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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES Projeto Ponte de Ligação Conde/Vila Órgão Avaliador: Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico Nome Empresarial: PREFEITURA MUNICIPAL DE CONDE CNPJ: 14.126.692/0001-23 Endereço: PRAÇA ALTAMIRANDO REQUIÃO, s/n Centro, Conde - Bahia CEP: 48.300-000 Responsável pela Elaboração: Jorge Rudá L. da Conceição Engenheiro de Pesca Pós Graduado em Gestão e Auditoria Ambiental CREA- 050738393-1 CONDE-BA FEVEREIRO DE 2019

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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES

Projeto Ponte de Ligação

Conde/Vila

Órgão Avaliador: Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico

Nome Empresarial: PREFEITURA MUNICIPAL DE CONDE

CNPJ: 14.126.692/0001-23

E Endereço: PRAÇA ALTAMIRANDO REQUIÃO, s/n –Centro, Conde - Bahia

CEP: 48.300-000

Responsável pela Elaboração:

Jorge Rudá L. da Conceição

Engenheiro de Pesca

Pós Graduado em Gestão e Auditoria Ambiental

CREA- 050738393-1

CONDE-BA FEVEREIRO DE 2019

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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES

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No dia 30 de Outubro de 2018 foi emitida Licença Ambiental de Localização de

Nº 012/LL/2018, vinculado ao processo Nº 20181025.01, através da Secretaria

Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico -SEMMADE, para o

empreendimento do próprio Município (Obra Pública), denominado Ponte Sobre

o Rio Itapicuru, (Sede de Conde a Vila do Conde) com validade até 30 de

Outubro de 2019 a partir da data de sua publicação. Sendo assim tal relatório

visa atender as exigências da SEMMADE para fins de obtenção da Licença de

Instalação.

A seguir é apresentado o acompanhamento de suas condicionantes 2 e 3.

Condicionante 02 – Realizar o Estudo Ambiental para Atividade de Pequeno

Impacto, e demais planos ambientais, conforme análise prévia.

Status: Atendida.

Comentários: Foi desenvolvido pela Empresa Ácmon Engenharia Ltda, o referido

estudo, bem como os demais planos ambientais solicitados pertinentes a esta etapa do

empreendimento.

Condicionante 03 – Executar a remoção e limpeza imediata dos resíduos

sólidos domésticos na área de localização do projeto da Ponte, em um

prazo de 60 dias.

Status: Atendida parcialmente.

Comentários: Como pode ver visto nas fotos a seguir, o trabalho de limpeza na área

se deu de modo parcial uma vez que é possível verificar a presença de resíduos sólidos

domésticos na área de interesse do empreendimento. Devendo assim a Prefeitura

Municipal de Conde por meio do setor responsável, remover todo e qualquer resíduo da

área de interesse do projeto com a maior brevidade possível.

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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES

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REGISTRO FOTOGRÁFICO DA DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS NA ÁREA

DO PROJETO DA PONTE.

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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES

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ÁCMON ENGENHARIA LTDA

ESTUDO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE DE

PEQUENO

Ponte sobre o Rio Itapicuru

Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Conde – BA

20/02/2019

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ESTUDO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE DE

PEQUENO

Ponte sobre o Rio Itapicuru

Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Conde – BA

20/02/2019

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Sumário

1. INFORMAÇÕES GERAIS ...................................................................................... 4

2. EMPREENDIMENTO/ATIVIDADE ...................................................................... 4

3. ALTERNATIVAS TECNOLOGICAS E LOCACIONAIS .................................... 7

3.1 Análise das alternativas tecnológicas ............................................................... 7

3.2 Análise das alternativas locacionais ................................................................. 9

3.3 Localização do empreendimento em relação a APA/LN ................................. 9

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA ...................................................................................... 12

4.1 Área de Influência Direta ............................................................................... 12

4.2 Área de Influência Indireta ............................................................................. 13

5. ANÁLISE DOS IMPACTOS ................................................................................. 13

5.1 Observações pertinentes na análise dos impactos .......................................... 33

5.1.1 Regime do rio ........................................................................................... 33

5.1.2 Riscos de inundações ................................................................................ 34

5.1.2.1 Uma alternativa para diminuição dos efeitos das inundações ........... 41

6. DIAGNOSTICO AMBIENTAL ............................................................................ 43

6.1 Meio Abiótico ................................................................................................. 43

6.1.1 Vias de acesso e influência do empreendimento ...................................... 43

6.1.2 Hidrografia................................................................................................ 45

6.1.2.1 Identificação e característica da Bacia hidrográfica da área de

influência do empreendimento ........................................................................... 45

6.1.2.2 Corpo hídrico superficial identificado no limite de Influência do

empreendimento ................................................................................................. 49

6.1.2.3 Hierarquia da drenagem .................................................................... 55

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6.1.2.4 Disponibilidades Hídricas superficiais .............................................. 60

6.1.2.5 Hidrogeologia .................................................................................... 63

i. Hidrogeologia regional ............................................................................. 64

ii. Unidades hidrogeológicas ..................................................................... 66

iii. Domínios litológicos que compõe cada unidade aquífera .................... 67

a) Domínio Pré-cambriano: ................................................................... 67

b) Domínio Terciário: ............................................................................ 67

c) Domínio Quaternário: ....................................................................... 68

iv. Hidrogeologia local ............................................................................... 68

a) Base de dados .................................................................................... 68

v. O aquífero cristalino ............................................................................. 70

vi. Aquíferos sedimentares ......................................................................... 71

vii. Aquífero 1: Domínio flúvio lagunares .................................................. 71

viii. Aquífero 2: Domínio flúvio marinho eólico ......................................... 71

ix. Aquífero 3: Aquífero Formação Barreiras ............................................ 72

6.1.2.6 Índice de qualidade da água .............................................................. 74

6.1.3 Geologia e Geomorfologia ....................................................................... 77

6.1.4 Solo ........................................................................................................... 79

6.1.5 Atmosfera ................................................................................................. 80

6.1.5.1 Clima ................................................................................................. 80

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6.2 Meio Biótico ................................................................................................... 83

6.3 Meio Antrópico .............................................................................................. 83

6.3.1 Meio Socioeconômico e comunidades tradicionais.................................. 83

6.3.1.1 Dados Populacionais ......................................................................... 84

6.3.1.2 Educação ........................................................................................... 85

6.3.1.3 Economia ........................................................................................... 87

6.3.2 Saúde ........................................................................................................ 91

6.3.2.1 Infraestrutura pública ........................................................................ 93

6.3.2.2 Resultado da Avaliação dos impactos ............................................... 94

6.3.3 Patrimônio histórico e artístico nacional .................................................. 94

6.3.4 Monumentos arqueológicos e pré-históricos ............................................ 95

7. PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS

IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................................................................... 96

7.1 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) que deverá conter os

projetos de recuperação de áreas já identificadas como passivos ambientais ............ 96

7.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil .............. 96

7.2 Programa de Monitoramento e Controle de Vibração e Ruídos ..................... 96

7.3 Programa de afugentamento e salvamento da Fauna e Remoção da Flora .... 97

7.4 Programas de Recuperação e Compensação Socioambiental: Programa de

Comunicação e Interação Social ................................................................................. 97

7.5 Programa de Gestão e Controle Ambiental da Obra e do Sistema Viário ...... 99

8. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 101

9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................... 101

10. ANEXO ............................................................................................................ 102

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

Tabela 1: Informações Gerais

2. EMPREENDIMENTO/ATIVIDADE

O empreendimento em questão é uma Ponte sobre o Rio Itapicuru, com

Nome/Razão Social

Ácmon Engenharia LTDA

CNPJ: 20.635.431/0001-31

Endereço Rua do Mucambinho, Conj. Joselita Rabelo, nº 48, Centro

CEP 48370-000

Telefone (75) 99141-7460 (75) 99953-4141

e-mail [email protected]

Responsável legal

Joice Campos Pereira

Contato (75) 99141-7460

Equipe Técnica

Joice Campos Pereira

Engenheira Sanitarista e Ambiental, especialista em Gestão e Auditoria Ambiental

CREA Nº: 051278824-3

Jorge Rudá Lima da Conceição

Engenheiro de Pesca e de Segurança do Trabalho, especialista em Gestão e Auditoria Ambiental

CREA Nº: 050738393-1

Nelson Luis De Almeida Damasceno

Geólogo CREA Nº: 0500342830

Joylson Oliveira Souza de São João

Biólogo CR-BIO Nº 59.444/08-D

Sergio Lima e Sergio Lima Filho

Ajudantes de Campo xxxxxx

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objetivo de ligar a Sede do Município de Conde a localidade de Vila do Conde,

com complementação da pavimentação das Ruas 01, 02, Rua da Lama, e Rua

do Cais (Figura 1).

De acordo com a empresa ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO (2018) a ponte

será construída em concreto armado pré-moldado, e possuirá extensão

longitudinal (Comprimento) de 211 m, por 9,25 m de seção transversal

(largura), sendo 1,20 m para pedestres, e cota de 11,81 m. O projeto de

pavimentação das ruas indica que 5.532,11 m² receberão pavimento em

paralelepípedo, e 4.241,65 m² receberão Tratamento Superficial Duplo (TSD),

juntamente com a implantação de meio-fio e passeio.

Sendo de utilidade pública, a obra será financiada pela caixa econômica

Federal, com orçamento de aproximadamente R$ 8.130.000,00 (oito milhões

cento e trinta mil). Entretanto a execução da obra será realizada por empresa

privada, sob a gestão da Prefeitura Municipal de Conde através da Secretaria

de Obras. A Ponte trará qualidade de vida à população, reduzindo o trajeto

entre o Centro de Conde e Vila do Conde em 7 km e desafogando o trânsito da

BA 099..

As ruas a serem pavimentadas são interligadas ao local de construção da

ponte, e por questão de suporte de tráfego serão devidamente pavimentadas.

É possível chegar ao local a partir da sede da cidade, toma-se a Rua da Lama

percorrendo pelo menos 400 m.

As obras da ponte foram iniciadas e interrompidas desde dos anos de 1990.

Atualmente o projeto foi reativado e se encontra em fase dos estudos

ambientais para plentear a Licença de Instalação.

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Figura 1: Planta de Uso e Ocupação da Terra e Proposta de Projeto

Fonte:LINS,Carlo(2018)

2.1 Local/Endereço

A Ponte será instalada nas margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se

estenderá desde a Rua da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa

Cinquentenário em Vila do Conde, no Município de Conde – BA, Cep: 48300-

000. Ao entorno das coordenadas Sirgas2000 UTM 24 sul (início) 650673.92 m

E; 8693934.24 m N (fim) 650729.82 m E; 8694128.61 m N. (ADS

ENGENHARIA E INOVAÇÃO, 2018). Na Figura 2 está o croqui de localização.

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Figura 2: Croqui de Acesso ao Empreendimento

Fonte: Adaptado Google Earth, 2019

3. ALTERNATIVAS TECNOLOGICAS E LOCACIONAIS

3.1 Análise das alternativas tecnológicas

A Ponte será instalada sobre uma estrutura já existente no rio, onde tal

estrutura foi construída nos anos 1990, pelo então Departamento de Estradas e

Rodagens da Bahia (DERBA), por ocasião da construção da Rodovia BA 099 –

Linha Verde.

Nesta época, a ponte foi projetada visando atender unicamente ao tráfego

rodoviário, apresentando, dimensões da seção transversal compatíveis com a

seção padrão do DERBA para obras de arte especiais com o máximo tráfego

normatizado. Resultou, portanto, na adoção de uma seção transversal de

10,00m de largura total e o cálculo estrutural foi realizado para a classe 36, da

norma brasileira vigente na época, correspondente a um veículo principal de

36tf.

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Com a construção da Linha Verde, o tráfego pesado foi desviado da região

urbana, permitindo a adequação da obra para tráfego mais leve, passando a

obra a ser adequada para veículos mais leves, correspondente ao trem-tipo TB

240 da NBR 7188/2013, com carga máxima de 24 tf para o veículo principal.

Para atender à nova função da obra, a seção transversal foi também

adequada, com previsão de um passeio de 1.20m de largura, protegido por

barreira de concreto de 40 cm de espessura, do lado da pista e guarda corpo

metálico, do lado do rio, permitindo a circulação confortável e segura dos

pedestres. O lado oposto ao passeio é completado também com barreiras de

concreto, que juntamente com a largura total de pista de 7.00m (incluindo

faixas de segurança), totalizam uma largura total de 9.25m.

O comprimento total da obra é de 211m, obtido com a supressão do último

apoio parcialmente executado, é perfeitamente compatível com a atual ponte

localizada a cerca de 1.5 km da obra à montante, que possui uma extensão

total de 180m e foi executada pelo próprio DERBA. A proteção necessária do

aterro de acesso será executada em gabião.

Para a estrutura da ponte, previamente foi feito o levantamento topográfico do

perfil do trecho da ponte e vias de acesso, para subsidiar o desenho

geométrico a ponte e ruas, bem como plantas e perfis do projeto de

engenharia.

Em segunda etapa, serão realizados os trabalhos de sondagem do leito e das

margens do Rio Itapicuru, para fins de reconhecimento geológico. Os estudos a

serem feitos contemplarão o meio biológico (fauna, flora), o meio físico (solo,

geologia, e outros), e o meio social (ocupações humanas e comunidades

tradicionais).

A última etapa do projeto será a instalação da ponte, por meio da locação da

obra e a sua efetiva execução. Sugere que serão gerados aproximadamente 20

postos de trabalho diretos, e mais 40 indiretos.

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3.2 Análise das alternativas locacionais

O Histórico da construção da obra, teve início nos anos 90 pelo Departamento

de Estradas de Rodagem da Bahia- DERBA, a cargo da Construtora Queiroz

Galvão a partir do projeto pelo escritório Ademir Santos Engenharia de

Estruturas. Desse período aos dias atuais esse projeto já foi iniciado e

interrompido diversas vezes.

O atual projeto é servido por três vias públicas existentes, e duas projetadas,

sendo estas a Travessa Cinquentenário e a Rua 01 (projetada), em Vila do

Conde, Rua da Lama, Rua do Cais, e Rua 02 (projetada), na Sede de Conde.

Todas estas vias ainda não dispõem de infraestrutura básica, tais como o meio-

fio, pavimentação, sinalização, ou sistema de drenagem pluvial.

Na área de influência direta onde será instalada a ponte, predomina o ambiente

ainda rural, mediante áreas de cultivos agrícolas e pecuária, bem como áreas

cobertas eventualmente por vegetação nativa, e áreas antropizadas.

Por outro lado, o local é atendido pela rede pública de abastecimento de

esgoto, rede de abastecimento de água tratada, e energia elétrica, fornecida

pela EMBASA e COELBA, respectivamente.

Na área de influência indireta, predomina o ambiente urbano, cuja ocupação é

composta por edificações residenciais, comércio e serviços. Próximo ao local, a

aproximadamente 300 m á Sudoeste, se encontra uma fábrica de

beneficiamento de casca de coco, instalada há mais de 15 anos.

3.3 Localização do empreendimento em relação a APA/LN

Por meio do pelo DECRETO Nº 1.046 DE 17 DE MARÇO DE 1992, foi criada a

Unidade de Conservação APA - Litoral Norte do Estado da Bahia ,abrangendo

áreas da planície marinha e planície Fúlvio-marinha dos Municípios de

Jandaíra, Conde, Esplanada, Entre Rios e Mata de São João, cuja área

territorial está compreendida, ao Norte pelo limite fronteiriço entre os Estados

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da Bahia e Sergipe (Rio Real), que coincide com o limite Norte do Município de

Jandaíra; a Leste pelo Oceano Atlântico; ao Sul pelo curso do rio Pojuca, limite

Sul do Município de Mata de São João, e a Oeste pela linha distante 10 Km

dos pontos de preamar média de 1831, nos termos do PORTO-MARINST nº

318.001-A, de 30 de setembro de 1982 e do Programa Nacional de

Gerenciamento Costeiro.

Posteriormente, por meio da RESOLUÇÃO Estadual n° 1.040 DE 21 DE

FEVEREIRO DE 1995, foi aprovado o plano de manejo da APA-LN, com

quatorze zonas de diferentes características ambientais, para o fim de

disciplinar o uso e a exploração dos recursos naturais existentes.

Após a aprovação do referido plano de manejo da APA Litoral, o Município de

Conde aderiu aos seus parâmetros urbanísticos, e os incluiu na Lei Municipal

de Uso e Ocupação do Solo, Lei n°583 de 22 dezembro de 1993.

O local proposto para a instalação da ponte se situa em Zona de Agricultura

(ZAG), e em Zona de Expansão I (ZEP I). A ZAG engloba áreas de uso ou

vocação agrícolas e áreas utilizadas para o plantio e exploração de eucalipto e

pinus. Os usos permitidos são: ocupação agrícola; Turismo de baixa

densidade; e silvicultura existente. A ZEP I Correspondem à áreas localizadas

em unidades ambientais propícias ao adensamento populacional. Segue

abaixo imagem com detalhamento dos usos permitidos dentro do Zoneamento

Ecológico-Econômico da Área de Proteção Ambiental Litoral Norte. (Figura 3 e

Figura 4)

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Figura 3: Zoneamento da APA

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Figura 4: Mapa de Localização do Empreendimento em Relação a Unidade de

conservação.

Fonte: Adaptado do Google Earth, 2019

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA

Área de Influência abrange todo o espaço suscetível às ações diretas e

indiretas do empreendimento, tanto na fase de implantação como na de

operação. Para o empreendimento em questão foram divididas em 2

classificações:

4.1 Área de Influência Direta

Entende-se como Área de Influência Direta (AID) a área sujeita aos

impactos diretos da atividade ou empreendimento sendo considerado neste

caso área igual a 2.79 hectares conforme Figura 5.

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Figura 5: Área de influência direta.

4.2 Área de Influência Indireta

Entende-se como Área de Influência Indireta (AII) a área real ou

potencialmente ameaçada pelos impactos indiretos do desenvolvimento da

atividade ou empreendimento. Para o caso deste empreendimento, as

seguintes delimitações, compreende a área do município onde se insere o

empreendimento. Neste caso, o município de Conde, no estado da Bahia.

5. ANÁLISE DOS IMPACTOS

Neste tópico serão apresentados os possíveis impactos no meio físico, biótico

e socioeconômico decorrentes do empreendimento. Tais impactos foram

identificados e avaliados a partir do estudo do diagnóstico ambiental

combinado com a análise das atividades nas etapas de localização,

implantação e operação. A referência utilizada para avaliação dos impactos foi

Sanchez (2006).

Os conceitos adotados foram:

I. Atividades potencialmente geradoras de aspectos ambientais –

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descrição sintética e objetiva das atividades inerentes ao planejamento,

implantação e operação do empreendimento que poderão gerar os

aspectos ambientais e, consequentemente, os impactos ambientais;

II. Aspecto Ambiental – “Elemento das atividades, produtos ou serviços de

uma organização que pode interagir com o meio ambiente” (NBR ISO

14001); Impacto Ambiental - “Qualquer alteração das propriedades

físicas, químicas, ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer

forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que

direta ou indiretamente, afetem:

a) A saúde, segurança e bem estar da população;

b) As atividades sociais e econômicas;

c) A biota;

d) As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

e) A qualidade dos recursos ambientais. ” (Resolução CONAMA

n°. 001/86).

A identificação dos impactos foi realizada a partir do cruzamento entre os

aspectos ambientais do empreendimento nas suas diversas etapas e os

componentes ambientais potencialmente impactados. Os conhecimentos dos

aspectos ambientais associados às atividades do empreendimento baseiam-se

nas informações e dados do projeto de responsabilidade dos empreendedores.

Os atributos adotados para a avaliação de impactos têm como referência a

resolução CONAMA n°. 001/86. Foram considerados:

I. Natureza

a) Positiva: alteração benéfica ao ambiente ou sociedade.

b) Negativa: alteração adversa ao ambiente ou sociedade.

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II. Ocorrência

a) Direta: a alteração é decorrente de uma atividade do empreendimento;

b) Indireta: a alteração é gerada em decorrência de outro impacto direto.

III. Reversibilidade

a) Reversível: quando o meio alterado retorna a uma dada situação de

equilíbrio, com ou sem ações de mitigação ou controle;

b) Irreversível: quando o meio se mantém alterado, mesmo com a

adoção de ações de controle e/ou de mitigação do impacto;

IV. Abrangência

a) Pontual: a alteração reflete-se apenas na área de intervenção;

b) Local: a alteração reflete-se na área de influência direta;

c) Regional: a alteração reflete-se na área de influência direta e indireta

V. Duração

a) Temporária: a alteração tem caráter transitório;

b) Permanente: a alteração persiste mesmo quando terminada a atividade

que a desencadeou.

VI. Forma de Manifestação

a) Contínua: a alteração ocorrerá ininterruptamente;

b) Descontínua: a alteração ocorrerá uma única vez ou em intervalos de

tempo não regulares;

c) Cíclica: a alteração ocorrerá em intervalos de tempo regulares e

previsíveis.

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VII. Prazo de ocorrência

a) Curto prazo: alteração que se manifesta imediatamente após o início da

atividade que a desencadeia;

b) Médio a longo prazo: alteração que se manifesta após um intervalo de

tempo após o início da atividade que a desencadeia.

VIII. Magnitude

Corresponde ao grau de alteração da qualidade ambiental no meio

avaliado, sem considerar a aplicação das ações de gestão propostas,

podendo ser classificado como:

a) Baixa: quando o impacto pode ser verificado, porém não é possível

“caracteriza ganhos e/ou perdas na qualidade ambiental”.

b) Média: quando é possível caracterizar ganhos e/ou perdas não

expressivos na qualidade ambiental da área;

c) Alta: quando as alterações ambientais são expressivas.

IX. Significância

Este atributo expressa a síntese da avaliação de impactos ambientais

anteriormente à aplicação das ações de gestão recomendadas, sendo obtida a

partir do cruzamento dos atributos relacionados à reversibilidade, abrangência

e magnitude, conforme Quadro 1.

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Quadro 1: Cruzamento de critérios adotados para definição da significância dos

impactos ambientais.

X. Relevância

A relevância dos impactos remete à avaliação de sua significância frente ao

grau de resolução das ações de gestão que os empreendedores, através deste

estudo, se comprometem a adotar. É, portanto, o principal resultado da

Avaliação de Impactos Ambientais, pois revela o grau de alteração da

qualidade ambiental no meio avaliado, em decorrência dos aspectos

ambientais do empreendimento e da eficiência das ações de gestão que serão

executadas pelos empreendedores. Pode ser classificada como:

a) Irrelevante: alteração imperceptível ou não verificável;

b) Baixa relevância: a alteração é verificável e/ou passível de quantificação,

sem, no entanto, caracterizar ganhos e/ou perdas na qualidade

ambiental da área analisada, quando comparados à situação prévia ao

impacto;

c) Média relevância: a alteração é verificável e/ou passível de

quantificação, caracterizando ganhos e/ou perdas na qualidade

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ambiental da área analisada, quando comparados à situação prévia ao

impacto;

d) Alta relevância: a alteração é verificável e/ou passível de medição,

caracterizando ganhos e/ou perdas significativas na qualidade ambiental

da área analisada, quando comparados à situação original.

O grau de resolução das ações de gestão pode ser classificado como baixo ou

alto, em função da sua eficiência no controle dos aspectos, mitigação ou

potencialização dos impactos. É considerado alto quando a ação proposta é

capaz de impedir ou atenuar significativamente os impactos negativos ou

potencializar os impactos positivos.

Como referência para a definição de sua eficácia são adotados, sempre que

possível, os padrões estabelecidos pela legislação existente. Ao final da

avaliação, um impacto será classificado como de Baixa, Média ou Alta

Relevância, conforme o Quadro 2 .

Quadro 2: Critérios adotados para a definição da relevância de um impacto

Para apresentação dos impactos e suas classificações foi utilizado a matriz de impacto, que está exposta nos Quadro 3 e Quadro 4. Vale ressaltar que foram utilizadas siglas para redução da matriz na folha.

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Quadro 3: Siglas para os atributos e suas classificações

ATRIBUTOS SIGLA AVALIAÇÃO DE CADA ATRIBUTO

Classificação Sigla Classificação Sigla Classificação Sigla

NATUREZA NT positiva p negativa n

REVERSIBILIDADE RV reversível rs irreversível ir

ABRANGÊNCIA AB pontual p local lc regional rg

MAGNITUDE MG baixa bx média md alta al

DURAÇÃO DU temporário tp permanente pt

FORMA DE MANIFESTAÇÃO

FM contínua co descontínua dc cíclica cc

OCORRÊNCIA OC direta di indireta id

PRAZO DE OCORRÊNCIA

PO curto prazo cp médio a

longo prazo mp/lp

SIGNIFICÂNCIA SG pouco

significativo ps significativo s

muito significativo

ms

RELEVÂNCIA RL baixa bx média md alta al

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Quadro 4: Matriz dos Impactos Ambientais Esperados, Inerentes a Localização, Instalação e Operação do empreendimento.

MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇÕES

FÍSICO

SondagensExposição do

solo em pontos específicos.

Dinamização deProcessos erosivos

fluviais e deassoreamento

Solos e corposd’água

n rs p bx tp dc di cp ps bx

Durante a fase de planejamento, as sondagens nas áreas dos empreendimentos poderão ocasionar impactos em pontos específicos e áreas restritas. Tais atividades podem desencadear processos erosivos, sobretudo os lineares, devido à exposição do solo aos efeitos pluviais e a mobilização de sedimentos causados pela operação e deslocamento dos maquinários de sondagem.

ANTRÓPICO

Elaboração dos Estudos Técnicos,

Econômicos e Ambientais

Veiculação de informações

sobre o empreendimento

Expectativa da população em

relação à empregabilidade

e negócios

Sociedade p rs lc / rg bx tp co di cp ps bx

Durante a fase de planejamento, a veiculação de informações sobre o empreendimentodeverá surgir com a elaboração dos estudos técnicos, econômicos e ambientais, e aocontato dos empreendedores com as autoridades locais, devendo, portanto, ser menosintensa e restrita aos municípios com sedes urbanas próximas às obras

IMPACTOS PARA A ETAPA DE PLANEJAMENTO (LOCALIZAÇÃO)

* Programa de Estabilização de Erosões e Contenção deSedimentos; * Programa de Desativação e Recuperação das Frentes de Trabalho;* Programa de Monitoramento de Processos Erosivos e de Assoreamento;*Programa de Monitoramento da Morfodinâmica Fluvial.

* Priorizar contratações locais;

*Programa de Comunicação eInteração Social.

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Instalação decanteiros de

obras.

Escavação e exposição das camadas de solo e rocha a ação

das águas pluviais e ventos.n rs p bx tp dc di cp ps bx

Execução das obras civis

Exposição das camadas de solo e rocha, modificações

na drenagem superficial e alteração da geometria do

terreno.

n rs lc md pt cc di cp s md

Abertura deestradas.

Exposição das camadas de solo e rocha, modificações

na drenagem superficial e alteração da geometria do

terreno.

n ir lc md pt co di cp ms md

Instalação deáreas de bota

foras.

Exposição de materiais inconsolidados a ação das águas

pluviais e ventos.n rs p bx tp cc di cp ps bx

Instalação daslinhas de

transmissão.(LT)

Exposição do solo em pontos específicos a ação das águas

pluviais e ventos.n ir lc md pt co di mp ms md

FÍSICO

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

Dinamização deProcessos erosivos

fluviais e deassoreamento

Solos e corposd’água

Durante a etapa de implantação do empreendimento, as atividades de movimentação de terra (cortes e/ou aterros) e terraplenagem para a instalação do canteiro, poderão favorecer o desenvolvimento de processos erosivos pela exposição do solo aos efeitos das chuvas e ventos.As movimentações de terra também resultarão em feições mais íngremes que as existentes no terreno natural, como taludes de corte e de aterro os quais, se não executados conforme critérios técnicos adequados poderão ser instabilizados por processos como escorregamentos rotacionais e translacionais.

* Programa de Estabilização de Erosões e Contenção deSedimentos; * Programa de Desativação e Recuperação das Frentes de Trabalho;* Plano Ambiental deConservação e Uso do Entorno;* Programa de Monitoramento de Processos Erosivos e de Assoreamento;*Programa de Monitoramento da Morfodinâmica Fluvial.* O controle dos processos erosivos nas vias de acesso à área deve ser feito pela implantação de canaletas laterais às vias bem como a execução de sangra, que possam encaminhar as águas pluviais para locais estáveis; as canaletas deverão ser revestidas por gramíneas, britas/blocos ou concreto, dependendo da energia doescoamento das águas pluviais;

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Instalação eoperação do

canteiro de obras ealojamento

Possibilidade de infiltração de efluentes e disposição deresíduos sólidos no solo.

n ir lc bx tp cc di mp ps md

*Durante a construção das instalações os materiais e substâncias potencialmente poluentes deverão ser estocados e utilizados conforme asnormas técnicas evitando a contaminação do canteiro de obras e do rio. Os efluentes serem tratados de forma adequada prevista na legislação. Realização do Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

Serão gerados efluentes e resíduos sólidos do alojamento a ser construído, das obrasde implantação e do canteiro de obras. Embora não seja prevista a geração de grandes volumes de efluentes e resíduossólidos, é fundamental que estes sejam dispostos adequadamente, para evitar contato com os solos e possível alteração da qualidade / contaminação destes, mesmo que em pontos localizados.

Operação deveículos e

maquinário.

Risco de vazamentos de óleo e graxa.

n ir lc bx tp cc di cp ps md

Para os efluentes gerados a partir da lavagem de máquinas e áreas de estocagem de óleos e produtos perigosos, recomenda-se que no entorno do local seja construída uma vala de contenção, bem como uma caixa separadora de óleos e graxas.

Resíduos Perigosos – estopa contaminada com

óleos e graxas, embalagens eresíduos de tintas e solventes, embalagens de substâncias químicas como aditivos deconcreto, óleos lubrificantes usados

FÍSICO

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

Alteração da Qualidade dos Solos

Solos

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

FÍSICO

Canteiro de obra, transito de veiculos e depósito de materias

para obra

Exposição do solo em pontos específicos

Alteração das condiçõesnaturais dos solos

Solos n ir p md pt co di mp s md

* Executar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e de Controle dos Processos Erosivos, bem como o Plano Ambiental para Construção (PAC); * Proteger as áreas de solos expostos com materiais naturais ou artificiais, evitando propagação de processos erosivos, deslizamentos e ssoreamentos; * Revegetar as áreas de uso e de servidão;

Sem observações

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Obras diversas deinstalação

Possibilidade de dinamização de processos erosivos e

conseqüente carreamento de sedimentos para drenagens.

n rs pt/lc bx tp cc di cp ps bx

Instalação eoperação do

canteiro de obras

Possibilidade de carreamento de efluentes e resíduos

sólidos para os corpos d’água

n rs pt/lc bx tp cc di cp ps bx

Operação deveículos e

maquinário.

Risco de vazamentos de óleo e graxa.

n rs pt/lc bx tp cc di cp ps md

As medidas são as mesmas anteriormente indicadas para controle do impacto de“ Alteração na Qualidade do Solo"

Resíduos Perigosos – estopa contaminada com

óleos e graxas, embalagens eresíduos de tintas e solventes, embalagens de substâncias químicas como aditivos deconcreto, óleos lubrificantes usados

FÍSICO

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

Alteração da qualidade das águas superficiais

Águasuperficial

Carreamento de sedimentos para as águas do rio, devido a processos erosivos nas etapas de construção do canteiro e obra da ponte. Além

dos sedimentos, o cuidado com os resíduos sólidos e efluentes gerados no entorno da obra

As medidas são as mesmas anteriormente indicadas para controle do impacto de“Dinamização de Processos Erosivos e

de Assoreamento e Alteração na Qualidade do Solo" e Implantar um Programa de Limpeza da Área.

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Operação deveículos e

maquinário.Aumento no lançamento de gases

Alterações na qualidadedo ar

Ar n rs rg bx tp cc di cp ps md

* Uso de EPI por parte da equipe envolvida nas obras;* Manutenção periódica dos veículos, reduzindo a emissão de poluentes oriunda do mau funcionamento dos motores; * Controlar a umidade do ar a partir de aspersões periódicas, especialmente nos locais de acesso às obras;* Transportar rejeitos compostos por materiais finos em contêiner fechado ou coberto por lona, evitando adispersão através dos ventos.

Infuência na qualidade do ar devido ao material particulado em suspensão na ´rea de

construção e dos gases lançados pelos veículos

Operação deveículos e

maquinário.Aumento de ruídos Poluição sonora Ruido n rs rg bx tp co di cp ps bx

* Uso de EPI por parte da equipe envolvida nas obras;* Manutenção periódica dos veículos, reduzindo os ruidos oriunda do mau funcionamento dos motores; * Tempos máximo de exposição conforme NR15;* Respeitar.horários de trabalho para impactar ao mínimo a população da área de influência. *Realizar o Programa de Conservação Auditiva - PCA

Sem observações

Instalação de canteiro e sistema viário

Risco de inundações

Alterações na redenatural de drenagem

decorrente damovimentação de terra

Drenagem n rs rg md tp co di md s md

* Execução do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e de Controle de

Processos Erosivos,* Plano Ambiental para a Construção e

istalação de sistemas paralelo de escoamento das águas da chuva, durante

a obra* Limitar a remoção do horizonte

orgânico.

Sem observações

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

FÍSICO

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Instalação do canteiro de obras, abertura de

estradas, instalação dos bota foras e LT,

execução das obrascivis.

Remoção de cobertura vegetal.Movimentação de terra.

Aumento da fragmentação florestal.

Compactação do solo.

Diminuição da Riqueza de Espécies,

Perda da Variabilidade Genética e

Aumento na Degradação dos

Remanescentes de Vegetação.

Flora n ir p md pt co di cp s md Sem observações

Instalação docanteiro de obras e

bota-fora.Remoção de cobertura vegetal n ir p md pt dc di cp s md

Abertura deestradas.

Remoção de cobertura vegetal, movimentação de terra e

compactação do solo.n ir p md pt dc di cp s md

Execução dasobras civis

Remoção de cobertura vegetal, aumento da fragmentação

florestal.n ir p md pt dc di cp s md

Uso de maquinaspesadas.

Compactação do soloAumento dos níveis de ruído

n rv p md tp co di cp s bx

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

Perda de ecossistemas naturais

Flora e Fauna

Na fase de implantação, a remoção da vegetação para instalação das obras principais

irão ocasionar uma pequena redução do ambiente florestal, possível pertubação na

fauna local

BIÓTICO

* Piqueteamento para marcação de área de retirada da vegetação necessária para a implantação do empreendimento e treinamento ambiental dos trabalhadores, realizadas através do Programa de Limpeza da Área *Plano de Recuperação de área Degradada: que tem por objetivoenriquecer os fragmentos de vegetação nativa, seja pelo plantio de mudas ou pela condução de regeneração natural, visando, sempre que possível, a formação de corredores vegetacionais. Além dos benefícios para a flora, esse tipo de conexão favorece a movimentação de exemplares da fauna em busca de abrigo e alimentos,além de proporcionar condições para o aumento do fluxo gênico nesses locais.*Reaproveitamento econômico do material resultante do corte.

* Piqueteamento para marcação de área de supressão da vegetação necessária para a implantação do empreendimento.*Plano de Recuperação de área Degradada: *Reaproveitamento econômico do material resultante do corte.* Respeitar horários pre defenidos para máquinas com ruidos mais elevados

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Mobilização de mão de obra

Contratação de mão-de-obratemporária

Expectativa da população em relação à

empregabilidade e negócios

Sociedade p rv rg bx tp cc di cp ps bx

* Dar preferência para contratação da mão-de-obralocal; * Veicular informações sobre o empreendimento; * Divulgar o quantitativo de vagas existentes, o perfil e aqualificação necessária à mão-de-obra a ser contratada.

Mobilização de mão de obra

Contratação de mão-de-obratemporária

Interferência Sobre os Equipamentos eServiços Públicos

n rv lc md tp dc id cp s md

* Priorizar contratações locais;* Plano de Comunicação e Interação Social;* Ações preventivas de Saúde e Segurança no Trabalho;* Convênio entre empreendedor e prefeitura

Instalação e operação do

canteiro de obras

Geração de resíduos (sólidos e líquidos-efluentes)

Interferência Sobre os Equipamentos eServiços Públicos

n rv lc md tp dc id cp s md

Realização do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos e

campanhas de concientização com o objetivo de apresentar a população a maneira adequada de armazenar os

resíduos, assim como de diminuição na produção. * Fornecimento de serviços

básicos nos próprios canteiros de obras, evitando sobrecarregar a infraestrutura

dos municípios próximos.

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

ANTRÓPICO

Infra-estruturapública

Durante a etapa de implantação do empreendimentoprevêa a geração de

empregos diretamente ligados à construção. A divulgação da implantação do

empreendimento em si, poderá gerar uma expectativa grande com relação às

oportunidades de geração de emprego e renda, desencadeando fluxos migratórios de

populações de outras localidades atraídas pelas oportunidades de emprego e renda

associadas, diretamente ou indiretamente, aoempreendimento. atração desta população e,

eventualmente, de seus familiares para a região do empreendimento, demandará maior oferta de serviços públicos (educação, saúde,

assistência social, segurança, lazer e abastecimento) gerando uma maior pressão

sobre os equipamentos públicos existentes que hoje atuam na sua capacidade máxima

de atendimento. Ressalta-se a pressão sobre os serviços de saúde, em decorrência do

potencial de acidentes durante as obras e a possibilidade de introdução de novas

patologias pela população atraída, assim como a pressão sobre os serviços de saneamento,

em função da geração de resíduos da constrição civil no canteiro e frentes de obra.

Em relação aos resíduos sólidos ressalta que o municópio possui um lixão na eminencia de se transformar em aterro e que não é realizado a

coleta setiva pela população.

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Mobilização de mão de obra

Contratação de mão-de-obratemporária

Emprego erenda

p rv rg md tp cc id cp s mdPriorizar contratações locais;Programa de Comunicação e

Interação Social;

Durante a implantação do empreendimento será gerado empregos diretos e inditeos. Tais empregos deverá contribuir para a ampliação

da oferta de trabalho e dinamização da economia, seja pelo aumento da massa salarial

ou pela maior circulação de capital nos mercados locais.

Desmobilização de mão de obra

Demissão de mão-de-obraEmprego e

rendan ir rg md pt dc id cp s bx não se aplica

O encerramento das atividades de construção acarretará a desmobilização da maioria da

mão-de-obra empregada durante o período deimplantação. Consequentemente, o

aquecimento dos mercados locais que ocorreu durante esta fase poderá sofrer uma

desaceleração, com redução da renda e poder de compra da população. Cabe ressaltar que a desmobilização da mão-de-obra será contínua,

a partir do 1º ano das obras, o que deverá minimizar as conseqüências negativas do

impacto nesta fase.

ANTRÓPICO

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

Dinamização da economia local

associada à oferta de empregos

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Mobilização de mão de obra

Contratação de mão-de-obratemporária

Pagamento de salários aostrabalhadores contratados. Aumento da renda local e

Aumento de oferta depostos de trabalho

Emprego erenda

p rv rg bx tp cc di cp ps md

*Programa deComunicação e Interação Social.

*Dar preferência para contratação da mão-de-obra local;

* Veicular informações sobre o empreendimento;

* Divulgar o quantitativo de vagas existentes, o perfil e a qualificação

necessária à mão-de-obra a sercontratada.

Execução da obraAquisição de bens, materiais e

serviços locaisEmprego e

rendap rv rg bx tp dc id cp ps md

Programa deComunicação e Interação Social

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

ANTRÓPICO

A construção da ponte mobilizará umnúmero de trabalhadores e técnicos que

impulsionará positivamente o comércio eserviços locais, reflexo do crescimento de

circulação monetária na região com opagamento de salários, dos quais parte sempre

é destinada ao consumo de bens ououtros serviços, contribuindo para o

aquecimento das atividades econômicas locais. Outro importante fator que poderá

contribuir para a dinamização da economia local refere-se à contratação de fornecedores de produtos e serviços que serão demandados

durante todo o período de implantação. Os setores que poderão se beneficiar com asatividades de construção da obra dizem

respeito às áreas de alimentação, setor têxtil,segurança, transportes e serviços em geral, que poderão ser adquiridos integralmente

ou parcialmente nos municípios diretamente afetados

Dinamização da economia local

associada ao aumento na demanda por

bens e serviços

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Mobilização de mão de obra

Contratação de mão-de-obratemporária

Pagamento de salários aostrabalhadores contratados

p rv lc bx pt co id cp ps bx Não se aplica

Execução da obraAquisição de bens, materiais e

serviços locaisp rv rg bx pt co id cp ps bx Não se aplica

Implantação do canteiro de

obras.Tráfego de veículos

Intensificação do tráfego de veículos

n rv lc md pt co id cp s md

Transporte de materiais,

equipamentos e mão de obra.

Tráfego de veículosIntensificação do tráfego

de veículosn rv rg md pt co id cp s md

ANTRÓPICO

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

Durante a fase de implantação do empreendimento, a dinamização econômica

gerada tanto pelo aumento do poder aquisitivo da população empregada na obra quanto pelademanda por bens e serviços nos municípios, irá gerar um incremento direto nas receitas municipais, através da incidência do ISS –

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, e indireto, através taxas.

Durante a etapa de implantação do empreendimento, em função da necessidade do

transporte de insumos, equipamentos e materiais ao canteiro de obras, assim comopara o transporte dos trabalhadores entre o alojamento e as frentes de obra, é previstoo aumento da circulação de veículos nas

estradas da região.

Tráfego deveículos

Implementar as ações previstas no Subprograma de Controle das Obras no Viário, como por exemplo: instalação de sinalizações para cada etapa de serviços, nas diferentes frentes de obra, isolamento das atividades de obras, monitoramento da entrada e saída de veículos e equipamentos nos setores das obras, e manutenção das condições de segurança das vias de circulação no entorno das obras para pedestres e veículos.

Emprego erenda

Incremento das receitas municipais

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Transporte de materiais,

equipamentos e mão de obra.

Alteração na circulação viáriae no trânsito

Geração de incômodos à população

durante a obraSociedade n ir rg md pt co id cp ms md

*Programa de Controle dasObras no Viário*Plano de Comunicação eInteração Social;

Especificamente em relação aos incômodos à população associados a alteração nacirculação viária e no trânsito, conforme avaliado no impacto “Intensificação do tráfego

de veículos” é previsto o aumento da

circulação de veículos nas estradas da região,sobretudo no trecho entre o canteiro de obras e locais por onde passará a ponte. Desta forma, é provável que ocorra a circulação de veículos pesados e maquinários nosistema de circulação viária, o que poderá causar, ainda que em caráter temporário, incômodos à população, como episódios de lentidão do trânsito e aumento do ruído, caso estes veículos trafeguem por bairros residenciais e vias inadequadas pra este tipo de tráfego.

Execução das obras civis

n ir p md tp cc id cp s bx

Instalação das linhas detransmissão

n ir p md pt co id cp s bx

Execução das obras civis

Aumento no contingente populacional durante as obras

Alteração naorganização e dinâmica

territorialSociedade n rv lc bx tp co id cp ps bx

Priorizar a contratação à mão-de-obra disponível nas comunidades

imediatamente próximas, evitando aumentar o contingente de população

trabalhadora oriunda de outras regiões do estado e do país atraída pela oferta de

emprego e disposta a se instalar nas proximidades das obras.

Sem observações

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

ANTRÓPICO

Aquisição de terras e benfeitoriasInterferência sobre as

pessoasresidentes

Sociedade

*Programa de Indenizações deTerras, Benfeitorias ePlantações;*Programa de Comunicação eInteração Social

Sem observações

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RV AB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃO OBSERVAÇOES

Execução das obras civis e Linhas de

transmição

Aumento no circulaçao de veiculos e pessoas. Poeira e

barulho

Alteração no cotidianoda população

Sociedade n rv rg bx tp co id cp ps bx

Execução de programa de comunicação social e divulgação, na mídia e associações de moradores, daespecificação dos postos de trabalhos para recrutamento de mão-de-obra; * Elaboração de cadastro de identificação da mão-deobralocal disponível; * Divulgar eventuais alterações de trânsito e desvios; * Dar preferência à contratação de mão-de-obra local, evitando o aumento do contingente de população trabalhadora oriunda de outras regiões; * Executar programa de conscientização aos trabalhadores vindos de outras regiões no que diz respeito ao trato com as populações locais.

Sem observações

Execução das obras civis e Linhas de

transmição

Elevado transportes de veículos na áraea de influência

Intensificação do trânsito

com aumento do riscode acidentes

Tráfego deveículos e Sociedade

n rv lc bx tp co id cp ps bx

*Identificar os acessos a serem utilizados e estabelecerprocedimentos padrão para o trânsito deequipamentos e veículos pesados de forma antecipada;*Promover melhorias nos acessos aos canteiros de obras e jazidas, em especial no que se refere è sinalização;* Transporte dos materiais de construção, bem como dos equipamentos, com o uso de veículos pesados, precedido de um planejamento, de forma a respeitar os gabaritos das rodovias quanto a peso e dimensõesmáximos permitidos;* Programa de Redução do Desconforto e Acidentes naFase de Obras.

Sem observações

IMPACTOS PARA A ETAPA DE INSTALAÇÃO

ANTRÓPICO

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MEIO ATIVIDADE ASPECTO IMPACTO FATOR E IMPACTADO NT RVAB MG DU FM OC PO SG RL AÇÃO DE GESTÃOInstalação de

processoserosivos

n rv p bx tp co id md ps bx

Alteração das condições

naturais dos solos

n ir lc bx tp co id md ps bx

BIÓTICO

Aumento no tráfego de veículos

Desconforto sonoro e visual

Pertubação e risco de

atropelamentoFauna n ir lc md pt co id ct ms md

* Controle de velocidade para minimizar os riscos de

atropelamento

Saúde, segurança e sociedade

p rv lc bx pt co di cp ps bx

Sociedade e lazer p rv lc bx pt co di cp ps bx

Aumento no lançamento de

gasesSociedade e saúde n ir lc md pt co id mp/lp ms md

Aumento na emissão de ruídos e vibrações

Sociedade e saúde n ir lc md pt co id mp/lp ms md

Estrutura construtiva e tráfego de veículos

desconforto visual e auditivo

Alteração da paisagem natural

Sociedade n ir lc bx pt co di cp ps bx

ANTRÓPICO

Não se aplica

Aumento no tráfego de veículos

Alterações na qualidadedo ar e na

qualidade de vida.

Probabilidade de doenças

IMPACTOS PARA A ETAPA DE OPERAÇÃO

Implantar sistema de sinalização adequado,

promovendo redução na possibilidade de ocorrência

de acidentes.

Melhoria na acessibilidade local e aprovorecimento

de atividades econômicas e de

lazer

Redução do risco de

acidentes, assaltos e

tempo

Aumento no tráfego de veículos

Pressão do solo Solos e água

*Efetuar permanente sistema de monitoramento e

conservação das estruturas de drenagem.

FÍSICO

Acesso a praia do sítio e Siribinha

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5.1 Observações pertinentes na análise dos impactos

5.1.1 Regime do rio

O regime de um rio se constitui na forma como este é alimentado, ou seja, a origem

das águas que o abastecem. A variação do volume de água do rio Itapicuru durante

o ano recebe o nome de regime fluvial. Sendo suas enchentes e

vazantes consequências das águas das chuvas, sendo então determinado

pelo regime pluvial.

Richter et al. (1996) reitera que as condições hidrológicas podem sofrer variações,

em uma esfera ecossistêmica, espacial e temporal. Ele traz que as esferas

espaciais consistem a pontos específicos e restritos em um ambiente, como um

lago, aquífero, ou um ponto determinado do corpo hídrico.

A esfera temporal se trata das variações ocorridas, por exemplo em um

mesmo ponto, inclusive influenciadas sazonalmente, como as inundações nas

épocas de cheias.

A Figura 6 evidencia o comportamento do regime de fluxo no trecho da estação

50595000 situada no Conde.

Figura 6: Regime fluvial

Fonte: CPRM. (2013)

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O hidrograma exibe quase nenhuma modificação para essa estação.

É possível afirmar que a estação (50595000) é a que teve menor grau de alteração

hidrológica ao longo dos anos. Nota-se que as grandes e pequenas Enchentes não

mudaram nem em magnitude, nem Frequência ou duração, e que os pulsos altos

do fluxo nos anos mais contemporâneos continuam com o mesmo comportamento

que antigamente.

Pela sua função de transposição de linhas de água, os elementos de fundação

implantados no leito do rio Itapicuru para o projeto de Ligação sede do Conde com

a Vila do Conde, visam garantir que não haja interferência na quantidade, qualidade

ou regime das águas, tendo sido utilizado na fundação, a tecnologia de pilares

sobre estacas conforme Figura 7 .

Figura 7: Tipo de fundação utilizada

:

5.1.2 Riscos de inundações

A Figura 8 contém a locação do projeto da ponte e apresenta um perfil de relevo

desde a Estrada do Coco (rodovia BA-099) e a praia do Conde. É possível

observar neste perfil que a ponte está implantada na cota 12m (doze metros) porem

a 7m (sete metros) a montante, em sentido a linha de costa ocorre um conjunto de

dunas fixas na cota 13 m (treze metros). Esta condição geográfica coloca a cidade

do Conde dentro de uma bacia estuarina influenciada pelo escoamento superficial

da drenagem e pelo fenômeno dos mares.

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Figura 8: perfil longitudinal entre a ponte e a linha de costa

Fonte: Adaptado Google Earth(2019)

A conjunção de aumento da vazão com mares máximas (marés de sizígias) pode

interferir na drenagem do estuário fazendo aumentar o nível das águas em seu

interior gerando inundações. Outro fato agravante são os inúmeros bancos de areia

existentes no curso do Rio que geram assoreamento diminuição da velocidade de

vazão, espraiamento do fluxo a aumenta da carga sólida depositada.

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A Figura 9 ilustra o acumulo de sedimento arenoso na calha do Rio Itapicuru na

proximidade do local onde será construída a ponte. A dinâmica fluvial é muito

influenciada pelos bancos de areia uma vez que eles sendo resultante de

processos erosivos a montante transportam carga sedimentar para a calha e com a

diminuição da energia da vazão depositam-se nas margens e em zonas de menos

energia. O processo é contínuo e com a progressão o rio se espraia e a agua

invade as margens de forma que no período de enchente a várzea passa a ocupar

uma área maior em relação à várzea original.

Figura 9: Identificação de bancos de areia na calha do rio

Fonte: Adaptado Google Earth (2019)

Tudo isto somado a porção do baixo Itapicuru no município do Conde, existe um

grande potencial de inundações decorrente de fatores naturais potencializados

pelos fatores antrópicos. A recente inundação que atingiu o município permitiu a

realização de um estudo técnico cujos trechos são apresentados em seguinte e ao

final apresenta uma listagem de fatores antrópicos que se mitigados podem reduzir

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bastante os efeitos deste fenômeno natural.

No mês de março de 2016, ocorreu uma grande inundação no município do Conde.

As fortes chuvas ocorridas aquela data ocasionaram estado de calamidade publica

o que gerou assistência técnica do Serviço Geológico Nacional por meio do seu

agente da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais). Foi efetuado

um trabalho técnico de avaliação coordenado por uma equipe técnica da

Superintendência de Salvador que culminou em um relatório diagnóstico com título:

Ação para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes,

Inundações e Movimentos de Massa. Este trabalho diagnóstico conclui que a

calamidade foi agravada pelos seguintes fatores intervenientes:

1. Ausência de sistemas de esgotamento sanitário;

2. Descuido com o lixo e entulho;

3. Ausência de sistemas de escoamento das águas superficiais (da chuva) e

servidas (uso doméstico).

4. Não há um Plano de Contingência para os casos de chuvas extremas nas

cabeceiras (montante do rio);

5. Planejamento urbano na abertura de novos loteamentos;

6. Orientação técnica de geólogo, engenheiro ou outros profissionais

habilitados quanto ao tipo de intervenção correta nas áreas já ocupadas,

com o intuito de minimizar futuros danos e evitar a produção sequenciada de

situações de risco.

Este relatório apresentou algumas imagens que ilustram a extensão da inundação

que são copiados aqui. ( Figura 10, Figura 11 e Figura 12)

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Figura 10: Inundação em Conde no bairro Ula, 2016

Fonte: CPRM

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Figura 11: Inundação em Conde no bairro Areal, 2016

Fonte: CPRM

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Figura 12: Inundação no Centro do Conde 2016

Fonte: CPRM

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5.1.2.1 Uma alternativa para diminuição dos efeitos das inundações

As máximas de vazão são inerentes a qualquer bacia de drenagem e podem gerar

inundações de grande amplitude geográfica. No caso particular do Rio Itapicuru a

ocupação urbana descontrolada e o desmatamento ao longo da sua mata ciliar

nesta porção do rio geraram um intenso assoreamento, como consequência a calha

do rio ficou menos profunda, o que se pode constatar no relato fotográfico ( Foto 1,

Foto 2, Foto 3 e Foto 4 ) de áreas do rio no entorno da sede do município.

Considerando a efetivação de um programa de melhorias na infraestrutura nos

tópicos apontados pelo estudo da CPRM; seria importante também acrescentar um

programa de dragagem e desassoreamento permanente da calha do rio; iniciando

pela zona de inundação associado a um trabalho paralelo de recomposição da

mata ciliar.

Foto 1 Desmatamento, lixo e entulhos na zono de mata ciliar.

Fonte: Próprio autor (2019)

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Foto 2: Lixo e banco de areia na margem do rio Itapicuru na porção urbana do

Conde

Fonte: Próprio autor (2019)

Foto 3: Bancos de areia na margem do Rio Itapicuru próximo a infraestrutura da

nova ponte

Fonte: Próprio autor (2019)

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Foto 4: Bancos de areia na calha central do Rio Itapicuru próximo ao pilar da ponte

Fonte: Próprio autor (2019)

6. DIAGNOSTICO AMBIENTAL

6.1 Meio Abiótico

6.1.1 Vias de acesso e influência do empreendimento

A Ponte será instalada nas margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se estenderá

desde a Rua da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa Cinquentenário em

Vila do Conde, no Município de Conde. As ruas a serem pavimentadas são

interligadas ao local de construção da ponte, e por questão de suporte de tráfego

serão devidamente pavimentadas. É possível chegar ao local a partir da sede da

cidade, toma-se a Rua da Lama percorrendo pelo menos 400 m.

O empreendimento em questão, traz no seu projeto a implantação de Sistema

Viário, com a função de conectar a Sede do Município do Conde, com a Vila do

Conde, para tal foi dimensionando 02 pontos de acesso com origem no Conde e um

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ponto no lado da Vila, conforme ilustra a Imagem 1

Imagem 1: Sistema viário.

Porém para o desenvolvimento dos trabalhos será necessário a remoção e ou corte

de aproximadamente 38 pés de Coco da baía, duas ou três frutíferas tais como

Jaqueira, Mangueira e ainda entre os lados Norte e Sul no entorno dos Pilares já

existentes 10 Indivíduos de Vegetação Nativa, de modo geral os indivíduos tratados

aqui se encontram na grande maioria dispersos, ao longo do projeto da Via,

podendo o mesmo sofrer alterações, orienta-se buscar a Secretaria Municipal do

Meio Ambiente do Conde para definição de compensação dos indivíduos que forem

cortados e ou retirados do local.

É importante salientar, que o projeto do sistema viário de ligação da ponte

Conde/Vila, notoriamente se encontra em área sujeita a alagamentos, em

decorrência de extravasamento do leito do Rio Itapicuru. Sendo necessário prever

revisão da geometria do sistema viário, com uma melhor definição do greide da

pista, assim como altura da ponte.

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6.1.2 Hidrografia

6.1.2.1 Identificação e característica da Bacia hidrográfica da área de

influência do empreendimento

A bacia do Rio Itapicuru encontra-se inteiramente inserida no estado da Bahia,

tendo sua área total equivalente a 36.066 km². O rio principal da bacia nasce a

oeste, em Campo Formoso, e desagua no oceano Atlântico, no município do

Conde, após percorrer 470 Km. Seus principais afluentes são os rios Itapicuru-açu,

com nascente no município de Pindobaçu; Itapicuru-mirim, tendo sua nascente em

Miguel Calmon; e rio do Peixe em Capim Grosso (CPRM, 2013).

A Bacia do rio Itapicuru é limitada ao norte pelos RPGA’s do Rio Real e do Rio

Vaza Barris, a oeste pela Bacia do Rio São Francisco, a sul pelas Bacias do Rio

Paraguaçu e do Rio Inhambupe e seu curso é perene em direção oeste-leste,

transpondo 54 municípios baianos. Na Figura 13 está representado o mapa de

situação da bacia do Rio Itapicuru.

A sua Bacia Hidrográfica é formada por vários rios temporários e alguns perenes

sendo os principais tributários os rios: Itapicuru Mirim, Itapicuru Açu, Rio do Peixe,

Rio Cariacá, e Rio Quijingue. A rede hidrográfica do Rio Itapicuru é apresentada na

Figura 14 e Figura 15.

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Figura 13: Mapa de situação da Bacia do Rio Itapicuru

Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos

recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

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Figura 14: Delimitação da bacia do Rio Itapicuru

Fonte: arquivo público INEMA, download

Figura 15: Bacia do Rio Itapicuru e seus subdomínios hidrogeológicos

Fonte: SILVA et.al, 2016

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A bacia do Itapicuru é de grande importância para a população da Bahia, com

atendimento das demandas de abastecimento humano e atividades econômicas.

Atualmente estima-se, segundo dados do IBGE (2000), que haja uma população

superior a 1.304.691 habitantes na bacia do Itapicuru. Dessa forma, é relevante

verificar as alterações hidrológicas que sucederam historicamente no regime do

corpo hídrico, entender e identificar suas causas, visando medidas de

melhoramento de gestão para garantir a segurança hídrica. Nesta perspectiva, este

estudo vem investigar a ocorrência de alteração hidrológica no Rio Itapicuru,

buscando identificar a interferência de eventos climáticos e contribuir com

identificação de efeitos no ecossistema fluvial e segurança hídrica.

Richter et al. (1996) reitera que as condições hidrológicas podem sofrer variações,

em uma esfera ecossistêmica, em quatro dimensões, sendo três dessas espaciais e

a outratemporal. Ele traz que as esferas espaciais consistem a pontos específicos e

restritos em um ambiente, como um lago, aquífero, ou um ponto determinado do

corpo hídrico. A esfera temporal se trata das variações ocorridas, por exemplo em

um mesmo ponto, inclusive influenciadas sazonalmente, como as inundações nas

épocas de cheias

Na Tabela 2 está apresenta uma síntese das principais características hidrológicas

do Rio Itapicuru.

Tabela 2: Características hidrográficas do rio itapicuru

CARACTERÍSTICAS HIDROGRÁFICAS DO RIO ITAPICURU NOME DA BACIA

ÁREA DE DRENAGEM (Km²)

ÁREA DO ESTADO (%)

VAZÃO ESPECÍFICA (l/s *Km²)

VAZÃO MÉDIA (m³/s)

DESCARGA DE BASE (m³/s)

Rio Itapicuru 36.505 6,5 0,761 27,57 3,96

Fonte: SRH, PERH-BA (Plano Estadual de Recursos Hídricos da Bahia)

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6.1.2.2 Corpo hídrico superficial identificado no limite de Influência do

empreendimento

Na Tabela 3 estão as informações do rio Itapicuru na área de influência do

empreendimento. Foto 5, Foto 6, Foto 7 e Foto 8 representam os usos da água

visualizadas no dia da visita técnica (10/01/2019). Já a Foto 9 demostra a mata

ciliar parcialmente degradada e as foto 10, foto 11 e Foto 12 mostra as espécies de

peixes e crustáceos encontrada no dia da visita.

Tabela 3: Avaliação do rio Itapicuru no trecho do empreendimento

Item avaliado Condição

Uso da Água Dessedentação animal; pesca; navegação por meio de canoa e barco com propulsão a remo, banho de animais, lavagem de veículos, captação de água por meio de tuneis e baldes.

Estado de conservação (rio e mata ciliar) Processo de assoreamento e mata ciliar parcialmente degradada (Foto 9)

Profundidade média no trecho 0,50 m

Largura média no trecho 60 m

Espécies de peixes encontradas pelo Engenheiro de pesca

Traíra e Piranha. (foto 10 e foto 11)

Espécies de crustáceos encontradas pelo Engenheiro de pesca

Camarão (Foto 12)

Fluxo Lêntico

Cor da água Transparente (Foto 13)

Odor na água Não

Tipo de leito Arenoso

Vazão 2,10 m³/s

Períodos de cheia Março a Setembro

Períodos de seca Janeiro a Março

Histórico de inundação A cada 5 anos

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Condição de navegação Lanchas com motor de rabeta p/ até 5 pessoas; canoa e remo

Uso da terra no entorno Agricultura, pecuária, áreas antrópicas urbana.

Fonte: Adaptado Ácmon engenharia (2019)

Foto 5: Navegação por meio de canoa e barco com propulsão a remo

Fonte: Autoria própria(2019)

Foto 6: Pesca de camarão

Fonte: Autoria própria (2019)

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Foto 7: Banho em animais

Fonte: Autoria própria (2019)

Foto 8: Coleta de água por meio de baldes e tuneis

Fonte: Autoria própria (2019)

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Foto 9: Mata ciliar

Fonte: Autoria própria (2019)

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Foto 10: Peixe Piranha

Fonte: Autoria própria (2019)

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Foto 11: Peixe Traíra

Fonte: Autoria própria

Foto 12: Camarão

Fonte: Autoria própria (2019)

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Foto 13: Cor da água

Fonte: Autoria própria (2019)

6.1.2.3 Hierarquia da drenagem

A hierarquização da drenagem permite visualizar a maturidade da bacia e

identificação de ordem. Neste texto compilado de: Novais, 2015 em XVII Simpósio

Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Foi utilizada a metodologia de do Arthur N.

Strahler (1952), na qual os canais menores que não recebem tributários são

considerados de 1ª ordem; a confluência de dois canais de 1ª ordem configura um

canal de 2ª ordem, a confluência de dois canais de 2ª ordem configura um canal de

3ª ordem que pode receber afluentes de 1ª e 2ª ordens; a confluência de dois

canais de 3ª ordem configura um canal de 4ª ordem que pode receber tributários

das três ordens inferiores a ele e, assim, sucessivamente, até alcançar a ordem do

canal principal da bacia (CHRISTOFOLETTI, 1980). (Figura 16)

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Figura 16: Drenagem

Fonte: Novais, Marcus, 2015, UNEB; Análise Espacial de Bacias Hidrográficas a

partir de SIG: um estudo da Bacia, Anais XVII Simpósio Brasileiro de

Sensoriamento Remoto

Com base nesta hierarquização de drenagem observamos que, a Densidade de

drenagem (Dd) a partir da relação entre comprimento total (Lt) dos canais fluviais e

área (A). O índice de circularidade (Ic) ou forma da bacia onde relacionamos a área

(A) de um círculo cuja circunferência mediria a mesma dimensão que o perímetro

da bacia (Ac), ele expressa a susceptibilidade as cheias quando se aproxima do

valor 1.

O índice de compacidade (Kc) é a relação do perímetro da bacia hidrográfica e um

círculo de igual área da bacia. Quando o índice se aproxima de 1, a bacia tende ao

formato circular, o que indica maior propensão a cheias, ou seja, com baixo período

de concentração de fluxo superficial. Quanto mais alongada a bacia, o valor deste

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índice aumenta. (Tabela 4)

Tabela 4: Base de dados da análise espacial da bacia hidrográfica do Itapicuru

Resultados obtidos com a caracterização geométrica

da bacia Hidrográfica do Itapicuru

Características físicas Dados (SRTM)

Área de drenagem (km²) 36.166,53

Perímetro (km) 1.135,97

Densidade de drenagem (Dd) 0,18

Índice de circularidade (Ic) 0,35

Índice de compacidade 1,67

Fonte: modificado de Novais, Marcus, 2015, UNEB; Análise Espacial de Bacias Hidrográficas a partir de SIG: um estudo da Bacia, Anais XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto.

A Bacia do Itapicuru pode ser classificada como de baixa susceptibilidade a

enchentes em condições normais de precipitação, podemos constar pelo seu

formato alongado, como também em virtude de ter constatado o valor de

compacidade (Kc =1,67) apresentar-se afastado da unidade referência 1, como

também o índice circularidade (Ic=0,35) exibir valor baixo, com menor possibilidade

risco de enchente, embora o nível de vazão alta seja mais durável.

A Densidade de drenagem da bacia é variável potencialmente significativa, pois

apresenta relação com clima, vegetação e litologia, além da relação direta com

escoamento e transporte sedimentar. Em termos gerais, o índice de Densidade de

Drenagem (Dd =0,18) está relacionado com as condições climáticas da área bacia.

Embora a análise espacial da bacia indique baixo rico de enchentes é necessário

considerar as características hidrológicas, climáticas e geomorfológicas bastante

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diferenciadas ao longo da bacia. Em um artigo da professora Drª Suely Schwartz

Pacheco Mestrinho, publicado do XV congresso Brasileiro de água subterrânea,

separa os ambientes em 4 setores ou ambientes hidrológicos – AH diferenciados na

bacia (), considerados relativamente homogêneos.

Tabela 5: Características dos principais setores da Bacia do Rio Itapicuru

AH – I

Setor

Superior

AH – II

Setor médio

superior

AH – III

Setor médio

inferior

AH-IV

Setor

Inferior

Precipitação

anual

727,61 mm 500,29 mm 682,27mm 1.182,71

mm

Área 11.968,97km² 10.106,57 km² 12.232,01

km²

2.131,45

km²

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Ambiente

hidrogeológico

Terrenos de

alta

declividade.

A água das

fraturas das

rochas

influencia na

perenidade

dos rios.

Vários

açudes e

barragens.

Rochas

cristalinas

com discreta

potencialidade

hídrica. Águas

mais

salinas. Rios

escoam

no período de

chuvas.

Solos que

favorecem a

infiltração.

Rios são

intermitentes.

O potencial

hídrico

subterrâneo

é alto.

Solos mais

profundos.

A maior

taxa de

precipitação

assegura a

perenidade

dos rios

de pequeno

e

médio porte.

Vulnerabilidade

física

Alta e média.

Risco de

erosão.

Média.

Alta

pontualmente

Baixa.

Média a Alta

pontualmente

Alta

Risco de

inundação.

Fonte Mestrinho, 2015

O balanço hídrico nos respectivos ambientes, calculado a partir dos dados de

precipitação e evapotranspiração das estações meteorológicas, confirma a

condição de déficit hídrico associada aos ambientes hidrológicos I e II. Na faixa

litorânea a precipitação média anual alcança índices entre 1000-1400 mm, que na

região semi-árida são inferiores a 700 mm. A potencialidade hídrica superficial é

considerada baixa (0,76 l/s/km2). Nos ambientes AH-I e II ocorrem aquíferos

fissurais livres associados às rochas cristalinas, com baixa capacidade de

armazenamento, ao contrário dos trechos médio inferior e baixo onde aquíferos

granulares das rochas sedimentares exibem maior potencialidade hídrica.

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6.1.2.4 Disponibilidades Hídricas superficiais

A variabilidade das condições hidrológicas é um processo pode ser analisada

estatisticamente no tempo e no espaço, e decorre da combinação de vários fatores,

tais como: precipitação, evapotranspiração, radiação solar, relevo, geologia,

geomorfologia, solos, cobertura vegetal e uso do solo, ações antrópicas sobre o

sistema fluvial. No AH-I, com maior pluviometria, os tipos de solo e vegetação

ajudam na retenção de água promovendo o aumento das vazões específicas que

permanecem mais tempo, mesmo que ocorra alguma intermitência no escoamento.

No AH-II, a área mais seca da bacia, os rios são intermitentes e por longos

períodos apresentam-se com vazões nulas. No AH-IV os elevados índices

pluviométricos do clima semi-úmido e o aporte dos sistemas aquífero influentes

mantêm o escoamento superficial durante o ano.

A disponibilidade hídrica máxima, avaliada pela vazão média nos postos

fluviométricos, registra valores em torno de 5,2 l/s.km². A maior produção da bacia

encontra-se no AH-I, no entorno das nascentes do Rio Itapicuru Açu e a menor (0,1

a 1,38 l/s.km²) nos AH-III e IV.

A disponibilidade natural média na bacia, sem a influência da oferta hídrica dos

reservatórios e interpretada a partir da vazão na foz, vem decrescendo cerca de 10

a 12% ao ano, nos últimos 20 anos (Tabela 6 e Figura 17). Com o crescimento

populacional na bacia, há probabilidade da disponibilidade natural média per capita

na bacia diminuir de 765,4 m³/hab/ano para 610,1 m³/hab/ano entre os anos de

2000 a 2015.

Com base nos reservatórios com acumulação igual ou superior a 500.000 m³

(Figura 18), o volume total acumulado, calculado por Ambiente Hidrológico, é de

429.724.085 m³. Este volume representa aproximadamente 50% do volume anual

médio gerado na bacia do Itapicuru. Não há registro de reservatórios relevantes no

AH-IV, em consequência do pequeno porte dos rios e da baixa taxa de precipitação.

No AH-III a capacidade total representa 9% do volume anual médio gerado,

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considerando a área de contribuição (254.228.340 m³), mas a região possui bom

potencial hídrico subterrâneo.

O AH-II detém a maior capacidade de acumulação, representando 92,4% do total

da bacia, e a capacidade total de acumulação supera em 2% o volume médio anual

gerado em sua área (390.346.476 m³). As condições físicas apresentadas neste

ambiente são propícias à implantação de barragens em função das condições

hidrológicas, chuva e escoamento, favorecidas pelo AH-I que tem pequena

capacidade de acumulação.

O volume anual de 16% gerado na área (63.290.124 m3) do AH-I é influenciado

pelas altas declividades da região e que inviabilizam a construção de barragens.

Tabela 6: Disponibilidade natural média de água per capita na bacia do rio Itapicuru

DADOS 1980 1991 2000 2010 2015

POPULAÇÃO

(habitantes)

963.652 1.186.331 1.332.480 1.277.929 1.304.691

VAZÃO

(m³/s)

37,7 33,3 29,9 28,7 25,2

MEDIA PER

CAPTA

(m³/h *ano)

1.235,0 886,1 765,4 707,8 610,1

Fonte Mestrinho, 2015;

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Figura 17: Projeção da disponibilidade natural média de água per capta na bacia do

Rio Itapicuru em m³/hab*ano (1980 a 2015)

Fo

nte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos

recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

Figura 18: Total de reservatório com capacidade de acumulação igual ou superior a

500.000 m3.

Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos

recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

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63

6.1.2.5 Hidrogeologia

Apenas conceitualmente, a hidrogeologia estuda a água em subsuperfície

correlacionando-a com as rochas que a contem e faz predições quanto ao seu

comportamento físico. Inicialmente os estudos hidrogeológicos eram empíricos,

baseados em observações do comportamento da água na natureza; porem na

década de 1930 surgiram os elementos descritivos do funcionamento dos

fenômenos naturais e fórmulas empíricas de processos específicos, tais como:

Equação para movimento uniforme em canais;

Método racional para cálculo de vazão máxima em pequenas bacias.

Essa década também marcou o início da hidrologia quantitativa com alguns

trabalhos, tais como:

Conceitos do hidrograma unitário utilizado para o escoamento superficial

(Sherman,1932);

Equação empírica para o cálculo da infiltração, permitindo a determinação da

precipitação efetiva (Horton, 1933);

Teoria para a hidráulica de poços (Theiss,1935).

Com o avanço dos métodos computacionais e numéricos aplicados, vários modelos

hidrogeológicos foram aprimorados e a técnica ganhou competência de ciência com

varia aplicações no meio técnico e científico. Neste diagnóstico ambiental a

hidrogeologia utilizada é descritiva correlacionado as unidades hidrogeológicas com

o espaço físico e a influência no escoamento superficial do Rio Itapicuru nesta

porção estuarina da bacia. Haja vista que: medidas que determinem a contribuições

dos aquíferos no sistema demandam estudos experimentais de longa data e fogem

aos objetivos desta avaliação.

A hidrogeologia apresentada neste texto tem por finalidade individualizar as

unidades hidrogeológicas e observar a contribuição ambiental destas no

escoamento superficial.

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i. Hidrogeologia regional

Neste tópico apresentamos as características das unidades aquíferas, o

zoneamento de cada unidade e os potenciais aquíferos. Neste sentido, em

princípio, é necessário definir os limites geográficos da observação individualizando

cada unidade hidrogeológica componente.

A Figura 19, apresenta as feições geológica/geomorfológicas contidas no polígono

de estudo, as quais passam a ser descritas em sequência.

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Figura 19: Mapa geológico/geomorfológico com a poligonal de abrangência deste

estudo.

Fonte: Modificado de Esquivel, Marcus Santos, 2006, O quaternário costeiro do

município do Conde: implicações para gestão ambiental. UFBA, IGEO, PPPG.

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ii. Unidades hidrogeológicas

A área de estudo contem 3 domínios aquíferos com correlação litológicas,

geocronológicas, estratigráficas e geomorfológicas marcantes, que são os

domínios: Pré-cambriano, Terciário e Quaternário que são expostos na figura 2,

seguinte: e descritos em detalhe nos tópicos que seguem. Embora existam 3

unidades aquíferas existem apenas duas litologias que são o domínio cristalino

fissural e o domínio clástico sedimentar. O primeiro é formado por rochas do

embasamento cristalino e o segundo por 2 unidades sedimentares: sedimentos

quaternários de origem continental e marinha da Formação Barreiras de idade

terciária e os depósitos aluvionares e flúvio lagunares Cenozoicos.

A Figura 20, ilustra a exposição espacial destas unidades na região do Conde.

Figura 20: Domínios geocronológicos, lito estratigráficos dos aquíferos na região do

Conde.

Fonte: Modificado de SIG geologia CPRM

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iii. Domínios litológicos que compõe cada unidade aquífera

a) Domínio Pré-cambriano:

Este domínio é constituído por rochas metamórficas do tipo granulíticas-gnáissicas

de alto grau (fácies granulito), que englobam o Cinturão Salvador-Esplanada

(Barbosa & Dominguez, 1996). Estas rochas compõem o chamado embasamento

cristalino, sobre o qual se depositaram os sedimentos Tércio-quaternários.

Atualmente, em alguns setores ao longo dos principais vales fluviais ou a beira mar,

esta unidade aflora normalmente sem provocar grandes alterações na fisionomia

morfológica local. A Foto 14, seguinte de um corte de estrada próximo à ponte

sobre o Itapicuru, ilustra bem a textura e as características físicas desta unidade.

Foto 14: Afloramento do embasamento cristalino (coordenadas UTM 649056

E/8694272 S)

Fonte: Fotografia de campo realizada em 7 de fevereiro de 2019.

b) Domínio Terciário:

Composto por rochas sedimentares formadas entre o período geológico do

Plioceno Inferior ao Plioceno Superior em condições climáticas severas de aridez.

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Nestas condições foram gerados leques aluviais coalescentes, os quais deram

origem a pacotes sedimentares areno-argilosos não consolidados, distribuídos ao

longo da costa leste, nordeste e norte do Brasil, conhecidos como Formação

Barreiras (Bittencout et al. 1979; Suguio et al. 1986). Morfologicamente a

Formação Barreiras corresponde às áreas de tabuleiros costeiros ou relevos de

topos tabulares, encostas retilíneas e declivosas e vales alargados em forma de “U”

e quando aflorante em sua base o embasamento apresentam-se como formações

colinosas de topo convexo com vertentes do tipo convexas, convexo-côncavas e

retilíneas, bastante dissecadas por vales em forma de “V” em diversos graus de

aprofundamento que se destacam topograficamente das unidades integrantes da

planície costeira (Nunes et al. 1981).

c) Domínio Quaternário:

Este Domínio abrange todas as unidades geológico-geomorfológicas depositadas a

partir do Pleistoceno inferior (cerca de 1 milhão de anos atrás), sob ação direta das

oscilações do nível relativo do mar em associação com alterações climáticas

significativas. Estes fenômenos propiciaram a formação das planícies costeiras

quaternárias. O Domínio Quaternário pode ser entendido sob o ponto de vista

ambiental como um ambiente de transição, entre os ambientes marinho e terrestre,

extremamente sensível e frágil, sendo passível de impactos das mais diversas

naturezas e, portanto, necessita de medidas de gerenciamento ambiental

adequadas às suas potencialidades e fragilidades. Existe subdivisões para este

domínio porem irrelevantes do ponto de vista hidrogeológico.

iv. Hidrogeologia local

a) Base de dados

A base de dados para o estudo hidrogeológico local foi o sistema público SIAGAS

que é um sistema de informações de águas subterrâneas desenvolvido pelo

Serviço Geológico do Brasil - SGB, composto por uma base de dados de poços

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69

permanentemente atualizada, e de módulos capazes de realizar consulta, pesquisa,

extração e geração relatórios. O SIAGAS foi desenvolvido e mantido pelo SGB, a

partir do mapeamento e pesquisa hidrogeológica em todo o país, permite obtenção

de informação hidrogeológica pela internet. Apenas a título de informação o

Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, através da Moção N. 038, de 7

de dezembro de 2006, recomendou a adoção do SIAGAS, pelos órgãos gestores

estaduais, Secretarias dos Governos Estaduais, Agência Nacional de Águas - ANA

e Usuários dos Recursos Hídricos Subterrâneos, como base nacional

compartilhada para armazenagem, manuseio, intercâmbio e difusão de informações

sobre águas subterrâneas. A Moção no 039 da CNRH recomenda a integração

entre os sistemas SIAGAS, SNIRH, SINIMA, SIGHIDRO, SNIS e SIPNRH

O cadastro SIRGAS apresenta os seguintes poços tubulares na área de estudo.

(Tabela 7)

Tabela 7: Tabela dos poços cadastrados no SIRGAS, CPRM

Número do

Ponto

UF Localidade Natureza NE

(m)

ND

(m)

Vazão

Estabilização

(m³/h)

2900000586 BA SITIO I Poço tubular 1.22 3.92 23.97

2900002736 BA COBO II Poço tubular 0.65 15.69 13.86

2900002959 BA ILHA DAS

OSTRAS

Poço tubular

2900005427 BA COBO I Poço tubular 1 6.2 12.16

2900005428 BA POCAS Poço tubular 5.52 11.1 3.45

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2900024512 BA ASSENTAMENTO

SEMPRE VIDA

Poço tubular 6.66 55.94 2.66

2900024547 BA PIMENTEIRA Poço tubular 1.37 13.39 13.655

2900024548 BA CURICA Poço tubular 0.66 34.85 4.71

2900024549 BA MONTE GORDO

DE BAIXO

Poço tubular 1.55 60.32 1.756

Fonte: modificado de http://siagasweb.cprm.gov.br/layout/visualizar_mapa.php

Conforme citamos em tópico anterior a hidrogeologia da área se caracteriza por 2

domínios hidrogeológicos; o primeiro constitui o aquífero cristalino fissural e o

segundo é formado por sedimentos granulares das unidades geológicas: Formação

Barreiras e sedimentos quaternários pleistocênicos diverso. Para melhor

caracterizar estes domínios vamos descreve-los em detalhe:

v. O aquífero cristalino

O aquífero cristalino tem baixa relevância na área de estudo com poucos poços

perfurados, porem existe potencial exploratório em função das boas condições de

recarga tais como: boa pluviosidade com média anual de 1791 mm em um clima

tropical chuvoso (tipo Am) classificação de Kooper como tropical monçonico.

Corroborando temos uma cobertura sedimentar muito porosa com plena condição

de oferecer boa recarga ao aquífero cristalino subjacente. Os parâmetros

hidráulicos deste aquífero cristalino (K, T, S) permeabilidade, transmissividade e

coeficiente de armazenamento são desconhecidos não sendo disponibilizado

nenhum estudo técnico com estes dados nas bases de dados oficiais pesquisadas.

Apesar do pouco conhecimento técnico sobre este aquífero cristalino, existe alguns

poços perfurados na unidade contidos na base de dados oficial do serviço

geológico brasileiro SGB, em seu cadastro público digital SIAGAS:

http://siagasweb.cprm.gov.br/layout/visualizar_mapa.php, contudo consultando

algumas empresas privadas estas afirmam que a região tem poços com

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profundidade média de 80 metros e vazão entre 1 e 5 m³/h, nível estático em torno

de 20 metros, e dinâmico baixo dos 45 metros, sendo estes valores compatíveis

com poços perfurados em rochas cristalinas do litoral da Bahia.

vi. Aquíferos sedimentares

Na região do Conde existem 2 domínios sedimentares cuja geologia, descrita

anteriormente, estabelece como aquíferos por tais motivos, porem para efeito de

melhor detalhamento a primeira unidade será distinta em duas unidades a flúvio

lagunar e a flúvio marinha eólica: por apresentarem armazenamento,

transmissividade e permeabilidade, estas unidade estabelecem condições

adequadas para o acumulo de água subterrânea e possibilidade de exploração

plena. Estes dois aquíferos serão descritos individualmente em seguida:

vii. Aquífero 1: Domínio flúvio lagunares

Este aquífero é formado por sedimento de idade pleistocênica de granulometria

variando entre areia grossa a fina, com morfologia de dunas fixas e terraços

litorâneos que se estendem ao longo da costa adentrando ao continente ao máximo

de 6 quilometro. Constitui um importante aquífero local com grande quantidade de

poços perfurados embora constem na base de dados oficial SIARGAS apenas 5

poços. As vazões chegam a 24 m³/h com poços de até 60 metros de profundidade.

A qualidade das águas é, via de regra, potável sendo utilizada basicamente para

fins de consumo humano e algumas poucas captações para irrigação basicamente

de coqueiros. A inexistência de estudos hidrogeológicos/hidroquimicos impede

apresentação de dados firmes neste texto.

viii. Aquífero 2: Domínio flúvio marinho eólico

Este aquífero é formado por sedimentos granulares variando de argila a areia

média de idade cenozoica e geometria que estende por até 20 km em direção ao

continente e largura de até 6 km. É um aquífero local de pequeno porte com

capacidade limitada existindo um único poço na base de dados (poço Curica) com

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vazão de 4,71 m³/h.

ix. Aquífero 3: Aquífero Formação Barreiras

Esta unidade é o maior e mais importante aquífero na área de estudo. A Formação

Barreiras é uma cobertura sedimentar terrígena continental, de idade Pliocênica

depositada por sistemas fluviais entrelaçados associados a leques aluviais. Durante

o Quaternário, as fases de erosão que se seguiram à deposição desses sedimentos

resultaram na dissecação da superfície pós-Barreiras em modelados residuais de

topos planos e encostas íngremes, dos quais os denominados Tabuleiros

Costeiros. Estes tabuleiros que no sul da Bahia formam falésias na região do

Conde formam apenas os tabuleiros em função do movimento regressivo do

oceano e do paleo relevo original.

Existem pouquíssimos estudos hidrogeológicos deste aquífero na região do Conde,

porem uma grande quantidade de textos técnicos desta unidade em outras regiões

do Brasil, haja vista ela ocorre ao longo de toda costa brasileira indo até o Uruguai.

Por este motivo considerações genéricas ou transportadas de outra localidade não

são validas para este contexto particular pois são vários os fatores que interferem

na condição aquífera local (pluviosidade, paleo relevo, nível erosivo, comunicação

entre aquíferos, etc.). O que se pode afirmar é que na região este aquífero é o

principal manancial subterrâneo e sua água são de excelente qualidade para os fins

de abastecimento humano e irrigação.

O SIRGAS possui o cadastro de 6 poços nesta unidade próximo à sede do Conde

com vazões que vão de 6 a 14 m³/h. Existem vários poços não cadastrados na

região cujos perfuradores/ proprietários informam vazões nesta ordem. Ao contrário

do que se observa em outras regiões onde a formação Barreiras apresenta vazões

superiores a 100 m³/h e espessura de até 150 m.

A Figura 21 é apresentado um mapa com os limites da Bacia e com a plotagem das

capacidades específicas médias dos poços em toda sua extensão. Observar que no

litoral, mais precisamente no Conde temos uma baixa a densidade de poços;

provavelmente pela boa pluviosidade local; e os poços existentes têm baixa

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73

capacidade específica com algumas exceções mais próximo ao litoral.

Figura 21: Mapa de capacidade especifica dos poços tubulares na Bacia do Rio

Itapicuru,

Fonte: Purificação, Carlos, et ali, 2016, Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru/BA, como subsídio ao plano diretor de bacias.

A carga hidráulica dos poços da bacia (Figura 22) também é ilustrada no mapa

seguinte onde as setas indicam o sentido da perda de energia mecânica do fluxo.

Figura 22: mapa com a carga hidráulica dos poços na Bacia do rio Itapicuru.

Fonte: Purificação, Carlos, et ali, 2016, Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio

Itapicuru/BA, como subsídio ao plano diretor de bacias.

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74

6.1.2.6 Índice de qualidade da água

De acordo com coleta, realizada em dois pontos do rio pelos técnicos da secretaria

de meio ambiente e resultado das análises realizado pelo Instituto Tecnológico e de

Pesquisas do Estado de Sergipe-ITPS, em julho de 2018, a água do rio Itapicuru no

trecho estudado apresentou valores dentro do padrão, conforme a legislação

vigente, com ressalva ao valor do Potencial Hidrogênionico dos efluentes sanitários

com PH = 9,4, acima do padrão determinado pelo Conselho Nacional de Meio

Ambiente.

O Ponto 01 (Emissário de efluentes), foi situado na margem Leste do Rio Itapicuru,

com coordenadas geográficas Latitude 11°48'44.94"S e Longitude 37°36'14.58"O .

Já o Ponto 02 sitou na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade, zona

rural do Município de Conde – BA, com coordenadas geográficas Latitude

11°49'35.47"S Longitude 37°37'13.27"O.

No Ponto 01 verificou a presença do Emissário de efluentes, com a tubulação

situada no subsolo da margem Leste do Rio Itapicuru, foi observado o lançamento

de um composto líquido, esverdeado, com a presença de plânctons (cianofíceas ou

cianobactérias). No Ponto 02, encontrou a instalações da ETE da EMBASA, onde

obsevou o tratamento de efluentes, com a presença de Efluente de saída com as

mesmas características do encontrado no Emissário, com o acréscimo odor

característico de Amônia (NH3).

As análises laboratoriais dos efluentes e, da água do Rio Itapicuru, foram divididas

em duas etapas, análise simples e completa. Esses resultados estão expostos nas

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Tabela 8: Resultados da análise da amostra 01

Ponto de

coleta

Ensaio Resultado Uunidade LQ Método VPM

Ponto de

despejo

dos

efluentes

no Rio

Itapicuru

Coliform

es

Termoto

lerantes

2,2x10 NMP/100

ml

__ SMEWW

9221B

250 coliformes

fecais

(termotolerantes

) ou 200

Escherichia coli

ou 25

Enterococos por

l00 mililitros de

água.

Fonte: Adaptado ITPS. Nota: VPM: Valor Máximo permitido (CONAMA N° 274, de 2000).

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Tabela 9: Resultado da Análise Amostra 02

Ponto de

coleta

Ensaio Resultado Uunidade LQ Método VPM

Local de

depuração

dos efluentes

no Rio

Itapicuru

Colifor

mes

Termot

olerante

s

2,2x10 NMP/100

ml

__ SMEWW922

1B

250

coliforme

s fecais

(termotol

erantes)

ou 200

Escheric

hia coli

ou 25

Enteroco

cos por

l00

mililitros

de água.

Fonte: Adaptado ITPS. Nota: VPM: Valor Máximo permitido (CONAMA N° 274, de 2000).

Tabela 10: Análise complexa dos Efluentes Lançados no Rio Itapicuru

Ensaios Físico-

Químicos

Resultados Unidade LQ Métodos VMP

Ponto 01 Ponto 02

Coliformes

Termotolerantes

- Ausente Col/100 ml -- IT-008.13 NR

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77

Demanda

Bioquímica de

Oxigênio

(D.B.O)

11,5 23,5 mg/l de O2 0,02 IT-008.19 120 mg/l

ou 60% R

Demanda

Química de

Oxigênio

(D.Q.O)

49 151 mg/l de O2 20 IT-008.22 NR

Óleo e Graxas - 4,1 mg/l 0,2 IT-008.20 100 mg/l

pH - 9,2 --- -- IT-008.30 5,0 – 9,0

Sólidos

Sedimentáveis

0,2 <0,1 mL/L 0,1 IT-008.24 1,0 mL/L

Fonte: Hidroclean Nota: 1 – Limite inferior/superior de qualificação do método. 2 – VPM: Valor Máximo permitido (Resolução Conama 430 de 13 de maio de 2011).

6.1.3 Geologia e Geomorfologia

A geomorfologia é um elemento fisiográfico importante, pois suas diferentes

configurações regulam a dinâmica da água em superfície, que por sua vez,

contribui para elaboração da maioria das formas de relevo existentes. A

geomorfologia controla o fluxo de água superficial e subterrâneo e, portanto

influencia diretamente no regime de infiltração de água no terreno. Segundo Morais

(2012) apud Berndtsson e Larson (1987), encostas convexas tendem a apresentar

menores taxas de infiltração, enquanto que porções côncavas propiciam maior

convergência dos fluxos superficiais, favorecendo o escoamento superficial,

reduzindo portanto, a infiltração. Relevos com declividade alta tendem a apresentar

maiores índices de infiltração de água no solo.

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A geomorfologia da Bacia do rio Itapicurú é marcada predominantemente de

Pediplanos retocados ou funcionais, que segundo o Radambrasil (1983), são

caracterizados pelos Tabuleiros interioranos com altitudes em torno de 500m e

refletem interferências estruturais sobre o entalhamento dos canais, além dos

Pediplanos Cimeiros e Sertanejos, Serras e Maciços Residuais, bem como

Tabuleiros e formas de dissecação e aplainamento embutidos, relacionado às

porções da Bacia do Recôncavo.

Figura 23: Unidades geomorfológicas

Fonte: Purificação et.al ( 2016) Apud RPGA do Rio Itapicurú.

De acordo com o Relatório de Caracterização da Ponte, a unidade geológica da

região é classificada como formação superficial Cenozoica por depósitos

transportados (fluvial) cujo material aflorante é areia. Ocorre no local o risco

geológico de inundação devido das recorrentes cheias do Rio Itapicutu.

Tal local tem como unidade geomorfológica tabuleiros costeiros, com formação de

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vertente convexa com declive de 10° as margens do corpo hídrico.

Ao entorno do terreno apresenta-se uma topografia plana, por outro lado no local da

intervenção, a margem A do Rio Itapicuru apresenta inclinação de 10°, 5° para a

margem B. O solo é formado por areia quartzosa de granulometria grossa, material

poroso e desagregado, de coloração amarelada.

O solo é formado por areia quartzosa de granulometria grossa, material poroso e

desagregado, de coloração amarelada.

6.1.4 Solo

O solo constitui um fator importante no regime de infiltração da água em

subsuperfície, essencial na recarga de aquíferos de modo geral. As características

morfológicas como estrutura e textura do solo, influenciam diretamente na

condutividade hidráulica (Morais, 2012). Porém, a primeira característica exerce

maior controle sobre a segunda (Baird, 1997; Carvalho, 2002). Solos com estrutura

em blocos subangulares e granulares tendem a ser os mais permeáveis.

As classes de solo que predominam na região segundo o RPGA da Bacia do rio

Itapicurú, são as classes dos Planossolos, Latossolos e Argissolos, com ocorrência

de Neossolos, Cambissolos, dentre outras classes. (Figura 24)

O solo é formado por areia quartzosa de granulometria grossa, material poroso e

desagregado, de coloração amarelada.

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80

Figura 24: Mapa de solos da Bacia do rio Itapicurú.

Fonte: RPGA do Rio Itapicurú.

A sondagem realizada pela empresa TRANSGEO segue anexo

A classificação do solo conforme o mapa de solos EMBRAPA 2011 é:

ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS Hiperespessos.

ESKu - Espodossolos Ferrihumilúvicos Hiperespessos + Neossolos

Quartzarênicos Hidromórficos + Gleissolos Sálicos Sódicos

6.1.5 Atmosfera

6.1.5.1 Clima

O clima na porção do baixo Itapicuru na classificação de Kooper é do tipo Am

(tropical monçonico) quente e úmido, com médias térmicas elevadas e altos índices

pluviométricos, distribuídos de forma regular ao longo do ano. A área encontra-se

na zona intertropical com altos índices de radiação e com proximidade ao oceano o

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que favorece altas taxas de pluviosidade anual.

As informações contidas nas bases de dados CPTEC_INPE (2003) e EMBRAPA

(2003) demonstram que a chuva é bem distribuída ao longo do ano, não havendo

registro de meses secos (abaixo de 60 mm). Os índices pluviométricos anuais estão

em torno 1.600 mm com maiores valores entre os meses de março e agosto,

fenômeno decorrente do sistema climático frontal de origem sub- ártica. O clima na

bacia do rio Itapicurú varia de semiárido (de 7 a 8 meses secos) a úmido (subseco),

como mostra o mapa da Figura 25.

Os valores médios mensais e anuais de temperatura para a região são de 23 a 25

°C com amplitude térmica anual entre 3 e 6°C. as taxas de insolação encontram-se

normalmente acima de 2000 horas anuais, com pequenos decréscimos nos meses

do outono e inverno; os índices de umidade relativa do ar estão sempre acima de

70%, na maior parte do ano sempre superiores a 80%(CPTEC-INPE, 2003). Anda

segundo o (CPTEC-INPE, 2003) e Gonçalves 91991), cerca de 75 % dos ventos

provêm do sentido NE-E-SE, sendo que deste percentual 18% são ventos NE e

47% ventos E, principalmente entre a primavera/verão e 35% de SE, normalmente

no período outono/inverno.

Na Figura 26 apresentamos o gráfico com as isoietas pluviométricas para toda a

bacia do Rio Itapicuru, onde podem ser observados os valores de 1600 mm para a

região do Conde.

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Figura 25: Clima

Fonte: Adaptado do Mapa de Clima do Brasil

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Figura 26: Mapa de pluviometria da bacia do Rio Itapicuru

Fonte: Purificação, Carlos, et ali, 2016, Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio

Itapicuru/BA, como subsídio ao plano diretor de bacias.

6.2 Meio Biótico

O estudo da fauna e da flora segue anexo.

6.3 Meio Antrópico

6.3.1 Meio Socioeconômico e comunidades tradicionais

O município de Conde, localizado no Litoral Norte do estado da Bahia, tem sua

história delineada a partir do século XVI quando padres jesuítas chegaram com a

missão de catequisar os tupinambás que ali se encontravam. No entanto, foi a partir

do século XVII quando as terras foram concedidas por Garcia D’ávila aos jesuítas,

que os colonos portugueses se interessaram e dedicaram-se ao cultivo da cana-de-

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açúcar, do fumo e à criação de gado. Dada a fecundidade do território, engenhos de

açúcar logo foram instalados, atraindo um significativo contingente para a região o

que fez do povoado uma freguesia, esta que recebeu o nome de Nossa Senhora do

Monte de Itapicuru da Praia (SALLES et.al ,2018)

Já elevada à Vila, recebeu a denominação de Conde em referência à “Conde dos

Arcos”. No entanto, um desastre natural devido a enchente do rio Itapicuru fez com

que a sede fosse transferida para o Arraial de Esplanada através da Lei Estadual Nº

889, em 1912. Insatisfeitos com a submissão à Esplanada, os condenses foram à

luta de caráter emancipatório até que um dos levantes resultou na morte do líder e

alfaiate Minervino do Carmo. A partir de tal incidente, Conde foi elevado à categoria

município e desmembrado de Esplanada por meio do decreto estadual nº 966, em

10 de agosto de 1935.

Localizado no Litoral Norte da Bahia, o município de Conde possui uma área

territorial de 964,637km² com um total de 23.620 habitantes, de acordo com o

censo de 2010. Há 150km de distância da capital de Salvador, a cidade de Conde é

procurada por suas belas praias e sua infraestrutura turística.

6.3.1.1 Dados Populacionais

De acordo com o último censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatísticas (IBGE), o município possuía uma população de 23.620

habitantes com uma densidade demográfica na ordem de 24,49 habitantes/km². Em

comparação ao censo de 1991 e 2010, houve um acréscimo populacional de 7.471

habitantes, enquanto a estimativa populacional para 2017 foi constatada em torno

de 26.371 habitantes, conotando um aumento populacional de 11% (Figura 27).

Faz-se necessário identificar que, em 2010, 51,35% (12.129) dos habitantes se

encontram em centros urbanos enquanto 48,65% (11.491) compõem a população

rural do município (Figura 28)

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Figura 27: Evolução da população

Fonte: SALLES et.al (2018) Apud PNDU

Figura 28: População urbana e rural

Fonte: SALLES et.al (2018) Apud PNDU

6.3.1.2 Educação

Como mostra os dados coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Nacionais – INEP acerca do censo educacional de 2015, dito por Salles et.al

(2018) o município do Conde contabilizou um total de 6.321 matrículas, sendo

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5.169 no ensino fundamental e 1.152 para o ensino médio, distribuídas em 50

escolas de Educação Básica; além de um total de 287 docentes sendo 236 do

ensino fundamental e 51 do ensino médio (Figura 29)

Figura 29: Matrículas, escolas e docentes separados por nível escolar no ano de

2015

Fonte: SALLES et.al (2018) Apud PNDU

De acordo com Salles et.al (2018) Censo Escolar 2017, das 66 escolas existentes

no município: 62 são municipais, 2 são estaduais e 2 são escolas privadas. Deste

total, 46 oferecem educação infantil, 48 o ensino fundamental, 2 o ensino médio e

3 oferecem EJA – Educação para Jovens e Adultos. (Não obstante, com base nas

pesquisas recentes do Censo Escolar 2017, das 66 escolas existentes no

município: 62 são municipais, 2 são estaduais e 2 são escolas privadas. Deste

total, 46 oferecem educação infantil, 48 o ensino fundamental, 2 o ensino médio e

3 oferecem EJA – Educação para Jovens e Adultos.

Com a taxa de escolarização de 96,68% na faixa de 6 aos 14 anos de idade em

2010, os alunos dos anos iniciais da rede pública do município alcançaram uma

nota de 3,6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em 2015,

enquanto os alunos dos anos finais, 2,9. No entanto, apesar da significativa

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evolução em comparação aos anos anteriores, o IDEB dos anos iniciais não

atingiu a nota adequada de 6,0.

Com a taxa de escolarização de 96,68% na faixa de 6 aos 14 anos de idade em

2010, os alunos dos anos iniciais da rede pública do município alcançaram uma

nota de 3,6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em 2015,

enquanto os alunos dos anos finais, 2,9. No entanto, apesar da significativa

evolução em comparação aos anos anteriores, o IDEB dos anos iniciais não

atingiu a nota adequada de 6,0. (Figura 30)

Figura 30: IDEB dos anos inicias e anos finais do município Fonte

Fonte: SALLES et.al, 2018 Apud QEdu.org.br.

6.3.1.3 Economia

Com base nos dados disponibilizados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do

município chegou a R$ 199.018.000,00 em 2015, sendo R$ 80,3 milhões gerados

pela administração pública, R$ 61,7 milhões pelo setor de serviços, R$ 27,3

milhões pelo setor agropecuário, R$ 18,7 milhões das industrias e por fim R$10,8

milhões da arrecadação de impostos, assim como pode ser observado na Figura

31. Ainda segundo o IBGE, foi possível constatar que em 2015 o município de

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Conde ocupou o lugar de 219º maior PIB per capita do Estado da Bahia,

fechando em R$ 7.597,83/habitante, demasiadamente abaixo da média nacional

como apresenta a Figura 32.

Figura 31: Atividade econômica dividida por setores

Fonte: SALLES et.al (2018) Apud IBGE

Figura 32: Média do município e média Nacional do PIB per capita por

Fonte: SALLES et.al (2018) Apud IBGE

Já a renda per capita dos residentes do município, os dados disponibilizados

pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNDU para o ano

de 2010 apontam para o valor de R$246,81, R$158,34 em 2000 e R$96,70 no

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ano de 1991.Sendo assim, nas últimas décadas a renda média obteve um

crescimento de 155,23%. Ainda de acordo com a mesma fonte, uma porção de

34,26% da população vive em estado de extrema pobreza e 56,43% em estado

de pobreza que, em comparação aos anos de 1991 e 2000, é visível um

decréscimo - mas não ameniza a frágil situação que assola a população do

município (Figura 33).

Figura 33: Renda e pobreza nos anos de 1991,2000 e 2010.

Fonte: Salles et.al (2019) Apud PNDU

O índice de Gini demostrou, para o município em questão, uma elevada

desigualdade social, no que diz respeito a concentração de renda. Este índice

varia numericamente entre 0 e 1 sendo 0 o estado de igualdade de renda total e 1

total desigualdade na distribuição de renda. Como pode ser observado na Figura

34, este valor para o ano de 2010 foi de 0,63, maior que nos anos anteriores,

demostrando um aumento na desigualdade social.

Figura 34: Índice de Gini do município de Conde nos anos de 1991, 2000 e 2010

Fonte: Salles et.al (2019) Apud PNDU

Em relação aos dados quanto a ocupação da população de 18 anos ou mais

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idade, 7.812 pessoas compõe a parcela da população economicamente ativa

ocupada; 1.404 são economicamente ativos desocupados; e 4.835 habitantes

fazem parte da população economicamente inativa. Entre 2000 e 2010 houve

uma redução na taxa de atividade da população de 18 anos ou superior: de

56,63% em 2000 para 55,60% em 2010. Da população ocupada, no ano de

2010, 35,74% tinham o ensino fundamental completo e 21,63% possuíam o

ensino médio completo (Figura 35).

Figura 35: Ocupação da população com 18 anos ou superior.

Fonte: Salles et.al (2019) Apud PNDU

Do total da população ocupada acima dos 18 anos de idade residentes do

município, em 2010, 45,70% trabalhavam no setor agropecuário, 34,93%

ocupavam o setor de serviços e 7,02% no comércio, sendo estes os principais

segmentos responsáveis por pouco menos de 80% da mão-de-obra atuante na

região, assim como observado no Gráfico 15.

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Figura 36: Ocupação por setor.

Fonte: Salles et.al (2019) Apud PNDU

6.3.2 Saúde

Apoiando-se nos dados disponíveis online no IBGE, a taxa média de mortalidade

infantil no município era de 11,24 para cada 1.000 nascido vivos, no ano de 2014,

demostrando uma diminuição na mortalidade entre os anos de 1991 e 2014 de

aproximadamente 83% (Figura 37)

Quanto a internação por diarreia, em 2016 o índice marcou 0,5 internações para

cada 1.000 habitantes.

Figura 37: Mortalidade infantil nos anos de 1991, 2000, 2010 e 2014

Fonte: Salles et.al(2018.) Apud PNDU, IBGE.

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Além disso, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de

Saúde CNES de 2010, a cidade de Conde contava com 12 estabelecimentos

ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), 1 de caráter filantrópico e apenas 1

consultório privado, totalizando 14 unidades de saúde no município. Contava,

também, com cerca de 74 profissionais da saúde, entre eles cirurgião dentista,

nutricionista, enfermeiros, dentre outros (Figura 38).

Figura 38: Recursos Humanos.

Fonte: Salles et.al (2018) Apud DATASUS, CNES.

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6.3.2.1 Infraestrutura pública

Conforme informações fornecidas pelo PNDU, apenas 63,66% da população

condense apresentavam condição de habitação a qual possuía banheiro e

água encanada em 2010, enquanto para o ano de 2000 e 1991, 30,87% e

24,65% respectivamente. Ainda no ano de 2010, foram registrados 6.098

domicílios com abastecimento de água – seja proveniente de rede geral, água

subterrânea, reservatório ou carro-pipa -, sendo os valores de 4.370 e 3.342

habitações para os anos de 2000 e 19991 respectivamente. Segundo o IBGE,

13,6% dos domicílios apresentavam esgotamento sanitário adequado em 2010.

Em 2010, 94,33% da população possuía energia elétrica – proveniente ou não

de uma rede geral, com ou sem medidor - em seus domicílios e 87,1% tinham

a coleta de lixo, realizada diretamente por empresa privada ou pública (Figura

39). Deste modo, 12,9% da população não possuía meios adequados de

descarte de resíduos, provocando problemas ambientais e de saúde pública.

Figura 39: Energia elétrica e coleta de lixo em domicílios nos anos de 1991,

2000 e 2010

Fonte: Salles et.al (2018) Apud PNDU.

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Por fim, averiguado que 34,1% dos domicílios em vias públicas detinham

arborização e 2,5% de domicílios urbanos em vias públicas possuíam

arborização adequada, com presença de pavimentação, meio-fio, bueiro e

calçada. Quando comparado tais fatores com outros municípios do estado,

Conde ocupa em média a 297º posição de 417.

6.3.2.2 Resultado da Avaliação dos impactos

I. Expectativas em Relação ao Empreendimento (impactos positivos e negativos)

Os proprietários entrevistados, se declararam favoráveis à construção da

ponte. É de consenso a importância do empreendimento e o entendimento de

todos é de que a ponte trará melhorias para o município, principalmente na

questão do acesso ao hospital municipal e da segurança em relação ao

deslocamento entre os pontos.

Apesar do reconhecimento que a ponte trará uma mudança para a população

do entorno (impactos negativos), principalmente nas questões de aumento de

poeira, fuligem e gases, assim como barulho de carros e buzina, a comunidade

está satisfeita com a possível obra, pois acreditam que o fato do acesso mais

rápido ao hospital e a diminuição de assaltos, em relação ao acesso atual pela

BA 099, ultrapassam os impactos negativos.

6.3.3 Patrimônio histórico e artístico nacional

O DECRETO-LEI nº 25, de 30 de Novembro de 1937, em seu Art. 1º constitui o

patrimônio histórico e artístico nacional, o conjunto dos bens móveis e imóveis

existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua

vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional

valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.

Todo o bem material passível de tombamento deve ser inscrito no Livro do

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Tombo correspondente, onde fica a disposição ao público a consulta de

monumentos, bens e entre outros em processo de tombo, ou aqueles já

tombados.

Conforme Lista dos Bens Tombados e Processos em Andamento (1938 -

2018), não consta registros para o município de Conde-BA, tal informação pode

ser verificada por meio do endereço eletrônico:

http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Lista%20de%20Processos

%20de%20Tombamento.pdf (último acesso em 18/02/2019).

6.3.4 Monumentos arqueológicos e pré-históricos

A LEI n° 3.924, de 26 de Julho de 1961.Art 2º Consideram-se monumentos

arqueológicos ou pré-históricos:

a) as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos de cultura dos paleoameríndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poços sepulcrais, jazigos,aterrados, estearias e quaisquer outras não espeficadas aqui, mas de significado idêntico a juízo da autoridade competente. b) os sítios nos quais se encontram vestígios positivos de ocupação pelos paleoameríndios tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha; c) os sítios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeiamento, "estações" e "cerâmios", nos quais se encontram vestígios humanos de interesse arqueológico oupaleoetnográfico;

d) as inscrições rupestres ou locais como sulcos de

polimentos de utensílios e outros vestígios de atividade

de paleoameríndios.

Em consulta realizada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-

IPHAN ( Figura 40 ), por meio do site: http://portal.iphan.gov.br/ba, foi verificado a

ocorrência de 08, registros relacionados a Sítios Arqueológicos no Município,

entretanto na área do empreendimento até a elaboração deste trabalho não houve

ocorrência nem registros, na imagem a seguir podemos verificar os registros

existentes.

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Figura 40: Sítios Arqueológicos no Município de Conde

Fonte: IPHAN,2019

7. PROGRAMAS DE ACOMPANHAMENTO E

MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

7.1 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) que

deverá conter os projetos de recuperação de áreas já

identificadas como passivos ambientais

Segue anexo.

7.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da

Construção Civil

Segue anexo

7.2 Programa de Monitoramento e Controle de Vibração e Ruídos

O empreendimento se trata de uma Ponte mais sistema viário, que se

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localizam entre zona de expansão urbana e zona de agricultura, a principal

etapa no que diz respeito a geração de ruídos e vibração, foi realizada na

colocação dos pilares por meio do uso de bate estaca, devido ao avanço

tecnológico o projeto da ponte se apoia na instalação de peças pré-moldadas,

reduzindo significativamente a geração de tais fatores, nos restando tratar da

fase de operação onde a circulação de veículos irá produzir ruído e vibração

dentro da zona do empreendimento.

Devendo ainda a empresa responsável pela execução da obra apresentar com

base nos equipamentos a serem utilizados no projeto o seu programa de

controle e monitoramento.

7.3 Programa de afugentamento e salvamento da Fauna e

Remoção da Flora

Não se faz necessário, já que a remoção das espécies de flora durante a

execução do projeto deverá ocorrer de forma isolada. Á área em questão não

se trata de floresta consolidada e o corte das mesmas não será em grande

número de espécies, nem em variedade genética. Por este motivo não

consideramos a necessidade de um projeto de afugentamento de fauna,

contudo porém será necessário que a equipe responsável pela remoção da

vegetação na linha de edificação da ponte, observe anteriormente em conjunto

com o técnico designado da Secretaria Municipal do Meio Ambiente a

existência de ninhos ou qualquer espécie animal ali encontradas para que

possa ser feito o relocação destes para remanescentes de vegetação no

entorno.

7.4 Programas de Recuperação e Compensação Socioambiental:

Programa de Comunicação e Interação Social

O empreendimento trata-se de obra pública pertencente a Prefeitura Municipal

de Conde, sendo desde a sua essência para beneficiar a população do

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município quanto aos problemas de acessibilidade local, melhorando acesso ao

hospital, atendimento por meio da SAMU entre outros fatores relatados, em

entrevista aos moradores das unidades residências, do entorno do projeto,

trazendo ainda como contrapartida, ambiental a recuperação de uma área total

de 5 hectares de APP em faixa marginal de Curso d’água natural do Rio

Itapicuru, sendo 2,5 hectares na margem Norte e 2,5 Hectares na margem Sul

do mesmo.

Para um bom andamento entre a obra e a população da área de influência

pode ser realizado um Programa de Comunicação e Interação Social

Desenvolver um Programa de Comunicação e Interação Social, com um

planejamento adequado, possibilita aprimorar a veiculação de informações,

considerando as expectativas da comunidade com relação ao empreendimento

e também minimizando rumores que tanto prejudicam a realização de ações

para a implantação do empreendimento como as próprias relações sociais

locais.

A desinformação ou a divulgação insuficiente sobre as características técnicas

dos empreendimentos, sua demanda por mão-de-obra e a duração de suas

atividades, podem ocasionar falsas expectativas e informações desencontradas

junto à população local, desencadeando uma série de impactos negativos,

além de repercutir negativamente na imagem do empreendedor.

Neste contexto, este Programa se justifica pela necessidade de transparência e

construção de canais de comunicação e relacionamento entre o empreendedor

e as diversas partes relacionadas aos empreendimentos, em um contexto de

democracia e construção da cidadania.

O Programa proposto deverá articular um conjunto de ações, de forma a evitar

conflitos de informações e/ou decorrentes de atuações diferenciadas entre as

equipes encarregadas da implantação dos Programas Ambientais e empresas

contratadas para as obras e serviços, no relacionamento com a população;

promoção da articulação com entidades públicas e privadas relacionadas ao

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desenvolvimento regional, buscando definir ações cooperativas; e estabelecer

uma política de contratação de mão de obra e de aquisição de produtos e

serviços provenientes do mercado local.

7.5 Programa de Gestão e Controle Ambiental da Obra e do

Sistema Viário

Sabe-se que obras de infraestrutura são responsáveis pela geração de

diversos aspectos ambientais, que por sua vez resultam na ocorrência de

impactos ambientais.

No caso dos empreendimentos sob licenciamento, foram identificados aspectos

ambientais, advindos das tarefas construtivas, que consequentemente irão

gerar impactos ambientais como alteração na qualidade das águas, incômodos

à população, intensificação do tráfego de veículos, dinamização de processos

erosivos e de assoreamento, entre outros.

Para garantir a prevenção e o controle de tais impactos, faz-se necessária a

implementação do Programa de Gestão e Controle Ambiental das Obras, visto

que as atividades de construção do empreendimento deverão ser executadas

de forma a garantir o máximo de segurança aos trabalhadores e populações

O Programa de Gestão e Controle Ambiental das Obras visa certificar que na

etapa de construção sejam implantadas práticas preventivas de conservação

ambiental, através de métodos, procedimentos e mecanismos de gestão, par o

que possa ocorrer de não conformidade ambiental nesse processo.

Para assegurar sua eficácia e garantir o bom andamento dos trabalhos na fase

de construção, este programa identifica os principais elementos/atividades das

obras passiveis de geração de aspectos e respectivos impactos ambientais

negativos, os quais foram priorizados na definição das ações e procedimentos

de controle ambiental.

Desta forma, os procedimentos de controle e gerenciamento deste Programa

estão focados sobre as seguintes atividades das obras:

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• Execução de bota-fora;

• Implantação e funcionamento do canteiro de obras.

• Execução do sistema viário

• Sinalização de áreas restritas

• Sinalização de frentes de obra (placa de obra, segurança do

trabalho e indicação de direção)

• Sinalização de tráfego (desvios necessários com indicação de

rotas alternativas)

• Sinalização de áreas de riscos

• Sinalização de áreas protegidas

• Sinalização indicativa do início das obras.

Para tais medidas serão necessários:

Instalação de tapumes nas áreas de trabalho para promover o

isolamento das atividades de obras.

Implementação das demais medidas e condicionantes exigidos pelos

órgãos ambientais constantes das licenças ambientais.

Monitoramento da entrada e saída de veículos e equipamentos nos

setores das obras.

Manutenção das condições de segurança das vias de circulação no

entorno das obras para pedestres e veículos.

O controle dos processos erosivos nas vias de acesso à área deve ser

feito pela implantação de canaletas laterais às vias bem como a

execução de sangra, que possam encaminhar as águas pluviais para

locais estáveis; as canaletas deverão ser revestidas por gramíneas,

britas/blocos ou concreto, dependendo da energia do escoamento das

águas pluviais

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101

8. CONCLUSÃO

De a acordo com a avaliação de impactos apresentada, as alterações de maior

relevância serão no meio antrópico, uma vez que os incômodos com poeira,

barulho e emissão de gases durante a implantação e operação, será sentida

pela população do entorno. Tais impactos, também, influenciaram no meio

biótico, porém em menor relevância, já que a fauna encontrada na área de

influência foi de poucas espécies.

Como já foi mencionado, para a população do entorno, esse empreendimento

trará benefícios incalculáveis, uma vez que irá melhorar o acesso ao hospital

municipal para população da Vila do Conde e diminuir a exposição ao risco de

acidentes e assaltos, por não precisar passar pela BA099 para ir ao Conde.

Dentre os impactos positivos e negativos aqui apresentados, pode-se concluir

que o empreendimento é viável, uma vez que respeite e execute os planos e

programas aqui mencionados e considerem as observações contidas no tópico

5.1.2 – Riscos de inundações, para evitar maximizar os impactos negativos.

9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CPRM. (2013) Regionalização de Vazões nas Bacias Hidrográficas Brasileiras:

estudo da vazão de 95% de permanência da sub-bacia 50 – Bacias dos rios

Itapicuru, Vaza Barris, Real, Inhambupe, Pojuca, Sergipe, Japaratuba,

Subaúma e Jacuípe. Recife

SILVA et.al. Investigação Das Alterações Do Regime Hidrológico Do Rio

Itapicuru –BA- XIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, 2016. Aracajú

BERNDTSSON, R.; Larson M. Spatial variability of infiltration in a semi-arid

enviroment. Journal of Hydrology, v. 90, p. 117-133, 1987.

MORAIS, F. de. Infiltração – Uma variável geomorfológica. Universidade

Federal do Tocantins - Porto Nacional (Pesquisa na Web). Disponível em:

Page 108: RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTESm2b3.com.br.urlpreview.net/conde/documentos/ponte/ESTUDO DE I… · A seguir é apresentado o acompanhamento de suas condicionantes 2 e

102

http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/viewFile/3753/4389,

Acesso em: 19/02/2019.

PROGAIA ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA. Relatório De Impacto

Ambiental: Ponte Internacional Brasil – Bolívia. Disponível em:<

http://www.dnit.gov.br/download/meio-ambiente/acoes-e-atividades/estudos-

ambientais/br-425-ro-ponte-rio-mamore.pdf >. Acesso em 19/02/2019.

RADAMBRASIL, Ministério das Minas e Energia. Secretaria Geral. Projeto

RADAMBRASIL. Folha SC. 24/25 Aracaju/Recife: Geologia, Geomorfologia,

Pedologia, Vegetação e Uso Potencial da Terra. Rio de Janeiro, 1981. 624p.

RPGA da Bacia do Rio Itapicurú. Programa Monitora. Programa de Monitoramento

das Águas do Estado da Bahia. Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

SÁNCHEZ, L.E. Avaliação de Impacto Ambiental: Conceito e Métodos. Editora Ofina de Textos. São Paulo.2008.p 220.

10. ANEXO

1. Sondagem

2. Estudo da Fauna e da Flora;

3. PRAD

4. PGRSCC

5. Memorial Descritivo;

6. Planta de Situação e Localização;

7. Croqui de Acesso

8. ARTS

9. Memorial Fotográfico

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Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 27/08/18

OBRA: PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 01 DATA FINAL: 29/08/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 6,06

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 6,06 (m)

4 5

1

5 6

2

6 7

3

7 8

4

9 13

5

12 15

6

14 16

7

16 16

8

16 21

9

16 24

10

18 25

11

16 19

12

14 17

13

18 22

14

21 24

15

12 13

16

13 16

17

12 15

18

11 12

19

24 29

20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 29/08/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 15:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 7,50 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

2º. 10 min 22,74 22,75

01

01

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 22,73

3º. 10 min 22,75 22,75 00

22,74

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

1,00

7,50CA

30/08/18

Areia fina pouco siltosa, pouco compacta,

marrom.

Silte argiloso com areia fina, médio, vermelho.

Idem, rijo.

TC

4,00

8,00

12,00

13,00

14,00

15,00

19,00

20,00

Idem, duro, variegado (cinza escuro).

Idem, rijo.

Idem, duro.

Idem, marrom.

Idem, rijo.

Idem, duro.

2

3

5

6

7

8

9

10

11

4

1

12

13

14

15

16

17

18

19

20

1,06

- 1,44

- 3,94

- 8,94

- 13,94

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Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-02

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 27/08/18

OBRA: PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 01 DATA FINAL: 29/08/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 6,06

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 6,06 (m)

36 32 / 25

21

41 30 / 24

22

50 / 10 50 / 10

23

11 13

8 9

7 9

9 11

12 14

23 32

14 18

17 19

20 25

24 30

15 28

9 12

15 16

10 13

14 19

19 24

18 20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 29/08/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 15:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 7,50 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

01

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 22,73 22,74

22,74 22,752º. 10 min

3º. 10 min 22,75 22,75 00

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

01

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

22,75

Silte arenoso com pedregulhos, compacto,

variegado (marrom claro).

Impenetrável a Percussão na Peça de

Lavagem com 22,75 m.

- 16,69 Idem, muito compacto.23

22

12

22,00

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Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 29/08/18

OBRA:PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 02 DATA FINAL: 30/08/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 4,04

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 4,04 (m)

6 6

1

9 9

2

10 10

3

6 8

4

7 9

5

11 9

6

12 13

7

14 14

8

14 15

9

15 16

10

17 18

11

22 24

12

6 8

13

7 10

14

8 10

15

9 11

16

13 14

17

10 16

18

12 18

19

14 18

20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 30/08/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 10:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 3,35 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

2º. 10 min 19,47 19,47 00

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 19,46 19,47 01

3º. 10 min 19,47 19,47 00

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado Helicoidal

TC = Trado Concha

1,00

3,35CA

30/08/18

Areia fina siltosa, pouco compacta, vermelha.

Argila siltosa com areia fina, média, cinza

escura.

Idem, dura.

Idem, medianamente compacta.

Idem, rija, variegada (marrom).

Areia média com pedregulhos, medianamente

compacta, variegada (marrom).

TC

3,00

6,00

12,00

11,00

15,00

19,47

Idem, média.

Idem, rija.

17,00

2

3

5

6

7

8

9

10

11

4

1

12

13

14

15

16

17

18

19

20 Impenetrável a Percussão na Peça de

Lavagem com 19,47 m.

0,69

- 0,96

- 5,96

- 10,96

- 15,33

Page 112: RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTESm2b3.com.br.urlpreview.net/conde/documentos/ponte/ESTUDO DE I… · A seguir é apresentado o acompanhamento de suas condicionantes 2 e

Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 30/08/18

OBRA:PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 03 DATA FINAL: 31/08/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 4,16

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 4,16 (m)

5 7

1

6 9

2

6 8

3

8 9

4

9 10

5

10 11

6

9 9

7

10 11

8

14 14 / 23

9

17 19 / 24

10

8 11 / 13

11

9 9 / 25

12

20 15 / 5

13

17 14 / 3

14

26 28

15

36 35

16

30 / 11 30 / 11

17

14 19

19 24

18 20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 31/08/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 10:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 3,51 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

01

3º. 10 min 16,20 16,20 00

2º. 10 min 16,19 16,20 01

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 16,18 16,19

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

2,00

3,51CA

31/08/18

Areia fina pouco siltosa, pouco compacta,

marrom.

Areia média com pedregulhos, medianamente

compacta, marrom.

Idem, duro, marrom claro.

Idem, pouco compacta.

Idem, medianamente compacta.

Idem, compacta.

TC

16,20

Impenetrável a Percussão na Peça de

Lavagem com 16,20 m.

14,00

12,00

11,00

10,00

9,00

3,00

1,00

Idem, medianamente compacta.

Silte argiloso com areia média e pedregulhos,

médio, marrom.

Idem, rijo.

2

3

5

6

7

8

9

10

11

4

1

12

13

14

15

16

17

0,65

- 0,84

- 5,84

- 10,84

-12,04

Page 113: RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTESm2b3.com.br.urlpreview.net/conde/documentos/ponte/ESTUDO DE I… · A seguir é apresentado o acompanhamento de suas condicionantes 2 e

Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 31/08/18

OBRA:PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 04 DATA FINAL: 01/09/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 1,89

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 1,89 (m)

2 2

1

2 3

2

3 3

3

8 11

4

10 13

5

12 15

6

8 11

7

10 14

8

33 34 / 23

9

41 31 / 24

10

30 / 13 30 / 13

11

38 35 / 25

12

30 / 5 30 / 5

13

30 / 3 30 / 3

14

9 12

15 16

10 13

14 19

19 24

18 20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 31/09/18 01/09/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 10:00 10:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 0,40 0,30 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

01

3º. 10 min 13,05 13,05 00

2º. 10 min 13,05 13,05 00

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 13,04 13,05

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

3,00

0,30CA

01/09/18

Areia fina siltosa, fofa, marrom escura.

Areia média com pedregulhos, medianamente compacta, marrom.

Argila siltosa com areia fina, rija, variegada (verde escura).

Idem, variegada (marrom clara).

Idem, dura, variegada (cinza clara).

Silte arenoso com pedregulhos, compacto, marrom claro.

14

TC

13,05

Impenetrável a Percussão na Peça de Lavagem com 13,05 m.

6,00

8,00

11,00

12,00

2

3

5

6

7

8

9

10

11

4

1

12

13

- 3,11

- 8,11

- 11,16

1,69

Page 114: RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTESm2b3.com.br.urlpreview.net/conde/documentos/ponte/ESTUDO DE I… · A seguir é apresentado o acompanhamento de suas condicionantes 2 e

Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 01/09/18

OBRA: PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 05 DATA FINAL: 03/09/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 1,51

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 1,51 (m)

4 8

1

6 9

2

9 11

3

11 12

4

15 17

5

17 20

6

19 22

7

6 6

8

8 10

9

11 13

10

37 36 / 25

11

20 25

24 30

15 28

9 12

15 16

10 13

14 19

19 24

18 20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 01/09/18 03/09/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 10:00 10:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 0,00 0,00 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

10,42

3º. 10 min 10,43 10,43 00

2º. 10 min 10,42 10,43

02

01

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 10,40

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

0,60

Amostra não recuperada.

Idem, medianamente compacta.

Idem, compacta.

1,00

5,00

7,00

8,00

9,00

10,00

10,43

Idem, pouco compacta.

Argila siltosa com areia fina, média, verde

escura.

Idem, rija.

Areia média com pedregulhos, pouco

compacta, marrom.

Lamina d'água.

11

2

3

5

6

7

8

9

10

4

Impenetrável a Percussão na Peça de

Lavagem com 10,43 m.

0,00CA

03/09/181

- 3,49

- 8,49

- 8,92

Page 115: RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTESm2b3.com.br.urlpreview.net/conde/documentos/ponte/ESTUDO DE I… · A seguir é apresentado o acompanhamento de suas condicionantes 2 e

Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 04/09/18

OBRA: PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 06 DATA FINAL: 04/09/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 5,13

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 5,13 (m)

5 9

1

8 11

2

10 12

3

11 14

4

13 18

5

18 21

6

3 4

7

4 4

8

5 5

9

6 6

10

6 7

11

8 8

12

6 7

13

30 / 10 30 / 10

14

9 12

15 16

10 13

14 19

19 24

18 20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 05/09/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 7:50 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 7,20 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

13,14

3º. 10 min 13,15 13,15 00

2º. 10 min 13,14 13,15

01

01

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 13,13

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

1,00

7,20CA

05/09/18

Silte argiloso com areia fina e pedregulhos,

médio, variegado (vermelho).

Idem, compacta.

Areia fina pouco siltosa com pedregulhos,

fofa, cinza escura.

Idem, rijo.

Areia média com pedregulhos, compacta,

marrom.

TC

13,15

Impenetrável a Percussão na Peça de

Lavagem com 13,15 m.

3,00

5,00

6,00

8,00

13,00

Areia média com pedregulhos, medianamente

compacta, marrom.

Idem, pouco compacta.

2

3

5

6

7

8

9

10

11

1

12

13

14

4

0,13

- 2,07

- 3 ,13

- 8,02

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Nº DOC.:

DATA: 10/09/18

FOLHA-01

CLIENTE: ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO DATA INÍCIO: 05/09/18

OBRA: PONTE SOBRE O RIO ITAPICURU SONDAGEM: SP - 07 DATA FINAL: 06/09/18

LOCAL: CONDE / BA COTA: 4,96

PENETRAÇÃO (GOLPES/30cm) PERFIL GRÁFICO NÍVEL COTA PROF. DA 0,00

Nº GOLPES GRÁFICO E DE ÁGUA (m) CAMADA DESCRIÇÃO DAS AMOSTRAS

10 20 30 40 Nº DE AMOSTRAS (m) 4,96 (m)

12 17

1

14 20

2

15 20

3

7 8

4

8 8

5

2 3

6

3 4

7

4 4

8

5 11

9

8 15

10

8 16

11

32 20

12

19 15

13

10 10

14

6 7

15

5 8

16

9 12

17

14 17

18

16 22

19

27 29

20

NÍVEL INICIAL FINAL CARACTERÍSTICA DA COMPOSIÇÃO DE PERFURAÇÃO

A ÁGUA (m)

A DATA 06/09/18 REVESTIMENTO φ ext. 76,2 mm

A HORA 8:00 AMOSTRADOR PADRÃO: φ INTERNO:34,9mm/ φ EXTERNO: 50,8 mm

PROF. 8,50 PESO DE BATER (MASSA): 65 Kg - ALTURA DE QUEDA: 75 cm

SIMBOLOGIA:

ENGº. RESPONSÁVEL: / /

PERFIL INDIVIDUAL DE SONDAGEM A PERCUSSÃO

Ni Nf

19,69

3º. 10 min 19,70 19,70 00

2º. 10 min 19,69 19,70

01

01

ENSAIO DE LAVAGEM (cm)

1º. 10 min 19,68

AREIAPEDREGULHO ARGILASILTE

R

CA = Circulação de Água

R = Revestimento

TH = Trado HelicoidalTC = Trado Concha

3,00

Silte argiloso com areia fina e pedregulhos,

rijo, marrom.

Areia média com pedregulhos, pouco

compacta, marrom.

Idem, duro.

Idem, cinza escura.

Idem, fofa.

Areia fina pouco siltosa com pedregulhos,

medianamente compacta, cinza escura.

TC

8,50CA

06/09/18

19,70

1,00

5,00

7,00

8,00

11,00

12,00

14,00

16,00

18,00

Idem, compacta.

Idem, medianamente compacta.

Idem, pouco compacta.

Idem, medianamente compacta.

Idem, compacta.

Impenetrável a Percussão na Peça de

Lavagem com 19,70 m.

2

3

5

6

7

8

9

10

11

4

1

12

13

14

15

16

17

18

19

20

- 0,04

- 5,04

- 3,54

- 10,04

- 14,74

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LEVANTAMENTO FAUNÍSTICO

Ponte sobre o Rio Itapicuru Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Responsável Técnico

Joylson Oliveira Souza de São João Biólogo

CRBio – 59.444/08-D

Jorge Rudá L. da Conceição Engenheiro de Pesca

Pós Graduado em Gestão e Auditoria Ambiental CREA- 050738393-1

Conde – BA Fevereiro 2019

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Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................3

2. OBJETIVO .............................................................................................................................................3

3. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................................................3

4. ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................................................4

5. DIAGNÓSTICO QUANTO AO PLANO DE AFUGENTAMENTO ....................................................................4

6. RESULTADOS ........................................................................................................................................5

6.1 MASTOFAUNA .....................................................................................................................................5

6.2 AVIFAUNA ..........................................................................................................................................7

6.3 ECOSSISTEMA AQUÁTICO .................................................................................................................12

6.3.1 VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS AQUÁTICOS ...........................................................................12

6.4 HERPETOFAUNA ...............................................................................................................................16

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................22

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1. INTRODUÇÃO

A fauna silvestre é essencial para a conservação dos ecossistemas, por realiza

diversos papéis indispensáveis para o ciclo de vida como um todo mas

principalmente no ciclo da vida da flora local, como por exemplo, a função de

agentes polinizadores e dispersores de sementes. Entretanto, a antropização

recentes dessas áreas, resulta no afugentamento da fauna nativa, em todos os

seus portes, diminuindo a biodiversidade de determinada região. O levantamento

de espécies da fauna é de suma importância no indicativo de como está o nível de

antropização local.

2. OBJETIVO

Este relatório tem como objetivo promover o levantamento, sobre a identificação de

forma quantitativa das espécies animais e suas influencias e ainda qual o grau ou

não de ameaças que estas espécies podem pela influência da futura ponte que

dará acesso à Vila do Conde ao centro da cidade de Conde.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Levantamento dos dados secundários Com a finalidade de conhecer e caracterizar

de maneira mais ampla e completa a composição da fauna presente nas Áreas de

Influência da Linha da futura ponte Vila do Conde/Conde, foram consultadas um

vasto acervo bibliográfico, desde artigos científicos a bancos de dados digitais.

Os levantamentos foram realizados em campo entre os dias 15 e 18 de fevereiro de

2019. O levantamento de campo da mastofauna foi realizado através da busca ativa

de animais (visualização), de relatos de moradores locais quanto a existência de

determinadas espécies.

O levantamento de campo da herpetofauna foi feito por meio da busca ativa dos

animais, tanto sobre a vegetação, como na serrapilheira, copa das árvores, no solo,

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e em potenciais abrigos, método mais eficiente para identificação da herpetofauna

(Magalhães, 2009).

O inventário de avifauna foi realizado através apenas de visualização e a partir dos

cantos do registro visual/auditivo. As amostragens de aves foram efetuadas,

principalmente, nas primeiras horas da manhã — quando as aves estão em seu

maior período de atividade, não havendo desta forma amostragem de espécies

noturnas.

4. ANÁLISE DOS DADOS

Os animais da mastofauna, herpetofauna e avifauna foram identificados até o nível

taxonômico de famílias tendo como referência Reis et al (2006) em Mamíferos do Brasil e

Lista das Aves do Brasil, elaborada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos

(CBRO, 2009).

5. DIAGNÓSTICO QUANTO AO PLANO DE AFUGENTAMENTO

Vale observar que a remoção das espécies de flora durante a execução do projeto

deverá ocorrer de forma isolada, não se trata de uma área de floresta consolidada e

ainda apresentar-se com um número baixos de espécimes. Por este motivo não

consideramos a necessidade de um projeto de afugentamento de fauna, contudo

porem será necessário que a equipe responsável pela remoção da vegetação na

linha de edificação da ponte, observe anteriormente a existência de ninhos ou

qualquer espécie animal ali encontradas para que possa ser feito o relocação destes

para remanescentes de vegetação no entorno.

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6. RESULTADOS

6.1 Mastofauna

Trabalhos recentes indicam no estado da Bahia a presença de 688 espécies de

mamíferos no Brasil, o que representa mais de 30% da diversidade encontrada em

todo o pais (SOS Mata Atlântica e INPE)

Esse cenário demonstra, ainda que indiretamente, a extensão do impacto do homem

sobre as espécies e ecossistemas. Estando o país entre os de maior diversidade

mastofaunística do Mundo. Infelizmente, cerca de 10% dessas espécies estão

ameaçadas de extinção e muitas outras requerem atenção por sua fragilidade e/ou

interesse ( SOS Mata atlântica).

Na área de estudo foram identificadas 02 espécies, sendo elas:

Tabela 1. Mastofauna identificada na área de estudo.

Ordem Nome

cientifico

Nome

popular

Status de

conservação

Método de

registro

Primates Callithrix sp. Saguí Não

ameaçado

Relato

Didelphimorphia Didelphis

sp.

Gambá Não

ameaçado

Relato

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Fig. 1 Callithrix sp.

Fig. 2 Didelphis sp.

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6.2 Avifauna

As aves são o grupo de vertebrados mais facilmente detectável, uma vez que a

grande maioria das espécies tem hábito diurno e tem colorações e vocalizações

conspícuas. São animais que ocorrem em todos os ambientes e apresentam

inúmeras inter-relações com outros animais e com a flora, sendo, portanto, boas

bioindicadoras de qualidade ambiental.

No Brasil são computadas, hoje, 1834 espécies de aves, das quais há registros de

823 espécies no Estado da Bahia, o que equivale um número maior a 40% de todas

as espécies do Brasil. A distribuição das espécies está relacionada com as

condições ambientais e variedade de habitats.

A riqueza e composição da comunidade de aves de um determinado local é um

importante indicador do nível de biodiversidade e da qualidade ambiental que ele

possui. As espécies de aves ocupam diversos nichos ecológicos e tróficos nos

ambientes. Além disso, a maioria possui hábitos diurnos e se desloca

frequentemente no ambiente, facilitando sua observação. Quando não observadas,

as aves podem ser ouvidas por vocalizações, garantindo ao observador registrá-la

no ambiente.

Na área de estudo foram identificadas 06 espécies, sendo elas:

Tabela 2. Mastofauna identificada na área de estudo.

Familia Nome cientifico Nome

popular

Status de

conservação

Método de

registro

Columbidae Leptotila verreauxi Juriti Não

ameaçado

Relato

Tinamidae Crypturellus

parvirostris

Nanbú vulneravel Relato

Turdidae Turdus rufiventris Sabiá - Vocalização

Thraupidae Thrupis episcopus Sanhaço - Visualização

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Emberizidae Sporophila

nigricollis

Papa

capim

vulneravel Vocalização

Cuculidae Crotophaga ani Anu Não

ameaçado

Visualização

Fig. 3 Leptotila verreauxi

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Fig. 4 Crypturellus parvirostris

Fig. 5 Turdus rufiventris

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Fig. 6 Thrupis episcopus

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Fig. 7 Sporophila nigricollis

Fig. 8 Crotophaga ani

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6.3 Ecossistema Aquático Os ecossistemas aquáticos abrangem os ecossistemas de água doce: rios, lagos,

lagoas e geleiras, assim como os recursos hídricos subterrâneos que são certos os

lençóis freáticos e reservatórios subterrâneos; e também os ecossistemas marítimos

e costeiros, como manguezais e restingas, nas áreas costeiras de mares e oceanos.

Segundo a Agência Nacional de Águas do Brasil (ANA), os ecossistemas aquáticos

são analisados de acordo com o bioma ao qual pertencem, como a floresta

amazônica, a caatinga, o cerrado e o pantanal, mata atlântica e os campos sulinos,

e a zona costeira e marinha.

Significa todos os ecossistemas aquáticos, que tem um corpo de biótopo de água,

tais como: mares, oceanos, rios, lagos, pântanos e assim por diante. Os dois mais

importantes são: os ecossistemas marinhos e de água doce.

6.3.1 Vertebrados e Invertebrados Aquáticos

Na busca de apresentar informações relevantes para a composição dos estudos

ambientais referente ao projeto da ponte de ligação sede do Conde e Vila, foi

realizado por meio de captura direta e armadilhas pré-instaladas no leito do Rio

Itapicuru na área de influência direta considerando assim um raio de 250 do eixo

central do projeto de locação da ponte.

Para realização de tal trabalho utilizamos petrechos de pesca tais como: rede de

mão (peneira e puçá), tarrafa e covos.

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Foto 01- Petrechos de pesca. Fonte: Rudá 2019.

Foto 02- Armadilha de captura(covo).Fonte: Rudá 2019.

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Foto 03- Traíra (Hoplias malabaricus) capturada na armadilha. Fonte: Rudá 2019.

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Foto 04- Piranha Branca (Serrasalmus marginatus) capturada na armadilha. Fonte:

Rudá 2019.

Foto 05- Camarão-canela (mais claro) e Camarão Escorpião (mais escuro)

(Macrobrachium acanthurus) e (Macrobrachium olfersii) capturado por pescador

local na armadilha. Fonte: Rudá 2019.

Tabela 3. Vertebrados e Invertebrados Aquáticos identificados na área de

estudo.

Família Nome cientifico Nome popular Status de

conservação

Registro

Erythrinidae

Hoplias

malabaricus

Traíra Não

ameaçado

Captura

Armadilha

Serrasalmidae Serrasalmus

marginatus Piranha Branca

Não

ameaçado

Captura

Apetrecho

Palaemonidae. Macrobrachium Pitú-de-Iguape, Não Captura

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acanthurus Camarão-

canela,

Calambau

ameaçado Armadilha

Pescador

local

Palaemonidae

Macrobrachium

olfersii

Camarão

Aratanha,

Camarão

Escorpião

Não

ameaçado

Captura

Armadilha

Pescador

local 6.4 Herpetofauna A herpetofauna é um grupo imenso de animais que se dividem em duas grandes

classes, a Reptilia representados pelos repteis e a classe Anfíbia representada

pelos anfíbios. O Brasil apresenta uma rica herpetofauna, com 941 espécies de

anfíbios e 732 de répteis registradas. No estado da Bahia a herpetofauna é

representada por aproximadamente 475 espécies o que equivale a um número

superior a 20% de toda a herpetofauna brasileira.

Na área de estudo foram identificadas 08 espécies, sendo elas:

Tabela 4. Mastofauna identificada na área de estudo.

Família Nome cientifico Nome

popular

Status de

conservação

Registro

Viperidae Bothrops

jararaca

Jararaca - Relato

Colubridae Lampropelts

triangulum

Falsa coral - Relato

Teiidae Tupinambis

merianae

Teiú Vulnerável Avistamento

Iguanidae Iguana iguana Iguana Vulnerável Literatura

Lacertidae Lacerta Lagarto verde Não Avistamento

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bilineata ameaçado

Hylidae Hypsiboas

albornaginatus

Perereca

verde

Não

ameaçado

Relato

Bufonidae Rhinella jimi Sapo cururu Não

ameaçado

Relato

Leptodactylidae Leptodactylus

vastus

Rã pimenta Não

ameaçada

Relato

Fig. 10 Bothrops jararaca

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Fig. 11 Lampropelts triangulum

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Fig. 12 Tupinambis merianae

Fig. 13 Iguana iguana

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Fig. 14 Lacerta bilineata

Fig. 15 Hypsiboas albornaginatus

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Fig. 16 Rhinella jimi

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Fig. 17 Leptodactylus vastus

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.listavermelhabahia.org.br/categoria-aves.html acesso em:

18/02/2019

http://www.noap.ufba.br/biotabahia/lista-repteis-bahia.pdf acesso em

20/02/2019

http://www.mzufba.ufba.br/WEB/MZV_arquivos/catalogo_anfibios.html acesso

em: 20/02/2019

MAGALHÃES, J.D.R. et al. Eficiência das técnicas de capturas aplica aos

estudos de répteis no Brasil. Anais da VI Semana Nacional de ciência e

tecnologia. Recife, 2009.

REIS, N.R. et al. Mamíferos do Brasil. Londrina, 2006. 437 páginas

http://www.Google.com.br acesso em: 18/02/2019 CBRO. 2009. Comitê

Brasileiro de Registros Ornitológicos. Lista primária das aves do Brasil. Versão

09/08/2009.

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LEVANTAMENTO FLORÍSTICO

Ponte sobre o Rio Itapicuru

Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Responsável Técnico

Joylson Oliveira Souza de São João

Biólogo CRBio – 59.444/08-D

CONDE – BA FEVEREIRO 2019

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Índice

Sumário 1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................................................... 1

2. OBJETIVOS .............................................................................................................................................. 1

3. DIAGNÓSTICO DE FLORA E VEGETAÇÃO ................................................................................................ 1

3.1 DEFINIÇÃO E SELEÇÃO DE AMBIENTES PARA AMOSTRAGENS EM CAMPO .................................. 2

3.2 INVENTÁRIOS SISTEMÁTICOS DA FLORA........................................................................................ 2

3.2.1 INVENTÁRIO FLORÍSTICO........................................................................................................ 2

3.2.2 LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO ................................................................................... 4

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................................... 5

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................. 5

6. Anexo 1: Lista De Espécies Encontradas Na Área De Estudo ................................................................. 6

7. Anexo 2: Pranchas com imagens ............................................................................................................ 7

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1

1. APRESENTAÇÃO

O presente relatório tem como objetivo apresentar, as atividades realizadas pela equipe

técnica no levantamento de fauna e flora no Projeto da ponte ligação Conde/Vila nas

coordenadas Lat: 11º48’38.53” S e Long: 37º37’0.39” O na qual foram demarcadas

unidades amostrais de interesse para a amostragem da equipe de fauna e flora terrestre,

na qual se iniciaram, de maneira sistemática, os levantamentos faunístico,florístico,

faunossociologico e fitossociológico no decorrer dos dias dias 15 e 18 de fevereiro de

2019.

2. OBJETIVOS

Apresentar os resultados do levantamento de fauna e flora nas seguintes coordenadas:

Lat: 11º48’38.53” S e Long: 37º37’0.39” O

3. DIAGNÓSTICO DE FLORA E VEGETAÇÃO

Notou-se em campo e pode ser verificado em anexo abaixo que a flora levantada possui

um considerável número de exemplares que ocorrem na sua grande maioria em

remanescentes de mata Atlântica, e estão dispostas mais próximo das margens do Rio

Itapicuru, já para as áreas mais distantes encontram-se um número ínfimo de vegetais

frutíferos, que não deixa de ser importante, o que demonstra de certa forma que a área

em estudo encontra-se em sua boa parte antropizada.

É importante destacar que foram observados arvores de médio a grande porte e que

fazem parte exclusivamente do bioma a mata atlântica, como já foi falado anteriormente.

A Mata Atlântica é uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade e hoje é

considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta, contando com apenas 8,5% de

suas florestas originais. A região da Mata Atlântica significa para o Brasil o lar de cerca

de 60% da população brasileira de acordo com o ( IBGE 2010).

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2

A Mata Atlântica reúne muitas espécies, nas quais se incluem desde pequenas ervas

até árvores de pequeno, médio e grande porte.

3.1 DEFINIÇÃO E SELEÇÃO DE AMBIENTES PARA AMOSTRAGENS EM CAMPO

A classificação da vegetação no local do levantamento seguiu os critérios de análise

dispostos na resolução CONAMA, número 4 de 1994.

3.2 INVENTÁRIOS SISTEMÁTICOS DA FLORA

3.2.1 INVENTÁRIO FLORÍSTICO

O levantamento florístico tem como objetivo de identificar a totalidade das espécies

ocorrentes na área de estudo, apresentando de maneira precisa a riqueza florística nos

remanescentes ou não, existentes na área levantada, nesse caso específico de uma área

pública. O método utilizado é o do caminhamento (Filgueiras et. al 1994), que consiste

em percorrer toda a área de estudo identificando e coletando as espécies encontradas.

A partir do levantamento de campo é elaborada uma lista de espécies, da qual diversos

outros produtos podem ser criados.

O levantamento florístico apontou uma média de 100 espécimes por transecto levantado;

das 20 espécies encontradas (Anexo 1) 3 pertencem a família Fabaceae, 2

Anacardiaceae, 2 Euphorbiacea, 1 Moraceae, 1 Myrtaceae, 1 Rubiaceae, 1 Arecaceae,

1 Rhamanaceae, 1 Urticaceae, 1 Sapotaceae, 1 Apocynaceae, 1 Poaceae, 1 Apiaceae e

1 Ipomoeaceae totalizando assim 14 famílias botânicas. Os resultados, indicam uma

predominância de espécies pertencentes às famílias comuns nos levantamentos

florísticos que incluem atualmente na sua maioria espécies arbóreas de médio a grande

porte.

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3

Fig. 1. Gráfico da riqueza de familias e especies (eixo Y) espécies encontradas por familias

(eixo X) familias encontradas.

Fig. 1. Gráfico da riqueza de especies (eixo Y) número de espécies encontradas (eixo X)

espécies encontradas.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Nº DE ESPECIES PERTENCENTES AS FAMILIAS ENCONTRADAS

02468

101214161820

Nº DE ESPÉCIES ENCONTRADAS

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4

3.2.2 LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO

O levantamento fitossociológico tem como objetivo analisar a estrutura do estrato arbóreo

nas florestas estudadas. O método utilizado tem sido o dos “transectos centrado num

ponto” ou “método das distâncias” (Cottam & Curtis, 1956) e o critério de inclusão para

as árvores tem sido o diâmetro à altura de 1,30 (DAP) mínimo de 5 cm. Além disso, a

altura também tem sido estimada para cada árvore. Os parâmetros calculados para cada

espécie têm sido os utilizados em análises quantitativas da vegetação, freqüência,

densidade, cobertura.

O levantamento fitossociológico totalizou 8 pontos amostrais, distribuídos em quatro

transectos. Os pontos estão equidistantes 50 metros e os transectos a 100 metros. A

área amostrada pelo método quantitativo está localizada somente em área de mata

atlântica com pontos antropizados. O estrato arbóreo possui uma dominância de

espécies com baixo, médio e grande porte atingindo uma altura média que varia de 1 a 8

metros, sendo que a altura das árvores emergentes é de até 2 a 5 metros. A grande

maioria das espécie encontradas possuem características de árvores ou arvoretas; Ingá,

Juá, Quixaba, Mulungu, Velame, Calumbí, Jamelão, Genipapo, Manga, Dendê e

Umbaúba. As três espécies com um maior número de exemplares encontradas na área

estudada também possuem valor e importância relevantes, são elas: O Ingá ( Inga edulis)

é muito comum em regiões próximas a lagos e rios. Suas sementes, envolvidas

por uma sarcotesta branca, fibrosa e adocicada, são revestidas por uma vagem

verde e grande, o fruto pode ser consumido in natura, mas o seu valor está mais

agregado a madeira de boa qualidade muito usada em carpintarias; O Juá (

Ziziphus juazeiro)é uma arvore tipicamente nordestina, seus frutos e as folhas verdes

ou secas são muito apreciados por animais, os ramos servem de alimentos para ovinos,

bovinos e caprinos. Devido à baixa digestibilidade de matéria seca e de matéria orgânica

de juazeiro por caprinos. Esta planta tem sido empregada na medicina popular também

como expectorante, no tratamento de bronquites, tosses e de ulceras gástricas. Vários

pesquisadores provaram a existência de algumas ações farmacológicas desta planta,

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como efeito cardiotônico direto, de ação hipotensora; A Quixaba (Sideroxylon communis)

muito encontrada no nordeste possui uma importância medicinal muito grande, ajuda na

prevenção e também no controle da diabetes, no alívio de dores e problemas de coluna,

e pode ser usada em tratamentos renais, também é indicada em tratamentos alternativos

são para inflamações no útero, corrimentos e cistos no ovário.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A riqueza de espécies encontradas, é considerada baixa (20), ainda não representa bem

a totalidade de espécies e famílias que poderiam ocorrer no local do levantamento. A

estimativa de riqueza para a área de estudo poderia ser superior a 50 espécies.

A principal observação realizada e diagnosticada no momento das visitas, foi a presença

de espécies de arvores frutíferas: jenipapo, jamelão, manga, bem como espécies que

revelam a antropização em demasiado da área como por exemplo umbaúba e mamona.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVEIRA. L.F. et al. Para que servem os inventários de fauna? Estudos avançados. Cottam, G., and J. T.Curtis. 1956. The use of distance measures in phytosociological sampling. Ecology 37(3): 451-460. Conama, 1994. Resolução número 4 de 4 de maio de 1994. Dispõe sobre a definição dos estágios sucessionais nas Florestas Catarinenses, exceto mangues e restingas. Filgueiras, T.S., Nogueira, P.E. Brochado, A.L. & Guala II, G.F. 1994. Caminhamento: um

método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Cadernos de Geociências

12: 39-43.

https://www.portaleducacao.com.br. Acesso em 15 de fevereiro de 2019

https://www.ibge.gov.br. Acesso em: 17 de fevereiro de 2019

https://google.com.br Acesso em 17 de fevereiro de 2019

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6. Anexo 1: Lista De Espécies Encontradas Na Área De Estudo

Fabaceae ________________________ Inga edulis, Erythrina verna, Mimosa arenosa.

Anacardiaceae ________________________Schinus terebinthifolius, Mangifera indica

Euphorbiacea ______________________ Jatropha oligandra muell, Recinus communis

Moraceae ________________________________ Ficus insipida

Myrtaceae _________________________________ Sizygium cumini

Rubiaceae ______________________________________ Genipa americana

Arecaceae ___________________________________ Elais guineenses

Rhamanaceae ____________________________________ Ziziphus juazeiro

Urticaceae_______________________________________ Cecropia peltrata

Sapotaceae______________________________________ Sideroxylon obtusfolium

Apocynaceae___________________________________ Croton heliotropiifolius

Poaceae________________________________________ Bambusa vulgaris vittata

Apiaceae________________________________________ Juncus effusus

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Ipomoeaceae_____________________________________ Ipomoea pes-caprae

7. Anexo 2: Pranchas com imagens

A: Inga edulis; B: Erythrina verna.

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A: Mimosa arenosa; B: Schinus terebinthifolius.

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A: Mangifera indica; B: Jatropha oligandra muell

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A: Recinus communis; B: Ficus insipida.

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A: Sizygium cumini; B: Genipa americana.

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A: Elais guineenses; B: Ziziphus juazeiro.

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A: Cecropia peltrata; B: Sideroxylon obtusfolium.

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A: Croton heliotropiifolius; B: Bambusa vulgaris vittata .

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A: Juncus effusus; B: Ipomoea pes-caprae.

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ÁCMON ENGENHARIA LTDA

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Ponte sobre o Rio Itapicuru

Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Conde – BA

20/02/2019

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Ponte sobre o Rio Itapicuru

Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Conde – BA

20/02/2019

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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Impressão frente e verso siga essa dica!

Os dois lados da moeda, os dois lados de um velho disco, os dois lados da mesma

história… Já pensou em quanta coisa legal a gente deixa de aproveitar quando olha

sempre para o mesmo lado?

Felizmente nos dias de hoje existem papéis reciclados e impressoras que

proporcionam uma economia maior de papel, como por exemplo, as multifuncionais

com duplex que imprimem frente e verso. Alguns equipamentos, além de imprimir

nas duas faces do papel, enviam fax e digitalizam de ambos os lados, ajudando a

economizar e a favorecer a prática sustentável.

Agora, que tal economizar com os gastos com papel e ajudar o meio ambiente?

Uma Iniciativa DA FAMÍLIA ÁCMON ENGENHARIA.

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 5

2. OBJETIVOS ...................................................................................................................................................... 5

2.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................. 5

3. INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................................. 6

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................................ 6

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................. 13

5.1 Resíduos De Construção E Demolição ....................................................................... 14

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................... 18

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente é notável a crescente preocupação da população com o meio ambiente,

principalmente com fatores que estão relacionados a geração e destinação de resíduos

sólidos, já que os mesmos se não obtiverem uma correta destinação podem acarretar

problemas graves de poluição ao solo, ar e água, bem como auxiliar na proliferação de

insetos e outros fatores que possam transmitir doenças.

Alguns dos resíduos sólidos gerados em processos de construção podem ser

reaproveitados, por isso é importante a elaboração de um Plano de Gerenciamento de

Resíduos.

O acondicionamento, coleta, tratamento e disposição final adequados para resíduos sólidos

domésticos, industriais e comerciais, incluindo efluentes domésticos e despejos industriais,

são exigências e orientações iniciais presentes nas Resoluções do Conselho Nacional do

Meio Ambiente (CONAMA) Nos: 307/2005, 348/2004, 431/2011, e 448/2012; além das

Legislações Federais Nos: 11.445/2007, e 12.305/2010; e Normas Brasileiras de

Regulamentação (NBR): 10.004/2004, 10.005/2004, 10.006/2004, 10.007/2004.

2. OBJETIVOS

2.1 GERAL

Elaborar proposta de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), voltada para

os resíduos de construção, que serão produzidos na construção de uma ponte sobre o rio

Itapicuru, ligando a sede do Conde a Vila do Conde

2.2 ESPECÍFICOS

Classificar os resíduos gerados pelo empreendimento;

Propor formas para redução de resíduos gerados no local;

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Propor formas/alternativas para destinação ou disposição final dos resíduos gerados.

3. INFORMAÇÕES GERAIS

3.1 IDENTIFICAÇÃO DO CONTRATANTE

Nome Empresarial Prefeitura de Conde - BA

CNPJ 14.126.692/0001-23 Obra Construção de uma ponte para ligar Conde à Vila

do Conde

Endereço da Obra As margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se estenderá desde a Rua da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa Cinquentenário em Vila do Conde, no Município de Conde – BA

3.2 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONTRATADA

Nome da empresa ÁCMON ENGENHARIA LTDA - ME

Nome Fantasia ÁCMON ENGENHARIA

CNPJ 20.635.431/0001-31

Telefones

+55 75 9 9953 - 4141

+55 75 9 9141- 7460

+55 77 9 9937 - 3469

E-mail [email protected]

Site www.acmonengenharia.com

Técnica Responsável Joice Campos Pereira

CREA- Nacional: 051278824-3

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1 SANEAMENTO BÁSICO

O saneamento básico tem como conceito o “conjunto de serviços, infraestruturas e

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instalações operacionais”, devendo ser realizado através do abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo

das águas pluviais urbanas (BRASIL, 2007).

A Lei nº 11.445/2007 estabelece também as diretrizes a nível nacional para o saneamento

básico e a política federal de saneamento básico, apresentando como seus princípios

fundamentais: universalização, integralidade, disponibilidade do acesso conforme sua

necessidade etc. (BRASIL, 2007).

O manejo de resíduos sólidos está incluso como um dos sistemas que devem ser atendidos

para que haja melhoria da qualidade de vida da população e menor degradação ao meio

ambiente.

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4.2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Lei nº 12.305/2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e classifica os

resíduos sólidos a partir do planejamento, gestão e gerenciamento mais adequado,

caracterizando-os de acordo com a atividade humana decorrente. Além disso, determina

definições referentes aos resíduos sólidos:

I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes,

importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;

II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou

irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos;

III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam

identificáveis ou individualizáveis;

IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a

obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição

final;

V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua

constituição ou composição;

VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade

informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das

políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos;

VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a

reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou

outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio

Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema

Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), entre elas a disposição final,

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde

pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em

aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à

saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou

privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;

X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou

indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final

ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos

sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;

XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de

soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica,

ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento

sustentável;

XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por

um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição

dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em

outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;

XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e

serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores

condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das

necessidades das gerações futuras;

XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração

de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos

órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;

XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de

tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente

viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente

adequada;

XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de

atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder

ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases

contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento

na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou

economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;

XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de

atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e

de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos

gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade

ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;

XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua

transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões

estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama.

Dentre as disposições preliminares em Brasil (2010), os resíduos sólidos podem ser

classificados quanto à sua origem ou sua periculosidade, conforme visto no Quadro 1.

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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Quadro 1 - Classificação e definição dos resíduos sólidos de acordo com a lei

O

rigem

R

esíd

uos

sólid

os

urba

nos

Resíduos domiciliares Atividades domésticas em residências

urbanas

Resíduos de limpeza urbana

Varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza

urbana

Resíduos de estabelecimentos comerciais

e prestadores de serviços

Envolve os resíduos de limpeza urbana, dos serviços públicos de saneamento básico,

dos serviços de saúde, de construção civil, e agrossilvipastoris

Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico

Envolve todos os resíduos desse quadro, exceto os resíduos sólidos urbanos

Resíduos industriais Processos produtivos e instalações

industriais

Resíduos de serviços de saúde Serviços de saúde, devido regulamento do

SISNAMA e SNVS

Resíduos da construção civil

Construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos ou resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis

Resíduos agrossilvopastoris

Atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos

utilizados nessas atividades

Resíduos de serviços de transporte

Portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de

fronteira

Resíduos de mineração Atividades de pesquisa, extração ou

beneficiamento de minérios

P

eric

ulos

idad

e

Resíduos perigosos

Características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,

apresentam risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com a lei,

regulamento ou norma técnica

Resíduos não perigosos Resíduos não caracterizados pelos resíduos

perigosos

Fonte: Adaptado de Brasil, 2010

Popularmente chamados de “lixo”, os rejeitos são os materiais utilizados até seu

esgotamento em possibilidades de usos, tratamento e recuperação por processos

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, ou não apresentem outra possibilidade

a não ser a disposição final ambientalmente adequada (BIDONE e POVINELLI, 1999 apud

GUASSÚ, 2007; BRASIL, 2010).

O titular pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos é a

prefeitura municipal, e acaba por ser o responsável pela disposição final ambientalmente

adequada tanto dos resíduos através da não geração, redução, reutilização, reciclagem e

tratamento dos resíduos sólidos, quanto dos rejeitos com a disposição final ambientalmente

adequada (LIMA, 2001; BRASIL, 2007; BRASIL, 2010).

Os resíduos sólidos e rejeitos não devem ser destinados ou dispostos finalmente em praias,

mar ou quaisquer corpo hídrico, nem lançamento in natura a céu aberto, ou serem

queimados sem equipamentos licenciados (BRASIL, 2010). Seguindo este gradual avanço

na implementação da legislação, em relação ao país, a região do Nordeste apresentou a

equivalência percentual de seguir 0,41% para usinas de triagem (galpão ou usina) e 0,04%

para unidades de compostagem (pátio ou usina) como destinação dos resíduos, segundo o

Sistema Nacional de Informação de Saneamento (SNIS, 2012).

4.3 GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O gerenciamento para os resíduos sólidos, por sua vez, corresponde ao conjunto de

tecnologias e técnicas operacionais de ações diretas ou indiretas, envolvendo fatores

administrativos, gerenciais, econômicos, ambientais e de desempenho (produtividade e

qualidade), nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento com destinação destes

resíduos e a sua disposição final dos rejeitos, valendo que as duas últimas situações, devem

ser ambientalmente adequadas (LIMA, 2001; CASTILHOS JUNIOR et al., 2003).

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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4.4 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

No Resolução CONAMA 307/2002 Resíduos de Construção Civil são aqueles provenientes

de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os

resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como tijolos, blocos cerâmicos,

concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados,

forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação

elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.

De acordo com a bibliográfica corrente, a geração de resíduos de construção e demolição

possuem densidade cerca de 1,2 toneladas/m³, já que possuem concreto, ferro, papel craft

de sacos de cimento, isopor e madeira em sua composição. Visto que não são

compactados, ao contrário dos resíduos sólidos domésticos, e necessitam de mão-de-obra

com alto esforço físico, o qual pode ser evitado quando contratada a máquina com pá

carregadeira.

Reforçado pelo Art. 20 da Lei 12.305/2010, estes resíduos apesar de não perigosos,

possuem natureza, composição ou volume não equiparados aos resíduos domiciliares pelo

poder público municipal, necessitando do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

(PGRS).

5. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento em questão é uma Ponte sobre o Rio Itapicuru, com objetivo de ligar a Sede do

Município de Conde a localidade de Vila do Conde, com complementação da pavimentação das

Ruas 01, 02, Rua da Lama, e Rua do Cais.

De acordo com a empresa ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO (2018) a ponte será construída em

concreto armado pré-moldado, e possuirá extensão longitudinal (Comprimento) de 211 m, por 9,25

m de seção transversal (largura), sendo 1,20 m para pedestres, e cota de 11,81 m. O projeto de

pavimentação das ruas indica que 5.532,11 m² receberão pavimento em paralelepípedo, e 4.241,65

m² receberão Tratamento Superficial Duplo (TSD), juntamente com a implantação de meio-fio e

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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passeio. As ruas a serem pavimentadas são interligadas ao local de construção da ponte, e por

questão de suporte de tráfego serão devidamente pavimentadas. É possível chegar ao local a partir

da sede da cidade, toma-se a Rua da Lama percorrendo pelo menos 400 m.

5.1 Resíduos De Construção E Demolição

5.1.1 CLASSIFICAÇÃO

Os Resíduos de Construção Civil são classificados, de acordo o CONAMA 307/2002 e NBR

13113/2004 em:

Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a. Construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de

outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de

terraplanagem;

b. Construção, demolição, reformas e reparos de edificações:

componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento

etc.), argamassa e concreto;

c. Processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em

concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de

obras;

Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos,

papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e

gesso; (Redação dada pela Resolução nº 469/2015)

Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou

aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou

recuperação; (Redação dada pela Resolução n° 431/11).

Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde

oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações

industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham

amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (Redação dada pela Resolução n°

348/04).

Logo, durante a construção ou demolição tem que ficar atento a cada tipo de resíduo

para ser destinado de forma correta.

Para a construção da ponte e sistema viário, de acordo a informações fornecidas pelo

Relatório de Caracterização do Empreendimento os resíduos a serem gerados segue no

Quadro 1 .

Quadro 1: Classificação dos possíveis resíduos a serem gerados na obra

5.1.2 TRIAGEM E ACONDICIONAMENTO

A triagem deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, respeitadas as

classes de resíduos já mencionadas no tópico 5.1.1

O gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de

transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de

reutilização e de reciclagem;

É indicado que os RCD sejam depositados em contêineres metálicos cobertos e levados por

empresa particular (doação para feitura de contra pisos) ou pública (direcionada à

disposição final mais adequada). Essa escolha é de acordo com o que for desejado pelo

dono do empreendimento.

5.1.3 COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO/DISPOSIÇÃO FINAL

Como disposto anteriormente de indicações para segregação e acondicionamento corretos

dos RCD e dos rejeitos, existirão para as duas situações:

Resíduos de construção e demolição: A coleta e transporte será resolvida entre as

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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partes interessadas, ou seja, o dono do empreendimento, a pessoa que receberá a doação

ou a prefeitura. Devendo combinar a sua busca e destinação ou disposição final de forma

regular em dia(s) e horário(s) predefinidos.

Rejeitos: Por essa parte, o dono do empreendimento deve ir à Prefeitura para que o

caminhão de coleta seja contratado e enviado ao local mais adequado de disposição final

dos RCD não utilizados dentre outros resíduos.

Como descrito no CONAMA 307/2002, a destinação adequada para cada classe é:

I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou

encaminhados a aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos futuros;

(nova redação dada pela Resolução 448/12)

II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de

armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou

reciclagem futura;

III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com

as normas técnicas específicas.

IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com

as normas técnicas específicas. (nova redação dada pela Resolução 448/12).

De acordo com a empresa que realizou a elaboração do Relatório de Caracterização do

Empreendimento será gerado diariamente uma média 100kg/m² e que serão reutilizados. E

seus resíduos gerados está na Tabela 1

.

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

Tabela 1: Resíduos gerados e destinação e disposição adequadas

Descrição Tipo Class

e Frequência de geração

Quantidade estimada

Unidade e equipamento gerador

Acondicionamento/armazenagem

Tratamento adotado:

Destino Final (apresentado no RCE)

Disposição/Destinação adequada

Entulho Sólido II Diária 100 kg/m² Frente de trabalho

Container Sem tratamento Reutilização Reutilização

Papel e papelão, plástico, metal, e vidro

Sólido II Diária Incluso Frente de trabalho e escritório

Container Separação Aterro sanitário

Reciclagem

Resíduos misturados

Sólidos II Diária Incluso Frente de trabalho e escritório

Container Sem tratamento Aterro sanitário

Aterro sanitário

semissólidos e líquidos

Semissólido e líquidos

II B Diária 500 l/dia Sanitários Container Biodegradação Solo DAFA

Resíduos orgânicos

Sólidos Diária 20 kg Refeitório Container Sem tratamento Aterro sanitário Resíduos orgânicos

Coleta pública

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Lex: Política

Nacional de Saneamento Básico, Brasília, DF, 2007.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Lex: Política

Nacional de Resíduos Sólidos, Brasília, DF, 2010.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002:

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção

civil. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 17 jul. 2002.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 348, de 17 de agosto de 2004:

Altera a Resolução CONAMA no 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe

de resíduos perigosos. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 17 ago. 2004.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 431, de 24 de maio de 2011:

Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio

Ambiente, estabelecendo nova classificação para o gesso. Diário Oficial [da] União,

Brasília, DF, 25 maio 2011.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 448, de 18 de janeiro de 2012:

Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do

Conselho Nacional do Meio Ambiente. Diário Oficial [da] União, Brasília, DF, 19 de jan.

2012.

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Orientações técnicas para apresentação de

projetos sólidos urbanos, 1ª reimpressão, Brasília, DF, 46 p., 2006.

CASTILHOS JUNIOR, A. B. de (Coord.); ZANTA, V. M.; LANGE, L. C.; PESSIN, N.

Resíduos sólidos urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno porte. Rio de

Janeiro, ABES, RiMa, Projeto PROSAB, 294 p., 2003. Disponível em

<http://livroaberto.ibicit.br/handle/1/492>. Acesso: 25 fev de 2019.

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA DEMOLIÇÃO

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LIMA, J. D. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Rio de Janeiro: ABES, 267 p.,

2001.

MONTEIRO, J. H. P et al. Manual Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.

Instituto Brasileiro de Administração Municipal: Rio de Janeiro, 2001.

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO – SNIS. Diagnóstico

de manejo de resíduos sólidos urbanos. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de

Saneamento Ambiental, 2012. Disponível em

<http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=104>. Acesso: 25 fev de

2019.

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ÁCMON ENGENHARIA

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE

ÁREA DEGRADADA-PRAD.

Mata Ciliar Rio Itapicuru, Projeto: Ponte de

Ligação Conde –Vila.

Conde – BA

19 de Fevereiro de 2019

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE

ÁREA DEGRADADA-PRAD.

Mata Ciliar Rio Itapicuru, Projeto: Ponte de

Ligação Conde –Vila.

Plano de Recuperação de Área

Degrada-PRAD, apresentado e

submetido à análise da Secretaria

Municipal do Meio Ambiente de

Conde.

Conde – BA

19 de Fevereiro de 2019

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Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4

2. INFORMAÇÕES GERAIS .................................................................................. 5

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA .......................................................................... 6

3. OBJETIVO DO PLANO ......................................................................................... 7

3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 7

3.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 8

4. Metodologia de Trabalho .......................................................................................... 8

4.1 Avaliação da Área Degradada ............................................................................. 8

4.1.2 Solo.................................................................................................................. 8

4.1.3 Vegetação ........................................................................................................ 8

4.1.4 Clima ................................................................................................................ 9

4.1.5 Hidrografia ....................................................................................................... 9

5. METODOLOGIA DE CONTROLE E RECUPERAÇÃO ............................................. 9

5.1 Área de Infraestrutura ........................................................................................... 10

5.2 Tecnologias do PRAD ....................................................................................... 10

5.2.1 Isolamento e Identificação das Áreas Degradadas ......................................... 10

5.2.2 Método de Condução de Regeneração Natural de Espécies Nativas ............. 10

5.2.3 Método do Plantio de Espécies Nativas ......................................................... 11

5.2.4 Roçada Manual e Mecanizada ....................................................................... 11

5.2.5 Combate a formigas e cupins ......................................................................... 12

5.2.6 Correção do solo ............................................................................................ 12

5.2.7 Adubação ....................................................................................................... 13

5.2.8 Técnica de plantio .......................................................................................... 13

5.2.9 Espaçamento e Locação das Mudas.............................................................. 14

5.2.10 Atrativo Para AviFauna ................................................................................. 15

5.2.11 Irrigação ....................................................................................................... 15

6. RELAÇÃO DAS ESPÉCIES ................................................................................ 16

7. MEDIDAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE ............................................. 17

8. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES E ORÇAMENTO ......................................... 17

9. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 20

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1. INTRODUÇÃO

A Instrução Normativa n° 4 de 2001 (IBAMA, 2011) instrui sobre as

exigências mínimas e norteia a elaboração de Projetos de Recuperação de

Áreas Degradadas – PRAD, e afirma que “o PRAD deverá propor medidas que

assegurem a proteção das áreas degradadas ou alteradas de quaisquer fatores

que possam dificultar ou impedir o processo de recuperação”. A Política

Nacional do Meio Ambiente (LF n° 6.938/8,1, p. 02) artigo 2°, VIII afirma que a

finalidade do PRAD é, “[…] o retorno do sítio degradado a uma forma de

utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo,

visando à obtenção de uma estabilidade do meio ambiente”. O objetivo amplo

dos PRADs é a garantia da segurança e da saúde pública, através da

reabilitação das áreas degradadas pelas ações humanas, de modo a retorná-

las às condições desejáveis e socialmente aceitáveis (LIMA; FLORES; COSTA,

2006). Segundo Rodrigues e Gandolfi (1998) e Martins (2001) o sucesso de um

PRAD pode ser avaliado por meio de indicadores vegetais de recuperação. E

ainda para Martins (2001) é através desses indicadores que é possível definir

se determinado projeto necessita de novas interferências ou de ser

redirecionado, visando acelerar o processo de sucessão e de restauração das

funções da vegetação implantada.

Por esses motivos, o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas é um

importante instrumento da gestão ambiental para recuperação de áreas

impactadas. Embora os PRADs sejam voltados para os aspectos de solo e

vegetação, eles acabam afetando positivamente a água, o ar, a fauna, e os

seres humanos, pois possibilitam qualidade de vida para a população, para a

fauna e flora da região, e ainda propicia melhorias dos recursos naturais

existentes.

O PRAD promove a restauração de áreas degradadas e pode ser

definido como um processo de reversão das áreas degradadas em terras

produtivas e auto-sustentáreis, podendo chegar ao nível de uma restauração

de processos biológicos ou de aproximar-se muito da estrutura ecológica

original (GUERRA E CUNHA, 2003).

O PRAD deverá reunir informações, diagnósticos, e estudos que permitam a

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avaliação da degradação ou alteração e a conseqüente definição de medidas

adequadas à recuperação da área, em conformidade com as especificações da

Legislação Federal (IBAMA, 2011).

Segundo Seitz (1994), obedecendo à sucessão natural da vegetação,

deve-se primeiro isolar a área e averiguar se não há condições de recuperação

natural da mata. Na regeneração deve-se considerando as espécies pioneiras,

seguidas pelas secundárias e deixando as clímax para a complementação do

ecossistema. São esses dois sistemas usados em projetos de Recomposição

Florística, podendo numa mesma, micro bacia ser necessário o uso

concomitante dos diferentes sistemas, dependendo das características das

faixas a serem revegetadas: Regeneração Natural e Implantação Artificial de

Reflorestamento.

2. INFORMAÇÕES GERAIS

Nome do Emprendiemnto: Projeto Ponte sobre o Rio Itapicuru, ligação sede

do Conde com a Vila.

Localização: Margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se estenderá desde a Rua

da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa Cinquentenário em Vila do

Conde, no Município de Conde – BA, Cep: 48300-000.

Domínio do Empreendimento: Prefeitura Municipal de

Conde.

CNPJ: 14.126.692/0001-23

Endereço: Praça Altamirando Requião S/N,Centro. Cep.48300-000.

Responsável Elaboração do PRAD: Joice Campos Pereira, Engenheira

Sanitarista e Ambiental, Especialista em Gestão e Auditoria Ambiental.

Responsável Execução do PRAD: Prefeitura Municipal de

Conde.

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3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Conde é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se a uma

latitude 11º48'49" sul e a uma longitude 37º36'38" oeste, estando a uma

altitude de 12 metros. Sua população estimada em 2018 era de 25.630

habitantes. Possui uma área de 954,452 km². (IBGE,2018).

O empreendimento em questão é uma Ponte sobre o Rio Itapicuru, com

objetivo de ligar a Sede do Município de Conde a localidade de Vila do

Conde, com complementação da pavimentação das Ruas 01, 02, Rua da

Lama, e Rua do Cais (Figura 1).

De acordo com a empresa ADS ENGENHARIA E INOVAÇÃO (2018) a

ponte será construída em concreto armado pré-moldado, e possuirá

extensão longitudinal (Comprimento) de 211 m, por 9,25 m de seção

transversal (largura), sendo 1,20 m para pedestres, e cota de 11,81 m. O

projeto de pavimentação das ruas indica que 5.532,11 m² receberão

pavimento em paralelepípedo, e 4.241,65 m² receberão Tratamento

Superficial Duplo (TSD), juntamente com a implantação de meio-fio e

passeio.

Sendo de utilidade pública, a obra será financiada pela caixa econômica

Federal, com orçamento de aproximadamente R$ 8.130.000,00 (oito milhões

cento e trinta mil). Entretanto a execução da obra será realizada por

empresa privada, sob a gestão da Prefeitura Municipal de Conde através da

Secretaria de Obras. A Ponte trará qualidade de vida à população, reduzindo

o trajeto entre o Centro de Conde e Vila do Conde em 7 km, desafogando o

trânsito da BA 099, e atenuando os riscos de acidentes.

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Figura 1: Planta de Uso e Ocupação da Terra e Proposta de Projeto.

Fonte:LINS,Carlo(2018).

3. OBJETIVO DO PLANO

3.1 Objetivo Geral

O presente PRAD tem como objetivo recuperar a uma área total de 10

hectares de APP em faixa marginal de Curso d’água natural do Rio Itapicuru,

sendo 5 hectares na margem Norte e 5 Hectares na margem Sul, partindo

da localização da ponte 250 metros para Leste e 250 metros para Oeste em

cada margem, ou seja faixa de 500 metros por margem e em decorrência do

Rio ter sua largura superior a 50 metros e inferior a 200 metros, a Lei

12.651/2012, determina a recomposição da faixa de 100 metros a contar da

calha do leito regular do rio. O trabalho será realizado por meio do método

de condução de regeneração natural de espécies nativas, para o caso de

áreas pouco degradas, e o método de plantio direto de espécies nativas para

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áreas mais antropizadas.

A faixa de APP a ser recuperada segue a determinação que consta no Art.

4o da Lei 12.651/2012.

3.2 Objetivos Específicos

1. Conduzir a Regeneração da Vegetação Nativa em APP;

2. Enriquecer, quando necessário, a área de Vegetação Nativa em APP;

3. Melhorar as condições ambientais da APP.

4. METODOLOGIA DE TRABALHO

4.1 Avaliação da Área Degradada

A área do referido estudo ao longo dos nos sofreu com, a supressão de

vegetação nativa e o uso alternativo do solo para fins agropecuários. A

vegetação localizada na área apresenta alguns fragmentos de vegetação

nativa e também solo exposto.

4.1.2 Solo

De acordo com o Mapa de Solos do Brasil Embrapa 2011, o solo se classifica

da forma a seguir: ESKu - Espodossolos Ferrihumiluvicos Hiperespessos +

Neossolos Quartzarenicos Hidromorficos + Gleissolos Salicos Sodicos.

4.1.3 Vegetação

A vegetação local se caracteriza como do Bioma Mata Atlântica, com

fragmentos de floresta ombrófila densa e alto grau de antropismo por

atividades agoprcuárias em especial pastagens e Cultivo de Coco da baía.

A vegetação ainda apresenta-se parcialmente degradada, ora com a

concentração de pequenos fragmentos, e ora com solo exposto com algumas

árvores isoladas.

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4.1.4 Clima

De acordo com a Classificação climática de Köppen-Geiger, o clima da região é

considerado (Am) tropical com Precipitação total anual média > 1500 mm. O

período de chuva da região é bem definido, ocorre de março a setembro, e a

estiagem de outubro a fevereiro.

4.1.5 Hidrografia

A bacia hidrográfica do rio Itapicuru é considerada uma das maiores bacias

hidrográficas do Estado da Bahia, pois o seu sistema fluvial drena área de

cerca de 36.121 km². Segundo Virães (2013), o Itapicuru nasce a oeste,

no município de Campo Formoso a 766m de altitude e possui extensão de

534,8 km até desaguar no Atlântico. Porém, nessa pesquisa, escolheu-se a

nascente com maior distância da foz do rio para estabelecer a extensão do

Itapicuru, atendendo a critérios geomorfológicos. Dessa maneira, o rio

Itapicuru nasce no município de Morro do Chapéu a 900m de altitude,

porção norte da Chapada Diamantina, e percorre cerca de 567 km até o

Oceano Atlântico, entre os municípios de Conde e Jandaíra, litoral norte do

Estado.

5. METODOLOGIA DE CONTROLE E RECUPERAÇÃO

Para tal situação os trabalhos deverão adotar dois métodos para a

recuperação das áreas degradadas, estes métodos são tecnicamente

reconhecidos, pela sua eficiência e baixo custo de acordo com as condições

em que se encontra o meio ambiente local.

O primeiro método consiste na condução da regeneração natural de

espécies nativas, mediante manejo adequado, quais são: controle de ervas

e cipós para diminuir a competição com árvores regenerantes, adubação e

controle de pragas.

O segundo método será o plantio de espécies nativas regionais, onde as

mudas deverõ ser plantadas diretmente no solo.

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Ressalta que, para os dois métodos é necessária a retirada dos fatores de

degradação do local, e realizar o isolamento da área degradada. Cabe aos

executores do PRA a decisão do método mais adequado mediante as

condições do ambiente degradado.

5.1 Área de Infraestrutura

Recomenda-se a utilização do pátio e estrutura da Secretaria

Municipal de Obras e de modo suplementar a área da Secretaria Municipal

do Meio Ambiente, visando o armazenamento de máquinas, ferramentas,

defensivos agrícolas, corretivos e fertilizantes. A Secretaria Municipal do

Meio Ambiente também será utilizada como local de tomada de decições

nas reuniões entre os técnicos e operários e demais envolvidos no processo

de recuperação da área degradada.

5.2 Tecnologias do PRAD

5.2.1 Isolamento e Identificação das Áreas Degradadas

A área a ser recuperada deverá ser isolada, uma vez que há o risco de

invasão de animais. Para o serviço será necessário, mourões, estacas e

arame farpado ou liso para innstalação das cercas .

Se faz ainda de suma importância além do isolamento da área a

sinalização com placas de identificação do PRAD.

5.2.2 Método de Condução de Regeneração Natural de Espécies Nativas

Esse método é indicado para áreas pouco degradas, pois as espécies

lenhosas presentes serão conduzidas para a formação dos estratos

florestais, iniciando com as espécies pioneiras, em seguida as espécies

secundárias, e por fim as espécies de clímax.

Inicia o processo com a interrupção dos distúrbios antrópicos na área a

ser recuperada. Nas áreas com muita incidência solar no solo ocorrem

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lianas, cipós e ervas em abundância. O seu controle é feito por roçada

manual ou mecanizada.

A manutenção destas áreas pode ser feito anualmente, dependendo

das condições do local. Passados 3 – 5 anos, as áreas ao entrono dos

fragmentos deverão estar com a vegetação em estágio inicial de

regeneração.

5.2.3 Método do Plantio de Espécies Nativas

Para as áreas com maior nível de antropização, ou seja, com pouca

vegetação natural, é indicado o plantio de espécies nativas direto no solo.

O plantio direto de mudas é mais eficiente para a recuperação de áreas

degradadas, pois as espécies já chegam em condições adequadas para

sobreviverem ao campo. Entretanto esse é um método mais caro, pois

envolve os custos das mudas e manutenção do plantio.

As espécies a serem plantadas devem ser da região, e orienta que o

plantio seja feito entre os meses de março a setembro por ser o período de

maior precipitação.

5.2.4 Roçada Manual e Mecanizada

Roçada Manual- Esta operação consiste no rebaixamento da

vegetação existente nas entre-linhas da área de plantio, considerando as

seguintes especificações técnicas:

a) Esta operação deverá ser conduzida nas áreas onde a

mecanização não é possível.

b) A roçada deverá ser conduzida com empenado, foice ou aparador

costal mecanizado, que assegurem o corte da vegetação.

c) Esta operação deverá abranger toda a área de plantio e ser

seletiva, de maneira a cortar apenas as espécies invasoras, poupando

todas as demais plantas existentes.

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d) Esta operação deverá ser repetida com freqüência trimestral até o

completo desenvolvimento das mudas ou de acordo com a necessidade

que se apresente, em caso de infestação de daninhas mais agressivas.

Roçada Mecanizada- Esta operação consiste no rebaixamento da

vegetação existente para a estatura mínima nas áreas destinadas ao

projeto onde é possível a utilização de tratores agrícolas, considerando as

seguintes especificações:

a) A operação deverá ser realizada utilizando-se roçadeira hidráulica,

três pontos, acoplada a trator agrícola de pneu.

b) A regulagem do equipamento deverá ser feita de forma a

assegurar o corte da vegetação conforme acima.

c) Durante a operação deverão ser preservadas espécies arbóreas

existentes no local, oriundas do processo de regeneração natural ou

plantio.

5.2.5 Combate a formigas e cupins

Formigueiros e cupinzeiros deveram ser extintos da área do PRAD.

Para o combate de formigas cortadeiras (Saúvas, Quem-quens) são

utilizados formicidas em forma de iscas granuladas, Mirex, principio ativo

Sulfuramida, em quantidade de 5-10g/m² de formigueiro. E para o controle

de cupins, se aplicada o FIPROMIX em pó, princípio Fipronil, em

quantidade de 50 gramas/m² de cupinzeiro. Ambos deverão ser prescritos

por receituário agronômico.

5.2.6 Correção do solo

Devido aos índices de precipitação elevados da região, e a presença

de solo com baixo teor de argila, este tendem a serem ácidos, e ricos em

alumínio (Al). Dessa forma, salvo a análise de solo do local, recomenda a

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aplicação de pelo menos 1 t/ha de calcário dolomítico em toda a área a ser

recuperada. A aplicação poderá ser por cova ou a lanço no intervalo mínimo

de 30 dias do plantio.

5.2.7 Adubação

Propoe-se , a utilização de esterco curtido de curral, na quantidade de

150 g/cova. Após o segundo mês do plantio, deverá ser aplicado 50 g do

fertilizante NPK 4-14-08 em cobertura no entorno de cada muda. Repetindo a

aplicação após 12 meses.

Uma técnica denominada Adubação Verde vem ganhando espaço em

pesquisas e trabalhos de recuperação de áreas degradada. A técnica utiliza um

coquitem contendo uma mistura de sementes de girassol, feijão guandu, e

dentre outras leguminosas.

A adubação verde poderá ser aplicada em áreas de solo raso,

pedregoso, e com baixa fertilidade.

5.2.8 Técnica de plantio

Na área de plantio, as linhas das covas deverão ser orientadas em

relação ao sol, ficando perpendicular a linha do seu nascente e poente. As

mudas são plantadas nas linhas, e o coquetel de adubo verde nas entrelinhas.

Cada cova deverá ter 0,40 m de profundidade e 0,20 m de diâmetro, para

acomodar a mudas e permitir o seu enraizamento com maior facilidade.

O sistema de plantio baseado na sucessão secundária, tem se mostrado

mais eficiente na recuperação de área degrada, pois favorece o

estabelecimento das espécies de clímax. Assim as plantas serão dispostas

conforme abaixo:

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Quadro 01 – Disposição Da Vegetação No Terreno.

CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL CR # CL

Legenda: CR = espécies pioneiras e secundárias iniciais

CL= espécies secundárias tardias e clímax.

# = Poleiros artificiais

5.2.9 Espaçamento e Locação das Mudas

O espaçamento entre linhas e entre plantas será de (6x6) metros, em

sistema de quincôncio, o termo quincôncio refere-se ao arranjo das plantas

em grupos de cinco com uma no centro o que resulta em triângulos

equiláteros (todos lados iguais). A distância entre as linhas de plantio

corresponde à altura do triangulo, para este caso totalizando 277 plantas por

ha. Todo volume de terra retirado deverá ser deixado do lado das covas

para sofrer incorporação completa com fertilizantes e matéria orgânica de

plantio.

Figura 02 – Distribuição das Espécies no Terreno Fonte: agroambientalmt.2016.

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5.2.10 Atrativo Para AviFauna

Visando atrair a avifauna na área deverão ser instalados poleiros artificiais.

Os poleiros podem ser confeccionados a partir da reutilização de

troncos de árvores retos e sem ramificações (rejeitos da construção

civil). Tais poleiros p tamanhos variados (em média, dois metros de

altura) e, em seu topo, duas hastes de ferro (aproximadamente 1

metro) dispostas em forma de X com a finalidade de oferecer lugares

depouso para as aves.

Os poleiros artificiais devem ser instalados intercaladamente às mudas.

Figura 3. Poleiros com modelo esquemático. Fonte: Guimarães.2014

5.2.11 Irrigação

O plantio das mudas pode ser irrigado mas deverá ocorrer preferencialmente

períodos mais chuvosos devido aos custos de mão de obra. Nos casos em

que a irrigação é necessária, recomenda-se irrigar com 3 a 4 litros de

água/planta no dia do plantio.

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Somente em condições climáticas muito secas a operação é repetida até 2

vezes ao dia neste caso priorizar as primeiras horas da manhã e o fina do

dia, onde as temperaturas são mais amenas. Em geral, apenas uma

irrigação bem-feita é suficiente para o desenvolvimento das mudas.

6. RELAÇÃO DAS ESPÉCIES

Observado as condições do solo da área e o tipo de vegetação ao seu entorno, foram

levantadas as espécies que mais se adéquam as suas características ambientais.

Todavia as espécies podem ser substituídas em função da disponibilidade de mudas,

ou condições adversas do solo.

Quadro 02 - Espécies Para o Plantio

NOME POPULAR NOME CIÊNTÍFICO DESENVOLVIMENTO

Embaúba CecropiapachystachyaTrécul Pioneira

Albizia Albízia sp Pioneira

Piaçava Attalea funifera Martius Pioneira

Babosa Branca Cordia superba Cham Pioneira

Goiabeira Psidium guajava Pioneira

Angelim Sweetia fruticosa Pioneira

Biriba Eschweileraovata (cambes) Miers Pioneira

Aroeira rosa Schinustere binthifolius Pioneira

Murici Byrsonima crassifolia (L.) Rich Pioneira

Ypê amarelo Handroanthus avellanedae Secundária

Cajueiro Anacardiumoccidentale L. Secundária

Araticum Annona glabra L. Secundária

Mangabeira Hancorniaspeciosa Gomes Secundária

Ingá Ingaaffinis DC. Secundária

Sucupira BowdichiavirgilioidesKunth climax

Imbé Philodendronimbe Schott climax

Jacarandá da Bahia JacarandaobovataCham. climax

Biriba Eschweileraovata Mart exMiers climax

Ataí-peba BrodriguesiasantosiiR.S.Cowan climax

Jacarandá Bahia Dalbergia nigra climax

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Peroba Rosa AspidospermapolyneuronMuell climax

Pau-brasil Paubrasilia enchinata climax

7. MEDIDAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE

O PRAD não se finaliza após sua implantação. Atividades de

monitoramento precisam ser realizadas para que este não se desestabilize ou

sofram intervenções naturais ou até mesmo antrópicas prejudiciais nesta linha

de pensamento, sugere-se medidas de controle e proteção da área em

questão.

Quadro 03 – Controle da Área

PASSIVO MEDIDA DE CONTROLE

Pastoreio de Animais Isolamento da Área

Ataque de fungos, bactérias e insetos. Utilização de defensivos

Surgimento de erva daninha Coroamento das mudas plantadas

Erosão e movimentação de massa Restabilização do solo

Invasão antrópica Instalação de placa informativa

Ventos severos Escoramento das mudas

Risco de fogo Manter aceiros sempre abertos e limpos

Nota: Não é necessário seguir a ordem apresentada.

Vale salientar que estas medidas acima propostas, atendem as necessidades

de manutenção da área. Caso seja observado qualquer indício de descontrole

no rendimento da vegetação, outras medidas mais adequadas de revitalização

deverão ser providenciadas.

8. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES E ORÇAMENTO

O cronograma é uma parte de extrema importância do PRAD, e deve ser

seguido fielmente, no case de adequações as mesmas deverão ser analisadas

pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Conde.

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Quadro 04 – Cronograma

Etapas

2019 2020 2021 2022 2023

Mês 01-07

Mês 08-12

Mês 01-06

Mês 06-12

Mês 01-06

Mês 06-12

Mês 01-06

Mês 06-12

Mês 01-06

Mês 06-12

Isolamento da Área/ retirada da fonte degradante

Condução da vegetação regenerante

Preparo de solo

Controle de pragas

Abertura de covas

Correção de acidez

Adubação e Plantio de mudas

Semeadura com coquetel de adubo verde

Instalação dos Poleiros Artificiais

Irrigação

Monitoramento

Conclusão da recomposição

Tabela 01 - Orçamento

Itens Descrição Custo Unidade (R$) Quantidade

Necessária/ha

Total (R$)

01 *Rolo de arame c/ 500 m 250,00 1,6 unid 400,00

02 Estacas de madeira* 9,00 200 unid 1800,00

03 Grampos p cerca 6,50/kg 1,5 kg 9,75

06 Poleiros artificiais 10,00/unid. 8unid 800,00

07 Mão de obra 60,00/dia/homem 1 homens/2,3 dias 138,00

08 Trator 120/Hora máquina 1-3hs/ha 360,00

09 Adubo de fundo 1,50/kg 41,5 kg 62,25

10 Adubação de cobertura (fase

juvenil)

1,50/kg NPK 13,85 kg 20,77

11 Adubo verde 0,50/kg 15 kg 7,5

12 Calagem 40/t 1 t/ha 40

13 Defensivos 7,00/100 ml 500 ml 70,00

14 Mudas nativas 3,00/unid. 277unid 831

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15 Controle de formigas 15/kg 1-2 kg/ha 60,00

16 Inseticida -- -- --

17 Placas 50,00/unid 2 100

17 Logística 60% dos demais custos 2625,13

Total médio

p/ha

7.000,35

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9. REFERÊNCIAS

Livros:

Pires, Ewerton de Oliveira. Elaboração e análise de projetos de conservação e

proteção ambiental: gestão ambienta/Ewerton de Oliveira Pires, Heloísia de

Camargo Tozato. – São Paulo:PearsonEducatin do Brasil, 2009.

Pires, Ewerton de Oliveira. Poluição do solo, atmosfera e águas continentais:

gestão ambiental/Ewerton de Oliveira Pires. – São Paulo: Pearson Prentice

Hall, 2009.

Batitute, jossan. Legislação e direito ambiental: gestão

ambiental/jossanBatistute, VânyaSenegaliaMoreteSpagolla. – São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2009.

Pires, Ewerton de Oliveira. Análise integrada do meio ambiente e recuperação

de áreas degradadas: gestão ambiental/Ewerton de Oliveira Pires. – São

Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

Zômpero, Andéia de Freitas. Ecologia aplicada: gestão ambiental/Andréia de

Freitas Zômpero. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

Meio eletrônico

AGUIAR, Luciano Gomes Pataro de Almeida;MENEZES, Christiano Marcelino;

ESPINHEIRA, Marcelo José Costa Lima; SILVA, Vanessa Íris Silva. Florística

e Fitossociologia do componente arbóreo do município de Conde, Bahia,

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Brasil. REVISTA BIOCIÊNCIAS, UNITAU. Volume 15, número 1, 2009.

Disponível em:<http://periodicos.unitau.br/ojs-

2.2/index.php/biociencias/article/viewFile/816/632>. Acesso em: 10 de Nov.

2010.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre. Disponível

em:<www.planalto.gov.br/.../constituicao/constituiçao>. Acesso em: 21 de set.

2010.

BRASIL. DECRETO Nº 1.046DE 17 DE MARÇO DE 1992. Cria a Área de

Proteção Ambiental do Litoral Norte do Estado da Bahia e dá outras

providências.

Disponívelem:<http://www.semarh.ba.gov.br/legislacao/resolucao_cepram/Res

olucao%20n_41_28>. Acesso em: 10 de Nov. 2010.

BRASIL. LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965. Institui o novo

Código Florestal. Disponível em:http://www.ibama.gov.br/prevfogo/legislacao.

Acesso em: 26 de Setembro de 2012.

BAHIA. PORTARIA Nº 13.278/2010 – Define os procedimentos e a

documentação necessária para requerimento junto ao IMA dos atos

administrativos para regularidade ambiental de empreendimentos e

atividades no Estado da Bahia. Acesso em: 06 de Janeiro de 2015.

Disponível em: <http://www.meioambiente.ba.gov.br/legislacao/Portarias/CRA/

portaria_13278.pdf>

SEI, Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. Classificação

Climática de Koppen-Geiger. Disponível em:

http://www.sei.ba.gov.br/site/geoambientais/mapas

/pdf/tipologia_climatica_segundo_koppen_2014.pdf. Acesso em: 20 de Fevereiro de

2019.

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M E M O R I A L D E S C R I T I V O Propriedade: Área do Projeto da Ponte Sobre o Rio Itapicuru Proprietário: Prefeitura Municipal de Conde Município: Conde - BA Comarca: Conde - BA Matrícula: Área: 27.798,50 m². Perímetro: 3.113,41 m.

DESCRIÇÃO O perímetro do imóvel descrito abaixo, esta georreferenciado e os vértices encontram-se representados no sistema UTM, referenciadas ao meridiano central 39 WGr, tendo como datum o SIRGAS 2000 e todos os azimutes, distâncias, área e perímetro foram calculados no plano de projeção UTM. Inicia-se a descrição deste perímetro no vértice V001, de coordenadas N 8.694.290,4622 m e E 650.789,2816 m, situado ao extremo Norte da Área, com os seguintes azimutes e distâncias: 137°59'09" e 10,75 m, confrontando com a Av Cinquentenário até o vértice V002, de coordenadas N 8.694.282,4746 m e E 650.796,4773 m; 205°41'39" e 95,70 m, confrontando com área de Residências até o vértice V003, de coordenadas N 8.694.196,2410 m e E 650.754,9867 m; 196°36'15" e 30,87 m até o vértice V004, de coordenadas N 8.694.166,6537 m e E 650.746,1640 m; 108°07'53" e 9,30 m até o vértice V005, de coordenadas N 8.694.163,7587 m e E 650.755,0049 m; 194°12'16" e 18,99 m, confrontando com Áreas Públicas às margens do Rio Itapicuru – Prefeitura Municipal de Conde, até o vértice V006, de coordenadas N 8.694.145,3486 m e E 650.750,3449 m; 207°50'26" e 5,44 m até o vértice V007, de coordenadas N 8.694.140,5417 m e E 650.747,8061 m; 240°42'23" e 5,74 m até o vértice V008, de coordenadas N 8.694.137,7320 m e E 650.742,7980 m; 288°06'28" e 1,76 m até o vértice V009, de coordenadas N 8.694.138,2792 m e E 650.741,1246 m; 198°17'50" e 197,92 m, cruzando o Rio Itapicuru até o vértice V010, de coordenadas N 8.693.950,3618 m e E 650.678,9872 m; 200°10'53" e 60,01 m até o vértice V011, de coordenadas N 8.693.894,0403 m e E 650.658,2856 m; 174°03'39" e 7,32 m até o vértice V012, de coordenadas N 8.693.886,7596 m e E 650.659,0430 m; 133°35'59" e 8,19 m até o vértice V013, de coordenadas N 8.693.881,1128 m e E 650.664,9729 m; 88°48'56" e 8,93 m até o vértice V014, de coordenadas N 8.693.881,2974 m e E 650.673,9053 m; 48°00'13" e 73,27 m até o vértice V015, de coordenadas N 8.693.930,3231 m e E 650.728,3605 m; 56°10'04" e 7,20 m até o vértice V016, de coordenadas N 8.693.934,3341 m e E 650.734,3449 m; 72°43'52" e 7,20 m até o vértice V017, de coordenadas N 8.693.936,4716 m e E 650.741,2208 m; 87°11'49" e 5,39 m até o vértice V018, de coordenadas N 8.693.936,7351 m e E 650.746,6027 m; 93°15'47" e 86,33 m até o vértice V019, de coordenadas N 8.693.931,8211 m e E 650.832,7948 m; 99°50'38" e 14,07 m até o vértice V020, de coordenadas N 8.693.929,4161 m e E 650.846,6549 m; 104°54'06" e 33,21 m até o vértice V021, de coordenadas N 8.693.920,8769 m e E 650.878,7438 m; 107°56'41" e 52,16 m até o vértice V022, de coordenadas N 8.693.904,8056 m e E 650.928,3690 m; 108°37'11" e 55,12 m até o vértice V023, de coordenadas N 8.693.887,2072 m e E 650.980,6021 m; 110°21'52" e 69,26 m até o vértice V024, de coordenadas N 8.693.863,1060 m e E 651.045,5314 m; 95°23'57" e 1,81 m até o vértice V025, de coordenadas N 8.693.862,9355 m e E 651.047,3354 m; 65°24'20" e 1,81 m até o

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vértice V026, de coordenadas N 8.693.863,6890 m e E 651.048,9816 m; 35°24'34" e 1,81 m até o vértice V027, de coordenadas N 8.693.865,1664 m e E 651.050,0319 m; 20°24'03" e 36,62 m até o vértice V028, de coordenadas N 8.693.899,4936 m e E 651.062,7987 m; 23°05'51" e 4,65 m até o vértice V029, de coordenadas N 8.693.903,7681 m e E 651.064,6217 m; 36°05'21" e 4,49 m até o vértice V030, de coordenadas N 8.693.907,3980 m e E 651.067,2676 m; 48°53'17" e 2,97 m até o vértice V031, de coordenadas N 8.693.909,3535 m e E 651.069,5084 m; 53°13'34" e 32,78 m até o vértice V032, de coordenadas N 8.693.928,9778 m e E 651.095,7654 m; 58°09'29" e 7,12 m até o vértice V033, de coordenadas N 8.693.932,7328 m e E 651.101,8117 m; 76°51'04" e 6,54 m até o vértice V034, de coordenadas N 8.693.934,2214 m e E 651.108,1844 m; 93°21'02" e 4,93 m até o vértice V035, de coordenadas N 8.693.933,9331 m e E 651.113,1087 m; 100°26'06" e 32,26 m até o vértice V036, de coordenadas N 8.693.928,0906 m e E 651.144,8325 m; 190°26'06" e 10,00 m até o vértice V037, de coordenadas N 8.693.918,2561 m e E 651.143,0213 m; 280°26'06" e 32,26 m, até o vértice V038, de coordenadas N 8.693.924,0985 m e E 651.111,2975 m; 270°22'02" e 3,50 m até o vértice V039, de coordenadas N 8.693.924,1209 m e E 651.107,8013 m; 253°40'28" e 2,31 m até o vértice V040, de coordenadas N 8.693.923,4722 m e E 651.105,5866 m; 240°08'16" e 2,41 m até o vértice V041, de coordenadas N 8.693.922,2740 m e E 651.103,4997 m; 233°13'33" e 33,33 m até o vértice V042, de coordenadas N 8.693.902,3214 m e E 651.076,8034 m; 224°57'39" e 3,83 m até o vértice V043, de coordenadas N 8.693.899,6138 m e E 651.074,0995 m; 208°36'24" e 3,85 m até o vértice V044, de coordenadas N 8.693.896,2304 m e E 651.072,2543 m; 200°24'03" e 36,89 m até o vértice V045, de coordenadas N 8.693.861,6546 m e E 651.059,3951 m; 180°36'51" e 2,37 m até o vértice V046, de coordenadas N 8.693.859,2851 m e E 651.059,3697 m; 145°31'04" e 1,85 m até o vértice V047, de coordenadas N 8.693.857,7617 m e E 651.060,4160 m; 120°33'42" e 1,17 m até o vértice V048, de coordenadas N 8.693.857,1650 m e E 651.061,4265 m; 200°54'27" e 10,40 m até o vértice V049, de coordenadas N 8.693.847,4544 m e E 651.057,7169 m; 290°43'26" e 77,97 m até o vértice V050, de coordenadas N 8.693.875,0456 m e E 650.984,7906 m; 288°59'16" e 49,29 m até o vértice V051, de coordenadas N 8.693.891,0835 m e E 650.938,1810 m; 287°59'59" e 64,69 m até o vértice V052, de coordenadas N 8.693.911,0733 m e E 650.876,6575 m; 285°10'11" e 30,98 m até o vértice V053, de coordenadas N 8.693.919,1806 m e E 650.846,7548 m; 280°13'53" e 14,61 m até o vértice V054, de coordenadas N 8.693.921,7759 m e E 650.832,3758 m; 273°17'41" e 83,45 m até o vértice V055, de coordenadas N 8.693.926,5719 m e E 650.749,0677 m; 270°58'26" e 5,75 m até o vértice V056, de coordenadas N 8.693.926,6696 m e E 650.743,3202 m; 255°32'19" e 3,94 m até o vértice V057, de coordenadas N 8.693.925,6861 m e E 650.739,5067 m; 243°04'28" e 2,57 m até o vértice V058, de coordenadas N 8.693.924,5208 m e E 650.737,2123 m; 233°01'09" e 2,69 m até o vértice V059, de coordenadas N 8.693.922,9054 m e E 650.735,0671 m; 227°52'57" e 69,89 m até o vértice V060, de coordenadas N 8.693.876,0361 m e E 650.683,2275 m; 234°12'30" e 6,20 m até o vértice V061, de coordenadas N 8.693.872,4117 m e E 650.678,2006 m; 247°58'23" e 4,85 m até o vértice V062, de coordenadas N 8.693.870,5914 m e E 650.673,7013 m; 261°53'42" e 6,40 m até o vértice V063, de coordenadas N 8.693.869,6884 m e E 650.667,3604 m; 273°43'37" e 3,16 m até o vértice V064, de coordenadas N 8.693.869,8941 m e E 650.664,2026 m; 278°55'46" e 2,37 m até o vértice V065, de coordenadas N 8.693.870,2614 m e E 650.661,8649 m; 254°25'33" e 1,84 m até o vértice V066, de coordenadas N 8.693.869,7679 m e E 650.660,0943 m; 232°07'58" e 0,92 m até o vértice V067, de coordenadas N 8.693.869,2002 m e E 650.659,3642 m; 217°18'40" e 0,93 m até o vértice V068, de coordenadas N 8.693.868,4566 m e E 650.658,7975 m; 198°13'53" e

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36,96 m confrontando com as Terras da Empresa Friconde até o vértice V069, de coordenadas N 8.693.833,3518 m e E 650.647,2344 m; 202°26'06" e 9,13 m até o vértice V070, de coordenadas N 8.693.824,9125 m e E 650.643,7499 m; 206°01'50" e 28,29 m até o vértice V071, de coordenadas N 8.693.799,4945 m e E 650.631,3359 m; 206°01'55" e 102,73 m até o vértice V072, de coordenadas N 8.693.707,1834 m e E 650.586,2489 m; 206°01'43" e 82,32 m, confrontando com o Loteamento Dultra até o vértice V073, de coordenadas N 8.693.633,2091 m e E 650.550,1234 m; 199°49'08" e 16,67 m até o vértice V074, de coordenadas N 8.693.617,5220 m e E 650.544,4698 m; 191°01'22" e 4,60 m até o vértice V075, de coordenadas N 8.693.613,0110 m e E 650.543,5912 m; 181°51'14" e 7,41 m até o vértice V076, de coordenadas N 8.693.605,6087 m e E 650.543,3516 m; 172°04'24" e 132,00 m até o vértice V077, de coordenadas N 8.693.474,8702 m e E 650.561,5548 m; 172°27'33" e 2,10 m até o vértice V078, de coordenadas N 8.693.472,7913 m e E 650.561,8300 m; 178°30'38" e 3,59 m até o vértice V079, de coordenadas N 8.693.469,2068 m e E 650.561,9232 m; 183°49'37" e 66,69 m até o vértice V080, de coordenadas N 8.693.402,6640 m e E 650.557,4721 m; 198°34'14" e 18,26 m até o vértice V081, de coordenadas N 8.693.385,3508 m e E 650.551,6554 m; 181°43'19" e 1,68 m até o vértice V082, de coordenadas N 8.693.383,6678 m e E 650.551,6048 m; 151°02'04" e 3,61 m até o vértice V083, de coordenadas N 8.693.380,5075 m e E 650.553,3541 m; 120°34'16" e 3,62 m até o vértice V084, de coordenadas N 8.693.378,6687 m e E 650.556,4669 m; 286°29'49" e 40,54 m, confrontando com a Rodovia BA 233 até o vértice V085, de coordenadas N 8.693.390,1802 m e E 650.517,5968 m; 89°04'23" e 3,29 m, confrontando novamente com o Loteamento Dultra até o vértice V086, de coordenadas N 8.693.390,2335 m e E 650.520,8855 m; 60°12'56" e 3,61 m até o vértice V087, de coordenadas N 8.693.392,0265 m e E 650.524,0184 m; 33°26'52" e 2,75 m até o vértice V088, de coordenadas N 8.693.394,3251 m e E 650.525,5368 m; 9°10'03" e 13,56 m até o vértice V089, de coordenadas N 8.693.407,7125 m e E 650.527,6973 m; 3°16'33" e 64,89 m até o vértice V090, de coordenadas N 8.693.472,4996 m e E 650.531,4053 m; 352°01'40" e 130,47 m até o vértice V091, de coordenadas N 8.693.601,7060 m e E 650.513,3103 m; 7°03'28" e 15,22 m até o vértice V092, de coordenadas N 8.693.616,8104 m e E 650.515,1804 m; 11°57'39" e 14,17 m até o vértice V093, de coordenadas N 8.693.630,6755 m e E 650.518,1176 m; 21°42'22" e 11,31 m até o vértice V094, de coordenadas N 8.693.641,1830 m e E 650.522,3004 m; 22°22'16" e 24,15 m até o vértice V095, de coordenadas N 8.693.663,5196 m e E 650.531,4936 m; 26°03'10" e 106,97 m até o vértice V096, de coordenadas N 8.693.759,6212 m e E 650.578,4752 m; 25°57'39" e 90,21 m, confrontando com as terras da Empresa Friconde até o vértice V097, de coordenadas N 8.693.840,7311 m e E 650.617,9665 m; 18°27'58" e 28,35 m até o vértice V098, de coordenadas N 8.693.867,6260 m e E 650.626,9477 m; 26°14'46" e 8,89 m até o vértice V099, de coordenadas N 8.693.875,6025 m e E 650.630,8805 m; 35°17'28" e 7,63 m até o vértice V100, de coordenadas N 8.693.881,8322 m e E 650.635,2899 m; 31°56'12" e 24,35 m até o vértice V101, de coordenadas N 8.693.902,4955 m e E 650.648,1700 m; 16°38'00" e 55,14 m até o vértice V102, de coordenadas N 8.693.955,3265 m e E 650.663,9532 m; 18°06'40" e 197,88 m, confrontando com Áreas Públicas às margens do Rio Itapicuru – Prefeitura Municipal e Conde, atravessando o corpo hídrico até o vértice V103, de coordenadas N 8.694.143,4007 m e E 650.725,4656 m; 288°06'42" e 1,91 m até o vértice V104, de coordenadas N 8.694.143,9951 m e E 650.723,6483 m; 331°22'01" e 4,41 m até o vértice V105, de coordenadas N 8.694.147,8667 m e E 650.721,5345 m; 357°32'50" e 3,77 m até o vértice V106, de coordenadas N 8.694.151,6286 m e E 650.721,3734 m; 15°34'38" e 5,49 m até o vértice V107, de coordenadas N 8.694.156,9140 m e E 650.722,8468 m; 22°33'03" e 16,55 m até o vértice V108, de coordenadas N 8.694.172,2003 m e E 650.729,1945 m; 106°36'14" e

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7,85 m, confrontando com Área de Residências até o vértice V109, de coordenadas N 8.694.169,9580 m e E 650.736,7142 m; 16°36'14" e 31,07 m até o vértice V110, de coordenadas N 8.694.199,7283 m e E 650.745,5914 m; 25°24'04" e 17,83 m até o vértice V111, de coordenadas N 8.694.215,8312 m e E 650.753,2380 m; 25°27'31" e 12,55 m até o vértice V112, de coordenadas N 8.694.227,1595 m e E 650.758,6313 m; 25°27'32" e 33,81 m até o vértice V113, de coordenadas N 8.694.257,6880 m e E 650.773,1657 m; 26°11'04" e 36,52 m até o vértice V001, de coordenadas N 8.694.290,4622 m e E 650.789,2816 m; chegando ao vértice inicial da descrição deste perímetro. sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

___________________________________ Responsável Técnico

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5. Observações

6. Declarações

7. Entidade de Classe

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia

Página 1/1

ART OBRA / SERVIÇO

Nº BA20190032344

INICIAL

1. Responsável Técnico

JOICE CAMPOS PEREIRA

Título profissional: ENGENHEIRA SANITARISTA E AMBIENTAL RNP: 0512788243

Registro: 0512788243

Empresa contratada: ÁCMON ENGENHARIA LTDA - ME Registro: 0010039597-BA

2. Contratante

Contratante: PREFEITURA MUNICIPAL DE CONDE

PRAçA ALTAMIRANDO REQUIÃO

CPF/CNPJ: 14.126.692/0001-23

Nº: S/N

Complemento: Bairro: CENTRO

Cidade: Conde UF: BA CEP: 48300000

País: Brasil

Telefone: Email:

Contrato: 006 Celebrado em: 14/02/2019

Valor: R$ 8.000,00 Tipo de contratante: PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO

Ação Institucional: NENHUMA - NAO OPTANTE

3. Dados da Obra/Serviço

Proprietário: PREFEITURA MUNICIPAL DE CONDE CPF/CNPJ: 14.126.692/0001-23

SEM DEFINIçãO nas margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se estenderá desde a Rua da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa Cinquentenário em Vila do Conde

Complemento: conde-vila do conde Bairro: CENTRO

Nº: S/N

Cidade: Conde UF: BA CEP: 48300000

Telefone: Email:

Coordenadas Geográficas: Latitude: 0 Longitude: 0

Data de Início: 14/02/2019 Previsão de término: 28/02/2019

Finalidade: SEM DEFINIÇÃO

1 - ATUACAO Quantidade Unidade

313 - Ambiental > CREA-BA-1025 -> MEIO AMBIENTE - ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTÍFICAS E TÉCNICAS -> ATIVIDADES GERAIS -> #457 - ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

1,00 un

313 - Ambiental > CREA-BA-1025 -> CONSTRUÇÃO CIVIL - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO -> SANEAMENTO -> #646 - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESIDUOS SÓLIDOS - PGRS

1,00 un

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART

Participação na elaboração de Estudo de pequeno impacto e plano de gerenciamento de resíduos sólios.

NENHUMA - NAO OPTANTE

Declaro serem verdadeiras as informações acima JOICE CAMPOS PEREIRA - CPF: 024.915.145-67

, de de

Local data

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONDE - CNPJ: 14.126.692/0001-23

10. Valor

A autenticidade desta ART pode ser verificada em: http://crea-ba.sitac.com.br/publico/, com a chave: w9Y6z Impresso em: 27/02/2019 às 20:01:43 por: , ip: 177.70.174.6

www.creaba.org.br [email protected]

Tel: (71) 3453-8990 Fax: (71) 3453-8989 CREA-BA Conselho Regional de Engenharia

e Agronomia da Bahia

9. Informações

8. Assinaturas

4. Atividade Técnica

CREA-BA

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4. Atividade Técnica

5. Observações

6. Declarações

7. Entidade de Classe

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia

Página 1/1

ART OBRA / SERVIÇO

Nº BA20190032387

INICIAL

1. Responsável Técnico

JORGE RUDA LIMA DA CONCEIÇÃO

Título profissional: ENGENHEIRO DE PESCA, GESTÃO E AUDITORIA AMBIENTAL RNP: 0507383931

Registro: 0507383931

2. Contratante

Contratante: Município de Conde

PRAçA PC PROF ALTAMIRANDO REQUIA

CPF/CNPJ: 14.126.692/0001-23

Nº: s/n

Complemento: Bairro: Sede

Cidade: CONDE UF: BA CEP: 48300000

País: Brasil

Telefone: Email:

Contrato: 006 Celebrado em: 14/02/2019

Valor: R$ 8.000,00 Tipo de contratante: PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO

Ação Institucional: NENHUMA - NAO OPTANTE

3. Dados da Obra/Serviço

Proprietário: Município de Conde CPF/CNPJ: 14.126.692/0001-23

SEM DEFINIçãO nas margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se estenderá desde a Rua da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa Cinquentenário em Vila do Conde

Complemento: Bairro: conde-vila

Nº: S/N

Cidade: CONDE UF: BA CEP: 48300000

Telefone: Email:

Coordenadas Geográficas: Latitude: 0 Longitude: 0

Data de Início: 14/02/2019 Previsão de término: 28/02/2019

Finalidade: Ambiental

1 - ATUACAO Quantidade Unidade

313 - Ambiental > CREA-BA-1025 -> MEIO AMBIENTE - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO -> ATIVIDADES RELACIONADAS A ÁGUA, ESGOTO E RESÍDUOS -> #453 - RECURSOS NATURAIS AQUICOLAS

1,00 un

313 - Ambiental > CREA-BA-1025 -> MEIO AMBIENTE - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO -> ATIVIDADES RELACIONADAS A ÁGUA, ESGOTO E RESÍDUOS -> #579 - ECOLOGIA

1,00 un

313 - Ambiental > CREA-BA-1025 -> ATIVIDADES DE ROTINA -> OUTRAS ATIVIDADES -> #625 - SEM DESCRICAO

1,00 un

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART

Participação na elaboração de estudo de pequeno impacto e adequação Relatório de caracterização do empreendimento. Realização de Relatório de cumprimento de condicionante

NENHUMA - NAO OPTANTE

Declaro serem verdadeiras as informações acima JORGE RUDA LIMA DA CONCEIÇÃO - CPF: 021.432.335-82

, de de

Local data

Município de Conde - CNPJ: 14.126.692/0001-23

9. Informações

10. Valor

A autenticidade desta ART pode ser verificada em: http://crea-ba.sitac.com.br/publico/, com a chave: x9wZb

Impresso em: 27/02/2019 às 20:04:30 por: , ip: 177.70.174.6

www.creaba.org.br [email protected]

Tel: (71) 3453-8990 Fax: (71) 3453-8989 CREA-BA Conselho Regional de Engenharia

e Agronomia da Bahia

8. Assinaturas

CREA-BA

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Anotação de Responsabilidade Técnica - ARTLei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977

Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia

CREA-BA ART OBRA / SERVIÇONº BA20190026620

INICIAL

1. Responsável Técnico

NELSON LUIS DE ALMEIDA DAMASCENO

Título profissional: GEÓLOGO RNP: 0500342830

Registro: 0500342830

2. Contratante

Contratante: ACMON ENGENHARIA LTDA CPF/CNPJ: 20.635.431/0001-31

RUA DO MUCAMBINHO Nº: 48

Complemento: RUA A, SALA Bairro: CONJUNTO JOSELITO RABELO

Cidade: ESPLANADA UF: BA CEP: 48370000

País: Brasil

Telefone: (75) 99141-7460 Email: [email protected]

Contrato: Não especificado Celebrado em: 06/02/2019

Valor: R$ 4.500,00 Tipo de contratante: PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO

Ação Institucional: NENHUMA - NAO OPTANTE

3. Dados da Obra/Serviço

Proprietário: MUNICÍPIO DE CONDE CPF/CNPJ: 14.126.692/0001-23

PRAçA PROFESSOR ALTAMIRANDO REQUIA Nº: SN

Complemento: CASA Bairro: SEDE

Cidade: CONDE UF: BA CEP: 48300000

Telefone: (75) 2429-1214 Email: [email protected]

Coordenadas Geográficas: Latitude: 0 Longitude: 0

Data de Início: 19/02/2019 Previsão de término: 22/02/2019

Finalidade: SEM DEFINIÇÃO

4. Atividade Técnica

4 - Consultoria Quantidade Unidade

313 - Ambiental > CREA-BA-1025 -> MEIO AMBIENTE - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DEGESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO -> ATIVIDADES RELACIONADAS A ÁGUA,ESGOTO E RESÍDUOS -> #461 - MEIO AMBIENTE

1,00 xx

Após a conclusão das atividades técnicas o profissional deverá proceder a baixa desta ART

5. Observações

Estudo hidrogeológico/hidrológico

6. Declarações

- Declaro que estou cumprindo as regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no decreto n.5296/2004.

7. Entidade de Classe

NENHUMA - NAO OPTANTE

8. Assinaturas

Declaro serem verdadeiras as informações acima

________________, ________ de ___________________ de ________

Local data

NELSON LUIS DE ALMEIDA DAMASCENO - CPF: 505.775.735-00

ACMON ENGENHARIA LTDA - CNPJ: 20.635.431/0001-31

9. Informações

* A ART é válida somente quando quitada, mediante apresentação do comprovante do pagamento ou conferência no site do Crea.

10. Valor

Valor da ART: R$ 85,96 Registrada em: 25/02/2019 Valor pago: R$ 85,96 Nosso Número: 49889704

A autenticidade desta ART pode ser verificada em: http://crea-ba.sitac.com.br/publico/, com a chave: 9673dImpresso em: 27/02/2019 às 19:41:47 por: , ip: 187.44.252.242

www.creaba.org.br [email protected]

Tel: (71) 3453-8990 Fax: (71) 3453-8989CREA-BAConselho Regional de Engenharia

e Agronomia da Bahia

Conde 25 fevereiro 2019

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MEMORIAL FOTOGRÁFICO DAS ATIVIDADES EM CAMPO

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1

PREFEITURA MUNICIPAL DE CONDE

RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTO

Ponte Sobre o Rio Itapicuru

Acesso do Centro de Conde ao Bairro de Vila do Conde

Conde – BA 19 de outubro de 2018

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2

RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTO

Ponte Sobre o Rio Itapicuru

Acesso do Centro de Conde ao Bairro de Vila do Conde

Relatório de Caracterização de Empreendimento - RCE apresentado e submetido a análise da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Conde, para subsídio do processo e licenciamento ambiental da ponte em concreto armado que ligará a Sede do Conde ao Bairro de Vila do Conde.

Conde – BA 19 de outubro de 2018

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SUMÁRIO

1. INFORMAÇÕES GERAIS ................................................................................................................ 4

2. EMPREENDIMENTO/ATIVIDADE ................................................................................................. 4

2.1.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO .............................................................................................. 6

3. INFRAESTRUTURA E OCUPAÇÃO DA TERRA ........................................................................... 6

5. MÃO DE OBRA ................................................................................................................................ 9

6. PERÍODO DE FUNCIONAMENTO ............................................................................................... 10

7. INSUMOS/MATÉRIA PRIMA UTILIZADO ................................................................................ 10

8. LOCAL DE ARMAZENAMENTO ................................................................................................ 11

9. PROCESSO/FLUXOGRAMA DA ATIVIDADE ........................................................................... 11

10. RESÍDUOS SÓLIDOS, SEMISÓLIDOS E LIQUIDOS, EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ............ 12

11. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ...................................................................................................... 13

12 DIAGUINÓSTICO SOCIO AMBIENTAL ..................................................................................... 13

12.1 Meio Biótico ................................................................................................................................ 13

12.1.1 Flora .......................................................................................................................................... 13

12.1.2 Fauna ......................................................................................................................................... 14

12.2 MEIO FÍSICO .............................................................................................................................. 14

12.2.1 Geologia, Geomorfologia e Pedologia ....................................................................................... 14

12.2.3 Hidrologia ................................................................................................................................. 15

12.4 Clima ............................................................................................................................................ 19

13. MEIO SÓCIO ECONÔMICO ........................................................................................................ 19

14. RESPONSABILIDADE TÉCNICA ............................................................................................... 20

15. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................................. 20

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4

1. INFORMAÇÕES GERAIS

Nome ou razão social: PREFEITURA DE CONDE

CPF/CNPJ: 14.126.692/0001-23

Endereço: PC PROF ALTAMIRANDO REQUIA, SN, CASA, SEDE, CONDE-BA,

48300.000

Licença pretendida: Licença Unificada

2. EMPREENDIMENTO/ATIVIDADE

Trata-se do projeto de implantação de uma Ponte sobre o Rio Itapicuru, e a

complementação da pavimentação das Ruas 01, 02, Rua da Lama, e Rua do Cais. Vide projeto

anexo. Tais obras ampliarão o sistema viário da Cidade de Conde - BA, ligando a Sede do

Município á localidade de Vila do Conde.

A Ponte será construída em concreto armado pré-moldado, e possuirá extensão

longitudinal de 211 m, por 9,25 m de seção transversal, sendo 1,20 m para pedestres, e cota de

11,81 m. O projeto de pavimentação das ruas indica que 5.532,11 m² receberão pavimento em

paralelepípedo, e 4.241,65 m² receberão Tratamento Superficial Duplo (TSD), juntamente

com a implantação de meio-fio e passeio.

Sendo de utilidade pública, a obra será financiada pela caixa econômica Federal,

com orçamento de aproximadamente R$ 8.130.000,00 (oito milhões cento e trinta mil).

Entretanto a execução da obra será realizada por empresa privada, sob a gestão da Prefeitura

Municipal de Conde através da Secretaria de Obras. A Ponte trará qualidade de vida à

população, reduzindo o trajeto entre o Centro de Conde e Vila do Conde em 7 km,

desafogando o trânsito da BA 099, e atenuando os riscos de acidentes.

2.1 LOCAL E ENDEREÇO

A Ponte será instalada nas margens Norte e Sul do Rio Itapicuru, e se estenderá

desde a Rua da Lama, na Sede de Conde, até a Rua Travessa Cinquentenário em Vila do

Conde, no Município de Conde – BA, Cep: 48300-000. Ao entorno das coordenadas

Sirgas2000 UTM 24 sul (início) 650673.92 m E; 8693934.24 m N (fim) 650729.82 m E;

8694128.61 m N.

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5

As ruas a serem pavimentadas são interligadas ao local de construção da ponte, e por

questão de suporte de tráfego serão devidamente pavimentadas.

É possível chegar ao local a partir da sede da cidade, toma-se a Rua da Lama

percorrendo pelo menos 400 m.

Figura 01 – Projeto Viário Fonte: Prefeitura Municipal de Conde

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6

2.1.1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Por meio do pelo DECRETO Nº 1.046 DE 17 DE MARÇO DE 1992, foi criada a

Unidade de Conservação APA - Litoral Norte do Estado da Bahia abrange abrangendo áreas

da planície marinha e planície flúvio-marinha dos Municípios de Jandaíra, Conde, Esplanada,

Entre Rios e Mata de São João, cuja área territorial está compreendida, ao Norte pelo limite

fronteiriço entre os Estados da Bahia e Sergipe (rio Real), que coincide com o limite Norte do

Município de Jandaíra; a Leste pelo Oceano Atlântico; ao Sul pelo curso do rio Pojuca, limite

Sul do Município de Mata de São João, e a Oeste pela linha distante 10 Km dos pontos de

preamar média de 1831, nos termos do PORTO-MARINST nº 318.001-A, de 30 de

setembro de 1982 e do Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro.

Posteriormente, por meio da RESOLUÇÃO Estadual n° 1.040 DE 21 DE

FEVEREIRO DE 1995 foi aprovado o plano de manejo da APA/LN, com quatorze zonas de

diferentes características ambientais, para o fim de disciplinar o uso e a exploração dos

recursos naturais existentes.

Após a aprovação do referido plano de manejo da APA Litoral, o Município de

Conde aderiu aos seus parâmetros urbanísticos, e os incluiu na Lei Municipal de Uso e

Ocupação do Solo, Lei n°583 de 22 dezembro de 1993.

O local proposto para a instalação da ponte se situa em Zona de Agricultura (ZAG), e

em Zona de Expansão I (ZEP I). A ZAG engloba áreas de uso ou vocação agrícolas e áreas

utilizadas para o plantio e exploração de eucalipto e pinus. Os usos permitidos são: ocupação

agrícola; Turismo de baixa densidade; e silvicultura existente. A ZEP I Correspondem à áreas

localizadas em unidades ambientais propícias ao adensamento populacional.

3. INFRAESTRUTURA E OCUPAÇÃO DA TERRA

Na área de influência direta onde será instalada a ponte, predomina o ambiente ainda

rural, mediante áreas de cultivos agrícolas e pecuária, bem como áreas cobertas

eventualmente por vegetação nativa, e áreas antropizadas.

Na área de influencia indireta, predomina o ambiente urbano, cuja ocupação é

composta por edificações residenciais, comércio e serviços. Próximo ao local, a

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7

aproximadamente 300 m á Sudoeste, se encontra uma fábrica de beneficiamento de casca de

coco, instalada há mais de 15 anos.

O local é servido por três vias públicas existentes, e duas projetadas, sendo estas a

Travessa Cinquentenário e a Rua 01 (projetada), em Vila do Conde, Rua da Lama, Rua do

Cais, e Rua 02 (projetada), na Sede de Conde. Todas estas vias ainda não dispõem de

infraestrutura básica, tais como o meio-fio, pavimentação, sinalização, ou sistema de

drenagem pluvial.

Por outro lado, o local é atendido pela rede pública de abastecimento de esgoto, rede

de abastecimento de água tratada, e energia elétrica, fornecida pela EMBASA e COELBA,

respectivamente.

A Ponte será instalada sobre uma estrutura já existente no rio, onde tal estrutura foi

construída nos anos 1990, pelo então Departamento de Estradas e Rodagens da Bahia

(DERBA), por ocasião da construção da Rodovia BA 099 – Linha Verde.

Figura 02 – Atividade Agrícola em Área de Influência da Ponte Fonte: Levantamento de Campo.

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Figura 03 – Construções Residências e Serviços Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 04 –Central de Comercio (Mercado Municipal). Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 05 – Travessa Cinquentenário Fonte: Levantamento de Campo.

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Figura 06 – Rua da Lama Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 07 – Rua do Cais Fonte: Levantamento de Campo.

5. MÃO DE OBRA

Previamente foi feito o levantamento topográfico do perfil do trecho da ponte e vias

de acesso, para subsidiar o desenho geométrico a ponte e ruas, bem como plantas e perfis do

projeto de engenharia.

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10

Em segunda etapa, serão realizados os trabalhos de sondagem do leito e das margens

do Rio Itapicuru, para fins de reconhecimento geológico, e os estudos ambientais necessários

para fins de licenciamento ambiental da obra. Os estudos a serem feitos contemplarão o meio

biológico (fauna, flora), o meio físico (solo, geologia, e outros), e o meio social (ocupações

humanas e comunidades tradicionais).

A última etapa do projeto será a instalação da ponte, por meio da locação da obra e a

sua efetiva execução. Sugere que serão gerados aproximadamente 20 postos de trabalho

diretos, e mais 40 indiretos.

6. PERÍODO DE FUNCIONAMENTO

Devido a complexidade da obra, é possível que o prazo para conclusão seja de 8

meses. Durante a fase e instalação os serviços serão feitos de segunda á sábado, das 07:00 ás

16:00 horas. Uma determinada ponte em concreto armado possui longa vida útil, e pode

resistir a dezenas de anos, de acordo com a manutenção prestada.

7. INSUMOS/MATÉRIA PRIMA UTILIZADA

De modo geral em grandes obras, como é o caso da Ponte do Rio Itapicuru, tende a

utilizar bom volume de material incomum, a saber:

INSTALAÇÕES

itens Descrição

Depósito de obra ou container

Instalação provisória água

Instalação provisória de energia

Locação da Obra por m² construído

Instalação provisória unidade sanitária

NFRA-ESTRUTURA

Escavação mecânica de solo

Escavação manual de solo de

Ensecadeira simples

Perfuração em rocha

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Sapata concreto armado - completa

MESO-ESTRUTURA

Cortinas e pilares concreto armado

Agregados para a construção civil

SUPER-ESTRUTURA

Longarinas de concreto armado pré-moldadas (incl. Frete e montagem)

Placas treliçadas pré-moldada para ponte (incl. Frete e montagem)

Laje concreto armado

Viga transversina concreto armado

Guarda-rodas concreto armado

Guarda-corpos em tubos metálicos

Pintura esmalte brilhante s/ guardo-corpo

ATERROS E ACESSO

Aterro mecânico com material de empréstimo

Compactação de base

Os minérios utilizados, como agregados, na construção civil terão como origem

jazidas já regularizadas nas proximidades da obra.

8. LOCAL DE ARMAZENAMENTO

No processo de execução da obra, há a possibilidade de se instalar um barracão o

qual servirá como almoxarifado, refeitório, instalações hidrossanitárias, e abrigo temporário

para os operários durante o período de trabalho.

9. PROCESSO/FLUXOGRAMA DA ATIVIDADE

Fluxograma da Atividade

FASE PRÉVIA DO EMPREENDIMENTO Planejamento e concepção da localização do empreendimento

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FASE DE INSTALAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Locação da obra

FASE DE OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Abertura da Ponte para os usuários

10. RESÍDUOS SÓLIDOS, SEMISÓLIDOS E LIQUIDOS, EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Os resíduos sólidos aqui tratados são aqueles provenientes da obra, quais devem

sofrer o devido manejo evitando, assim, riscos de poluição ambiental.

Quadro 1 - Classificação dos Resíduos

Quanto a Sua Periculosidade NBR 10.004 (2004)

Classe Área de Locação de Obra

I É o grupo de resíduos que apresentam características de periculosidade em função das suas características físicas, químicas e biológicas, tal como: Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade

II A

Não se enquadram na classificação anterior, podem apresentar biodegradabilidade, combustividade ou solubilidade em água.

II B São aqueles que exercem aspecto de cor, turbidez, dureza e sabor á água, reduzindo seus padrões de portabilidade.

Quanto ao Tipo RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002

Classe Característica

A

são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

B

São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

C São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;

D São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

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13

Desc. Tipo Classe Frequência de geração

Quantidade estimada

Unidade e equipamento

gerador

Acondicionamento/armaz

enagem

Tratamento adotado:

Destino Final

Entulho Sólido II Diária 100 kg/m² Frente de trabalho Container Sem tratamento

Reutilização

Papel e papelão, plástico, metal, e

vidro

Sólido II Diária Incluso Frente de trabalho e escritório

Container Separação Aterro

sanitário Resíduos misturados Sólidos II Diária Incluso Frente de trabalho

e escritório Container Sem

tratamento Aterro

sanitário

Resíduos orgânicos Sólidos Diária 20 kg Refeitório Container Sem tratamento

Aterro sanitário

Resíduos orgânicos semissólidos e

líquidos

Semissólido e

líquidos

II B Diária 500 l/dia Sanitários Container Biodegradação

Solo

Todo resíduo gerado com a atividade, é de responsabilidade do executor da obra, e

deverá ser direcionado ao aterro sanitário municipal.

11. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Para o presente tipo de empreendimento, não é simples estimar a quantidade de

poluentes atmosféricos a serem gerados, entretanto espera-se que na sua fase de implantação,

durante o processo de preparo do solo para edificação, sejam gerados Mp¹º, que provocarão

poluição atmosférica momentânea devido a presença de poeira mineral.

Por outro lado, como forma de mitigação do impacto, o terreno será pulverizado com

água, em qualidade suficiente para manter as partículas minerais o mais próximas do solo.

12 DIAGUINÓSTICO SOCIO AMBIENTAL

12.1 Meio Biótico

12.1.1 Flora

O local da obra se situa no Bioma Mata Atlântica, com a formação florestal

predominante Ombrófila Densa. Ocorre à presença eventual de vegetação nativa secundária,

em estágio inicial de regeneração, e áreas antropizadas.

Salienta que o local da obra está em Área de Preservação Permanente (APP), do Rio

Itapicuru. Conforme o Código Florestal Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012, constitui APP:

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14

Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Os pontos de intervenção em APP são definidos pelas cabeceiras da ponte, e por

parte das vias de acesso a ponte.

12.1.2 Fauna

Entende-se como fauna toda composição de vida animal que englobam os

organismos vertebrados e invertebrados, organizados ou não em sociedade ou colônia, vivem

em um mesmo ou diferente ecossistema.

Verifica que no Bioma Mata Atlântica abriga aproximadamente 270 espécies

conhecidas de mamíferos, 992 espécies de aves, 197 répteis, 372 anfíbios, 350 peixes.

Dividem o mesmo espaço com quase 72% da população brasileira, com base nas estimativas

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2014. São mais de 145 milhões de

habitantes em 3.429 Municípios. (SOS Mata Atlântica, 2015).

A ausência da fauna silvestre no local é uma consequência dos efeitos antrópicos,

causados pelo processo de urbanização local. .

12.2 MEIO FÍSICO

12.2.1 Geologia, Geomorfologia e Pedologia

A unidade geológica da região é classificada como formação superficial Cenozoica

por depósitos transportados (fluvial) cujo material aflorante é areia. Ocorre no local o risco

geológico de inundação devido das recorrentes cheias do Rio Itapicutu.

Tal local tem como unidade geomorfológica tabuleiros costeiros, com formação de

vertente convexa com declive de 10° as margens do corpo hídrico.

Ao entorno do terreno apresenta-se uma topografia plana, por outro lado no local da

intervenção, a margem A do Rio Itapicuru apresenta inclinação de 10°, 5° para a margem B.

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15

O solo é formado por areia quartzosa de granulometria grossa, material poroso e

desagregado, de coloração amarelada.

Figura 08 – Margem B do Rio Itapicuru Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 09 – Margem A do Rio Itapicuru Fonte: Levantamento de Campo.

12.2.3 Hidrologia

A instalação da Ponte sobre o Rio Itapicuru assume impactos negativos diretos, sobre

o devido corpo hídrico, são considerados os efeitos dos pilares, e efeito de remanso. Neste

sentido, é necessário entender a hidrologia do devido corpo hídrico.

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16

O Rio Itapicuru situa-se na Bacia Hidrográfica (BH) que leva o seu nome. Essa BH

localiza-se ao Nordeste do Estado da Bahia, cobre uma área de 38.664 km², atualmente

comporta uma população de 1,3 milhões de pessoa, são desenvolvidas diversas atividades

econômicas, dentre elas mineração, agricultura e pecuária. Fazem parte da BH 55 municípios

incluindo o Conde, o clima predominante é o semi-árido, relevo é dividido em áreas de

domínio geológico cristalino; terrenos associados à bacia sedimentar do Recôncavo Tucano e

áreas cristalinas próximo ao litoral, a cobertura vegetal é composta pelos Biomas de Caatinga

e Mata Atlântica, tem Tucano como aqüífero principal, e os principais rios são Açu, Itapicuru-

Mirim, Rio do Peixe e Jacurici. INEMA (2016).

Figura 10 - Bacia do Rio Itapicuru Bahia, 2011, adaptado.

A Ponte será instalada no Baixo curso do Rio Itapicuru, no trecho escolhido o corpo

hídrico apresenta as seguintes condições:

QUADRO 01 – Avaliação Do Itapicuru no Trecho de Intervenção Item avaliado Condição

Classificação do rio Água doce classe 3 Uso da Água Dessedentação animal; pesca; harmonia paisagística;

navegação amadora. Estado de conservação Processo de assoreamento Profundidade média no trecho 0,34 m Largura no trecho 66 m

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17

Fluxo Lentico Cor da água Transparente Odor na água Não Tipo de leito Arenoso Vazão 2,10 m³/s Períodos de cheia Março a Setembro Períodos de seca Janeiro a Março Histórico de inundação A cada 5 anos Condição de navegação Lanchas com motor de rabeta p/ até 5 pessoas; canoa á remo Uso da terra Agricultura, pecuária, áreas antrópicas urbana. Condição da Mata ciliar Parcialmente degradada. Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 11 - Atividade Pesqueira no Trecho da Intervenção Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 12 - Jusante do Ponto de Intervenção do Rio Itapicuru Fonte: Levantamento de Campo.

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18

Figura 13 - Condição da Mata Ciliar do Rio Itapicuru Fonte: Levantamento de Campo.

Figura 14 - Passarela Conde – Vila do Conde Fonte: Levantamento de Campo.

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19

12.4 Clima

Dentre os estudos pluviométricos mais utilizados para a região, a referência de

Koppen (1988) é a mais aceita, onde é apontado que a região está entre o clima Tropical

chuvoso de floresta sem estação seca, com pluviosidade média mensal superior a 60 mm e

anual inferior a 1500 mm; temperatura do mês mais frio acima de 18ºC; verões longos e

quentes com temperatura média do mês mais quente superior a 22ºC, e o clima tropical

subúmido; chuvas de verão e seca no inverno, vegetação de caatinga e/ou floresta estacional

e/ou tensão ecológica.

Figura 15 - Determinação do Clima segundo Koppen Fonte: Governo do Estado da Bahia.

O período de chuva para a região compreende o outono e inverno, e estações secas

para a primavera e verão.

13. MEIO SÓCIO ECONÔMICO

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20

Em 1935 Conde deixou de pertencer ao município de Esplanada constituindo-se

distrito sede com a divisa territorial datada de 2007. Estima-se que a população no ano de

2014 chegou a 25.961 habitantes, PIB de R$ 5.336,84 conforme o IBGE.

O Município de Conde possui a maior dos seus habitantes residindo na zona rural,

que acessam a sede pelas estradas vicinais, BA099 e BA233. Parte do trecho até o Centro

comercial é feito pela passarela que dar condição de tráfego de pedestre e moto. A instalação

da ponte para acesso de veículos de transporte e passeio e entre outros, irá aquecer o setor de

taxi, lotação e transporte de caras leves.

Com a instalação do empreendimento serão gerados 20 empregos temporários

diretos, compostos com a mão-de-obra local preferencialmente.

14. RESPONSABILIDADE TÉCNICA

________________________________________________

15. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AGRITEMPO, Sistema de monitoramento agrometeorológico. Disponível

em>http://www.agritempo.gov.br/agroclima/sumario. Acesso em 30 de Outubro de 2011.

BAHIA, DECRETO Nº 14.032 DE 15 DE JUNHO DE 2012. Disponível

em>http://www.meioambiente.ba.gov.br/upload/Decreto_14032poupape.pdf. Acesso em: 31

de Agosto de 2012.

BAHIA, DECRETO Nº 1.046 DE 17 DE MARÇO DE 1992. Disponível

em>http://www.meioambiente.ba.gov.br/DecretosUnidadesdeConservacao/DECRETO%0Nº

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21

%201.046%20DE%2017%20DE%20MARÇO%20DE%201992%20%20Litoral%20Norte%2

0do%20Estado%20da%20Bahia.pdf. Acesso em> 27 de Setembro de 2011.

CONDE, LEI Nº. 870 de 09 de maio de 2014. SECRETARIA DE AGRICULTURA,

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE.

IBGE, Senso demográfico. Disponível em>http://www.ibge.gov.br/home/estatistica

/populacao/censo2010/default.shtm. Acesso em: 31 de Agosto de 2012.

Koppen, Tipologia Climática do Estado da Bahia. Secretaria do Planejamento, Ciência e

Tecnologia. Estado da Bahia.

NETO, Augusto José Bluhm Ferreira. Memorial de cálculo da estrutura de madeira e

concreto armado, ponte sobre o Rio Itapicuru município de Conde-Bahia. Prefeitura de

Conde 2016.

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MEMÓRIA JUSTIFICATIVA

Agosto/2018

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1. Histórico da construção da obra

A construção da ponte pelo então DERBA – Departamento de Estradas de Rodagem da Bahia, a cargo da Construtora Queiroz Galvão a partir do projeto pelo escritório Ademir Santos Engenharia de Estruturas, foi iniciada e interrompida ao longo do ano de 1990. Nesta época, a ponte foi projetada visando atender unicamente ao tráfego rodoviário, apresentando, dimensões da seção transversal compatíveis com a seção padrão do DERBA para obras de arte especiais com o máximo tráfego normatizado. Resultou, portanto, na adoção de uma seção transversal de 10,00m de largura total e o cálculo estrutural foi realizado para a classe 36, da norma brasileira vigente na época, correspondente a um veículo principal de 36tf. Com a construção da Linha Verde, o tráfego pesado foi desviado da região urbana, permitindo a adequação da obra para tráfego mais leve, passando a obra a ser adequada para veículos mais leves, correspondente ao trem-tipo TB 240 da NBR 7188/2013, com carga máxima de 24 tf para o veículo principal. 2. Adequação Geométrica proposta Para atender à nova função da obra, agora para atender a uma ligação urbana, a seção transversal foi também adequada, com previsão de um passeio de 1.20m de largura, protegido por barreira de concreto de 40 cm de espessura, do lado da pista e guarda corpo metálico, do lado do rio, permitindo a circulação confortável e segura dos pedestres. O lado oposto ao passeio é completado também com barreiras de concreto, que juntamente com a largura total de pista de 7.00m (incluindo faixas de segurança), totalizam uma largura total de 9.25m.

O comprimento total da obra de 211m, obtido com a supressão do último apoio parcialmente executado, é perfeitamente compatível com a atual ponte localizada a cerca de 1.5 km da obra à montante, que possui uma extensão total de 180m e foi executada pelo próprio DERBA. A proteção necessária do aterro de acesso será executada em gabião.

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3. Restauração de obra executada. O relatório fotográfico seguinte, dá indicações claras da necessidade das seguintes intervenções:

reparo das fissuras no blocos;

Bloco B1 Bloco B1

proteção da superfície de concreto do bloco para garantia da sua durabilidade;

Bloco B4 Bloco B4

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recomposição da armadura dos pilares, cortadas e por vandalismo ou deterioradas por corrosão;

Bloco B1 Bloco B2

Bloco B3 / Pilar P3 Bloco B4 / Pilar P4

Bloco B5 / Pilar P5

possível demolição parcial dos pilares, para atendimento ao item anterior.

Pilar P3 Pilar P4

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Pilar P5

4. Validação das fundações executadas Não foram localizados registros que permitam a validação das fundações executadas. Por esta razão, os Projeto Básico e Executivo a serem elaborados imediatamente a partir da Ordem de Serviço para execução, deverá ser iniciado com a realização de sondagens e ensaios para as estacas que ainda não tenham sido solidarizadas por bloco de coroamento de concreto, em estacas metálicas indicadas pelo responsável do projeto. Com base nos resultados obtidos nestas investigações geotécnicas, deverá ser determinada a capacidade geotécnica das estacas metálicas cravadas para descartar eventual necessidade de realização de reforço de fundação.

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MEMÓRIA DE CÁLCULO

Agosto/2018

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Sumário Ponte Classe 24 (NBR 7188/2013) ..................................................................................................................................... 3

1 SUPERESTRUTURA ................................................................................................................................................ 4

1.1 Seção transversal típica ..................................................................................................................................... 4

1.2 Características do Modelo de Cálculo - Superestrutura .................................................................................... 4

1.2.1 Geometria do modelo de cálculo .................................................................................................................. 4

Propriedades e materiais das barras e elementos: ....................................................................................................... 5

1.3 Programa de Cálculo ......................................................................................................................................... 5

1.4 Carregamentos - Superestrutura ........................................................................................................................ 6

1.4.1 Carregamento Permanente ............................................................................................................................ 6

1.4.2 Carregamento móvel ..................................................................................................................................... 6

Veículo........................................................................................................................................................................ 6

Multidão...................................................................................................................................................................... 7

1.5 Esforços Solicitantes – Vigas Longarinas ......................................................................................................... 7

1.5.1 Momento Fletor ............................................................................................................................................ 7

1.5.2 Força Cortante............................................................................................................................................... 8

1.5.3 Tabela Resumo – Vigésimo do Vão ........................................................................................................... 10

1.6 Dimensionamento da Armadura de Protensão – Vigas Longarinas ................................................................ 11

1.6.1 Pré-Dimensionamento da Armadura de Protensão ..................................................................................... 11

1.6.2 Avaliação das Perdas .................................................................................................................................. 11

1.6.3 Análise das Tensões .................................................................................................................................... 15

1.6.4 Verificação do Estado Limite Último de Resistência à Ruptura ................................................................. 16

1.6.5 Verificação do Estado Limite Último de Resistência à Força Cortante (ruptura) ....................................... 17

1.7 Esforços Solicitantes – Laje ............................................................................................................................ 18

1.7.1 Longitudinal ................................................................................................................................................ 18

1.7.2 Transversal .................................................................................................................................................. 18

1.7.3 Laje de continuidade ................................................................................................................................... 18

1.8 Dimensionamento – Laje ................................................................................................................................ 18

1.8.1 Longitudinal ................................................................................................................................................ 18

1.8.2 Transversal .................................................................................................................................................. 18

1.8.3 Laje de continuidade ................................................................................................................................... 18

1.9 Esforços solicitantes – Vigas Transversinas .................................................................................................... 18

1.9.1 Momento Fletor .......................................................................................................................................... 19

1.9.2 Esforço Cortante ......................................................................................................................................... 19

1.9.3 Momento Torsor ......................................................................................................................................... 19

1.10 Dimensionamentos – Vigas Transversinas ...................................................................................................... 20

1.10.1 Momento Fletor ...................................................................................................................................... 20

1.10.2 Esforço Cortante ..................................................................................................................................... 21

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1.10.3 Momento Torsor ..................................................................................................................................... 21

Ponte Classe 24 (NBR 7188/2013) Comprimento total do tabuleiro = 211,10 m Comprimento dos vãos = 41,30 m Largura total do tabuleiro = 9,25 m � Materiais

Aço comum : CA – 50 fyk = 500 MPa Aço para protensão : CP – 190 RB fpyk = 1900 MPa Concreto : Vigas fck = 40 MPa

Lajes da superestrutura fck = 40 MPa Pilares e Travessa fck = 25 MPa Encontros fck = 25 Mpa Blocos de fundação fck = 25 Mpa � Bibliografia

• NBR 6118/2014, NBR 7188/2013, NBR 7187/2003, NBR 8681/2003, NBR-9062/85 • Fundamentos da técnica de armar - P. B. Fusco • Técnicas de armar as estruturas de concreto - Péricles B. Fusco • Construções de concreto - F. Leonhardt / E. Monnig • Sub-rotinas básicas do dimensionamento do concreto – Lauro Modesto dos Santos

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1 SUPERESTRUTURA

1.1 Seção transversal típica

1.2 Características do Modelo de Cálculo - Superestrutura

A estrutura foi considerada como sendo uma grelha plana constituída por elementos de barra (representando as vigas e

transversinas) e elementos de placa (representando a laje do tabuleiro). Foi adotado um vão teórico de 39,00m

(distância entre centro de neoprenes de apoio – restrições de apoio).

1.2.1 Geometria do modelo de cálculo

Vão 39,00m

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Propriedades e materiais das barras e elementos:

1.3 Programa de Cálculo Para a determinação dos esforços solicitantes será utilizado o software de análise estrutural STRAP (Structural Analysis Program), versão 12.5. Trata-se de um conjunto de programas destinados a geração da geometria do modelo, composição de cargas e verificação de resultados.

• Para facilitar a construção de modelos estruturais, o programa está subdividido com relação ao tipo de estrutura em: Frame Plane – estruturas planas, Grid – grelha, Space – estruturas espaciais e Truss-treliças. As etapas de análise de um modelo são as descritas a seguir:

• Geração da geometria: determinação das propriedades mecânicas das barras e dos elementos; • Definição das condições de contorno (rótulas, apoios simples, engastes, etc.); • Definição dos carregamentos considerados (peso próprio, sobrecargas, cargas móveis, vento, etc.);

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• Cálculo do modelo; • Verificação dos resultados.

1.4 Carregamentos - Superestrutura

1.4.1 Carregamento Permanente

• Peso próprio da viga pré-moldada: g1 = 0,744 x 25 = 18,60 kN/m • Peso próprio da viga pré-moldada seção alargada: g1 = 1,120 x 25 = 28,00 kN/m • Peso próprio da viga pré-moldada seção alargada: g1 = 1,488 x 25 = 37,20 kN/m • Pré-lajes e laje: g2 = 0,25 x 22 = 5,50 kN/m2

• g3barreiras = 40,0

25235,0 x= 14,70 kN/m2

• g3pavimento= 0,075 x 24 = 1,80 kN/m2

• recapa = 2,00 kN/m2

1.4.2 Carregamento móvel

Veículo tipo padrão : TB 240. Coeficiente de impacto: ϕ = CIV x CNF x CIA = 1,2382 Coeficiente de impacto: ϕ = CIV x CNF x CIA = 1,5478 Multidão tipo 01 (q): = 4 kN/m2 Multidão tipo 02 (q): = 3 kN/m2 Veículo: Q = 240/6 = 40 kN/roda Consideraremos esta carga da roda distribuída até o eixo da laje:

• Dimensões da roda 20x50cm. • Espessura da pavimentação = 7,50 cm. • Metade da espessura da laje = 11,00 cm. • Desta forma temos uma área de distribuição de 20,0+2 x (11,0+7,0) = 56,0cm e 50,0 + 2 x

(11,0+7,0) = 86,0cm • Carga da roda s/ impacto = [ 40 / (0,86 x 0,56) ]= 83,06 kN/m²

Além da carga acima descrita foi prevista uma carga uniformemente distribuída na projeção do veículo de 4,00 kN/m2. Este carregamento teve sinal positivo (contrário ao da multidão). Os cofecientes de impacto foram aplicados após a retirada dos esforços solicitantes.

Veículo

Foram criados 10 casos de veículos variando a posicionamento transversal do trem tipo, com cada um desses casos se deslocando no sentido longitudinal do tabuleiro. Além desses casos citados, foram criados adicionalmente 5 casos de veículos variando o posicionamento transversal no trecho de laje de continuidade (laje elástica). Ao todo foram criados 115 casos de veículos em todo o tabuleiro.

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Multidão

Foram dispostos XX casos de multidão variação as distribuições das cargas para atingir os maiores esforços solicitantes para os diversos elementos estruturais. Foi disposto uma carga distribuída superficialmente de 4 kN/m² para o trecho da faixa de rolamento e 3 kN/m² para os passeios.

1.5 Esforços Solicitantes – Vigas Longarinas

1.5.1 Momento Fletor

Mgk g1

g2

g3

Recapa

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Mqk, multidão (Envoltória)

Mqk, veículo (Envoltória)

1.5.2 Força Cortante

Vgk g1

g2

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g3

Recapa

Vqk, multidão (Envoltória)

Vqk, veículo (Envoltória)

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1.5.3 Tabela Resumo – Vigésimo do Vão

Momentos Fletores (kN.m)

Força Cortante (kN)

Seção G1 G2 G3 RECAPA MULTIDÃO VEICULO ϕ MULTIDÃO VEICULO

1 0 0 0 0 0 0 1.5478 0 0

2 906 636 258 178 406 286 1.5478 628 443

3 1466 1062 401 270 625 507 1.5478 967 785

4 2026 1490 531 351 878 611 1.2382 1087 757

5 2495 1847 665 439 1085 779 1.2382 1343 965

6 2873 2135 802 530 1240 856 1.2382 1535 1060

7 3159 2354 849 555 1372 884 1.2382 1699 1095

8 3354 2503 885 574 1437 965 1.2382 1779 1195

9 3459 2582 925 602 1485 936 1.2382 1839 1159

10 3473 2597 958 624 1475 977 1.2382 1826 1210

Seção G1 G2 G3 RECAPA MULTIDÃO + MULTIDÃO - VEICULO + VEICULO - ϕ MULTIDÃO + MULTIDÃO - VEICULO + VEICULO -

1 371 245 92 63 146 0 100 0 1.5478 226 0 155 0

2 312 226 95 66 150 0 114 0 1.5478 232 0 176 0

3 257 192 53 32 115 0 88.9 -13.9 1.5478 178 0 138 -22

4 219 163 53 34 86 0 110 0 1.2382 132 0 170 0

5 181 134 55 36 85 0 85.5 -42.9 1.2382 131 0 132 -66

6 143 105 55 36 81 0 72.5 -70.4 1.2382 125 0 112 -109

7 104 76 14 6 51 0 85.3 -47.3 1.2382 80 0 132 -73

8 66 46 15 9 30 0 66 -65 1.2382 46 0 102 -101

9 28 17 17 12 32 -23.8 84.2 -77.6 1.2382 49 -37 130 -120

10 0 0 16 12 33 -36.8 58.3 -71.4 1.2382 52 -57 90 -111

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1.6 Dimensionamento da Armadura de Protensão – Vigas Longarinas

1.6.1 Pré-Dimensionamento da Armadura de Protensão

obs:

Além dos dados de entrada apresentados acima, foram adotadas as seguintes premissas:

Dada armadura encontrada no pré-dimensionamento serão adotados 4 cabos de 9 cordoalhas de 15,2mm. A seguir serão verificadas as tensões normais (assim como avaliação das perdas) de um “cabo médio” de dados apresentados abaixo.

sendo: C.G. ext. – centro de gravidade dos cabos na extremidade da viga; C.G. vão – centro de gravidade dos cabos na seção 11; µ = coeficiente de atrito entre cordoalha e bainha (bainha metálica galvanizada); k = coeficiente que fornece uma simulação dos desvios parasitários ao longo do cabo(em radianos por metro).

1.6.2 Avaliação das Perdas

Perdas Imediatas Atrito

PERFIL SIMPLES PERFIL COMPOSTO Fck (MPa) 40 Umidade 70%

Altura (m) 1.7500 1.9700 Fctk, inf (MPa) 2.46 t0 (dias) 7

C.G.inf (m) 0.8419 1.3021 Eci (MPa) 35418 t1 (dias) 60

Área (m2) 0.7453 1.2583 Ep (MPa) 195000 tinf . (anos) 50

Inércia (m4) 0.2964 0.58 αp 5.51 Temp. (ºC) 20

Uar (m) 6.6588 9.4842 αf luência 2 Protensão Limitada

Perda Estimada (%) 20 N 1.2590 Pi - E.L.D. (tf) 691.37

C.G. Cabos Est. (m) 0.15 k2 (m) 0.4724 Pi - E.L.F.F. (tf) 658.52

W1 (m3) 0.3521 e + k2 (m) 1.1644 Pi (tf) 691.37

W1* (m3) 0.4433 Fctk, inf (tf/m

2) 245.62 Pinf (tf) 864.22

AP (cm2)

61.47

PRÉ-DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA DE PROTENSÃO

quase perm. frequente

Ψ2 Ψ1

0.30 0.50 1.00

Limitada 0.30 0.50 -

Completa - 0.50 1.00

Rara

Classes α Fluência s Abatimento (cm)

CP III e CP IV 1.00 0.38 6.0

CP I e CP II 2.00 0.25

CP V-ARI 3.00 0.20

CP I e CP II 2.00 0.25

L total (m) 40 φ Cordoalha (mm) 15.2 fptk (kgf/cm2) 19000

L teórico (m) 39 Nº Cordoalhas 11 E (kgf/cm2) 1950000C.G. ext. (m) 0.80 Cabos 4 Pi (tf) 866.10C.G. vão (m) 0.150 µ 0.2 X (m) 20.00Encunhamento (cm) 0.6 k 0.002 σpi,max (kgf/cm2) 14060

Ap (cm2)

61.60

CABO MÉDIO (PARABÓLICO)

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sendo: y = centro de gravidade inferior do cabo médio. Encunhamento

Seção x (m) y (m) f (m) Tangente α (radianos) Expoente Perda (%)1 0.500 0.768 0.62 -0.0634 -0.0633 -0.0052 0.52%2 2.450 0.651 0.50 -0.0570 -0.0570 -0.0103 1.03%3 4.400 0.545 0.40 -0.0507 -0.0507 -0.0155 1.54%4 6.350 0.453 0.30 -0.0444 -0.0443 -0.0207 2.05%5 8.300 0.372 0.22 -0.0380 -0.0380 -0.0258 2.55%6 10.250 0.304 0.15 -0.0317 -0.0317 -0.0310 3.05%7 12.200 0.249 0.10 -0.0254 -0.0253 -0.0362 3.55%8 14.150 0.206 0.06 -0.0190 -0.0190 -0.0413 4.05%9 16.100 0.175 0.02 -0.0127 -0.0127 -0.0465 4.54%10 18.050 0.156 0.01 -0.0063 -0.0063 -0.0517 5.03%11 20.000 0.150 0.00 0.0000 0.0000 -0.0530 5.16%

PERDA POR ATRITO

Seção Atrito (%) σatrito (tf/m2) Áreas σatrito, enc. (tf/m

2) Prot. (tf) Normal (tf) Cortante (tf)

1 0.52% 139875.33 272053.98 127355.91 -784.51 -782.94 -49.622 1.03% 139154.40 270651.83 127941.11 -788.12 -786.84 -44.883 1.54% 138437.22 269256.97 128530.06 -791.75 -790.73 -40.094 2.05% 137723.78 267869.40 129122.75 -795.40 -794.61 -35.255 2.55% 137014.07 266489.10 129719.18 -799.07 -798.49 -30.366 3.05% 136308.08 265116.06 130319.32 -802.77 -802.36 -25.427 3.55% 135605.82 263750.26 130923.19 -806.49 -806.23 -20.448 4.05% 134907.27 262391.71 131530.78 -810.23 -810.08 -15.409 4.54% 134212.43 261040.37 132142.07 -814.00 -813.93 -10.3210 5.03% 133521.29 260194.30 132757.06 -817.78 -817.77 -5.1811 5.16% 133344.66 133344.66 -821.40 -821.40 0.00

Soma = 2658813.98 β = 335

∆l (cm) = 13.6 d (m) = 18.69 ok

∆l (mm/m) = 7.0

PERDA POR ENCUNHAMENTO

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Deformação Elástica do Concreto

Conforme podemos observar não existem tensões de tração durante a protensão. E as tensões de compressão estão dentro dos limites estabelecidos por norma (o Fcj apresentado acima foi calculado considerando-se um tempo t0 – data estimada para protensão – igual a 7 dias). Perdas Progressivas Retração do Concreto

β1 = 0.7788 αp* = 6.2388

Fcj (Mpa) = 31.15 σc limite (MPa) 21.81 Módulo* (Mpa) = 31255.84

Seção ep (m) σ N (tf/m2) σ Mprot. (tf/m2) σcp (tf/m2) σg1 (tf/m

2) ∆σ (tf/m2) ∆σ (%)

1 0.07 -1050.51 -14.46 -1064.97 0.00 -2491.55 1.96%2 0.19 -1055.73 -97.23 -1152.97 58.49 -2560.58 2.00%3 0.30 -1060.95 -234.40 -1295.35 90.60 -2818.60 2.19%4 0.39 -1066.17 -405.87 -1472.04 192.43 -2993.73 2.32%5 0.47 -1071.37 -593.62 -1665.00 320.84 -3144.74 2.42%6 0.54 -1076.57 -781.73 -1858.30 452.31 -3289.39 2.52%7 0.59 -1081.75 -956.47 -2038.22 574.74 -3423.91 2.62%8 0.64 -1086.92 -1106.35 -2193.27 678.04 -3544.97 2.70%9 0.67 -1092.08 -1222.17 -2314.25 754.85 -3648.32 2.76%10 0.69 -1097.23 -1297.11 -2394.35 800.11 -3729.81 2.81%11 0.69 -1102.11 -1326.47 -2428.58 810.59 -3785.39 2.84%

DEFORMAÇÃO ELÁSTICA DO CONCRETO

Seção σg1sup (tf/m2) σg1inf (tf/m

2) σ N (tf/m2) σ Mprot.sup (tf/m2) σ Mprot.inf (tf/m2) σsup (tf/m

2) σinf (tf/m2)

1 0.00 0.00 -1132.90 191.39 -177.43 -941.52 -1310.342 -277.53 257.30 -1138.03 497.28 -461.03 -918.28 -1341.763 -277.53 257.30 -1141.42 772.51 -716.19 -646.45 -1600.324 -449.08 416.34 -1145.57 1017.72 -943.53 -576.92 -1672.765 -620.62 575.38 -1149.92 1232.47 -1142.63 -538.06 -1717.176 -764.29 708.57 -1154.32 1416.31 -1313.07 -502.29 -1758.817 -880.08 815.92 -1158.80 1568.93 -1454.56 -469.94 -1797.448 -967.69 897.15 -1163.38 1690.03 -1566.83 -441.04 -1833.079 -1027.42 952.53 -1168.12 1779.31 -1649.60 -416.24 -1865.2010 -1059.59 982.35 -1173.05 1836.45 -1702.58 -396.18 -1893.2811 -1063.88 986.32 -1177.91 1860.68 -1725.04 -381.10 -1916.63

TENSÕES NA FASE INICIAL (G1 + 1,1 PROTENSÃO)

γ = 1.4493 t0f ic (dias) = 7

εs1 = -3.22E-04 A = 40

hf ic. (m) B 40.85 β (7 , 0) = 0.046

0.3244 C 37.93 β (60 , 7) = 0.203

εs2 D 213.14 εs = -2.67E-04

8.29E-01 E 50.75 ∆σ P.S. (tf/m2) = -816.85

hf ic. (m) B 44.70 β (60 , 7) = 0.17

0.3846 C 37.46 β (18250 , 7) = 1.01

εs2 D 266.19 εs = -2.60E-04

8.07E-01 E 73.48 ∆σ P.C. (tf/m2) = -4251.85

RETRAÇÃO

PERFIL SIMPLES (P.S.)

PERFIL COMPOSTO (P.S.)

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Fluência

Seção σcp (tf/m2) ∆σretração (tf/m

2) 0.8 Retração (tf/m2) ∆σ (%)

1 124864.35 -5068.70 -4054.96 3.25%2 125380.53 -5068.70 -4054.96 3.23%3 125711.46 -5068.70 -4054.96 3.23%4 126129.03 -5068.70 -4054.96 3.21%5 126574.44 -5068.70 -4054.96 3.20%6 127029.93 -5068.70 -4054.96 3.19%7 127499.28 -5068.70 -4054.96 3.18%8 127985.81 -5068.70 -4054.96 3.17%9 128493.75 -5068.70 -4054.96 3.16%10 129027.25 -5068.70 -4054.96 3.14%11 129559.28 -5068.70 -4054.96 3.13%

t0f ic (dias) = 14 b1(0) = 0.9016 ffff a = 2.34E-01

tinf inito f ic (dias) = 36,500 b1(inf .) = 1.2752

h f ic (m) = 0.3846 t1f ic (dias) = 120 ffff f inf .= 1.33E+00

A = 289.75 f 1c = 2.0000 ffff d inf . = 4.00E-01

B = 811.82 f 2c = 1.3763

C = 592.72 bf (1) = 0.5166

D = 11233.65 f f = 2.7527

f = fa + ff + fd = 1.97 αp = 5.51

COEFICIENTE DE FLUÊNCIA RÁPIDA fa

COEFICIENTE DE FLUÊNCIA LENTA ff , fd

Seção σg1 (tf/m2) σg2 (tf/m

2) σg3 (tf/m2) σcp (tf/m

2) σσσσc (tf/m2)

1 0.00 0.00 0.00 -1044.13 -1044.132 58.49 41.06 29.12 -1129.89 -1001.213 90.60 63.60 33.82 -1266.95 -1078.934 192.43 139.40 59.00 -1437.91 -1047.085 320.84 235.96 85.52 -1624.63 -982.326 452.31 334.84 114.93 -1811.39 -909.317 574.74 427.10 146.34 -1984.92 -836.748 678.04 505.26 161.27 -2134.16 -789.589 754.85 563.33 172.85 -2250.36 -759.3310 800.11 597.25 183.63 -2327.08 -746.0811 810.59 606.13 191.21 -2359.64 -751.70

Seção σc (tf/m2) ∆σf luência (tf/m

2) 0.8 Fluência (tf/m2) ∆σ (%)

1 -1044.13 -11296.98 -9037.58 7.24%2 -1001.21 -10832.58 -8666.06 6.91%3 -1078.93 -11673.50 -9338.80 7.43%4 -1047.08 -11328.83 -9063.07 7.19%5 -982.32 -10628.17 -8502.53 6.72%6 -909.31 -9838.26 -7870.61 6.20%7 -836.74 -9053.14 -7242.51 5.68%8 -789.58 -8542.90 -6834.32 5.34%9 -759.33 -8215.61 -6572.49 5.12%10 -746.08 -8072.24 -6457.79 5.00%11 -751.70 -8133.07 -6506.46 5.02%

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Relaxação do Aço

Resumo das Perdas

sendo: σp0 – tensão após perdas imediatas; σinf. – tensão após perdas imediatas e progressivas; ∆σprogressivas – perdas progressivas.

1.6.3 Análise das Tensões

Estado Limite de Descompressão

fptk (tf/m2) = 190000 αp = 5.51

Seção σcg1 (tf/m2) σpg1 (tf/m

2) σp (tf/m2) σpi (tf/m

2) (%) Ψ1000 ∆σ (%) 0.8 Relaxação

1 0.00 0.00 124864.35 124864.35 0.66 2.0 4.97% 3.97%2 58.49 322.06 125380.53 125702.59 0.66 2.0 5.10% 4.08%3 90.60 498.81 125711.46 126210.27 0.66 2.1 5.18% 4.14%4 192.43 1059.48 126129.03 127188.51 0.67 2.1 5.33% 4.27%5 320.84 1766.45 126574.44 128340.89 0.68 2.2 5.51% 4.41%6 452.31 2490.33 127029.93 129520.27 0.68 2.3 5.70% 4.56%7 574.74 3164.36 127499.28 130663.64 0.69 2.4 5.88% 4.70%8 678.04 3733.13 127985.81 131718.94 0.69 2.4 6.05% 4.84%9 754.85 4156.03 128493.75 132649.78 0.70 2.5 6.19% 4.96%10 800.11 4405.22 129027.25 133432.47 0.70 2.5 6.31% 5.05%11 810.59 4462.91 129559.28 134022.19 0.71 2.6 6.38% 5.11%

RELAXAÇÃO NO AÇO

Seção σp0 (tf/m2) ∆σretração (tf/m

2) ∆σf luência (tf/m2) ∆σrelaxação (tf/m

2) ∆σprogressiv as (tf/m2) ∆σprogressiv as (%) σσσσpinf. (tf/m

2)1 124864.35 -4054.96 -9037.58 -4960.04 -18052.58 14.46% 106811.772 125380.53 -4054.96 -8666.06 -5113.30 -17834.32 14.22% 107546.213 125711.46 -4054.96 -9338.80 -5207.41 -18601.17 14.80% 107110.294 126129.03 -4054.96 -9063.07 -5380.56 -18498.59 14.67% 107630.445 126574.44 -4054.96 -8502.53 -5583.81 -18141.30 14.33% 108433.146 127029.93 -4054.96 -7870.61 -5793.14 -17718.71 13.95% 109311.237 127499.28 -4054.96 -7242.51 -5998.69 -17296.16 13.57% 110203.128 127985.81 -4054.96 -6834.32 -6192.19 -17081.46 13.35% 110904.349 128493.75 -4054.96 -6572.49 -6367.84 -16995.29 13.23% 111498.46

10 129027.25 -4054.96 -6457.79 -6510.10 -17022.85 13.19% 112004.4011 129559.28 -4054.96 -6506.46 -6617.37 -17178.78 13.26% 112380.50

RESUMO DAS PERDAS

Seção Mg1 (tf.m) Mg2 (tf.m) Mg3 (tf.m) Mrecapa (tf.m) N (tf) Mprot. (tf.m) Mqk (tf.m)

1 0.00 0.00 0.00 0.00 -656.62 -48.59 0.00

2 90.60 63.60 25.80 17.80 -661.39 -126.59 107.10

3 90.60 63.60 25.80 17.80 -658.93 -195.34 107.10

4 146.60 106.20 40.10 27.00 -662.34 -257.73 175.21

5 202.60 149.00 53.10 35.10 -667.45 -313.34 184.376 249.50 184.70 66.50 43.90 -673.01 -361.69 230.807 287.30 213.50 80.20 53.00 -678.63 -402.45 259.538 315.90 235.40 84.90 55.50 -683.04 -434.61 279.349 335.40 250.30 88.50 57.40 -686.77 -458.20 297.42

10 345.90 258.20 92.50 60.20 -689.93 -473.10 299.7711 347.30 259.70 95.80 62.40 -692.26 -478.98 303.61

ESFORÇOS SOLICITANTES

ΨΨΨΨ = 0.30

Seção σg1,inf . (tf/m2) σg2,inf . (tf/m

2) σg3,inf . (tf/m2) σrecapa,inf . (tf/m

2) σprot,inf . (tf/m2) σq,inf . (tf/m

2) σσσσinf. (tf/m2)

1 0.00 0.00 0.00 0.00 -1018.64 0.00 -1018.642 257.30 180.62 58.20 40.15 -1246.57 72.48 -637.823 257.30 180.62 58.20 40.15 -1438.54 72.48 -829.784 416.34 301.60 90.46 60.91 -1620.36 118.57 -632.495 575.38 423.16 119.78 79.18 -1785.20 124.77 -462.956 708.57 524.54 150.01 99.03 -1930.04 156.19 -291.707 815.92 606.33 180.91 119.56 -2053.38 175.63 -155.038 897.15 668.53 191.51 125.19 -2150.70 189.04 -79.28

9 952.53 710.84 199.63 129.48 -2222.73 201.27 -28.98

10 982.35 733.28 208.66 135.80 -2269.30 202.86 -6.3611 986.32 737.54 216.10 140.76 -2289.12 205.46 -2.94

ESTADO LIMITE DE DESCOMPRESSÃO

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Estado Limite de Formação de Fissuras σtlimite = fctk,inf = 0.21 fck

2/3 = 1.2x0.21 x 402/3 = 2.95 MPa = 295 tf/m2

Conforme podemos observar foram respeitados os Estados Limites de Descompressão e de Formação de Fissuras.

1.6.4 Verificação do Estado Limite Último de Resistência à Ruptura

Para a determinação da capacidade resistente da seção serão admitidas as hipóteses descritas a seguir. Hipóteses Básicas Para segurança à Ruptura na Flexão Manutenção da Seção Plana Zona Tracionada do Concreto Desprezada

Caracterização da Ruptura: Concreto ⇒ εcd = 3,5 o/oo; Aço ⇒ ∆εsd = 10 o/oo Distribuição das Tensões de Compressão no Concreto ⇒ Retangular Simplificado Tabela Resumo

ΨΨΨΨ = 0.50

Seção σg1,inf . (tf/m2) σg2,inf . (tf/m

2) σg3,inf . (tf/m2) σrecapa,inf . (tf/m

2) σprot,inf . (tf/m2) σq,inf . (tf/m

2) σσσσinf. (tf/m2)

1 0.00 0.00 0.00 0.00 -1018.64 0.00 -1018.642 257.30 180.62 58.20 40.15 -1246.57 120.80 -589.503 257.30 180.62 58.20 40.15 -1438.54 120.80 -781.464 416.34 301.60 90.46 60.91 -1620.36 197.61 -553.445 575.38 423.16 119.78 79.18 -1785.20 207.95 -379.776 708.57 524.54 150.01 99.03 -1930.04 260.32 -187.577 815.92 606.33 180.91 119.56 -2053.38 292.72 -37.948 897.15 668.53 191.51 125.19 -2150.70 315.06 46.759 952.53 710.84 199.63 129.48 -2222.73 335.45 105.20

10 982.35 733.28 208.66 135.80 -2269.30 338.10 128.8811 986.32 737.54 216.10 140.76 -2289.12 342.43 134.03

ESTADO LIMITE DE FORMAÇÃO DE FISSURAS

fck (MPa) 40 bw (cm) 22.0 fy k (MPa) 500 fpy k (MPa) 1710

bf (cm) 250.0 h (cm) 197.0 γs 1.15 γs 1.15

hf (cm) 20.0 Asmin (cm2) 6.50 fy d (MPa) 434.8 fy d (MPa) 1487.0

Dados Laje: Dados Viga: Armadura Passiva Armadura Ativa

Seção C.G.cabos (cm) d (cm) Ap (cm2) Rst (kgf) y (cm) x (cm) εcc

6 30.4 166.6 61.60 915965 15.09 18.86 1.28E-037 24.9 172.1 61.60 915965 15.09 18.86 1.23E-038 20.6 176.4 61.60 915965 15.09 18.86 1.20E-039 17.5 179.5 61.60 915965 15.09 18.86 1.17E-03

10 15.6 181.4 61.60 915965 15.09 18.86 1.16E-0311 15.0 182.0 61.60 915965 15.09 18.86 1.16E-03

Seção ∆εs εpmin Mgk (tf.m) Mqk (tf.m) Md (tf.m) MRD (tf.m) Aspassiv a (cm2)

6 1.00E-02 7.63E-03 544.60 230.80 1081.41 1456.47 6.507 1.00E-02 7.63E-03 634.00 259.53 1245.19 1507.41 6.508 1.00E-02 7.63E-03 691.70 279.34 1352.80 1547.02 6.509 1.00E-02 7.63E-03 731.60 297.42 1433.78 1575.32 6.50

10 1.00E-02 7.63E-03 756.80 299.77 1471.33 1592.30 6.5011 1.00E-02 7.63E-03 765.20 303.61 1488.43 1597.96 6.50

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1.6.5 Verificação do Estado Limite Último de Resistência à Força Cortante (ruptura)

Segundo o item 17.4.2.1 da NBR-6118/2014, devem ser satisfeitas as seguintes desigualdades: a) VSd < VRd2; b) VSd < VRd3 = Vc + Vsw onde: VRd2 = 0,27αv x fcd x bw x d, com αv = (1 – fck/250) em MPa Vsw = (Asw/s).0,9.d.fywd.( sen α + cos α) Vc = Vco na flexão simples e na flexo-tração, com a linha neutra cortando a seção Vco = 0,6.fctd.bw.d fctd = fctk,inf/γc fctk,inf = 0,21.fck

2/3 fywd = tensão na armadura transversal passiva, limitada ao valor fyd no caso de estribos (≤ 435 MPa) d = altura total menos a distância da base ao CG das cordoalhas (≥ 0,8 h). Para cálculo de VSd temos a seguinte expressão:

Vsd =

1

35 ; 100

Vgk +

1

5 ; 0 Vqk +

1

2 ; 09

Vpk

Dimensionamento

obs: bwutli = bw – ½ Σ∅bainhas

Seção Vgk VPk Vqk, max Vqk, min VSD

1 77.09 -41.61 38.07 0.00 123.732 69.94 -37.73 40.86 0.00 121.763 53.35 -33.41 31.56 -2.15 89.294 46.91 -29.38 30.26 0.00 82.275 40.63 -25.38 26.31 -6.64 71.486 33.89 -21.33 23.74 -10.90 62.177 19.90 -17.20 21.16 -7.32 43.128 13.67 -12.99 14.84 -10.06 29.039 7.42 -8.70 17.97 -15.69 29.14

10 2.80 -4.37 14.19 -16.75 21.1311 0.00 0.00 14.19 -16.75 21.29

FORÇA CORTANTE (tf)

αv 2 = 0.84 fcd (tf/m2) = 2857.14

Seção VSD bw total (cm) bw útil (cm) d (cm) VRd2 (tf)

1 123.73 82.0 78.0 157.6 796.572 121.76 82.0 78.0 157.6 796.573 89.29 82.0 78.0 157.6 796.574 82.27 22.0 18.0 157.6 183.825 71.48 22.0 18.0 159.8 186.346 62.17 22.0 18.0 166.6 194.277 43.12 22.0 18.0 172.1 200.758 29.03 22.0 18.0 176.4 205.809 29.14 22.0 18.0 179.5 209.40

10 21.13 22.0 18.0 181.4 211.5611 21.29 22.0 18.0 182.0 212.28

VERIFICAÇÃO DO CONCRETO

fcd (tf/m2) = 2857.14

Seção VSD bw total (cm) bw útil (cm) d (cm) Vc (tf) Aw calc. (cm2/m)

1 123.73 82.0 78.0 157.6 129.40 11.512 121.76 82.0 78.0 157.6 129.40 11.513 89.29 82.0 78.0 157.6 129.40 11.514 82.27 22.0 18.0 157.6 29.86 8.505 71.48 22.0 18.0 159.8 30.27 6.596 62.17 22.0 18.0 166.6 31.56 4.707 43.12 22.0 18.0 172.1 32.61 3.098 29.03 22.0 18.0 176.4 33.43 3.099 29.14 22.0 18.0 179.5 34.02 3.09

10 21.13 22.0 18.0 181.4 34.37 3.0911 21.29 22.0 18.0 182.0 34.48 3.09

DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA

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Verificação à fadiga De acordo com a NBR-6118 (2014), a verificação do Estado Limite Último de Fadiga consiste na limitação na variação de tensões da armadura dimensionada. No caso de estribos, a norma estabelece um valor limite igual a 850 kgf/cm2 para qualquer diâmetro. O cálculo das tensões na armadura deve ser realizado para a Combinação Freqüente das Ações com ψ1 igual a 0,5. Além disso, na determinação das tensões máximas e mínimas, deverá ser adotado 50% do valor de Vco descrito anteriormente.

1.7 Esforços Solicitantes – Laje

1.7.1 Longitudinal

1.7.2 Transversal

1.7.3 Laje de continuidade

1.8 Dimensionamento – Laje

1.8.1 Longitudinal

1.8.2 Transversal

1.8.3 Laje de continuidade

1.9 Esforços solicitantes – Vigas Transversinas Os casos de carga que geram os maiores esforços solicitantes são durante a ocasião da troca dos aparelhos de apoio das vigas, e por esta ocasião o trafego deve ser reduzido apenas a veículos leve com velocidade reduzida.

fcd (tf/m2) = 2857.14

Seção VSD,MAX (tf) VSD,MIN (tf) 0.5 Vc (tf) σsw,max (kgf/cm2) σsw,min (kgf/cm2)

1 54.51 35.5 64.70 0.0 0.002 52.65 32.2 64.70 0.0 0.003 35.72 18.9 64.70 0.0 0.004 32.66 17.5 14.93 1470.4 215.335 28.41 11.9 15.13 1400.2 0.006 24.43 7.1 15.78 1229.4 0.007 13.28 -1.0 16.31 0.0 0.008 8.11 -4.3 16.72 0.0 0.009 7.70 -9.1 17.01 0.0 0.00

10 5.52 -9.9 17.18 0.0 0.0011 7.10 -8.4 17.24 0.0 0.00

FADIGA

Seção ∆σsw (kgf/cm2) k Aw min. (cm2/m) Aw calc. (cm2/m) Aw (cm2/m) As int Prot (cm²)

1 0.00 1.00 11.51 11.51 11.51 69.722 0.00 1.00 11.51 11.51 11.513 0.00 1.00 11.51 11.51 11.514 1255.10 1.48 3.09 8.50 12.555 1400.24 1.65 3.09 6.59 10.866 1229.35 1.45 3.09 4.70 6.797 0.00 1.00 3.09 3.09 3.098 0.00 1.00 3.09 3.09 3.099 0.00 1.00 3.09 3.09 3.09

10 0.00 1.00 3.09 3.09 3.0911 0.00 1.00 3.09 3.09 3.09

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e-mail: [email protected] – 41820-770 – Salvador-Bahia

1.9.1 Momento Fletor

O caso de carga que gera o maior momento fletor é a ocasião da troca do aparelho de apoio das vigas de bordo para os momentos negativos e troca dos aparelhos de apoio das vigas internas para os momentos positivas. Permanente (Momentos Negativos)

Multidão (Momentos Negativos)

Permanente (Momentos Positivos)

Multidão (Momentos Positivos)

1.9.2 Esforço Cortante

O caso de carga que gera o maior esforço cortante é a ocasião da troca do aparelho de apoio das vigas de bordo. Permanente

Multidão

1.9.3 Momento Torsor

Permanente

Multidão

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1.10 Dimensionamentos – Vigas Transversinas

1.10.1 Momento Fletor

Seções Mg1 Mg2 Mg3 Mrec. Mmult. Max. Mmult. Min. Mveíc. Max Mveíc. Min Mgk Mqk+ Mqk-1 30.80 7.82 30.80 7.82 0.002 49.60 7.10 49.60 7.10 0.00

M (tf.m)

bf (cm) 30.00 Fck (MPa) 40 Mgk (tf.m) 30.80 γfg 1.35 N de Ciclos = 2.00E+06

bw (cm) 30.00 Fyk (MPa) 500 Mqk+ (tf.m) 7.82 γfq 1.50 Classe Agrev. = Classe III

h (cm) 180.00 γc 1.40 Mqk- (tf.m) 0.00 ψ1 0.50

hf (cm) 0.00 γs 1.15

d´asinf.(cm) 7.00 Fcd (MPa) 28.57 Md (tf.m) 53.31 αf adiga 10 Adotado

d´assup.(cm) 7.00 Fyd (MPa) 434.78 MRd (tf.m) 53.31 αf issuração 15

φ (mm) 20.0 Asmin (cm2) = 8.10 Nº Barras

y (cm) = 4.3 As1 (cm2) = 8.10 3 10.13

x (cm) = 5.4 As2 (cm2) = -

xlim (cm) = 108.7

φ estribo (mm) 6.3 4 σs,max = 262.74 Ascorrig.

cobrimento (cm) 3.0 3 w(mm) = 0.20 8.10

φ adotado (mm) 20.0 4.0 wadm(mm) = 0.30

C.g. barras (cm) = 4.6 ok 4.0 k = 1.00

Camada Nº de barras σc1 = 4.70 ηc σs,max = 260.66 k

1 4 σc2 = 0.00 0.667 σs,min = 231.30 1.00

σcmax σcmax,adm. ∆σs = 29.36 Ascorrig.

3.136 12.857 ok ∆σsadm. = 185.00 8.10

DADOS DE ENTRADA - SEÇÃO 1Seção Transversal Materiais Esforços Coeficientes

Controle de Fissuração I

Nº de barras

Nº de camadas

Esp. Horizontal (cm)

Esp. Vertical (cm)

Barras p/ Camada Fadiga no Concreto Fadiga no Aço

bf (cm) 30.00 Fck (MPa) 40 Mgk (tf.m) 49.60 γfg 1.35 N de Ciclos = 2.00E+06

bw (cm) 30.00 Fyk (MPa) 500 Mqk+ (tf.m) 7.10 γfq 1.50 Classe Agrev. = Classe III

h (cm) 180.00 γc 1.40 Mqk- (tf.m) 0.00 ψ1 0.50

hf (cm) 0.00 γs 1.15

d´asinf.(cm) 7.00 Fcd (MPa) 28.57 Md (tf.m) 77.61 αf adiga 10 Adotado

d´assup.(cm) 7.00 Fyd (MPa) 434.78 MRd (tf.m) 77.61 αf issuração 15

φ (mm) 20.0 Asmin (cm2) = 8.10 Nº Barras

y (cm) = 6.3 As1 (cm2) = 10.51 4 8.41

x (cm) = 7.8 As2 (cm2) = -

xlim (cm) = 108.7

φ estribo (mm) 6.3 4 σs,max = 312.41 Ascorrig.

cobrimento (cm) 2.5 1 w(mm) = 0.28 10.51

φ adotado (mm) 20.0 2.0 wadm(mm) = 0.30

C.g. barras (cm) = 4.1 ok 2.0 k = 1.00

Camada Nº de barras σc1 = 6.47 ηc σs,max = 309.62 k

1 4 σc2 = 0.00 0.667 σs,min = 288.94 1.00

σcmax σcmax,adm. ∆σs = 20.68 Ascorrig.

4.313 12.857 ok ∆σsadm. = 185.00 10.51

Controle de Fissuração I

Fadiga no Aço

Seção Transversal MateriaisDADOS DE ENTRADA - SEÇÃO 2

Esforços Coeficientes

Barras p/ Camada

Nº de barrasNº de camadas

Esp. Horizontal (cm)Esp. Vertical (cm)

Fadiga no Concreto

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1.10.2 Esforço Cortante

1.10.3 Momento Torsor

Seção Vgk VPk Vqk, max Vqk, min VSD

1 82.30 18.30 0.00 138.56

FORÇA CORTANTE (tf)

αv 2 = 0.84 fcd (tf/m2) = 2857.14

Seção VSD bw total (cm) bw útil (cm) d (cm) VRd2 (tf)

1 138.56 30.0 30.0 170.0 330.48

VERIFICAÇÃO DO CONCRETO

fcd (tf/m2) = 2857.14

Seção VSD bw total (cm) bw útil (cm) d (cm) Vc (tf) Aw calc. (cm2/m)

1 138.56 30.0 30.0 170.0 53.68 12.76

DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA

fcd (tf/m2) = 2857.14

Seção VSD,MAX (tf) VSD,MIN (tf) 0.5 Vc (tf) σsw,max (kgf/cm2) σsw,min (kgf/cm2)

1 91.45 82.3 26.84 3309.8 2841.05

FADIGA

Seção ∆σsw (kgf/cm2) k Aw min. (cm2/m) Aw calc. (cm2/m) Aw (cm2/m)1 468.75 1.00 4.21 12.76 12.76

Asl (cm²)

Asw (cm²)/ramos

Asw (cm²/m)

Asl inf. (cm²)

Asl sup. (cm²)

Asw (cm²/m)

Cálculo das Armaduras:

6.86

13.94

1.86

3.72

16.48

11.53

ARMDURA ADOTADA

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RELATÓRIO HIDROGEOLÓGICO E HIDROLÓGICO

Ponte sobre o Rio Itapicuru

Acesso da Sede de Conde para Vila do Conde

Conde – BA

22/02/2019

RESPONSÁVEL TÉCNICO FORMAÇÃO REGISTRO

Nelson Luis De Almeida Damasceno Geólogo

CREA Nº: 0500342830

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Sumário 1. Apresentação ........................................................................................................................ 3

2. Parte A: HIDROGEOLOGIA .................................................................................................... 3

2.1 Introdução ........................................................................................................................... 3

2.2 Unidades hidrogeológicas ............................................................................................. 5

2.3 Domínios litológicos que compõe cada unidade aquífera ............................................ 7

2.3.1 Domínio Pré-cambriano: .............................................................................................. 7

2.3.2 Domínio Terciário: ................................................................................................. 7

2.3.3 Domínio Quaternário: ........................................................................................... 8

2.4 Hidrogeologia local ........................................................................................................ 8

2.4.1 O aquífero cristalino .............................................................................................. 9

2.4.2 Aquíferos sedimentares ...................................................................................... 10

3. PARTE B: HIDROGRAFIA/HIDROLOGIA ................................................................................ 13

3.1 Clima ............................................................................................................................ 14

3.2 Hidrografia................................................................................................................... 15

3.2.1 Hierarquia da drenagem ..................................................................................... 18

3.2.2 Disponibilidades Hídricas superficiais ................................................................. 20

3.3 Fluviometria ................................................................................................................ 23

4. Correlações Ambientais ...................................................................................................... 24

4.1 Riscos ambientais incidentes sobre o projeto da ponte ............................................. 24

4.2 Riscos de inundações .................................................................................................. 25

4.2.1 Uma alternativa para diminuição dos efeitos das inundações ........................... 31

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1. Apresentação

Este texto apresenta um compilado das informações hidrogeológicas e hidrológicas consolidadas, referente à bacia do Rio Itapicuru, havendo um foco no trecho contido no município do Conde-Bahia. E impossível porem fazer um estudo dos efeitos ambientais em uma bacia com 36.440 km² com uma drenagem principal com extensão de 476 km sem fazer um apanhado geral dos aspectos de composição desta bacia.

Assim o texto com composto em duas partes A, B e C, sendo a primeira dedicada a hidrogeologia, segunda à hidrologia e a terceira fazendo uma avaliação dos impactos ambientais referentes à interação das duas primeiras partes em relação à construção da ponte.

2. Parte A: HIDROGEOLOGIA

2.1 Introdução

Apenas conceitualmente, a hidrogeologia estuda a água em subsuperfície correlacionando-a com as rochas que a contem e faz predições quanto ao seu comportamento físico. Inicialmente os estudos hidrogeológicos eram empíricos, baseados em observações do comportamento da água na natureza; porem na década de 1930 surgiram os elementos descritivos do funcionamento dos fenômenos naturais e fórmulas empíricas de processos específicos, tais como:

Equação para movimento uniforme em canais; Método racional para cálculo de vazão máxima em pequenas bacias.

Essa década também marcou o início da hidrologia quantitativa com alguns trabalhos, tais como:

Conceitos do hidrograma unitário utilizado para o escoamento superficial (Sherman,1932);

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Equação empírica para o cálculo da infiltração, permitindo a determinação da precipitação efetiva (Horton, 1933);

Teoria para a hidráulica de poços (Theiss,1935).

Com o avanço dos métodos computacionais e numéricos aplicados, vários modelos hidrogeológicos foram aprimorados e a técnica ganhou competência de ciência com varia aplicações no meio técnico e científico. Neste diagnóstico ambiental a hidrogeologia utilizada é descritiva correlacionado as unidades hidrogeológicas com o espaço físico e a influência no escoamento superficial do Rio Itapicuru nesta porção estuarina da bacia. Haja vista que: medidas que determinem a contribuições dos aquíferos no sistema demandam estudos experimentais de longa data e fogem aos objetivos desta avaliação.

A hidrogeologia apresentada neste texto tem por finalidade individualizar as unidades hidrogeológicas e observar a contribuição ambiental destas no escoamento superficial. Hidrogeologia regional

Neste tópico apresentamos as características das unidades aquíferas, o zoneamento de cada unidade e os potenciais aquíferos. Neste sentido, em princípio, é necessário definir os limites geográficos da observação individualizando cada unidade hidrogeológica componente.

A figura 1 seguinte, apresenta as feições geológica/geomorfológicas contidas no polígono de estudo, as quais passam a ser descritas em sequência.

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Figura 1: Mapa geológico/geomorfológico com a poligonal de abrangência deste estudo. Fonte: modificado de Esquivel, Marcus Santos, 2006, O quaternário costeiro do município do Conde: implicações para gestão ambiental. UFBA, IGEO, PPPG.

2.2 Unidades hidrogeológicas

A área de estudo contem 3 domínios aquíferos com correlação litológicas, geocronológicas, estratigráficas e geomorfológicas marcantes, que são os domínios: Pré-cambriano, Terciário e Quaternário que são expostos na figura 2, seguinte: e descritos em

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detalhe nos tópicos que seguem. Embora existam 3 unidades aquíferas existem apenas duas litologias que são o domínio cristalino fissural e o domínio clástico sedimentar. O primeiro é formado por rochas do embasamento cristalino e o segundo por 2 unidades sedimentares: sedimentos quaternários de origem continental e marinha da Formação Barreiras de idade terciária e os depósitos aluvionares e flúvio lagunares Cenozoicos. A figura 2, ilustra a exposição espacial destas unidades na região do Conde.

Figura 2: Domínios geocronológicos, lito estratigráficos dos aquíferos na região do Conde. Fonte: modificado de SIG geologia CPRM

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2.3 Domínios litológicos que compõe cada unidade aquífera

2.3.1 Domínio Pré-cambriano: Este domínio é constituído por rochas metamórficas do tipo granulíticas-gnáissicas de alto grau (fácies granulito), que englobam o Cinturão Salvador-Esplanada (Barbosa & Dominguez, 1996). Estas rochas compõem o chamado embasamento cristalino, sobre o qual se depositaram os sedimentos Tércio-quaternários. Atualmente, em alguns setores ao longo dos principais vales fluviais ou a beira mar, esta unidade aflora normalmente sem provocar grandes alterações na fisionomia morfológica local. A foto 1, seguinte de um corte de estrada próximo à ponte sobre o Itapicuru, ilustra bem a textura e as características físicas desta unidade.

Foto 1: afloramento do embasamento cristalino (coordenadas UTM 649056 E/8694272 S) Fonte: fotografia de campo realizada em 7 de fevereiro de 2019.

2.3.2 Domínio Terciário:

Composto por rochas sedimentares formadas entre o período geológico do Plioceno Inferior ao Plioceno Superior em condições climáticas severas de aridez. Nestas condições foram gerados leques aluviais coalescentes, os quais deram origem a pacotes sedimentares areno-argilosos não consolidados, distribuídos ao longo da costa leste, nordeste e norte do Brasil, conhecidos como Formação Barreiras (Bittencout et al. 1979; Suguio et al. 1986). Morfologicamente a Formação Barreiras corresponde às áreas de tabuleiros costeiros ou relevos de topos tabulares, encostas retilíneas e declivosas e vales

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alargados em forma de “U” e quando aflorante em sua base o embasamento apresentam-se como formações colinosas de topo convexo com vertentes do tipo convexas, convexo-côncavas e retilíneas, bastante dissecadas por vales em forma de “V” em diversos graus

de aprofundamento que se destacam topograficamente das unidades integrantes da planície costeira (Nunes et al. 1981).

2.3.3 Domínio Quaternário: Este Domínio abrange todas as unidades geológico-geomorfológicas depositadas a partir do Pleistoceno inferior (cerca de 1 milhão de anos atrás), sob ação direta das oscilações do nível relativo do mar em associação com alterações climáticas significativas. Estes fenômenos propiciaram a formação das planícies costeiras quaternárias. O Domínio Quaternário pode ser entendido sob o ponto de vista ambiental como um ambiente de transição, entre os ambientes marinho e terrestre, extremamente sensível e frágil, sendo passível de impactos das mais diversas naturezas e, portanto, necessita de medidas de gerenciamento ambiental adequadas às suas potencialidades e fragilidades. Existe subdivisões para este domínio porem irrelevantes do ponto de vista hidrogeológico.

2.4 Hidrogeologia local Base de dados

A base de dados para o estudo hidrogeológico local foi o sistema público SIAGAS que é um sistema de informações de águas subterrâneas desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil - SGB, composto por uma base de dados de poços permanentemente atualizada, e de módulos capazes de realizar consulta, pesquisa, extração e geração relatórios. O SIAGAS foi desenvolvido e mantido pelo SGB, a partir do mapeamento e pesquisa hidrogeológica em todo o país, permite obtenção de informação hidrogeológica pela internet. Apenas a título de informação o Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, através da Moção N. 038, de 7 de dezembro de 2006, recomendou a adoção do SIAGAS, pelos órgãos gestores estaduais, Secretarias dos Governos Estaduais, Agência Nacional de Águas - ANA e Usuários dos Recursos Hídricos Subterrâneos, como base nacional compartilhada para armazenagem, manuseio, intercâmbio e difusão de informações sobre águas subterrâneas. A Moção no 039 da CNRH recomenda a integração entre os sistemas SIAGAS, SNIRH, SINIMA, SIGHIDRO, SNIS e SIPNRH

O cadastro SIRGAS apresenta os seguintes poços tubulares na área de estudo

Tabela 1: tabela dos poços cadastrados no SIRGAS, CPRM

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Número do Ponto

UF Localidade Natureza NE (m)

ND (m)

Vazão Estabilização (m³/h)

2900000586 BA SITIO I Poço tubular 1.22 3.92 23.97 2900002736 BA COBO II Poço tubular 0.65 15.69 13.86 2900002959 BA ILHA DAS OSTRAS Poço tubular

2900005427 BA COBO I Poço tubular 1 6.2 12.16 2900005428 BA POCAS Poço tubular 5.52 11.1 3.45

2900024512 BA ASSENTAMENTO SEMPRE VIDA

Poço tubular 6.66 55.94 2.66

2900024547 BA PIMENTEIRA Poço tubular 1.37 13.39 13.655 2900024548 BA CURICA Poço tubular 0.66 34.85 4.71 2900024549 BA MONTE GORDO DE BAIXO Poço tubular 1.55 60.32 1.756

Fonte: modificado de http://siagasweb.cprm.gov.br/layout/visualizar_mapa.php,

Conforme citamos em tópico anterior a hidrogeologia da área se caracteriza por 2 domínios hidrogeológicos; o primeiro constitui o aquífero cristalino fissural e o segundo é formado por sedimentos granulares das unidades geológicas: Formação Barreiras e sedimentos quaternários pleistocênicos diverso. Para melhor caracterizar estes domínios vamos descreve-los em detalhe:

2.4.1 O aquífero cristalino

O aquífero cristalino tem baixa relevância na área de estudo com poucos poços perfurados, porem existe potencial exploratório em função das boas condições de recarga tais como: boa pluviosidade com média anual de 1791 mm em um clima tropical chuvoso (tipo Am) classificação de Kooper como tropical monçonico. Corroborando temos uma cobertura sedimentar muito porosa com plena condição de oferecer boa recarga ao aquífero cristalino subjacente. Os parâmetros hidráulicos deste aquífero cristalino (K, T, S) permeabilidade, transmissividade e coeficiente de armazenamento são desconhecidos não sendo disponibilizado nenhum estudo técnico com estes dados nas bases de dados oficiais pesquisadas.

Apesar do pouco conhecimento técnico sobre este aquífero cristalino, existe alguns poços perfurados na unidade contidos na base de dados oficial do serviço geológico brasileiro SGB, em seu cadastro público digital SIAGAS: http://siagasweb.cprm.gov.br/layout/visualizar_mapa.php, contudo consultando algumas empresas privadas estas afirmam que a região tem poços com profundidade média de 80 metros e vazão entre 1 e 5 m³/h, nível estático em torno de 20 metros, e dinâmico baixo dos 45 metros, sendo estes valores compatíveis com poços perfurados em rochas cristalinas do litoral da Bahia.

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2.4.2 Aquíferos sedimentares

Na região do Conde existem 2 domínios sedimentares cuja geologia, descrita anteriormente, estabelece como aquíferos por tais motivos, porem para efeito de melhor detalhamento a primeira unidade será distinta em duas unidades a flúvio lagunar e a flúvio marinha eólica: por apresentarem armazenamento, transmissividade e permeabilidade, estas unidade estabelecem condições adequadas para o acumulo de água subterrânea e possibilidade de exploração plena. Estes dois aquíferos serão descritos individualmente em seguida:

Aquífero 1: Domínio flúvio lagunares

Este aquífero é formado por sedimento de idade pleistocênica de granulometria variando entre areia grossa a fina, com morfologia de dunas fixas e terraços litorâneos que se estendem ao longo da costa adentrando ao continente ao máximo de 6 quilometro. Constitui um importante aquífero local com grande quantidade de poços perfurados embora constem na base de dados oficial SIARGAS apenas 5 poços. As vazões chegam a 24 m³/h com poços de até 60 metros de profundidade.

A qualidade das águas é, via de regra, potável sendo utilizada basicamente para fins de consumo humano e algumas poucas captações para irrigação basicamente de coqueiros. A inexistência de estudos hidrogeológicos/hidroquimicos impede apresentação de dados firmes neste texto.

Aquífero 2: Domínio flúvio marinho eólico

Este aquífero é formado por sedimentos granulares variando de argila a areia média de idade cenozoica e geometria que estende por até 20 km em direção ao continente e largura de até 6 km. É um aquífero local de pequeno porte com capacidade limitada existindo um único poço na base de dados (poço Curica) com vazão de 4,71 m³/h.

Aquífero 3: Aquífero Formação Barreiras

Esta unidade é o maior e mais importante aquífero na área de estudo. A Formação Barreiras é uma cobertura sedimentar terrígena continental, de idade Pliocênica depositada por sistemas fluviais entrelaçados associados a leques aluviais. Durante o Quaternário, as fases de erosão que se seguiram à deposição desses sedimentos resultaram na dissecação da superfície pós-Barreiras em modelados residuais de topos planos e

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encostas íngremes, dos quais os denominados Tabuleiros Costeiros. Estes tabuleiros que no sul da Bahia formam falésias na região do Conde formam apenas os tabuleiros em função do movimento regressivo do oceano e do paleo relevo original.

Existem pouquíssimos estudos hidrogeológicos deste aquífero na região do Conde, porem uma grande quantidade de textos técnicos desta unidade em outras regiões do Brasil, haja vista ela ocorre ao longo de toda costa brasileira indo até o Uruguai. Por este motivo considerações genéricas ou transportadas de outra localidade não são validas para este contexto particular pois são vários os fatores que interferem na condição aquífera local (pluviosidade, paleo relevo, nível erosivo, comunicação entre aquíferos, etc.). O que se pode afirmar é que na região este aquífero é o principal manancial subterrâneo e sua água são de excelente qualidade para os fins de abastecimento humano e irrigação.

O SIRGAS possui o cadastro de 6 poços nesta unidade próximo à sede do Conde com vazões que vão de 6 a 14 m³/h. Existem vários poços não cadastrados na região cujos perfuradores/ proprietários informam vazões nesta ordem. Ao contrário do que se observa em outras regiões onde a formação Barreiras apresenta vazões superiores a 100 m³/h e espessura de até 150 m.

Em seguinte é apresentado um mapa com os limites da Bacia e com a plotagem das capacidades específicas médias dos poços em toda sua extensão. Observar que no litoral, mais precisamente no Conde temos uma baixa a densidade de poços; provavelmente pela boa pluviosidade local; e os poços existentes têm baixa capacidade específica com algumas exceções mais próximo ao litoral

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Figura 3: mapa de capacidade especifica dos poços tubulares na Bacia do Rio Itapicuru, Fonte: Purificação, Carlos, et ali, 2016, Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru/BA, como subsídio ao plano diretor de bacias.

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A carga hidráulica dos poços da bacia também é ilustrada no mapa seguinte onde as setas indicam o sentido da perda de energia mecânica do fluxo.

Figura 4: mapa com a carga hidráulica dos poços na Bacia do rio Itapicuru, fonte: Purificação, Carlos, et ali, 2016, Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru/BA, como subsídio ao plano diretor de bacias.

3. PARTE B: HIDROGRAFIA/HIDROLOGIA

Os dados de hidrografia/hidrologia contidos neste texto são um compilado de informações sobre a Bacia do Rio Itapicuru com ênfase em seu trecho do baixo Itapicuru. Estas informações são apresentadas e ao final faremos uma justificação da interferência ambiental no projeto da ponte entre o Conde e o Sitio do Conde objeto deste estudo. Estas informações estão disponíveis em diversos textos técnicos e periódicos, sendo a fonte fundamental os estudos de campo apresentados pela base de dados da RHN (Rede Hidrometeorológica Nacional) que disponibiliza as séries históricas: precipitação, níveis dos rios, descarga líquida, descarga sólida, qualidade da água, evaporação, dados climatológicos. Estas séries históricas, representam registros coletados, analisados e armazenados em banco de dados, sendo disponibilizados aos usuários pelo Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos (SNIRH), por intermédio da Agência Nacional de Águas (ANA), com acesso pelos seguintes links: www.snirh.gov.br/widroweb (acesso aos dados de estações de monitoramento convencionais); e www.snirh.gov.br/gestorpcd (acesso aos dados de estações de monitoramento telemétricas).

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Para o perfeito entendimento das variáveis é necessária uma completa caracterização ambiental no tocante aos aspectos hídricos superficiais em complemento aos aspectos hídricos subterrâneos já descritos na primeira parte deste texto. Assim passamos a descrever as suas características nos tópicos seguintes.

3.1 Clima

O clima na porção do baixo Itapicuru na classificação de Kooper é do tipo Am (tropical monçonico) quente e úmido, com médias térmicas elevadas e altos índices pluviométricos, distribuídos de forma regular ao longo do ano. A área encontra-se na zona intertropical com altos índices de radiação e com proximidade ao oceano o que favorece altas taxas de pluviosidade anual.

As informações contidas nas bases de dados CPTEC_INPE (2003) e EMBRAPA (2003) demonstram que a chuva é bem distribuída ao longo do ano, não havendo registro de meses secos (abaixo de 60 mm).Os índices pluviométricos anuais estão em torno 1.600 mm com maiores valores entre os meses de março e agosto, fenômeno decorrente do sistema climático frontal de origem sub- ártica.

Os valores médios mensais e anuais de temperatura para a região são de 23 a 25 °C com amplitude térmica anual entre 3 e 6°C. as taxas de insolação encontram-se normalmente acima de 2000 horas anuais, com pequenos decréscimos nos meses do outono e inverno; os índices de umidade relativa do ar estão sempre acima de 70%, na maior parte do ano sempre superiores a 80%(CPTEC-INPE, 2003). Anda segundo o (CPTEC-INPE, 2003) e Gonçalves 91991), cerca de 75 % dos ventos provêm do sentido NE-E-SE, sendo que deste percentual 18% são ventos NE e 47% ventos E, principalmente entre a primavera/verão e 35% de SE, normalmente no período outono/inverno.

Em seguinte apresentamos o gráfico com as isoietas pluviométricas para toda a bacia do Rio Itapicuru, onde podem ser observados os valores de 1600 mm para a região do Conde.

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Figura 5: mapa de pluviometria da bacia do Rio Itapicuru; Fonte: Purificação, Carlos, et ali, 2016, Hidrogeologia da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru/BA, como subsídio ao plano diretor de bacias.

3.2 Hidrografia O Rio Itapicuru nasce nos municípios de Antônio Gonçalves no Piemonte da

Chapada Diamantina, sob a denominação de Itapicuru-Açu, seu curso tem 470 Km até desaguar no Oceano Atlântico no município do Conde. Sua área de drenagem tem 36.506 km² e seu curso é perene em direção oeste-leste, transpondo 54 municípios baianos.

A Bacia do rio Itapicuru é limitada ao norte pelos RPGA’s do Rio Real e do Rio

Vaza Barris, a oeste pela Bacia do Rio São Francisco, a sul pelas Bacias do Rio Paraguaçu e do Rio Inhambupe.

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Figura 6: mapa de situação da Bacia do Rio Itapicuru Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

A sua Bacia Hidrográfica é formada por vários rios temporários e alguns perenes sendo os principais tributários os rios: Itapicuru Mirim, Itapicuru Açu, Rio do Peixe, Rio Cariacá, e Rio Quijingue. A rede hidrográfica do Rio Itapicuru é apresentada na figura 3, seguinte.

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Figura 7: delimitação da bacia do Rio Itapicuru Fonte: arquivo público INEMA, download

A tabela 2 apresenta um quadro síntese das principais características hidrológicas do Rio Itapicuru.

CARACTERÍSTICAS HIDROGRÁFICAS DO RIO ITAPICURU

NOME DA BACIA

ÁREA DE DRENAGEM (Km²)

ÁREA DO ESTADO (%)

VAZÃO ESPECÍFICA (l/s *Km²)

VAZÃO MÉDIA (m³/s)

DESCARGA DE BASE (m³/s)

Rio Itapicuru 36.505 6,5 0,761 27,57 3,96

Tabela 2: Dados básicos da bacia do Rio Itapicuru, Fonte: SRH, PERH-BA (Plano Estadual de Recursos Hídricos da Bahia)

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3.2.1 Hierarquia da drenagem A hierarquização da drenagem permite visualizar a maturidade da bacia e

identificação de ordem. neste texto compilado de: Novais, 2015 em XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Foi utilizada a metodologia de do Arthur N. Strahler (1952), na qual os canais menores que não recebem tributários são considerados de 1ª ordem; a confluência de dois canais de 1ª ordem configura um canal de 2ª ordem, a confluência de dois canais de 2ª ordem configura um canal de 3ª ordem que pode receber afluentes de 1ª e 2ª ordens; a confluência de dois canais de 3ª ordem configura um canal de 4ª ordem que pode receber tributários das três ordens inferiores a ele e, assim, sucessivamente, até alcançar a ordem do canal principal da bacia (CHRISTOFOLETTI, 1980).

Figura 8: mapa com hierarquização da drenagem da Bacia do Rio Itapicuru;

Fonte: Novais, Marcus, 2015, UNEB; Análise Espacial de Bacias Hidrográficas a partir de SIG: um estudo da Bacia, Anais XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto

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Com base nesta hierarquização de drenagem observamos que, a Densidade de drenagem (Dd) a partir da relação entre comprimento total (Lt) dos canais fluviais e área (A). O índice de circularidade (Ic) ou forma da bacia onde relacionamos a área (A) de um círculo cuja circunferência mediria a mesma dimensão que o perímetro da bacia (Ac), ele expressa a susceptibilidade as cheias quando se aproxima do valor 1.

O índice de compacidade (Kc) é a relação do perímetro da bacia hidrográfica e um círculo de igual área da bacia. Quando o índice se aproxima de 1, a bacia tende ao formato circular, o que indica maior propensão a cheias, ou seja, com baixo período de concentração de fluxo superficial. Quanto mais alongada a bacia, o valor deste índice aumenta.

Resultados obtidos com a caracterização geométrica da bacia Hidrográfica do Itapicuru Características físicas Dados (SRTM) Área de drenagem (km²) 36.166,53 Perímetro (km) 1.135,97 Densidade de drenagem (Dd) 0,18 Índice de circularidade (Ic) 0,35 Índice de compacidade 1,67

Tabela 3: base de dados da análise espacial da bacia hidrográfica do Itapicuru Fonte: modificado de Novais, Marcus, 2015, UNEB; Análise Espacial de Bacias Hidrográficas a partir de SIG: um estudo da Bacia, Anais XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto.

A Bacia do Itapicuru pode ser classificada como de baixa susceptibilidade a

enchentes em condições normais de precipitação, podemos constar pelo seu formato alongado, como também em virtude de ter constatado o valor de compacidade (Kc =1,67) apresentar-se afastado da unidade referência 1, como também o índice circularidade (Ic=0,35) exibir valor baixo, com menor possibilidade risco de enchente, embora o nível de vazão alta seja mais durável.

A Densidade de drenagem da bacia é variável potencialmente significativa, pois apresenta relação com clima, vegetação e litologia, além da relação direta com escoamento e transporte sedimentar. Em termos gerais, o índice de Densidade de Drenagem (Dd =0,18) está relacionado com as condições climáticas da área bacia.

Embora a análise espacial da bacia indique baixo rico de enchentes é necessário considerar as características hidrológicas, climáticas e geomorfológicas bastante diferenciadas ao longo da bacia. Em um artigo da professora Drª Suely Schwartz Pacheco Mestrinho, publicado do XV congresso Brasileiro de água subterrânea, separa os ambientes em 4 setores ou ambientes hidrológicos – AH diferenciados na bacia (Quadro 1), considerados relativamente homogêneos.

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Tabela 4: Tabela com as características dos principais setores da bacia do Rio Itapicuru Quadro 1. Características dos principais setores da Bacia do Rio Itapicuru

AH – I Setor Superior

AH – II Setor médio superior

AH – III Setor médio inferior

AH-IV Setor Inferior

Precipitação anual

727,61 mm 500,29 mm 682,27mm 1.182,71 mm

Área 11.968,97km² 10.106,57 km² 12.232,01 km² 2.131,45 km²

Ambiente hidrogeológico

Terrenos de alta declividade. A água das fraturas das rochas influencia na perenidade dos rios. Vários açudes e barragens.

Rochas cristalinas com discreta potencialidade hídrica. Águas mais salinas. Rios escoam no período de chuvas.

Solos que favorecem a infiltração. Rios são intermitentes. O potencial hídrico subterrâneo é alto.

Solos mais profundos. A maior taxa de precipitação assegura a perenidade dos rios de pequeno e médio porte.

Vulnerabilidade física

Alta e média. Risco de erosão.

Média. Alta pontualmente

Baixa. Média a Alta pontualmente

Alta Risco de inundação.

Fonte: Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

O balanço hídrico nos respectivos ambientes, calculado a partir dos dados de precipitação e evapotranspiração das estações meteorológicas, confirma a condição de déficit hídrico associada aos ambientes hidrológicos I e II. Na faixa litorânea a precipitação média anual alcança índices entre 1000-1400 mm, que na região semi-árida são inferiores a 700 mm. A potencialidade hídrica superficial é considerada baixa (0,76 l/s/km2). Nos ambientes AH-I e II ocorrem aquíferos fissurais livres associados às rochas cristalinas, com baixa capacidade de armazenamento, ao contrário dos trechos médio inferior e baixo onde aquíferos granulares das rochas sedimentares exibem maior potencialidade hídrica.

3.2.2 Disponibilidades Hídricas superficiais A variabilidade das condições hidrológicas é um processo pode ser analisada

estatisticamente no tempo e no espaço, e decorre da combinação de vários fatores, tais como: precipitação, evapotranspiração, radiação solar, relevo, geologia, geomorfologia, solos, cobertura vegetal e uso do solo, ações antrópicas sobre o sistema fluvial. No AH-I, com maior pluviometria, os tipos de solo e vegetação ajudam na retenção de água promovendo o aumento das vazões específicas que permanecem mais tempo, mesmo que ocorra alguma intermitência no escoamento.

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No AH-II, a área mais seca da bacia, os rios são intermitentes e por longos períodos apresentam-se com vazões nulas. No AH-IV os elevados índices pluviométricos do clima semi-úmido e o aporte dos sistemas aquífero influentes mantêm o escoamento superficial durante o ano.

A disponibilidade hídrica máxima, avaliada pela vazão média nos postos fluviométricos, registra valores em torno de 5,2 l/s.km². A maior produção da bacia encontra-se no AH-I, no entorno das nascentes do Rio Itapicuru Açu e a menor (0,1 a 1,38 l/s.km²) nos AH-III e IV.

A disponibilidade natural média na bacia, sem a influência da oferta hídrica dos reservatórios e interpretada a partir da vazão na foz, vem decrescendo cerca de 10 a 12% ao ano, nos últimos 20 anos (Quadro 2; Figura 2). Com o crescimento populacional na bacia, há probabilidade da disponibilidade natural média per capita na bacia diminuir de 765,4 m³/hab/ano para 610,1 m³/hab/ano entre os anos de 2000 a 2015.

Com base nos reservatórios com acumulação igual ou superior a 500.000 m³ (Quadro 3), o volume total acumulado, calculado por Ambiente Hidrológico, é de 429.724.085 m³. Este volume representa aproximadamente 50% do volume anual médio gerado na bacia do Itapicuru. Não há registro de reservatórios relevantes no AH-IV, em consequência do pequeno porte dos rios e da baixa taxa de precipitação. No AH-III a capacidade total representa 9% do volume anual médio gerado, considerando a área de contribuição (254.228.340 m³), mas a região possui bom potencial hídrico subterrâneo.

O AH-II detém a maior capacidade de acumulação, representando 92,4% do total da bacia, e a capacidade total de acumulação supera em 2% o volume médio anual gerado em sua área (390.346.476 m³). As condições físicas apresentadas neste ambiente são propícias à implantação de barragens em função das condições hidrológicas, chuva e escoamento, favorecidas pelo AH-I que tem pequena capacidade de acumulação.

O volume anual de 16% gerado na área (63.290.124 m3) do AH-I é influenciado pelas altas declividades da região e que inviabilizam a construção de barragens.

Tabela 5: Disponibilidade natural média de água per capita na bacia do rio Itapicuru

Quadro 2. Disponibilidade natural média de água per capita na bacia do rio Itapicuru.

DADOS 1980 1991 2000 2010 2015 POPULAÇÃO (habitantes)

963.652 1.186.331 1.332.480 1.277.929 1.304.691

VAZÃO (m³/s)

37,7 33,3 29,9 28,7 25,2

MEDIA PER CAPTA (m³/h *ano)

1.235,0 886,1 765,4 707,8 610,1

Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

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Projeção da disponibilidade natural média de água per capta na bacia do Rio Itapicuru em m³/hab*ano (1980 a 2015)

Figura 9: histograma com a projeção de disponibilidades hídricas per capta, período 1980-2015, Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

Quadro 3. Total de reservatório com capacidade de acumulação igual ou superior a 500.000 m3.

Figura 10: quadro com o total de reservatórios com capacidade de acumulação superior a 500.000 m³, por ambiente hidrológico; Fonte: Mestrinho, Suely, 2006 in Diagnóstico ambiental associado à qualidade dos recursos hídricos na Bacia do Rio Itapicuru, estado da Bahia, Brasil.

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3.3 Fluviometria

Observando a medição de vazão, é um processo caro, o que impede medições de vazão muito frequentes, sobretudo para o escopo deste trabalho. Normalmente a medição de vazão em rios exige uma equipe de técnicos qualificados e equipamentos como molinete, guincho e barcos. Em função disso, as medições de vazão são realizadas com o objetivo de determinar a relação entre o nível da água do rio em uma seção e a sua vazão. Esta relação entre o nível (ou cota) e a vazão é denominada a curva-chave de uma seção. Com a curva-chave é possível transformar medições diárias de cota, que são relativamente baratas, em medições diárias de vazão. Para gerar uma curva-chave representativa é necessário medir a vazão do rio em situações de vazões baixas, médias e altas.

Embora a rede http://www.snirh.gov.br/gestorpcd/Mapa.aspx, disponibiliza dados hidrológicos dos principais rios brasileiros a estação de medição referência para a escala do nosso trabalho , estação 50595000 (Usina Altamira), não dispõe da série histórica decenal. Por este utilizamos os estudos feitos na estação 5046500 (Estação Queimadas), e as interpretações apresentadas no IV Congresso baiano de Engenharia Sanitária e ambiental, no texto de Marques, et al, 2016, Avaliação do Traçado e Extrapolação de curva-chave da estação fluviométrica 50465000 (Estação Queimadas) e o somatório das estações 5038000(Estação Ponto Novo) e 5043000 (Estação Pedras Altas) e posteriormente com a estação 50595000 (Estação Usina Altamira). Neste trabalho o autor faz um trabalho estatístico com as séries históricas das três estações gerando a curva chave para o rio.

Figura 11: histogramas para tratamento de curva chave com dados de 3 estações fluviométricas

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Na figura 4 o autor observa que na maior parte do tempo as vazões somadas das estações 50380000 e 50430000 são maiores que na estação 50465000 indicando consistência de dados.

Tabela 6: Curva chave ajustada para o rio Itapicuru

Na tabela 3 o autor conclui que o ajuste estatístico da curva chave para a estação 5046500 são aceitáveis para um desvio padrão de +/- 10 conforme indicado pela CPRM.

O resultado deste estudo é a extrapolação da curva chave para período posterior a 2005.

4. Correlações Ambientais

4.1 Riscos ambientais incidentes sobre o projeto da ponte

Considerando que a ponte é uma intervenção fundamental para cidade e permitira a ligação de duas áreas urbanas importantes para o município a previsão dos seus riscos

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ambientais que se refletem na sua efetiva utilização ao longo de todo o ano hidrológico (ciclo vazante/cheia/vazante) compreende o entendimento dos efeitos destes ciclos e a determinação das zonas de inundação de forma que o seu acesso seja pleno ao longo do tempo.

Todas as informações apresentadas, referentes à hidrogeologia e a hidrografia, estabelecem correlações simples relacionadas com o escoamento superficial a natureza geologia dos terrenos e posição geográfica da intervenção. Desta forma passamos a apresentar os riscos e eventuais ações mitigatórias.

4.2 Riscos de inundações A Imagem seguinte contem a locação do projeto da ponte e apresenta um perfil de

relevo desde a Estrada do Coco (rodovia BA-099) e a praia do Conde. É possível observar neste perfil que a ponte está implantada na cota 12m (doze metros) porem a 7m (sete metros) a montante, em sentido a linha de costa ocorre um conjunto de dunas fixas na cota 13 m (treze metros). Esta condição geográfica coloca a cidade do Conde dentro de uma bacia estuarina influenciada pelo escoamento superficial da drenagem e pelo fenômeno dos mares.

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Figura 12; imagem de satélite com perfil longitudinal entre a ponte a linha de costa

Fonte: Google Earth, imagem obtida em 11/02/2019

A conjunção de aumento da vazão com mares máximas (marés de sizígias) pode interferir na drenagem do estuário fazendo aumentar o nível das águas em seu interior gerando inundações. Outro fato agravante são os inúmeros bancos de areia existentes no curso do Rio que geram assoreamento diminuição da velocidade de vazão, espraiamento do fluxo a aumenta da carga sólida depositada.

A figura 9 ilustra o acumulo de sedimento arenoso na calha do Rio Itapicuru na proximidade do local onde será construída a ponte. A dinâmica fluvial é muito influenciada pelos bancos de areia uma vez que eles sendo resultante de processos erosivos a montante transportam carga sedimentar para a calha e com a diminuição da energia da vazão depositam-se nas margens e em zonas de menos energia. O processo é contínuo e com a progressão o rio se espraia e a agua invade as margens de forma que no período de enchente a várzea passa a ocupar uma área maior em relação à várzea original.

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Figura 13: identificação de bancos de areia na calha do rio

Fonte: Google Earth, imagem obtida em 11/02/2019

Tudo isto somado a porção do baixo Itapicuru no município do Conde, existe um grande potencial de inundações decorrente de fatores naturais potencializados pelos fatores antrópicos. A recente inundação que atingiu o município permitiu a realização de um estudo técnico cujos trechos são apresentados em seguinte e ao final apresenta uma listagem de fatores antrópicos que se mitigados podem reduzir bastante os efeitos deste fenômeno natural.

No mês de março de 2016, ocorreu uma grande inundação no município do Conde. As fortes chuvas ocorridas aquela data ocasionaram estado de calamidade publica o que gerou assistência técnica do Serviço Geológico Nacional por meio do seu agente da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais). Foi efetuado um trabalho técnico de avaliação coordenado por uma equipe técnica da Superintendência de Salvador que culminou em um relatório diagnóstico com título: Ação para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa. Este trabalho diagnóstico conclui que a calamidade foi agravada pelos seguintes fatores intervenientes:

1. Ausência de sistemas de esgotamento sanitário;

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2. Descuido com o lixo e entulho; 3. Ausência de sistemas de escoamento das águas superficiais (da chuva) e servidas

(uso doméstico). 4. Não há um Plano de Contingência para os casos de chuvas extremas nas

cabeceiras (montante do rio); 5. Planejamento urbano na abertura de novos loteamentos; 6. Orientação técnica de geólogo, engenheiro ou outros profissionais habilitados

quanto ao tipo de intervenção correta nas áreas já ocupadas, com o intuito de minimizar futuros danos e evitar a produção sequenciada de situações de risco.

Este relatório apresentou algumas fotos e imagens que ilustram a extensão da inundação que são copiados aqui.

Figura 14: Imagem com delimitação de zona inundada em 2016, Conde-Ba Fonte: Martin, Violeta et ali, CPRM, 2016, MME, in Ação para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa, Conde – Bahia

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Figura 15; imagem com delimitação da zona inundada em 2016, Conde-BA

Fonte: Martin, Violeta; et ali, CPRM, 2016, MME, in Ação para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa, Conde – Bahia

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Figura 16: imagens com delimitação de area inundada, Conde/BA, 2016 Fonte: Martin, Violeta et ali, CPRM, 2016, MME, in Ação para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa, Conde – Bahia.

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4.2.1 Uma alternativa para diminuição dos efeitos das inundações

As máximas de vazão são inerentes a qualquer bacia de drenagem e podem gerar inundações de grande amplitude geográfica. No caso particular do Rio Itapicuru a ocupação urbana descontrolada e o desmatamento ao longo da sua mata ciliar nesta porção do rio geraram um intenso assoreamento, como consequência a calha do rio ficou menos profunda, o que se pode constatar no relato fotográfico seguinte de áreas do rio no entorno da sede do município.

Foto 2: desmatamento, lixo e entulhos na zono de mata ciliar.

Fonte: fotografia em 07/02/2019

Foto 3: lixo e banco de areia na margem do rio Itapicuru na porção urbana do Conde

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Fonte: fotografia em 07/02/2019

Foto 4: bancos de areia na margem do Rio Itapicuru próximo a infraestrutura da nova ponte

Fonte: fotografia em 07/02/2019

Foto 5: bancos de areia na calha central do Rio Itapicuru próximo ao pilar da ponte

Fonte: fotografia em 07/02/2019

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Considerando a efetivação de um programa de melhorias na infraestrutura nos tópicos apontados pelo estudo da CPRM; seria importante também acrescentar um programa de dragagem e desassoreamento permanente da calha do rio; iniciando pela zona de inundação associado a um trabalho paralelo de recomposição da mata ciliar.

5. Referências Bibliográficas:

1. ESQUIVEL, M.S. A zona costeira dos municípios do Litoral Norte e entorno da Baía de Todos os Santos – Estado da Bahia: Implicações para a gestão ambiental. Tese de Doutorado, 2016. 141p.

2. DIAS, K.A.; ESPINHEIRA, A.R.L ; MARTINS, V.S. Modelagem geológica e geomorfológica da região de Porto de Sauípe, Mata de São João – BA, 2014, 16p.

3. AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (Brasil) (ANA). In: Hidroweb –Sistema de

Informações Hidrológicas. Disponível em: <http://hidroweb.ana.gov.br/HidroWeb>. Acesso em: 10 fevereiro, 2019.BAHIA.

4. Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado da Bahia -PERH. Relatório

síntese, Rel. Téc., Superintendência de Recursos Hídricos do Estado da Bahia, Salvador-Bahia. 2004; JACCON, G.; CUDO, K.J. (1989).

5. Curva-chave: análise e traçado, Brasília, DNAEE.RODRIGUES, N. C.;

MARQUES; T. D.; SOUSA A. S. Estudo De Curva-Chave Para Definição De Vazão Do Rio Itapicuru-Mirim (BA). In Anais do XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, Natal –Rio Grande do Norte, 04 a 07 de novembro de 2014.SEFIONE, A. L. (2002).

6. Estudo Comparativo de Métodos de Extrapolação Superior de Curvas-Chave.

Dissertação (Mestrado) –Instituto de Pesquisas Hidráulicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.TUCCI, M. C. E. Hidrologia: Ciência e Aplicação. Porto Alegre: UFRGS/ABRH, 4ª Edição, 2007SANTOS, I.; FILL, H.D.; SUGAI, M.R.V.; BUBA, H.; KISHI, R.T.; MARONE, E.; LAUTERT, L.F.C. Hidrometria Aplicada. Curitiba -Pr: Lactec, 2001.

7. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ASSOCIADO À QUALIDADE DOS

RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA DO RIO ITAPICURU, ESTADO DA

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BAHIA, BRASIL; XV Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas Mestrinho, Suely Schuartz Pacheco; 2015.

8. Ação para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes,

Inundações e Movimentos de Massa Conde – Bahia; MNE, CPRM; Departamento de Gestão Territorial – DEGET; Martins, Violeta de Souza; Dias, Rubens Pereira, 2016.

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Rua Alceu Amoroso Lima, 786 – Sala 312 – Caminho das Árvores – Tels.: +55 (71) 2626-5246 / 99179-3387

e-mail: [email protected] – 41820-770 – Salvador-Bahia

Fluviometria - Inicialmente, selecionamos as últimas 4 estações, sentido montante-jusante,

para validação dos dados medidos (amanhã enviarei do escritório um mapa de localização). As

condições fluviométricas deste rio são peculiares! Os dados indicam uma diminuição (!) das vazões

à medida que chegamos próximo à nossa ponte. Tudo indica que as chuvas na cabeceira do rio

ocorrem de maneira desassociada das chuvas no litoral e, com isso, os picos das vazões com

origem na cabeceira são amortecidos ao longo do traçado do rio. O gráfico a seguir mostra as

vazões máxima anuais das estações selecionadas. Elas estão ordenadas por distância. Por

exemplo, a estação 50520000 está mais distante da nossa área que a 50540000 e assim por diante.

A estação 5059500 é a estação mais próxima da nossa ponte, bem ao lado da ponte existente da

Linha Verde.

As vazões para TR de 100 anos caem desta forma: 5052000 = 1.701 m³/s, 50540000 = 1.547 m³/s,

5059000= 1.500 m³/s e 5459500 = 1.088 m³/s. A posição da Trento é adotar a vazão de 1.500

m³/s. Estaríamos "cobertos" do ponto de vista metodológico se utilizássemos a estação 5059500

com seus 1.088 m3/s, mas julgamos mais seguro trabalharmos com a vazão da estação 50590000.

Hidráulica - Fizemos a modelagem hidráulica do rio Itapicuru com o HEC-RAS. Atenção! O R.N. do

projeto básico da ponte fornecido não está compatível com a topografia fornecida. Para contornar

esta questão usamos a informação de que a cota inferior da nova ponte (considerando as vigas) foi

definida como sendo 1.20 metros mais alta que a cota inferior da ponte existente (também

considerando as vigas). Como a ponte existente tem viga com cota inferior igual a 6.89, entendemos

então que a cota inferior da nova ponte é igual a 8.09. Cuidado, fizemos uma montagem do projeto

em PDF com a seção topográfica e vimos que a seção do rio está bem diferente daquela mostrada

no PDF.

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e-mail: [email protected] – 41820-770 – Salvador-Bahia

Hidráulica - Nossa modelagem indica que, conforme nossos critérios de modelagem, a cota de

inundação para TR de 100 anos oscila entre 6.80 e 7.00 metros. As medidas de Sérgio (Aliar)

indicam uma cota histórica de 6.36 metros. Os resultados são coerentes uma vez que estamos

trabalhando com muitas incertezas: condições de contorno, definição da vazão de projeto, definição

dos coeficientes de rugosidade do canal, identificação da cota histórica e entender a que TR ela

está relacionada (em tese uma chuva de 100 anos pode não ter sido medida, uma vez que temos

55 anos de medições). Acho prudente adotarmos como referência a cota de inundação igual a

7.00. Como, conforme nosso entendimento, a cota inferior da nova ponte é igual a 8.09, então os

critérios do DNIT estão sendo obedecidos. Finalmente, importante observar que as cotas do

terreno nas extremidades da ponte são variáveis. A cota de um lado é aproximadamente igual a

8.50 m e a cota do outro lado é aproximadamente igual a 5.50 m. Tive que simular um aterro para

a construção de uma via rampada para o acesso da ponte projetada.

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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E PARECER TÉCNICO AMBIENTAL Nº2019-011

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INDEXADO(S)A(S) PROCESSO(S) Nº(S): 20181025.01

Data da Vistoria: 28/02/2019.

Inicio: 09hs00min Termino: 15hs00min.

1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO/ EMPREENDEDOR

Razão social ou Nome: Município de Conde

CNPJ/CPF: 14.126.692/0001-23 Endereço (Rua, Av. Rod. etc):

PC PROF ALTAMIRANDO REQUIÃO, 27 Complemento: CASA

Bairro: Centro

Telefone Comercial e/ou celular: Município: CONDE - BA CEP.: 48.300000

2 LOCALIZAÇÃO DA VISTORIA End. Rua do Sobrado, s/n, Centro, Conde Cep: 48.300-000

Ponto de referência: Sirgas2000UTM24 Sul

Cais do Rio Itapicuru 650693.00 m E 8693956.00 m N

3 REPRESENTANTE(S) DA EMPRESA DURANTE A VISTORIA

Nome:

CPF:

Telefone:

Função: E-mail:

4 OBJETIVO DA VISTORIA ( )Fiscalização de Rotina ( )Denúncia ( ) Outros:

(x)Operação Programada ( )Demanda Judicial

5 OUTRAS INFORMAÇÕES

Recursos Hídricos

Rio Itapicuru

Bacia Hidrográfica

Rio Itapicuru

Unidade de Conservação

( ) Não

( x ) Sim: APA LITORAL NORTE DA BAHIA

Zona: ZAG e ZUD

5.1 HISTÓRICO DO PROCESSO Itens Evento Data Órgão 01 Abertura do processo de Licença Prévia 25/10/2018 SEMMADE 02 Recebimento de ofício de solicitação de isenção de taxa 25/10/2018 SEMMADE 03 Emissão de Isenção de Taxa 25/10/2018 SEMMADE

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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E PARECER TÉCNICO AMBIENTAL Nº2019-011

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04 Vistoria e Parecer Técnico Ambiental/FAVORÁVEL 25/10/2018 SEMMADE 05 Reunião do Conselho de Meio Ambiente/APROVADO 26/10/2018 CONDEMA 06 Emissão de licença Prévia 30/10/2018 SEMMADE 5.1.2 Condicionantes da Licença Anterior itens Descrição dos Condicionantes Status Ações 01 1º. Aprova a Localização da Ponte em concreto armado pré-moldado,

medindo 211 m de extensão longitudinal, por 9,25 m de seção transversal, sendo 1,20 m para pedestres, e cota de 11,81 m, bem como a pavimentação das Ruas 01, 02, Rua da Lama, e Rua do Cais, somando 9.773,76 m².

Atendido Sem ações

02 2° Realizar o Estudo Ambiental para Atividade de Pequeno Impacto, e demais planos ambientais conforme análise prévia;

Atendido Sem ações

03 3° Executar a remoção e limpeza imediata dos resíduos sólidos domésticos na área de localização do projeto da Ponte, em um prazo de 60 dias;

Não Atendido

Aplicar advertência para cumprimento da ação em um prazo de 30 dias

04 4° Não instalar o Projeto sem a devida Licença de Instalação; Atendido Sem ações 05 5° Essa Licença de Localização não deverá ter prazo superior a 1 ano,

contados a partir da data de sua emissão; Atendido Sem ações

06 6° Em caso descumprimento de quaisquer das condicionantes acima estabelecidas, ou havendo a constatação posterior de falsa informação, o respectivo documento deverá ser cancelado.

Não Atendido

Emitir advertência para cumprimento da ação em um prazo de 30 dias

07 7° Renovação: Requerer a renovação da Licença Ambiental com antecedência de 90 dias do seu prazo de validade.

Atendido Sem ações

6 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

6.1 Processo produtivo/funcionamento

A proposta do projeto trata da instalação de uma Ponte sobre o Rio Itapicuru, e a

complementação da pavimentação das Ruas 01, 02, Rua da Lama, e Rua do Cais, bem como o seu

canteiro de obras. Vide projeto anexo. A finalidade da obra é ampliar o sistema viário da Cidade

de Conde - BA, ligando a Sede do Município á localidade de Vila do Conde. O investimento

inicial declarado do projeto foi de R$ 8.130.000,00 (oito milhões cento e trinta mil).

A Ponte será construída em concreto armado pré-moldado, e possuirá extensão

longitudinal de 211 m, por 9,25 m de seção transversal, sendo 1,20 m para pedestres, e cota de

11,80 m. O projeto de pavimentação das ruas indica que 3.300 m² receberão pavimento em

paralelepípedo, e 14.682,33 m² receberão Tratamento Superficial Duplo (TSD), além da

implantação de meio-fio e passeio. Toda proposta de intervenção direta possui uma área de

27.804,78 m². Além disso, uma área de aproximadamente 3.090.51 m² que compreende o pátio

da Secretaria de Obras, será utilizado como canteiro para a obra da Ponte.

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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E PARECER TÉCNICO AMBIENTAL Nº2019-011

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Figura 01 – Projeto Viário Fonte: Prefeitura Municipal de Conde

O local do projeto compreende o trecho de terra denominado Queiroz, próximo ao

cais, na Zona Urbana do Município, sobre uma estrutura viária já existente, construída nos

anos 1990 pelo Departamento de Estradas e Rodagens da Bahia (DERBA), por ocasião da

abertura da Rodovia BA 099 – Linha.

Por tanto tal projeto faz parte do Grupo F1: Infraestrutura de Transporte, 1.1

Complexo viário, Pontes e afins, possui peque porte e alto potencial poluidor, classe 4. Assim

Avaliação de Impacto Ambiental - AIA apresentada pelo empreendedor, para o processo de

licenciamento Ambiental dar-se-á por Estudo Ambiental para Atividades de Médio Impacto –

EMI.

6.1.1 Infraestrutura

São relacionados os aspectos do projeto no tocante a infraestrutura existente e, que

propõe ser instalada.

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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO E PARECER TÉCNICO AMBIENTAL Nº2019-011

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6.1.2 Rede de Energia Elétrica

O local é atendido por serviço de energia elétrica, fornecido pela Companhia de

Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). A rede de energia elétrica se estende pela Rua

da Lama até a Secretaria de Obras, local que será utilizado como canteiro de obras. Em

projeto não há a previsão da interrupção do fornecimento deste serviço, assim verifica que

não haverá transtornos neste quesito.

6.1.3 Construção predial

Devido a extensão do projeto, as obras de intervenções se aproximarão de

algumas unidades residenciais, bem como a estabelecimentos comerciais e de serviços.

Entretanto, por não haver uma necessidade específica, o projeto não prevê a

remoção de qualquer construção residencial no local, pois a obra será assentada em estruturas

já presentes, e utilizará vias de acesso já estabelecidas no local, com a exceção da Rua 01 que

ainda será criada.

No local de influência direta da ponte, se encontra antigos blocos em concreto

armado, quais foram construídos para a instalação de uma ponte, onde passaria a Rodovia BA

099. Conforme projeto, tais estruturas serão restauradas e utilizadas como fundações da ponte.

Figura 02 – Residências Confrontantes com a Rua 02 do Projeto (Vista Note) Fonte: Vistoria.

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Figura 03 – Residências Confrontantes com a Rua 02 do Projeto (Vista Sul) Fonte: Vistoria.

Figura 04 – Bloco de Ancoragem para Ponte Fonte: Vistoria.

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Figura 05 – Base de Bloco de Ancoragem Fonte: Vistoria.

6.1.4 Estradas

O projeto tem como principal função, a ligação da Rodovia BA233, na Sede de

Conde – BA, e a Avenida Cinquentenário, no Bairro de Vila do Conde, no mesmo

Município. A BA233 possui pavimento asfáltico, já a Av Cinquentenário é calçada por

paralelepípedos.

São partes do projeto, a redefinição da Rua da Lama (189,24 m x 7 m e 1,5 m

de passeio de cada lado), Rua do Cais (130,74 m x 7 m e 1,5 m de passeio de cada lado),

Rua 02 (146,74 x 7 m e 1,5 m de passeio de cada lado), que liga a ponte a Av.

Cinquentenário, e a projeção da Rua 01 (543,79 m x 27 m, e 1,5 m de passeio de cada lado)

que transpassará as terras de Sofia Brovco (Fazenda Murici), e terras dos herdeiros de

Elmir.Fernandes de Aguiar.

Registras que as vias citadas, atualmente não oferecem qualquer pavimentação,

que essa benfeitoria virá na ocasião da instalação da Ponte. Devido à ocorrência de

propriedades particulares no local do projeto, as vias Rua 02 e 01 necessitarão de Decreto

de desapropriação ou semelhante, para que possam ser feitas as intervenções.

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Registra que pela natureza do projeto, as vias que sofrerão intervenção direta,

ficarão temporariamente interditadas para o tráfego. Sugere, por tanto, a abertura de vias

alternativa para acesso temporário das pessoas, e que os trechos de intervenção sejam

sinalizados.

Figura 06 – Av. Cinquentenário Fonte: Vistoria.

Figura 07 – Ruas 02 (Ligação da Ponte com a Av. Cinquentenário) Fonte: Vistoria.

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Figura 08 – Ruas da Lama Fonte: Vistoria.

Figura 09 – Ruas da Lama Fonte: Vistoria.

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Figura 10 – Ruas do Cais Fonte: Vistoria.

Figura 11 – Terras de Sofia Brovco (Fazenda Murici) Fonte: Vistoria.

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Figura 12 – Terras dos Herdeiros de Elmir.Fernandes de Aguiar Fonte: Vistoria.

Figura 13 – Terras dos Herdeiros de Elmir.Fernandes de Aguiar Fonte: Vistoria.

6.1.5 Pontes

No trecho do Rio Itapicuru, na Sede da Cidade, já existe uma Passarela de

pedestres e motocicletas. Entretanto as duas localidades, Conde e Vila do Conde, continuam

sem ligação por via interna que comporte o tráfego de carros e caminhões, cujo trajeto é feito

pela BA 099, por um trecho de aproximadamente 8 km.

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Neste ponto de vista de mobilidade urbana, o projeto apresenta vantagens para o

Município, favorecendo o tráfego interno e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Diante da proposta do projeto, verifica que este equipamento não sofrerá

intervenções, permanecendo ao modo em que se encontra.

Figura 14 – Ponte Já Existente Próximo ao Local Fonte: Vistoria.

6.1.6 Cercas, muros: Local aberto sem muros ou cercas.

Na margem Norte do Rio Itapicuru, no trecho da intervenção da Rua 02 ocorre a

presença de cercas e muros, que margeiam esta via. Ressalva que a cerca que delimita a

propriedade confrontante da via de acesso, necessitará ser removida, e uma faixa de terra

medindo 2 – 3 m (transversal) x 146,74 m (longitudinal) será desapropriada.

O processo de desapropriação, dessa área, deverá ser feito anteriormente às

instalações da Ponte ao ponto citado.

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Figura 15 – Cercas e Muros Fonte: Vistoria.

6.1.7 Poço artesiano: Não identificado à presença poço artesiano no local.

6.1.8 Tanques: Não identificado à presença tanque no local.

6.1.9 Gasoduto: Não identificados Gasoduto ou similares.

6.1.10 Oleodutos: Não identificados Oleodutos ou similares.

6.1.11 Rede de drenagem pluvial

Verificou que o local não dispõe de rede de drenagem pluvial. Toda via, este

equipamento urbano é de extrema importância para o local, pois o trecho de terra da

margem Sul do Rio Itapicuru, denominado linha de passagem de inundação, sofre com

esse fenômeno natural temporário, e em períodos chuvosos, o terreno com topografia

rebaixada, permanece alagado. Por esse motivo, requer que o projeto proposto contemple

também obras de drenagem pluvial.

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Figura 16 – Linha de Passagem de Inundação (vista Oeste) Fonte: Vistoria.

Figura 17 – Linha de Passagem de Inundação (vista Leste) Fonte: Vistoria.

6.1.12 Rede de esgotamento sanitário

Recentemente, a Empresa Baiana de Água e Saneamento (EMBASA) instalou

na Sede de Conde, e em Vila do Conde, uma rede de esgotamento sanitário, e está presente

na área do projeto.

Parte da rede de esgoto sanitário está sob passeio, e a outra parte situada no

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centro da via projetada Rua 01. Conforme documentação técnica, esse sistema será

incorporado ao projeto e não sofrerá danos.

Por essa razão não está previsto modificações na rede de esgotamento sanitário

presente na área do projeto.

Figura 18 – Ponto de Visita da Rede de Esgotamento Sanitário da Embasa (Centro da Via) Fonte: Vistoria.

Figura 19 – Ponto de Visita da Rede de Esgotamento Sanitário da Embasa (Sob Passeio) Fonte: Vistoria.

6.1.13 Rede de abastecimento de água tratada

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O projeto está inserido em área urbana, e o local é abastecido pela rede

pública de água tratada.

O serviço é oferecido pela Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A

(MBASA), responsável pela coleta, tratamento, e abastecimento das residências,

comercio e indústria.

Analisado o projeto proposto, verificou que não há previsão de

interrupção destes serviços durante ou após as instalações da obra.

6.1.14 Rede de telecomunicação

O local é coberto por rede de telefonia fixa e móvel particular. Normalmente

os cabos de transmissão de dados ficam suspensos em postes de energia elétrica. E neste

caso, conforme projeto proposto, assim como os demais serviços, este serviço de telefonia

não será afetado pelas obras.

6.1.15 Gestão de Resíduos Sólidos e Efluentes

Em linhas gerais uma obra Civil gera aproximadamente 100 kg/m² de resíduos

sólidos, estes Resíduos da Construção Civil devem possuir manejo e destino adequado, pois,

em determinado casos, provocam impactos permanentes ao meio ambiente.

Conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil apresentado,

depois de segregados em containers, os RSCC serão reutilizados na obra, e o material

reciclável será enviado ao Aterro Sanitário.

Em vistoria, notou a ocorrência de resíduos sólidos disposto irregularmente no

solo, cujo passivo foi condicionado em Licença Prévia, para que fosse corrigido em tempo

determinado, pois sua permanência implica em riscos de contaminação do solo, e dos recursos

hídricos.

Por esta razão requer a aplicação de advertência a Prefeitura do Município de

Conde, para a correção do passivo ambiental, mediante a limpeza do local.

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Figura 20 – Disposição Irregular de Resíduos Sólidos (vistoria em 25/10/2018) Fonte: Vistoria.

Figura 21 – Disposição Irregular de Resíduos Sólidos (vistoria em 25/10/2018) Fonte: Vistoria.

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Figura 22 – Disposição Irregular de Resíduos Sólidos (vistoria atual) Fonte: Vistoria.

Figura 23 – Disposição Irregular de Resíduos Sólidos (vistoria atual) Fonte: Vistoria.

6.1.16 Segurança

No tocante aos aspectos de segurança, duas linhas podem ser discutidas:

Sinalização da Obra; e Segurança Estrutural da Obra propriamente dita.

Como estes aspectos não são discutidos diretamente em processo de

licenciamento ambiental, estas atribuições, geralmente, são direcionadas para outros Órgãos

Competentes, sendo o CREA e Ministério do Trabalho e, DENIT, pois detem normas e corpo

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técnico especializado.

Por essa razão, além de solicitar a análise e aprovação técnica do Projeto por um

profissional da área de Construção Civil, antes da instalação da Ponte, exige que os

responsáveis técnicos pela Execução da obra, retirem a sua ART junto ao CREA/BA. Além

disso, se faz necessária que instalem a correta sinalização horizontal e Vertical obrigatória,

conforme NR 26 / 18, DENIT, ou mais adequada.

7 ASPECTOS BIÓTICOS

Os dados apresentados neste tópico resumem a metodologia e, os resultados

obtidos pela AIA apresentado pelo requerente do processo, assim descreve os impactos

ambientais esperados.

Conforme AIA apresentado, para a avaliação da Fauna local e demais aspectos

biológicos, como área de estudo delimitou um trecho de 49.087, 36 m² (raio de 250 m), como

fonte de dados utilizou bibliografia especializada, bem como entrevista com a comunidade

local, e realizou coletas de dados primários durante os dias 15 a 18 de fevereiro de 2019.

7.1Fauna

Conforme estudos apresentados, na área de influencia do empreendimento, foram

encontradas espécies representantes das mastofauna, avifauna, vertebrados e invertebrados

aquáticos e, herpetofauna. Onde algumas destas espécies aparecem com status de ameaçados,

segue relação:

Quadro 01 – Fauna Levantada

Mastofauna

Nome científico Nome

Comum

Status de

Conservação

Callithrix sp. Sagui Não ameaçado

Didelphis sp. Gambá Não ameaçado

Avifauna

Nome científico Nome

Comum

Status de

Conservação

Leptotila verreauxi Juriti Não ameaçado

Crypturellus Nambú Vulnerável

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parvirostris

Turdus rufiventris Sabiá

Sporophila

nigricollis

Papa Capim Vulnerável

Crotophaga ani Anu Não ameaçado

Vertebrados e Invertebrados Aquáticos

Nome científico Nome

Comum

Status de

Conservação

Hoplias

malabaricus

Traíra Não ameaçado

Serrasalmus

marginatus

Piranha

Branca

Não ameaçado

Macrobrachium

acanthurus

Camarão -

Canela

Não ameaçado

Macrobrachium

oifersil

Camarão

Aratanha

Não ameaçado

Herpetofauna

Nome científico Nome

Comum

Status de

Conservação

Botrops jararaca Jararaca Não ameaçado

Lampropelts

triangulum

Falsa coral Não ameaçado

Tupinambis

merianae

Teiú Vulnerável

Iguana iguana Iguana Vulnerável

Lacerta bilineata Lagarto

verde

Não ameaçado

Hypsiboas

albornaginatus

Perereca

Verde

Não ameaçado

Rhinella jimi Sapo Cururu Não ameaçado

Leptodactylus

vastus

Râ pimenta Não ameaçado

Fonte: Acmon Engenharia, 2019.

Devido à natureza do projeto, durante a sua fase de instalação tais espécies serão

diretamente afetadas, serão afugentadas do seu habitat, perderão abrigo, locais de alimentação

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e reprodução, correrão risco de acidentes de atropelamento, assim como são comuns em

rodovias.

Par a compensação destes impactos ambientais, é necessário que se crie áreas de

refúgio, tal como o ambiente local, para a conservação da fauna. Para isso recomenda a

restauração da mata ciliar o Rio Itapicuru, e que as áreas públicas atualmente degradadas

sejam isoladas permanentemente, a fim de favorecer a fauna presente.

7.2 Flora

Inicialmente cabe destacar, que o local do empreendimento está no Bioma Mata

Atlântica, em região de domínio da formação vegetal Floresta Estacional Semidecidual, e com

a presença de restinga fluvial.

Em breve avaliação da área durante a vistoria, observou que o local de instalação

da ponte possui pelo menos três classes de uso da terra, sendo elas: área de cultivo agrícola,

cultivo de pastagem, e área de remanescente de vegetação nativa. Estas áreas serão

diretamente afetadas, e a ocupação atual será substituída pelas estruturas da ponte.

Por tanto, devido a presença de plantas nativas e exóticas no local, haverá a

necessidade de limpeza de área e, o corte de árvores isoladas.

Figura 24 – Remanescente Vegetal Passivo de Corte (acesso Av. Cinquentenário) Fonte: Vistoria.

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Figura 25 – Remanescente Vegetal Passivo de Corte (Próximo do Pilar) Fonte: Vistoria.

Figura 26 – Remanescente Vegetal Passivo de Corte (Próximo do Pilar) Fonte: Vistoria.

Figura 27 – Remanescente Vegetal Passivo de Corte (Próximo do Pilar) Fonte: Vistoria

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Figura 28 – Remanescente Vegetal Passivo de Corte (Próximo do Pilar) Fonte: Vistoria

Figura 29 – Vegetação de Restinga Fluvial Fonte: Vistoria.

Na Avaliação de Impacto Ambienta apresentada, foram citadas algumas famílias

de plantas que ocorrem no local, ao todo foram apontadas 13 famílias botânicas com suas

respectivas espécies representativas, nenhuma foi declarada como ameaçada. Entretanto

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devido ao levantamento não ter sido feito estritamente na área de influencia direta da obra, os

indivíduos levantados não corresponde às espécies passivas de corte. Assim, para subsidiar o

ato de autorização de corte, requer que um senso ou inventário 100% seja feito no local

efetivo da obra.

Quadro 02 – Espécies Vegetais Levantadas

Vertebrados e Invertebrados Aquáticos

Família Nome científico Nome Comum Status de Conservação

Fabaceae Inga edulis Ingá Não ameaçada

Anacardiaceae Mangifera indica Manga Não ameaçada

Euforbiaceae Jatropha oligandra -- Não ameaçada

Moráceae Fícus insípida Gameleira Não ameaçada

Myrtaceae Syzygium cumini Jamelão Não ameaçada

Rubiaceae Genipapa americana Jenipapo Não ameaçada

Arecaceae Elais guineenses Dendê Não ameaçada

Rhomanaceae Ziziphus juazeiro Juá Não ameaçada

Cecropiaaceae Cecropia peltata Embaúba Não ameaçada

Sapotaceae Sideroxylon

obtusfolium

Quixabá Não ameaçado

Euphorbiaceae Croton

heliotropiifolius

Velame Não ameaçado

Poaceae Bambusa vuldaris

vittata

Bambú Não ameaçado

Juncaceae Juncos effusus Junco Não ameaçado

Fonte: Acmon Engenharia

7.2.1Atos Florestais

Registra que será necessário realizar a limpeza do terreno, bem como o corte

de arvores isoladas, nativas e exóticas, para que seja possível a instalar das obras.

7.2.2Áreas de Preservação Permanente

Devido a Presença do Rio Itapicuru com 48 m de largura no local, se faz

necessário reservar as suas faixas marginais, com 50 m de largura, para fins de Área de

Preservação Permanente (APP).

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Atualmente estas áreas estão parcialmente degradadas, com alguns poucos trechos

povoados por vegetação nativa.

A obra fará intervenções nas duas margens do respectivo Rio, onde serão

instaladas as rampas de acesso a Ponte, estes pontos sofrerão modificações permanentes.

Figura 30 – Vegetação Natural em APP Fonte: Vistoria.

8 ASPECTOS ABIÓTICOS

Neste aspecto são apresentadas as características gerais do Meio Abiótico,

relacionando os impactos ambientais em decorrência da instalação da atividade proposta.

8.1 Solo

O solo local possui textura arenosa com granulometria de areia grossa, estrutura

granular, coloração amarelada, distrófico.

Conforme AIA, dentre as operações para a instalação da obra, são previstos

escavações do solo, alteração da drenagem superficial e, modificação da topografia natural,

compactação do solo, e o seu risco de contaminação por hidrocarbonetos.

Além desses impactos, podem ser citados a perda de matéria orgânica do solo, a

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sua impermeabilização, e a alteração permanente do seu uso.

Para a mitigação destes impactos ambientais, o estudo apresentado recomenda a

elaboração de um Plano de Controle Ambiental, todavia não dá detalhes do mesmo. Assim,

recomenda que para não haver remoção de terra em demasia, todo o trabalho de engenharia

seja acompanhado pelo serviço de topografia, que realizará o controle espacial do projeto in

loco.

9 GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA

9.1 Geológica Unidade

A unidade geológica da região é classificada como formação superficial Cenozoica,

por depósitos transportados (fluvial) cujo material aflorante é areia.

9.2 Unidade Geomorfológica

A unidade geomorfológica compreende tabuleiros costeiros, composta por planícies

alagadiças, e terrenos hidromórficos.

O terreno local é predominantemente plano, mas para a obra passará por

nivelamento, e movimentação de para aberturas de vias de acesso a ponte.

9.3 Riscos Geomorfológicos

Ressalta que o local possui risco de inundação pelas cheias do Rio Itapicuru, com

registro de última ocorrência em 2016, e que em períodos chuvosos ocorre o acúmulo de água

na superfície causando alagamentos. Por tanto, recomenda a instalação de equipamentos de

drenagem pluvial, como componente básico do projeto.

10 HIDROGRAFIA

O local do projeto está situado na Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru, cuja área

mede 38.664 m², e engloba o total de 55 municípios,

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10.1 Rios

Ocorre no local um corpo hídrico superficial denominado Rio Itapicuru, qual

mede 48 m de largura, com profundidade variável. Sua vazão é de 1.500 m³/s e cota de

inundação de 7,00 m, conforme considerado no projeto apresentado.

As obras da ponte trarão impactos físicos significativos para o Rio Itapicuru.

Inicialmente é esperado que ocorra um barramento temporário do curso hídrico, para que

sejam feitas as restaurações dos blocos de concreto. Posteriormente, com a movimentação de

máquinas e trabalhadores no local, espera que haja a aceleração do processo de assoreamento.

Por último, devido à necessidade da instalação das rampas de acesso a ponte, haverá nas

margens do rio uma ocupação permanente.

Além dos impactos físicos citados, outros poderão ser desencadeados ao decorrer

do tempo. Devido a provável mudança temporária no regime hídrico do Rio Itapicuru, poderá

ocorrer a concentração de matéria orgânica na água, que por sua vez diminuirá o oferta de

oxigênio dissolvido, afetando a vida da fauna aquática.

Tais impactos ambientais são inevitáveis, por isso são passivos de medidas de

mitigação, assim recomenda que toda contenção feita no leito do rio, bem como o material

assoreado, sejam removidos após a conclusão da obra. O canal do rio deverá ser restabelecido,

imediatamente após as obras, a fim de manter sua função natural. Toda via, para compensar a

ocupação permanente das margens do rio, recomenda a instalação de pelo menos, quatro

passagem de fauna no local, sendo duas subterrâneas e duas aéreas. Registra que devido as

intervenções da ponte atingirem o leito do Rio Itapicuru, quaisquer ações devem ser

precedidas de outorga de uso da água ou sua dispensa junto ao Órgão Estadual Competente.

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Figura 31 –Rio Itapicuru Fonte: Vistoria.

10.2 Lagoa/lago

Sem a ocorrência no local.

10.3 Área úmida

Sem a ocorrência no local. .

10.4 Nascente/Olhos d’água

Sem a ocorrência no local.

10.5 Outros

Sem outras observações.

11 ASPECTOS LEGAIS

Legislação Municipal

LEI Nº. 870 de 09 de maio de 2014.

Legislação Estadual

DECRETO Nº 14.024 DE 06 DE JUNHO DE 2012

DECRETO Nº 14.032 DE 15 DE JUNHO DE 2012

DECRETO Nº 15.180 DE 02 DE JUNHO DE 2014

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RESOLUÇÃO Nº 5, DE 04 DE MAIO DE 1994

RESOLUÇÃO CEPRAM Nº 4.327, DE 31 DE OUTUBRO DE 2013

Legislação Federal

LEI Nº 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012. LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

12 UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

12.1 Tipo

Atividade localizada em Unidade de Conservação: APA Litoral Norte do Estado

da Bahia (APA/LN), criada pelo Decreto nº 1.046 de 17 de março de 1992,

12.2 Área de abrangência

Áreas da planície marinha e planície flúvio-marinha dos Municípios de Jandaíra,

Conde, Esplanada, Entre Rios e Mata de São João, cuja área territorial está compreendida, ao

Norte pelo limite fronteiriço entre os Estados da Bahia e Sergipe (rio Real), que coincide com

o limite Norte do Município de Jandaíra; a Leste pelo Oceano Atlântico; ao Sul pelo curso do

rio Pojuca, limite Sul do Município de Mata de São João, e a Oeste pela linha distante 10 Km

dos pontos de preamar média de 1831, nos termos do PORTO-MARINST nº 318.001-A, de

30 de setembro de 1982 e do Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro.

12.3 Restrição de uso

O projeto se encontra em Zona de Agricultura (ZAG), e em Zona de Expansão I

(ZEP I), conforme Plano de Manejo da APA LN aprovado pela Resolução n° 1.040 de 21 de

fevereiro de 1995.

A ZAG engloba áreas de uso ou vocação agrícolas e áreas utilizadas para o plantio e

exploração de eucalipto e pinus. Os usos permitidos são: ocupação agrícola; Turismo de baixa

densidade; e silvicultura existente.

A ZEP I Corresponde à áreas localizadas em unidades ambientais propícias ao

adensamento populacional. Os usos permitidos são: Residência unifamiliar e plurifamiliar,

Comercio e Serviços Mistos.

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Verifica não haver restrição nas zonadas citadas, para a instalação do projeto

proposto.

13 MEIO ANTRÓPICO

O projeto em análise apresenta a sua proposta de execução, bem como os

impactos ambientais de sua decorrência. Onde serão impactados o meio ambiente natural e a

comunidade local. A obra promete trazer melhoria da mobilidade urbana dentro do município,

aumentar a qualidade de vida das pessoas, permitindo que estas tenham uma via de transporte

mais rápida e segura entre a sede da cidade e o distrito de Vila do Conde.

Contudo, o mesmo projeto, certamente, trará transtornos temporários para parte da

comunidade, principalmente para os residentes que estão situados nas vias de acesso próximo

ao local da ponte, quais terão que conviver com os efeitos da mudança da paisagem, e

momentaneamente com ruídos, poeira, vibrações, e outros impactos negativos em decorrência

da instalação e operação da ponte.

Por último, registra que todos os impactos negativos esperados deverão ser

compensados, e na ocorrência de danos ao patrimônio particular, os responsáveis da obra

deverão arcar com os prejuízos causados.

14 OUTRAS INFORMAÇÕES E ANÁLISE

A análise do processo e, a vistoria de campo são procedimentos que tem como

função principal, apurar as informações prestadas pelo requerente do processo, como também

avaliar os pontos que, por ventura, não tenham sido observados na Avaliação de Impactos

Ambientais apresentado. Depois de realizados estes dois procedimentos, poderão se feitas as

resalvas necessárias ao processo, aplicar condicionantes ambientais, ou até mesmo, de modo

justificado, negar o pedido de licenciamento. Entretanto, registra que todo empreendimento

gera impactos ambientais.

Por essa linha de pensamento, em análise do processo verificou que o requerente

deixou de cumprir um dos condicionantes ambientais atribuídos a licença prévia, qual exigia a

remoção dos resíduos sólidos domésticos da área do projeto. Cabendo neste caso a abertura de

processo administrativo para correção do passivo.

Em vistoria de campo verificou que, um trecho do desenho do projeto viário está

sobre terrenos de particulares, e que deverá ser feito, neste caso, um processo de

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desapropriação destas áreas. O processo deve ser feito por meio de declaração de utilidade

pública e/ou decreto de desapropriação, conforme setor municipal responsável.

No tocante a drenagem pluvial, foi constatada que deve ser feito um projeto de

manejo de águas pluviais, pois parte do local da obra se situa em uma unidade ambiental

denominada linha de passagem de inundação, que, em períodos de cheias do Rio Itapicuru, o

local é inundado e, em caso de inobservância deste aspecto, os veículos que acessarem o local

ficarão impedidos de circular durante o evento natural.

Devido à complexidade do projeto de engenharia da ponte, a sua execução deve

ser acompanhada por profissionais da área, que deverão providenciar junto ao CREA a sua

respectiva ART. Além disso, deve ser instalado um sistema sinalização de segurança na obra,

para evitar acidentes.

Referente à fauna e a flora, constatou no processo que haverá impactos ambientais

irreversíveis, que pela natureza da obra, ocorrerá afugentamento da fauna, corte isolado de

árvores, perda de solo agrícola, e consequentemente perda de habitat. Para a mitigação destes

impactos, deverão ser feitas as devidas compensações ambientais, bem como a restauração

das áreas degradadas já existentes, preferencialmente nas imediações da obra, na mata ciliar

do Rio Itapicuru, e sejam instalados equipamentos de passagem de fauna nas cabeceiras da

ponte, sendo dois aéreos e dois subterrâneos.

Ao meio físico e antrópico, também são esperados impactos ambientais negativos.

Haverá mudanças na paisagem atual, emissão de poluentes atmosféricos, como poeira

mineral, ruídos, e vibrações, que são prejudiciais à saúde dos seres humanos. Além disso,

ocorrerá ainda a produção de resíduos da construção civil, que na ausência de manejo

adequado se tornam potencialmente causadores de degradação ambiental, e para a mitigação

destes impactos algumas medidas devem ser adotadas. Recomenda a umificação das estradas,

priorizar o uso de máquinas pesadas fora do horário de descanso dos vizinhos, utilizar

equipamentos devidamente regulados, e reutilizar os RSCC na própria obra em forma de

agregado para aterro.

Ainda nesse aspecto, com a instalação do canteiro de obras, alguns impactos

locais também são esperados. Devido à presença de máquinas e equipamentos automoto,

espera que ocorra o risco de contaminação do solo por hidrocarbonetos, e produção de

resíduos sólidos. Para este caso, recomenda que a manutenção das máquinas, bem como o seu

abastecimento, ocorra em local seguro afastado o rio, onde o piso esteja preparado em caso de

derrames e vazamentos de material poluente.

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15 CONCLUSÃO

Inferindo-se a partir da análise técnica dos documentos apresentados, pelo

requerente do processo SEMMADE n° 20181025.01, e a inspeção técnicas realizada aos

28/02/2019, ao local do empreendimento, baseado na Política Ambiental do Município de

Conde, onde diz que é seu dever zelar pela qualidade ambiental, e diante do projeto proposto,

apresenta PARECER FAVORÁVEL a emissão da Licença de Instalação em favor do

Município de Conde, mediante as condicionantes em anexo.

Caberá ainda ao CONDEMA, a deliberação na forma do parágrafo 1° do Art.

78 da LEI nº. 870 de 09 de maio de 2014. O requerente deverá ser notificado de qualquer

instrução no processo. Nada mais haver a informar finaliza o parecer.

16 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Conde 28 de fevereiro de 2019

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ANEXO

1º Aprova a Instalação Ponte sobre o Rio Itapicuru. A ser construída em concreto armado, com

extensão longitudinal de 211 m, por 9,25 m de seção transversal, sendo 1,20 m para pedestres,

e cota de 11,80 m, mais 3.300 m² de pavimentação em paralelepípedo da Rua 02, Rua da

Lama e, Rua do Cais, 14.682,33 m² de pavimentação em Tratamento Superficial Duplo (TSD)

da Rua 01, mais a instalação de meio-fio e passeio.

2° Aprova a instalação do Canteiro de Obras medindo 27.804,78 m².

3° Aplicar Advertência em desfavor da Prefeitura Municipal, para retirar resíduos sólidos

presentes da área do projeto;

4° Criar via de circulação auxiliar para dar acesso alternativo para pedestre e outros

moradores durante o período das obras;

5° Os Responsáveis pela execução do projeto devem retirar junto CREA, a sua Anotação de

Responsabilidade Técnica;

6° Realizar sinalização de segurança conforme NR26 /NR18, DENIT, ou mais adequado;

7° Restaurar áreas degradadas já existentes, nas imediações da obra, e ao longo da mata ciliar

do Rio Itapicuru, em um trecho de 10 ha, e sejam instalados equipamentos de passagem de

fauna, sendo duas aéreas e duas subterrâneas nas cabeceiras da ponte.

7° Devido à necessidade de intervenção no Rio Itapicuru, o requerente do processo deve

solicitar Junto ao Órgão Estadual Competente, a outorga de uso da água ou a sua dispensa;

8° Solicitar junto a SEMMADE autorização de corte de árvores isoladas, bem como coqueiros

na área do projeto. A solicitação deve ser subsidiada de inventário 100% ou senso florestal;

10° Criar viveiro florestal temporário para a restauração das APP do Rio Itapicuru;

11° Executar a umificação das estradas, priorizar o uso de máquinas pesadas fora do horário

de descanso dos vizinhos, utilizar equipamentos devidamente regulados, e reutilizar os RSCC

na própria.

12° As máquinas e equipamentos automotos devem receber manutenção em local apropriado,

longe das margens do rio para evitar contaminação do solo e da água.

13º Realizar trabalhos de Educação Ambiental: Produzir 8 placas informativas de cunho

ambiental; subsidiar trabalhos vinculados ao meio ambiente, com jovens do ensino

fundamental e médio;

14º A licença Ambiental de Instalação, não terá prazo superior a 3 (três) Anos.