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( RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2011 ) EDIçãO CONDENSADA

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( RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2011 )EDIçãO cONDENSADA

Fibria em 2011

Consumo de água (em m3)

ARACRUZ 107.325.576

386.252

Fábrica

Floresta

Balanço de carbono (tCO2eq)1

8,6milhões de

toneladas é o saldo positivo

68%

4.006Empregados próprios terceiros permanentes14.523

1. Tonelada de carbono equivalente.

pessoas beneficiadas pelas iniciativas socioambientais

150mil

R$25,7milhões

investidos em inclusão social e qualidade de vida

523.422contratos assinados com produtores rurais fomentados

106 mil ha

de eucalipto fornecidos por terceiros

16,8 milhões de m³

de madeira consumida nas

Unidades Industriais

de resíduos reaproveitados

JACAREÍ 28.591.030

222.011

TRÊS LAGOAS 45.740.070

514.101

Relatório de Sustentabilidade 2011 da Fibria - Edição Condensada é uma publicação da Fibria Celulose S.A.

Coordenação-geral: Carlos Alberto Roxo, gerente-geral de Sustentabilidade e Relações Corporativas

Coordenação: Cristiano Resende de Oliveira, Mara Pinheiro e Tiago Nogueira de Noronha

Editor: Luiz Fernando Brandão

Redação: Anna Costa, Letícia Tavares e Luiz Maciel (Quintal 22)

Revisão: Ana Neiva, Isis Stelmokas e Rachel Reis

Projeto visual: Sarau

Projeto gráfico online e Relatório online: Tau Virtual

Projeto gráfico impresso e versão para impressão: Textual

Aplicativo para iPad: Tau Virtual

Matriz de Materialidade: Atitude Sustentável

Entrevistas com membros das comunidades vizinhas: Adriana M. Imperador, Giselle P. Sancinetti e Gunther Brucha

Tradução: Bruce Lister Rodger, Cristiano Resende de Oliveira, João Roberto Moris, Marcos Barboza, Steve Yolen e Wayne Santos

Revisão em inglês: Maya Forstater e Peter Raynard

Imagens: acervo Fibria, Ricardo Teles, Roberta Dabdab e Vitor Nogueira

Tiragem: 3.000 exemplares

Solicitações de informações adicionais, sugestões ou comentários a respeito deste Relatório podem ser enviados para a área de Comunicação Corporativa da Fibria: Alameda Santos, 1.357 – 10º andar – CEP 01419-908 – São Paulo – SP – Tel.: (11) 2138-4000 – E-mail: [email protected].

Julho/2012

Mensagem da Administração 4

Sobre esta publicação 5

Infográfico 6

Sobre a Fibria 8

Ética e governança 11

Compromisso com a sustentabilidade 13

Relacionamento com partes interessadas 19

Desempenho ambiental 27

Desempenho econômico-financeiro 35

Visões externas 38

Glossário 39

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de 2

011

O retrocesso no quadro econômico global, a partir do segundo

semestre de 2011, afetou a demanda das principais commodi-

ties, no exterior, e principalmente o câmbio, no Brasil, o que

prejudicou fortemente o desempenho financeiro da Fibria. Feliz-

mente, esse impacto negativo pôde ser atenuado pelas iniciati-

vas que adotamos, no início do exercício, para reduzir custos e

garantir excelência operacional.

Uma dessas medidas foi a conclusão das vendas do Conpacel,

da KSR e da Unidade Piracicaba. Outra, a decisão de investir nos

processos produtivos e na modernização da estrutura instalada.

Uma terceira foi a intensificação da troca de experiências entre

profissionais de diferentes Unidades, com consideráveis ganhos

de produtividade. Assim, apesar da conjuntura adversa, obtive-

mos a licença de instalação de Três Lagoas II, em Mato Gros-

so do Sul, continuamos a desenvolver nossas áreas florestais e

avançamos nas relações com as partes interessadas.

Estreitamos os laços com os atores sociais de todas as regiões

onde estamos presentes, seja com programas de engajamento,

encontros comunitários, diálogos ou visitas regulares às comu-

nidades vizinhas. Em parceria com o Instituto Nacional de Colo-

nização e Reforma Agrária (Incra), o governo da Bahia e o Movi-

mento dos Trabalhadores Sem-terra (MST), desenvolvemos um

projeto de assentamentos sustentáveis para mais de mil famílias.

Projeto similar desenvolvido com órgãos públicos na Bahia e no

Espírito Santo está beneficiando 760 famílias de 24 comunida-

des quilombolas. Promovemos também um grande encontro

em Vitória (ES) para ouvir representantes de diversos setores da

sociedade que se relacionam com a empresa.

Enfatizamos a disposição para o diálogo em todos os fóruns

nos quais estamos inscritos, no Brasil e no exterior. Aqui, partici-

pamos ativamente do Diálogo Florestal, que elaborou proposta

com 16 pontos sobre o Código Florestal. No âmbito internacio-

nal, marcamos presença no World Business Council for Sustai-

nable Development (WBCSD) e no The Forests Dialogue (TFD),

entre outros.

Atendendo a recomendação de nosso Comitê de Sustentabili-

dade, estabelecemos Metas de Longo Prazo de sustentabilida-

de para os próximos 13 anos, entre as quais recuperar 40 mil

hectares de mata nativa até 2025. E, no esforço de obter novos

selos de qualidade para as nossas operações florestais e indus-

triais, cumprimos a primeira etapa do programa SmartStep,

para a certificação da Unidade Aracruz pelo Forest Stewardship

Council® (FSC®).

Temos consciência de que os próximos anos serão bastante

desafiadores no cenário global dos negócios, em decorrência

do enfraquecimento de mercados tradicionais de celulose, mas

nos consideramos preparados para enfrentar as adversidades

e manter a companhia em sua trajetória de crescimento sus-

tentado, procurando sempre ser merecedores da confiança dos

nossos empregados, acionistas, clientes, fornecedores e demais

partes interessadas.

Mensagem da Administração

1

Marcelo CastelliPresidente

José Luciano PenidoPresidente do Conselho

de Administração

5

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011

O Relatório de Sustentabilidade 2011 da Fibria Celulose S.A.

apresenta os principais resultados da empresa no ano que

passou, além de decisões importantes tomadas no início de

2012. Os dados econômicos e financeiros seguem as normas

da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), enquanto os socio-

ambientais e de governança obedecem às diretrizes da Global

Reporting Initiative (GRI G3.1).

As informações abrangem as Unidades Industriais Aracruz (ES),

Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS); as Unidades e os Escritórios Flo-

restais na Bahia (Posto da Mata), no Espírito Santo (Conceição

da Barra e Aracruz), em Mato do Grosso do Sul (Três Lagoas),

no Rio Grande do Sul (Capão do Leão) e em São Paulo (Capão

Bonito e Vale do Paraíba); e a operação de embarque de celu-

lose no Porto de Santos (SP). A Unidade Industrial Piracicaba

(SP) e a distribuidora de produtos gráficos KSR, que foram ven-

didas em 2011, não são abordadas no Relatório, assim como a

Veracel, joint venture da Fibria com a finlandesa Stora Enso, na

Bahia, que tem seu próprio relatório de sustentabilidade (www.

veracel.com.br). Já o terminal portuário privativo de Portocel

(ES), do qual a Fibria detém 51% das ações, é sucintamente

mencionado.

Os temas mais relevantes na estratégia sustentável da Fibria e

na sua prestação de contas às partes interessadas estão defini-

dos na Matriz de Materialidade, uma escala de prioridades que

a empresa construiu no início de suas atividades e que perma-

nece válida. Baseada na percepção de 85 profissionais con-

sultados, incluindo 45 trabalhadores diretos e indiretos e 40

representantes de fornecedores, clientes, investidores e ONGs,

a Matriz de Materialidade destaca, por ordem de importância,

os seguintes assuntos:

impacto das plantações na biodiversidade;

certificações e compromissos voluntários;

ética;

uso da água;

estratégia/compromisso com a sustentabilidade;

relacionamento com as comunidades vizinhas;

fomentados (fornecedores de madeira);

riscos ambientais;

emissões, efluentes e resíduos;

relacionamento com comunidades específicas.

Além de divulgar os resultados das metas da Fibria para 2011,

o Relatório apresenta os compromissos de sustentabilidade que

nortearão a atividade da companhia a longo prazo, resultado

de um exercício baseado no modelo de pensamento sistêmi-

co. As Metas de Longo Prazo para a sustentabilidade refletem

os desafios assumidos pela empresa até 2025 e consistem em

compromissos socioambientais diretamente ligados à estratégia

de negócio da companhia: mercado e retorno para o acionista,

ecoeficiência, modelo de gestão florestal, relacionamento com

as partes interessadas, aceitação e legitimidade social, gestão

de pessoas e cultura organizacional.

O Relatório traz ainda depoimentos de representantes de comu-

nidades vizinhas das áreas de atuação da Fibria e uma análise

crítica de dois especialistas em sustentabilidade e desenvolvi-

mento sustentável. Na análise do conteúdo, os verificadores ex-

ternos do Bureau Veritas Certification privilegiaram o aprofun-

damento dos assuntos tratados e sua correlação com as Metas

de Longo Prazo e com os dez temas mais materiais para a em-

presa e suas partes interessadas. O Bureau Veritas Certification

deu seu parecer sobre a adesão às Diretrizes para Relatórios de

Sustentabilidade da GRI G3.1. Atingimos o Nível de Aplicação

A+ das diretrizes GRI com a divulgação de todos os indicadores

essenciais de desempenho.

Para facilitar o acesso às informações, este documento foi pro-

duzido em várias versões, em português e em inglês. No site

www.fibria.com.br/rs2011 há uma edição completa em HTML,

uma em PDF, uma versão condensada em PDF e um progra-

ma de geração de PDF, a partir da seleção dos capítulos. Uma

quinta edição digital, em formato de aplicativo para iPad, está

disponível gratuitamente em http://itunes.apple.com/br/browse.

Foram feitas ainda três edições impressas: uma completa, em ti-

ragem limitada, para público especializado; uma versão conden-

sada para distribuição mais ampla; e uma versão jornal-mural

para o público interno da Fibria.

Comentários, sugestões e pedidos de informações adicionais

sobre este documento devem ser enviados para comunica-

[email protected] ou Fibria Celulose S.A. – Comunica-

ção Corporativa – Alameda Santos, 1.357 – 10o andar – CEP

01419-908 – São Paulo – SP.

Os editores

Sobre esta publicação

Escritório

Unidade Industrial

legenda

Porto

Floresta

Três Lagoas

37% da área fl orestal da Fibria é composta de reservas nativas protegidas.

9 ColheitaCada árvore de eucalipto leva de 6 a 7 anos para atingir a idade de colheita, feita por máquinas fl orestais, que colhem e descascam as árvores plantadas e as cortam em toras. Os resíduos, como galhos e folhas, permanecem no solo, criando uma proteção natural, além de contribuir para a reposição de nutrientes.

PlantioOs plantios comerciais de eucalipto produzem madeira e serviços ambientais, como a conservação do solo, da água e da biodiversidade e o sequestro de carbono da atmosfera. O plantio fl orestal é feito em sistema de plantio direto, que mantém parte do solo coberto por cascas, galhos e folhas, minimizando a erosão. As fl orestas plantadas oferecem um ambiente adequado para abrigo e passagem de várias espécies de fauna e fl ora nativas, além de contribuir para a infi ltração de água no solo.

3

O eucalipto plantado pela Fibria é obtido pelo cruzamento e seleção de espécies, buscando alcançar características de adaptação ao clima, resistência às principais doenças, efi ciência no uso de água e insumos e maior produtividade no processo industrial. As árvores selecionadas são clonadas e reproduzidas em larga escala nos viveiros fl orestais. O tempo de desenvolvimento de cada muda é de 90 a 120 dias.

MUDAS

A Fibria atua nos biomas brasileiros da Mata Atlântica, Cerrado e Pampa. Espécies catalogadas no Banco de Dados de Biodiversidade da Fibria:

BIODIVERSIDADE

Aves 742

Plantas 1.786

Anfíbios 95

Peixes 134

Mamíferos 155

Répteis 108

Crustáceos 25

MonitoramentoPara melhorar o manejo fl orestal e gerenciar os impactos das atividades, a Fibria realiza estudos e monitoramentos ambientais da fl ora e da fauna, dos solos e dos recursos hídricos. As aves são utilizadas como principal indicador da qualidade ambiental da paisagem fl orestal nas áreas da empresa.

4

MosaicosNas áreas fl orestais da Fibria, as plantações de eucalipto são intercaladas com matas nativas, formando mosaicos. Atualmente, a Fibria conta com uma base de 975 mil hectares, dos quais 352 mil são de áreas de conservação. Essa paisagem em mosaicos abriga diversas espécies animais nas áreas de conservação, que transitam livremente pelos corredores ecológicos e pelo sub-bosque dos plantios de eucalipto.

5

EUCALIPTOO eucalipto consome água e gás carbônico como todas as árvores e, por meio da fotossíntese, produz biomassa, devolvendo água e oxigênio para a atmosfera e capturando o carbono no seu tronco. O eucalipto, no entanto, é mais efi ciente e produz mais madeira com menos recursos ambientais.

lençol freático

raiz

terra

PesquisaNo Centro de Tecnologia da Fibria são desenvolvidas tecnologias sustentáveis de manejo fl orestal, como o melhoramento genético do eucalipto, o controle biológico de pragas e a conservação de solos. Além disso, são realizadas pesquisas visando ao desenvolvimento de produtos e à otimização de processos industriais. A liderança em tecnologia de produção e conservação dos recursos naturais da Fibria é fruto de mais de 35 anos de estudos e pesquisas.

1 ViveiroA Fibria produz mudas de eucalipto em viveiros fl orestais próprios e mudas de árvores nativas em viveiros comunitários. Em 2011, a produção chegou a aproximadamente 103 milhões de mudas de eucalipto e 15 milhões de mudas nativas. Parte das mudas é doada ou distribuída para produtores rurais que participam dos programas de fomento.

2

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13

7

ProteçãoO sistema integrado de proteção fl orestal da Fibria busca reduzir as perdas causadas por pragas, doenças, plantas daninhas e incêndios fl orestais, minimizando os impactos no meio ambiente. Para tanto, determina-se o nível crítico de infestação e realizam-se o plantio de clones resistentes a doenças e o monitoramento contínuo para detecção e controle precoce de pragas, priorizando o uso de agentes de controle biológico.

FomentoA Fibria mantém o Programa Poupança Florestal, em que proprietários rurais tornam-se importantes fornecedores alternativos de madeira. O objetivo do programa é integrar a comunidade ao negócio fl orestal, contribuindo para a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida, a conservação ambiental e o desenvolvimento rural.

7

Plantios consorciadosEm algumas áreas fl orestais da Fibria, convivem em harmonia plantações de melancia, milho, feijão, mandioca, criação de gado, produção de mel e muito mais. É uma forma de ampliar a geração de renda em comunidades rurais.

8

TransporteOs eucaliptos são transportados por via rodoviária, ferroviária ou marítima. As comunidades são informadas sobre o período e a rota do transporte. A Fibria realiza manutenção permanente nas estradas utilizadas para retirada de madeira e monitoramento do ambiente marinho de circulação das barcaças de madeira.

10

FábricaNa fábrica, as toras de eucalipto são picadas e viram cavacos. Os cavacos são transportados por esteiras até o digestor, onde se inicia o seu cozimento, que vai transformar os pedaços de madeira em uma polpa. Essa polpa é fi ltrada e lavada até fi car livre de impurezas. Depois, começa o processo de branqueamento, em que a celulose líquida recebe um tratamento para que fi que alva. A próxima etapa é a secagem, em que a celulose é prensada para retirar a água e transformá-la em uma folha achatada, que entra em uma secadora e fi nalmente sai seca no outro lado. Por fi m, as folhas secas são cortadas e prensadas em fardos.

11

Uso da águaNa Fibria, a água é utilizada de forma racional e otimizada, tanto nos plantios de eucalipto quanto nos processos industriais. Na área fl orestal, a Fibria possui uma rede de monitoramento de quantidade e qualidade da água superfi cial e subterrânea. Nas fábricas, a água é reutilizada em diversas etapas do processo de produção, minimizando o consumo. Com o uso de tecnologias modernas, a empresa consegue recircular grande quantidade de água, devolvendo aos corpos hídricos mais de 80% da água captada. A empresa também faz parte do Water Footprint Network (WFN) e monitora sua “pegada hídrica” em todas as suas etapas produtivas.

12

Líder mundial na fabricação de celulose branqueada de eucalipto, a Fibria investe no cultivo de fl orestas como fonte renovável e sustentável de vida, para produzir riqueza e crescimento econômico, promover desenvolvimento humano e social e garantir a conservação ambiental. Para produzir celulose, a empresa utiliza exclusivamente madeira de árvores plantadas. Com suas atividades e seus mais de 18 mil empregados diretos e indiretos, participa ativamente da vida de comunidades do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul. Confi ra no infográfi co o processo de produção de celulose na Fibria e também as principais iniciativas socioambientais desenvolvidas pela empresa.

O processo de produção da celulose na Fibria

• Base fl orestal em 254 municípios em 7 Estados.

• 3 fábricas próprias (Aracruz/ES, Jacareí/SP e Três Lagoas/MS) e 1 em joint venture (Veracel – Eunápolis/BA).

• 2 terminais especializados no embarque de celulose (Santos/SP e Portocel – Aracruz/ES).

• 3.422 contratos de fomento fl orestal, totalizando quase 107 mil hectares de plantios de eucalipto.

• Manejo fl orestal certifi cado pelo FSC® e pelo Cerfl or.

Área de atuação da Fibria

18mil

Fábrica

Cavacos

Porto

Viveiro

Casa deenraizamento

Pesquisa

Mata nativa

Torre deobservação

Eucalipto

Monitoramento

Mosaicos

Plantios consorciados

Barcaças de madeira

Caminhão

Toras

Trem

DERIVADOSDA CELULOSEA celulose produzida pela Fibria é transformada em diferentes tipos de papel, como fraldas, papéis para higiene pessoal, papel de escrever e de livros. A celulose também tem uso cosmético, farmacêutico, têxtil e em alimentos.

Papéis sanitários

Papéis especiais

Papéis de imprimire escrever

ExportaçãoA celulose que sai das fábricas é exportada pelos terminais de Santos (SP) e da Portocel (Aracruz, ES) para mais de 40 países, por meio de centros de distribuição e escritórios comerciais localizados na América do Norte, América Latina, Europa e Ásia.

14ResíduosQuase toda a energia utilizada na Fibria é autogerada e vem de biomassa originada no processo produtivo. Hoje, 68% dos resíduos da fabricação de celulose são reaproveitados, parte deles nas operações de silvicultura. Os resíduos não aproveitados são dispostos em aterros industriais apropriados.

13Jacareí

São PauloCapão Bonito

Capão do Leão

rs

sp rj

ba

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ms

Santos

Vale do Paraíba

AracruzPortocel

Caravelas

BelmonteVeracel

Posto da Mata

Conceição da Barra

54%

22%

24%

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profi ssionais próprios e terceirizados.

Mais de 247 mil horas de treinamento para os profi ssionais próprios em 2011 (média de 61 horas para homens e 66 horas para mulheres).

9

Font

e: R

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www.fi bria.com.br/infografi co

O2águaenergia

solar

águaCO2

Escritório

Unidade Industrial

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Porto

Floresta

Três Lagoas

37% da área fl orestal da Fibria é composta de reservas nativas protegidas.

9 ColheitaCada árvore de eucalipto leva de 6 a 7 anos para atingir a idade de colheita, feita por máquinas fl orestais, que colhem e descascam as árvores plantadas e as cortam em toras. Os resíduos, como galhos e folhas, permanecem no solo, criando uma proteção natural, além de contribuir para a reposição de nutrientes.

PlantioOs plantios comerciais de eucalipto produzem madeira e serviços ambientais, como a conservação do solo, da água e da biodiversidade e o sequestro de carbono da atmosfera. O plantio fl orestal é feito em sistema de plantio direto, que mantém parte do solo coberto por cascas, galhos e folhas, minimizando a erosão. As fl orestas plantadas oferecem um ambiente adequado para abrigo e passagem de várias espécies de fauna e fl ora nativas, além de contribuir para a infi ltração de água no solo.

3

O eucalipto plantado pela Fibria é obtido pelo cruzamento e seleção de espécies, buscando alcançar características de adaptação ao clima, resistência às principais doenças, efi ciência no uso de água e insumos e maior produtividade no processo industrial. As árvores selecionadas são clonadas e reproduzidas em larga escala nos viveiros fl orestais. O tempo de desenvolvimento de cada muda é de 90 a 120 dias.

MUDAS

A Fibria atua nos biomas brasileiros da Mata Atlântica, Cerrado e Pampa. Espécies catalogadas no Banco de Dados de Biodiversidade da Fibria:

BIODIVERSIDADE

Aves 742

Plantas 1.786

Anfíbios 95

Peixes 134

Mamíferos 155

Répteis 108

Crustáceos 25

MonitoramentoPara melhorar o manejo fl orestal e gerenciar os impactos das atividades, a Fibria realiza estudos e monitoramentos ambientais da fl ora e da fauna, dos solos e dos recursos hídricos. As aves são utilizadas como principal indicador da qualidade ambiental da paisagem fl orestal nas áreas da empresa.

4

MosaicosNas áreas fl orestais da Fibria, as plantações de eucalipto são intercaladas com matas nativas, formando mosaicos. Atualmente, a Fibria conta com uma base de 975 mil hectares, dos quais 352 mil são de áreas de conservação. Essa paisagem em mosaicos abriga diversas espécies animais nas áreas de conservação, que transitam livremente pelos corredores ecológicos e pelo sub-bosque dos plantios de eucalipto.

5

EUCALIPTOO eucalipto consome água e gás carbônico como todas as árvores e, por meio da fotossíntese, produz biomassa, devolvendo água e oxigênio para a atmosfera e capturando o carbono no seu tronco. O eucalipto, no entanto, é mais efi ciente e produz mais madeira com menos recursos ambientais.

lençol freático

raiz

terra

PesquisaNo Centro de Tecnologia da Fibria são desenvolvidas tecnologias sustentáveis de manejo fl orestal, como o melhoramento genético do eucalipto, o controle biológico de pragas e a conservação de solos. Além disso, são realizadas pesquisas visando ao desenvolvimento de produtos e à otimização de processos industriais. A liderança em tecnologia de produção e conservação dos recursos naturais da Fibria é fruto de mais de 35 anos de estudos e pesquisas.

1 ViveiroA Fibria produz mudas de eucalipto em viveiros fl orestais próprios e mudas de árvores nativas em viveiros comunitários. Em 2011, a produção chegou a aproximadamente 103 milhões de mudas de eucalipto e 15 milhões de mudas nativas. Parte das mudas é doada ou distribuída para produtores rurais que participam dos programas de fomento.

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7

ProteçãoO sistema integrado de proteção fl orestal da Fibria busca reduzir as perdas causadas por pragas, doenças, plantas daninhas e incêndios fl orestais, minimizando os impactos no meio ambiente. Para tanto, determina-se o nível crítico de infestação e realizam-se o plantio de clones resistentes a doenças e o monitoramento contínuo para detecção e controle precoce de pragas, priorizando o uso de agentes de controle biológico.

FomentoA Fibria mantém o Programa Poupança Florestal, em que proprietários rurais tornam-se importantes fornecedores alternativos de madeira. O objetivo do programa é integrar a comunidade ao negócio fl orestal, contribuindo para a inclusão social, a melhoria da qualidade de vida, a conservação ambiental e o desenvolvimento rural.

7

Plantios consorciadosEm algumas áreas fl orestais da Fibria, convivem em harmonia plantações de melancia, milho, feijão, mandioca, criação de gado, produção de mel e muito mais. É uma forma de ampliar a geração de renda em comunidades rurais.

8

TransporteOs eucaliptos são transportados por via rodoviária, ferroviária ou marítima. As comunidades são informadas sobre o período e a rota do transporte. A Fibria realiza manutenção permanente nas estradas utilizadas para retirada de madeira e monitoramento do ambiente marinho de circulação das barcaças de madeira.

10

FábricaNa fábrica, as toras de eucalipto são picadas e viram cavacos. Os cavacos são transportados por esteiras até o digestor, onde se inicia o seu cozimento, que vai transformar os pedaços de madeira em uma polpa. Essa polpa é fi ltrada e lavada até fi car livre de impurezas. Depois, começa o processo de branqueamento, em que a celulose líquida recebe um tratamento para que fi que alva. A próxima etapa é a secagem, em que a celulose é prensada para retirar a água e transformá-la em uma folha achatada, que entra em uma secadora e fi nalmente sai seca no outro lado. Por fi m, as folhas secas são cortadas e prensadas em fardos.

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Uso da águaNa Fibria, a água é utilizada de forma racional e otimizada, tanto nos plantios de eucalipto quanto nos processos industriais. Na área fl orestal, a Fibria possui uma rede de monitoramento de quantidade e qualidade da água superfi cial e subterrânea. Nas fábricas, a água é reutilizada em diversas etapas do processo de produção, minimizando o consumo. Com o uso de tecnologias modernas, a empresa consegue recircular grande quantidade de água, devolvendo aos corpos hídricos mais de 80% da água captada. A empresa também faz parte do Water Footprint Network (WFN) e monitora sua “pegada hídrica” em todas as suas etapas produtivas.

12

Líder mundial na fabricação de celulose branqueada de eucalipto, a Fibria investe no cultivo de fl orestas como fonte renovável e sustentável de vida, para produzir riqueza e crescimento econômico, promover desenvolvimento humano e social e garantir a conservação ambiental. Para produzir celulose, a empresa utiliza exclusivamente madeira de árvores plantadas. Com suas atividades e seus mais de 18 mil empregados diretos e indiretos, participa ativamente da vida de comunidades do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul. Confi ra no infográfi co o processo de produção de celulose na Fibria e também as principais iniciativas socioambientais desenvolvidas pela empresa.

O processo de produção da celulose na Fibria

• Base fl orestal em 254 municípios em 7 Estados.

• 3 fábricas próprias (Aracruz/ES, Jacareí/SP e Três Lagoas/MS) e 1 em joint venture (Veracel – Eunápolis/BA).

• 2 terminais especializados no embarque de celulose (Santos/SP e Portocel – Aracruz/ES).

• 3.422 contratos de fomento fl orestal, totalizando quase 107 mil hectares de plantios de eucalipto.

• Manejo fl orestal certifi cado pelo FSC® e pelo Cerfl or.

Área de atuação da Fibria

18mil

Fábrica

Cavacos

Porto

Viveiro

Casa deenraizamento

Pesquisa

Mata nativa

Torre deobservação

Eucalipto

Monitoramento

Mosaicos

Plantios consorciados

Barcaças de madeira

Caminhão

Toras

Trem

DERIVADOSDA CELULOSEA celulose produzida pela Fibria é transformada em diferentes tipos de papel, como fraldas, papéis para higiene pessoal, papel de escrever e de livros. A celulose também tem uso cosmético, farmacêutico, têxtil e em alimentos.

Papéis sanitários

Papéis especiais

Papéis de imprimire escrever

ExportaçãoA celulose que sai das fábricas é exportada pelos terminais de Santos (SP) e da Portocel (Aracruz, ES) para mais de 40 países, por meio de centros de distribuição e escritórios comerciais localizados na América do Norte, América Latina, Europa e Ásia.

14ResíduosQuase toda a energia utilizada na Fibria é autogerada e vem de biomassa originada no processo produtivo. Hoje, 68% dos resíduos da fabricação de celulose são reaproveitados, parte deles nas operações de silvicultura. Os resíduos não aproveitados são dispostos em aterros industriais apropriados.

13Jacareí

São PauloCapão Bonito

Capão do Leão

rs

sp rj

ba

esmg

ms

Santos

Vale do Paraíba

AracruzPortocel

Caravelas

BelmonteVeracel

Posto da Mata

Conceição da Barra

54%

22%

24%

6

profi ssionais próprios e terceirizados.

Mais de 247 mil horas de treinamento para os profi ssionais próprios em 2011 (média de 61 horas para homens e 66 horas para mulheres).

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e: R

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www.fi bria.com.br/infografi co

O2águaenergia

solar

águaCO2

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ilida

de 2

011

A Fibria é líder mundial no setor de celulose de fibra curta.

Com três Unidades Industriais e uma base florestal própria de

974.400 hectares, dos quais 352 mil destinados à conservação

ambiental, a companhia conta ainda com fornecedores de ma-

deira independentes, que em 2011 somaram 3.422 contratos e

107 mil hectares de produção de eucalipto.

A companhia mantém cerca de 18.900 trabalhadores, entre

empregados diretos e indiretos, e está presente em 254 muni-

cípios de 7 Estados brasileiros. Possui áreas florestais e fábricas

no Espírito Santo, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, e

plantações na Bahia, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no

Rio Grande do Sul. Também possui o Terminal Marítimo de Ca-

ravelas (BA) e 51% do Terminal Especializado de Barra do Riacho

– Portocel, em Aracruz (ES). Numa joint venture com o grupo

sueco-finlandês Stora Enso, a Fibria participa ainda da Veracel,

produtora de celulose estabelecida em Eunápolis, na Bahia.

O controle acionário da Fibria é exercido pela BNDESPar

(30,42%) e pela Votorantim Industrial (29,34%), com 0,07%

das ações em Tesouraria e 40,17% nos mercados de ações de

São Paulo e Nova York. Em 2011, a empresa concluiu a venda

das operações ligadas à produção e à comercialização de papel,

concentrando suas atividades no segmento de celulose.

A Fibria atende clientes em 42 países por meio de 7 centros de

distribuição e 6 escritórios comerciais e de representação. Os es-

critórios são em São Paulo (sede), Nyon (Suíça), Csomád (Hun-

gria), Miami (Estados Unidos), Hong Kong e Pequim (ambos na

China). Em 2011, 89,9% da celulose produzida pela Fibria foi

exportada e usada na fabricação de papéis para higiene pessoal

(54%), de imprimir e escrever (22%) e especiais (24%).

Sobre a FibriaPresença global

Golfo do México

Nordeste dos EUA

Sudeste dos EUA

São Paulo - Brasil

Miami - EUA

Distribuição das vendas por região - 2011 Vendas por uso final - 2011

Europa - 42%

América do Norte - 25%

Ásia - 23%

Outros - 10%

Papéis sanitários - 54%

Imprimir e escrever - 22%

Papéis especiais - 24%

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Floresta

Unidade Industrial (celulose)

Porto

Escritório

Centro de distribuição

Presença global

Pequim - China

Hong Kong - China

Sudeste Asiático

São Paulo - Brasil

Nyon - Suíça

Norte da Europa

Csomád - Hungria

Mediterrâneo

Costa da China

Três Lagoas

Veracel

Capão do Leão

Capão BonitoSão Paulo

Santos

Três Lagoas

Posto da Mata Belmonte

Veracel

Caravelas

PortocelAracruz

JacareíVale do Paraíba

Conceição da Barra

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Modelo de negócio

A seguir, um diagrama simplificado do modelo de negócio da

Fibria, em linha com a proposta do International Integrated Re-

porting Committee (IIRC). Ele representa a interação entre as

externalidades relevantes que afetam a empresa, os recursos

por ela utilizados e os relacionamentos com ela envolvidos, de

modo a criar e manter valor ao longo do tempo.

Saiba mais sobre a Fibria em www.fibria.com.br/rs2011.

• Resíduos sólidos• Efluentes• Emissões• Impactos nos recursos

hídricos• Impactos nas

comunidades

RRECURSOS

• Investimento• Terra• Água• Fertilizantes• Equipamentos• Combustíveis• Mão de obra

• Resíduos florestais1

• Resíduos sólidos• Impactos nos recursos

hídricos• Impactos no solo• Impactos na

biodiversidade• Impactos nas

comunidades

• Impactos nos recursos hídricos

• Emissões• Impactos nas

comunidades• Retorno financeiro

• Investimento• Equipamentos• Combustíveis• Mão de obra

• Investimento• Equipamentos• Combustíveis• Mão de obra

RESULTADOS

1. Folhas, galhos e cascas de eucalipto deixados no campo após a colheita mecanizada.

ATIVIDADES

Pesquisa

Produção de cavaco

Planejamento e desenvolvimento

Cozimento

Produção de mudas

Branqueamento

Plantio e manutenção

Secagem e enfardamento

Colheita florestal

Recuperação e utilidades

Transporte de madeira

Armazenamento e transporte de celulose

Clientes

Cadeia de suprimentosM

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Assembleia Geral de Acionistas

Conselho Fiscal – Com três membros efetivos e três suplentes, todos eleitos por Assembleia Ge-ral, tem como principal objetivo fiscalizar os atos da administração. Reúne-se, no mínimo, quatro vezes ao ano.

Conselho de Administração – É composto de nove membros, sendo dois sem vínculos com acionistas da empresa, e igual número de suplentes. Reúne-se, no mínimo, quatro vezes por ano. As atas das reuniões estão disponíveis em http://fibria.infoinvest.com.br.

Diretoria Executiva – É composta de no mínimo três e no máximo dez diretores (atualmente são seis) eleitos pelo Conselho de Administração, com man-dato de um ano, podendo ser reeleitos. Reúne-se uma vez ao mês, ou sempre que necessário, e suas decisões são colegiadas.

Auditoria Interna – Supervisiona o gerencia-mento de riscos da empresa e o cumprimento de leis, normas e procedimentos, em todos os níveis. Também avalia a determinação de pa-râmetros, políticas e recursos relacionados à gestão de riscos.

Comissão Interna de Sustentabilidade (CIS) – Apoia a Diretoria Executiva na gestão de sustentabilidade, além de avaliar os temas socio-ambientais de maior relevância e o relacionamen-to com comunidades vizinhas e outros públicos de interesse.

Ouvidoria – Recebe denúncias de corrupção, suborno, fraude, agressão ao meio ambiente e demais violações ao Código de Conduta da em-presa, tratando-as de forma imparcial, transpa-rente e confidencial, preservando a identidade das pessoas envolvidas.

Comitê de Pessoas e Re-muneração – Analisa as prá-ticas de Recursos Humanos e as oportunidades e riscos aos quais a companhia está expos-ta, além de propor a política de remuneração dos diretores executivos e membros do Con-selho de Administração.

Comitê de Auditoria e Ris-cos – Supervisiona a qualidade e a integridade dos relatórios fi-nanceiros, bem como o respei-to a normas legais, estatutárias e regulatórias, e a adequação da gestão de riscos e das ativi-dades dos auditores.

Comitê de Sustentabilida-de – Assessora o Conselho de Administração nos assuntos de sustentabilidade e no relacio-namento com partes interessa-das. Tem 10 membros, sendo 5 deles independentes, 3 repre-sentantes da diretoria da Fibria e 2 acionistas majoritários.

Comitê de Finanças – Auxi-lia o Conselho de Administra-ção e a Diretoria Executiva na análise da conjuntura econô-mica, na elaboração de cená-rios e tendências, na avaliação de oportunidades e riscos e na definição de estratégias.

Ética e governançaA seguir, você conhece um diagrama com a estrutura de go-

vernança da Fibria, bem como a descrição dos papéis e das

responsabilidades de cada um dos conselhos e comitês. Para

conhecer o nome de cada um dos profissionais que compõem a

governança da empresa, acesse a versão completa do Relatório

de Sustentabilidade: www.fibria.com.br/rs2011.

Portal de Governança – É uma ferramenta interativa que

atende às boas práticas de governança corporativa e que pode

ser acessada de qualquer local, dentro ou fora da Fibria, para

facilitar a consulta de conselheiros e executivos às informações

necessárias para o desempenho de suas responsabilidades le-

gais e estatutárias da melhor forma possível.

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Código de CondutaO Código de Conduta da Fibria estabelece os padrões de com-

portamento desejados dos empregados nas relações pessoais e

no trabalho, dentro ou fora da empresa, e se aplica a todos os

trabalhadores, diretos ou indiretos, independentemente do nível

hierárquico. O teor desse documento é reforçado mensalmente

nas reuniões de resultados em todas as Unidades Florestais e In-

dustriais.

Em 2011, aderiram formalmente ao Código de Conduta 98%

dos empregados (GRI SO3). Desses, 412 (10,3% do total) rece-

beram treinamento nas políticas e nos procedimentos da orga-

nização relativos a questões de direitos humanos (GRI HR3). Na

área de Segurança Corporativa, 1 profissional próprio (2% do

total da área) e 116 terceiros (35% do total) foram submetidos a

treinamento relativo a direitos humanos (GRI HR8).

Canais de comunicação com a Ouvidoria

Telefone 0800 891 1730 Carta Ouvidoria Fibria Celulose S.A. Caixa Postal nº 72.696Internet www.fibria.com.br > Institucional > OuvidoriaIntranet Fibria Net > A Fibria > Código de Conduta

Uma Comissão de Ética e Conduta, constituída por membros

da direção e da gerência, examina a validade das denúncias de

violação ao Código de Conduta, assegura a uniformidade de

critérios na avaliação dos casos e indica medidas para questões

não previstas pelo Código. Casos de fraude, desvio de recursos

ou dano ao patrimônio são tratados pela Auditoria Interna,

garantindo-se o sigilo da identidade dos envolvidos.

Denúncias – Em 2011, a Ouvidoria da Fibria recebeu 309 de-

mandas, das quais 288 (93% do total) foram tratadas e encerra-

das e 21 (7%) encontram-se em análise. Dos casos registrados,

33,7% relataram abuso de poder, 13,3% fizeram referência a

relacionamentos inadequados com parceiros comerciais e co-

munidades, 11,4% denunciaram o descumprimento de políti-

cas, 8,4% apontaram irregularidades em questões de saúde,

segurança e meio ambiente, 4,5% versaram sobre a imagem da

empresa e a conduta fora do ambiente de trabalho, e 2,5% con-

templaram temas diversos. Os restantes 26,2% relacionaram-se

ao esclarecimento de dúvidas ou a pedidos de informação. Os

casos julgados procedentes resultaram em 46 recomendações

de revisão de políticas e procedimentos. Em outras 60 ocorrên-

cias, a empresa aplicou medidas disciplinares, desde advertên-

cias verbais até a demissão dos envolvidos (GRI HR4).

Direitos humanos – Das denúncias enviadas à Ouvidoria em

2011, 105 (34% do total) estavam relacionadas a direitos hu-

manos: 11 relatavam casos de discriminação e preconceito;

72 reclamavam de assédio (moral ou sexual) e abuso de poder;

1 envolvia sindicato trabalhista; 16 referiam-se a medidas disci-

plinares; e 5 questionavam retaliações de gestores. Foram julga-

das procedentes 61 denúncias e inconsistentes as 44 restantes,

que terminaram arquivadas. Das 61 procedentes, 55 foram tra-

tadas e 6 continuam em análise.

Discriminação – Os 11 casos relacionados a discriminação foram

tratados e encerrados pela Ouvidoria no mesmo ano. Desses, 3

casos configuraram desvio de conduta e resultaram em medidas

disciplinares (uma advertência por escrito e uma verbal) e em uma

mudança de procedimento para sanar a irregularidade (GRI HR4).

Auditoria Interna

Em 2011 a Auditoria Interna realizou 14 trabalhos relacionados

aos processos corporativos, florestais e industriais, e conduziu

11 trabalhos especiais demandados pela Ouvidoria da Fibria. Os

resultados das análises, bem como os planos de ação definidos,

são reportados ao Presidente e ao Comitê de Auditoria e Riscos.

Práticas anticorrupção – Os riscos relacionados a corrupção

são avaliados periodicamente pela Auditoria Interna da Fibria.

Das 11 suspeitas de fraude e suborno investigadas em 2011, 7

foram encerradas, sendo 3 consideradas procedentes (2 demis-

sões e 1 caso em avaliação) e 4 improcedentes. Ao encerrar o

ano, 4 casos ainda continuavam sob avaliação (GRI SO2 e SO4).

Nova área – Em 2011, a Fibria criou a área de Governança, Ris-

cos e Compliance (GRC), que integrou as atividades de Gestão

de Riscos, Auditoria Interna, Controles Internos e Ouvidoria. O

objetivo foi garantir a sinergia entre as áreas, contribuir para

o alinhamento com o negócio e, principalmente, fortalecer a

governança da companhia. A área de GRC está vinculada à

presidência e responde ao Comitê de Auditoria e Riscos, órgão

de assessoramento do Conselho de Administração da Fibria. É,

assim, o elo entre a governança e as atividades de controle, me-

dindo e monitorando a efetividade e o alinhamento entre essas

estruturas.

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A estratégia de longo prazo da Fibria tem como fundamentos

o uso responsável dos recursos naturais, a participação no de-

senvolvimento e no bem-estar das comunidades vizinhas e a

conservação e recuperação dos ecossistemas nativos. Envolve

também o investimento contínuo na capacitação e na motiva-

ção dos profissionais, a transparência na administração e na

prestação de contas e a manutenção de canais de comunicação

com a sociedade.

Entendemos que, ao orientar dessa maneira a gestão do nos-

so negócio, contribuímos para a fidelidade dos clientes, para

o orgulho dos empregados, para a confiança dos investidores,

fornecedores, parceiros e vizinhos e para o compartilhamento

de valor com todas as partes interessadas. Esperamos que nosso

compromisso de cultivar florestas como fonte renovável e sus-

tentável de vida também nos credencie a obter um lucro admi-

rado e nos deixe mais preparados para atender às expectativas

da sociedade.

Já em 2009 constituímos um Comitê de Sustentabilidade,

formado por representantes da empresa e por profissionais

independentes. Naquele mesmo ano estabelecemos um con-

junto de objetivos e metas de sustentabilidade e criamos uma

Comissão Interna de Sustentabilidade (CIS), formada por ges-

tores de diversas áreas, para monitorar os compromissos assu-

midos ao longo do ano – cujos resultados são apresentados

resumidamente nas páginas a seguir, e de forma detalhada em

www.fibria.com.br/rs2011.

Em 2011, por recomendação do Comitê de Sustentabilidade, a

Fibria reforçou seu compromisso com esse tema ao instituir um

conjunto de Metas de Longo Prazo que sinalizam o caminho

da empresa até 2025. A definição dessas metas envolveu 40

pessoas de 12 diferentes áreas da empresa, sob a coordenação

de especialistas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS),

a Unisinos, que basearam suas discussões nos temas prioritários

da Matriz de Materialidade e nos riscos socioambientais identi-

ficados no Enterprise Risk Management (ERM).

Metas de Longo Prazo para 2025:

Objetivo: otimizar o uso dos recursos naturais

Meta: reduzir em 1/3 a quantidade de terras necessária para

a produção de celulose

Objetivo: contribuir para a mitigação do efeito estufa

Meta: duplicar a absorção de carbono da atmosfera

Objetivo: proteger a biodiversidade

Meta: promover restauração ambiental em 40 mil hectares

de áreas próprias, entre 2012 e 2025

Objetivo: aumentar a ecoeficiência

Meta: reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos

industriais destinados a aterros

Objetivo: fortalecer a interação entre empresa e sociedade

Meta: atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas

Objetivo: fortalecer a interação entre empresa e

sociedade

Meta: ajudar a comunidade a tornar autossustentáveis 70%

dos projetos de geração de renda apoiados pela empresa

A estratégia da empresa para alcançar cada Meta de Longo

Prazo está detalhada no site www.fibria.com.br/rs2011.

Compromisso com a sustentabilidade

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OBJETIVOS METAS PARA 2011 RESULTADOS EM 20111 – Melhorar o relacionamento com as comunidades, por meio de Engajamento e medidas que promovam seu desenvolvimento econômico e social.

Contribuir para a finalização e a implantação dos Planos de Desenvolvimento Sustentável das regiões norte do Espírito Santo (Plano de Desenvolvimento do Litoral Norte) e sul da Bahia (Plano de Desenvolvimento da Costa das Baleias).

Meta parcialmente atingida: o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Costa das Baleias foi elaborado e seu lançamento oficial pelo governo da Bahia estava previsto para o início de 2012. Já o Plano de Desenvolvimento do Litoral Norte depende de decisões do governo do Espírito Santo.

Realizar o Plano de Relacionamento com Comunidades 2011, com a intensificação do diálogo com comunidades vizinhas, de acordo com o impacto das operações florestais e industriais da empresa. Previa-se o Engajamento de 10 comunidades, o Diálogo Operacional com outras 75 e Agenda Presencial nas comunidades restantes.

Meta totalmente atingida, com o Engajamento de 28 comunidades e Diálogo Operacional com outras 87.

Conceber e implantar um projeto de assentamento-modelo com produção de agrofloresta com biodiversidade, beneficiando 800 famílias.

Meta totalmente atingida, com a implantação do projeto em agosto de 2011, beneficiando mil famílias do sul da Bahia.

Implantar o Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT) em 16 comunidades tradicionais (12 na Bahia e 4 no Espírito Santo) para a produção agrícola em conjunto com parceiros locais.

Meta totalmente atingida, com a implantação do programa em 22 comunidades (7 no Espírito Santo e 15 na Bahia.

Ampliar o projeto Parceria Votorantim pela Educação de 7 para 13 municípios.

Meta parcialmente atingida, com a participação de 14 municípios em 2011.

2 – Desenvolver ações ligadas ao processo de mudanças climáticas.

Engajar a cadeia de suprimentos da Fibria no inventário da pegada de carbono por meio do Carbon Disclosure Project (CDP) Supply Chain (da cadeia de fornecedores).

Meta totalmente atingida, com a realização de workshop com fornecedores, no qual se reforçou o compromisso dos participantes de diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEEs).

Atualizar o inventário de carbono em todo o processo de produção (carbon footprint).

Meta totalmente atingida. Em 2011, a Fibria realizou novo inventário de GEEs.

3 – Revisar os modelos de fomento florestal, adaptando-os às novas diretrizes.

Estabelecer metodologia e certificar produtos agrícolas.

Meta totalmente atingida. A Fibria colaborou na formação da metodologia para certificação de produtos agrícolas da Imaflora pelo Sistema Rainforest Alliance em um padrão brasileiro.

Criar e implantar um modelo de floresta familiar. Meta parcialmente atingida. O sistema de floresta familiar foi criado, mas sua implantação foi adiada para 2012.

4 – Proteger e enriquecer os recursos naturais.

Ampliar a qualidade de hábitats naturais por meio da restauração da biodiversidade em 4 mil hectares de áreas degradadas em São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais.

Meta não atingida. Foram restaurados 2.800 hectares de áreas degradadas em 2011.

Identificar e valorar os serviços ambientais dos ecossistemas naturais em propriedades da Fibria.

Meta parcialmente atingida. A valoração de serviços ecossistêmicos foi realizada experimentalmente, capturando valores de apenas alguns serviços relacionados ao negócio da Fibria.

Objetivos e metas de sustentabilidade 2011Visando complementar e apoiar seus compromissos de longo prazo, a Fibria estabeleceu objetivos e metas de curto prazo, também gerados com base na Matriz de Materialidade. São eles:

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OBJETIVOS METAS PARA 2011 RESULTADOS EM 20115 – Promover o desenvolvimento, a conscientização e o Engajamento da cadeia de suprimentos da Fibria.

Implantar um novo modelo de questionário de sustentabilidade para homologação de fornecedores e auditar 50 fornecedores em relação a critérios de sustentabilidade estabelecidos pelos princípios do Pacto Global e do FSC®.

Meta parcialmente atingida. O novo formulário de sustentabilidade para homologação de fornecedores foi validado pelo departamento Jurídico em setembro de 2011 e está sendo aplicado, experimentalmente, em 15 micros, pequenas, médias e grandes empresas que fornecem para a Unidade Jacareí (SP).

Avaliar, desenvolver e implantar um fundo de investimento socioambiental de fornecedores, a ser aplicado em projetos e ações socioambientais prioritários da Fibria.

Meta não atingida e transferida para 2012.

Conscientizar e educar parceiros fomentados sobre os princípios do FSC®.

Meta não atingida. Foi feito o diagnóstico dos fomentados e foram identificados os grupos prioritários para certificação. Processo de conscientização foi adiado para 2012.

Desenvolver, em conjunto com a WWF Brasil, um padrão nacional para a certificação pelo FSC® de pequenos produtores florestais e de prestadores de serviço.

Meta parcialmente atingida. A WWF e o FSC® Brasil deram início ao processo, mas a elaboração do padrão foi adiada para 2012.

6 – Aumentar a ecoeficiência.

Identificar a pegada hídrica do produto celulose (water footprint).

Meta parcialmente atingida. A Fibria começou a medir o uso da água em todo o ciclo de produção.

Implantar unidades de tratamento de resíduos sólidos (dregs, grits, lama de cal e cinza) nas Unidades Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), de forma que possam ser aplicados como corretivo de solo em suas áreas florestais, reduzindo 30% da deposição de resíduos em aterros industriais dessas Unidades.

Meta parcialmente atingida. As unidades de tratamento já receberam as licenças ambientais, mas ainda não foram implantadas.

Elaborar a Análise de Ciclo de Vida da Celulose, desde o viveiro de mudas até os portos de destino.

Meta parcialmente atingida. Em parceria com a USP e com a ONG Fundação Espaço Eco, a Fibria iniciou o estudo do ciclo de vida da celulose, mostrando todos os impactos ambientais em seu processo de produção. A empresa espera terminar esse estudo no primeiro trimestre de 2012.

7 – Certificar áreas florestais da Fibria.

Implantar 100% das ações previstas para 2011 do Plano de Ação do programa SmartStep na Unidade Aracruz (ES, BA e MG).

Meta totalmente atingida. Todas as ações previstas foram implantadas.

8 – Fortalecer o relacionamento com a sociedade civil.

Continuar a participar de grupos de estudos das melhores práticas de manejo florestal do projeto New Generation Plantations (NGP), da WWF.

Meta totalmente atingida. Pelo NGP, em 2011, foram visitados plantios e empresas na China, na Alemanha e no Chile na busca das melhores práticas de manejo florestal. Outro destaque do projeto foi a publicação do documento NGP Bionenergy and Carbon Report 2011. Em março de 2012, a Fibria apresentou a esses grupos de estudo as técnicas de manejo sustentável empregadas em seus plantios no Espírito Santo e na Bahia.

Continuar a participar ativamente de fóruns nacionais e internacionais de melhores práticas de manejo florestal e de sustentabilidade, com destaque para The Forests Dialogue (TFD), Diálogo Florestal Brasileiro, Sustainable Forest Products Industry Working Group (SFPI WG), Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável e Pacto Global.

Meta totalmente atingida, inclusive com a indicação de representantes da Fibria para funções executivas em alguns desses órgãos.

9 – Consolidar a sustentabilidade na governança da empresa.

Elaborar e implantar o programa Educar para a Sustentabilidade para trabalhadores próprios e terceiros permanentes, buscando disseminar conceitos e promover ações de sustentabilidade em todos os níveis da empresa, bem como apresentar a área de Sustentabilidade e seus projetos às demais áreas da Fibria.

Meta parcialmente atingida. O programa Educar para a Sustentabilidade foi elaborado, apresentado à diretoria e aprovado, e será iniciado em 2012.

Realizar um painel de stakeholders (partes interessadas) da Fibria.

Meta totalmente atingida, com a realização do evento Diálogos Construtivos, no qual foram discutidos temas do interesse da empresa e das comunidades vizinhas.

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Metas para 2012

Dando continuidade à realização dos objetivos de sustentabi-

lidade estabelecidos em 2011, temos as seguintes metas para

2012.

Objetivo 1 – Melhorar o relacionamento com as comuni-

dades, por meio de engajamento e medidas que promo-

vam seu desenvolvimento econômico e social

Metas para 2012

Atingir 55% de favorabilidade nas comunidades vizinhas às

operações da Fibria (derivada das metas de longo prazo).

Contribuir para que 10% dos projetos de desenvolvimento

local apoiados pela Fibria sejam autossustentáveis (derivada

das metas de longo prazo).

Ampliar em 30% (de 22 para 29) o número de comunida-

des rurais no Programa de Desenvolvimento Rural Territorial

(PDRT) (continuidade de 2011).

Implantar o Projeto Assentamentos Sustentáveis com Agroflo-

resta e Biodiversidade no extremo sul da Bahia, beneficiando

cerca de mil famílias, em 11 mil hectares, distribuídos em 5

fazendas (continuidade de 2011).

Objetivo 2 – Desenvolver ações ligadas ao processo de

mudanças climáticas

Metas para 2012

Ampliar o índice de respondentes do Carbon Disclosure

Project (CDP) Supply Chain (da cadeia de fornecedores)

de 71% para 90%.

Levantar e consolidar resultados trimestrais do carbon foot-

print, auxiliando a gestão operacional com ações imediatas,

além da divulgação interna e externa.

Objetivo 3 – Revisar os modelos de fomento florestal

adaptando-os às novas diretrizes

Metas para 2012

Implantar modelo de fomento florestal “floresta familiar”,

que visa à inclusão de pequenos proprietários de terra no

fornecimento de madeira para a Fibria nas operações flores-

tais de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Bahia

(não atingida em 2011).

Objetivo 4 – Proteger e enriquecer os recursos naturais

Metas para 2012

Iniciar processo de restauração ambiental em 2 mil hectares de

áreas de conservação em propriedades da empresa (derivada

das metas de longo prazo).

Desenvolver projeto piloto de aplicação de valoração de servi-

ços ecossistêmicos para práticas de gestão da empresa.

Iniciar a implementação do Plano de Manejo Florestal da RPPN

Restinga de Aracruz.

Desenvolver um estudo de caso como referência de exploração

de produtos florestais não madeireiros nas áreas de conserva-

ção da Fibria.

Objetivo 5 – Promover o desenvolvimento, a conscientiza-

ção e o engajamento da cadeia de suprimentos da Fibria

Metas para 2012

Avaliar, desenvolver e implantar um fundo de investimento

socioambiental de fornecedores e clientes, a ser aplicado em

projetos e ações socioambientais prioritários da Fibria (não atin-

gida em 2011).

Criar e lançar um Código de Conduta para fornecedores, in-

cluindo conceitos de sustentabilidade.

Objetivo 6 – Aumentar a ecoeficiência

Metas para 2012

Finalizar o trabalho de identificação da pegada hídrica (water

footprint) do produto celulose para as Unidades Florestais e

Industriais (não atingida em 2011).

Elaborar a Análise de Ciclo de Vida da celulose, desde o viveiro

de mudas até os portos de destino (não atingida em 2011).

As Metas de Longo Prazo

de Sustentabilidade foram criadas por

recomendação do Comitê de Sustentabilidade, com o apoio de 40 profissionais da Fibria e especialistas da Unisinos, do

Rio Grande do Sul.

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17 Reduzir em 6,5% a geração de resíduos sólidos das Unidades

Industriais destinadas a aterros industriais, por meio do início

da operação das unidades de tratamento nas Unidades Jacareí

e Três Lagoas (não atingida em 2011).

Objetivo 7 – Certificar as áreas florestais da Fibria

Metas para 2012

Certificar pelo FSC® as áreas de manejo florestal da Fibria

no Espírito Santo, em Minas Gerais e na Bahia da Unidade

Aracruz.

Objetivo 8 – Fortalecer o relacionamento com a socieda-

de civil

Metas para 2012

Manter a participação nos grupos de estudos das melhores

práticas de manejo florestal do projeto New Generation Plan-

tations (NGP), do WWF (continuidade de 2011).

Manter a participação em fóruns nacionais e internacionais de

melhores práticas de manejo florestal e de sustentabilidade,

com destaque para The Forests Dialogue (TFD), o Diálogo Flo-

restal Brasileiro, o Forest Solutions Group, do World Business

Council for Sustainable Development (WBCSD), e o Pacto

Global (continuidade de 2011).

Objetivo 9 – Consolidar a sustentabilidade na governança

da empresa

Metas para 2012

Realizar o segundo painel de partes interessadas da Fibria (Di-

álogos Construtivos), de forma regionalizada (continuidade

de 2011).

Elaborar e implementar o programa Educar para a Sustenta-

bilidade para empregados próprios e terceiros permanentes,

buscando disseminar conceitos e promover ações de sustenta-

bilidade em todos os níveis da empresa, bem como apresentar

os projetos de sustentabilidade às demais áreas da Fibria (não

atingida em 2011 e transferida para 2012).

Realizar consultas públicas e divulgar os planos estratégicos

de conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos,

bem como o plano de formação ambiental, utilizando a in-

ternet.

Certificações

Os sistemas de gestão da Fibria são certificados por institutos

independentes, que avalizam o esforço da empresa pela con-

servação ambiental e pela adoção de práticas responsáveis na

produção de celulose.

A Fibria tem as seguintes certificações:

Sistema de Gestão da Qualidade – ISO 9001

Certificação válida para as Unidades Aracruz, Industrial Jacareí,

Florestal Capão Bonito, Florestal Vale do Paraíba, Administração

Central em São Paulo e Florestal Três Lagoas. Em 2011, essas

Unidades foram recertificadas e a Industrial Três Lagoas iniciou

o seu processo de certificação.

Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14001

Válida para as Unidades Aracruz, Industrial Jacareí, Terminal

Portuário de Santos, Florestal Capão Bonito, Florestal Três La-

goas e Florestal Vale do Paraíba. Em 2011, a certificação dessas

Unidades foi renovada e o processo de certificação da Unidade

Industrial Três Lagoas foi iniciado.

Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional

– OHSAS 18001

Válida para o Terminal Portuário de Santos, que teve a certifica-

ção confirmada em 2011.

Manejo florestal – Forest Stewardship Council® (FSC®)

O selo FSC® avaliza o manejo florestal das Unidades Florestais

Capão Bonito, Vale do Paraíba e Três Lagoas, que tiveram con-

firmada a certificação em 2011. Com o objetivo de obter essa

mesma certificação, a Unidade Aracruz aderiu em 2011 ao pro-

grama SmartStep.

Manejo florestal – Programa Brasileiro de Certificação

Florestal (Cerflor)

O selo Cerflor, reconhecido pelo Program for the Endorsement

of Forest Certification Schemes (PEFC), certifica o manejo flo-

restal das Unidades Aracruz e Florestal Três Lagoas.

Cadeia de Custódia – Forest Stewardship Council® (FSC®)

O selo FSC® garante que a matéria-prima usada na produção

de celulose vem de florestas certificadas. A Unidade Industrial

Jacareí, a Industrial Três Lagoas, o Terminal Portuário de Santos,

a Administração Central, a Fibria Trading International Kft e a

Fibria Celulose USA Inc. receberam esse reconhecimento.

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18 Cadeia de Custódia – Programa Brasileiro de Certificação

Florestal (Cerflor)

A certificação Cerflor da Cadeia de Custódia foi concedida às

Unidades Industrial Aracruz, Fibria Trading International Kft,

Fibria Celulose USA Inc. e Industrial Três Lagoas.

Programa SmartStep

Com o objetivo de obter o selo FSC® para o manejo florestal

e a Cadeia de Custódia da Unidade Aracruz, a Fibria assinou,

em janeiro de 2011, um contrato com o Instituto de Manejo

e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) para adequar os

processos produtivos daquela Unidade aos Princípios e Crité-

rios do FSC®. A última auditoria do programa SmartStep, em

outubro de 2011, aprovou as ações já executadas e confirmou

o cronograma para a obtenção do selo FSC® em 2013.

Madeira controlada

Para monitorar a origem da madeira não certificada de seus for-

necedores, a Fibria criou o Programa de Verificação de Madeira

Controlada/Fontes Controversas, que estabelece responsabi-

lidades e procedimentos para os produtores fomentados. Em

2011, a empresa concluiu um diagnóstico nas áreas de fomento

para buscar sua futura certificação.

Os sistemas de

gestão da Fibria são certificados por institutos

independentes, que avalizam o esforço da empresa pela

conservação ambiental e pela adoção de práticas

responsáveis na produção de

celulose.

ÁREA FLORESTAL CERTIFICADA (2011)1

Unidade Área totalÁrea certificada

pelo FSC®

Área certificada pelo Cerflor

Três Lagoas (MS)2 350.201,05 226.659,24 238.373,90

Jacareí (SP) 161.086,49 158.512,71 -

Aracruz (ES) 355.288,30 – 355.288,30

Capão do Leão (RS) 107.841,43 – -

Total 974.417,27 385.171,95 593.662,20

1. Em hectares. Não inclui 50% da Veracel.2. A área não certificada abrange novas terras adquiridas e arrendadas para a formação das florestas que abastecerão de madeira a nova fábrica a ser construída em Três Lagoas.

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A Fibria mantém canais específicos para se comunicar com as

partes interessadas. Todas as suas Unidades possuem números

de telefone de chamada gratuita à disposição das comunidades

vizinhas e o site www.fibria.com.br indica e-mail e telefones

exclusivos para contatos sobre gestão de pessoas, suprimentos

e imprensa. A área de Relações com Investidores possui um site

próprio (www.fibria.com.br/ri) para a divulgação de informa-

ções de interesse do mercado financeiro.

Para estreitar o relacionamento com as comunidades do Espírito

Santo e da Bahia, a Unidade Aracruz (ES) instituiu em 2011 o

programa Fale com a Fibria, por meio do qual monitores flores-

tais treinados recebem as solicitações dos moradores vizinhos

das áreas de operação da empresa. A Fibria conta ainda com

diversos veículos para se comunicar com seus gestores, empre-

gados de determinadas áreas, trabalhadores em geral e públicos

externos interessados.

Relacionamento com partes interessadas

ENGAJAMENTO COM PARTES INTERESSADAS (GRI 4.14)

Partes interessadas

Ferramentas e processos de engajamento1 Principais temas materiais2

Empregados Código de Conduta, publicações (jornal Vital, Informe-se, EcoCiente), comunicação online (Fibria Net, comunicados eletrônicos), Encontro com o Presidente, pesquisa de clima organizacional

Ética Estratégia/compromisso com sustentabilidade

Fornecedores Código de Conduta, participação no CDP Supply Chain, programas de desenvolvimento de fornecedores locais (Prodfor e PQF-Avançado), questionário de homologação, publicação Na Estrada com Segurança (para caminhoneiros)

Ética Estratégia/compromisso com sustentabilidade

Clientes Contato comercial e assistência técnica dos escritórios de vendas, desenvolvimento de tecnologia em conjunto, pesquisa de satisfação

Certificações e compromissos voluntários

Investidores Divulgação trimestral de resultados, website para investidores, atendimento pela equipe de RI

Ética Estratégia/compromisso com sustentabilidade

Acionistas Divulgação trimestral de resultados, website para investidores, Portal de Governança

Ética Estratégia/compromisso com sustentabilidade

Governo/poder público

Representações em fóruns e associações (exemplos: Abraf, Abaf), desenvolvimento de projetos em conjunto (exemplo: Plano de Desenvolvimento da Costa das Baleias)

Ética

ONGs e fóruns de discussão

Participação em fóruns e associações (exemplos: Diálogo Florestal Brasileiro,The Forests Dialogue (TFD) e World Business Council for SustainableDevelopment (WBCSD). Desenvolvimento de projetos em conjunto, como otrabalho em parceria com o New Generation Plantation (NGP).

Ética Certificações e compromissos voluntários Estratégia/compromisso com a sustentabilidade

Comunidades vizinhas

Engajamento, Diálogo Operacional, Agenda Presencial, Encontros Comunitários, projetos sociais e de desenvolvimento, Diálogo Florestal Brasileiro, The Forests Dialogue (TFD) e World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Desenvolvimento de projetos em conjunto, como o trabalho em parceria com o New Generation Plantation (NGP).

Relacionamento com as comunidades vizinhas Impacto das plantações na biodiversidade Certificações e compromissos voluntários Ética Uso da água Estratégia/compromisso com a sustentabilidade Riscos ambientais Emissões, efluentes e resíduos

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Fornecimento de madeira por terceiros

O fornecimento por produtores autônomos, ou fomentados,

respondeu em 2011 por 10% do volume de madeira usado pela

Fibria para fabricar celulose. Esse suprimento complementar foi

garantido por 3.422 contratos assinados com produtores flores-

tais do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio

Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo, corresponden-

tes a uma área total de 106.891 hectares.

FOMENTO FLORESTALUnidade Área contratada (em hectares)Aracruz 78.982Jacareí1 11.762Três Lagoas 1.431

Capão do Leão 14.716

Total 106.8911. Vale do Paraíba e Capão Bonito.

Municípios alcançados: 214, sendo 69 do Espírito Santo, 15 da

Bahia, 44 de Minas Gerais, 13 do Rio de Janeiro, 43 de São

Paulo, 27 do Rio Grande do Sul e 3 do Mato Grosso do Sul

Número de contratos: 3.422

Área média por contrato: 31 hectares

10% da madeira consumida nas Unidades Industriais da Fi-

bria em 2011 é proveniente dos programas de fomento (Pou-

pança Florestal e Produtor Florestal).

Em 2011, o programa Produtor Florestal supriu 28% da matéria-

prima processada nas três fábricas da Unidade Aracruz e incorpo-

rou benefícios aos produtores, como a possibilidade de combinar

o plantio do eucalipto com outras culturas. O programa é um im-

portante indutor de desenvolvimento regional, por meio do qual

a Fibria procura integrar a comunidade rural do Espírito Santo e a

Bahia ao negócio florestal e à conservação ambiental.

Nos demais Estados onde atua (São Paulo, Mato Grosso do Sul e

Rio Grande do Sul), o programa da empresa para o fornecimen-

to de madeira por terceiros é o Poupança Florestal, que envolve

contratos de prazos longos e garantias de financiamento, forne-

cimento de mudas e compromisso de compra ao final do ciclo

de cultivo. Pelos bons resultados desse programa, a Fibria deci-

diu adotá-lo como parâmetro em seus novos contratos de com-

pra de madeira no Espírito Santo e na Bahia a partir de 2012.

Um dos benefícios do programa Poupança Florestal é o apoio

técnico para a produção de alimentos em áreas de eucalipto

de primeiro ano. No Rio Grande do Sul, o projeto Floresta à

Mesa oferece, desde 2010, um selo de certificação para alimen-

tos produzidos nas entrelinhas de eucalipto. Em 2011, o projeto

abrangeu uma área de 13.500 hectares em 28 municípios, com

destaque para as culturas de melancia, abóbora e milho-verde.

Uma modalidade do Poupança Florestal, que já existe em São

Paulo e será adotada no Espírito Santo e na Bahia, é a social,

que beneficia famílias que usam mão de obra própria, com

no máximo 2 empregados, e cujas propriedades não excedam

5 hectares ocupados com eucalipto.

Partes interessadas

Ferramentas e processos de engajamento1 Principais temas materiais2

Comunidades específicas

Engajamento, Diálogo Operacional, Agenda Presencial, Encontros Comunitários, projetos sociais e de desenvolvimento, Diálogos Construtivos, publicações, programas e núcleos de educação socioambiental, Fale com a Fibria, Fibria e Você

Relacionamento com comunidades específicas Impacto das plantações na biodiversidade Certificações e compromissos voluntários Ética Uso da água Estratégia/compromisso com sustentabilidade Riscos ambientais Emissões, efluentes e resíduos

Fomentados Programas Produtor Florestal e Poupança Florestal Impacto das plantações na biodiversidade Fomentados (fornecedores de madeira)

Entidades setoriais

Envolvimento em conselhos e comitês (exemplo: Bracelpa, Abraf, Abaf) Certificações e compromissos voluntários Ética Estratégia/compromisso com sustentabilidade

Imprensa Assessoria de imprensa Ética Certificações e compromissos voluntários Estratégia/compromisso com sustentabilidade

1. A Ouvidoria, os informativos Fibria Notícias e Fibria News, o website institucional e o Relatório de Sustentabilidade são voltados para todas as partes interessadas da Fibria, no Brasil e no exterior.2. Extraídos dos dez principais pontos da Matriz de Materialidade.

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21TAC para reflorestamento na Bahia – Em dezembro de 2011,

a Fibria e a Suzano Papel e Celulose S.A. assinaram um Termo

de Ajustamento de Conduta (TAC) para a restauração florestal

de Reservas Legais, Áreas de Preservação Permanente e rema-

nescentes de Mata Atlântica em propriedades de fornecedores

de madeira das duas empresas na Bahia. O documento, firma-

do com o Ministério Público da Bahia, a Promotoria de Justi-

ça Ambiental Regional de Teixeira de Freitas e o Núcleo Mata

Atlântica (Numa), prevê o financiamento pelas duas empresas

de um programa de conservação e restauração vegetal por dez

anos. O Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf),

da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universi-

dade de São Paulo (Esalq/USP), dará o apoio técnico ao projeto,

que também será acompanhado pelas certificadoras ambientais

Imaflora e Sysflor.

Relacionamento com as comunidades

A Fibria se relaciona com diversas comunidades urbanas e ru-

rais, de realidades distintas, nos 254 municípios dos 7 Estados

brasileiros (Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul,

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia) onde atua.

Para garantir um relacionamento produtivo e harmonioso com

essas comunidades, o que considera fundamental para o bom

desenvolvimento do seu negócio, a empresa investe em proces-

sos de engajamento e projetos socioambientais que concorram

para a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dos

moradores. São programas que estimulam a capacitação pro-

fissional, a geração de emprego e renda, o uso mais racional da

terra, a educação ambiental e, sobretudo, o diálogo em busca

de soluções comuns. Em 2011, os programas e as ações de res-

ponsabilidade socioambiental da Fibria alcançaram aproximada-

mente 150 mil pessoas.

Os investimentos socioambientais da Fibria estão alinhados às

diretrizes do Instituto Votorantim e seguem os seguintes eixos

estratégicos:

educação: formação e qualificação da mão de obra, educa-

ção ambiental e capacitação para o empreendedorismo social;

cultura: valorização da cultura local e conservação de locais

de valor histórico e arqueológico;

esporte: promoção de atividades esportivas, reforçando a

formação educacional dos jovens;

geração de trabalho e renda: criação de oportunidades de

negócio, por meio da diversificação do uso da floresta e da

propriedade rural, e promoção do empreendedorismo local;

meio ambiente: conservação dos recursos naturais, pro-

gramas de pagamento a serviços ambientais, redução de

emissões de carbono, incentivo ao uso de fontes renováveis

de energia e implantação de práticas para o consumo cons-

ciente.

INVESTIMENTOS EM COMUNIDADES VIzINHAS1

2009 2010 2011

Fibria R$ 13.922.901,55 R$ 13.506.816,42 R$ 20.615.000,003

Projetos incentivados4 R$ 347.310,00 R$ 587.910,00 R$ 1.993.138,00

Instituto Votorantim5 R$ 2.182.000,00 R$ 3.200.000,002 R$ 3.098.000,00

Total R$ 16.452.211,55 R$ 17.294.726,42 R$ 25.706.138,00

1. Doações voluntárias e investimento de recursos na comunidade, sendo os beneficiários externos à empresa. Incluem contribuições a instituições de caridade, ONGs e institutos de pesquisa (não relacionados ao departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa), recursos para apoiar projetos de infraestrutura da comunidade e custos diretos de programas sociais. Incluem também custos da gestão dos projetos.2. Valor atualizado.3. Estão contemplados o projeto Assentamentos Rurais Sustentáveis com Agroflorestas, em parceria com o MST, a realização dos Diálogos Construtivos, investimento do BNDES, entre outros.4. Os projetos incentivados, cuja destinação é coordenada pelo Instituto Votorantim, são patrocinados com recursos provenientes de sociedades controladas pela VID (Votorantim Industrial S.A.), amparados por leis de incentivo federal (Lei Rouanet, Lei do Esporte e Fundo da Criança e da Adolescência) e estadual (ICMS).5. O Instituto Votorantim tem o objetivo de qualificar o investimento social do Grupo, controlador da Votorantim Industrial, um dos acionistas da Fibria.

“Vamos continuar trabalhando para

melhorar o nosso relacionamento com as

comunidades, buscando incluí-las cada vez mais em nossa cadeia

produtiva. Temos um duplo desafio em logística: reduzir os impactos ambientais

e sociais e encontrar alternativas para aumentar o escoamento da madeira.

Outro importante desafio é estreitar o relacionamento

com os fomentados.”

Aires Galhardo, diretor Florestal

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Modelo de Relacionamento com comunidades vizinhas

O relacionamento da Fibria com as comunidades vizinhas a suas

atividades segue um Modelo de Relacionamento com quatro

tipos de abordagem: Engajamento, Encontros Comunitários,

Diálogo Operacional e Agenda Presencial. O Modelo de Relacio-

namento é aplicado nas etapas de silvicultura e colheita das ope-

rações florestais. A participação é aberta a todos os membros da

comunidade, que recebem convites públicos para as reuniões.

Engajamento: é o relacionamento com base no Manual de En-

gajamento do Instituto Votorantim. A Fibria assume o papel de

parceira no desenvolvimento local nas comunidades mais im-

pactadas pela atuação da empresa. Número de municípios: 26.

Encontros Comunitários: são reuniões com lideranças e

formadores de opinião, para prestar contas sobre os projetos

desenvolvidos com a comunidade. Número de municípios: 11.

Agenda Presencial: é feita por meio de visitas de represen-

tantes da empresa nas comunidades para a compreensão da

realidade local. Número de municípios: 64.

Diálogo Operacional: são contatos prévios para informar a

população sobre os impactos das operações florestais e as for-

mas de mitigá-los. Número de municípios: 31.

O Modelo de Relacionamento busca diminuir os impactos nega-

tivos e potencializar os positivos. Nas operações florestais, os im-

pactos negativos mais relatados foram a modificação na estrutu-

ra fundiária local, o isolamento de propriedades e comunidades,

o comprometimento da capacidade e da qualidade da malha viá-

ria, a geração de poeira, a alteração da paisagem, o aumento do

risco de acidentes, a alteração na pauta produtiva dos municípios,

a valorização da terra, a alteração de disponibilidade e qualidade

da água, o comprometimento da segurança alimentar, a desorga-

nização do modo de vida das comunidades locais, o desrespeito

aos hábitos e costumes, a geração de barulho e a obstrução de

estradas. Já os impactos positivos mais reconhecidos foram as

oportunidades de emprego, o fornecimento de serviços, a recu-

peração de áreas degradadas e a conservação de nascentes.

Nas operações industriais, os principais impactos negativos fo-

ram a geração de odor, a geração de ruído, a geração de fuma-

ça e as demissões. Os impactos positivos mais relatados foram

as oportunidades de emprego e o fornecimento de serviços.

Acesse www.fibria.com/rs2011 e conheça os projetos sociais

apoiados pela Fibria.

Relacionamento com comunidades específicas

A Fibria enfrenta seus maiores desafios sociais no norte do Es-

pírito Santo e no sul da Bahia, onde se relaciona com comu-

nidades que possuem direitos, reivindicações e necessidades

específicas, como as que reivindicam o status de descendentes

de quilombolas, indígenas, integrantes do Movimento dos Tra-

balhadores Sem-terra (MST) e famílias de pescadores artesanais.

Em 2011, conquistamos importantes avanços no relacionamen-

to com essas comunidades.

Comunidades negras

Desde 2003, quando o governo federal publicou o Decreto

4.887, estendendo o direito de descendentes de escravos fu-

gidos (quilombolas) para além das terras em que viviam, 1.408

comunidades buscaram esse reconhecimento em todo o País.

Algumas dessas comunidades reivindicaram terras da Fibria e

de outros proprietários vizinhos. A empresa recorreu à justiça e

entende que o Decreto 4.887 extrapola os direitos assegurados

aos quilombolas pela Constituição de 1988. Dois desses pro-

cessos foram anulados, mas outros dois estão em andamento,

envolvendo 15.732 hectares de propriedades da empresa.

Enquanto a questão jurídica segue seu curso, procuramos re-

forçar o diálogo com essas comunidades e contribuir para seu

desenvolvimento. A iniciativa mais importante é o Programa de

Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), que em 2011 passou

a beneficiar 760 famílias de 22 comunidades negras da Bahia e

do Espírito Santo.

Realizado em parceria com diversos órgãos públicos, o PDRT

proporciona assistência técnica aos moradores, orientação para

a venda dos produtos e cursos de capacitação profissional. To-

das as decisões do PDRT são tomadas de forma colegiada, em

reuniões abertas de associações de moradores. Os bons resul-

tados colhidos pelo PDRT em 2011 têm atraído um interesse

crescente por parte das famílias e ajudaram a reduzir os registros

de furto de madeira nessas áreas.

Comunidades indígenas

Em 2007, a Aracruz Celulose, empresa antecessora da Fibria,

assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a

Funai e sete aldeias indígenas no município de Aracruz (ES),

para pôr fim à disputa de terras ocupadas pela empresa. Pelo

acordo, a área de 11 mil hectares em questão foi demarcada

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23como indígena e a empresa destinou R$ 3 milhões para pro-

jetos derivados de um estudo etnoambiental que identificasse

as melhores alternativas de uso da terra, o que foi concluído

em 2010.

Superada a questão fundiária com os índios, a Fibria tem pro-

curado ajudar os índios a viabilizar nas reservas um modelo de

produção agrícola semelhante ao PDRT, além de projetos de

educação e cultura, produção florestal e recuperação vegetal.

Movimentos de luta pela terra

A Fibria buscou reverter o impasse criado com a invasão de áre-

as da companhia no sul da Bahia por membros do Movimento

dos Trabalhadores Sem-terra (MST) com o projeto de Assen-

tamentos Rurais Sustentáveis com Agroflorestas, desenvolvido

em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária (Incra) e o governo da Bahia.

O modelo de negócio foi elaborado por pesquisadores da Esco-

la Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de

São Paulo (Esalq/USP), e começou a ser implantado em agosto

de 2011. A área ocupada pelo MST, num total de 11 mil hecta-

res, será desapropriada e indenizada pelo Incra, beneficiando

mais de mil famílias de agricultores.

Comunidades pesqueiras

A Fibria se relaciona com comunidades pesqueiras no distrito de

Barra do Riacho, município de Aracruz (ES), e em Caravelas, no

sul da Bahia, onde opera terminais portuários.

Em Barra do Riacho, estamos apoiando a melhoria da captação

e do tratamento de água, antiga reivindicação dos moradores,

que está sendo realizada pelo Serviço Autônomo de Água e

Esgoto (SAAE) de Aracruz. Em parceria com outras companhias

e órgãos públicos, a empresa também colabora para a adequa-

ção do Posto de Saúde de Barra do Riacho, a criação de uma

unidade de Polícia Comunitária e a realização de cursos de ca-

pacitação profissional.

Em Caravelas, a Fibria destinou recursos para a manutenção

da sede de uma associação de pescadores, patrocinou um

curso de cooperativismo para 16 gestores de entidades pes-

queiras e apoiou a construção de um entreposto e a reforma

de uma fábrica de gelo.

Furto de madeira

O furto de madeira, muitas vezes associado a incêndios crimino-

sos, continua a ser um sério problema para a Fibria no norte do

Espírito Santo e no sul da Bahia. O volume de madeira furtada,

porém, foi menor em 2011 do que em 2010, graças à intensifi-

cação da repressão policial no último trimestre do ano passado

e de vários projetos desenvolvidos pela empresa em parceria

com as comunidades.

Volume de madeira furtada120

100

80

60

40

20

01º 2º 3º 4º

Trimestre de 2011

Volu

me

em m

ilhar

es d

e m

3

Por entender que essa situação de ilegalidade só será resolvida

com a combinação da repressão aos criminosos com programas

de geração de renda, a Fibria investe em programas sociais em

parceria com órgãos públicos – como o PDRT, que está bene-

ficiando 760 famílias de comunidades negras. Outra iniciativa

importante, que reduziu pela metade o índice de roubo de ma-

deira e produção de carvão ilegal nos municípios de Pedro Ca-

nário (ES), Conceição da Barra (ES) e Mucuri (BA), foi o Grupo

de Trabalho do Picadão, criado pelo Ministério Público (MP) lo-

cal e apoiado pela Fibria, que gerou 200 postos de trabalho em

atividades como apicultura, agricultura familiar e piscicultura. A

Fibria também apoia dois importantes projetos estaduais de in-

clusão social: o Plano de Desenvolvimento Sustentável da Costa

das Baleias, do governo da Bahia, e o Plano de Desenvolvimento

do Litoral Norte, do Espírito Santo.

Saiba mais sobre o relacionamento da Fibria com as comuni-

dades em www.fibria.com.br/rs2011.

Incidente no sul da Bahia – Em 17 de março de 2010, um

incidente em Mucuri (BA) envolvendo a Garra, empresa de vi-

gilância que presta serviços à Fibria, resultou no falecimento de

Henrique de Souza Pereira. Dois processos foram abertos contra

a Fibria e a Garra, ajuizados pelo pai e pela esposa de Henrique

de Souza Pereira, reivindicando indenizações. As duas empresas

apresentaram suas defesas em janeiro de 2011, mas o tribunal

ainda não divulgou uma decisão.

Saiba mais sobre o incidente em www.fibria.com.br/rs2010.

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Érico Carlos dos Santos Miranda, presidente da Associação dos Peque-nos Produtores Rurais de Taquari, em Alcobaça/BAÉrico relata que o trabalho nos fornos de car-vão, que prejudica a atividade florestal da Fibria, já foi extinto no município, mas os mo-radores precisam de uma alternativa de traba-lho para não retomar essa atividade ilegal. “É necessário uma boa aliança entre empresa e comunidade para gerar renda”, diz.

Pedro Batista Silvares, morador de Angelim 1, em Conceição da Barra/ESPedro diz que foi a queda no padrão de renda que levou muitos moradores a roubar o eucalipto para fazer carvão. “De um ano para cá, as coisas deram uma mudada com o PDRT, esse projeto de sustentabilidade. A gente começou a ter uma re-lação, a conversar. Eu vejo que vai gerar frutos.”

Alexandre Evaldo Lohn, presidente da Cooperativa Madeireira de Capão Bonito/SPAlexandre destaca a contribuição da Fibria na geração de emprego em uma cidade com pou-cas oportunidades de trabalho. Sobre o fomen-to florestal, ele cita um episódio: “Lembro de uma vez em que a empresa exigiu que o plantio fosse feito dentro dos padrões de exigência, com uma distância certa de rios e nascentes; eu acho isso legal.”

Ivamara Santos Oliveira, da Associa-ção de Mudas Nativas de Angelim 2, em Conceição da Barra/ESIvamara ressalta o papel da Fibria no reflores-tamento de encostas, com mudas produzidas pela associação de que faz parte – uma ativi-dade que melhorou muito a renda dos mora-dores. “Até seis anos atrás, a gente não tinha um dinheiro certo. A gente saía catando cipó para fazer vassoura, se arriscava com cobra, marimbondo. Hoje não, a gente faz uma dívida confiando na nossa produção.”

Juan Jimenez Jurado Jr., do Projeto Batucando, em Santa Branca/SPJuan é músico e desenvolve, desde 2001, ati-vidades com uma banda de jovens e crianças

cujos pais estão detidos por problemas rela-cionados ao uso de drogas e álcool. Ele relata que a empresa trouxe muitos empregos para a região e considera a certificação florestal importante, mas também vê pontos negativos no fomento florestal. “Quando eu era pequeno via roças de milho, cana, café. Hoje eu só vejo eucalipto.”

Júlio César Florentino Perini, presi-dente da Associação de Moradores da Barra do Riacho, em Aracruz/ESJúlio cita como aspectos negativos da presença da Fibria na região a monocultura do eucalipto, o movimento do Portocel, que dificulta a saída dos barcos de pesca, e a geração de barulho e odor pelas fábricas de Aracruz. Mas também vê benefícios, como o aumento de moradias pró-prias e mais conforto. Na opinião dele, a Fibria poderia investir mais na preservação das matas nativas e na comunidade local. “A empresa de-veria buscar trazer infraestrutura para cá, por-que ficamos muito tempo esquecidos.”

Luzia Florencio Rodrigues, professo-ra na comunidade indígena de Com-boios, em Aracruz/ESLuzia acredita que os projetos desenvolvidos pela empresa foram benéficos à comunidade. Ela diz que a comunidade indígena local não foi compreendida em suas reivindicações durante muito tempo, mas a disposição da Fibria em dialogar mudou esse quadro. Sua maior preocu-pação é com o plantio de eucalipto em áreas da aldeia: “A gente se preocupa com o rio, porque precisamos ter as encostas de restinga, entre a água e o plantio de eucalipto.”

Nazine de Moura Bittencourt Ribeiro, presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Arroio Grande/RSNazine destaca como muito positivo o projeto educacional apoiado pela Fibria, que atende cem crianças e adolescentes locais. Mas ela lamenta a frustração causada pela não instala-ção da fábrica de celulose, que geraria muitos empregos. “Até a plantação das árvores parece ter diminuído, porque muitos que trabalhavam nisso hoje estão desempregados.”

Nilva Barroso, presidente da Casa da Cultura, em Três Lagoas/MSNilva ressalta o investimento da Fibria em projetos sociais nas áreas de tecnologia, api-cultura e artesanato. “As pessoas não preci-sam mais sair daqui para estudar ou traba-lhar. A cidade hoje tem movimento, melhorou bastante.” Segundo Nilva, alguns moradores ainda fazem restrições à atuação da Fibria, mas por falta de informação. “Eu também achava que o eucalipto poderia transformar a região num deserto, mas hoje sei que não é assim.”

Osmar Bernardo dos Santos, agricul-tor familiar e presidente da Associa-ção Ribeirão, em Alcobaça/BAOsmar destaca a preocupação da Fibria com questões ambientais e sociais e lamenta que essa postura não seja seguida por certos fo-mentados. “Alguns plantam junto da estrada, da rede elétrica e até em cima de minadouros.” Como presidente de uma entidade de agricul-tores, ele tem procurado atrair o pessoal que trabalha com carvão ilegal, mas nem sempre tem êxito.

Carlos Alberto dos Santos Dutra, de Brasilândia/MSCarlos tem formação em sociologia, arqueo-logia, antropologia e filosofia e acompanha os projetos da Fibria em suas áreas de atu-ação. “A chegada de uma grande empresa muda os hábitos da comunidade, mas tam-bém valoriza as potencialidades locais”, diz. Ele critica, porém, a terceirização de serviços, por gerar insegurança. “No final do plantio, por exemplo, a empresa desemprega 30, 40 motoristas.”

José Horácio Alexandre Nenartavis, presidente da Associação Aguaclaren-se para o Bem-Estar do Idoso, em Água Clara/MSJosé Horácio está preocupado com a implanta-ção da Fibria na região, por causa da atração de novos moradores e do aumento da demanda por serviços públicos. “Espero que a empresa use seu poder político para pleitear melhorias na infraestrutura de nosso município.”

Consulta às comunidades

Para saber como está sendo avaliada em localidades onde atua, a Fibria contratou uma pesquisa, entre setembro de

2011 e fevereiro de 2012, para conhecer a percepção de moradores de comunidades vizinhas sobre os dez principais

temas relacionados à estratégia de sustentabilidade da empresa. A seguir, um resumo das entrevistas. Os depoimentos

na íntegra, trechos em áudio e uma análise crítica das respostas estão disponíveis no site www.fibria.com.br/rs2011.

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“O grande desafio na área de Recursos

Humanos é a consolidação de uma nova cultura. Para

isso, temos trabalhado bastante na preparação de lideranças. Em 2011, todos os gerentes-gerais e

gerentes passaram por um programa de treinamento para serem multiplicadores

das nossas Crenças de Gestão. Nada é mais eficaz do que o exemplo,

para a implantação de uma nova cultura.”

Luiz Fernando

Torres Pinto, diretor de

Desenvolvimento Humano e

Organizacional

Gestão de pessoas

A área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO)

implantou, em setembro de 2011, o Ciclo de Gestão de Desem-

penho, um processo de avaliação e desenvolvimento de lideran-

ças que envolveu todos os diretores, gerentes-gerais e gerentes

da companhia. Em 2012, a iniciativa será estendida aos coorde-

nadores, consultores e especialistas. Dentro de dois anos, todos

os níveis da organização terão sido cobertos.

Saiba mais sobre as iniciativas em gestão de pessoas em

www.fibria.com.br/rs2011.

Fornecedores

A Fibria procura engajar sua cadeia produtiva nas melhores prá-

ticas socioambientais e leva em conta, na contratação de forne-

cedores, o atendimento à legislação local e a princípios de nor-

mas internacionais como ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001,

NOSA e ILO Convention.

Em 2011, a empresa implantou um novo processo de auditoria

em fornecedores, para garantir o respeito aos direitos da criança

e do adolescente e a eliminação do trabalho infantil e do análo-

go ao escravo (GRI HR6 e HR7). Foram realizadas auditorias nos

locais de prestação de serviços de 27 empresas, envolvendo um

total de 6.740 empregados.

Carbon Disclosure Project (CDP) Supply Chain – Pelo se-

gundo ano consecutivo, a Fibria promoveu, em março de 2011,

um seminário sobre o CDP Supply Chain, reunindo 91 de seus

fornecedores. O encontro reforçou aos participantes a impor-

tância de medir, divulgar e reduzir as emissões de carbono em

seu processo de produção.

Fornecedores locais – A Fibria dá preferência a fornecedores

locais de produtos ou serviços. Em 2011, a empresa gastou

R$ 2,95 bilhões (73% do total despendido) com fornecedores

situados nos mesmos Estados de suas bases industriais e flo-

restais. Em relação a 2010, houve um acréscimo de 8,7% no

volume de compras de fornecedores locais.

Comissão de Contratação de Serviços (CCS) – Em janeiro de

2011, a Fibria criou essa comissão para avaliar a contratação de

serviços executados durante dois anos ou mais, cujo valor anual

ultrapasse R$ 5 milhões e que produzam impactos no clima in-

terno da empresa, ou os de valor anual entre R$ 1,9 milhão e

R$ 4,9 milhões que possuam riscos específicos.

Empregados próprios (2011) Homens Mulheres Total

Unidade Aracruz (ES/BA/MG) 1.515 164 1.679

Unidade Três Lagoas (MS) 807 90 897

Unidade Jacareí (SP)1 1.021 128 1.149

Unidade Piracicaba (SP)2 0 0 0

Administração Central 117 95 212

KSR2 0 0 0

Unidade Florestal Capão do Leão (RS) 17 10 27

Total Brasil 3.477 487 3.964

Escritórios Internacionais 19 23 42

Total 3.496 510 4.006

Percentual 87,3% 12,7% 100%

1. Inclui Capão Bonito e Vale do Paraíba.2. Unidades vendidas em 2011.

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Governo

A Fibria não está vinculada a partidos políticos, mas contribui

financeiramente para campanhas de candidatos que conside-

ra comprometidos com o desenvolvimento sustentável e com

a melhoria da governança pública. Como em 2011 não houve

eleição, a empresa não realizou doação de natureza política.

Saiba mais sobre a contribuição da Fibria em políticas públi-

cas em www.fibria.com.br/rs2011.

ONGs

A Fibria participa de 125 fóruns, associações e Grupos de Tra-

balho (GRI 4.13), ocupando posições consultivas e executivas

em 24 deles. Em 2011, a companhia participou da elaboração

de uma proposta com 16 pontos sobre o Código Florestal, en-

tregue aos congressistas em nome de empresas florestais e de

entidades socioambientais. Esse documento pode ser consulta-

do em www.dialogoflorestal.org.br/legislacao/codigo-florestal.

Entre as iniciativas que merecem destaque com relação a par-

ticipação da empresa em fóruns e assioações, está o encontro

FSC® Certified Plantations and Local Communities: Challen-

ges, Activities, Standards, and Solutions, sediado pela Fibria

e que reuniu cerca de 90 representantes de empresas certi-

ficadas pelo FSC®, ambientalistas, acadêmicos, consultores e

ONGs de vários países.

Com o propósito de contribuir para o desenvolvimento dos siste-

mas de certificação da atividade florestal, a Fibria esteve presente

em outros dois importantes eventos mundiais em 2011. Em se-

tembro, participou da assembleia geral do FSC®, que ocorreu na

Malásia, e em novembro enviou representante ao Stakeholders

Dialogue, promovido pelo Programme for the Endorsement of

Forest Certification (PEFC), em Montreux, na Suíça.

Ainda no nível internacional, destaca-se a atuação no The Fo-

rest Dialogue (TFD), entidade que promove debates sobre ques-

tões sensíveis na área florestal, envolvendo empresas florestais,

ONGs, comunidades indígenas e organismos multilaterais. Car-

los Alberto Roxo, gerente-geral de Sustentabilidade e Relações

Corporativas da Fibria, é atualmente um dos dois colíderes do

TFD. Em 2011, o TFD realizou diversos diálogos em cinco áreas:

investimentos em florestas controladas localmente por comu-

nidades ou proprietários florestais; mecanismo Reducing Emis-

sions from Deflorestation and Degradation (REDD) dos acordos

de mudanças climáticas; consentimento prévio de comunidades

indígenas a atividades em suas áreas; árvores geneticamente

modificadas; e o Fórum Papel das Florestas, que debateu a pro-

dução de alimento, combustível e fibra (em inglês, food, fuel,

fiber and forest, ou 4F).

O ano de 2011 também marcou a realização dos Diálogos Cons-

trutivos, um evento de debates promovido pela Fibria em Vitó-

ria, com a participação de 245 pessoas, entre representantes da

empresa, comunidades, clientes e instituições socioambientais,

com o objetivo de construir relações sustentáveis nas regiões de

atuação da companhia.

13,02

3,29

2009 2010 20112009 2010 2011

54

26

6166

Média de horas de treinamento por empregadohoras

Diversidade de empregados (GRI LA13)%

14,412,73

24,97 24

29,71

4,124,1

Mulhe

res

Home

ns

Mulheres Pessoas com deficiência Pardos e negros

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Desempenho ambientalAs plantações de eucalipto da Fibria, somadas às matas nativas

que ocupam mais de um terço das propriedades da empresa, ab-

sorvem mais do que o dobro do volume de carbono emitido em

todas as suas Unidades. Além disso, para neutralizar ou mitigar o

impacto de suas atividades sobre o ambiente, a companhia está

sempre empenhada em preservar a qualidade e a quantidade de

água das nascentes que servem às comunidades vizinhas e em

reduzir o consumo de água e a geração de resíduos em suas fábri-

cas. Trabalhamos ainda no aperfeiçoamento dos nossos progra-

mas de conservação da biodiversidade e incentivamos o plantio

de culturas complementares nas entrelinhas do eucalipto. Entre as

ações desenvolvidas para diminuir os impactos negativos de nos-

sa operação, procuramos aumentar o aproveitamento dos resí-

duos como adubo e racionalizar nossas operações de transporte.

Manejo florestal

O consumo de madeira nas Unidades Industriais da Fibria em

2011 foi de 16,8 milhões de metros cúbicos. Cerca de 90% des-

se volume veio de plantios próprios da empresa, e o restante

de áreas de produtores independentes fomentados. O bom de-

sempenho operacional das fábricas, traduzido no menor consu-

mo de madeira por tonelada de celulose produzida, reduziu a

necessidade de novas áreas plantadas.

Em Aracruz (ES), a produção de mudas de eucalipto foi de 48

milhões de unidades em 2011, suficientes para formar 49 mil

hectares de novos plantios florestais, dos quais 40.800 hecta-

res em áreas próprias e 8.200 hectares no programa Produtor

Florestal. A colheita atingiu 8,4 milhões de metros cúbicos de

madeira, superando o recorde de 7,9 milhões de metros cúbicos

de 2006.

Logística da madeira – A madeira que abastece as Unidades

Industriais da Fibria é em sua maior parte transportada por cami-

nhões, uma vez que as rodovias são as principais alternativas de

deslocamento em nosso País. Os modais rodoviário, marítimo e

ferroviário respondem, respectivamente, por 73,8%, 23,7% e

2,5% do abastecimento na Unidade Aracruz (ES).

O trânsito de caminhões, intensificado na época de colheita,

provoca impactos ambientais e sociais, que procuramos mitigar

por meio do Diálogo Operacional com as comunidades locais. O

transporte por barcaças, mais econômico e de menor impacto,

é usado no percurso entre os terminais marítimos de Carave-

las, na Bahia, e de Portocel, em Aracruz, no Espírito Santo. Já o

transporte ferroviário é viável atualmente apenas entre áreas de

fomento de Minas Gerais e alguns depósitos no Espírito Santo e

a Unidade Industrial Aracruz.

Proteção florestal – A proteção dos plantios de eucalipto obe-

dece a uma estratégia de ciclos sucessivos de prevenção, moni-

toramento e controle. Os cuidados incluem a seleção de clones

mais resistentes, a preservação do equilíbrio ecológico e a ge-

ração de conhecimentos para melhoria contínua dos processos.

Mudas 2009 2010 2011

Produção de mudas de eucalipto1 33.000.000 89.017.808 102.756.751Plantio de mudas de eucalipto 30.000.000 63.137.817 87.802.255Doação de mudas de eucalipto 4.000.000 1.426.630 1.922.460Produção de mudas nativas1 400.000 956.762 15.316.875Doação de mudas nativas 193.000 50.007 77.5001. Em viveiros próprios e terceirizados.

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Além de detectar de forma precoce a ocorrência de pragas e

doenças, o monitoramento florestal aciona o primeiro combate

aos incêndios florestais. Em 2011, esse monitoramento reduziu

em 60% a necessidade de controle de formigas-cortadeiras na

Unidade Aracruz (ES) e preveniu 25% das áreas da Unidade Três

Lagoas (MS) de danos significativos.

As atividades de pesquisa priorizaram em 2011 o controle bioló-

gico do percevejo-bronzeado, que foi recentemente introduzido

no País. Um laboratório de proteção florestal foi implantado es-

pecialmente para pesquisar inimigos naturais desta e de outras

pragas, e para avaliar a resistência de clones.

Manejo do solo – O manejo adequado do solo inclui a se-

leção das áreas de plantio por meio da análise e do preparo

do terreno, considerando as limitações ambientais que possam

impactar no crescimento das plantas. A conservação dos solos,

a adubação balanceada e a manutenção de resíduos da colheita

– folhas, galhos e cascas – são práticas usuais.

A empresa investe no mapeamento de suas áreas e reúne as

informações dos últimos 20 anos em uma base de dados. Em

2011, foram ampliados os estudos sobre o nível crítico de maté-

ria orgânica do solo, modelos para quantificar a compactação

do solo, bem como as perdas de solo e água no manejo, e novas

ferramentas de recomendação de fertilização.

A utilização de resíduos industriais como corretivo de solo, prática

que traz vantagens econômicas e ambientais, aumentou significa-

tivamente em 2011, proporcionando ganhos estimados em R$ 6,1

milhões. Os resumos dos Planos de Manejo Florestal, que descre-

vem as técnicas de preparo de solo, fertilização e aplicação de her-

bicida e manutenção dos plantios de eucalipto, estão disponíveis

na internet: www.fibria.com.br/web/pt/midia/publicacoes.htm.

Operações industriais

A Fibria intensificou em 2011 o seu projeto de incorporar as

melhores práticas de cada Unidade para o estabelecimento de

um padrão operacional de máximo rendimento. Esse programa,

iniciado em 2010, baseou-se na troca de experiências entre as

Unidades Industriais, com a participação de todos os profissio-

nais envolvidos na produção de celulose.

O eixo do projeto é melhorar a estabilidade operacional nas fá-

bricas das Unidades Aracruz, Jacareí e Três Lagoas, controlando

os fluxos de produção para evitar a alternância entre alta e baixa

produtividade no processo. Em 2011, os ganhos de produtivida-

de nessas três Unidades Industriais chegaram a 131 mil tonela-

das de celulose adicionais, o equivalente ao volume produzido

em 2010 pelo Conpacel, que foi vendido em janeiro de 2011.

Com isso, a produção nas três fábricas foi de 5,26 milhões de

toneladas de celulose de fibra curta, quase o mesmo montante

fabricado em 2010. A melhoria no desempenho industrial tam-

bém proporcionou ganhos a Valor Presente Líquido (VPL) da

empresa, de R$ 4,5 bilhões em captura de sinergias.

A produção de celulose na Fibria é baseada em uma matriz ener-

gética sustentável, que inclui recurso natural renovável (madeira

e biomassa líquida) e combustível menos intensivo em carbono,

como o gás natural. Quase toda a energia produzida na Fibria

vem de subprodutos do processo produtivo, gerando exceden-

tes que são vendidos para a rede pública nacional. Em 2011,

essa produção excedente foi de 30 megawatts (ou 8% da pro-

dução total da empresa), o suficiente para abastecer uma cidade

com 500 mil habitantes.

Gerenciamento dos recursos hídricos

A Fibria monitora as microbacias hidrográficas representati-

vas de sua área de atuação, para evitar ou minimizar possíveis

impactos do manejo florestal sobre a quantidade e a quali-

dade da água. As metodologias de monitoramento e estudo

de recursos hídricos foram integradas em 2011 pelo Centro

de Tecnologia da empresa, o que permitirá comparar dados

de todas as Unidades a partir de 2012. Nossa área de Meio

Ambiente Florestal também iniciou em 2011 o mapeamento

de áreas onde pode ocorrer aumento de demanda por água,

decorrente do crescimento populacional das cidades e das mu-

danças climáticas.

“Tivemos um ano positivo na área industrial

em 2011, com crescimento da produção e estabilidade

operacional em todas as Unidades. Trabalhamos para garantir a qualidade

e a uniformidade do nosso produto final em fábricas de diferentes idades tecnológicas. Esse é o

nosso foco e continuará a ser o grande desafio.”

Francisco Valério,

diretor de Operações Industriais,

Engenharia e Suprimentos

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CONSUMO DE ÁGUA NAS OPERAçõES INDUSTRIAIS¹

Unidade Aracruz Unidade Jacareí Unidade Três Lagoas Total Fibria (2011) 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011

Total (m3) 108.394.560 110.395.296 107.325.576 26.654.814 25.535.665 28.591.030 NA 47.553.023 45.740.070 181.656.676

Volume consumido (m³/dia)

217.965 219.705 217.116 73.027 69.961 78.332 NA 129.926 125.315 420.763

1. Toda a captação de água pelas Unidades Industriais da Fibria é feita em fontes superficiais.

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201

1

29

CAPTAÇÃO DE ÁGUA NAS OPERAÇÕES FLORESTAISUnidade Tipo de captação 2010 2011 Pontos de captação

Jacareí1 Água superfi cial (m³) 201.312 77.541 14

Água subterrânea (m³) 204.660 144.470 17

Aracruz2 Água superfi cial (m³) 307.487 386.252 136

Água subterrânea (m³) – – –

Três Lagoas Água superfi cial (m³) 198.558 482.566 185

Água subterrânea (m³) 125.940 31.535 2

1. Vale do Paraíba e Capão Bonito.2. Somente está outorgada a captação superfi cial de água no viveiro de Aracruz (ES). Não temos outorga para captação subterrânea, que não é exigida pela legislação.

CONSUMO DE ÁGUA NAS OPERAÇÕES INDUSTRIAIS

Unidade Aracruz Unidade Jacareí Unidade Três Lagoas Total Fibria (2011) 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011

Total (m3) 108.394.560 110.395.296 107.325.576 26.654.814 25.535.665 28.591.030 NA 47.553.023 45.740.070 181.656.676

Volume consumido (m³/dia)

217.965 219.705 217.116 73.027 69.961 78.332 NA 129.926 125.315 420.763

1. Toda a captação de água pelas Unidades Industriais da Fibria é feita em fontes superfi ciais.

Consumo específi co de águam3/tonelada de celulose seca ao ar (tsa)

2009 2010 2011

� Unidade Aracruz � Unidade Jacareí1 � Unidade Três Lagoas BAT2

50

45

40

35

30

25

20

15

35,6 34,136,1

21,219,8

22,5

35,9

37,6

34,1

50

30

1. Inclui o consumo específi co de água na produção de papel em fábrica localizada no mesmo site da Unidade Jacareí.2. BAT – valores de acordo com a publicação Best Available Techniques (BAT), da Integrated Pollution Prevention and Control (IPPC) (2001), usados pelo setor como referênciapara celulose branqueada do processo kraft.

O monitoramento dos recursos hídricos é realizado em 17 mi-

crobacias, sendo 12 na Unidade Aracruz (ES, BA e MG), 2 na

Unidade Jacareí (SP) e 3 na Unidade Três Lagoas (MS). Não há

evidências nos resultados mais recentes dessas avaliações que

indiquem alteração signifi cativa em decorrência do manejo fl o-

restal em nenhuma das Unidades em 2011.

O volume de água descartado em nossas operações fl orestais

representa apenas 1% do montante descartado nas fábricas.

Para rastrear a sua pegada hídrica, identifi cando a quantidade

de água utilizada em todo o processo de produção de celu-

lose, a Fibria tornou-se membro do Water Footprint Network

(WFN) em 2010. Saiba mais sobre esse tema em www.fi bria.

com.br/rs2011.

Consumo de água nas fábricas

Um dos mais importantes desafi os ambientais da Fibria é redu-

zir o consumo de água na fabricação de celulose. A empresa

vem reduzindo progressivamente esse consumo, que há cerca

de 20 anos era quase o dobro do atual para produzir 1 tonela-

da de celulose. Nas Unidades Industriais Aracruz e Três Lagoas

o volume de água utilizado está dentro dos padrões interna-

cionais, enquanto a Unidade Jacareí se destaca pelo consumo

de apenas 22,5 metros cúbicos de água por tonelada de celu-

lose produzida em 2011, abaixo do valor de referência de 30 a

50 metros cúbicos, como mostra o quadro abaixo.

A captação de água para abastecimento das fábricas é realizada

por meio de outorgas e obedece à legislação ambiental de cada

localidade e às licenças de operação das Unidades.

Nenhuma Unidade da Fibria utiliza o efl uente fi nal após trata-

mento nas Estações de Tratamento de Efl uentes (ETEs). Processos

industriais anteriores ao tratamento de efl uentes fazem a recicla-

gem e o reúso de água na linha de fi bra. Acompanhe no quadro

os volumes de água reciclada e reutilizada nas três Unidades.

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Biodiversidade

A conservação da biodiversidade é um dos fundamentos da es-

tratégia de sustentabilidade da Fibria, que mantém como áreas

de preservação natural cerca de 37% da extensão total de suas

propriedades. Essas áreas de conservação, com recortes dos

biomas Mata Atlântica, Cerrado e Pampa, estão distribuídas ao

longo de rios e em grandes blocos, formando uma paisagem

em mosaico onde os plantios de eucalipto são entremeados por

vegetação nativa.

Desde 2006, a empresa apoia a iniciativa do Corredor Ecológico

do Vale do Paraíba (SP), que prevê o plantio de 200 milhões

de árvores em 150 mil hectares em 10 anos, com investimen-

tos de R$ 3 bilhões, em associação com o Instituto Ethos e a

Fundação Mata Atlântica. Em 2011, a Fibria assumiu também o

compromisso de restaurar nos próximos 5 anos 20 mil hectares

de Mata Atlântica nos Estados do Espírito Santo, da Bahia, de

Minas Gerais e São Paulo.

A empresa deu continuidade, em 2011, a todos os 52 progra-

mas relacionados à biodiversidade (saiba mais sobre eles em

www.fibria.com.br/rs2011). Os dados de fauna e flora, conti-

nuamente atualizados, são armazenados no Banco de Dados

de Biodiversidade da companhia. Já foi registrada nas áreas da

Fibria a presença de 680 espécies de aves, 132 espécies de ma-

míferos e 1.355 espécies de plantas.

Esse conhecimento acumulado inspirou diversas medidas para

melhorar o manejo florestal, como a implantação de corredores

ecológicos ligando fragmentos de mata nativa, para facilitar o

deslocamento de animais; a manutenção de árvores nas áreas

de colheita para a movimentação das aves; e a não colheita de

talhões de eucalipto, para a estabilidade ambiental (fluxos de

fauna, regulação dos recursos hídricos etc.).

No Espírito Santo, a empresa mantém o Centro de Reintrodu-

ção de Animais Silvestres (Cereias), que recebe animais resgata-

dos do tráfico ou levados pela população, reabilitando-os para

retornarem à vida natural. Quase 80 mil animais já passaram

pelo Cereias desde sua criação, em 1993 (saiba mais em www.

cereias.com.br). Em parceria com diversas instituições ambien-

tais, a Fibria também participa de programas de conservação de

espécies ameaçadas, como o Projeto de Conservação e Moni-

HÁBITATS PROTEGIDOS OU RESTAURADOS (GRI EN13)

(em ha)Aracruz

(ES, MG, BA)Jacareí (SP)1

Três Lagoas (MS)

Capão do Leão (RS)

Tam

anho

das

áre

as d

e há

bita

ts p

rote

gido

s

Floresta tropical atlântica

2010 123.570,0 55.767,2 6.282,0 –

2011 124.060,0 55.620,0 10.980,0 –

Cerrado

2010 – 7.420,0 65.576,0 –

2011 – 7.690,0 88.620,0 –

Mangue

2010 – – – –

2011 – – – –

Restinga

2010 4.785,6 – – –

2011 5.270,0 – – –

Pampa

2010 – – – 59.725,2

2011 – – – 60.210,0

1. Vale do Paraíba e Capão Bonito.

Mais de 130 espécies

de mamíferos já foram catalogadas

no Banco de Dados de Biodiversidade da

Fibria.

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31toramento de Antas no Espírito Santo (Pró-Tapir), o Projeto de

Manejo e Conservação do Papagaio-verdadeiro (Amazona aes-

tiva) em Itapeva (SP) e o Projeto de Monitoramento do Muriqui-

-do-sul em Pindamonhangaba (SP).

Além disso, no âmbito do Movimento Empresarial pela Biodiver-

sidade (MEB), a companhia se faz presente nos entendimentos

com o governo para implantar as ações previstas nas metas pro-

postas na Conferência das Partes em Nagoya (COP-10).

Agroflorestas – A Fibria incentiva o cultivo do eucalipto inte-

grado com outras culturas, no sistema conhecido como agroflo-

restas, pelos produtores rurais que participam dos programas de

Fomento Florestal no Espírito Santo, em São Paulo, na Bahia, no

Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul.

Em Capão do Leão (RS), a companhia mantém desde 2006 o

projeto Floresta à Mesa, criado em parceria com o Sebrae e

a consultoria Agroflorestal, que inclui a doação de sementes

para a produção de alimentos nas entrelinhas de eucalipto de

primeiro ano. Em 2011, 11 cooperativas da região participaram

do programa, com produção suplementar de milho, sorgo,

abóbora, melancia, melão, feijão, girassol e pastagens em mais

de 10 mil hectares.

Um programa semelhante, a Produção Integrada de Madeira

e Alimentos (Pima), incentiva em Aracruz e São Mateus (ES) a

plantação de feijão, milho e mandioca consorciada com o euca-

lipto. Cerca de 60 famílias participaram dessa iniciativa, colhen-

do individualmente até 100 quilos de feijão, 150 quilos de milho

e 4 mil quilos de mandioca em área de meio hectare cedida

pela companhia para cada família. Além de oferecer a área de

plantio, a companhia fornece sementes, adubo, equipamentos,

treinamento e assistência técnica em parceria com o Centro de

Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro).

Na região de Três Lagoas (MS), a Fibria desenvolve o Projeto

Silvipastoril, que viabiliza a criação de gado bovino em áreas

florestais da empresa. Em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio

Grande do Sul, o Programa Colmeias estimula o desenvolvimen-

to da apicultura com o uso da florada do eucalipto das fazen-

das da Fibria. Em 2011, mais de 600 apicultores participaram

do projeto, que desde agosto passado passou a ser implantado

também no Espírito Santo e na Bahia.

Serviços ecossistêmicos – Serviços ecossistêmicos, ou am-

bientais, são todos os benefícios produzidos na natureza em

favor da vida humana. Incluem desde os mais básicos, como

água fresca e alimentos, até os menos óbvios mas igualmen-

te vitais, como a fotossíntese, a polinização, a conservação da

fauna e da flora e a regulação do clima. Identificar e valorizar

economicamente esses serviços são preocupações recentes

da sociedade. Um relatório internacional de 2005 (Millenium

Ecosystem Assessment) revelou que 60% dos serviços ecossis-

têmicos mundiais se degradaram em comparação aos existentes

50 anos antes.

Em 2011, a Fibria iniciou um projeto de valoração dos serviços

ecossistêmicos provenientes de seu modelo de manejo florestal,

como a grande capacidade de absorção de gás carbônico nas

propriedades da empresa (saiba mais em www.fibria.com.br/

rs2011). Artigo recente da revista Nature Climate Change es-

tima que o pagamento de US$ 25 por tonelada de carbono

sequestrada da atmosfera aumentaria para 94% a preservação

das espécies florestais. Sem esse pagamento, porém, 36 mil es-

pécies seriam extintas até 2100, conclui o estudo, que também

abordou a regulação da fertilidade do solo, a bioenergia e o

tratamento de resíduos, entre outros serviços.

Apicultores de São Paulo,

Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia e

Espírito Santo participam do Programa Colmeias,

nas florestas de eucalipto da

Fibria.

A Fibria

desenvolve 52

projetos relacionados à

biodiversidade, agrupados em:

estudos e monitoramento de flora e

fauna; práticas de manejo de paisagem

para biodiversidade; conservação de

espécies ameaçadas; restauração

de áreas nativas; programas de

educação ambiental

entre outros.

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Riscos ambientais

Logística de madeira e celulose

O transporte de madeira e a logística da celulose são processos

que causam impactos sociais e ambientais.

No transporte da madeira – realizado principalmente por ro-

dovias – um dos maiores impactos é causado pelo trânsito e

pelo ruído e pela fumaça preta emitidos pelos caminhões, es-

pecialmente após a colheita. A Fibria procura mitigar e controlar

esses impactos por meio do Diálogo Operacional com as comu-

nidades locais. Temos buscado aumentar tanto quanto possível

o transporte por barcaças marítimas, que é mais econômico e

seguro, além de provocar impactos sociais e ambientais signi-

ficativamente menores. Para mitigar os impactos do transpor-

te pelo mar sobre as comunidades locais, a Fibria lidera várias

ações de geração de renda e emprego nas regiões portuárias de

Caravelas (BA) e Barra do Riacho (Aracruz, ES) e apoia projetos

como o do Instituto Baleia Jubarte, cujo trabalho contribui para

o aumento da população do cetáceo na costa brasileira, que já

vem ocorrendo à média de 18% por ano.

A pequena oferta de ferrovias no Brasil impede que elas sejam

mais utilizadas no transporte de madeira. Esse modal só é viá-

vel, por enquanto, no transporte, até a Unidade Industrial Ara-

cruz, de madeira proveniente de áreas de fomento em Minas

Gerais e de alguns depósitos no Espírito Santo reativados em

2011, situados em Colatina, Araguaia e Cachoeiro do Itapemi-

rim. Em 2012, a empresa pretende reativar também o depósito

de Conselheiro Pena.

Na logística da celulose, a segurança e a saúde das pessoas en-

volvidas são pontos que recebem da Fibria atenção permanente.

As emissões de gases provenientes de motores de combustão

interna são o principal impacto ambiental gerado pela cadeia de

distribuição. A Fibria exige dos fornecedores que mantenham sua

frota dentro da idade máxima estabelecida, afere e realiza manu-

tenção de equipamentos e penaliza os fornecedores por descum-

primentos de serviços mínimos. O objetivo é garantir níveis baixos

de emissão, compatíveis com os critérios mais rigorosos.

Saiba mais sobre o transporte de madeira e a logística da

celulose em www.fibria.com.br/rs2011.

Governança climática

A Fibria considera em sua estratégia de negócios os riscos li-

gados a mudanças climáticas e se mantém atenta a medidas

preventivas discutidas nas mais diversas esferas, do Protocolo

de Quioto à Política Nacional de Mudanças Climáticas e à Po-

lítica Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), de São Paulo.

Os riscos físicos estão associados a variações no clima e na

disponibilidade de água, que podem impactar negativamen-

te as atividades da empresa e de seus fornecedores e clien-

tes. A empresa adota o princípio da precaução na gestão de

suas atividades industriais e florestais e procura prevenir esses

riscos, entre outras medidas, com o monitoramento da pro-

dução, a pesquisa de espécies de eucalipto mais resistentes,

o controle do consumo de água nas áreas florestais, projetos

de eficiência energética, exploração de diferentes modais de

transporte, redução de resíduos e elaboração de inventário

de emissão de gases de efeito estufa (GEEs) das atividades

da companhia.

Ao lado de outras 184 empresas de presença mundial, a Fi-

bria participou em 2011 da Conferência das Partes em Dur-

ban (COP-17), na África do Sul, e assinou o Communiqué de

Durban (www.2degreecommunique.com), que estabelece as

providências que governos e corporações devem adotar para

restringir o aumento de temperatura no planeta a 2oC.

BALANçO DE CARBONO (CARBON FOOTPRINT)

2008 2009 2010

Emissões (CO2eq)

Operações florestais 318.348 298.265 340.611

Operações industriais 1.074.606 1.205.170 758.952

Logística 409.293 627.147 525.138

Total 1 1.802.247 2.130.582 1.624.701

Queima biomassa (CO2eq)

Total 2 7.388.444 9.060.139 11.072.468

Sequestro (CO2eq)

Plantios 15.867.205 24.985.243 20.261.632

Nativas – 1.049.946 1.049.946

Total 3 15.867.205 26.035.189 21.311.578

Balanço [total 3 – (total 1 + total 2)]

6.676.514 14.844.468 8.614.409

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33Em 2011, a Fibria finalizou seu terceiro inventário de emissões de

GEE, utilizando como base os meses de janeiro a dezembro de

2010. Foram consideradas as operações industriais e florestais

das Unidades Aracruz (ES), Três Lagoas (MS) e Jacareí (SP), bem

como as operações logísticas de exportação de celulose das três

Unidades.

Conforme a tabela anterior (Balanço de Carbono), o resulta-

do dos estudos mostra um saldo positivo nas emissões, com

1,8 tonelada de CO2 equivalente sequestrado por tonelada de

celulose produzida. Houve também uma queda de 25% nas

emissões de dióxido de carbono em relação ao inventário ante-

rior, devido principalmente à exclusão da operação de Guaíba

(RS) do estudo. A empresa recebeu o certificado de seu Carbon

Footprint, emitido pela BRTÜV, subsidiária brasileira da empresa

alemã TÜV Nord. Os principais resultados do inventário podem

ser consultados em www.fibria.com.br/rs2011.

Emissões

No processo industrial, além de buscar reduzir as fontes gerado-

ras de odor, a empresa mantém Redes de Percepção de Odor

(RPOs), formadas por voluntários das comunidades vizinhas, que

comunicam a ocorrência de odor nas proximidades das fábricas.

Na Unidade Aracruz, a entrada em operação da nova linha de

branqueamento, em maio de 2011, garantiu a redução no con-

sumo de energia térmica e elétrica com o mesmo nível de pro-

dução. Adicionalmente, a Unidade reduziu as emissões de NOx

nas caldeiras de recuperação e nos fornos de cal por meio de

melhorias operacionais.

Na Unidade Jacareí, a maior estabilidade operacional, associada

à substituição por biomassa de parte dos combustíveis não re-

nováveis (GN), também proporcionou uma queda nas emissões

de CO2 e de NOx em 2011.

Dióxido de enxofre (SO2)kg/tonelada de celulose seca ao ar (tsa)

Óxidos nitrosos (NOx)kg/tonelada de celulose seca ao ar (tsa)

Enxofre reduzido total (TRS)kg/tonelada de celulose seca ao ar (tsa)

2009 2010 2011

2009 2010 2011

2009 2010 2011

2009 2010 2011

Unidade Aracruz Unidade Jacareí Unidade Três Lagoas BAT1

Unidade Aracruz Unidade Jacareí Unidade Três Lagoas BAT1

Unidade Aracruz Unidade Jacareí Unidade Três Lagoas BAT1

Unidade Aracruz Unidade Jacareí Unidade Três Lagoas

0,4

0,35

0,3

0,25

0,2

0,15

0,1

0,05

0

0,12

0,1

0,08

0,06

0,04

0,02

0

500

450

400

350

300

250

3

2,5

2

1,5

1

0,5

0

0,2

0,4

1,5

1

Dióxido de carbono (cO2) kg/tonelada de celulose seca ao ar (tsa)

0,31

0,0517

0,26

0,189

0,7

2,6

0,81

0,2945

1,6

0,1965

0,67

0,3009

0,070,05560,04

0,0241

0,1

0,05 360

330

360

330

460

450

470

310

360

0,016

0,0028 0,0027

0,17 1,52

0,012

0,025

0,06

0,1

0,2

0,0102

1. BAT – valores de acordo com a publicação Best Available Techniques (BAT), da Integrated Pollution Prevention and Control (IPPC) (2001), usados pelo setor como referência para celulose branqueada do processo kraft

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34Efluentes

A Fibria reduziu o volume de efluentes nas Unidades Indus-

triais Aracruz e Três Lagoas, enquanto a Unidade Jacareí – que

se destaca pelos melhores índices nesse quesito – registrou um

ligeiro aumento em 2011. O quadro abaixo mostra a evolução

das Unidades nos últimos três anos.

Resíduos

A Fibria vem se esforçando em utilizar resíduos da fabricação

de celulose, que são coprocessados e transformados em insu-

mo para a área florestal. Em torno de 40 mil toneladas anuais

de dregs, grits, lama de cal e cinza de caldeira produzidos na

Unidade Aracruz são aproveitadas na correção da acidez dos

solos de plantios de eucalipto. Essa prática proporciona ga-

nhos ambientais e econômicos com a redução da disposição

dos resíduos em aterros e a substituição de fertilizantes com-

prados pelos resíduos industriais reaproveitados. Acompanhe

no quadro as quantidades de resíduos gerados no processo

de produção de celulose e suas destinações, incluindo a re-

ciclagem.

RESíDUOS (EM T)1 (GRI EN22)20092 2010 2011

Geração total 721.492,10 981.402,48 940.380,37

Resíduo perigoso 741,10 1.022,36 390,38

Resíduo não perigoso 720.751,00 980.380,12 939.989,99

Reaproveitamento de resíduos (reúso, reciclagem, reprocessamento e compostagem)

546.380,00 (75,7%)

717.179,75 (73,1%)

639.610,72(68%)

Disposição de resíduos perigosos e não perigosos em aterros (internos e externos)

174.371,00 (24,2%)

211.848,68(26,7%)

280.287,45(29,8%)

1. Dados referentes às operações industriais. A geração de resíduos das operações florestais não impacta significativamente, representando cerca de 0,6% do total de resíduos gerados em 2011. 2. Não inclui a Unidade Três Lagoas, que começou a operar em setembro de 2009.

DESCARTE TOTAL DE ÁGUA, POR QUALIDADE E DESTINAçãO (GRI EN21)

Unidade Destinação Método de tratamentoFoi utilizada

por outra organização?

AnoVolume total do descarte

(m³/ano)

Aracruz Oceano Atlântico Biológico Não

2009 67.911.745

2010 67.955.571

2011 68.003.010

Jacareí Rio Paraíba do SulLodo ativado duplo

estágioNão

2009 29.213.243

2010 25.421.226

2011 23.509.630

Três Lagoas

NA NA NA 2009 NA

Lançamento do efluente gerado no Rio Paraná

Lodo ativado com aeração prolongada

Não diretamente2010 47.553.023

2011 35.859.938

Em 2011, para cada tonelada de celulose

produzida, as florestas da Fibria sequestraram 1,8

tonelada de carbono equivalente.

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Conjuntura do mercado

O setor de celulose de mercado viveu dois momentos distintos

em 2011. Ao longo do primeiro semestre, a demanda global

por celulose registrou crescimento de 7,7% na comparação

com o mesmo período de 2010, impulsionada em grande parte

pela forte procura chinesa, que atingiu recorde de 6,3 milhões

de toneladas. O preço da celulose de fibra curta base Europa

(FOEX1), que era de US$ 849/t no início de 2011, chegou a

US$ 874/t em junho, acima da média de US$ 600/t (no perí-

odo entre 1998 e 2011). A partir de julho, porém, a crise na

Europa e seus desdobramentos na economia global derruba-

ram as cotações da celulose e das commodities em geral. Em

dezembro, o FOEX base Europa estava em US$ 648/t.

Análise do desempenho

O desempenho da Fibria no exercício encerrado em 2011 con-

sidera os resultados da operação da Unidade Piracicaba até

setembro de 2011, quando foi concluída a venda desse ativo

para a Oji Paper Co., Ltd. Para o exercício findo em 2010, os re-

sultados da Unidade Piracicaba foram contemplados de forma

integral. Já as informações das operações de Conpacel e KSR

foram reclassificadas na rubrica “Operações descontinuadas”,

em conformidade com o IFRS nos exercícios encerrados em

2010 e 2011.

Em 2011, a produção de celulose da Fibria totalizou 5,184 mi-

lhões de toneladas em suas 4 unidades produtivas e 93 mil

toneladas de papel em sua antiga unidade de produção de

papel (Piracicaba), vendida em setembro de 2011. Com rela-

ção a 2010, o aumento na produção de celulose foi de 3% e

deveu-se aos ganhos de produtividade e à maior estabilidade

operacional das fábricas. Essa eficiência permitiu atingirmos

recorde de produção anual nas Unidades Aracruz, Três Lagoas

e Jacareí. A redução de 19% na produção de papel reflete a

venda da Unidade Piracicaba.

O volume de vendas de celulose em 2011 atingiu 5,141 mi-

lhões de toneladas, 5% superior ao volume comercializado

no ano anterior, devido principalmente à forte demanda da

Europa e da América do Norte no primeiro semestre do ano

e à forte presença da Ásia, sobretudo no segundo semes-

tre de 2011. A distribuição de vendas da Fibria por uso final

está concentrada nos mercados de papéis sanitários de alta

qualidade e papéis especiais, representando 76% do volume

total de celulose vendido. Esses dois mercados são os mais

resilientes a crises econômicas e os que apresentam maior

expectativa de crescimento, segundo a consultoria indepen-

dente Pulp and Paper Products Council (PPPC). O volume de

vendas de papel totalizou 100 mil toneladas, uma redução

de 17% em relação a 2010, em razão da venda da Unidade

Piracicaba em setembro de 2011.

A receita operacional líquida da Fibria foi de R$ 5.854 milhões

em 2011, 7% inferior à registrada em 2010. Esse resultado foi

impactado negativamente pela queda de 9,6% no preço médio

líquido em reais da celulose e também pela ausência de receita

proveniente da operação de papel, Unidade Piracicaba, no últi-

mo trimestre do ano.

O custo do produto vendido totalizou R$ 5.124 milhões, aumen-

to de 9% em relação a 2010, impactado principalmente (i) pelo

maior efeito da depreciação, amortização e exaustão, (ii) pelo

maior volume de vendas e (iii) pelo aumento do custo de caixa

de produção no ano.

Desempenho econômico-financeiro

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As despesas administrativas somaram R$ 310 milhões, pratica-

mente estáveis em relação a 2010. Já as despesas com vendas

totalizaram R$ 295 milhões, um aumento de 5% em relação a

2010, em razão principalmente do maior volume vendido no

período (5%).

O Ebitda pro forma foi de R$ 1.964 milhões, com margem de

34%. O Ebitda do período foi 22% inferior aos R$ 2.526 milhões

registrados em 2010 (margem de 40%), principalmente devido ao

menor preço médio líquido de celulose em reais (9,6% inferior) e

ao menor câmbio médio no período (2011: R$ 1,6746; 2010: R$

1,7608), que compensaram o maior volume vendido no ano.

O resultado financeiro totalizou despesa de R$ 1.869 milhões,

ante R$ 364 milhões em 2010. Essa diferença deveu-se, sobre-

tudo, ao efeito contábil da valorização de 12,6% do dólar diante

do real no ano. Como resultado, o prejuízo contábil registrado

em 2011 foi de R$ 868 milhões, ante o lucro de R$ 603 milhões

no exercício anterior.

Estratégia – A conclusão da venda dos negócios de papel,

Conpacel, KSR e Unidade Piracicaba, em 2011 viabilizou a estra-

tégia de reposicionamento da companhia no negócio de celulose

e contribuiu para aprimorar a estrutura de capital da Fibria. Ain-

da em linha com nossos objetivos de crescimento, a companhia

recebeu a licença de instalação do Projeto Três Lagoas II e deu

continuidade ao desenvolvimento das áreas florestais, de modo a

estar pronta para expandir essa Unidade no momento adequado.

A Fibria se consolida como líder global do setor de celulose, com

produtos de qualidade e origem sustentável, compatíveis com as

demandas de clientes e consumidores cada vez mais exigentes.

Investimento de capital

Em 2011, os investimentos de capital da Fibria totalizaram R$

1.240 milhões, alocados da seguinte forma:

INVESTIMENTOS (R$ MILHõES)Expansão industrial 26Expansão florestal 128Subtotal Expansão 154Segurança / Meio ambiente 62Renovação de florestas 624Manutenção / TI / P&D / Modernização 310Subtotal Manutenção 99650% Veracel 90Total Capex 1.240

Para 2012, a Administração da companhia aprovou um orça-

mento de aproximadamente R$ 1 bilhão, majoritariamente de-

dicado à manutenção das operações.

Gestão do endividamento

Em 2011, a companhia concluiu a venda de ativos não estratégi-

cos, como as Unidades Conpacel e KSR, no valor de R$ 1,5 bilhão,

e da Unidade Piracicaba, no montante de US$ 313 milhões. Es-

ses recursos, somados aos US$ 750 milhões captados no exterior

através da emissão de títulos (Bond, Fibria 2021, com vencimento

em 10 anos e cupom semestral de 6,75% ao ano), permitiram à

Fibria reduzir sua dívida bruta, reforçar a liquidez e alongar o perfil

do seu endividamento, que ao final de 2011 estava em 73 meses.

A empresa também liquidou a dívida com os ex-acionistas da Ara-

cruz, pagando as últimas parcelas no valor de R$ 856 milhões e

R$ 626 milhões em janeiro e julho, respectivamente.

Essas iniciativas permitiram que a Fibria chegasse ao final de 2011

com uma sólida posição financeira. O caixa da companhia tota-

lizou R$ 1.846 milhões, equivalente a 1,6 vez a dívida com ven-

cimento em 2012. A dívida líquida ficou em R$ 9.478 milhões,

uma redução de 3% em relação a 2010. É importante ressaltar

que a valorização de 12,6% do dólar em relação ao real em 2011

elevou de forma significativa o endividamento da companhia

quando da conversão da dívida de moeda estrangeira (92% do

total) para reais. Diante da deterioração do cenário macroeco-

nômico global, a companhia renegociou as cláusulas contratuais

PRINCIPAIS RESULTADOS

2010¹ 2011¹

Receita líquida de vendas (R$ milhões) 6.283 5.854Lucro líquido (R$ milhões) 603 (868)Ativo (R$ milhões) 30.163 27.854Patrimônio líquido (R$ milhões) 15.404 14.540Ebitda (R$ milhões) 2.526 1.964Produção de celulose (toneladas mil) 5.054 5.184Vendas de celulose (toneladas mil) 4.909 5.141Valor de mercado (R$ bilhões) 12,4 6,5Preço lista médio de celulose (US$/t) 848 822Custo caixa de produção (R$/t) 448 471Valor da ação – FIBR3 (R$) 26,5 13,9

1. De forma a permitir um melhor entendimento dos resultados, a análise do desem-penho da Fibria nos exercícios encerrados em 2009, 2010 e 2011 leva em conside-ração as informações financeiras consolidadas após a reclassificação dos resultados da Conpacel e da KSR. Nas demonstrações financeiras e correspondentes notas explicativas, os resultados dessas operações estão apresentados na rubrica “Lucro líquido do exercício proveniente de operações descontinuadas”, após o lucro líquido do exercício. Os resultados individuais dessas operações estão apresentados na nota explicativa nº 37 às demonstrações financeiras.Nota: Inclui 50% da Veracel.

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37(covenants) junto aos seus credores, de modo a elevar seus limi-

tes máximos de alavancagem para os períodos findos em 31 de

dezembro de 2011, 31 de março e 30 de junho de 2012.

Dividendos

O estatuto social da companhia assegura um dividendo mínimo

anual correspondente a 25% do lucro líquido, ajustado pelas

movimentações patrimoniais das reservas. Não foram propostos

dividendos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011,

em razão do prejuízo apurado no exercício.

Mercado de capitais

As ações da Fibria listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa,

sob o código FIBR3, encerraram o ano cotadas a R$ 13,87. Na

Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), os ADRs nível III, negocia-

dos sob o código FBR, fecharam cotados a US$ 7,77. O volume

médio diário de títulos negociados na BM&FBovespa e na NYSE

foi de 3,2 milhões, e o volume financeiro, de US$ 36,7 milhões.

Total de ações em circulação 467.934.646 ações ordinárias (ONs)

ADR (American Depositary Receipt) 1 ADR = 1 ação ordinária

Valor de mercado em 31/12/2011 R$ 6,5 bilhões

A Fibria foi selecionada para participar do Índice de Sustentabili-

dade Empresarial (ISE), da BM&FBovespa, pelo terceiro ano con-

secutivo e é a única empresa do setor de celulose a fazer parte

do Índice Dow Jones de Sustentabilidade Global (DJSI World). A

Fibria também foi selecionada para o Índice Carbono Eficiente

(ICO2), da BM&FBovespa.

Sinergias

Ao final de 2011, os ganhos acumulados com as sinergias na

Fibria alcançaram R$ 4,5 bilhões a Valor Presente Líquido (VPL),

antecipando em dois anos a meta prevista. Esse resultado foi

atingido com a adequação de estruturas, revisão e simplificação

de procedimentos e melhoria no desempenho das operações.

Para 2012, a companhia acredita que existam mais oportunida-

des de geração de valor por meio de sinergias, principalmente

nas áreas operacionais e de pesquisa.

Financiamento público

Nos últimos dois anos, a Fibria obteve financiamento público

para alguns de seus projetos de expansão. Os contratos, firma-

dos com instituições ligadas ao governo brasileiro e de outros

países, estão detalhados em www.fibria.com.br/rs2011.

Portocel

Distante apenas 4,3 quilômetros da fábrica da Unidade Ara-

cruz, em Barra do Riacho (ES), o terminal privativo especiali-

zado de Portocel, pertencente à Fibria (51%) e à Cenibra, é

responsável por aproximadamente 70% da celulose exporta-

da pelo Brasil. Em 2011, 5,8 milhões de toneladas de celulose

para exportação foram escoadas pelo porto, que em 14 de

setembro registrou novo recorde de movimentação, ao em-

barcar 52 mil toneladas de celulose em um único navio.

Projeto de expansão – A Portocel possui um projeto de cons-

trução de um novo terminal (Portocel II), com aumento do

atual calado e do número de berços de atracação, para aten-

der à demanda de embarque de celulose e outras cargas.

Após as autorizações, a previsão é de três anos de construção,

com investimento de aproximadamente R$ 243.879.000,00,

geração de 850 empregos diretos na fase de construção e

863 na fase de operação, além de cerca de 7.940 trabalha-

dores indiretos ao final do projeto. O projeto obteve licença

prévia do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hí-

dricos (Iema-ES), a partir de Relatório de Impacto Ambiental

(Rima) e Ata de Audiência Pública disponíveis no site do órgão

(www.meioambiente.es.gov.br). A princípio o início das obras

estava previsto para 2010, mas os acionistas (Fibria e Cenibra)

aguardam condições de mercado favoráveis para definir a im-

plementação do empreendimento.

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“Entre os aspectos positivos, destaco os aperfeiçoamentos re-

alizados na estrutura organizacional e no modelo de gestão. A

criação de uma diretoria Florestal, de uma área especializada

em Governança, Riscos e Compliance e a distribuição dos con-

selheiros em comitês com finalidades específicas – em especial

o Comitê Interno de Sustentabilidade – são indicadores do de-

senvolvimento organizacional da empresa em uma clara e inte-

ligente distribuição de atribuições, responsabilidades e poderes

que, pelo seu caráter descentralizador, muito virá a contribuir

para a eficiência e a eficácia de seu desempenho. A análise do

texto permite indicar, ainda, alguns aspectos da gestão e do

Relatório que podem ser aperfeiçoados:

a composição do Conselho de Administração não contempla

nenhuma presença feminina, e os Comitês apresentam ape-

nas 11% de mulheres. Isso também se observa na ausência

de mulheres em cargos de diretoria e nos demais níveis;

observa-se o amplo emprego de mão de obra terceirizada e

o Relatório não esclarece quais as orientações e os controles

que a Fibria exerce para que as empresas obedeçam princí-

pios de responsabilidade social e sustentabilidade;

as informações do item 'Gestão de pessoas' não espelham

a aderência aos valores de sustentabilidade. O subitem

'Cultura e clima organizacional' não retrata esforços, que

deveriam ser prioritários, em ações de fortalecimento de

padrões culturais e relações de poder que estimulem a in-

ternalização desses valores;

uma das mais louváveis ações são os Diálogos Construtivos.

Entretanto, há dificuldade em avaliar seus resultados.

Os comentários aqui elencados visam, exclusivamente, contri-

buir para que a Fibria continue sua firme caminhada em dire-

ção ao patamar de empresa-modelo de gestão de sustenta-

bilidade, ainda que enfrentando todas as dificuldades de um

sistema sociopolítico e econômico pleno de desigualdades.”

Profa. Dra. Rosa Maria Fischer ([email protected])Professora titular da FEA/USP, Diretora do Centro de Empreendedorismo Social e Adminis-tração em Terceiro Setor (Ceats)

Visões externas

“O Relatório de Sustentabilidade da Fibria descreve os com-

promissos, políticas, mecanismos de fiscalização, programas e

parcerias mantidos pela empresa para gerir eficazmente uma

cadeia de valor repleta de desafios, juntamente com dados

relevantes que atestam o progresso na prática. O Relatório

demonstra claramente o sucesso da Fibria em otimizar seu

presente modelo de negócio dentro de parâmetros de sus-

tentabilidade. Este material deve ser julgado com base na res-

posta à pergunta: será que ele abre caminho para os aspectos

transformadores da visão, da estratégia e das práticas da em-

presa? Visto dessa perspectiva, o Relatório atual é incompleto,

apesar de sua ampla cobertura do aqui e agora. Não ficou

claro se essa omissão se deve ao fato de a liderança da empre-

sa acreditar que basta aperfeiçoar o modelo de negócio atual

para que ele funcione indefinidamente. Pode ser, por outro

lado, que já exista uma visão transformadora, que não pode

ser compartilhada em decorrência de sua sensibilidade comer-

cial. É de se esperar – e torcemos para que isso ocorra – que a

ampla visão e a considerável ambição da Fibria sejam capazes

de superar essa limitação em Relatórios futuros.”

Simon zadek expressou esse comentário na qualidade de profissional independente (e-mail: [email protected]; blog: www.zadek.net/blog; twitter: @ Simonzadek). Pesquisador visitante sênior do Instituto de Crescimento Verde Global e do Centro Internacional de Inovação para Governança, consultor para questões de sustentabilidade do Fórum Econômico Mundial e de grandes corporações globais.

Saiba mais sobre a visão de ambos os leitores externos no

www.fibria.com.br/rs2011

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Agrotóxico: produto que tem a finalidade de controlar pragas ou doenças que ataquem as cul-turas agrícolas.

Áreas de Preservação Permanente (APPs): locais definidos por lei, com ou sem vegetação, pró-ximos a nascentes, em beiras de rios e cursos d’água, ao redor de reservatórios de água, em restingas, bordas de tabuleiros ou chapadas, em altitudes supe-riores a 1.800 metros e em encostas com inclinação de 45 graus ou superior e em topos de morros, cuja função ambiental é preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversida-de, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Biodiversidade: é o conjunto de formas de vida (organismos vivos e complexos ecológicos) e ge-nes contidos em cada indivíduo, bem como as inter-relações, ou ecossistemas, nas quais a exis-tência de uma espécie afeta diretamente outras.

Bioma da Mata Atlântica: conjunto de for-mações florestais e formações pioneiras (como restingas e manguezais) que se distribui na faixa litorânea do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Piauí.

Biomassa: matéria orgânica que, por meio da combustão direta ou da queima dos combustíveis derivados (óleos, gases, alcoóis) e com auxílio de técnicas e tecnologias, pode gerar energia elétri-ca. Parte da energia consumida nas Unidades In-dustriais da Fibria é gerada a partir da queima de biomassa, como madeira e resíduos do processo fabril (licor negro).

Biotecnologia: tecnologia que permite a utili-zação de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens.

Cadeia de Custódia (CoC): em inglês, Chain of Custody. Certificação da rastreabilidade da matéria-prima florestal (madeira) certificada em todas as etapas de transformação do produto até o consumidor final.

Celulose branqueada de eucalipto: é o pro-duto da extração industrial da fibra de celulose da madeira e posterior branqueamento. A trans-formação da madeira em celulose branqueada (polpação de celulose) se dá por meio de quatro principais processos: picagem da madeira em ca-vaco; cozimento do cavaco para extração da polpa marrom; branqueamento da polpa marrom; e se-cagem e enfardamento da polpa branqueada.

Clonagem: processo pelo qual se obtém um clo-ne, ou seja, um indivíduo geneticamente idêntico àquele do qual foi gerado. No caso do eucalipto, a clonagem é feita por meio de estacas das árvores selecionadas.

Clones superiores de eucalipto: plantas gene-ticamente melhoradas para alta produtividade de madeira ou celulose.

Compliance: é o dever de estar em conformidade e fazer cumprir regulamentos internos e externos impostos às atividades da organização.

Corredores de biodiversidade: faixa de vege-tação que liga grandes fragmentos florestais (ou blocos de vegetação nativa) isolados pela ativida-de humana e que proporciona à fauna o livre trân-sito entre os fragmentos e, consequentemente, a troca genética entre as populações.

Ebitda: do inglês, “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Termo utilizado na

análise de balanços de contabilidade de empresas de capital aberto.

Ecoeficiência: fornecimento de bens (ou serviços) a preços competitivos que satisfaçam as necessi-dades humanas e tragam qualidade de vida, com a redução progressiva do impacto ambiental e do consumo de recursos na fabricação, no transporte e na comercialização desses bens (ou serviços).

Efluente: resíduos fluidos (líquidos e gasosos) descartados no meio ambiente.

Emissões: lançamento, na atmosfera, de qual-quer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa.

Fomento florestal: atividade incentivada de produção de madeira em propriedades rurais para abastecer a indústria florestal (fábricas de celulo-se, serrarias, siderúrgicas etc.).

Forest Stewardship Council (FSC): organiza-ção independente, não governamental e sem fins lucrativos criada para promover o manejo respon-sável das florestas do mundo. O selo FSC assegura que os produtos florestais são utilizados de forma responsável e provenientes de fontes verificadas.

Global Reporting Initiative (GRI): organização internacional não governamental que desenvolve e dissemina globalmente diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade, utilizadas volunta-riamente por empresas do mundo todo.

Governança corporativa: sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incenti-vadas, envolvendo os relacionamentos entre pro-prietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle.

Hectare (ha): unidade de medida de área (1 hec-tare corresponde a 10 mil metros quadrados, o que equivale a aproximadamente a área de um campo de futebol).

Joint venture: empreendimento conjunto entre empresas.

Lençol freático: reservatório de água subterrâ-nea decorrente da infiltração da água da chuva no solo.

Manejo florestal: administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos e so-ciais, respeitando-se os mecanismos de sustenta-ção do ecossistema.

Material genético: material existente nas célu-las responsável por guardar as informações gené-ticas dos seres vivos.

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): previsto no Protocolo de Quioto, foi criado para auxiliar países a alcançar o desenvolvimento sustentável e cumprir seus compromissos de limi-tação e redução de emissões de gases responsá-veis pelo aquecimento global.

Melhoramento genético: ciência utilizada para a seleção e a reprodução de plantas ou animais com características desejáveis, a partir do conhe-cimento sobre a hereditariedade dessas caracte-rísticas.

Microbacia hidrográfica: pequena bacia hidro-gráfica responsável essencialmente pela formação de córregos, riachos, ribeirões ou sangas, confor-me denominações populares.

Mudas clonais: mudas de plantas geneticamen-te idênticas formadas a partir de células ou frag-mentos de uma “planta-mãe”.

Organização não governamental (ONG): é uma associação da sociedade civil de finalidades públicas e sem fins lucrativos.

Programa Brasileiro de Certificação Flores-tal (Cerflor): sistema de certificação do manejo florestal no território brasileiro, segundo o aten-dimento dos critérios e indicadores prescritos nas normas elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e integradas ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e ao In-metro. O Cerflor é reconhecido internacionalmente pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC).

Proteção florestal: conjunto de atividades de proteção da floresta contra pragas, doenças, in-cêndios e plantas daninhas ou qualquer elemento que ameace o patrimônio florestal.

Reserva Legal (RL): área localizada em pro-priedade rural, excetuando-se as de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos re-cursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiver-sidade e ao abrigo e à proteção de fauna e flora nativas. Toda propriedade deve ter um mínimo de 20% de sua área total como Reserva Legal.

Resíduos: materiais nos estados sólido e semis-sólido resultantes de atividades da comunidade e da indústria doméstica, hospitalar, comercial, agrí-cola, de serviços e de varrição de ruas. Inclui, ain-da, determinados líquidos cujas particularidades tornam inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos de água.

RPPN: Reserva Particular do Patrimônio Natural – unidades de conservação em terras privadas cria-das por iniciativa voluntária do proprietário.

Sistema agroflorestal: sistema produtivo que combina o plantio de árvores frutíferas e/ou madei-reiras com cultivos agrícolas, de forma simultânea.

Stakeholders (ou partes interessadas): públi-co da empresa que afeta e/ou é afetado por suas atividades.

Sustentabilidade: conceito surgido na déca-da de 1980, com a expressão “desenvolvimento sustentável”, que significa ser capaz de satisfazer as próprias necessidades sem reduzir as oportuni-dades das gerações futuras (Relatório Brundtland, 1987). A sustentabilidade é formada por três pila-res: ambiental, social e econômico. Isso significa que, para que uma atividade seja sustentável, ela deve promover crescimento econômico e, ao mes-mo tempo, respeitar o meio ambiente e satisfazer as necessidades e as aspirações humanas.

tCO2eq/t cel: toneladas de dióxido de carbono equivalente por tonelada de celulose.

tCO2eq: medida de conversão e padronização dos gases de efeito estufa (GEEs) em dióxido de carbo-no (CO2), considerando o potencial de ampliação do efeito estufa que cada GEE apresenta. Desse modo, chega-se a um único elemento causador de efeito estufa para medir o dano que a atividade pode cau-sar à temperatura na atmosfera terrestre.

Glossário

Administração Central

Alameda Santos, 1.357 – 6º andarSão Paulo/SPCEP 01419-908Telefone: 11 2138-4000Fax: 11 2138-4000

Unidades Industriais

AracruzRodovia Aracruz-Barra do Riacho, s/nº, km 25Aracruz/ESCEP 29197-900Telefone: 27 3270-2122Fax: 27 3270-2136

JacareíRod. Gal. Euryale Jesus zerbini, km 84 – SP 66, São SilvestreJacareí/SPCEP 12340-010Telefone: 12 2128-1100Fax: 12 3957-1261

Três LagoasRodovia BR-158, km 258Fazenda Barra do Moeda, Caixa Postal 529Três Lagoas/MSCEP 79620-970Telefone: 67 3509-8041

Unidades e Escritórios Florestais

Capão BonitoRodovia Raul Venturelli, km 210, Caixa Postal 28Capão Bonito/SPCEP 18300-970Telefones: 15 3653-9227 / 15 3653-9594Fax: 15 3543-9424

Capão do LeãoEstrada BR-116, km 532, nº 293Capão do Leão/RSCEP 96160-000Telefone: 53 2123-1995

Conceição da BarraRodovia BR-101 Norte, km 49 (trevo), Caixa Postal 10Conceição da Barra/ESCEP 29960-000Telefone: 27 3761-4777Fax: 27 3761-4715

Posto da MataRodovia BR-418, km 37 – Posto da MataNova Viçosa/BACEP 45928-000Telefone: 73 3209-8444Fax: 73 3209-8307

Três LagoasRodovia BR-158, km 258 Fazenda Barra do Moeda, Caixa Postal 515Três Lagoas/MSCEP 79620-970Telefone: 67 3509-1082Fax: 67 3509-1001

Vale do ParaíbaEstrada Municipal do Barreiro, 3.000 – BossorocaTaubaté/SPCEP 12283-470 Telefone: 12 2125-9899Fax: 12 2128-1721

Escritórios comerciais e de representação

EUA18851 NE 29th Avenue Suite 530Aventura, FL – 33180 – USATelefone: 1 305 940-9762Fax: 1 305 940-9763

EuropaAv. Reverdil, 12-14CH-1260 – Nyon, SwitzerlandTelefone: 41 22 994-9030Fax: 41 22 994-9040

HungriaAkácos út 11 – H-2161Csomád – HungaryTelefone: 36 28 566-576Fax: 36 28 566-575

PequimTowercrest Plaza, Suite 7243, Mai zi Dian West RoadChao Yang DistrictBeijing 10006 – ChinaTelefone: 86 10-6467-4339Fax: 86 10-6467-4339

Hong Kong2501-2 Great Eagle Centre23 Harbour RoadWanchai, Hong Kong, SARTelefone: 852-2866-7956Fax: 852-2865-2423