relatório do projeto casos de dengue na escola t. n

Upload: elissandra-rodrigues

Post on 13-Jul-2015

277 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA SECRETARIA DE EDUCAO, CULTURA E DESPORTOS ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE TANCREDO NEVES

TURMA 203

CASOS DE DENGUE NA ESCOLA ESTADUAL TANCREDO NEVES NO ANO DE 2010

BOA VISTA 2010

1

TURMA 203

CASOS DE DENGUE NA ESCOLA ESTADUAL TANCREDO NEVES NO ANO DE 2010

Relatrio Estadual

apresentado Tancredo

a

Escola como

Neves

requisito para participao da Feira Cientfica/2010.

Orientadora:

Prof

Elissandra

Rodrigues Marques.

BOA VISTA 2010 2

RESUMOA presente pesquisa buscou investigar o quantitativo de alunos contaminados pelo vrus da dengue, o possvel local de contaminao e o perodo de maior ocorrncia dos casos. A pesquisa foi desenvolvida na Escola Estadual Presidente Tancredo Neves. O pblico alvo foram os alunos do ensino fundamental e mdio. Para obteno dos dados do estudo foram empregados questionrios aos alunos presentes nos dois dias de aplicao. Atravs da disponibilizao de agente de sade pela Coordenao Municipal de Endemias, foi possvel detectar a presena de vrios focos de dengue na parte interna da escola. Participaram da pesquisa 460 alunos entre alunos do ensino fundamental e mdio. 82 alunos afirmaram ter contrado a dengue entre os meses de janeiro a agosto. O ms de abril apresentou a menor ocorrncia de casos, 02, e os meses de junho, julho e agosto apresentando 13, 11 e 19 casos respectivamente. Os alunos infectados tinham entre 11 e 18 anos de idade. O ndice maior de infeces concentrou-se nos alunos com 14 anos de idade, apresentando 26 casos. Os alunos do sexo feminino apresentaram 47 casos enquanto os alunos do sexo masculino apresentaram 35 casos. Tancredo Neves foi o bairro com a maior concentrao dos casos, 25, seguido do bairro Santa Teresa com 19 casos e Asa Branca com 12. A escola est localizada no mesmo bairro, onde ocorreu a maior concentrao dos casos, sendo, portanto o possvel local das contaminaes.

Palavras-chave: Dengue; contaminao; alunos; escola.

3

SUMRIORESUMO...........................................................................................................03 LISTA DE FIGURAS........................................................................................05 LISTA DE GRFICOS.....................................................................................06 INTRODUO.................................................................................................07 REFERENCIAL TERICO...............................................................................08 1. A Dengue no Brasil......................................................................................08 2. Origem e desenvolvimento do Aedes aegypti .............................................10 3. Mais sobre a dengue....................................................................................11 4. Medidas de preveno.................................................................................12 OBJETIVOS.....................................................................................................14 1.Objetivo Geral...............................................................................................14 2. Objetivos Especficos..................................................................................14 MATERIAL E MTODOS.................................................................................15 RESULTADOS DA PESQUISA.........................................................................19 CONCLUSO..................................................................................................25 REFERNCIAS...............................................................................................26 ANEXOS..........................................................................................................28 1.Cronograma..................................................................................................28 2.Questionrio.................................................................................................29

4

LISTA DE FIGURASFigura 01.........................................................................................13 Figura 02.........................................................................................13 Figura 03.........................................................................................16 Figura 04.........................................................................................16 Figura 05.........................................................................................16 Figura 06.........................................................................................16 Figura 07.........................................................................................17 Figura 08.........................................................................................17 Figura 09.........................................................................................17 Figura 10.........................................................................................17 Figura 11........................................................................................17 Figura 12.........................................................................................17 Figura 13.........................................................................................18 Figura 14.........................................................................................18 Figura 15.........................................................................................18 Figura 16.........................................................................................18

5

LISTA DE GRFICOSGrfico 01.......................................................................................19 Grfico 02.......................................................................................20 Grfico 03.......................................................................................20 Grfico 04.......................................................................................21 Grfico 05.......................................................................................21 Grfico 06.......................................................................................22 Grfico 07.......................................................................................22 Grfico 08.......................................................................................23 Grfico 09.......................................................................................23 Grfico 10.......................................................................................24 Grfico 11.......................................................................................24

6

INTRODUOA dengue uma virose que tem sido o motivo de grandes preocupaes no mundo, sendo o Brasil o pas que mais notificou casos desta doena nos ltimos anos (Morato e Silva, 2008). E no Estado de Roraima no diferente. Desde o incio de 2010 at julho, foram notificados 3.150 casos de dengue em Boa Vista, capital do Estado. Deste nmero, cerca de 600 tiveram a confirmao da doena para os tipos 1 e 2. (Jornal Folha de Boa Vista, 31 jul. 2010). Porm, em meados do ms de agosto, foram detectados quatro casos suspeitos de dengue tipo 4, o qual foi enviado amostra para anlise no laboratrio Instituto Evandro Chagas, em Belm (PA), havendo a confirmao de trs dos casos. Este havia sido erradicado do estado h mais de 28 anos, aps a execuo de uma campanha intensiva para a sua erradicao (ZEIDLER, J. D. et al., 2008). Segundo ZEIDLER, 2008, a primeira epidemia de dengue no Brasil com confirmao laboratorial ocorreu no municpio de Boa Vista (RR), entre 1981-1982, apresentando os sorotipos 1 e 4. Essa doena pode ser basicamente caracterizada pelos seguintes sintomas: febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor de cabea, no corpo, nas articulaes e por trs dos olhos (SUCEN, 2002). A Escola Estadual Tancredo Neves, localizada no municpio de Boa Vista, fonte do objeto de estudo desta pesquisa, atua com ensino fundamental no turno matutino e ensino mdio no turno vespertino. Durante uma aula da disciplina de Iniciao Cientfica, a turma 203 observou uma situao que se transformou em um problema. A ausncia de alguns colegas de classe por terem sidos infectados pelo vrus da dengue. A partir desse fato surgiu a curiosidade de saber se outros alunos tambm foram infectados por tal vrus. Diante ao fato citado, o presente estudo busca investigar o quantitativo de alunos contaminados pelo vrus da dengue; o possvel local de contaminao e o perodo de maior ocorrncia dos casos. A divulgao dos resultados da pesquisa acontecer na Feira Cientfica da Escola, programada para o dia 12 de novembro.

7

REFERENCIAL TERICO 1. A Dengue no BrasilAtualmente a dengue o objeto da maior campanha de sade pblica do Brasil, que se concentra no controle do Aedes aegypti, nico vetor reconhecido como transmissor do vrus da dengue em nosso meio. Este mosquito est adaptado a se reproduzir nos ambientes domstico e peridomsticos, utilizando-se de recipientes que armazenam guas potveis e recipientes descartveis que acumulam gua de chuvas, comumente encontrados nos lixos das cidades. A dengue encontra-se hoje presente em todos os 27 estados da Federao, distribuda por 3.794 municpios, sendo responsvel por cerca de 60% das notificaes nas Amricas (Cmara, F.P, et al., 2007). A progresso da dengue depende de condies ecolgicas e scioambientais que facilitam a disperso do vetor. Como no existe uma vacina, o controle da transmisso do vrus da dengue requer o esforo em conjunto de toda a sociedade para combater o vetor. Pois, com a extraordinria capacidade de adaptao do Aedes aegypti ao ambiente, esta tarefa nem sempre produz resultados previsveis e satisfatrios. Segundo ZEIDLER, (2008), a primeira epidemia de dengue no Brasil com confirmao laboratorial ocorreu no municpio de Boa Vista (RR), entre 1981-1982, apresentando os sorotipos 1 e 4, conforme afirma Cmara F. P, et al., 2007: Em 1981, os sorotipos DEN-1 e DEN 4 foram os primeiros a serem isolados em uma epidemia de dengue ocorrida em Boa Vista, Estado de Roraima (p. 192).

O Ministrio da Sade informou que o nmero de casos de dengue registrados no pas neste ano, entre janeiro e fevereiro, somaram 108,64 mil registros, o que significa um crescimento de 109% em relao ao mesmo perodo do ano passado, quando foram detectados 51,87 mil casos no pas. Dados do governo mostram ainda que cinco estados concentram alta incidncia de registros da doena, com 77,11 mil notificaes registradas, ou 8

seja, 71% das deteces. Sendo eles Rondnia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Gois e Acre. A dengue uma virose que tem sido o motivo de grandes preocupaes no Estado de Roraima. Desde o incio de 2010 at julho, foram notificados 3.150 casos de dengue em Boa Vista, capital do Estado de Roraima. Deste nmero, cerca de 600 tiveram a confirmao da doena para os tipos 1 e 2. (Jornal Folha de Boa Vista, 31 jul. 2010). J o tipo 4 erradicado desde 1981, aps a execuo de uma campanha intensiva para a sua erradicao, reapareceu no estado em agosto deste ano, causando mais preocupaes, pois a grande parte da populao no imune a tal tipo.

9

2. Origem e desenvolvimento do Aedes aegypti

originrio da frica, tendo sido introduzido no continente americano durante o perodo de sua colonizao. Essa espcie est amplamente distribuda no mundo dentro dos limites de 45 graus de latitude norte e 35 graus de latitude sul, correspondente s regies tropicais e sub-tropicais. No Brasil sua existncia conhecida desde o sculo XVII. Os mosquitos do gnero Aedes apresentam duas fases de

desenvolvimento: aqutica e terrestre. Na fase aqutica, apresenta: ovo, larva e pupa; na fase terrestre apresenta o mosquito adulto. A fase de maior resistncia a do OVO, pois o mesmo resistente dessecao por perodos que variam de 6 meses a 1 ano. Os ovos so depositados pelas fmeas em recipientes com gua, porm, fora do meio lquido, prximo linha dgua, ficando aderidos parede interna dos recipientes. O perodo para o desenvolvimento embrionrio dura, em condies favorveis, de 2 a 3 dias. A durao da fase larvria em condies de temperatura entre 25 C e 29C e boa oferta de alimentos, de 5 a 10 dias. As larvas de Aedes aegypti se desenvolvem na gua acumulada de recipientes artificiais, localizados no interior das residenciais ou em suas imediaes, preferencialmente contendo gua pouco poluda. So providas de grande mobilidade e alimentam-se de detritos orgnicos, bactrias, fungos e protozorios existentes na gua. A durao da fase pupal, em condies favorveis de 2 dias em mdia. As pupas no se alimentam, apenas respiram, sendo dotadas de boa mobilidade. A alimentao do mosquito adulto, tanto do macho quanto da fmea de nctar e sucos vegetais, sendo que a fmea, depois da cpula, necessita de sangue para maturao dos ovos. O tempo de vida nesta fase gira em torno de 30 dias. A autonomia de vo dificilmente ultrapassa 100 metros. O intervalo entre a alimentao sangnea e a oviposio varia de 2 a 3 dias. A durao do ciclo de vida do mosquito em condies favorveis de cerca de 8 dias, a partir da oviposio at atingir a fase adulta (SUCEN, 2001).

10

3. Mais sobre a dengue

Dengue uma doena infecciosa aguda de curta durao, de gravidade varivel, causada por um vrus e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado. O agente causador da doena um arbovrus do gnero Flavivrus, pertencente famlia Flaviviridae, sendo conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4. O agente transmissor da doena so os culicdeos do gnero Aedes, sendo que Aedes aegypti o principal vetor de dengue no mundo. Entre outros vetores de menor importncia epidemiolgica estaria o Aedes albopictus, vetor de manuteno da doena na sia, porm ainda no foi registrada transmisso de dengue nas Amricas, onde Aedes aegypti no estivesse presente. A fonte de infeco e reservatrio vertebrado o homem. A transmisso da dengue se d pela picada do mosquito fmea infectado. O ciclo se d da seguinte forma: homem infectado com vrus da dengue - Aedes aegypti homem sadio. A doena s acomete a populao humana, tendo os seguintes perodos de incubao: No homem: aps ter sido picado por um mosquito infectado, a pessoa apresenta sintomas da doena depois de um perodo que pode variar de 03 a 15 dias, sendo em mdia de 05 a 06 dias. Existem pessoas que no apresentam sintomas, tendo portanto, a forma assintomtica de dengue. No mosquito: ao picar uma pessoa que apresenta vrus da dengue no sangue, o mosquito se infecta e aps um perodo de aproximadamente 10 dias, est apto a transmitir a doena para outras pessoas. A doena se manifesta com os seguintes sintomas: incio sbito com febre intensa, dor de cabea, dores fortes nos olhos, na musculatura e nas juntas, podendo surgir erupes na pele. As formas mais graves da doena so as formas hemorrgicas que acometem pele, tecidos subcutneos e trato intestinal podendo levar ao choque e ao bito.

11

4. Medidas de preveno

De acordo com as informaes de Maiochi (2008), as medidas necessrias para prevenir a contaminao pelo mosquito transmissor da dengue so as seguintes:

1. Evitar gua parada; 2. Esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam gua; 3. Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'gua e reservatrios provisrios tais como tambores e barris; 4. Furar pneus e guard-los em locais protegidos das chuvas; 5. Guardar latas e garrafas emborcadas para no reter gua; 6. Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, no permitindo o acmulo de gua; 7. Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificaes e nos internos pouco utilizados; 8. Drenar terrenos onde ocorra formao de poas; 9. No acumular latas, pneus e garrafas; 10. Encher com areia ou p de pedra poos desativados ou depresses de terreno; 11. Manter fossas funcionamento; spticas em perfeito estado de conservao e

12. Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou gua que no possa ser drenada; 13. No despejar lixo em valas, valetas, margens de crregos e riachos, mantendo-os desobstrudos; 14. Manter permanentemente secos, subsolos e garagens; 15. No cultivar plantas aquticas;

12

O peixe barrigudinho (Imagem 01 e 02), citado pelo autor muito importante como medida de preveno contra a disseminao do mosquito. Com apenas quatro centmetros de comprimento, o peixe Barrigudinho, a arma da Embrapa na guerra biolgica para o controle do mosquito Aedes aegypti, conforme afirma o pesquisador Luiz Carlos Guilherme, que coordena o projeto na Embrapa Meio-Norte:(...) a constante aplicao de veneno, no combate aos mosquitos, deixa os insetos resistentes, o que compromete a eficincia do trabalho e a boa qualidade de vida das pessoas. Membro da famlia Poecilidae, o Barrigudinho um peixe comum no Brasil. Ele vive em crregos e em ambiente com gua de pequena profundidade. O peixe, que tambm conhecido como Lebiste, Guaru e Guppy, rstico e resiste s variaes de ambiente, alm de reproduzir rpido, o que facilita muito a disseminao e sobrevivncia da espcie.

Figura 01 e 02: Peixe barrigudinho

Com relao preveno da doena por meio de vacina, ainda no existe nenhuma contra a dengue, mas as comunidades cientficas (brasileira e internacional) esto trabalhando firme neste propsito e so boas as perspectivas de que em cinco anos j se tenha um resultado positivo neste sentido. A vacina contra a dengue mais complexa que outras, pois preciso combater os quatro vrus identificados at o momento, e um grande desafio para os pesquisadores chegar a uma combinao de todos os vrus para que se produza uma frmula eficaz contra a doena.

13

OBJETIVOS

1. Objetivo geral

Investigar o quantitativo de alunos contaminados pelo vrus da dengue na Escola Estadual Tancredo Neves.

2. Objetivos especficos

- Quantificar os alunos infectados da escola; - Identificar o possvel local de contaminao; - Identificar o perodo de maior ocorrncia dos casos.

14

MATERIAL E MTODOSA pesquisa foi desenvolvida na Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, de ensino fundamental e mdio, situada na rua Lencio Barbosa, 1186, bairro Tancredo Neves. O pblico alvo foram os alunos do ensino fundamental e mdio. Para obteno dos dados do estudo foram empregados questionrios aos alunos presentes nos dois dias de aplicao dos mesmos, totalizando 460 alunos participantes. O instrumento composto por 09 questes fechadas teve por objetivo investigar a quantidade de alunos infectados pelo vrus da dengue na referida escola. Atravs do ofcio n 131 de 03 de agosto de 2010 enviado Coordenao Municipal de Endemias foram feitas as seguintes solicitaes a entidade: 1- A disponibilizao de servidor para ministrar uma palestra sobre a dengue aos autores do projeto e em um segundo momento aos demais alunos da escola; 2- A visita de agentes de sade para acompanhar autores do projeto em uma inspeo na escola; 3- A disponibilizao de materiais de divulgao como cartazes e folders sobre preveno da dengue e 4- A disponibilizao de material visual prtico do mosquito, larvas e ovos e a apresentao dos mesmos por profissional qualificado. No dia seguinte, o agente Mrio Srgio Ferreira da Silva, entrou em contato com a professora orientadora do projeto, onde a palestra foi agendada para o dia 09/08/2010, ocorrendo esta na sala de vdeo da referida escola por ser ambiente climatizado e ter iluminao adequada para apresentao da palestra em data show. O agente trouxe o material de divulgao para a fixao e distribuio dos mesmos em data futura e os materiais para a visualizao de larvas e ovos do mosquito, sendo visualizados atravs de lupa. Ao final da palestra os autores juntamente com a professora e o agente, fizeram uma vistoria interna na escola, onde foi detectado vrios depsitos com gua sendo possveis criadouros do mosquito como: copos, garrafas descartveis e sacolas plsticas encontrados no final da quadra esportiva, alm de fossas e sumidouros com tampa quebrada, caixa de cimento fixa no cho com larvas e pupas do mosquito Aedes aegypti e vrios armrios velhos contendo tambm as larvas e pupas do mosquito, incluindo alguns troncos de rvore com acumulo de gua, conhecido como depsitos

15

naturais (Relatrio da Coordenao de Endemias em anexo). Durante toda a vistoria, os autores auxiliaram no registro (atravs de cmara fotogrfica de celular) e na coleta dos possveis criadouros (sacolas e descartveis como copos e garrafas) e na eliminao dos depsitos naturais dos troncos das rvores colocando areia nos mesmos, conforme orientao do agente. Aps toda a vistoria, a turma entrou em contato com a gesto da escola informando o acontecido e solicitando providncias para a eliminao dos focos encontrados. A limpeza no final da quadra foi executada assim como a retirada dos armrios velhos (Imagens: 03-12).

Figura 03: Agente auxiliando aluna na visualizao. Figura 04: Aluna visualizando as larvas e ovos.

Figura 05: Identificao de focos do mosquito em caixa de cimento no cho.

Figura 06: Visualizao de larvas e pupas.

16

Figura m 07: Identificao de focos nos armrios velhos.

Figura 08: Procura de mais focos

Figura 09: Vistoria na caixa de esgoto.

Figura 10: Visualizao da caixa de esgoto.

Figura 11: Depsitos naturais.

Figura 12: Eliminao de depsito natural.

17

O questionrio foi elaborado por todos os autores em conjunto, analisados e quantificados em sala de aula (Questionrio em anexo). A tabulao dos dados foi executada pela professora orientadora do projeto. A distribuio dos folders aconteceu durante a aula de Biologia no horrio vespertino, com fixao de cartazes na parede de cada sala de aula alm dos pontos estratgicos, como cantina, biblioteca, mural e nas proximidades do bebedouro principal localizado no refeitrio (Imagens 13- 16). Os resultados da pesquisa sero divulgados na Feira Cientfica da escola no dia 12/11/2010, conforme cronograma em anexo.

Figura 13: Alunos preparando material para divulgao. Figura 14: Fixao de cartazes.

Figura 15: Preparao do material.

Figura 16: Fixao de cartazes nas salas.

18

RESULTADOS DA PESQUISAA anlise dos dados teve incio dia 20/09/2010 na prpria sala de aula. Os alunos foram divididos em duplas, ficando estes com uma quantidade de questionrios para anlise. O grfico 01 mostra a quantidade de alunos contaminados pelo mosquito da dengue e o grfico 02, faz a comparao entre a quantidade de alunos infectados nos meses de janeiro a agosto.

400 350 300 250 200 150 100 50 0 82 CASOS CONFIRMADOS 378 NO CONTRARAM A DOENA

Grfico 01: Quantidade de alunos infectados pelo mosquito da dengue

19

20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

Grfico 02: Comparao da quantidade de alunos infectados nos meses de janeiro a agosto.

60 50 40 30 20 10 0 BAIRRO ESCOLA VIAGEM OUTRO LUGAR

Grfico 03: Local que o aluno acredita ter contrado a dengue.

20

350 300 250 200 150 100 50 0 Quanto aos casos de dengue detectados no bairro do aluno Quanto a visita de agente de sade na residncia SIM NO SEM RESPOSTA

Grfico 04: Quantidade de casos de dengue no bairro e visita de agentes de sade

300 250 200 150 100 50 0 01-03 pessoas 03-05 pessoas Acima de 05 pessoas Nenhuma pessoa Sem resposta

Grfico 05: Quantidade de pessoas contaminadas por residncia.

21

Culpados pela proliferao do mosquito da dengue

Sociedade Governo Outros

Grfico 06: Ponto de vista dos alunos quanto aos culpados pela proliferao da dengue no Estado.

200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Semi grave Grave Muito grave

Grfico 07: Ponto de vista dos alunos quanto gravidade da doena.

22

250

200

150

100

50

0 Mudana de hbito Educao Ambiental Vacina Outros

Grfico 08: Quanto s alternativas para erradicao da proliferao do mosquito transmissor da dengue.

Quanto a idade dos alunos infectados

11 anos 09 casos 12 anos 08 casos 13 anos 14 casos 14 anos 26 casos 15 anos 16 casos 16 anos 05 casos 17 a 18 anos 04 casos

Grfico 09: Idade dos alunos infectados

23

Quanto ao sexo dos alunos infectados

Feminino - 47 Masculino - 35

Grfico 10: Sexo dos alunos infectados.

30 25 20 15 10 5 0 Tancredo Neves 25 Santa Teresa Asa Branca 12 19 Caimb 11 Jardim Primavera 8 Outros bairros 7

Grfico 11: Bairro dos alunos infectados

24

CONCLUSODe acordo com as anlises dos dados, participaram da pesquisa um total de 460 alunos entre alunos do Ensino Fundamental e Mdio da escola. Deste total, 82 alunos afirmaram ter contrado a dengue entre os meses de janeiro a agosto, sendo o ms de abril, o ms de menor ocorrncia apresentando 02 casos, e os meses de junho, julho e agosto apresentando 13, 11 e 19 casos respectivamente (Grficos: 01 e 02). Os alunos infectados no perodo da pesquisa tinham entre 11 e 18 anos de idade, porm o ndice maior de infeces concentrou-se nos alunos com 14 anos de idade, apresentando 26 casos (Grfico: 09). Os alunos do sexo feminino apresentaram 47 casos enquanto os alunos do sexo masculino apresentaram 35 casos (Grfico 10). Tancredo Neves foi o bairro com a maior concentrao dos casos, 25, seguido do bairro Santa Teresa com 19 casos e Asa Branca com 12 (Grfico: 11). importante ressaltar que a escola est localizada no mesmo bairro, onde ocorreu a maior concentrao dos casos, confirmando, portanto os dados apresentados no grfico de n 03, onde os alunos citaram ter contrado a dengue no prprio bairro.

25

REFERNCIASAGNCIA BRASILEIRA DE INTELIGNCIA-ABIN. Peixe entra em ao contra a dengue. Fonte: Embrapa. Publicado em: 30/03/2010. Disponvel em: http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=5799&%20lang=english. Acesso:04/11/2010. MINISTRIO DA SADE. Fundao Nacional de Sade. Portaria n 2.124, de 25 de novembro de 2002; MAIOCHI, G. M. Medidas preventivas para combater o mosquito da dengue. Fonte: Jornal O Riosulense. Publicado em 01/04/2008. Disponvel em:http://www.apremavi.org.br/mobilizacao/dica-da-semana/376/medidaspreventivas-para-combater-o-mosquito-da-dengue. Acesso: 04/11/2010. MORATO e SILVA, V. C. G. Fatores ambientais que condicionam a infeco pelo vrus da dengue. Tese de doutorado-Universidade Federal da Bahia, 2008. Disponvem em : http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1535 Acesso em 05/11/2010; RIBEIRO, Andressa F; MARQUES, Gisela R A M; VOLTOLINI, Jlio C and CONDINO, Maria Lcia F. Associao entre incidncia de dengue e variveis climticas. Rev. Sade Pblica[online]. 2006, vol.40, n.4, pp. 671676. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89102006000500017; SECRETARIA DE SADE DO ESTADO DE SO PAULO. Superintendncia de Controle de Endemias SUCEN. Guia Bsico de Dengue. So Paulo, 2002. 07 p; SECRETARIA DA SADE DO ESTADO DE SO PAULO - SUCEN. Normas, orientaes e recomendaes tcnicas - Vigilncia e Controle de Aedes aegypti. Plano de Intensificao das Aes de Controle de Dengue no Estado de So Paulo, agosto de 2001. TRAJANO, A. Vrus 4 da dengue pode estar circulando. Jornal Folha de Boa Vista, Boa Vista, Roraima, 31 jul. 2010; ZEIDLER, Julianna Dias; ACOSTA, Pablo Oscar Amzaga; BARRETO, Priscila Pereira and CORDEIRO, Joel da Silva. Vrus dengue em larvas de Aedes aegypti e sua dinmica de infestao, Roraima, Brasil. Rev. Sade Pblica [online]. 2008, vol.42, n.6, pp. 986-991. Epub Oct 03, 2008. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89102008005000055; http://www.ecodebate.com.br/2010/03/01/embrapa-avalia-o-peixe-barrigudinhono-controle-da-dengue/ Acesso em: 05/11/2010 http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2010/fevereiro/4a-semana/embrapaentra-na-guerra-contra-o-mosquito-da-dengue/ Acesso em: 05/11/2010 26

http://www.agromundo.com.br/?p=4004 Acesso em: 05/11/2010 http://www.cpamn.embrapa.br/informativo/jornal32.pdf Acesso em: 05/11/2010 http://www.embrapa.br/search?SearchableText=peixe+barrigudinho&x=6&y=4 Acesso em: 05/11/2010 http://www.veraosemdengue.com.br/pergunta/ver/17/0/0/existe-vacina-contra-adengue Acesso em: 05/11/2010

27

ANEXOS1 - Cronograma ATIVIDADES EM 2010Identificao do problema Planejamento do projeto de pesquisa Definio e delimitao do tema Elaborao dos objetivos e justificativa Planejamento das metodologias Recursos e cronograma Digitao do projeto Recesso escolar Contato com o setor de Endemias do municpio Envio de ofcio para Coordenao de Endemias Agendamento de palestra/visita de agentes de sade na escola Elaborao de questionrio fechado Desenvolvimento do referencial terico Aplicao do questionrio Anlise dos dados coletados Tabulao dos dados Organizao para a Feira Cientfica Divulgao dos resultados na Feira de Cientfica

JUN X X X X

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

X X X X X X X X X X X X X X X

28

2 QuestionrioESCOLA ESTADUAL TANCREDO NEVES IDENTIFICAO NOME:____________________________________IDADE:__________ TURNO: ( )MAT ( )VESP TURMA:___________________ SEXO: ( )FEM ( )MASC BAIRRO:__________________________________________________ QUESTIONRIO 1-VOC PEGOU DENGUE NESTE ANO? ( )SIM ( )NO 2-EM QUAL PERODO VOC CONTRAIU A DENGUE? ( )JAN ( )JUN ( )FEV ( )JUL ( )MAR ( )AGO ( )ABR ( )SET ( )MAI 3- ONDE VOC ACREDITA QUE CONTRAIU A DENGUE? )NO SEU BAIRRO )NA SUA ESCOLA )EM UMA VIAGEM )EM OUTRO LUGAR 4- NO SEU BAIRRO FORAM DETECTADOS CASOS DE DENGUE? ( )SIM ( )NO 5- OS AGENTES DE SADE VISITAM SUA CASA COM FREQUNCIA? ( )SIM ( )NO 6- QUANTAS PESSOAS EM SUA CASA CONTRAIRAM A DENGUE NESTE ANO? ( )01-03 ( )03-05 ( )ACIMA DE 5 ( )NENHUM 7- QUEM VOC ACREDITA QUE SEJA O CULPADO PELA PROLIFERAO DO MOSQUITO DA DENGUE? ( ) SOCIEDADE ( ) GOVERNO ( ) OUTROS 8- VOC CONSIDERA A DENGUE UMA DOENA: ( ) SEMI-GRAVE ( ) GRAVE ( )MUITO GRAVE 9- O QUE VOC PENSA QUE PODERIA SER FEITO PARA ERRADICAR A PROLIFERAO DO MOSQUITO Aedes aegypti, CAUSADOR DA DENGUE? ( )MUDANA DE HBITOS ( )EDUCAO AMBIENTAL ( )VACINA ( )OUTROS

( ( ( (

29