relatório visita técnica ete onça
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Relatório Visita Técnica ETE OnçaTRANSCRIPT
CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA - BURITIS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA AMBIENTAL
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
RIBEIRÃO DO ONÇA
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
ALESSANDRA GONÇALVES VELOSO
LEONARDO CAMPOS MARTELETTO
JÈSSICA MÔNICA RABELO DO CARMO
NADIELE CORDEIRO
BELO HORIZONTE
2015
ALESSANDRA GONÇALVES VELOSO
LEONARDO CAMPOS MARTELETTO
JÈSSICA MÔNICA RABELO DO CARMO
NADIELE CORDEIRO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
RIBEIRÃO DO ONÇA
RELATÓRIO DE VISITA TECNICA
Relatório de visita técnica à Estação de Tratamento
de Esgoto do Córrego do Onça, ETE-Onça,
apresentado no curso de graduação à Centro
Universitário Newton Paiva, Instituto de Ciências
Exatas e de Tecnologia, Curso de Engenharia
Ambiental, submetida para satisfação parcial dos
requisitos na disciplina Saneamento Básico e
Ambiental. Orientação: Profº Antoniel Fernandes
BELO HORIZONTE
20152
RESUMO
Como é de conhecimento de todos, o consumo de água é uma das principais
necessidades básicas para a execução de variadas atividades do cotidiano dos
seres humanos, e, por conseguinte há uma geração de esgotos sem nenhum tipo
de reaproveitamento.
A água distribuída nas residências e indústrias, após ser utilizada, se
transforma em esgoto, e ao deixar esses locais, é transportada para as redes
coletoras até chegar às Estações de Tratamento de Esgoto - ETE.
Este relatório apresenta dados referentes à visita técnica à estação de
tratamento de esgoto do Ribeirão do Onça (ETE- ONÇA). Objetivo e relatar a
importância do tratamento do esgoto, os processos do tratamento e sua eficácia,
viabilizando a aprendizagem de uma forma visual.
As estações de tratamento de esgoto têm como objetivo principal retornar ao
ambiente o efluente tratado conforme os padrões exigidos pela legislação
ambiental, retirando as cargas poluentes do esgoto através de alguns meios de
processos físicos, químicos e biológicos.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................6
2.1. Tratamento preliminar.................................................................................6
2.2. Tratamento primário....................................................................................7
2.3. Tratamento Secundário...............................................................................7
3. CONCLUSÃO....................................................................................................9
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
Esgoto, efluentes ou águas servidas, são assim conhecidas as aguas já usadas
nas atividades humanas. Obtemos dois tipos de esgoto o doméstico e não
doméstico. O esgoto doméstico é a água utilizada em casa que sai da pia, do vaso
sanitário, do chuveiro e do tanque que contém muito matéria orgânica como fezes,
gorduras, restos de comida. Já o esgoto não doméstico é a água proveniente dos
processos industriais, como mineração, tecelagem e outros que contêm produtos
tóxicos e metais, alguns deles altamente poluentes, como o mercúrio, o cádmio e
o arsênio.
Esgotos a céu aberto geram grandes impactos ambientais, pois degradam o solo,
contaminam os cursos hídricos e o lençol freático, pode ocasionar a extinção de
espécimes afetando o nicho ecológico, sendo um perigoso foco de disseminação
de doenças.
De fato é de suma importância o tratamento de efluentes para reduzir o numero de
organismos patogênicos, possibilitando o seu retorno ao meio ambiente sem risco
de transmissão de doença, para evitar a degradação ambiental, reduzindo o custo
nos tratamentos para consumo humano e aumentar sua disponibilidade para uso
comercial e industrial, evitar prejuízo ao lazer e ao turismo, a presença de animais
transmissores de doenças e o não menos importante, evitar a depreciação do
patrimônio natural que e de direito de todos.
Os tipos de tratamentos de efluentes podem variar muito, por depender do tipo de
efluente a ser tratado e da classificação do corpo de água que irá receber esse
efluente, de acordo com a Resolução CONAMA 357/05. Quanto ao tipo, o esgoto
industrial costuma ser mais difícil e caro de tratar devido à grande quantidade de
produtos químicos presentes.
O sistema tratamento convencional começa com a coleta do esgoto nos domicílios
e nas indústrias através das redes coletoras, que passam pelos transmissores e
pelos os emissários que transportam o efluente até uma Estação de Tratamento
de Esgoto (ETE). Nas ETES, o tratamento consiste em reduzir ao máximo a
poluição, para que esse efluente retorne ao meio ambiente sem prejudicá-lo.
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2. DESENVOLVIMENTO
A visita realizada na estação de tratamento de efluentes do ribeirão do onça (ETE
Onça), uma das maiores da região da grande Belo Horizonte fazendo divisa com a
cidade Santa Luzia, esta situada no bairro Ribeiro de Abreu. A ETE Onça, possui
uma capacidade de tratar 1,8 mil litros de esgoto por segundo, correspondente a
155 milhões de litros por dia, atendendo mais de 2 milhões de pessoas de Belo
horizonte e contagem.
O efluente, que a ETE ONÇA recebe para tratamento, está classificado dentro da
classe 3 de acordo com a CONAMA 357/05, na qual classifica os cursos hídricos
de acordo com os parâmetros nela já pré estabelecidos.
A ETE Onça realiza em seu processo tratamento somente 3 níveis e obtém uma
eficiência de 90%. Cada processo possui propriedades diferentes sendo eles,
preliminar, primário e secundário.
2.1.Tratamento preliminar
Também conhecido como tratamento preliminar, onde se remove do esgoto os
sólidos grosseiros e areia, por meio das grades manuais e mecanizadas. Nessa
etapa e retirado a matéria orgânica e inorgânica mais pesada, utilizando
processos físicos, como gradeamento, peneiramento e a sedimentação.
Gradeamento: Retém a parte grossa dos sólidos por meio de grades com
espaçamentos dez, seis e três centímetros, servindo de uma primeira
filtragem para facilitar a condução do esgoto por meio de bombas e
tubulações.
Sedimentação ou desaneração: separação dos organismos menores, dos
organismos maiores. A areia vai para o fundo de um tanque e o material
orgânico permanece na superfície.
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2.2.Tratamento primário
Remove parte da matéria orgânica presente nos esgotos pela remoção dos
sólidos em suspensão, principalmente óleos e graxas que ficam retidos na
escuma.
Decantador primário: tanques que misturam o material orgânico sólido
para sedimentá-lo no fundo do tanque até assumir a forma de lodo.
Peneira rotativa: O material sólido é submetido a uma espécie de peneira
que serve como uma nova filtragem e separação para que o solido seja
armazenado em caçambas. Nesse mesmo processo e onde injetam no o
floculante, que tem por objetivo formar flocus de sólidos ainda suspensos,
que acabam ficando sobrenadante.
Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB): a biomassa cresce
dispersa no meio e forma pequenos grânulos que, por sua vez, servem de
suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e aí se
formam gás metano e gás carbônico, resultantes do processo de
fermentação anaeróbia
2.3.Tratamento Secundário
Constituído de processos que remove a matéria orgânica e os sólidos dissolvidos
na massa líquida dos esgotos. Ocorre a utilização do processo de reações
bioquímico, que podem ser tanto aeróbio quanto anaeróbico. Processo realizado
por micro-organismo: bactérias, protozoários e fungos presentes nos esgotos e se
alimentam da matéria orgânica, convertendo-a em gás carbônico, água e material
celular.
Filtro Biologico: Composto de granito que apresentam cor escura devida a
grande concentração de micro-organismos. Neste tanque e onde os
microorganismos se alimentam da matéria orgânica e a convertem em gás
carbônico, material celular e água.
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Decantador secundário: Nessa etapa ocorre à clarificação, os tanques
separam sólidos em suspensão através de sedimentação e reduzem mais
matéria sólida em lodo.
Adensamento do lodo: O lodo é filtrado decantando no fundo do filtro de
forma a reduzir o volume de água para transparecer o material sólido, que
por sua vez é submetido a outros processos de filtragem.
Após a remoção de todos os poluentes através de um processo químico, físico e
biológico, a água tratada pode finalmente ser reutilizada para fins industriais ou
agrícolas, não sendo ainda água potável.
O uso como água não potável é importante porque o efluente, mesmo tratado,
pode conter organismos patogênicos, nitrogênio, fósforo, entre outras substâncias.
É aí que se inicia a etapa de tratamento terciário para a remoção dessas
substâncias através de técnicas de filtração, ozonização, cloração, carvão ativado,
osmose reversa, troca iônica, eletrodiálise, entre outras.
A ETE Onça ainda não possui mecanismos para concluir a etapa de tratamento
terciário, que é um processo no qual engloba processos físico-químicos ou
biológicos para que haja a retirada de poluentes específicos, normalmente
resíduos menores que não conseguiram ser retirados nas etapas passadas.
A parte sólida resultante do tratamento, no caso o lodo, é secado e prensado e
após a desidratação é mandado para um aterro sanitário, ou também poderá ser
utilizado na agricultura após adequação ou incinerado. A parte líquida resultante
do tratamento volta para seu curso hídrico inicial.
O município de Belo Horizonte, além da ETE ONÇA possui outras 3 estações de
tratamento de esgoto. A ETE Arrudas, que esta localizada em Sabará, tem
capacidade para atender 1,6 milhões de pessoas. Ela reduz com seu tratamento
até 93% da carga de sólidos e carga orgânica dos esgotos. A ETE Olhos d’água
que atende 10.924 pessoas e a ETE Minas Solidária que atende 1.530 pessoas.
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3. CONCLUSÃO
No Brasil, são despejados diariamente nos córregos e rios cerca de 10 bilhões de
m3 de esgoto. Apenas 4% recebem algum tipo de tratamento.
Portanto, através da visita técnica, pode-se perceber a importância nos
investimentos em saneamento, principalmente no tratamento de esgotos, o que
diminui a incidência de doenças e internações hospitalares e evita o
comprometimento dos recursos hídricos do município.
Tal investimento em saneamento do município melhora a qualidade de vida da
população, além da proteção ao meio ambiente urbano. Evitando comprometer os
recursos hídricos disponíveis na região, o saneamento ambiental garante o
abastecimento e a qualidade da água. Além disso, melhorando a qualidade
ambiental, o município é beneficiado através do desenvolvimento como atrativo
para investimentos externos, podendo inclusive desenvolver sua vocação turística.
Como aprendizado da visita à ETE, conclui-se que o saneamento é de
responsabilidade do município e é necessária e importante a destinação correta
do esgoto, visto que os esgotos se tornam totalmente prejudiciais à saudade
humana, além da poluição causada quando não se da uma destinação final
correta.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
SANTOS, Ana S. P., A IMPORTANCIA DO TRATAMENTO DOS ESGOSTOS
Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental/Aula ESA 1º
Período, UFJF, 28/05/2013
http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/EFABF603/
PropResolLancEfluentes8GT_ComEmendas_06e07jul09.pdf
MENEZES, D. O., SILVINO, G. e NETO, A. C.- ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA OPERAÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO – ETEs Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Fundação Estadual do Meio Ambiente Diretoria de Licenciamento de Infra-Estrutura Divisão de Saneamento. Belo Horizonte, FEAM, 2006.
SANEAMENTO – COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO, PROGRAMA CHUÁ- EDUCAÇÃO SANITARIA E AMBIENTAL DA COPASA, COPASA. www.copasa.com.br - visitado 21/10/2015.
FERNANDES, Antoniel, SANEAMENTO AMBIENTAL, Centro Universitário Newton Paiva, Engenharias Civil e Ambiental
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