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Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira Cursos: Ciências Biológicas, Eng. Agronômica, Eng. Civil, Eng. Elétrica, Eng. Mecânica, Física, Matemática e Zootecnia. Avenida Brasil Centro, 56 CEP 15385-000 Ilha Solteira São Paulo Brasil pabx (18) 3743 1000 fax (18) 3742 2735 [email protected] www.feis.unesp.br Relatório Final: NÚCLEO AFRO-BRASILEIRO DE ILHA SOLTEIRA (NABISA) Coordenador: Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves Bolsista: Igor Micheletto Martins Ilha solteira 2018

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Cursos: Ciências Biológicas, Eng. Agronômica, Eng. Civil, Eng. Elétrica, Eng. Mecânica, Física, Matemática e Zootecnia. Avenida Brasil Centro, 56 CEP 15385-000 Ilha Solteira São Paulo Brasil pabx (18) 3743 1000 fax (18) 3742 2735 [email protected] www.feis.unesp.br

Relatório Final:

NÚCLEO AFRO-BRASILEIRO DE ILHA SOLTEIRA (NABISA)

Coordenador: Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves

Bolsista:

Igor Micheletto Martins

Ilha solteira 2018

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Introdução

O “Núcleo Afro-Brasileiro de Ilha Solteira (NABISA)” é interdisciplinar, organizado a

partir de temáticas atinentes à questão do negro e desenvolve suas ações na Faculdade de

Engenharia da UNESP – Câmpus de Ilha Solteira (FEIS).

O NABISA é integrado ao Núcleo Negro da Unesp de Pesquisa e Extensão (NUPE),

vinculado ao Programa Unesp de Integração Social Comunitária - PISC, da Pró-Reitoria de

Extensão Universitária, congrega professores, pesquisadores e alunos (graduação e pós-

graduação) da UNESP visando a desenvolver e a estimular atividades de extensão e de pesquisa

sobre temas atinentes à questão do negro. Ressaltamos ainda que o NABISA desenvolve suas

ações atreladas ao Grupo de Pesquisa em Currículo: Estudos, Práticas e Avaliação (GEPAC),

em parceria com a Fundação Cultural de Ilha Solteira.

O projeto NABISA iniciou suas atividades em 2016 na FEIS, fomentado pelo Edital

PROEX n° 04/20161, tomando como basilar o seguinte objetivo geral: afirmar aspectos

identitários de populações tradicionais africanas e afro-brasileiras visando a problematizar as

relações étnicos-raciais presentes na escola a partir de práticas educativas dispostas em espaços

formais (escolas, universidades), não formais (movimentos sociais, associações, pontos de

cultura) e informais (grupos de capoeira, comunidades quilombolas, Religiões Afro-brasileiras,

entre outros espaços representativos da cultura negra) que utilizaram a memória na abordagem

da História da África, da História e Cultura Afro-brasileira e de outras historicidades e práticas

culturais herdeiras da Diáspora Africana. Para tanto, foram delineados os seguintes objetivos

específicos: promover espaço de afirmação da cultura afro-brasileira e africana; promover

espaço de formação continuada em Educação das Relações Étnico-Raciais; constituir espaço de

discussão/ação sobre as relações étnico-raciais a partir da articulação entre Universidade(s),

Escola(s), movimentos sociais.

Neste contexto, o presente relatório descreverá as atividades desenvolvidas pelo

NABISA ocorridas no ano de 2017.

1 O Edital PROEX Nº 04/2016 visava seleção de propostas de Extensão Universitária no âmbito da PROEX/UNESP, Programa de Atividades Artísticas e Culturais, Subprograma de Integração Sociocultural, para implementação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI-2016-PROEX). Disponível em: < https://goo.gl/GCQxYA>. Acesso em: 12 dez. 2016.

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1. Descrição das ações extensionistas realizadas pelo NUPE

No desenvolvimento do projeto, foram realizadas atividades que tiveram como objetivo

a promoção de espaços que possibilitaram afirmar a cultura afro-brasileira e africana, bem como

constituir um espaço de discussão e ação sobre as relações étnico-raciais, articulando a

Universidade com a comunidade de Ilha Solteira. Assim, as atividades desenvolvidas no ano de

2017 foram dispostas em cines debates, eventos culturais, curso de extensão, ciclo de palestras

e grupo de estudos.

1.1 Cines debates

Os cines debates ocorreram por meio de festivais de cinema que se constituíram de

curtas metragens que abordavam o racismo e as suas diversas faces. Tal ação possibilitou

problematizar questões que perpassam pelas relações étnico-raciais e articulação com a

comunidade, realizando essa atividade nos espaços extra universidade, como por exemplo a

Fundação Cultural de Ilha Solteira.

A organização dos cines debates foram interessante, pois até então o grupo não tinha

elaborado essa atividade constituída a partir de curtas metragens, que por conta da curta duração

das exibições, as discussões acabaram dinamizadas.

1.1.1 Primeiro Festival Nabisa de Cinema (01/07)

O “1º Festival Nabisa de Cinema: edição curta metragem” ocorreu no dia 1 de julho

de 2017, as 19h na Sala de Exibição do Cine Paiaguás, localizada na Fundação Cultural de Ilha

Solteira (Imagem 2). Tal edição foi dividida em dois blocos que possuíam as temáticas centrais

expressão de identidade e racismo.

Os curtas metragens exibidos foram “O lado de cima da cabeça”, “Elekô”, “D.O.R”,

“O preconceito cega”, “Negro lá, negro cá”, “Esconde esconde”, sendo todos disponibilizados

pela plataforma Afroflix2, que dispõe de conteúdos audiovisuais online com a condição de que

2 Disponível em: <https://goo.gl/jV2cXo>. Acesso em: 11 fev. 2017.

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as produções possuam, no mínimo, uma área de atuação técnica e artística assinada por uma

pessoa negra.

Neste festival recebemos 30 pessoas e os pontos principais que apareceram durante as

discussões foram em relação a estética capilar afro, identidade dos(as) negros(as), o racismo

velado, o corpo da mulher negra e o índice de mortalidade infantil de negros(as).

É importante ressaltar que o “1º Festival Nabisa de Cinema” foi ministrado no formato

de minicurso na IX Jornada em Educação e VII Colóquio Nacional de Ciências Sociais da

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

1.1.2 Cine debate “Madame Satã” (11/11)

O filme, lançado em 2002, retrata a vida de João Francisco dos Santos, que é filho de

escravos, ex-presidiário, bandido, homossexual, pai adotivo de sete filhos e conhecido como

Madame Satã. João é frequentador do bairro boêmio da Lapa, no Rio de Janeiro, e mostra seu

círculo de amigos, antes de se transformar no lendário personagem da boêmia carioca.

O cine debate teve a presença aproximadamente de 15 pessoas e os pontos levantados

durante a discussão do filme foram o histórico de negros(as) no Brasil, o encarceramento

relacionado diretamente com a cor da pessoa, o racismo, o machismo e a LGBTfobia.

1.1.3 Cine debate “A Cor do Trabalho” (17/11)

O documentário retrata a história, a formação e o desenvolvimento dos

empreendedores negros, a sua contribuição para o mundo do trabalho na Bahia e para a

construção de uma nova Economia para um mundo solidário. É uma realização da

Superintendência de Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte

(Setre) da Bahia, em parceria com o cineasta baiano Antônio Olavo.

Tal ação reuniu aproximadamente 15 pessoas que discutiram os principais pontos do

documentário, como a escravidão, a historicidade do movimento negro, a história do trabalho

negro, o empreendedorismo negro no estado de São Paulo e na cidade de Ilha Solteira, e a

relação entre empregadorismo e racismo.

1.1.4 Segundo Festival Nabisa de Cinema (20/11)

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O “2º Festival Nabisa de Cinema: edição curta metragem” ocorreu no dia 20 de

novembro de 2017, as 17h na Sala de Exibição do Cine Paiaguás, localizada na Fundação

Cultural de Ilha Solteira. Os curtas metragens exibidos nessa edição foram “Desculpa”, “The

Enemy”, “Meu guri – além do castigo”, “Juventude e Revolução” e disponibilizados pela

plataforma Videocamp3, que é online, gratuita e existe para conectar filmes transformadores.

A segunda edição do festival recebeu a presença de 20 pessoas e os principais pontos

que se destacaram durante as discussões foram o racismo presente no dia-a-dia, o histórico

dos(as) negros(as) no Brasil, a violência policial para com o povo negro, a onda de assassinatos

de jovens negros pela polícia americana, o encarceramento de jovens negros no Brasil, redução

da maioridade penal e o impacto na sociedade brasileira, justiça e igualdade.

1.1.5 Cine Debate “A temática indígena na sala de aula: intervenções a partir de

documentários” (24/11 e 25/11)

No ano de 2017, as ações do NABISA também perpassaram pelas questões pertinentes

aos povos indígenas e movimentos indigenistas. A partir de um edital disponibilizado pela

Fundação Nacional do Índio (FUNAI), o grupo adquiriu uma coletânea de documentários que

problematizavam aspectos desses povos como parte constituinte do povo brasileiro.

1.2 Eventos culturais

Os eventos culturais ocorreram por meio de feiras e saraus culturais, e ainda, por meio

de um evento durante o mês de novembro nomeado (Re) Existência Negra, desenvolvido em

parceria com a Fundação Cultural e o Departamento de Cultura da Prefeitura de Ilha Solteira.

O objetivo desses eventos eram desenvolver atividades de artes cênicas com a temática afro-

brasileira e realizar feiras e saraus culturais com elementos da cultura africana e afro-brasileira,

e apresentações de grupos de rap, samba e capoeira.

1.2.1 Primeiro Sarau Cultural (12/04)

3 Disponível em: <https://goo.gl/MThbb7>. Acesso em: 11 fev. 2017.

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O primeiro sarau cultural ocorreu na Praça dos Paiaguás em Ilha Solteira, em parceira

com o Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (DAFeis), e foi

constituído de músicas que traziam aspectos da cultura afro-brasileira, um varal informativo que

continha dados estatísticos relacionado à população negra (taxa de natalidade, de mortalidade,

de ingresso nas universidades, de empregadorismo e entre outras) e outro varal informativo

apresentando artistas negros(as) que foram silenciados e apagados devido as opressões da

indústria cultural.

Além disso, os participantes do NABISA organizaram uma oficina de elaboração da

boneca Abayomi, que carrega a vivência das famílias negras que foram afastadas e desmanchadas

devido ao processo de escravidão. Tal boneca é construída a partir de retalhos de tecidos, assim,

a oficina se constituía a partir da elaboração da mesma, retratando sua perspectiva histórica e

cultural.

É importante destacar também que o grupo, após a ocorrência deste sarau cultural,

construiu um vídeo4 que apresenta as atividades que aconteceram durante o evento, como um

material de divulgação do trabalho do núcleo.

1.2.2 Feira “Povos Africanos” (12/04)

Durante o Primeiro Sarau Cultural, foi realizada a feira cultural dos Povos Africanos,

em parceria com os(as) alunos(as) que cursavam a disciplina História e Filosofia da Educação,

do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Assim, a atividade trouxe aspectos históricos

e culturais dos povos africanos, apresentando esses por meio de imagens, textos, musicas,

religiões, trajes, comidas típicas e entre outros que demonstraram a importância desses povos

como constituinte do povo brasileiro, bem como a importância da feira para a desmitificação

dos povos africanos.

1.2.3 (Re) Existência Negra (10/11 a 01/12)

O evento “(Re) Existência Negra” foi uma das ações do NABISA no ano de 2017, que

foi desenvolvida em parceria com a Fundação Cultural de Ilha Solteira e o Departamento de

4 Disponível em: <https://goo.gl/J6m24T>. Acesso em: 12 fev. 2017.

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Cultura de Ilha Solteira, organizando diversas atividades para problematizar as relações étnico-

raciais e resistir contra as opressões vivenciadas pelos(as) negros(as) no Brasil.

As atividades deram início no dia 10 de novembro e o término no dia 01 de dezembro.

A primeira atividade intitulada “Movimento feminista e LGBTT negro” foi uma roda de

conversa sobre o racismo presente em tais movimentos e a importância de negros(as)

reivindicarem essa problemática dentro desses grupos, visto que também são constituintes. Essa

roda de conversa foi acompanhada do cine debate “Madame Satã”.

A segunda atividade nomeada “O lugar do racismo na luta de classes brasileira e o

Empregadorismo Negro” também foi uma roda de conversa que possibilitou problematizar os

dados estatísticos que apresentam a empregabilidade dos povos negros e a relação desse fato

com o racismo presente no dia a dia. Essa roda de conversa foi acompanhada do cine debate

“A Cor do Trabalho”.

É importante ressaltar que essas duas rodas de conversa supramencionadas foram

organizadas pelo núcleo a partir das reuniões do grupo de estudos que ocorreram durante o

primeiro semestre de 2017.

Assim, outra atividade realizada foi o cine debate “A temática indígena na sala de aula:

intervenções a partir de documentários”, que ocorreu nos dias 24 e 25 de novembro, e que

apontou e problematizou os povos indígenas também como parte constituinte do povo

brasileiro, retratando por meio de documentários as opressões vivenciadas por eles. Todos os

documentários foram disponibilizados pela FUNAI.

O ápice do (Re) Existência Negra foi no dia 20 de novembro, no qual organizamos e

elaboramos um dia repleto de atividades que potencializaram a problematização de questões

pertinentes aos povos negros e a cultura africana e afro-brasileira.

Para tanto, as atividades deram início às 17h com o “2º Festival Nabisa de Cinema:

edição curta metragem” no Cine Paiaguás, seguido do espetáculo teatral “Virado à Paulista” da

Cia. Cênica na Praça da Integração, e finalizando com o Sarau Cultural da (Re) Existência Negra

que foi constituído da oficina de boencas Abayomi, do recital de poemas de autores(as)

negros(as), roda de capoeira e jongo, e a apresentação de cantoras que retrataram a cena musical

afro-brasileira.

1.2.4 Feira “Conhecendo os Orixás” (18/11)

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A Feira teve sua cerimônia de abertura no dia 18 de novembro ás 19h, no Hall da

Fundação Cultural de Ilha Solteira. A base da apresentação de tal feira foi o livreto do Serviço

Social do Comércio (SESC) nomeado “Kàsà: conhecendo os orixás” constituído pelo texto de

Nina Rizzi e a arte de Bruno Müller.

É importante destacar que a feira cultural foi uma das atividades que integrava o evento

(Re) Existência Negra, e que o autor das artes do livreto, Bruno Müller, esteve presente na

cerimônia de abertura de tal atividade.

A ação foi importante para demonstrar as religiões de matriz africana como resistência

na história brasileira, constituindo um espaço onde os(as) negros(as) escravos(as) podiam

reconhecer suas raízes e afirmar sua identidade. O candomblé, que é uma das religiões de matriz

africana cultuadas no Brasil, é considerado Patrimônio Histórico Cultural Imaterial.

1.3 Curso de Extensão “Cultura Afro-Brasileiro e Indígena na Escola: abordagens

interdisciplinares” (10/11 a 01/12)

O curso de extensão ocorreu do dia 10 de novembro ao dia 01 de dezembro, por meio

de encontros semanais que aconteciam nas sextas-feiras (das 19h às 23h) e nos sábados de

manhã (8h às 12h) e de tarde (14h às 18h). O curso teve 15 concluintes.

O objetivo era refletir sobre aspectos culturais do negro e indígena no Brasil, a partir

de suas ancestralidades, perpassando pela importância de valorização dos etnosaberes afro-

brasileiros e indígenas, por meio da aplicabilidade da Lei 10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/08)

no contexto escolar; dessa forma, estabelecer – a partir de fontes interculturais, construídas

principalmente pela Antropologia – que nos possibilitam compreender e valorizar a relação com

o outro a partir de um olhar para a diversidade, que é inerente ao povo brasileiro (plural e

diverso).

O público alvo eram os estudantes de graduação e pós-graduação, e profissionais de

educação básica e superior. O curso continha a carga horária de 50 horas, que eram dispostas

em 50 horas de atividades presenciais e 20 horas para a elaboração de um Memorial Reflexivo).

Destacamos que o curso tinha algumas atividades que se integravam com as atividades

do evento (Re) Existência Negra, recebendo o apoio da Fundação Cultural e do Departamento

de Cultura da Prefeitura de Ilha Solteira para o desenvolvimento do mesmo. Além do mais,

todas as atividades foram dispostas em formato de oficina, contribuindo com uma participação

maior dos(as) alunos(as) do curso.

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O curso era estruturado da seguinte forma:

DATA DIA DA

SEMANA HORÁRIO TEMAS PROFESSOR REPONSÁVEL

10/11 Sexta-Feira 19h – 23h

Lei 10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/08) Aspectos curriculares e normativos da educação para as relações étnico raciais

Harryson Júnio Lessa Gonçalves (FEIS/UNESP/NABISA)

11/11 Sábado 8h – 12h Música na Educação para as Relações Étnico-Raciais

Edvan Ferreira dos Santos (mestrando em Educação para a Ciência – FC-Bauru/UNESP)

11/11 Sábado 14h – 18h

Movimento feminista e LGBTT negro

Discussão do filme “Madame Satã”

Bruna Mendes Muniz (NABISA, mestranda em Ensino e

Processos Formativos – FEIS/UNESP) Carla Araújo de Souza (FEIS/UNESP/NABISA) Marla Alixandre Silva (FEIS/UNESP/NABISA)

17/11 Sexta-Feira 19h – 23h

O lugar do racismo na luta de classes brasileira e o Empregadorismo Negro Discussão do filme: “A Cor do Trabalho”

Bianca Rafaela Boni (FEIS/UNESP/NABISA) Igor Micheletto Martins (FEIS/UNESP/NABISA) Carlos Roberto Cardoso Ferreira (NABISA, mestrando em Ensino e Processos Formativos – FEIS/UNESP)

18/11 Sábado 8h – 12h Relações Étnico-Raciais e Literatura Infanto-Juvenil

Simone Bonfim Cardoso (mestranda em Ensino e Processos Formativos – FEIS/UNESP)

18/11 Sábado 14h – 18h Boacumba ou Macumba: estamparia com malhas geométricas

Bruno Müller da Silva (mestrando em Design – FAAC-Bauru/UNESP, Coletivo Luminar) Leonardo Alvarez Franco (mestrando em Design – FAAC-Bauru/UNESP, Coletivo Luminar)

24/11 Sexta-Feira 19h – 23h A temática indígena na sala de aula: intervenções a partir de documentários

Danielle de Jesus Lobato Uchôas (mestranda em Educação – UEMS, NABISA)

25/11 Sábado 8h – 12h Capoeira como promotora da cultura negra

André Prevital de Souza (mestrando em Educação – UEMS)

25/11 Sábado 14h – 18h A temática indígena na sala de aula: intervenções a partir de documentários

Danielle de Jesus Lobato Uchôas (mestranda em Educação – UEMS, NABISA)

01/12 Sexta-Feira 19h – 23h Visitando os conceitos do movimento negro: cultura, mídia e mercado

Paulo Gabriel Franco dos Santos (professor da Secretaria de Educação do MS, NABISA)

1.4 Ciclo de Palestras

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O ciclo de palestras ocorreu durante o ano de 2017 e aconteceu por meio de uma mesa

redonda, duas palestras e duas rodas de conversas.

1.4.1 Mesa Redonda “Africanidades e Educação: desafios e possibilidades”

A mesa redonda aconteceu no dia 31 de março, das 19h às 22h, no Anfiteatro do Bloco

S, Campus II – UNESP/FEIS. Tal ação foi constituída pelos palestrantes Simone Bonfim

(Professora polivalente na Rede Municipal de Ilha Solteira e mestranda no programa de pós-

graduação em Ensino e Processos Formativos da UNESP) e André Prevital (Professor de

Educação Física e mestrando do programa de pós-graduação em Educação pela UEMS –

Paranaíba).

1.4.2 Palestra “Diferenças, Desigualdades e Interculturalidade: quando as barreiras

étnico-culturais se tornam pontes”

A palestra ocorreu no dia 27 de abril, das 16h às 17h30, no Anfiteatro D1 do Campus

I da UNESP/FEIS, sendo que tal foi ministrada pela Prof. Drª Ana Clédina Rodrigues Gomes,

que é professora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) – campus de

Marabá, e integrante do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Relações Étnico-Raciais,

Movimentos Sociais e Educação (N’UMBUNTU).

A palestra reuniu aproximadamente 10 pessoas, e possibilitou a discussão dos termos

“diferença”, “desigualdade” e “interculturalidade”, bem como as problemáticas que estão no

emaranhado desses termos.

1.4.3 Palestra “Da Literatura à Inclusão Étnico-Racial: relações interdisciplinares

entre história e literatura como enfrentamento das desigualdades”

A palestra ocorreu no dia 27 de abril, das 17h30 às 19h, no Anfiteatro D1 do Campus

I da UNESP/FEIS, e foi ministrada pelo palestrante Prof. Me. Heraldo Márcio Galvão Júnior,

que é professor UNIFESSPA – campus de Xinguara, e doutorando no programa de História da

Universidade Federal do Pará (UFPA).

O público foi de aproximadamente 10 pessoas e a palestra possibilitou a reunião de

problemáticas interdisciplinares entre a literatura, inclusão e relações étnico-raciais.

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1.4.4 Roda de Conversa “Movimento feminista e LGBTT negro”

A roda de conversa foi uma das atividades que integrou as demais do curso de extensão

e do evento (Re) Existência Negra. Tal ação ocorreu no Anfiteatro D1 do campus I da

FEIS/UNESP, no dia 11 de novembro das 14h às 18h, e reuniu aproximadamente 15 pessoas.

1.4.5 Roda de Conversa “O lugar do racismo na luta de classes brasileira e o

Empregadorismo Negro”

Assim como a roda de conversa supracitada, essa ação também foi uma das atividades

que integrava as demais do (Re) Existência Negra. A atividade ocorreu no Cine Paiaguás,

localizado na Fundação Cultural, no dia 17 de novembro das 19h às 23h, e reuniu

aproximadamente 15 pessoas.

1.5 Grupo de Estudos

O grupo de estudos aconteceu no primeiro semestre de 2017, nas quartas-feiras as 13h,

e permitiu a discussão de artigos, diretrizes, trabalhos e pesquisas que envolviam questões

étnico-raciais na escola, questões da mulher negra, empregadorismo negro, o lugar do racismo

na luta de classes, o racismo na educação infantil e entre outras problemáticas.

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2 Análise crítica dos resultados atingidos frente aos objetivos propostos

O projeto possibilitou a formação de espaços formais, informais e não formais que

possivelmente afirmaram aspectos identitários de populações tradicionais africanas e afro-

brasileiras, visando a problematizar as relações étnicos-raciais presentes na escola a partir de

práticas educativas presentes em espaços formais que utilizaram a memória na abordagem da

História da África, da História e Cultura Afro-brasileira e de outras historicidades e práticas

culturais herdeiras da Diáspora Africana.

Além disso, com base nos objetivos específicos, é notável que conseguimos promover

um espaço de afirmação da cultura afro-brasileira e africana em Ilha Solteira e um espaço de

formação continuada em Educação das Relações Étnico-Raciais. Ainda, constituímos um

espaço de discussão e ação sobre as relações étnico-raciais, que possivelmente extrapolaram os

muros da Universidade e permitiram uma articulação melhor com a comunidade da cidade.

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3 Produção acadêmica resultante das ações

• Trabalhos completos publicados em anais de congresso

GONCALVES, H. J. L.; BONI, B. R.; MARTINS, I. M.; UCHOAS, D. J. L.; LUIZ, D. S. Relato de Experiência do Núcleo Afro-brasileiro de Ilha Solteira (NABISA). In: VI Congresso Brasileiro de Educação – Educação e Formação Humana: práxis e transformação social, Bauru – São Paulo, 2017. v. 2, p. 860-866. Disponível em: <https://goo.gl/eY3BzJ>. Acesso em: 07 dez. 2017.

• Resumos publicados em anais de congresso

MARTINS, I. M.; GONCALVES, H. J. L. O papel do Núcleo Afro-Brasileiro de Ilha Solteira (NABISA) na formação inicial de professores. In: IX Jornada Nacional de Educação e VII Colóquio Nacional de Ciências Sociais, 2017, Naviraí - Mato Grosso do Sul. IX JNE & VII CNCS - Formação de Professores, Identidade Profissional e Processos de Ensino/Aprendizagem de Conceitos, 2017. p. 1108-1108. Disponível em: <https://goo.gl/QuzBEL>. Acesso em: 07 dez. 2017.

• Apresentação de trabalhos

GONCALVES, H. J. L.; BONI, B. R.; MARTINS, I. M.; UCHOAS, D. J. L.; LUIZ, D. S. Relato de Experiência do Núcleo Afro-brasileiro de Ilha Solteira (NABISA). Apresentação de pôster. In: VI Congresso Brasileiro de Educação – Educação e Formação Humana: práxis e transformação social, Bauru – São Paulo, 2017.

MARTINS, I. M.; GONCALVES, H. J. L. O papel do Núcleo Afro-Brasileiro de Ilha Solteira (NABISA) na formação inicial de professores. Comunicação oral. In: IX Jornada Nacional de Educação e VII Colóquio Nacional de Ciências Sociais, 2017, Naviraí - Mato Grosso do Sul.

NABISA. Minicurso: “Dilemas do negro no Brasil: mostra de curtas”. In: IX Jornada Nacional de Educação e VII Colóquio Nacional de Ciências Sociais, 2017, Naviraí - Mato Grosso do Sul.

• Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

MARTINS, I. M. O Núcleo Afro-Brasileiro de Ilha Solteira (NABISA): um relato de experiência. Ilha Solteira, SP, 2017. 24 p.

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4 Participantes do Projeto

NOME INSTITUIÇÃO ATIVIDADES

DESENVOLVIDAS

CARGA

HORÁRIA

Ana Clédina Rodrigues

Gomes

Professora Unifesspa Responsável pelo Curso de

Extensão 20h

Bianca Rafaela Boni Graduanda em Ciências

Biológicas na Unesp

Responsável pelo Grupo de

Estudos e Curso de Extensão

120h

Bruna Mendes Muniz Mestranda em Ensino e

Processos Formativos na

Unesp

Responsável pelo Grupo de

Estudos 120h

Carla Araujo de Souza Graduanda em Ciências

Biológicas na Unesp

Responsável pelos Cines-

Debates 100h

Carlos Roberto Cardoso

Ferreira

Mestrando em Ensino e

Processos Formativos na

Unesp

Responsável pelo Grupo de

Estudos e Eventos Culturais 120h

Danielle de Jesus Lobato

Uchôas

Mestranda em Educação

pela Uems

Responsável pelo Ciclo de

Palestras 80h

Deise Aparecida Peralta Professora Unesp Responsável pelo Curso de

Extensão 20h

Diego dos Santos Luiz Graduando em

Pedagogia na Faculdade

de Ilha Solteira

Responsável pelos Cines-

Debates 60h

Harryson Júnio Lessa

Gonçalves

Professor Unesp Coordenador geral do projeto 240h

Humberto Perinelli Neto Professor Unesp Grupo de Estudos 20h

Igor Micheletto Martins Graduando em Ciências

Biológicas na Unesp

Responsável pelo Grupo de

Estudos, Curso de Extensão e

Eventos Culturais (bolsista)

360h

Marla Alixandre Silva Graduanda em Ciências

Biológicas na Unesp

Responsável pelos Eventos

Culturais e Feiras Culturais 120h

Paulo Gabriel Franco dos

Santos

Professor da Secretaria

de Educação de MS

Responsável pelo Curso de

Extensão 40h

Wellington Gonzaga

Brandão

Pedagogo Responsável pelos Cines-

Debates 80h

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5 Relatório do estudante bolsista de extensão universitária

O projeto de extensão universitária Núcleo Afro-Brasileiro de Ilha Solteira (NABISA)

foi uma das essências na minha formação acadêmica e pessoal. Em um primeiro ponto, pude

perceber que as reuniões do grupo me possibilitaram aceitar as divergências dos participantes,

as opiniões, os jeitos, as personalidades e entre outros aspectos que confrontaram com a minha

identidade, com o meu “eu”. Deste modo, nessa relação de confronto entre o “eu” e o “outro”,

se tornou perceptível o funcionamento da relação de alteridade, que é um dos pressupostos da

construção desse projeto.

Um outro ponto importante que deve ser destacado é o andamento do projeto como

uma extensão universitária. Confesso que durante a minha formação acadêmica, tive bastante

contato com diversos projetos de extensão universitária que se desenvolveram com as suas

respectivas dinâmicas, entretanto sempre havia pontos que se assemelhavam entre os projetos.

Todavia, o NABISA me possibilitou um outro olhar para a extensão universitária devido aos

poucos pontos que se assemelhavam com os projetos anteriores que eu havia participado,

permitindo um olhar mais livre, mais reflexivo e emancipatório.

A dinâmica como organizador das ações também foi um ponto relevante a ser

ressaltado, visto que os participantes do NABISA são responsáveis pelas ações desencadeadas

pelo grupo, desde o cerne e o objetivo da ação, até as conclusões e possíveis críticas a serem

recebidas pelo seu desenvolvimento.

Assim, a partir das discussões e problemáticas levantadas pelo Núcleo, se tornou nítido

que a história e a cultura africana e indígena são constituintes do povo brasileiro, e ainda, tal

participação potencializou a sensibilidade para com a luta dos movimentos negros e

indígenas/indigenistas e as opressões vivenciadas por pessoas que rompem com a hegemonia e

o eurocentrismo, especificamente os povos negros.

Ainda, é importante ressaltar que o núcleo fez parte da essência do meu trabalho de

conclusão de curso, se tornando um grupo a ser estudado e analisado. O grupo também foi

constituinte do meu projeto de mestrado submetido à seleção dos programas que escolhi.

Para tanto, concluo que o NABISA teve o seu papel relevante tanto para a minha

formação acadêmica quanto pessoal, possibilitando a sensibilização para as questões levantadas

pelos movimentos negros e os aspectos históricos e culturais africanos e afro-brasileiros.

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6. Considerações Finais

Concluímos que o projeto de extensão possibilitou a formação dos espaços formais,

informais e não formais que possivelmente afirmaram aspectos identitários de populações

africanas e afro-brasileiras, visando problematizar as relações étnico-raciais presentes na escola

a partir de práticas educativas.

Em diversas ações utilizamos abordagens históricas e culturais da África e afro-

brasileiras e de outras historicidades e práticas culturais herdeiras da Diáspora Africana. Para

tanto, com base nas descrições das ações que ocorreram em 2017, percebemos que conseguimos

promover um espaço de afirmação dessas culturas, bem como um espaço de formação

continuada em Educação para as Relações Étnico-Raciais, e um espaço de discussão e ação

sobre as relações étnico-raciais.

Ainda, notamos que o âmbito universitário carece dos conhecimentos que são

pontuados tanto nas discussões do NABISA como nas ações, visto que identificamos atitudes

racistas nos espaços da universidade. Para isso, se faz necessário que os espaços formais

consigam impactar no espaço supramencionado, mas também nos espaços “além dos muros

universitários”.

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6. Anexos

6.1. Fotos dos Cines-Debates

Imagens 1 e 2 – Roda de discussão do 1º Festival Nabisa de Cinema: edição curta metragem e o material de

divulgação elaborado pelo próprio grupo.

Imagens 3 e 4 – Momento de discussão, após a exibição dos filmes, do 2º Festival Nabisa de Cinema: edição curta

metragem e do cine debate “A Cor do Trabalho”.

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6.2. Fotos dos Eventos Culturais

6.2.1 “Primeiro Sarau Cultural”

6.2.2. Feira dos “Povos Africanos”

Imagens 7 a 10 – Apresentação da Feira “Povos Africanos”, onde foram expostas imagens dos povos africanos

com seus costumes, história e degustação de comidas típicas.

Imagem 5 – Demonstração da boneca Abayomi realizada no primeiro sarau cultural.

Imagem 6 – Desenvolvimento do primeiro sarau cultural.

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6.2.3 Fotos do evento cultural “(Re) Existência Negra”

6.2.4 Feira “Conhecendo os Orixás”

Imagem 15 – Disposição da Feira “Conhecendo os Orixás”.

Imagem 16 – Cerimônia de abertura da Feira “Conhecendo os Orixás”.

Imagem 11 – Momento de discussão do 2º Festival Nabisa de Cinema: edição curtas metragens

Imagem 12 – Espetáculo teatral da peça “Virado à Paulista” da Cia. Cênica.

Imagem 13 – Oficina de Abayomi ministrada pelos participantes do NABISA no Sarau (Re) Existência Negra.

Imagem 14 – Oficina de jongo desenvolvida no Sarau (Re) Existência Negra.

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6.3 Fotos do Curso de Extensão “Cultura Afro-Brasileira e Indígena na Escola: abordagens

interdisciplinares”.

Imagens 17 a 22 – Atividades desenvolvidas durante o curso de extensão.

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6.4. Fotos do Ciclo de Palestras

6.4.1 Palestra “Diferenças, Desigualdades e Interculturalidade: quando as barreiras étnico-

culturais se tornam pontes”

6.4.2 Palestra “Da Literatura à Inclusão Étnico-Racial: relações interdisciplinares entre história

e literatura como enfrentamento das desigualdades”

Imagem 23 – Apresentação da Prof. Drª. Ana Clédina Rodrigues Gomes

Imagem 24 – Material de divulgação virtual do NABISA

Imagem 25 – Apresentação da Prof. Me. Heraldo Márcio Galvão Júnior.

Imagem 26 – Material de divulgação virtual do NABISA.