relatório de zoo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS (IECOS) FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE PEIXES OSSEOS Bragança PA Abri de 2016

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Page 1: Relatório de zoo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE ESTUDOS COSTEIROS (IECOS)

FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE PEIXES OSSEOS

Bragança – PA

Abri de 2016

Page 2: Relatório de zoo

Antônia Souza Farias

Franciane Ferreira Costa

Jefferson Luís Rosário Reis

Márcia Célia Lobão Mattos

Olivan Costa Pereira

Raimundo Augusto Borges Neto

Rodrigo Patrick Correa de Oliveira

Vivian Coutinho de Souza

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE PEIXES

Relatório apresentado ao professor Renan Leão

Reis como pré-requisito para a obtenção de nota

da disciplina de Diversidade Zoológica II, do curso

de Ciências Naturais Licenciatura da Universidade

Federal do Pará – UFPA/ Campus Bragança.

Bragança – PA Abril de 2016

Page 3: Relatório de zoo

INTRODUÇÃO

Os peixes ósseos surgiram do inicio ao médio siluriano também chamado

de osteichtlyes, esses peixes e seus descendentes tetrápodes compartilharam

a presença do osso endocondrial (osso que substitui a cartilagem durante o

desenvolvimento) a presença de pulmões uma bexiga natatória derivados do

tubo digestório e vários caracteres cranianos e dentários. Por volta do meio do

devoniano os peixes ósseos já tinham irradiado em duas linhagens principais,

com adaptações que os ajustavam para todos os habitats aquáticos,

excetuando os mais inóspitos. Uma destas linhagens principais são os peixes

com nadadeiras raiadas (classe Actinopterygii) incluem os modernos peixes

ósseos, a linhagem de vertebrados atuais com mais ricas espécies. Uma

segunda linhagem, os peixes com nadadeiras lobadas (classe Sarcopterygii)

possui apenas sete representantes atuais, que são os peixes pulmonados e o

celacantos (HICKMAMN, 2009).

Os teleósteos é a linhagem mais diversificada dos neopterígeos, são os

peixes ósseos modernos, com cerca de 23.600 espécies escritas,

representando cerca de 96% de todos os peixes atuais, ou cerca de metade

dos vertebrados, os teleósteos variam de tamanho, adultos com cerca de 10

mm até os 17m (Chacon, DMM & Luchiari, AC. 2011).

A sardinha-verdadeira, Sardinella brasiliensis é um peixe ósseo teleósteo,

espécie da família Clupeidae de interesse econômico no sudeste do Brasil. Foi

originalmente descrita por Steindachner, em 1879.(Castello, J.P. 2007).

O peixe marinho tainha, Mugil curema Valenciennes, 1836 (Osteichthyes:

Mugilidae) apresenta ampla distribuição geográfica, sendo comum na costa

brasileira e de grande importância para a pesca artesanal. (Mônica

Oliveira.2010).

Trachinotus carolinus ,Canguira, frequentam as costas, de preferência

rochosas e batidas pelas ondas, podendo ser encontrados em águas rasas ou

profundas, também dentro de largas tocas. Em média medem de 30 a 60 cm

de comprimento e pesam de 1 a 3 Kg.(SZPILMAN, Marcelo.2000).

Page 4: Relatório de zoo

OBJETIVO

Dissecar os peixes para observação de suas estruturas internas e

externas e como estão dispostas no organismo, tais como: formato das

escamas, aspectos adaptativos, rastros branquiais, estômago, intestino etc.

além de entender o funcionamento completo destes órgãos.

MATERIAIS

1. Peixes com escamas;

2. Luvas;

3. Bandeja;

4. Tesoura própria para dissecação;

5. Papel A4;

6. Bisturi;

7. Tampa de caneta (utilizada como escala);

8. Lupa;

9. Placa de Petri;

PROCEDIMENTO

Podemos observar na prática as características de um peixe ósseo, as

estruturas anatômicas externas e internas dos peixes: Sardinella brasiliensis

(Sardinha), Mugil curema (Tainha) e Trachiotus carolinus (Canguira).

Externamente verificamos o opérculo, linha lateral, nadadeira pélvica,

nadadeira anal, nadadeira dorsal, nadadeira caudal, boca entre outras. Interna

verificamos brânquias, bexiga natatória, estômago e intestino.

Observou-se primeiramente a anatomia externa do peixe com a finalidade

de se localizar em qual região do peixe deveria ser realizado o corte.

Colocaram-se as luvas, em seguida com o auxílio da tesoura foi realizado um

corte na parte ventral do peixe tomando o cuidado para que não fossem

lesionadas as estruturas internas, que seriam observadas posteriormente ao

Page 5: Relatório de zoo

corte, em seguida foi posto o material de prática em cima de uma bandeja para

melhor analise das estruturas tanto internas como externas.

A anatomia externa do peixe foi observada (nadadeiras, linha lateral,

escamas, opérculo, etc.). Colocaram-se as luvas, em seguida com o auxílio da

tesoura foi realizado um corte na parte ventral do peixe para a observação de

órgãos internos do peixe, com os órgãos à amostra foram identificados os

componentes dos sistemas respiratório e digestório do animal. Retirou-se os

órgãos da cavidade abdominal e colocou-os na bandeja para uma melhor

análise e com a retirada dos mesmos pode-se notar a bexiga natatória.

Foi retirado uma escama de cada peixe para identificação do seu tipo e

visualizando na lupa.

RESULTADOS

Figura 1 : Corte na parte Ventral do peixe

Da analise morfológica externa dos peixes ósseos foram observadas

todos os seus aspectos como nadadeiras (caudal, pélvica, anal, e peitoral) e o

opérculo. Quanto aos tipos de nadadeira observou-se que a caudal é

homocerca (significando que a parte superior e inferior são simétricas), em

todos eles como mostra a figura 2:

Page 6: Relatório de zoo

Figura 2 Nadadeira caudais homocercas

Além disso, observou-se a linha lateral que apresenta função sensorial,

observada na Mugil curema (Tainha) , figura 3.

Page 7: Relatório de zoo

Figura 3 Linha Lateral : Mugil curema (Tainha)

Da morfologia interna pode-se observar e identificar a bexiga natatória, as

brânquias e o intestino, em relação aos outros órgãos internos como o sistema

circulatório e excretor não se identificou pelo fato do peixe utilizado apresentar

sinais de decomposição, que dificultou a observação destas partes, figura 4:

Figura 4 Aspectos do Aparelho digestivo Sardinella brasiliensis

Exemplificamos a Sardinella brasiliensis por ser herbívora e por isso seu

trato digestivo é diferenciado de outros peixes, frugívoras, iliófagas, carnívoras,

onívoras, detritívoras, hematófagos. Por exemplo, os herbívoros têm intestinos

mais longos que os carnívoros, devido à dificuldade na digestão dos

carboidratos vegetais e da quantidade de material não digerível. A

caracterização da morfologia do trato digestório dos peixes é de fundamental

Page 8: Relatório de zoo

importância, pois está relacionada com a sua dieta, as características do local

de alimentação e o estádio de desenvolvimento do indivíduo (SEIXAS FILHO et

al., 2003; BECKER et al., 2010.

Nos podemos observar essa diferença com um peixe carnívoro como

Trachiotus carolinus, Figura 6:

Figura 6 Aspecto do Aparelho digestivo do Trachiotus carolinus

E em um peixe detritívoro como Mugil curema (Tainha), na figura 7:

Figura 7 Aspecto do aparelho digestivo Mugil curema (Tainha)

Page 9: Relatório de zoo

Quanto aos tipos de escamas da sardinha é do tipo cycloide (Sardinella

brasiliensis ),assim como do canguira Trachiotus carolinus já a Tainha

observamos que apresenta escamas ctenoide.

Figura 8 Observação na lupa de Escama Cycloide – Sardinha

Figura 9 Observaçao na lupa Escama Ctenoide ( Tainha)

Page 10: Relatório de zoo

CONCLUSÃO

Com esta atividade prática podemos concluir que o organismo dos peixes

é tal como e dos seres humanos constituídos por sistemas. O sistema

respiratório é bastante diferente aos dos seres humanos, pois enquanto nós

seres humanos realizamos hematose pulmonar, os peixes realizam hematose

branquial, pois não possuem pulmões, mas sim brânquias que absorvem o

oxigênio da água que entra pela boca e sai pela fenda opercular.

Em aula prática possibilita um leque maior de aprendizagem do que em

sala de aula, pois nada melhor que completar o conhecimento teórico com a

pratica. Essa experiência do sentido ao aprendizado e certamente inspira a

formação de futuros pesquisadores.

Boca sem dentes e de maxila curta

REFERENCIAS

Castello, J.P. 2007. Síntese sobre a sardinha-verdadeira (Sardinella brasiliensis). In: Haimovici, M. (Org.), Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Brasília, p. 225-231. Chacon, DMM & Luchiari, AC. 2011. Fisiologia e Comportamento de Peixes.

Texto publicado no site do Grupo de Estudos de Ecologia e Fisiologia de

Animais Aquáticos (www.geefaa.com).

Hickman, Cleveland P. Princípios Integrados de Zoologia. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2009.

OLIVEIRA, Mônica Rocha de. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade;

Biologia Estrutural e Funcional.) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Natal, 2010.

Page 11: Relatório de zoo

SEIXAS-FILHO, J. T., BRÁS, J. M., GOMIDE, A. T. M., OLIVEIRA, M. G. A.,

DONZELE, J. L.; MENIN, E. Anatomia funcional e morfometria do intestino

do Teleostei (Pisces) de água doce surubim (Pseudoplatystoma coruscans,

Agassiz, 1829). Revista Brasileira Zootecnia, 30 (6): 01-13, 2003.

SZPILMAN, Marcelo. Peixes marinhos do Brasil: guia prático de identificação. Rio de Janeiro: Instituto ecológico AQUALUNG, MAUAD, 2000