relatório técnico científico - seeds.usp.br · geodésicos e topográficos, ... no entanto, para...

43
Projeto de Pesquisa Dentro do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da FAPESP “NOVOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO REGIONAL VISANDO O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” Processo 03/06441-7 RTC/PIRnaUSP- Nº222 Relatório Técnico Científico Iniciação ao Georreferenciamento dos Recursos Energéticos para o PIR do Oeste Paulista Coordenador: Miguel Edgar Morales Udaeta São Paulo, maio de 2008

Upload: lynhu

Post on 21-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Projeto de Pesquisa Dentro do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da FAPESP

“NOVOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO REGIONAL VISANDO O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL” Processo 03/06441-7

RTC/PIRnaUSP- Nº222

Relatório Técnico Científico

Iniciação ao Georreferenciamento dos Recursos Energéticos para o PIR do Oeste Paulista

Coordenador: Miguel Edgar Morales Udaeta

São Paulo, maio de 2008

Equipe:

Alexandre Orrico Reinig

Décio Cicone Junior

Fatuma Catherine Atieno Odongo

Felipe Coelho Costa

Flávio Marques Azevedo

Geraldo Francisco Burani

Giselle Teles

Isabel Akemi Bueno Sado

Janaína Roldão de Souza

Jonathas Luiz de Oliveira Bernal

José Aquiles Baesso Grimoni

Júlia Marques Bellacosa

Lidiany

Luiz Cláudio Ribeiro Galvão

Mário Fernandes Biague

Marina Martins

Martim Debs Galvão

Maurício Sabbag

Miguel Edgar Morales Udaeta

Paulo Roberto Carneiro

Paulo Hélio Kanayama

Renata Valério de Freitas

Ricardo Lacerda Baitelo

Rafael Augusto Possari

Rafael Bragança de Lima

Rafael Makiyama

Raquel Gomes Brito Rodrigues

Thiago Hiroshi de Oliveira

Victor Takazi Katayama

Índice

1 Introdução _________________________________________________________________ 1

2 Cartografia ________________________________________________________________ 1

2.1 Elipsóide de Referência e Datum Geodésico________________________________________ 2

2.2 Orientação ___________________________________________________________________ 3

2.3 Escala _______________________________________________________________________ 3

2.4 Sistema de Coordenadas________________________________________________________ 4 2.4.1 Sistema de Coordenadas Geográficas ____________________________________________________ 5 2.4.2 Sistema de Coordenadas UTM _________________________________________________________ 5

3 Confecção de mapas _________________________________________________________ 6

3.1 A Base Cartográfica ___________________________________________________________ 6

3.2 Símbolos Convencionais e Legendas na Elaboração de Mapas ________________________ 6

4 GPS (Global Positioning System)_______________________________________________ 7

4.1 Como Funciona? ______________________________________________________________ 7

4.2 Tipos de GPS _________________________________________________________________ 7

4.3 Aplicações do GPS_____________________________________________________________ 8

5 Geoprocessamento___________________________________________________________ 8

6 Área de Estudo _____________________________________________________________ 9

7 Objetivos _________________________________________________________________ 10

8 Itinerário da Viagem________________________________________________________ 12

9 As Usinas Sucro-Alcooeiras __________________________________________________ 14

9.1 Usina Unialco________________________________________________________________ 15

9.2 Usina Benálcool ______________________________________________________________ 16

9.3 Usina Cosan – Univalem_______________________________________________________ 16

9.4 Usina Da Mata_______________________________________________________________ 16

9.5 Usina Cosan – Mundial________________________________________________________ 17

9.6 Usina Cosan – Gasa___________________________________________________________ 17

9.7 Usina Interlagos______________________________________________________________ 18

9.8 Usina Cosan – Destivale _______________________________________________________ 18

9.9 Usina Clealco ________________________________________________________________ 18

9.10 Usina Campestre _____________________________________________________________ 19

9.11 Usina Diana _________________________________________________________________ 19

9.12 Destilaria Córrego Azul _______________________________________________________ 20

9.13 Usina Equipav _______________________________________________________________ 20

9.14 Usina Bertin - Divisão Biodiesel_________________________________________________ 20

10 As Usinas Hidrelétricas____________________________________________________ 21

10.1 Usina Hidrelétrica Três Irmãos _________________________________________________ 21

10.2 Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira ______________________________________________ 22

10.3 Canal Pereira Barreto_________________________________________________________ 22

10.4 Usina Hidrelétrica Mario Lopes Leão____________________________________________ 22

10.5 Usina Hidrelétrica Nova Avanhandava___________________________________________ 23

11 Observação Geral da Área de Estudo e Demais Pontos Georreferenciados __________ 23

11.1 Município de Araçatuba: ______________________________________________________ 25

11.2 Município de Guararapes: _____________________________________________________ 26

11.3 Município de Bento de Abreu:__________________________________________________ 28

11.4 Município de Valparaíso: ______________________________________________________ 28

11.5 Município de Mirandópolis:____________________________________________________ 29

11.6 Município de Andradina: ______________________________________________________ 30

11.7 Município de Ilha Solteira:_____________________________________________________ 30

11.8 Município Suzanápolis: _______________________________________________________ 30

11.9 Município de Bilac: ___________________________________________________________ 31

11.10 Município de Avanhandava: _________________________________________________ 32

11.11 Município Promissão:_______________________________________________________ 33

11.12 Município de Guaiçara: _____________________________________________________ 34

11.13 Município Lins:____________________________________________________________ 34

11.14 Município Birigui: _________________________________________________________ 35

12 Resultados e Conclusões___________________________________________________ 35

13 Referências Bibliográficas _________________________________________________ 38

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório objetiva evidenciar todo o levantamento de campo realizado em parte do Oeste Paulista nos dias 8 e 9 de junho de 2007. Tal levantamento teve por objetivo iniciar a caracterização geoenergética da área através do georreferenciamento dos recursos energéticos, como definidos no PIR- Planejamento Integrado de Recursos (Udaeta, 1997), iniciado, por exemplo, pela demarcação de boa parte das usinas sucro-alcooeiras e hidrelétricas da região. Além disso, esta visita de campo também possibilitou a realização de uma caracterização geral da área de estudo, através da observação de distribuição das atividades sócio-econômicas e populacionais do local. Tal georreferenciamento e caracterização do uso do solo da região são de grande importância para a realização do Planejamento Integrado de Recursos Energéticos do Oeste Paulista, uma vez que o conhecimento in loco das usinas, e de outras fontes energéticas limpas permitem uma visão mais ampla de como implantar o planejamento a ser realizado a partir de uma análise que leve em consideração os aspectos técnico-econômicos, sociais, ambientais e políticos envolvidos no planejamento (Udaeta e Ribeiro, 2004). A escolha do início da caracterização geoenergética pelo georrefertenciamento das usinas sucro-alcooeiras se explica pela grande participação destas na economia da região como um todo, e, sendo usinas que utilizam a biomassa como matéria prima, propiciam um desenvolvimento limpo e sustentável para o local, atingindo assim os requisitos necessários definidos no escopo do planejamento integrado do projeto Fapesp 03/06441- “Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional Visando o Desenvolvimento Sustentável” Desse modo, este relatório mostrará todo o percurso realizado em parte do Oeste Paulista durante estes dois dias (8 e 9 de junho) que contou com a presença de quatro pesquisadores da equipe da segunda fase do projeto Fapesp: o prof. Dr. Miguel Edgar Morales Udaeta (coordenador do projeto), o mestrando Jonathas Luiz de Oliveira Bernal, a pesquisadora de IC Janaína Roldão de Souza e a pesquisadora de IC Giselle Teles responsável por todo o georreferenciamento realizado no projeto atualmente.

2 CARTOGRAFIA

Os mapas ocupam um importante lugar entre os recursos de que a civilização moderna pode lançar mão. A produção de mapas cresce proporcionalmente ao crescimento da população, de forma a atender seus interesses nos mais variados ramos de atividade. Contudo, para elaborar um mapa deve-se conhecer muito bem o modelo, a Terra, e ter-se o discernimento científico para se suprimir detalhes de menor importância de acordo com a escala e o objetivo do mesmo, assim como na escolha de símbolos e cores para representar os diversos elementos que irão compor o mapa. Desse modo, tanto o profissional que elabora o mapa, como aquele que se utiliza dele, devem ter noções básicas que os orientem tanto no seu uso, como na sua execução. A cartografia é considerada como a ciência e a arte de expressar (representar), por meio de mapas, o conhecimento da superfície terrestre. É ciência porque, para alcançar exatidão, depende basicamente da astronomia, geodesia e matemática. É arte porque é subordinada as leis da estética, simplicidade, clareza e harmonia. No entanto, assim como ocorreu com a Cartografia, o conceito de produtos cartográficos também tem evoluído para o de produtos de informação, em função dos avanços tecnológicos. Tradicionalmente, e em particular no nosso país, a definição e classificação de produtos cartográficos têm se prendido ao aspecto quantitativo, considerando características tais como escala e precisão; entretanto, o aspecto qualitativo tem grande relevância e não pode ser desprezado, uma vez que leva em conta o tipo de informação que se quer transmitir, qual o seu propósito, por quem é produzida e a quem é dirigida. Sendo assim, em geral, os mapas tem as seguintes finalidades:

• Obter informações sobre a distribuição espacial dos fenômenos, como solos, precipitação, uso da terra, densidade demográfica, etc.;

• Discernir relações espaciais entre os vários fenômenos; • Coletar, através de medições, dados necessários às análises geográficas, propiciando

informações para a descrição e análises estatísticas. Atualmente, a cartografia entra na era da informática. Com o auxílio de satélites e de computadores, a cartografia torna-se um verdadeiro sistema de informações geográficas, visando a coleta, o armazenamento, a recuperação, a análise e a apresentação de informações sobre lugares ao longo do tempo, além de proporcionar simulações de eventos e situações complexas da realidade, tendo em vista a tomada de decisões. Assim, não basta que os mapas respondam apenas à pergunta "onde?". Hoje, eles precisam responder também a outras questões, como "por quê?", "quando?", "por quem?", "para que finalidade?" e "para quem?". É nesse contexto atual em que se encontra a cartografia, que o georreferenciamento e a elaboração de mapas para a Região Administrativa de Araçatuba foi realizada. Todavia, para uma compreensão melhor dos mapas confeccionados durante o levantamento de campo à Araçatuba, algumas considerações a respeito da teoria cartográfica serão realizadas a seguir.

2.1 ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA E DATUM GEODÉSICO

Considerando a necessidade de se definir matematicamente a forma do planeta, para as diferentes aplicações das atividades humanas, surge como problema o alto grau de complexidade da representação matemática do geóide. Como é sabido, a Terra não é uma esfera perfeitamente redonda, uma vez que é achatada nos pólos possuindo a forma de um geóide. O geóide é, então, a forma adotada para a Terra e é sobre esta superfície que são realizados todas as medições. Como o geóide é uma superfície irregular, de difícil tratamento matemático, foi necessário adotar, para efeito de cálculos, uma superfície regular que possa ser matematicamente definida. A forma matemática assumida para cálculos sobre o geóide é o elipsóide de revolução, gerado por uma elipse rotacionada em torno do eixo menor do geóide. (figura 1)

Figura 1: Geóide e Elipsóide. Fonte: Rosa, 2004

Assim, medições e levantamentos feitos na superfície terrestre (geóide) são matematicamente solucionados no elipsóide. Os sistemas geodésicos buscam uma melhor correlação entre o geóide e o elipsóide, elegendo um elipsóide de revolução que melhor se ajuste ao geóide local, estabelecendo a origem para as coordenadas geodésicas referenciadas a este elipsóide, através dos datum horizontal e vertical. Em geral, cada país ou grupo de países adota um elipsóide como referência para os trabalhos geodésicos e topográficos, sendo usados elipsóides que mais se adaptem às necessidades de representação das regiões ou continentes. O sistema de coordenadas geográficas definido no WGS-84 (World Geodetic System), utiliza o elipsóide global UGGI -79, enquanto que o sistema SAD-69 (South American Datum 1969) utiliza

o elipsóide local UGGI-67, que é o elipsóide para a América do Sul, com ponto de amarração situado no vértice Chuá em MG. Normalmente os dados coletados por GPS (Global Position System) se referem a este Datum. No Brasil, oficialmente até a década de 1970, adotava-se o elipsóide Internacional de Hayford, de 1924, com origem de coordenadas planimétricas estabelecida no Datum Planimétrico de Córrego Alegre. Posteriormente, o sistema geodésico brasileiro foi modificado para o SAD-69 (Datum Sulamericano de 1969), que adota o elipsóide de referência UGGI67 (União Geodésica e Geofísica Internacional de 1967) e o ponto Datum planimétrico Chuá (Minas Gerais). No entanto, para o georreferenciamento realizado durante esse levantamento de campo à Região Administrativa de Araçatuba, utilizou-se o datum Córrego Alegre, que ainda é utilizado no Brasil, sendo adotado para toda a base cartográfica do IBGE disponível que foi utilizada como base para o mapeamento.

2.2 ORIENTAÇÃO

A orientação é feita a partir dos pontos cardeais, ou seja, são os pontos de referência. Graficamente, representa-se a orientação pela rosa-dos-ventos. Nela, a orientação norte-sul é considerada sobre qualquer meridiano e a orientação leste-oeste, sobre qualquer paralelo. Para orientar-se, consideram-se os pontos cardeais, os colaterais e os sub-colaterais como mostrado na figura 2, abaixo.

Figura 2 Rosa dos Ventos. Fonte: Rosa, 2004

Todavia, é importante ressaltar que apesar da orientação ser obrigatória em uma representação cartográfica, convencionou-se que se o mapa já se encontra orientado para o norte, a inserção da rosa dos ventos é opcional.

2.3 ESCALA

A escala é uma proporção matemática, ou seja, uma relação numérica entre o mapa e a realidade que ele representa. A escala pode ser expressa de diferentes modos, pode também ser numérica e/ou gráfica. Por exemplo, uma escala de 1/25.000 significa que 1 centímetro ou qualquer outra unidade de comprimento, no mapa, está representado 25.000 vezes menor do que no terreno. Este número pode parecer estranho, mas um metro tem 100 centímetros; assim, cada centímetro neste mapa representará exatamente 250 metros no terreno. Nos mapas confeccionados para a região em estudo, optou-se por utilizar a escala gráfica, ao invés da numérica, como poderá ser observado a posteriori neste relatório.

2.4 SISTEMA DE COORDENADAS

Para que cada ponto da superfície terrestre possa ser localizado, existe um sistema de coordenadas (linhas imaginárias), que são representadas em um mapa. Um objeto geográfico qualquer somente poderá ser localizado se for possível descrevê-lo em relação a outro objeto cuja posição seja previamente conhecida. Os meridianos são as linhas verticais que passam através dos pólos e ao redor da Terra, ou seja, são círculos máximos da esfera cujos planos contêm o eixo de rotação ou eixo dos pólos. Estabeleceu-se que o ponto de partida para a numeração dos meridianos seria o meridiano que passa pelo observatório de Greenwich, na Inglaterra. Portanto, o meridiano de Greenwich é o meridiano principal como ilustrado na figura 3, a seguir. A leste de Greenwich os meridianos são medidos por valores crescentes até 180º e, a oeste, suas medidas são decrescentes até o limite de -180º.

Figura 3 Meridianos. Fonte: Rosa, 2004

Já os paralelos são círculos da esfera cujo plano é perpendicular ao eixo dos pólos. O equador é o paralelo que divide a Terra em dois hemisférios. O 0º corresponde ao equador, o 90º ao pólo norte e o - 90º ao pólo sul (Figura 4).

Figura 4 Paralelos. Fonte: Rosa, 2004

2.4.1 SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

É o sistema de coordenadas mais antigo. Nele, cada ponto da superfície terrestre é localizado na interseção de um meridiano com um paralelo. Suas coordenadas são a latitude e a longitude dadas em graus (Figura 5).

Figura 5. Sistema de Coordenadas Geográficas. Fonte: Rosa, 2004.

2.4.2 SISTEMA DE COORDENADAS UTM

Além das coordenadas geográficas, a maioria das cartas de grande e média escalas, em nosso país, também são construídas com coordenadas plano-retangulares. Estas coordenadas formam um quadriculado relacionado à Projeção Universal Transversa de Mercator, daí serem chamadas de coordenadas UTM. O espaço entre as linhas do quadriculado UTM é conhecido como eqüidistância do quadriculado e será maior ou menor de acordo com a escala da carta. O sistema de medida usado é o linear em metros, cujos valores são sempre números inteiros, sendo registrados nas margens da carta. Desta maneira, o quadriculado UTM está estreitamente relacionado à projeção com o mesmo nome, a qual divide a Terra em 60 fusos de 6° de longitude cada um. O quadriculado, se considerado como parte integrante de cada fuso, tem sua linha vertical central coincidente com o meridiano central de cada fuso, o que faz com que a projeção se estenda em 3º para leste e 3° para oeste do meridiano central do fuso. Para o Brasil, quase totalmente inserido no hemisfério sul, considera-se as coordenadas acima do equador, crescendo seqüencialmente, a partir dos 10.000.000 m adotados para as áreas do hemisfério sul, ou seja, não se considera o equador como 0 m, para contagem das coordenadas da porção do Brasil situada no hemisfério norte. A simbologia adotada para as coordenadas UTM é: N - para as coordenadas norte/sul; e E - para as coordenadas leste/oeste. Logo, uma localidade qualquer será definida no sistema UTM pelo par de coordenadas E e N. No entanto, é importante ressaltar que para a confecção dos mapas da área de estudo, o sistema de coordenadas adotado foi o Geográficas, não o UTM.

3 CONFECÇÃO DE MAPAS

Após a determinação dos padrões cartográficos a serem utilizados (datum, sistema de coordenadas, orientação, escala), algumas outras escolhas devem ser realizadas para a elaboração completa de um mapa temático (mapa utilizado para as análises e interpretações das informações coletadas durante o levantamento de campo). Assim, segundo Rosa, 2004, pode-se definir mapa temático como um mapa construído a partir de um mapa base, normalmente com informações políticas e hidrográficas, no qual são cartografados os demais fenômenos geográficos. Dependendo da área, podem ser aspectos geológicos, demográficos, cobertura vegetal, etc. Normalmente este tipo de mapas é construído em qualquer escala.

3.1 A BASE CARTOGRÁFICA

Para se elaborar qualquer mapa temático, deve-se ter primeiramente um documento cartográfico que contenha informações concernentes à superfície do terreno que esta sendo estudado. É o que se chama de mapa-base ou base cartográfica. Esta base não deve ser encarada como uma informação isolada do tema a ser representado, mas como parte dele, sendo o pano de fundo sobre o qual se passa o fenômeno ou fato analisado. Deve fornecer, assim, indicações precisas sobre os elementos do terreno, tanto geográficos como antrópicos, sendo que estes últimos devem ser os mais atualizados possíveis. A quantidade e os detalhes das indicações da base irão variar de acordo com a escala de trabalho, além do tema a ser representado. Deve haver um equilíbrio entre a representação das informações do terreno e a das informações temáticas, pois a base não deve diminuir a legibilidade do mapa e mascarar os dados temáticos, o que comprometeria o seu objetivo. De acordo com o tema e o objetivo do mapa, a base pode ser planimétrica, planialtimétrica, hidrográfica, administrativa, rodoviária etc. Particularmente, para o estudo realizado no presente relatório a base cartográfica utilizada basicamente foi a administrativa, hidrográfica e rodoviária da área de estudo uma vez que a distribuição dos fenômenos energéticos que se procurou evidenciar relacionavam-se diretamente a estas três bases, como será possível observar posteriormente neste relatório.

3.2 SÍMBOLOS CONVENCIONAIS E LEGENDAS NA ELABORAÇÃO DE MAPAS

Os elementos ou fenômenos ou objetos são representados em um mapa temático através de símbolos ou desenhos especiais chamados de convenções cartográficas. A criação das convenções cartográficas faz-se necessária porque não se pode desenhar as coisas exatamente como elas são na realidade. Os objetos são representados de um único ângulo, ou seja, como se fossem vistos de cima, sendo que a explicação das convenções cartográficas utilizadas se encontra na legenda do mapa. Desse modo, um rio, uma estrada, uma ferrovia são representadas na legenda como linhas, todavia, enquanto o rio é representado como uma linha sinuosa azul, a estrada pode ser representada como uma linha reta cinza e a ferrovia como uma linha tracejada preta. No caso da confecção dos mapas referentes a região administrativa de Araçatuba, por exemplo, determinou-se representar as usinas energéticas como pontos, utilizando-se cores para diferenciar os tipos de usinas georreferencidas (termelétricas ou hidrelétricas), entre outros símbolos, como observados no decorrer deste relatório. Não se deve esquecer que um mapa é um meio de informação, é como se fosse um livro, feito de figuras e palavras, que podemos "ler", interpretando sua legenda. E, a partir das informações que ele nos fornece, é possível descobrir alguns fatos da área mapeada.

4 GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM)

GPS é a abreviatura de NAVSTAR GPS (NAVSTAR GPS - NAVigation System with Time And Ranging Global Positioning System). É um sistema de rádio-navegação baseado em satélites desenvolvido e controlado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América (U.S.DoD) que permite a qualquer usuário saber a sua localização, velocidade e tempo, 24 horas por dia, sob quaisquer condições atmosféricas e em qualquer ponto do globo terrestre. Durante o levantamento de campo à Região Administrativa de Araçatuba, o GPS foi utilizado para fazer o georreferenciamento dos recursos energéticos, sendo por isso, o ponto de partida para a elaboração de grande parte dos mapas elaborados neste relatório. Sendo assim, maiores considerações a cerca do funcionamento e tipo de GPS serão realizadas a seguir.

4.1 COMO FUNCIONA?

Os fundamentos básicos do GPS baseiam-se na determinação da distância entre um ponto, o receptor, a outros de referência, os satélites. Sabendo a distância que separa o receptor de 3 pontos é possível determinar sua posição relativa a esses mesmos 3 pontos através da intersecção de 3 circunferências cujos raios são as distancias medidas entre o receptor e os satélites. Na realidade são necessários no mínimo 4 satélites para determinar a posição corretamente. Cada satélite transmite um sinal que é recebido pelo receptor, este por sua vez mede o tempo que os sinais demoram a chegar até ele. Multiplicando o tempo medido pela velocidade do sinal (a velocidade da luz), se obtêm a distância receptor-satélite, (Distância= Velocidade x Tempo).

4.2 TIPOS DE GPS

Pode-se dividir os equipamentos GPS em cinco grupos, segundo os objetivos de precisão e investimento: Navegação, DGPS, Cadastral, Topográfico e Geodésico.

• Navegação - são equipamentos que fornecem o posicionamento em tempo real, baseado no código C/A. Eles trabalham com pseudodistâncias obtendo-se precisão da ordem de 10 a 20 metros.

• DGPS - são semelhantes aos GPS de navegação, diferindo por possuirem um link de rádio, utilizado para receber as correções diferenciais provenientes de uma estação base. Através dessas correções em tempo real, consegue-se eliminar o maior erro do GPS que é o AS, obtendo-se precisão da ordem de 1 a 3 metros.

• Cadastral - esta classe inclui os aparelhos que trabalham com código C/A e os que trabalham com a fase da portadora L1. O pós-processamento é executado em escritório, através da utilização de software específico. A grande diferença deste equipamento é a sua capacidade de aquisição e armazenamento de dados alfanuméricos associados às feições espaciais levantadas (ponto, linha e área), permitindo realizar cadastros para SIG. Dependendo do método e do aparelho utilizado, conseguem-se precisões de 10 centímetros a 1 metro.

• Topográficos - estes equipamentos poderiam ser considerados iguais aos cadastrais, contudo possuem evoluções tecnológicas no próprio aparelho que acarretam numa melhora da precisão, podendo chegar até 1 centímetro.

• Geodésicos - são aparelhos de dupla freqüência, recebendo a freqüência L1 e a freqüência L2. Esses aparelhos sofrem menos interferência da ionosfera. Estes aparelhos, com seus sofisticados recursos eletrônicos, consegue-se precisões diferenciais pós-processada da ordem de 5 mm + 1 ppm. São indicados para trabalhos geodésicos de alta precisão, como por exemplo transporte de coordenadas.

É importante ressaltar que o GPS utilizado para o levantamento de campo a RAA, foi o compreendido no primeiro grupo (Navegação) que apresenta um erro de 10 a 20 metros, considerado desprezível para o trabalho de mapeamento energético da região.

4.3 APLICAÇÕES DO GPS

Embora o GPS tenha sido desenvolvido para ir ao encontro das necessidades militares, logo foram desenvolvidas técnicas capazes de torná-lo útil para a comunidade civil. Sendo assim, hoje em dia pode-se empregar o GPS em diversas áreas como: transportes/deslocamentos; área militar propriamente; topografia e geodésia; defesa civil; esportes e lazer; para mapeamento e geoprocessamento. Além destas, outras aplicações são possíveis, por exemplo, na locação de obras na construção civil, como estradas, barragens, pontes, túneis, etc. O GPS é um importante aliado nos serviços que exigem informações de posicionamento confiáveis, dada a rapidez e segurança nos dados que fornece. Como para o trabalho de campo em questão o emprego do GPS foi para facilitar e possibilitar o mapeamento e o geoprocessamento dos recursos energéticos em estudo, uma explicação mais apurada da aplicação do GPS nesta área faz-se necessária: Mapeamento e Geoprocessamento - Hoje, o uso do GPS é muito requisitado nos serviços de Mapeamento e Geoprocessamento, ou seja, na coleta de dados (coordenadas) de posicionamento dos diversos objetos a serem mapeados (analógicos ou digitais), como postes de redes elétricas, edificações em geral, limites de propriedades rurais, usinas etc. Suas aplicações são intensas nos serviços de Cadastro e Manutenção que visam elaborar e monitorar cartas temáticas, assim como na captura de dados para Monitoramento Ambiental, Prevenção de Acidentes ou Ajuste de Bases Cartográficas distintas, especialmente se utilizadas em GIS. Esta afirmação baseia-se na característica do GIS que associa o posicionamento geográfico com informações alfanuméricas, permitindo integração, cruzamento e disponibilidade, através de diversos meios de armazenamento. Uma das características importantes de um GIS é a velocidade na manipulação, porém a obtenção de dados depende dos sistemas de aquisição. O GPS nasceu para obter a posição geográfica de uma entidade (elemento da superfície da Terra) com velocidade e exatidão altas a ponto de provocar a maior revolução que a Geodésia (ciência que se ocupa das medições sobre a face da Terra) já experimentou. Assim, o uso do GPS em atividades de GIS veio a co-existir de forma cada vez mais interdependente Esta possibilidade oferecida pelo GPS, de armazenar também dados alfanuméricos em cada estação, tem extremo valor na coleta de dados para mapeamento. Incomparáveis são as vantagens sobre as técnicas utilizadas sem o uso do GPS, em termos de tempo, facilidade e confiabilidade na obtenção dos dados.

5 GEOPROCESSAMENTO

A etapa posterior do trabalho de mapeamento dos recursos energéticos que se pretende realizar no Oeste Paulista refere-se ao geoprocessamento das informações coletadas em sua fase mais avançada: utilizando o Sistema de Informações Geográficas. Por isso, algumas considerações sobre geoprocessamento e SIG fazem-se também necessária. A recente popularização das técnicas de geoprocessamento tem feito surgir algumas confusões na atribuição dos termos Geoprocessamento e Sistemas de Informações Geográficas (SIG ou GIS em inglês), que vêm sendo utilizados como sinônimos quando, na verdade, dizem respeito a coisas diferentes. O Geoprocessamento é um termo amplo, que engloba diversas tecnologias de tratamento e manipulação de dados geográficos, através de programas computacionais. Dentre essas tecnologias, se destacam: a cartografia digital, o processamento digital de imagens, os sistemas de posicionamento global e os sistemas de informação geográfica. Ou seja, o SIG é uma das técnicas de geoprocessamento, a mais ampla delas, uma vez que pode englobar todas as demais, mas nem todo o geoprocessamento é um SIG. Até o presente momento da pesquisa desenvolvida no Oeste Paulista, muitas das tecnologias de geoprocessamento foram utilizadas. No presente relatório, particularmente a confecção de mapas digitais com o auxílio do sistema de posicionamento global (o GPS) foi a técnica de geoprocessamento predominante para o mapeamento dos recursos enérgicos da região em estudo,

com o objetivo de observar sua espacialização pelo território a fim de em um futuro próximo realizar análises, e planejamentos que otimizem o uso destes recursos no local de modo a desenvolver economicamente a região e de modo sustentável. Estas análises serão viabilizadas com o auxílio do SIG. A tecnologia de SIG integra operações convencionais de bases de dados, com possibilidades de seleção e busca de informações e análise estatística, conjuntamente com possibilidades de visualização e análise geográfica oferecida pelos mapas. Esta capacidade distingue os SIG dos demais Sistemas de Informação e torna-os úteis para organizações no processo de entendimento da ocorrência de eventos, predição e simulação de situações, e planejamento de estratégias. Os SIG permitem a realização de análises espaciais complexas através da rápida formação e alteração de cenários que propiciem aos planejadores e administradores em geral, subsídios para a tomada de decisões. A opção por esta tecnologia, busca melhorar a eficiência operacional e permitir uma boa administração das informações estratégicas, tanto para minimizar os custos operacionais quanto para agilizar o processo decisório. Dentre os softwares mais usados no Brasil para geoprocessamento, dependendo da aplicação, podemos destacar: ArcGIS, Autodesk Map, Envi, Erdas, Grass, Idrisi, Mapinfo, Microstation e Spring. Para os estudos realizados na Região Administrativa de Araçatuba, o software utilizado foi o ArcGIS.

6 ÁREA DE ESTUDO

É importante ressaltar, entretanto, que o levantamento técnico realizado em parte do Oeste Paulista, além de compreender os municípios pertencentes à Região Administrativa de Araçatuba – RAA (classificação do IBGE), considerou também os municípios das imediações da RAA que sofrem influência direta da Cooperhidro (Cooperativa do Pólo Hidroviário de Araçatuba – Agência de Desenvolvimento Regional): entidade parceira do projeto Fapesp que fornece apoio logístico e operacional no desenvolvimento da pesquisa até então. Deste modo, a caracterização geoenergética levou em consideração estes municípios, como é possível observar no mapa 1 abaixo que retrata justamente os municípios considerados a área de estudo deste levantamento de campo:

Mapa 1

7 OBJETIVOS

O objetivo principal deste relatório técnico é realizar a caracterização geoenergética do Oeste Paulista através da espacialização de seus recursos energéticos. Nesta viagem de apenas dois dias à região, escolheu-se como recursos energéticos a se referenciar as usinas sucro-alcooeiras e hidrelétricas compreendidas na área de estudo. Assim, acredita-se que a partir de seu georreferenciamento, é possível tecer algumas considerações a cerca da localização destes recursos no espaço: observar se se encontram distribuídos homogeneamente pelo território estudado, se há relativa concentração em determinados municípios, se localizam-se próximos aos centros urbanos, se há uma boa assistência de vias de transporte em suas adjacências que possibilite o transportes de cana-de-açúcar, etc. Como objetivos secundários foi possível observar também como estão distribuídas espacialmente as atividades econômicas e ocupação urbana da região, bem como algum outro recurso energético. Desse modo, a confecção de um esboço de um mapa de uso do solo que caracterizasse algumas observações realizadas em campo, durante o deslocamento entre uma usina e outra, também foi possível, permitindo aos pesquisadores participantes uma boa visão da caracterização geral da RAA. Materiais e Métodos Tendo como base o fato de que no PIR um recurso energético é determinado por uma fonte mais a tecnologia (Udaeta, 1997), o desenvolvimento do georreferenciamento implica em uma pesquisa de gabinete para a obtenção do endereço de localização dos recursos energéticos existentes, tais como as usinas hidrelétricas e sucro-alcooeiras da parte do Oeste Paulista tomada para estudo. Em seguida, na procura por trabalhar o que se intitula de cartografia geoenergética, a elaboração de um itinerário a ser seguido que passe por boa parte dos recursos pré-selecionados (no caso, as usinas) é necessário, uma vez que a realização do trabalho de campo possui um intervalo de tempo determinado (dois dias).

Além disso, a escolha do meio de transporte para iniciar o georreferenciamento também se faz necessária, e deve levar em consideração não apenas os recursos financeiros disponíveis mas também a otimização do tempo (no caso específico desta viagem a escolha por um automóvel pareceu ser a mais indicada). A pesquisa de gabinete além da lista com os endereços de localização dos recursos também propicia a seleção, busca e/ou confecção e impressão de mapas que podem vir a ser utilizados como referências durante a viagem. Nesta viagem os mapas utilizados para pesquisa em campo foram: mapa rodoviário da região de estudo, mapa político-administrativo; mapa com a rede hidrográfica principal e mapa do uso da terra por UGRHI do Estado de São Paulo. Assim, a análise e interpretação dos mapas selecionados da área que se deseja estudar possibilita uma primeira caracterização da região como explicitado a seguir:

• Mapa rodoviário: por ele nota-se que a região é cortada por uma rodovia principal (SP 300) no sentido longitudinal e várias rodovias secundárias (SP 563, SP 463, SP 425, etc.) que a interceptam transversalmente e que possibilitam a integração entre os municípios da região estudada. Além disso, este mapa também aponta para a existência de uma rodovia secundária paralela à SP 300 – a chamada SP 310 – que apresenta um bom trecho compreendido dentro da região em estudo.

• Mapa político-administrativo: utilizado para a determinação do itinerário a ser elaborado, uma vez que evidencia a seqüência dos municípios estudados. É por ele também que se pode observar espacialmente onde se localiza os municípios que apresentam usinas hidrelétricas e sucro-alcooeiras.

• Mapa com a rede hidrográfica principal: por sua análise, nota-se que a região é cortada no sentido longitudinal pelo rio Tietê, apresentando em alguns pontos áreas de represamento que possibilitam a idéia de localização das usinas hidrelétricas da área de estudo. Além do Rio Tetê, o limite noroeste da RAA com o MS é feito pela passagem do Rio Paraná, que também apresenta, no trecho estudado, duas barragens apontando para a existência de mais duas usinas hidrelétricas no local.

• Mapa de uso da Terra por UGHRI do Estado de SP: a análise deste mapa permitiu identificar na área de estudo 3 classes sobressalentes; a localização de plantação de cana-de-açúcar bem distribuída por toda a região, mas concentrada principalmente na porção sudeste; a predominância de pastagem a oeste e o cultivo de citros principalmente a leste, e a na porção centro-sul do território.

Assim, após a análise dos mapas e com a lista dos endereços das usinas em mãos, é possível determinar qual dos municípios contém usinas hidrelétricas e de cana, e quais podem ser visitados no intervalo de dois dias, levando em consideração a sua importância no contexto geral da região. Após a elaboração da pesquisa de gabinete e a determinação do itinerário a ser seguido em campo, a configuração do GPS - utilizado para fazer o georreferenciamento propriamente dito, é necessário. Já em campo, além do GPS, observações e fotografias são parte metodológica do trabalho, o que possibilita o registro de alguma paisagens predominantes da área de estudo, bem como dos recursos georreferenciados, e a conseqüente confecção de mapas do oeste paulista que realcem a distribuição dos recursos energéticos, pelo espaço bem como de outros pontos relevantes para a efetiva caracterização geral do local. Deste modo, nesta viagem específica, em campo já com o itinerário determinado, percorreu-se as usinas pré-selecionadas sendo que em cada uma delas era realizado o georreferenciamento através do GPS e tirado algumas fotos. Contudo, durante o deslocamento de uma usina para outra, os pesquisadores depararam-se com algumas indústrias, instituições, hospitais, ferrovias, pastagem e etc. que mostravam uma visão geral da caracterização da região quanto à ocupação urbana e as atividades econômicas desenvolvidas. Dessa forma, algumas destas observações também foram georreferenciadas com o GPS quando se tratava de objetos pontuais (hospitais, escritórios, indústrias etc) ou fotografadas quando se tratava de paisagens predominantes ( pastagem, centros urbanos, plantação de cana ou citros, etc).

8 ITINERÁRIO DA VIAGEM

Antes de mostrar propriamente a localização dos recursos energéticos selecionados nesta viagem (as usinas), uma visão geral do trajeto a ser percorrido faz-se necessário, uma vez que antes da ida a campo, foi realizado um levantamento de todas as usinas sucro-alcooeiras existentes na região e a seleção daquelas possíveis de serem georreferenciadas em um percurso de carro de apenas dois dias (tabela 1).

Tabela 1: Itinerário da Viagem

Municípios Usinas Selecionadas

1° dia: Saída de Araçatuba

Guararapes Unialco Razão Social: Unialco S/A - Álcool e Açúcar Estrada Vicinal Ângelo Zancaner, Km 30/32 - Fazenda Bálsamo CEP: 16700-000 - Guararapes/SP Fone: (18) 3606-8900 - Fax: (18) 3606-8900 Email: [email protected]

Bento de Abreu Benálcool Razão Social: Benálcool Açúcar e Álcool S/A Rod. SP 300 - entrada no trevo Bento de Abreu - Faz. Lago Azul - Pq. Ind. Benálcool CEP: 16790-000 - Bento de Abreu/SP Fone: (18) 3601-9000 - Fax: (18) 3601-9005 Email: [email protected]

Valparaíso Cosan - Univalem Razão Social: Usina da Barra S/A - Açúcar e Álcool Rodovia SP 541 (Dr. Plácido Rocha), Km 39,6 - Sapé CEP: 16880-000 - Valparaíso/SP Fone: (18) 3401-9000 - Fax: (18) 3401-1173 Email: [email protected]; [email protected] Da Mata Razão Social: Da Mata S/A - Açúcar e Álcool Rodovia SP 300 (Marechal Rondon), Km 584,5 - Faz. Jacarezinho CEP: 16880-000 - Valparaíso/SP Fone: (18) 3401-9910 - Fax: (18) 3401-9911

Email: [email protected]; [email protected] Mirandópolis Cosan - Mundial

Razão Social: Mundial Açúcar e Álcool S/A Estrada Municipal Mirandópolis a Pacaembu, Km 13,5 - Monte Serrat CEP: 16800-000 - Mirandópolis/SP Caixa Postal: 30 Fone: (18) 3701-9100 - Fax: (18) 3701-1411 Email: [email protected]

Andradina Cosan - Gasa Razão Social: Usina da Barra S/A - Açúcar e Álcool - Unidade Gasa Rodovia de Acesso UHE Três Irmãos, Km 3,5 - Zona Rural CEP: 16900-000 - Andradina/SP Fone: (18) 3702-6000 - Fax: (18) 3702-6001 Email: [email protected]

Pereira Barreto UHE Três Irmãos Usina Hidrelétrica Três Irmãos Rodovia de interligação SP- 563 / SP- 310, km 15 15370-000 - Pereira Barreto – SP

Ilha Solteira UHE Ilha Solteira Usina de Ilha Solteira Rodovia Ilha Solteira/ Guadalupe do Alto Paraná, km 7 Ilha Solteira – SP

Parada Para Almoço em Ilha Solteira

Suzanápolis Vale do Paraná Razão Social: Vale do Paraná S/A Álcool e Açúcar Rod. Dos Barrageiros (SP-595), Km 84 Fone: (18) 3706-1228

Pereira Barreto

Interlagos Razão Social: Usina Interlagos Ltda Rodovia SP 310, Km 643 CEP: 15370-000 - Pereira Barreto/SP Fone: (18) 3704-5228 Email: [email protected] Site: www.usinasantaadelia.com.br

Araçatuba

Cosan - Destivale Razão Social: Usina da Barra S/A - Açúcar e Álcool - Filial Destivale Rodovia Eliezer Montenegro Magalhães, Km 58 CEP: 16080-603 - Araçatuba/SP Fone: (18) 3607-5200 - Fax: (18) 3607-5208 Email: [email protected]

Retorno para Araçatuba: Fim do Primeiro dia

Município Usinas

2º Dia: Saída de Araçatuba

Clementina

Clealco Razão Social: Clealco Açúcar e Alcool S/A Rodovia SP 425 (Assis Chateubriand), entroncamento com a Rodovia SP 463 (Elizer Montenegro Magalhães). Bairro: Porque Industrial Clealco – Clementina-SP Fone: (18) 3658-9000

Penápolis Campestre Razão Social: Companhia Açucareira de Penápolis Fazenda Campestre - Campestre CEP: 16300-000 - Penápolis/SP Caixa Postal: 151 Fone: (18) 3654-7500 - Fax: (18) 3654-7512

Email: [email protected]

Avanhandava

Diana Razão Social: Destlilaria de Álcool Nova Avanhandava Ltda Fazenda Nova Recreio - Farelo CEP: 16360-000 - Avanhandava/SP Fone: (18) 3651-9100 - Fax: (18) 3651-9109 Email: [email protected]; [email protected]

Promissão

Córrego Azul Razão Social: Destilaria Córrego Azul Ltda Estr. Municipal PSS 147, Km 01 - Faz. Córrego Azul CEP: 16370-000 - Promissão/SP Caixa Postal: 44 Fone: (14) 3541-0288 - Fax: (14) 3541-0288

Email: [email protected] Site: www.corregoazul.com.br Equipav Razão Social: Equipav S/A - Açúcar e Álcool Rod. Marechal Rondon, Km 455 - Patos CEP: 16370-000 - Promissão/SP Caixa Postal: 1 Fone: (14) 3543-9111 - Fax: (14) 3543-9102

Email: [email protected] UHE Promissão Razão Social: Usina Hidrelétrica de Promissão Rod. BR 153, Km139 CEP: 16370-000 - Promissão/SP

Lins Bertin - Divisão Biodiesel Razão Social: Bertin Ltda Rodovia BR 153, Km 179 CEP: 16400-033 - Lins/SP Fone: (14) 3533-2041 - Fax: (14) 3533-2142 Email: [email protected]

Parada para almoço em Lins

Buritama

UHE Nova Avanhandava Rodovia SP 461, Km 44 CEP: 15290-000 – Buritama/SP

Retorno para Araçatuba. Descanso. Retorno para São Paulo.

Como é possível observar no mapa 2 abaixo, a área de estudo é cortada no sentido longitudinal pelo rio Tietê. Desta forma o percurso escolhido para a realização do georreferenciamento, partindo de Araçatuba, foi percorrer, na parte da manhã do primeiro dia, os municípios localizados na margem esquerda do rio que apresentavam usinas sucro-alcooeiras, e na parte da tarde, os municípios localizados na margem direita do Rio Tietê, retornando em seguida para Araçatuba.

Mapa 2

O segundo dia foi destinado aos municípios localizados ao sul de Araçatuba, sendo boa parte deles não pertencentes à RAA, propriamente, mas sim considerados município de influência da Cooperhidro. Assim, saindo novamente de Araçatuba, foi percorrido primeiramente os municípios localizados a esquerda da Rod. SP 300 Marechal Rondon (sentido Araçatuba) até Lins. Pela tarde, retornando a Araçatuba, percorreram-se os municípios localizados à direita da mesma rodovia. A realização de todo o itinerário proposto foi realizado basicamente pela Rodovia SP 300 – Marechal Rondon que corta toda a área de estudo no sentido longitudinal, e é considerada a principal rodovia de acesso a região uma vez que liga o estado de São Paulo ao estado de Mato Grosso do Sul. Todavia, a utilização de rodovias transversais à SP 300 também foram feitas, uma vez que boa parte das usinas procuradas localizava-se ou ao longo destas rodovias, ou na zona rural dos municípios determinados para estudo.

9 AS USINAS SUCRO-ALCOOEIRAS

Como pode ser observado no mapa 3 abaixo, ao todo foram georreferenciadas 14 usinas sucro-alcooeiras localizadas em 11 municípios da região de estudo.

Mapa 3

Como o propósito era apenas demarcar geograficamente a localização de cada usina no GPS, não foram realizadas visitas internas. Contudo, foi possível realizar algumas observações a cerca da localização geográfica de cada usina: se apresentam fácil acesso, se há centros urbanos em suas mediações,e etc. Tais observações serão relatadas a seguir, em que serão apresentadas as usinas na ordem em que foram visitadas durante a viagem.

Foto1: entrada da Unialco

9.1 USINA UNIALCO

Razão Social: Unialco S/A - Álcool e Açúcar Estrada Vicinal Ângelo Zancaner, Km 30/32 - Fazenda Bálsamo CEP: 16700-000 - Guararapes/SP Caixa Postal: 101 Fone: (18) 3606-8900 - Fax: (18) 3606-8900 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,4623 S Longitude: 50,7929 W Elevação: 406 m

Esta usina localiza-se às margens de uma estradinha asfaltada sem muita sinalização. Bem afastada do centro urbano de Guararapes, a Unialco (foto 1) possui em seu entorno o domínio do cerrado e de algumas plantações de cana-de-açúcar. Ao que parece, a estrada em que se localiza tal usina é utilizada principalmente por caminhoneiros que realizam o transporte do bagaço de cana para a usina – os chamados treminhões, uma vez que a existência de automóveis não é muito evidente ao

longo desta estrada. Tal fato pode ser explicado pela ausência de casas ou edifícios nas proximidades da Estrada Vicinal Ângelo Zancaner.

Foto 2: pátio da Benalcool

9.2 USINA BENÁLCOOL

Razão Social: Benálcool Açúcar e Álcool S/A Rod. SP 300 - entrada no trevo Bento de Abreu - Faz. Lago Azul - Pq. Ind. Benálcool CEP: 16790-000 - Bento de Abreu/SP Caixa Postal: 34 Fone: (18) 3601-9000 - Fax: (18) 3601-9005 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,2268 S Longitude: 50,7820 W Elevação: 407 m

Esta usina é de fácil acesso, uma vez que se localiza próximo a Rod SP300, além de possuir boa sinalização para seu encontro. Foi possível observar também um fluxo mais intenso não só de caminhões mas também de automóveis na estradinha que levavam à Benálcool (foto 2) o que demonstra sua relativa proximidade do centro urbano de Bento de Abreu. Todavia, seu entorno era repleto de plantações de cana.

Foto 3: Galpões da Univalem

9.3 USINA COSAN – UNIVALEM

Razão Social: Usina da Barra S/A - Açúcar e Álcool Rodovia SP 541, Km 39,6 - Sapé CEP: 16880-000 - Valparaíso/SP Caixa Postal: 11 Fone: (18) 3401-9000 - Fax: (18) 3401-1173 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,3292 S Longitude: 50,9484 W Elevação: 351 m

Esta usina por localizar-se a margem da Rod. SP 541, apresenta um fácil acesso. Além disso, ocupa uma extensa área bem organizada e com uma boa infra-estrutura, apresentando várias vias asfaltadas em seu interior (ao contrário das demais usinas em que vias de terra eram predominantes). A arborização também é bem marcante nesta usina, tanto na estradinha que lhe dá acesso quanto em seu interior, que possui ainda estacionamento reservado para visitantes e estacionamento para caminhões. Pouco afastada da zona urbana de Valparaíso, a Univalem (foto 3), pertencente ao grupo Cosan, e diferentemente das demais usinas, não apresenta plantação de cana em seu entorno.

9.4 USINA DA MATA

Razão Social: Da Mata S/A - Açúcar e Álcool Rodovia SP 300, Km 584,5 - Faz. Jacarezinho CEP: 16880-000 - Valparaíso/SP Caixa Postal: 31 Fone: (18) 3401-9910 - Fax: (18) 3401-9911 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,1673 S Longitude: 50,9241 W Elevação: 399 m

Foto 4: vista parcial da Da Mata

A Da Mata (foto 4) é uma usina também pertencente ao município de Valparaíso, todavia, localiza-se as margens da Rod. Marechal Rondon (SP 300) apresentando, por isso, uma boa infra-estrutura em seu entorno. A propriedade que ocupa a usina é composta por vegetação arbórea que se mescla com plantações de cana-de-açúcar. Este amplo terreno que compreende a Da Mata, também apresenta algumas casinhas e galpões em seu interior, com estradinhas de terra que facilitam o deslocamento pela propriedade.

Foto 5: treminhões da usina Mundial

9.5 USINA COSAN – MUNDIAL

Razão Social: Mundial Açúcar e Álcool S/A Estrada Municipal Mirandópolis a Pacaembu, Km 13,5 - Monte Serrat CEP: 16800-000 - Mirandópolis/SP Caixa Postal: 30 Fone: (18) 3701-9100 - Fax: (18) 3701-1411 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,1998 S Longitude: 51,2153 W Elevação: 352 m

Outra usina pertencente ao grupo Cosan, a Mundial (foto 5) localiza-se na “zona rural” do município de Mirandópolis, sendo necessário atravessar a cidade para chegar na estrada de acesso a essa usina. Pouco afastada do centro urbano, apresenta tanto as vias de acesso como as vias interna a usina todas de terra batida. Neste local é notável o intenso fluxo de treminhões pela estrada e o amplo domínio da vegetação de cerrado em seu entorno.

Foto 6: vista parcial da usina Gasa

9.6 USINA COSAN – GASA

Razão Social: Usina da Barra S/A - Açúcar e Álcool - Unidade Gasa Rodovia de Acesso UHE Três Irmãos, Km 3,5 - Zona Rural CEP: 16900-000 - Andradina/SP Caixa Postal: 02 Fone: (18) 3702-6000 - Fax: (18) 3702-6001 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 20,7715 S Longitude: 51,2620 W Elevação: 383 m

Esta usina (foto 6) também pertencente o grupo Cosan, não apresenta difícil acesso, entretanto, encontra-se bem afastada da zona urbana de Andradina, possuindo todas as vias não asfaltadas (exceto a via de acesso à usina) e uma área bem descampada em seu entorno com um amplo estacionamento para treminhões e automóveis, cuja predominância do domínio do cerrado é evidente. Além disso, também foi possível notar certa organização interna com várias placas de sinalização no interior da usina demonstrando sua grande dimensão.

Foto 7: entrada da usina Interlagos

9.7 USINA INTERLAGOS

Razão Social: Usina Interlagos Ltda Rodovia SP 310, Km 643 CEP: 15370-000 - Pereira Barreto/SP Caixa Postal: 81 Fone: (18) 3704-5228 CEP: 15370-000 - Pereira Barreto/SP Email: [email protected]

Coordenadas: Latitude: 20,5275 S Longitude: 51,2516 W Elevação: 408 m

Esta usina, localizada as margens da rodovia SP 310, é uma das usinas mais novas da Região Administrativa de Araçatuba. Seu acesso é facilitado pelas inúmeras sinalizações ao longo da estrada. Localizada em frente a uma extensa plantação de cana-de-açúcar, esta usina (foto7) apresenta uma mescla de áreas asfaltadas e não asfaltadas devido a sua recente instalação. Além disso, apesar de apresentar alguns galpões, a maior parte da usina encontra-se em uma área descampada com amplo estacionamento e bem afastada da zona urbana do município de Pereira Barreto.

Foto 8: vista noturna da Destivale

9.8 USINA COSAN – DESTIVALE

Razão Social: Usina da Barra S/A - Açúcar e Álcool - Filial Destivale Rodovia Eliezer Montenegro Magalhães, Km 58 CEP: 16080-603 - Araçatuba/SP Caixa Postal: 84 Fone: (18) 3607-5200 - Fax: (18) 3607-5208 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,0599 S Longitude: 50,4677 W Elevação: 366 m

A Destivale é mais uma usina pertencente o grupo Cosan. Localizada no município de Araçatuba, esta talvez seja a usina mais próxima de um centro urbano. Nas margens da Rod. SP 463, a Destivale (foto 8) apresenta em seu entorno algumas plantações de cana-de-açúcar, e uma boa infra-estrutura, com vias totalmente asfaltadas que facilitam o transporte do bagaço de cana. Além disso, em suas adjacências existe um conjunto de casas-dormitórios destinadas aos trabalhadores desta usina.

Foto 9: entrada da Clealco

9.9 USINA CLEALCO

Razão Social: Clealco Açúcar e Alcool S/A Rodovia SP 425 (Assis Chateubriand), entroncamento com a Rodovia SP 463 (Elizer Montenegro Magalhães). Bairro: Pq. Industrial Clealco – Clementina-SP Fone: (18) 3658-9000 Coordenadas: Latitude: 21,5787 S Longitude: 50,4324 W Elevação: 446 m

Esta usina apresenta um fácil acesso, uma vez que se localiza no entroncamento de duas rodovias bastante conhecidas da região além de possuir várias placas de sinalização ao longo das estradas.

Tanto as rodovias, como o interior da usina encontram-se bem asfaltadas e apesar de sua localização afastada, a Clealco (foto 9) é bem organizada internamente apresentando uma boa cobertura vegetal cuidada no entorno da propriedade, com árvores de copas altas e médias que se alternam entre os inúmeros galpões. Esta usina ocupa uma extensa área que apresenta em sua frente a bela paisagem do cerrado.

Foto 10: estacionamento da usina Campestre

9.10 USINA CAMPESTRE

Razão Social: Companhia Açucareira de Penápolis Fazenda Campestre - Campestre CEP: 16300-000 - Penápolis/SP Caixa Postal: 151 Fone: (18) 3654-7500 - Fax: (18) 3654-7512 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,4820 S Longitude: 50,1194 W Elevação: 404 m

Esta usina, apesar de possuir uma boa sinalização na estrada, encontra-se bem isolada. Abrangendo uma vasta extensão e totalmente coberta de árvores de grande e médio porte por todos os lados, a usina Campestre (foto 10), diferentemente das demais, possui um lago em seu entorno que ao que tudo indica pertence a usina. Além disso apresenta um vasto estacionamento para automóveis, também bastante arborizado com uma entrada separada para os treminhões de cana-de-açúcar.

Foto 11: usina Diana

9.11 USINA DIANA

Razão Social: Destlilaria de Álcool Nova Avanhandava Ltda Fazenda Nova Recreio - Farelo CEP: 16360-000 - Avanhandava/SP Fone: (18) 3651-9100 - Fax: (18) 3651-9109 Caixa Postal: 25 Email: [email protected]; Coordenadas: Latitude: 21,4023 S Longitude: 49,8952 W Elevação: 400 m

A usina Diana (foto 11) apresenta uma localização de difícil acesso, uma vez que é preciso atravessar todo o perímetro urbano do município de Avanhandava e depois pegar uma estradinha de terra para atingi-la. Durante todo o percurso realizado nesta estrada de terra observou-se um intenso fluxo de treminhões e alguns ônibus que realizavam o transporte de cortadores de cana, uma vez que ao longo desta estrada, margeada por eucaliptos, é predominante a existência de canaviais e de criação de gado. O término desta estrada culminava na usina Diana cuja predominância de uma vegetação de porte mediano era evidente e se entrelaçava com os diversos galpões e casinhas pertencentes a essa usina.

Foto 12: Destilaria

9.12 DESTILARIA CÓRREGO AZUL

Razão Social: Destilaria Córrego Azul Ltda Estr. Municipal PSS 147, Km 01 - Faz. Córrego Azul CEP: 16370-000 - Promissão/SP Caixa Postal: 44 Fone: (14) 3541-0288 - Fax: (14) 3541-0288 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,5759 S Longitude: 49,8569 W Elevação: 419 m

Esta destilaria tem como atividade principal a produção de água ardente, todavia, como produz o bagaço de cana, que também pode ser utilizado para gerar energia através da sua queima nas caldeiras para a movimentação dos moedores, ou ir para uma turbina a vapor para gerar energia elétrica, esta destilaria foi classificada pelos pesquisadores junto com as usinas sucro-alcooeiras. A Córrego Azul (foto 12) é uma destilaria bem simples em que a maior parte de sua área é ocupada por canaviais. Localizada ainda no perímetro urbano de Promissão, essa destilaria seria de fácil acesso se a estrada de terra que precisa ser percorrida para atingi-la não estivesse tão debilitada.

Foto 13: entrada da Equipav

9.13 USINA EQUIPAV

Razão Social: Equipav S/A - Açúcar e Álcool Rod. Marechal Rondon, Km 455 - Patos CEP: 16370-000 - Promissão/SP Caixa Postal: 1 Fone: (14) 3543-9111 - Fax: (14) 3543-9102 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,6319 S Longitude: 49,8384 W Elevação: 510 m

Esta usina talvez seja a de mais fácil acesso uma vez que se localiza a beira da Rodovia principal que corta a RAA. A Equipav (foto 13) ocupa uma vasta área de extensão que é preenchida em grande parte por galpões e caminhões. Apresenta uma boa infra-estrutura interna que se alterna entre a vegetação do entorno, composta por árvores de copas altas. Entretanto é bem afastada da área urbana de Promissão – município a qual pertence.

Foto 14: vista parcial da Bertin Biodiesel

9.14 USINA BERTIN - DIVISÃO BIODIESEL

Razão Social: Bertin Ltda Rodovia BR 153, Km 179 CEP: 16400-033 - Lins/SP Fone: (14) 3533-2041 - Fax: (14) 3533-2142 Email: [email protected] Coordenadas: Latitude: 21,6686 S Longitude: 49,7899 W Elevação: 495 m

A usina Bertin é uma usina também relativamente nova pertencente ao município de Lins. Apresenta um fácil acesso uma vez que se localiza às margens da rodovia BR 153, ocupando uma vasta área com galpões e escritórios. Aparenta possuir uma boa infra-estrutura e organização interna, localizando-se em uma área descampada bem afastada do centro urbano de Lins.

10 AS USINAS HIDRELÉTRICAS

A área de estudo apresenta 5 usinas hidrelétricas. Durante esta visita de campo foi possível realizar o georreferenciamento de apenas 4 destas usinas, como é possível observar no mapa 4 a seguir.

Mapa 4

Assim, além do georreferenciamento também foi possível realizar algumas observações sobre a localização destas usinas, como será exposto a seguir. Todavia, é importante ressaltar que todas apresentam boa localização e fácil acesso.

Foto 15: barragem da UHE Três Irmãos

10.1 USINA HIDRELÉTRICA TRÊS IRMÃOS

Rodovia de interligação SP 563/ SP 310, km 15 Pereira Barreto - SP Coordenadas: Latitude: 20,6790 S Longitude: 51,3038 W Elevação: 294 m

A Usina Três Irmãos (foto 15) é a maior usina construída no Rio Tietê. Localiza-se entre os municípios de Andradina e Pereira Barreto, a 28 km da confluência com o Rio Paraná. Esta usina é administrada pela CESP e apresenta duas eclusas utilizadas tanto para transporte como para navegação.

Foto 16: vista parcial da UHE de Ilha Solteira

10.2 USINA HIDRELÉTRICA DE ILHA SOLTEIRA

Rodovia Ilha Solteira /Guadalupe do Alto Paraná, Km 7 Ilha Solteira - SP Coordenadas: Latitude: 20,3793 S Longitude: 51,3696 W Elevação: 326 m

Considerada a maior usina da CESP, é a terceira maior usina do país. Está localizada no Rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS). Em conjunto com a UHE Engenheiro Souza Dias (Jupiá), a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira (foto 16) compõe o sexto maior complexo hidrelétrico do mundo.

Foto 17: canal Pereira Barreto

10.3 CANAL PEREIRA BARRETO

Rodovia BR 153, km 139 Promissão - SP Coordenadas: Latitude: 20,6141 S Longitude: 51,0758 W Elevação: 344 m

No percurso da viagem decidiu-se realizar o georreferenciamento também do Canal Pereira Barreto (foto 17), uma vez que este, com 9.600 m de comprimento, interliga os reservatórios da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira e da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, propiciando a operação energética integrada dos dois aproveitamentos hidrelétricos, além de permitir a navegação entre os tramos norte e sul da Hidrovia Tietê-Paraná.

Foto 18: barragem da UHE de Promissão

10.4 USINA HIDRELÉTRICA MARIO LOPES LEÃO

Rodovia BR 153, km 139 Promissão - SP Coordenadas: Latitude: 21,2971 S Longitude: 49,7931 W Elevação: 365 m

A usina hidrelétrica Mario Lopes Leão, conhecida como Usina de Promissão (foto 18), é a segunda usina da AES-Tietê em capacidade, no rio Tietê. Localizada à jusante da usina Ibitinga e nas proximidades da corredeira de Lajes, esta usina contribuiu para o desenvolvimento local, não

apenas em termo energéticos, uma vez que com a implantação da hidrovia Tietê-Paraná o desenvolvimento da região foi beneficiado através da atividade mais importante local, o cultivo da cana-de-açúcar.

Foto 19: barragem da UHE Nova Avanhandava

10.5 USINA HIDRELÉTRICA NOVA AVANHANDAVA

Rodovia SP 461, Km 44 Buritama - SP Coordenadas: Latitude: 21,4633 S Longitude: 49,9499 W Elevação: 430 m

A usina hidrelétrica Nova Avanhandava (foto 19) é administrada pela AES-Tietê e localiza-se no município de Buritama. Apresenta uma eclusa utilizada para que embarcações que navegam pela hidrovia Tietê – Paraná possam vencer o desnível de montante / jusante ou vice-versa, passando de um lado para o outro, permitindo o trafego normal de alimentos entre as regiões centro-oeste e sudeste através da utilização do transporte hidroviário.

11 OBSERVAÇÃO GERAL DA ÁREA DE ESTUDO E DEMAIS PONTOS GEORREFERENCIADOS

Durante o trajeto pré-definido de mapeamento das usinas energéticas foi possível também realizar observações a cerca da região em estudo. Desse modo, o georreferenciamento de alguns pontos pertinentes ao estudo de caracterização da região também foi realizado (mapa 5). Tais pontos, referem-se a indústrias ligadas a atividades predominantes nos locais visitados, instituições de ensino ou de saúde referenciais dos municípios, e até mesmo referências de pontos ligados aos recursos energéticos – foco deste relatório.

Mapa 5

É importante ressaltar, todavia, que esta segunda parte do georreferenciamento foi realizada aleatoriamente, uma vez que todos os pontos demarcados encontravam-se no caminho de deslocamento de uma usina para outra. Sendo assim, estas demarcações além funcionarem como pontos referenciais da viagem, foram de grande importância para a elaboração de uma caracterização geral dos municípios atravessados durante a viagem. Desse modo, essa caracterização possibilitou a confecção de um mapa bem genérico relativo à predominância das atividades econômicas na região bem como da ocupação urbana, a partir do georreferenciamento realizado, como será visto a seguir, após a descrição sucinta do levantamento de pontos realizados por município percorrido. Contudo, vale ressaltar também que nem em todos os municípios percorridos para a demarcação de usinas foram realizados georreferenciamentos e observações. Em contrapartida, alguns municípios que não apresentavam usinas, mas que se encontravam no caminho do itinerário pré-definido e que apresentavam alguma característica relevante para o estudo, tiveram alguns pontos ou anotações demarcadas.

11.1 MUNICÍPIO DE ARAÇATUBA :

Foto 20: vista aérea do centro urbano de Araçatuba

Em Araçatuba onde foi iniciado o georreferenciamento, notou-se a existência de um centro urbano bastante desenvolvido e com uma boa infra-estrutura: hospitais públicos e particulares, escolas e universidades públicas e particulares, muitas lojas comerciais, shopping, hotéis e muitos bares e restaurantes espalhados pelo centro urbano do município. Alguma destas infra-estruturas encontram-se georreferenciadas na tabela 2 abaixo.

Tabela 2: Locais Georreferenciados em Araçatuba

Localidades Coordenadas Elevação Universidade Unip Latitude: 21,2253 S

Longitude: 50,4251 W 367m

Universidade Unisalesiano Latitude: 21,2370 S Longitude: 50,4078 W

388 m

Hospital Unimed Latitude: 21,2312 S Longitude: 50,4158 W

382 m

Shopping Araçatuba Latitude:21,2216 S Longitude: 50,4359 W

354 m

Hotel Chamonix Latitude: 21,2088 S Longitude: 50,4385 W

399 m

DAEA Latitude: 21,2235 S Longitude: 50,4274 W

357 m

CPFL Latitude: 21,2176 S Longitude: 50,4321 W

363 m

Além disso, notou-se também certa predominância de população jovem na região (provavelmente relacionada a existência de 3 universidades no município). Já em relação à cidade em si, nota-se que esta se encontra em crescimento, haja vista a crescente verticalização da cidade que se mescla com ruas residenciais de casas e sobrados, como observado na foto 20. Contudo, à medida que se distancia-se da área urbana de Araçatuba, observa-se a predominância de indústrias e empresas relacionadas a agropecuária que destinam sua produção tanto à população local como para exportação. Exemplos destas são a Acqua Vita (fotos 21 e 22) e a Granja Donne (fotos 23 e 24), georreferenciadas durante o campo.

Foto 26: irrigação de culturas

Foto 21: entrada a Acqua Vita

Acqua Vita – Água Mineral Natural Araçatuba - SP

Coordenadas: Latitude: 21,1944 S Longitude: 50,5669

W Elevação: 379 m Foto 22: Acqua Vita

Foto 23: vista parcial da Granja

Donne

Granja Donne Araçatuba - SP

Coordenadas: Latitude: 21,2203 S Longitude: 50,6465

W Elevação: 382 m Foto 24: galpão ao fundo da Granja

Além disso, outra constatação encontra-se relacionada às condições climatológicas do local: por localizar-se no interior paulista o município apresenta temperaturas elevadas durante o dia com leves quedas durante a noite, o que demonstra capacidade potencial para a utilização da energia solar como fonte de energia local, bem como a energia eólica – uma vez que a zona rural de

Araçatuba apresenta uma boa potencialidade eólica, aproveitada ainda de forma insipiente por algumas granjas e chácaras das adjacências, como observado na foto 25 ao lado.

Foto 25: cata-vento na zona rural de Araçatuba

11.2 MUNICÍPIO DE GUARARAPES :

Já em Guararapes, foi possível observar apenas a área rural do município, uma vez que o itinerário pré-determinado não passava pela cidade. Sendo assim, foi detectado a existência de inúmeras chácaras, ranchos, granjas e sítios

que se localizavam as margens da rodovia. Grande parte destas parecia destinar-se a agricultura familiar. Além disso, plantações de cana-de-açúcar (para abastecer as inúmeras usinas da região), café e milho também eram uma constante nesta parte do município (foto 26) que se alternavam com a criação de gado familiar.

Contudo, apesar da predominância da criação familiar de gado, foi encontrado um curtume (fotos 27 e 28) em uma das margens da rodovia que atravessa Guararapes localizado ao lado de um lixão (fotos 29 e 30). Ambos foram georreferenciados, como mostrado a seguir.

Foto 27: curtume

Curtume Guararapes - SP

Coordenadas: Latitude: 21,2598 S Longitude: 50,6725

W Elevação: 371 m Foto 28: curtume

Foto 29: vista parcial do Lixão

Lixão Guararapes - SP

Coordenadas: Latitude: 21,2635 S Longitude: 50,6877

W Elevação: 400 m Foto 30: Lixão de Guararapes

Neste município também encontrou-se alguns cata-ventos em algumas propriedades rurais que demonstram a utilização da força dos ventos como fonte de energia mecânica, como observado na foto 31 a seguir. Além da energia eólica potencial, assim como Araçatuba, esse município também apresenta temperaturas bastante elevadas durante o dia, uma vez que se encontra inserido no domínio dos cerrados.

Foto 31: cata vento da zona rural de Guararapes

11.3 MUNICÍPIO DE BENTO DE ABREU:

Em Bento de Abreu, foram realizadas poucas observações e somente na zona rural, uma vez que a usina Benalco, localizava-se logo na entrada da cidade. Deste modo foi possível constatar apenas a predominância de plantação de cana-de-açúcar durante boa parte do percurso que margeava a estrada, o cultivo de algumas frutas como manga e goiaba e pastagem no domínio do cerrado, como observado na foto 32 abaixo.

Foto 32: pastagem no domínio do cerrado

11.4 MUNICÍPIO DE VALPARAÍSO :

Já em Valparaíso, é notável o predomínio de casas de alvenaria no centro urbano do município que se apresenta bem arborizado mas com pouca infra-estrutura. A população deste município parece ser bastante humilde com a predominância de idosos e crianças. Além disso esta cidade apresenta um relevo bastante acidentado. À medida que se afasta da zona urbana de Valparaíso, a plantação de cana-de-açúcar, pastagens e de algumas chácaras e fazendas são uma constante, como é possível observar na foto 33 a seguir.

Foto 33: plantação de cana-de-açúcar e criação de gado em Valparaíso

11.5 MUNICÍPIO DE MIRANDÓPOLIS :

No município de Mirandópolis o centro urbano é composto apenas de casas residenciais e comerciais térreas, sendo rara a existência de algum edifício com mais de 3 andares. A cidade apresenta algumas escolas e um hospital público. Grande parte das casas residenciais são de alvenaria com uma população bem humilde. Além disso, a área urbana de Mirandópolis apresenta-se bastante arborizada e plana, com a existência de muitas igrejas protestantes. Tal município também possui uma estrada de ferro (fotos 34 e 35) que atravessa a área urbana de Mirandópolis e que foi georreferenciada com o GPS como visto logo abaixo.

Foto 34: estação férrea de Mirandópolis

Estrada de Ferro Mirandópolis - SP

Coordenadas: Latitude: 21,1327 S Longitude: 51,0975

W Elevação: 435 m Foto 35: ferrovia de Mirandópolis

Já em relação à zona rural de Mirandópolis, é notável a presença de mata secundária, algumas pastagens, plantação de eucalipto e de algumas frutas como manga e abacaxi. Este município além de abrigar a usina Cosan-Mundial, também possui uma subestação de energia (localizada ainda no perímetro urbano de Mirandópolis – fotos 36 e 37) e uma estação de compressão da TBG (um pouco mais afastada da área urbana – fotos 38 e 39). Ambas foram georreferenciadas durante o percurso como observado a seguir.

Foto 36: entrada da Elektro

Elektro – Subestação 01

Mirandópolis - SP

Coordenadas: Latitude: 21,1207 S Longitude: 51,0908

W Elevação: 420 m Foto 37: vista da Elektro

Foto 38: estação de compressão

TBG – Estação de Compressão

Mirandópolis - SP

Coordenadas: Latitude: 21,1859 S Longitude: 51,1656

W Elevação: 411 m Foto 39: torre da TBG

11.6 MUNICÍPIO DE ANDRADINA:

O centro urbano de Andradina também é repleto de casas de alvenaria, com poucas edificações excedendo 2 andares. A atividade predominante neste município é a agropecuária, uma vez que ao longo da estrada que leva a usina Gasa do grupo Cosan, foi possível observar a existência da criação de gado de corte que se alternavam em bolsões de mata secundária nativa, assim como a plantação de milho e abacaxi, entre outras frutas. Neste município, foi georreferenciado um reservatório de grãos – Andramil Secador - que se encontrava ao longo do caminho (fotos 40 e 41), uma vez a atividade agrícola é marcante nesta região.

Foto 40: Andramil Secador

Andramil Secador Andradina - SP

Coordenadas: Latitude: 20,9190 S Longitude: 51,3279

W Elevação: 379 m Foto 41: Andramil Secador

11.7 MUNICÍPIO DE ILHA SOLTEIRA:

Localizada no extremo oeste de São Paulo, Ilha Solteira é um município que abriga uma população predominantemente jovem. Tal fato explica-se pela existência no local de uma Universidade pública: a Unesp. Sendo assim, a área urbana de Ilha apresenta uma boa infra-estrutura, com escolas, universidade, hospitais, hotéis, bares e restaurantes. Além disso, a cidade é totalmente plana e localiza-se às margens do rio Paraná, onde se localiza a usina hidrelétrica de Ilha Solteira. Nesta viagem de campo, além do mapeamento da UHE de Ilha, também demarcamos algumas linhas de transmissão próximas à usina, como observado logo a seguir nas fotos 42 e 43.

Foto 42: linhas de transmissão

Linhas de Transmissão

Ilha Solteira - SP

Coordenadas: Latitude: 20,4775 S Longitude: 51,2949

W Elevação: 367 m Foto 43: linhas de transmissão

A área urbana deste município foi totalmente planejada, e suas edificações não são muito altas, sendo predominante a existência de casas no local seja comercial seja residencial. Contudo, à medida que se afasta do perímetro urbano, a paisagem vai se alterando: as casas e restaurantes dão lugar a vegetação nativa, a plantações de mandioca, alguns pinheiros e até algumas poucas fazendas.

11.8 MUNICÍPIO SUZANÁPOLIS :

Este município foi visitado na tentativa de demarcação da usina sucro-alcooeira Vale do Paraná, todavia, sua localização encontrava-se muito afastada, e decidiu-se no meio do caminho

desconsiderar o georreferenciamento desta usina uma vez que o tempo gasto em sua localização acabaria por comprometer o itinerário pré-defenido no início da viagem. Sendo assim, apenas foi possível conhecer rapidamente o centro urbano de Suzanápolis em que foi possível constatar a existência de habitações muito simples, com um comércio de baixa qualidade demonstrando a baixa infra-estrutura existente neste município que apresenta uma população predominantemente idosa e infantil. Não apresentando nenhuma atividade econômica que se destacasse neste município, acabou-se por georreferenciar um ponto de ônibus do local, apenas como referencia de localização no GPS, como mostra a tabela 3.

Tabela 3: Georreferenciamento em Suzanápolis

Localidades Coordenadas Elevação Ponto de ônibus Latitude: 20,5041 S

Longitude: 51,0226 W 355 m

11.9 MUNICÍPIO DE BILAC :

Neste município também não foi possível visitar o centro urbano, uma vez que a usina procurada localizava-se na beira da estrada. Deste modo, todas as observações realizadas neste município referem-se ao seu entorno e ao que foi encontrado ao longo da estrada. Assim, notou-se a existência de alguns bolsões de vegetação natural ao longo da estrada de Bilac, bem como de fazendas, pastagem e criação de ovelhas como observado na foto 44 abaixo.

Foto 44: criação de ovelha e plantação de bananeiras ao fundo

Vale ressaltar, contudo, a existência de alguns cata-ventos em algumas propriedades, demonstrando novamente a força potencial da energia eólica na região estudada, como observado na foto 45 a seguir.

Foto 45: cata-vento no município de Bilac

Além disso, ao longo da estrada também foi encontrada um city gate da TBG que foi georreferenciado, como observado a seguir nas fotos 46 e 47.

Foto 46: city gate

Estação de Entrega de Gas Natural -

TBG Bilac - SP

Coordenadas: Latitude: 21,3801 S Longitude: 50,4585

W Elevação: 392 m

Foto 47: city gate

11.10 MUNICÍPIO DE AVANHANDAVA :

Localizado em um terreno relativamente plano, esta cidade apresenta muitas casas residenciais simples, bem como um conjunto habitacional em construção logo na entrada da cidade, como é possível observar na foto 48 abaixo.

Foto 48: conjunto habitacional em construção

Este município é atravessado pela linha férrea e apresenta uma ocupação urbana pequena com uma população predominantemente idosa e adulta. Boa parte dos moradores da cidade trabalham nos canaviais da usina Diana, localizada neste município, como observado na foto 49 a seguir.

Foto 49: cortadores de cana da usina Diana

Entre o canavial (localizado relativamente próximo ao centro da cidade) é possível observar algumas linhas de transmissão, responsáveis por levar energia aos municípios vizinhos. Tais linhas foram georreferenciadas como observado nas fotos 50 e 51.

Foto 50: linhas de transmissão sobre o canavial

Linhas de Transmissão

Avanhandava - SP

Coordenadas: Latitude: 21,4379 S Longitude: 49,9272

W Elevação: 418 m

Foto 51: linhas de transmissão

Além disso, a zona urbana deste município apresenta-se bem arborizada com um centro comercial de pequeno porte.

11.11 MUNICÍPIO PROMISSÃO:

Promissão é uma típica cidade do interior. Bem organizada internamente, e um pouco acidentada, sua área urbana apresenta várias casinhas localizadas em ruas arborizadas e tranqüilas. A população do local é relativamente jovem e bastante receptiva. Este município apresenta uma boa infra-estrutura comercial, mesmo que de pequeno porte, além de escolas e hospitais. A paisagem de pastagens, chácaras e fazendas na zona rural de Promissão é bem marcante, assim como uma extensa área de plantação de cana-de-açúcar pertencente ao Alambic da região como e possível observar na foto 52 abaixo.

Foto 52: plantação de cana-de-açúcar pertencente à Destilaria Córrego Azul

Sendo assim, como georreferenciamento de caracterização da região foi escolhido o Frigorífico Marfrig (fotos 53 e 54) que exporta boa parte de sua produção ao Mato Grosso do Sul e o reservatório do SAAE (fotos 55 e 56) como é possível observar logo a seguir.

Foto 53: entrada do frigorífico

Frigorífico Marfrig Promissão - SP

Coordenadas: Latitude: 21,2598 S Longitude: 50,6725

W Elevação: 371 m Foto 54: vista parcial do frigorífico

Foto 55: reservatório SAAE

SAAE Promissão - SP

Coordenadas: Latitude: 21,2598 S Longitude: 50,6725

W Elevação: 371 m Foto 56: entrada do SAAE

11.12 MUNICÍPIO DE GUAIÇARA :

Este município como não apresentava nenhuma usina, não foi visitado, todavia, como passagem para os demais municípios, foram realizadas algumas observações importantes para o estudo no trecho da estrada que corresponde a esse município. Primeiramente observou-se a existência de uma assentamento de sem-terras mais ou menos no km 150 da rodovia SP153, o que demonstra que a região em estudo também sofre conflitos relacionados à propriedade da terra. Além disso, pastagens e plantações principalmente de morango e banana eram uma constante neste trecho da estrada, assim como os cata-ventos – no trecho de Guaiçara foram encontrados 4 cata-ventos ao longo do caminho.

11.13 MUNICÍPIO LINS:

Este município assim como o município de Ilha Solteira foi utilizado como parada para descanso dos pesquisadores. Sendo assim, apesar da usina Bertin localizar-se logo na entrada da cidade, foi possível conhecer um pouco mais do centro urbano de Lins e realizar algumas observações. A cidade de Lins é bastante desenvolvida, com uma infra-estrutura de grande porte, em que é possível encontrar alguns hospitais, escolas, restaurantes e lojas comerciais de alto padrão. Além disso, a cidade é bem acidentada com a existência de alguns prédios de alto padrão, sendo bastante verticalizada, comparativamente às demais cidades visitadas durante a viagem de campo. Lins apresenta uma população bastante numerosa em que não há destaque especial para alguma faixa etária.

11.14 MUNICÍPIO BIRIGUI:

No caminho de retorno para Araçatuba, acabou-se passando por Birigui em que foi possível georreferenciar dois pontos importantes: o aterro sanitário e o distrito industrial (tabela 4) . Todavia, observações relativas à cidade e fotos dos locais georreferenciados não foram possíveis devido ao horário. Como já era noite, não foi possível realizar nenhuma observação a cerca deste município.

Tabela 4: Pontos Georreferenciados em Birigui

Localidades Coordenadas Elevação Aterro Sanitário Latitude: 21,1863 S

Longitude: 50,2739 W 406 m

Distrito Industrial Latitude: 21,2437 S Longitude: 50,3200 W

410 m

12 RESULTADOS E CONCLUSÕES

A partir de tudo o que foi exposto foi possível concluir que a caracterização de parte dos recursos energéticos do Oeste Paulista foi realizada com sucesso. Desse modo, o georreferenciamento realizado possibilitou a elaboração de alguns mapas da região de estudo (dispostos ao longo deste relatório) que mostram como os recursos energéticos distribuem-se pelo espaço, considerando sempre as atividades econômicas e a ocupação urbana predominantes na região, além de destacar o que se define cartografia geo-energética. Sendo assim, notou-se que em relação à caracterização geoenergética, as usinas sucro-alcooeiras encontram-se muito bem distribuídas espacialmente pela porção do oeste paulista estudada. Este fato explica a predominância de canaviais tanto nas adjacências das usinas como na região como um todo. Em relação às usinas hidrelétricas, constatou-se o grande potencial da região para a geração de energia elétrica através da água, uma vez que a área de estudo é assistida tanto pelo Rio Tietê como pelo Rio Paraná. Todavia, além destas duas fontes limpas de energia que foram nesta segunda fase do projeto FAPESP demarcadas in loco, observou-se também o grande potencial eólico da região, evidenciado através dos inúmeros cata-ventos que se distribuíam ao longo das rodovias utilizadas. Contudo, além da caracterização geoenergética, também foi possível realizar uma caracterização geral da área de estudo a partir de algumas observações realizadas no decorrer da viagem. Sendo assim, conclusões a cerca da vegetação, do relevo, do clima, das atividades econômicas, da ocupação urbana e da infra-estrutura da região foram realizadas tendo como produto final um esboço de mapa de uso de solo da região em estudo, observado logo abaixo no mapa 6:

Mapa 6

Em relação à vegetação, foi possível comprovar que a área de estudo encontra-se inserida no domínio do cerrado em que predominam vegetação arbustiva de baixo porte (a maioria das espécies lenhosas do cerrado é arbustiva: de 3 a 4 metros). Este estrato de vegetação, geralmente composto de galhos tortuosos com casca grossa (relacionada a características nutricionais do solo), se mescla à vegetação rasteira campestre, em que é possível notar na paisagem dominante do cerrado a estrutura de árvores espaçadas que apontam para uma fisionomia diversificada porém composta por uma vegetação uniforme tanto geográfica quanto florísticamente, como observado nas fotos 57 e 58 a seguir:

Foto 57: estratos de vegetação arbustiva Foto 58: vegetação rasteira : paisagem típica do cerrado

Na região em estudo, boa parte do cerrado encontra-se ocupado por gados (pastagem) e/ou plantações agrícolas, mas ainda é possível encontrar em alguns locais bolsões de vegetação nativa e mata secundária. Já em relação ao relevo foi possível observar através da elevação apontada no GPS que a região é relativamente plana possuindo um relevo que varia entre 300m a 500m. Todavia, vale ressaltar que os locais que apresentavam menores elevações eram aqueles que abrigavam as UHEs, uma vez que todas, por localizarem-se na região de várzea dos rios, possuíam menores altitudes, como observado na tabela 5 abaixo:

Tabela 5: Elevação dos locais georreferenciados

Locais Georreferenciados Elevação (m) Locais Georreferenciados Elevação (m) UHE 3 irmãos 294 Estação de Entrega - TBG 392 UHE Ilha Solteira 326 Usina Da Mata 399 UHE Nova Avanhandava 343 Hotel Chamonix 399 Canal Pereira Barreto 344 Lixão de Guararapes 400 Usina Univalem 351 Usina Diana 400 Usina Cosan Mundial 352 Usina Campestre 404 Shopping de Araçatuba 354 Aterro sanitário de Birigui 406 Ponto de ônibus de Suzanápolis

355 Usina Unialco 406 DAEA 357 Usina Benalco 407 CPFL 363 Usina interlagos 408 UHE Promissão 365 Distrito industrial de Birigui 410 Usina Cosan Destivale 366 Linhas de Transmissão 418 Linhas de Transmissão 367 Córrego Azul Destilaria 419 Universidade Unip 367 Subestação 01 - TBG 420 Curtume 371 Trem de Avanhandava 430 Acqua vita agua mineral 379 Estação Férrea Mirandópolis 435 Andramil Secador 379 Frigorífico Marfrig 435 Granja Donne 382 SAAE 437 Hospital Unimed 382 Usina Clealco 446 Usina Cosan Gasa 383 Usina Bertin Biodiesel 495 Universidade Unisalesiano 388 Usina Equipav 510

Com relação ao clima, a área de estudo encontra-se sobre o clima tropical que, por localizar-se no interior do estado de São Paulo, recebe influência da continentalidade. Tal fato explica as elevadas temperaturas da região como um todo, principalmente durante o dia. A existência no local de grandes áreas amplas e descampadas também favorecem a radiação solar direta. Essa radiação solar, como observado durante a viagem, também apresenta grande potencialidade para ser utilizada como recurso energético na região. Sobre as atividades econômicas, observou-se que a região encontra-se totalmente voltada para a agropecuária e o agronegócio. Extensas plantações de cana, milho e citros eram paisagens recorrentes durante a viagem. Contudo, boa parte da produção agrícola do local é destinada a exportação para São Paulo ou Mato Grosso do Sul, assim como a atividade pecuária. Além de suas potencialidades pedológicas e climáticas, que favorecem o desenvolvimento de diversas culturas, a região estuda apresenta também uma mão-de-obra abundante, sendo que grande parte dos moradores dos municípios desta porção do oeste paulista trabalham na lavoura. Deste modo, observou-se a existência no local de centros urbanos bem pequenos com um comércio e infra-estrutura básica necessário na maior parte dos municípios. Contudo alguns municípios como Araçatuba, Ilha Solteira e Lins, dentre outros, funcionavam como pólos concentradores de atividades e serviços mais desenvolvidos, como já relatado anteriormente neste relatório. Em relação à infra-estrutura geral da área de estudo, notou-se uma interligação rodoviária entre os municípios muito boa, o que demonstra a conexão constante entre eles (mapa 7). Além disso, todas as rodovias são asfaltadas e apresentam boa sinalização. Contudo, a região oferece ainda o

transporte ferroviário e hidroviário o que demonstra o intenso fluxo de mercadorias e pessoas pelas vias da região.

Mapa 7

Deste modo, constata-se que a porção do oeste paulista escolhida para o desenvolvimento do PIR possui um grande potencial de recursos energéticos limpos, já utilizados ou não, e uma boa infra-estrutura que possibilita o futuro desenvolvimento regional de modo sustentável (Udaeta, 2004). Além disso, esse georreferenciamento inicial desenvolvido in loco, pode ser considerado o primeiro passo para a implementação do SAGe (Sistema de Análise GeoEnergética previsto no PIR do Oeste Paulista (Azevedo, 2005).

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[ 1 ] UDAETA, M.E.M. “Planejamento Integrado de Recursos Energéticos para o Setor Elétrico – PIR – Pensando o Desenvolvimento Sustentado”. Tese de Doutorado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Brasil, 1997

[ 2 ] UDAETA, M.E.M., RIBEIRO, F.S. “Novos Instrumentos de Planejamento Energético Regional visando o Desenvolvimento Sustentável” - Relatório Técnico da Etapa 1 – São Paulo, 2004.

[ 3 ] AZEVEDO, F.M, GRIMONI, J.A.B “Análise Multidimensional do Modelo de Integração de Recursos Energéticos: Aplicação da metodologia OLAP”, 2005

[ 4 ] UDAETA, M.E.M, GALVÃO, L.C.R, GRIMONI, J.A.B (orgs). “Iniciação a Conceitos de Sistemas Energéticos para o Desenvolvimento Limpo” – Edusp, São Paulo, 2004.

[ 5 ] União dos Produtores de Bioenergia: www.udop.com.br [ 6 ] CESP- Cia. Energética de São Paulo: www.cesp.com.br [ 7 ] AES Tietê: www.aestiete.com.br

[ 8 ] SIGRH-Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo: www.sigrh.sp.gov.br

[ 9 ] DER - Depto. de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo: www.der.sp.gov.br [ 10 ] IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: www.ibge.gov.br [ 11 ] Rosa, Roberto “Cartografia Básica”, Universidade Federal de Uberlândia, fev. de

2004.