relatorio emulsão escabicida

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ALUNA: RITA DE CÁSSIA G. DE ALBUQUERQUE MAT.: 10512179 DISCIPLINA: FARMACOTÉCNICA II PROF.: PABLO QUEIROZ CURSO: FARMÁCIA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Emulsão escabicida/ emulsão de fígado de bacalhau

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Page 1: relatorio emulsão escabicida

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

ALUNA: RITA DE CÁSSIA G. DE ALBUQUERQUE  MAT.: 10512179

DISCIPLINA: FARMACOTÉCNICA II

PROF.: PABLO QUEIROZ

CURSO: FARMÁCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Emulsão escabicida/ emulsão de fígado de bacalhau

 

 

 

 

 

 

 

Page 2: relatorio emulsão escabicida

 

 

 

 

 

 

 

 

JUNHO/2009

 

 

Emulsões são sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase dispersa ou interna é finamente dividida e distribuída em outra fase contínua ou externa. Temos emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O: fase externa oleosa).

                  A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes emulsificantes, geralmente substâncias tensoativas. As emulsões podem ser pastosas ou líquidas, como as loções, destinadas ao uso externo ou interno, devendo ser sempre agitadas antes do uso.

                  Devem, ainda, serem adicionados adjuvantes com finalidade anti-oxidante para a fase oleosa, como BHT e BHA. No caso da inclusão de fármacos susceptíveis à oxidação, deve ser verificado o seu coeficiente de partição, tendo em vista a proteção do fármaco na fase em que será incluído. Caso se distribua em ambas as fases (oleosa e aquosa), deverão ser adicionados estabilizantes solúveis em água e em óleo. Como se trata de sistema disperso, à semelhança das suspensões, o aumento da viscosidade nas preparações líquidas pode melhorar a estabilidade física das emulsões (evitar ou diminuir a separação de fases). Nas emulsões líquidas de uso oral deverão ser acrescentados adjuvantes com finalidade corretiva para aroma, sabor e cor, se necessário. Quando de uso injetável, as emulsões devem atender às especificações de esterilidade e pirogênio

 

1-Fórmula

Benzoato de benzila ------------------------------------2,5cm³

Ácido Esteárico -----------------------------------------5g

Trietanolamina-------------------------------------------1,2g

Essências de rosas---------------------------------------q.s

Page 3: relatorio emulsão escabicida

Água detilada---------------------------------------------100cm³

 

2-Técnica

Colocar a trietanolamina em pequena quantidade de água em um béquer. Em outro béquer adicionar água e ácido esteárico e levar para fundir, não deixar ultrapassar 70°C. Juntar a fase 1 a fase 2. Em um gral de porcelana agitar a mistura vigorosamente. As temperaturas têm que estar semelhantes. Acrescentar a essência de rosas e por último o benzoato de benzila. Completar o volume com água.

 

3-Indicação: Escabicida.

 

4-Papel das substâncias na formulação

Benzoato de benzila : Acaricida / Escabicida

Ácido Esteárico: Agente espessante (fase oleosa)

Trietanolamina: Alcalinizante

Essências de rosas: Aromatizante (excipiente)

Água detilada: Veículo

 

5-Classificação

1. Quanto ao uso: externo

2. Quanto à composição: simples

3. Quanto à prescrição: alopática

4. Quanto à preparação: oficinal

 

 

6-Mecanismo de ação:

O benzoato de benzila, um escabicida e pediculicida, corresponde ao éster fenilmetílico

do ácido benzóico. Seu mecanismo de ação provável, é a atuação no sistema nervoso do parasita, causando sua morte. É relativamente pouco tóxico, mas pode irritar a pele e os olhos. Não há provas de que ele seja absorvido através da pele em quantidades suficientes para causar toxicidade

Page 4: relatorio emulsão escabicida

sistêmica. Quando absorvido, sofre hidrólise rápida, originando ácido benzóico e álcool benzílico, e este, por oxidação posterior, transforma-se também em ácido benzóico, que é conjugado com a glicina para a síntese do ácido hipúrico. A excreção é renal, como ácido hipúrico.

 

7-Características Farmacopéicas

 

1. Benzoato de Benzila:

Descrição: líquido de aspecto oleoso; odor aromático e agradável; sabor picante.  É intensamente irritante a pele, olhos e mucosas.

Fórmula Molecular: C14H12O2

Peso Molecular: 212,4

Densidade: 1,118 a 1,122 g/ml

Ponto de Fusão: 17 – 18°C

Ponto de Ebulição: 323°C Solubilidade: é praticamente insolúvel em água e glicerina, miscível com álcool, acetona, clorofórmio, dissulfeto de carbono, éter cloreto de metileno e óleos fixos voláteis.

Sinônimos: Benzil éter de ácido benzóico.

 

1. Ácido Esteárico

Descrição: Apresentam-se como massas sólidas, de cor branca ou fracamente amarelada, de aspecto lustroso ou cristalino, ou pó branco ou branco amarelado, ou escamas cristalinas de cor branca ou amarelado, inodoro ou com ligeiro odor de sebo.  Na USNF e BP específica consta que deve estar constituído por uma mistura não inferior a 40% de ácido esteárico e não menos que 40% de ácido palmítico, e sua soma não deve ser menor que 90%.  Também contém pequenas quantidades de ácido mirístico e oléico.  Pode conter antioxidante, como o BHT a 0,005%.  A USNF também traz que o ácido esteárico purificado, que se distingue do anterior, que contém ácido esteárico e palmítico, não deve ser inferior a 96%, sendo que a quantidade de ácido esteárico deve ser superior a 90% do total.

Fórmula Molecular: C18H3602 (ácido esteárico puro).

Peso Molecular: 284,5 (ácido esteárico puro.)

Ponto de Fusão: 60-70ºC

Ponto de Solidificação: Não inferior a 54 ºC.

Page 5: relatorio emulsão escabicida

Incompatibilidades: Incompatível com a maioria dos hidróxidos metálicos e com agentes oxidantes.  Estearatos insolúveis se formam com muitos metais.  Bases para pomadas podem apresentar evidências de ressecamento ou encaroçamento devido a reações ocorridas quando sais de zinco ou cálcio são utilizados no composto.

Solubilidade: Praticamente insolúvel em água; solúvel em 20 partes de álcool, 2 partes de clorofórmio, 3 partes de éter, 5 partes de benzeno, 26 partes de acetona, 6 partes de tetracloreto de carbono e 3,4 partes de dissulfeto de carbono.

Volatilização: lentamente entre 90 – 100°C

Sinônimos: Ácido Octadecanóide; Ácido Cetilacético; Ácido Estearofânico.

Condições de Armazenamento: Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da luz e em lugar fresco e seco.

 

1. Trietanolamina

Descrição: liquido higroscópico, viscoso, de odor ligeiramente amoniacal. Trata-se de uma mistura de bases que contém no mínimo 98% de 2,2 ´,2´´nitrilotrietanol (trietanolamina), com pequenas quantidades de 2,2´-iminobisetanol (dietanolamina) e 2-aminoetanol (monoetanolamina).  Apresenta-se como um líquido claro, incolor ou amarelo pálido, viscoso, higroscópico, inodoro ou com ligeiro odor amoniacal.  Por exposição ao ar e a luz se colore de marrom.

Fórmula Molecular: C6H5NO3

Peso Molecular : 149,2

Densidade:1,120-1,128

Ponto de Fusão:20-21ºC

Ponto de Ebulição:335ºC

Ponto de Inflamação: 180ºC

Sinônimos: Trietiloamina

Solubilidade: solúvel em água, metanol, acetona, clorofórmio, em 24 partes de benzeno e 63 partes de éter.  Uma solução aquosa a 0,1N apresenta pH 10,5.

Incompatibilidades: Incompatível com di-hidroxi-acetona.  Em presença de sais de metais pesados e cobre muda de cor e precipita, formando complexos.

Condições de Armazenamento: armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em lugar seco e protegido da luz.

8-Orientações farmacêuticas:

Page 6: relatorio emulsão escabicida

Evitar aplicações muito próximas de olhos e mucosas. Nos quadros com infecção secundária e/ou eczematização, tratar primeiro a patologia secundária. Situações acidentais de contato com os olhos aconselha-se o uso de pomadas oftálmicas à base de vaselina. É contraindicado em casos de confirmada hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula.Também deve-se procurar orientação médica, principalmente nos casos, não raros, de infecções associadas, tendo estas, prioridades no tratamento.

9-Referências

1. “Farmacopéia Brasileira”. editora  Organização Andrei S.A, 3a edição, São Paulo,1977.

2. FERREIRA, Anderson de Oliveira, Guia Prático da Farmácia Magistral, 2ª Edição, Juiz de Fora.2002.