relatório final ter 17 jul 2012

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  • 7/30/2019 Relatrio Final Ter 17 Jul 2012

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    MINISTRIO DA EDUCAO E DO DESPORTOEscola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto

    Departamento de Engenharia de MinasPrograma de Ps-Graduao em Engenharia Mineral PPGEM

    SEPARAO MAGNTICA DE UM

    REJEITO DE CONCENTRAO DE MINRIO DE

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    QUE

    MINISTRIO DA EDUCAO E DO DESPORTOEscola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto

    Departamento de Engenharia de MinasPrograma de Ps-Graduao em Engenharia Mineral PPGEM

    SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................................................. 1

    2 OBJETIVO........................................................................................................................................ 3

    3 REVISO BIBLIOGRFICA ................................................................................................................ 4

    3.1 CONCEITOS SOBRE MAGNETISMO .................................................................................................. 5

    3.1.1 Campo magntico ............................................................................................................. 63.1.1.1 Intensidade .............................................................................................................................. 7

    3.1.1.2 Gradiente ................................................................................................................................. 8

    3.2 MAGNETIZAO ........................................................................................................................ 9

    3.2.1 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnticas ................................................................10

    3.2.1.1 Histerese ................................................................................................................................ 13

    3 2 1 2 A t i l 14

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    4.2 METODOLOGIA.........................................................................................................................38

    4.2.1 Determinao da densidade .............................................................................................38

    4.2.2 Caracterizao granulomtrica ........................................................................................39

    4.2.3 Caracterizao qumica ....................................................................................................40

    4.2.4 Caracterizao por separao magntica .........................................................................40

    4.2.4.1 Ajuste do equipamento ...................................................... ................................ .................... 42

    5 APRESENTAO E DISCUSSO DE RESULTADOS ............................................................................45

    5.1 CARACTERSTICAS GRANULOMTRICAS ...........................................................................................45

    5.2 CARACTERSTICAS QUMICAS ........................................................................................................47

    5.3 SEPARAO MAGNTICA ............................................................................................................48

    6 CONCLUSES .................................................................................................................................50

    7 REFERNCIAS 52

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    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1TIPOS DE CAMPO MAGNTICO. ....................................................................................................................... 7

    FIGURA 2CURVA DE MAGNETIZAO E PERMEABILIDADE RELATIVA DO FERRO CONVENCIONAL. ..................................................11

    FIGURA 3RELAO ENTRE INDUO MAGNTICA E CAMPO DE FORAS PARA SUBSTNCIAS FERROMAGNTICAS. .............................12

    FIGURA 4CURVA DE HISTERESE DE UM MATERIAL FERROMAGNTICO. ..................................................................................14

    FIGURA 5EQUIPAMENTO DE SEPARAO MAGNTICA TUBO DAVIS PARA MEDIO DO TEOR DE MATERIAL FERROMAGNTICO. ..........21

    FIGURA 6RVORE DE DECISO QUANTO AO TIPO DE SEPARADOR MAGNTICO. .......................................................................24

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    LISTA DE TABELAS

    TABELA IATRAO MAGNTICA RELATIVA DE MINERAIS COMUNS........................................................................ 15

    TABELA IIAPLICAES DA SEPARAO MAGNTICA. ........................................................................................ 16

    TABELA IIICARACTERSTICAS MINERAIS E DO EQUIPAMENTO DE SEPARAO MAGNTICA. ......................................... 23

    TABELA IVCARACTERIZAO DOS TIPOS COMUNS DE MATRIZ PARA SEPARADOR MAGNTICO A MIDO DE ALTA INTENSIDADE

    ................................................................................................................................................... 27

    TABELA V

    RELAO DOS MINERAIS PRESENTES NA JAZIDA MSF. ......................................................................... 37TABELA VIDESCRITIVO DOS MINERAIS PRESENTES NA JAZIDA MSF. ..................................................................... 37

    TABELA VIIEXPERIMENTOS EM LABORATRIO COM SEPARADOR MAGNTICO......................................................... 43

    TABELA VIIIRESULTADOS DE DISTRIBUIO GRANULOMTRICA DO MINRIO PIRROTITA. ........................................... 45

    TABELA IXCONFERNCIA DA DISTRIBUIO GRANULOMTRICA DO REJEITO ........................................................... 45

    TABELA XCARACTERIZAO QUMICA DE REJEITO DA MSF.. .............................................................................. 47

    T A1 M 54

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    RESUMO

    O presente trabalho avaliou a separao magntica como rota de

    reaproveitamento para o rejeito da etapa de concentrao do minrio de nquel,

    o qual proveniente da Minerao Serra da Fortaleza MSF em Fortaleza de

    Minas/MG. O material de estudo apresentou-se em forma de polpa que foi

    devidamente manipulada para a obteno de amostras representativas noLaboratrio de Tratamento de Minrios LTM do Departamento de Engenharia

    de Minas DEMIN da Universidade Federal de Ouro Preto UFOP.

    A metodologia experimental foi baseada num planejamento de

    experimentos, usando o software MINITAB, em que se elegeram: intensidade

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    Analisando-se os dados de massa dos fluxos, viu-se que nveis mais

    altos de intensidade de campo magntico favoreceram a coleta das espcies

    ferro e paramagnticas; j o fluxo no-magntico mostrou preferncia por

    campos mais baixos. Em termos de percentagem de slidos e de superfcie da

    matriz, os dois fluxos exibiram concordncia apenas quanto a primeira varivel:

    alimentaes mais ricas em slidos favoreceram maiores valores de massa.

    Em geral, a anlise feita com os dados obtidos mostra uma tendncia,

    embora no bem definida, em funo de insuficincia de dados, erros

    operacionais, devido a no-padronizao de parmetros de controle, como

    forma de alimentao do separador, tempo de ensaio, controle da gua de

    l Al di l b lh d di i d

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    1 INTRODUO

    A recuperao de rejeitos na indstria mnero-metalrgica prtica usual, de

    modo que os requisitos de sustentabilidade do negcio sejam respeitados. Nesse

    contexto, empregam-se os processos de concentrao mineral que se baseiam nas

    propriedades diferenciadoras das espcies minerais presentes, tais como a

    densidade, caractersticas de superfcie, tamanho, etc.. Dentre esses processos,

    destaca-se no presente estudo o que se baseia na susceptibilidade magntica das

    partculas minerais separao magntica.

    A separao magntica, muitas vezes chamada concentrao magntica,

    distino desnecessria sob o ponto de vista dos princpios do mtodo, uma

    tcnica de concentrao, em que as partculas do material so submetidas a aode um campo magntico, sendo dispostas no mesmo a seco ou a mido; a

    colocao dessas partculas nas classes magntica e no-magntica uma funo

    das susceptibilidades magnticas individuais das mesmas. Dentro da classe

    magntica (ferro ou paramagntica), situa-se o material do presente trabalho

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    Deste modo, define-se o objetivo principal do trabalho aqui tratado: estudar a

    separao magntica como rota de aproveitamento de um rejeito de minrio de

    nquel. Como procedimento experimental, contemplou-se um esquema de

    caracterizao qumica, granulomtrica e tecnolgica, onde essa ltima foi

    representada pelos ensaios em separador magntico em escala de laboratrio.

    Esses ensaios de caracterizao foram, primariamente, traados para serem

    executados nas instalaes da Universidade Federal de Ouro Preto UFOP.

    Os resultados obtidos com este levantamento podero integrar uma base de

    conhecimento terico para o processamento mineral de minrio de nquel, via

    separao magntica, priorizando o controle de variveis operacionais importantes

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    2 OBJETIVO

    Planejar, executar e analisar os resultados de ensaios em escala de

    laboratrio de separao magntica de rejeito da etapa de concentrao de minrio

    de nquel proveniente da Minerao Serra da Fortaleza MSF.

    Da forma como o programa de ensaios foi executado, viabilizou-se a anlise

    da influncia de variveis operacionais no desempenho da concentrao magntica.

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    3 REVISO BIBLIOGRFICA

    Neste captulo, apresenta-se uma breve reviso bibliogrfica sobre

    separao magntica que o mtodo de concentrao considerado no presente

    estudo para o minrio pirrotita. Inicialmente, faz-se um resumo dos conhecimentos

    bsicos sobre magnetismo, passando ao conceito de concentrao magntica,

    identificao dos mecanismos de separao e os principais equipamentos

    empregados nessa tcnica de separao. Nesta reviso so abordadas ainda as

    caractersticas principais do minrio pirrotita, j que constitui o material de trabalho.

    A escolha do mtodo adequado para a concentrao de minerais contidos

    num minrio depende, dentre outros fatores, da granulometria de liberao e da

    propriedade diferenciadora entre os minerais de interesse e os de ganga.

    Os principais mtodos de concentrao baseiam-se nas seguintes

    propriedades: densidade, susceptibilidade magntica, condutividade eltrica

    superficial e molhabilidade. De acordo com a propriedade diferenciadora

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    3.1 Conceitos sobre Magnetismo

    Define-se Magnetismo como o ramo da Fsica que estuda os materiais

    magnticos - materiais capazes de atrair ou repelir outros, (Lage, 2010).

    Quando submetida ao de um campo magntico, qualquer substncia

    responder de alguma maneira, e esta ltima ser determinada por sua

    susceptibilidade magntica. Baseando-se nessa propriedade, os materiais podem

    ser classificados em duas categorias principais:

    materiais paramagnticos - so fortemente atrados pelo campo magntico,

    direcionando-se aos pontos de maior intensidade deste campo. Como exemplos de

    minerais paramagnticos que podem ser concentrados em separadores de altaintensidade, tem-se: ilmenita, rutilo, wolframita, monazita, siderita, pirrotita, cromita,

    hematita, e vrios minerais de mangans, (Oliveira, 2010);

    materiais diamagnticos - so repelidos ao longo das linhas de foras do campo

    magntico, voltando-se para o ponto onde a intensidade desse campo menor.

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    Conforme a susceptibilidade magntica, distinguem-se trs classes de

    materiais: ferromagnticos, paramagnticos e diamagnticos. Materiais classificadoscomo ferromagnticos, como o caso da magnetita (Fe3O4), so atrados,

    fortemente, ao longo das linhas de fora de um campo magntico, onde o campo

    tem maior intensidade. J os materiais paramagnticos so os fracamente atrados

    ao longo das linhas de fora de um campo magntico, como o exemplo da

    hematita (Fe2O3). Os materiais diamagnticos, tais como o quartzo, a barita, afluorita, etc., exibem susceptibilidade magntica negativa, sendo repelidos sob a

    ao de um campo magntico, (Sampaio et alli., 2010).

    3.1.1 Campo magntico

    O campo magntico ou, mais exatamente, seus efeitos so conhecidos

    desde pocas muito antigas, quando foram observados, pela primeira vez, os efeitos

    da magnetita um m permanente encontrada em forma natural. A descoberta das

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    (1)

    No vcuo, a permeabilidade magntica assume o valor igual a 0, e sob

    essa condio, e diferem pelo fator de proporcionalidade (). Assim, conformeSampaio et alli. (2010), as duas grandezas so chamadas, indistintamente, como

    campo magntico.

    3.1.1.1 Intensidade, (Lage, 2010), (Oliveira, 2010)

    A natureza do campo magntico tem influncia na separao dos diferentes

    tipos de minerais. A aplicao em escala contnua da separao magntica s foi

    possvel quando se produziu um campo magntico convergente, para o qual fluem

    as partculas com maior susceptibilidade magntica (Figura 1).

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    magntica. Com baixa intensidade de campo, separam-se os minerais com elevadas

    susceptibilidade, e os que exibem valores mais baixos desse parmetro soseparados em campos de alta intensidade.

    Em geral, o controle da intensidade de campo magntico feito com o

    emprego de eletroms, variando a corrente eltrica. Para alguns concentradores,

    pode-se variar o campo mediante ajuste prvio da distncia entre os plos. J os

    separadores de ms permanentes no apresentam maiores flexibilidades variao

    da intensidade de campo comparado queles equipamentos convencionais com

    eletroms.

    3.1.1.2 Gradiente, (Oliveira, 2010)

    O gradiente de campo magntico pode ser estabelecido pela construo de

    um plo de eletrom com a rea bem menor que a do plo oposto, ou ainda pela

    utilizao de matrizes entre os plos do eletrom.

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    magnetismo residual: condio assegurada pelo material de fabricao da matriz.

    Quando essa estrutura retm quantidade significativa de magnetizao, torna-seimpossvel a remoo das partculas magnetizadas.

    3.2 Magnetizao

    Toda matria se compe de tomos, e esses por sua vez se constituem de

    eltrons em movimento. Cada um desses circuitos de eltrons pertence a um s

    tomo, recebendo o nome de corrente atmica. Dessa forma, definem-se duas

    espcies de corrente capazes de produzir campos magnticos: i) convencional

    relacionada com o movimento de eltrons livres ou de ons carregados; ii) atmicade carter puramente circulatrio, no transportando cargas.

    Considera-se cada corrente atmica um pequeno circuito fechado com

    dimenses atmicas, e assim sendo apropriadamente descrita como um dipolo

    magntico. Nesse contexto, destaca-se o momento magntico desse dipolo que,

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    Diferentemente de Sampaio et alli. (2010) ao definir magnetizao como

    vetor densidade de corrente de magnetizao, Reitz et alli. (1982) afirmou emsua fundamentao que uma das derivadas rotacionais de mas que,macroscopicamente, todos os efeitos magnticos devidos matria podem ser

    descritos em termos de ou de:

    (4)

    3.2.1 Susceptibilidade e Permeabilidade Magnticas

    Admite-se que a susceptibilidade magntica (K) e a permeabilidademagntica () so constantes caractersticas dos materiais. Essa afirmativa constitui

    uma verdade se a medio executada sob intensidade de campo definida;

    contudo, estar longe de ser uma verdade, caso as medies sejam realizadas em

    intensidades distintas de campo, (Arruntegui).

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    Figura 2 Curva de magnetizao e permeabilidade relativa do ferro convencional

    (estado recozido), (Reitz et alii., 1982).

    Para se resolver problemas da teoria magntica, essencial haver uma

    relao entre e , tal como indicado pela equao (1), ou de forma equivalente,

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    No contexto acima, Oliveira (2010) detalhou que para os materiais

    paramagnticos, k no ultrapassa o valor de 10-3, enquanto que para osdiamagnticos, k usualmente menor (em mdulo) que 10-5; j a susceptibilidade

    magntica de um material ferromagntico, segundo esse autor, depende do campo

    de magnetizao, da natureza do material e manuseio da amostra.

    A dependncia da permeabilidade magntica com a intensidade do campo,

    no caso dos materiais ferromagnticos, explicada por Arruntegui como sendo

    uma funo do tipo de tratamento trmico ou da composio do material, e no do

    valor de saturao da induo. Ao analisar o diagrama x (Figura 3), o autormostrou ainda que a relao entre essas grandezas magnticas no a mesma

    para todas as substncias, considerando-se os efeitos do campo sobre . As

    substncias fracamente magnticas no manifestam tais mudanas em

    permeabilidade em funo do campo, como acontece com as ferromagnticas.

    Segundo Arruntegui, isso no conhecido seja porque as substncias

    paramagnticas, intrinsicamente, no sofrem os efeitos ou a faixa de

    experimentao no tem sido conduzida para campos adequados. Logo, assume-se

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    3.2.1.1 Histerese, (Reitz et alli., 1982)

    Analisando-se o comportamento de uma amostra no magnetizada de

    material ferromagntico, segundo a Figura 3, nota-se que a intensidade magntica

    ( e ), inicialmente nula, elevando-se monotonicamente, desenvolver a relao B H vista na equao (1). A permeabilidade mxima (mx.) ocorrer no joelho da

    curva, sendo que para alguns materiais da ordem de 10

    5

    o (o permeabilidadeno vcuo); j em outros materiais, mx. muito menor.

    Ao se considerar uma amostra magnetizada de material ferromagntico, se a

    intensidade magntica () for diminuda, a relao B H no retornar pela curvadada na Figura 3, mas sim se deslocar ao longo da nova curva da Figura 4 at o

    ponto r. Uma vez estabelecida, a magnetizao no desaparecer com a remoo

    de . Na realidade, ela tomar uma intensidade magntica invertida, de modo quese reduza a magnetizao a zero.

    Se continuar a aumentar, a magnetizao ( ) e a induo ( ) se

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    Figura 4 Curva de histerese de um material ferromagntico, (Reitz et alli., 1982).

    3.2.1.2 Aspecto mineral

    Segundo Arruntegui, os dados existentes de susceptibilidade e de

    permeabilidade magnticas dos minerais no so aproveitveis, devido a: i) grande

    influncia exercida pelas impurezas presentes - mecanicamente retidas nos gros

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    Um exemplo do aspecto tratado acima a presena de slica (SiO 2) ou

    alumina (Al2O3) em concentrados ricos em magnetita que reduzem o desempenhodos equipamentos separadores, como o Tubo Davis.

    Tabela I Atrao magntica relativa de minerais comuns, (Lima, 2012).

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    3.3 Concentrao magntica

    Embora seja um mtodo consagrado na rea de processamento mineral

    para a concentrao de muitas substncias minerais, comum, na indstria em

    geral, a distino entre separao magntica e concentrao magntica. O

    primeiro termo associado s aplicaes de retirada do rejeito magntico, sendo de

    interesse o fluxo no magntico. J o termo concentrao magntica utilizado

    nas situaes, em que o produto til constitudo pelo fluxo de minerais

    ferromagnticos e/ou paramagnticos. No entanto, essa distino desnecessria,

    sob o ponto de vista dos princpios do mtodo, (Lage, 2010).

    A separao magntica pode ser classificada em 4 categorias, dependendo

    do meio utilizado e da intensidade de campo magntico: i) separao magntica aseco; ii) separao magntica de baixa intensidade; iii) separao magntica a

    mido, e iv) separao magntica de alta intensidade, (Sampaio et alli., 2010). Essa

    concentrao feita a seco empregada, em geral, para granulometria grossa,

    enquanto que a presena de partculas mais finas exige a adoo do meio mido

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    3.3.1 Mecanismos

    O fenmeno que governa a separao magntica relaciona-se com duas

    questes principais: i) o comportamento das partculas de minerais diferentes

    quando expostas a um mesmo campo magntico; ii) a intensidade da fora

    magntica que atua sobre as partculas dos minerais.

    Na situao inicial podem ser observadas as respostas das partculas dos

    diferentes minerais ao campo magntico a elas aplicado, resultando em

    comportamentos atrativos ou repulsivos das mesmas pelo campo. Na Figura 3

    anterior foi visto que, para o caso dos materiais ferromagnticos como a magnetita,

    a resposta da induo com o campo rpida; na situao de materiais

    paramagnticos, a induo magntica menos acentuada.

    A questo que envolve a fora magntica relaciona-se com o tipo de campo

    magntico aplicado e com as consequncias que surgem para a partcula mineral.

    Caso se tenha um campo uniforme, as foras atuantes nos plos positivo e negativo

    dessa partcula so iguais e opostas, conduzindo a uma resultante nula; j a

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    De um modo geral, no existe um conjunto genrico de variveis que

    permita o controle operacional da separao magntica. Como exemplo, Luz et alli.(2010) cita que as variveis empregadas no controle da separao magntica a

    mido de alta intensidade no so as mesmas que controlam a separao

    magntica a seco de alta intensidade. Por essas e outras razes, esses autores

    limitaram-se a comentar apenas a intensidade de campo magntico e a alimentao

    do equipamento como variveis que influenciam a melhoria do processo deseparao magntica.

    3.3.2.1 Efeito da intensidade de campo magntico

    O controle da intensidade de campo permite a separao seletiva das

    partculas com diferentes valores na susceptibilidade magntica. Com baixa

    intensidade de campo separam-se minerais com elevadas susceptibilidade e com

    alta intensidade separam-se aqueles com valores mais baixos desse parmetro. Em

    geral, o controle da intensidade de campo feito com o emprego de eletroms,

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    3.3.2.3 Efeito da matriz

    A escolha da matriz adequada importante porque permite melhorias na

    eficincia de separao. A explicao para esse aspecto encontra-se no

    estabelecimento da relao correta entre a dimenso do minrio e a da matriz, a

    qual deve ser menor que 1. Isso porque a dimenso da matriz muito prxima da do

    minrio em anlise dificultar a separao, devido ao engaiolamento, (Simo, 2010).

    3.3.2.4 Efeito da granulometria

    Material em granulometria fina tende a apresentar melhor resultado: alta

    recuperao da espcie mineral de interesse. A explicao para esse quadro est

    baseada no aspecto de que o material fino apresenta alta liberao, e assim sendo,

    no sofrer aprisionamento mecnico na matriz, (Simo, 2010).

    A separao magntica de minerais fracamente magnticos na faixa

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    3.3.3 Equipamentos

    Os atuais desenvolvimentos da cincia dos materiais e da tecnologia do

    magnetismo permitem a fabricao de concentradores magnticos com gradientes e

    campos muito mais elevados que os convencionais. Assim, desenvolveram-se

    separadores magnticos com campos da ordem de 60000 Gauss que empregam a

    tecnologia dos supercondutores, (Sampaio, et al., 2007).

    Includos no contexto acima, encontram-se os separadores com ms

    permanentes, que representam um marco importante nos avanos tcnico-

    cientficos da separao magntica aplicada ao beneficiamento mineral.

    Conforme a metodologia empregada nas operaes, os concentradores

    magnticos classificam-se em: a seco ou a mido, distinguindo-se ainda entre eles

    as classes de baixa ou de alta intensidade de campo. No equipamento, a forma dos

    elementos que executam o trabalho de separao exerce influncia significativa

    sobre a classificao dos separadores. Assim, denominam-se concentradores de

    tambor, de rolos induzidos, de correias cruzadas, de carrossel, (Oliveira, 2010).

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    Em geral, o cenrio acima tipicamente o caso em que a coleta magntica

    do mineral medida como uma funo da fora/intensidade do campo magntico.Os resultados obtidos nesse procedimento so necessrios para se avaliar o

    potencial de separao magntica do material em estudo. Diversos separadores de

    laboratrio existem para a quantificao da coleta magntica de minerais.

    Separadores em escala de bancada empricos

    A etapa inicial na avaliao da separao magntica de uma amostra

    mineral medir a resposta desse mineral a um campo magntico. A abordagem

    mais comum envolver a amostra mineral com um m de mo. Com isso feito, tem-

    se uma primeira indicao da presena de material ferromagntico.

    H dois diferentes tipos de separadores em escala de bancada comumente

    usados para a anlise quantitativa de minerais magnticos. Esses equipamentos so

    especificamente projetados para fornecer uma separao baseada na

    susceptibilidade magntica. Ambos fornecem um alto nvel de controle e

    seletividade. O equipamento conhecido como Tubo Davis (Figura 5) fornece uma

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    29/61

    O procedimento de ensaio empregando o Tubo Davis como equipamento de

    separao magntica, basicamente, contempla a seguinte descrio: a amostra aser testada introduzida no interior do tubo de vidro na forma de polpa. O campo

    magntico pega as partculas ferromagnticas dentro do tubo durante a agitao.

    Fluxo de gua de lavagem atravs do tubo remove as partculas no magnticas.

    Esse aparato fornece uma separao perfeita dos materiais ferromagnticos. As

    variveis de controle da seletividade da separao so a intensidade de campomagntico, o volume de gua de lavagem, e a inclinao do tubo.

    O Tubo Davis usado extensivamente na medida de desempenho de

    separadores magnticos em tambor na indstria de minrio de ferro e nas

    aplicaes de recuperao de meios pesados. Esse equipamento tambm fornecer

    uma medida da qualidade do produto para concentrados de magnetita. Nesse ponto,

    importante destacar que a presena de qualquer impureza (slica e alumina so os

    mais comuns) nesse concentrado atuar como partcula bloqueadora, reduzindo o

    desempenho em separao do Tubo Davis.

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    Tabela III Caractersticas minerais e do equipamento de separao magntica.

    Caractersticas importantesMineral Equipamento

    Susceptibilidade magntica Intensidade de campo magnticoConcentrao Gradiente magnticoRecuperao

    Capacidade de magnetizao daunidade

    Variabilidade do minrioExtenso de liberao

    TemperaturaUmidadeInterao com diferentes minerais(Superposio de susceptibilidadesmagnticas)

    Em algumas caractersticas que so funes do mineral, tais como a

    susceptibilidade magntica, as alteraes so realizadas com certo grau de

    dificuldade. Outras caractersticas, tais como a extenso de liberao, temperatura

    ou umidade, so especficas da etapa de preparao da amostra, podendo ser

    alteradas. Por outro lado, como visto na Tabela II, so poucos os parmetros que se

  • 7/30/2019 Relatrio Final Ter 17 Jul 2012

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    intensidade geralmente operam acima de 5000 Gauss (0,5 Tesla) e so efetivos em

    coletar minerais paramagnticos, tais como a hematita ou a ilmenita. Essesequipamentos de separao magntica utilizam ms permanentes de terras raras

    ou eletroms para estabelecer o campo magntico.

    Para todos os objetivos prticos, uma seleo dos separadores magnticos

    pode ser estruturada como num fluxograma de deciso em rvore Figura 6. O

    primeiro n representa que o mineral ser tratado como polpa ou a seco; o segundo

    n indica a intensidade necessria do campo magntico para a separao efetiva.

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    Os separadores magnticos dos tipos a mido de alta intensidade - Wet

    High Intensity Magnetic Separation WHIMS, e de alto gradiente - High GradientMagnetic Separator HGMS so equipamentos que empregam tcnicas de

    separao para partculas finas usando eletroms e uma matriz de fluxo

    convergente para gerar regies de altos gradientes magnticos. Tecnicamente,

    WHIMS distinguido de HGMS pela direo do fluxo da polpa sendo perpendicular

    linha de fluxo magntico preferencialmente paralela. No entanto, ambos os tiposde separador magntico empregam um eletrom para gerar um campo magntico

    que induz uma matriz. Essa, por sua vez, amplifica o fundo do campo magntico,

    produzindo regies localizadas de gradientes de campo magntico extremamente

    altos. Com isso, fornecem-se stios de coleta para a captura de partculas

    paramagnticas.

    Em termos prticos, equipamentos do tipo WHIMS referem-se a qualquer

    tipo de separador magntico contnuo a mido do tipo carrossel; j os do tipo HGMS,

    associam-se com filtros do tipo vasilha que so operados em batelada.

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    (6.1)

    onde se tem: N viscosidade do fluido, d dimetro da partcula, V velocidade do

    fluido, X susceptibilidade magntica, a raio das bolas de ao, M magnetizao

    das bolas de ao, H campo magntico aplicado.

    O valor dessa equao balanceada identifica as variveis de primeira ordem

    que afetam a coleta dos minerais paramagnticos. Variveis que afetam aseparao magntica podem ser classificadas como dependentes da polpa de

    alimentao (aqui se incluem efeitos das partculas), ou dependentes do

    equipamento de separao. As variveis X, N e d nessas equaes so, dessa

    forma, dependentes da partcula ou da polpa de alimentao, enquanto que as

    variveis a, M, V e H dependem do separador. Para melhorar a coletamagntica pelo projeto do separador, o raio das bolas de ao deve ser minimizado, a

    magnetizao da matriz maximizada, e a velocidade do fluxo minimizada.

    Uma matriz base de bolas de ao limitada em termos de linhas

    convergentes de fluxo magntico e, consequentemente, limita-se na produo de

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    Enquanto que a magnitude do campo magntico aplicado externamente

    um fator importante, a matriz que fornece o potencial de separao das espciesde interesse. A matriz responsvel pela converso das linhas de fluxo magntico

    para produzir numerosos stios de coleta de alto gradiente. A matriz, como dito

    anteriormente, tambm amplia o campo magntico, por meio da reduo da abertura

    de ar. O tipo timo de matriz para uma dada aplicao deveria fornecer uma

    capacidade alta de carregamento magntico, alto gradiente magntico, e ter umaestrutura relativamente aberta para maximizar a capacidade de fluxo.

    Logo, v-se que o tamanho de partcula deve ser equilibrado com a matriz

    adequada (Tabela IV) numa separao a mido de alta intensidade.

    Tabela IV Caracterizao dos tipos comuns de matriz para separador magntico amido de alta intensidade.

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    A Figura 7 mostra um separador magntico tpico de laboratrio, a mido e

    de alta intensidade, em que a intensidade do campo magntico na zona deseparao varivel.

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    A concentrao magntica requer uma matriz com estrutura aberta, de modo

    que o aprisionamento fsico das partculas no-magnticas seja minimizado. Aamostra deveria ser peneirada na malha de 35 # (500 m) para remover qualquer

    material grosseiro que tender a ser aprisionado e acumular-se na matriz. Numa

    programao para ensaios com um material particular, diversos nveis de

    intensidade de campo magntico deveriam ser includos para se avaliar a

    recuperao da espcie mineral de interesse. Uma vez que, facilmente, o campomagntico pode ser variado com o equipamento WHIMS, pode-se praticar vrios

    estgios de elevao desse parmetro, atentando-se para susceptibilidade

    magntica da amostra.

    Nos ensaios de concentrao magntica, a varivel primria de teste a

    intensidade do campo magntico, sendo que em alguns casos possvel a

    avaliao do tipo de matriz como varivel de separao; contudo, a seleo inicial

    adequada da matriz baseada no tamanho de partcula , usualmente, suficiente.

    Ainda no contexto de estudo dos efeitos das variveis de separao magntica,

    importante tambm citar a importncia de padronizao de algumas delas, tais como

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    toda a hematita presente na amostra coletada. Para partculas mais grossas, esse

    limite atingido nos nveis mais baixos de intensidade de campo magntico; almdisso, para essas partculas, observa-se tambm que a inclinao da curva muito

    grande, medida que se aumenta a coleta magntica do mineral.

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    HGMS High Gradient Magnetic Separator

    O separador magntico de alto gradiente HGMS opera em regime de

    batelada, sob controle do fluxo de polpa atravs da matriz. Deste modo, o tempo de

    reteno na matriz controlado. A polpa bombeada no fundo da vasilha matriz e

    descarregada pelo topo. A polpa de alimentao desse separador deve apresentar-

    se bem dispersa, e as partculas mantidas em suspenso. A maioria das aplicaes

    limita-se ao processamento de partculas finas, tipicamente, abaixo de 10m.

    Na operao do separador HGMS, o arraste proporcionado pelo fluido

    fornece a fora de separao entre os contaminantes magnticos e o meio no-

    magntico. Eventualmente, quando os primeiros acumulam-se na matriz do

    separador, o equipamento desenergizado e a matriz lavada. Um separadorHGMS quase sempre usado para remover contaminantes presentes em traos

    dentro de um produto no-magntico.

    Uma das aplicaes do separador HGMS tem sido melhorar o brilho de

    argilas empregadas em vrios campos da indstria, como base de filtros e de

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    aumentaram a captura das partculas paramagnticas, levando ao aumento do

    brilho. O aumento do tempo de reteno da polpa equivalente reduo de suavelocidade, o qu reduz a ao do arraste hidrodinmico sobre a partcula; mas, por

    outro lado, esse cenrio proporciona maior efetividade da fora de atrao

    magntica.

    A Figura 9b apresenta os efeitos do comprimento da matriz sobre o brilho do

    caulim em 3 nveis de intensidade de campo magntico. Com a elevao do

    comprimento da matriz, efetivamente, o tempo de reteno da polpa tambm se

    eleva. Como esperado, nveis mais altos de campo magntico associados a

    comprimentos maiores da matriz resultam num aumento do brilho do caulim. Com

    isso, reflete-se a maior captura/coleta de partculas paramagnticas.

  • 7/30/2019 Relatrio Final Ter 17 Jul 2012

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    Em resumo, ensaios de separao magntica em escala de laboratrio so

    necessrios para avaliao de circuitos de concentrao em maior escala. Aspropriedades magnticas dos minerais so variveis altamente especficas e

    importantes na separao das espcies em estudo. Cada uma dessas ltimas exibe

    caractersticas que afetam a susceptibilidade magntica e, consequentemente, o

    desempenho metalrgico do processo de separao.

    O conhecimento das variveis primrias que afetam a separao magntica

    um ponto crtico para melhorar o desempenho do processo. Nesse contexto,

    devem ser consideradas no apenas as variveis relacionadas ao equipamento

    separador, mas tambm as variveis minerais. As variveis do separador so: a

    intensidade do campo magntico aplicado, o gradiente de campo magntico e os

    meios mecnicos para proporcionar a separao dos vrios minerais. J as variveis

    minerais, contudo, no so claramente definidas; por exemplo, distribuio

    granulomtrica, caractersticas de liberao, sobreposio de susceptibilidades

    magnticas de diferentes minerais, e alteraes de substituio de ferro podem

    complicar o processo de concentrao magntica.

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    Figura 10 Partculas de slica (partculas escuras) contendo incluses de magnetita(partculas claras).

    3.4 Minrio Pirrotita, (Carvalho et alli., 2002), (Santos, et alli., 2008)

    Neste item sero abordadas as caractersticas principais da pirrotita,

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    toneladas/ano de concentrado sulfetado de nquel, cobre e cobalto faz com a MSF

    se estabelea como a maior produtora de nquel do Brasil.

    O produto da usina de concentrao da MSF todo consumido pelo

    processo metalrgico de extrao, em que se obtm um mate (mistura de sulfetos)

    com teor de 61% de nquel. O mate produzido exportado para a Finlndia, de

    modo a abastecer a produo de nquel metlico, alm de cobre e cobalto.

    3.4.1 Geologia

    O corpo de minrio da MSF est localizado na poro basal de uma

    sequncia arqueana do tipo greenstone belt, em que as rochas vulcnicas mficas e

    ultramficas esto intercaladas com sedimentos qumicos.

    A jazida exibe forma tabular com strike N 40 W, e mergulho subvertical 70

    a 90 SW, estendendo-se por 1700 m de comprimento at 700 m de profundidade, e

    com espessura variando de 1 m a 20 m. Nessa jazida, a mineralizao ocorre,

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    (a)

    Dado s cris talog rfico s:

    Monoclnica, 2/m para a variedade de baixatemperatura, estvel abaixo de 250C.Hexagonal, 6/m 2/m 2/m para forma de altatemperatura.Hbito:Cristais hexagonais, geralmente tabulares oupiramidais - cristalizao como polimorfo de alta

    temperatura.Propriedades fsicas:Dureza: 4,0Peso especfico: 4,58 4,65Brilho: metlicoCor: bronze amarronzadoTrao: preto

    Magntica, mas de varivel intensidade: quantomaior o teor de ferro, menor o magnetismo.Composio e estrutura:A maioria das pirrotitas tem deficincia em ferroem relao ao enxofre: Fe1-xS, onde x ficanormalmente entre 0,0 e 0,2.

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    3.4.2 Mineralogia

    Os minerais do minrio da jazida de Fortaleza de Minas so descritos na

    Tabela V, ocorrendo na proporo de 65:30:5. A frmula qumica e a densidade dos

    minerais presentes (principais e secundrios ganga) na jazida da MSF so

    apresentadas na Tabela VI.

    Tabela V Relao dos minerais presentes na jazida MSF.

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    4 MATERIAIS E METODOLOGIA

    4.1 Materiais

    Como material de ensaio, tem-se uma amostra de rejeito da etapa de

    concentrao da Minerao Serra da Fortaleza (MSF) em Fortaleza de Minas/MG.

    Os ensaios utilizaram como equipamentos: separador magntico de alta

    intensidade da Carpco Inc., modelo WHIMS 3x4L, vidrarias diversas picnmetros

    de 50 mL, bqueres de 300 mL, forno tipo mufla, bandejas de capacidades distintas,

    balana analtica, dispositivo de peneiramento a mido, etc. Toda a aparelhagem faz

    parte do LTM do DEMIN/UFOP.

    4.2 Metodologia

    4.2.1 Determinao da densidade

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    4.2.2 Caracterizao granulomtrica

    Os ensaios de caracterizao granulomtrica foram realizados em conjunto

    de peneiras em srie Tyler de 100 mesh (150 mm) a 400 mesh (0,038 mm); esse

    peneiramento foi a mido no LTM/DEMIN/UFOP.

    A massa de amostra utilizada foi de, aproximadamente, 150 g, a qual foi

    selecionada aps a realizao dos clculos de:

    massa mnima quantidade que deve ser utilizada para representar todo o lote

    original. Segundo descrito por Luz et alli (2010), para amostra com poucas

    informaes, deve-se consultar a Tabela de Richards, tendo-se como dados de

    entrada: dimetro da maior partcula, caracterizao prvia do minrio. Assim,

    considerando-se o dimetro de maior partcula igual 0,149 mm, e um teor de pirrotita

    presente no mineral-minrio de Xx%, verificou-se uma massa mnima de 20g;

    massa mxima se refere ao acmulo de partculas que podero formar um leito

    profundo o suficiente para diminuir a probabilidade de passagem das partculas que

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    4.2.3 Caracterizao qumica

    Para a determinao da composio qumica da amostra global, e dos

    produtos gerados na separao magntica (fluxos magntico e no-magntico),

    utilizaram-se os laboratrios da UFOP.

    4.2.4 Caracterizao por separao magntica

    Os ensaios de separao magntica foram conduzidos a mido, sob alta

    intensidade de campo magntico, devido propriedade diferenciadora do material

    de estudo: baixa susceptibilidade magntica. O separador empregado foi o Carpco

    Inc., modelo WHIMS 3x4L (Figura 12), pertencente ao LTM/DEMIN/UFOP.

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    O WHIMS 3x4L um equipamento esttico dotado de uma cmara/vasilha

    removvel de volume igual 311 mL que aceita uma grande variedade de tipos dematriz, como esferas de ao e palhas de ao inoxidvel, por exemplo. A densidade

    de fluxo magntico presente de 21,6 KGauss (mximo) com o uso de esferas de

    ao como matriz, e de 3,8 KGauss na configurao sem a cmara e a matriz. A

    intensidade varivel do campo magntico do equipamento ajustada por meio do

    controle da amperagem da bobina (0 6A). A alimentao de amostras permitidapara o WHIMS 3x4L de at 100 g (base seca), dependendo do teor magntico do

    material. O painel de controle do WHIMS 3x4L (Figura 13) simples, sendo dotado

    de medidores analgicos de voltagem e de amperagem.

    A alimentao do WHIMS 3x4L realizada pela introduo de 50 g 100 g

    de material no estado de polpa, em que a percentagem de slidos est entre 15% e

    50%. Essa polpa introduzida na cmara j preenchida com a matriz adequada, e

    sob os ajustes desejados de corrente eltrica. O material magntico ser retido na

    cmara, aps a lavagem com gua; j material no-magntico ser coletado num

    recipiente a parte. A frao magntica pode ento ser lavada fora da cmara, dentro

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    4.2.4.1 Ajuste do equipamento

    Como ser visto adiante, na descrio das variveis de estudo, os nveis

    adotados de intensidade de campo para os ensaios foram de 3790 Gauss que

    corresponde a uma corrente eltrica de 4A, e 4880 Gauss para 7A de corrente

    eltrica. Em consulta a literatura no identificada, tratando a concentrao

    magntica de rejeito do circuito de flotao da planta da MSF Fortaleza de

    Minas/MG (81% do material passante na malha de 150 m), viu-se que autor usou

    intensidade de campo magntico de 6500 Gauss. Assim sendo, possvel que os

    nveis praticados neste trabalho sejam insuficientes para a separao das espcies.

    No presente trabalho, priorizou-se a anlise dos efeitos de apenas trs

    variveis operacionais: A - intensidade de campo magntico, B rea superficialdisponibilizada pela matriz e C percentagem de slidos na alimentao. Cada uma

    dessas variveis foi avaliada em dois nveis, sendo esses descritos como:

    A - 3790 Gauss e 4880 Gauss;

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    Tabela VII Experimentos em laboratrio com separador magntico.

    Experimento Sequnciade execuo

    Descrio do ExperimentoA B C

    1 3 3790 Gauss 80/20 20%2 2 4880 Gauss 50/50 20%3 1 3790 Gauss 50/50 35%4 4 4880 Gauss 80/20 35%

    Como dito acima, a polpa usada no alimentador do separador magntico

    exibiu dois nveis de anlise: 20% e 35% de slidos. Para determinar a quantidade

    de massa de slidos para constituir essas polpas, utilizou-se a equao 8:

    () (8)onde se tem: Vpolpa volume de polpa (mL), Vslidos volume de slidos (mL) e Vgua

    volume de gua (mL). Assim sendo, considerando-se a densidade do rejeito

    (Anexo I), e fixando-se a sua massa de ensaio em 50 g, viu-se que para a polpa de

    20% de slidos deveriam ser adicionadas 200,2 g de gua; j para a polpa com 35%

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    44

    Figura 14 Fluxograma geral de caracterizao do rejeito da MSF adotado no presente estudo.

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    5 APRESENTAO E DISCUSSO DE RESULTADOS

    5.1 Caractersticas granulomtricas

    Na Tabela VIII so apresentados os resultados da distribuio

    granulomtrica do minrio pirrotita, enquanto que na Tabela IX so exibidos os de

    determinao da massa mxima permitida em cada peneira. A partir desses ltimos,

    verifica-se a validade do peneiramento. Em geral, constatou-se que o peneiramentorealizado no foi eficiente, pois a massa de amostra retida em cada peneira foi maior

    que o mximo calculado pela frmula de Gaudin.

    Tabela VIII Resultados de distribuio granulomtrica do minrio pirrotita.

    Malha[#]

    Malha[mm]

    Peso[g]

    Percentagem [%]RetidaSimples

    AcumuladaRetida

    AcumuladaPassante

    100 0,149 0,19 0,123 0,123 99,877150 0,105 4,71 3,06 3,183 96,817200 0,074 17,52 11,38 14,563 85,437270 0,053 25,19 16,36 30,923 69,077325 0,044 19,38 12,58 43,503 56,497

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    Figura 15 Curva de distribuio granulomtrica para o rejeito em estudo. Parmetros de anlise: d 80 = 70 m, d95 = 100 m.

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    5.2 Caractersticas qumicas

    Infelizmente, os resultados de caracterizao qumica para a amostra global

    de ensaio, alm das que so relacionadas aos fluxos da separao magntica, no

    so disponibilizados neste trabalho. Isso porque houve greve do quadro tcnico-

    administrativo dos funcionrios da UFOP, e consequente fechamento dos

    laboratrios de anlise qumica e de difrao de raios x.

    A Tabela X mostra uma caracterizao qumica feita para um rejeito de

    flotao da MSF, cuja referncia no foi identificada. Nela, observam-se os teores de

    nquel, cobre, enxofre, e xido de magnsio encontradas para a amostra cabea, por

    meio de espectroscopia de absoro atmica nas instalaes da MSF. Como pode

    ser visto, e considerando-se que o rejeito dessa referncia tem granulometria (81%abaixo de 150 m) prxima ao material do presente estudo, vlida a apresentao

    desses dados para fins informativos.

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    5.3 Separao Magntica

    Na Figura 16 so exibidos os efeitos das variveis de controle na massa de

    fluxo magntico (MMag). Nota-se a tendncia de aumento da massa com a elevao

    do campo magntico aplicado, e com a percentagem de slidos da polpa de

    alimentao; contudo, nota-se ainda uma alta disperso dos dados que revelam a

    ocorrncia de problemas na conduo dos ensaios.

    Os efeitos das variveis: intensidade de campo magntico, superfcie da

    matriz e percentagem de slidos na polpa sobre a massa do fluxo no-magntico

    (MNMag) so apresentados na Figura 17. V-se, embora haja grande disperso dos

    dados, a tendncia de aumento da massa com a elevao das duas ltimas

    variveis; enquanto que para a primeira, os nveis mais baixos favoreceram aobteno de massas maiores.

    Dentre os efeitos observados, foi curioso o comportamento da disposio da

    matriz, pois ao se utilizar mais esferas pequenas (80%) que grandes (20%), houve

    favorecimento da massa do fluxo no-magntico. Esse aspecto vai de encontro ao

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    500045004000

    47,5

    47,0

    46,5

    46,0

    45,5

    45,0

    847260

    0,360,300,24

    Campo

    MMag

    Matriz Polpa

    Figura 16 Efeitos das variveis de controle na massa de fluxo magntico.

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    6 CONCLUSES

    Neste estudo foi avaliado o processo de separao magntica como rota de

    reaproveitamento do rejeito gerado na concentrao do minrio de nquel

    proveniente da Minerao Serra da Fortaleza Fortaleza de Minas/MG. Isso feito

    porque h a possibilidade desse material conter espcies ferro e paramagnticas,

    aplicveis como matria-prima na indstria siderrgica, por exemplo. Alm desse

    contexto, levanta-se ainda a importncia da reciclagem do rejeito da empresa citada

    para se garantir os ndices de sustentabilidade do negcio.

    A principal ferramenta de trabalho constituiu-se na caracterizao do rejeito

    da MSF, utilizando-se anlises fsica (distribuio granulomtrica a mido, e

    densidade) e qumica, alm de ensaio tecnolgico. Esse ltimo foi representada peloensaio em escala de laboratrio da separao magntica, utilizando-se o

    equipamento Carpco modelo WHIMS 3x4L do Laboratrio de Tratamento de

    Minrios do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de

    Ouro Preto. As variveis de controle operacional simuladas foram: intensidade de

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    De um modo geral, a fluxo magntico superou, em massa, o no-magntico,

    sendo que os efeitos das variveis de controle manifestaram-se diferentemente paracada um deles. Nesse contexto, cabe a ressalva de que houve disperso

    significativa dos dados de anlise, fazendo com que a mesma seja colocada como

    indicativa de tendncia. Assim, para a massa de fluxo magntico foi visto uma

    elevao com o aumento da intensidade de campo, e com o da percentagem de

    slidos da polpa de alimentao; j a massa do fluxo no-magntico aumenta com aelevao da presena de esferas pequenas no leito - disposio da matriz e com a

    percentagem de slidos.

    Os resultados de anlise qumica dos fluxos (magntico e no-magntico)

    estabeleceriam a eficincia/seletividade dos ensaios de separao magntica feitos

    no LTM/DEMIN/UFOP, pois revelariam as espcies minerais nesses fluxos. E, a

    partir da, seria possvel definir com mais preciso ensaios posteriores,

    contemplando padronizao de variveis importantes no controle operacional, e

    ajustes mais reais e adequados para o separador, principalmente no que se refere

    estrutura da matriz e intensidade de campo aplicado.

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    7 REFERNCIAS

    (1) ARRUNTEGUI, H., Processamento de Minerais III 1 Fascculo.Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro UFOP. Ouro PretoMG.

    (2) CARVALHO, E. A., SILVA, A. O., JNIOR, J. B. R. and BRENNER, T. L.,Nquel Minerao Serra da Fortaleza. Comunicao Tcnica CT2002-

    192-00. CETEM Centro de Tecnologia Mineral, MCT Ministrio daCincia e Tecnologia. Rio de Janeiro RJ. Dezembro, 2002.

    (3) LAGE, E. A., Separadores Magnticos: Experincia em Minrio de Ferrona Herculano Minerao. Dissertao de Mestrado pelo Programa dePs-Graduao em Engenharia Mineral, Departamento de EngenhariaMineral DEMIN, Universidade Federal de Ouro Preto UFOP. Ouro

    Preto, MG. Janeiro, 2010.

    (4) LIMA, R. M., Notas de Aula de Caracterizao Tecnolgica dos Minrios.PPGEM Programa de Ps-Graduao em Engenharia Mineral, DEMIN Departamento de Engenharia de Minas, UFOP Universidade Federalde Ouro Preto. Abril Julho, 2012.

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    (8) REIS, E. L., Caracterizao de Resduos Provenientes da Planta deBeneficiamento do Minrio de Mangans Slico-Carbonatado da RDM -Unidade Morro da Mina. Dissertao de Mestrado pelo Programa dePs-Graduao em Engenharia Mineral, Departamento de EngenhariaMineral DEMIN, Universidade Federal de Ouro Preto UFOP. OuroPreto, MG. Abril, 2005.

    (9) REITZ, J. R., MILFORD, F. J. and CHRISTY, R. W., Fundamentos da

    Teoria Eletromagntica. 3 Edio, Editora Campus Ltda., Captulos 8 -10, pp.: 161 - 229. Rio de Janeiro - RJ. 1982.

    (10) SAMPAIO, J. A., LUZ, A. B. A. and FRANA, S. C. A., Tratamento deMinrios. CETEM Centro de Tecnologia Mineral, MCT Ministrio daCincia e Tecnologia. 5 Edio, Captulo 9, pp.: 366 381. Rio deJaneiro RJ. 2010.

    (11) SIMO, H. K., Concentrabilidade de Minrio de Ferro de Cateruca.Dissertao de Mestrado pelo Programa de Ps-Graduao emEngenharia Mineral, Departamento de Engenharia Mineral DEMIN,Universidade Federal de Ouro Preto UFOP. Ouro Preto, MG. Junho,2010.

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    8 ANEXOS

    ANEXO I - Determinao da Densidade pelo Mtodo do Picnmetro

    A partir dos resultados gerados com os ensaios em duplicata para a determinao da densidade, construiu-se a Tabela A1.

    Tabela A1 - Medidas das massas dos picnmetros e determinao da densidade do rejeito.

    Identificao doPicnmetro

    Pesos dos Picnmetros (g)

    Vazio- P1 -

    Com Minrio- P2 -

    Com gua- P4 -

    Com Minrio e gua- P3 -

    Densidade

    A 41,18 54,64 95,16 104,11 2,98B 40,41 52,60 95,16 102,50 2,52

    Logo, v-se pela Tabela A1 que o valor mdio da densidade do rejeito foi de 2,75 g/cm3.