relatório e plano de ação -...

36
COMITÊ BRASILEIRO SOBRE RECUSAS E DEMORAS NO TRANSPORTE DE MATERIAIS NUCLEARES E OUTROS MATERIAIS RADIOATIVOS Relatório do Segundo Encontro e Atualização do Plano de Ação Nacional

Upload: lyduong

Post on 01-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

COMITÊ BRASILEIRO SOBRE RECUSAS E DEMORAS NO TRANSPORTE DE MATERIAIS

NUCLEARES E OUTROS MATERIAIS RADIOATIVOS

Relatório do Segundo Encontro e Atualização do Plano de Ação Nacional

Page 2: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

2

Introdução

O segundo encontro do comitê nacional de recusas e demoras no transporte de materiais radioativo foi realizado no dia 22 de Novembro de 2010 na Sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear, no Rio de Janeiro.

O Dr. Laércio Vinhas, Diretor de Radioproteção e Segurança da CNEN, deu boas vindas aos participantes e destacou que o comitê foi criado em resposta a uma solicitação da Agência Internacional de Energia Atômica. Ele ressaltou que embora não seja função da CNEN intermediar ou controlar atividades comerciais, a capacidade da CNEN em estabelecer um eficiente processo de comunicação entre as partes interessadas permite que os problemas sejam conhecidos, suas causas identificadas e que soluções sejam propostas. O Dr. Laércio finalizou informando sobre a revisão da norma de transporte da CNEN e reconheceu que uma significativa parcela dessas dificuldades é causada pelo desconhecimento das normas e regulamentos que regem a segurança no transporte de materiais radioativos.

Após a apresentação dos participantes, o secretário do comitê mostrou um resumo do tema recusas e demoras, sendo destacado o diagnóstico de suas causas e conseqüências obtido no primeiro encontro. Os resultados do primeiro encontro foram também mostrados bem como as premissas adotadas pelo comitê para a elaboração e consolidação do Plano de Ação Nacional.

A agenda do encontro e a lista de participantes estão nos anexos 1 e 2 deste relatório.

Descrição e análise das ações implementadas desde abril/2010

A senhora Tatiana Alvim, da Agência Nacional de Transportes Terrestres/ANTT apresentou o resultado das ações implementadas desde o primeiro encontro. Foram apresentados os resultados de uma pesquisa junto a transportadores e distribuidores de produtos perigosos. A pesquisa buscou avaliar a real situação do problema de recusas e demoras no modal terrestre e incluiu as empresas prestadoras de serviço de atendimento a situações de emergência.

A ANTT realizou uma pesquisa junto a transportadoras e distribuidoras de produtos perigosos. As quase duas dezenas de razoes alegadas pelas transportadoras e distribuidoras podem ser agrupadas em três causas principais:

a. A percepção de que materiais radioativos causam mais danos que os demais produtos perigosos,

b. A carência de conhecimento e treinamento sobre a legislação e a regulamentação de segurança,

c. Os elevados custos de contratação de seguro e serviços de atendimento a situações de emergência.

A ANTT também pesquisou junto às prestadoras de serviço de atendimento á situações de emergência especializadas no transporte de produtos perigosos as razões para o não atendimento quando se tratar de materiais radioativos.

As prestadoras de serviço alegaram terem recebido orientação de que o atendimento a emergências envolvendo produtos perigosos Classe 7 (materiais radioativos) é feita exclusivamente pela CNEN.

A ANTT concluiu sua apresentação recomendando à CNEN esclarecer as empresas de atendimento de emergência a respeito da competência para atendimento emergencial com esse tipo de produto, que a CNEN trabalhe junto aos envolvidos na cadeia de transporte

Page 3: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

3

terrestre esclarecendo os riscos no transporte de materiais radioativo e que a CNEN estabeleça cursos e seminários sobre o transporte.

Representantes de duas prestadoras de serviços de atendimento a situações de emergência participaram do encontro e confirmaram a orientação sobre a exclusividade de atendimento pela CNEN. Entretanto, não foi possível identificar a origem da orientação recebida. Foi esclarecido que o atendimento às situações de emergências no transporte é de responsabilidade do expedidor e é descrita no plano de transporte previamente apresentado à CNEN. Esclareceu-se também que a CNEN possui um serviço de atendimento, mas sua atuação se dá quando as ações do expedidor não forem suficientes para a eliminação dos riscos provocados pelo acidente ou incidente.

A apresentação da ANTT e o resultado da pesquisa estão nos anexos 3 e 4 deste relatório.

O Secretário do Comitê, Natanael Bruno, descreveu as ações implementadas pela CNEN.

Foi enviada correspondência à Agência Internacional de Energia Atômica/AIEA solicitando que o material de treinamento específico seja traduzido para o Português ou alternativamente para o espanhol.

Foi estabelecido contato com a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAq) com o objetivo de oferecer subsídios para a elaboração da norma de procedimentos para o transito seguro de produtos perigosos por instalações portuárias. Com sugestões dos membros do comitê de recusas e demoras foram elaboradas perguntas sobre o tratamento dado às questões relativas aos materiais radioativos. A resposta da ANTAq foi encaminhadas aos membros do comitê.

Foi estabelecido contato com a Comissão Portuária Nacional Permanente/CPNP, criada no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego. Esta comissão é composta por representantes do governo, dos trabalhadores e da indústria e tem como atribuição a revisão e atualização da Norma Regulamentadora no. 29 (NR29) que trata da segurança e saúde no trabalho portuário.

O contato com a CPNP resultou na participação do comitê em duas reuniões daquela comissão e apresentação de propostas de modificação da NR29 de forma a amenizar as restrições para embarque e desembarque de materiais radioativos nos portos brasileiros.

A apresentação da CNEN e a proposta de alteração da NR29 estão nos anexos 5 e 6 deste relatório.

Resumo dos relatos de recusas e demoras recebidos em 2010

Fevereiro – modal marítimo

Dificuldade para o transporte de material de baixa atividade específica, UN 2912, do Brasil para o Canadá. A razão da demora foi a solicitação pelo transportador de certificado de aprovação da embalagem com base na regulamentação NORMAM-05/DPC. A embalagem utilizada era do Tipo Industrial 1, que não requer certificação. A demora causou problemas logísticos ao expedidor.

Abril - modal aéreo

Relato de demora no transporte de material para uso médico (diagnóstico), UN 2915, entre Porto Alegre e Curitiba. A razão da demora foi o esquecimento do volume na aeronave. A demora impediu que os procedimentos médicos fossem efetuados e exigiu a remarcação dos exames para outra data.

Maio - modal aéreo

Page 4: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

4

Demora no transporte de material para uso médico, UN 2916, entre Campinas e Miami. A razão legada para a demora foi falta de aeronave. Foi solicitada pelo expedidor ação por parte da CNEN em função da preocupação pelo armazenamento da carga perigosa em um terminal. Após contato feito com a ANAC, a IATA e com a transportadora agilizou o envio da carga.

Maio/Junho – Modal marítimo

Demora no transporte de volumes (cilindros 30B) vazios, UN 2908, entre Brasil e Estados Unidos. A dificuldade se deu na interpretação das exigências da regulamentação de transporte quanto a certificação dos volumes e na validade dos certificados no país de destino. Na base de dados sobre certificados (www.rampac.energy.gov) foram encontrados quatro certificados emitidos pela autoridade competente do país de destino. Após contato do expedidor com o escritório central da transportadora, houve mudança de postura e a carga foi aceita.

Agosto – modal marítimo

Informações sobre dificuldades em encontrar transportador para material de baixa atividade específica entre Brasil e China. Devido a “questões de segurança” as empresas contatadas negaram-se a aceitar a carga.

Outubro – modal marítimo

Dificuldades encontradas para o transporte de material de baixa atividade específica do Brasil para China. A razão da dificuldade é a recusa de transportadores em aceitar carga Classe 7.

Os relatos mostram uma vez mais o desconhecimento da regulamentação de segurança no transporte de materiais radioativos como principal causa das recusas ou demoras.

O senhor Fortunato Guimarães relatou as dificuldades e as soluções encontradas pela Mineração Taboca para o transporte de amostras de minérios contendo urânio e tório. O relato demonstrou que algumas necessidades precisam ser tratadas caso a caso em função do diferente entendimento de cada pessoa das companhias aéreas com as quais houve interação.

A apresentação da Taboca está no anexo 7 deste relatório.

Atualização do Plano de Ação Nacional

A atualização do plano é apresentada nas páginas seguintes.

.

Page 5: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

5

DEFINIÇÃO E DETALHAMENTO DAS ÁREAS E DAS AÇÕES

ALERTA, SENSIBILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO

Método de registro das ocorrências de recusas e demoras no transporte de materiais radioativos com o objetivo de sensibilizar e mobilizar as partes interessadas* quanto às conseqüências e prejuízos financeiros, sociais e de imagem.

*consignadores, consigatários, expedidores, transportadores, mineradores, operadores e prestadores de serviços especializados que direta ou indiretamente

estão ou venham a estar envolvidos com o transporte de materiais nucleares e/ou outros materiais radioativos.

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Identificar as companhias marítimas potenciais para o transporte de materiais nucleares, outros materiais radioativos, minérios e associados.

Todos Contínuo Nenhuma informação recebida.

Contatar armadores, autoridades portuárias e aeroportuárias para desenvolver ações de treinamento e sensibilização.

Participantes locais Contínuo CNPN do MTE.

Realizar levantamento de mercado para estimar demandas e custos de fretes/transportes.

Empresas Imediato Nenhuma informação recebida.

Relatar ao NFP os casos de recusas e demoras identificadas. Consignadores,

Expedidores,

Consignatários,

Transportadores

Agentes de carga.

Continuo Recebidos sete relatos de dificuldades no transporte.

Entrar em contato com o SIPRON e solicitar apoio para que as agências tradicional e culturalmente ligadas ao Ministério da Defesa sejam “motivadas” a participar das atividades do comitê. Em especial a participação da ANTAQ.

Walter Ferreira ou

NFP, via DRS

Imediato Walter informou que o contato não obteve sucesso.

Page 6: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

6

EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E COMPETÊNCIA.

Fornecer bases para o entendimento sobre as operações de transporte, por parte dos prestadores de serviço, expedidores, transportadores, consignadores, consignatários e outros envolvidos neste tema, de forma a capacitá-los para cumprir os requisitos impostos pela regulamentação.

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Priorizar, de acordo com a visão do Comitê Nacional e levando em conta os grupos de trabalho (instalações nucleares, radiativas e mínero-industriais), os módulos de treinamento dirigido que serão oferecidos e/ou disponibilizados.

Todos 28/05/2010

Nenhuma informação recebida.

Solicitar à AIEA que providencie a tradução dos módulos específicos para o espanhol.

RC, DRS/CNEN 10/06/2010 Correspondência da DRS à AIEA enviada em julho/2010

De acordo com a prioridade estabelecida pelos grupos, organizar cursos dirigidos usufruindo-se dos módulos traduzidos pela AIEA.

NFP + empresas Depende de a AIEA fornecer o material. Data referencia: Março 2011.

Aguardando informação do comitê.

Solicitar que o Diretor da DRS interceda junto à AIEA visando a realização, no Brasil, de um curso formal (2 semanas) de segurança no transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos.

RC 28/05/2010 Nenhuma informação recebida.

Identificar os candidatos a treinamento em módulos dirigidos e informar à CNEN (NFP).

Todos 31/08/2010 Nenhuma informação recebida

Apoiar e aderir ao programa de auto-estudo preparatório a ser desenvolvido pela CNEN (NFP) para os candidatos a treinamento dirigido.

NFP + Empresas + Agencias

Contínuo Nenhuma informação recebida.

Page 7: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

7

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Apoiar financeiramente seus respectivos candidatos a treinamento em módulos dirigidos.

Empresas Contínuo

Buscar junto às agências de fomento recursos para viabilizar o programa de treinamento e educação.

NFP coordena as ações

Contínuo Nenhuma informação recebida.

Buscar informações sobre o programa de parceria público-privada para viabilizar o programa.

AMBIENTIS Junho 2010 Em estudo pela PF. O caminho parece ser inviável.

COMUNICAÇÃO

Estabelecer uma rede de comunicação entre as partes interessadas de forma a assegurar que casos de recusas e demoras, bem como situações potencialmente causadoras de recusas e demoras possam ser identificadas e relatadas ao comitê.

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Relatar ao NFP os casos de recusas e demoras identificadas. Consignadores, Expedidores, Consignatários, Transportadores, Agentes de carga.

Continuo Relatos recebidos.

Informar ao NFP o resultado prático do alerta, sensibilização e mobilização aplicadas.

Todos Continuo Nenhuma informação recebida.

Estabelecer contato com potenciais interessados (consignadores, consigatários, expedidores, transportadores, mineradores, operadores e prestadores de serviços especializados) informando-os sobre as atividades e eventos do Comitê e convidando-os a integrarem-se nestas atividades e eventos.

Todos Contínuo Em andamento.

Solicitar espaço no site da CNEN na Internet e criar uma página sobre recusas e demoras. Definir com o comitê as informações que serão

NFP Junho 2010 Não há dificuldade em

Page 8: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

8

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

disponibilizadas na página. se obter o espaço. Entretanto é preciso definir que alimenta a base.

PROMOÇÃO DO USO DA ENERGIA NUCLEAR

Atividade de competência de todos os envolvidos. Promover uma imagem positiva do uso da energia e das técnicas nucleares para o beneficio da sociedade.

IMPACTO ECONÔMICO

Identificar e definir ações que reduzam o impacto de recusas e demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos.

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Relatar casos de prejuízos já contabilizados e estimar possíveis prejuízos sociais, de imagem e econômicos por futuras recusas ou demoras.

Empresas Contínuo Nenhuma informação recebida

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Desmistificar a imagem atualmente ainda negativa de material radioativo, através de seminários e workshops dirigidos a usuários e responsáveis dos diferentes modais.

Empresas Eventual Reunião da CPNP, aula sobre transporte de materiais classe 7 para o curso da ANAC.

Page 9: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

9

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Esclarecimento aos responsáveis pelos diferentes modais dos custos financeiros e conseqüências à sociedade quando da ocorrência de recusas e demoras.

Todos Contínuo Nenhuma informação recebida.

Esclarecer com os colegas da África do Sul o que significam os percentuais de transporte de produtos perigosos em relação aos produtos transportados por via aérea, marítima e terrestre.

NFP Imediato Foi informado que a idéia original está correta.

HARMONIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO

Identificar inconsistências entre os requisitos regulatórios e orientações contidas no Termo de Referencia CNEN-Ibama, Sistema Global de Harmonização de Rotulação e Marcação/GHS, Norma de Transporte CNEN-NN-5.01, Resolução 420 da ANTT, Regulamento Brasileiro de Aviação Civil RBAC 175 da ANAC, Resolução ANTAq 1765, Norma Regulamentadora no. 29 do MTE e Resolução CONAMA no. 237.

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Familiarizar-se com a regulamentação em geral e propor sua harmonização quando necessário ou aplicável.

Todos Contínuo Agências de transporte modal foram convidadas a participar da elaboração da Norma de Transporte.

Identificar as inconsistências existentes entre a regulamentação dos diferentes modais e informar ao Comitê.

Todos Continuo Participação das agências na elaboração da Norma de Transporte.

Page 10: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

10

AÇÃO QUEM EXECUTA QUANDO ANDAMENTO

Cobertura, na regulamentação, do transporte fluvial. Verificar normas da Marinha (NORMAM 01 e 02) e saber se há alguma regulamentação que as substitua. Estudar possível inclusão de requisito na Norma de transporte da CNEN.

NFP

Kenia Mares

Nenhuma informação recebida.

Identificar publicações, ex. revistas de produtos e serviços especializados e verificar a exatidão das informações ali fornecidas (ex. material para sinalização de veículos). A publicação de informações incorretas leva à interpretação equivocada de requisitos normativos.

NFP + AMBIENTIS Resultado para a próxima reunião.

Nenhuma informação recebida.

Page 11: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

11

Avaliação do progresso

As atividades implementadas pelo comitê se desenvolveram mais visivelmente nas ações da área 1 do plano (alerta, notificação e sensibilização). A identificação e os contatos mantidos com a Comissão Portuária Nacional Permanente sobre suas atividades e responsabilidades permitiram abordar a comissão sobre a questão das discrepâncias notadas na Norma Regulamentadora No. 29 (NR29); culminando na apresentação de propostas de modificação daquela norma.

A iniciativa da ANTT em realizar pesquisa qualitativa das causas e conseqüências das ocorrências de recusas e demoras no transporte terrestre gerou subsídios que corroboram o entendimento do comitê sobre as razões alegadas para as recusas. Adicionalmente, a pesquisa da ANTT levou à identificação de uma limitação na prestação de serviço de atendimento a situações de emergência; um serviço prestado por empresas especializadas. A limitação é provocada pela informação de que esse atendimento se daria exclusivamente pela CNEN.

A iniciativa da REM em organizar o acompanhamento de operação de desembarque de expedição de material radioativos no Porto de Santos criou uma boa oportunidade para por em prática os procedimentos de segurança e para verificar a aplicação e cumprimento dos requisitos da NR29.

Houve pequeno progresso na área de educação, treinamento e competência com a participação do secretário do comitê no curso de cargas perigosas organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil/ANAC.

Nota-se que ainda é pequeno o nível de resposta das ações sob responsabilidade dos membros do comitê. Das 26 ações delineadas no plano, 12 não receberam qualquer informação sobre andamento. Uma participação mais efetiva poderia reverter esse fato.

O mapeamento das organizações e pessoas direta ou indiretamente envolvidas com o transporte de produtos perigosos em geral e de materiais radioativos em particular parece ser o maior avanço conseguido pelo comitê em seus primeiros meses de existência.

Conclusão

O plano de ação e as iniciativas dos membros do comitê de recusas e demoras cumpriram os objetivos quanto a alerta, notificação e sensibilização. O mapeamento das organizações e autoridades direta e indiretamente envolvidas em operações de transporte de materiais radioativos é um resultado concreto e relevante das atividades do comitê.

Page 12: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

AGENDA 2º Encontro do Comitê de Recusas e Demoras no Transporte de Materiais Radioativos

22 de Novembro de 2010

09h00min – 17h00min Local: Sede da CNEN

Rua General Severiano 90, Botafogo – Rio de Janeiro

1. Abertura e boas vindas

o Introdução dos participantes; o Resumo do tema recusas e demoras; o Resumo do primeiro encontro e do Plano de Ação.

2. Relato e análise das ações implementadas desde abril/2010

Agência Nacional de Transportes Terrestres

o Pesquisa sobre causas de recusas; o Gestões junto à associação dos transportadores; o Gestões junto às empresas de prestação de serviços (situações

emergência).

Comissão Nacional de Energia Nuclear

o Solicitação de material de treinamento; o Comunicação com a ANTAQ – Resolução 1765 (Audiência Pública); o Comunicação com a CPNP/MTE – Atividades do Comitê; o 19ª reunião da CPNP/MTE – Norma NR. 29; o Proposta de alterações na Norma Regulamentadora 29.

3. Casos de recusas e demoras

o Resumo dos relatos recebidos desde abril/2010; o Ações e soluções encontradas

4. Avaliação do Plano de Ação Nacional

o Alerta, sensibilização e notificação; o Educação e treinamento; o Comunicação; o Promoção; o Economia; o Harmonização.

5. Temas adicionais

o Procedimentos específicos em portos; o Limitação de cargas/índice de transporte em aeronaves; o Curso de cargas perigosas (ANAC);

6. Elaboração do relatório do encontro

A

tualiz

ação d

o P

lano d

e A

çã

o

ANEXO 1

Page 13: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

Participantes do 2° Encontro do C~)tê Nacional de Recusas e Demoras no \nsporte de Materiais Radio'ativos Rio de Janeiro - 22 de Novembro de 2010

.'

E-mail

u'A@ 12bA{.ItJ).

\lj te R,.R(! Qft f& C1J (! N . (,:-.: ·1 aJ<

.D L /:u:rr::J.1 \~.:r P€.:../ ..g Q.

:lI 350 i !:J-5 :2N

61-34JOJoZOO

(92..) 332-3/115 R /5<, F6U.it<"I2,Qc'>@H713OC,4 cO~-\3'<

.I ?t­ ~ -CN ' L~ /.s ?

f-{ (v E P.A C fk., T;'J !30C/J S /\

0,tJ~CÃD ~A~ s~~~

~ rl}(Ju.l-. I J2.4 I ~ ='~1> 'Itz Cetu . t..::íj)A-

Nome

oIJSclIéç Htf.

r(\PoQ..c.E.L PoQl~'~\

~1 Á,(). Y10v flUv-tcdo ~

'FOfl..,íU!'l.4TO 1?,';-SF/l/JJê Gu I.MA tOA,..>

~'C-M ~'\. \/,) L L :200),' G (j [ S

\J~ fi- \...51 (~ 11\ e1'\il)E 6 ;:<2 Ç<, ~ E j ~ 1~N E N L~OR E "J

CL~SYiO ~ur:S GpU\.N-\b Sul'-\.t:l~

ANEXO 2

Page 14: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

1

Recusas e Demorasno Transporte Terrestre de Materiais

Nucleares e outros Materiais Radioativos

Tatiana Furtado AlvimSuperintendência de Serviços de Transporte de Cargas

SUCARRio de Janeiro, 22 de novembro de 2010

Breve Histórico Nacional

Criação do Comitê Brasileiro sobre Recusas e Demoras

no Transporte de Materiais Nucleares e outros Materiais Radioativos

• Primeiro encontro nacional para debate do tema

• Discussão das ações possíveis em nível nacional

• Elaboração de um Plano de Ação

• Identificação da questão no transporte rodoviário

ANEXO 3

Page 15: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

2

Análise do Problema

Recusas e as demoras ocorrem também no modo rodoviário.

Principais motivos levantados na 1ª Reunião do Comitê Nacional:

• desconhecimento dos procedimentos;

• percepção equivocada do risco;

• falta de informação; e

• dificuldade de interpretação da legislação.

O problema não foi identificado no modo ferroviário. Também,

na base de dados da ANTT sobre cargas transportadas por ferrovias, não

consta especificamente este tipo de produto.

1. Elaboração de Relatório Técnico.

2. Reunião com o setor regulado: associação representativa de transportadores

rodoviários de Produtos Perigosos.

3. Elaboração e envio de documento com um breve histórico do assunto,

situação no modo rodoviário e solicitação de esclarecimentos e informações à

transportadores, distribuidores e empresas de atendimento à emergência.

4. Reunião com o setor regulado: empresas de atendimento à emergência.

5. Estabelecimento de ações futuras.

Ações da ANTT

tfa4

Page 16: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

3

Informações recebidas deempresas de atendimento à

emergência

Informações recebidas deempresas de atendimento à

emergência

O serviço éoferecido para

a Classe 7?

O serviço éoferecido para

a Classe 7?

Existe apossibilidade deque venha a serprestado?

Existe apossibilidade deque venha a serprestado?

Por qualmotivo?Por qualmotivo?

Premissa de que empresas privadas nãoestariam autorizadas a oferecer tal

serviço.

Premissa de que empresas privadas nãoestariam autorizadas a oferecer tal

serviço.

Hoje os técnicos já dispõe decapacitação mínima no assunto.

Há previsão e possibilidade departicipação de seu pessoal em cursosconceituados no exterior.

Hoje os técnicos já dispõe decapacitação mínima no assunto.

Há previsão e possibilidade departicipação de seu pessoal em cursosconceituados no exterior.

Não

Informações fornecidas por distribuidores e transportadores

Motivodas

demoras

•Mesmo tratamento das demais cargas•Receio por parte do condutor•Falta de informação dos agentes da fiscalização

Motivodas

recusas

•Desconhecimento ou interpretação equivocada da legislação•Cultura de que o material radioativo é mais perigoso do que os demais•Premissa de que em caso de acidentes os danos serão maiores•Desconhecimento dos reais riscos envolvidos•Desconhecimento da possibilidade de descontaminação dos veículos eequipamentos utilizados•Dificuldade na contratação de empresas de atendimento à emergência

Observações

•Inexistência de relatos de acidente devido ao produto•Inexistência de relatos de dano à saúde dos envolvidos na cadeia detransporte•Existência de opções de capacitação no mercado•O expedidor geralmente atende às exigências regulamentarescomo: documentação, embalagem, etc.

Page 17: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

4

Conclusão: atividades a realizar

• Gestão junto à CNEN sobre a possibilidade de esclarecimento às empresas de

atendimento à emergência a respeito da competência para atendimento

emergencial com este tipo de produto;

• Esclarecimento sobre as reais características dos materiais radioativos aos

envolvidos na cadeia de transporte terrestre; e

• Capacitação, por meio de cursos, seminário, participação em reuniões e envio

de materiais.

Obrigada!

TATIANA FURTADO ALVIM

Especialista em Regulação do Transporte Terrestre de CargasGEROC/SUCAR/ANTT

[email protected]

Page 18: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

1

Recusas e Demoras no Transporte Terrestre de Materiais

Nucleares e outros Materiais Radioativos

1. Introdução e breve histórico

2. Comitê Brasileiro sobre Recusas e Demoras

2.1 Objetivos

2.2 Funções

2.3 Responsabilidades de seus membros

2.4 Motivos gerais das recusas e demoras

2.5 Situação do transporte terrestre

3. Atuação inicial da ANTT

4. Levantamento de motivos e plano de ação

1. Introdução e breve histórico

A manutenção de um eficiente e seguro regime de transporte para materiais radioativos

é do interesse de consignadores, consignatários, expedidores, transportadores, mineradores,

operadores e prestadores de serviços especializados que direta ou indiretamente estão ou

venham a estar envolvidos com o transporte desta classe de material.

O crescente número de ocorrências de recusa ou demora em aceitar cargas contendo

material radioativo para transporte tem causado prejuízos financeiros, sociais e de imagem a

médicos, pacientes, hospitais, empresas de prestação de serviços especializados, empresas de

geração de energia elétrica e pessoas que fazem uso de materiais radioativos. A situação gerou

preocupação e impôs a necessidade de atuação da Comissão Nacional de Energia Nuclear-

CNEN, através de sua Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear, para minimizar essas

ocorrências.

Recusas e demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos

têm ocorrido em todos os modais e em diferentes países. Em julho de 2003 a Agência

Internacional de Energia Atômica - AIEA organizou uma Conferência Internacional sobre a

Segurança do Transporte de Materiais Radioativos. Na conferência foram relatados e discutidos

os primeiros registros de ocorrência de recusas e demoras. Como resultado foi recomendado que

a própria AIEA iniciasse projetos de cooperação com as agências de transporte modal (IMO,

ANEXO 4

Page 19: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

2

ICAO, ECE), com Organizações não-governamentais (IATA, IFALPA, UPU) e outras partes

interessadas (empresas e associações de classe) para identificar e eliminar as causas da não-

aceitação de cargas radioativas para fins de transporte. Também, que a AIEA desenvolvesse

estratégia e plano de ação para abordar e ajudar a minimizar o problema.

A AIEA criou então o Comitê Diretivo Internacional sobre Recusas e Demoras

(International Steering Committee – ISC). O comitê internacional recomendou aos países

membros da AIEA que comitês nacionais fossem criados para disseminar a estratégia

desenvolvida em nível internacional e estabelecer o plano de ação nacional para o combate às

recusas e demoras. A DRSN/Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN

divulgou mensagem informando sua decisão de estabelecer e coordenar ações que levem à

redução de ocorrências e recusas e demoras e nomeou um Ponto Focal Brasileiro para interagir

com as diversas partes interessadas.

Em cooperação com a Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção -

ABENDI, a DRSN/CNEN realizou nos dias 19 e 20 de abril de 2010 o primeiro encontro

nacional para disseminar as informações existentes sobre o assunto, discutir possíveis ações em

nível nacional e criar um comitê dedicado a unir esforços para a solução do problema. No

mencionado encontro foi criado o Comitê Brasileiro sobre Recusas e Demoras no Transporte de

Materiais Nucleares e outros Materiais Radioativos.

A ANTT, assim como as demais Agências Reguladoras de transporte foram convidadas

a integrar o referido Comitê.

2. Comitê Brasileiro sobre Recusas e Demoras

2.1 Objetivos

Assegurar a sustentabilidade do transporte de materiais nucleares e outros materiais

radioativos, garantindo assim a continuidade das atividades que envolvem a utilização dos

mesmos.

2.2 Funções

Identificar, planejar e programar ações que levem à redução de casos de recusas e

demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos no Brasil.

Page 20: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

3

Buscar informações e contatos que possam auxiliar no cumprimento dos objetivos e

participar ativamente das atividades ligadas ao tema recusas e demoras no transporte.

O comitê se reune periodicamente para avaliar as ações, rever o plano de ação nacional

e programar atividades a serem desenvolvidas.

2.3 Responsabilidades de seus membros

• Difundir a existência e as funções do Comitê e contribuir para que seus objetivos sejam

alcançados.

• Identificar e buscar recursos técnicos, humanos e (quando aplicável) recursos

financeiros que auxiliem na consecução dos objetivos do comitê.

2.4 Motivos gerais das recusas e demoras definidas pelo Comitê Brasileiro

• Apreensão e percepção equivocada do risco por parte de transportadores, armadores,

companhias aéreas e marítimas e membros do público;

• Falta de informação sobre a segurança do transporte;

• Preocupação quanto ao possível custo elevado de treinamento para profissionais

envolvidos em operações de transporte;

• Multiplicidade, excessiva e, às vezes, contraditória regulamentação sobre os materiais

radioativos; e

• Interpretação incorreta da regulamentação.

No que diz respeito a todos os modais de transporte foi evidenciado na primeira reunião

do Comitê, principalmente por parte dos expedidores de material radioativo que:

• Mesmo devidamente embalados e seguindo a legislação existe recusa e demora sem

maiores justificativas;

• Não raro, empresas aéreas recusam o recebimento dos materiais que necessitam ser

prontamente embarcados principalmente devido ao seu baixo tempo de meia vida e ao

seu uso médico;

Page 21: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

4

• Devido ao tempo de meia vida pequeno de vários radioisótopos, atraso ou demora leva a

perda total dos materiais;

• Grande parte é destinada a uso médico sendo que a preparação do paciente se inicia

horas antes da chegada do material no hospital;

• O preço do material é alto; e

• O interesse das empresas é baixa pois existem muitas restrições no que diz respeito a

segregação, utilização dos espaços, etc.

2.5 Situação do transporte terrestre:

• É o modal onde são encontradas as menores dificuldades, pois o mercado é mais amplo,

há mais flexibilidade e mais opções como uso de frota própria;

• Foi informado por parte dos expedidores presentes que existe recusa da maior parte das

transportadoras em aceitar material radioativo para transporte, porém sem justificativas

plausíveis;

• Não se aplica muito o caso das demoras emergenciais como materiais de meia vida

muito curta e para uso médico. Estes casos geralmente são expedidos via aérea.

3. Atuação inicial da ANTT

A ANTT, com fins de avaliar a real situação das recusas e demoras no caso do

transporte de material radioativo no modal rodoviário propôs a resposta das seguintes questões à

transportadores e distribuidores de produtos perigosos e também a empresas de atendimento a

emergência.

• Realmente ocorre recusa por parte de transportadores em aceitar material radioativo?

• Realmente ocorre demora por parte de transportadores durante o trânsito do material

radioativo?

• Há relatos de acidentes devido à presença de tais materiais?

• Há relatos de danos a saúde dos envolvidos na cadeia de transporte devido à presença de

tais materiais?

• É possível destacar, na lista abaixo, motivos alegados pelas transportadoras para

justificar a recusa do transporte de materiais radioativos?

o Cultura de que o material radioativo é mais perigoso do que os demais;

o Falta de oferta de capacitação para a área como cursos e seminários;

Page 22: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

5

o Premissa de que em casos de acidente as proporções dos danos serão maiores;

o Desconhecimento dos reais riscos para os envolvidos a curto, médio e longo

prazo;

o Inexistência de serviço altamente especializado devido a não regularidade de

expedição de tais materiais;

o Dúvida sobre a possibilidade de total descontaminação ou presença de resíduos

nos equipamentos ou no veículo após finalizado serviço;

o Desconhecimento dos procedimentos e legislações a serem seguidos;

o O expedidor não atende às todas as exigências regulamentares como:

documentação, embalagem e informação sobre a carga;

o Já houve dano à saúde de seu pessoal;

o Já houve relato de acidente causado exclusivamente pelo produto;

o O preço do frete proporcional aos demais produtos não compensa os riscos

supostamente associados. Assim, os transportadores tendem a aumentar o valor

do frete a fim de cobrir possíveis riscos;

o Elevado custo do seguro de transporte e do produto;

o Existência de grande quantidade de exigências para a realização do transporte;

o Incapacidade técnica e operacional como veículo e pessoal apropriado;

o Receio por parte do condutor do veículo e demais envolvidos;

o Dificuldade na disponibilização de escolta da Polícia Rodoviária Federal - PRF

quando exigida;

o Problemas no momento de fiscalização rodoviária;

o Dificuldade na contratação do seguro; e

o Dificuldade na contratação de empresas de atendimento a emergência.

• Também, no que diz respeito à demora, ou seja, atraso na expedição é possível destacar

algum dos itens abaixo como justificativa utilizada pelas transportadoras?

o O condutor demora mais pois tem mais medo;

o A fiscalização demora mais do que para os demais produtos; e

o O acompanhamento da escolta retarda o transporte

• Em relação ao atendimento a emergência:

o Empresas de atendimento a emergência especializadas no transporte de

produtos perigosos geralmente não atendem a classe 7 – produtos radioativos?

Page 23: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

6

o Se sim, é possível relacionar motivos como, por exemplo: falta de capacitação,

custo elevado de materiais a serem adquiridos, cultura de que o material

radioativo é mais perigosos do que os demais?

o Também, caso hoje não seja feito o atendimento a tal classe existe a

possibilidade de que tal serviço venha a ser prestado?

4. Levantamento dos motivos e plano de ação futuro.

4.1 Resumo das respostas recebidas

Page 24: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

7

4.1.2 Plano de ação futuro

� Gestão junto à CNEN sobre a possibilidade de esclarecimentos às empresas de

atendimento à emergência a respeito da competência para atendimento emergencial com

este tipo de produto;

• Esclarecimento sobre as reais características dos materiais radioativos aos envolvidos na

cadeia de transporte terrestre; e

• Capacitação, por meio de cursos, seminário, participação em reuniões e envio de

materiais.

Page 25: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

1

Comitê Nacional de

RECUSAS E DEMORASNo transporte de materiais nucleares e outros

materiais radioativos

Rio de Janeiro 22 de Novembro de 2010

Quem somos

Grupo de partes interessadas - composto por profissionais, empresas, organizações de classe, autoridades competentes e outros -dedicados a unir esforços para reduzir a níveis aceitáveis as ocorrências de recusas e demoras no transporte de materiais radioativos.

Por que estamos aqui

Indústria, medicina, pesquisa, prestação de serviços e geração de energia dependem do transporte de materiais radioativos.

O crescente número de casos de recusas ou demoras pelos diversos modos de transporte, em aceitar cargas contendo material radioativo tem causado significativos prejuízos à sociedade em geral.

A situação impõe a necessidade de atuação dos órgãos regulatórios em colaboração com organizações e empresas.

ANEXO 5

Page 26: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

2

Onde acontecem recusas e demoras?

Modal aéreo• Infra-estrutura de aeroportos (recusa)• Decisão do comandante (recusa)• Falha operacional - documentos x carga (demora)

Modal marítimo• Infra-estrutura de portos (demora)• Legislação e regulamentação (recusa)

Modal terrestre• Harmonia legislação/regulamentação (recusa)• Desconhecimento (demora)• Preços não atraentes (recusa)

Razões para recusas e demoras

• apreensão e percepção equivocadas do risco por parte de transportadores, armadores, companhias aéreas e marítimas e membros do público;

• preocupação quanto ao possível custo elevado de treinamento para profissionais envolvidos em operações de transporte;

• multiplicidade, excessiva e, às vezes, contraditória regulamentação sobre os materiais radioativos;

• interpretação incorreta da regulamentação.

Qual o objetivo do Comitê

Assegurar a sustentabilidade do transporte, garantindo assim a continuidade das atividades que envolvem a utilização dos materiais nucleares e outros materiais radioativos.

Permitir o aproveitamento das oportunidades de expansão da indústria nuclear e de atividades correlatas.

Page 27: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

3

Funções do Comitê

• Identificar, planejar e programar ações que levem à redução de casos de recusas e demoras no transporte de materiais nucleares e outros materiais radioativos no Brasil.

• Buscar informações e contatos que possam auxiliar no cumprimento dos objetivos e participar ativamente das atividades ligadas ao tema recusas e demoras no transporte.

Estratégia e plano de ação

• Alerta, sensibilização e mobilização;

• Educação, treinamento e competência;

• Comunicação, aproximação dos diferentes interessados;

• Promoção do uso da energia nuclear;

• Estudo e avaliação do impacto econômico;

• Harmonização da legislação e da regulamentação.

Objetivos do encontro

• Rever as ações definidas no encontro anterior;

• Avaliar o progresso dessas ações;

• Atualizar o Plano de Ação Nacional;

• Integrar novas empresas e organizações;

• Identificar novas ações.

Page 28: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

4

Importante lembrar

Os membros do comitê estão desobrigados de executar qualquer ação, participar de qualquer evento ou atividade que se mostre de potencial ou real conflito com atribuições, funções ou deveres seus ou de suas organizações de origem.

Page 29: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

Norma Regulamentadora no. 29 do MTE

Proposta de alteração de parágrafos da Seção 29.6 “OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS”

1) Introdução

Este documento apresenta propostas de modificação do texto da Seção 29.6 da Norma Regulamentadora no. 29. As propostas têm origem nas idéias desenvolvidas durante a 19ª Reunião da CPNP, na qual os problemas de recusas e demoras no transporte de materiais classe 7 (radioativos) foram apresentados e discutidos.

As modificações têm o objetivo facilitar o transporte de materiais radioativos, porém mantendo o conceito e o objetivo originais da NR.29 (proteção à saúde do trabalhador e ao meio ambiente). A elaboração das propostas levou em consideração as exigências de segurança estabelecidas nos regulamentos da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Também foram observados os regulamentos de transporte modal, em especial o IMDG-Code, publicado pela Organização Marítima Internacional.

O item 2 deste documento apresenta o texto original da NR.29 com as alterações propostas indicadas em vermelho, enquanto o item 3 apresenta uma tabela com o texto original da NR.29, acrescido de comentários e o texto proposto, fornecendo assim a justificativa para as modificações.

2) Alterações propostas para o atual texto da Seção 29.6 da NR.29

29.6.1.1 O termo cargas perigosas inclui quaisquer receptáculos, tais como tanques portáteis, embalagens, embalados (volume), contentores intermediários para graneis (IBC) e contêineres tanques que tenham anteriormente contido cargas perigosas e estejam sem a devida limpeza e descontaminação que anulem os seus efeitos prejudiciais.

29.6.4 Nas operações com cargas perigosas devem ser obedecidas as seguintes medidas gerais de segurança:

a) nenhuma modificação proposta;

b) as cargas relacionadas abaixo devem permanecer o tempo mínimo necessário à execução dos trâmites alfandegários, próximas às áreas de operação de carga e descarga:

III. Radioativos - Radioativos podem realizar todos os trâmites alfandegários nos portos.

29.6.4.6 Nas operações com materiais radioativos - Classe 7:

a) Nenhuma modificação proposta

b) Obedecer as normas de segregação desses materiais, com as distâncias de afastamento aplicáveis, constante no "Regulamento para o Transporte com Segurança de Materiais Radioativos", da Agência Internacional de Energia Atômica.

No caso de embarcações de bandeira brasileira, deverá ser atendida a "Norma de Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN 13/80 e Norma CNEN-NE 5.01/88 e alterações posteriores.

c) a autorização para a atracação de embarcação com carga da Classe 7 deve ser precedida pela confirmação de que as exigências contidas nos itens 29.6.4.6 a) e 29.6.4.6 b) desta NR foram adequadamente cumpridas. Esta confirmação será feita com base nas informações contidas nos documentos de transporte.

O consignador, em caso de embarque, ou consignatário, em caso de desembarque, deve possuir profissional (ex. Supervisor de Radioproteção certificado pela CNEN) qualificado para fornecer as informações necessárias a essa autorização.

d) Propõe remover este item da NR.29.

e) Por se mostrar repetição do item 29.6.4.6 b) propõe-se a remoção deste item da NR.29.

29.6.5.11.1 O armazenamento de substâncias radioativas será feito de acordo "Norma de Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN 13/80 e Norma CNEN-NE 5.01/88 e alterações posteriores;

ANEXO 6

Page 30: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

3. Tabela de propostas de modificações, com respect iva justificação.

Texto atual Comentário Texto proposto

29.6.1 Cargas perigosas são quaisquer cargas que, por serem explosivas, gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, possam representar riscos aos trabalhadores e ao ambiente.

O texto menciona corretamente as cargas radioativas.

Nenhuma modificação proposta.

29.6.1.1 O termo cargas perigosas inclui quaisquer receptáculos, tais como tanques portáteis, embalagens, contentores intermediários para graneis (IBC) e contêineres tanques que tenham anteriormente contido cargas perigosas e estejam sem a devida limpeza e descontaminação que anulem os seus efeitos prejudiciais.

A nova versão da Norma de Transporte da CNEN adotará o termo “volume” em substituição ao antigo termo “embalado” (combinação de embalagem mais o conteúdo radioativo).

Esta alteração visa compatibilizar a norma com os documentos emitidos pela ANTT, especialmente a Resolução no. 420 e documentos adicionais, sobre transporte rodoviário de produtos perigosos.

29.6.1.1 O termo cargas perigosas inclui quaisquer receptáculos, tais como tanques portáteis, embalagens, embalado (volume), contentores intermediários para graneis (IBC) e contêineres tanques que tenham anteriormente contido cargas perigosas e estejam sem a devida limpeza e descontaminação que anulem os seus efeitos prejudiciais.

29.6.3 Obrigações e competências.

29.6.3.1 Do armador ou seu preposto

29.6.3.1.1 O armador ou seu preposto, responsável pela embarcação que conduzir cargas perigosas embaladas destinadas ao porto organizado e instalação portuária de uso privativo, dentro ou fora da área do porto organizado, ainda que em trânsito, deverá enviar à administração do porto, ao OGMO e ao operador portuário, pelo menos 24 (vinte quatro) horas antes da chegada da embarcação, a documentação, em português, contendo:

a) declaração de mercadorias perigosas conforme o Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas – código IMDG, com as seguintes informações, conforme modelo do Anexo VII:

As informações a serem fornecidas segundo o Anexo VII são praticamente as mesmas da Declaração do Expedidor.

Nenhuma modificação proposta.

I. nome técnico das substâncias perigosas, classe e divisão de risco;

Mesmo comentário acima. Nenhuma modificação proposta.

II. número ONU - número de identificação das substâncias perigosas estabelecidas pelo Comitê das Nações Unidas e grupo de embalagem;

As informações constam do Livro Laranja e IMDG-Code.

Nenhuma modificação proposta.

III. ponto de fulgor, e quando aplicável, a temperatura de controle e de emergência dos líquidos

Page 31: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

inflamáveis;

IV. quantidade e tipo de embalagem da carga;

Essa informação já é fornecida na Declaração do Expedidor.

Nenhuma modificação proposta.

V. identificação de carga como poluentes marinhos;

b) ficha de emergência da carga perigosa contendo, no mínimo, as informações constantes do modelo do Anexo VIII;

O Anexo VIII corresponde a Ficha de Emergência exigida pela Norma ABNT NBR 7503.

Nenhuma modificação proposta.

c) indicação das cargas perigosas - qualitativa e quantitativamente - segundo o código IMDG, informando as que serão descarregadas no porto e as que permanecerão a bordo, com sua respectiva localização.

29.6.3.2 Do exportador e seu preposto.

29.6.3.2.1 Na movimentação de carga perigosa embalada para exportação, o exportador ou seu preposto é responsável por garantir que a documentação de que tratam as alíneas “a” e “b” do subitem 29.6.3.1.1 esteja disponível para a administração do porto, OGMO e ao operador portuário, com antecedência mínima de 48 h (quarenta e oito horas), da entrega da carga no porto para armazenagem ou para embarque direto em navio.

29.6.4 Nas operações com cargas perigosas devem ser obedecidas as seguintes medidas gerais de segurança:

a) somente devem ser manipuladas, armazenadas e estivadas as substâncias perigosas que estiverem embaladas, sinalizadas e rotuladas de acordo com o código marítimo internacional de cargas perigosas (IMDG);

Nenhuma modificação proposta

b) as cargas relacionadas abaixo devem permanecer o tempo mínimo necessário próximas às áreas de operação de carga e descarga:

O tempo mínimo pode significar horas ou dias, enquanto a proximidade das áreas de operação de carga e descarga é dependente dos operadores.

b) as cargas relacionadas abaixo devem permanecer o tempo mínimo necessário à execução dos trâmites alfandegários, próximas às áreas de operação de carga e descarga:

I. explosivos em geral;

II. gases inflamáveis (classe 2.1) e venenosos (classe 2.3);

III. radioativos; Mesmo comentário acima

Radioativos podem realizar todos os trâmites alfandegários nos portos.

29.6.4.6 Nas operações com materiais radioativos - Classe 7:

Page 32: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

a) exigir que as embarcações de bandeira estrangeira que transportem materiais radioativos apresentem, para a admissão no porto, a documentação fixada no "Regulamento para o Transporte com Segurança de Materiais Radioativos", da Agência Internacional de Energia Atômica.

No caso de embarcações de bandeira brasileira, deverá ser atendida a "Norma de Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN 13/80 e Norma CNEN-NE 5.01/88 e alterações posteriores;

Nenhuma modificação proposta

b) obedecer as normas de segregação desses materiais, constantes no IMDG, com as distâncias de afastamento aplicáveis;

Visando manter clareza das exigências contidas nesta NR, propõe-se repetir o texto do item anterior.

Obedecer as normas de segregação desses materiais, com as distâncias de afastamento aplicáveis, constante no "Regulamento para o Transporte com Segurança de Materiais Radioativos", da Agência Internacional de Energia Atômica.

No caso de embarcações de bandeira brasileira, deverá ser atendida a "Norma de Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN 13/80 e Norma CNEN-NE 5.01/88 e alterações posteriores.

c) a autorização para a atracação de embarcação com carga da Classe 7 - materiais radioativos, deve ser precedida de adoção de medidas de segurança indicadas por pessoa competente em proteção radiológica. Entende-se por pessoa competente, neste caso, o Supervisor de Proteção Radiológica - SPR conforme a Norma 3.03 da CNEN e alterações posteriores;

De acordo com a regulamentação internacional (Regulamento da AIEA, IMDG Code e ICAO), a segurança do transporte de materiais radioativos depende do projeto do volume (embalado).

No projeto dos volumes é aplicada a chamada abordagem gradual, isto é, quanto maior o risco, mais restritivos serão os requisitos de segurança.

Assim medidas de segurança adotadas no embarque e desembarque dos volumes são de caráter secundário.

c) a autorização para a atracação de embarcação com carga da Classe 7 deve ser precedida pela confirmação de que as exigências contidas nos itens 29.6.4.6 a) e 29.6.4.6 b) desta NR foram adequadamente cumpridas. Esta confirmação será feita com base nas informações contidas nos documentos de transporte.

O consignador, em caso de embarque, ou consignatário, em caso de desembarque, deve possuir profissional (ex. Supervisor de Radioproteção certificado pela CNEN) qualificado para fornecer as informações necessárias a essa autorização.

d) monitorar e controlar a exposição de trabalhadores às radiações conforme critérios estabelecidos pela NE-3.01 e NE-5.01 - Diretrizes Básicas de Radioproteção da CNEN e alterações posteriores;

As quantidades e atividades contidas nos volumes são limitadas pela regulamentação, de forma a não impor riscos aos trabalhadores, ao público e ao meio-ambiente.

Este item deve ser excluído,

Propõe remover este item da NR.29.

Page 33: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

pois os embalados já chegam monitorados. O IT indica a taxa de dose a 1 metro de distância e os rótulos indicam as faixas de taxa de dose na superfície.

e) adotar medidas de segregação e isolamento com relação a pessoas e outras cargas, estabelecendo uma zona de segurança para o trabalho, por meio de placas de segurança, sinalização, cordas e dispositivos luminosos, definidos pelo SPR, conforme o caso.

Repetição do item b. Propõe-se a remoção deste item da NR.29.

29.6.5 Armazenamento de cargas perigosas.

29.6.5.1 A administração portuária, em conjunto com o SESSTP, deve fixar em cada porto, a quantidade máxima total por classe e subclasse de substâncias a serem armazenadas na zona portuária, obedecendo-se as recomendações contidas na tabela de segregação, Anexo IX.

Nenhuma modificação proposta

29.6.5.2 Os depósitos de cargas perigosas devem ser compatíveis com as características dos produtos a serem armazenados.

Nenhuma modificação proposta.

29.6.5.3 Não serão armazenadas cargas perigosas em embalagens inadequadas ou avariadas.

29.6.5.4 Deve ser realizada vigilância permanente e inspeção diária da carga armazenada, adotando-se, nos casos de avarias, os procedimentos previstos na respectiva ficha de emergência referida no subitem 29.6.3.1 alínea “b” desta norma.

29.6.5.11 Armazenamento de substâncias radioativas.

29.6.5.11.1 O armazenamento de substâncias radioativas será feito em depósitos especiais, de acordo com as recomendações da CNEN;

Não há na regulamentação da CNEN qualquer recomendação sobre “depósitos especiais” para armazenamento de cargas radioativas.

O armazenamento de cargas radioativas deve ser equivalente àqueles destinados à outras cargas perigosas.

29.6.5.11.1 O armazenamento de substâncias radioativas será feito de acordo "Norma de Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN 13/80 e Norma CNEN-NE 5.01/88 e alterações posteriores;

29.6.5.11.2 No armazenamento destas cargas, será obedecida a tabela de segregação do anexo IX.

Nenhuma modificação proposta.

Page 34: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

Ponto Focal Brasileiro para Assuntos de Recusas e

Demoras

Apresentação da Mineração Taboca SA

22/nov/2010

Local: Manaus – AMEmpresa: TAMAssunto: 3 Recusas seguidas de transporte de amostras de cassiterita com números ONU 2910 e 2912.Justificativas: •Preenchimento da DGD; e•Embalagem inadequada.

Foi solicitada embalagem metálica pelo despachante de PP da TAM.

VAMCRadioactive MaterialsReceipt and

Shipment General Awareness Training

Environmental Health & SafetyRadiation Safety SectionRevised January 2009

ANEXO 7

Page 35: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

RegulationsRegulations are referenced throughout this presentation.DOT regulations appear in white font.DOT 49 CFR –all modes of transportation

IATA Dangerous Goods Regulations -shipments by airlines that are members of IATA (commercial carriers).IATA regulations appear in light blue font.

Packaging LSA/SCOMay be packaged three ways:

In an appropriate Industrial Package (IP) -see Table 6 in §§§§173.427.

In a DOT 7A Type A package for domestic transportation only meeting requirements of 173.24, 173.24a, 173.410.

In a container for domestic transportation only provided certain conditions are met. An IP-1 can be used for LSA/SCO if the shipment is exclusive use, domestic transportation only, activity is A2, and radiation levels at 3 meters from unshielded material is 1 rem/hr.

Page 36: Relatório e Plano de Ação - CNENappasp.cnen.gov.br/seguranca/transporte/documentos/Recusas-e... · Plano de Ação Nacional . 2 Introdução O segundo encontro do comitê nacional

Obrigado