relatório e contas - cme.pt · 2.1.1. eletricidade . ... a atividade de distribuição elétrica,...
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Índice
1.Enquadramento macroeconómico e setorial ........................................................................................................... 1
2.Mercado interno ....................................................................................................................................................... 2
3.Opções Estratégicas ................................................................................................................................................ 4
4.Dados económicos e financeiros ............................................................................................................................. 5
5. Recursos Humanos ................................................................................................................................................. 8
6. Responsabilidade Social e Melhoria Contínua ....................................................................................................... 9
7. Comunicação e Imagem ....................................................................................................................................... 11
8. Perspetivas para 2014 .......................................................................................................................................... 11
9. Outros assuntos relevantes .................................................................................................................................. 12
10. Referências especiais ......................................................................................................................................... 12
11. Proposta de aplicação dos resultados ................................................................................................................ 13
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No cumprimento das obrigações legais e estatutárias, vem o Conselho de Administração apresentar à
Assembleia Geral o Relatório de Gestão e Contas de 2013 da Empresa CME - Construção e Manutenção
Electromecânica, S.A. (“CME” ou “Empresa”).
1.Enquadramento macroeconómico e setorial
Portugal registou, a partir do segundo trimestre de 2013, uma ligeira recuperação da atividade económica,
interrompendo assim a tendência verificada desde 2011, apesar de o PIB ter reduzido 1.4% durante o ano.
Contudo, apesar dos sinais de recuperação macroeconómica, a retoma não influenciou de facto o
desempenho das Empresas nem tão pouco se fez sentir ao nível da criação de emprego.
No setor da construção civil e obras públicas a procura continuou a abrandar sem se vislumbrar qualquer
indício de retoma.
Os esforços de austeridade impostos ao País, com o objetivo de cumprir as metas orçamentais definidas pela Troika, limitaram a despesa pública, prejudicaram o consumo privado e limitaram fortemente o investimento
público e privado. A quebra do investimento em Portugal atingiu, entre 2011 e 2013, 30,8% (dados do
Instituto Nacional de Estatística), tendo como consequência a estagnação da atividade produtiva.
No contexto internacional Portugal continuou a sofrer a influência do fraco crescimento da atividade nas
economias mais relevantes para a economia portuguesa. Em 2013 o crescimento da economia mundial foi
débil, situando-se em 3%, de acordo com o FMI.
Na Zona Euro o PIB decresceu 0,4% tendo, contudo, recuperado nos últimos três trimestres do ano. As
questões sociais permaneceram motivo de preocupação, com as taxas de desemprego a registarem níveis
elevados.
Em relação ao setor da construção e Obras Públicas a procura atingiu mínimos históricos. As estimativas
apontam para uma queda global da produção do setor da Construção de 15% em 2013, resultante de uma
queda na produção de 18% nos edifícios residenciais, de 13,8% nos edifícios não residenciais e de 14% nas
obras públicas. Quanto aos concursos públicos adjudicados em 2013 observou-se, em termos homólogos,
um decréscimo de 20% (Fonte FEPICOP - Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras
Públicas).
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Apesar da conjuntura desfavorável, a CME, em 2013, consolidou a posição de liderança na maior parte das
atividades onde opera e concretizou o seu plano estratégico. A CME centralizou a sua atuação na
sustentabilidade do negócio, baseada no rigor, inovação e diversificação, num enquadramento de
responsabilidade social e melhoria contínua.
A situação económica do país e a forte retração do setor influenciaram decisivamente os resultados, tendo-se
verificado uma redução de 17% no volume de negócios e uma quebra de 42% nos resultados líquidos da
CME, depois do imposto, relativamente a 2012.
2.Mercado interno
2.1.1. ELETRICIDADE
Em 2013, a atividade de construção e manutenção na rede de transporte da REN – Redes Energéticas
Nacionais foi idêntica à de 2012.
No final do ano foi concluído o importante projeto de instalação de cabos subterrâneos da 220 kV em Lisboa
e no Porto.
A atividade de instalação de redes em urbanizações não teve praticamente expressão durante 2013.
A atividade de distribuição elétrica, para a EDP Distribuição – Energia, S.A., apresentou o volume esperado,
em conformidade com os contratos adjudicados.
O volume de negócios nesta atividade reduziu 3%, o que, comparativamente com a redução verificada em
2012, evidencia a estabilização no setor.
As perspetivas para 2014 são de estabilização do nível da atividade.
2.1.2.GÁS E ÁGUA
No ano de 2013 esta atividade apresentou uma contração de 49% relativamente a 2012.
As Empresas de distribuição de gás e de água reduziram os seus investimentos de forma muito significativa.
As principais cidades do país estão dotadas de infraestruturas suficientes para fazer face aos consumos
atuais que, ao longo dos últimos anos, têm vindo a decrescer significativamente.
A atual atividade da CME nestes setores incide fundamentalmente na manutenção, conservação e
assistência a clientes.
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2.1.4. TELECOMUNICAÇÕES
A atividade de telecomunicações apresentou um decréscimo de 15% no volume de negócios. A CME iniciou
um processo de redirecionamento comercial, procurando fortalecer a sua presença junto dos clientes que
proporcionam modelos contratuais mais equilibrados e com menor grau de risco. Esta estratégia, com
resultados ainda incipientes em 2013, evidência a perspetiva de uma melhoria significativa nas margens da
atividade.
A CME contínua líder neste setor, num forte ambiente concorrencial e em constante mudança, privilegiando a
qualidade do serviço, a produtividade e a eficiência.
Prevê-se, para 2014, um resultado positivo.
2.1.5. INSTALAÇÕES E AMBIENTE
A fortíssima retração verificada no investimento industrial e imobiliário em 2013, bem como nos anos
antecedentes, teve como consequência um decréscimo de 63% na atividade. A Empresa procurou focalizar-
se na angariação de projetos específicos.
2.1.6. MANUTENÇÃO
A Empresa tem vindo a reforçar a sua presença na manutenção integral de parques eólicos e fotovoltaicos e
infraestruturas associadas. Ainda que com um volume pouco expressivo, verificou-se um crescimento de
122% relativamente a 2013.
Na área da manutenção industrial e do terciário, atividade fortemente prejudicada pela crise económica e
financeira, a CME continua a desenvolver o trabalho técnico e comercial conducente a um aumento do
volume de negócios, hoje ainda residual. Neste contexto, foi reorganizada a estrutura operacional do setor e
reorientada a estratégia.
2.1.7. PROJETOS ESPECIAIS
A área de projetos especiais não teve qualquer expressão durante o ano de 2013. Não foram lançados novos
concursos nem se prevê que o sejam em 2014.
A CME irá centrar a sua atenção no Mercado Angolano, cujas perspetivas são extremamente favoráveis para
2014.
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2.2. MERCADO EXTERNO
A internacionalização da Empresa tem vindo a consolidar-se de ano para ano, com destaque, em 2013, para
os seguintes mercados:
Cabo Verde: em 2013 a CME deu continuidade aos projetos que tinha em curso e obteve a adjudicação, por
parte do Ministério do Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde, de um projeto de Distribuição Elétrica no
valor de 35ME, em consórcio com a MTCV, a realizar no prazo de 3 anos.
O contracto prevê o fornecimento e instalação de equipamentos elétricos para a reabilitação, reforço e
ampliação das redes de média e baixa tensão no Maio, Fogo, Sal, S. Vicente, Santo Antão e Santiago. O
projeto é financiado pelo Banco de Desenvolvimento Africano e pela Agência de Cooperação Internacional do
Japão, Fundo Africano de Desenvolvimento e Agência Japonesa de Cooperação.
3.Opções Estratégicas
Em 2013 a Empresa centralizou os seus esforços na consolidação das atividades core em Portugal e na
internacionalização em países considerados estratégicos para a Empresa, sempre com a precaução e o
controlo de risco imprescindíveis nos mercados onde atua.
O desenvolvimento da atividade ocorreu de acordo com o previsto tendo-se materializado o plano de redução
de custos operacionais e administrativos, transversais a todas as unidades da Empresa, iniciado em 2012.
Também o sim.Pro, projeto que visa a implementação de um novo modelo de gestão administrativa, tornando
a gestão mais eficiente, produtiva e ajustada às necessidades do Grupo, se desenrolou ao longo de 2013,
prevendo-se para 2014 a implementação do novo modelo adequado à nova estrutura do Grupo.
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4.Dados económicos e financeiros
4.1. EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS POR ATIVIDADE (a)
(a) Somatório das vendas e serviços prestados e variação nos inventários de produção (Milhares de Euros)
4.2. PERCENTAGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE CADA ATIVIDADE PARA O VOLUME DE NEGÓCIOS
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4.3. CONTRIBUTO POR ATIVIDADE PARA O RESULTADO DA EMPRESA (a)
(a) Não inclui: os ganhos ou perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos e, as provisões constituídas no
exercício para cobertura do capital próprio negativo das subsidiárias (RLAI – MEP – Provisões subsidiárias = 6,8 M€).
4.4. EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS POR ANO (Milhares de Euros)
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4.5. PRINCIPAIS INDICADORES ECONOMICOS E FINANCEIROS (Milhares de Euros)
4.6. CARTEIRA DE ENCOMENDAS A 31 DE DEZEMBRO (Milhares de Euros)
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5. Recursos Humanos
Em termos operacionais o maior desafio foi a constante necessidade de ajustar a estrutura de recursos humanos à flutuação das atividades, sem descaracterizar as competências e o know-how acumulado dos
colaboradores, garantindo a sua adequação às necessidades da Empresa bem como o seu desenvolvimento,
profissional e pessoal, através da política de formação implementada na Empresa.
Numa conjuntura económica e social débil, como aquela em que a CME desenvolveu a sua atividade em
2013, privilegiamos o diálogo com os colaboradores, reconhecendo o empenho profissional e dedicação de
todos, como essenciais para o sucesso da Empresa.
Indicadores Recursos Humanos
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6. Responsabilidade Social e Melhoria Contínua
A manutenção das certificações do Sistema de Gestão Integrado da CME segundo os requisitos das normas
Qualidade (ISO 9001), Segurança (OHSAS 18001), Ambiente (ISO 14001) e Responsabilidade Social
(SA8000), e a obtenção dos Índices de Sinistralidade mais baixos dos últimos 5 anos, marcaram o ano de
2013.
Como principais ações desenvolvidas nestas temáticas, destacaram-se:
• O início da Campanha “SerSEGURO”, desenvolvida com o objetivo de reduzir a sinistralidade. Esta
campanha, entre outras iniciativas, preconizou a formação de todos os Coordenadores de Trabalhos com
especial enfoque nas suas responsabilidades no domínio da Segurança no Trabalho (nas obras sob sua coordenação) e a formação em Coaching de todos os Técnicos de Segurança da Empresa. A campanha
vai prolongar-se, com mais iniciativas, por 2014; • A celebração do dia de aniversário da CME através da distribuição, a todos os trabalhadores, de uma T-
shirt com os 10 Mandamentos da Responsabilidade Social, listando os principais aspetos dos direitos
laborais dos trabalhadores;
Em 2013 registamos uma preocupação no domínio da SA8000, manifestada ao representante dos
trabalhadores, que foi analisada e tratada em sede de Comité de Ética, tendo sido considerada sem
fundamento. Não se registou qualquer reporte de violação ao Código de Ética.
Os principais indicadores de qualidade, segurança, ambiente e responsabilidade social, apresentam-se nos
quadros seguintes:
Em 2013 registou-se um aumento da
satisfação do cliente e uma diminuição
do Índice de Frequência, o que são
excelentes resultados, apesar de o
número de reclamações (em função do
volume de negócios) ter aumentado.
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Tivemos em 2013 uma diminuição
da produção de resíduos, o que se
deveu, em grande parte, à redução
de obras de construção de Linhas
Subterrâneas de Muito Alta
Tensão, tendo mantido as
proporções de valorização de
resíduos na ordem dos 90% e uma
percentagem muito diminuta de
produção de resíduos perigosos –
são muito bons resultados.
Relativamente à avaliação interna, globalmente, diminuímos as pontuações atribuídas nas inspeções no
terreno o que, considerando os resultados positivos já analisados nos outros indicadores, poderá revelar
uma maior exigência aquando da realização das verificações em campo, dado o estado de maturidade
avançada em que se encontra o Sistema de Gestão.
Para 2014 a aposta será na manutenção dos elevados níveis de exigência em termos de conformidade com
a legislação e referenciais normativos, procurando aumentar, cada vez mais, a satisfação de todas as
partes interessadas, diminuindo a Sinistralidade laboral.
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7. Comunicação e Imagem
O Gabinete de Comunicação e Imagem procurou, em 2013, materializar o Plano de Comunicação da
Empresa, auxiliando-a na consecução dos seus objetivos, através do reforço da sua reputação e
posicionamento no mercado, e do estabelecimento de novas vias de comunicação, internas e externas, bem
como da promoção da segurança, bem estar e motivação dos colaboradores, através de campanhas e
programas específicos levados a cabo durante o exercício.
8. Perspetivas para 2014
Embora se perspetive uma melhoria nos setores de atividade onde a CME atua - a AECOPS (Associação de
Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços ) acredita que 2014 possa ser um ano de inflexão na
evolução do setor – é pouco expectável que a nível nacional a recuperação do investimento preconize
oportunidades significativas para as Empresas, o que nos faz encarar 2014 com grandes reservas, embora
com otimismo.
Para encarar os desafios que 2014 aportará, a Empresa beneficiará da restruturação do Grupo ProCME que terá como pano de fundo uma matriz com unidades de produção verticais e unidades técnicas e administrativas transversais a todas as Empresas do Grupo, com o objetivo de criar economias de escala na produção e na área administrativa e potenciar as unidades técnicas, por atividade, como elementos impulsionadores do negócio.
A CME prevê, para 2014, um decréscimo do volume de negócios de 16%, sendo os principais indicadores
económicos previstos para 2014, os seguintes:
• Volume de negócios: 147 MEuros
• Resultado líquido depois de imposto: 4,6 MEuros
Procuraremos manter a liderança, reforçando a posição junto dos nossos principais clientes em Portugal e
expandindo a atividade de uma forma sustentada, estabelecendo parcerias sólidas para abordagem de
grandes projetos, nacional e internacionalmente e daremos continuidade à estratégia de focalização nas
atividades dominadas, com o objetivo de minimizar o risco que a diversificação do mercado atualmente
representa. Para isso, contamos com os seguintes fatores críticos de sucesso:
• Uma equipa estabilizada e altamente motivada;
• Forte especialização nas áreas de negócio;
• Racionalização dos custos indiretos;
• Um orçamento para 2014, com metas realistas, baseado numa sólida carteira de
encomendas;
• Processos de cobrança eficazes com vista à redução do valor da dívida vencida;
• Acionistas que acompanham de perto a evolução da Empresa e garantem o seu apoio à
equipa de gestão.
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As prioridades de gestão, para o exercício de 2014, são as seguintes: • Otimizar o desempenho qualitativo e quantitativo em todas as áreas de atividade;
• Apostar em projetos de forte vertente ambiental;
• Reforçar presença nas atividades tradicionais da Empresa;
• Reforçar a presença na atividade dos projetos integrados, nomeadamente no sector
energético;
• Aumentar a presença no mercado externo;
• Melhorar resultados económicos e financeiros.
Tendo como base a carteira de encomendas da Empresa e a qualidade da mesma, prevê-se que 2014
decorra com normalidade, embora com uma redução do volume de negócios.
9. Outros assuntos relevantes
• A Empresa detém três sucursais localizadas em Espanha, Perú e Colômbia. As sucursais sedeadas no
Peru e Colômbia não tiveram atividade;
• Não ocorreram, durante o exercício de 2013, quaisquer negócios entre a Empresa e os seus
administradores (art.397º do Código das Sociedades Comerciais);
• A Empresa não possui ações próprias;
• O capital social da Empresa é de 13.300.000,00 Euros, representado por 266.000 ações, com o valor
nominal de 50,00 Euros, detidas na sua totalidade pelo acionista ProCME, Gestão Global de Projetos,
S.A..
10. Referências especiais
Os resultados obtidos em 2013 resultam, fundamentalmente, do apoio e esforço conjunto de um vasto
número de pessoas e organizações que connosco colaboram, direta ou indiretamente, a quem manifestamos
o nosso agradecimento:
• Aos nossos colaboradores que, durante todo o exercício, se dedicaram totalmente à Empresa,
contribuindo assim decisivamente para o êxito obtido;
• Aos nossos clientes, por terem confiado na nossa capacidade;
• Aos nossos fornecedores, que demonstraram grande capacidade para complementar o nosso
desempenho;
• Às instituições financeiras, por toda a colaboração prestada;
• Aos órgãos sociais da Empresa, nomeadamente Assembleia Geral e Fiscal Único, pela disponibilidade
sempre manifestada para colaborar com o Conselho de Administração.
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11. Proposta de aplicação dos resultados
Propõe-se que o resultado líquido positivo obtido no exercício findo em 2013, no montante de 4.652.374
Euros, seja aplicado em resultados transitados.
Lisboa, 28 de abril de 2014
Conselho de Administração
Presidente
José António dos Reis Costa
Vogais
Eugénio Bartolome LLorente Gomez
António Pais Pires de Lima
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ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO
Lista das ações de que são titulares em 31 de dezembro de 2013, os membros do Conselho de
Administração e Fiscal elaborada com base nos elementos prestados pelos mesmos (art.º 447.º n.º 5 do
Código das Sociedades Comerciais):
Não Aplicável Lista de acionistas titulares em 31 de dezembro de 2013, de mais de 10% do Capital Social (art.º 448.º n.º 4
do Código das Sociedades Comerciais)
ProCME – Gestão Global de Projectos, S.A …………………….100%
(Montantes expressos em Euros)
31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012
ATIVOATIVO NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangiveis 7 2.480.140 2.978.440Propiedades de investimento 10 164.500 0Ativos intangíveis 6 510 510Participações financeiras - método da equivalência patrimonial 11 11.423.680 19.842.149Participações financeiras - outros métodos 11 67.512 70.220Empréstimos concedidos a associadas e subsidiárias 5 423.900 25.000Acionistas e empresas do Grupo 5 13.842.901 13.613.001Outros ativos financeiros 16 72.319 72.319Clientes - retenções para garantia 16 1.772.031 0Ativos por impostos diferidos 15 771.919 835.631
31.019.410 37.437.270ATIVO CORRENTE
Inventários 12 5.762.199 6.757.472Clientes Acionista e empresas do grupo 5 4.073.775 3.025.537 Outros 16 46.940.244 61.571.034Adiantamentos a fornecedores 31.979 142.614Estado e outros entes públicos 21 1.778.460 1.243.707Empresas do grupo 5 41.365.247 44.480.349Outras contas a receber Devedores por acréscimos de rendimentos 16 12.738.307 10.496.219 Acionista e empresas do grupo 5 9.351.282 8.359.741 Outros devedores 16 1.406.624 1.569.327Diferimentos 18 640.356 654.996Ativos financeiros detidos para negociação 16 871.284 0Outros ativos financeiros 16 11.959 9.272Ativos não correntes detidos para venda 8 13.869.239 0Caixa e depósitos bancários 4 1.113.662 2.892.300
139.954.618 141.202.567TOTAL DO ATIVO 170.974.028 178.639.837
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCAPITAL PRÓPRIO
Capital social 16 13.300.000 13.300.000Reserva legal 16 2.660.000 2.660.000Outras reservas 16 13.944.166 13.944.166Resultados transitados 16 21.025.791 13.071.674Ajustamentos em ativos financeiros 16 (533.143) (380.959) Excedentes de revalorização 16 27.671 27.671Outras variações no capital próprio 16 480.578 516.884Resultado líquido do exercício 4.652.374 7.954.117
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 55.557.438 51.093.554
PASSIVOPASSIVO NÃO CORRENTE
Provisões 14 7.622.650 6.525.257Financiamentos obtidos Entidades bancárias 16 697.910 1.868.710 Locação financeira 16 202.992 68.168Passivos por impostos diferidos 15 182.288 186.360Fornecedores - retenções para garantias 19 3.412.747 0
12.118.588 8.648.495PASSIVO CORRENTE
Fornecedores Acionista e empresas do grupo 5 259.330 710.105 Outros 19 48.479.050 53.464.318Estado e outros entes públicos 21 900.159 824.418Acionistas 5 1.525.796 6.679.585Financiamentos Obtidos Entidades bancárias 16 24.423.187 17.557.064 Locação financeira 16 134.212 171.178Outras contas a pagar Fornecedores de investimentos 20 177.062 58.944 Credores por acréscimos de gastos 20 2.429.760 2.446.767 Acionista e empresas do grupo 5 8.390.125 10.693.545 Outros credores 20 39.383 78.454Diferimentos 18 16.539.936 26.213.411
103.298.002 118.897.788TOTAL DO PASSIVO 115.416.590 127.546.283TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 170.974.028 178.639.837(O anexo faz parte integrante do Balanço em 31 de dezembro 2013)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
RUBRICAS NOTASEXERCÍCIOS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012(Montantes expressos em Euros)
31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012
Vendas e serviços prestados Acionistas e empresas do grupo 5 3.808.877 3.466.811 Outros 22 123.665.223 148.167.167 Subsidios à exploração 59.713 40.063 Ganhos / (perdas) imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 11 (524.016) (1.813.268) Variação nos inventários de produção 12 (762.871) 1.209.880 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 12 (33.417.712) (38.183.448) Fornecimentos e serviços externos Acionistas e empresas do grupo 5 (6.148.631) (7.589.239) Outros 23 (56.912.890) (65.653.902) Gastos com o pessoal Acionistas e empresas do grupo 5 (8.328) 0 Outros 24 (25.397.049) (29.174.371) Imparidade de inventários (perdas / reversões) 12 17.724 (82.523) Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) 16 (2.092.759) 641.707 Provisões (aumentos / reduções) 14 (1.083.581) 187.447 Imparidade de investimentos não depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões) 16 2.687 41.891 Aumentos / redução de justo valor 16 (31.600) 0Outros rendimentos e ganhos Acionistas e empresas do grupo 5 1.314.831 1.388.826 Outros 26 6.138.967 3.412.075 Outros gastos e perdas 27 (3.488.171) (3.572.456)
RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS 5.140.415 12.486.661 Gastos / reversões de depreciação e amortização 25 (938.156) (952.883)
RESULTADO OPERACIONAIS (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS) 4.202.259 11.533.778 Juros e rendimentos similares obtidos Acionistas e empresas do grupo 5 2.343.090 2.920.215 Outros 28 1.615.878 280.898 Juros e gastos similares suportados 28 (2.385.373) (2.900.785)
RESULTADO ANTES DE IMPOSTO 5.775.855 11.834.105 Imposto sobre o rendimento do exercício 15 (1.059.768) (2.788.396) Imposto diferido do exercício 15 (63.712) (1.091.592)
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 4.652.374 7.954.117 Resultado básico por ação 29 17,49 29,90(O anexo faz parte integrante da Demonstração dos Resultados por Naturezas do Exercício findo em 31 de dezembro 2013)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A.
EXERCÍCIOS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
Capital social Reserva legal Outras reservas Resultados transitados
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no
capital próprio
Resultado líquido do período
POSIÇÃO NO INICIO DO EXERCÍCIO 1 13.300.000 2.660.000 13.944.166 13.071.674 (380.959) 27.671 516.884 7.954.117 51.093.554ALTERAÇÕES NO EXERCÍCIOSAjustamentos em investimentos financeiros 11 0 0 0 0 (152.184) 0 0 0 (152.184)Imposto diferido relativo ao subsidio do governo 15 0 0 0 0 0 0 4.072 0 4.072Variações do exercício relativo ao subsidio do governoo 16 0 0 0 0 0 0 (40.378) 0 (40.378)
2 0 0 0 0 (152.184) 0 (36.306) 0 (188.490)RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3 4.652.374 4.652.374RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 4.652.374 4.652.374
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO EXERCÍCIOAplicação de resultados 16 0 0 0 7.954.117 0 0 0 (7.954.117) 0
5 0 0 0 7.954.117 0 0 0 (7.954.117) 0POSIÇÃO NO FIM DO EXERCÍCIO 6=1+2+3+5 13.300.000 2.660.000 13.944.166 21.025.791 (533.143) 27.671 480.578 4.652.374 55.557.438
Capital social Reserva legal Outras reservas Resultados transitados
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no
capital próprio
Resultado líquido do período
POSIÇÃO NO INICIO DO EXERCÍCIO 1 13.300.000,00 2.660.000,00 13.944.166,16 28.598.689,83 -65.824,48 27.671,39 743.621,85 9.972.983,96 69.181.308,71ALTERAÇÕES NO EXERCÍCIOAjustamentos em investimentos financeiros 11 0 0 0 0 (315.134) 0 0 0 (315.134)Imposto diferido relativo ao subsidio do governo 15 0 0 0 0 0 0 (186.360) 0 (186.360)Variações do exercício relativo ao subsidio do governo 16 0 0 0 0 0 0 (40.378) 0 (40.378)
2 0 0 0 0 (315.134) 0 (226.738) 0 (541.872)RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3 7.954.117 7.954.117RESULTADO INTEGRAL 4=2+3 7.954.117 7.954.117
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO EXERCÍCIOAplicação de resultados 16 0 0 0 9.972.984 0 0 0 (9.972.984) 0Distribuição de dividendos 16 0 0 0 (25.500.000) 0 0 0 0 (25.500.000)
5 0 0 0 (15.527.016) 0 0 0 (9.972.984) (25.500.000)POSIÇÃO NO FIM DO EXERCÍCIO 6=1+2+3+5 13.300.000 2.660.000 13.944.166 13.071.674 (380.959) 27.671 516.884 7.954.117 51.093.554
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(O anexo faz parte integrante da Demonstração das Alterações no Capital Próprio do exercício findo em 31 de dezembro de 2013)
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
RUBRICAS NOTAS
31 de dezembro 2013
CME - Construção e Manutenção Eletromecânica S.A.
(Montantes expressos em Euros)
RUBRICAS NOTAS
31 de dezembro 2012
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCICIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 118.651.832 168.056.943Pagamentos a fornecedores (99.250.109) (123.620.015) Pagamentos ao pessoal (13.635.895) (16.770.685)
Caixa gerada pelas operações 5.765.828 27.666.243
(Pagamento) / recebimento do imposto sobre o rendimento (334.760) 345.450 (Pagamento) / recebimento de outros impostos (4.325.979) (6.462.032)
Outros recebimentos / (pagamentos) (2.237.206) (2.014.146) Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) (1.132.117) 19.535.514
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOPagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis (239.011) 0Participações financeiras (87.195) (10.168.752) Empréstimos concedidos a empresas do grupo (5.440.584) (6.657.453) Activos não correntes detidos para venda (2.761.200) Ativos financeiros detidos para negociação (902.884) 0
Recebimentos Provenientes de:Ativos fixos tangíveis 37.250 29.912Juros e rendimentos similares 979.534 110.982Empréstimos concedidos a empresas do grupo 4.254.100 10.510.800
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) -4.159.990 -6.174.511
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos Entidades bancárias 176.623.667 188.810.969
Pagamentos respeitantes a:Financiamentos obtidos Entidades bancárias (169.716.139) (193.639.817) Juros e gastos similares (2.092.252) (2.493.332) Amortizações de contratos de locação financeira (246.006) (236.675)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 4.569.270 (7.558.855)
Variação de caixa e seus equivalentes (1) + (2) + (3) (722.837) 5.802.148 Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 (2.437.132) (8.239.280) Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 (3.159.970) (2.437.132) (O anexo faz parte integrante da Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercicio findo em 31 de dezembro de 2013)
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
CME - CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO ELECTROMECÂNICA, S.A.
(Montantes expressos em Euros)
RUBRICAS NOTASEXERCICIOS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. NOTA INTRODUTÓRIA
A CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. (“CME” ou “Empresa”), matriculada no Registo
Comercial de Cascais com o nº 501369295, com sede na Rua Rui Teles Palhinha, n.º 4 – 3º piso, 2740 – 278
Porto Salvo, constituída em 28 de janeiro de 1983, possui um capital social de € 13.300.000 integralmente
subscrito e realizado.
A CME, tem como atividades a:
• Manutenção e exploração de instalações elétricas, eletromecânicas, telecomunicações, construção
civil, caminho-de-ferro, climatização, gás, água e obras públicas;
• Comercialização de todo o tipo de equipamentos de telecomunicações e materiais para redes de
telecomunicações;
• Exploração, conservação e manutenção de sistemas de abastecimento e tratamento de água, de
sistemas de tratamento de resíduos urbanos e industriais e de espaços verdes;
• Construção, manutenção e exploração de sistemas produtores de energia;
• Conceção e desenvolvimento, recolha e gestão de informação georreferenciada; e
• Prestação de serviços de cartografia e de topografia.
A Empresa é detida a 100% pela Procme - Gestão Global de Projetos, S.A. (“Procme”).
As demonstrações financeiras anexas, preparadas de acordo com o Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho,
referem-se à atividade da Empresa em termos individuais e não consolidados. As participações financeiras
nas empresas subsidiárias e associadas foram registadas pelo método da equivalência patrimonial e não
incluem o efeito da consolidação integral ao nível de ativos, passivos, rendimentos e gastos.
Nos termos do art.º 7 do Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, a Empresa está dispensada de elaborar
demonstrações financeiras consolidadas, uma vez que a sua acionista Procme, apresenta contas
consolidadas, nas quais são incluídas as demonstrações financeiras da Empresa e das suas subsidiárias.
As demonstrações financeiras findas em 31 de dezembro de 2013, foram aprovadas em conselho de
administração no dia 28 de abril de 2014.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal,
vertidas no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas
contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas, consignadas respetivamente, nos Avisos
15652/2009, 15653/2009 e 15655/2009, de 7 de setembro de 2009, os quais, no seu conjunto, constituem o
Sistema de Normalização Contabilística “SNC”. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e
interpretações será designado genericamente por “NCRF”.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, não ocorreram quaisquer alterações de
políticas contabilísticas ou alterações significativas de estimativas, nem foram identificados erros materiais
que devessem ser corrigidos.
. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as
seguintes:
3.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a
partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da
elaboração das demonstrações financeiras.
3.2. Investimentos em subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas As participações financeiras em subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas, são
registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as
participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas
em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte da Empresa nos ativos líquidos das
correspondentes entidades. Os resultados da Empresa, incluem a parte que lhe corresponde nos resultados
dessas entidades.
As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método da compra. O
correspondente custo é determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos
entregues ou a entregar; (b) justo valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; e (c) justo valor de
instrumentos de capital próprio emitidos pela Empresa em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de ativos e passivos identificáveis de cada entidade adquirida na data de aquisição é reconhecido como goodwill. O goodwill é registado em conjunto com a
participação financeira sendo que o mesmo não é sujeito a amortização.
Anualmente, ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor, os valores de goodwill são sujeitos
a testes de imparidade. Qualquer perda por imparidade é registada de imediato como custo na demonstração
de resultados do período e não pode ser suscetível de reversão posterior.
Na alienação de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, o correspondente goodwill é incluído na determinação da mais ou menos-valia económica.
É feita uma avaliação das participações financeiras quando existem indícios de que o ativo possa estar em
imparidade, sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que
se demonstre existir.
Quando a proporção da Empresa nos prejuízos acumulados da subsidiária, excede o valor pelo qual o
investimento está registado, este é relatado pelo valor nulo, exceto quando a Empresa tenha assumido
compromissos de cobertura de prejuízos da participada, casos em que as perdas adicionais determinam o
reconhecimento de um passivo. Se posteriormente a subsidiária relatar lucros, a Empresa retoma o
reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após igualar a parte de perdas não reconhecidas.
Os ganhos não realizados em transações com subsidiárias são eliminados proporcionalmente ao interesse da
Empresa nos mesmos, por contrapartida da correspondente rubrica de investimentos. As perdas não
realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não resulta de uma
situação em que o ativo transferido esteja em imparidade.
As participações financeiras em empresas participadas, são registadas ao custo de aquisição e deduzidas de
eventuais perdas de imparidade.
3.3. Rédito O rédito da Empresa é relativo, essencialmente, a contratos de prestação de serviços de instalação e
manutenção de infraestruturas.
O rédito é reconhecido com referência ao grau de acabamento do serviço prestado à data do relato, quando o
montante do rédito possa ser mensurado com fiabilidade, for provável que benefícios económicos futuros
fluam para a Empresa, os custos incorridos ou a incorrer com a transação possam ser mensurados com
fiabilidade e o grau de acabamento do serviço à data do relato possa ser mensurado com fiabilidade.
No final de cada exercício, os rendimentos diretamente relacionados com os contratos de prestação de
serviços em curso são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua percentagem de
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) acabamento, a qual é determinada pelos trabalhos executados até à data do balanço. As diferenças entre os
proveitos apurados através da aplicação deste método e a faturação emitida são contabilizadas nas rubricas
“Devedores por acréscimo de rendimento” ou “Diferimentos”, consoante a natureza da diferença.
Quando for provável que os gastos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a correspondente
perda esperada é reconhecida de imediato como um gasto. O montante de tal perda é determinado
independentemente de ter ou não ter começado o trabalho de contrato, da fase de acabamento do contrato e
dos lucros que se espera que surjam noutros contratos que não sejam tratados como um contrato único.
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação a receber e é reconhecido, líquido de descontos,
devoluções e impostos relacionados com a venda.
O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:
• Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;
• A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;
• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
• É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa; e
• Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da
transação à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:
• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
• É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa;
• Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade; e
• A fase de acabamento da transação à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios
económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.
Para as penalizações faturadas, uma vez que não existem certezas, quanto ao seu recebimento, a Empresa
difere as mesmas, reconhecendo o rédito numa base de caixa.
3.4. Locações As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente
todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são
classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da
forma do contrato.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes
responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor
presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre
encargos financeiros e redução da responsabilidade, de forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre
o saldo pendente da responsabilidade.
A frota e o edifício da Empresa encontram-se em regime de locação operacional, sendo o valor das rendas
reconhecido como gasto na demonstração dos resultados do exercício a que respeita.
Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período
da locação.
3.5. Transações e saldos em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às
taxas de câmbio das datas das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens
monetários denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias
escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são
atualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respetivos justos valores foram determinados. As
quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda
estrangeira não são atualizadas.
As diferenças de câmbio resultantes das atualizações atrás referidas são registadas em resultados do
período em que são geradas.
A cotação utilizada para a conversão da moeda estrangeira foi a seguinte:
3.6. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros são reconhecidos como gastos do exercício no montante em que ocorrem.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 3.7. Subsídios do Governo Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos quando, existe uma certeza razoável de que a Empresa
irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e, de que os mesmos irão ser recebidos.
Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de ativos não correntes são reconhecidos
inicialmente no capital próprio, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática como
rendimentos do exercício durante as vidas úteis dos ativos com os quais se relacionam.
Outros subsídios do Governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma
sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos diretamente relacionados.
Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros
associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis.
3.8. Inventários As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, o qual inclui
todas as despesas incorridas até à entrada em armazém. Como método de valorização das saídas é utilizado
o custo médio ponderado.
Os inventários são compostos essencialmente por materiais e equipamentos a incluir nas obras
desenvolvidas pela CME, sendo registados pelo menor entre o custo e o valor líquido de realização.
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, englobando não só os
custos diretos, como também os custos indiretos de produção.
Os trabalhos em curso podem ser classificados como obras de curta e longa duração (carácter plurianual).
As obras de curta duração estão valorizadas ao custo de produção, com o especial cuidado para o
balanceamento dos respetivos custos e proveitos.
As obras de carater plurianual estão valorizadas pelo critério de percentagem de acabamento. De acordo
com este critério, no final de cada exercício os gastos e rendimentos relacionados com as obras em curso
são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em função do critério da percentagem de
acabamento das obras, o qual é determinado pelos trabalhos executados até à data de balanço (Nota 3.3).
3.9. Impostos sobre o rendimento Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos.
Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam
com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos, os impostos correntes e os impostos
diferidos são igualmente registados no capital próprio.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) O imposto corrente a pagar é calculado com base no lucro tributável do exercício da Empresa. O lucro
tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas
serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes. O lucro tributável exclui ainda os gastos e
rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis, de acordo com as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para
efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. São geralmente
reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São
reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal
reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros
suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão
desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expetativas quanto à sua
utilização futura.
Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se
espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas
taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato.
A compensação entre ativos e passivos por impostos diferidos apenas é permitida quando: (i) a Empresa tem
um direito legal de proceder à compensação entre tais ativos e passivos para efeitos de liquidação; (ii) tais
ativos e passivos se relacionam com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e
(iii) a Empresa tem a intenção de proceder à compensação para efeitos de liquidação.
3.10. Propriedades de investimento As propriedades de investimento compreendem terrenos e imóveis detidos pela Empresa para obter rendas
e/ou valorizações do capital, não se destinando ao uso na produção, a fins administrativos ou à venda no
decurso normal da atividade da Empresa.
Uma propriedade de investimento é mensurada inicialmente pelo seu custo de aquisição ou produção,
incluindo os custos de transação que lhe sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as
propriedades de investimento são mensuradas ao custo deduzido de depreciações e de perdas de
imparidade acumuladas, quando aplicável.
As propriedades de investimento foram depreciadas de acordo com o método das quotas constantes
considerando uma vida útil estimada de 50 anos.
A Empresa providencia sempre que se justifique, avaliações dos ativos classificados como propriedades de
investimento para determinar eventuais imparidades.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento, nomeadamente, manutenções,
reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no período a que se
referem. As beneficiações relativamente às quais existem expetativas de que irão gerar benefícios
económicos futuros adicionais são capitalizadas na rubrica “Propriedades de investimento”.
3.11. Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis, encontram-se registados pelo custo de aquisição e/ou construção, líquido das
depreciações acumuladas e das perdas por imparidade, exceto os bens reavaliados ao abrigo do Decreto-lei
nº 31/98 de 11 de fevereiro que figuram pelo valor resultante da respetiva reavaliação efetuada, tendo o
mesmo sido considerado no novo custo de aquisição.
Os ativos fixos tangíveis, são inicialmente registados ao custo de aquisição e/ou construção, o qual inclui o
custo de compra, quaisquer custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos
na localização e em condições necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a
estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção dos ativos e de restauração dos respetivos
locais de localização que a Empresa espera incorrer.
As depreciações são calculadas pelo método linear por duodécimos, a partir da data em que o ativo se
encontra disponível para utilização, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de
bens.
Na CME, as taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma
alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.
As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar
benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que incorrem.
O ganho (ou a perda), resultante da alienação ou abate de um ativo fixo tangível, é determinado como a
diferença entre, o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo e é reconhecido em
resultados no período em que ocorre a alienação.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 3.12. Intangíveis a) Intangíveis adquiridos separadamente Os ativos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas
por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil
estimada dos ativos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são
revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos
resultados prospectivamente. b) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento Os dispêndios com atividades de pesquisa são registados como gastos no período em que ocorrem.
É reconhecido um ativo intangível gerado internamente resultante de dispêndios de desenvolvimento de um
projeto apenas se forem cumpridas e demonstradas todas as seguintes condições:
• Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso
ou para venda;
• Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;
• Existe capacidade para usar ou vender o intangível;
• O intangível é suscetível de gerar benefícios económicos futuros;
• Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o
desenvolvimento do intangível e para o usar ou vender; e
• É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de
desenvolvimento.
O montante inicialmente reconhecido do ativo intangível gerado internamente consiste na soma dos
dispêndios incorridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são
cumpridas tais condições, os dispêndios incorridos na fase de desenvolvimento são registados como gastos
do período.
Os ativos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por
imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada
dos ativos intangíveis.
As vidas úteis e método de amortização dos vários ativos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de
alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.
3.13. Imparidade de ativos fixos tangíveis Em cada data de relato é efetuada uma revisão das quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis da
Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir
algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da
perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um ativo
individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) A quantia recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor
deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa
futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflita as
expetativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da
unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido
ajustadas.
Sempre que a quantia escriturada do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia
recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na
demonstração dos resultados na rubrica de perdas por imparidade.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há
evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram, sendo reconhecida
na demonstração dos resultados na rubrica reversões de perdas por imparidade, e efetuada até ao limite da
quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.
3.14. Provisões As provisões destinam-se a cobrir responsabilidades da atividade da Empresa, e somente são reconhecidas
quando a Empresa, tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de acontecimentos passados
e é provável que, para a liquidação dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos, devendo ser esse
montante razoavelmente estimável.
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos
recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada, tendo em consideração os
riscos e incertezas associados à obrigação.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como provisões.
É reconhecida uma provisão para reestruturação quando a Empresa desenvolveu um plano formal detalhado
de reestruturação e iniciou a implementação do mesmo ou anunciou as suas principais componentes aos
afetados pelo mesmo. Na mensuração da provisão para reestruturação são apenas considerados os
dispêndios que resultam diretamente da implementação do correspondente plano, não estando,
consequentemente, relacionados com as atividades correntes da Empresa.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor estimativa a essa
data.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre
que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota,
nem provável.
Ativos contingentes
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for
provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
3.15. Ativos e passivos financeiros Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das
correspondentes disposições contratuais.
Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado deduzido
de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:
• Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;
• Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e
• Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado
no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa,
usando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre esse montante na data do balanço e
maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados
no valor líquido contabilístico do ativo ou passivo financeiro.
Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:
• Clientes;
• Acionistas e empresas do Grupo;
• Adiantamentos a fornecedores;
• Outras contas a receber;
• Fornecedores;
• Outras contas a pagar; e
• Financiamentos obtidos. Os ativos registados na rubrica “Ativos financeiros detidos para negociação” não se encontram classificados
na categoria “ao custo ou custo amortizado”, dado que são mensurados ao justo valor com as alterações
reconhecidas na demonstração dos resultados.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Caixa e equivalentes de caixa
A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos à ordem, e aplicações de tesouraria
vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de
alteração de valor, líquido dos descobertos bancários.
Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes de
imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma
evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento
inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer
corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos de
caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à
diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.
As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Perdas por imparidade” no período em
que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente
relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida
por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (custo
amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é
registada em resultados na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”.
Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
A Empresa desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa
expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios
significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos
relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo
sobre os mesmos tenha sido cedido.
A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada,
cancelada ou expire.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 3.16. Ativos não correntes detidos para venda Os ativos não correntes, nomeadamente ativos fixos tangíveis e participações de capital, são classificados
como detidos para venda se o respetivo valor for realizável através de uma venda e não através do seu uso
continuado. Considera-se que esta situação se verifica apenas quando:
• A venda, seja muito provável e o ativo esteja disponível para venda imediata nas suas atuais
condições;
• A Empresa tenha assumido um compromisso de vender; e
• Seja expetável que a venda se concretize num período de 12 meses.
Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são mensurados ao menor de entre a sua
quantia escriturada antes desta classificação e o seu justo valor, deduzido dos custos expectáveis com a sua
venda. Quando o justo valor é inferior à quantia escriturada, a diferença é reconhecida na demonstração dos
resultados.
Os ativos não correntes detidos para venda são apresentados em linha própria no balanço.
Os ativos não correntes detidos para venda não são, em qualquer caso, objeto de depreciação ou
amortização.
Quando a Empresa está comprometida com um plano de venda de uma subsidiária que envolva a perda de
controlo sobre a mesma, todos os ativos e passivos dessa subsidiária são classificados como detidos para
venda, desde que cumpram os requisitos referidos anteriormente, ainda que a Empresa retenha algum
interesse minoritário na subsidiária após a venda.
Caso um ativo deixe de cumprir os requisitos para ser reclassificado como detido para venda, esta
classificação deve cessar e o seu valor deve passar a ser o mais baixo entre: (i) a quantia escriturada antes
da classificação como detido para venda, ajustado por qualquer depreciação ou amortização que teria sido
efetuada caso não tivesse sido classificado como tal; e (ii) a quantia recuperável à data da decisão posterior
de não vender. Qualquer ajustamento é reconhecido em resultados. 3.17. Especialização dos exercícios As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual
estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas
ou pagas. As diferenças entre as receitas e despesas geradas e os correspondentes montantes faturados
são registadas nas rubricas de “Outras contas a receber”, “Outras contas a pagar” e “Diferimentos”.
3.18. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associada a estimativas Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e
utilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as
quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. Durante o ano findo em 31 de dezembro de 2013,
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) não ocorreram alterações de políticas contabilísticas ou estimativas relevantes, relativamente às utilizadas na
preparação e apresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2012,
nem foram reconhecidos erros materiais relativos a períodos anteriores.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento
existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim
como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos
subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram
consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das
demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza
associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas
foram os seguintes:
• Ativos fixos tangíveis / estimativas de vidas úteis
As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo o método utilizado, o descrito na
nota 3.11, a partir da data em que o ativo se encontra disponível para utilização.
As respetivas vidas úteis são revistas e ajustadas, se necessário em cada data de relato.
• Registo de impostos diferidos
Os impostos diferidos são calculados com base nas diferenças temporárias entre os valores
contabilísticos dos ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação dos
impostos diferidos é utilizada a taxa de imposto que se espera estar em vigor no período em que as
diferenças temporais são revertidas. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e
reduzidos sempre que a sua utilização deixe de ser possível.
• Rédito a reconhecer
Os ganhos e rendimentos estimados dos contratos de prestação de serviços para efeitos de
reconhecimento dos resultados dos mesmos, tendo em consideração a percentagem de
acabamento. De salientar que a estimativa de ganhos e gastos dos contratos de prestação de
serviços é complexo e envolve um número de variáveis que compõem a estimativa dos custos totais
a incorrer com cada contrato.
• Registo de provisões
A Empresa analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e
que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da
probabilidade e montante de recursos internos necessários para liquidação das obrigações poderá
conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo
futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. Salienta-
se neste particular as provisões decorrentes da prestação de garantias em contratos de prestação
de serviços e as decorrentes de contratos com margem negativa.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
• Perdas por imparidade em contas a receber
O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de reporte, tendo em conta
a informação histórica do devedor e o seu perfil de risco. As contas a receber são ajustadas pela
avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do balanço, os quais
poderão divergir do risco efetivo que venha a ser incorrido.
3.19. Acontecimentos subsequentes Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos
após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.
. FLUXOS DE CAIXA
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica, “Caixa e seus equivalentes” inclui, numerário, depósitos
bancários imediatamente mobilizáveis, líquidos de descobertos bancários de curto prazo, e detalha-se como
segue:
Em 31 de dezembro de 2013, os depósitos a prazo vencem juros à taxa de mercado e, têm prazo de
reembolso no decorrer do exercício de 2014.
. PARTES RELACIONADAS
A Empresa está inserida no perímetro de consolidação da Procme, que tem sede em Porto Salvo, na Rua
Teles Palhinha, n.º 4 – Leião.
A Empresa, é detida em 100% pela Procme.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 5.1. Saldos e transações com partes relacionadas: No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os saldos com partes relacionadas,
são os seguintes:
31 de dezembro de 2013
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 31 de dezembro de 2012
Nas operações comerciais, bem como nas operações financeiras efetuadas entre a Empresa e qualquer
outra entidade com a qual esteja em situação de relações especiais, são contratados, aceites e praticados
termos ou condições substancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e
praticados entre entidades independentes em operações comparáveis.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o saldo de clientes era referente, essencialmente, a trabalhos de
empreitada efetuados no exercício.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o saldo de outras contas a receber correntes das empresas
relacionadas Agardirver e Imocme refere-se à alienação de terrenos e apartamentos.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as contas a pagar correntes são referentes à prestação de serviços
partilhados por parte do acionista, e o saldo de acionistas com saldo credor corrente refere-se ao valor a
pagar no âmbito do RETGS.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as outras contas a pagar relativas ao ACE Ciclo Combinado de Lares
referem-se a pagamentos realizados pelo ACE relacionado com o acerto de fecho do mesmo.
A 31 de dezembro de 2013, os empréstimos concedidos às empresas do grupo, com exceção do valor
concedido ao ACE FGD de Sines, no valor total de € 49.266.801, vencem juros à taxa Euribor a 1 mês acrescida de um spread à taxa normal de mercado.
No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as transações efetuadas com partes
relacionadas, são os seguintes:
31 de dezembro de 2013
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 31 de dezembro de 2012
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os juros e rendimentos similares obtidos são
referentes aos empréstimos de tesouraria concedidos. 5.2. Remuneração dos membros dos órgãos sociais Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os membros do Conselho de
Administração não foram remunerados.
5.3. Avales e outras responsabilidades obtidas e concedidas a empresas relacionadas A Empresa, concedeu à sua subsidiária CME Chile, uma Stand By Letter, no montante de € 4.809.549, para
obtenção de financiamentos bancários localmente.
A Procme (acionista da CME), concedeu avales a favor da CME, no montante total de € 7.380.295, com as
seguintes finalidades de garantia:
• € 785.387 – Mútuo Banco Popular;
• € 2.500.000 – Conta Corrente Confirming Banco Popular;
• € 2.000.000 – Conta Corrente CGD;
• € 881.945 – Conta Corrente Caja Duero;
• € 1.083.333 - Mútuo Nova Caixa Galicia; e
• € 129.630 – Garantias bancárias Nova Caixa Galicia.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. ATIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na quantia
escriturada dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumuladas e perdas por
imparidade, foi o seguinte:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Empresa desreconheceu do seu balanço, os ativos
intangíveis que se encontravam totalmente amortizados, permanecendo apenas o valor das licenças de software.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
.ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na quantia
escriturada dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por
imparidade, foi o seguinte:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, os movimentos mais relevantes ocorridos na rubrica
de “Ativos fixos tangíveis”, foram os seguintes:
• O valor das transferências e abates, relevado na rubrica de “Terrenos e recursos naturais” refere-se
à reclassificação para “Propriedades de investimento” (Nota 10);
• O valor das transferências e abates, relevado na rubrica de “Edifícios e outras construções” refere-
se ao abate de benfeitorias realizadas em dois armazéns, cujo contrato de arrendamento foi
denunciado, no decurso do ano 2013, no montante de € 54.529, tendo gerado perdas em ativos
fixos tangíveis, no montante de € 37.814 (Nota 27) e o restante, à reclassificação para “Propriedades
de investimento” (Nota 10); • Em 2013, procedeu-se ao abate de projetos de cartografia, realizados através do sistema de
informação geográfica durante o ano 2001, que abrangiam o território nacional e que se encontrava
desatualizado e sem qualquer valor comercial (rubrica de “Equipamento básico”);
• O valor das transferências e abates, relevado na rubrica de “Equipamento administrativo”, refere-se
ao abate de vários equipamentos informáticos, em virtude dos mesmos se encontrarem obsoletos e
terem sido doados a uma escola. Foram adquiridos novos equipamentos informáticos para
substituição dos antigos;
• As aquisições, registadas na rubrica “Outros ativos fixos tangíveis”, dizem respeito essencialmente a
equipamentos para uso na atividade operacional da Empresa; e
• Os aumentos registados na rubrica “Equipamento transporte”, dizem respeito essencialmente à aquisição de viaturas em leasing, para uso na atividade operacional da Empresa.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, os movimentos mais relevantes ocorridos na rubrica
de “Ativos fixos tangíveis”, foram os seguintes:
• O valor das transferências e abates, relevado na rubrica de “Terrenos e recursos naturais” refere-se
à doação de um prédio rústico, inscrito sob o artigo 2.164, localizado na Quinta da Ribeira, freguesia
de Vila Verde, concelho da Figueira da Foz à Câmara da Figueira da Foz; • Em 2012, procedeu-se ao abate de software que se encontrava desatualizado, no montante
aproximado de € 102.000 (rubrica de “Equipamento Administrativo”);
• As Alienações e Transferências e abates, registadas na rubrica “Outros ativos fixos tangíveis”, dizem
respeito essencialmente a, furtos que ascenderam a € 50.000 e a venda para sucata de material no
montante aproximado de € 86.000. No decorrer do exercício findo de 31 de dezembro de 2012 e
2011, decorrente da alienação de diversos equipamentos, a Empresa reconheceu perdas em ativos
fixos tangíveis no montante de € 149.158 e € 7.989, respetivamente (Nota 25);
• Os aumentos registados na rubrica “Equipamento básico”, dizem respeito essencialmente à,
aquisição de equipamentos para uso na atividade operacional da Empresa.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Em 31 de dezembro de 2013, a Empresa apresenta no ativo não corrente classificado como detido para
venda, o valor da participação da subsidiária, Atlântico – Concessionária de Transmissão de Energia, S.A.,
sedeada no Brasil, no montante de € 13.869.239, dado que a essa data a empresa encontra-se num
processo de venda, cuja conclusão está prevista para 2014.
Ainda em 2013, a CME e a acionista Procme, acordaram, por motivos económicos e estratégicos do Grupo
Procme, a assunção por parte de acionista dos eventuais prejuízos decorrentes do valor final de venda da
participação, mediante o pagamento da Procme à CME do valor que vier a corresponder ao prejuízo desta na
operação.
O valor da participação na Atlântico teve a seguinte variação durante o exercício findo em 31.12.2013 (Nota
11).
. LOCAÇÕES
A Empresa é locatária em contratos de locação financeira relacionados com a aquisição de viaturas ligeiras e
de mercadorias utilizados na atividade operacional da Empresa.
Os bens ativos da Empresa, adquiridos sob a forma de locação financeira em 31 de dezembro de 2013 e
2012, são como segue:
31 de dezembro de 2013
Conforme remissão expressa na Nota 3.4., os ativos fixos tangíveis adquiridos sob a forma de locação
financeira, são registados pelo método financeiro.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
O pagamento mínimo da locação financeira, em 31 de dezembro de 2013 (Nota 16), são como segue:
Até 1 ano: € 134.212
Entre 1 e 5 anos: € 202.993
A pagar em 2015: € 78.703
A pagar em 2016: € 75.128
A pagar em 2017: € 49.162
O pagamento mínimo da locação financeira, em 31 de dezembro de 2012, são como segue:
Até 1 ano: € 171.178
Entre 1 e 5 anos: € 68.168
A pagar em 2014: € 61.129
A pagar em 2015: € 7.038
31 de dezembro de 2012
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as operações de locação operacional,
respeitam, essencialmente, a aluguer de equipamento de transporte, para serviço e uso na Empresa e,
arrendamento de edifícios utilizados na sua atividade. Os pagamentos mínimos não canceláveis das locações
em 31 de dezembro de 2013 e 2012, são como segue:
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Em 31 de dezembro de 2013, a Empresa tem os seguintes ativos classificados como propriedades de
investimento:
(i) Em 2013 a Empresa reclassificou, para a rubrica “Propriedades de investimento”, um terreno sito em Vila
Nova de Gaia, no montante de € 99.760 que se encontrava registado na rubrica “Terrenos e recursos
naturais” (Nota 9), bem como de uma loja sita também em Vila Nova de Gaia, no montante de € 101.156 que
se encontrava registada na rubrica “Edifícios e outras construções” (Nota 9), uma vez que estes ativos não se encontravam afetos à atividade operacional da Empresa, nem têm uso futuro determinado.
No período findo em 31 de dezembro de 2013 foram registados na rubrica “Gastos / reversões de
depreciação e de amortização € 1.517 (Nota 25).
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS – MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
11.1. Empresas subsidiárias Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa detinha participações nas seguintes subsidiárias, conforme
segue:
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, as seguintes subsidiárias tiveram os seguintes
desenvolvimentos:
• A subsidiária Atlântico – Concessionária de Transmissão de Energia, S.A., na qual a Empresa detém
uma participação de 100%, foi reclassificada para “Ativo não corrente detido para venda” (Nota 8); e
• No final do ano de 2013, foram constituídas duas sociedades a CME Thechnological Activities Reino
Unido e a CME Thechnological Activities Malta, sediadas no Reino Unido e Malta, respetivamente,
nas quais a CME detém uma participação de 100% e cuja atividade efetiva só terá início durante o
exercício 2014. Em 2012, foi alienada a subsidiária CME Al Arabia, sedeada na Arábia e, na qual a CME detinha uma
participação de 50%, aguardando-se o registo da transferência das ações, de forma a que seja recebido o
valor acordado, que se encontra escriturado na rubrica “Outras contas a receber”, no montante de € 45.285.
Todas as perdas por imparidades estimadas, estão devidamente registadas nas demonstrações financeiras
da Empresa.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 11.2. Empresas associadas: Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa detinha participações nas seguintes associadas:
Em 2013, as associadas, EGPI SAS, Yetech S.A. e, CM Construções, Lda., sedeadas em Moçambique,
México e no Brasil respetivamente, com uma participação de 40%, 5% e 7,6% respetivamente, continuaram
sem atividade.
.
11.3. Entidades conjuntamente controladas:
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa detinha os seguintes interesses em entidades
conjuntamente controladas:
11.4. Sucursais: A Empresa, possui um estabelecimento estável em Espanha, que se encontra devidamente registado
naquele país sobre a forma de sucursal, sendo cumpridos todos os requisitos legais e fiscais aí previstos. No
exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a sucursal obteve um resultado líquido negativo antes de
imposto, de aproximadamente € 36.000, com um volume de negócios de aproximadamente € 678.000.
A Empresa, possui igualmente estabelecimentos estáveis no Perú, na Colômbia e em Moçambique.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 11.5. Empresas subsidiárias:
(a) Em 31 de dezembro de 2013, a Empresa registou nas suas contas, uma provisão para cobertura do
capital próprio negativo da sua subsidiária CME Chile, na proporção da sua responsabilidade, no montante de
€ 911.854 (Nota 14).
11.6. Empresas associadas:
(i) A Empresa utiliza nestas participadas a equivalência patrimonial, porque a totalidade da participação é
controlada pelo Grupo Procme. Em 31 de dezembro de 2013, a Empresa tem registado nas suas contas, uma provisão para cobertura do
capital próprio negativo da sua associada CME Perú, na proporção da sua responsabilidade, no montante de
€ 7.865 (Nota 14).
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 11.7. Entidades conjuntamente controladas:
Em 2010, a CME transferiu 50% da participação que detinha no Ciclo Combinado de Lares ACE, à Procme.
A Procme, assumiu, a partir dessa data, todas as responsabilidades e direitos vincendos, sobre esse ACE, na
proporção da sua participação, pelo montante escriturado pela Empresa corresponde a uma participação de
75% até 2010, e 25% dos resultados gerados desde essa data.
A Empresa, registou nas suas contas, uma provisão para cobertura dos prejuízos acumulados dos ACE´s, na
proporção da sua responsabilidade, no montante acumulado de € 6.649.115 (Nota 14), descriminada como
segue:
A rubrica, participações financeiras - método da equivalência patrimonial, a 31 de dezembro de 2013 e 2012,
tem a seguinte composição:
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) O movimento da rubrica de Participações financeiras nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, foi conforme segue:
31 de dezembro de 2013
(i) Os “Outros” no exercício findo em 31 de dezembro de 2013 dizem respeito essencialmente às diferenças
de conversão das demonstrações financeiras entre a moeda de apresentação local e a moeda funcional,
reconhecido por contrapartida da rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros” em capital próprio.
A diferença entre o valor total da coluna “Outros” e a variação de balanço da rubrica “Ajustamentos em ativos
financeiros” resulta do registo de cerca € 53.000 na rubrica “ Provisões” dado não existir saldo suficiente na
rubrica “Participações financeiras” para compensar a variação da diferença de conversão apurada nesta
subsidiária.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 31 de dezembro de 2012
(i) Os “Outros” no exercício findo em 31 de dezembro de 2012 dizem respeito essencialmente às diferenças
de conversão das demonstrações financeiras entre a moeda de apresentação local e a moeda funcional,
reconhecido por contrapartida da rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros” em capital próprio.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, a Empresa procedeu à liquidação de diversas empresas
subsidiárias desreconhecendo o valor do investimento financeiro por contrapartida da rubrica “Ganhos /
(perdas) imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos”, no montante de
€ 135.000.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa corrigiu o resultado líquido do
exercício da participada CME Chile, decorrente da anulação dos ativos por impostos diferidos referentes a
prejuízos fiscais reportáveis, que haviam sido contabilizados para efeitos locais.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
.INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Inventários” apresentava a seguinte composição:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, existiam inventários em poder de terceiros, no montante de € 957.289 e
€ 1.535.135, respetivamente, relativos essencialmente a equipamento de telecomunicações.
Durante os exercícios findos a 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na rubrica de perdas
por imparidade de inventários, foi como segue:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas, nos exercícios findos em 31 de dezembro de
2013 e 2012, detalha-se conforme segue:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
A variação dos inventários de produção, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012,
detalha-se conforme segue:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a composição do rédito associado a contratos de
prestação de serviços, gastos e perdas reconhecidas relativamente a contratos de prestação de serviços,
pode detalhar-se da seguinte forma:
O rédito associado a estes contratos foi reconhecido por aplicação da NCRF 19 – Contratos de construção a
qual tem como objetivo especializar adequadamente a margem dos contratos de construção, atendendo à
fase de acabamento em que cada obra se encontra.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a diferença entre a faturação emitida aos clientes e o rédito reconhecido
pelo método da percentagem de acabamento foi registado nas seguintes rubricas:
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
. PROVISÕES, ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E GARANTIAS
14.1. Provisões Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento na rubrica de provisões foi
conforme segue:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazer face a responsabilidades estimadas com
base em informações dos advogados decorrentes de processos intentados contra a Empresa. O valor da
respetiva provisão corresponde à melhor estimativa sobre essas responsabilidades.
As outras provisões referem-se, essencialmente, ao prejuízo acumulado dos Agrupamentos Complementares
de Empresas, em que a CME participa, no montante de € 6.649.115, bem como à cobertura do capital próprio
negativo das suas associada / subsidiárias (CME Chile e CME Peru), na proporção da sua responsabilidade,
no montante de € 919.719 (Nota 11).
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Os aumentos ocorridos na úrica “Outras provisões” no exercício findo em 31 de dezembro de 2013, são
conforme segue:
Perdas imputadas a subsidiárias…………………………………. € 1.203.703
Ajustamentos em ativos financeiros……………………………… € 53.034
Total…………………………………………………………………… € 1.256.737
As reversões na rubrica “Outras provisões” no exercício findo em 31 de dezembro de 2013, são conforme
segue:
Perdas imputadas a subsidiárias…………………………………. € 90.263
Ajustamentos em ativos financeiros……………………………… € 1.217
Total…………………………………………………………………… € 91.480
14.2. Garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa tinha prestado garantias bancárias e seguros de caução a
clientes para efeitos de concursos, adiantamentos já recebidos e como garantia de boa execução de obras,
no montante aproximado de € 71.812.207 e € 70.182.640, respetivamente.
Neste montante, estão incluídas garantias prestadas em nome de empresas do grupo e participadas,
conforme segue:
• Etar da Guia, A.C.E., no montante de € 5.371.441, no âmbito da garantia de obra;
• FGD da CT de Sines, A.C.E., no montante de € 787.294, no âmbito da garantia de obra;
• CCLARES, no montante de € 2.040.426, no âmbito da garantia de obra;
• CME Perú, no montante de € 570.885, no âmbito de garantia de obra;
• Concessionária Atlântico, no montante de € 951.621, no âmbito de bom cumprimento do contrato de
concessão.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa tinha solicitado a emissão de garantias bancárias, conforme
segue:
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
14.3. Créditos documentários de importação: Em 31 de dezembro de 2013, a Empresa tinha prestado créditos documentários de importação, conforme segue:
• BES LIC 0096144944: € 81.858, Beneficiário: Cosim, S.A.;
• BES LIC 0096144946: € 143.962, Beneficiário: Cosim, S.A.;
• BES LIC 0096144943: € 1.544.078, Beneficiário: Cosim, S.A.. 14.4. Ativos contingentes Em 31 de dezembro de 2013, existe uma ação interposta contra a entidade Ferreira e Magalhães, S.A.
resultante da reclamação de créditos não liquidados no montante de aproximadamente, € 3.329.256, que se
encontravam totalmente ajustados. No decorrer do exercício de 2012, o cliente foi declarado insolvente.
Aguardam-se os termos da liquidação de património da Ferreira e Magalhães. 14.5. Passivos contingentes Em 31 de dezembro de 2013, existem processos judiciais contra a Empresa, nos quais encontram-se a ser
solicitados pedidos de indemnização no montante de, aproximadamente, 24.600.000 Euros, relacionamos
essencialmente com trabalhos e serviços prestados em exercícios anteriores. A Empresa considera que não
existe, a esta data, qualquer probabilidade de perder os diversos processos em questão. Esta posição é
sustentada no parecer dos seus consultores legais, tendo em conta (i) o enquadramento factual que está na
origem dos processos judiciais em curso, (ii) a razão que entende assistir-lhe, (iii) o bem fundado jurídico-
legal das suas posições, e (iv) os meios probatórios de que poderá fazer uso nos mesmos.
. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
A Empresa é tributada em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) ao abrigo do
RETGS, fazendo parte do grupo fiscal liderado pela Procme. Em consequência, os valores de IRC estimado,
retenções efetuadas por terceiros e pagamentos por conta, são registados no balanço como contas a pagar
ou a receber da PROCME, conforme aplicável, enquanto sociedade dominante.
A Empresa encontra-se sujeita a IRC à taxa de 25% para a matéria coletável, acrescida de derrama à taxa de
1,5% sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto, agregada de, no máximo 26,5%.
Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício findo a 31 de dezembro de 2013 que excedam € 1.500.000
são sujeitos a derrama estadual, às seguintes taxas:
- 3% para lucros tributáveis entre € 1.500.000 e € 7.500.000;
- 5% para lucros tributáveis superiores a € 7.500.000.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Com a Lei nº 2/2014, de 16 de janeiro, que veio aprovar a reforma do IRC, a taxa de IRC desceu para 23%
para o exercício iniciado em 1 de janeiro de 2014, sendo que a derrama estadual passa a incidir sobre o valor
de lucro tributável apurado conforme segue:
- 3% para lucros tributáveis entre € 1.500.000 e € 7.500.000;
- 5% para lucros tributáveis entre € 7.500.000 e € 35.000.000;
- 7% para lucros tributáveis superiores a € 35.000.000.
Adicionalmente, para o exercício de 2013, a dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação
do lucro tributável é condicionada ao maior dos seguintes limites:
- € 3.000.000;
- 70% do resultado antes das depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.
Adicionalmente, para o exercício de 2014, a dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação
do lucro tributável é condicionada em cada ano, progressivamente até 2017, ao maior dos seguintes limites:
- € 1.000.000;
- 60% do resultado antes das depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.
Em 2014, o RETGS da Procme pode optar por aplicar este regime aos gastos de financiamentos líquidos do
Grupo, para efeitos de determinação do lucro tributável do Grupo.
Nos termos do artigo 88º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um
conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando
tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções,
reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados
ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais dos anos de 2010 a 2013 poderão vir ainda ser sujeitas a
revisão.
O Conselho de Administração entende que as eventuais correções, resultantes de revisões/inspeções por
parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas
demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012.
Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos são reportáveis durante um período de 5 anos após a sua
ocorrência e suscetíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período, com um limite ao
montante da dedução em cada exercício, o qual não pode exceder 75% do respetivo lucro tributável,
aplicável também aos prejuízos fiscais gerados em exercícios anteriores.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Com a reforma do IRC, os prejuízos fiscais reportáveis apurados nos períodos de tributação que se iniciem
em ou após 1 de janeiro de 2014 são deduzidos aos lucros tributáveis dos doze períodos de tributação
seguintes. A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação passa a estar limitada a 70% do
respetivo lucro tributável.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, estas alterações apenas tiveram impacto ao nível dos
impostos diferidos, considerando que a taxa a ser utilizada para a sua mensuração depende da taxa de
imposto esperada a aplicar ao lucro tributável à data da sua reversão.
Adicionalmente, em virtude da Empresa se encontrar integrada no RETGS, o imposto determinado no
exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 2012 foi registado por contrapartida de uma conta a pagar à
Procme.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Empresa não tinha prejuízos fiscais reportáveis. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a reconciliação de taxa de imposto é conforme segue:
31 de dezembro de 2013
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 31 de dezembro de 2012
(i) O valor reconhecido em diferenças permanentes nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e
2012, dizem respeito essencialmente ao método de equivalência patrimonial e a provisões constituídas
imputadas de empresas participadas.
(ii) O valor corresponde à estimativa do benefício fiscal a obter com referência ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2013 no âmbito do sistema de incentivos fiscais à I&D (SIFIDE) e, ao incentivo obtido no âmbito
do crédito fiscal extraordinário ao investimento efetivamente realizado pela empresa durante o segundo
semestre de 2013.
Ativos por impostos diferidos:
O movimento ocorrido nos ativos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e
2012, são como segue:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Passivos por impostos diferidos:
O movimento ocorrido nos passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013
e 2012, são como segue:
31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
A política do Grupo Procme (Grupo a que pertence a CME) relativamente aos riscos financeiros é pautada
por uma atitude de prudência, no sentido em que o objetivo principal da gestão de risco financeiro é dar
suporte à prossecução do Plano Estratégico através da redução da exposição aos riscos financeiros e
volatilidade associada.
A atividade do Grupo Procme é bastante diversificada e geograficamente dispersa, o que em termos práticos
resulta na exposição a uma diversidade de riscos financeiros, procedendo-se à avaliação da sua
materialidade com vista à adoção de medidas que permitam mitigar eventuais impactos negativos nos
resultados.
Por política o Grupo Procme não contrata derivados ou outros instrumentos financeiros para fins
especulativos ou que não estejam relacionados com a atividade dos seus negócios.
As Finanças Corporativas e os Serviços de Contabilidade e Finanças asseguram a gestão centralizada das
operações de financiamento, das aplicações dos excedentes de tesouraria, das transações cambiais assim
como a gestão do risco de contraparte da Empresa. Adicionalmente, é responsável pela identificação,
quantificação e pela proposta e implementação de medidas de gestão/mitigação dos riscos financeiros a que
a Empresa se encontra exposta.
De seguida analisam-se de forma mais detalhada os principais riscos financeiros a que a Empresa se
encontra exposta e as principais medidas implementadas no âmbito da sua gestão:
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 16.1. Risco de Crédito O risco de crédito é definido como a probabilidade de ocorrer um prejuízo ou default financeiro como
resultado do incumprimento de qualquer obrigação contratual de pagamento de uma contraparte. Em termos
genéricos o risco de crédito poderá ser analisado da seguinte forma:
• Risco de Crédito associado a Instrumentos Financeiros
Com o objetivo de reduzir a probabilidade de incumprimento das obrigações contratuais de pagamento de
uma contraparte, as empresas do Grupo Procme só formalizam operações (aplicações, depósitos,
investimentos de curto prazo e instrumentos financeiros derivados celebrados no decurso normal das
operações de cobertura) com contrapartes de reconhecida solidez.
Relativamente aos excedentes de tesouraria, os mesmos são preferencialmente utilizados no reembolso de
responsabilidades de curto prazo ou então investidos em instrumentos previamente autorizados pela Administração (normalmente estão excluídos os instrumentos com risco de default do notional ou dos juros).
• Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os outros ativos financeiros são detalhados como segue:
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na rubrica de perdas por
imparidade de “Outros ativos financeiros” é conforme segue:
31 de dezembro de 2013
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, não ocorreram movimentos na rubrica de perdas de
imparidade em “Outros ativos financeiros”.
• Ativos financeiros detidos para negociação
Em dezembro de 2013 a Empresa, subscreveu 902.884 unidades de participação com o valor nominal de € 1,
representativas do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral através de Oferta Pública de
Subscrição.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) As referidas unidades de participação constituem valores mobiliários, para o efeito do artigo 1º, alínea g), do
Código de Valores Mobiliários e são, quanto à forma de representação, escriturais integradas na Central de Valores Mobiliários, S.A. e admitidas à negociação no mercado regulado Euronext Lisbon.
A aquisição destas unidades de participação corresponde a uma decisão de investimento de muito curto
prazo com o objetivo de rentabilizar excedentes de tesouraria e como tal o objetivo da Administração é
proceder à sua alienação num prazo inferior a 12 meses.
À data de 31 de dezembro de 2013, os ativos financeiros detidos para negociação são detalhados como
segue:
• Empréstimos concedidos a subsidiárias. No caso dos empréstimos a subsidiárias, não existe nenhuma política de gestão de risco de crédito
específica, no sentido em que a atividade e a gestão das participadas são perfeitamente conhecidas pela
CME.
À data de 31 de dezembro de 2013 e 2012, os empréstimos concedidos às empresas do Grupo, são
detalhados como segue:
A Empresa, relevou nas suas contas, na rubrica de ativo corrente, os empréstimos concedidos, no montante
total de € 41.365.247, cuja expetativa é de os receber durante o exercício de 2014.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros)
• Saldo a receber relacionados com a atividade operacional da Empresa. Relativamente aos saldos a receber de clientes e outros devedores, relacionados com a atividade operacional
da empresa, as perdas de imparidade são calculadas considerando:
1. A análise da antiguidade das contas a receber;
2. O perfil de risco do cliente; e
3. As condições financeiras dos clientes.
Em 31 de dezembro de 2013, é convicção do Conselho de Administração que as perdas por imparidade
estimadas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da rubrica “Clientes” é conforme segue:
A antiguidade do saldo da rubrica “ Clientes ” em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é detalhada como segue:
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da rubrica “Outras contas a receber” é conforme segue:
(i) Este montante inclui, € 1.500.000 a receber, decorrente de trabalhos a mais e gastos não previstos numa
obra, conforme deliberado por decisão em Tribunal Administrativo em 16 de abril de 2012. O cliente recorreu,
sendo que é expectativa da Empresa suportada pelo parecer legal dos seus consultores que não existirá
diferença face à primeira decisão.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) (ii) Em 31 de dezembro de 2013, este montante inclui um valor a receber por parte de um cliente, no
montante de € 800.000, que resulta do acionamento parcial de uma garantia bancária no âmbito de um
contrato de empreitada. A esta data, a CME encontra-se a preparar uma ação para ser julgada em Tribunal
Arbitral em que reclama a devolução da garantia acionada e o pagamento da dívida em aberto deste cliente,
no montante de, aproximadamente, € 5.300.000. É estimativa da Empresa, baseada no parecer legal dos
seus consultores, que a conclusão do processo será totalmente favorável à Empresa, pelo que não foi
registada qualquer imparidade para a mesma.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido na rubrica de perdas por
imparidade de contas a receber de clientes e outros devedores é conforme segue: 31 de dezembro de 2013
31 de dezembro de 2012
16.2. Risco de Liquidez O Grupo Procme utiliza regularmente capitais alheios cujo destino é o financiamento das suas atividades
operacionais e de investimento, detendo uma carteira bastante diversificada de financiamentos,
essencialmente composta por papel comercial e contas correntes caucionadas.
Os empréstimos bancários obtidos são registados no passivo pelo seu valor nominal, mensurados ao custo,
de acordo com a NCRF 27.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) O montante total dos financiamentos obtidos por entidades financeiras à CME, tem a seguinte discriminação
a 31 de dezembro de 2013 e 2012:
(i) Os empréstimos bancários obtidos junto de instituições financeiras vencem juros a uma taxa correspondente à Euribor a 30 dias e 1 ano, acrescidas de um spread de mercado para financiamento de
investimentos.
Os financiamentos não correntes têm vencimento durante o exercício de 2015.
O Conselho de Administração estima que as contas correntes caucionadas e os descobertos bancários serão
sucessivamente renovadas em 2014, mantendo as condições similares às verificadas em 31 de dezembro de
2013.
Os adiantamentos recebidos por conta dos créditos cedidos sem direito de regresso são deduzidos à rubrica
de clientes, na medida em que o seu risco de cobrabilidade foi transferido para as sociedades de factoring.
Nos casos em que o risco de cobrabilidade não é transferido, os adiantamentos recebidos das sociedades de
factoring são evidenciados no passivo.
Conforme descrito na Nota 4, a Empresa dispõe de contas correntes caucionadas e autorizações de
descobertos com limite total de € 23.667.000 e € 25.500.000, tendo sido utilizados € 12.289.999 e €
5.329.432 nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, respetivamente.
O objetivo da gestão de risco de liquidez assenta na necessidade de garantir que, em todos os momentos o
Grupo Procme possui capacidade de fazer face ao serviço da dívida nas datas exigíveis bem como para
exercer a sua atividade corrente e cumprir o plano de investimentos anual.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) 16.3. Risco de Taxa de Juro O Grupo Procme está exposto ao risco de taxa de juro relativamente aos financiamentos, aplicações
financeiras e ao justo valor de derivados de taxa de juro. Numa perspetiva global, o endividamento
consolidado está normalmente indexado a taxas variáveis.
O processo de gestão do risco de taxa de juro no Grupo PROCME baseia-se em critérios prudenciais, razão
pela qual a atividade de cobertura não persegue qualquer objetivo de rendibilidade de cariz especulativo. 16.4. Instrumentos de capital próprio Capital social
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o capital era composto por 266.000 mil ações com o valor nominal de €
50 cada, encontrando-se integralmente subscrito e realizado.
Reserva legal
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a reserva legal ascende a € 2.660.000.
De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de
ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital.
Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para
absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
Outras reservas
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as outras reservas ascendem a € 13.944.166.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica reflete a aplicação de resultados em reservas livres
relativos a resultados positivos de exercícios anteriores.
Ajustamentos em ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica reflete na proporção da participação, outras variações nos
capitais próprios das empresas subsidiárias, associadas ou entidades conjuntamente controladas (Nota 11) e
ascendem a (€ 533.143) e (€ 380.959), respetivamente.
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CME - Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 (Montantes expressos em Euros) Excedentes de revalorização
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os excedentes de revalorização ascendem a € 27.671.
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica reflete o valor dos terrenos reavaliados ao abrigo do
Decreto -lei n.º 31/98 de 11 de fevereiro. Este valor será reclassificado em resultados transitados quando da
sua realização efetiva.
Outras variações no capital próprio
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica reflete o subsídio governamental obtido, liquido do imposto
diferido passivo.
O subsídio ao investimento é a fundo perdido e está relacionado com o investimento efetuado pela CME no
Centro de Formação da Lousã.
Aplicação dos resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2012:
Conforme deliberação da Assembleia Geral realizada em 22 de abril de 2013, foi decidido que o resultado
líquido positivo do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, fosse aplicado na totalidade em resultados
transitados.
Aplicação dos resultados do exercício findo em 31 de dezembro de 2011:
Conforme deliberação da Assembleia Geral realizada em 30 de março de 2012, foi decidido que o resultado
líquido positivo do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, fosse aplicado em resultados transitados. Foi
também decidida, nessa Assembleia Geral, a distribuição de dividendos ao seu acionista, no montante de €
25.500.000, por compensação de empréstimos concedidos à acionista, no mesmo valor.
. EMPREGADOS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o número médio de colaboradores foi de 1.051 e
1.201 respetivamente.
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. DIFERIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 as rubricas diferimentos do ativo corrente e do passivo corrente
apresentavam a seguinte composição:
. FORNECEDORES
Em 31 de dezembro 2013 e 2012, o detalhe da rubrica de fornecedores, é conforme segue:
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. OUTRAS CONTAS A PAGAR
Em 31 de dezembro 2013 e 2012, a rubrica de outras contas a pagar, tem o seguinte detalhe:
(i) Esta rubrica compreende o valor da especialização de férias, subsídio de férias e encargos sociais a
pagar ao pessoal no ano subsequente.
. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, as rubricas, de “Estado e outros entes públicos”, apresentavam a
seguinte composição:
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RÉDITO
O rédito reconhecido nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é detalhado como segue:
(a) O rédito reconhecido corresponde essencialmente à venda de equipamentos de telecomunicações.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o total do volume de negócios (inclui as rubricas
“Vendas e serviços prestados” e “Variação nos inventários de produção”) por atividade de negócio, é
conforme segue:
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, foram efetuados vendas e foram prestados
serviços a partes relacionadas nos montantes de € 3.808.877 e € 3.466.811, respetivamente (Nota 5).
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. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A rubrica, “Fornecimentos e serviços externos”, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é
detalhada conforme segue:
A rubrica “Subcontratos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, diz respeito aos serviços
de subcontratação necessários ao desenvolvimento dos contratos de prestação de serviços. A diminuição da
rubrica está relacionada com a quebra da atividade de negócio da Empresa.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os fornecimentos e serviços externos obtidos por
Empresas relacionadas foram de € 6.148.631 e € 7.589.239, respetivamente, (Nota 5), relacionados
essencialmente com a prestação de serviços partilhados.
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. GASTOS COM O PESSOAL
A rubrica de gastos com o pessoal, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é detalhada
conforme segue:
Na rubrica “Outros gastos com pessoal” estão registados, essencialmente, gastos com pessoal em regime de
trabalho temporário.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, os gastos com pessoal obtidos por Empresas
relacionadas foram de € 8.328 (Nota 5).
. DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
O detalhe da rubrica “Gastos de depreciação e de amortização”, nos exercícios findos em 31 de dezembro de
2013 e 2012, é detalhada conforme segue:
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. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica “Outros rendimentos e ganhos”, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é
detalhada conforme segue:
(i) Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os “Rendimentos suplementares”, referem-
se a débitos de gastos da responsabilidade de entidades terceiras.
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os “Outros rendimentos e ganhos” prestados a
partes relacionadas foram de € 1.314.831 e € 1.388.826 (Nota 5), respetivamente e são relativas a débitos
relacionados com gastos incorridos pela CME pertencentes às entidades.
. OUTROS GASTOS E PERDAS
A rubrica “Outros gastos e perdas”, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, é detalhada
conforme segue:
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. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES
A rubrica “Gastos e perdas de financiamento” reconhecidos, no decurso dos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2013 e 2012, são detalhados conforme segue:
A rubrica, “Juros e outros rendimentos similares”, reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2013 e 2012, são detalhados conforme segue:
SIFIDE
No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a empresa efetuou o pedido para obtenção de um benefício
fiscal, no montante de € 92.142 no âmbito do SIFIDE, um sistema de incentivos fiscais à investigação e
desenvolvimento empresarial, previsto no Decreto de Lei nº 40/2005 (DL nº 40/2005), e que resultou do
investimento efetuado pela empresa em investigação e desenvolvimento durante o exercício de 2012.
Os projetos apresentados foram aprovados e o respetivo benefício fiscal registado nas contas do exercício
findo em 31 de dezembro de 2013.
A empresa tendo por base os projetos identificados no desenvolvimento de projetos em investigação e
desenvolvimento em 2013 e na previsão do benefício fiscal associado, estimou no exercício findo em 31 de
dezembro de 2013, o benefício fiscal no valor de € 800.000. A empresa considera que o valor estimado,
ainda assim, está abaixo das espectativas, aguardando a aprovação pela entidade certificadora durante o
exercício de 2014.
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. RESULTADO POR AÇÃO
O resultado por ação, dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012, foi determinado conforme
segue:
. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
Não ocorreram outros factos ou eventos subsequentes à data do balanço e que devessem ser registados ou
divulgados nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013.
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
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