relatório técnico do monitoramento do pampa

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MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO NOS BIOMAS BRASILEIROS POR SATÉLITE ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MMA/IBAMA MONITORAMENTO DO BIOMA PAMPA 2008-2009 CENTRO DE SENSORIAMENTO REMOTO – CSR/IBAMA BRASÍLIA, NOVEMBRO DE 2011 1

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Page 1: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO NOS BIOMAS BRASILEIROS POR SATÉLITE

ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MMA/IBAMA

MONITORAMENTO DO BIOMA PAMPA2008-2009

CENTRO DE SENSORIAMENTO REMOTO – CSR/IBAMA

BRASÍLIA, NOVEMBRO DE 2011

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Page 2: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

INISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMAINSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA

República Federativa do BrasilPresidenteDILMA VANA ROUSSEFF

Vice-PresidenteMICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA

Ministério do Meio AmbienteMinistraIZABELLA MÔNICA VIEIRA TEIXEIRA

Secretaria ExecutivaSecretárioFRANCISCO GAETANI

Secretaria de Biodiversidade e FlorestasSecretárioBRÁULIO FERREIRA DE SOUZA DIAS

Departamento de Conservação da BiodiversidadeDiretoraDANIELA AMÉRICA SUÁREZ DE OLIVEIRA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Presidente CURT TRENNEPOHL

Diretoria de Proteção Ambiental DiretorRAMIRO HOFMEISTER DE ALMEIDA MARTINS COSTA

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Page 3: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

EQUIPE TÉCNICA – MMASecretaria de Biodiversidade e FlorestasDepartamento de Conservação da Biodiversidade

Adriana Panhol BaymaAnalista [email protected]

Juliana C. F. MattosTécnica Especializada em [email protected]

EQUIPE TÉCNICA – IBAMA

Edson Eyji SanoChefe do Centro de Sensoriamento Remoto – CSR/[email protected]

Celeno Lopes CarneiroAnalista [email protected]

Daniel Moraes de FreitasAnalista [email protected]

Divino Antônio da Silva Técnico [email protected]

Felipe Luis Lacerda de Carvalho Cidade MatosAnalista [email protected]

José Itamá da SilvaTécnico [email protected]

Kelly Maria Rezende BorgesAnalista [email protected]

Maria Salete AlvesAnalista [email protected]

Maurício Marques FernandesAnalista [email protected]

Rodrigo Antônio de SouzaAnalista [email protected]

Silvia Nascimento VianaAnalista [email protected]

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Page 4: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Werner Luis GonçalvesAnalista [email protected]

CONSULTORES TÉCNICOS DO PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO – PNUD

Adriana Costa de Souza

Amanda Regina Martins Péscio

Ana Carolina de Paula Silva

Ana Cláudia de Souza Mota

Bruno Pimenta Guimarães

Denilson Pereira Passo

Elaine Cristina de Oliveira

Elaine Marra dos Santos

Elaine Paulúcio Porfírio

Elisa Toniolo Lorensi

Galgane Patricia Luiz

Juliana de Castro Freitas

Lorena Oliveira Santos

Luise Lottici Krahl

Mírcea dos Santos Claro

Priscilla Guimarães de Paula

Rosiene Keila Brito da Paixão

Tatiana Maria Soeltl

Thiago Carvalho de Lima

Thiago Felipe de Oliveira Spagnolo

Thiago Ungaretti Marcondes de Mello

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Page 5: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Ministério do Meio Ambiente – MMACentro de Informação, Documentação Ambiental e Editoração Luís Eduardo Magalhães – CID AmbientalEsplanada dos Ministérios – Bloco B – TérreoBrasília – DF 70.068-900Fone. 55 61 3317 1414E-mail. [email protected] WWW.MMA.GOV.BR

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Page 6: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

SÍNTESE DOS RESULTADOS OBTIDOS

Área total do bioma......................................................................... 177.767 km2

Área antropizada até 2008.............................................................. 95.958 km2

Área antropizada no período 2008-2009......................................... 331,24 km2

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Page 7: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

1. APRESENTAÇÃO

O presente relatório refere-se ao monitoramento e mapeamento de áreas antropizadas no

Bioma Pampa, ocorridas no período entre os anos 2008 e 2009.

Tal estudo faz parte de uma iniciativa entre a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do

Ministério de Meio Ambiente – SBF/MMA, Diretoria de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Dipro/Ibama, Centro de Sensoriamento

Remoto do Ibama - CSR, Agência Brasileira de Cooperação - ABC e Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

Esta iniciativa foi corroborada por meio de um acordo de cooperação técnica celebrado

entre o MMA e o Ibama, o qual visa o monitoramento do desmatamento nos biomas brasileiros por

meio de satélites, à exceção da Amazônia, com recursos provenientes do Projeto PNUD BRA

08/11.

2. CONTEXTO

Situado no extremo sul do Brasil e se estendendo também pelo Uruguai e Argentina, os

campos sulinos ou “pampas”, termo indígena que significa região plana, é o único bioma brasileiro

restrito apenas a uma unidade da federação (estado do Rio Grande do Sul). O referido bioma,

com extensão de aproximadamente 178 mil quilômetros quadrados, ocupa 63% do estado do Rio

Grande do Sul.

É um ecossistema campestre com vegetação composta predominantemente por espécies

gramíneas e alguns arbustos espalhados e dispersos. Próximos aos cursos d'água e nas encostas

de planaltos, a vegetação torna-se mais densa, com ocorrência de árvores. Os banhados, áreas

alagadas perto do litoral, também fazem parte desse bioma.

O clima da região é caracterizado como subtropical, com grande amplitude térmica,

ocorrência de geadas e neve em algumas regiões durante o inverno e temperatura chegando a 35

graus no verão. A precipitação anual se situa em torno de 1.200 mm, com pouca variação sazonal.

Embora sua paisagem pareça monótona e uniforme, abriga uma grande biodiversidade.

Segundo levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, são encontrados no Bioma

Pampa, cerca de 3.000 espécies de plantas, sendo 450 espécies de gramíneas, mais de 150 de

leguminosas, 70 tipos de cactos, 385 de aves e 90 de mamíferos. Várias espécies são endêmicas.

Outras estão ameaçadas de extinção. Apesar desta riqueza, o bioma tem apenas 0,3% de sua

área protegida por unidades de conservação. Estima-se que o bioma já perdeu 49% da sua

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Page 8: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

vegetação nativa (PROBIO, 2007).

O solo é predominante fértil, o que levou o bioma a ser bastante explorado pela pecuária,

principal atividade econômica da região. Outras atividades econômicas impactantes na região são

as lavouras de arroz em áreas de banhado, e mais recentemente, o plantio de eucalipto. Há

também a ocorrência de solo arenosos na região de Alegrete que inspira maiores cuidados em

seu manejo para não se transformar em deserto.

Figura 2.1. Localização do bioma Pampa (polígono amarelo). Mapa-imagem obtida no Google

Earth.

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Page 9: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

3. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do monitoramento do Bioma Pampa, foram adquiridas 163

imagens digitais. Destas, 111 cenas foram do sensor orbital CBERS-2B CCD e 52 do Landsat 5

TM, as quais foram disponibilizadas gratuitamente por meio do sítio do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais - INPE (Figura 2.1; Anexos 1 e 2). As imagens foram corrigidas

radiometricamente por meio do software Spring e georreferenciadas para a projeção UTM (datum

SAD69), tendo, como referência, as cenas Landsat Geocover do GLCF (Global Landsat Cover

Facility).

Figura 3.1. Localização das imagens dos sensores CBERS-2B CCD e Landsat 5 TM no bioma

Pampa.

A detecção de antropização foi baseada no trabalho intitulado Mapa de Cobertura Vegetal

dos Biomas Brasileiros, escala 1:250.000, ano-base 2002 (MMA, 2007), elaborado por um

conjunto de instituições de pesquisa contratado pelo Projeto de Conservação e Utilização

Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – Probio/MMA. Esse estudo foi considerado como

“mapa de tempo zero” do monitoramento aqui apresentado. A área mínima mapeada pelo Probio

foi de 40 hectares.

A identificação de áreas desflorestadas foi feita numa escala de trabalho correspondente a

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Page 10: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

1:50.000 e área mínima de detecção da antropização de 2 hectares. Os respectivos resultados

estão disponibilizados conforme articulação dos mapas índices 1:250.000 do IBGE (Figura 2.2)

em sistema de referência geográfica (datum SAD69).

Figura 3.2. Articulação dos mapas-índices do IBGE na escala 1:250.000 do Bioma Pampa.

As análises foram executadas com suporte do software ArcMap a partir da detecção visual

e digitalização manual das feições de supressão da vegetação nativa encontradas nas áreas de

remanescentes. Essas supressões foram classificadas tão somente como áreas antropizadas,

sem tipologias e sem detalhamentos quanto ao uso.

Quanto à definição de áreas antropizadas, não foram consideradas as cicatrizes

características de ocorrências de queimadas, bem como as áreas modificadas ou em processo

regenerativo. Desta forma, os comportamentos espectrais utilizados como parâmetros para

definição de áreas efetivamente modificadas por atividades antrópicas levaram em consideração,

principalmente, as necessidades de monitoramento e controle do desmatamento ilegal por parte

do Ibama.

Para cada polígono de antropização identificado e digitalizado, foram atribuídas

informações relevantes de interesse do MMA e Ibama. Com o objetivo de disponibilizá-las ao

público em geral, foram produzidos conjuntos de dados contendo os seguintes atributos: período

da antropização (<= 2002; <= 2008; 2008-2009); fonte dos dados (MMA ou CSR/Ibama); área em

hectares e em quilômetros quadrados; e o Bioma em que se encontra. Cabe ressaltar que, para

resgatar os dados omitidos pelo Probio, em virtude da escala pré-determinada para aquele projeto

(1:250.000), ficou sob responsabilidade do CSR/Ibama identificar, também, os desmatamentos

ocorridos até 2002 com tamanho variando de 2 a 40 hectares. As figuras que seguem

exemplificam o processo de interpretação e delimitação dos alvos (Figuras 2.3 a 2.6).

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Page 11: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Figura 3.3. Primeiro estágio: imagem Landsat 5 TM de 2009, destacando: polígonos de antropização anteriores a 2002 (máscara PROBIO/MMA, cor preta); e polígonos de antropização correspondentes ao período 2008-2009, identificados pelo intérprete (linhas vermelhas).

Figura 3.4. Segundo estágio: imagem Landsat 5 TM de 2002 destacando polígonos de antropização que já existiam em 2002 (linhas vermelhas com círculos laranja no seu interior). Tamanho dos polígonos: 2-40 hectares.

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Page 12: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Figura 3.5. Estágio final: imagem Landsat TM de 2002, destacando os polígonos de antropização ocorridos no período 2008-2009 (linhas vermelhas sem círculos laranja no seu interior).

Figura 3.6. Estágio final: imagem Landsat 5 TM de 2009, destacando: polígonos de antropização anteriores a 2002 (máscara PROBIO, em preto); polígonos de antropização anteriores a 2002 e com tamanhos variando de 2 a 40 hectares (polígonos laranja e com círculos laranja no seu interior); e polígonos de antropização no período 2008-2009 (linhas vermelhas).

Após o processo de identificação e delimitação, procedeu-se à validação dos alvos

delimitados. Essa etapa foi executada a partir de conhecimentos prévios adquiridos pelos

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Page 13: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

especialistas envolvidos no processo e das características geomorfológicas e vegetativas do

bioma em questão. Dependendo da disponibilidade, imagens de alta resolução dos satélites

CBERS-2B HRC (site do Inpe) e QuickBird (programa Google Earth) (Figura 2.7), também foram

utilizadas.

Desse modo, as interpretações equivocadas são diminuídas, principalmente, no tocante

aos alvos de áreas de pastagens naturais, de substratos rochosos associados a relevos

acidentados com pouca cobertura vegetal, regiões de dunas, entre outros elementos naturais que

apresentam respostas espectrais similares às de áreas antropizadas.

Nesse trabalho, foi entendido como remanescente florestal, todos os polígonos

classificados majoritariamente como remanescentes de vegetação natural pelo Probio/Pampa na

legenda composta. Polígonos do Probio, associados à legenda composta por classes de

cobertura vegetal natural e antrópica, mas com predomínio de cobertura antrópica, foram

considerados, nesse estudo, como polígonos de antropização anteriores a 2002.

(A) (B)

Figura 3.7. Diferenças no nível de detalhamento dos alvos mostradas por uma imagem Landsat 5

TM com 30 metros de resolução espacial (A) (utilizadas no processo de mapeamento de

antropização) e por uma imagem QuickBird com 70 centímetros de resolução espacial (B)

(utilizadas no processo de validação).

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Page 14: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

4. RESULTADOS

A partir da delimitação/quantificação das áreas antropizadas, foram elaborados mapas

temáticos de antropização, efetuados cálculos de área e algumas estatísticas de forma a

estabelecer, identificar e visualizar espacialmente a distribuição da supressão da vegetação do

Bioma no estado, municípios e regiões hidrográficas. A Figura 4.1 mostra a distribuição das áreas

antropizadas e respectivos remanescentes florestais até o ano de 2009.

Figura 4.1. Mapa de distribuição espacial das áreas com vegetação natural (verde), antropização acumulada até 2009 (amarelo) e corpos d’água (azul) no Bioma Pampa.

Em 2008, a área de remanescentes de vegetação do Pampa era de 36,03%. Em 2009,

houve uma redução para 35,84%. Todas essas estatísticas foram baseadas na área total do

bioma que é 177.767,19 km² (Figura 4.2 e Tabela 4.1).

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Page 15: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Figura 4.2. Caracterização do Pampa no período 2008-2009, tendo como referência a área total do bioma de 177.767,19 km².

Em números absolutos, o Pampa teve sua cobertura vegetal original e secundária reduzida

de cerca de 64.050 km² para 63.719 km². Portando, o bioma sofreu uma perda de pouco mais de

0,18% entre 2008 e 2009. A antropização, em termos absolutos, entre 2008 a 2009, foi de

aproximadamente 331 km² (Tabela 4.1).

É importante destacar que os resultados obtidos ainda podem ser revisados e atualizados,

portanto, poderão sofrer pequenos ajustes até a conclusão desse projeto. Os resultados

encontrados estão apresentados nas figuras, nos quadros e tabelas abaixo.

Tabela 4.1. Estimativa de vegetação suprimida no Pampa até o ano de 2008 e no período 2008-2009, tendo como referência a área total do bioma de 177.767,19 km².

Até 2008 (%) 2008-2009 (%)

Vegetação suprimida 53,98 54,17

Vegetação remanescente 36,08 35,89

Corpos d’água 9,99 9,99

A distribuição de áreas antropizadas ensejou uma análise mais aprofundada, de modo que

foi possível dimensionar a ocorrência das ações antrópicas por unidades espaciais importantes às

ações de gestão e controle ambiental por partes do MMA e Ibama.

A análise da distribuição desses polígonos por município, em área absoluta, por exemplo,

identificou que Alegrete foi o município que mais sofreu supressão da cobertura vegetal nativa no

Pampa entre 2008 e 2009, seguido de Encruzilhada. As Figuras 4.3 e 4.4 ilustram a distribuição

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Page 16: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

espacial da supressão ocorrida naquele período em todo bioma, sendo possível verificar a

concentração e distribuição no município supracitado.

Figura 4.3. Distribuição espacial da área antropizada no Pampa entre os anos de 2008 e 2009.

A Tabela 4.4 ilustra os 20 municípios que tiveram a maior quantidade de supressão de

vegetação nativa do Pampa entre 2008 e 2009. A distribuição espacial da antropização por

município é mostrada na Figura 4.4. A lista dos demais municípios com respectivos valores de

antropização encontra-se no anexo deste relatório.

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Page 17: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Tabela 4.4. Grupo de 20 municípios que apresentaram as maiores áreas de antropização entre o período de 2008-2009.

Município UF Área do Município (km2)

Área Antropizada (km2) % do Município Antropizado

Alegrete RS 7802,32 51,93 0,67

Encruzilhada do Sul RS 3347,26 31,83 0,95

Bagé RS 4093,03 22,42 0,55

Uruguaiana RS 5684,66 22,30 0,39

Quaraí RS 3105,38 19,01 0,61

Caçapava do Sul RS 3047,40 13,35 0,44

Lavras do Sul RS 2600,35 12,85 0,49

Dom Pedrito RS 5188,51 10,53 0,20

São Borja RS 3591,07 10,52 0,29

Cachoeira do Sul RS 3688,29 10,19 0,28

Pedras Altas RS 1352,45 8,13 0,60

Manoel Viana RS 1392,12 8,00 0,57

São Sepé RS 2201,43 7,95 0,36

Rio Pardo RS 1940,77 6,92 0,36

Sant' Ana do Livramento RS 6894,37 6,39 0,09

Pinheiro Machado RS 2249,59 6,12 0,27

Piratini RS 3539,23 4,88 0,14

Jaguarão RS 1999,35 4,86 0,24

Rosário do Sul RS 4368,38 4,63 0,11

Santana da Boa Vista RS 1420,48 4,09 0,09

Analisando-se as Figuras 4.3 e 4.4 de supressão da vegetação nativa absoluta entre 2008

e 2009, pode-se observar que há uma região específica de concentração de áreas antropizadas.

Um forte indicador disso é a própria Tabela 4.4 a qual mostra que juntos, os 20 municípios

representam 37% de supressão da vegetação nativa no bioma como um todo no período

considerado.

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Page 18: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Figura 4.4. Distribuição espacial de vegetação nativa suprimida por município entre 2008 e 2009.

5. VALID

5. METODOLOGIA DA VALIDAÇÃO

Foram utilizados 100 pontos de controle gerados aleatoriamente pela extensão Hawths

Tools 3 for ArcGIS. Tais pontos são referentes a 100 polígonos de regiões pré-definidas como

antropizadas pelos técnicos do CSR/Ibama que contabilizaram uma área de cerca de 123,30 km².

Tais pontos foram aleatoriamente determinados dentro dos limites dos respectivos polígonos de

desmatamentos. É importante destacar que o centróide não se relaciona com o espaço físico da

poligonal, mas sim com um retângulo imaginário que o envolve, a partir de seus vértices das

linhas mais extremas - leste/oeste e norte/sul. Desse modo, os pontos não representariam

centróides de seus respectivos polígonos, pois a geração de centróides, por vezes, não resulta

em pontos localizados dentro do polígono.

Os polígonos utilizados para obtenção dos pontos de controle representam antropizações

ocorridas entre 2008 e 2009. Assim sendo, os pontos foram distribuídos pelo supracitado plug-in,

representando 100 polígonos do período 2008-2009.

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Page 19: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Primeira Análise

Decidiu-se analisar os polígonos delineados observando se esses eram antropizações

verdadeiras ou falsas. Para a checagem dos dados, foram utilizadas imagens Landsat 5 TM e

Landsat 7 ETM+, utilizadas no monitoramento, bem como aquelas disponibilizadas, de alta

resolução, pelo software Google Earth.

Como resultado, obtiveram-se 96 pontos/polígonos de hipótese verdadeira e quatro falsas,

representando 96% de acerto neste quesito. A Figura 5.1 apresenta a localização dos referidos

pontos e respectivas hipóteses.

Segunda Análise

A segunda análise buscou verificar os períodos mais adequados à ocorrência dos

desmatamentos encontrados. No caso do Pampa, 14 pontos foram identificados como

desmatamentos verdadeiros, mas com datação errada.

Nesta segunda etapa, os pontos definidos como verdadeiros foram aqueles cujo ano de

antropização era compatível com as imagens de 2009 e a região, consequentemente,

apresentava-se como remanescente na imagem de 2008. Nesse sentido, foram definidos como

falsos os pontos nos quais as antropizações puderam ser identificadas nas imagens de 2008.

Foi possível verificar que, dos 100 pontos datados como sendo do período 2008-2009 de

antropização, 82 foram verdadeiros (Figura 5.2). Isso significa que 82% dos pontos estavam

adequadamente datados.

6. CONCLUSÕES

O monitoramento do Pampa foi bastante satisfatório. Em havendo próximo período de

monitoramento (2009-2010), serão efetuados, além da detecção das antropizações que por

ventura venham acontecer entre 2009 e 2010, as correções dos equívocos aqui apresentados,

bem como os acréscimos de polígonos de antropizações ocorridas nos períodos “até 2002”,

“2002-2008” e “2008-2009”, os quais podem ter sido omitidos nesta fase do projeto. Este processo

fará parte de uma constante melhoria e confiabilidade do presente trabalho, o qual é bastante

aplicado em renomados projetos como PRODES e DETER, executados pelo INPE para a

Amazônia.

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Page 20: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Figura 5.1. Distribuição dos pontos definidos na primeira análise como verdadeiros (“√”).

Figura 5.2. Distribuição dos pontos definidos na segunda análise como verdadeiros e falsos (“√” e

“X”, respectivamente).

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Page 21: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

6. DISPONIBILIZAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados do monitoramento estão estruturados em banco de dados geográficos, de

maneira que o público em geral poderá visualizá-los e obtê-los por meio do sítio

“http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas/pampa”.

Neste endereço será possível fazer o download dos polígonos de antropização por

quadrículas referentes às cartas 1:250.000 do IBGE, bem como as imagens de satélites utilizadas

para a elaboração do trabalho, a partir de serviços de mapas confeccionados em GeoServer e

ArcServer (Figuras 6.1, 6.2 e 6.3). Ademais, neste mesmo sítio, é possível visualizar as

estatísticas aqui apresentadas.

Figura 6.1. Ambiente GeoServer para navegação e acesso aos dados vetoriais.

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Page 22: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

Figura 6.2. Ambiente ESRI ArcServer para navegação e acesso aos dados vetoriais.

Figura 6.3. Ambiente para download de imagens de satélites utilizadas no monitoramento da

antropização do Pampa.

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Page 23: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista o grande volume de dados gerados por este trabalho, verifica-se que

alguns ajustes poderão ser efetuados. Todavia, tal validação não mudará de forma significativa o

total percentual de antropismo ocorrido no Bioma Pampa.

Destaca-se a importância das informações geradas não apenas para o governo federal,

mas também para as esferas estaduais e municipais. Com base nessas informações, será

possível, por exemplo, fazer o cálculo de emissões de gases do efeito estufa (GEE).

8. BIBLIOGRAFIA

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Page 24: Relatório Técnico do monitoramento do Pampa

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ANEXO 1 – Cálculo de área desmatada nos municípios pertencentes ao Bioma Pampa no período de 2008 a 2009.

Município UFÁrea do

Municipio (km2)

Área Desmatada

(km2)

% de Área do Município

Desmatada em 2009 Aceguá RS 1543,73 1,83 0,12Agudo RS 1,81 0,00 0,00Alegrete RS 7802,32 51,93 0,67Alvorada RS 71,04 0,43 0,61Amaral Ferrador RS 507,81 0,24 0,05Arambaré RS 521,60 0,00 0,00Arroio do Padre RS 124,26 0,04 0,03Arroio do Sal RS 82,21 0,00 0,00Arroio dos Ratos RS 426,28 0,08 0,02Arroio Grande RS 2513,08 0,72 0,03Augusto Pestana RS 71,22 0,00 0,00Bagé RS 4093,03 22,42 0,55Balneário Pinhal RS 86,76 0,00 0,00Barão do Triunfo RS 436,55 0,11 0,03Barra do Quaraí RS 1002,45 0,68 0,07Barra do Ribeiro RS 730,68 0,00 0,00Boa Vista do Cadeado RS 534,95 0,00 0,00Boa Vista do Incra RS 382,00 0,00 0,00Bossoroca RS 1611,86 0,07 0,00Brochier RS 1,00 0,00 0,00Butiá RS 752,37 0,00 0,00Caçapava do Sul RS 3047,40 13,35 0,44Cacequi RS 2368,53 3,73 0,16Cachoeira do Sul RS 3688,29 10,19 0,28Cachoeirinha RS 43,84 0,00 0,00Caibaté RS 104,53 0,00 0,00Camaquã RS 1676,20 0,00 0,00Campo Bom RS 11,83 0,02 0,16Candelária RS 98,01 0,00 0,00Candiota RS 935,65 2,82 0,30Canguçu RS 3524,96 3,61 0,10Canoas RS 131,09 0,07 0,05Capão da Canoa RS 62,17 0,08 0,13Capão do Cipó RS 1007,95 0,00 0,00Capão do Leão RS 783,69 0,00 0,00Capela de Santana RS 183,22 0,23 0,13Capivari do Sul RS 413,20 0,88 0,21Caraá RS 0,79 0,00 0,00Cerrito RS 451,83 0,88 0,20Cerro Grande do Sul RS 324,01 0,01 0,00Cerro Largo RS 7,35 0,00 0,00Charqueadas RS 216,64 0,00 0,00Chuí RS 200,82 0,00 0,00Chuvisca RS 220,95 0,00 0,00Cidreira RS 209,73 0,15 0,07

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Cristal RS 680,00 0,05 0,01Cruz Alta RS 500,48 0,00 0,00Dezesseis de Novembro RS 103,57 0,00 0,00Dilermando de Aguiar RS 601,76 0,10 0,02Dois Irmãos RS 7,87 0,00 0,00Dom Feliciano RS 1356,52 1,25 0,09Dom Pedrito RS 5188,51 10,53 0,20Dom Pedro de Alcântara RS 10,74 0,00 0,00Eldorado do Sul RS 510,39 0,07 0,01Encruzilhada do Sul RS 3347,26 31,83 0,95Entre-Ijuís RS 317,82 0,00 0,00Estância Velha RS 36,36 0,00 0,00Esteio RS 27,34 0,00 0,00Eugênio de Castro RS 364,40 0,00 0,00Fazenda Vilanova RS 0,48 0,00 0,00Formigueiro RS 580,53 0,00 0,00Fortaleza dos Valos RS 228,60 0,00 0,00Garruchos RS 780,52 0,10 0,01General Câmara RS 509,24 0,18 0,03Glorinha RS 157,55 0,00 0,00Gravataí RS 332,78 0,28 0,08Guaíba RS 375,58 0,12 0,03Herval RS 1752,91 1,91 0,11Hulha Negra RS 821,89 0,63 0,08Imbé RS 9,73 0,00 0,00Itaara RS 24,90 0,00 0,00Itacurubi RS 1119,83 1,11 0,10Itaqui RS 3397,99 3,11 0,09Ivorá RS 0,47 0,00 0,00Ivoti RS 0,33 0,00 0,00Jaguarão RS 1999,35 4,86 0,24Jaguari RS 298,08 0,00 0,00Jari RS 533,86 0,65 0,12Jóia RS 1178,86 0,32 0,03Júlio de Castilhos RS 1684,64 0,46 0,03Lavras do Sul RS 2600,35 12,85 0,49Maçambará RS 1684,87 2,81 0,17Manoel Viana RS 1392,12 8,00 0,57Maquiné RS 51,09 0,00 0,00Maratá RS 3,82 0,00 0,00Mariana Pimentel RS 337,58 0,00 0,00Mata RS 159,91 0,00 0,00Mato Queimado RS 25,13 0,00 0,00Minas do Leão RS 424,27 0,00 0,00Montenegro RS 399,57 0,05 0,01Morro Redondo RS 245,86 0,00 0,00Mostardas RS 1790,60 1,90 0,11Nova Esperança do Sul RS 60,08 0,00 0,00Nova Santa Rita RS 218,08 0,09 0,04Novo Hamburgo RS 157,60 0,01 0,01Osório RS 563,46 0,09 0,02Palmares do Sul RS 900,13 0,00 0,00

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Pantano Grande RS 840,80 1,93 0,23Paraíso do Sul RS 1,64 0,00 0,00Pareci Novo RS 23,45 0,01 0,04Passo de Torres RS 11,04 0,00 0,00Passo do Sobrado RS 110,62 0,00 0,00Paverama RS 28,96 0,01 0,04Pedras Altas RS 1352,45 8,13 0,60Pedro Osório RS 608,25 0,33 0,05Pelotas RS 1611,92 0,42 0,03Pinhal Grande RS 81,42 0,00 0,00Pinheiro Machado RS 2249,59 6,12 0,27Piratini RS 3539,23 4,88 0,14Portão RS 131,61 1,47 1,12Porto Alegre RS 498,90 0,00 0,00Quaraí RS 3105,38 19,01 0,61Quevedos RS 401,63 0,00 0,00Restinga Seca RS 684,80 0,96 0,14Rio Grande RS 2453,78 1,11 0,05Rio Pardo RS 1940,77 6,92 0,36Rolador RS 148,62 0,00 0,00Roque Gonzales RS 3,45 0,00 0,00Rosário do Sul RS 4368,38 4,63 0,11Salto do Jacuí RS 249,59 0,00 0,00Sant' Ana do Livramento RS 6894,37 6,39 0,09Santa Cruz do Sul RS 79,19 0,00 0,00Santa Margarida do Sul RS 953,82 0,06 0,01Santa Maria RS 1543,18 2,56 0,17Santa Vitória do Palmar RS 4700,94 1,21 0,03Santana da Boa Vista RS 1420,48 4,09 0,29Santiago RS 2092,28 2,24 0,11Santo Antônio da Patrulha RS 603,94 0,00 0,00Santo Antônio das Missões RS 1710,35 2,11 0,12São Borja RS 3591,07 10,52 0,29São Francisco de Assis RS 2181,20 2,01 0,09São Gabriel RS 5022,57 3,90 0,08São Jerônimo RS 937,31 0,14 0,01São José do Norte RS 728,46 0,11 0,01São José do Sul RS 1,40 0,00 0,00São Leopoldo RS 102,88 0,00 0,00São Lourenço do Sul RS 2039,62 0,99 0,05São Luiz Gonzaga RS 1237,60 0,09 0,01São Martinho da Serra RS 474,24 0,27 0,06São Miguel das Missões RS 1173,55 0,00 0,00São Nicolau RS 361,09 0,00 0,00São Pedro do Butiá RS 0,13 0,16 123,84São Pedro do Sul RS 632,57 0,00 0,00São Sebastião do Caí RS 23,83 0,00 0,00São Sepé RS 2201,43 7,95 0,36São Vicente do Sul RS 1177,11 0,51 0,04Sapucaia do Sul RS 58,45 0,02 0,03Sentinela do Sul RS 282,75 0,00 0,00Sertão Santana RS 251,37 0,00 0,00

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Tabaí RS 90,61 0,30 0,33Tapes RS 807,01 0,43 0,05Taquari RS 221,04 0,00 0,00Tavares RS 515,02 0,67 0,13Terra de Areia RS 11,24 0,00 0,00Toropi RS 11,94 0,00 0,00Torres RS 42,29 0,00 0,00Tramandaí RS 113,24 0,00 0,00Três Cachoeiras RS 38,20 0,00 0,00Triunfo RS 823,35 0,72 0,09Tupanciretã RS 2254,08 1,05 0,05Turuçu RS 254,00 0,14 0,06Unistalda RS 602,25 1,89 0,31Uruguaiana RS 5684,66 22,30 0,39Vale Verde RS 277,94 0,03 0,01Venâncio Aires RS 67,38 0,00 0,00Vera Cruz RS 36,33 0,00 0,00Viamão RS 1496,72 0,59 0,04Vila Nova do Sul RS 511,32 3,44 0,67Vitória das Missões RS 32,91 0,00 0,00Xangri-lá RS 30,65 0,00 0,00

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ANEXO 2 – Lista de imagens utilizadas seguindo o padrão órbita-ponto_anomesdia_satelite_ sensor.

IMAGENS 2008 IMAGENS 2009LANDSAT5_TM_B345_20080215_220-080 LANDSAT5_TM_B345_20090828_220-080LANDSAT5_TM_B345_20080318_220-080 LANDSAT5_TM_B345_20090828_220-081LANDSAT5_TM_B345_20080403_220-080 LANDSAT5_TM_B345_20090727_220-082LANDSAT5_TM_B345_20080910_220-080 LANDSAT5_TM_B345_20090413_221-080LANDSAT5_TM_B345_20080910_220-080 LANDSAT5_TM_B345_20090413_221-080LANDSAT5_TM_B345_20080318_220-081 LANDSAT5_TM_B345_20090702_221-081LANDSAT5_TM_B345_20081129_220-081 LANDSAT5_TM_B345_20090429_221-082LANDSAT5_TM_B345_20081129_220-082 LANDSAT5_TM_B345_20090429_221-083LANDSAT5_TM_B345_20081003_221-080 LANDSAT5_TM_B345_20090506_222-080LANDSAT5_TM_B345_20081003_221-081 LANDSAT5_TM_B345_20091013_222-081LANDSAT5_TM_B345_20081003_221-082 LANDSAT5_TM_B345_20090725_222-082LANDSAT5_TM_B345_20081003_221-083 LANDSAT5_TM_B345_20090607_222-083LANDSAT5_TM_B345_20080316_222-080 LANDSAT5_TM_B345_20090411_223-080LANDSAT5_TM_B345_20080316_222-081 LANDSAT5_TM_B345_20090630_223-081LANDSAT5_TM_B345_20080316_222-082 LANDSAT5_TM_B345_20090411_223-082LANDSAT5_TM_B345_20081010_222-082 LANDSAT5_TM_B345_20090418_224-079LANDSAT5_TM_B345_20080112_222-083 LANDSAT5_TM_B345_20090504_224-080LANDSAT5_TM_B345_20081010_222-083 LANDSAT5_TM_B345_20090605_224-081LANDSAT5_TM_B345_20080204_223-080 LANDSAT5_TM_B345_20090925_224-082LANDSAT5_TM_B345_20081118_223-080 LANDSAT5_TM_B345_20090612_225-080LANDSAT5_TM_B345_20080307_223-081 LANDSAT5_TM_B345_20090730_225-081LANDSAT5_TM_B345_20081118_223-081LANDSAT5_TM_B345_20080204_223-082LANDSAT5_TM_B345_20081118_223-082LANDSAT5_TM_B345_20081008_224-079LANDSAT5_TM_B345_20080330_224-080LANDSAT5_TM_B345_20080805_224-080LANDSAT5_TM_B345_20080110_224-081

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