relatório técnico sintético com vistas a obtenção de certidão ambiental de uso insignificante...

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PAULO CARVALHO FILHO Biólogo matr. CRBio n° 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e MSc em Geociência área de concentração em Gestão Ambiental Angra dos Reis, 20 de dezembro de 2013. Ao Ilmo. Sr. Júlio Cesar Lopes de Avelar Superintendente do INEA na Baía da Ilha Grande SUPBIG Angra dos Reis RJ Nesta Assunto: Apresenta Relatório Técnico Sintético com vistas a obtenção de Certidão Ambiental de Uso Insignificante de Recurso Hídrico e Cadastro Nacional de Usuário de Recursos Hídricos. Ref: Termo de Intimação n°007863/13FUSAR. Prezado Sr: Em cumprimento ao Termo de Intimação n° 007863/13, da Fundação de Saúde da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, datado de 28/11/2013, estamos apresentando o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) e Relatório Técnico Sintético, com fotos da captação e descrição ambiental do local onde está situada, além de oferecer todas as informações cabíveis a abertura de processo junto a esse órgão estadual de meio ambiente, com vistas a obtenção de Certidão Ambiental de Uso Insignificante de Recurso Hídrico, objetivando a regularização do uso da água para fins de abastecimento em um empreendimento residencial do tipo Condomínio, sito à Rodovia Governador Mário Covas, Km 488, s/n°, Pontal, Angra dos Reis, RJ. Cordialmente, PAULO CARVALHO FILHO Biólogo

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Relatório Técnico para obtenção de Certidão Ambiental junto o INEA, para o Condomínio Morada do Pontal, em Angra dos Reis, RJ.

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  • PAULO CARVALHO FILHO

    Bilogo matr. CRBio n 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e

    MSc em Geocincia rea de concentrao em Gesto Ambiental

    Angra dos Reis, 20 de dezembro de 2013.

    Ao Ilmo. Sr. Jlio Cesar Lopes de Avelar Superintendente do INEA na Baa da Ilha Grande SUPBIG Angra dos Reis RJ Nesta Assunto: Apresenta Relatrio Tcnico Sinttico com vistas a obteno de Certido Ambiental de Uso Insignificante de Recurso Hdrico e Cadastro Nacional de Usurio de Recursos Hdricos. Ref: Termo de Intimao n007863/13 FUSAR. Prezado Sr:

    Em cumprimento ao Termo de Intimao n 007863/13, da Fundao de Sade

    da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, datado de 28/11/2013, estamos

    apresentando o Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos (CNARH) e

    Relatrio Tcnico Sinttico, com fotos da captao e descrio ambiental do local onde

    est situada, alm de oferecer todas as informaes cabveis a abertura de processo

    junto a esse rgo estadual de meio ambiente, com vistas a obteno de Certido

    Ambiental de Uso Insignificante de Recurso Hdrico, objetivando a regularizao do uso

    da gua para fins de abastecimento em um empreendimento residencial do tipo

    Condomnio, sito Rodovia Governador Mrio Covas, Km 488, s/n, Pontal, Angra dos

    Reis, RJ.

    Cordialmente,

    PAULO CARVALHO FILHO Bilogo

  • PAULO CARVALHO FILHO

    Bilogo matr. CRBio n 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e

    MSc em Geocincia rea de concentrao em Gesto Ambiental

    RELATRIO TCNICO SINTTICO

    (Ref: Termo de Intimao FUSAR n 007863, de 28/11/2013)

    1.0 DA SOLICITAO:

    O CONDOMNIO MORADA DO PONTAL, CNPJ n 39.162.714/0001-31, atravs

    de seu representante legal, Dr. Rafael Oliveira de Morais, inscrito na OAB sob n

    182.863, CPF n 114.862.157-18, solicita Certido Ambiental de Uso Insignificante de

    Recurso Hdrico, uma vez que o referido condomnio consome em mdia menos de 10

    m/dia de gua, sendo que na maior parte dos dias do ms, somente poucas pessoas

    no condomnio residem e/ou frequentam as suas dependncias, tais como zelador,

    jardineiro e porteiros, enquanto que a maior parte dos seus proprietrios frequentam

    as instalaes do condomnio somente nos finais de semana prolongados, nas festas

    de final de ano, semana santa e/ou carnaval.

    2.0 INTRODUO:

    A Outorga de Recursos Hdricos no Brasil um instrumento de cadastro e

    cobrana pelo uso da gua, com base na Lei Federal n 9.433, de 08 de janeiro de

    1997, que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, cria o Sistema Nacional de

    Gerenciamento de Recursos Hdricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da

    Constituio Federal e altera o art. 1 da Lei n 8.001, de 13 de maro de 1990.

    Antes da publicao da Lei de Poltica Nacional de Recursos Hdricos, o uso, a

    captao, a distribuio, dentre outras atividades inerentes ao setor hdrico nacional

    eram regulados pelo Decreto n 24.643, de 10 de julho de 1934, que decretou a

    criao do Cdigo de guas.

    O art. 1 da Poltica Nacional de Recursos Hdricos apresenta os fundamentos

    da lei e no inciso II desse artigo, temos que a gua um recurso natural limitado,

    dotado de valor econmico o que justifica dentre os outros incisos desse artigo, a

    importncia da criao do Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos e a

    cobrana pelo uso da gua em nvel nacional, uma vez que a gua um bem natural e

    precisa ser preservado frente as suas limitaes estratgicas inerentes a vida humana

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    e ao desenvolvimento nacional, dentre outras caractersticas: a) um bem de domnio

    pblico; b) um bem essencial a vida das populaes animais e humanas; c) um

    bem de uso mltiplo; d) tem na bacia hidrogrfica a unidade de planejamento

    territorial; e) a gesto dos recursos hdricos deve ser descentralizada e contar com a

    participao do Poder Pblico, dos usurios e das comunidades.

    A Agncia Nacional de guas foi criada atravs da Lei Federal n 9.984, de 17

    de julho de 2000, que dispe sobre a criao da Agncia Nacional de guas ANA,

    entidade federal responsvel pela implantao da Poltica Nacional de Recursos

    Hdricos e da coordenao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

    Hdricos.

    A Poltica Nacional de Recursos Hdricos no Sistema Nacional de Meio Ambiente

    parte correlata a Poltica Nacional do Meio Ambiente (Lei n 6.938/81), competindo a

    ANA, autarquia sob regime especial, com autonomia administrativa e financeira,

    vinculada ao Ministrio do Meio Ambiente, a responsabilidade de implementar, em sua

    esfera de atribuies, a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, integrado ao Sistema

    Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, sendo a sua atuao fundamentada

    nos objetivos, diretrizes e instrumentos da Poltica Nacional de Recursos Hdricos,

    sendo desenvolvida em articulao com os rgos e entidades pblicas e privadas

    integrantes do Sistema Nacional de Recursos Hdricos e dentre as competncias da

    ANA, que destacamos: outorgar por intermdio de autorizaes, o direito de uso dos

    recursos hdricos em corpos dgua de domnio da Unio, observado o disposto nos art.

    5, 6, 7 e 8 (Lei n 9.984/2000, art. 4, inciso IV).

    Em nvel estadual, pertencente ao SISNAMA, o rgo ambiental que cuida do

    licenciamento de atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras dos recursos

    ambientais o INEA.

    O Decreto n 42.159, que dispe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental

    SLAM e d outras providncias tem no seu art. 2, inciso II, alnea f, a descrio

    dos instrumentos e suas definies, que o rgo Ambiental dever se utilizar para

    autorizar, atravs de Certido Ambiental1 regularidade ambiental de atividades e

    1 Certido Ambiental (CA): ato administrativo mediante o qual o rgo ambiental certifica a sua

    anuncia, concordncia ou aprovao quanto a procedimentos especficos.

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    empreendimentos que se instalaram sem licena ambiental, em data anterior entrada

    em vigor do presente Decreto, a ser emitida aps o cumprimento das obrigaes

    oriundas de sano administrativa aplicada ou daquelas fixadas em Termo de

    Ajustamento de Conduta.

    A Poltica Estadual de Recursos Hdricos, criada atravs da Lei n 3.239/1999 no

    seu art. 22, determina que esto sujeitos outorga os seguintes usos de recursos

    hdricos: I derivao ou captao de parcela da gua existente em um corpo de gua

    para consumo; II extrao de gua de aqufero; III lanamento, em corpo dgua,

    de esgoto e demais resduos lquidos ou gasosos, tratados ou no, com o fim de

    diluio, transporte ou disposio final; IV aproveitamento dos potenciais

    hidreltricos; e V outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da

    gua existente em um corpo hdrico.

    Segundo a Lei 4.247/03 alterada pela Lei 5.234/08, independem de outorga: o

    uso de recursos hdricos para a satisfao das necessidades de pequenos ncleos

    populacionais, ou de carter individual, para atender s necessidades bsicas da vida,

    distribudos no meio rural ou urbano; as derivaes, captaes, extraes,

    lanamentos e acumulaes da gua em volumes considerados insignificantes.

    Entende-se por insignificante, derivaes e captaes com vazes at 0,4 litros por

    segundo e volume mximo dirio de 34.560 litros, com seus efluentes

    correspondentes; extraes de gua subterrnea inferiores ao volume dirio

    equivalente a 5.000 (cinco mil) litros e respectivos efluentes.

    A Nota Tcnica n 02/2007 da extinta SERLA, descreve os procedimentos para

    obteno de outorga de direito da gua quando a captao realizada em nascentes e

    informa que: a) o outro extravasor (extravasor 2) deve permitir o escoamento natural

    das guas excedentes (ou no captadas) na temporada de enchente. O Extravasor 2,

    deve ser protegido por uma tela fina para evitar a entrada de pequenos animais e

    detritos; b) deve ser mantida uma distncia horizontal mnima de pelo menos 30

    metros de qualquer fonte potencialmente poluidora como fossas, estbulos, chiqueiros,

    pastagens, lixo e outras; c) no entorno da captao devem ser escavadas canaletas

    com 40 a 50 cm de profundidade, para desvio das guas pluviais; d) caso haja

    contaminao da fonte, a caixa deve ser esvaziada e seu interior totalmente limpo. E

    para a limpeza das caixas dgua, a Nota Tcnica n 02/2007, informa que deve-se

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    utilizar meio litro de hipoclorito de sdio a 10% ou 5 litros de gua sanitria para cada

    metro cbico de gua. Deixar descansar por 2 horas e depois esvaziar totalmente a

    caixa de captao e enche-la novamente. Todos os reservatrios devem passar pelo

    mesmo processo de desinfeco.

    3.0 DESCRIO DO CONDOMNIO MORADA DO PONTAL, SUA

    LOCALIZAO E INFORMAES SOBRE A INFRAESTRUTURA

    HIDRULICA EXISTENTE:

    O Condomnio Morada do Pontal possui como instalaes, 1 (um) prdio

    administrativo que funciona como portaria, 1 (uma) guarita, 32 (trinta e dois)

    apartamentos com capacidade para 3 (trs) pessoas cada e 83 (oitenta e trs) casas

    com 2 quartos, sala cozinha e banheiro.

    A localizao do Condomnio Morada do Pontal : Latitude 225646.98S e

    Longitude: 441954.34O.

    Foto 1: Localizao do Condomnio Morada do Pontal.

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    O Condomnio Morada do Pontal teve a sua implantao nos idos anos de 1980.

    Na poca o Municpio de Angra dos Reis ainda no possua um sistema organizado de

    aprovao de projetos e de licenciamento de atividades.

    A infraestrutura hidrulica do Condomnio Morada do Pontal simples, sendo

    formada por um castelo de gua com capacidade para acumulao de 10 mil litros de

    gua e uma cisterna com capacidade de acumulao de 300 mil litros. A captao de

    gua a mesma que atende ao Iate Clube de Angra dos Reis (ICAR), localizada no

    Morro da Cavanca, no divisor de guas entre o Vale do rio Areias do Pontal e o bairro

    Belm, na Japuba e se encontra na cota altimtrica de 66 metros de altura. Possui

    capacidade de captao de at 0,4 litros/s, que alimenta o sistema que abastece o

    Condomnio Morada do Pontal e diversos outros estabelecimentos na localidade do

    Pontal, o que inclusive, justifica a alta capacidade de armazenamento de gua do

    condomnio, haja vista que na poca de seca o rebaixamento do lenol fretico faz com

    que diversos bairros municipais sofram com a falta dgua.

    Na captao existe um reservatrio de onde sai um tubo de 5 polegadas ou

    125mm e deste, percorre-se uma distncia de 6 Km at alcanar as instalaes do

    Condomnio Morada do Pontal onde esto o castelo de gua e a cisterna, ambos

    localizados prximos a portaria do condomnio.

    A captao de gua no Morro da Cavanca corresponde a uma caixa

    especialmente construda na encosta com cerca de 8 m de rea sobre um solo areno-

    rochoso, onde a gua que flui das nascentes se acumula formando uma lmina dgua

    com no mximo 5 cm de espessura. Dessa caixa parte o tubo acima descrito em

    sentido a baixada e onde encontramos o Condomnio Morada do Pontal. A gua

    excedente do sistema de captao e distribuio do Condomnio Morada do Pontal

    encaminhada e distribuda a outros empreendimentos localizados nas imediaes do

    condomnio, sendo o ICAR o primeiro a receber a gua aps o condomnio, o

    estabelecimento do Ajax o segundo a receber a gua e o posto da Receita Estadual, o

    terceiro a receber a gua excedente.

    Toda gua utilizada no Condomnio Morada do Pontal submetida a tratamento

    de efluente. O Condomnio Morada do Pontal trata o seu efluente em fossa, filtro e

    sumidouro, distribudos em 5 (cinco) conjuntos de sistemas de tratamento ao longo do

    percurso, atendendo a 5 (cinco) blocos de edificaes, envolvendo apartamentos e

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    residncias. Todos os 5 (cinco) conjuntos de sistemas lanam seus efluentes tratados

    num canal que vai dar no mar da Baa da Ribeira, na parte final da desembocadura do

    rio Areias do Pontal. Esse corpo dgua um trecho abandonado do curso do leito final

    do rio Areias do Pontal, que em decorrncia de obras hidrulicas realizadas no

    passado, serviram ao controle local de enchentes, que causaram diversos prejuzos

    econmicos aos habitantes residentes no local.

    3.1 DESCRIO DA CAPTAO DE GUA, DA SUA DESCARGA E DOS

    RESERVATRIOS:

    A captao de gua que atende ao Condomnio Morada do Pontal a mesma

    que atende ao Iate Clube de Angra dos Reis (ICAR), na localidade do Pontal em Angra

    dos Reis, RJ e feita atravs de uma barragem de acumulao de gua superficial,

    construda na encosta NE do divisor de guas que separa o Vale do Rio Areias do

    Pontal do bairro Belm, na Japuba e foi construda nos idos anos de 1950.

    A capacidade mxima de armazenamento de gua do Condomnio Morada do

    Pontal de 310 m, considerando o somatrio de litros de gua reservados

    simultaneamente nas caixas dgua/torre e cisterna do Condomnio.

    Justifica-se a elevada capacidade de armazenamento do condomnio, em

    funo da alta procura turstica em algumas pocas do ano e pela concorrncia

    verificada com as outras instalaes do entorno, que mantm alta captura de gua por

    conta de elevado consumo.

    A demanda total de gua diria do Condomnio Morada do Pontal no

    elevada. Acredita-se que no mximo 15 m de gua seriam consumidos nas pocas de

    feriados prolongados, festejos de final de ano e carnaval, em funo da demanda

    turstica, frente a demanda diria de gua permitida na legislao para Uso

    Insignificante de Recursos Hdricos que de 34.560 litros/dia ou 34,56 m/dia.

    Na captao, a gua brota do solo da encosta onde est a barragem e

    acumulada em um reservatrio, com rea aproximada de 8 m, como dito

    anteriormente, localizado entre pedras e mataces e com areia no fundo, no meio da

    vegetao local que de Mata Atlntica, mesclada com antigo plantio de Pinnus spp. O

    Condomnio Morada do Pontal fica ao lado do Iate Clube de Angra dos Reis, ambos

    empreendimentos situam-se a margem da Baa da Ilha Grande, ao longo da margem

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    esquerda da Rodovia Governador Mrio Covas, em sentido ao municpio de Parati. A

    barragem em comento fica prxima na cota altimtrica de 66 metros, nas coordenadas

    Latitude 225614.69S e Longitude 441746.23O, a cerca de 6 Km de distncia da

    BR-101, em sentido ao fundo do vale do rio Areias do Pontal, na localidade

    denominada de Caputera do Pontal.

    Foto 2: Localizao da barragem de acumulao.

    A descarga da gua acumulada na barragem e transportada at o Condomnio

    Morada do Pontal feita nas guas da Baa da Ilha Grande, aps servir ao

    abastecimento do condomnio, do Iate Clube de Angra dos Reis, do estabelecimento do

    Ajax e da Receita Estadual como dito anteriormente. O excedente da gua captada,

    que no aproveitada na barragem de acumulao lanado ainda na encosta, ao

    lado da captao, e desce por uma drenagem natural que vai desaguar no leito do rio

    Areias do Pontal entre as Chcaras 24 e 25, conforme fotografia apresentada adiante.

    A fotografia a seguir mostra o ponto de lanamento do efluente no utilizado pelo

    sistema, na Baa da Ribeira, no Saco dos Negros.

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    Foto 3: lanamento do sistema ICAR.

    Armazenadores de gua do Condomnio Morada do Pontal

    Foto 4: castelo de gua.

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    Foto 5: cisterna embutida sob piso da guarita.

    Foto 6: descarga do reservatrio de captao entre as chcaras 24 e 25.

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    Barragem de Acumulao que atende ao Condomnio Morada do Pontal

    Foto 7: Captao e barragem.

    Foto 8: rea interna da barragem e vertedor com tela de proteo.

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    Foto 9: rea interna da barragem e laje de pedra no fundo.

    Foto 10: divises internas - decantadores.

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    4.0 QUALIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRFICA DO RIO AREIAS DO

    PONTAL:

    A qualidade ambiental da bacia hidrogrfica do rio Areias do Pontal muito

    boa, sendo recoberta por uma vegetao secundria de Mata Atlntica em bom estado

    de conservao e por algumas reas com plantios de Pinnus spp., que recobrem

    alguns pontos da bacia, como se fossem tufos que crescem em meio a mata atlntica

    local.

    Francisco (2004) classifica a vegetao da rea como Floresta Ombrfila Densa

    Submontana, descrevendo como formao florestal que ocorre ente as cotas 50 a 500

    m de altitude, no relevo montanhoso e parte dos planaltos, revestidos com rvores de

    alturas mais ou menos uniformes, com porte mdio raramente ultrapassando 20 m.

    A Bacia Hidrogrfica do rio Areias do Pontal, segundo Francisco (2004) do

    Tipo B ou seja, so bacias entre 60 e 20 Km de rea, com rios de domnio estadual.

    As bacias do tipo B tendem forma circular, com coeficiente de compacidade prximo

    a 1,5, mdia altimtrica de 400 m e declividade variando entre 25 a 35%. Seus rios

    nascem nas encostas da Serra do Mar, no podendo ser distinguido o alto, do mdio

    curso, pois a declividade do canal alta. Em relao cobertura vegetal, estas bacias

    variam entre alto e mdio grau de preservao. A bacia do rio Areias do Pontal uma

    das mais preservadas, com mais de 90% da rea coberta por florestas, e com

    ocupao urbana inferior a 2%.

    Para mostrar a qualidade ambiental na Bacia Hidrogrfica do rio Areias do

    Pontal, a seguir apresentamos relao de fauna encontrada na referida bacia, bem

    como fotografia, mostrando a cobertura vegetal de um trecho da encosta onde se

    encontra a captao.

    NOME VULGAR OCORRNCIA OBSERVAO

    Catit (Porco do Mato) Pegadas ----------------

    Tei Observado

    Jararaca Observado Jararacuu; Jararaca; Caninana; Urutu

    Lebre Observado Pelagem cor de fogo

    Esquilo Observado Pelagem marron

    Sagui Observado Mico-estrela

    Gamb Observado

    Ona (Felis pardalis)/Jaguatirica

    Relatado Ona parda - observado

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    Cutia Observado

    Paca Observado

    Pssaros Beija-Flor; Ti-Sangue;

    Gavio

    Preguia Observado

    Irara (Eira barbara) Observado Rabo grande cor marron Irara Relatado Rabo grande cor preta

    5.0 LOCALIZAO DOS RESERVATRISO DE GUA E TRATAMENTO DA GUA UTILIZADA NO CONDOMNIO MORADA DO PONTAL:

    Os reservatrios de gua do Condomnio Morada do Pontal, situam-se na rea

    de servio do Condomnio. Os reservatrios correspondem a uma caixa dgua

    suspensa em uma torre, com capacidade armazenamento de cerca de 10 mil litros de

    gua e uma cisterna, com capacidade de armazenamento para 300 mil litros, ambos

    localizados prximos a administrao do Condomnio, em local de fcil acesso.

    Filtros para Tratamento da gua do Condomnio Morada do Pontal

    Foto 11: filtros de gua.

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    Bilogo matr. CRBio n 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e

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    As guas servidas do Condomnio Morada do Pontal so tratadas por conjuntos

    de fossa, filtro e sumidouro que atendem aos apartamentos e residncias do

    Condomnio. So ao todo, 05 conjuntos de fossa, filtro e sumidouro distribudos ao

    longo das instalaes do condomnio. O efluente resultante do tratamento lanado no

    mar.

    Foto 12: local onde se encontra o 1 grupo de instalaes de tratamento de efluentes do

    Condomnio Morada do Pontal.

    6.0 DECLARAO DE USO DE RECURSO HDRICO (CADASTRO NA ANA):

    O Cadastrado na Agncia Nacional de guas encontra-se anexo e tem o n

    198246.

    Angra dos Reis, 13 de dezembro de 2013.

    Paulo Carvalho Filho

    Bilogo

  • PAULO CARVALHO FILHO

    Bilogo matr. CRBio n 00449-02 D Especialista em Planejamento Ambiental e

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    Bibliografia:

    FRANCISCO, Cristiane Nunes Subsdios Gesto Sustentvel dos Recursos

    Hdricos no mbito municipal: O caso de Angra dos Reis, RJ. Tese. Doutorado

    em Geocincias, Geoqumica Ambiental. UFF, 2004.

    ANEXOS

    1. Cadastro ANA;

    2. Anlises de gua dos Reservatrios;

    3. Termo de Intimao da Fusar;

    4. Meus Documentos.