Mostra de Cincia e Tecnologia da Zona Norte de NatalRelatrio Sinttico de PesquisaEEEP. Presidente RooseveltFortaleza CENo se nasce mulher, torna-se: o pensamento de Simone de Beauvoir como fundamento para o debate de gnero na escola.

INTRODUO

Neste relatrio constam as observaes, entrevistas e dados de pesquisa reunidos com o objetivo de conhecer a viso de nossos principais meios de pesquisa: homens e mulheres que vivem em uma sociedade com imposies culturais acerca do que ou no aceito para cada gnero.

COMPILAO E ANLISE DE DADOS

A obra de Simone de Beauvoir, O Segundo Sexo, foi a principal fonte de estudo para embasar as percepes que nos levaram abordagem desse tema. Nossos questionamentos acerca da origem de tantos preconceitos e pressupostos no que se refere aos gneros, encontraram uma resposta satisfatria na obra da filsofa, que aborda todos os aspectos da problemtica, desde os dados da biologia, os dados psicanalticos, at a nossa educao. Sendo a escola nosso principal objetivo para abordagem desse tema, para conscientizao das mentes em formao desse meio, foram feitas pesquisas, visando um maior conhecimento das impresses dos alunos no que diz respeito diferena entre os gneros, e entrevistas com dois alunos (Herigbson Silva e Tallys Filho Cardoso) do curso de Esttica (tido como um curso majoritariamente feminino) e com a vigia de nossa escola (atuante em uma profisso tida como masculina).

As impresses relatadas pelos alunos do curso citado foram as esperadas: sentiram certo estranhamento e preconceito por estarem em uma rea vista como apenas feminina. Abaixo segue um pequeno trecho do relato dos dois:

Tallys: Agora que estou estagiando na rea, estou vendo que muito complicado ter homem na esttica, porque tem muita mulher que tem muita vergonha, se sente incomodada, mas voc mostrando que profissional, no tem problema.

Herigbson: Senti um pouco de preconceito no comeo, tinha gente que fazia piada, falavam algumas coisas, mas eu no liguei muito, levei na brincadeira.

No relato da vigia de nossa escola, (colocar nome dela), nos foi mostrado o outro lado dessa viso, o lado que j ultrapassou os conceitos arcaicos de definies para homens e mulheres, j que ela exerce um papel em que se necessita de fora e autoridade (atributos tidos como masculinos), e ainda nos foi relatado que o prprio marido que a recomendou preencher a vaga desse cargo, o que mostra que j est sendo deixado pra trs o olhar machista sobre profisses ou habilidades individuais das pessoas.

~ FALAR DA PESQUISA DO BANNER ~

CONCLUSO

Com a leitura das ideias de Simone a respeito da imposio cultural que dita a segregao de gneros, pudemos nos atentar para como esse processo ocorria em nossa escola, levantando a preocupao em conscientizar os alunos dessa forma de alienao, j que nesse meio que esto se formando as mentes que compem nossa sociedade.

Os relatos e observaes colhidos contriburam para vermos que, uma vez que a barreira do preconceito ultrapassada, as pessoas percebem que o antigo pressuposto do que seria uma atividade feminina ou masculina errada e sem fundamento nenhum, alm da cultura de imposio de papis pra cada gnero, j colocada em ns pela sociedade.

A luta pela igualdade, partindo tanto de mulheres como de homens, o que nosso projeto almeja, trazendo a questo para ser debatida no meio escolar, para a formao de pessoas conscientes de que suas capacidades no so definidas pelo seu gnero, mas por elas.