relatÓrio do estudo de impacto de vizinhanÇa –...

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1 /27 Secretaria Municipal de Política Urbana - SMPU Subsecretaria de Planejamento Urbano - SUPLAN Diretoria de Análise de Licenciamentos Urbanísticos Especiais RELATÓRIO DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – REIV nº 033.339/15 Santa Juliana Empreendimentos LTDA (Expo Park Pampulha) Ref: Relatório técnico de avaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança, emitido pela Diretoria de Análise de Licenciamentos Urbanísticos Especiais – DALU elaborado conforme procedimentos definidos pelo Decreto nº 14.594/11, para fim de licenciamento urbanístico de empreendimento de impacto. Este documento consolida a análise da Comissão de Interface referente às complementações ao EIV. Localização: Rua Professor José Vieira de Mendonça, 1121, bairro Engenho Nogueira, Regional Pampulha Nº do Processo SMAPU: 01.033.339/15-32 Responsável Legal: Bernardo Assis Fonseca Santos. Responsável Técnico pelo EIV: Cynthia Silveira Pimentel Fraga – CAU A36693-5. Síntese das características do empreendimento As características abaixo estão discriminadas no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) apresentado pelo Responsável Técnico do empreendimento e poderão sofrer alterações até o final do processo de Licenciamento Urbanístico. CNPJ: 16.693.616/0001-25 I. Atividades do empreendimento Código Descrição 476100100 Comércio varejista de livros 476100200 Comércio varejista de jornais e revistas 476100300 Comércio varejista de artigos de papelaria 477250000 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 478140000 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 478900100 Comércio varejista de suvenires, bijuterias e artesanatos 471300200 Lojas de variedades, exceto lojas de departamento ou magazines 642120002 Posto de Serviços de Bancos Comerciais 642390002 Posto de Serviços de Caixas Econômicas 643870100 Banco de câmbio 661930400 Caixas eletrônicos 791120000 Agências de viagens 829970600 Casas lotéricas 561120100 Restaurantes e similares 561120200 Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 561120301 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, exceto sorveteria 561120302 Sorveteria 562010200 Serviços de alimentação para eventos e recepções - bufê 823000100 Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas

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Diretoria de Análise de Licenciamentos Urbanísticos Especiais

RELATÓRIO DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA – REIV nº 033.339/15

Santa Juliana Empreendimentos LTDA (Expo Park Pampulha) Ref: Relatório técnico de avaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança, emitido pela Diretoria de Análise de Licenciamentos Urbanísticos Especiais – DALU elaborado conforme procedimentos definidos pelo Decreto nº 14.594/11, para fim de licenciamento urbanístico de empreendimento de impacto. Este documento consolida a análise da Comissão de Interface referente às complementações ao EIV. Localização: Rua Professor José Vieira de Mendonça, 1121, bairro Engenho Nogueira, Regional Pampulha Nº do Processo SMAPU: 01.033.339/15-32 Responsável Legal: Bernardo Assis Fonseca Santos. Responsável Técnico pelo EIV: Cynthia Silveira Pimentel Fraga – CAU A36693-5.

Síntese das características do empreendimento

As características abaixo estão discriminadas no Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) apresentado pelo Responsável Técnico do empreendimento e poderão sofrer alterações até o final do processo de Licenciamento Urbanístico.

CNPJ: 16.693.616/0001-25

I. Atividades do empreendimento

Código Descrição

476100100 Comércio varejista de livros 476100200 Comércio varejista de jornais e revistas 476100300 Comércio varejista de artigos de papelaria 477250000 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene

pessoal 478140000 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 478900100 Comércio varejista de suvenires, bijuterias e artesanatos 471300200 Lojas de variedades, exceto lojas de departamento ou magazines 642120002 Posto de Serviços de Bancos Comerciais 642390002 Posto de Serviços de Caixas Econômicas 643870100 Banco de câmbio 661930400 Caixas eletrônicos 791120000 Agências de viagens 829970600 Casas lotéricas 561120100 Restaurantes e similares 561120200 Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 561120301 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, exceto sorveteria 561120302 Sorveteria 562010200 Serviços de alimentação para eventos e recepções - bufê 823000100 Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas

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823000201 Casas de festas e eventos 932989902 Exposições com cobrança de ingressos 521250000 Carga e descarga 522310000 Estacionamento de veículos 682260000 Gestão e administração da propriedade imobiliária

5510-08 Apart-Hotel (usado como Hotel) 6810-2 Apart-Hotel residencial próprio; aluguel de imóvel próprio residencial em

apart-hotel Capacidade: 27.394 pessoas

Características do empreendimento conforme EIV

Enquadramento no Licenciamento Urbanístico1

Edifícios não residenciais com área de estacionamento maior que 10.000m² ou com mais de 400 vagas, serviço de uso coletivo com área maior que 6.000m², casa de festas e eventos com área utilizada superior a 360m² e centro de convenções.

Atividade Implantação de atividades em complexo de edificações a ser construído.

Lotes envolvidos Lote 002 do quarteirão 001 - CP 262005M

Índice Cadastral 278001 002 0015 Área do terreno 67.215,00 m² (CP)Área total utilizada

162.217,88 m² (prevista)

Acessos Acesso de pedestres e veículos pela Rua Professor José Vieira de Mendonça

1 Empreendimento submete-se ao licenciamento urbanístico pelo Conselho Municipal de Política Urbana – COMPUR - conforme determinação do art. 74-B da Lei nº 7.166/96.

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Condicionantes para Licenciamento Urbanístico

Deverão ser atendidas todas as condicionantes para Licenciamento Urbanístico, solicitadas pelos órgãos responsáveis pela análise do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), discriminadas a seguir:

Impactos N.º Condicionantes

Intervenções no terreno –

Movimentação de terra

(Fase de Obras)

1 Implantar as edificações sem intervenções no nível do lençol freático. (Ver nota 1).

2 Garantir a manutenção dos espécimes arbóreos earbustivos mais significativos. (Ver nota 2).

Intervenções no terreno - Supressão

da vegetação (Fase de Obras)

3 Implantar o plano de manejo da vegetação do talude. (Ver nota 3).

4 Implantar sistema de irrigação para o talude em revegetação. (Ver nota 4).

5 Implantar plano de resgate de fauna. (Ver nota 5).

6

Implantar projeto luminotécnico para a área externa do empreendimento acompanhado de laudo técnico (com ART) que avalie e minimize os possíveis impactos da iluminação sobre a fauna local.

7 Instituir Reserva Particular Ecológica – RPE para área florestada do talude situado na porção posterior do terreno.(Ver nota 6).

Intervenções no terreno / Geração

de Resíduos (Fase de Obras)

8 Implantar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Especiais (PGRSE). (Ver nota 7).

9 Implantar Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. (Ver nota 8).

10 Destinar adequadamente o material lenhoso e demais materiais vegetais que serão suprimidos. (Ver nota 9).

Alterações ambientais na

vizinhança

11 Implantar Plano de Controle de Poluição Sonora. (Ver nota 10).

12 Adotar medidas para minimização dos impactos relacionados à realização da obra. (Ver nota 11).

Drenagem

13 Implantar sistema de contenção de taludes em conformidade com o sistema de drenagem a ser utilizado.

14 Implantar tamponamento dos poços tubulares existentes no local, conforme normas da SEMAD/IGAM. (Ver nota 12).

15 Implantar projetos de drenagem, captação, armazenamento e uso das águas pluviais. (Ver nota 13).

Alterações na ambiência e

paisagem urbana

16 Implantar projetos de paisagismo e de irrigação. (Ver nota 14).

17 Promover a arborização das calçadas lindeiras ao empreendimento. (Ver nota 15).

Geração de emissões

atmosféricas 18

Implantar sistema de controle de emissões atmosféricas. (Ver nota 16).

Movimentação de pessoas e veículos

19 Implantar Estação Ponto na Av. Presidente Carlos Luz. (Ver nota 17).

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Impactos N.º Condicionantes

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Elaborar projeto operacional de transporte (ônibus e táxi) e trânsito (desvios, sinalização e bloqueios) para os dias de eventos, dentro da área de abrangência do projeto de tratamento viário. (Ver nota 17).

21

Garantir no empreendimento 98 vagas de motocicletas, bicicletário com capacidade mínima de 50 bicicletasdistribuídas de forma a atender todos os usos propostos no empreendimento, estacionamentos para ônibus e táxis, 29 vagas internas para operação de carga e descarga, área de embarque e desembarque para o Apart Hotel, faixa de acumulação. (Ver nota 18).

22 Implantar projetos de tratamento viário. (Ver nota 19).

23 Adotar medidas operacionais para coibir o estacionamento de veículos na área de embarque e desembarque do apart-hotel e destinada aos táxis.

24 Disponibilizar apenas o número mínimo de vagas para veículos leves exigido pelos parâmetros da legislação Municipal.

25

Prever o tratamento urbanístico do entorno do empreendimento, contemplando a adequação das calçadas lindeiras (no que se refere às declividades transversais e longitudinais e ao revestimento), e dos acessos de veículos e pedestres, conforme exigências contidas na legislação municipal vigente.

Movimentação de veículos/

mercadoria

26 Garantir que todas as operações de carga e descarga sejam realizadas em área interna ao empreendimento.

27 Manter abertos os portões de acesso ao estacionamento e à área de carga e descarga durante o horário de funcionamento do empreendimento.

Impactos na vizinhança

28 Implantar Plano de Comunicação do empreendimento. (Ver nota 20).

29 Implantar programa de contratação de mão de obra e serviços junto à população residente na vizinhança afetada pelo empreendimento. (Ver nota 21).

30

Adotar para o empreendimento equipamentos e sistemas com características de sustentabilidade, como dispositivos economizadores de água e sistema de otimização energética. (Ver nota 22).

Notas:

1- Desenvolver projeto arquitetônico considerando que: Deverá ser conduzida nova campanha de sondagem no final do período chuvoso (março) que

contemple no mínimo todos os pontos amostrados na campanha de 06/2016 ou mais furos além desses, se assim for estabelecido nos termos da ABNT – NBR – 8036:1983 – Programação de sondagem de simples reconhecimento dos solos para fundação de edifícios-procedimentos.

A implantação das edificações não poderá atingir os níveis do lençol freático encontrados na campanha a ser realizada após o período chuvoso – em março.

Não poderá ser utilizado nenhum tipo de sistema de rebaixamento, mesmo que temporário ou linear (Ex: espinha de peixe).

A fundação proposta não pode gerar risco de contaminação do lençol freático, assim como não deve promover o seu rebaixamento. Caso a fundação utilizada promova qualquer tipo de

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interferência no lençol, mesmo sem rebaixamento, deverá ser encaminhada outorga junto a SEMAD/IGAM, ou documento de dispensa. Destaca-se que, conforme orientação do próprio órgão, não poderá ser aceito apenas o protocolo. A outorga deverá ser apresentada para obtenção do alvará de construção.

Apresentar Termo de Responsabilidade quanto à Profundidade do Lençol Freático, emitido por responsável técnico habilitado, conforme determina o inciso I do Art. 4º do Decreto nº 12.015, de 5 de abril de 2005, conforme anexo I.

2- O projeto arquitetônico deverá seguir as seguintes diretrizes:

Não contemplar a utilização das áreas demarcadas em azul, conforme figura abaixo, preservando os espécimes arbóreos das porções compreendida pelos polígonos.

Utilizar como premissa de projeto a manutenção dos espécimes arbóreos e arbustivos da

área do afastamento frontal do empreendimento e da calçada. O projeto arquitetônico deverá ser apresentado em escala adequada, contemplando planta de

todos os pavimentos, planta de situação e cortes. A planta de situação/implantação deverá contemplar a sobreposição de todos os espécimes arbóreos com indicação diferenciada dos elementos que serão suprimidos mantidos e/ou transplantados.

Apresentar e aprovar novo projeto de movimentação de terra, conforme DN08/92, considerando o novo projeto arquitetônico a ser desenvolvido (item 1-).

Obter, junto à SMMA, autorização para movimentação de terra. Apresentar comprovação de encaminhamento do solo excedente da terraplanagem para local

devidamente autorizado.

3- Desenvolver e aprovar um plano de manejo da vegetação do referido talude, com vistas a reduzir, progressivamente, a população de Pinus desta área, favorecendo a reintrodução e estabelecimento de vegetação nativa e elevando o estágio de regeneração para uma vegetação de máxima expressão local, com grande diversidade biológica. Poderão ser usadas, concomitantemente, diferentes técnicas de restauração ecológica, tais como: plantio de mudas e semeadura direta no solo com espécies selecionadas, implantação de cobertura de gramínea anual, transposição de solo, enleiramento de galharia, raleamento da população de Pinus, com a retirada dessas árvores e anelamento de outras, que poderão ser mantidas na área para servirem de poleiros, como recomenda Bechara (2003), em sua dissertação intitulada “Restauração Ecológica de Restingas Contaminadas por Pinus no Parque Florestal do Rio Vermelho, Florianópolis, SC”. Deverão ser tomados cuidados para que o impacto decorrente do manejo do Pinus não seja

significativo, ou seja, o manejo deverá ser escalonado no tempo, de forma progressiva. Recomenda-se a supressão pontual e escalonada dos Pinus, em alguns pontos onde serão introduzidas as mudas de espécies primárias. Também recomenda-se o anelamento escalonado dos Pinus, ao longo do tempo, para que este deixe de produzir sementes, bem como substâncias alelopáticas que possam impedir ou dificultar o desenvolvimento dos

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espécimes nativos introduzidos, mas que permaneça no local de forma a se tornar poleiros para as aves.

O projeto deverá sobrepor, de forma compatibilizada, as informações quanto aos espécimes arbóreos existentes com aqueles futuramente introduzidos, indicando aqueles que demandarão manejo (supressão, poda, anelamento, etc.).

Deverá ser prevista, quinzenalmente, o coroamento das mudas plantadas, de forma a se retirar as acículas de Pinus caídas sobre o solo ao redor das mesmas, com remoção de plântulas de Pinus da área.

Prever o controle do capim colonião, vigoroso nas áreas onde se pretende implantar a vegetação.

Incluir no plano de revegetação a área que já sofreu intervenção, com movimentação de terra e introdução de brita no piso, na porção superior do talude da área de proteção Grau-2, junto à Rua Desembargador Paulo Mota. Diretrizes do plano de manejo da área relativas à introdução de vegetação:

Deverá ser utilizada maior diversidade de espécies arbóreas de médio a grande porte, nativas da flora brasileira, preferencialmente aquelas não utilizadas na arborização urbana, incrementando a riqueza de espécies e priorizando a intensificação da biodiversidade. O plantio deverá contemplar, no mínimo, 50 espécies.

As mudas de espécies arbóreas a serem plantadas deverão ter altura mínima de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) entre o colo e a primeira inserção de galhos e bom estado fitossanitário, não estiolada, com diâmetro do caule mínimo de 1,0 cm. Estas mudas deverão ser amarradas a um tutor, usando amarrilhos de borracha ou de sisal.

Recomendamos que a escolha das espécies em seu estágio sucessional, bem como o posicionamento das mesmas, se dê em virtude da quantidade de luz/sombra gerada pelo manejo escalonado dos Pinus. O plantio também poderá contemplar espécies arbóreas, arbustivas e frutíferas, a serem escolhidas de acordo com seu comportamento ecológico.

Frutíferas Nome Comum / Nome Científico

Pitanga / Eugenia uniflora Jabuticaba / Myrciaria cauliflora

Goiaba / Psidium guajava Cerejeira / Eugenia involucrata

Guabiroba / Campomanesia xanthocarpa Ingá / Inga maginata

Amora / Maclura tinctoria

Pioneiras nativas Nome Comum / Nome Científico Embaúba / Cecropia pachystachya

Pindaíba / Xylopia 6romática Pombeiro / Tapirira guianensis

Caixeta / Croton floribundus Capororoca / Rapanea guianensis Açoita cavalo / Luehea divaricata Sangra d’água / Croton urucurana

Figueira / Fícus insípida Pau jacaré / Piptadenia gonoacantha Guapuvuru /Schizolobium parahyba

Secundárias iniciais nativas

Nome Comum/Nome Científico Angico vermelho / Anadenanthera macrocarpa

Ipê amarelo / Tabebuia chrysotricha Aroeira / Myracrodruon urundeuva

Mamica de porca / Zanthoxylum rhoifolium Camboatá / Protium heptaphylum Pinha-do-campo / Rolinia sylvatica

Genipapo / Genipa americana

Secundárias tardias nativas

Nome Comum / Nome Científico Fedegoso / Senna macranthera

Óleo copaíba / Copaifera langsdorfii Canela fedorenta / Ocotea pulchella

Cedro / Cedrella fissilis Marinheiro / Guarea guidonia

Guabiroba de árvore / Campomanesia guazumaefolia

Bico-de-pato / Machaerium acutifolium Jacarandá / Machaerium villosum

Jequitibá-branco / Carinianna estrellessisulista

Climácicas nativas Nome Comum / Nome Científico

Ingá / Inga affinis, I. marginata, I. sessilis

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Jatobá / Hymaenea courbaril var stilbocarpa Ipê amarelo / Tabebuia serratifolia, T. chrysotrycha

Ipê roxo / Tabebuia heptaphylla Canjarana / Cabralea canjerana

Peroba rosa / Aspidosperma polyneuron Diretrizes para a limpeza na área verde a) Remoção manual, coleta e transporte de todo e qualquer tipo de detrito (lixo, entulho, produto

de capina, roçada, etc.), não sendo permitidos: a) qualquer tipo de intervenção na vegetação arbórea (poda ou supressão); b) a utilização de máquinas pesadas; c) a utilização de fogo.

b) Manter roçada toda a faixa de capim, na área mais externa do terreno. Na estação chuvosa (setembro a abril), deve ser feito apenas o desbaste da vegetação herbácea, sem remoção de tocos e raízes, preservando a vegetação arbustiva e tendo como padrão de acabamento distancia média de 10 a 15 cm acima do nível do solo, permitindo o uso de rastelo para a remoção de lixo e entulho.

c) A roçada acima permitida poderá ser manual (com foice) ou mecânica (roçadeira). d) Somente na estação seca (março a agosto), fazer capina na área mais externa, próxima à

cerca, objetivando a confecção de aceiro de 3 m de largura, este necessário à prevenção e controle de incêndio. Para esta área, a capina deverá consistir na remoção manual de gramíneas e herbáceas, somente.

Diretrizes básicas para o plantio de espécimes arbóreos a) Todas as intervenções a serem executadas no local deverão contemplar planos de prevenção

e controle de erosão; em especial se localizadas em áreas declivosas. b) No preenchimento da cova, deverá ser aproveitada 2/3 da terra retirada quando da abertura

da mesma, acrescentando-se 1/3 de material orgânico que pode ser esterco curtido, composto orgânico ou húmus de minhoca.

c) Deverá ser adotada a previsão de plantio para o início do período chuvoso, especialmente para aquelas áreas fora do alcance de caminhões-pipa usados para irrigação, ou prever alguma outra forma de implantação de sistema de rega.

d) Deverá ser feito o controle das formigas cortadeiras (saúvas), a ser realizado 30 dias anteriormente ao plantio de qualquer muda de espécime arbóreo.

e) Deverão ser implementadas as seguintes ações para a proteção da área verde a ser revegetada: Somente na estação seca (março a agosto), fazer capina na área mais externa, próxima à

cerca, objetivando a confecção de aceiro de 3 m de largura, este necessário à prevenção e controle de incêndio. Para esta área, a capina deverá consistir na remoção manual de gramíneas e herbáceas, somente.

Monitoramento do entorno. Serviços de manejo e monitoramento ambiental, objetivando a recuperação e proteção da

área contra invasões, depredação e vandalismo. Contenção de encostas e controle de erosão sempre que necessário. Limpeza mensal de toda a área com intuito de retirar objetos que possam provocar ou

acelerar incêndios no local. - Apresentar ART para o plano de manejo. - Providenciar o cercamento das áreas em azul da figura associada ao item 1, por meio de tapumes, de forma a impedir o acesso de pessoas e garantir a preservação da vegetação e dos animais em relação às obras. Deverão ser veiculadas nos tapumes, informações sobre proibições de acesso, cuidados com a área e as penalidades que poderão ser aplicadas considerando a lei de crimes ambientais (Lei 9605/98). - Apresentar projeto para o cercamento definitivo da área de vegetação a ser preservada. - Providenciar o cercamento definitivo da área de vegetação a ser preservada. Deverão ser deixados, nas cercas de divisas do terreno presentes no talude florestado, espaços para atravessamento da fauna e movimentação entre os terrenos vizinhos.

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4- Desenvolver e aprovar projeto de irrigação para o talude em revegetação, observando os mesmos aspectos daqueles mencionados no item supramencionado. Sugere-se a irrigação por gotejamento, a qual pode ser realizada com facilidade a partir da instalação de reservatórios na parte superior do talude. Prever a utilização de hidrogel no plantio. Deverá ser apresentada ART para o projeto de irrigação, exceto se elaborado pela mesma pessoa do projeto paisagístico solicitado.

5- Apresentar e aprovar junto à SMMA plano de resgate de fauna, que preveja a captura e transferência de indivíduos de todas as classes de vertebrados, contemplando o manejo antes do início da obra e durante todo o período de implantação, utilizando metodologias de translocação e introdução adequada para cada espécie. Identificar a fauna existente no terreno. O Relatório de fauna deverá apresentar:

Caracterização da área afetada; Determinação da estação de amostragem; Descrição da metodologia para cada segmento faunístico; Identificação das espécies registradas para cada segmento faunístico; Indicação quanto à existência de espécies ameaçadas ou endêmicas; Considerações sobre as espécies registradas; Proposta de recuperação/preservação da fauna registrada.

Apresentar ART para caracterização e plano de manejo da fauna. Concluir a implantação do plano de resgate da fauna aprovado, encaminhando relatório conclusivo.

6- Requerer, conforme roteiro no anexo II, a instituição de Reserva Particular Ecológica – RPE para área florestada do talude situado na porção posterior do terreno. A área a ser considerada deverá ser desde a curva de nível da cota 865,00 até o final do lote – Rua Desembargador Paulo Mota. Refazer a caracterização geral da vegetação existente em toda a porção vegetada do talude localizado ao fundo do terreno do empreendimento, indicando tipologia florestal, as espécies predominantes arbóreas e arbustivas, o estado de conservação, o estágio de regeneração da vegetação secundária e a necessidade de se realizar procedimentos para a restauração da vegetação. Somente se o trabalho for realizado pelo mesmo profissional, não se faz necessário o envio de nova ART. A distribuição de parcelas poderá se dar de forma proporcional à quantidade realizada para os 3.000,00m² amostrados (número de parcelas/m²), contudo, recomenda-se que as parcelas tenham, pelo menos, o dobro de sua área.

7- PGRSE: - Apresentar as cópias de contratos, comprovantes e licenças ambientais de empresas terceirizadas responsáveis pela coleta/transporte/tratamento e destinação final de resíduos por ocasião da solicitação de vistoria para a liberação do uso do sistema de armazenamento de resíduos sólidos (ARS) do empreendimento. - Solicitar vistoria da DV-LIC no sistema de armazenamento de resíduos sólidos (ARS), para fins de implantação. O pedido de vistoria deverá ser solicitado na Central BH Resolve – Guichê Limpeza Urbana, mediante pagamento de preço público. - Apresentar anualmente a Matriz de gerenciamento de resíduos atualizada. - A SLU deverá ser imediatamente informada de qualquer alteração no sistema de gerenciamento dos resíduos sólidos.

8- PGRCC:

- Apresentar e aprovar Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC, em conformidade com o Termo de Referência para PGRCC e as Diretrizes para Resíduos da Construção Civil, no anexo III. O plano deverá contemplar as demolições previstas.

Ao final da obra deverá ser apresentado à SMMA relatório técnico em conformidade com o Termo de Referência para PGRCC, acompanhado por fotos sobre o acondicionamento em suas

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várias etapas, documentação comprobatória de destino final e de transporte (caso necessário- resíduos perigosos) e as licenças relativas às empresas receptoras dos resíduos da Construção Civil, conforme anexo III.

9- Apresentar plano de destinação adequada do material lenhoso e demais materiais vegetais que

serão suprimidos. O plano deverá contemplar a utilização ambientalmente adequada e mais nobre possível do material removido, sobretudo em caso de existirem espécimes com madeira de alta qualidade para a utilização na indústria moveleira. Apresentar documentação comprobatória de destinação do material lenhoso e demais materiais vegetais, conforme aprovado.

10- No Plano deverão ser identificados os equipamentos e áreas do empreendimento que por sua natureza são considerados como potencialmente geradores de ruído (ex: geradores emergenciais de energia, salão de festas, etc.), discriminado sua localização, características técnicas/construtivas e tratamento previsto.

Apresentar laudo de medições sonoras que comprovem o atendimento aos limites estipulados pela legislação vigente para a operação do empreendimento, contemplando, no mínimo:

- Os equipamentos/implantações considerados potencialmente ruidosos (Ex: chiller, torre de refrigeração, exaustores, salão de festas etc.); - Realização das medições nos fins de semana, cuja demanda de uso é mais significativa, em dias de utilização da área externa para eventos noturnos; - O atendimento aos termos da Lei Municipal 9505/08 e da Deliberação Normativa COPAM nº 167/2011; - A seleção de pontos de medição, acompanhada de justificativa e croqui de localização; - A identificação de ruído de fundo e contribuição do ruído da fonte; - O encaminhamento da ART do responsável técnico pela elaboração do laudo; - A indicação dos problemas observados e proposta de adequação. Caso seja constatada a necessidade de novo tratamento acústico ou melhorias no tratamento existente; após a implantação, deverá ser realizada nova medição para verificação da eficiência do tratamento e elaborado novo relatório técnico consolidado.

As emissões de sons, ruídos e vibrações em decorrência das atividades exercidas pelo empreendimento e por frequentadores deverão obedecer aos padrões e critérios estabelecidos pela Lei 9.505/08. Em caso de constatação de poluição sonora, o empreendimento estará sujeito à imposição de outras medidas eficientes de controle, conforme estabelece o artigo 9º da Lei 9.505/08, além da possibilidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento.

11- Deverão ser adotadas, entre outras, as medidas listadas abaixo, para minimização dos impactos

relacionados à realização da obra: Apresentar propostas para amenização de ruídos e vibrações durante a fase de obras,

considerando a possibilidade de enclausuramento das fontes geradoras de ruído e controle de vibrações. O estudo deverá considerar o posicionamento dos equipamentos ruidosos nas diversas fases da obra, apreciando ainda, a tipologia da obra, o cronograma das obras entre outros aspectos, além dos padrões e critérios estabelecidos pela Lei 9.505/08.

Utilizar caminhões-pipa para aspersão de água nas frentes de trabalho, quando necessário; Utilizar caminhões que atendam os limites de emissões de particulados estabelecidos na

Resolução CONAMA 418/09; Umidificar o material antes de seu lonamento; Utilizar somente caminhões lonados, respeitando sua carga máxima para evitar derrames; Recolher, sistematicamente, os derrames ocorridos e, se necessário, providenciar a lavagem

das vias; Efetuar manutenção periódica dos caminhões e outros equipamentos; Implantar, quando necessário, sistema lava-rodas no canteiro de obras, dotado de dispositivo

para recuperação das águas com sistema de retenção de sólidos ou área de decantação de águas com material particulado, de forma a recolher as águas de lavagem de equipamentos;

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Avaliar, durante os trabalhos, a necessidade de proteger os locais de maior permanência de pessoas, como escolas e similares, com telas de malha fina;

Providenciar, sempre que necessário, caixa de retenção de sedimentos, de forma a impedir seu carreamento para a rede pluvial;

Utilizar equipamentos de segurança do trabalho; Planejar horários adequados para o transporte de materiais e equipamentos de forma não

comprometer a fluidez das vias.

12- O tamponamento deverá ser executado conforme normas da SEMAD/IGAM.

13- Apresentar projeto de drenagem das edificações, para aprovação da SMMA. O Projeto de Drenagem deverá prever um sistema de manejo adequado das águas pluviais, mediante o controle na fonte, utilizando o critério de restrição do lançamento e incorporando alternativas tecnológicas que facilitem a infiltração de águas pluviais, o armazenamento temporário e a sua utilização. Neste contexto, o projeto deverá:

a) Respeitar o conceito de Escoamento Primitivo, ou seja, a situação de lançamento de drenagem na condições de permeabilidade total do terreno não poderá ser alterada. Desta forma, deverá ser apresentado memorial descritivo, informando a situação do volume de escoamento com terreno permeavel e após a implantação. Com o uso das medidas alternativas de drenagem urbana (estruturas de infiltração e aproveitamento de água pluvial), comprovar que a situação do lançamento de drenagem do município não sofrerá acréscimo de volume;

b) O dimensionamento deverá seguir o padrão SUDECAP, com Tempo de Retorno de 10 anos, cálculo da chuva crítica (5, 10, 30 e 60 minutos) e apresentação do hidrograma.

c) No desenvolvimento do projeto de ligação de drenagem pluvial a rede pública, deve-se compatibilizar as redes de drenagem existentes na área do empreendimento com as projetadas. Para tanto, se faz necessário o levantamento cadastral das redes e verificação das interferências com o sistema de drenagem projetado, bem como a avaliação dos pontos de lançamento, seja na rede de drenagem do sistema viário ou na resultante da canalização do talvegue que atravessa a Rua Professor José Vieira de Mendonça, passando por área de terceiros. Deve-se fazer uma verificação da capacidade máxima de vazão dos dispositivos para recebimento da vazão oriunda dos lançamentos do empreendimento, considerando também as contribuições a montante.

d) Caso seja proposta infiltração no projeto de manejo, o projeto de infiltração deverá contemplar:

cálculo através do método de Puls, utilizando para dimensionamento dos poços de infiltração, chuva crítica (10, 30, 60 minutos de duração) e recorrência de 10 anos e as características pesquisada nos ensaios de caracterização do solo;

a viabilidade de utilização de unidades de infiltração/filtração no terreno a partir de investigação prévia da permeabilidade, da condutividade hidráulica do solo e do nível de lençol freático.

a compatibilização do projeto proposto - infiltração/drenagem - em relação à configuração dos poços de infiltração (revestimento interno, altura, preenchimento, área permeável, entre outros aspectos) aos projetos arquitetônico, paisagístico e entre outros;

a avaliação que a reconexão hidráulica proposta não prejudicará as construções vizinhas, e que não tem capacidade volumétrica para alterar expressivamente nível do lençol nesta região.

e) Caso seja proposto a utilização de telhado verde para parte da cobertura das edificações. O telhado verde deverá prever:

Camada de substrato de 40 a 80 cm; Para cálculos de escoamento superficial considerar o coeficiente de runoff de áreas

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permeáveis. Inclusão de espécies arbóreas, no mínimo de médio porte, nativas da flora brasileira e

atrativas à avifauna, preferencialmente dos biomas Cerrado e Mata Atlântica; Associação das variáveis riquezas de espécies e número de indivíduos, resultando na

máxima diversidade possível; Previsão de acessos adequados para manutenção;

Nota: A elaboração e a execução de projetos é de inteira responsabilidade do empreendedor e consultorias. Sendo assim, alerta-se que é necessária especial atenção na execução do projeto de telhado verde, devendo ser observados os seguintes aspectos:

o características dos espécimes (altura, resistência, enraizamento, etc), observando sua compatibilidade com as especificidades do empreendimento e do local. Ex: condições climáticas e de vento, altura de implantação do telhado verde, etc.

o resistência estrutural compatível; o sistema de impermeabilização; o sistema de drenagem; o sistema de irrigação; o acessos para manutenção, dentre outros.

Apresentar projeto de Sistema de Coleta e Aproveitamento de Água Pluvial das edificações, para aprovação da SMMA, conforme as seguintes diretrizes:

Deverão ser considerados os aspectos preconizados pela norma NBR 15527/2007; O uso de água pluvial deverá ser previsto para a utilização na lavagem de pisos nas

garagens e áreas comuns, rega de jardins, dentre outros; Encaminhar memória de cálculo da demanda para cada caso, bem como a porcentagem

desta a ser atendida pelo sistema; Para o pré-tratamento dessa água deverá ser incorporado um tratamento preliminar da

água (gradeamento para evitar a entrada de folhas ou pequenos animais, filtro flutuante, “first flush” ou descarte do escoamento inicial de águas pluviais, caixa de areia, cloração simples, dentre outros necessários);

Para o dimensionamento do reservatório pluvial deverá ser seguida a norma NBR 15527/2007 e considerar o escoamento primitivo (manter o escoamento superficial nos patamares aferidos antes das intervenções), área de contribuição versus demanda mensal;

Devem ser observados o período de retorno escolhido, a vazão de projeto e a intensidade pluviométrica;

Os projetos deverão apresentar detalhamento e locação do (s) reservatório (s) de água pluvial, caixas de captação e sistema de pré-tratamento;

Previsão de identificação dos pontos de consumo restrito; Os sistemas de uso da água pluvial devem ser híbridos, ou seja, ter uma segunda fonte de

fornecimento de água, mantendo o sistema de funcionamento perene. O controle de decisão da entrada da água da segunda fonte no reservatório deve ser automatizado. A lâmina de água (NA) mantida pela segunda fonte deve ser mínima, e não considerada no volume útil do reservatório.

As caixas de aproveitamento de água pluvial deverão ser independentes das caixas de retenção;

A contribuição da concessionária deverá ser acrescida somente após o pré-tratamento; Apresentar memorial descritivo, diagrama vertical e ART; Os reservatórios deverão ser de fácil acesso e manutenção; Apresentar plano de uso e manutenção do sistema; Indicar os pontos de uso da água (torneiras) a serem instaladas a cada 20 metros lineares

(no caso de irrigação).

14- Apresentar e aprovar projeto paisagístico. O projeto paisagístico deve informar, em planta, a localização e entorno das áreas permeáveis e aquelas localizadas em jardineiras, com suas dimensões, cotas e curvas de nível; localização exata das árvores existentes ou a serem introduzidas, os quais deverão, também, ser apresentados quali-quantitativamente em tabela e legenda específica. Para o desenvolvimento do projeto:

o Introduzir elementos arbóreos, arbustivos, herbáceos e floríferos nas áreas permeáveis;

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o Introduzir, com maior frequência, espécies arbóreas nativas e atrativas à avifauna, priorizando ao máximo o plantio de árvores de médio e grande porte.

o Prever a introdução de espécies de forma a propiciar estratificação vertical, ou seja, espécies de pequeno, médio e grande porte plantadas próximas, compondo estratos verticais interessantes, que otimizam a ocupação do espaço horizontal.

o Procurar, no desenvolvimento do projeto paisagístico, gerar espaços verdes mais naturais, acompanhando a fitofisionomia da vegetação nativa nos arredores imediatos ou próximos. O objetivo deverá ser criar espaços com alta biodiversidade, capazes de se conectar com ou se aproximar de fragmentos florestais existentes ou nos arredores, gerando serviços ecossistêmicos (alimentação e atração de polinizadores, melhoria cênica, conforto térmico, absorção de água pluvial, entre outros) em detrimento de aspectos estéticos. Recomendamos a leitura da apresentação da Dra. Elizabeth Höfling, intitulado “A Diversidade de Fauna em Ambientes Antrópicos Urbanos”, disponível em: <http://www.fapesp.br/eventos/2013/11/biodiversidade/Hofhling.pdf>.

o As variáveis riquezas de espécies e número de indivíduos deverão ser associadas, resultando na máxima diversidade possível.

o As mudas de espécies arbóreas a serem plantadas no interior do empreendimento deverão ter altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) entre o colo e a primeira inserção de galhos e apresentar bom estado fitossanitário.

Observação: atentar-se para as cotas do terreno em que se encontram as árvores que serão mantidas. As mesmas não poderão sofrer com a movimentação de terra em um raio mínimo, cujo valor dependerá do espécime, de forma a não comprometer sua sobrevivência. Além disso, áreas permeáveis ou impermeáveis próximas a estes elementos não poderão estar em cota que implique em cortes na região do seu sistema radicular ou aterro de seu colo. Apresentar memorial descritivo do projeto paisagístico. O memorial descritivo do projeto paisagístico deverá contemplar, para cada jardim, a área plantada, a quantidade de espécimes arbóreos/arbustivos/forrações existentes ou a serem introduzidas no canteiro, além das denominações popular e científica dos exemplares de plantas. Ou seja, os quantitativos para o projeto desenvolvido devem ser separados conforme a área. Também deverão ser informadas no memorial descritivo as técnicas de manutenção das árvores existentes nas áreas ajardinadas, bem como aquelas de preparo do solo, controle de pragas, plantio, adubação, irrigação e manutenção, com indicação e quantificação dos insumos utilizados e o cronograma de plantio. Apresentar anotação de responsabilidade técnica (ART) do projeto paisagístico, lembrando que o mesmo deve ser elaborado por profissional habilitado. Apresentar projeto de irrigação, contemplando, no mínimo: Levantamento de dados da área Área a ser irrigada em m². Tipo de solo / substrato utilizado:

- Quanto à sua textura: argilosa, arenosa ou textura média. - Quanto à sua permeabilidade: muito permeável, meio permeável ou pouco

permeável. Topografia do terreno: plana, suavemente ou fortemente ondulada (apresentar planta plani-

altimétrica). Especificação das espécies a serem cultivadas, o espaçamento a ser adotado entre plantas

e entre linhas, com respectivas demandas hídricas conforme distribuição na área a ser irrigada. (apresentar em tabelas)

Definição da precipitação ou lâmina a ser aplicada na área: esta precipitação varia em função, principalmente, do tipo de planta (cada planta apresenta uma evapotranspiração e, portanto, um consumo de água) e da região geográfica em que a área se situa (de região para região as condições climáticas - chuvas, evaporação, ventos, etc. - variam);

Dados climatológicos da região considerados no projeto: Chuva, Evaporação do Tanque Classe A, Evapotranspiração, Velocidade do vento, Temperatura média, Umidade relativa.

Sistema de irrigação a ser utilizado ou as alternativas possíveis.

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Seleção do equipamento mais adequado ou das alternativas dos equipamentos para a área: esta seleção leva em consideração a cultura plantada ou a ser plantada, a topografia da área, o tamanho da área e a disponibilidade de água;

Cálculo do turno de rega e tempo de funcionamento por posição: para fazer estes cálculos leva-se em conta, principalmente, o consumo diário de água que a cultura necessita, a profundidade do sistema radicular, a resistência que a planta apresenta ao "déficit" de água e as características físicas do solo, principalmente, quanto á sua capacidade de armazenamento de água;

Cálculo da vazão: esse cálculo refere-se à vazão total do equipamento e baseia-se na área a ser irrigada, na precipitação definida e o número de horas de trabalho diário;

Dimensionamento hidráulico: o dimensionamento das tubulações e dos acessórios, tais como: válvulas, hidrantes, cotovelos de derivação e outros, baseia-se na vazão total, na altura manométrica necessária e na velocidade da água no interior dos tubos. Uma vez selecionadas as tubulações e acessórios, procede-se a locação dos mesmos na área, locando-se, inclusive, as posições necessárias para o equipamento escolhido;

Dimensionamento do conjunto motobomba: o dimensionamento deste conjunto também se baseia na vazão, na altura manométrica e na potência necessária. Na escolha da bomba, além dos itens anteriormente citados, deve-se atentar para que a bomba escolhida trabalhe no ponto de máximo rendimento ou próximo possível dele, e para a sua altura máxima de sucção;

Elaboração de planta ou croqui: efetuados os cálculos deve ser elaborada uma planta ou croqui, onde são locados o ponto de captação, a linha mestra, as linhas laterais, os acessórios e o posicionamento do equipamento.

Apresentar anotação de responsabilidade técnica (ART) do projeto de irrigação, lembrando que este deve ser elaborado por profissional habilitado. Obter autorização para supressão e/ou transplantio de espécimes arbóreos, se for o caso.

15- Apresentar e aprovar proposta de arborização das calçadas lindeiras ao empreendimento, situadas na Rua Professor José Vieira de Mendonça e Rua Desembargador Paulo Mota, de acordo com critérios estabelecidos na DN 69/2010, utilizando como premissa a manutenção das árvores já existentes. O projeto de arborização deverá prever a introdução de elementos arbóreos de porte compatível com o espaço disponível, priorizando, neste contexto, a introdução de árvores do maior porte possível. A arborização deverá estar contida em faixa gramada, sempre que a largura da calçada contemplar faixa de trânsito de pedestres de 1,5 m.

16- Informar os equipamentos e áreas que por sua natureza são considerados como potencialmente

geradores de emissões atmosféricas (Ex: geradores emergenciais de energia, cocção de alimentos, armazenamento de combustíveis, etc.), discriminando sua localização, características técnicas/construtivas e tratamento previsto. Após a implantação dos equipamentos deverá ser realizado o monitoramento para avaliação da eficiência do sistema de controle. Para processos de geração de calor, deverá ser utilizada como referência para avaliação das emissões atmosféricas, a DN 187 de 2013 do COPAM, e no caso de cocção a NBR 14518. Os sistemas de condicionamento de ar a serem utilizados deverão atender à Resolução CONAMA 267/2000 e o Protocolo de Montreal com o intuito de não utilizar fluidos refrigerantes que possam ser prejudiciais ao ozônio estratosférico. Para geradores emergenciais, caso o combustível seja óleo diesel, deverá ser utilizado o diesel S-10 Apresentar informações técnicas relativas ao sistema de refrigeração/climatização implantado, com especial atenção ao fluido refrigerante utilizado. No caso de utilização de água informar o consumo diário. Apresentar relatório de controle das emissões para os veículos a Diesel a serem utilizados na movimentação de terra. O relatório deverá considerar, no mínimo:

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- As especificações estabelecidas na Resolução CONAMA Nº418/09 e na Instrução Normativa IBAMA nº 06/2010; - Apresentação de certificado de calibração dos opacímetros utilizados; - As medições de opacidade deverão ser realizadas pelas federações ligadas à CNT através de seu Programa Despoluir (Transporte de Carga FETSCEM e Transporte de Passageiros FETRAM) ou por empresas de Inspeção Veicular certificadas pelo INMETRO. - O monitoramento deve abranger todos os veículos próprios e terceirizados diretamente ligados ao empreendimento. - Os relatórios de medição de opacidade, para efeito de analise desta Secretaria, terão validade de seis meses. Caso exista a previsão de geradores de energia elétrica, deverá ser especificado: - Localização do equipamento em planta/croqui; - Tipo de combustível a ser utilizado; - Forma de armazenamento do combustível com especificação do sistema de segurança a ser utilizado para o transbordamento/ vazamento de combustível. Os sistemas de armazenamento aéreo ou subterrâneo de combustíveis deverão atender as especificações da DN61/08 da COMAM. - Descrição do sistema de amenização de ruído e vibrações; - Descrição do sistema exaustão dos efluentes gasosos gerados utilizado.

17- A Estação Ponto não será uma Estação de Integração nos moldes de sistema tronco-alimentado, mas deverá possibilitar uma reestruturação na rede de linhas que acessam a Av. Presidente Carlos Luz. Na imagem a seguir é especificado o local aproximado onde a Estação Ponto deverá ser implantada e a área de abrangência do respectivo projeto de tratamento viário:

Mapa 1

Área de abrangência do projeto de tratamento viário:

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Rua Professor Vieira de Mendonça, entre o Anel Rodoviário Celso Melo Azevedo e a Av. Presidente Carlos Luz;

Avenida Presidente Carlos Luz, entre o Anel Rodoviário Celso Melo Azevedo e a Av. Alfredo Camarate.

Os projetos viários deverão ser elaborados a partir de levantamento topográfico planialtimétrico e cadastral atualizados. Na elaboração devem ser considerados os dispositivos legais contidos no Código de Trânsito Brasileiro - CTB, seus Anexos, Resoluções e Manuais de Sinalização publicados pelo CONTRAN/DENATRAN, bem como o Manual de Práticas de Estacionamento em Belo Horizonte (maio de 2010) e o Manual de Elaboração de Projetos Viários para o Município de Belo Horizonte (julho de 2011). Os projetos complementares devem seguir os padrões da SUDECAP;

Realizar pesquisas (sobe/desce com senha) para as linhas: 3301A e B; 3302A, B e D; 3502; 3503A; 5102; 8501; 503; 504; 506; 507; 533; 535, 639; 64 e 67 e indicar qual a rede de linhas deverá operar na Estação Ponto (nº linhas, nº passageiros, etc.).

18- O projeto arquitetônico a ser aprovado junto à BHTRANS deverá seguir as seguintes orientações:

Do total de vagas disponibilizadas para veículos leves, reservar, no mínimo, 2% para veículos de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida – PMR e reposicioná-las mais próximas ao elevador, com demarcação viária feita em conformidade com os critérios da norma ABNT NBR 9050/2015;

Disponibilizar 98 vagas de motocicletas nas dimensões de 1 m x 2 m, conforme projeto arquitetônico;

Apresentar bicicletários distribuídos entre os usos do empreendimento, com capacidade total para 50 bicicletas;

Prever estacionamento para ônibus, com acesso livre às áreas internas, para operação de embarque e desembarque de passageiros, conforme previsto no projeto apresentado;

Reservar espaço interno para estacionamento de taxi, com acesso livre e próximo ao acesso principal do centro de exposições, sendo as vagas dispostas de forma a facilitar a operação, possibilitando a formação de filas na área interna do empreendimento.

Disponibilizar 29 vagas internas para as operações de carga e descarga, conforme projeto arquitetônico, nas dimensões mínimas de 3 m x 9 m;

Garantir o acesso às vagas e dispor de espaço suficiente para circulação e realização de manobras;

Apresentar área de embarque e desembarque para o apart-hotel, com capacidade para 9 veículos. Deve ser prevista, também, outra área de embarque e desembarque específica para o centro de convenções;

Disponibilizar faixa de acumulação com capacidade para, no mínimo, 63 veículos considerando uma extensão de 5 m para cada veículo (315 m);

Prever sinalização viária, no projeto arquitetônico, para demarcação das vagas, das setas indicativas do sentido de circulação dos veículos, assim como das linhas divisórias de fluxos, nas rampas de acesso aos pavimentos de estacionamento;

Os acessos destinados à entrada e saída de ônibus e caminhões poderão ter largura acima do permitido na legislação municipal, sendo necessário que o Responsável Técnico justifique nas plantas do projeto arquitetônico, a serem encaminhadas para análise e aprovação da BHTRANS, através da representação dos giros dos veículos utilizados pelo empreendimento.

Diretrizes específicas para os bicicletários e paraciclos:

Introduzir para cada uso do empreendimento, bicicletário – estacionamento com controle de acesso. Para o projeto do bicicletário deve-se considerar:

Facilidade de acesso – O bicicletário deve se situar no nível de estacionamento mais próximo à entrada, de forma a evitar rampas, e também ao sistema viário;

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Visibilidade – Garantia de um estacionamento rápido aos ciclistas;

Sinalização – O uso de pintura com cores vivas e bem distribuídas;

Iluminação – Iluminação adequada, independente do período do dia;

Suporte – Deve-se evitar o uso de soluções complexas com as quais a população não está acostumada, como travas especiais e encaixes não-comuns. O suporte deve:

- Permitir que a bicicleta seja presa pelo quadro e por uma ou ambas as rodas - Ser adequado para bicicletas que não tenham quadro tipo "diamante", sem tubo superior

(p.ex., bicicletas femininas ou infanto-juvenis); - Permitir que uma tranca "U" prenda a roda dianteira e o tubo inferior do quadro de uma

bicicleta convencional; - Permitir que uma tranca "U" prenda a roda traseira e o tubo do selim do quadro de uma

bicicleta convencional.

Introduzir para cada uso do empreendimento, estacionamento do tipo paraciclo - estacionamentos de curta ou média duração (até 2h, em qualquer período do dia), de uso público para bicicleta e sem qualquer controle de acesso. Para o projeto do paraciclo deve-se considerar:

Facilidade de acesso – os paraciclos devem se situar o mais próximo possível do local de destino e também do sistema viário;

Visibilidade – é aspecto essencial à garantia de um estacionamento rápido dos ciclistas;

Sinalização – o uso de pintura com cores vivas é um dos aspectos favoráveis;

Iluminação – a iluminação noturna é importante;

Suporte – deve-se evitar o uso de soluções complexas com as quais a população não está acostumada, como travas especiais e encaixes não-comuns. O suporte deve:

- Permitir que a bicicleta seja presa pelo quadro e por uma ou ambas as rodas - Ser adequado para bicicletas que não tenham quadro tipo "diamante", sem tubo

superior (p.ex., bicicletas femininas ou infanto-juvenis); - Permitir que uma tranca "U" prenda a roda dianteira e o tubo inferior do quadro de

uma bicicleta convencional; - Permitir que uma tranca "U" prenda a roda traseira e o tubo do selim do quadro de

uma bicicleta convencional.

Introduzir ao projeto, em cada edificação, vestiários para usuários de bicicletas, contemplando além de vasos sanitários e lavatórios, no mínimo, um chuveiro para cada instalação (masculina e feminina). As instalações deverão estar localizadas próximas às vagas de estacionamento de bicicletas, serem dotadas, ainda, de armários, assim como contar com sinalização especial para orientar e informar a disponibilidade.

19- Os projetos de tratamento viário devem contemplar adequações geométricas e de sinalização horizontal, vertical e semafórica, a fim de viabilizar a implantação da Estação Ponto, prevendo melhorias na circulação local, aumento de número de faixas, implantação de câmeras de monitoramento, acessibilidade e segurança para veículos e pedestres, na área de abrangência discriminada na Nota 17.

20- Elaborar Plano de Comunicação do empreendimento com o objetivo de estabelecer um canal de

relacionamento contínuo entre a vizinhança e os responsáveis pelo empreendimento para o recebimento de sugestões, reclamações e esclarecimento de dúvidas na tentativa de solucionar os problemas relativos ao período de construção e de funcionamento do mesmo, bem como instruir usuários, funcionários e comunidade sobre temas relacionados às questões de civilidade e urbanidade, durante o funcionamento. A metodologia do Plano é de livre escolha do responsável pela sua elaboração, mas deverá conter cronograma com distinção de fases, diretrizes e prazos para implantação, gestão dos canais de comunicação adotados e avaliação de resultados. a) O Plano de Comunicação deverá contemplar os seguintes aspectos:

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- A participação obrigatória dos vizinhos imediatos, lideranças comunitárias, dentre outros atores, na sua elaboração (participação a qual deverá ser comprovada através de relatório contendo atas de reuniões, listas de presença e ficha técnica dos membros responsáveis pela sua elaboração);

- Instruções sobre o correto estacionamento de veículos nas vias públicas e a utilização de estacionamento remoto privado, quando existente;

- Informar medidas relativas à Comunicação Visual referente às áreas de acesso ao empreendimento;

- Manutenção dos canais de relacionamento (inclusive presenciais) e contatos do empreendimento em locais apropriados e visíveis à população do entorno e usuários;

- Divulgação dos canais de relacionamento e comunicação do empreendimento de forma clara e destacada para fácil acesso na primeira página do sítio eletrônico do empreendimento, quando existente;

- Proposta de monitoramento das sugestões e reclamações advindas dos canais de comunicação durante as obras e no período de 1(um) ano, identificando os possíveis impactos decorrentes do funcionamento do empreendimento. Entregar relatório, ao final do período de monitoramento, com a análise de retorno dos canais de comunicação;

- Outros aspectos que o responsável pela elaboração do Plano julgar necessários. b) Ações Educativas deverão estar previstas no Plano de Comunicação e permanentemente

divulgadas nos canais de comunicação, com abordagem mínima dos seguintes temas: - Orientações sobre o acesso de veículos e carga e descarga existentes – Divulgar aos

funcionários e prestadores de serviço sobre os horários de funcionamento e locais adequados de carga e descarga.

21- O Programa de contratação de mão de obra e de serviços terceirizados junto à população

residente na Área de Influência Direta – AID deverá ser elaborado a partir de dados coletados por meio de pesquisas socioeconômicas realizadas na área de influência direta do empreendimento, incluindo as vilas Novo Ouro Preto, Engenho Nogueira e Jardim Alvorada/Jardim Montanhês/Antena Montanhês e dois loteamentos clandestinos e ocupados por população de baixa renda, necessariamente. O empreendedor deverá apresentar relatório detalhado sobre o levantamento de informações de potencial de contratação junto à comunidade pesquisada, estabelecendo cronograma de implementação e visando a meta de contratar, pelo menos, o percentual de 10% do total de empregados recrutado entre pessoas residentes na área de influência direta do empreendimento. O programa de contratação de mão de obra e de serviços também deverá prever a realização de capacitação, apresentando proposta de contratação para o período de implantação (detalhado por fase de implantação/obra no Programa) bem como para o período de operação do empreendimento, inclusive com plano administrativo por parte do condomínio para garantia de adesão ao plano por parte dos locatários. Caso haja necessidade de ajuste deste percentual, deverá ser apresentada justificativa técnica embasada no levantamento de informações socioeconômicas da vizinhança.

22- Implantar dispositivos de sustentabilidade, entre os quais, são sugeridos: - Automação de toda a iluminação e do sistema de ar condicionado; - Utilização de lâmpadas eletrônicas e de LED para redução do consumo energético; - Luminárias solares automáticas em todos os jardins externos; - Utilização de fachadas em pele de vidro para otimizar o aproveitamento de iluminação natural, reduzindo gastos com iluminação artificial; - Ar condicionado com sistema de expansão indireta, com fan-coils e chiller; - Elevadores inteligentes com regeneração de energia elétrica e tecnologia de Despacho por Antecipação de Destino - ADC (Advanced Dispatching Control); - Escadas rolantes com sensor de presença; - Os vidros em todo o edifício com desempenho fotoenergético especial ("vidros de controle solar" e baixo impacto ambiental); - Captação de energia solar para geração de energia elétrica através de fotocélulas. Deverá ser apresentado, além do memorial descritivo, o projeto conceitual que aborde, no mínimo, as seguintes questões: potência de geração, porcentagem da demanda do empreendimento a ser atendida, quantidade (m²) e localização das placas; - Sensores de presença e/ou relés fotoelétricos nas áreas comuns;

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- Bacia sanitária dotada de sistema de descarga com duplo acionamento (3/6 L); - Lavatórios dotados de torneiras com arejadores e fechamento automático; - Mictórios com consumo reduzido de água;

Conclusão Conclui-se favoravelmente à continuidade do processo de Licenciamento Urbanístico do empreendimento Santa Juliana Empreendimentos LTDA (Expo Park Pampulha), conforme características relacionadas no EIV e nos pareceres dos órgãos, devendo ser atendidas as Condicionantes para Licenciamento Urbanístico relacionadas no presente documento. Este Relatório de Estudo de Impacto de Vizinhança – REIV, com validade de 2 (dois) anos, nos termos do art. 35, I, do Decreto nº 14.594/2011, segue para apreciação e deliberação do Plenário do COMPUR. Belo Horizonte, 10 de maio de 2018.

Isaac Henriques de Medeiros Diretor de Análise de Licenciamentos Urbanísticos Especiais

Subsecretaria de Planejamento Urbano - SUPLAN Secretaria Municipal de Política Urbana - SMPU

Izabel Dias de Oliveira Melo – BM 79.395-0 Subsecretária Adjunta de Planejamento Urbano - SUPLAN

Secretaria Municipal de Política Urbana – SMPU Vice-Presidente do COMPUR

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ANEXO I MODELO DE TERMO DE RESPONSABILIDADE QUANTO À PROFUNDIDADE DO

LENÇOL FREÁTICO

TERMO DE RESPONSABILIDADE QUANTO À PROFUNDIDADE DO LENÇOL FREÁTICO

01 - DADOS DO PROJETO PROJETO PROCESSO PROPRIETÁRIO

LOTE QUARTEIRÃO BAIRRO DATA

02 - DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

DECLARO QUE FOI EFETUADA SONDAGEM NO(S) LOTE(S) SUPRA CITADO(S) E QUE O PROJETO ORA APRESENTADO PARA EXAME PELA GELED – GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO DE EDIFICAÇÕES – NÃO APRESENTA CORTES DE TERRENO NATURAL QUE ATINJAM O LENÇOL FREÁTICO. ACOMPANHA ESTA DECLARAÇÃO A ART DA SONDAGEM, ASSINADA PELO RESPONSÁVEL DA EXECUAÇÃO DO SERVIÇO.

03 - ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DECLARO SER VERDADE A AFIRMAÇÃO ACIMA

ASSINATURA E CREA

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO

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Anexo II – Roteiro para solicitação de Instituição de Reserva Particular Ecológica

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Anexo III – Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil I – Resíduos A seguir faz-se uma compilação das legislações e entendimentos técnicos da SMMA com vista a uniformizar as diretrizes a serem atendidas nos Processos de Licenciamento com geração de resíduos da construção Civil. Todos os aspectos relativos à estimativa, ao layout do canteiro em suas diversas etapas, à forma de segregação, acondicionamento e transporte e ao destino dos resíduos, devem ser estudados e definidos pela construtora e a consultoria ambiental em conjunto e com antecedência. É de responsabilidade do gerador a correta caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e destinação dos resíduos produzidos. Os resíduos da construção civil devem ser segregados na FONTE, ou seja, no canteiro de obras e não podem ser dispostos em aterros de resíduos sólidos urbanos, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d'água, lotes vagos ou em áreas protegidas. Os resíduos devem ser adequadamente classificados e segregados em Classes A, B, C e D, conforme classes preconizadas pela Resolução CONAMA 307/02 e suas alterações. Em hipótese alguma os resíduos poderão ser misturados. Ocorre também a necessidade da segregação dentro da mesma classe, tais como os resíduos de Classe B, que devem ser separados por cada tipo do resíduo (ex: madeira, metal, papel, plástico e gesso). Não deve ocorrer a identificação/classificação de resíduos identificados por “mix de resíduos”, “resíduos volumosos”, “resíduos de construção civil”, “entulho” etc. Resíduos Classe A - devem ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a aterro de resíduos Classe A de reservação de material para usos futuros; São resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras; Quando se tratar de solo proveniente de retirada de fundo de vale deverá seguir os termos das Resoluções CONAMA 420/2009, 459/12 e 460/2013, no que couber. Quando se tratar de solo contaminado, proveniente de descomissionamento de postos de combustíveis, indústrias, entre outros, deverá ser segregado e destinado como resíduo perigoso. Resíduos Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias (escorridas/limpas) e gesso; (Redação dada pela Resolução nº 469/2015). Devem ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura.

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A reciclagem deve ser entendida, conforme Lei Estadual nº 18.031 de 2009, como o processo de transformação de resíduos sólidos, que pode envolver a alteração das propriedades físicas ou químicas dos mesmos, tornando-os insumos destinados a processos produtivos. A Deliberação Normativa 154 de 2010 COPAM estabelece o coprocessamento como a utilização de resíduos para substituição de matérias-primas e/ou aproveitamento energético em fornos de clínquer. A Deliberação Normativa 154/2010 COPAM estabelece ainda que as empresas que exercem a atividade de coprocessamento dependem das Licenças Prévia, de Instalação e de Operação concedidas pelo COPAM, para a utilizarem o forno de clínquer para coprocessamento dos seus resíduos. Esta SMMA, em se tratando de destino de resíduos da construção civil para o coprocessamento, entende que para tal deverão ser apresentados os seguintes documentos: 1 - Licença Ambiental da empresa receptora; 2 - Anuência do órgão licenciador de que o resíduo poderá ser coprocessado; 3- Documento comprobatório de recebimento do resíduo emitido pela empresa de coprocessamento. Este documento poderá ser o próprio CTR do resíduo, preenchido com a identificação do destino final pela empresa de coprocessamento, ou na sua impossibilidade, a documentação deverá identificar, no mínimo, o gerador, o resíduo, a quantidade recebida (peso ou volume), a data de recebimento e anexar a cópia do CTR. Considerando as dificuldades de reciclagem ambientalmente mais adequada, os Resíduos Classe B, tais como madeira e sacos de cimentos, deverão ter segregação especial e poderão ter como opção de alternativa tecnológica a reciclagem por meio do coprocessamento como insumo (fonte energética). Madeira O procedimento ideal para resíduo de madeira é a reutilização das peças exaustivamente, redimensionando-as para uso diversificado em local próximo da carpintaria, com formação de estoques intermediários. A madeira utilizada na construção civil está frequentemente contaminada por substâncias químicas (fungicidas, desmoldantes, tintas, etc.). Considerando o princípio da precaução, que deve nortear as análises técnicas, a impossibilidade/dificuldade da avaliação de contaminação nas diversas etapas da obra, rastreamento e comprovação da origem da madeira, o resíduo de madeira proveniente da construção civil é considerado pela SMMA como um resíduo contaminado, devendo, neste caso, ser direcionada ao coprocessamento. Para tanto, no caso de coprocessamento, é necessário que as empresas sejam devidamente licenciadas para processamento da madeira como insumo (fonte energética), de tal forma que garanta todos os mecanismos de controle (Ex: tratamento de efluentes atmosféricos, entre outros) em seu processo produtivo (matéria prima ou combustível).

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Não será aceito o uso de resíduo de madeira, proveniente da construção civil, como fonte de energia em estabelecimentos comerciais (ex. fornos de padaria, pizzaria, etc) ou em estabelecimentos de serviços (ex. caldeira de academia, etc). A queima de resíduos de madeira em equipamentos não preparados para tratar as emissões atmosféricas não é autorizada, devido à possibilidade presença de conservantes ou outros produtos químicos na madeira, que podem gerar efluentes atmosféricos nocivos à saúde. O uso de resíduos de madeira proveniente da construção civil como fonte de energia em fornos de indústria de cerâmicas só será aceito em casos que o órgão ambiental licenciador se manifeste especificamente, atestando a possibilidade de uso destes resíduos. Resíduo lenhoso procedente de supressão arbórea deverá estar contemplado no Relatório, com destino ambientalmente correto e com prioridade de uso na compostagem.

Gesso O gesso, conforme Resolução CONAMA 307/02, deve ser reciclado. A reciclagem dos resíduos de gesso é tecnicamente possível, com várias aplicações. A segregação do resíduo de gesso no momento da geração e o controle de sua contaminação nas etapas de estoque e transporte são condições para tornar a reciclagem possível. Deverão ser utilizados sempre contenedores cobertos, para livrá-los das intempéries.

O gesso é considerado contaminante com possibilidade de inviabilizar a segregação/aproveitamento correta de outros materiais a ele misturados, assim como o perigo de alteração significativa do solo e da água. Desta forma, sua segregação deverá ser feita de maneira que não haja mistura com outros resíduos, com especial atenção para os de Classe A. Esses resíduos não devem ser encaminhados a aterros. Sacos de cimento O saco de cimento deve ser classificado como Resíduo Classe B. Conforme estabelecido na Legislação Estadual nº 18.031 de 2009, no Art 46-F “Havendo alternativa tecnológica viável para a reutilização ou a reciclagem de resíduos sólidos Classe I - Perigosos ou Classe II-A - Não inertes, fica proibida a sua disposição final em aterros industriais”. Diante do exposto, os sacos de cimentos deverão ter segregação especial e podem adotar, dentre outras, a alternativa tecnológica da reciclagem por meio do coprocessamento como insumo (fonte energética). Latas de tintas As latas de tintas escorridas e limpas, bem como aquelas provenientes de tintas a base de água, são classificadas como resíduos Classe B, portanto, deverá ser seguido o destino preconizado pela Resolução Conama 307 e suas alterações. No âmbito da Resolução 469/15 que altera a Resolução CONAMA nº 307, consideram-se embalagens vazias de tintas imobiliárias, aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de tinta em seu revestimento interno, sem acúmulo de resíduo de tinta líquida.

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As embalagens de tintas usadas na construção civil deverão ser submetidas a um sistema de logística reversa, conforme requisitos da Lei nº 12.305/2010, que contemple a destinação ambientalmente adequados dos resíduos de tintas presentes nas embalagens (Redação dada pela Resolução nº 469/2015). Caso a logística reversa não se viabilize a SMMA considera aceitável a condução das latas de tinta para reciclagem - coprocessamento (matéria prima) em indústria siderúrgica. Resíduos Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação; (Redação dada pela Resolução n° 431/11). Resíduos Classe D são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos (estopas, pinceis, rolos) e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (Redação dada pela Resolução n° 348/04). No caso de utilização de serragem para absorção de óleo, esta deverá ser destinada como resíduo perigoso. Estes resíduos devem ser armazenados em contenedores separados, em local coberto e protegido, com acesso restrito às pessoas responsáveis pelo seu manuseio. Conforme Resolução 448/12 os resíduos Classe D devem ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. Os resíduos perigosos só poderão ser transportados por empresas que possuam autorização específica para tal. Deverá ser informado o responsável pelo transporte de cada classe de resíduo e encaminhada documentação comprobatória de sua autorização nos relatórios periódicos; O transporte deverá ser executado por empresas que possuam autorização específica para transporte de resíduo perigoso emitido pela Semad – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. III – Encaminhamento para área de ATT Nas áreas de ATT é possível realizar a triagem dos resíduos recebidos, eventual processamento e posterior remoção para a adequada destinação final, portanto, estes empreendimentos não atuam como local de destino final. Em processos que se utilizam áreas de ATT, faz-se necessário que se apresente no Relatório de Monitoramento o destino final conforme cada tipo de resíduo. Para tanto, deverá ser apresentando documento comprobatório do recebedor final o CDF – Certificado de Destinação Final e a respectiva Licença Ambiental do empreendimento. A cópia das licenças ambientais das empresas receptoras dos resíduos deve ser acompanhada das respectivas condicionantes. A documentação apresentada deve trazer o escopo dos materiais autorizados para recebimento.

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IV – CTR Deverão ser apresentadas cópias dos CTRs, conforme modelo abaixo. Sugere-se que as cópias dos CTR sejam encaminhadas em meio digital. Conforme estabelece a Lei Municipal Nº 10.522/2012, os CTRs devem ser devidamente preenchidos. Deverá ser anexado cada CTR em arquivo individual (digitalizado na posição correta) e agrupados em pastas do mesmo mês. Os CTRs devem apresentar a identificação dos Resíduos, conforme classificação da Resolução CONAMA 307 e suas alterações.

Modelo de CTR * Quando se tratar de “outros” deverá ser descrito qual tipo de resíduo.

CADASTRO

LICENÇA

CPF OU CNPJ PLACA DO VEÍCULO CAÇAMBA

MUNICÍPIO

EMAIL

ENDEREÇO N°

DATACPF OU CNPJ

UFBAIRRO MUNICÍPIO

TELEFONE EMAIL

COMPLEMENTO

LICENÇA

NOME OU RAZÃO SOCIAL

CEP

N°ENDEREÇO

NOME OU RAZÃO SOCIAL

TINTAS, SOLVENTES, ÓLEOS AMIANTO OUTROS

COMPLEMENTON°ENDEREÇO

NOME OU RAZÃO SOCIAL

CPF OU CNPJ DATA

CEP

LICENÇA

UFBAIRRO

TEL

COMPLEMENTO

BAIRRO MUNICÍPIO UF CEP

TEL EMAIL

CTR - COMPROVANTE DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS

CLASSE A:

CLASSE B:

CLASSE D:

GESSO

VIDROMETAL OUTRO

CLASSE C:

ESPECIFICAR RESÍDUO:

1 - CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO TRANSPORTADO

TIPO DE RESÍDUO TRANSPORTADO: VOLUME (m3)/ PESO (ton)

ASSINATURA/CARIMBO

PAPEL, PAPELÃO

PLÁSTICO OUTRO

2 - GERADORASSINATURA/CARIMBO

3 - TRANSPORTADORASSINATURA/CARIMBO

DATA

4 - ÁREA RECEPTORA

NOME DO CONDUTOR

CONCRETO, ARGAMASSA, ALVENARIA SOLO OUTRO

MADEIRA 

LATAS DE TINTA VAZIAS

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V – Modelo de Planilha O relatório de Monitoramento deverá vir acompanhado da Planilha Resumo dos Resíduos no período, preferencialmente utilizando o modelo abaixo:

Obra : XXXXXXXXXXXX Resumo Mensal de Destinação de Resíduos

Classe A Resíduo: Solo

Nº CTR Data Quantidade (m3)

Quantidade (Kg) Local de Destino

Resíduo: Concreto

Nº CTR Data Quantidade (m3)

Quantidade (Kg) Local de Destino

Resíduo: Alvenaria

Nº CTR Data Quantidade (m3)

Quantidade (Kg) Local de Destino

Classe B

Resíduo: Papel

Nº CTR Data Quantidade (m3)

Quantidade (Kg) Local de Destino

Resíduo: Madeira

Nº CTR Data Quantidade (m3)

Quantidade (Kg) Local de Destino

Resíduo: Aço

Nº CTR Data Quantidade (m3)

Quantidade (Kg) Local de Destino

Legislação - Lei Federal 12.305 de 2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; - Lei Municipal nº 10.522 de 2012 institui o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de

resíduos da Construção Civil; - Lei Municipal n.º 10.534, de 10 de setembro de 2012 dispõe sobre a Limpeza Urbana, seus

serviços e o manejo de resíduos sólidos no município e dá outras providencias. - Resolução CONAMA 307 de 2002 e suas alterações estabelecem diretrizes, critérios e

procedimentos para gestão dos resíduos da construção civil; - NBR 10.004/2004 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas classifica os resíduos

sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que estes resíduos possam ter manuseio e destinação adequados.