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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 Cidade Universitária 05508-020 São Paulo/SP Brasil www.eca.usp.br RELATÓRIO PARCIAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIBIC (X ) PIBITI ( ) SEM BOLSA ( ) CNPq ( ) RUSP ( ) 1 IDENTIFICAÇÃO TITULO DO PROJETO: Procedimentos Performativos de Encenação no Teatro Documentário de Vivi Tellas NOME DO BOLSISTA: RAFAEL NOGUEIRA TOSTA NOME DO ORIENTADOR: MARCOS BULHÕES VIGÊNCIA: 2012/2013 AGÊNCIA FINANCIADORA: CNPQ 2. SÚMULA DO PROJETO: Neste projeto de iniciação científica pretendemos estudar os princípios filosóficos e os. procedimentos performativos no teatro documentário da diretora argentina Vivi Tellas na atualidade. Nosso interesse pela modalidade de teatro documentário surgiu após termos assistido aos espetáculos de teatro documentário do diretor Nelson Barskerville “Luis António Gabriela”, com a Cia Mungunzá, e “Festa de Separação: Documentário Cênico”, concebido pela atriz Janaina Leite, pelo músico Felipe Teixeira Pinto, dirigido por Luis F. Marques; e da participação na oficina experimental de “Biodrama”, ministrada por Vivi Tellas em julho de 2011, em Buenos Aires. Outro fator determinante para a escolha de nosso objeto de pesquisa foi o convite que recebemos para trabalhar como assistente de direção para Vivi Tellas, no espetáculo “O Rabino e seu Filho”, que será realizado em 2012, no Centro de Cultura Judaica na cidade de São Paulo. O trabalho de Tellas começa a ser considerado no contexto acadêmico e artístico no Brasil. Ela foi convidada pela professora do Departamento de Artes Cênicas da USP, Alice K, para realizar uma oficina de “Biodrama” em 2010 em São Paulo, e participou de um debate, como parte da programação, com Luis Fernando Ramos, também professor da graduação e pós graduação do CAC-USP. Mais recentemente, essa diretora foi convidada por Aimar Labaki, para participar da mostra de teatro do CCJ (Centro de Cultura Judaica), com a obra “O Rabino e seu Filho”. As referências bibliográficas sobre teatro documentário no Brasil são raras. A presente investigação talvez seja a primeira pesquisa acadêmica sobre o trabalho de Vivi Tellas em língua

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES

Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 Cidade Universitária 05508-020 – São Paulo/SP – Brasil www.eca.usp.br

RELATÓRIO PARCIAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

PIBIC (X ) PIBITI ( ) SEM BOLSA ( ) CNPq ( ) RUSP ( )

1 – IDENTIFICAÇÃO

TITULO DO PROJETO:

Procedimentos Performativos de Encenação no Teatro Documentário de Vivi Tellas

NOME DO BOLSISTA: RAFAEL NOGUEIRA TOSTA

NOME DO ORIENTADOR: MARCOS BULHÕES

VIGÊNCIA: 2012/2013

AGÊNCIA FINANCIADORA: CNPQ

2. SÚMULA DO PROJETO:

Neste projeto de iniciação científica pretendemos estudar os princípios filosóficos e os.

procedimentos performativos no teatro documentário da diretora argentina Vivi Tellas na

atualidade. Nosso interesse pela modalidade de teatro documentário surgiu após termos assistido

aos espetáculos de teatro documentário do diretor Nelson Barskerville “Luis António – Gabriela”,

com a Cia Mungunzá, e “Festa de Separação: Documentário Cênico”, concebido pela atriz

Janaina Leite, pelo músico Felipe Teixeira Pinto, dirigido por Luis F. Marques; e da participação

na oficina experimental de “Biodrama”, ministrada por Vivi Tellas em julho de 2011, em Buenos

Aires. Outro fator determinante para a escolha de nosso objeto de pesquisa foi o convite que

recebemos para trabalhar como assistente de direção para Vivi Tellas, no espetáculo “O Rabino e

seu Filho”, que será realizado em 2012, no Centro de Cultura Judaica na cidade de São Paulo.

O trabalho de Tellas começa a ser considerado no contexto acadêmico e artístico no Brasil. Ela

foi convidada pela professora do Departamento de Artes Cênicas da USP, Alice K, para realizar

uma oficina de “Biodrama” em 2010 em São Paulo, e participou de um debate, como parte da

programação, com Luis Fernando Ramos, também professor da graduação e pós graduação do

CAC-USP. Mais recentemente, essa diretora foi convidada por Aimar Labaki, para participar da

mostra de teatro do CCJ (Centro de Cultura Judaica), com a obra “O Rabino e seu Filho”.

As referências bibliográficas sobre teatro documentário no Brasil são raras. A presente

investigação talvez seja a primeira pesquisa acadêmica sobre o trabalho de Vivi Tellas em língua

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portuguesa. A oportunidade de acompanhar em sala de ensaio o trabalho da encenadora no

Brasil e na Argentina, assim como de experimentar na prática os princípios e procedimentos

estudados em nosso projeto teatral de conclusão de curso da habilitação de Direção Teatral na

ECA-USP, viabiliza a dimensão prática do estudo. A investigação poderá contribuir para o debate

sobre abordagens de encenação performativa na formação em Artes Cênicas, podendo

interessar também a artistas e pesquisadores de teatro documentário.

Nosso ponto de partida é uma revisão bibliográfica sobre teatro documentário na cena

contemporânea, no intuito de contextualizar o trabalho da encenadora Vivi Tellas. Além disso,

sistematização dos princípios e procedimentos em foco será feita por meio da observação de

todas as fases do processo de criação do espetáculo “O Rabino e seu Filho”, como parte do

festival de teatro do CCJ (Centro de Cultura Judaica) na cidade de São Paulo, e da realização de

entrevistas com a equipe. O estudo servirá de base para um experimento em teatro documentário

que pretendemos realizar, no âmbito de nossa formação no curso de graduação em artes cênicas

da USP, habilitação em direção teatral.

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Durante a presente investigação, desenvolvemos a performance documentária “Nós e Eles” ,

como trabalho de conclusão de curso de Direção Teatral, no departamento de Teatro da ECA.

Participaram da performance eu, meu pai e meu avô, três gerações em cena, na qual o tema

Paternidade foi o foco principal. O tema foi discutido através das ações teatrais e performativas,

criadas em cima das nossas próprias histórias de vida. As performances documentárias foram

apresentadas no Teatro Laboratório da ECA/USP, em outubro, novembro e dezembro. Cada

performance teve um roteiro diferente da outra. Cada roteiro apresentava ações performáticas

relacionadas ao tema documentário. A encenação começou a ser desenvolvida de acordo com

as diretrizes da encenação documentária do Bio-Drama aprendidas durante a assistência de

direção para Vivi Tellas o espetáculo “O Rabino e seu Filho”, apresentado no Centro de Cultura

Judaica) 2012. A partir da análise do diário de itinerância, aplicamos na prática

alguns procedimentos criativos do trabalho da diretora argentina, como por exemplo

o trabalho com o erro, incorporando as fragilidades de corpos isentos de formação especifica

para a cena dos outros dois participantes convidados, o uso de roteiro impresso

em cena para a consulta dos interpretes, dentre outros procedimentos. No

entanto, a partir de questões levantadas durante a orientação da pesquisa acadêmica, acabamos nos aproximando do campo da Arte da Performance, na perspectiva de autores como Renato Coehn, o que resultou na decisão de participar do processo criativo como ator,

indo além da função previamente planejada de de diretor da obra cênica.

Além disso, realizei uma pesquisa bibliográfica paralelamente, sobretudo sobre performance. Estudei os textos

“Performance como linguagem” e “Work in progress na cena contemporânea”, ambos de

Renato Cohen, “Brecht na pós-modernidade”, de Ingrid Koudela, e “A memória como recriação do

Vivido, Um estudo da história do conceito de memória aplicado às artes performativas na

perspectiva do depoimento pessoal”, de Patrícia Leonardelli. Esta revisão contribuiu para atual

fase da pesquisa, relativa a analise dos dados levantados.

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4. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA :

A pesquisa bibliográfica esse semestre enfocou o campo da Performance.

Os dois livros que serviram de base deste estudo foram: Performance Como

Linguagem e Work in Progress na Cena Contemporânea, ambos do performer Renato Cohen.

Ao aproximarmos a pesquisa ao campo da performance, entendemos que a pesquisa funcionaria

melhor enquanto work-in-progress. Explicaremos melhor os porquês, no campo das ”Primeiras

Análises”. No primeiro livro citado, encontramos material que nos ajudavam de fato a explicar e

justificar essa guinada do teatro para a performance, como por exemplo: “a performance passa

pela chamada body art, em que o artista é sujeito e objeto de sua arte (ao invés de pintar, de

esculpir algo, ele mesmo se coloca enquanto escultura viva). O Artista se transforma em atuante,

agindo como um performer (artista cênica)”(pag. 30). Considerando que neste eu caso, eu estava

presente em cena não apenas enquanto diretor da obra, nem tão pouco apenas enquanto ator,

ou apenas objeto da própria performance com minhas historias enquanto material cênico,

conceitualmente, nos encontrávamos no campo da Performance. Outras fases do mesmo livro,

dão base sólida para esta mudança que realizamos, por exemplo: “A performance está ligada

ontologicamente a um movimento maior, uma maneira de se encarar a arte, a Live Art. A Live Art

é a arte ao vivo e também a arte viva. É uma forma de se ver arte em que se procura uma

aproximação direta com a vida, em que se estimula o espontâneo, o natural, em detrimento do

elaborado, do ensaiado.(pag 38)” O autor cita John Cage, referência também para o trabalho

da diretora Vivi Tellas: “ Gostaria que se pudesse considerar a vida cotidiana como

teatro”. Assim fecha-se o ciclo, e chego, apoiado nas teoria de Renato Cohen sobre a

performance a analise do trabalho de teatro documentário de Vivi Tellas, e, também, ao nosso

exercício de finalização de curso.

Renato Cohen também aproxima a performance art da Body Art, na qual segunda ele “o artista

passa a ser sujeito e objeto de sua obra” (pag 39).

Outra referencia Bibliográfica foi o livro da professora Ingrid Koudela - “Brecht na Pós-

Modernidade” - no qual escreve: “a urgência da memória é radicalizada no teatro de Müller, para

quem o passado individual e coletivo precisa, mais do que nunca, ser invocado. ‘É preciso aceitar

a presença dos mortos como parceiros de diálogos com os mortos como parceiros de dialogo ou

como destruidores – somente o diálogo com os mortos engendra o futuro’ (pag 34)”.

5. PRIMEIRAS ANÁLISES:

Como dito na parte “Pesquisa Bibliográfica”, a pesquisa se aproximou do campo da performance,

o qual, como percebido nos livros de Cohen, resume melhor os conceitos nos quais acabamos

por nos encontrar durante o desenvolvimento de nosso exercício de encenação de finalização de

curso. Nós partimos do modelo aprendido na relação com o trabalho de Vivi Tellas, mais próximo

ao Teatro Documentário, e terminamos por nos aproximar do campo da Performance, sobretudo

por, em nosso caso, o criador artístico ser sujeito e objeto da própria arte. Ficamos

entretanto no campo do documentário, que por sua vez, quando trata de algo auto-biográfico,

está diretamente relacionado à performance. Algumas de nossas ações incluíam diretamente o

público, seja direcionando-se diretamente ao publico, seja ambientando o público dentro da cena,

seja usando de recursos participativos, como na cena “Pai Ideal” na qual o público escrevia suas

próprias idéias, levantava e colava os papéis em grandes luminárias-totens, que formavam as

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possibilidades de pais ideais. Essa relação próxima entre atores e espectadores teve uma

resposta positiva do público, que inclusive, no ultima parte da performance, enquanto

degustava café e acompanhamentos típicos do interior de Moinas Gerais servido

em cena, perguntava e interagia diretamente com os interpretes (meu avô, meu pai e Eu),

construindo com seus próprios interesses e histórias a dramaturgia da performance. Enquanto,

ator e diretor, neste caso, foi uma novidade e uma experiência enriquecedora aparecer em cena

apenas como interprete de mim mesmo. Em relação a este ponto, o percurso também teve

uma evolução, e acredito que apenas na ultima apresentação, consegui atingir uma forma

limpa, não construída artificialmente, e mais sincera.

6. DIFICULDADES ENCONTRADAS:

A primeira dificuldade, foi a de trabalhar com “não atores”. Com relação ao meu avô, que está

com 95 anos, e apesar da boa forma física, já não possui a memória plena, esquecendo

frequentemente coisas recentes, portanto não havia como memorizar um roteiro ou cena. Ele

apenas se acostumava pouco a pouco com o roteiro, mas a cada ensaio ou apresentação

tínhamos que guia-lo, perguntando, pedindo, lembrando- do que fazer e do que dizer.

A única cena na qual ele conseguiu decorar uma estrutura foi a da ação do “Júri”, pois

no papel de advogado ele tinha essa estrutura muito clara, e que alias foi definida a partir de sua

memória, e a cena na qual ele cantava a música.

Já com meu pai tentei, construir algumas imagens, e construir cenas, mas sempre a partir do

material que ele trazia. Mas o fato de ter que lembrar de um texto, e de decorar uma cena,

deixava-o muito nervoso e falseava seu jeito de ser. Apenas na última performance consegui

entender esse mecanismo, e decidi acabar com as cenas construídas, tudo era de improviso,

e inclusive a ordem das cenas no roteiro era decidida por mim de acordo com a dinâmica,

a intervenção do publico, e de acordo com a interpretação do meu pai e avô no dia. Por isso,

também, que optamos pelo work in progress (Coehn)enquanto procedimento de criação, estando

sempre aberto para as modificações, alterando e incluindo as respostas do publico e do

orientador a cada apresentação. Com relação ao material audiovisual utilizado em cena,

tive dificuldade na hora de entrevistar parentes, perguntando-os sobre meus pai e avô

, com a intenção de contrapor histórias e versões sobre o mesmo fato. No entanto, na maioria

dos casos, as pessoas não conseguiam dizer diante da câmera o que me haviam contado na

primeira conversa, enfeitando e embelezando as histórias, mudando de opinião, por medo

de saber que seria projetado na cena e que eles iriam ver a gravação. Outra dificuldade

encontrada, foi trazer à cena historias reais, muitas vezes segredos pessoais, que os

interpretes não contavam uns aos outros antes de entrar em cena. O que as vezes, pelo peso

que tomava por tratar-se de temas íntimos da relação de pais e filhos, desconcertava os

interpretes e interferia na maneira como os mesmo seguiam até o final da Performance. Como

por exemplo, quando eu preparei uma cena surpresa a meu pai, na qual eu fingia fazer uma

Reclamação enquanto diretor, que não estava no roteiro, mas que entretanto é um fato

comum da minha relação com meu pai, que acontece na vida real, dois problemas

surgiram: primeiro o público não estranhava que um filho repreendesse publicamente

o seu pai e isso se tornava teatral, e depois meu pai, acreditando na reclamação, se sensibilizou

e não conseguiu terminar bem a Performance.

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7. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O PRÓXIMO SEMESTRE:

Caso a bolsa possa ser renovada, pretendemos desenvolver a análise dos dados observados nos processos de criação, a apresentação dos resultados em eventos científicos e a publicação de artigo.

8. AVALIAÇÃO DO ALUNO SOBRE O PROGRAMA DE INICIAÇÃO:

Foi muito importante para a pesquisa a possibilidade de receber uma bolsa para poder focar

mais tempo no projeto. O fato de receber essa ajuda de custo, já possibilita uma garantia

para aprofundar a pesquisa.

As recomendações para a formatação do projeto inicial, ajudam o aluno iniciante a

programar o projeto com um poder de síntese e resumo, que guardam apenas a essência

do projeto, e ajuda a definir o objeto de pesquisa.

O relatório parcial, porém me pareceu muito fechado. As formas como cada pesquisa se

desenvolvem pedem cada um uma resposta e análise diferentes, sugiro maior

abertura para esta formatação.

Considero que o corte da bolsa de estudos para alunos que não podem mais se matricular

por terem concluídos todos os créditos do seu curso de graduação poderia ser revisto. No

meu caso, estou num momento de impasse, pois gostaria de pode continuar recebendo a

bolsa para desenvolver a pesquisa conforme o planejado.

9. APRECIAÇÃO DO ORIENTADOR SOBRE O RELATÓRIO: Tendo em vista que o nosso orientando foi bolsista somente alguns meses deste Programa de

Iniciação, e a natureza prática da primeira e segunda fase da pesquisa em foco que se completou

no mês de dezembro de 2012, nos parece satisfatório, dentro destes limites de tempo para a sua

elaboração.

A analise dos procedimentos performativos realizados durante os processo artísticos estudados e

desenvolvidos necessita ainda de aprofundamento, o que deveria acontecer nas próximas fases

da investigação.

10. APRECIAÇÃO DO ORIENTADOR SOBRE O DESEMPENHO DO BOLSISTA: O bolsista compareceu a todas as reuniões de orientação e cumpriu o plano de estudos bibliográficos proposto, centrado no campo da cena contemporânea performativa, dinâmica esta

que ampliou sua compreensão deste campo artístico, conforme pude perceber durante o processo

investigativo e nos resultados apresentados em cena. O estudo teórico realizado complementou a

observação do processo criativo da encenadora argentina Vivi Telas que já havia sido realizado

anteriormente. Esta fase de reflexão fundamentou o planejamento da interessante e significativa

criação artística desenvolvida sob a orientação do bolsista, que resultou nas três performances

realizadas. Considero que o aluno realizou com dedicação, seriedade, empenho e eficiência as

metas propostas no projeto de pesquisa e recomendo a continuidade da sua bolsa de estudos.

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11. RENOVAÇÃO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA:

( )SIM ( x )NÃO

12. LOCAL: DATA: ASSINATURA DO ORIENTADOR: