relatÓrio porosidade
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA
DEPARTAMENTO DE AGROTECNOLOGIA E CIENCIAS SOCIAIS
ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA: LABORATORIO DE ENGENHARIA QUIMICA II
DOCENTE: SHIRLLE KÁTIA DA SILVA NUNES
PRÁTICA 8
POROSIDADE
DISCENTES: Delânnia Maia Nobre
Jorge Luiz Bezerra de Oliveira
Pablo Vinícius Soares da Silva
Raimundo Renato de Melo Neto
Renan Davi Araújo de Oliveira
MOSSORÓ - RN
2013
1. OBJETIVO
Esta prática tem como objetivo avaliar e quantificar o volume poroso de três tipos
de rochas.
2. INTRODUÇÃO
Na geologia, a porosidade representa a relação entre espaços vazios contidos em
uma rocha e o volume total da rocha, sendo esta uma propriedade medida em
percentagem. Existem dois tipos principais de porosidade, a porosidade absoluta, que
representa a percentagem do volume total de vazios contidos na rocha e a porosidade
relativa, que representa o volume de poros interconectados em relação ao volume da
rocha.
O conhecimento da porosidade relativa é de suma importância em vários ramos
da indústria, já que os poros interconectados são aqueles que permitirão que determinado
fluido escoe através da rocha.
A porosidade da rocha ainda pode ser classificada em fechada (0-9%), regular (9-
15%), boa (15-20%) e excelente (20-50%).
Na indústria do petróleo a porosidade relativa é bastante empregada, já que apenas
os poros interconectados permitirão a passagem do óleo ou gás da formação para o poço.
A porosidade relativa de uma rocha pode ser medida pelo porosímetro.
3. METODOLOGIA
3.1. Materiais
Porosímetro Amostra de rochas
3.2. Procedimento experimental
Como em baixas pressões o gás se comporta como ideal, não havendo interações
intermoleculares, a porosidade pôde ser determinada através de uma relação direta entre
a pressão do gás e o volume de vazios como mostra as seguintes equações:
VZpVZp PfV (1)
)( TCVZpp VVVV (2)
Tp VV (3)
Foi utilizado como gás o Ar comprimido. Trabalhamos com duas células; a
primeira, entre as válvulas V1 e V2, e a segunda, entre as válvulas V2 e V3. O
experimento, então, foi dividido em duas etapas.
A primeira etapa teve como objetivo determinar a curva de calibração (V x P), para
isso abriu todas as válvulas, em seguida manteve fechada as válvulas V2 e V3 e regulou a
pressão do sistema entre 2 e 3 (essa pressão uma vez obtida não deve ser mudada).
Posteriormente, fechou a válvula V1 e verificou a pressão de referência (PR), observada
no início de cada etapa para ser mantida constante. Por fim, abriu a válvula V2 e foi
verificada a pressão (P), feito isso foi repetido todo o procedimento colocando os
elementos de volume e construiu então uma curva de Vvazio como função de P.
O gás a ser utilizado é o Ar comprimido. A figura 1 mostra duas células, a primeira,
entre as válvulas V1 e V2, é a segunda, entre as válvulas V2 e V3.
Parte 1: Determinação da curva de calibração (V x P)
Abre-se todas as válvulas. Logo em seguida, fechando as válvulas V2 e V3.
Regula-se a pressão do sistema entre 2 e 3 atm.
Fecha-se a válvula V1. Verificar a pressão de referência (PR) que deve ser
observada sempre no início de cada etapa, a mesma deve ser mantida constante durante
todo o experimento. Posteriormente, abre-se a válvula V2 e verifica-se a pressão (P).
Repetindo o procedimento colocando os elementos de volume e construir uma
curva de Vvazio como função de P. Lembrando que a pressão de referência (PR) uma vez
obtida não deve ser mudada.
Parte 2: Determinação do volume dos poros
Repetindo algumas etapas da Parte 1, temos que abrir todas as válvulas. Logo em
seguida, fechando as válvulas V2 e V3. Fecha-se a válvula V1. E abre-se a válvula V2 e
verifica-se a pressão (P). Para assim obter a pressão PVZp, de cada plug.
Obtêm-se VVZp (curva de calibração), VP e (porosidade) através das respectivas
equações; 1, 2 e 3.
Figura 1. Esquema do porosímetro.
4. RESULTADOS
Os dados exibidos na tabela abaixo foram obtidos utilizando a metodologia descrita
anteriormente, e utilizados para plotar o gráfico da curva de calibração.
Curva de Calibração V (cm3) P (psia)
296,8281 17,2 218,3281 20,2 139,8281 25 61,32813 28,5
O gráfico a seguir mostra a curva de calibração, obtida através dos experimentos
com os elementos de volume, exibindo também a equação da reta e o coeficiente de
correlação dos dados experimentais a equação.
A reta mostrada no gráfico apresenta este comportamento, já que volume e pressão
são inversamente proporcionais, a equação mostrada no gráfico pode ser representada da
seguinte forma:
푉(푐푚 ) = −20,138푃(푝푠푖푎) + 636,72
Além disto pode-se verificar que o coeficiente de correlação apresentou um bom
valor, confirmando que os dados obtidos durante os experimentos podem ser ajustados
pela equação a cima.
A tabela abaixo foi obtida utilizando as equação descritas na metodologia, e a
equação obtida na curva de calibração.
Testemunhos Arenito Assu Arenito Botucatu Arenito Carbonáceo
Vt (cm3) P (psia) Vt (cm3) P (psia) Vt (cm3) P (psia) 103,8767 19,7 79,35408 20,2 65,74532 20,3 Vvz (cm3) Vp (cm3) Vvz (cm3) Vp (cm3) Vvz (cm3) Vp (cm3) 240,0014 47,04997 229,9324 12,45836 227,9186 12,45836
Porosidade (%) Porosidade (%) Porosidade (%) 45,29405754 15,69970315 18,94941724
y = -20,138x + 636,72R² = 0,9928
0
50
100
150
200
250
300
350
15 17 19 21 23 25 27 29 31
V (c
m3)
P (psia)
Curva de Calibração
5. CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o método utilizado para quantificar o volume de poros das três
amostras rochosas se mostrou eficiente, a curva de calibração apresentou um bom
coeficiente de correlação, e a amostra de arenito Assu apresentou maior porosidade.
6. REFERÊNCIAS
OCON GARCIA, J.; TOJO BARREIRO, G. Problemas de Igenieria Quimica: Operaciones Basicas. 2. ed. Madrid: Aguilar, 1980.