relatório pcm janaína corrigido

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Janana Ricieri Correa Rua Alexandrita, n. 101, Vila Samarco, Ouro Preto, Minas Gerais. CEP: 35411-000 Tel.: 3553-8315 Cel.: 8635-6514 Curso: Tcnico em Minerao Ano de concluso: 2007/2008 Matrcula: 14.221

Acho que no usa mais CEFET, agora IFF. Melhor confirmar...

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto

PCM

P.C.M - Processamento e Caracterizao Mineral Ltda. Rua B, 24 Plo Industrial Antnio Pereira Ouro Preto, Minas Gerais CEP: 35411-000

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Sumrio 1 - Apresentao 2 - Introduo 3 - Objetivo 4 - Declarao 5 - Histrico da PCM 6 - Desenvolvimento 6.1 - Recebimento e Preparao 6.2 - Cominuio 6.2.1 - Britagem 6.2.2 - Moagem 6.3 - Deslamagem 6.4 - Balano de massa 6.4.1 - Pesar 6.4.2 - Desagregar 6.4.3 - Homogeneizar 6.4.4 - Quartear 6.5 - Flotao 6.6 - Filtragem 6.7 - Confeco de pastilhas 6.8 - Pulverizao 6.9 - Anlise Granulomtrica 7 - Agradecimentos 8 - Concluso 9 - Assinaturas 10 - Referncias Bibliogrficas COLOCAR AS PGINAS!!!!!! 4

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1 - ApresentaoEste relatrio apresentado PCM - Processamento e Caracterizao Mineral Ltda. e ao CEFET - Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto, cumprindo assim o compromisso que o estagirio Tcnico de Minerao tem de apresentar um relatrio no final do estgio, com a descrio das atividades desenvolvidas na carga horria de 720h. As atividades foram realizadas no laboratrio fsico da empresa mencionada e se referem ao tratamento para a caracterizao de minrios.

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2 - IntroduoA PCM uma empresa destinada prestao de servios de amostragem em geral, campo, furos de sondagem, circuitos de britagem, peneiramento, concentrao, caracterizao tecnolgica de minrios ferrosos e no-ferrosos por testes de bancada, planta piloto, microscopia ptica, anlises qumicas, desenvolvimento e otimizao de processos. Tambm desenvolve projetos de computao grfica, atualizao topogrfica e geolgica em mapas e acompanhamento de modelamento dos blocos; coordenao e acompanhamento de sondagem com elaborao de plano de pesquisa e descrio de furos; caracterizao tipolgica do minrio, feio de sees verticais e horizontais para modelagem das minas; compilao e filtragem de banco de dados.

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3 - ObjetivoEste relatrio visa descrever de maneira objetiva os processos de preparao para a caracterizao do minrio de Ferro, realizados na PCM Processamento e Caracterizao Mineral Ltda., relatando as atividades realizadas durante o estgio.

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4- DeclaraoAntnio Pereira, 20 de janeiro de 2010

Ao CEFET Ouro Preto.

Declaro para os devidos fins, que Janana Ricieri Correa, aluna do Curso Tcnico em Minerao do Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto realizou estgio no laboratrio fsico da PCM (Processamento e Caracterizao Mineral Ltda.), no perodo compreendido entre 15/07/2008 a 30/12/2008, de segunda-feira sexta-feira, no horrio de 07h00min s 16h30min. Cumprindo a carga horria exigida de 720 horas.

Juscelino Rosa dos Santos Scio Diretor

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Rua B, 24 Plo Industrial Antnio Pereira - Ouro Preto/MG Cep: 35411-000 Tel.: (031) 3553-8390

5 - Histrico da PCMA PCM surgiu no ano de 1999, atravs do sonho de um ex-funcionrio da Fundao Gorceix, contratada responsvel pelo servio nos laboratrios da Samarco Minerao. Este ex-funcionrio era tambm ex-aluno da Escola Tcnica Federal de Ouro Preto, e props Samarco Minerao oferecer empregados especializados, alm de cumprir todas as exigncias fiscais e trabalhistas de uma empresa do ramo. Logo, a Samarco passou a contratar funcionrios da PCM, que conquistou seu primeiro contrato para prestao de servios. Da por diante, ela obteve contratos junto a empresas de grande destaque na minerao brasileira, como VALE, MMX, Ferrous e CSN. Seus empregados so, em sua maioria, de nvel tcnico e atuam como laboratoristas fsicos, tcnicos de minerao e analistas. Hoje a PCM mantm um centro de pesquisas em minerao, com equipamentos de ponta, existentes no mercado nacional. Atualmente, ela realiza trabalhos em seu centro de pesquisas. Localizao: As instalaes da PCM, laboratrio fsico, qumico e administrao, esto localizados no distrito de Antnio Pereira Ouro Preto/MG. Compromissos Executar um trabalho de elevada qualidade tcnica; Cumprir rigorosamente os prazos acordados; Assegurar a cada cliente todo sigilo dos resultados e informaes obtidos na empresa; Preocupao atual com as questes ambientais, sade e segurana do trabalho, demanda social e o gerenciamento da permanncia da empresa no mercado;

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto As oportunidades de desenvolvimento de projetos de pesquisa e prestao de servios para a indstria mineral so possveis devido a capacitao da equipe tcnica multidisciplinar, aliadas a sua infraestrutura de laboratrios e planta piloto multiprocessual, buscando a promoo da melhoria contnua do seu desempenho de qualidade, meio ambiente, sade e segurana do trabalho de acordo com as legislaes vigentes. Objetivos da empresa Compromisso comum com objetos claramente definidos; Uma metodologia que facilita o aprendizado; Uma combinao das qualificaes e capacidades certas; Responsabilidade mtua com valor essencial; Valores e regras de comportamentos claros e estabelecidos desde o incio; Troca de informaes regulares, estruturada e honesta; Relao de ganho mtuo com foco na criao de valores para todas as partes, onde cada colaborador inicie seu dia com senso de propsito e o encerre com senso de realizao. Planta Piloto Confirmao e demonstrao de resultados obtidos anteriormente nos testes de bancada, realizando estudos especficos em escala piloto, visando otimizao de operaes unitrias. Prestao de servio no campo Amostragem, descrio de furos, locao de sonda e densidade. Principais minrios metlicos e no metlicos trabalhados Minrio de Ferro (Hematita/Itabirito); Minrio de Cobre (Calcopirita); Minrio de Ouro; Cassiterita; 10

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Galena; Feldspato; Quartzo; Fosfato.

Atendimento O atendimento feito na rea das contratantes, porm a PCM possui instalaes em melhorias constantes na rea de processamentos fsicos tecnolgicos, podendo ser realizado em sua sede prpria. Clientes

MMX Minerao e Metlicos S/A

Metas Obter a certificao ISO 9001 at dezembro de 2010; Buscar novos parceiros (clientes) em toda a rea do quadriltero ferrfero.

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6 DesenvolvimentoA PCM uma empresa que presta servios principalmente Samarco Minerao S/A, sendo responsvel pelos processos de laboratrio em geral, realizando todas as suas atividades em seu prprio centro de pesquisa. O processamento do minrio no laboratrio realizado de acordo com o fluxograma abaixo:

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Amostragem

Britagem

Moagem

Deslamagem Material para a qumica (secar e pesar).

OF

Lama (filtrar, secar e pesar).

UF

Flotao

Rejeito (filtrar, secar e pesar).

Concentrado (filtrar, secar e pesar).Figura 6.1 Fluxograma: representao simplificada do processamento no laboratrio fsico.

6.1 Recebimento, preparao e amostragem. o primeiro procedimento realizado na PCM na rea do laboratrio fsico. As amostras chegam como testemunho de sondagem para serem processadas. O objetivo dessa etapa : receber as amostras de furo de sonda enviadas pelo cliente. As amostras so pesadas, catalogadas e preparadas para a secagem na estufa. Posteriormente, sero enviadas para a reduo.

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6.2 Reduo: CominuioA Cominuio a fragmentao de um material heterogneo que constitui geralmente uma rocha e visa liberar os minerais valiosos dos minerais de ganga, ou no caso de um mineral homogneo, reduzir at a dimenso ditada pela utilizao.

Processos de cominuio: 6.2.1 - BritagemEste procedimento tem como objetivo reduzir a granulometria da amostra para realizao dos demais processos de caracterizao. Na PCM a reduo realizada com britador de mandbulas. Recursos necessrios: Britadores de Mandbula; Baldes; Pincel; Ar Comprimido. Procedimento: Antes de comear, fazemos a limpeza do britador, dos baldes e do pincel utilizando o ar comprimido. Depois, posicionamos um balde na sada do britador, colocamos o material no britador e aguardamos at que todo o material desa para o balde. A operao repetida at que a granulometria desejada seja alcanada.

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Anexo:

Figura 6.2.1.1 - Britagem: colocando amostra no britador

6.2.2 - MoagemA moagem uma segunda reduo do minrio onde as partculas so reduzidas a uma granulometria menor que 0,15mm, pela combinao de impacto, compresso, abraso e atrito, a um tamanho adequado liberao do mineral que se vai tratar ou concentrar nos processos subseqentes. Fazemos a DTM, ou seja, a determinao do tempo de moagem para podermos realizar a moagem da amostra propriamente. A moagem de DTM realizada moendo primeiro uma amostra com massa de 1750g com 750mL de gua de torneira por um tempo determinado pela friabilidade da amostra, depois descarregamos a polpa juntamente com a carga moedora em um balde, sendo que o moinho e a carga moedora devem ser lavados com gua de torneira. O material lavado tambm descarregado no balde. A seguir passamos a polpa em uma peneira de 30#, de onde o passante filtrado e secado e o retido colocado para secar e aps seco triturado em um pilo metlico at atingir -30# sendo assim juntado com o passante seco. Depois que a amostra est seca, retiramos uma alquota de 200g da amostra para fazer o clculo da porcentagem de retido.

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Depois, moemos a segunda amostra com as mesmas especificaes da primeira, porm com tempo que vai variar de acordo com a porcentagem de retido da primeira moagem, com o objetivo de atingirmos 10% de retido. Com a porcentagem retida na malha de 100# na alimentao da moagem (tempo 0) e retida em 100# no produto da moagem, plotamos no grfico MONO-LOG onde a ordenada a % retida em 100# e a abscissa o tempo de moagem, assim traamos uma reta entre os dois pontos e obtemos o tempo ideal de moagem a ser utilizado para cada amostra. A Moagem feita sob as mesmas condies da moagem de DTM, porm temos o tempo que o material deve ser modo. Descarregamos a polpa moda juntamente com a carga moedora em um balde sendo que o moinho e a carga moedora tambm devem ser lavados com gua de torneira descarregando o material lavado tambm no balde. Passamos a polpa na peneira de 30# e o retido deve ser secado e triturado at que passe na peneira e depois colocado no balde junto com o passante. Anexo:

Figura 6.2.2.1 Moagem: adicionando gua, retirando a polpa, lavando a carga moedora e triturando o retido em 30#.

6.3 - Deslamagem16

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Objetivo: Como o prprio nome j diz, o objetivo da deslamagem retirar a lama da amostra de Underflow (produto da moagem), para uma melhor concentrao (flotao). A lama no processo de flotao atrapalha a ao do amido e faz com que o processo no ocorra de maneira satisfatria. Materiais necessrios: Cuba de PVC de 4000mL, pHmetro, cronmetro, soluo hidrxido de sdio, soluo cido clordrico, sifo e plunger. Processo: Aps a moagem, a polpa vem para a deslamagem em balde devidamente identificado com trs etiquetas. Na deslamagem, a polpa despejada na cuba de 2000mL e posta em suspenso por 3 minutos com o eletrodo na cuba verificamos o pH da polpa e regulamos com hidrxido de sdio (NaOH) e o cido clordrico (HCl) at que o pH da mesma chegue a 10,5 que o pH ideal para que o slido se deposite no fundo e reste s lama na gua acima dele, e esta possa ser sifonada at aproximadamente 1 cm do material depositado. Esse processo repetido trs vezes para a otimizao dos processos subseqentes, como a flotao, por exemplo, que exige que o minrio tenha o mnimo possvel de lama. Depois disso fazemos o sifonamento da polpa, que a retirada da gua com a lama da cuba para um balde tambm devidamente etiquetado. A lama deste balde passa por um filtro a vcuo, e do filtro vai para a secagem na chapa. O minrio, chamado Underflow, tambm vai para o filtro e depois para a chapa. Ambos, depois de secos, seguem para o balano de massa.

Anexo: 17

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro PretoFigura 6.3.1 Deslamagem

6.4 Balano metalrgico de massasEste processo feito depois da deslamagem e depois da flotao, para a comparao de massas entre a moagem e a flotao e a retirada de massa para os outros processos. Aps a conferncia dos dados das massas, que podem ter no mximo 10g de perda em relao massa de incio do processo, a massa de minrio segue para a pesagem, homogeneizao e quarteamento.

6.4.1 Pesar Pesagem do Underflow: O material entra na moagem com uma massa de 1750g

aproximadamente, e, somando o minrio com sua lama, deve sair dela com, no mnimo 1740g, que a massa desejada. Quando isso no ocorre, pede-se ao laboratorista responsvel pela moagem para repeti-la. Pesagem de Perfuratriz: Da mesma maneira que o Underflow, a perfuratriz entra na moagem com 1750g aproximadamente e, somado lama seu minrio deve possuir no mnimo 1740g. Pesagem do Concentrado: O concentrado somado ao rejeito deve ter no mnimo 1490g de massa, pois entra para a flotao com 1500g.

6.4.2 DesagregarMaterial necessrio: Peneira de 30#, pincel largo e base de peneira. Desagregamos as amostras fazendo-as passar por uma peneira de 30#, para que o material fique a -30#.

6.4.3 HomogeneizarPara homogeneizar precisamos de uma lona limpa. A homogeneizao da amostra feita atravs do tombamento da lona, que se faz levando uma ponta da lona outra, quando se faz nas quatro

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto pontas da lona, deu-se a um tombo. Na PCM, fazemos a homogeneizao dando 10 tombos em cada amostra.

6.4.4 QuartearAps homogeneizar, a amostra segue para ser quarteada. Da lona, a amostra despejada no quarteador Jones, que divide a massa ao meio, uma metade da massa pesada e a outra novamente dividida para se obter a massa desejada. Do Underflow, retiramos no quarteamento, 1500g para a flotao, 5g para a confeco de pastilhas, 50g para a pulverizao e o restante vai para a reserva. Da Perfuratriz, retirado 5g para a confeco de pastilhas e o restante reservado. Do Concentrado, retiramos 50g para a pulverizao e 5g para a confeco de pastilhas e reservamos o restante. Do Rejeito retiramos 50g para a pulverizao e reservamos o restante.

6.5 Flotao um mtodo de concentrao por via mida, de relao gua-slido 3:1 em peso, atravs da diferena de propriedades de superfcie de cada espcie mineral, utilizando-se para isso reagentes especiais para cada mineral. No caso do minrio de ferro, os reagentes so: o amido, como depressor, e a amina, como coletor. A concentrao visa diminuir a porcentagem de ganga (mineral no rentvel), aumentando a porcentagem de minrio. Materiais necessrios para a flotao de bancada: clula de flotao, pHmetro, balana, balo volumtrico (de 1000 e 500 mL), cronmetro, pipeta, proveta, pra, pissetas e cuba de acrlico (devidamente demarcada com as porcentagens de slidos: 60 e 40%).

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Procedimento: Primeiramente realizamos a preparao dos reagentes, amido e amina. O amido deve ser gelatinizado com hidrxido de sdio 1%, na proporo de 10g de amido para 1000mL de gua destilada, e 5g de NaOH para 5mL de gua destilada. O NaOH homogeneizado e adicionado ao amido dissolvido em gua, e a mistura homogeneizada rapidamente at a obteno de uma soluo bem gelatinizada. Quando a gelatinizao estiver finalizada, despejamos a soluo no balo de 1000 mL completamos com gua destilada e agitamos para verificar se existem bolhas de amido no dissolvido na soluo. Preparao da amina: pesamos 2,5g de amina no bquer, adicionamos gua destilada, homogeneizamos at que ela fique mais aquosa, despejamos no balo de 500 mL, colocamos um im pequeno, com cuidado para no quebrar o balo e levamos o balo ao agitador magntico na velocidade 2 por 5 minutos. Depois dos reagentes prontos, verificamos a tabela de teores, preparada no laboratrio qumico, aps a anlise do Underflow, e com esses dados sabemos a dosagem dos reagentes a ser utilizada em cada amostra, atravs da seguinte frmula: Pm x 0,0001 x g/t C Onde: ML Volume da soluo de coletor ou depressor em mL. Pm Peso do minrio em gramas (1500g) g/t concentrao do reagente em gramas por tonelada (dado por tabela, depende do teor de Fe no minrio). C Concentrao da soluo do reagente em % (na PCM usamos os reagentes com concentrao de 1%) Feitos os clculos, anotamos o resultado em uma tabela, onde tambm so anotados, no decorrer do processo, o pH inicial e o pH final de cada amostra. Iniciamos o processo colocando, na cuba de acrlico, a amostra e a quantidade de gua de processo necessria at o primeiro nvel de marcao 20

ML =

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto de porcentagem de slidos; colocamos a cuba na clula; baixamos o rotor; ligamos o rotor; e acionamos o cronmetro, para marcar o tempo que o minrio deve ficar em suspenso: 3 minutos; e colocamos o eletrodo do pHmetro. Aps os trs minutos de suspenso, anotamos o pH inicial na tabela e adicionamos o amido, utilizando a pisseta de gua de processo; deixamos o amido reagir por 5 minutos; acrescentamos gua de processo at o segundo nvel de porcentagem de slidos; adicionamos a amina, tambm com gua destilada; e marcamos 1minuto para que ela reaja; aps esse minuto abrimos a vlvula de aerao e comeamos a coleta: com a pisseta de gua (a escolha da gua depende do pH da mistura: se o pH estiver inferior a 10, usamos a pisseta com gua de pH 10, se o pH estiver igual, ou superior a 10, usamos gua de processo), limpamos as paletas da cuba; a coleta feita por 3 minutos; depois disso anotamos o pH final e desligamos o rotor. O material coletado, ou seja, o que sai da clula e cai na bandeja atravs das paletas, chamamos rejeito, que a ganga do minrio, e o material depositado, que ficou no fundo da cuba, chamamos de concentrado, que o mineral minrio da amostra, o material visado economicamente. Com a coleta feita, filtramos ambos e colocamos na estufa ou chapa para secar. Aps a secagem esse material segue para o balano de massa e os demais processos de caracterizao.

Anexo:

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Figura 6.5.1 Flotao

6.6 FiltragemA filtragem um processo relativamente simples, e tem por objetivo a retirada do excesso de gua do material para que a secagem seja facilitada. Utilizamos nesse processo, papel de filtro, filtro vcuo e bandeja. Procedemos da seguinte forma: colocamos a polpa de material no balde do filtro, o tampamos devidamente, fechamos a vlvula de escape do ar, e abrimos a vlvula de entrada do ar comprimido, que no deve exceder a presso de 30 psi, por medida de segurana. Aps certo tempo, na sada de gua, a gua pra de sair e comea a sair ar, nesse momento que se deve fechar a entrada de ar e abrir, cuidadosa e vagarosamente, a vlvula de escape de ar, na tampa do balde. Quando o ar sair por completo do balde, retiramos a tampa e o balde do filtro, passamos o papel de filtro com o material filtrado para a bandeja, limpamos com uma paleta o restante de material que possa ter ficado nas laterais do balde e depositamos esse resto junto com o material da bandeja, e levamos a bandeja estufa ou chapa para a secagem.

6.7 Confeco de pastilhas ou sees polidasEsse processo tem por objetivo, preparar as amostras para a anlise mineralgica no microscpio, por esse motivo as pastilhas precisam possuir superfcies espelhadas e isentas de imperfeies tais como: arranhados, pouco brilho, superfcie ondulada, incluses na superfcie, m homogeneizao do material e corpos estranhos; pois os itens citados podem comprometer o sucesso da anlise. Utilizamos para o preparo das sees, os seguintes materiais por etapa: Embutimento: resina (preparada fazendo-se uma mistura de estireno e resina), acelerador cobalto, catalisador MEK M50, vidro quadrangular mdio, 22

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto cera, vaselina, luva de procedimento, mscara para vapores e capela de exausto. Lixamento: Lixa n. 80, lixa n. 120, lixa n. 400, pisseta com gua de torneira e vidro. Polimento: politriz, pasta de alumina (ou diamante), pisseta com gua e lupa binocular com aumento de 45X. Quando o material chega, fazemos a classificao, ou seja, vemos em que tipo de pastilha ele se enquadra, se na global ou por faixa. Na pastilha global, o material vem da deslamagem e no preciso fazer etapas complementares, porque o mesmo j se encontra na granulometria padro; Pastilhas por faixa: 1 - a pastilha 2X1: para essa pastilha o material precisa ser deslamado antes de fazermos a pastilha. Deslamamos o material na peneira de 325# e fazemos a pastilha com seu resultado, +325# e -325#. Para essa pastilha precisamos de 20 a 30g de material. 2 - a pastilha 3X1: nessa pastilha o material vem da anlise granulomtrica, e no necessita de deslamagem. O material retido nas peneiras de 100#, 200# e 325#, so individualmente quarteados, sendo que o retido da peneira de 325# homogeneizado e quarteado junto com seu passante (-325#), de cada peneira retiramos 5g para a confeco da pastilha. 3 - a pastilha 4X1: o procedimento para essa pastilha semelhante ao da pastilha 3X1, a diferena que nessa pastilha o +325# e o 325# so homogeneizados e quarteados separadamente. Depois de definido o tipo de pastilha a ser feito procedemos da seguinte forma: 1. Limpamos o vidro com lcool; 2. Passamos uma fina camada de cera nas fileiras do vidro onde sero colocadas as frmas de PVC; 3. Passamos, nas frmas de PVC, uma camada de vaselina, as colocamos nas fileiras de cera no vidro e colocamos o vidro dentro da capela de exausto (os materiais usados no embutimento, a resina, o cobalto e o catalisador, so txicos, por isso o uso da capela de exausto).

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto 4. No copo descartvel onde veio a amostra, adicionamos resina at cobrir o material (2,5g, a outra metade deixada como reserva). Homogeneizamos essa mistura mexendo com o basto de vidro em movimentos circulares. Depois de homogeneizado, adicionamos 1 gota de acelerador cobalto e homogeneizamos novamente. Depois, adicionamos 3 gotas de catalisador e, depois de homogeneizarmos novamente, viramos essa mistura na frma de PVC, cobrindo at metade da mesma. 5. Esperamos a mistura secar, etiquetamos, e cobrimos com uma soluo de resina (feita com resina, 3 gotas de cobalto e 7 gotas de catalizador, que deve ficar na cor bege translcido). 6. Aguardamos a secagem do material por aproximadamente 10 minutos, desenformamos, e esperamos 24h para continuarmos o processo. 7. Lixamento: a superfcie da pastilha passada primeiramente na lixa n. 80, at que o material aparea devemos lixar sempre na mesma direo, para que as linhas da lixa na superfcie da pastilha fiquem facilmente diminudas pelas demais lixas, a parte da resina no deve ser lixada nesta lixa, somente da prxima em diante. Na lixa n. 120 lixamos a superfcie da pastilha e tambm sua borda, buscando diminuir a profundidade das linhas deixadas pela primeira lixa. A lixa de n. 400 serve para facilitar o polimento, retirando as marcas das lixas anteriores. 8. Polimento: colocamos o pano na politriz, de maneira que fique bem esticado, no deixando nenhuma dobra, cisco ou qualquer detalhe que interfira no sucesso do polimento. Molhamos o pano com gua e um pouco de pasta de alumina e ligamos a politriz. Colocamos a superfcie da pastilha no pano e a apertamos girando no sentindo oposto rotao da politriz, at que a superfcie fique com brilho e sem riscos, o que verificamos na lupa. Depois de verificadas, as pastilhas so anotadas em uma tabela para controle e enviadas mineralogia, onde sero analisadas. Anexo:

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Figura 6.7.1 Confeco de pastilhas: embutimento, polimento e verificao

6.8 PulverizaoA pulverizao tem por objetivo reduzir ao mximo o material para que seja possvel a anlise qumica. Recursos utilizados: Pulverizador, panela, anel, peso, flanela industrial, ar comprimido, transferidor e areia. Procedimento: a pulverizao ocorre devido ao atrito entre o anel, o peso e a panela com o material medida que o pulverizador agita as panelas. Como cada material tem uma dureza e granulometria, o tempo que o pulverizador trabalha varia de uma para outro da seguinte forma: ROM deixa 5 minutos, e os demais (Underflow, Concentrado e Rejeito) com 3 minutos. A limpeza das panelas feita com ar comprimido e flanela mida.

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Anexo:

Figura 6.8.1 Pulverizao

6.9 Anlise granulomtrica (peneiramento)A anlise granulomtrica visa separar o material em faixas granulomtricas e utilizamos para isso um conjunto de peneiras com as seguintes aberturas: 1, 3/8, 5/16, , 4#, 6#, 8#, 10#, 14#, 20#, 28#, 35#, 48#, 65#, 100#, 150#, 200#, 270#, 325#, 400#; e um agitador de peneiras. O material que chegou da mina e foi amostrado conforme o item 6.1 deste relatrio etiquetado e separado por amostras, depois fazemos a 1 anlise granulomtrica com as peneiras de 1, 3/8, 5/16 e fundo, qual chamamos srie grossa. O material retido nessas peneiras pesado e anotado em planilha. O material retido em 1 e em 5/16 juntado, homogeneizado e quarteado, e dele 50% arquivado e 50% separado para processo. O material passante de 5/16 homogeneizado e quarteado, e dele retirada uma alquota de 1500g que ser usada na 2 fase do peneiramento. O 26

Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto restante do material homogeneizado e quarteado e 50% colocamos junto com o material retido em 1 e em 5/16 formando a amostra TAL QUAL O material separado para processo (o +1 e o +5/16) britado at chegar a -5/16 e composto com 50% do natural formando a amostra -5/16 britado. Desse material retiramos aproximadamente 7000g para DTM, moagem e anlise qumica. Colocamos a alquota de 1500g do -5/16 natural no peneirador nas malhas , 4#, 6#, 8#, 10#, 14#, 20#, 28#, 35#, e depois de peneirada, pesamos cada malha individualmente e anotamos seus respectivos pesos na planilha. A essa srie chamamos de srie mdia. O -35# pesado, homogeneizado e quarteado e retiramos dele de 100 a 120g para a 3 fase do peneiramento, realizada nas peneiras 48#, 65#,100#, 150#, 200#, 270#, 325# e 400#, a srie fina. RESERVA.

7 - AgradecimentosAgradeo primeiramente a Deus, que com sua presena silenciosa em minha vida me ilumina e me d foras para continuar seguindo em frente, me reerguendo nas quedas e me guiando no percurso. Agradeo PCM pela oportunidade, apoio e confiana e por me proporcionar o aprendizado necessrio para a minha formao profissional. Aos colegas e companheiros de trabalho, por acreditarem em mim e na minha capacidade. Ao Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto pelos conhecimentos transmitidos. E por ltimo minha famlia que com seu carinho e apoio no me deixaram desistir no meio do caminho.

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8 ConclusoO estgio na PCM foi de grande importncia para colocar em prtica os conhecimentos adquiridos durante o curso Tcnico em Minerao do CEFET Ouro Preto e tambm para meu enriquecimento pessoal. Neste estgio, pude aprender como realizado o processamento do minrio desde o testemunho de sonda at a preparao para a anlise qumica. E tambm pude entender como o trabalho de equipe importante dentro de uma empresa para um resultado satisfatrio.

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9 - Assinaturas

_____________________________________________________ Janana Ricieri Correa estagiria

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_______________________________________________________ Renalda Monteiro Carvalho Coordenadora tcnica

_______________________________________________________________ Juscelino Rosa dos Santos (Scio/Diretor) Crea: 28909 / TD Concedente do estagio

10 - Referncias BibliogrficasApostila de Tratamento de Minrios Professor Gilberto Caixeta Guimares Anos: 2006 e 2007 Tratamento de Minrios. Cetem/CNPq. Rio de Janeiro, 2004. Anotaes de sala de aula do ano 2007

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Ouro Preto Anotaes durante o estgio www.pcmmineral.com.br

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