casos foi apontado o motivo e quais seriam as necessidades para o cálculo do
indicador.
A obtenção de dados da concessionária BH Airport proporcionou comparativos
interessantes com os bancos de dados do DECEA, possibilitando ainda a validação
60
dos mesmo. Assim foi considerado que os dados obtidos com o TATIC FLOW foram
satisfatórios, com exceção dos dados de ETA, EIBT e AIBT.
Foi identificada a carência de dados padronizados e sistematizados de escala de
ATCO. A falta dessa padronização pode causar diferenças na coleta para todo o
SISCEAB.
Outro dado que impossibilitou a coleta automatizada de informações de horas
logadas foi falta de confiabilidade das informações de Login e Logout na posição
operacional. Esse tipo de procedimento pode ser e é desejável que seja corrigido,
para facilitar a aquisição dos dados de forma correta, visto que não haverá ônus para
a carga de trabalho do ATCO.
Embora a equipe técnica do Grupo de Trabalho começou a armazenar alguns dados
de radar, esses dados ainda não foram analisados para esse trabalho.
O principal entregável desse estudo foi a definição das metodologias de cada
indicador, conforme pode ser observado de forma detalhada nos anexos.
A maior parte dos gráficos e figuras apresentadas neste relatório foram gerados pelo
dashboard de teste. Esse protótipo permitiu a análise dos indicadores e a definição
de um layout de dashboard que atendesse as necessidades de análise.
Por fim esse foi um primeiro passo para o cálculo e análise de um conjunto de
indicadores para um órgão operacional do SISCEAB, que poderá servir como modelo
e base de comparação para os demais órgãos, até que seja estabelecido um
procedimento a nível nacional e o gerenciamento de tráfego aéreo com base em
desempenho.
Os próximos passos serão:
a) Expansão desse mesmo trabalho para mais órgãos do SISCEAB;
b) Aplicação de um estudo de caso para um ACC; e
c) Preenchimento de requisitos necessários não atendidos nesse relatório.
61
5. BIBLIOGRAFIA
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0071775847: McGraw-Hill.
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Aeronáutica, Rio de Janeiro. Acesso em 14/11/17
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ICEA. (2017). Projeto Indicadores de Desempenho ATM - Documento de projeto. Subdiretoria
de Pesquisa, São José dos Campos.
62
6. ANEXO A – DETALHAMENTO INDICADORES
6.1. KPI 01 – PONTUALIDADE DE PARTIDA
A metodologia utilizada para obtenção do KPI 01 consiste na extração automática
dos dados de pushback (AOBT) dos voos regulares informados pelo TATIC FLOW de
cada aeroporto e sua comparação com o horário de partida programado no plano de
voo (PLN) e no horário do registro de voo da ANAC (EOBT). O dado AOBT é
alimentado por meio do comando do ATCO (comando cPUSH) no sistema
TATIC/SGTC.
A variação de tempo (ΔT) será obtida através da diferença em módulo entre AOBT
e EOBT em ambos os casos, conforme segue abaixo:
ΔT1 = |AOBT – EOBT (PLN)|
ΔT2 = |AOBT – EOBT (Registro)|
A classificação de pontualidade será obtida através de análise do valor de corte
(desvio máximo positivo ou negativo do Δ de partida (ΔT) em relação ao Δ limite
(ΔL)) que define se um voo é contado no horário ou não. Sendo assim, serão
consideradas duas variantes para o ΔL, 5 min, 15 min e 30 min, que serão calculadas
para cada tipo de partida programada (PLN e Registro de voo).
a) Voo não pontual – ΔT ≥ ΔL
b) Voo pontual – ΔT < ΔL
Após a obtenção dos dados de pontualidade para cada voo regular extraído do TATIC
FLOW, calcula-se o percentual de voos pontuais utilizando-se a fórmula métrica:
𝐾𝑃𝐼01 = ∑(𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟a 𝑟𝑖𝑜)
∑(𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠)× 100 [% de voos]
Este KPI poderá ser aplicado no nível do Órgão Operacional, do Aeródromo e das
Cias. Aéreas.
Considerações
Uma vez que a equipe concluiu as formalidades de pré-decolagem, a aeronave está
pronta para acionar ou iniciar o pushback do gate. Esta fase é principalmente
impactada pelo gerenciamento de pátio. Antes do pushback e preparação para saída
do gate, existem várias interações dentro e ao redor da aeronave que afetam a
aderência a um horário agendado e, assim, afetam a eficiência do voo, bem como o
sistema ATM.
63
Os fatores que afetam a fase de saída do gate incluem a pontualidade da tripulação,
o horário de preparação da aeronave, preparativos de partida antes do voo, como
inspeções de voo, abastecimento, carregamento de carga e bagagem, incluindo
refeições, embarque de passageiros, disponibilidade de rebocadores e pessoal de
serviço relacionado, bem como as autorizações de controle de tráfego aéreo.
A provisão de autorização para deixar o gate também depende dos procedimentos
locais e da complexidade da operação no solo, ou seja, volume dos movimentos de
aeronaves em torno da área e do design e esquema de controle das facilidades do
pátio.
A maioria dos PSNAs não é responsável por fornecer serviço de tráfego aéreo para
aeronaves antes de entrar na área de manobra. Deve notar-se que as aeronaves
podem ainda ser atrasadas / mantidas no gate devido a restrições nos espaços
aéreos adjacentes (meteorologia ou congestionamento), limitações no aeroporto de
destino ou falhas de equipamentos, ou ainda escassez de pessoal de controle de
tráfego aéreo (ATC).
A qualidade do dado depende da interferência do ATCO, que deverá efetuar os
comandos no sistema TATIC FLOW conforme a progressão do voo, evitando atrasos
e antecipações.
É necessária uma melhor tomada de decisão colaborativa e informações atualizadas
em tempo real permitindo operações de gate ágeis para manter a eficiência. Como
cada PSNA é diferente e cada aeroporto é único em termos de desafios operacionais,
os objetivos de desempenho e os requisitos de recursos sempre serão diferentes.
Portanto, a escolha de usar um KPI operacional em particular variará com base em
seu valor para cada ANSP e, possivelmente, cada aeroporto.
A participação de todos os envolvidos nessa fase de voo é fundamental para a
melhoria do presente indicador. Assim, o conceito A-CDM figura como elemento
essencial para o ganho de eficiência, sobretudo em aeroportos complexos e com alta
demanda de movimento.
Uma vez que o KPI 01 depende da ação do ATCO para a definição do AOBT, é
recomendável que os dados sejam comparados com outras fontes com o objetivo de
confirmar sua precisão, como por exemplo, os sistemas de bordo das aeronaves que
poderão auxiliar nesta validação dos dados.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Órgão, Setor e Companhia Aérea.
64
Título Indicador Pontualidade de Saída (KPI 01)
Área do Negócio Previsibilidade
Descrição do
Indicador
Porcentagem de voos saindo do gate no horário programado (EOBT, Registro
ANAC).
Objetivo Mensuração Este KPI fornece uma indicação geral da qualidade do serviço prestado na
pontualidade de saída (voos regulares) do gate nos aeroportos selecionados.
Fonte GANP 2016
Periodicidade Mensal Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) 𝐾𝑃𝐼01 = ∑(𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜)
∑(𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠)× 100 [% de voos]
Identificação das
Variáveis
1. Filtrar somente os voos regulares (tipo de plano de voo).
2. Determinar variação de tempo (Delta partida).
ΔT 1 = |AOBT – EOBT|
ΔT 2 = |AOBT – Hora de partida registro|
3. Classificar se o voo está pontual ou não (com as 2 variantes de ΔT 1 e 2).
- Se ΔT ≥ ΔL → Voo não pontual
- Se ΔT < ΔL → Voo pontual
Delta limite = 5min,15 min ou 30 min (calcular para os 3 casos)
4. Calcular percentual de voos pontuais.
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Dia, mês, ano, órgão de controle, companhia aérea e/ou aeroporto individualizado.
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas.
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Valor de corte (desvio máximo positivo ou negativo de saída agendado partida
programada) que define se um voo é contado como no horário ou não.
Valor de 5, 15 e 30 minutos.
Decolagens agendadas com base nos planos de voo regulares.
Obs.: Resolução da ANAC alterando de 30 para 15 minutos.
Fonte dos Dados TATIC FLOW – Registro de voo ANAC
Responsável pelos
Dados APLOG
65
6.2. KPI 02 - TEMPO ADICIONAL DE TAXI-OUT
A metodologia utilizada para obtenção do KPI 02 consiste na extração automática
dos dados de pushback e decolagem informados pelo TATIC FLOW de cada
aeroporto para a composição do tempo real de taxi e sua comparação com o tempo
de taxi desimpedido. Os dados AOBT e DEP são alimentados por meio do comando
do ATCO no sistema TATIC.
Assim, a qualidade do dado depende da interferência do ATCO, que deverá efetuar
os comandos no sistema TATIC/SGTC conforme a progressão do voo, evitando
atrasos e antecipações.
O tempo de taxi desimpedido é obtido por meio de metodologia estatística,
desenvolvida pelo PRU - Performance Unit Review (EUROCONTROL) e divulgado na
nota técnica Unimpeded Taxi-out Time (EUROCONTROL, s.d.). A seguir é
apresentada a tradução das 5 etapas que compõe a referida metodologia.
Suposições metodológicas
Com base nesta definição de tempo de táxi de saída (tempo entre o abandono do
gate e a decolagem), o tempo de táxi de saída pode ser afetado por:
• possível atraso no push-back; e
• tempo de ocupação da pista de decolagem.
Dados necessários
Os seguintes dados são necessários para calcular o tempo de saída de taxi real:
Sigla Descrição Fonte
ADEP Código de aeroporto de saída usando o código padrão de 4 letras da
ICAO, conforme definido no Doc. ICAO 7910
Dados do
TATIC
AOBT
O tempo de off-block real significa a data e a hora reais da desocupação
da posição de estacionamento. Essa informação é o CLR PUSH BACK
do TATIC
Dados do
TATIC
ATOT
O tempo de decolagem real significa a data e a hora reais que uma
aeronave retirou se da pista de decolagem (rodas). Essa informação é o
DEP do TATIC
Dados do
TATIC
DRWY 'designador de pista de partida' significa o designador ICAO da pista
utilizada para decolagem (por exemplo, 10L)
Dados do
TATIC
DSTND
O designador do ponto de partida, ou seja, a última posição de
estacionamento onde a aeronave estava estacionada antes de partir do
aeroporto
Dados do
TATIC
66
Grupo de gates
O tempo real de taxi de saída depende da distância entre o gate de partida e a pista
de partida. Devido ao grande número de possíveis combinações gate-pista, os gates
estão agrupados em alguns aeroportos.
Cálculo de tempo de taxi-out desimpedido (metodologia PRU)
O tempo de taxi-out desimpedido é calculado em cinco etapas:
1. Verificação da qualidade dos dados
a) As horas off-block e de decolagem recebidas dos aeroportos são
verificadas por consistência e completude.
b) Detecção e filtragem de valores-limite estatísticos:
• Os voos com um tempo de desaceleração real negativo são rejeitados
da amostra de tráfego;
• Os voos com um tempo real de taxi-out superior a 5 horas são
rejeitados da amostra de trânsito.
2. Para cada voo de saída da amostragem de tráfego
a) Cálculo do tempo real de taxi-out, que é a diferença entre o tempo real de
off-block (AOBT) e o tempo de decolagem real (ATOT).
b) Determinação do nível de congestionamento contando o número de
outras decolagens e pousos durante o intervalo de tempo (tempo de off-
block, tempo de decolagem do respectivo voo).
c) Determinação do rendimento do aeroporto (número total de
movimentos, decolagens e pousos incluídos, no aeroporto) observados na
hora que antecede o tempo real de off-block (AOBT).
d) Determinação da combinação do taxi de saída (pista de partida, gate ou
grupo de gate) ao qual pertence o respectivo voo.
3. Determinação do nível de saturação
a) Estimativa do rendimento pico do aeroporto (R) usando o percentil 90 do
rendimento do aeroporto dentro da hora anterior de todos os voos na
amostra de referência. Para cada combinação do taxi de saída (pista de
partida, gate ou grupo de gate):
b) Cálculo de uma primeira estimativa do tempo de taxi-out desimpedido
(U1) usando o percentil 20 dos tempos reais de deslocamento dos voos
pertencentes a essa combinação.
67
c) Computação do nível de saturação (L):
𝐿 = 𝑈1.𝑅
60
4. Identificação dos voos desimpedidos
a) Para cada grupo (gate (s) de partida; pista de decolagem):
b) Seleção de voos com um
Índice de congestionamento ≤ 0,5 * nível de saturação
5. Cálculo do tempo de taxi de saída desimpedido
a) Para cada grupo (gate(s) de partida; pista de decolagem):
• Se o número de voos desimpedidos no grupo for inferior a 10, nenhum
tempo de taxi de saída desimpedido é calculado para essa
combinação;
• Se o número de voos desimpedidos for maior ou igual a 10, o tempo
de taxi de saída desimpedido para esta combinação é definido como a
mediana das horas reais de taxi de saída desimpedidos observados
dos voos desimpedidos.
Para esse indicador será adotado a simplificação de cálculo para o 20º percentil
como sendo o resultado do taxi desimpedido, que foi considerado aceitável quando
comparado com o resultado apresentado pela metodologia acima descrita, em testes
realizados com amostras reais.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Órgão, Setor, Companhia Aérea, Pista e
Gate.
Título Indicador Tempo Adicional do Taxi-out (KPI 02)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
Comparação entre o tempo médio de táxi desimpedido de saída e o real por
aeroporto ou conjunto de aeroportos.
Objetivo Mensuração
Este KPI tem como objetivo fornecer uma indicação da eficiência no táxi de
saída no aeroporto. Isso pode incluir a espera média que ocorre em pistas de
decolagens, rotas não otimizadas de táxi e paradas intermediárias durante o
táxi de saída. Este KPI também é utilizado para estimar o excesso de consumo
de combustível e emissões associadas. O KPI visa identificar o efeito do
layout do aeroporto, enquanto foca na responsabilidade do ATM em
aperfeiçoar o fluxo de tráfego saindo do gate para decolagem.
Fonte GANP 2016
Periodicidade Mensal Resp. APLOG
68
Título Indicador Tempo Adicional do Taxi-out (KPI 02)
Mensuração
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) 𝐾𝑃𝐼02 =∑(𝐷𝑒𝑙𝑡𝑎 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑎𝑥𝑖 𝑜𝑢𝑡)
Quantidade total decolagens[min/voos]
Identificação das
Variáveis
1. Excluir helicópteros (GANP) e VFR.
2. Determinar tempo desimpedido de taxi-out (conforme 20º percentil).
3. Delta Tempo de taxi-out = Máx [0, (ATOT-AOBT) – Tempo Taxi-Out
Desimpedido]
Parâmetros de
Análise (visão do
indicador por)
Dia, mês, ano, pista, gate, órgão ATC, companhia aérea e/ou aeroporto
individualizado.
Clientes SDOP, administrador do aeroporto e companhias aéreas.
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Tempo de taxi-out desimpedido / com o tempo real utilizado conforme
informações do TATIC.
Fonte dos Dados TATIC FLOW
Responsável pelos
Dados APLOG
6.3. KPI 06 – CAPACIDADE DO ESPAÇO AÉREO
Conforme publicação específica do CGNA, MCA 100-17, descrita abaixo.
Metodologia
A capacidade horária do setor (CHS) é o número de aeronaves que um setor é capaz
de prestar o serviço de controle de tráfego aéreo no período de uma hora. É
calculada a partir da fórmula a seguir:
𝐶𝐻𝑆 =3.600𝑥(0,683𝑥𝑁𝑟𝑒𝑓 + 0,317𝑥𝑁𝑝𝑖𝑐𝑜)
𝑇
O CHS expressa a capacidade de fluidez do tráfego de determinado setor. Observe-
se que, não necessariamente um setor que tenha um N maior acarretará um CHS
maior, pois está capacidade sofre maior influência da complexidade e do tempo de
permanência no setor (T) do que do número N.
69
Assim verifica-se que a fluidez do tráfego aéreo de um setor de controle será tanto
maior quanto maior for CHS do setor.
Dessa forma, no o planejamento do espaço aéreo deve buscar a redução de sua
complexidade e do tempo de permanência das aeronaves no setor e o consequente
aumento da CHS, mais do que a busca pelo aumento do número N.
Considerações
O NRef expressa o número ótimo de aeronaves em controle simultâneo que um
determinado setor ATC é capaz de manter por um período de tempo, sem que, em
momento algum, esse número de aeronaves controladas simultaneamente
provoque uma sobrecarga de trabalho para ATCO. Deve-se levar em conta que a
capacidade calculada de um setor é o Nref.
O Npico é a capacidade de controle simultâneo que um determinado setor ATC tem
condições de manter, por no máximo, 19 (dezenove) minutos (contínuos ou não) no
intervalo de uma hora, a fim de atender um aumento de demanda de curta duração.
Durante esse período, o ATCO experimentará uma sobrecarga de trabalho
controlada. Caso se observe que tal situação tenda a se prolongar, medidas ATFM
deverão ser tomadas.
Título Indicador Capacidade do Espaço Aéreo (KPI 06)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
O CHS expressa a capacidade de fluidez do tráfego de determinado setor.
Observe-se que, não necessariamente um setor que tenha um N maior
acarretará um CHS maior, pois está capacidade sofre maior influência da
complexidade e do tempo de permanência no setor (T) do que do número N
Objetivo
Mensuração
Fonte GANP 2016
Periodicidade Anual Resp.
Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) 𝐾𝑃𝐼06 =3600 ∗ (0,683 ∗ 𝑁𝑅𝑒𝑓 + 0,317 ∗ 𝑁𝑃𝑖𝑐𝑜)
𝑇
Identificação das
Variáveis
NRef expressa o número ótimo de aeronaves em controle simultâneo que um determinado setor ATC é capaz de manter por um período de tempo
70
Título Indicador Capacidade do Espaço Aéreo (KPI 06)
Npico é a capacidade de controle simultâneo que um determinado setor ATC tem condições de manter, por no máximo, 19 (dezenove) minutos (contínuos ou não) no intervalo de uma hora
Parâmetros de
Análise (visão do
indicador por)
Clientes SDOP, administrador do aeroporto e companhias aéreas.
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados
Responsável pelos
Dados APLOG
6.4. KPI 09 – CAPACIDADE DE CHEGADA DO AEROPORTO
A saturação da capacidade de operação das pistas de pouso e de decolagem tem sido
um dos maiores problemas dos aeroportos nacionais e internacionais. Objetivando
manter o fluxo de tráfego aéreo próximo das condições ótimas, evitando possíveis
sobrecargas do sistema de infraestrutura aeronáutica, o CGNA desenvolveu um
método para padronizar o cálculo de capacidade do sistema de pistas, visando
acompanhar a evolução da demanda/capacidade de cada aeroporto, encontrando,
assim, subsídios que permitam emitir recomendações prévias aos aeroportos de
interesse, com a finalidade de manter a operacionalidade em harmonia.
O método adotado para o cálculo de capacidade do sistema de pistas levará em
consideração não só o tempo de ocupação de pista, mas também outros parâmetros
que interferem significativamente na capacidade de operação da pista. Esse método
será denominado capacidade teórica de pista.
Para a determinação da capacidade do sistema de pistas, os seguintes fatores são
considerados:
a) Fatores de planejamento; e
b) Fatores relativos às operações de pouso e de decolagem.
71
Fatores de planejamento
Os fatores de planejamento são elementos utilizados para a simplificação dos
modelos matemáticos, ou dos aspectos operacionais, que influenciam na
determinação da capacidade do sistema de pistas. Os mais comuns aplicados são:
a) Condições ideais de sequenciamento e de coordenação de tráfego aéreo;
b) Todas as equipes operacionais são consideradas com a mesma capacitação e
o mesmo desempenho operacional; e
c) Todos os equipamentos de radionavegação e de auxílios visuais são
considerados, técnica e operacionalmente, sem restrições; e todos os
equipamentos de comunicações (VHF/Telefonia) são considerados
operacionais.
Fatores relativos às operações de pouso e de decolagem
a) Tempos médios de ocupação de pista;
b) MIX de aeronaves;
c) Percentual de utilização das cabeceiras;
d) Comprimento do segmento de aproximação final;
e) Separação mínima regulamentar de aeronaves;
f) Configuração das pistas de pouso e de táxi;
g) Velocidade de aproximação final; e
h) Utilização ou não de equipamento radar.
Metodologia
Determinada conforme metodologia específica do CGNA, MCA 100-14 (DECEA,
2015), descrita abaixo.
• DETERMINAÇÃO DO TEMPO MÉDIO PONDERADO ENTRE DOIS POUSOS
CONSECUTIVOS (TMST)
O tempo médio ponderado despendido para percorrer a separação total entre dois
pousos consecutivos é obtido dividindo-se essa distância pela velocidade média
ponderada do MIX de aeronaves, conforme equação abaixo:
𝑇𝑀𝑆𝑇 =𝑆𝑇
𝑉𝑀
• DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE POUSOS NO INTERVALO DE UMA HORA
(P)
72
Dividindo-se o intervalo de uma hora, em segundos, pelo tempo médio ponderado
despendido para percorrer a separação total entre dois pousos consecutivos,
encontra-se o número de pousos possíveis com a separação proposta no intervalo
proposto, conforme equação abaixo:
𝑃 =3600
𝑇𝑀𝑆𝑇
• DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE DECOLAGENS NO INTERVALO DE UMA
HORA (D)
Aplicando-se a separação total encontrada é possível intercalar uma decolagem
entre dois pousos consecutivos. Ao subtrair uma aeronave do total de pousos,
encontra-se o número possível de decolagens, no intervalo de tempo considerado,
conforme equação abaixo:
𝐷 = 𝑃 − 1
• DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE TEÓRICA DE PISTA (CTP)
Para se determinar a capacidade do sistema de pistas, basta somar o número de
pousos encontrados com o número de decolagens, conforme equação abaixo:
𝐶𝑇𝑃 = 𝑃 + 𝐷
Caso se tenha a informação de Capacidade Teórica de Pista (CTP) e queira obter o
número de pousos basta então aplicar a seguinte fórmula:
𝑃 =𝐶𝑇𝑃 + 1
2
Considerações
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Aeródromo e Pista.
Título Indicador Capacidade de chegada (KPI 09)
Área do Negócio Capacidade
Descrição do
Indicador
O maior número de pousos que um dado aeroporto pode suportar em uma hora de
operação (também chamado de capacidade de pouso declarada ou taxa de aceitação
do aeroporto).
Objetivo Mensuração A capacidade declarada do aeroporto.
Fonte GANP 2016 e MCA 100-14
Periodicidade Anual Resp.
Mensuração CGNA
Meta para o Período
73
Título Indicador Capacidade de chegada (KPI 09)
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) 1. Conforme MCA 100-14:
2. KPI09 = (CTP+1)/2
Identificação das
variáveis
No nível de um aeroporto.
Selecione o valor mais elevado das capacidades de pouso declaradas.
Resultado do KPI: ajuste o valor para uma taxa de pouso horária, caso a informação
seja dada em intervalo inferior a uma hora.
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Aeroporto
Clientes CGNA, ANSP’s e Cias. Aéreas.
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Indicar a configuração operacional para cada aeroporto. Pistas utilizadas para a
decolagem e pouso.
Fonte dos Dados
Responsável pelos
Dados CGNA
6.5. KPI 10 – TAXA PICO DE CHEGADA DO AEROPORTO
O KPI 10 também é conhecido como “Busy-Hour rate” (BHR) na literatura (Ashford,
Coutu, & Beasley, 2013), geralmente aplicado ao contexto de terminal de aeroportos,
mas aqui introduzido para operação na pista.
Esta é a taxa horária acima da qual 5% do tráfego no aeroporto é processado. Esta
medida foi introduzida para superar alguns dos problemas envolvidos com o uso do
“Standard Busy Hour”, que era dada pela 30º hora mais movimentada, onde o nível
implícito de congestionamento no pico não era o mesmo de aeroporto para
aeroporto. O BHR é facilmente calculado classificando os volumes operacionais em
ordem de magnitude e calculando a soma cumulativa de volumes que representam
5% do volume anual.
O 95º percentil da quantidade de pousos em uma hora significa o valor que separa
uma lista com a quantidade de pousos por hora e data ordenados os 5% de horas
74
mais congestionadas dos 95% de horas menos congestionadas, ou seja, é a hora pico
de pousos desconsiderando valores altos que podem ser atípicos, outliers ou erros
de sistema.
Considerações
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Aeródromo e Pista.
Título Indicador Taxa pico de chegada do aeroporto (KPI 10)
Área do Negócio Capacidade
Descrição do
Indicador
Representa o 95º percentil do movimento de pousos reportados em um aeroporto, na
continuidade de horas ordenadas da menos ocupada até a hora mais movimentada.
Objetivo Mensuração O número real de pousos no aeroporto
Fonte GANP 2016
Periodicidade Mensal Resp.
Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
Identificação das
Variáveis
No nível de um voo individual:
Excluir helicópteros.
No nível de uma determinada hora:
Classifique as horas em ordem crescente a partir da hora menos ocupada para a mais
movimentada.
Calcule o KPI: é igual ao valor de pouso encontrada na hora que representa o 95º
percentil dos movimentos.
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Aeroporto, dia, mês, ano
Clientes SDOP, CGNA e companhias aéreas
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Obs: como classificar asa rotativa ou fixa. Um dos possíveis problemas desse
indicador está na classificação do tipo de asa, porque deve excluir a asa rotativa no
cálculo deste indicador, porém este campo tem que ser obtido através do tipo de
equipamento, o que gera a necessidade de revisão periódica com o lançamento de
novos equipamentos de asa rotativa, assim como pode existir inconsistência neste
campo no banco de dados.
75
Título Indicador Taxa pico de chegada do aeroporto (KPI 10)
Fonte dos Dados TATIC FLOW
Responsável pelos
Dados APLOG
6.6. KPI 11 – UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE DE CHEGADA
Este KPI indica quão eficiente está a capacidade, sendo uma medida de acomodação
de demanda, comparada a capacidade. Em aeroportos congestionados, o KPI indica
que o processamento de demanda é a capacidade declarada. Em aeroportos não
congestionados, o KPI indica que o processamento está sem restrições com base no
PLN.
Para seu cálculo é necessário contar o número de pousos baseado no ALDT e o
número de pousos estimados com base no ELDT, ambos fornecidos pelo TATIC
FLOW, para computo da demanda horária, comparada com a capacidade de pouso,
fornecida pelo CGNA, ou demanda, o que for menor.
Metodologia
Para cada hora:
• Computar a demanda acomodada baseada no número de pousos (ALDT);
• Computar a demanda através da contagem do número de pousos estimados
(ELDT);
a) se demanda ≥ capacidade → utilização = demanda acomodada/capacidade.
b) se demanda < capacidade → utilização = demanda acomodada/demanda.
KPI = utilização *100 [%]
A tabela a seguir apresenta um exemplo ilustrativo de como é calculado essa KPI.
Demanda (D) Capacidade (C) Demanda Acomodada (DA) Eficiência
30 25 25 100% DA/C
27 25 23 92% DA/C
23 25 23 100% DA/D
23 25 21 91,3% DA/D
No nível agregado (períodos longos de tempo):
KPI = {soma (utilização * demanda) / soma (demanda)}*100 [%]
76
Considerações
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Aeródromo, Pista e Condições
meteorológicas.
Título Indicador Utilização da capacidade de pouso do aeroporto (KPI 11)
Área do Negócio Capacidade
Descrição do
Indicador
Taxa de pouso do aeroporto (demanda acomodada) comparada com a capacidade de
pouso ou demanda o que for menor
Objetivo Mensuração O número de pousos não acomodados no aeroporto
Fonte GANP 2016
Periodicidade Mensal Resp.
Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
Para cada intervalo de tempo:
Compute a taxa: conte o número de pousos baseado no ALDT.
Compute a demanda: conte o número de pousos estimados baseado no ELDT.
a) se demanda ≥ capacidade: utilização = demanda acomodada/capacidade.
b) se demanda < capacidade: utilizar = demanda acomodada/demanda.
KPI = utilização x 100 [%]
No nível agregado (períodos longos de tempo)
Calcule o KPI: soma (utilização * demanda) / soma (demanda) x 100 [%]
Identificação das
Variáveis
Capacidade: conforme definido no KPI 09
Demanda: Dados dos movimentos aplicados no KPI 10
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Aeroporto, dia, mês e ano
Clientes CGNA, ANSP’s e Cias. Aéreas.
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados TATIC FLOW
77
Título Indicador Utilização da capacidade de pouso do aeroporto (KPI 11)
Responsável pelos
Dados APLOG e CGNA
6.7. KPI 13 – TEMPO ADICIONAL DE TAXI-IN
A metodologia utilizada para obtenção do KPI 13 consiste na extração automática
dos dados de pouso e block-in informados pelo TATIC FLOW de cada aeroporto para
a composição do tempo real de taxi e sua comparação com o tempo de taxi
desimpedido. Os dados AIBT e ARR são alimentados por meio do comando do ATCO
no sistema TATIC FLOW.
Assim, a qualidade do dado depende da interferência do ATCO, que deverá efetuar
os comandos no sistema TATIC FLOW conforme a progressão do voo, evitando
atrasos e antecipações.
Os dados de AIBT e ARR podem ser obtidos através de outras fontes
(Concessionárias Aeroportuárias, por exemplo), no caso de dificuldade de obtenção
via TATIC.
O tempo de taxi desimpedido é obtido por meio de metodologia estatística, da
mesma maneira apresentada para o KPI 02, desenvolvida pelo PRU - Performance
Unit Review (EUROCONTROL) e divulgado na nota técnica Unimpeded Taxi-out
Time. A seguir é apresentada a tradução das 5 etapas que compõe a referida
metodologia.
A eficiência do segmento de taxi-in é, em sua maior parte, menos impactada pelo
ATM do que o segmento de taxi-out. A eficiência de taxi-in tende a ser mais
dependente de vários fatores, incluindo a complexidade do layout do aeroporto, a
disponibilidade de taxiways de saída rápida, os efeitos de ajustes, como a
disponibilidade de gates no pátio e equipe do aeroporto/companhia aérea.
METODOLOGIA
Cálculo de tempo de chegada desimpedido (metodologia PRU)
O tempo de taxi-in desimpedido é calculado em cinco etapas:
1. Verificação da qualidade dos dados
a) As horas block-in e de decolagem recebidas dos aeroportos são
verificadas por consistência e completude.
78
b) Detecção e filtragem de valores-limite estatísticos:
• Os voos com um tempo de desaceleração real negativo são rejeitados
da amostra de tráfego;
• Os voos com um tempo real de taxi-in superior a 5 horas são rejeitados
da amostra de trânsito.
2. Para cada voo de chegada da amostragem de tráfego
a) Cálculo do tempo real de taxi-in, que é a diferença entre o tempo de pouso
real (ALDT) e o tempo real de block-in (AIBT).
b) Determinação do nível de congestionamento contando o número de
outras decolagens e pousos durante o intervalo de tempo (tempo de
pouso do respectivo voo, tempo de block-in).
c) Determinação do rendimento do aeroporto (número total de
movimentos, decolagens e pousos incluídos, no aeroporto) observados na
hora que antecede o tempo real de block-in (AIBT).
d) Determinação da combinação do taxi de chegada (pista de pouso, gate ou
grupo de gate) ao qual pertence o respectivo voo.
3. Determinação do nível de saturação
a) Estimativa do rendimento pico do aeroporto (R) usando o percentil 90 do
rendimento do aeroporto dentro da hora anterior de todos os voos na
amostra de referência. Para cada combinação do taxi de chegada (pista de
chegada, gate ou grupo de gate):
b) Cálculo de uma primeira estimativa do tempo de taxi-in desimpedido
(U1) usando o percentil 20 dos tempos reais de deslocamento dos voos
pertencentes a essa combinação.
c) Computação do nível de saturação (L):
𝐿 = 𝑈1.𝑅
60
4. Identificação dos voos desimpedidos
a) Para cada grupo (pista de pouso e gate de chegada):
b) Seleção de voos com um
Índice de congestionamento ≤ 0,5 * nível de saturação
5. Cálculo do tempo de taxi-in desimpedido
a) Para cada grupo (pista de pouso e gate de chegada):
79
• Se o número de voos desimpedidos no grupo for inferior a 10, nenhum
tempo de taxi de chegada desimpedido é calculado para essa
combinação;
• Se o número de voos desimpedidos for maior ou igual a 10, o tempo
de taxi de chegada desimpedido para esta combinação é definido
como a mediana das horas reais de taxi de chegada desimpedidos
observados dos voos desimpedidos.
Para esse indicador será adotado a simplificação de cálculo para o 20º percentil
como sendo o resultado do taxi desimpedido, que foi considerado aceitável quando
comparado com o resultado apresentado pela metodologia acima descrita, em testes
realizados com amostras reais.
Considerações
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Órgão, Aeródromo, Companhia Aérea,
Pista, Gate, Condições Meteorológicas e Regras de Voo.
Título Indicador Tempo Adicional de Taxi-in (KPI 13)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
Comparação entre o tempo médio de taxi de chegada desimpedido e o tempo real por
aeroporto ou conjunto de aeroportos
Objetivo Mensuração
Este KPI tem como objetivo fornecer uma indicação da eficiência no taxi de chegada
no aeroporto. Isso pode incluir a espera média que ocorre em rotas não otimizadas de
taxi e paradas intermediárias durante o taxi de saída. Este KPI também é utilizado
para estimar o excesso de consumo de combustível e emissões associadas. O KPI visa
identificar o efeito do layout físico do aeroporto, enquanto foca na responsabilidade
do ATM em aperfeiçoar o fluxo de tráfego chegando no gate.
Fonte GANP 2016
Periodicidade Mensal Resp.
Mensuração
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) 𝐾𝑃𝐼13 = ∑(𝑑𝑒𝑙𝑡𝑎𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑑𝑒𝑡𝑎𝑥𝑖𝑖𝑛)
∑𝐷𝑒𝑝𝐼𝐹𝑅[minuto/voo]
Identificação das
Variáveis
Para cada voo chegando:
- ALDT (TATIC FLOW)
- AIBT (TATIC FLOW)
- Gate (TATIC)
80
Título Indicador Tempo Adicional de Taxi-in (KPI 13)
- Cabeceira (TATIC FLOW)
Obs: As variáveis supracitadas podem ser obtidas através de outras fontes
(Concessionárias Aeroportuárias, por exemplo), no caso de dificuldade de obtenção
via TATIC.
No nível de voos individuais:
1. Selecionar voos chegando, excluir helicópteros e VFR;
2. Determinar tempo desimpedido do taxi-in (conforme 20º percentil)
3. Computar o tempo adicional de taxi-in:
Tempo adicional de taxi-in = Máx [0, (AIBT-ALDT) – Tempo de Taxi-in
Desimpedido]
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Dia, mês, ano, cabeceira, gate, companhia aérea e aeroporto individualizado.
Clientes SDOP, administrador do aeroporto e companhias aéreas.
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados TATIC
Responsável pelos
Dados APLOG
6.8. KPI 14 – PONTUALIDADE DE CHEGADA
A metodologia utilizada para obtenção do KPI 14 consiste na extração automática
dos dados de block-in informados pelo TATIC FLOW de cada aeroporto e sua
comparação com o horário de chegada programado (ETA – Registro da ANAC). O
dado AIBT é alimentado por meio do comando do ATCO no sistema TATIC FLOW.
Assim, a qualidade do dado depende da interferência do ATCO, que deverá efetuar
os comandos no sistema TATIC FLOW conforme a progressão do voo, evitando
atrasos e antecipações.
METODOLOGIA
A variação de tempo (ΔT) será obtida através da diferença em módulo entre AIBT e
EIBT ou ETA, conforme segue abaixo:
ΔT1 = |AIBT – EIBT (PLN)|
81
ΔT2 = |AIBT – ETA (Registro)|
A classificação de pontualidade será obtida através de análise do valor de corte
(desvio máximo positivo ou negativo do Δ de partida (ΔT) em relação ao Δ limite
(ΔL)) que define se um voo é contado no horário ou não. Sendo assim, serão
consideradas três variantes para o ΔL, 5 min, 15 min e 30 min, que serão calculadas
para cada tipo de partida programada (PLN e Registro de voo).
a) Voo não pontual – ΔT ≥ ΔL
b) Voo pontual – ΔT < ΔL
Após a obtenção dos dados de pontualidade para cada voo regular extraído do TATIC
FLOW, calcula-se o percentual de voos pontuais utilizando-se a fórmula métrica:
𝐾𝑃𝐼14 = ∑(𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟a 𝑟𝑖𝑜)
∑(𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎𝑠)× 100 [% de voos]
Considerações
A chegada no gate é o último segmento de desempenho nas cinco fases do voo. Como
tal, o atraso da chegada no gate depende do desempenho de todas as fases de voo
anteriores. O atraso na chegada do gate também pode ocultar alguma ineficiência
em fases de voo anteriores, pois o horário de chegada programado pode incluir um
tempo de armazenamento total para alcançar um nível mais alto de desempenho
pontual.
A participação de todos os envolvidos nessa fase de voo é fundamental para a
melhoria do presente indicador, semelhante ao destacado no KPI 01. Assim, o
conceito A-CDM figura como elemento essencial para o ganho de eficiência,
sobretudo em aeroportos complexos e com alta demanda de movimento.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Órgão, Aeródromo, Companhia Aérea e
Condições Meteorológicas.
Título Indicador Pontualidade na Chegada (KPI 14)
Área do Negócio Previsibilidade
Descrição do
Indicador
Porcentagem de voos chegando ao gate no horário programado (comparação com a
programação)
Objetivo
Mensuração
Este é um KPI com foco no usuário do espaço aéreo e no passageiro. Fornece uma
indicação geral da qualidade do serviço prestado pelos ANSP e companhias aéreas em
executar a pontualidade de chegada ao gate nas localidades selecionadas.
Fonte GANP 2016
82
Título Indicador Pontualidade na Chegada (KPI 14)
Periodicidade Mensal Resp.
Mensuração APLOG
Meta para o
Período
Última Medição Data: N Informado Valor: N Informado
Fórmula
(Métrica) 𝐾𝑃𝐼14 =
∑(𝑣𝑜𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙)
∑Voo Regulares× 100 [% de voos]
Identificação das
Variáveis
Para cada voo programado de partida:
- Hora de chegada programada - Registro (ETA)
- Tempo real de chegada no gate (AIBT) – TATIC
- Tempo de chegada estimado (EIBT) – TATIC
Obs: As variáveis supracitadas podem ser obtidas através de outras fontes (Concessionárias
Aeroportuárias, por exemplo), no caso de dificuldade de obtenção via TATIC.
1. Filtrar somente os voos regulares
2. Determinar variação do tempo (delta chegada = ΔT)
ΔT1 = |AIBT – EIBT|
ΔT2 = |AIBT-ETA|
3. Classificar se o voo está pontual ou não (com as 2 variantes ΔT1 e ΔT2)
Se ΔTi ≥ Limite → Voo não pontual
Se ΔTi < Limite → Voo pontual
Limite = 5, 15 ou 30 min
Parâmetros de
Análise (visão do
indicador por)
Dia, mês, ano, companhia aérea e aeroporto individualizado
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas
Gerência
Recebedora do
Resultado
SDOP
Grau de
Avaliação
Orientação para
Análise
Valor de corte (desvio máximo positivo ou negativo de chegada agendado) que define se
um voo é contado como no horário ou não.
Valores de 5 minutos, 15 minutos e 30 minutos.
Chegadas agendadas com base nos planos de voo repetitivos (RPL).
Obs.: Resolução da ANAC alterando de 30 para 15 minutos.
Fonte dos Dados TATIC FLOW
83
Título Indicador Pontualidade na Chegada (KPI 14)
Responsável
pelos Dados APLOG
6.9. KPI 15 – VARIABILIDADE DO TEMPO DE VOO
A "variabilidade" das operações determina o nível de previsibilidade para os
usuários, dessa forma tem um impacto na programação das companhias aéreas.
Concentra-se na variância associada às fases do voo.
Quanto maior a variabilidade, maior será a distribuição dos tempos de viagem reais
e o maior o custo desse tempo de buffer necessário nas agendas das companhias
aéreas para manter um nível de pontualidade satisfatório.
Metodologia
1. Excluir Indicativo de chamada que não possuem uma frequência mínima mensal
requerida (20 vezes no mês);
2. Ordenar de forma crescente em tempo os voos de um mesmo Indicativo de
chamada*;
3. Identificar o tempo mais curto (dado pelo percentil 1) e o tempo mais longo (dado
pelo percentil 2)**;
4. Computar a variabilidade:
*Tempo de voo = AOBT-AIBT (gate-to-gate). Podendo ser detalhado por tempo de
taxi-out, voo e taxi-in, nesses casos será necessário ATOT e ALDT.
**Variante 1: considerar 70% do voos de um mesmo Indicativo de chamada. O
tempo mais curto será o 15º percentil na ordem de duração de voo. O tempo mais
longo será o 85º percentil na ordem de duração de voo.
Variante 2: considerar 60% do voos de um mesmo Indicativo de chamada. O tempo
mais curto será o 20º percentil na ordem de duração de voo. O tempo mais longo
será o 80º percentil na ordem de duração de voo.
Considerações
Quanto menor a variação do tempo de voo, melhor será a previsibilidade do mesmo,
o que é positivo para todo o sistema.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de Aeródromo, Companhia Aérea e Voo
individual.
84
Título Indicador Variabilidade do tempo de voo (KPI 15)
Área do Negócio Previsibilidade
Descrição do Indicador
Distribuição da duração do voo em torno de um valor médio.
Objetivo Mensuração
A "variabilidade" das operações determina o nível de previsibilidade para os usuários, dessa forma tem um impacto na programação das companhias aéreas. Concentra-se na variância associada às fases do voo
Quanto maior a variabilidade, maior será a distribuição dos tempos de viagem reais e o maior o custo desse tempo de buffer necessário nas agendas das companhias aéreas para manter um nível de pontualidade satisfatório.
Fonte
Comparison of ATM-Related Operational Performance: U.S./Europe (June 2014)
PRR Performance Review Report (EUROCONTROL 2015)
CANSO Recommended KPIs for Measuring ANSP Operational Performance (2015)
Periodicidade Mensal Resp.
Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
𝐾𝑃𝐼15 = Tempo mais longo−Tempo mais curto
2 (por Indicativo de chamada)
Identificação das Variáveis
A nível individual do voo (Indicativo de chamada), no período mensal ou maior:
1. Excluir Indicativo de chamada que não possuem uma frequência mínima mensal requerida (20 vezes no mês);
2. Ordenar de forma crescente em tempo os voos de um mesmo Indicativo de chamada*;
3. Identificar o tempo mais curto (dado pelo percentil 1) e o tempo mais longo (dado pelo percentil 2)**;
4. Computar a variabilidade da pela fórmula no campo anterior.
*Tempo de voo = AOBT-AIBT (gate-to-gate). Podendo ser detalhado por tempo de taxi-out, voo e taxi-in, nesses casos será necessário ATOT e ALDT.
**Variante 1: considerar 70% do voos de um mesmo Indicativo de chamada. O tempo mais curto será o 15º percentil na ordem de duração de voo. O tempo mais longo será o 85º percentil na ordem de duração de voo. Variante 2: considerar 60% do voos de um mesmo Indicativo de chamada. O tempo mais curto será o 20º percentil na ordem de duração de voo. O tempo mais longo será o 80º percentil na ordem de duração de voo.
Parâmetros de Análise (visão do
indicador por) Mês, ano, período, Indicativo de chamada, city-pair, Cia. Aérea, aeroporto.
Clientes Cias Aéreas, passageiros, CGNA, SDOP, Administradores de Aeroportos.
85
Título Indicador Variabilidade do tempo de voo (KPI 15)
Gerência Recebedora do
Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Quanto menor a variação do tempo de voo, melhor será a previsibilidade do mesmo, o que é positivo para todo o sistema.
Orientação para Análise
Fonte dos Dados TATIC FLOW
Responsável pelos Dados
APLOG
6.10. ID BR 01 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE DE PISTA
A metodologia utilizada para obtenção do ID BR 01 consiste na extração automática
dos dados de movimento do aeródromo (ALDT, ATOT e TGL) informados pelo TATIC
de cada aeroporto e a contagem do número de movimentos de pouso, decolagem e
TGL e sua relação com a Capacidade Declarada de Pista, obtida junto ao CGNA. Esse
ID deve ser calculado de maneira dinâmica ao longo do tempo.
Assim, a qualidade do dado depende da interferência do ATCO, que deverá efetuar
os comandos no sistema TATIC conforme a progressão do voo, evitando atrasos e
antecipações.
O Indicador relaciona o movimento, a efetiva utilização da pista, no intervalo de
tempo de uma hora (60min) com a capacidade declarada de pista, expresso em
percentual.
Considerações
O percentual obtido indica a saturação da pista no intervalo de tempo de estudo,
permitindo avaliar se a taxa de acomodação está dentro dos parâmetros esperados,
e assim identificar os potenciais gatilhos de investimentos no aeroporto.
Título Indicador Relação entre demanda x capacidade de pista (ID BR 01)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
Relação entre movimento (pouso, decolagem e TGL) realizado e a capacidade de
pista.
86
Título Indicador Relação entre demanda x capacidade de pista (ID BR 01)
Objetivo Mensuração
Medir a saturação de movimentos ao longo de um período de operação do aeroporto
em relação a capacidade do sistema de pistas.
Avaliar a demanda acomodada no aeroporto, possibilitando identificar gatilhos para
investimentos no layout do sistema de pistas, otimização de operação e planejamento.
Fonte
ALDT (TATIC)
ATOT (TATIC)
Capacidade declarada de pista (CGNA)
Periodicidade Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) ID = [demanda(no intervalo de tempo 1h)/Capacidade declarada de pista] * 100
Identificação das
Variáveis
Demanda = somatório do movimento (ALDT, ATOT e TGL no intervalo de tempo de
1h considerado
Capacidade declarada de pista
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
1. Excluir helicópteros.
2. A cada 1 min, contar os movimentos de pouso, decolagem e TGL no intervalo de
1h que passou.
Demanda = somatório do movimento (ALDT, ATOT e TGL no intervalo de tempo de
1h considerado)
3. Calcular o ID de maneira dinâmica ao longo do tempo (com frequência de 1 min):
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Obs: 1) Verificar o que fazer no caso em que o movimento de helicópteros é relevante
na RWY; 2) Verificar a situação de uso dos dados de TGL.
Fonte dos Dados TATIC FLOW
Responsável pelos
Dados APLOG
6.11. ID BR 02 – TEMPO DE CHEGADA NA TERMINAL
Este Indicador consiste na comparação entre o tempo desimpedido de chegada na
TMA, obtido segundo a metodologia ANS Performance EU, considerando tempos de
voo desimpedido, com o tempo real de voo na chegada na TMA de acordo com a pista
em uso. Assim, permite que seja determinado o percentual de voos pontuais,
87
atrasados ou adiantados, tornando possível medir a eficiência das operações, do
design da terminal e da aderência das Companhias Aéreas ao planejamento
apresentado. Os dados são obtidos através do TATIC FLOW (ARR) e do SAGITARIO
(chegada na TMA – aceite de ACFT). Serão considerados pontuais os voos com
diferença de até 3 minutos com relação ao tempo desimpedido, conforme ICA 100-
37.
Metodologia
1. Classificar os voos em Pontual, Atrasado ou Adiantado:
• Pontual: tempo de voo na TMA = tempo de voo desimpedido (± 3min)
• Adiantado: tempo de voo na TMA <tempo de voo desimpedido
• Atrasado: tempo de voo na TMA > tempo de voo desimpedido
2. O percentual de voos Pontual, Atrasado ou Adiantado consistirá em realizar
a somatória dos voos classificados como Pontual, Atrasado ou Adiantado
separadamente e dividir pelo total de voos.
3. O tempo voo adicional na TMA será a diferença entre o tempo de voo na TMA
e o tempo de voo desimpedido para os voos classificados como Atrasado.
4. O tempo adiantado de voo na TMA será a diferença entre o tempo de voo
desimpedido e o tempo de voo na TMA para os voos classificados como
Adiantado.
5. A variante de tempo adicional de voo na TMA será a somatória dos tempos
de voo adicional dividido pelo total de voos Atrasados.
6. A variante de tempo antecipado de voo na TMA será a somatória dos tempos
antecipado de voo dividido pelo total de voos Antecipados.
Considerações
Esse Indicador permite que seja avaliada a variação da operação no órgão ATC, uma
vez que compara o real a um valor de referência evidenciando pontualidade, atrasos
ou adiantamentos e o momento em que ocorreram. Assim, auxilia na elaboração de
planos de aprimoramento profissional a fim de disseminar determinadas condutas
ou ainda mitigar potenciais falhas.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de operador, Órgão, aeródromo, setor e pista
em uso.
88
Título Indicador Tempo de chegada na Terminal (ID BR 02)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
É comparação do tempo desimpedido de chegada na TMA com o tempo real de vôo
chegando na terminal por pista
Objetivo Mensuração
Verificar o percentual de voos pontuais, atrasados ou adiantados em uma terminal
com vista a medir a eficiência das operações, do design da terminal e da aderência das
Companhias Aéreas ao planejamento apresentado.
Fonte
Periodicidade Mensal Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
IDP = [soma (voos pontuais)/total de voos]*100
IDAdc= [soma (voos com tempo adicional)/total de voos]*100
IDAnt= [soma (voos com tempo de antecipação)/total de voos]*100
IDb = soma (tempo adicional de voo TMA)/contagem (voos com tempo adicional)
IDc = soma (tempo antecipado de voo TMA)/contagem (voos com tempo de
antecipação)
Identificação das
Variáveis
- Tempo de voo desimpedido na TMA: Determinar tempo desimpedido conforme
metodologia ANS Performance EU, considerando tempos de referência (TRef)
- Tempo de voo na TMA:
a- hora de entrada da terminal - HTM
b- hora de saída da terminal para pouso = ALDT (ARR do TATIC)
- Delta tempo de voo na TMA (DT)
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
1- Excluir helicopteros e VFR
2 – Delta tempo de voo na TMA (DT) = (ALDT - HTM) - Tempo TMA Desimpedido
a – PONTUAIS: DT = TRef
b – ADICIONAL: DT > Tref
c- ANTECIPADA: DT < Tref
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados TATIC FLOW
89
Título Indicador Tempo de chegada na Terminal (ID BR 02)
Responsável pelos
Dados APLOG
6.12. ID BR 03 – TEMPO DE SAÍDA NA TERMINAL
Este Indicador consiste na comparação entre o tempo desimpedido de saída da TMA,
obtido segundo a metodologia ANS Performance EU, considerando tempos de
referência, com o tempo real de voo na saída da TMA. Em nível avançado devesse
determinar o tempo de saída desimpedido para cada SID existente. Assim, permite
que seja determinado o percentual de voos pontuais, atrasados ou adiantados,
tornando possível medir a eficiência das operações, do design da terminal e da
aderência das Companhias Aéreas ao planejamento apresentado. Os dados são
obtidos através do TATIC FLOW (DEP) e do SAGITARIO (saída da TMA – hand-off).
Metodologia
1. Classificar os voos em Pontual, Atrasado ou Adiantado:
• Pontual: tempo de voo na TMA = tempo de voo desimpedido (± 3min)
• Adiantado: tempo de voo na TMA <tempo de voo desimpedido
• Atrasado: tempo de voo na TMA > tempo de voo desimpedido
2. O percentual de voos Pontual, Atrasado ou Adiantado consistirá em realizar
a somatória dos voos classificados como Pontual, Atrasado ou Adiantado
separadamente e dividir pelo total de voos.
3. O tempo voo adicional na TMA será entre diferença entre o tempo de voo na
TMA e o tempo de voo desimpedido para os voos classificados como
Atrasado.
4. O tempo adiantado de voo na TMA será a diferença entre o tempo de voo
desimpedido e o tempo de voo na TMA para os voos classificados como
Adiantado.
5. A variante de tempo adicional de voo na TMA será a somatória dos tempos
de voo adicional dividido pelo total de voos Atrasados.
6. A variante de tempo adiantado de voo na TMA será a somatória dos tempos
adiantado de voo dividido pelo total de voos Adiantados.
Considerações
90
Esse Indicador permite que seja avaliada a variação da operação no órgão ATC, uma
vez que compara o real a um valor de referência evidenciando pontualidade, atrasos
ou adiantamentos e o momento em que ocorreram. Assim, auxilia na elaboração de
planos de aprimoramento profissional a fim de disseminar determinadas condutas
ou ainda mitigar potenciais falhas.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de operador, Órgão, aeródromo, setor e pista
em uso.
Título Indicador Tempo de saída na Terminal (ID BR 03)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
É comparação do tempo desimpedido de saída na TMA com o tempo real de vôo
saindo da terminal por pista
Objetivo Mensuração
Fonte
Periodicidade Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
IDP = [soma (voos pontuais)/total de voos]*100
IDAdc = [soma (voos com tempo adicional)/total de voos]*100
IDAnt = [soma (voos com tempo de antecipação)/total de voos]*100
IDb = soma (tempo adicional de voo TMA)/contagem (voos com tempo adicional)
IDc = soma (tempo antecipado de voo TMA)/contagem (voos com tempo de
antecipação)
Identificação das
Variáveis
- Tempo de voo desimpedido na TMA: Determinar tempo desimpedido conforme
metodologia ANS Performance EU, considerando tempos de referência (TRef).
- Tempos de voo na TMA:
a- hora de DEP OU HANDOFF DE ACEITE – HAH1
b- hora de saída da TMA – HAH2
- Delta tempo de voo na TMA (DT)
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
1- Excluir helicópteros e VFR
2 – Delta tempo de voo na TMA (DT) = (HAH2– HAH1) - Tempo TMA
Desimpedido
a – PONTUAIS: DT = TRef
b – ADICIONAL: DT > Tref
c- ANTECIPADA: DT < Tref
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas
91
Título Indicador Tempo de saída na Terminal (ID BR 03)
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados TATIC FLOW
Responsável pelos
Dados APLOG
6.13. ID BR 04 – HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO X
QUANTIDADE DE EFETIVO
Conforme a ICA 63-33, 2018 a quantidade de ATCO disponibilizado pelo SISCEAB
para atender a demanda de tráfego de um Órgão ATS depende da quantidade de
movimentos anuais.
Este ID busca observar o computo de movimento considerando a quantidade de
tempo utilizada para cada movimento em relação a quantidade de efetivo
disponibilizado pelo SISCEAB.
Metodologia
Esse ID possui duas variantes. A primeira (V1) considera o efetivo ponderado (EP)
e a segunda (V2) variante considera o efetivo total (ET) do Órgão, excluindo os
estagiários.
O efetivo ponderado corresponde a quantidade mínima de ATCO necessária
considerando a quantidade máxima de serviço observada na escala de serviço de um
determinado mês. Por exemplo: No mês de maio de 2018 o operador que mais tirou
serviço no APP-BH foi o YPQC com 20 serviços, portanto 20 é número máximo de
serviço observado na escala desse mês, logo YPQC conta como 01 (um) efetivo
ponderado, se outro ATCO cumpriu 10 serviços no referido mês será contado como
0,5 no efetivo ponderado, o ID BR 04 V1 será o total das horas de voo no órgão
dividido pela soma da ponderação de todos os ATCO do Órgão, já o ID BR 04 V2, será
o total de horas de voo no órgão dividido pelo total do efetivo.
𝐼𝐷 𝐵𝑅 04 (𝑉1) = ∑ 𝐻𝑉
𝐸𝑃
92
𝐼𝐷 𝐵𝑅 04 (𝑉2) = ∑ 𝐻𝑉
𝐸𝑇
Considerações
Em V1 acredita-se poder mensurar que para cada hora de voo realizada na área do
referido Órgão foram disponibilizadas determinada quantidade de horas de ATCO
pelo PSNA. Exemplo: Para 1 h de voo controlada foi disponibilizada 4 h de ATCO
escalado.
Em V2 acredita-se poder mensurar para cada hora de voo realizada na área do
referido Órgão a quantidade de horas que os ATCO escalados pelo PSNA utilizou
para atender a demanda. Exemplo: Para 1 h de voo controlada foi disponibilizada
1,5 h de ATCO logado.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de operador, Órgão e setor.
Título Indicador Horas de Voos Evoluídos No Órgão X Quantidade de efetivo (ID BR 04)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador Relação entre o somatório de horas de voo controladas e o total de ATCO do PSNA
Objetivo Mensuração
Observar o computo de movimento considerando a quantidade de tempo utilizada
para cada movimento em relação a quantidade de efetivo disponibilizado pelo
SISCEAB.
Fonte Por Voo em APP ou ACC de Vigilância:
Hora de entrada no setor (SAGITARIO)
93
Título Indicador Horas de Voos Evoluídos No Órgão X Quantidade de efetivo (ID BR 04)
Hora de saída do setor (SAGITARIO ou TATIC*)
* Para o caso do setor final do APP
Por Voo em TWR:
Hora de aceitação na final (TATIC)
Hora de Block IN (TATIC)
Hora de 1ª chamada (TATIC)
Hora de DEP
Total de efetivo:
conforme escala cumprida;
Por log (SAGITARIO ou TATIC): Hora de log in Hora log out Operador. Ou Divisão
de Turno lançada em LRO ou, ainda, registrada em planilha /sistema de
gerenciamento do supervisor.
Periodicidade Mensal Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
ID BR 04 V1 = ∑HV/EP
ID BR 04 V2 =∑HV/ET
Identificação das
Variáveis
HV = Horas de voo no órgão ATC
EP= Efetivo ponderado
ET = Efetivo total
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Clientes SDOP e administradores de PSNA
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Avaliar a produtividade do órgão. Gerenciar pessoal. Gerenciar agrupamentos.
Atualmente a ICA 63-33 baseia-se no quantitativo de voo por ano para classificação
dos órgãos de controle no SISCEAB. Este indicador busca mensurar essa
classificação pelo somatório das horas de voo no órgão para melhorar a eficiência e
eficácia na gerência de pessoal operacional disponibilizado na escala de serviço e
durante o turno de serviço.
Fonte dos Dados TATIC, SAGITÁRIO, LRO, PLANILHA DE GERÊNCIAMENTO DE TURNO
Responsável pelos
Dados PSNA, APLOG
94
6.14. ID BR 05 – HORAS DE VOOS EVOLUÍDOS NO ÓRGÃO X
QUANTIDADE DE HORAS DO EFETIVO DO ÓRGÃO
O DECEA utiliza (conforme ICA 63-33, 2018) a quantidade de movimentos de
aeronaves em determinado porção do espaço aéreo brasileiro para estabelecer nos
Órgãos que prestam os Serviços das Atividades Operacionais do SISCEAB (CTA,
COM, MET, AIS, SAR e OPM, excetua-se apenas a AGA), os seguintes critérios de
gestão:
• criação, ativação e desativação de posições operacionais;
• cálculo de efetivo;
• definição de carga de trabalho mensal; e
• elaboração de escalas de serviço operacional.
Este ID busca refinar esse computo de movimento considerando a quantidade de
tempo utilizada para cada movimento, a quantidade de força de trabalho
disponibilizada pelo SISCEAB e o quanto efetivamente foi empregado desse efetivo
escalado para atender a demanda.
Metodologia
Esse ID possui duas variantes. A primeira (V1) considera o somatório das horas de
movimentos controlados na área do referido Órgão em relação ao somatório das
horas da Carga de Trabalho Mensal de cada ATCO que foi disponibilizada pelo Órgão
para atender o mês mensurado. A segunda (V2) variante considera o somatório das
horas de movimento controlados na área do referido Órgão em relação ao somatório
das horas de efetivo controle de toda a equipe de serviço, ou seja, considera o
somatório de horas que os ATCO, independente das funções na equipe, estiveram
guarnecendo as posições operacionais no referido mês.
Para ACC e APP com Serviço de Vigilância ATS:
Para o computo deve-se determinar:
Horário do Handoff de Aceitação do primeiro setor do Órgão pesquisado (ACC ou
APP) de cada movimento controlados: HAO
NOTA: movimento controlado considerar-se para esse ID a aeronave que recebeu o
Serviço de Controle de Trafego Aéreo e Serviço Informação de Voo e deve-se
identificar o que foi mensurado em cada Órgão, por exemplo no ACC em que não são
contabilizados os movimentos de voos VFR no Espaço Aéreo “G”.
95
Horário de Handoff de Aceitação do Órgão Adjacente (ACC ou APP) de cada
movimento controlado. Quando o Órgão Aceitante de um APP for uma TWR será
considerado o horário que o ATCO da TWR aceitou o movimento registrado no
TATIC (wSEQ ARR). Quando não houver transferência de controle será considerada
o horário do término de plano de voo registrado no SAGITARIO: HAOA
Variação de tempo para cada movimento controlado individualmente no mês:
∆t = HAOA– HAO
Somatório da variação de tempo de todos movimentos controlados no mês.
T = ∑(∆t)
Somatório do tempo das horas da escala cumprida dos supervisores, FMC,
coordenadores, instrutores e controladores (não considerar as horas de escala dos
estagiários). Deve se considerar a quantidade de horas de cada turno escalado,
desconsiderando o tempo do Briefing Operacional, horas de serviços
administrativos, escala RISAER, PFO, escuta aleatória, PIMO, cursos e demais
atividades que não estejam previstas para o profissional escalado que compõem a
equipe operacional de cada turno de serviço do Órgão (∑HE).
Somatório de Horas Logados considerando a divisão de turnos para o
guarnecimento de cada posição operacional durante o turno de serviço descrita no
LRO, planilha de gerencial do supervisor ou, preferencialmente, no extrato do
SAGITÁRIO de horas logadas nas posições operacionais com setores abertos (∑HL).
Ao se considerar a Somatório de Horas Logados (∑HL) considerando as horas de
LOGOUT e LOGIN de cada ATCO com setor associado, deve se observar o somatório
das horas dos supervisores, coordenadores e FMC que podem estar trabalhando
simultaneamente ou sem a realização de LOGIN ou, ainda, sem console dedicada
para o exercício de suas funções, inviabilizando o computo automático dessas horas
trabalhadas e não logadas. Todos os casos excepcionais devem ser descritos como
foram considerados a fim de se aproximar da realidade operacional e melhorar o
detalhamento de análise e comparação do ID.
Para TWR:
Para computo deve-se determinar:
Horário de Aceitação do TATIC (wSEQ ARR) da posição TWR de cada movimento
(HAT).
96
NOTA: movimento controlado considerar-se para esse ID a aeronave que recebeu o
Serviço de Controle de Trafego Aéreo e Serviço Informação de Aeródromo, deve-se
identificar o que foi mensurado em cada Órgão, por exemplo um movimento que
seja registrado no TATIC porém não é contabilizado no movimento da TWR.
Horário de encerramento de serviço ATC para cada aeronave que chega no pátio,
hora do BLOCK IN do TATIC (AIBT).
Horário do primeiro contato e início de controle da posição CLR de cada movimento
de saída (HCC).
Horário de DEP de cada movimento de saída (HDEP).
Variação de tempo para cada movimento de chegada individualmente no mês:
∆tin = AIBT – HAT
Variação de tempo para cada movimento de saída individualmente no mês:
∆tout = DEP – HC
Somatório da variação de tempo de todos movimentos no mês:
T = ∑(∆tin + ∆tout)
Somatório do tempo das horas da escala cumprida dos supervisores, coordenadores,
instrutores e controladores (não considerar as horas de escala dos estagiários).
Deve se considerar a quantidade de horas de cada turno escalado, desconsiderando
o tempo do Briefing Operacional, horas de serviços administrativos, escala RISAER,
PFO, escuta aleatória, PIMO, cursos e demais atividades que não estejam previstas
para o profissional escalado que compõem a equipe operacional de cada turno de
serviço do Órgão (∑HE).
Somatório de Horas Logados considerando a divisão de turnos para o
guarnecimento de cada posição operacional durante o turno de serviço descrita no
LRO, planilha de gerencial do supervisor ou, preferencialmente, no extrato do TATIC
de horas logadas nas posições operacionais com setores abertos (∑HL).
Ao se considerar a Somatório de Horas Logados (∑HL) considerando as horas de
LOGOUT e LOGIN de cada ATCO com setor associado, deve se observar o somatório
das horas dos supervisores, coordenadores e assistente de TWR que podem estar
trabalhando simultaneamente ou sem a realização de LOGIN ou, ainda, sem console
dedicadas para o exercício de suas funções, inviabilizando o computo automático
dessas horas trabalhadas e não logadas. Todos casos excepcionais devem ser
97
descritos como foram considerados a fim de se aproximar da realidade operacional
e melhorar o detalhamento de análise e comparação do ID.
NOTA:O TATIC não possui LOGIN para o assistente de TWR, se for utilizar essa fonte
de dado para ID será necessário completar com as informações do LRO ou
planilha/sistema de divisão de turno do supervisor.
𝐼𝐷 𝐵𝑅 05 (𝑉1) = ∑ 𝐻𝐸
𝑇
𝐼𝐷 𝐵𝑅 05 (𝑉2) = ∑ 𝐻𝐿
𝑇
Considerações
Em V1 acredita-se poder mensurar que para cada hora de voo realizada na área do
referido Órgão foram disponibilizadas determinada quantidade de horas de ATCO
pelo PSNA. Exemplo: Para 1 h de voo controlada foi disponibilizada 4 h de ATCO
escalado.
Em V2 acredita-se poder mensurar para cada hora de voo realizada na área do
referido Órgão a quantidade de horas que os ATCO escalados pelo PSNA utilizou
para atender a demanda. Exemplo: Para 1 h de voo controlada foi disponibilizada
1,5 h de ATCO logado.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de operador, Órgão e setor.
Título Indicador Horas de Voos Evoluídos no Órgão X Quantidade de Horas do Efetivo do Órgão
(ID BR 05)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador
Relação entre o somatório de horas de voo controladas pelo somatório de horas de
ATCO do PSNA
Objetivo Mensuração
Medir a produtividade do órgão em termos de horas de voo. Mensurar o efetivo
previsto pela ICA 63-33 do órgão, considerando a horas escalados e horas logadas do
efetivo em termos da somatória das horas de voo na área do órgão provedor.
Fonte
Por Voo em APP ou ACC de Vigilância:
Hora de entrada no setor (SAGITARIO)
Hora de saída do setor (SAGITARIO ou TATIC*)
* Para o caso do setor final do APP
Por Voo em TWR:
Hora de aceitação na final (TATIC)
Hora de Block IN (TATIC)
Hora de 1ª chamada (TATIC)
Hora de DEP
98
Título Indicador Horas de Voos Evoluídos no Órgão X Quantidade de Horas do Efetivo do Órgão
(ID BR 05)
Total de efetivo:
conforme escala cumprida;
Por log (SAGITARIO ou TATIC): Hora de log in Hora log out Operador. Ou Divisão
de Turno lançada em LRO ou, ainda, registrada em planilha /sistema de
gerenciamento do supervisor.
Periodicidade Mensal Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica)
ID BR 05 V1 = ∑HE/T
ID BR 05 V2 =∑HL/T
Identificação das
Variáveis
HE = Carga horária da escala cumprida
HL = Carga horária do Logon (guarnecendo uma posição operacional)
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Clientes SDOP e administradores de PSNA
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Avaliar a produtividade do órgão. Gerenciar pessoal. Gerenciar agrupamentos.
Atualmente a ICA 63-33 baseia-se no quantitativo de voo por ano para classificação
dos órgãos de controle no SISCEAB. Este indicador busca mensurar essa
classificação pelo somatório das horas de voo no órgão para melhorar a eficiência e
eficácia na gerência de pessoal operacional disponibilizado na escala de serviço e
durante o turno de serviço.
Fonte dos Dados TATIC, SAGITÁRIO, LRO, PLANILHA DE GERÊNCIAMENTO DE TURNO
Responsável pelos
Dados PSNA, APLOG
6.15. ID BR 06 – RELAÇÃO ENTRE HORAS DE LOGIN X HORAS ATCO
O PSNA do SISCEAB disponibiliza o seu efetivo operacional conforme o número de
posições operacionais que precisaram ser guarnecidas (a referência desse
quantitativo é o número de tráfego horário que represente a média horária de operação
do órgão do ano anterior) e os limites, mínimo e máximo, previstos de carga horária
de trabalho mensal, ambos estipulados na ICA 63-33 (DECEA, 2018a). Cada turno é
99
composto pela quantidade de profissionais que possam atender a demanda prevista
para o turno e ainda proporcionar um revezamento no guarnecimento das posições
operacionais denominado Descanso.
Este ID enfoca na aferição da proporção entre a carga horária do efetivo operacional
escalado (Hora de Escala) e a carga horária efetivamente empregada guarnecendo as
posições operacionais (Hora Logada).
Metodologia
Este ID pode ser confeccionado com diversas fontes de tabela de dados, podendo ser
do SAGITARIO (somatório da carga horária de LOGIN), TATIC (somatório da carga
horária de LOGIN), planilha ou sistema escala operacional, planilha ou sistema de
divisão do turno do supervisor do órgão, LRO (Livro de Registro de Ocorrências),
etc. É necessário definir quais foram às fontes de dados mais confiáveis e o porquê
foram eleitas pelo PSNA. O TATIC não possui LOGIN para o assistente de TWR, se for
utilizar essa fonte de dado para ID será necessário completar com as informações
do LRO ou planilha/sistema de divisão de turno do supervisor.
Para esse ID foi definido como:
HL: Hora Logada é a somatória da carga horária dos ATCO que estiveram
guarnecendo uma posição operacional durante um turno de serviço registrado na
divisão de turno do LRO, na planilha de divisão de turno do supervisor ou nos dados
de LOGIN do SAGITÁRIO e/ou TATIC .
HE: Hora Escala é a somatória da carga horária de todos ATCO coletada da escala
cumprida dos Órgãos, desconsiderando os 15 minutos de Briefing Operacional de
cada turno.
𝐼𝐷 𝐵𝑅 06 =𝐻𝐿
𝐻𝐸𝑥100 (%)
NOTA: Este ID poder ser apresentado com modalidades de turnos e por ATCO.
Considerações
Este ID busca desenvolver um mecanismo de aferição de qual porcentagem de
guarnecimento das posições operacionais e do Descanso, previstos pela ICA 63-33,
são utilizados pelo Órgão. Contudo não observa o como é utilizado por não
considerar a dinâmica operacional (cenário das posições operacionais),
complexidade ATC (inoperâncias e condições meteorológicas), quantidade de
movimento (demanda), demais atividades que cada Órgão estipula para seus ATCO
100
realizarem durante os turnos (PIMO, aulas de inglês, atividades administrativas,
cursos online, etc) e demais atividades inerentes a caserna militar ou empresa
provedora.
Esse KPI visa permitir a análise a nível de operador, Órgão e setor.
Título Indicador Relação entre horas de LOGIN x horas ATCO (ID BR 06)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador Relação entre horas de tempo logado ATCO por tempo de escala operacional.
Objetivo Mensuração Apontar a percentagem de hora de login dos ATCO do mesmo órgão.
Fonte
Por log (SAGITARIO/TATIC):
Hora de log in
Hora log out
Operador
Escala operacional cumprida:
Horas de escala
Operador
Periodicidade Mensal Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) ID = (HL/HE) * 100 (%)
Identificação das
Variáveis
1- Considerar a escala operacional cumprida por ATCO
2- Somatório de horas de efetivo controle por ATCO (login/logout) = HL
3- Somatório das horas do ATCO na escala cumprida = HE
4- Considerar os 15 minutos de início de cada turno, se não estiver computado na
escala cumprida.
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados TATIC, SAGITÁRIO, LRO, PLANILHA DE GERÊNCIAMENTO DE TURNO
101
Título Indicador Relação entre horas de LOGIN x horas ATCO (ID BR 06)
Responsável pelos
Dados APLOG
6.16. ID BR 07 – RELAÇÃO ENTRE DEMANDA X CAPACIDADE NO SETOR
Este indicador visa avaliar a taxa de ocupação no setor. Permite inferir se a demanda
real está sendo acomodada, se o setor está dimensionado corretamente ou necessita
ser reavaliado, além de evidenciar o nível de complexidade do referido setor, seja
em nível de pessoal especializado ou equipamentos disponibilizados.
Metodologia
1. Somar, minuto a minuto, os tráfegos em evolução no setor/grupo de setores
conforme dados recebidos do SAGITARIO
2. Dividir pela Capacidade declarada do Setor/grupo de Setores (no caso de
agrupamentos)
Considerações
Ao mensurar a aderência dos órgãos ATC ao preconizado na ICA 100-22 (DECEA,
2018b) no tocante ao Número de referência (NRef) e Número Pico (NPico), permite
que seja efetuada uma avaliação consistente por partes dos gestores dos Órgãos, de
forma a evidenciar o cumprimento das normas de segurança operacional, a fim de
se manter os tráfegos em evolução, no setor/grupo de setores, seguros e ordenados.
Título Indicador Relação entre demanda x capacidade no setor (ID BR 07)
Área do Negócio Eficiência
Descrição do
Indicador Relação entre a demanda do setor entre a capacidade de declarada
Objetivo Mensuração
Fonte - Quantidade de voos contados minuto a minuto no setor considerado
- Capacidade declarada do setor
Periodicidade Resp. Mensuração APLOG
Meta para o Período
Última Medição Data: Valor:
Fórmula (Métrica) ID = (demanda/Capacidade declarada do setor) * 100
102
Título Indicador Relação entre demanda x capacidade no setor (ID BR 07)
Identificação das
Variáveis
- Demanda = quantidade de ACFT no setor considerado
- Capacidade declarada de setor
Parâmetros de Análise
(visão do indicador
por)
- Contar, a cada 1 min, todos os movimentos no setor
- Calcular o ID de maneira dinâmica ao longo do tempo (com frequência de 1 min):
Clientes SDOP, administradores do aeroporto e companhias aéreas
Gerência Recebedora
do Resultado SDOP
Grau de Avaliação
Orientação para
Análise
Fonte dos Dados SAGITARIO
Responsável pelos
Dados APLOG