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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES, 2009 Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP

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RELATÓRIO DEACTIVIDADES, 2009Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP

RELATÓRIO DEACTIVIDADES, 2009Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP

ÍNDICE

Nota introdutória 4

1. Enquadramento 6 1.1 Caracterização da ARH do Centro, IP 7 1.2 Organograma 10 1.3 Caracterização sucinta da actividade da ARH do Centro, IP 11

2. Actividades desenvolvidas e recursos utilizados 12 2.1 Síntese Geral 13 2.2 Departamento Financeiro, Administrativo e Jurídico 20 2.3 Departamento de Planeamento, Informação e Comunicação 24 2.4 Departamento dos Recursos Hídricos Interiores 26 2.5 Departamento dos Recursos Hídricos do Litoral 28

3. Avaliação final 30

AnexosAnexo 1 - Síntese cartográfica do trabalho desenvolvido 34Anexo 2 - Intervenções realizadas 41Anexo 3 - Síntese da aplicação da TRH na ARH do centro, IP 47Anexo 4 - Síntese da execução do Projecto Reengenharia

e Desmaterialização de Processos" 51Anexo 5 - Síntese do Processo de Elaboração do Plano de Gestão da Região

Hidrográfica 54

Aditamento ao relatório de actividades de 2009 59Relatório sobre as actividades desenvolvidasno âmbito da Ria de Aveiro, 2009

Relatório de actividades, 2009 | ARH | 03

NOTA INTRODUTÓRIA

Este relatório tem por objectivo apresentaruma síntese das actividades desenvolvidaspela Administração da Região Hidrográficado Centro, IP durante o ano de 2009.

Estas actividades tiveram como instrumentode suporte o Plano de Actividades submetidoao Conselho da Região Hidrográfica doCentro, o Quadro de Avaliação e Responsa-bilização (QUAR) e a carta de Missão dosórgãos de gestão da ARH do Centro.

O ano de 2009 foi o primeiro ano de actividadedeste instituto, tendo por base a plena gestãodos recursos humanos e financeiros próprios.Sendo um ano de arranque de uma novainstituição integra as vicissitudes inerentesà necessária organização dos vários serviços,mantendo-se operacionais todas as activi-dades herdadas da Comissão de Coordenaçãoe Desenvolvimento Regional do Centro. Por estarazão, poder-se-á dizer tratar-se de um anoatípico, de estruturação, reorganização e deplaneamento das novas estruturas de suportegarantindo em simultâneo a prestação de servi-ços aos utilizadores dos recursos hídricos e àsociedade.

O documento compreende três partes. Na pri-meira abordam-se as principais característicasda ARH do Centro, IP, na segunda apresentam--se uma análise dos cumprimentos dos objec-tivos prioritários e das acções previstas, bemcomo uma síntese das especificidades de cadadepartamento. Na terceira e última parteelabora-se uma síntese crítica do contributodeste ano para o cumprimento da missão doinstituto.

Teresa FidélisPresidente

Relatório de actividades, 2009 | ARH | 05

1. ENQUADRAMENTO

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1.1 Caracterização da ARH do Centro, IP

A Administração de Região Hidrográfica do Centro, IP (ARH do Centro, IP) é um instituto públicointegrado na administração indirecta do Estado, sob a tutela do Ministério do Ambiente e doOrdenamento do Território e tem por missão proteger e valorizar as componentes ambientais daágua e promover a gestão sustentável dos recursos hídricos no âmbito da sua área de jurisdição.

O instituto tem a visão de ser uma organização de referência, eficiente, inovadora e comprometidacom a operacionalização da gestão sustentável dos recursos hídricos por bacia hidrográfica,fomentando uma cultura de co-responsabilização dos utilizadores e sociedade em geral . A ARHdo Centro IP, procura desenvolver a sua actividade dentro de um conjunto de valores que qualifiqueme dignifiquem o serviço prestado ao exterior, bem como o ambiente de trabalho interno. Os valoresconsiderados prioritários nesta fase inicial incluem a identidade comum e espírito de equipa;motivação, comunicação e criatividade; respeito, ética e responsabilidade; sentido de serviço públicoe parceria com a sociedade.

Tem como principais atribuições:

a) a elaboração e execução dos planos de gestão de bacias hidrográficas e os planos específicosde gestão das águas bem como a definição e aplicação dos programas de medidas;

b) o estabelecimento na região hidrográfica da rede de monitorização da qualidade da água,e a elaboração e aplicação do respectivo programa de monitorização;

c) a decisão sobre a emissão de títulos de utilização dos recursos hídricos e fiscalização documprimento da sua aplicação;

d) a análise das características da região hidrográfica e das incidências das actividades humanassobre o estado das águas, bem como da dimensão económica das utilizações das águas;

e) a elaboração do registo das zonas protegidas e a identificação das zonas de captação destinadasa água para consumo humano;

f) a promoção da requalificação dos recursos hídricos e da sistematização fluvial, bem comoda protecção do litoral;

g) a aplicação do regime económico e financeiro nas bacias hidrográficas, a arrecadação das taxase a aplicação da parte que nos cabe na gestão das águas das bacias hidrográficas.

A ARH do Centro, IP abrange as bacias hidrográficas dos Rios Vouga, Mondego e Lis, as ribeirascosteiras e massas de água subterrâneas associadas. Abrange cerca de 54 municípios, sendo 11confrontantes com a zona costeira e 684 freguesias das quais 24 confrontam com a zona costeira.

08 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Enquadramento

Os principais beneficiários directos dos serviçosprestados pela ARH do Centro, IP são utiliza-dores dos recursos hídricos em geral. Tem comointerlocutores principais a administração públicade nível central e regional, os municípiosabrangidos pelas Bacias Hidrográficas da RegiãoHidrográfica, entidades privadas, organizaçõesnão governamentais, particulares, associaçõese agências de desenvolvimento regional e locale outras entidades privadas sem fins lucrativos.

Os objectivos considerados estratégicos paraos primeiros três anos de funcionamento daARH do Centro, IP foram os seguintes:

· reforçar a protecção e valorização dos recursoshídricos;

· aumentar o número de acções de protecção,

valorização e regularização da rede hidrográficae da orla costeira e minimização do risco;

· reforçar a produção e a utilização do conheci-mento sobre os recursos hídricos costeiros eestuarinos e por bacia hidrográfica;

· fomentar a consciencialização da sociedadesobre o valor ambiental e económico intrínsecoda água e a responsabilização pelo seu usoeficiente; e criar um quadro de relacionamentoinstitucional estimulando parcerias quepermitam a compatibilização de interessesdivergentes e a criação de valor;

· implementar uma organização eficaz e eficiente,tendo por princípio a melhoria contínua dagestão dos serviços e a adopção de boaspráticas ambientais.

Sedes de ConcelhoRede HidrográficaLimites das Bacias HidrográficasLimites de ConcelhosBacia Hidrográfica do VougaBacia Hidrográfica do MondegoBacia Hidrográfica do LisBacia CosteiraÁreas da ARH do Norte, I.P.Áreas da ARH do Tejo, I.P.

Enquadramento | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 09

10 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Enquadramento

1.2 Organograma

Os recursos humanos presentes na ARH do Centro, IP, compreendem 72 trabalhadores, entre osquais se encontram 4 directores de departamento, 8 chefes de divisão, 16 técnicos superiores, 24assistentes técnicos, 7 assistentes operacionais, 9 vigilantes da natureza e 2 técnicos informáticos.Embora reveladores de uma relevante coesão, espírito de equipa e mobilização pelo novo serviço,os recursos humanos evidenciam fragilidades ao nível do número de técnicos superiores necessários,uma estrutura etária envelhecida e, salvo excepções, tecnicamente carente de actualização.

Organograma ARH do Centro, IP

PresidenteVice-Presidente

Conselhode Região HidrográficaFiscal Único

Departamento Financeiro,Administrativo e Jurídico

Director de DepartamentoAssistente técnico 1

Divisão dos RecursoHumanos, AssuntosAdministrativos e

Financeiros

Divisão dosAssuntosJurídicos

Chefe de divisãoTécnico Superior 2Assistente Técnico 3Ass. Operacional 4

Chefe de DivisãoAss. Técnico 1

Departamento de Planeamento,Informação e Comunicação

Departamento de RecursosHídricos Interiores

Departamento de RecursosHídricos do Litoral

Director de DepartamentoAssistente Técnico 1

Director de DepartamentoAssistente Técnico 2

Director de DepartamentoAssistente Técnico 3

Planeamento,Informação

e Comunicação

Divisão deMonitorizaçãoe Laboratório

Divisão deLicenciamento eFiscalização dos

recurso hídricos dointerior

Divisão deRequalificação da

rede hidrográfica dointerior

Divisão deLicencia-mento e

Fiscalizaçãodos recursohídricos do

Litoral

Divisão deRequalifi-cação doLitoral

Divisão daRia deAveiro

Técnico Superior 3Assistente Técnico 2Ass. Informático 2

Chefe de DivisãoAss. Técnico 4

Ass. Operacional 1

Chefe de DivisãoTécnico Superior 6

Ass. Técnico 3Vigilante daNatureza 2

Chefe de DivisãoTécnico Superior 1

Ass. Técnico 2Vigilante daNatureza 1

Ass. Operacional 1

Chefe deDivisãoTécnico

Superior 1Ass.

Técnico 1Vigilante daNatureza 1

Chefe deDivisãoTécnico

Superior 2Ass.

Técnico 3

Chefe deDivisão

Vigilante daNatureza 1

Núcleo de Leiria

Vig. Nat. 2

Núcleo de Viseu

Téc. Sup 1

Vig. Nat. 2

Ass. Operacional 1

1.3 Caracterização sucinta da actividade daARH do Centro, IP

O ano de 2009 marca o início de actividade da ARHdo Centro, IP e pode ser caracterizado em cinco tópicos:

i) o desenvolvimento do trabalho de colaboração, emrede, entre as ARH que se construiu a partir dagénese, no âmbito das comissões instaladoras,tendo não apenas sido mantidos, mas tambémreforçados pelas exigências, e obstáculos, do plenofuncionamento. Esta colaboração tem-nos permitidopartilhar soluções e trilhos possíveis para colocareste novo instituto a funcionar;

ii) a efectivação da transição e reorganização dosrecursos humanos disponíveis e a criação, inequívocae real, desta nova organização com novas atribui-ções e novos desafios;

ii) o desenvolvimento de procedimentos internos quegarantissem a prestação dos serviços mínimosde licenciamento e fiscalização com os recursostécnicos e financeiros disponíveis nos primeirostempos de funcionamento;

iii) a preparação da aplicação da taxa de recursoshídricos, que se revelou, apesar do esforço hercúleoque exigiu, uma fundamental mais valia para asistematização de informação sobre os utilizadorese a utilização da água na região hidrográfica;

iv) a preparação do novo ciclo de planeamento einvestimento que no seu conjunto está a dotar aARH de condições estruturais fundamentais, sendode destacar:

iv1) os Planos de Gestão de Região Hidrográfica cujoconcurso público está a decorrer;

iv2) os projectos de sistemas de gestão de informação,de intervenções de requalificação da rede hidro-gráfica e do litoral e de promoção do uso eficienteda água com candidaturas em apreciação;

iv3) o projecto de modernização administrativa jáaprovado e que nos está a permitir preparar osserviços tendo em vista a desmaterialização,o mapeamento de processos, a modernizaçãoe certificação;

v) a sistematização georreferenciada dos títulos deutilização dos recursos hídricos na Ria de Aveiroe na faixa costeira.

Enquadramento | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 11

2. ACTIVIDADESDESENVOLVIDASE RECURSOSUTILIZADOS

Relatório de actividades, 2009 | ARH | 13

2.1 Síntese Geral

Grau de cumprimento dos objectivos operacionais da ARH do Centro, IP enquadrados no QUAR de 2009

De uma forma global, o grau de cumprimento dosobjectivos foi muito satisfatório. Para estes resultadosconcorreu a metodologia adoptada para a suarealização, com pesos diferentes por departamento,de acordo com o grau de intervenção de cada umpara a sua concretização. Contribuiu também paraeste facto, o empenho e dedicação dos trabalhadoresna realização das tarefas previstas. O objectivoassociado à elaboração do Plano de Ordenamentodo Estuário do Vouga, foi entretanto anulado porsolicitação da ARH uma vez que o PO Regional doCentro, ao contrário do que estava previsto, não abriuaviso de candidatura ao financiamento comunitário.O resultado relativo à percentagem de títulos deutilização de recursos hídricos fiscalizados, aindaaquém do desejável, neste primeiro ano de actividade,decorre, fundamentalmente, da falta de recursoshumanos suficientes para a concretização destastarefas.

A tabela seguinte sintetiza o grau de cumprimentodas principais medidas e acções previstas no planode actividades de 2009.

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Actividades D. R. U. | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 15

* cont.

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* cont.

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Ao longo do ano de 2009 foram assinados os seguintes contratos de concessão.

Actividades D. R. U. | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 19

Foram estabelecidos os seguintes protocolos com entidadestendo em vista a melhor gestão dos recursos hídricos:

· Protocolo com a Câmara Municipal de Mira sobre a Requali-ficação de um troço da Praia de Mira;

· Protocolo com a Câmara Municipal de Aveiro sobre a Gestãoe Preservação dos Canais Urbanos da Cidade de Aveiro;

· Protocolo com a Junto de Freguesia de Buarcos, Figueira daFoz, sobre a Gestão das ocupações do Aterro de Buarcos;

· Protocolo com o Regimento de Engenharia N.º3 de Espinho,para a gestão do dique fusível da Barrinha de Esmoriz.

As parcerias desenvolvidas com entidades públicas ou privadastendo por objectivo a melhoria da capacitação técnica e oconhecimento sobre os recursos hídricos foram, fundamen-talmente no âmbito da colaboração em projectos de investi-gação, sem implicações financeiras, nomeadamente:

· Projecto LTER_RAVE - Monitorização de longo prazo naRia de Aveiro: rumo ao conhecimento mais fundo dosprocessos ecológicos, ambientais e económicos, financiadopela FCT e coordenado pelo Centro de Estudos do Ambientee do Mar da Universidade de Aveiro.

· ECOSAL ATLANTIS - Ecoturismo nas salinas tradicionais doAtlântico: uma estratégia de desenvolvimento integrado esustentável , financiado pelo Programa INTERREG IVB -Espaço Atlântico e coordenado pelo Centro de Estudos doAmbiente e do Mar da Universidade de Aveiro.

· Projecto IB-TWM: Iberian Trans-boundary Water Management,financiado pela FCT e coordenado pelo Centro de Estudosdo Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro.

· Projecto ANCORIM, financiado pelo Fundo de DesenvolvimentoRegional Europeu, Programa Espaço Atlântico, coordenadopela Direcção de Turismo e Património Natural, ConselhoRegional d'Aquitaine

Contextualizadas na promoção de acções de sensibilização edivulgação no âmbito do uso eficiente dos recursos hídricose no envolvimento da sociedade, entre outras acções, foramrealizados um conjunto de debates sob o título "A água no"Centro" do Debate :

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(1) Primeiro Debate· O papel das administrações de região hidrográfica: desafios nas bacias do Vouga, Mondego e Lis,

Teresa Fidélis, Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP· Mitigação de conflitos sócio ambientais na gestão de recursos hídricos: o projecto água e cidadania

das bacias hidrográficas de Rondon do Pará (Amazónia) - Brasil, Ana Rosa Bagaha Barp, UniversidadeFederal do Pará, Brasil.

(2) Segundo Debate· O departamento de recursos hídricos do litoral da administração da região hidrográfica do centro,

IP: problemas e desafios, António Relvão, Administração da Região Hidrográfica do Centro, IP· Análise da valoração dos ecossistemas face à perda de território por erosão costeira: aplicação

metodológica à região Centro, Fátima Alves, Universidade de Aveiro

(3) Terceiro Debate · Valorização e protecção da rede hidrográfica do Centro, Nuno Bravo, Administração da Região

Hidrográfica do Centro, IP· Avaliação de benefícios e técnicas de reabilitação de rios: Marina Rodrigues e Pedro Teiga, Câmara Municipal da Feira e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

(4) Quarto Debate· Monitorização das águas subterrâneas na ARH do Centro, IP, Paula Garcia, Administração da Região

Hidrográfica do Centro, IP· Águas Subterrâneas: Ver ou não Ver eis a Questão, Prof. Manuel de Oliveira· As Águas Subterrâneas no Planeamento e Gestão dos Recursos Hídricos: Um Olhar sobre o Centro,Luis Ribeiro, Instituto Superior Técnico

Ainda neste contexto e no âmbito do processo de participação pública para a elaboração do PGRHdo Centro a ARH do Centro, IP conjuntamente com o Instituto da Água, IP (INAG) e com a AssociaçãoPortuguesa de Recursos Hídricos (APRH), promoveram a participação pública das QuestõesSignificativas da Gestão da Água da Região Hidrográfica 4, tendo decorrido 3 sessões públicas emCoimbra, Águeda e Leiria.

2.2 Departamento Financeiro, Administrativo e Jurídico

O Departamento Financeiro, Administrativo e Jurídico é responsável por assegurar a gestãoeconómico-financeira de acordo com as boas práticas de gestão e com base nos instrumentosaplicáveis, bem como pelo suporte ao funcionamento institu-cional, designadamente nos domíniosorçamental e patrimonial, no apoio jurídico e na gestão de recursos humanos. Este Departamentointegra 1 Director de Departamento, 2 Chefes de Divisão, 2 Técnicos Superiores, 5 AssistentesTécnicos e 5 Assistentes Operacionais. As tabelas seguintes sintetizam a actividade física desenvolvida.Tendo em consideração a diminuta equipa do departamento e as suas atribuições, de uma formageral consideram-se atingidos os objectivos pla-neados. Porém, para a sua concretização, nodecorrer do ano foram contratualizados serviços externos especializados nas áreas financeira, derecursos humanos e jurídica. Do mesmo modo, enquadrados na Medida Contrato Emprego-Inserção

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desenvolvida através do Instituto de Emprego eFormação Profissional, no segundo semestre do anoforam assinados três contratos para odesenvolvimento de tarefas nas áreas dos serviçosjurídicos, de expediente e de recursos humanos.

No que respeita às actividades realizadas, na divisãode assuntos jurídicos deu-se continuidade ao desen-volvimento dos processos de contra-ordenaçãorelativos a anos anteriores e instauraram-se todosos que deram entrada no ano em referência. Dadaa dimensão do passivo, não foi possível dar aindaresposta cabal aos processos instaurados em 2009.

Paralelamente, foram desenvolvidas acções e tarefasque, pela sua especificidade e natureza, obrigarama um esforço desenvolvido em articulação com osrestantes departamentos. São exemplos a preparaçãode protocolos e contratos, a preparação das respostasa reclamações, inspecções, tribunais, tutela, entreoutras. Neste primeiro ano de actividade foi evidentea necessidade da criação de uma estrutura desuporte jurídico a toda a ARH. A quantidade deprocessos desenvolvidos e sua transversalidadeinterna, contudo, levou a um atraso significativo documprimento deste objectivo, que se prevê vir a seralcançado no final de 2010.

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* valores provisórios sujeitos a ajustamentos em sede de Conta de Gerência

A área de expediente foi penalizada por um acréscimo muito grande de entrada de documentaçãorelacionada com a regularização de furos e poços, o que obrigou a um esforço acrescido por parte dascolaboradoras. Para ultrapassar esta dificuldade, para as situações referidas, optou-se por um registode entradas mais simplificado e eficaz, o que permitiu recuperar a perturbação nos registos de entrada.

As áreas financeira e de recursos humanos foram particularmente marcadas pelos desafios evicissitudes de um ano de arranque de actividade, uma vez que entre Outubro e Dezembro de 2008as tarefas desenvolvidas neste âmbito foram realizadas ainda pelos serviços da CCDRC. Nestecontexto, a implementação dos instrumentos de suporte a estas actividades do departamento,fundamentais na estrutura de apoio da ARH, obrigaram a um desempenho extraordinário dasquatro colaboradoras, sem o qual de modo algum seria concretizável. Não obstante as dificuldadesnaturais, resultantes de um processo de constituição e arranque de um organismo, poder-se-áafirmar que os objectivos, nesta área de intervenção, foram alcançados.

Por último, enquadrada neste processo de estruturação dos serviços, foi apresentada pela ARHuma candidatura ao SAMA - Sistema de Apoio à Modernização Administrativa, cuja aprovaçãoocorreu em Julho. Com esta aprovação, desenvolveram-se um conjunto de acções basilares,

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transversais a todo o departamento, e que se demonstraram fundamentais para o sucesso daestruturação dos serviços, designadamente na aquisição do sistema integrado de informaçãofinanceira e a estruturação das áreas financeira e jurídica. Ainda no âmbito desta candidatura,foram iniciadas um conjunto de acções cuja concretização se prolonga no ano de 2010 e de quedestacamos o Balcão on-line, com o desenvolvimento da página WEB e sistemas de interacçãocom utilizadores e plano de comunicação; a desmaterialização de processos, o mapeamento ereengenharia de processos e a respectiva gestão electrónica, bem como, a implementação doSistema de Gestão da Qualidade com a consequente Certificação da ISO 9001:2008.

2.3 Departamento de Planeamento, Informação e Comunicação

Este departamento é responsável pela coordenação do planeamento de recursos hídricos e pelossistemas de monitorização e desenvolvimento do conhecimento, bem como pelos sistemas deinformação e comunicação, incluindo a participação pública, no âmbito da gestão de recursoshídricos. O Departamento integra 1 Director de Departamento, 1 Chefe de Divisão, 3 TécnicosSuperiores, 7 Assistentes Técnicos, 2 Técnicos Informáticos e 1 Assistente Operacional. A tabelaseguinte sintetiza a actividade física desenvolvida.

Tendo em consideração que 2009 foi o primeiro ano de funcionamento deste instituto, foi feito umesforço considerável para atingir a maioria dos objectivos previstos, face aos recursos humanosalocados ao DPIC, bem como às novas temáticas tratadas neste departamento que foram pelaprimeira vez analisadas.

Um dos objectivos estratégicos da ARH do Centro IP é a elaboração do Plano de Gestão de RegiãoHidrográfica do Centro que constituiu para o DPIC uma das suas actividades prioritárias. Nestesentido, foi operacionalizada a estrutura de acompanhamento deste projecto e lançados os concursospúblicos para a elaboração do PGRH do Centro e Avaliação Ambiental Estratégica do plano.

No que diz respeito à elaboração, avaliação, alteração, revisão, suspensão e execução dosinstrumentos de gestão territorial (IGT) que se articulem com a gestão dos recursos hídricos,durante o ano de 2009 deram entrada para apreciação 122 processos de avaliação de impacteambiental, avaliação ambiental estratégica e instrumentos de gestão territorial (PDM, PP, PU).Considera-se que a capacidade de resposta do departamento foi alcançada com limitações namedida em que foram respondidos 108.

No que diz respeito ao registo das zonas protegidas e identificação das zonas de captação destinadasa água para consumo humano, a actividade não foi plenamente alcançada devido à escassez derecursos humanos com qualificações nesta área.

No âmbito da monitorização, a actividade desenvolvida permitiu desenvolver os programas demonitorização previstos e garantir o funcionamento do laboratório, mantendo a acreditação destaestrutura.

Foram também desenvolvidas as actividades necessárias para garantir o funcionamento das estru-turas informáticas e apoio informático mantendo toda a gestão de software e de hardware quepossibilitam o bom funcionamento do instituto, tendo desenvolvido e implementado vários portais.

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No que se refere à componente de informação, divulgação e comunicação, o DPIC apoiou osrestantes departamentos e a presidência num conjunto diverso de solicitações, nomeadamentena elaboração de cartografia e na divulgação de eventos. Deu ainda início à organização eestruturação da informação geográfica existente na ARH do Centro, IP de acordo com a directivaInspire, encontrando-se ainda a desenvolver bases de dados com informação sobre as pressõesantropogénicas, com vista à sua integração no sistema de informação geográfica. Promoveu aindaa divulgação interna de legislação, documentação e eventos relevantes para os colaboradores doinstituto. Relativamente à comunicação e divulgação externa das actividades da ARH do Centro,IP o DPIC procedeu a algumas acções de divulgação e manteve actualizado os conteúdos do site,actividade que se considera alcançada necessitando de melhorias.

2.4 Departamento de Recursos Hídricos Interiores

O Departamento de Recursos Hídricos Interiores é responsável por assegurar a concretização dasatribuições da ARH do Centro, I P, no domínio das massas de águas subterrâneas e superficiaisinteriores e dos recursos hídricos conexos, até ao limite das zonas terrestres de protecção deáguas costeiras ou de transição designadas em instrumentos de gestão territorial, nas suasvertentes de qualidade, quantidade e gestão das utilizações, nomeadamente através de actividadesde licenciamento, fiscalização, gestão de empreendimentos e infra-estruturas e apoio técnico àsactividades de gestão de recursos hídricos. Este Departamento integra 1 Director de Departamento,2 Chefes de Divisão, 8 Técnicos Superiores, 7 Assistentes Técnicos, 7 Vigilantes da Natureza e 1Assistente Operacional. Entre estes encontram-se os recursos humanos alocados aos Núcleosde Leiria (2 Vigilantes da Natureza) e de Viseu (1 Técnico Superior e 2 Vigilantes da Natureza). Atabela seguinte sintetiza a actividade física desenvolvida.

No ano 2009, os objectivos principais do DRHI foram a satisfação das diferentes solicitações emtermos de titulação de utilizações dos recursos hídricos e a concretização de acções de fiscalizaçãopara verificação do seu cumprimento. Acrescentam-se a estas, as respostas a solicitações diversasno âmbito da gestão dos recursos hídricos interiores provenientes quer internamente, provenientesdos departamentos da ARH, quer externamente.

Em termos quantitativos foi-nos possível registar a seguinte sequência de valores relativos aodepartamento, em 2009: foram direccionados para o DRHI 16 673 documentos (67% do total deentradas) dos quais 10 373 continham solicitações que motivaram o desenvolvimento processualcom a emissão de 10 628 respostas; foram abertos 6 004 novos processos (76% do total para 35%dos recursos humanos) e emitidos 3 681 títulos. Resulta um número de processos por colaboradore ano da ordem dos 230.

Com os valores referidos e outros anteriormente aferidos, conclui-se que, em termos de eficiência,o tempo de respostas a solicitações foi, em média, inferior a 25% ao prazo máximo legal. Emtermos de qualidade (eventualmente afectada pela enorme quantidade e variedade de solicitações)registamos que o número de correcções resultantes de erros foi muito reduzido. Deve aindarealçar-se a boa aceitação dos esclarecimentos prestados nas sessões públicas e o acolhimentocordial e satisfatório que generalizadamente os utentes têm manifestado.De referir ainda, o impacto negativo na produtividade do departamento em resultado da necessidadede atendimento ao público (ocupa 15% do tempo disponível). Esta produtividade foi ainda seriamenteagravada pela aplicação legal do disposto no relativo às regularizações de pequenas utilizações(poços, furos e fossas) ocorridas, essencialmente durante todo o 2.º trimestre.

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2.5 Departamento de Recursos Hídricos do Litoral

O Departamento de Recursos Hídricos do Litoral é responsável por assegurar a concretização dasatribuições da ARH do Centro, IP, no domínio das massas de águas costeiras e de transição e dosrecursos hídricos conexos, assim como nas respectivas zonas terrestres de protecção designadasem instrumentos de gestão territorial, nas suas vertentes de qualidade, quantidade e gestão dasutilizações, nomeadamente através de actividades de licenciamento, fiscalização, gestão deempreendimentos e infra-estruturas e apoio técnico às actividades de gestão de recursos hídricos.Este departamento integra 1 Director de Departamento, 3 Chefes de Divisão, 5 AssistentesOperacionais e 2 Vigilantes da Natureza. Entre estes encontram-se os recursos humanos daDivisão da Ria de Aveiro (1 Chefe de Divisão e 1 Vigilante da Natureza). A tabela seguinte sintetizaa actividade física desenvolvida.

Neste primeiro ano de actuação, o Departamento de Recursos Hídricos do Litoral teve necessidadede dar grande prioridade ao levantamento, caracterização, licenciamento e acompanhamento oufiscalização das utilizações dos recursos hídricos na Ria de Aveiro, tendo em vista suprir o grandedéfice de informação e conhecimento das utilizações e do estado desta massa de águas (Objectivo3 do QUAR). Das acções realizadas, neste âmbito, devem ser salientados os trabalhos de levantamentotopográficos e de caracterização das ocupações marginais existentes na Ria, que tiveram grandedesenvolvimento nas áreas dos concelhos de Ovar e Murtosa e ainda, embora em menor numero,no concelho de Aveiro, bem como o trabalho de identificação de outras utilizações dos recursoshídricos, quer em termos de captações, quer em termos de rejeições para a Ria.

A caracterização das ocupações, bem como a fiscalização das utilizações, ficou prejudicada pelasaída de um vigilante da Natureza da Divisão da Ria de Aveiro, ficando reduzida apenas a um. Foipossível preparar uma aplicação Web (Geo-explorador) de visualização das utilizações dos RecursosHídricos na Orla Costeira e na Ria de Aveiro, que está disponível na página web da ARH do Centro, IP.

As acções de valorização e acompanhamento das actividades nas praias abrangidas pelo POOCOvar-Marinha Grande tiveram o desenvolvimento programado. Contudo no que respeita aoacompanhamento e monitorização da restante Orla Costeira ocorreu alguma perturbação emresultado dos recursos humanos de topografia e dos poucos meios de fiscalização estaremempenhados nas acções referidas sobre a Ria de Aveiro.

As intervenções programadas de requalificação das praias (de melhoria de acessos, vedações eprotecção de dunares) ficaram prejudicadas pela abertura tardia das candidaturas pelo ProgramaOperacional Regional e, sobretudo pelo atraso sofrido na sua apreciação e consequente aprovação.Este atraso impediu a ARH de lançar um conjunto de intervenções previstas em 2009, que transitarãopara 2010. De referir ainda que esta síntese não contabiliza os projectos relativos das intervençõesna rede e nas infra-estruturas preparados por este departamento no âmbito da colaboração com o DRHI.

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3. AVALIAÇÃO FINAL

Considerando que se trata de um ano de arranque de uma nova organização com todos os desafios,particularidades e vicissitudes que tal implica, e considerando as características dos recursoshumanos evidenciados ao longo deste relatório, globalmente o balanço é francamente positivo.

a) Entre os objectivos definidos no QUAR, 4 foram largamente superados, 4 cumpridos e superados,tendo apenas um indicador ficado por cumprir plenamente.

b) A concretização das grandes acções previstas ficou fortemente condicionada pelo atraso na abertura, apreciação e decisão das candidaturas ao PO Regional do Centro, já que todas consti-tuíam apoio estrutural para a organização e dotação de condições e meios de intervenção narede hidrográfica. Mesmo assim, pode constatar-se através da tabela apresentada na secção2.1 que uma parte importante das acções e medidas previstas foram iniciadas ou mesmo franca-mente desenvolvidas. Tal foi possível graças, em parte, ao Fundo de Protecção de RecursosHídricos (FPRH), e também ao forte empenho dos trabalhadores do instituto que revelaramum grau de mobilização e espírito de equipa admiráveis.

c) As intervenções com apoio do FPRH centraram-se essencialmente em intervenções de limpezae regularização de linhas de água, e remoção de infestantes, monitorização da qualidadeda água, requalificação de cais, reposição da legalidade no litoral, reposição de areias e gestãodo dique fusível da Barrinha de Esmoriz, requalificação de passadiços de acessos em diversaspraias da nossa zona costeira, bem como aquisição de placas de sinalização de zonas de risco,em zonas costeiras.

d) Em alguns domínios, como na Ria de Aveiro, por exemplo, muito embora sem intervenções visíveisno terreno, a ARH do Centro, IP, num só ano, deu passos nunca até agora dados em tão poucotempo - a demarcação da margem, já submetida ao INAG para validação, o levantamento topo-gráfico e a sistematização das ocupações das margens e das massas de água, a implementaçãode uma rede de pontos de monitorização da qualidade da água, o levantamento topo-hidrográficodos principais canais, a organização de workshop sobre o modelo de gestão da ria com osutilizadores.

Entre os principais desafios que se colocam para o ano subsequente destacam-se cinco:i) procurar atingir um modelo organizacional com uma estrutura de recursos humanos e técnicos

equilibradaa. adequada às exigências das atribuiçõesb. com uma cultura e postura compatível com os desafios que a modernidade e as melhores práticas

de gestão dos recursos hídricos exigemc. e com capacidade para internalizar na organização as mais valias proporcionadas pelos

outsourcingsii) dotar a ARH de ferramentas e meios para diagnosticar, prevenir e minimizar situações de risco,

incluindo para os potenciais efeitos das alterações climáticasiii) garantir a plena utilização dos planos de gestão de região hidrográfica em todos os processos

de tomada de decisãoiv) aumentar o investimento em parcerias institucionais e promoção de associações de utilizadores.

O envolvimento e co-responsabilização dos utilizadores na gestão dos recursos hídricos é um caminho chave para implementarmos os nossos objectivos estratégicos

v) por último e não menos importante investir em melhorar a interface entre o planeamento e gestãodos recursos hídricos e do ordenamento do território. É, também, através de uma articulaçãoadequada destas duas vertentes que o potencial da água como motor de desenvolvimento econó-mico pode ser sustentavelmente explorado.

Relatório de actividades, 2009 | ARH | 31

Relatório de actividades, 2009 | ARH | 33

ANEXOS

34 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

ANEXOS 1 - Síntese cartográfica do trabalho

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 35

36 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 37

38 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 39

40 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 41

Depois

Antes

ANEXO 2 - Intervenções realizadas1. Obras de conservação e reabilitação na bacia hidrográfica dos rios Lis e LenaValor 83.184

42 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

2. Limpeza de margens e leito dos rios Lis e Lena - Leiria, Batalha e Porto de MósValor 173.520

Depois

Antes

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 43

3. Estrutura de Educação Ambiental na Torreira, painéis informativos e passadiçosValor 242.488 (valor pago em 2009 99.181)

4. Intervenção de colocação de areias e gestão do dique fusível da Barrinha de EsmorizValor 18.000

44 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

5. Intervenção de requalificação do Cais dos Pescadores da TorreiraValor da intervenção 50.129

Depois

Antes

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 45

6. Limpeza de Jacintos no Rio Novo do Príncipe e Reparação da ponte de Vilarinho / AveiroValor da intervenção 41.808

7. Limpeza da Praia da MacedaValor 5.940

46 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

8. Reposição da Legalidade - Demolições na Praia de MiraValor 130.211

52,5

34,3

7,4

2,4

2,1

0,9

0,4

Ciclo urbano da água

Industriais

Ocupações DPH

Apoios de praia

Aquacultura

Mini-hídricas

Agricultura

ANEXO 3 - Síntese da Aplicação da TRH na ARH do Centro, IP

1. Montante total cobrado da Taxa dos Recursos Hídricos

O valor global cobrado pela ARH do Centro, IP no âmbito da sua área de jurisdição que compreendeas bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis e ribeiras costeiras associadas, relativamenteao período de cobrança de 2008 correspondeu a ! 2.477.761 tendo o valor recebido sido de ! 1.961.154.

2. Distribuição dos valores emitidos por tipologia de utilizadores

O Gráfico seguinte mostra os valores emitidos por tipologia dos utilizadores evidenciando comprincipais utilizadores os associados ao ciclo urbano da água que integra os municípios, as empresasassociadas das Águas de Portugal e os Serviços Municipalizados, e ainda as indústrias.

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 47

Gráfico 1 - Aplicação da TRH portipologia de utilizadores

48 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

Gráfico 2 - Distribuição do valoremitido por componente

Considerando um valor aproximado de 1,5milhões de habitantes residentes na região euma dimensão média de 3 pessoas poragregado familiar, estima-se que a TRH tenharesultado em cerca 5 euros/por agregado/ano.

3. Liquidação da TRH por tipologia deutilizadores

O valor pago da TRH no período acima referidoatingiu cerca de 79% do valor emitido.Relativamente aos restantes 21%, emincumprimento, encontram-se os Municípiose Serviços Municipalizados, e as ocupações dodomínio hídrico. O gráfico seguinte ilustraesquematicamente esta informação.

O Gráfico seguinte mostra a distribuição da THR pelas diversas componentes sendo evidente odomínio das componentes A e E.

34

44

0

12

10

A

E

I

O

U

980 577,37

196 115,47

784 461,89ARH do Centro, IP

INAG

FPRH

20.000,00

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 49

cobrado

emitido

Gráfico 3 - Grau de cumprimento por tipologia de utilizadores

4. Distribuição da TRH

De acordo com o estipulado no Decreto-Lei n.º 172/2009, de 3 de Agosto a distribuição da verbaarrecada 40% é atribuída à ARH do Centro, IP, 10% ao INAG e 50% ao Fundo de Protecção deRecursos Hídricos, de acordo com o gráfico seguinte.

Gráfico 4 - Distribuição da TRH

Municípios

SM

ADP

Mini-Hídricas

Indústrias

Papeleiras

Agricultura

Inertes

Aquaculturas

Apoios de Praia

Ocupações (interior)

Ocupações (litoral )

Ocupações (Ria de Aveiro)

50 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

5. Contributo da TRH para implementar medidas necessárias para a monitorização egarantia da qualidade da água e protecção das bacias hidrográficas sob jurisdição daARH do Centro, IP

Como previsto na legislação em vigor, a taxa de recursos hídricos e o Fundo de Protecção deRecursos Hídricos constituem um instrumento económico que visa a sustentabilidade do sistemade utilização e de gestão dos recursos hídricos. A TRH foi globalmente aplicada em acçõesorientadas para a caracterização e monitorização da qualidade e do estado da água, o controlo douso, a reabilitação e requalificação de pequenas infra-estruturas hidráulicas e equipamentos deutilização de planos de água (cais e pontes cais) e, também, para suportar os custos associadosà gestão dos recursos hídricos. Esta utilização, apenas no primeiro ano de aplicação, demonstraclaramente o potencial que detém para inovar o modo como o recurso é encarado e um incentivopara a adopção de formas mais eficientes de utilização da água e do domínio hídrico. De notar,no entanto que, a par da relevância da responsabilidade das ARH e do MAOT na implementaçãode formas técnica e organizacionalmente mais eficientes para a gestão dos recursos hídricos,a garantia da qualidade da água e da protecção das bacias hidrográficas assenta, também,no contributo de todos os utilizadores e sectores de desenvolvimento económico, bem como naadequação dos modelos de ordenamento territorial que deverão ser compatíveis comas características da rede hidrográfica, as intensidade de uso, as capacidades disponíveis e osequipamentos de tratamento disponíveis e projectados.

6. Projectos previstos/em curso com financiamento do FPRH na ARH do Centro, IP

O FPRH, constituído pelo Decreto-Lei n.º 172/2009, de 3 de Agosto, entrou em funcionamento nodia 1 de Janeiro de 2010. Em breve será publicado o regulamento da utilização do FPRH. Nesteprimeiro ano de aplicação da TRH, foi atribuída por despacho do MAOTDR, para o ano de 2008, aparcela correspondendo a cerca de ! 900.000. Esta verba está a ser aplicada de acordo coma legislação referida sendo de referenciar as seguintes intervenções já realizadas ou em curso:

a) Reabilitação de linhas de água através de limpezas marginais e regularizações de leito e recupe-ração de pequenas infra-estruturas nas bacias do Lis, Lena e Vouga e remoção de infestantesno Vouga;

b) Monitorização da qualidade da água;c) Requalificação de dois cais de acesso à agua na Ria de Aveiro;d) Reposição da legalidade com expropriação e demolição de quatro construções degradadas na

Praia de Mira;e) Intervenção de reposição de areias na Praia de Esmoriz e gestão do dique fusível da Barrinha de

Esmoriz;f) Requalificação de passadiços de acessos em diversas praias da nossa zona costeira;g) Aquisição de placas de sinalização de zonas de risco em zonas costeiras.

O gráfico seguinte mostra a distribuição dos valores pela tipologia de intervenções referidasanteriormente.

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 51

ANEXO 4 - Síntese da execução do Pro-jecto "Reengenharia e Desmaterializaçãode Processos"

1. Objectivos

Este projecto tem como principais objectivospermitir a interacção on-line com todos osclientes institucionais e particulares da Admi-nistração da Região Hidrográfica do Centro, IP,definir e concretizar oportunidades de reen-genharia e melhoria nos processos, estruturaros sistemas de gestão, certificá-los e avaliá--los e melhorar e coordenar os sistemas deinformação. Pretende-se assim, a implemen-tação de instrumentos de suporte e apoio aodesenvolvimento das actividades da ARH quefacilitem a prestação de um serviço de qualidadecada vez mais facilitador do acesso dos cida-dãos à ARH. O Projecto tem um valor globalde ! 859.140 e é constituído pelas seguintestipologias de investimento:

aiii ) Atendimento dos serviços públicos - Balcãoúnico;

bi ) Racionalização dos modelos de organizaçãoe gestão - Racionalização e simplificaçãoorganizacional;

bii ) Racionalização dos modelos de organizaçãoe gestão - Desmaterialização dos processos

biii ) Racionalização dos modelos de organizaçãoe gestão - Promoção da inovação organiza-cional e da gestão.

2. Âmbito

O projecto abrange um conjunto de componentese acções que permitirão, de forma cruzada, aconcretização dos objectivos planeados.O quadro que se apresenta é uma síntese dessasacções.

40,0

23,0

19,0

12,7

3,4

2,0

1,0

Regularização da rede hidográfica (Rios Lena, Lis e Vouga)

Monitorização

Expropriações e reposição da legalidade

Recuperação de cais

Gestão do dique fusível de Esmoiz

Requalificação de praias

Sinalética contra riscos

Gráfico 5 - Intervenções com o FPRH

52 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

3. Notas Finais

O desenvolvimento de um projecto destadimensão, em tão curto espaço de tempo, estáa exigir de toda a organização um esforçosuplementar com o envolvimento de um númerosignificativo de dirigentes e técnicos naconcretização de tarefas enquadradas nasdiversas acções. A sua aprovação tardia, porparte da entidade financiadora, levou a atrasosno arranque e realização de algumas acçõesque transitarão para 2010, com um pesosignificativo, conforme se poderá comprovar nográfico que se apresenta:

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 53

Não obstante o grau de execução ter ficadoaquém do inicialmente previsto, pelas razõesapontadas, os resultados até agora alcançadossão muito positivos: foram implementados ossistemas integrados de gestão financeira e derecursos humanos em toda a ARH do Centro eo mapeamento de processos foi concluído,tendo-se já iniciado tarefas no âmbito do SGQ.Do mesmo modo, foram realizados trabalhosimportantes correspondentes a outras acções,que serão o garante do seu sucesso no ano de2010, designadamente do Plano daComunicação, da Sinalética dos edifícios e daDesmaterialização de processos e do Balcãoon-line - Página WEB e sistemas de interacção

com utilizadores e plano de comunicação.Contextualizando-nos na Missão da ARH -proteger e valorizar as componentes ambientaisdas águas, bem como proceder à gestãosustentável dos recursos hídricos no âmbito daregião hidrográfica do Centro - este projectodecorre de uma vontade interna na qualificaçãodas estruturas de apoio e suporte à actividadeda instituição, considerando tratar-se de umaoportunidade decisiva no engrandecimento daorganização e de todos aqueles que diariamentetrabalham para o cumprimento das suasatribuições, bem como para a criação dos canaisnecessários a uma cada vez maior e melhoracessibilidade dos cidadãos à organização.

Execução do projecto em 2009

69

31

Em execução

Executado

54 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

ANEXO 5 - Síntese do Processo de Elaboração do Plano de Gestão de Região Hidrográfica

Síntese da execução do Projecto "Plano de Gestão de Região Hidrográfica do Centro"

1. Objectivos

O objectivo central do Plano de Gestão de Região Hidrográfica do Centro (PGRH do Centro) éconstituir-se, no limite temporal do ano de 2015, como o instrumento de gestão que garanta ocumprimento dos objectivos ambientais consagrados na Lei da Água e na Directiva Quadro daÁgua, criando potencialidades de execução de medidas que os utilizadores dos recursos hídricosdevem assumir. O PGRH do Centro constituirá a base que enforma o procedimento de instruçãoe definição de critérios conducentes à atribuição de autorizações, licenças e concessões parautilização dos recursos hídricos, requeridas pelo conjunto múltiplo dos utilizadores da água deuma determinada bacia hidrográfica. O projecto terá um valor global de ! 2.620.083.

2. Âmbito territorial

O PGRH irá incidir sobre a área de intervenção territorial da ARH do Centro, IP que no texto éreferida como Região Hidrográfica (RH) compreende, de acordo com o Decreto-Lei n.º 347/2007,de 29 de Maio:

· a bacia hidrográfica do Rio Vouga;· a bacia Hidrográfica do Rio Mondego;· a bacia Hidrográfica do Rio Lis;· as ribeiras da costa compreendidas entre as bacias hidrográficas acima referidas e os espaços

localizados entre estas bacias;· as massas de água de transição, subterrâneas e costeiras associadas a estas bacias;· a bacia hidrográfica da "Barrinha de Esmoriz".

3. Componentes do projecto

O projecto contempla a integração de um conjunto de componentes que confere uma coerênciaentre as diversas acções no sentido de concretizar os objectivos do PGRH do Centro. As principaiscomponentes do projecto podem sintetizar-se do seguinte modo:

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 55

a) A componente "Acompanhamento da execução e validação do cumprimento da metodologiageral do PGRH" assegura a validação das metodologias adoptadas no âmbito do enquadramentolegal e institucional deste projecto.

b) A componente "Caracterização e diagnóstico da região hidrográfica, cenários prospectivos,objectivos ambientais, programas de medidas e sistema de avaliação do PGRH" refere-se à elaboração do Plano, integrando os conteúdos estipulados na legislação em vigor:b1) Caracterização da RH que inclui a uma descrição geral da região: a caracterização geográfica,

climatológica, geológica e geomorfológica, a caracterização das massas de água, a carac-terização sócio-económica, a identificação dos usos e ordenamento do território, usose necessidades de água e ainda a caracterização e análise de riscos. Serão ainda identificadase caracterizadas as zonas protegidas, analisadas as pressões naturais e incidências antro-pogénicas significativas, avaliado o estado das massas de água e redes de monitorização eelaborada uma análise económica das utilizações. Após a caracterização da RH será ela-borado o diagnóstico que inclui uma síntese dos problemas identificados.

b2) Elaboração de cenários prospectivos de modo a traçar um quadro de evolução para aRegião Hidrográfica que vão sustentar uma adequada fundamentação dos objectivos a definire programa de medidas.

b3) Definição de objectivos ambientais: cenários de desenvolvimento, fixação de objectivosambientais para as massas de águas superficiais e subterrâneas, identificação dos objectivosem que se prevê o recurso a prorrogações.

b4) Programa de medidas: identificação e caracterização de medidas básicas, mediadas suple-mentares e medidas adicionais, avaliação da viabilidade das medidas, programação e calen-darização, justificação de potenciais prorrogações.

b5) Sistema de avaliação e acompanhamento: modelo de avaliação e acompanhamento.

c) A participação activa e devidamente sustentada de todos os interessados, quer se trate de insti-tuições quer do público em geral, em todas as fases do processo de planeamento das águas,é um dos requisitos constantes na DQA (artigo 14º) e na Lei da Água (artigos 26º 84º), consubstan-ciando ainda uma concretização da Convenção de Aarhus. Na componente "Participação pública",vão ser disponibilizados ao público todos os documentos relevantes relativos à elaboração,revisão e actualização do plano, devendo ainda existir períodos específicos de participação emdeterminadas fases do processo, para envio de contributos e integração dos vários documentosna versão final.

d) A componente "Avaliação Ambiental Estratégica" decorre da obrigatoriedade do regime definidopelo Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, que estabelece o regime a que fica sujeita a ava-liação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente, transpondo para a ordemjurídica interna as Directivas n.º 2001/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Junho e Directiva n.º 2003/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Maio.

e) Os diversos documentos/informação produzidos no âmbito do PGRH obrigam à utilização de uminstrumento que permita um fácil manuseamento/partilha de informação entre os diversosintervenientes na elaboração do plano. Este será concretizado através da componente "Desen-volvimento de plataforma electrónica colaborativa para implementação do PGRH".

f) Componentes de consultadoria: tendo em conta as especificidades e complexidade dos diferentestrabalhos previstos, é necessário recorrer a especialistas para colaborarem na sua elaboraçãonas diferentes áreas temáticas que integram o PGRH.

56 | ARH | Relatório de actividades, 2009 | Anexos

4. Estrutura organizativa

Trata-se de um projecto que envolve diversos intervenientes para o qual a ARH do Centro, IPimplementou uma estrutura organizativa que se encontra representada na figura seguinte.À coordenação executiva compete coordenar e articular os diferentes intervenientes no PGRH.A equipa interna assegura a articulação com a Autoridade Nacional da Água e com as restantesARH nas diferentes áreas temáticas trocando informação, definindo metodologias, apreciandopropostas técnicas e identificando necessidades de estudos complementares.

5. Execução financeira do projecto em 2009

A aprovação tardia do projecto, por parte da entidade financiadora, levou a atrasos no arranquee realização de algumas acções que transitarão para 2010. Pretende-se com o seguinte quadroapresentar o grau de realização financeira do projecto:

Coordenação GeralPresidência

EquipaConsultores

Comissão de AcompanhamentoINAG, I.P.

CoordenadorExecutivoEquipa Interna Apoio Técnico

Administrativo

Caracterização geral daRegião Hidrográfica

Recursos hidrícossuperficiais interiores Sistemas de informação Participação pública

Recurso hídricos do Litoral

Vigilante da Natureza 1A. Ambiental Estratégica Análise económicaRecurso hídricos

subterrâneos

Programa de medidasObjectivos ambientais

Comissão de Acompanhamento(CRH)

Anexos | Relatório de actividades, 2009 | ARH | 57

Execução do projecto em 2009

6. Notas Finais

O desenvolvimento de um projecto desta dimensão, em tão curto espaço de tempo, exige de todaa organização um esforço significativo e o envolvimento de um elevado número de colaboradorespara o desenvolvimento das diversas acções. A componente central do projecto "Caracterizaçãoe diagnóstico da região hidrográfica, cenários prospectivos, objectivos ambientais, programas demedidas e sistema de avaliação do PGRH" foi objecto de abertura de concurso público internacional,dados os montantes envolvidos (! 1.340.636 ). Trata-se de um processo complexo e moroso doponto de vista jurídico e técnico, o que condicionou o grau de execução deste projecto e de todasas componentes que dele dependem.

91

9

Em execução

Executado

Caracterização da Região Hidrográfica

Síntese da caracterização e diagnóstico da Região Hidrográfica

Cenários Prospectivos

Objectivos estratégicos

Programa de medidas

Sistema de acompanhamento e avaliação

Consulta pública

Versão Final do PGRH

Relatório de definição de âmbito

Relatório Ambiental

Relatório Ambiental para consulta pública

Declaração Ambiental

Ficha Técnica

Título: Relatório de Actividades 2009Edição: Administração da Região Hidrográfica do Centro, IPConcepção Gráfica: GO UP designDepósito Legal: 311 900/10Tiragem: 400 exemplaresImpressão: marca-ag.com Porto_05.2010

Administração da Região Hidrográfica do Centro, IPEdifício “Fábrica dos Mirandas” · Avenida Cidade Aeminium · 3000-429 CoimbraTel.: 239 850 200 · Fax: 239 850 250 · [email protected] · www.arhcentro.pt