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NOVAS ATIVIDADES DO GRUPO NO CELUCA

Iniciamos oficialmente essas novas atividades em 18 de Junho de 2015.

Começamos sem saber exatamente o que deveríamos fazer, mas com

sentimentos que algo novo deveria ser feito. Em todos podíamos perceber

medo, apreensão, curiosidade, dúvidas, mas uma sensação de estar

fazendo o certo nos unia.

Discutimos em grupo ideias e sugestões para iniciar e realizar o trabalho

apoiado nas pesquisas do grupo. Havia sugestão ampla de bibliografia,

vídeos e artigos que todo o grupo deveria estudar.

Por várias semanas fizemos vibração para o trabalho, e solicitamos

sempre a presença dos protetores espirituais e guias para executarmos a

tarefa em nome do Mestre Jesus.

Ao final das reuniões sempre abrimos espaço para orientação do Mentor

do trabalho, através de psicofonia.

Todas as reuniões foram gravadas e nossas atividades estão à disposição

para os interessados conhecê-las através do blog:

http://espiritualista.amplarede.com.br/peregrinos-nova-era/

Vale enfatizar que o Mentor do trabalho deixa claro que estamos todos

em processo de treinamento.

Começamos então a identificar as Fraternidades e ou trabalhadores do

Espaço que estavam presentes, através de descrições visuais dos médiuns

e sentimentos e percepções de todos.

Depois, realizamos um exercício de visualização da cor de nossa luz, a que

nos protege e harmoniza e passamos a realizar isso no início dos

trabalhos, após a preparação habitual.

Começamos então os exercícios de desdobramento onde o dirigente do

nosso grupo, através da psicofonia, transmite as orientações da entidade

que eu chamo de “Nosso Guia” ao grupo durante as atividades.

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Durante esse desdobramento muitas vezes o nosso Guia nos solicita

descrevermos o que estamos vendo ou sentindo e cada um tem a

oportunidade de falar. Ele vai nos orientando. Ao final da atividade, pede

que todos voltemos à nossa sala novamente. E então, há um momento

onde abre para cada um na sua vez, dizer algo sobre a experiência daquela

noite, e, quando necessário, ele faz algum comentário.

Ao encerrarmos essa parte do trabalho, abrimos espaço para

representantes das Fraternidades, mentores das atividades, trabalhadores

do plano espiritual e espacial, se manifestarem através de psicofonia, ou

um membro do grupo pode também descrever alguma sensação daquele

momento.

Depois disso, abrimos espaço para a mensagem do Mentor do Grupo e

finalizamos com vibrações gerais.

Em Julho/2015 resolvi iniciar este trabalho de transcrever as experiências

que tive durante os desdobramentos. Essa transcrição é livre, não é uma

psicografia e trata apenas daquilo que me lembro ter vivenciado,

percebido, visualizado e sentido durante o desdobramento. Não coloco

aqui os comentários ou descrição de cenas dos outros companheiros de

trabalho, visto que não são minhas experiências pessoais. Além disso,

lembro novamente que todas as nossas reuniões são gravadas e estão

disponíveis para quem desejar estudá-las.

Nosso pensamento é de gratidão pela oportunidade de trabalho na seara

do Mestre Jesus e pedimos que sempre seja abençoado!

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Atividade realizada em 23/07/15 – Castelo de Seres Tijolos

(.....)Primeiramente visitamos a nave espacial. E no meio desta visita eu me senti muito mal, flutuando para todos os lados como que totalmente solta e sem gravidade. Senti enjoo e sensação de estômago embrulhado. Quando mencionei isso, o Guia esclareceu que eu estava flutuando do lado de fora da nave, olhando-a de fora.

Nosso Guia nos orientou que iríamos a um castelo no umbral inferior que era dominado por entidades maléficas fazer o resgate da noite. O lugar era escuro mas era possível ver, como numa penumbra. O castelo era imenso e parecia incrustrado ou bem próximo aos pés de uma montanha, e era localizado em um vale montanhoso. Em volta do castelo se via apenas montanhas altas e escarpadas com picos altos e o céu escuro em tons de azul marinho e roxo. O ar do ambiente era pesado e carregado.

Adentramos ao salão principal e fomos orientados a ali permanecer sem dispersar. Diante de nós, à frente havia uma escadaria bem larga com corrimão dos dois lados. No alto, se formava uma plataforma e depois se abria para a direita e para a esquerda, e de ambos os lados seguiam-se escadas para andares superiores que não podíamos ver dali. Lá dentro parecia tudo quieto e tenso.

Então reparamos nas paredes em volta daquele salão principal. Pareciam ter rostos com expressões desesperadas e pedaços de membros humanos desenhados ou esculpidos ali. De repente percebemos que eram pessoas – espíritos humanos – realmente ali, eles formavam a estrutura da parede, eram como “seres tijolos”, que sustentavam aquele lugar.

Fomos orientados a resgatá-los, retirando-os das paredes com muito amor e cuidado, pois a sensação é que iriam esfarelar como areia. Eu me aproximei da parede do lado esquerdo do salão e comecei a retirar o ser dali, retirando-o com cuidado somente com as mãos, até ficar totalmente solto para sair com o corpo todo. Imediatamente estavam a postos os maqueiros de branco para auxiliar e os resgatados eram colocados em macas e recolhidos. Um a um, eram retirados das paredes que começava assim a se desfazer. O aspecto deles era quase como uma escultura em barro, ou uma figura mumificada, pareciam estar extremamente desidratados, secos. Assim fizemos sucessivamente até o Guia nos chamar para nos reunir no centro do salão, pois o resgate estava terminado e não tínhamos mais tempo. Nosso Guia nos orientou a subir as escadas e ficarmos na plataforma intermediária todos juntos. Neste momento, um de nossos amigos do grupo disse para esperar porque queria fazer algo para continuar mais resgates. O Guia cedeu por alguns segundos e disse depois q não tínhamos mais tempo, e que seríamos recolhidos por cima. Quando olhei para cima, cheguei a ver algumas entidades descendo pelas escadas laterais, mas foi muito rápido, pois imediatamente o local explodiu ou implodiu como um vulcão em erupção e embaixo de nós tornou-se um buraco imenso.

Assim, orientados pelo Guia fomos até o hospital de resgate aonde já havíamos estado anteriormente. Ao chegarmos lá, os resgatados estavam lado a lado em suas macas e estavam recebendo com uma “chuvinha” energética que parecia água. Então

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adentraram ao salão seres que se identificaram com Irmãos de Saturno, que realizaram um tratamento nos resgatados. Eles ergueram as mãos e muita energia foi enviada para os necessitados. Então, orientados pelo Guia retornamos à nossa sala no Celuca.

Ao retornarmos, o Guia nos explicou sobre a importância de seguirmos fielmente as recomendações que recebemos durante a execução dos trabalhos de resgate. Nos alertou sobre o risco que nos colocamos e aos outros companheiros também quando não nos mantemos todos próximos e unidos ao grupo. Além disso, reforçou o trabalho imenso que está por trás disto, todo o planejamento, a preparação anterior e envolvimento de vários trabalhadores dos dois planos para ser possível o resgate naquele momento, e que é nossa responsabilidade não comprometer o trabalho, visto que as consequências poderiam ser muito sérias.

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Atividade realizada em 30/07/15 – Seres Arvorizados

Nosso Guia nos orientou a nos soltarmos e relaxarmos ao máximo os pensamentos. Orientou que estaríamos levitando juntos. Nos perguntou aonde estávamos indo e o que estávamos vendo.

Senti o corpo flutuando solto. Senti a presença de meu Mentor me acompanhando e percebi e estávamos todos saindo da sala, embora não conseguisse visualizar a cada um, sabia que estavam lá. Eu vi a nave espacial, a mesma da semana anterior, entretanto, do lado direito eu via muita névoa, em um local q parecia uma floresta fechada com árvores altas meio secas, muitas folhas e umidade pelo chão. Nada era nítido devido à névoa. (por alguns momentos eu pensei que estava em um lugar errado, que não era aonde devia estar e tinha me afastado do grupo-de novo!)

Nosso Guia nos orientou a entrar na nave, no mesmo salão onde já estivemos na semana anterior e nos disse que ele estava diferente e q havia alguém nele, se víssemos poderíamos descrever.

O salão era circular e amplo, na parte superior tem como janelas ou visores somente de vidro (ou algo transparente como vidro), como se houvesse outro pavimento superior de onde se pudesse observar embaixo. Havia algo como mesas de apoio embutidas na parede ao longo da circunferência da parede do salão. No meio do salão havia algo como uma porta alta e larga. As entidades de outro orbe entraram pela porta, se aproximaram e se posicionaram diante de nós formando um semi-circulo na frente destas mesas, olhando para nós. A sensação foi boa, me transmitiram simpatia e cooperação. Identifiquei serem com traços femininos e masculinos. O traje era comprido até o chão e não dava para ver os pés. Não era leve como as túnicas, mas parecia algo “engomado” ou “acolchoado” porém confortável. Na altura dos ombros havia um “babado” mais alto do mesmo tecido, e também com gola alta no pescoço que era bem fino. O ser possuía braços bem longos e mais delgados, onde as mãos passavam um pouco a altura do joelho. Mãos pequenas e dedos longos. O tecido da roupa nas mangas era diferente, algo bem fino e grudado ao braço até o pulso como mangas compridas. Os olhos eram grandes e em formato amendoado, o nariz não era proeminente como o nosso e não tinham cabelos. (em comentário de uma amiga do grupo, talvez estivesse de máscara, ou algo assim)

Depois disso, nosso Guia nos disse que eram seres de outro planeta e que estavam ali para trabalhar na tarefa da noite conosco.

Seguimos então com o Guia levitando novamente até outro ponto aonde seria realizada a tarefa da noite no Umbral Inferior. Ele iniciou descrevendo que se tratava de um lugar com muita névoa, para tomarmos cuidado para não nos perdermos do grupo e ficarmos próximos. (neste momento eu fiquei mais tranquila por já ter visto a névoa e o local no início do trabalho! Apesar de ter me antecipado, pelo menos não estava tão perdida!)

Caminhamos por um local escuro, com névoas densas, árvores escuras e folhas e galhos pelo chão, até um ponto aonde havia uma fenda entre montanhas escarpadas e

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passamos pela fenda e encontramos uma clareira escura em forma circular, com ar pesado. Havia árvores altas e escuras com galhos escuros e retorcidos. Com um olhar mais atento, via-se que nas árvores, aqueles troncos, os galhos, as raízes, eram seres (parecidos com pessoas mesmo), eles eram a árvore, ou a árvore era eles. Um olhar mais atento, era possível ver as formas de rostos e corpos na constituição da árvore. Mas não era cada árvore uma única pessoa, mas muitas pessoas estavam `arvorificadas` constituindo a árvore inteira. E havia inúmeras árvores naquele local. Pelo que ouvi do Guia então, havia na casa de milhares de pessoas ali.

Fomos orientados que nosso trabalho era retirar as pessoas arvorificadas dali, usando todo nosso amor e carinho e colocá-los nas macas. Eles podiam ser retirados com carinho como frutos que se colhe em árvores frutíferas. Os maqueiros, com seu uniforme de calça comprida e camiseta de manga curta brancos já se aproximaram e estavam lado a lado conosco. As macas são bem simples com duas barras metálicas brancas paralelas em uma lona branca no centro.

Eu me aproximei de uma das pessoas e coloquei a mão direita no chacra frontal e com a mão esquerda apoiava a parte de traz da cabeça para deixá-lo não cair no momento de se desprender da árvore e como q desfalecidos, adormecidos, os colocava na maca, pois os maqueiros são muito ágeis e ficam ao nosso lado dando todo o suporte. Assim segui retirando um após outro. Todos pareciam figuras escuras, marrons, com galhos, troncos ou raízes.

Quando todos haviam sido retirados nos afastamos das árvores e nos agrupamos novamente com o Guia. Observamos que todas as macas estavam colocadas no centro da clareira, entrelaçadas, formando um círculo e então os nossos amigos de outro orbe que estavam conosco fizeram um círculo em volta deles e ergueram suas mãos e assim as macas começaram a levitar. Tinha uma luz muito clara em todo o local. As macas subiram e sumiram todas juntas levando os regatados para assistência especifica.

Nosso Guia nos orientou então que nós ficaríamos ali no local e veríamos o que ia ser feito. Nos orientou que nós deveríamos arrancar as árvores que haviam restado, que na verdade, eras como “cascas” vazias. Formamos duplas e puxamos as árvores da terra, e elas eram arrancadas sem muito esforço físico. Todas as árvores foram colocadas no centro, onde antes estavam as macas. O Guia nos explicou que máquinas se aproximavam e a descreveu com escavadeiras revolvendo a terra. Eu não vi essas máquinas, mas vi algo enorme e circular como um capacete se aproximar do alto em cima das árvores arrancadas e só o que percebi depois foram cinzas.

Então, pequenas naves semelhantes àquela maior que já tínhamos ido antes, se aproximaram no alto e se posicionaram em um semi círculo no alto. Então começaram a emitir luzes de várias cores, como holofotes em vai e vem na direção do solo. Nosso Guia nos disse que estavam fazendo um processo semelhante à adubação do solo e tornando-o fértil.

Depois disso, nosso Guia nos descreveu que o local estava sendo replantado com novas plantas e que ali imperaria o Amor do Cristo a partir de então, contaminando toda a região com o Bem Maior.

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Eu não consegui acompanhar esse replantio. Na verdade confesso que minha mente ficou concentrada na parte do equipamento que eliminou os restos das árvores e também na questão de que lá não havia Sol, sequer uma brecha. Então meu lado racional se recusava a aceitar como o local novo e verdejante iria sobreviver sem Sol. Certamente minha falta de fé e incompreensão falou mais alto!

Nosso Guia então nos conduziu ao retorno.

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Atividade realizada em 06/08/15 – Retribuindo auxílio na caverna

Nessa noite, nosso Guia nos disse que realizaríamos duas atividades. Primeiramente iriamos retornar à nave espacial que agora estava localizada acima do Celuca e depois iriamos a um resgate.

Nos orientou a relaxarmos e deixar nos levar pelo coração. Senti o corpo leve, flutuando no ar e a presença de Amigos ao meu lado me guiando, senti também que estava flutuando com os companheiros do grupo. Consegui ver a nave por fora antes de entrar. O Guia nos levou até o Salão de entrada da nave, o mesmo onde já estivemos outras vezes e pediu que descrevêssemos como estava naquela noite.

Eu vi o mesmo salão oval, com janelas de vidro (ou algo semelhante) como se fossem visores de um andar superior na parte de cima da sala. Na frente, no meio do salão uma porta alta e larga. Em todo o contorno os mesmos suportes ou apoio como mesas. Desta vez, havia dois pilares como se fossem colunas do piso até o teto, de cada lado, em um total de quatro. Quando descrevi, nosso Guia disse que eram mesmo algo de sustentação. Também havia seres com rosto fino e cabeça pequena, roupas compridas, de material parecido com sintético acochoado cor prateada, até os pés, parecia engomado, mas confortável. Olhos amendoados, boca pequena. Eu vi dois seres do lado direito do salão. Tive a sensação que um era masculino e outro feminino. Outros companheiros do meu grupo descreveram algumas coisas como uma tela e controles que eu não visualizei no local.

Depois disso, nosso Guia nos orientou a sair da nave e visualizá-la por fora e descrevê-la. A nave é arredondada, formato disco, porém alta, não fina e vai formando a parte de cima como uma tenda de circo, onde na ponta superior fica uma espécie de cúpula que é a parte mais alta da nave. Um pouco abaixo existem como faróis em toda a volta com luz na cor branca. Na largura da volta da nave, também existem esses faróis brancos ao longo do perímetro. A cor é prateada, como aço escovado.

Nosso Guia nos pediu então para nos desligarmos da nave e partirmos para a segunda etapa do trabalho. Iríamos a uma caverna localizada no umbral médio. Ao chegarmos lá solicitou que a descrevêssemos.

Tratava-se de uma caverna com entrada larga e alta, como cavada em um pedaço de montanha, pois era de terra marrom. Na parte de cima como formando uma cortina até o chão da entrada havia plantas que estavam recolhidas e amarradas para o lado esquerdo superior da caverna e dessa forma a entrada estava totalmente livre. O caminho interno já estava iluminado e preparado para nossa chegada. Seguindo orientação do Guia adentramos a caverna e procuramos por portas. Tanto o chão quanto as paredes estavam com terra bem batida, como se tivessem sido cavados por equipamentos de construção, não estavam esfarelando como terra solta. As portas que vi eram altas e largas de ferro bem escuro. Nosso Guia nos orientou a abrir e entrar e ali realizar o resgate de quem se encontrava, nós mesmos trazendo-os para fora da caverna. Ao adentrar, encontrei vários espíritos que pareciam pendurado e estavam amarrados pelos braços, murmurando algo que não dava para entender

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direito, todos pareciam embriagados. Tinham a forma mesmo de uma pessoa e pareciam fisicamente fortes. Peguei pelos ombros de um dos que estavam ali e como pude, o arrastei para fora da sala e dai para fora da caverna, lá fora, já estavam as macas branquinhas e os maqueiros de branco também aguardando para acomodar cada um. Eles me ajudaram a colocar o resgatado na maca e então o Guia nos chamou para nos reunirmos a ele e explicou que iriamos novamente entrar para outro resgate. Senti que os meus companheiros estavam lá comigo e que todos adentramos novamente à caverna. No trabalho desta noite percebi as minhas roupas e a dos outros companheiros que eram túnicas brancas que não se sujaram com a terra, nem nos atrapalharam no trabalho embora fossem compridas e de mangas compridas e largas. Nosso Guia nos levou até um local que parecia a parte mais baixa e o final da caverna, e disse que havia um ser lá necessitando muito do resgate. Eu imaginei que era pequena o suficiente para entrar lá e fui como que escorregando deitada de barriga para cima, pelo chão que ai me pareceu que a terra estava solta. Vi o resgatado lá no escuro e fui puxando-o pelo braço e trouxe até a parte aonde o Guia estava. Ele estava fraco fisicamente e debilitado. Balbuciava algo que não pude entender, mas parecia um lamento de dor. Estava sem camisa, e dava para ver as costelas no tronco magro dele e estava desidratado, com os lábios bem secos. Ele tinha algo semelhante a uma coroa de espinhos escuros na cabeça, como a da imagem de Jesus. Não conseguia arrastá-lo sozinha e percebi que eu o puxava por um braço e outro companheiro, que não saberia identificar quem era, o puxava pelo outro e assim o arrastamos até fora da caverna onde estavam os maqueiros.

Novamente o nosso Guia nos chamou a reunirmos e disse que percebia que estávamos cansados, mas precisaríamos entrar novamente para um resgate muito difícil de espíritos que não queriam ser resgatados. E nos lembrou que um dia isso também foi feito por nós, em situação inversa, com nós sendo os necessitados de resgate.

Adentramos então a caverna e desta vez nos dirigimos a uma porta no final da caverna, do lado direito de onde havíamos resgatado o espirito anterior com espinhos na cabeça. A porta era bem pequena e baixa e ao comando do Guia, surgiram alguns de seus Auxiliares para abrir a porta, empurrando-a para dentro. Assim que entramos os espíritos começaram a fugir e a se esconder por caminhos internos que pareciam um labirinto de formigueiro. Eles estavam pelo chão, outros caminhavam rapidamente para se esconder. Todos sentiam medo e estavam magros, com algumas deformidades na aparecia humana, parecendo quase animais, com pequenas garras no lugar de unhas, cabelos longos, costas curvadas até o joelho, pés deformados com menos dedos. Nosso Guia nos disse que clamássemos o Amor do Pai para tocar seus corações. Eu comecei a vibrar coisas boas e positivas e caminhar atrás deles, mas escapavam, se esquivavam e se escondiam e eu não sabia como alcançá-los. Então tive uma idéia que sinceramente, não sei de onde, mas pareceu que eu saí de mim mesma e me vi sentada no chão, encostada na parece, falando coisas boas e bonitas, cantando um pouco baixinho, orando um pouco e assim vários espíritos foram se aproximando de mim sem medo, se acomodando ao meu lado, deitando na minha perna, ouvindo o que eu falava ou simplesmente sentindo aquela energia de paz. O Guia nos chamou a trazer os resgatados para fora da caverna e assim eu fiz. Sai daquela sala seguida por pelo menos três espíritos e os levei para o lado de fora.

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O Guia nos disse para nos reunir, explicou que os resgatados já estavam sendo levados para assistência devida e que nós deveríamos então retornar à nossa sala de trabalho no Celuca.

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Atividade realizada em 13/08/15 – Colônia da Luz

Nosso Guia nos informou que iriamos retornar ao mesmo local do trabalho de socorro da semana anterior para finalizar o trabalho, pois havia ainda muitas entidades a serem resgatadas.

Nos concentramos e, desta vez, parece que fomos todos juntos em círculo, de mãos dadas (espiritualmente). Eu me senti leve, flutuando e me vi diante da mesma caverna, com a parte de plantas verdes presa para o lado esquerdo e a abertura bem grande. Já estávamos todos com as mesmas roupas: túnicas brancas com uma faixa larga na cintura. O Guia nos orientou a seguir direto para a última sala na parte mais baixa e estreita da caverna. Passamos pelo túnel da caverna e fui vendo do lado direito as outras portas maiores q já havíamos entrado antes. A porta pequena desta vez se abriu com facilidade e também já estava o ambiente com tochas para iluminar. A instrução era entrarmos e regatarmos as entidades para fora da caverna.

Logo que entrei várias entidades se aproximaram de mim, como se me esperassem. Ficaram em volta das minhas pernas, nas minhas costas. E eu sentia uma felicidade, por eles estarem ali. Muitos corriam por entre os caminhos de labirinto escuros internos para fugir de medo e para se esconder. As entidades pareciam ser baixas e pequenas porque na verdade estavam passando por um processo de deformação do corpo. Alguns andavam cambaleando de um lado para outro pela deformidade nas pernas e nas costas, outras eram extremamente magras, curvados para frente, com cabelos fininhos parecendo apenas um chumaço. Todos tinham olhos esbugalhados, boca bem pequena, nariz grande, pele bastante deformada. Em alguns momentos eu cantarolava algo suave eles se aproximavam mais ainda. Então fui caminhando com vários ao meu redor, conduzindo-os para fora da caverna. Do lado de fora, havia já a postos os maqueiros que acomodavam aqueles q tinham mais dificuldades. Desta vez, havia também uns equipamentos de transporte diferentes parecidos com aquelas bigas romandas, sem a parte da frente aonde iam os cavalos. As entidades eram colocadas nessas ‘bigas’ e ficavam confortáveis para o transporte, algumas eram para uma única entidade outras maiores, para mais ao mesmo tempo. Essas ‘bigas’ flutuavam pelo chão, não muito alto, mais ou menos a 50 cm. Para auxiliar a tantas entidades, havia vários outros trabalhadores servindo e apoiando, mas não poderia descrever todos em detalhes.

Retornei à caverna para continuar o resgate e novamente quando entrei algumas entidades se aproximaram de mim. Nosso Guia nos disse que estavam em nossas mãos alguns equipamentos que nos auxiliariam no resgate. Percebi algo maior que uma lanterna de metal claro e leve, como alumínio e que parecia ter luzes. Com o olhar eu podia ver várias outras entidades se escondendo no escuro e então usei esse farol para iluminar na parte do fundo da caverna. Novamente saí de lá com algumas entidades resgatadas à minha volta.

Então o Guia nos disse que o trabalho lá estava terminado e que levaríamos os resgatados para uma colônia. Para isso, todos seguiríamos a pé por uma trilha em caravana. Essa caravana estava então repleta de pessoas: as macas eram conduzidas

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por dois maqueiros cada, alguns seguiam na ‘biga flutuante’ que ia no ritmo da caravana, nós e outras muitas entidades que nos auxiliaram lá. Então percebi dos dois lados da estrada, fazendo um corredor, estavam cavalos brancos com cavaleiros de armadura no peito dourada e no elmo uma penugem vermelha. Nosso Guia informou serem a escolta dos Cavaleiros de Ricardo, e imediatamente quando olhei novamente para eles, pareciam ser gigantescos, enormes mesmo, cavalgando lentamente ao nosso ritmo. Os soldados estavam concentrados, mas transmitiam paz.

Então paramos e nosso Guia informou que havíamos chegado na Colônia da Luz. Que era especializada em atendimentos deste tipo de socorridos que estávamos trazendo.

A colônia se erguia alta e imensa como um forte de uma vila medieval. Os muros altíssimos que a cercavam pareciam ser feitos de pedra e areia, tinham a cor ocre. Formava um retângulo e nos quatro cantos tinham, mais altos ainda, algo como mirantes ou guaritas e em cima delas balançavam ao vento bandeirinhas vermelhas. Na entrada uma escadaria de poucos degraus, mas bem largos que formavam como uma plataforma. E o portão gigantesco e alto parecia precisar de muita força para ser aberto. Todo o local era envolvido por uma luz amarelada intensa. Não havia sol ou céu que eu pudesse ver, era como se essa luz formasse uma cúpula em volta de tudo.

Nosso Guia nos avisou que seriamos recebidos pelo pessoal da colônia e eles apareceram pela porta que ficou entreaberta e nos recepcionaram com muita alegria, do lado de fora, felizes por estarmos lá, mas não surpresos por nos ver, parecia que já nos conheciam ou já sabiam sobre nós. Tinham a aparência humana normal como a nossa e estavam alguns com calça comprida e uma blusa-túnica e outros apenas com essa túnica. Havia homens e mulheres e todos ficaram conversando com nosso grupo na plataforma mais alta da escadaria, deixando a porta entreaberta.

Eu estava flutuando, ou volitando. Me sentia presa de alguma forma naquelas pessoas na escada, mas não conseguia descer até lá por mais que me concentrasse nisso. Parecia que eu era uma pipa de criança lá no alto, ligada por um fio apenas. De cima eu podia ver boa parte da colônia por cima. Havia árvores verdes, grama, flores, um edifício baixo bem na entrada, um caminho, ou alameda que terminava no final do muro oposto à entrada aonde tinha outro edifício mais alto. E esse caminho derivava em outros caminhos mais curtos para a direita e para a esquerda.

Alguns de meus companheiros narraram experiências dentro da colônia, entretanto eu não entrei lá. Informei ao nosso Guia que estava flutuando do lado de fora e ele assentiu sem parecer se incomodar. Talvez eu não devesse entrar. Ele nos disse também que estávamos dispersos, cada um em um lugar e eu senti que ele nos aguardava ali, como um pai aguarda os filhos q estão a brincar um pouquinho em um parque. Então ele solicitou que retornássemos a nossa sala no Celuca e confirmou que aquela caverna seria fechada embora ainda tivessem entidades por lá, pois as que restaram não tinham condições ainda de serem recolhidas. Nos disse também que cada um de nós tem sua função específica no grupo.

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Atividade realizada em 21/08/15 – Campo do Amor

Nesta noite o nosso Guia nos informou que iniciaríamos o trabalho de forma diferente. Iríamos a um local do plano superior, com energias superiores e já nos alertou que ele não tinha certeza se todos conseguiriam ir, mas todos deveríamos nos acalmar e confiar nos amigos espirituais, relaxando o corpo físico.

A sensação que tive foi de estar subindo, flutuando e senti que estava em algum lugar muito claro, com uma luz amarelada natural, ao ar livre. Passava a impressão de ser aberto, como um campo ou jardim imenso, dava a sensação de liberdade. Não conseguia ver com nitidez, me parecia que estava com uma névoa densa ou com muitas nuvens brancas. Mas vi duas entidades que me pareciam muito grandes, ao mesmo tempo em que eu me sentia muito pequena. Mas eram serenos, alegres, sorridentes, vestiam uma túnica comprida e não via os pés, como se eles flutuassem. Me pareceram de pele bem clara e cabelo bem claro também, quase dourado. Por um instante tive a lembrança das imagens de anjos comuns em pinturas das igrejas, mas logo afastei esse pensamento com medo de criar um paradigma ou comparação pré-concebida. Ficamos ali algum tempo, o Guia nos pediu para descrever o que víamos de onde estávamos e alguns colegas descreveram coisas que eu não vi no local. Logo depois o Guia nos disse que partiríamos para a segunda parte do trabalho no umbral médio.

Então minha sensação foi de estar descendo em um túnel escuro e já me vi com a túnica branca e prestei mais atenção na faixa da cintura que era verde com detalhes como nervuras em amarelo. O Guia solicitou que ficássemos juntos, pois iriamos descer por um caminho escarpado, íngreme entre as montanhas. Então eu consegui ver de cima (eu flutuando novamente) nossa equipe, toda de branco, um atrás do outro, em fila descendo pelo caminho estreito e escuro de penumbra naquela região. Todos caminhando concentrados, com determinação. Fiquei um pouco preocupada por novamente não conseguir descer até onde estava o grupo e então nosso Guia disse que estávamos nos aproximando de um campo como uma floresta cheia de árvores bem altas. Neste momento, redobrei meu esforço e minha concentração para descer e acompanhar o grupo e quando Ele descrevia as árvores, eu já estava lá ao lado de todos, observando as árvores também. O Guia nos disse para sermos atentos ao que estava pendurando nas árvores, que eram seres que precisavam ser resgatados daquele local.

Aquela floresta parecia ter sido plantada e não naturalmente formada. As árvores eram altas, cheias de galhos e folhas estranhas bem escuras, mas a distância entre elas era padronizada, parecia também que formavam corredores dos dois lados, como se tivessem realmente sido organizadas daquela forma. Pendurados nos galhos estavam esses seres que embora fossem humanoides, ao mesmo tempo tinham uma aparência estranha. A cabeça era mais comprida na parte de cima, o corpo bem arredondado como se fosse apenas o tronco e as pernas curtas e os braços finos e compridos que só apareciam em alguns deles. Tive a impressão certa de que todos eram iguais, como seres criados artificialmente ou gêmeos. Alguns estavam pendurados nos galhos pelos braços, outros por uma extensão do corpo que ainda não eram os braços. Mas tinham

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todos um ar de solidão, vazio e sofrimento. Fomos recolhendo os seres das árvores conforme a orientação do nosso Guia que também nos disse que estavam presentes o grupo de auxilio das Filhas de Maria. Eram mulheres, vestidas com saias cor ocre até o tornozelo e aqueles mantos parecidos com os de freiras nas suas cabeças também ocre, nos pés tinham sandálias simples de couro. Podia-se sentir a serenidade, paz e amor que elas envolviam a todos. Eu tirei alguns seres das árvores e alguns conseguiam se apoiar no meu ombro para caminhar, outros não. Então surgiram os equipamentos de transporte para onde nós íamos colocando cada ser retirado das árvores. Esses equipamentos eram parecidos com o do socorro anterior, no sistema de “bigas flutuantes”, com a diferença que desta vez elas não eram individuais, mas coletivas, eram maiores, como uma carroça aberta. Também porque os seres eram menores e cabiam vários, confortavelmente em cada uma.

Ao término do recolhimento dos seres, nosso Guia nos chamou para observarmos o que iria acontecer com aquele local que fora até o momento um campo da dor e nesse momento estava terminado, e seria definitivamente destruído e transformado em um Campo de Amor. Surgiram luzes imensas do alto e as árvores foram sendo reduzidas, como se desintegrassem devagar, virando poeira, e depois recolhidas, o campo ficou totalmente vazio e novas luzes foram vistas agora como holofotes em direção ao chão e de repente foi surgindo um gramado verde, senti o cheiro de chuva caindo na terra, embora não houvesse chuva. E no final do campo, na direção oposta à que estávamos, havia um pequeno lago e nosso Guia nos disse ser uma nascente d’água. Ele nos convidou a sentir a nova energia do lugar e eu pisei na grama, descalça, senti uma grama bem macia e fresca.

Nosso Guia então nos chamou para voltarmos à nossa sala no Celuca e nos disse que os seres que auxiliamos a serem resgatados haviam sido trazidos para lá para receber as energias que mais necessitavam. Eles estavam todos sentados em bancos como os de madeira em ginásios, com três andares, em torno de nós. Eles estavam limpos e todos quietos, apenas observavam sem esboçar algum sentimento maior. Fazendo uma corrente em torno deles estavam entidades de várias Fraternidades, algumas da segurança, da limpeza, e várias outras que estavam prestando auxilio no momento. O Guia nos conduziu em uma vibração cheia de amor e então no centro da roda que formávamos, havia uma entidade totalmente diferente das outras, bem alta, corpo esguio, roupa comprida, sem aparecer os pés, flutuando baixo ela levantou os braços e imediatamente surgiram três esferas de luz, uma azul, uma verde e no meio uma vermelha, lado a lado e então ele manipulou essas esferas que formaram feixes de luzes imensas brilhantes e finalmente explodiram colorindo todo o ambiente como uma chuva de fogos de artifício. Depois nosso Guia nos disse se tratar de uma entidade de outro orbe que estava ali para auxiliar aqueles seres também. Após a assistência, todos foram retirados da nossa sala.

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Atividade realizada em 28/08/15 – Farol do Amor

Logo no inicio do trabalho nosso Guia nos disse que faríamos um trabalho no umbral médio direto a um castelo muito antigo. Pediu que relaxássemos o corpo físico e nos preparássemos para subir. Logo depois descreveu que estávamos em um caminho largo de árvores em volta caminhando em direção ao castelo que tinha uma porta larga arredondada como entrada.

Assim que nos preparávamos para partir já percebi nossos trajes de túnica branca com faixa na cintura. Tentei me concentrar e senti o corpo flutuar um pouco. Então vi o caminho largo de terra com cascalhos no meio de árvores e vegetação escura. Novamente estava flutuando acima disto, vendo o grupo caminhando no chão. Senti um misto de frustração e curiosidade por estar assim novamente, me questiono se isso é minha falta de disciplina, de concentração ou outra coisa assim. Observei tudo ao redor, avistei o castelo grande, com muros de pedra e duas torres pequenas no alto, a entrada larga em arco e fui tentando descer para acompanhar o grupo. Me esforcei bastante, pois o Guia já orientava que todos deveriam estar no salão principal e iniciar a visualização geral para encontrar os seres que iriamos auxiliar. Finalmente, quando desci já me encontrei do lado direito do salão, embora não tenha visto de maneira geral este salão desde sua entrada. Neste lado havia uma escada subterrânea com degraus de pedra que levavam ao calabouço onde estavam as criaturas presas. Todos nos encaminhamos até lá e o Guia nos alertou que um túnel estava sendo construído para tirar as entidades que iriam seguir para fora, através de cápsulas de transporte. Essas cápsulas eram individuais e também flutuavam, mas não eram abertas como as “bigas flutuantes”, mas sim fechadas, de um material metálico não brilhante parecido com aço escovado. As entidades que lá estavam tinham aparência humana comum e apresentavam estado de desamparo total, magros esqueléticos, enrugados, alguns algemados, outros amarrados. Havia grades em algumas celas, o piso era de terra batida, o ambiente em penumbra, frio e úmido. Muitos nem percebiam nossa presença por estarem em um estado de torpor ou desligamento mental, que lhes impedia uma reação qualquer. O túnel construído por nossos amigos direcionava aquele lugar para uma saída na lateral do castelo. Depois que todos ali foram resgatados, nosso Guia nos chamou de volta ao salão principal do castelo para identificarmos outros locais onde estariam mais seres a serem auxiliados.

Do lado esquerdo deste salão embaixo do piso, percebi que havia um poço fundo sem água e olhando dentro dele estavam inúmeras entidades a serem socorridas aglomeradas, magras, algumas olharam para cima quando viram uma luz e a imagem que vi olhando para dentro, foram rostos desamparados, sem esperanças e poucos esticaram as mãos para cima, em um reflexo de solicitar ajuda. Então começamos a chamá-los para que despertassem de alguma forma para sair daquele lugar, eles começaram a subir e logo eu pude dar as mãos àqueles que chegavam ao topo, ajudando a sair e conduzindo até as “capsulas flutuantes”. Muitos saíram desta forma e eu percebi que os auxiliava. Às vezes, parecia que tocava seus ossos de tão magros que eram e via os ossos das pernas quando subiam e das mãos quando os apoiava. Até que nosso Guia nos disse que todos ali já haviam sido resgatados.

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Percebi que todos estavam então sendo organizados em grupos imensos com auxiliares respectivos coordenando. Durante o trabalho, nosso Guia nos disse que estavam presentes muito amigos espirituais ajudando no processo de resgate. Desta vez não os identificou especificamente, e eu percebi muitas entidades auxiliando de forma ordenada, eficiente e em silêncio. Parecia que todos sabiam bem o que fazer.

Outra coisa que me chamou a atenção é que no castelo havia muitos quadros lado a lado nas duas paredes principais, lado direito e esquerdo. Esses quadros eram pinturas de rostos de pessoas que eu não podia identificar, havia homens e mulheres retratados ali, e a quantidade de quadros parecia infinita para se contar. Durante o trabalho me senti muito incomodada com alguma coisa e a todo momento olhava para atrás imaginando onde estariam os guardiões daquele castelo, e se estávamos sendo observados, não sei porque esses pensamentos me ocorreram pois me sentia segura com o nosso grupo.

Nosso Guia nos reuniu e solicitou que observássemos o que iria acontecer com aquele local já que não mais seria um castelo de dores, pois agora, daria espaço para construção de amor. Observamos então que o local foi iluminado por uma luz branca do alto e aquela imensa construção de pedras firmes começou a se desfazer, a se desintegrar, sumindo como poeira jogada ao vento. O Guia então chamou nossa atenção para nascentes d’água que surgiam no local e o que eu vi foi aparecer uma torre alta, de pedras brancas, semelhantes aos faróis construídos em praias para alertar as embarcações. Era bem bonito, altivo, claro, parecia iluminar todo o local e formou-se uma cúpula de proteção a partir do alto deste Farol do Amor envolvendo uma grande extensão com uma luz clara rosada. Depois nosso Guia confirmou que esse farol serviria de apoio para aquela região.

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Atividade realizada em 03/09/15 – Os Ovóides

No início das atividades, nosso Guia informou que iríamos voltar ao hospital de

tratamento, local em que já havíamos estado outras vezes nos primeiros trabalhos de

treinamento. Todos deveríamos mentalizar o lugar e nos direcionar para lá. Senti que

me aproximava por cima como se estivesse voando e visualizei o local com os muros

altos, cor de areia, um portal grande na frente e já me visualizei no lado de dentro em

um salão logo após a entrada. Percebi que havia várias entidades ali. Então o Guia nos

disse que estaríamos recebendo uma visita de alguém vindo de muito longe que

estava se aproximando para a tarefa da noite. Percebi alguém bem alto, com a pele

marrom, como se fosse pele mulata, mas com uma cor mais suave e uniforme. Não

consegui captar maiores detalhes da entidade, que já começou a dizer a todos nós

sobre o trabalho que iriamos realizar. Nos informou que iríamos ao umbral inferior, ao

resgate de seres ovoides, ou seja, em estado de ovoidização. E que todos deveríamos

ficar juntos sempre, a todo o momento. Nos orientou para nos concentrarmos,

partiríamos para um lugar que ele foi descrevendo como muito grande, subitamente

solicitou que fosse iluminado o local e pediu que percebêssemos onde estavam os

ovoides. Eles estavam no chão, e que devíamos resgatá-los e levá-los até os veículos de

transporte que aguardavam do lado de fora.

A principio, não pude ver a parte de fora do local, pois já me vi do salão do hospital

direto naquele lugar que parecia uma caverna, o teto não era muito alto, as paredes e

o piso eram de terra bem batida, e logo pude perceber que havia outros

compartimentos como aquele como um labirinto, a sensação era de estar em uma

adega de vinhos antiga, ambiente úmido, baixa temperatura, propositalmente rústico.

Havia algumas coisas penduradas nas paredes, como quadros, mas não consegui

identificar o que eram. Então eu vi os ovoides no chão, um ao lado do outro, a

principio me pareceram grandes, do tamanho normal de um ser humano. Um ser

humano com as pernas dobradas, as costas arqueadas para frente e os braços

envolvendo as pernas, como se abraçasse a si mesmo, como se estivesse querendo se

fechar totalmente, como se fosse um ovo! Todos estavam de olhos fechados, pareciam

dormindo ou em algum transe, não tinham nenhuma expressão no rosto. Envolta deles

havia algo que parecia uma gelatina, gosmenta e transparente formando a ‘casca’ do

ovo. E assim eles estavam imóveis, parecendo desligados de tudo. Confesso que me

pareceu exatamente um filme de ficção científica. Então, seguindo as orientações da

entidade que nos guiava nesta tarefa, me aproximei para pegar um deles e aí percebi

que estava do tamanho do meu colo, e eu podia carregar cada ‘ovo’, com cuidado para

fora daquele lugar e os colocava no veículo de transporte. Eu carreguei um de cada

vez, pois era o tamanho e peso que eu conseguia levar com carinho e conforto. Depois

a Entidade-guia nos esclareceu que os tamanhos dos ovoides foram ajustados,

provavelmente de uma maneira que sequer imaginamos, para possibilitar o resgate.

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Iam sendo dispostos na parte de trás do veiculo de transporte, que desta vez me

parecia com um jipe de guerra, com rodas largas como de tratores e uma caçamba

atrás aonde iam sendo acomodados com conforto seis ovóides em cada um. Também

indaguei a Entidade-guia sobre o veículo que não me parecia flutuante e ele explicou

que para aquele local, não era possível flutuar e que os veículos realmente precisavam

se locomover com as rodas giratórias.

Muitos ovoides foram resgatados, mas como já disse, me parecia que haveria mais

ainda em outras câmaras como aquela. Entretanto, a Entidade-guia nos reuniu

novamente, esclareceu que tínhamos muitos amigos espirituais atuando naquele

resgate conosco e nos disse que voltaríamos então para o hospital a fim de

observarmos o tratamento que seria dado para a recuperação dos ovoides.

De volta ao hospital, a Entidade-guia nos disse que os ovoides estavam sendo

colocados lado a lado em escaninhos e que receberiam um tratamento com luzes e

depois uma injeção e nos solicitou que observássemos as reações deles.

Para mim, pareceu que os ovoides foram colocados lado a lado em espaços específicos

para eles, mas separados um do outro. Esse local parecia uma prateleira e tinha dois

andares de ovoides, e estavam iguais dos dois lados opostos da sala. Não era possível

contar o número de ovoides ali, pois a fila se estendia até aonde meu olhar nem

alcançava. Então percebi vindo do fundo da sala uma luz branca intensa que era

direcionada em quatro feixes como holofotes, às quatro prateleiras, duas de cada lado.

Além disso, em cada ovoide havia uma luz especial em tom amarelado direcionado

bem acima dele. O que vi, foi aquela gelatina transparente começar a se desfazer e

alguns seres ovoides iniciarem um movimento lento de se desdobrarem da postura

que estavam. Foi quando a Entidade-guia nos disse sobre a injeção que receberam, e

eu não pude ver a injeção conforme eu esperava com seringa de plástico, mas sim,

algo metálico que não vi agulha e não sei ao certo se era isso a injeção que ele

mencionou ou outra coisa que vi. O resultado foi que as entidades, cada uma no seu

tempo, cada uma na sua limitação estavam se movimentando mais e então esse

‘medicamento’ foi administrado para que ficassem sedadas, mantendo a serenidade

antes de iniciarem pensamentos perturbadores a eles próprios. Certamente cada um

dos casos deverá ser tratado de forma individual e no momento certo para o ser que

se encontrava neste estado.

A Entidade-guia que nos acompanhou nesta noite, nos disse que se tratava de um local

que era um depósito de ovoides. Que ainda não estavam em uso pelas entidades do

mal, mas aguardando para serem usados no futuro, como um estoque de ovoides.

Assim, retornamos a nossa sala no Celuca.

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Atividade realizada em 10/09/15 – “Somos os Peregrinos, levando a Luz”

Nesta noite nosso Guia nos orientou que iriamos retornar ao mesmo local que

havíamos estado na semana anterior para continuar com o trabalho de resgate dos

ovoides no umbral inferior. Relembrou que deveríamos todos permanecer sempre

juntos e que havia muitos a serem resgatados.

Eu me percebi já dentro do local onde havíamos feito os resgates na semana anterior,

porém estava vazio, eu não via nenhum ovoide por ali. Então aproveitei para me

atentar ao local e às coisas que estavam na parede, que vi que se tratavam das fichas

dos seres ovoides que estavam ali. Nosso Guia nos disse que deveríamos adentrar mais

fundo no local, pois o resgate seria feito em regiões mais profundas, como câmaras

escondidas e os ovoides deveriam ser levados para fora e colocados nos transportes.

Caminhei mais para dentro, me direcionando para o lado esquerdo e já vi outro espaço

ali, onde havia muitos ovoides no chão novamente. O local estava escuro, úmido, frio,

ar pesado, mas havia iluminação trazida pelos trabalhadores, suficiente para vermos

tudo com clareza. Eu comecei então a pegar os seres ovoides um de cada vez, no colo

e carregá-los para fora, colocando no veículo de transporte. Eu trouxe vários, parecia

que não me cansava dessa tarefa, e desta vez, enquanto caminhava com eles no colo

como um bebê dormindo, tive um sentimento quase maternal, carregando com

carinho e afeto olhando diretamente para cada um. Todos estavam como da outra vez,

adormecidos, olhos fechados, sem roupa, na mesma posição encolhidos abraçando as

pernas se fechando em formato de ovo.

Depois de algum tempo, nosso Guia nos reuniu e disse que teríamos que ir mais fundo,

pois haviam outros a serem resgatados em local mais abaixo e que deveríamos nos

preparar para descer juntos. Nesse momento eu percebi diante de mim, uma ponte

que balançava, de placas vazadas espaçadas como as pontes de madeira, muito

comprida, que eu não conseguia ver aonde terminava, não conseguia ver o outro lado

onde ela estaria conectada. Questionei o Guia e ele disse que poderíamos seguir pela

ponte mesmo e disse: “Somos os Peregrinos levando a Luz”. Ele seguia na frente com

uma luminária grande daqueles modelos antigos de óleo, mas a luz que se formava

envolta era imensa como um farol. O local era bem profundo, escuro, vazio, úmido,

parecia que havia montanhas lá dentro, mas só conseguia ver contornos de picos.

Olhando para baixo só via a escuridão, e sombras de pedras nas paredes como se

estivéssemos em um precipício, sem fundo. Quando chegamos ao ponto final, havia

muitos ovoides espalhados pelo chão, e ali estavam sujos de terra também. Perguntei

ao Guia como levaríamos os seres para cima e ele nos disse que estariam trazendo um

transportador que seria um tubo imenso que apareceu imediatamente do nosso lado à

esquerda e que deveríamos colocar os ovoides ali e eles seriam levados para cima,

como que flutuando. Tratava-se de algo parecido com um tubo transparente e quando

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colocávamos os ovoides próximos à entrada do tubo eles eram ‘sugados’ com muita

delicadeza e era possível vê-los subindo. Para mim, a velocidade era estranha porque

se por um lado parecia que estavam indo rápido, pois havia muitos e não estavam

parados esperando em uma fila, por outro lado, quando olhava dentro do tubo a

sensação era de irem bem devagar, com máxima cautela, um após outro. Eu

continuava carregando um a um no colo, e os colocando no tubo. Depois, nosso Guia

nos reuniu novamente e nos informou que havia seres em locais ainda mais profundos

que precisavam ser resgatados e que nós deveríamos nos unir em oração e pedir ao

Pai que tornasse possível aquele resgate. Nesse momento percebi que me concentrei

em oração, ergui meus braços e imediatamente visualizei todo o meu grupo em

círculo, todos no mesmo gesto, todos nós com nossas túnicas brancas com faixa verde

e no centro do círculo que formamos, uma luz branca muito intensa se formou.

Permanecemos assim por algum tempo e então nosso Guia nos disse que a tarefa

estava terminada ali e que deveríamos seguir então para acompanhar o trabalho no

hospital. Depois eu perguntei ao Guia sobre esse resgate mais difícil e ele disse que

tinha sido realizado sim, com sucesso, inclusive outros amigos do grupo descreveram

um equipamento que foi utilizado para retirar esses ovoides, mas eu não visualizei

esse momento.

Já no hospital, percebi que os ovoides haviam sido colocados nos mesmos ‘escaninhos’

com dois andares, preparados para eles na semana anterior, desta vez, percebi uma

luz que se misturava com água parecendo um jato que os lavava retirando a terra em

volta, inclusive havia uma canaleta por onde escorria água suja de terra. E atrás dos

escaninhos tinha uma luz branco-azulada iluminando a todos. Permanecemos

observando o trabalho e alguns seres começaram a sair do estado em que se

encontravam e a se movimentar lentamente. Nosso Guia então nos pediu para

observarmos para onde eles seriam levados depois, e se tratavam de camas pequenas,

baixas, com lençóis branquíssimos e um travesseiro simples.

Retornamos então a nossa sala na Celuca para os comentários finais.

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Atividade realizada em 08/10/15 – Visita a Saturno e Hospital de Auxilio

No início das atividades, nosso Guia informou que iríamos a outro planeta do nosso sistema solar. Solicitou nossa concentração e disse que iríamos juntos até uma nave que nos aguardava. Imaginei a nave que já havia visitado outras vezes, a principio me vi lá mesmo, no salão da entrada, mas depois, quando sentei percebi que se tratava de uma nave diferente. Era menor que a outra e nosso lugar para sentar ficava envolta das paredes da nave, em forma de semicírculo. Havia visores nestas paredes de modo que eu podia olhar por ele e ver a trajetória, no meio de uma escuridão com muitos brilhos de estrelas. Quando o Guia nos disse que estávamos nos aproximando do planeta, visualizei um planeta redondo envolvido por luz esverdeada. Quando o Guia nos pediu para dizer qual planeta se tratava eu disse Vênus, não sei bem o porquê e ele respondeu que não era. Depois me mantive apenas observando para ver o que captava. Ele nos disse para observar que tinha anéis em volta, e que se tratava de Saturno, contudo eu não consegui visualizar os anéis. Ele também disse que havia tipos de construções antigas, mas eu também não pude ver isso. Via apenas algo como se fosse uma nuvem, ou névoa como se tudo flutuasse, e luzes como uma fila como em um aeroporto.

Depois nosso Guia nos disse para olharmos pela janela da nave e poderíamos observar nosso planeta Terra de forma ampliada e explicou que isso era possível devido a um sistema na nave que agia como se fosse um telescópio. Eu consegui ver a Terra, olhando pelo lado direito. Ela era azul, e vi algumas nuvens brancas também. Meu sentimento nesse momento foi estranho para mim: a Terra me pareceu bela, mas não me senti ‘ligada’ a ela como eu achei que seria se um dia a visse desta forma. Não tive aquela sensação de ver minha casa inesperadamente. Foi bem estranho para mim e essa minha reação me surpreendeu um pouco no momento.

Nosso Guia solicitou que observássemos a nave em que estávamos e também o ser que era nosso piloto. A nave era forma quase circular, e um companheiro disse algo octogonal, o que acho que seria mais correto mesmo, com os locais para nos acomodarmos como sofás em volta da parede. Tinha visores na volta e na frente. O painel de controle tomava toda a parte da frente e diante do painel, de costas para nós estava uma cadeira alta que seria do piloto. Esse ser era bem simpático, com aspecto não humano, braços compridos cabeça fina e longa, oval, olhos laterais grandes, tinha uma roupa como se fosse parecida com um macacão que cobria o corpo todo. Passava a impressão muito boa de que queria nos ajudar e estava satisfeito em fazer parte daquela missão. O Guia nos disse que cada um de nós poderia ver este ser de uma forma diferente. Depois retornamos para nossa sala.

Iniciamos assim uma segunda parte do trabalho, onde o Guia nos disse que iriamos a um hospital espiritual que já conhecíamos e nos encontraríamos no jardim em frente ao hospital. A princípio, eu fiquei na dúvida sobre qual dos dois hospitais em que já estivemos deveríamos ir. Não sabia ao certo, mas procurei me manter concentrada no jardim conforme instruções do Guia, e isso foi me acalmando um pouco. Seguimos depois com o Guia para um local do hospital diferente dos que já conhecíamos. Segui pela lateral esquerda, que seria então a direita do prédio principal, percebi os

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integrantes do grupo e todos com as nossas túnicas, e entrei em uma área onde havia muitas camas lado a lado. Camas com formato antigo na cabeceira, brancas metálicas, com travesseiro e lençol muito brancos também, havia várias em cada quarto. Eram altas e me parece que não eram fixas no chão. O Guia disse para nos aproximarmos dos pacientes e poderíamos doar nossas energias para auxiliar na recuperação deles. Um dos companheiros mencionou equipamentos em que os pacientes estavam ligados, e então pude perceber alguns ao lado de algumas camas, como monitores, mas diferentes dos que já vi nos hospitais da Terra. E então comecei a ter pensamentos e imagens diferentes em minha mente, a principio achei que era falta de concentração no trabalho e que minha mente estava dispersando, mas depois, percebi que se tratava de ideias e pensamentos daqueles em que eu me aproximava nas camas. Foram várias imagens, cenas completas, algumas historias curtas, coisas assim que eu não saberia agora ligar, mas que naquele momento pareciam completas, com sentimentos verdadeiros do momento. Fiquei com um pouco de receio, pois não sabia se isso fazia parte do trabalho, pedi ajuda do meu Mentor e orei várias vezes pedindo auxilio e concentração na tarefa de auxilio.

Depois nosso Guia nos reuniu novamente solicitando que nos dirigíssemos ao jardim onde amigos espirituais que lá habitavam nos aguardavam. A recepção deles foi muito calorosa, amigável e estavam felizes em nos ver ali. Nos abraçaram como amigos que se reencontram. Nos despedimos e retornamos à nossa sala.

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Atividade realizada em 15/10/15 – Visita Marte e Resgate Furnas

Nosso Guia nos disse que iriamos novamente visitar um outro planeta do sistema solar. Iriamos adentrar na mesma nave que estivemos na semana anterior, pediu nossa concentração.

Desta vez eu tentei não me concentrar no nome, pois já havia ‘errado’ na semana anterior. Então fiquei observando pelo visor e o que percebi inicialmente foi um planeta redondo com cores cinza/alaranjado.

Nosso Guia nos disse que se tratava do planeta Marte e nos fez uma breve descrição sobre o planeta e sua civilização atual e que tudo havia lá no plano espiritual ou em outra dimensão. Disse também que estaríamos aterrissando no planeta e que observássemos a superfície do planeta e solicitou que nós descrevêssemos o que estávamos vendo. Eu via luzes bem grandes e brilhantes e algumas partes metálicas claras como construções de torres ou algo de estrutura alta. Embora alguns companheiros tenham descrito detalhes de uma cidade, eu não a visualizei.

Após isso, o Guia nos disse que os habitantes iriam nos saudar e adentrariam a nave para nos receber. Quando adentraram senti que estávamos nos reencontrando, parecia que eles já nos conheciam. Eu não os identifiquei exatamente, embora mantivesse a impressão de boa companhia. Havia homens e mulheres, todos cordiais, alegres, sorridentes e nos abraçavam carinhosamente, como bons amigos. Eram bem parecidos com nosso corpo, eram mais altos, esguios, tinham roupas compridas e largas como túnicas compridas de um tecido bem diferente, que cobria os pés e dava a impressão de que flutuavam um pouquinho acima do chão. Havia algo parecido com uma capa atrás da roupa, com uma ‘aba’ na altura do pescoço. As mãos eram finas e delicadas, braços compridos. Após os cumprimentos gerais nosso Guia nos disse que iriam se despedir para nosso retorno. Nos acomodamos em nossos lugares na nave de transporte e retornamos à sala.

Dali nosso Guia nos disse que seguiríamos o trabalho de auxilio da noite. Seria um local que nunca tínhamos ido e nos apresentou outra entidade que seria o nosso Guia naquela noite. Este Guia Especial nos orientou que iriamos a um local muito escuro no umbral médio. Nos mostrou uma luz que deveríamos seguir caminhando sem medo, seguindo aquela luz. Ele seguia à frente do grupo segurando uma lanterna do estilo antigo de querosene com uma alça, e nós o seguíamos em fila. Parecia que aquela luz iluminava muito mais do que seria sua capacidade, deixando o ambiente a nossa volta em um tom azulado claro. Todos estávamos vestidos com nossas túnicas brancas e nosso Guia também nos acompanhava.

O Guia Especial nos disse que havíamos chegado a uma clareira e pediu que descrevêssemos o que víamos ali. Eu via um local escuro, com paredes que pareciam carvão e um acesso em uma entrada para uma caverna. Quando um dos companheiros descreveu que via uma cidade, eu não via a cidade exatamente, mas percebi que havia como as pedras de ruas antigas e algumas ruinas, mas não pude descrever claramente, pois minha atenção estava na caverna. O Guia Especial nos disse que havia índios do

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plano espiritual nos auxiliando no trabalho e abrindo um caminho de acesso até aonde deveríamos ir em uma furna subterrânea. Eu vi os índios altos, musculosos, fortes, com lanças nas mãos, cabelos longos adornados com penas, passos firmes e confiantes e tinham feições de alerta e concentração.

Nos dirigimos então para a entrada da furna aonde eu já estava e com auxilio de nosso Guia Especial seguimos em auxilio daqueles que necessitavam. Eram seres acorrentados, largados pelo chão sujo de terra. O ambiente era úmido, escuro com cheiro forte pesado. Seguindo orientação, fui retirando os seres que tinham aspecto humano magro, fraco, com membros meio tortos e disformes, rosto com aparência de esqueletos devido aos ossos destacados, pareciam ser todos idosos embora não fossem. Com cuidado e carinho eu os encaminhava para fora da furna, amparando-os pelas mãos ou segurando pelos braços. Algumas vezes, segui para fora com dois deles, um de cada lado. Do lado de fora, outras entidades socorristas também os amparavam e colocavam em veículos de transporte, mas eu não os vi partir. A cada um que eu levava para fora, retornava em seguida e repetia a tarefa. Em certo momento, fui direcionada para o lado esquerdo da caverna, que antes me parecia escuro, mas começou a se iluminar um pouco e fui até lá para fazer o mesmo auxilio, pois havia também muitos seres necessitados ali. Percebi a presença da Fraternidade das Irmãs de Maria e senti uma luz muito suave envolvendo o ambiente. Sem saber o motivo, comecei a cantar a música “Pai Celeste” enquanto fazia o socorro, cantava repetidamente, com um sentimento profundo e muita firmeza, e percebi que outras entidades socorristas também faziam o mesmo. Segui esse trabalho até que o Guia nos disse que iriamos regressar, que os seres socorridos seriam encaminhados para auxilio através de naves de transporte, e que o trabalho ali estava encerrado por esta noite, embora não estivesse terminado, o que significava que deveríamos retornar ali na próxima semana e a entrada da furna foi bloqueada com faixas de luz.

Retornamos então a nossa sala e nosso Guia nos questionou como estávamos e como fora nossa experiência. Ele também nos disse que nosso trabalho naquela noite havia sido complexo. Um dos companheiros da sala então disse que sentiu algo estranho como um perigo no local e nosso Guia nos disse que realmente houve um ataque durante nosso trabalho e foi tudo controlado pelos amigos espirituais responsáveis, e por isso retornamos sem terminar o trabalho que iria continuar na outra semana.

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Atividade realizada em 22/10/15 – Encontro com Algozes

Conforme nosso Guia já havia nos dito no final do trabalho da semana anterior, nesta

noite retornaríamos então para finalizar o trabalho de resgate no mesmo local. Ao nos

encontrar nesta noite, ele nos lembrou disso, e disse que desta vez iriamos até lá em

uma nave de transporte. Solicitou nossa concentração em nos sentir adentrando a

nave e nos dirigindo para o local já conhecido: uma cidade abandonada no umbral

médio.

A nave de transporte era diferente de outras que já estivemos. Tratava-se de uma nave

pequena, em forma de cápsula de metal escovado. As portas abriram dos dois lados

para cima e nos acomodamos em uma poltrona individual pequena que parecia se

ajustar perfeitamente no nosso corpo, nos deixando ‘presos’ confortavelmente. No

chão havia um lugar especifico para apoiar os pés como uma rampa pequena. As

poltronas eram alinhadas em duas filas, nos deixando lado a lado em pares e bem à

frente havia um painel de controle pequeno e alguém sentado no meio dele. Em toda

a lateral da nave havia visores que nos permitiam ver o lado de fora. Eu me sentei na

fileira do lado direito da nave. E observando pelo visor enquanto a nave se movia, vi

apenas escuridão.

Quando nos aproximamos da cidade, pude ver alguns destroços dela, em tons opacos

e escuros, como uma foto antiga ou efeito sépia, amarelado estranho. Nos dirigimos

diretamente para o mesmo lugar aonde havíamos estado e a nave adentrou a caverna

e foi até o fundo, no local que já conhecíamos. Ali dentro pude ver os espaços das

cavernas já abertas e havia muitos destroços espalhados por todos os lugares, restos

de metal das correntes, madeira, pedras, pedaços de roupas e coisas assim. Mas

estava escuro lá e não podíamos ver muito adiante então o Guia nos disse que tudo

seria iluminado por uma luz emitida da nave e assim, pude observar mais para dentro

onde estavam ainda presos muitos seres sofredores. O Guia nos informou para iniciar

o resgate, sai da nave e comecei o auxilio, do lado direito da caverna. Os seres tinham

aspecto humano, com cabelos ralos, às vezes apenas alguns fios, roupas rasgadas e

sujas, alguns muito magros aparecendo os ossos sob a pele, outros ainda piores com

aspecto quase de uma caveira com olhos bem fundos. Alguns balbuciavam coisas sem

nexo, todos estavam sujos e olhavam para cima, para o vazio. Sob orientação do Guia

me aproximei das correntes e com o toque da minha mão elas se desfaziam como se

derretessem e sumissem e assim eu retirava os seres apoiando-os pela mão ou pelo

braço, e os levava até a parte de fora da caverna. Lá fora, eram auxiliados por outros

amigos espirituais do socorro que os recebiam. De minha parte, eu os levava até lá e

retornava para a caverna para buscar outros. Notei que desta vez não consegui ver

nossas roupas como de costume, via apenas um avental que eu tinha preso na cintura,

muito brilhante, bem bonito e delicado com uma cor beige claro. Outro companheiro

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indagou o guia sobre estarmos usando uma capa e ele nos disse que estávamos

usando uma proteção naquele dia.

O Guia nos reuniu e disse para seguirmos mais fundo na caverna, para continuar o

resgate de outros que lá estavam. O local seria então mais iluminado para seguirmos.

Então eu vi alguns pares de olhos vermelhos no meio da escuridão. Me pareciam seres

com roupas escuras, pretas, e os olhos em destaque. Narrei o que via para o Guia e

meus companheiros e o Guia nos alertou que eram os algozes e começou a dialogar

com eles, informando que estávamos ali a serviço e permissão do Cordeiro e que

iriamos adiante em nosso trabalho. Nós ficamos frente a frente com esses seres, de

um lado eles enfileirados lado a lado formando uma barreira para não avançarmos e

de outro lado, nós lado a lado também com o nosso Guia dois passos à frente,

dialogando com eles. A parti daí pude vê-los mais claramente e também estabeleci

uma ligação mental com o que parecia ser o líder do grupo, de modo que eu conseguia

saber o que ele pensava. Eles eram todos bem parecidos, altos, compridos, magros,

braços e pernas longos e finos, olhos bem vermelhos em formado amendoado, não

tinham nariz proeminente como os nossos, seguravam lanças com cabos compridos e

pontas afiadas. O líder dos algozes, embora não esperasse nossa presença, ouviu o que

o nosso Guia disse e aquilo não surtiu nenhum efeito nele, nem de raiva, nem de

alegria, nem de medo, simplesmente ficou indiferente. Eu disse ao grupo então o que

ele pensava: que não tínhamos permissão para estar ali, e que não permitiria que

adentrássemos ao local que protegiam e que o Cordeiro não tinha autoridade naquele

local. Então um de nossos companheiros pediu permissão para falar com eles também

e os alertou sobre a oportunidade de irem também nos acompanhar para seu próprio

resgate, pois os tempos haviam chegado e não poderiam mais permanecer naquela

linha de ação longe do amor e da verdade do bem maior. Não houve um abalo nas

convicções daqueles algozes, contudo enquanto a conversa transcorria, o líder recebeu

uma ordem, que eu não tive acesso direto, e imediatamente ele e seus seguidores se

enfileiraram de outra forma naquele espaço protegendo apenas uma entrada mais

escura, aonde eu não via a porta e nos liberando para recolher os seres que estavam

adiante, alegando que havia recebido ordens que podíamos levar quem quisesse ir por

ali, sem que eles interferissem, mas que não passaríamos daquele ponto. Nosso Guia

solicitou que continuássemos o resgate dos que ali estavam, mais ao fundo, à nossa

direita, e também nos disse da presença da Fraternidade das Irmãs de Maria. Seguimos

o nosso trabalho, sob o olhar dos algozes e uma luz suave e um sentimento de paz e

serenidade invadiu o local com a presença das irmãs desta fraternidade. Enquanto

finalizávamos o resgate nosso Guia reforçou aos algozes que o auxilio se estendia a

eles também e que eram bem vindos os que quisessem seguir conosco. Percebi a força

de pensamento deles naquele momento, imóveis, alguns poucos resolveram seguir

conosco, com medo, com dúvida, mas com o coração tocado por aquele amoroso

ambiente das irmãs. Quando eles decidiram, lagrimas caíram dos olhos, largaram suas

lanças no chão e foram ao encontro delas. Os outros algozes, enfileirados, não fizeram

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nada para os deter, ficaram ali imóveis, observando, e o líder mantinha o pensamento

firme, parecendo que estava também dentro do pensamento de cada um daqueles

seus seguidores, como se fossem um coletivo e não indivíduos. De nossa parte,

também respeitamos o limite, não invadimos área que eles bloquearam. Nosso Guia se

dirigiu a eles novamente, dizendo que nosso trabalho ali não estava terminado e que

chegaria o momento em que voltaríamos, e nos chamou então para partir, retornando

a nave que nos esperava no mesmo lugar e voltamos à nossa sala.

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Atividade realizada em 29/10/15 – Resgate no Formigueiro

Antes de começarmos as atividades da noite nosso companheiro dirigente dos

trabalhos nos informou que sentia que iriamos retornar ao mesmo local novamente e

que havia possibilidade de confronto com as entidades que não desejavam nosso

trabalho e deveríamos nos manter serenos e concentrados.

Assim, já no inicio as atividades nosso Guia confirmou qual seria nosso destino:

retornaríamos ao mesmo local da semana anterior, pois havia entidades necessitando

de auxilio ainda. Pediu nossa concentração e que deveríamos manter o amor em

nossos corações. Avisou que a Fraternidade dos Índios estava nos acompanhando e

fazendo a segurança, preparados para esta ação e disse para visualizarmos a cidade e a

porta da caverna por onde entramos outras vezes.

Desta vez não seguimos em uma nave, mas caminhamos em grupo, em direção ao

local. Percebi que estávamos com nossas túnicas brancas, porém pareciam ainda mais

brancas, como uma camada de luz envolta dela, quase brilhava, iluminando sem

ofuscar. Quando cheguei na entrada da caverna vi os lacres iluminados que foram

colocados na semana anterior e alguns guardiões os retiraram quando chegamos

todos. Sempre seguindo orientações do nosso Guia adentramos a caverna que estava

escura e ia sendo iluminada enquanto entrávamos, além de que me parecia que nossas

roupas ajudavam na luz também. Nos dirigimos até uma porta alta, escura, de ferro e

nosso Guia disse para adentrarmos sem medo quando ela se abriu. Este era o local

exato onde os algozes estavam fazendo sentinela na semana anterior, contudo eles

não estavam lá desta vez. Ao entrarmos passamos por um corredor estreito escuro

que levava a um salão principal amplo, com teto mais alto do que na entrada da

caverna, e tinha andares mais altos em volta, o ambiente todo ia sendo mais iluminado

quando adentrávamos. O Guia nos alertou para elevarmos os pensamentos e

vibrarmos muito amor e não nos envolver com os impropérios que os seres dali nos

diziam. E de fato, a sensação foi de entrar em um corredor de julgamentos antigos

quando o povo atirava coisas e dizia coisas para os réus a caminho do julgamento. Nós

ficamos no centro desta câmara, em uma fila de seres de luz bem branca, e tanto no

chão, próximos a nós, quanto em vários níveis acima, como andares superiores,

estavam os seres deste local, nos atirando pedras, barro, dizendo coisas ruins e para

irmos embora dali. Todos permanecemos parados naquele local, enquanto o Guia

orava e se dirigia aos seres habitantes dali. Esses seres pareciam anões, com o corpo

um pouco deformado, o rosto parecia despedaçando como múmias, buracos grandes

no lugar da boca, roupas rasgadas, cabelos em fiapos, ou cabeças sem cabelos e um

misto de pele e barro enrugado na cabeça, sujos como se a lama que os cobria fosse o

próprio corpo deles, descalços, todos tinham aparência grotesca. Eu fiquei naquele

corredor, e a princípio senti um pouco insegura ao passar pela porta, pensei no caso de

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ela se fechar e vi que o corredor de acesso era muito estreito, mas isso foi por um

pequeno momento, e quando estava no meio daquela situação toda dos seres nos

atirando coisas e nosso Guia se dirigindo a eles de forma firme e amorosa ao mesmo

tempo, eu senti um misto de piedade e alegria por estar ali. Comecei sorrir a todos, e a

rezar a oração Pai Nosso como um mantra, várias vezes repetidas, e olhava a todos os

seres com amor, como se fosse crianças pequenas fazendo uma travessura

inconsequente. Aos poucos alguns foram se aproximando de nós e senti até me

abraçarem na altura das minhas pernas. Então nosso Guia nos disse para iniciar os

resgates, e que deveríamos levar os seres socorridos para fora da caverna. Como da

outra vez, outras entidades socorristas aguardavam para colocá-los em transporte

adequado. E assim eu fui fazendo, várias vezes, entrando e saindo com os seres que

estavam sendo resgatados.

O Guia nos solicitou então para imaginarmos a figura do Cristo a iluminar o local.

Quando eu fiz isso, consegui apenas visualizar a imagem como um quadro, não foi uma

visualização de como se Ele próprio estivesse ali. Achei estranho a principio, mas talvez

fosse essa a forma que os seres que ali estavam aptos a ver. E então se destacou um

dos seres que era o responsável por aquele local, que aprisionava muitos, e depois de

uma oração e pedido dirigido diretamente a ele por um Mentor que nos

acompanhava, dizendo que libertasse aqueles que ali estavam e os deixasse ir, ele

ficou bastante nervoso e firme no seu proposito de não permitir que saíssem. Eu pude

sentir diretamente seus pensamentos e transmiti ao grupo quando ele disse que

poderia existir um momento de partir, mas não seria aquele! Então um de nossos

companheiros se dirigiu amorosamente a ele e explicou sobre a chance que estavam

tendo, ele e os outros ali, e após alguns instantes, ele começou a se manifestar através

de outro de nossos companheiros do grupo e estabeleceu-se um diálogo de auxilio ali.

A principio achei estranho, pois imediatamente foi como se cortassem a conexão

minha com ele, e eu já não sabia mais o que ele sentia. Fiquei alguns instantes

prestando atenção na conversa e imaginei que talvez eu não estivesse apta a continuar

aquela etapa do trabalho, pedi auxilio ao meu Mentor, retomei minhas vibrações e

orações para sustentação. Então comecei a perceber a presença de um ser elevado,

uma mulher, alta, bonita, com grande firmeza emocional e eu me conectei a ela

sabendo de suas intenções em se dirigir àquele ser que ali estava se manifestando, na

condição de sua mãe em vida passada. Apesar de ficar insegura quanto à permissão

para a manifestação mediúnica no nosso trabalho, senti o chacra cardíaco pulsando

tão fortemente que não havia dúvidas sobre o que fazer e durante o diálogo que eu

acompanhava, ao surgir a primeira oportunidade, a mãe se manifestou. Foi realmente

uma conversa firme, franca e abençoada pelo Pai, e não sem hesitação, aquele ser se

abriu às bênçãos e decidiu por si só, seguir adiante, permitindo dessa forma inúmeros

resgates daqueles que ali estavam o acompanhando também como seus servos,

seguidores e prisioneiros.

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Nosso Guia então nos disse para nos recompor para continuar a tarefa de socorro e

assim fizemos. Na parte de cima, havia grades aprisionando muitos seres, em cada

canto daquele local tinha muitos buracos nas paredes lotados de prisioneiros e servos.

Continuei a levar os seres até a porta da entrada da caverna para seguirem com o

transporte.

Quando achávamos que o local estava vazio o Guia nos disse que ainda havia muitos

para serem retirados em um local especifico ao fundo da caverna e para lá nos

dirigimos. Ali os seres não queriam vir conosco, estavam com muito medo e não nos

reconheciam com ajuda. Neste local, os seres pareciam estar grudados no piso, nas

paredes, no teto, como lama seca que fixa em algo. O local aparentava como as

casinhas de parede de barro e telhado de sape (sem o telhado), mas esse barro eram

seres-de-barro. O Guia adentrou o local e com muito carinho e cautela, percebeu que

eles estavam com medo e ficou a pensar o que poderíamos fazer para não assustá-los.

Nos perguntou: ‘o que eles precisam?’ E então eu e mais outros companheiros do

grupo dissemos ‘água’! , sim, eles precisavam de água de alguma forma. Eu dei uma

ideia que me surgiu para uma chuva bem fina de água no local que nos ajudaria a

identificar onde eles estavam e onde estava a parede mesmo. O Guia ficou a pensar

em o que poderia fazer e teve uma ideia de trazer uma cuia de água para pingarmos

com os dedos, gotas neles e vermos a reação. Ele fez um teste e percebeu que os seres

se mexiam com a água e então apareceram cuias com água para todos nós para

pingarmos nos seres. Assim eu ia fazendo e eles iam mesmo ficando mais ‘moles’ e

poderiam ser retirados de onde estavam. Entretanto no processo, me preocupava que

alguns não podiam sequer ser identificados e por isso precisávamos espirrar água para

ver onde estavam. E eu comecei a espirrar água da cuia com a mão pelos lugares. Esses

seres resgatados não conseguiam se movimentar muito ou andar, e quando

percebemos isso, imediatamente surgiram socorristas espirituais com macas brancas

para levá-los a partir daquele ponto.

Em um determinado momento eu percebi que havia um lugar muito pequeno e escuro

adiante, e que havia mais seres ali, entretanto, não era possível passar, pois o espaço

de acesso era apenas um buraco onde passaria um braço. Eu falei sobre isso para o

Guia e um dos nossos companheiros teve a idéia de borrifar água no espaço para

dissolver aquela terra e foi isso que foi feito com um equipamento de borrifador que

ele tinha nas mãos e a terra foi esfarelando e abrindo o espaço o suficiente para

adentrarmos e assim levei alguns seres que ali estavam para fora. Após os resgates ali,

o Guia nos orientou a retornar à nossa sala, que o nosso trabalho estava encerrado.

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Atividade realizada em 05/11/15 – Auxílo Interplanetário aos Seres Sombra e Visita à Nave Espacial

Ao iniciarmos os trabalhos nosso Guia nos saudou e disse que faríamos uma atividade

diferente naquela noite. Iriamos visitar outro planeta, fora do nosso Sistema Solar,

com o objetivo de ajudar os seres que lá estavam. Pediu nossa concentração e

relaxamento físico a fim de facilitar nosso desdobramento. Reforçou que bastaria

apresentarmos nossos mais sinceros sentimentos de amor ao próximo para

realizarmos a tarefa de auxilio.

Nos explicou que iriamos em uma nave, e que deveríamos mentalizar a nave aonde já

havíamos estado outras vezes. E depois nos direcionou para que nos dirigíssemos a

uma sala específica dentro da nave onde deveríamos nos acomodar e solicitou que

iniciássemos a descrição de tudo o que estávamos vendo.

A princípio, visualizei a nave do lado de fora e me parecia um pouco diferente daquela

grande circular que eu pensei que o nosso Guia havia se referido no começo. Ela era

circular na parte da frente apenas e tinha uma parte mais alongada atrás. Tive

novamente aquela sensação que senti em exercícios anteriores, que eu estava

flutuando e não conseguia me unir ao grupo. De longe eu via o grupo próximo à nave,

com o Guia, e uma ‘porta’ se abriu no meio da parte alongada, abrindo para baixo,

formando uma rampa para por onde todos subiram. Me esforcei para me concentrar

ali e acompanhá-los ao invés de ficar flutuando do lado de fora e em outro instante eu

já estava dentro da nave com o grupo, quando o Guia nos direcionava à outra sala,

como ele mesmo descreveu : parece uma sala de estar. Havia uma mesa redonda logo

na entrada e em volta da mesa, cadeiras altas, bem macias e confortáveis, onde nos

sentamos. As cadeiras reclinavam de forma que podíamos ver no teto exatamente

acima da mesa, uma tela ou visor. Observei toda a sala que parecia ser circular e era

bem iluminada, mas com luz indireta. Havia um painel de controles na parte da frente,

e pelo visor podia ver um céu bem escuro com brilhos de muitas estrelas de diferentes

cores e tamanhos. Então nosso Guia nos apresentou a um ser, que era o comandante

daquela missão que iríamos fazer. Era um ser bem alto, esguio, mas não muito magro,

tinha cabeça bem grande, arredondada, com olhos bem grandes, maiores do que

nossas bochechas, na lateral da cabeça. A testa era pequena e não havia cabelo, mas a

cabeça era de uma pele um pouco enrugada que parecia grossa, bem diferente da

nossa pele, semelhante a dos anfíbios. A cor da pele dele era verde escura. Os braços

longos e as mãos sem dedos, apenas distingui separado algo parecido com o polegar.

Transmitia sentimentos bons de segurança, respeito e confiança, parecia ter bastante

responsabilidade e estar concentrado no que fazia. Ele se dirigiu a nós para nos

orientar sobre o nosso trabalho no planeta, mas não falava com a boca, pois não pude

ouvi-lo com os meus ouvidos, apenas entendi o que ele dizia, mas não foi de uma

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forma processada através de palavras, e não sou capaz de repetir o que ele disse,

apenas tenho a sensação de que ele disse algo e que eu entendi perfeitamente,

mesmo sem saber o que foi exatamente. Tenho certeza que no início ele nos saudou e

já nos aguardava e que já havíamos combinado a atividade geral antes. Depois de se

dirigir a nós ele ficou ainda um pouco tempo conversando com nosso Guia que estava

em pé e depois se retirou da sala.

Dessa vez, durante a viagem eu senti bem leve a sensação de estar viajando como em

um avião. Em outras viagens que fizemos alguns companheiros descreveram que

sentiam os efeitos da viagem e velocidade, mas eu nunca havia sentido. O Guia então

nos pediu para olhar pelo visor no teto e descrever o que víamos. Eu via o céu bem

escuro e uma faixa como um semi-circulo branca feita de pequenas partes flutuantes

que me parecias pedras, asteroides ou estrelas, embora não tivesse brilho, apenas um

destaque por ser bem claro no meio da escuridão. Outros companheiros já viam partes

do planeta, mas eu não vi. Então o Guia nos disse que iriamos descer no planeta e já

nos orientou que deveríamos ficar juntos e para não nos preocuparmos com a

atmosfera, pois era bastante compatível com a da Terra e não precisaríamos sequer de

equipamentos especiais para descer lá. Nos explicou que os seres que lá estavam não

tinham corpo físico, estavam na forma como chamaríamos de espiritual, e que nosso

foco deveria sempre ser o de enviar nossos sentimentos de amor a eles, pois

precisavam de muito auxílio.

Nos dirigimos todos à mesma porta da nave por onde havíamos entrado e descemos

devagar até atingir o chão do planeta. Naquele momento tive a sensação nítida de

estar bem pequenina, quase como uma formiga. Olhando em volta, parecia estar em

uma floresta com árvores e vegetação gigantes, olhei para nosso grupo e a nave atrás

de mim, e formávamos um conjunto bastante iluminado, mas minúsculo para aquele

local. À nossa frente visualizei os seres dali: muito altos, compridos como gigantes,

braços e pernas compridos, mas não via exatamente suas feições, pois eram como

sombras apenas e eu via apenas o formato geral, o contorno, eram ‘seres-sombra’.

Eles formaram um grupo em semi-circulo diante de nós, e nos olhavam com

curiosidade, sem entender o que éramos, embora pudessem nos ver ali. Não senti

medo nem do lugar, nem dos seres. Então nosso Guia nos disse para olhar uma cúpula

à nossa frente. Eu não havia visto essa cúpula antes, mas quando ele a mencionou eu a

vi, não muito alta, diante de nós, e ele nos pediu para direcionarmos nossos

sentimentos de amor para aquela cúpula. Visualizei o nosso grupo fazendo um semi-

circulo ao redor da cúpula e todos nós emanando um feixe de luz em direção da

cúpula. Eu me concentrei em doar sentimentos de amor e de bem, e sentia um pouco

de alegria por estar ali. Era muito emocionante poder ver aquelas luzes tons rosados

saindo da direção de cada um de nós. Após alguns segundos a mesma cúpula começou

a emanar feixes de luz cor azulada por várias direções atingindo os seres sombra. A

reação imediata deles foi de estranhar a situação, sem entender exatamente o que

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aquilo significava. Com isso, tive a sensação de estarmos novamente em nosso

tamanho normal, e a nave grande atrás de nós. Após algum tempo, o Guia nos disse

para retornarmos à nave e nos viramos e subimos todos pela rampa de entrada da

nave. Lá nos acomodamos em nossas cadeiras novamente na mesma sala onde

iniciamos, com a mesa redonda.

Nosso Guia nos disse que estaríamos fazendo a viagem de retorno, e quando

adentramos a atmosfera da Terra, nos convidou a visitar a nave em que estávamos.

Nos liberou para irmos em qualquer lugar que desejássemos, apenas não deveríamos

conversar com os seres que estavam na nave, a ‘tripulação’ , creio eu. Nesse

momento, senti uma alegria imensa por uma oportunidade tão importante e

interessante para mim, mas ao mesmo tempo, fiquei confusa, sem saber para onde ir,

ou o que fazer. Respirei fundo diante da entrada da sala onde todos estávamos em pé

e decidi seguir pelo corredor da direita. Segui por ele, que era bem iluminado e não

muito largo, e percebi que um ser feminino passou por mim sem se abalar com minha

presença ali. Esse corredor me levou até uma sala circular, que tinha uma luz muito

branca que parecia me envolver, como uma névoa, mas não era uma névoa, apenas

uma luz densa. No fundo da sala havia duas torres altas com algo parecido com

degraus ou prateleiras ou camas tipo beliche com vários andares. Tive a impressão de

ali ser um local de tratamento especifico ligado àquela luz. Fixei minha atenção ao

redor e as paredes me pareceram alaranjadas e havia orifícios ou desenhos pequenos

de círculos nelas. Também havia um corrimão metálico fixo à volta da parede. Depois,

saí desta sala e fui novamente pelo corredor até o ponto do começo da visitação e

segui na direção da esquerda e logo virei à direita em outro corredor pequeno que

dava acesso a um lugar surpreendente. Parecia um deque de visualização, pois desde o

piso, as paredes, o teto eram de material transparente, como vidro, e de lá eu podia

observar a imensidão de céu bem escuro e estrelas grandes e pequenas. Uma visão

muito impressionante e acho que vi uma parte do azul claro do Planeta Terra imenso

do lado direito. Então o Guia nos chamou a nos reunirmos novamente na entrada da

sala.

Enquanto eu estava visitando a nave, alguns companheiros do grupo foram falando

sobre coisas que viam e lugares que estavam, mas eu não os acompanhei, pois percebi

que estava em outro local e não me interessei em ir até onde alguns estavam, pois

apreciei muito o que já estava vendo.

Quando nos reunimos o Guia nos disse que iriamos até uma sala de atendimento a

seres socorridos, como um ambulatório, que havia dentro da nave. Percebi que

subimos em algo parecido com um elevador, até um andar superior e lá adentramos a

uma enfermaria onde havia muitas camas flutuantes (sem os pés) paradas lado a lado.

Em cada cama havia um ser humanoide, alguns com feições humanas normais, a

maioria com algumas deformidades. Todos me pareciam estar sedados, mas não

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tranquilos, pois havia sensação de raiva, dor, angústia, ódio, medo nos semblantes. Ao

lado das camas havia alguns equipamentos pequenos e algo parecido com

medicamentos. Alguns seres estavam no local, eram os auxiliares da enfermaria,

tinham aspectos humanos, com algo na cabeça, parecido com o manto de freiras, só

que mais curto. Eles se reuniram no centro da sala quando adentramos e ficaram nos

observando com alegria e receptividade positiva. Nosso Guia então nos orientou sobre

os pacientes, dizendo que eram seres que já haviam sido recolhidos da Terra e que

estavam em processo de recuperação ali e seriam logo levados para outros orbes.

Tratavam-se pois, daqueles que por hora, não reencarnariam na Terra, seriam

direcionados para outros tipos de planetas. Depois ele nos disse que poderíamos doar

nosso amor e carinho para auxiliar e poderíamos nos aproximar deles. Eu fui ao lado

de várias camas, e ia dizendo com alegria que era muito bom que estavam ali, e que o

Pai Celestial cuidava deles com carinho.

Após essa visita, nosso Guia nos disse para sairmos juntos e nos direcionar a sala de

comando. E nos apresentou a um ser que era o comandante da nave. O comandante

tinha um aspecto humanoide similar o nosso, não era muito alto, mais baixo do que o

Guia e tinha a pele escura, marrom. O Guia nos orientou a olhar os detalhes da sala em

que estávamos, os painéis de comando e telas. A sala era ampla, iluminada por luz

indireta, não muito clara. Havia várias telas pequenas que pareciam ser de controle de

equipamentos, havia uma tela grande como uma janela ou visor para o exterior, e

outras janelas laterais no alto. Havia seres humanoides trabalhando no local, alguns

em frente a algumas das telas pequenas, eles não pareciam se preocupar com nossa

presença e continuavam concentrados no que estavam fazendo. Nosso Guia então nos

indagou se víamos outra nave se aproximando. Eu não havia visto antes, mas quando

ele disse, eu a vi pelo visor janela do lado direito em cima. A nave que vi do lado de

fora era cor prata metálica sem brilho, era grande, o formato era circular na frente e

tinha uma parte comprida e larga atrás e se aproximava rapidamente.

O Guia nos chamou para voltarmos a nossa sala de trabalho do plano físico e encerrar

nossa atividade da noite.

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Atividade realizada em 12/11/15 – Visita a Júpiter e Resgate no Oriente Médio

Nesta noite, o nosso Guia nos solicitou a nos conectar com a nave que já conhecemos

e visitamos outras vezes, assim, nos dirigirmos à ela. Então nos levou até a sala de

comando e lá estava o comandante da nave. O Guia nos disse que o comandante era

bem alto e tratava-se de um ser de outra galáxia e nos disse para nos sentarmos em

nossas poltronas.

Fiquei um pouco confusa neste momento, pois para mim o comandante da nave, que

já havia se apresentado a nós na semana anterior, não era tão alto e tinha aspecto

semelhante ao nosso, inclusive roupa. Olhei para ele mais atentamente e era aquele

de pele marrom, olhos bem grandes, um pouco mais baixo do que o nosso Guia,

roupas parecendo um uniforme. Pensei que talvez o Guia estivesse se referindo ao

comandante de missão de outra semana, mas não o vi ali.

Enfim, o Guia nos disse que iriamos a outro planeta do nosso Sistema Solar, e nos disse

no momento em que adentrávamos sua atmosfera que se tratava de Júpiter. Pela

janela visor da nave eu via apenas um planeta avermelhado pequeno (ou lua) que

parecia mais distante de onde estávamos. Pediu que descrevêssemos o que víamos e

nos disse que havia seres ali na forma espiritual. Alguns companheiros descreveram

algumas coisas que eu não via, eu vi apenas montanhas escuras escarpadas,

pontiagudas e altas, formando uma parede e no meio delas havia uma parte mais

baixa, como que um abismo. O Guia se referiu que ali abaixo estavam os seres,

contudo eu não os vi, pude visualizar um anel luminoso branco amarelado que se

formou ao pé das montanhas e uma névoa branca densa cobria o abismo. Durante

todo o tempo em que estivemos em Júpiter senti uma pressão muito forte na minha

cabeça, especialmente nas têmporas, e depois na outra parte do trabalho essa dor

passou.

Nosso Guia pediu que retornássemos à nave, pois seguiríamos para a Terra onde

tínhamos uma tarefa a ser executada. Pela tela da nave, observei o azul claro da Terra

e nosso Guia foi solicitando que descrevêssemos o que estávamos vendo. Embora

alguns companheiros tivessem descrições mais especificas, eu apenas via areia, muita

areia como em um deserto. O Guia nos disse que estávamos no umbral em região do

Oriente Médio e iríamos participar de resgate de irmãos no local. Solicitou para

descermos juntos da nave e nos mostrou o guia local que era um irmão Indígena, que

nos conduziria até o ponto do auxílio. Quando descemos da nave pela abertura de

baixo dela, já avistei o índio, alto, forte, com trajes bem característicos e parecia ter

algo na sua mão como se fosse uma tocha e também uma lança comprida na outra

mão. Ao descermos da nave, percebi que estava pisando na areia fofa, e também que

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eu tinha algo nas minhas mãos. Algo comprido, que eu não sabia identificar o que era,

e tive a sensação rápida de ser uma arma grande, fiquei assustada, mas

imediatamente, vi que não era isso. Perguntei ao Guia em voz alta e ele nos disse que

todos recebemos algo, para segurarmos bem, pois usaríamos no resgate. Seguimos o

índio até o local que parecia uma caverna ou túnel comprido e escuro, na frente havia

como uma cortina de cipó e ao adentrarmos lá, o nosso Guia nos disse para usar o

equipamento que tínhamos nas mãos para iluminar o local. E assim fizemos todos ao

mesmo tempo e iluminamos totalmente a caverna. O equipamento de iluminação

parecia uma lanterna só que de luz indireta, quase neon, branco azulada.

Observei que os seres que lá estavam se encontravam em posição de entrincheirados,

como em guerras, escondidos deitados, agachados, protegidos por parede de terra.

Eles tinham armas compridas nas mãos e muita munição penduradas no pescoço e

amarradas nas roupas. O Guia solicitou que nos uníssimos em oração e quando ele fez

isso, tive a impressão que nossas túnicas brancas se iluminaram ainda mais naquele

lugar e as entidades que ali estavam o ouviam com atenção e começaram a se levantar

de braços erguidos, soltando as armas e o que carregavam. Quando eu os vi saindo de

lá percebi que embora tivessem aspecto humano, estavam com o corpo despedaçado,

cada um faltando ou ferido em algum lugar diferente. Alguns faltavam partes

completas do corpo. Todos estavam sujos de terra e sangue. A maioria conseguia

andar e eram encaminhados para fora da caverna, aonde se via uma luz bem intensa e

lá já havia equipe que os conduzia até a nave. Quando eles já haviam saído, percebi

que ainda restava alguém e o Guia solicitou para fazermos oração e se dirigiu a esta

outra entidade. Tratava-se do líder daquele grupo, estava na parte mais funda da

caverna, com mais proteção, o vi sentado em uma cadeira alta e larga, bem suja e

antiga. Quando olhei para ele, tive a impressão de estar vendo um esqueleto, embora

ele tivesse de roupas, armas e munição como os outros, mas do seu rosto, via apenas

os ossos mesmo. Ele hesitou, mas finalmente seguiu em direção à saída também e

neste momento vi algumas mulheres, acho que eram cinco, que estavam atrás dele

com burcas pretas, só aparecendo os olhos através dos panos, e elas os seguiram para

fora.

Então nosso Guia disse que iriamos dissolver aquele local, pois não seria mais para

sofrimento. Percebi que tudo começou a esfarelar como areia escorrendo, parecia que

tudo literalmente se dissolvia. Vi também árvores nascendo no local, já grandes, altas,

verdes, e também havia uma edificação com paredes brancas, no meio das árvores, e

nosso Guia nos disse que se tratava de uma mesquita.

Depois retornamos juntos à nossa nave, para a sala de comando. O Guia nos disse que

os socorridos estavam conosco na nave e que nós os levaríamos para o hospital de

auxilio local que já havíamos ido anteriormente. Chegamos lá e descemos no jardim.

Fiquei um pouco confusa porque não sabia em qual dos hospitais que já havíamos ido

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antes, mas ele nos disse para ficar do lado de fora, e descemos nos jardim. Me

concentrei nisso e senti que estava descalça pisando na grama macia, e pude sentir o

frescor nos meus pés. Então o Guia nos disse para olharmos na direção da porta de

entrada, pois os socorridos adentrariam ali. Eu os vi entrando pela porta, alguns nos

olhavam querendo dizer algo, outros pareciam estar com medo, apreensivos por

entrar naquele local desconhecido. Havia alguns auxiliares do hospital que os recebiam

na porta e indicavam onde seguir. Ao vê-los ali, senti um misto de alegria por ter

participado daquele trabalho e satisfação por eles estarem sendo auxiliados.

O Guia nos disse então para retornarmos à nave, e depois retornamos à nossa sala,

encerrando os trabalhos da noite. O Guia ainda nos perguntou se havíamos ouvido a

mensagem do comandante da nave, e nenhum de nós ouviu, por isso ele nos passou

que o comandante nos agradeceu pela tarefa realizada e mencionou que ele

raramente falava.

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Atividade realizada em 19/11/15 – Os Mensageiros da Esperança

Esse trabalho foi muito especial para mim, pois conforme combinado com nosso grupo

de trabalhadores, nesta noite eu seria a médium responsável pela transmissão das

informações do nosso Guia, com o objetivo de treinamento e aprendizado. Me sentia

ao mesmo tempo ansiosa e tranquila, por um lado tinha dúvidas sobre estar apta a

realizar esse trabalho, por outro sentia confiança e alegria por ter essa oportunidade.

Durante a nossa preparação inicial já me senti mais fortemente conectada ao meu

Mentor e depois ao nosso Guia. A sensação que tive, foi que ele estava atrás de mim,

em pé, com as duas mãos nos meus ombros, e ele me parecia tranquilo, ao passo que

meu chacra cardíaco estava pulsando fortemente! Momentos antes de iniciar a

comunicação, foi como se eu recebesse um relatório geral de tudo que iriamos fazer

naquela noite. Embora por um breve instante tive receio de que era minha

imaginação, eu logo percebi que era real, parte do trabalho.

Ao mesmo tempo em que eu transmitia as palavras do nosso Guia, eu continuava a ver

as situações como participante. Durante o trabalho, poucas coisas me foram

transmitidas a mais pelo contato direto com o Guia, na minha conexão com ele. A

maioria foi vivenciada como eu sendo participante mesmo, como nas atividades

anteriores.

Inicialmente o Guia saudou a todos e disse que realizaríamos um trabalho diferente

naquela noite, pois seriamos os Mensageiros da Esperança. Pediu para nos concentrar

e mentalizar mais uma vez a nave de transporte onde já havíamos estado outras vezes.

Convidou para nos dirigirmos até a entrada da nave e então à sala de comando e nos

posicionar em nossos assentos. Ali nos informou que iriamos nos deslocar e que

devíamos observar o que estávamos vendo através das telas laterais e no alto do teto.

Estávamos bem próximos do nosso planeta Terra, eu pude ver nas telas a cor azul

clara, partes brancas como as nuvens e no lado que vi estava claro, era dia. O Guia nos

chamou a atenção para o que mais estávamos vendo ali. E então eu observei algumas

nuvens mais escuras em pontos localizados. Algo semelhante a nuvens de chuva,

quando parecem pesadas, cinza-escuro e prestes a cair. Vários dos companheiros

descreveram essas formas desse modo. O Guia explicou então que se tratava de

energias negativas, perturbadoras, provenientes de emanações dos seres viventes na

Terra. Acrescentou ainda que essas nuvens poderiam alcançar dimensões gigantescas,

dependendo das vibrações liberadas no local, e pediu que observássemos como elas

eram diferentes em proporções em cada lugar. De fato, em cada lugar ou espaço no

continente era um tamanho especifico, em alguns havia poucas espaçadas e pequenas,

outras eram gigantescas que dava a impressão que formariam uma sombra, impedindo

o sol de passar por ela (mas isso não acontecia). O Guia continuou então a explicação

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dizendo que essas concentrações energéticas não se formavam de um momento para

outro, mas sim, eram resultados de milênios de emanações e que iam se fortalecendo

e ampliando cada vez mais com as emanações dos seres da região correspondente.

Nos disse também que muitas pessoas se sentem desconfortáveis ou diferentes em

alguns lugares da Terra, e que isso é resultado também da influência que essas

‘nuvens’ podem causar nos indivíduos. Umas das companheiras de nosso grupo

mencionou que via alguns pontinhos brilhantes em algumas delas e o Guia nos

explicou que apenas as vibrações positivas, como a que ela havia mencionado, seriam

capazes de “dissolver” essas formações. Nos alertou assim para o poder das boas

vibrações e orações para o nosso Planeta que são utilizadas também para esse fim.

Após as observações, a nave foi se aproximando mais e mais de um dos lugares aonde

podíamos ver uma dessas nuvens maiores e bem densas. O Guia nos informou que

iriamos retornar ao mesmo ponto que havíamos estado na semana anterior, onde

resgatamos seres no deserto, em ambiente de guerra e transformamos o local em um

local de luz com um prédio semelhante a uma mesquita. Nos informou quando a nave

desceu e que podíamos nos dirigir para a saída, e seguiríamos pelo mesmo caminho

que já havíamos passado. Quando a porta da nave abaixou, já percebi a areia e uma

nevoa muito densa que nos envolvia, eu não conseguia ver o caminho, via apenas

nosso grupo próximo. Então o Guia nos disse para seguirmos a luz e havia à nossa

frente, um outro guia, com uma lanterna do tipo antiga e a erguia com o braço direito.

Não conseguia ver totalmente esse guia, mas podia ver a luz e o grupo seguiu essa luz

em fila. Chegamos então ao ponto onde estava a mesquita: havia árvores grandes, um

jardim na frente, dos dois lados, grama verde no fundo e a mesquita de paredes

brancas e uma cúpula que hora me parecia dourada, ora prateada, no meio.

A porta da mesquita estava aberta, entretanto o Guia nos orientou a ficar apenas na

porta, onde alguns outros trabalhadores que estavam dentro da mesquita também

vieram quando chegamos. Ele fez uma oração conosco e nos colocamos lado a lado

olhando apenas para aquela névoa escura, eu não podia ver nada além disso. Era uma

imagem contrastante, pois onde estávamos parecia que havia luz do sol natural, flores

coloridas, ar fresco e logo à frente aquela névoa cinza escura, que não invadia o local

que estávamos, mas não permitia que víssemos mais além. Dali, parada olhando, eu

não via sequer a nave de onde viemos, embora soubesse que ela estava lá.

Pouco a pouco, começaram a surgir pessoas vindas daquela névoa. Eram crianças,

mulheres, homens, idosos, alguns vinham sós outros em pequenos grupos, todos

estranhando o fato de estarmos ali, aparentavam um aspecto cansado, sujos e tinham

dúvida em seus olhos. O Guia então nos disse que naquele momento cada um de nós

era um ponto de luz naquela escuridão para os que estavam preparados e em busca

dela, por isso, nós éramos ali os Mensageiros da Esperança. Nos orientou para receber

a todos aqueles seres com muito amor e alegria e encaminhá-los para dentro da

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mesquita. E assim eu comecei a fazer, pegava alguns pelas mãos, outros dei um

abraço, sempre com um sorriso e me sentia mesmo alegre. Lá dentro, havia outros

trabalhadores que iam recebendo e organizando cada um que entrava. Nenhum dos

socorridos dizia alguma palavra, nos olhavam apenas perplexos, mas pareciam

entender o que dizíamos. Depois de um tempo o nosso Guia nos disse que todos já

haviam entrado e se acomodado e que nós deveríamos agora nos dirigir ao jardim e

colher flores. Aquelas que quiséssemos e quantas desejássemos e depois deveríamos

entrar e levá-las aos socorridos que lá se encontravam. Fui até o jardim e colhi algumas

flores, elas não eram iguais, peguei de cores diferentes e me dirigi à entrada da

mesquita. Quando adentrei, vi que estava repleta de pessoas ali, a maioria sentada no

chão mesmo, com as pernas cruzadas, mas pareciam confortáveis. Olhei para as

pessoas sentadas e comecei a distribuir as flores, uma a uma, ia entregando

aleatoriamente, e cada um que recebia, tinha uma reação diferente, alguns se

surpreendiam, outros de deslumbravam com a flor, alguns choravam, outros queriam

me abraçar. A mesquita era arredondada, tinha esse grande salão logo na entrada e

mais ao fundo tinha algo que parecia uma mesa comprida sem pés e na hora me

pareceu com um altar, mas não havia nada em cima. Alguns trabalhadores estavam em

diversos pontos da mesquita e lá havia também guardiões estes últimos imóveis,

apenas observando tudo e todos, pareciam bem atentos e tinham algo na cabeça

como um elmo. O local estava bem claro, com luz indireta, no alto havia pequenas

janelas transparentes como de vidro que permitiam a luz entrar. Nosso Guia nos

reuniu no centro deste salão e começou a fazer uma oração, dirigindo-se a todos que

ali estavam e todos o ouviam atentamente e todo o local se iluminou ainda mais.

Depois ele solicitou que nosso grupo saísse da mesquita e nos reunimos do lado de

fora. Ele nos disse para apenas observar e que todos seriam recolhidos no mesmo

grupo. Então aquela mesquita começou a fechar, a terra do chão onde ela estava,

começou a se revolver um pouco e a cúpula se iluminou. Percebi que a mesquita se

tratava de uma nave espacial, toda metálica, formas arredondadas e ela já estava

acima do chão, flutuando. Sinceramente, não sei explicar em palavras exatamente com

isso se deu, mas pareceu muito simples e rápido naquele momento. O nosso Guia nos

informou então que todos aqueles que haviam sido socorridos já iriam ser levados

para auxilio através daquela nave que os transportava. Após isso, nos disse para

retornarmos à nossa nave, seguimos pelo caminho de areia e desta vez ele mesmo nos

explicou que não havia necessidade de termos um guia com a lanterna à nossa frente,

pois cada um de nós era um ponto de luz capazes de iluminar o caminho até a nave. E

foi isso mesmo que eu vi, como se cada um do nosso grupo tivesse as túnicas brancas

mais brancas ainda, um brilho que iluminava. Nos aproximando da nave, foi possível

observá-la e adentarmos pela porta e nos dirigimos para a sala de comando. Dali a

nave se afastou novamente daquele ponto e pudemos observar o planeta Terra pelos

visores. Então o Guia nos disse para retornarmos à nossa sala, encerrando os trabalhos

da noite.

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Atividade realizada em 03/12/15 – Resgate Compulsório

O nosso Guia iniciou dizendo que iríamos voltar ao mesmo local que havíamos estado

na semana anterior para finalizar o trabalho já iniciado. Como eu não estava presente

na semana anterior, a princípio fiquei apreensiva, mas logo depois me mantive ainda

mais atenta ao que ele dizia para me concentrar ainda mais na realização do trabalho.

Ele pediu que adentrássemos em um veículo de transporte e que era diferente de uma

nave, parecido um pouco com um ônibus. Para mim, parecia um vagão de um metrô,

no mesmo formato por fora, e por dentro era menor, e nos sentamos em poltronas

moldadas para cada um, lado a lado com outro companheiro, divididos por braço

lateral largo. Por dentro o veículo parecia ter predominância de cor marrom clara

embora por fora fosse metálico. As portas externas se abriam para cima totalmente. O

nosso Guia nos disse que estávamos nos dirigindo ao local no Oriente Médio e nos

informou o momento em que chegamos que deveríamos descer e seguir em direção

ao local da furna a pé, seguindo um guia que nos recebeu.

Quando chegamos, o Guia solicitou que o local fosse bem iluminado para podermos

adentrar. Percebi que a entrada era de uma caverna com teto baixo, e logo vi várias

entidades que se aproximavam de nós, nos olhando com olhos esbugalhados,

descabelados, com roupas estranhas, balbuciando coisas que não era possível

entender. O Guia nos orientou a auxiliar as entidades que lá estavam levando-as para

fora da furna, onde seriam socorridas por equipe já preparada e também seriam

colocados em outras naves de transporte. Dessa forma eu procedi, pegando alguns

pelas mãos e os conduzindo para fora, onde vi vários amigos com roupas brancas

como enfermeiros prestando o auxílio necessário a cada um. Todos me pareciam com

algum tipo de distúrbio mental.

Em um determinado momento o Guia nos solicitou que nos reuníssemos, pois iriamos

seguir mais adiante para o fundo da caverna para resgatar uma entidade especifica. E

assim fizemos. Diante de mim, estava um pouco mais escuro e havia grades as quais o

Guia nos disse que deveríamos retirar completamente, e assim fizemos, com o efeito

que já conhecíamos de ‘dissolver’.

Quando estávamos nesta outra parte da caverna, o Guia nos perguntou se podíamos

ver o irmão a ser socorrido e que deveríamos emanar sentimentos de amor. Para mim,

foi difícil vê-lo a principio, entretanto comecei a captar várias coisas sobre ele e

descrevi para o Guia que então iniciou um diálogo direto com a entidade. Essa

entidade não se deixava ser vista, pois o seu objetivo era realmente se esconder de

nossa presença que já era esperada, e por isso mesmo ele havia colocado

anteriormente aquelas grades, em uma tentativa de nos manter presos ali, o que não

foi possível. De qualquer forma, a entidade zombava de nós e gargalhava alto por

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querermos ir até lá para levá-lo. Ele tinha uma aparência suja, usava um turbante na

cabeça, estilo oriente médio, tinha os dentes metálicos e sua gargalhava ecoava pelo

lugar. A impressão que tive é que ele não estava exatamente ali, no mesmo espaço

conosco, como se visse uma projeção dele apenas, e depois ele mesmo comentou algo

confirmando isso.

Enquanto o Guia se dirigia a ele e nós todos continuávamos a vibração de amor, me

senti totalmente envolvida mentalmente pela entidade, mas não tinha certeza de

como iniciar a manifestação e se isso seria permitido. Me mantive com pensamentos

elevados, e meu chacra cardíaco estava pulsando fortemente. Então o Guia finalizou o

que estava dizendo e disse a ele que podia falar, então ele iniciou o diálogo, rindo

ainda, querendo mostrar desprezo e controle da situação. Durante todo o diálogo

entre a entidade e o Guia, percebi que os dois já se conheciam, já haviam se

encontrado de alguma forma, mas não me foi revelado detalhes. Apesar da insistência,

do amor, da calma e sabedoria dos argumentos com que o Guia conduziu aquele

encontro, a entidade não cedeu, não deixou que a luz o atingisse de nenhuma forma.

Por diversas vezes durante o diálogo pude sentir sua inteligência, frieza e força mental.

Ele era pretensioso, seguro e tinha muito conhecimento e certeza naquilo que

acreditava e dizia. Já conhecia diversos assuntos que foram abordados ali e tinha

convicção naquilo que fazia. Sabia também de alguma forma sobre seus limites. Foram

trazidas em sua presença, diversas entidades do bem que o conheciam anteriormente

na tentativa de auxiliar o resgate, mas ele bloqueava totalmente qualquer tipo de

contato.

Outro ponto interessante foi que em um determinado momento ele modificou-se

completamente, e parecia então um ser enorme, que estava com um uma roupa

comprida preta, como uma túnica com uma capa erguida e algo que parecia asas

grandes também pretas. Somente os olhos e os dentes eram iguais.

Por fim, o Guia dirigiu-se ao Pai Celestial e disse algo reiterando que ele havia

cumprido sua tentativa de mostrar-lhe a oportunidade que lhe estava sendo dada. De

repente, sem ele menos esperar, surgiu uma luz intensa e a entidade foi ‘encapsulada’

em algo parecido com uma cápsula gigante e transparente e foi imediatamente

retirada daquele local.

Quanto a mim, a conexão mediúnica foi finalizada, de modo que não pude captar

exatamente o seus sentimentos depois desse instante, apenas eu mesma fui pega em

sobressalto, pois não esperava que algo assim acontecesse. Pude ver apenas muito

rapidamente através da cápsula a feição de surpresa da entidade que certamente não

teria jamais deixado transparecer caso sequer imaginasse algo assim a lhe acontecer.

O próprio Guia se dirigiu a nós, me avisando para encerrar a conexão mediúnica e

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avisando que o irmão infelizmente não havia aceitado a oportunidade e que fora

retirado do local.

O Guia pediu então para que todos nós juntos retornássemos à entrada daquela furna.

Depois retornou para nossa sala, finalizando o trabalho e abrindo o espaço para as

descrições gerais dos participantes.

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Atividade realizada em 10/12/15 – Missionários do Criador

Nesta noite, conforme previamente combinado, eu fui novamente responsável pela

transmissão das informações do nosso Guia. Já havia me preparado durante todo o dia

e estava mais calma do que na primeira vez. Seguindo o mesmo procedimento,

durante o processo de elevação e preparação já me foi transmitido mentalmente

informações sobre qual seria o trabalho. Desta vez, ao perceber o que faríamos, me

enchi de alegria, por fazer parte de algo tão maravilhoso e que tantas pessoas

adorariam participar também. Ao mesmo tempo, confesso que passou na minha

cabeça um pouco de dúvida, se realmente eu estava compreendendo corretamente o

que aconteceria, pois tratava-se de algo muito grandioso para minha participação.

Enfim, já no inicio o Guia informou a todos que realizaríamos uma tarefa diferente

naquela noite. Pediu para elevarmos os pensamentos e manter sentimentos de amor

como sempre. Indicou para mentalizarmos a nave onde já estivemos outras vezes,

para nos dirigirmos à rampa de entrada e seguir para a sala onde sempre nos

acomodamos em nossas poltronas, na mesa circular. Nos disse então que ali

aguardaríamos instruções mais detalhada de nossa atividade. Explicou que estávamos

nos afastando do nosso planeta e que nos dirigíamos para outro local muito distante

no nosso sistema solar. Alertou que as condições de tempo e espaço que nós

conhecemos eram insuficientes para compreendermos e mensurarmos essa distância.

Através dos visores da nave, pude ver a Terra se distanciando e diminuído o seu

tamanho rapidamente e estávamos mergulhados em uma imensidão de céu escuro

salpicado de brilho como estrelas de diversos tamanhos.

Então ele nos disse que iríamos visitar um planeta em formação e que seriamos

testemunhas de um dos estágios de sua transformação evolucionária. Também disse

que esse planeta ainda não era detectado pelos cientistas da Terra. Nos explicou que

não era possível desembarcar no planeta devido às condições atuais do mesmo,

entretanto participaríamos desta fase de transformação de dentro da nave, que

oferecia recursos adequados para isso. Acrescentou então que dois seres estavam se

aproximando de nós para auxiliar no trabalho, eram Agentes Missionários do Criador

que têm a responsabilidade de atuar nestas fases dos planetas em formação.

Os seres tinham aspectos humanóides, a cabeça bem maior do que a nossa, não era

arredondada, mas com um formato diferente mais comprida em cima. Os olhos não

eram muito grandes, as orelhas não eram externas, a boca bem pequenina e a pele

fina e bastante branca. Os braços compridos e finos assim como as mãos e vestiam

uma túnica prateada, mas não brilhante, comprida e que impedia de ver o corpo, mas

tive a sensação que eles flutuavam rente ao chão. Eles transmitiam muita gentileza,

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amor e serenidade. A princípio me pareciam idênticos, mas depois percebi que tinham

delicadas diferenças de feições.

O Guia nos solicitou para nos reunirmos a fim de seguirmos a outro local dentro da

nave, o local chamado observatório da nave. Era um local bem grande em forma

circular e ficamos em pé no meio daquele lugar, e então todas as paredes e até o piso

estavam transparentes, nos permitindo observar completamente toda a área externa.

Neste momento me lembrei que eu já havia estado naquele lugar, no dia em que o

Guia nos permitiu sairmos individualmente para explorar livremente a nave.

O Guia nos disse então para observarmos o planeta. Ele era redondo e avermelhado,

na verdade, ele nos explicou que tratava-se de um planeta em estado incandescente,

havia lavas e material típico de um vulcão. Parecia que nós estávamos bem próximos,

o suficiente para vermos tudo em detalhes, como o efeito do uso de um binóculos.

Os dois Missionários se dirigiram ao nosso grupo e transmitiram algo que eu não

poderia repetir, mas compreendi. Eles não falaram da maneira convencional, mas

usaram uma comunicação semelhante à telepatia, uma transmissão mental.

Nos organizamos em um semicírculo de frente para o planeta e os Missionários se

posicionaram à frente. Nos mantivemos em vibração emanando sentimentos de amor

ao planeta, e nosso Guia em oração ao Criador. Observei que em algum momento os

Missionários deram as mãos entre eles.

O Guia nos disse que nós éramos “co-criadores”, que cada um de nós era também um

auxiliar do Criador.

Aos poucos foi possível observar uma luz amarelada intensa que envolvia todo o

planeta e então as labaredas foram se acalmando, parecia que o planeta estava

resfriando e deixando de ser tão avermelhado, não tinha mais aquele fogo aparente.

Formou-se uma névoa densa esbranquiçada como um vapor e subiu rapidamente

contornando todo o planeta, formando algo parecido com uma nuvem em volta dele,

provavelmente a camada atmosférica. O Guia nos disse que estávamos em uma das

etapas da transformação do planeta, e que todas as etapas têm uma função e que

neste ponto o planeta não receberia ‘vida’ como a caracterizamos. Ao final deste

processo, o aspecto do planeta era diferente, sua superfície apresentava outras cores,

observei cores acinzentadas, e formas diferentes como montanhas e planícies largas.

Então os Missionários novamente se voltaram para nosso grupo e nos agradeceram de

forma cordial e sincera, me pareceu até que eles sorriram de uma forma diferente que

a nossa, e partiram dali.

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Ficamos reunidos ainda com explicações complementares do nosso Guia e por fim,

agradecemos todos unidos ao Criador, pela oportunidade de testemunharmos aquele

evento e sermos co-participantes dele.

Retornamos então à sala de comando para viagem de retorno.

Quando estávamos próximos ao planeta Terra, o Guia nos disse que teríamos mais

uma atividade, para a qual havíamos sido solicitados. Seguindo as instruções dele,

mentalizamos o hospital de socorro no qual já havíamos estado diversas vezes. Todos

nos dirigimos para a porta de entrada, alta e larga, ao final dos degraus de entrada,

onde já nos aguardava um irmão servidor, vestindo jaleco branco, que nos recebeu

com alegria e nos encaminhou para dentro no salão principal.

Adentramos a uma sala iluminada por luz indireta amarelada, onde havia leitos

pequenos, e nesses leitos estavam ovoides ainda na sua formação mais complexa. O

Guia nos explicou que havíamos sido solicitados para auxiliar no tratamento de

entidades que nós mesmos já havíamos resgatado anteriormente. Solicitou nossa

vibração de amor para aqueles seres.

Observei que na sala adentraram também quatro seres para auxiliar no trabalho,

tratava-se de seres humanoides, mas bem diferentes de nós. Tive a impressão de já ter

visto dois deles em outro trabalho semelhante. Uma luz intensa de diversas cores

apareceu na sala e se derramava com suavidade em cada um dos seres ovoides e aos

poucos a camada externa que forma o chamado ‘ovo’ começou a se dissolver em cada

um dos leitos, e um material gelatinoso e pegajoso era retirado por aspiração dos

leitos e então pudemos ver os seres como se fossem embriões. Aos poucos eles foram

se transformando como um bebê que vai se formando. Então percebemos que em

todos os leitos os seres já não tinham mais a forma ovoide e já haviam retomado a

forma original.

O Guia nos disse que nosso trabalho ali estava encerrado, os seres de luz agradeceram

nossa participação e nos dirigimos todos juntos até o portão de saída, e partimos de

volta para nossa sala para finalização das atividades da noite.

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Atividade realizada em 17/12/15 – Museu do Sofrimento

Nesta noite o Guia nos informou que iriamos retornar ao local onde já havíamos

estado outras vezes, em região desértica no Oriente Médio. Pediu a nossa

concentração e para nos dirigirmos ao veículo de transporte que já havíamos utilizado

na semana anterior, que ele descreve com semelhante a um ônibus e para mim,

parece um vagão de metrô. Me acomodei novamente no meu assento e não percebi

nenhuma janela ou não era possível ver nada do lado de fora pelas laterais. Saímos do

veiculo pela porta que abria para cima e descemos em local com névoa densa

acinzentada e me percebi pisando em areia. À nossa frente já estava um guia com uma

tocha grande ergida pelo braço direito e me pareceu que ele era um indígena.

Chegamos à entrada da furna e a região lá estava iluminada por luz amarelada. Percebi

que já havia outros grupos de auxílio a postos para o trabalho do lado de fora. O nosso

Guia nos orientou a adentrar pelo corredor principal que estava escuro, mas o guia

com a tocha estava ainda à nossa frente. Entramos pelo corredor e havia portas,

algumas fechadas outras de grades, dos dois lados. O Guia nos disse para adentrarmos

e recolhermos os seres que lá se encontravam levando-os para fora. Nas celas alguns

estavam no chão outros em pedaços de madeira como banco ou cama, alguns estavam

algemados. Entrei em uma cela à direita, sem dificuldade para abrir a porta e retirar a

algema, levantei a entidade e encaminhei para fora, onde outros socorristas já

estavam preparados para auxiliar. E assim segui o trabalho, e percebi que na cela que

eu entrei estava escuro e citei isso ao Guia que imediatamente solicitou a presença de

dos índios do grupo que nos acompanhava para nos auxiliar a todos e vi que um deles

conduzia uma tocha ao meu lado. A sensação daquela entidade ao meu lado foi muito

reconfortante, ele parecia ser muito alto e bem forte fisicamente, com trajes e roupas

indígenas. A tocha iluminava bastante, exatamente onde eu queria ver e quando

encontrava algum ser, eu o recolhia para fora e quando eu retornava, o índio com a

tocha estava ali me aguardando para continuar o seu trabalho em profunda

concentração.

Então o nosso Guia avisou que a tarefa estava terminada ali e pediu que nos

reuníssemos para saída, seguido novamente o guia com a tocha para fora de lá. Nos

reunimos do lado de fora e ele nos encaminhou em retorno ao mesmo veiculo de

transporte que viemos. La dentro o Guia nos disse que iriamos a outro local naquele

mesmo veículo. Neste trajeto me mantive em oração o tempo todo.

O Guia nos perguntou se conseguíamos identificar o local onde estávamos ao descer

do veículo. Ninguém do grupo mencionou nenhum lugar especifico, tampouco eu, pois

percebia apenas que se tratava de um local cheio de pedras grandes e era um

ambiente bastante úmido e mais frio, bem diferente do ambiente desértico onde

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estávamos antes. Também percebi que havia muitas plantas altas, árvores mais

afastadas e era noite ou madrugada, pois estava escuro, mas conseguíamos ver, como

em noites de lua cheia. O Guia nos disse para seguir por um caminho de pedras e assim

fizemos em fila, ele mencionou também que havia uma edificação, porém eu não pude

vê-la. A principio, vi apenas um poço construído de pedras também que estava do lado

esquerdo do caminho. Seguimos adiante onde havia uma construção alta parecida

com um portal em forma arredondada em cima e tinha uma porta grande de madeira,

que abrimos e atravessamos por ela e continuamos pelo caminho que era de terra

batida, com grama do lado e as árvores. Tinha a impressão que estávamos em um

jardim ou algo parecido, como se fosse uma parte externa de uma casa ou de outro

local principal, mas a sensação era de estar em um lugar amedrontador, feio. Ao final

deste caminho, chegamos a uma porta larga que abria ao meio, separando-se uma

parte para cada lado, de modo que entramos bem ao meio e nos deparamos com

outro corredor, que parecia ter um tapete comprido até o lado oposto. Dos dois lados

do corredor, haviam cortinas fechadas, cor verde escuras, grossas, pesadas, aveludada

com puxadores de corda amarela-dourados pendurados. Na frente, adornando o

corredor lateral tinha separadores metálicos, unidos também por cordas amarelo-

douradas, como aqueles usados para organizar filas ou separar espaços em museus.

Nós ficamos no meio deste corredor olhando lado a lado o local que parecia estar

fechado. Então nosso Guia nos disse que as cortinas seriam abertas. Quando elas se

abriram, havia pessoas ali, com aspecto de doentes, olhando para o vazio, babando,

pereciam pacientes com problemas mentais, quase inconscientes, embora não

estivesses dormindo. Estavam colocados lado em lado em espaços com vidro

transparente, como vitrines. O Guia nos disse que eram seres que haviam tido sua

energia vital sugada e que deveríamos retirá-los dali.

Fiquei olhando para tudo aquilo e vi quando equipes de auxilio vestidos de roupa

branca traziam as macas para carregar esses seres a serem socorridos. Então percebi o

que acontecia ali, como se estivesse presenciando, mas era difícil para mim descrever

algo assim, e ao mesmo tempo eu não conseguia acreditar no que eu ‘sabia’, e

comecei a narrar para o grupo e o Guia foi me auxiliando quando me faltavam

palavras. Ali era um local de espetáculo onde o show eram experiências com essas

pessoas, enquanto que muitos outros, parte de um grupo seleto de alta referência no

meio em que viviam, ficavam ali no corredor, assistindo, apreciando, aprendendo.

Além disso, o local também servia como referência no assunto e os seres ali em

exposição podiam ser visitados por seleto grupo, como em um museu. Confesso que

fiquei aturdida com essas informações e imagens que eu via.

Em determinado instante, percebi que havia outros seres na parte de cima da sala, que

logo me pareceu não ter o teto ou ser muito alto o pé direito dela. Estavam vestidos de

preto, com fisionomia parecida com lobo, mas com algo de asas de morcego, com

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olhos avermelhados, nos olhavam de cima. Eram os seguranças do local e o nosso Guia

se dirigiu a eles com bastante calma e explicou nosso propósito ali.

Eu então me conectei com um deles e informei ao Guia que queriam saber quem nos

autorizou a estar ali. Senti que embora eles desejassem nos expulsar dali, tinham

receio de nos enfrentar e também que o responsável maior por aquele local não

estava ali naquele momento para os orientar em mais detalhes. Quando nosso Guia

disse que estávamos a serviço do Cristo eles se recolheram e ficaram apenas

observando, sem nos impedir e ao mesmo tempo sem recuar.

Finalizamos nossa tarefa e o nosso Guia solicitou que saíssemos dali, voltando ao

veiculo de transporte. Em seguida retornando a nossa sala, finalizado os trabalhos.

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Relatos das Atividades - Parte 1 (julho-dezembro/2015)

Trabalhadora: Ana Lúcia

Celuca