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1RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração .................................................................. 02

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 04

SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DA TRATOLIXO .............. 07

A TRATOLIXO – Tratamento de Resíduos Sólidos, E.I.M. - S.A. ..................................................... 07

História da Empresa............................................................................................................................... 08

Missão, Visão e Política integrada ...................................................................................................... 09

O governo da organização.................................................................................................................... 11

Impactes, Riscos e Oportunidades ..................................................................................................... 12

Infra-estruturas existentes e em projecto ......................................................................................... 14

Ecoparque da Abrunheira..................................................................................................................... 14

DESEMPENHO AMBIENTAL ...................................................................................................................... 34

DESEMPENHO SOCIAL: PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO ....................................... 58

DESEMPENHO SOCIAL: DIREITOS HUMANOS ...................................................................................... 68

DESEMPENHO SOCIAL: SOCIEDADE ....................................................................................................... 70

RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO .................................................................................................... 72

DESEMPENHO ECONÓMICO ..................................................................................................................... 74

SUMÁRIO DO CONTEÚDO DA GRI ............................................................................................................ 82

Índice

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2TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

A TRATOLIXO apresenta, pelo terceiro ano consecutivo, o seu Relatório de Sustentabilidade.

Este é, desde logo, um sinal inequívoco da vontade que a empresa tem de partilhar com a Sociedade a natureza das preocupações em que envolve as suas práticas diárias. Preocupações que redundam, basicamente, numa atitude: a de fazer de cada medida tomada, de cada decisão de gestão, um factor de sucesso da própria empresa na construção de um mundo melhor: mais responsável e menos assimétrico, ou seja, mais equilibrado e sustentável. Preocupações que nos permitem ainda lidar de forma responsável com as nossas debilidades, aprender com elas e transformá-las em alavancas para um desempenho de qualidade deste serviço público que é a gestão de resíduos.

O Relatório que tem entre mãos está recheado de factos que sublinham a verdade do que afirmo.

A prioridade estratégica da TRATOLIXO é tratar a totalidade dos resíduos sólidos urbanos produzidos nos municípios do Sistema AMTRES de forma sustentável, dando especial ênfase à hierarquia de gestão de resíduos – e neste caso à preocupação em minimizar a deposição de resíduos em aterro. Constitui também uma prioridade da empresa – prioridade esta que consta da sua Missão, Visão e Política Integrada – cumprir toda a legislação aplicável ao seu sector de actividade, de modo a conseguir o melhor serviço ao mais baixo custo.

O subdimensionamento da unidade de Trajouce e os seus largos anos de actividade obrigam a empresa a recorrer a soluções e parcerias que, em alternativa, garantam este trabalho com a necessária qualidade.

Assim, as quase 500 mil toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos produzidos em 2010 na área geográfica de intervenção da TRATOLIXO – e recepcionadas na unidade de Trajouce – foram tratadas e valorizadas na totalidade, tendo como base estas premissas de sustentabilidade e opções estratégicas.

Para anular o referido subdimensionamento e, também, para garantir que no futuro a empresa detém os meios próprios necessários para fazer face às responsabilidades que lhe estão cometidas, a TRATOLIXO concluiu, já em 2011, a construção de uma segunda unidade, esta de digestão anaeróbia, na Abrunheira (Mafra).

Esta instalação – parte visível da atitude visionária que pauta a nossa estratégia - irá funcionar com a tecnologia de ponta mais avançada do momento, permitindo processar anualmente 160 mil toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos e 40 mil toneladas de Biorresíduos. O arranque desta nova unidade constitui o mais importante desafio da empresa para os próximos anos, não só em termos tecnológicos mas também organizacionais e económicos: é nossa ambição continuar a formar, motivar e empenhar os nossos colaboradores para a optimização dos resultados que sabemos ser possíveis – e, acima de tudo, face ao contexto económico-financeiro que o país atravessa – e que é necessário atingir.

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3RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Estes valores estão muito presentes na nossa Política Integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança, que foi comunicada a todos os colaboradores e Partes Interessadas (vulgo stakeholders), sendo, para nós, da maior importância este envolvimento de todos nas questões que concernem à Sustentabilidade.

É por isso – e para avaliar do modo como as comunidades se apercebem da nossa actividade e de qual a opinião que têm sobre a nossa organização - que utilizamos o mecanismo de gestão e tratamento de todas as reclamações entradas na empresa, no âmbito do nosso Sistema Integrado de Gestão, que serve como indicador de reporte para aferir da qualidade do serviço prestado aos utilizadores.

Os principais desafios da empresa a curto prazo prendem-se com a continuidade da produção de energia a partir do biogás gerado no Aterro de Trajouce, que se espera venha a ultrapassar o valor obtido face ao ano anterior; e a produção de Combustíveis Derivados de Resíduos, cuja perspectiva é igualmente de um aumento razoável.

Relevo, também, como não podia deixar de ser, a relação que a TRATOLIXO mantém com os seus colaboradores e o modo como a Administração a que presido faz questão de a gerir, tratando de aumentar – a um ritmo sustentável – os benefícios sociais concedidos.

São gestos continuados neste sentido que reconhecem – e motivam! – a multiplicação dos exemplos de situações em que a sólida formação dos trabalhadores da empresa facilita e melhora o seu desempenho contribuindo para a afirmação da sua imagem positiva junto de todas as Partes Interessadas.

Por último – e entre tantas outras realidades dignas de realce e que são relatadas neste documento – não quero deixar de chamar a atenção para o excelente trabalho que está a ser desenvolvido pela EGSRA – Associação de Empresas Gestoras de Sistemas de Resíduos, da qual a TRATOLIXO é uma das fundadoras. Muito tem esta organização feito, no seu curto período – pouco mais de um ano - de existência para uma melhor organização do sector, assentando

no princípio de uma colaboração institucional entre todas as empresas gestoras de sistemas e tendo em vista a optimização do seu desempenho conjunto. Entre os vários contributos que a TRATOLIXO deu, em 2010, para o desenvolvimento dos trabalhos da EGSRA saliento, a título de exemplo, os que se relacionaram com a revisão dos capítulos 4 e 5 e Relatório Intercalar para a Avaliação Intercalar do PERSU II; e com a análise de uma proposta da APA, de Programa de Monitorização das Lixeiras Seladas.

Tudo isto é demonstrativo da linha pela qual a TRATOLIXO afina toda a sua política de gestão.

Valorizamos, potenciando, cada resultado positivo obtido, seja ele económico, social ou ambiental. E estamos sempre atentos aos pormenores que nos permitam optimizar ainda a nossa actuação, porque queremos introduzir, continuamente, melhorias no nosso desempenho. É este o nosso compromisso com a Sustentabilidade.

Na TRATOLIXO a ideia de Sustentabilidade não é difundida ou seguida porque está na moda ou porque fica bem abordá-la ao nível do discurso. Sabemos que nunca como nos nossos dias o público esteve atento e susceptível a estas questões; mas actuamos como actuamos porque nós próprios temos consciência e espírito críticos para reconhecer que há algo de muito urgente a fazer para que possamos continuar o caminho em direcção a um futuro repleto de qualidade e de conforto – tal como nós e a Sociedade os vemos, hoje.

É lá, nesse futuro, que a nossa empresa se quer encontrar com todos aqueles que com ela interagem.

E é para trilhar este caminho connosco que continuo a convidar-vos, ano após ano, consciente de que é também esta a vossa vontade.

Aceitem os meus cordiais e sustentáveis cumprimentos.

Domingos José Calado Saraiva

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4TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

É com grande satisfação que apresentamos o Relatório de Sustentabilidade 2010 da TRATOLIXO. Aqui reportamos os resultados da nossa actividade analisados segundo os pilares do Desenvolvimento Sustentável – a vertente económica, a ambiental e a social – o que nos permite transmitir uma informação mais abrangente do nosso desempenho e, simultaneamente, fornecer uma ferramenta de grande utilidade para apreciação pelos nossos “stakeholders”.

O Relatório de Sustentabilidade tem vindo a ser publicado com uma periodicidade anual desde o ano de 2008, sendo o presente relativo ao ano civil de 2010. Este Relatório segue o modelo de reporte dos anos anteriores e abrange portanto toda a organização da TRATOLIXO, nomeadamente as unidades operacionais e as estruturas de apoio, não tendo ocorrido mudanças significativas durante o período de reporte relacionadas com tamanho, estrutura organizacional e accionista.

O reporte dos impactes ambientais, económicos e sociais da empresa irá seguir as directrizes da Global Reporting Initiative (GRI) *, no âmbito das competências que lhe foram delegadas pelos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra nos domínios do tratamento, transporte, deposição final, recuperação e reciclagem de resíduos sólidos e a comercialização dos materiais transformados.

Este ano será ainda pioneiro para a TRATOLIXO, uma vez que submetemos pela primeira vez o nosso relatório de sustentabilidade a verificação por parte da própria GRI. Espera-se, desta forma, observar o nível de desempenho B, o que, para além de conferir um grau de rigor mais elevado na informação reportada, torna esta informação numa mais-valia para os nossos “stakeholders” e demonstra o compromisso da nossa empresa com o desenvolvimento sustentável.

A definição dos conteúdos deste relatório teve por base as principais questões e impactes da actividade da TRATOLIXO que foram assumidos de modo não formal pelos seus “stakeholders”, através de vários canais de comunicação que a empresa tem ao seu dispor.

A identificação dos “stakeholders” foi feita com base na natureza da actividade da empresa enquanto serviço público – gestão de resíduos – que necessita de acautelar todos os impactes associados e optimizar os seus produtos que constituem materiais para reciclagem.

Desta forma, a TRATOLIXO identificou como “stakeholders” prioritários todos aqueles que são fundamentais para o desempenho da sua actividade.

ACCIONISTA DA EMPRESA (AMTRES) – a AMTRES é a única accionista da empresa, decide a estratégia de governação da TRATOLIXO, define os objectivos e recebe os dividendos da actividade.

CLIENTES (municípios) – os municípios são clientes de serviço directo, uma vez que nos entregam os seus resíduos para tratamento e aos quais a TRATOLIXO tem de assegurar que efectua o tratamento da totalidade dos seus resíduos, de forma sustentável.

CLIENTES (entidades gestoras dos vários fluxos de resíduos, retomadores, clientes particulares e institucionais) – constituem os clientes de produto, ou seja, aqueles a quem a TRATOLIXO vende o composto e os vários materiais para reciclagem/valorização, seguindo as especificações técnicas definidas para cada produto.

Introdução

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5RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

COLABORADORES – é para nós essencial envolver todos os colaboradores da cadeia organizacional e fazê-los sentir parte da empresa, pois são eles a força motriz que conduz à evolução e desenvolvimento da TRATOLIXO. O seu bem-estar é um ponto de extrema relevância para a empresa e encontra-se patente na nossa Política Integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança. De igual forma, as suas opiniões constituem ferramentas para a Gestão de Topo e para a Administração da empresa.

FORNECEDORES – A TRATOLIXO rege-se pelo Código dos Contratos Públicos, diploma legal que regula a execução de contratos públicos. Esta obrigatoriedade legal permite à empresa manter a imparcialidade na selecção dos seus fornecedores, sendo estes todos aqueles que nos prestem serviços ou forneçam materiais à empresa. Incluem-se nos prestadores de serviços os outros sistemas nacionais de gestão de resíduos, que por motivos de incapacidade de tratamento da própria TRATOLIXO, são envolvidos fora da plataforma de contratação pública com base em critérios técnicos, ambientais e económicos que vão ao encontro das premissas estratégicas da empresa.

COMUNIDADE – incluem-se neste grupo, as populações abrangidas pelos impactes positivos e negativos da actividade da empresa, as associações ambientais, instituições de ensino e outras. O envolvimento com a comunidade é fundamental para a transparência da empresa e acima de tudo, para uma crescente consciencialização ambiental da sociedade.

Com a implementação do seu Sistema Integrado de Gestão, a empresa reforçou o diálogo e a interacção com os seus “stakeholders” – embora o faça sem recurso a um processo sistematizado – que intervêm a vários níveis da actividade da TRATOLIXO, permitindo-nos identificar e relatar as questões materiais mais relevantes por eles levantadas, bem como as questões que a empresa considera importantes.

O envolvimento com os seus “stakeholders”, os mecanismos que a empresa utiliza para o fazer e a frequência com que os consulta são resumidos de seguida.

Stakeholders Mecanismosdeenvolvimentoexistentes Periodicidadedoenvolvimento

Accionista (AMTRES) Reuniões Intermunicipais; Anual Divulgação do Relatório & Contas

Clientes (municípios) Reuniões da Comissão de Acompanhamento Mensal do Plano Estratégico da TRATOLIXO (CAPER)

Divulgação do Relatório & Contas Anual

Endereço electrónico; Telefone geral Diário

Clientes (entidades Linha verde; Diário gestoras de fluxos de Telefone geral; resíduos, retomadores, Reclamações; particulares, instituições) Endereço electrónico

Colaboradores Reuniões de Acompanhamento das Obras Mensal do Ecoparque da Abrunheira (RAOEA); Reuniões de Acompanhamento das Obras do Ecoparque de Trajouce (RAOET)

Caixa de sugestões Diário

Fornecedores Telefone geral; Reclamações; Diário Endereço electrónico

Comunidade Comissão Independente de Acompanhamento Semestral das Obras a Realizar no Ecoparque da Abrunheira

Linha verde; Telefone geral; Diário Caixa de sugestões; Reclamações; Endereço electrónico

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6TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Apresentam-se a seguir as questões materiais mais importantes para a TRATOLIXO, em cada uma das áreas do Desenvolvimento Sustentável:

Origemdaspreocupações

Stakeholders Processo Legislação Questões deGestão globais

Aspectosmateriais Accionistas Clientes Colaboradores Fornecedores Comunidade

Equilíbriofinanceirodaempresa

Dívidasarecebereprazosderecebimento

Tarifadegestãoderesíduos

AplicaçãodaHierarquiadeGestãodeResíduos

Cumprimentodalegislaçãoambientalaplicadaaosectordeactividade

Optimizaçãodosprocessosoperacionaisobjectivandoumamaioremelhorprodução,commenoresconsumosemenoresimpactosnoambiente

Desenvolvimentodeprojectosenovosprodutos(CDR,Ecocombustível)

Condiçõesemtermosdesegurançaesaúdenotrabalho

Formaçãoadequadaaoscolaboradoresparamelhorarodesempenhodassuasfunções

Bem-estarsocialdoscolaboradores

Odores

Este é, contudo, um procedimento de reporte dinâmico, sujeito a uma natural aprendizagem e aperfeiçoamento constante. Queremos, por isso, contar com a colaboração de sugestões e propostas de melhoria por parte de todos os nossos “stakeholders” e leitores.

Para tal, colocamo-nos à disposição através do contacto abaixo para esclarecer qualquer dúvida ou questão que possa vir a ser identificada entretanto.

TRATOLIXO – Tratamento de resíduos Sólidos, E.I.M. – S.A. Estrada 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente Trajouce, 2785-155 S. Domingos de Rana

T: 21 445 95 00

F: 21 444 40 30

e-mail: [email protected]

Web: http://www.tratolixo.pt

*AGlobalReportingInitiative(GRI)éuma

organizaçãonão-governamentalinternacional,com

sedeemAmsterdão(Holanda),cujamissão

édesenvolveredisseminarglobalmentedirectrizes

paraaelaboraçãoderelatóriosdesustentabilidade,

aserutilizadasvoluntariamenteporempresasde

todoomundo.

Desdeoseuinício,em1997,aGRItemfocado

assuasactividadesnodesenvolvimentode

umpadrãoderelatórioqueabordeosaspectos

relacionadosàsustentabilidadeeconómica,

socialeambientaldasorganizações.

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7RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Apesar de a TRATOLIXO actuar apenas em quatro municípios, é uma das quatro empresas do País mais importantes em termos de tonelagem de resíduos produzidos e de materiais recuperados, com uma receita líquida que em 2010 atingiu o valor de 66.650.402 € (vendas e prestação de serviços).

Em 2010 a TRATOLIXO recebeu nas suas instalações cerca de 480.000 toneladas de resíduos sólidos urbanos e equiparados provenientes de recolhas municipais e de entregas particulares – o que representa cerca de 9% face ao total nacional.

Para a execução das suas responsabilidades, a empresa dispõe de uma unidade de tratamento e valorização de RSU em Trajouce, Cascais – onde são recepcionadas anualmente a totalidade das cerca de 480.000 toneladas de RSU produzidas na sua área geográfica de intervenção – e uma segunda unidade de digestão anaeróbia (que em 2010 se encontrava ainda em fase de construção), na Abrunheira, município de Mafra, co-financiada pelo Fundo de Coesão (QCA II). Com arranque anunciado (e cumprido) para meados de 2011, esta instalação vai permitir processar anualmente 160.000 toneladas de RSU e 40.000 toneladas de RUB.

A TRATOLIXO - Tratamento de Resíduos Sólidos, E.I.M. - S.A.A TRATOLIXO – Tratamento de Resíduos Sólidos, EIM é uma empresa intermunicipal de capitais integralmente públicos, detida em 100% pela AMTRES – Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Sólidos.

Desenvolve a sua actividade desde 1991, sendo responsável pela gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos produzidos na área coberta pela AMTRES. Isto inclui o tratamento, deposição final, recuperação e reciclagem dos resíduos, a comercialização dos materiais transformados e outras prestações de serviços no domínio dos resíduos sólidos, tendo sempre em consideração os princípios da sustentabilidade e a aplicação da legislação e das recomendações nacionais e internacionais em vigor para o sector.

Inserida na Nomenclatura de Unidade Territorial para Fins Estatísticos II (NUT II) de Lisboa e na NUT III da Grande Lisboa, possui uma área de influência de 753 Km2, servindo uma população de perto de 900.000 habitantes, o que constitui cerca de 8% do total nacional.

Sistema de Gestão Integrado de resíduos sólidos urbanos da TRATOLIXO

Concelho *População **Capitação(kg/hab.dia)Cascais 190.848 1,495Mafra 75.229 1,326Oeiras 173.046 1,158Sintra 462.202 0,918Total 901.324 1,120

*Estimativapopulacional2010

**Dadosdeproduçãode2010

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8TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

EcocentroCentral de Digestão Anaeróbia (CDA)Células de Confinamento Técnico (CCT)ETARI

EcocentroEstação de TriagemEstação de TransferênciaCentral Industrial de Tratamento e Valorização de Resíduos (CITRS)Aterro Sanitário Selado (Central de Valorização Energética)

Certificada segundo a norma NP EN ISO 9001:2008 (Sistema de Gestão da Qualidade) e pela OHSAS 18001 / NP 4397:2008 (Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho), a TRATOLIXO tem vindo a realizar um conjunto de acções e investimentos cujo objectivo se prende com o desenvolvimento de melhores soluções para o tratamento dos RSU numa óptica de sustentabilidade.

História da EmpresaA origem da TRATOLIXO remonta a 1980, ano em que se deu início a um conjunto de reuniões de trabalho entre representantes dos Municípios de Cascais, Oeiras e Sintra, com vista à resolução de problemas inerentes ao tratamento de resíduos sólidos urbanos. Foi consensual a necessidade de construir uma unidade de tratamento para receber e tratar os resíduos produzidos na área destes municípios.

Na sequência destes trabalhos foi lançado, em 1984, um concurso público para a concepção e construção de uma central de tratamento mecânico e biológico (TMB), por compostagem (processo de degradação biológica aeróbia de resíduos), com capacidade de recepção de 150.000 toneladas de resíduos indiferenciados. No caderno de encargos deste concurso foram estabelecidas algumas cláusulas que seriam determinantes para a implementação do projecto, nomeadamente a de que o processo a utilizar seria o da compostagem e que a gestão e exploração da central seriam feitas por uma empresa, a criar, cujo capital social seria repartido pela AMTRES (51%) e pela empresa adjudicatária da obra ou por quem esta indicasse (49%).

Com a conclusão da obra em 1990 - e dando cumprimento ao estipulado no caderno de encargos - foi criada a TRATOLIXO, que passou a assegurar a gestão e exploração da central.

Em 2000, com a adesão do Município de Mafra à AMTRES, o Sistema alcançou a sua configuração actual.

Com o esgotamento da capacidade do Aterro Sanitário de Trajouce e tendo dificuldade em encontrar um espaço para o novo aterro, a AMTRES tomou a iniciativa de, no início de 2003, propor à TRATOLIXO o desenvolvimento de um Plano Estratégico cujos objectivos seriam encontrar a solução com maior sustentabilidade económica e ambiental. Esta solução teria por base a disponibilidade do Município de Mafra para receber um aterro de refugos, indispensável a qualquer sistema de gestão de resíduos.

Foi então que a TRATOLIXO apresentou, a 10 de Março de 2003, o Plano Estratégico de Resíduos para os Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra (PERECMOS), que foi aprovado em Assembleia Intermunicipal da AMTRES, em Setembro desse ano. Este Plano estabeleceu as grandes linhas de orientação estratégica, os pressupostos de base e os objectivos e prioridades para o sistema AMTRES.

A solução que está hoje a ser implementada [(compostagem + digestão anaeróbia + incineração (Valorsul) + aterro sanitário de apoio)] foi a que resultou deste estudo, aceite e financiado pelo Fundo de Coesão, ao qual se candidatou. Refira-se ainda que esta solução foi considerada como parte integrante da Estratégia Nacional para a Redução dos Resíduos Urbanos Biodegradáveis Destinados aos Aterros (ENRRUBDA), o que lhe confere a conformidade com a política nacional para os resíduos.

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9RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

A TRATOLIXO tem como missão assegurar a gestão integrada do Sistema de Resíduos Sólidos Urbanos dos Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, tendo sempre em consideração os princípios da sustentabilidade e a aplicação da legislação e recomendações nacionais e internacionais em vigor para o sector dos resíduos.

“Tratamos hoje do amanhã!” é o enunciado de um propósito permanente da TRATOLIXO.

Tem como visão utilizar as técnicas mais avançadas, seguras e ambientalmente adequadas, no tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, dando especial ênfase à valorização e considerando-os como fonte de potencial matéria-prima.

De acordo com a Missão, Visão e as Razões Históricas que levaram à constituição da TRATOLIXO, o Conselho de Administração aprovou a seguinte Política Integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança:

1. Promover a utilização das Melhores Técnicas Disponíveis e Boas Práticas na Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos, no que se refere ao transporte, armazenamento temporário, tratamento, valorização e destino final, em consonância com o Plano Estratégico de Resíduos para as Áreas dos Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra (PERECMOS), mantendo uma atitude visionária e de constante inovação no que respeita ao “estado de arte” da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos.

2. Dotar a empresa dos Recursos Humanos, dos Meios Técnicos e dos Meios Financeiros necessários para o cumprimento dos objectivos definidos no PERECMOS.

3. Melhorar continuamente os seus processos, produtos e a qualidade dos serviços prestados em todos os seus Ecoparques e Ecocentro de forma a ter “O melhor serviço possível ao mais baixo custo”, visando a excelência.

4. Avaliar de forma sistemática a eficácia do seu Sistema Integrado de Gestão, através da definição e revisão de objectivos e metas e do conhecimento da satisfação dos requisitos dos seus clientes.

5. Proporcionar aos colaboradores a formação adequada para melhorar o desempenho das suas funções, obrigações individuais e colectivas, com o objectivo de aumentar os seus conhecimentos e desenvolver as suas competências, garantindo o cumprimento das actividades da TRATOLIXO em toda a sua área de actuação.

6. Tomar as medidas preventivas e correctivas para Eliminar ou Minimizar os Aspectos Ambientais e Riscos Ocupacionais associados à actividade da TRATOLIXO, que proporcionem um Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável para os colaboradores e parceiros externos, com enfoque na prevenção da poluição e das lesões e afecções da saúde.

7. Sensibilizar os colaboradores sobre a importância das suas actividades para o cumprimento dos requisitos dos clientes internos e externos, face à qualidade dos produtos e do serviço prestado pela TRATOLIXO, incentivando o seu envolvimento e participação na melhoria continua do Sistema Integrado de Gestão.

8. Sensibilizar os colaboradores para os perigos e riscos, os aspectos e impactes ambientais associados às suas actividades e para as suas responsabilidades no cumprimento das acções necessárias para prevenir, evitar e reduzir esses riscos e impactes.

9. Desenvolver a relação com os Fornecedores e Subcontratados para garantir que a sua actuação segue os princípios desta Politica.

10. Cumprir a legislação, regulamentação nacional e comunitária, os requisitos normativos e os requisitos do cliente, assim como outros requisitos subscritos pela TRATOLIXO.

A Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança, estabelecida pelo Conselho da Administração da TRATOLIXO, foi comunicada a todos os colaboradores e Partes Interessadas e encontra-se divulgada por toda a empresa sendo responsabilidade de cada colaborador conhecê-la. Esta é revista periodicamente de modo a garantir a sua adequação e relevância para o cumprimento dos objectivos da TRATOLIXO.

Missão, Visão e Política integrada

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10TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Administração

Gabinete de Secretariado Geral

Gabinete de Secretariado Geral

Abrunheira

Direcção deTecnologias de Inf.

e ComunicaçãoSistema

de InformaçãoAbrunheira

Suporte Interno Desenvolvimentode Soluções Segurança TI

Direcção deEstudos, Projectos e

Gestão de ObrasGestão

de Obras

Estudos, Projectos eInovação de Processo

e Produto

NovasInfra-estruturas

Conservação deInfra-estruturas

DirecçãoGabinete ServiçosÁrea Delegados(Novas Funções)

Estudos e Projectos

Inovação deProcesso e

Produto

Direcção Comerciale de Aprovisionamento

Plataformade Contratação

Pública

DelegadoComercial e

Aprovisionamento

Aprovisionamento

Comercial

Compras Armazéns Subcontratação

Vendasde Materiais

Gestão deArmazéns de

Produtos

Relaçõescom Entidades

Gestoras

EcoparqueTrajouce

EcoparqueAbrunheira

DirecçãoIndustrial

ApoioAdministrativo Delegado

Logística

Laboratório

Manutenção

Operação

Operação

Logística

Processo

Manutenção

CDA ETAR CCT Ecocentros

Operação EquipamentosMóveis

Controlo Melhoriade Operação

CTVRSU TriagemEcocentro

ETAR + Aterro +Verdes + Limpeza +

Equipa Limpeza

AutomaçãoPreparaçãode Trabalhos

ManutençãoEquipamentos

Móveis

ManutençãoFabril

ManutençãoFabril

ManutençãoInfra-estruturas

Direcção dePlaneamento

e Controlo

SistemaIntegradode Gestão Comunicação

TécnicaPlaneamentoEstratégico eCandidaturas

Monitorizaçãode Processo

e Produto

Licenciamentose Requisitos

Legais

Comunicaçãoe Imagem Marketing

Económica Orçamento Controlode Gestão Project Finance Candidaturas

GabineteTécnico-Jurídico

Direcção deRecursos Humanos

DirecçãoFinanceira

DelegadoRecursos Humanos eDirecção Financeira

Gestão deRecursos Humanos

Gestão dasÁreas Sociais

Serviço de Segurançano Trabalho

Serviço de Saúdeno Trabalho

Serviço de Form.Recrutamento

e Selecção

Tesouraria Facturação Gestãode Clientes

Contabilidade Geral, Analítica

e Fiscal

SSTAbrunheira

SSTAbrunheira

Aprovado em 6 de Janeiro de 2011

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11RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Assembleia Geral

PresidentedaMesa:Rui Carlos de Oliveira Libório

Secretário:José Manuel Alves Crespo Afonso

Conselho de Administração

Presidente:Domingos José Calado Saraiva

Vogal:João Carlos da Silva Bastos Dias Coelho

Vogal:Armindo Carlos Cortez de Azevedo

Vogal:Luis Manuel Rodrigues Realista dos Santos

Vogal:José Lino Fonseca Ramos

Fiscal Único

António Pinto e Palma Veiga, Sociedade de Revisores Oficiais

de Contas, representada por Hélder Palma Veiga, ROC.

O governo da organizaçãoA TRATOLIXO – Tratamento de Resíduos Sólidos, EIM – Empresa Intermunicipal, SA é gerida por um Conselho de Administração (CA) eleito pela Assembleia Geral da AMTRES.

Os órgãos sociais da TRATOLIXO apresentam a seguinte composição:

A estrutura funcional da TRATOLIXO é apresentada no organigrama ao lado.

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12TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Impactes, Riscos e OportunidadesAo operar num sector sensível como é o da Gestão de Resíduos - e apesar das inúmeras mudanças a que se tem assistido nos últimos anos - a TRATOLIXO tem que, diariamente, acautelar um conjunto de Riscos por intermédio da adopção das melhores práticas e do recurso às melhores técnicas disponíveis.

Subdimensionada para o tratamento da totalidade dos resíduos produzidos no Sistema, a instalação de Trajouce vem obrigando a empresa a procurar soluções alternativas e parcerias para a gestão sustentável dos resíduos excedentes.

De facto, os equipamentos instalados na Central Industrial de Tratamento de Resíduos (CITRS) de Trajouce têm já 20 anos de laboração, o que condiciona a plena eficácia. Contudo, a prática de manutenção preventiva adoptada tem favorecido e optimizado o desempenho dos equipamentos, promovendo o aumento da sua disponibilidade e reduzindo, portanto, os períodos de paragem não programados.

Com o intuito de adequar as suas infra-estruturas e de apurar as causas de algumas situações detectadas, a TRATOLIXO solicitou um Diagnóstico Sectorial destas Instalações.

Deste diagnóstico a empresa evoluiu para a definição de um Plano Director do Ecoparque de Trajouce. Este Plano prevê a reconversão e reabilitação de modo a melhorar a operacionalidade das instalações; a melhoria das condições de trabalho e, obviamente, a minimização de eventuais impactes para os moradores da zona envolvente.

Parte fundamental deste Plano é a reabilitação ambiental de uma área de 5,7 ha de terreno, que consiste na remoção de cerca de 150.000 toneladas de resíduos aí depositados.

O objectivo destas intervenções é, afinal, assegurar que as instalações de Trajouce terão condições técnicas adequadas, em respeito pela regulamentação técnica e ambiental aplicável e adaptadas às opções estratégicas da empresa. Vão também ser conseguidas melhores condições logísticas e operacionais, designadamente através da execução de novas infra-estruturas e instalações e da reformulação/reabilitação de infra-estruturas e instalações existentes.

Independentemente das intervenções planeadas - e dos procedimentos internos de prevenção - em função da actividade que desenvolve a TRATOLIXO é geradora, de forma perfeitamente controlada e obedecendo às imposições legais e regulamentares a que se encontra obrigada, de impactes ambientais como emissões gasosas e produção de efluentes e resíduos.

No sentido de promover um acompanhamento integrado destes riscos, a empresa dispõe de um Plano de Monitorização Ambiental, ferramenta crucial para poder antecipar os riscos e prevenir a ocorrência de incidentes, que a concretizarem-se, acarretariam impactes negativos quer para o ambiente quer para a comunidade.

Adicionalmente, a TRATOLIXO, encontra-se também a desenvolver a integração da componente ambiental no seu sistema integrado de gestão, que já se encontra certificado, para as componentes de qualidade e segurança, de acordo com as normas NP EN ISO 9001:2008 e NP 4397:2008.

A componente ambiental do sistema, em desenvolvimento, está direccionada para as actividades, produtos e serviços controláveis ou influenciáveis, que dão origem a aspectos ambientais, com especial ênfase aos descritores que têm associadas exigências legais como, por exemplo, a resposta a situações de emergência.

Para além dos mecanismos de minimização de riscos referidos anteriormente, a Tratolixo efectuou uma análise de risco ambiental que lhe permitiu identificar os riscos associados à actividade desenvolvida com repercussões no montante do prémio a atribuir no âmbito da contratualização do seguro de responsabilidade ambiental para a sua instalação de Trajouce.

Instalação de Trajouce:

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13RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Com o arranque da Central de Digestão Anaeróbia (CDA) da Abrunheira, que se prevê para o 1º semestre de 2011, a empresa vai enfrentar os novos desafios inerentes ao arranque de uma nova infra-estrutura com uma nova tecnologia, que naturalmente suscitará a adopção de novas estratégias e metodologias de trabalho que permitam alcançar os resultados ambicionados.

Por isso mesmo a TRATOLIXO começou, com alguma antecipação, a preparar a integração dos processos da Abrunheira no seu Sistema Integrado de Gestão, o que vai permitir acautelar, à semelhança do que já sucede em Trajouce, o controlo efectivo do risco associado à segurança, assim como assegurar o controlo e minimização dos riscos ambientais.

Também à semelhança do preconizado para a instalação de Trajouce, a TRATOLIXO solicitou a realização de uma análise de risco ambiental para a instalação da Abrunheira com vista à determinação do montante do prémio a atribuir no âmbito da contratualização do seguro de responsabilidade ambiental.

Esta é, de facto, a estratégia de Gestão de Risco utilizada pela empresa, baseada no Princípio da Prevenção, onde por um lado se aposta na prática da hierarquia de gestão de resíduos – consubstanciada pelas opções estratégicas da empresa no encaminhamento de resíduos para destino final adequado – e por outro se envidam todos os esforços de optimização dos processos para tentar obter melhores produtos diminuindo os impactes das suas actividades no ambiente e na comunidade em que se insere.

Tendo por base estes compromissos, é ainda muito importante para a TRATOLIXO a percepção e a opinião da comunidade sobre a organização, razão pela qual todas as reclamações efectuadas pelas partes interessadas são geridas no âmbito do Sistema Integrado de Gestão da empresa e servem como indicador de reporte para aferir a qualidade do serviço prestado aos utilizadores.

Instalação da Abrunheira:

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Infra-estruturas existentes e em projecto

Ecoparque da AbrunheiraO Ecoparque da Abrunheira – localizado na freguesia de S. Miguel de Alcainça, município de Mafra – assume uma enorme importância para a estratégia da TRATOLIXO, uma vez que, a nível tecnológico, coloca a TRATOLIXO na linha da frente do mais pioneiro que se faz na Europa no sector dos resíduos.

O aumento da capacidade instalada e a redução dos custos actualmente suportados com o tratamento de resíduos e seu encaminhamento a destino final, são elementos fundamentais na prossecução dos Princípios da Eficiência na Utilização de Recursos e Respeito pelo Ambiente.

Será igualmente um grande desafio para a empresa em termos da organização dos seus recursos.

Central de Digestão Anaeróbia da Abrunheira (CDA)A Central de Digestão Anaeróbia da Abrunheira vai receber anualmente 200.000 toneladas de resíduos sendo, à data, a maior unidade de tratamento do país.

A nova unidade contemplará uma linha para o processamento dos resíduos orgânicos recolhidos selectivamente, com a capacidade de processamento de 40.000 toneladas, e duas linhas, com a capacidade de processamento de 80.000 toneladas cada, para o processamento dos resíduos indiferenciados.

O início de 2010 foi marcado pela conclusão dos trabalhos de construção civil, com especial destaque para a execução do revestimento dos edifícios e conclusão da construção dos biodigestores. Paralelamente e com a gradual melhoria das condições climatéricas, com o decorrer do ano, avançaram os trabalhos nas zonas envolventes aos edifícios, como sejam os trabalhos de execução das redes de drenagem e a execução dos arruamentos.

6 AspectogeraldaobraDezembrode2010(fotoaérea)

Legenda:1- Edifício da Recepção2- Edifício do Pré-Tratamento3- Edifício da Metanização (introdução,

extracção, desidratação da matéria)4- Biodigestores5- Edifício da Triagem Secundária6- Edifício da Mistura7- Edifício de Exploração8- Edifício da Afinação9- Edifício da Maturação10- Edifício de Armazenamento11- Túneis de Compostagem12- Oficina

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15RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

6Aspectogeraldapartesuperiordoedifíciodopré-tratamento

(Dezembro2010)

5EdifíciodaRecepção(Dezembro2010)

Já a componente electromecânica da empreitada teve uma evolução significativa no ano de 2010, com a conclusão da montagem dos equipamentos, nomeadamente toda a cadeia de triagem manual e mecânica.

Nos últimos meses do ano há a destacar a montagem de outros equipamentos de apoio ao funcionamento da instalação, como sejam os depósitos de gás propano e gasóleo e a báscula de pesagem de veículos. Foi, também neste período, executada toda a rede de infra-estrutura eléctrica, de comando e segurança e executada a rede de tubagens de caldeiraria associada ao edifício de metanização.

Para além da conclusão da construção da CDA, o seu arranque e o serviço experimental ficaram, durante algum tempo, dependentes da resolução de algumas condicionantes, como a construção pela EDP do ramal único de Média Tensão para fornecimento de energia eléctrica à CDA e exportação de energia para a rede, a emissão de licença de exploração em regime experimental e actividades da empreitada das Células de Confinamento Técnico (CCT).

Por outro lado, houve ainda alguma dificuldade em solucionar condicionantes como:

• Abastecimento de água potável à CDA – foi instalada uma conduta provisória para abastecimento a partir dos novos reservatórios da Veolia;

• Recolha de águas residuais/lixiviados – uma vez que a ligação da rede de recolha de águas residuais tardou a concluir, foi construído um tanque de recolha das águas residuais, posteriormente encaminhadas para destino final adequado;

• Construção de acesso à CDA através do Ecocentro – provisoriamente, todos os veículos (transporte de resíduos, rejeitados, recicláveis, trasfega de águas residuais, etc.) utilizar com a estrada de acesso ao estaleiro, a qual foi beneficiada;

• Instalações sociais provisórias (refeitório, balneários e posto médico) – uma vez que era necessária a construção de um novo edifício social com estas valências, no local do estaleiro de obra, foi encontrada uma solução provisória até à conclusão dessa nova empreitada, que passou pela utilização de módulos pré-fabricados (contentores);

• Fornecimento de matéria-prima (RSU e RUB) – dada a dificuldade em obter as quantidades de RUB necessárias ao funcionamento do 3º digestor foram utilizados 3 digestores com RSU. Quanto à origem do fornecimento, ficou estabelecido que na fase de serviço experimental os resíduos fossem todos transferidos a partir de Trajouce, sem entregas directas das Câmaras Municipais.

Em Dezembro de 2010 esta unidade apresentava uma execução de 97%.

O arranque desta instalação, em fase de testes, deu-se em Maio de 2011, após a construção do ramal de Média Tensão pela EDP.

Em termos processuais, os resíduos recepcionados serão submetidos a um pré-tratamento manual e mecânico, tal como é possível constatar no esquema que se segue.

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16TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

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17RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

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18TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

1.SISTEMA DE RECEPÇÃO E DESCARGA

O sistema de recepção e descarga de resíduos efectua-se em zona fechada. Este sistema garante que a operação de descarga se efectue sem a possibilidade de emissões de odores e partículas para o exterior, situação que é reforçada pela ligeira depressão, criada pelo sistema de captação e renovação de ar. O edifício onde se procede à recepção e descarga dos resíduos está preparado para receber os camiões de recolha municipal, como veículos maiores de transferência de resíduos, com volume máximo de 90 m3. Existem 2 fossas de recepção sendo uma para RSU e a outra para RUB. A alimentação das 3 linhas de tratamento (2 para RSU e 1 para RUB) é feita através de uma garra mecânica com capacidade de 6 m3.

2.PRÉ-TRATAMENTO

O processo de pré-tratamento tem por objectivo a separação da fracção dos resíduos com diâmetro entre 60 e 15 mm, considerada como a mais indicada para o processo de digestão anaeróbia desta central.

O pré-tratamento inicia-se com a separação de volumosos por triagem manual, antes da alimentação aos crivos rotativos. Aqui são recuperadas quantidades significativas de cartão e plásticos passíveis de ser reciclados.

Também os designados monstros são removidos nesta etapa.

Em termos de crivagem consideraram-se 3 trómeis de 60 mm que, através de movimentos de rotação, favorecem a queda dos materiais com granulometria igual ou inferior a 60 mm. Nestes equipamentos estão instaladas facas metálicas de grande dimensão que permitem proceder à abertura de sacos e potenciar a eficiência desta crivagem.

A fracção inferior a 60mm é sujeita a uma separação magnética e encaminhada para um crivo vibratório com uma malha de 15 mm, onde é rejeitada a fracção menor obtendo-se o diâmetro dos resíduos que se pretende introduzir nos digestores (entre 15 e 60 mm). A fracção entre 15 e 60 mm é ainda sujeita a uma separação balística, de forma a expurgar os elementos pesados da matéria, como vidros e pedras, que poderiam ser prejudiciais ao funcionamento do digestor. As fracções de finos (< a 15mm) e de pesados são enviadas para aterro.

R1.TRIAGEM SECUNDÁRIA

Os materiais que não passam pela malha do trómel, superiores a 60 mm, são considerados rejeitados, mas antes de encaminhados a destino final são ainda sujeitos a uma separação magnética, a triagem manual e a separação por correntes de Foucault. Nesta etapa recuperam-se diversos materiais tais como metais ferrosos, não ferrosos, papel/ cartão, filme plástico, ECAL e plásticos mistos. Os recicláveis recuperados são prensados e enviados para reciclagem.

Os rejeitados da triagem manual constituem o CDR “pobre” e serão encaminhados para semi-reboques de 90 m3 ou processados de forma a constituir CDR para utilização em cimenteiras como co-combustível.

3.METANIZAÇÃO

A fracção entre 15 e 60 mm é misturada com material já digerido, proveniente dos digestores, funcionando como inoculador para garantir um arranque anaeróbio rápido e suave. O substrato é bombeado para os digestores.

4. DIGESTORES

O tempo de permanência do substrato nos digestores é de cerca de 39 dias, com uma temperatura estável de 55ºC.

Existem 3 digestores (2 para RSU e 1 para RUB) com 27 metros de altura e um volume total de 3700 m3, ainda que o seu enchimento com substrato apenas seja feito até 83% da sua capacidade. O volume restante é o designado céu gasoso, onde se vai acumular o biogás produzido no processo de digestão anaeróbia.

A circulação do substrato no interior do digestor é feita sem o recurso a qualquer equipamento mecânico, processando-se apenas com a injecção de biogás (recirculado a partir da produção do próprio digestor) a uma pressão de 10 bar na laje de fundo. Este processo provoca a deslocação do substrato, a sua homogeneização e a eliminação de bolsas de biogás.

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19RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

5.DESIDRATAÇÃO

Após a saída do digestor, o substrato é desidratado de forma a prosseguir para a etapa de compostagem. Esta desidratação é feita por equipamentos em série, que vão apurando a separação da componente sólida da componente líquida. Estes equipamentos (prensas, tamisadores e centrífugas) permitem a separação de 95% da fracção sólida do substracto, que segue para a compostagem.

E1. e E2. VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA

O biogás é captado no topo dos digestores, sendo parte enviado para os compressores para injecção no fundo dos digestores e o restante para os moto-geradores da unidade de cogeração, a partir dos quais se produz a energia eléctrica a introduzir na Rede Eléctrica Nacional.

6.MISTURA

Nesta etapa o digerido é misturado com material estruturante e introduzido nos túneis, passando à fase aeróbia de tratamento da matéria orgânica.

7. TÚNEIS REACTORES

Existem 10 túneis de compostagem: 3 para RUB e 7 para RSU. Os túneis, que proporcionam o arejamento forçado do substrato, ficam completamente fechados durante o período de permanência. Este período é de cerca de 6 dias para o substrato proveniente de RSU e de 2 semanas para o substrato proveniente de RUB. O controlo dos parâmetros do processo, humidade, oxigénio, temperatura é feito em contínuo, de modo a determinar a injecção de ar necessário e eventual rega.

8. MATURAÇÃO

Segue-se uma etapa de maturação, feita em nave independente, com formação de pilhas e revolvimento com equipamento mecânico. Aqui conclui-se a compostagem, com uma permanência de 1 semana para o composto RSU e 4 semanas para o composto RUB.

9.AFINAÇÃO

O composto, antes de expedido, é submetido a uma afinação mecânica que permitirá remover os contaminantes.

Esta afinação é feita com uma crivagem de 12 mm e a separação em mesa densimétrica das fracções pesadas, finas pesadas e leves, que serão enviadas para aterro.

10.ARMAZENAMENTO

O composto final é armazenado em nave própria, com zonas independentes para armazenamento do composto RSU e RUB, com capacidade de para 1 mês e 4 meses de cada produto, respectivamente.

TRATAMENTO DO AR - BIOFILTROS

Todas as naves são fechadas e possuem extracção de ar para tratamento em biofiltros, que se situam no telhado dos túneis de compostagem. Existem 2 biofiltros com uma área aproximada de 1.000 m2 que permitirão tratar cerca de 195.000 m3/h de ar.

TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS - ETARI

Todos os efluentes líquidos são enviados para a ETARI do Ecoparque onde serão tratados. Após esse tratamento, a água obtida será reutilizada como água industrial na CDA.

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20TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

66 Perspectivageraldaobra(Novembro2010)

6 PerspectivageraldascélulasIeII(Novembro2010)

A implementação desta solução técnica comporta um grupo de vantagens significativas, entre as quais se destacam:

• Criação de valor a partir de resíduos orgânicos, oriundo da venda de energia renovável e da venda de recicláveis e composto;

• Uso deste tipo de energia em substituição de energia proveniente de combustíveis fósseis;

• Redução das emissões de gases de efeito de estufa comparativamente a outros métodos de tratamento;

• Alcance das metas, exigidas em Directiva Comunitária, de redução de deposição de resíduos orgânicos em aterro sanitário;

• Tecnologia com um grande potencial de adaptação às diversas especificações de cada projecto.

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21RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Células de Confinamento Técnico da Abrunheira

Junto à Central de Digestão Anaeróbia da Abrunheira foram construídas três células de confinamento técnico (CCT) de apoio que ocuparão uma área total de cerca de 11 hectares.

Estas receberão parte dos refugos dos processos de tratamento e valorização de resíduos não passíveis de qualquer outro tipo de valorização, bem como os resíduos inertes produzidos no Sistema. Face às linhas mestras pelas quais a TRATOLIXO se pauta - promoção da reciclagem, reaproveitamento de resíduos e sua valorização com vista a uma efectiva redução de resíduos a encaminhar para aterro – prevemos prolongar o tempo de vida útil do aterro em 20 anos.

Durante o primeiro semestre de 2010, o projecto de Movimentação Geral de Terras (MGT) das CCT sofreu algumas alterações no seguimento da solicitação da TRATOLIXO para que fosse garantido um caminho de acesso à CDA.

A última versão do projecto de MGT apresentado pelo Consórcio indica que as CCT permitirão armazenar um volume total de cerca de 2.500.000 m3 de refugos resultantes de operações de tratamento de RSU no Ecoparque da Abrunheira.

No âmbito das obras de construção das CCT do Ecoparque da Abrunheira a TRATOLIXO detectou, em 2009, a presença de resíduos enterrados, numa zona envolvente à antiga Lixeira da Abrunheira e adjacente ao local da obra. Em consequência, a empresa procedeu à remoção e encaminhamento a destino adequado de mais de 170.000 toneladas de resíduos.

As operações realizaram-se de acordo com as normas técnicas das operações de gestão de resíduos urbanos, relativamente à eliminação ou redução do perigo para a saúde pública e para o ambiente causado pelos resíduos, assim como com as normas técnicas sobre o transporte de resíduos.

Privilegiando o princípio da hierarquia das operações de gestão de resíduos, a TRATOLIXO procedeu à separação dos resíduos na origem de modo a ter a possibilidade de promover a sua valorização por fluxos.

O saneamento das duas bolsas de resíduos foi concluído em 2010, com custos totais de 3.791.103,63 € associados à recuperação deste passivo.

Os principais trabalhos desenvolvidos em 2010 no âmbito das CCT prenderam-se com a MGT (modelação das células quase concluída), instalação da Passagem Hidráulica PH1 (em elementos de betão pré-fabricado) e início da instalação dos materiais geosintéticos.

No dia 19 de Novembro de 2010, ao abrigo do disposto na alínea c) do nº 2 do Artº. 185º do Decreto-Lei n.º 59/99 de 2 de Março (falta de pagamento dos trabalhos executados), o Consórcio Empreiteiro informou a TRATOLIXO da sua decisão de suspender todos os trabalhos da empreitada com efeitos a partir do dia 23 de Novembro de 2010.

Dada a suspensão imediata da obra, no último mês do ano foram apenas realizadas pequenas actividades relacionadas com a protecção e salvaguarda das infra-estruturas construídas e materiais aplicados (nomeadamente materiais geossintéticos), bem como várias inspecções aos pontos mais sensíveis da obra, com o intuito de avaliar a evolução do estado das infra-estruturas construídas e tentar prevenir a sua degradação.

Até ao final de 2010, a facturação acumulada da obra ascendeu aos 7.104.809,91 €, o que representa 64% da execução financeira.

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22TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

4PerspectivageraldaobradaETARInofinalde2010

Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI)

A ETARI da Abrunheira vai permitir a depuração das águas residuais provenientes das várias infra-estruturas e instalações de apoio do Ecoparque da Abrunheira, de modo a potenciar o seu reaproveitamento como recurso para diversas utilizações. Estas utilizações terão lugar na própria instalação de tratamento e na CDA como água de processo e ainda para lavagens várias - nomeadamente no lava-rodas a instalar nas CCT. Dá-se, assim, cumprimento à legislação aplicável em termos de descarga de águas residuais nas linhas de água, respeitando-se os valores limite de emissão definidos no Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto.

A Empreitada referente à ETARI da Abrunheira é constituída por duas partes, uma respeitante à concepção/construção da mesma e outra relativa à sua exploração.

O auto de consignação parcial para a actividade de construção foi assinado em Janeiro de 2010, tendo a Entidade Executante – consórcio Factor Ambiente/Espina & Delfin – entregue várias revisões dos projectos das várias estruturas da ETARI, tendo em conta os pareceres elaborados pela Entidade de Coordenação e Fiscalização.

Após conhecimento das novas características do afluente à ETARI, nomeadamente a alteração das características do efluente gerado na CDA, houve necessidade de promover algumas alterações. Foi recebida proposta do empreiteiro no sentido da substituição de uma tecnologia convencional por um processo emergente no tratamento de águas residuais urbanas (reactores biológicos de membranas – MBR), que têm vindo a ganhar expressão devido à crescente exigência quanto à qualidade do efluente tratado.

Esta tecnologia combina um processo biológico de biomassa em suspensão convencional, com

a filtração por membranas, garantindo uma elevada remoção de poluição orgânica e, também, de matéria em suspensão, sendo igualmente adaptável à remoção biológica de nutrientes (azoto e/ou fósforo).

As características associadas aos MBR permitem que esta tecnologia possa apresentar vantagens relativamente aos processos convencionais de lamas activadas na variante arejamento prolongado. Isto é verdade nomeadamente quando o local previsto para a localização da instalação de tratamento é, do ponto de vista ambiental, muito sensível e, consequentemente, a exigência relativamente à qualidade do efluente tratado é muito elevada.

Por forma a limitar e controlar a emissão de odores na ETARI foi prevista a ventilação, extracção e tratamento do ar poluído em determinados locais e órgãos, tendo também sido alterada a solução posta a concurso: foi implementada a introdução de um biofiltro em detrimento das torres de lavagem química do ar, por se tratar de uma solução mais correcta do ponto de vista ambiental.

Os trabalhos associados à empreitada de concepção/construção iniciaram-se a partir de então, tendo sido desenvolvidos durante o ano de 2010 trabalhos de execução da Bacia de Equalização, Edifício Industrial, Edifício de Exploração, Estação Elevatória de Lamas e Estação Elevatória de Escorrências.

A conclusão da construção da ETARI aconteceu em meados de 2011, mas o atraso verificado não condicionou o normal arranque da CDA em regime experimental, uma vez que se vai efectuar a trasfega e encaminhamento a destino final adequado dos efluentes produzidos.

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23RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

3PerspectivageraldoEcocentro

Ecocentro da Abrunheira

Construído no Ecoparque da Abrunheira, este será o segundo Ecocentro da empresa a funcionar com recepção ao público.

Os resíduos admissíveis deverão ser depositados selectivamente em quantidades com limites definidos em regulamento específico, admitindo-se resíduos como baterias de automóvel, REEE, lâmpadas florescentes, madeiras e paletes, metais (sucatas), mobílias e outros monstros, óleos alimentares e minerais, roupas usadas, papel e cartão, pilhas e acumuladores, plásticos, embalagens metálicas e ECAL, pneus, “esferovite” (EPS), RC&D, resíduos de jardins e parques, solventes e tintas e vidro de embalagem.

Com a obra já concluída, no início de 2010 a entrada em funcionamento deste Ecocentro encontrava-se condicionada, essencialmente, pela inexistência de infra-estruturas que garantissem o fornecimento de energia eléctrica e o abastecimento de água.

Foram desenvolvidos, durante o primeiro semestre de 2010, um conjunto de trabalhos de modo a garantir o abastecimento de água a partir de novos reservatórios construídos na Tapada de Mafra e instaladas as tubagens até à entrada do Ecoparque da Abrunheira.

A conclusão das infra-estruturas de abastecimento de água ao Ecocentro e ao Ecoparque ficou a aguardar a definição final da organização espacial da zona da portaria/entrada do Ecoparque e dos traçados das redes de abastecimento de água/combate a incêndio no interior do Ecoparque, que foram alvo de análise e reformulação.

No âmbito do processo de fornecimento de energia eléctrica ao Ecoparque da Abrunheira foi desenvolvido pelo projectista um Estudo Prévio para a reformulação da portaria e vias de acesso da entrada do Ecoparque.

Considerando os elementos que resultaram da análise do Estudo Prévio, o projectista elaborou o Projecto de execução do acesso ao Ecoparque e Vias Exeriores.

Os elementos do projecto de execução da nova portaria têm em vista o desenvolvimento do projecto que garantirá a alimentação do respectivo Quadro Eléctrico a partir de um Posto de Transformação existente junto às instalações da Pavimafra. Será a partir do referido Quadro eléctrico que se garantirá a alimentação da energia eléctrica ao Ecocentro.

Existe ainda uma possibilidade alternativa de fornecimento de energia eléctrica na qual o investimento inicial seria essencialmente suportado por uma nova empresa do universo da EDP, sendo esse mesmo valor posteriormente diluído na facturação do consumo de energia. Esta solução alternativa será estudada em paralelo e não interferirá com a execução do projecto já idealizado.

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24TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Ecocentro da Ericeira

O primeiro Ecocentro da TRATOLIXO aberto ao público e em funcionamento desde meados de 2007 está localizado na localidade e freguesia da Ericeira, município de Mafra.

Nesta infra-estrutura é permitido que os munícipes realizem a deposição selectiva de resíduos valorizáveis que, pelas suas características ou dimensões, não podem ser depositados nos ecopontos, tais como baterias de automóvel, REEE, lâmpadas fluorescentes, madeiras e paletes, sucatas, mobílias e outros monstros, óleos alimentares e minerais, roupas usadas; papel e cartão, pilhas e acumuladores, plásticos, embalagens metálicas e ECAL, pneus, “esferovite” (EPS), resíduos de construção e demolição (RC&D), resíduos de jardins e parques, solventes e tintas, vidro embalagem, vidro de construção e automóvel.

Durante o ano de 2010 o Ecocentro da Ericeira registou um decréscimo de -8,95% na quantidade de resíduos recepcionados – num total de 1.952,16 toneladas – face ao ano de 2009, sendo que durante o 2º semestre de 2010 a recepção de resíduos nesta infra-estrutura registou um decréscimo de -17,29% face ao semestre homólogo de 2009.

Contudo, o número de utilizadores particulares aumentou +3,89% face a 2009, o que permite concluir que o Ecocentro da Ericeira está a ganhar cada vez mais destaque junto dos munícipes, o que torna esta infra-estrutura uma aposta ganha pela empresa na óptica da gestão de resíduos.

COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO MENSAL DE RESÍDUOS

SERVIÇOS MUNICI PALIZADOS • 61%

PARTICULARES • 21%PESSOAS COLECTIV AS • 18%

SERVIÇOS MUNICI PALIZADOS • 56%

PARTICULARES • 26%PESSOAS COLECTIV AS • 18%

ENTRADAS DIÁRIAS POR UTILIZADOR 2009 ENTRADAS DIÁRIAS POR UTILIZADOR 2010

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25RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Ecoparque de Trajouce

Localizadas na freguesia de S. Domingos de Rana, concelho de Cascais, as infra-estruturas de Trajouce são compostas por uma Central Industrial de Tratamento de Resíduos Sólidos (CITRS), uma linha de triagem de papel e cartão (desactivada em Novembro de 2010 por falta de capacidade de processamento), um ecocentro, uma lixeira selada, um aterro sanitário selado, uma Estação de Tratamento de Águas Lixiviadas (ETAL) e uma unidade de valorização energética do biogás do aterro.

CENTRAL INDUSTRIAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (CITRS) A CITRS de Trajouce tem como principal objectivo o tratamento e valorização dos resíduos indiferenciados recolhidos nos municípios do Sistema AMTRES.

Estes são sujeitos a pré-tratamento em crivos rotativos de malha de 120 mm, triagem manual da fracção superior a 120 mm, separação magnética da fracção inferior a 120 mm e separação mecânica do restante material num segundo conjunto de crivos de malha de 80 mm.

Os resíduos com granulometria inferior a 80 mm são encaminhados para o Tratamento Biológico em dois Parques de Compostagem fechados, onde a fracção orgânica sofre maturação através de pilhas com revolvimento, rega e insuflação de ar durante um período de cerca de 60 dias. Os gases são extraídos e sujeitos a tratamento através de biofiltro.

O produto final – composto CAMPOVERDE – é sujeito a um processo de afinação com recurso a crivos e mesas densimétricas vibratórias para eliminação de contaminantes leves (plásticos) e pesados (materiais inertes como pedras e vidros).

5 FolhetodedivulgaçãoCompostoCampoverde

6 FardosmateriaisrecicláveisCITRS

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26TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

5 EsquemadefuncionamentodaCITRSdeTrajouce

No final do processo de Tratamento Mecânico e Biológico instalado na CITRS obtêm-se para além do composto outros produtos finais, constituídos por fardos de resíduos recicláveis como o cartão, filme plástico, PET, aço e alumínio que são posteriormente vendidos para reciclagem.

Em funcionamento desde 1991, a CITRS possui uma capacidade nominal de recepção de resíduos indiferenciados de 150.000 toneladas/ano, capacidade nominal de tratamento de 500 toneladas/dia e capacidade de tratamento biológico de 60.000 toneladas/ano.

36VistageraldoTratamentoMecânicoIdaCITRSdeTrajouce6epormenordostapetestransportadoresdematerial<120mm.

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27RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Em 2010, a CITRS cumpriu todos os seus objectivos de processamento com excepção do previsto para o alumínio, cujo desvio é explicado pela diminuição da quantidade deste material presente nos RSU, situação que se vem sentindo desde há algum tempo.

O cumprimento dos objectivos propostos para esta unidade é resultado do envolvimento dos colaboradores na recuperação dos materiais, contribuindo assim para a diminuição do impacto da deposição dos mesmos em destino final, mas também na aposta da empresa na manutenção preventiva dos equipamentos e instalações, o que optimiza o seu desempenho.

Apesar destes esforços e uma vez que a capacidade de processamento da CITRS é insuficiente face às necessidades do sistema, a TRATOLIXO recorre a vários destinos, que servem de apoio a uma gestão sustentável dos seus resíduos. E, nesta frente como em todas as outras, dá particular prioridade à valorização orgânica – através do envio de RSU para processamento na Central de Valorização Orgânica da Valnor – e a valorização energética – enviando RSU indiferenciados para a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos da Valorsul.

Com esta estratégia são reduzidos ao mínimo os quantitativos de resíduos orgânicos e recicláveis depositados em aterro, o que permite à empresa recuperar diversas tipologias de materiais e contribuir, assim, para as metas de reciclagem nacionais e europeias: potenciar a valorização de resíduos orgânicos como matéria-prima e incentivar a valorização energética como medida acessória para a redução da dependência energética do País face ao exterior, cujo objectivo se consagra na Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020).

Em termos de balanço anual, apresentam-se de seguida as quantidades de resíduos encaminhadas para o exterior do Sistema em 2010, nomeadamente a quantidade de resíduos depositados em aterro face a 2009. Este resultado foi um contributo importante para a maximização da eficiência da CITRS de Trajouce, o que permitiu obter valias ambientais e económicas.

A par do incremento da eficiência da CITRS, verificou-se que o empenho no encaminhamento de resíduos para valorização noutros sistemas resultou no acréscimo de 227% no respeitante à quantidade de resíduos encaminhados para o destino de valorização orgânica. Foi registado ainda um decréscimo de -16% no total de resíduos enviados para o destino de valorização energética. Este facto também reflecte a preocupação da empresa em assegurar o cumprimento da hierarquia de gestão de resíduos.

Ainda na óptica de promover a sua valorização orgânica, desde Março de 2010 que os RUB do município de Mafra estão a ser encaminhados para recepção e tratamento na Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Valorsul, conforme disponibilidade comunicada por esta entidade à TRATOLIXO, já que a qualidade dos resíduos permitia o seu processamento na linha de secos daquela unidade.

Destino 2009(t) 2010(t) ∆09/10(%)

Aterro 246.697,82 234.638,69 -4,89AterroInertes 26.481,62 13.456,38 -49,19Valorizaçãoorgânica 10.177,84 33.262,64 226,81Incineração 92.394,49 77.599,68 -16,01Totalenvios 375.751,77 358.957,39 -4,47

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28TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Estes resíduos orgânicos são provenientes de um circuito piloto de recolha, já em implementação há alguns anos. Com o intuito de promover um Projecto de recolha selectiva de resíduos orgânicos alargado a todos os municípios do sistema que permita a alimentação da linha dedicada de RUB da CDA da Abrunheira, foi adjudicado em Abril de 2010 um estudo referente ao Levantamento de Produtores Significativos de RUB na Área de Intervenção da AMTRES.

Este estudo tinha como objectivo dotar a TRATOLIXO e os seus municípios de informação actualizada e georeferenciada sobre os Produtores Significativos de RUB, nomeadamente quanto ao número de estabelecimentos existentes e respectivo potencial de produção de RUB.

Por outro lado, foi determinado que a informação obtida neste estudo vertesse para um estudo económico que: possibilitasse determinar os custos da recolha selectiva de RUB em todos os municípios do sistema AMTRES; analisasse a viabilidade técnica e económica da sua implementação e determinasse potenciais circuitos municipais de recolha.

À data da elaboração do presente relatório já tinha sido entregue a versão final do estudo que permitiu aferir o potencial de recolha do Sistema num cenário optimista de 33.816 t de RUB, num cenário moderado provável de 17.419 t e num cenário pessimista de 14.540 t.

Para além do já referido, é de salientar que parte dos refugos resultantes do processamento dos RSU indiferenciados na CITRS de Trajouce são incorporados em CDR. Em 2010, cerca de 4.000 toneladas de rejeitado foram encaminhadas para co-incineração na CIMPOR como material constituinte do mesmo, medida esta que constitui uma importante mais-valia ambiental, quer no respeitante ao fomento da utilização de energias renováveis, quer no que concerne à diminuição da emissão de CO2 não biogénico, através da sua queima e consequente contributo para a redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE).

6ValorizaçãoorgânicapordigestãoanaeróbiadosRUBdeMafranaValorsul

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29RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Emissões para a

Atmosfera

Reciclagem

Consumo de Energia(Electricidadee Combustível)

ConsumoMateriaisAuxiliares

Consumode Água

Papel e CartãoEcopontos

Papel e CartãoGrandes Produtores

Triagemnegativa

contaminantes

Fracção recuperada

Enfardamento

Fardos de Papel e Cartão

Esta unidade era constituída por uma linha de triagem da fileira do papel/cartão, para processamento dos resíduos provenientes de recolha selectiva, com capacidade de processamento de 6 t/h.

O material era descarregado na unidade e sujeito a uma triagem negativa para retirada dos materiais contaminantes, tais como plásticos, vidros, embalagens ECAL, entre outros.

A partir de Novembro de 2010 estes resíduos passaram a ser encaminhados para a Quima, para processamento, sendo esta entidade simultaneamente o retomador habitual do cartão da triagem manual da CITRS, tendo-se desactivado a Unidade existente.

ESTAÇÃO DE TRIAGEM

6 EsquemadefuncionamentodoCentrodeTriagemdepapel/cartãoemTrajouce

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30TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Incineração

Consumo de Energia(Electricidadee Combustível)

Consumo de Energia(Combustível)

ConsumoMateriaisAuxiliares

Consumode Água

CentroTriagem

EmbalagensExterior

Estaçãode Transferênciade Embalagens

Trajoude

Reciclagem

Outras fracçõesnão embalagem

Reciclagem

PEAD

PEBD

PET

PET Óleos

Plásticos Mistos

EPS

Metais Não Ferrosos

Metais Ferrosos

ECAL

Refugo

Emissões para a

Atmosfera

Aterro

EmbalagensEcopontos

EmbalagensGrandes Produtores

Relativamente aos resíduos de embalagem provenientes de recolha selectiva, a TRATOLIXO recorre, desde Julho de 2008, a uma entidade externa - a Valorsul - para a sua triagem.

Em meados de 2010 a TRATOLIXO começou a analisar outras alternativas para a prestação deste serviço tendo, a partir de Agosto, passado a trabalhar também com a Resitejo, com benefícios claros, estando actualmente a subcontratar este serviço a estas duas entidades.

Em termos esquemáticos, os resíduos de embalagem recolhidos selectivamente são descarregados na Estação de Transferência de Trajouce e transportados pela TRATOLIXO em viaturas de 90 m3 para tratamento nas duas entidades contratadas para o efeito.

O processamento desta tipologia de resíduos é efectuado de forma distinta em cada entidade. Na Resitejo, os resíduos de embalagem são sujeitos a uma triagem mecânica das embalagens de metal e manual das restantes. Na Valorsul realiza-se uma pré-triagem manual, seguida de abertura de sacos mecânica; separação balística para triagem das fracções dos finos (rejeitado), planos (papel/cartão) e rolantes (plásticos e metais); separação magnética dos metais ferrosos; separação óptica (diversas tipologias de plásticos e ECAL) e separação magnética dos metais não ferrosos.

Os refugos do processamento dos resíduos de embalagem são encaminhados para incineração.

5 EsquemadefuncionamentodoCentrodeTriagemdeembalagensemTrajouce

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31RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

5 EsquemadefuncionamentodoEcocentrodeTrajouce

O Ecocentro de Trajouce é constituído por um cais de carga/descarga e armazenamento temporário de vidro de embalagem recolhido selectivamente; um ponto acreditado de recolha de pneus usados e um centro de recepção de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Recepcionam-se, ainda, aqui diversas tipologias de resíduos, tais como monstros, resíduos de limpeza e resíduos de jardins e parques, através das entregas municipais e de particulares.

Quando estes resíduos apresentam características que lhes permitem uma valorização - quer através da reciclagem, quer através da valorização energética - são separados de acordo com os respectivos fluxos ou fileiras e encaminhados para esse efeito.

Desta forma é possível recuperar pilhas e acumuladores, pneus, sucata, REEE’s, madeira embalagem, madeira não embalagem, plásticos rígidos, baterias de automóveis e lâmpadas fluorescentes que são encaminhados para as entidades gestoras responsáveis ou para retomadores acreditados.

Em 2010 - e apesar das entradas do fluxo dos monstros terem superado o previsto em cerca de 9% - o desempenho desta unidade de processamento de resíduos teve três dos sete factores de produção abaixo do planificado, sendo estes desvios observados na sucata, pilhas e REEE’s.

Estes desvios devem-se à diminuição destes materiais no fluxo dos monstros, em resultado da actual conjectura económica.

Por outro lado, parte dos refugos resultantes do processamento dos monstros neste Ecocentro são incorporados em CDR e valorizados como combustível alternativo em cimenteiras.

Também a madeira não-embalagem é processada conjuntamente com os resíduos verdes de modo a obter estilha, posteriormente valorizada por co-incineração em cimenteiras.

Nos resíduos de limpeza são retiradas as terras e pedras e encaminhadas para um aterro de resíduos inertes, enquanto que a fracção restante é encaminhada para um aterro comum.

ECOCENTRO DE TRAJOUCE

Reciclagem

Reciclagem

Consumo de Energia(Electricidadee Combustível)

ConsumoMateriaisAuxiliares

Consumode Água

RemoçãoContaminantes

Cais de Vidro

Emissões para a

Atmosfera

ValorizaçãoEnergética

EstilhaEstilhagemMadeira não embalageme Resíduos verdes

Processamentode CDR

Rejeitadomonstros

Vidro

Resíduos deLimpeza

Monstros

ResíduosVerdes Aterro comum

Aterro de inertesResíduos Limpeza

Refugo Ecocentro

Pilhas

Pneus

Sucata

Plástico

Madeira embalagem

REEE

Co-incineraçãoem cimenteiras

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32TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO ELÉCTRICA A PARTIR DO BIOGÁS DO ATERRO DE TRAJOUCE

3 CentroelectroprodutordobiogásdoAterrodeTrajouce

Implantado numa área de aproximadamente 7 hectares, a exploração do aterro sanitário de Trajouce teve início em Setembro de 1997.

Foi encerrado em 2003 após a deposição de mais de 1.500.000 toneladas de resíduos, tendo a obra da selagem terminado em Setembro de 2005.

Selado o aterro e de acordo com o Decreto-Lei n.º 152/2002 de 23 de Maio, revogado pelo Decreto-Lei n.º 183/2009 de 10 de Agosto, o biogás gerado deveria ser objecto de drenagem e tratamento.

Assim, em 2008 - após uma série de intervenções no aterro com vista à optimização no sistema de captação e drenagem do biogás e posterior análise de funcionamento do sistema - concluiu-se pela efectiva viabilidade do aproveitamento energético do aterro.

O sistema de valorização energética do biogás do Aterro de Trajouce entrou em funcionamento em Agosto de 2009, após obtenção das devidas licenças.

No decorrer do ano 2010 a produção energética a partir do biogás do aterro consolidou-se e comprovou ser uma mais-valia ambiental,

na medida em que o metano gerado no aterro é agora encaminhado para um motor-gerador de produção de electricidade, que posteriormente é injectada na Rede Eléctrica Nacional.

Esta valorização energética do biogás contribui para as metas nacionais de produção de energia por fontes alternativas aos combustíveis fósseis comuns, nomeadamente carvão e gás natural.

Durante o ano de 2010, a produção eléctrica através do biogás teve algumas oscilações, atingindo os valores mais elevados no final do ano. A produção total foi de 2.767,5 MWh.

Uma das razões fundamentais para a recuperação do Biogás é o aspecto ambiental, relativamente à redução do efeito de estufa. O metano, um dos componentes do biogás, tem um peso significativo na contribuição para o efeito de estufa, que afecta a temperatura à superfície da Terra. O aproveitamento do biogás para fins energéticos contribui para a melhoria da qualidade ambiental do aterro e das zonas envolventes, uma vez que os componentes que causam odores desagradáveis são extraídos e destruídos durante o processo de combustão.

ATERRO SANITÁRIO DE TRAJOUCE – Valorização energética do biogás

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33RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

DESEMPENHO AMBIENTAL

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34TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Sendo a problemática dos resíduos uma das preocupações ambientais mais frequentemente referida pela generalidade das pessoas, é grande a responsabilidade da TRATOLIXO e dos seus colaboradores: cabe-lhes efectuar a gestão destes resíduos da forma mais eficaz e ambientalmente correcta possível.

Da eficiência com que a TRATOLIXO desempenhar a sua missão dependem directamente a longevidade dos aterros, menores emissões de gases para a atmosfera e a poupança de inúmeras matérias-primas no fabrico de novos produtos.

Desempenho ambiental

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35RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

• Decreto-Lei n.º 208/2008, de 28 de Outubro, que estabelece o regime de protecção das águas subterrâneas contra a poluição e deterioração;

• Draft do Regulamento de Exploração da SANEST, relativo aos critérios de descarga de águas residuais no colector da SANEST;

• Decreto-Lei n.º 78/2004 de 3 de Abril, que estabelece o regime de prevenção e controlo de emissões de poluentes para a atmosfera;

• Portaria n.º 80/2006, de 23 de Janeiro (estabelece os limiares mássicos mínimos e máximos de poluentes atmosféricos);

• Portaria n.º 286/93, de 12 de Março (fixa valores limite e valores guia de emissão de poluentes para a atmosfera. Foi recentemente revogada pela Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho, no entanto existe um prazo de adaptação de dois anos para o parâmetro Partículas e de três anos para os restantes - à excepção do parâmetro Compostos Orgânicos Voláteis, cujo VLE estabelecido na Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho se aplica imediatamente após a publicação do mesmo);

• Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho, que estabelece os valores limite de emissão de aplicação geral às instalações abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril;

• Decreto-Lei n.º 236/1998, de 1 de Agosto, que estabelece normas, critérios e objectivos de qualidade com a finalidade de proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus principais usos;

• Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto, que estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano;

• Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de Agosto (estabelece o regime de qualidade da água destinada a consumo humano);

• Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, Lei Geral do Ruído, que estabelece o regime jurídico de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda da saúde humana e o bem-estar das populações;

• Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de Agosto, relativo ao controlo e manutenção pós-encerramento de aterros.

A TRATOLIXO, como empresa responsável pela gestão/valorização dos resíduos dos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra deve cumprir com todas as suas obrigações legais em matéria de ambiente.

Tornou-se assim imprescindível avaliar a legislação ambiental aplicável à actividade da empresa para que possa ser dada resposta a todas as responsabilidades ambientais que daí decorrem. Na sequência deste levantamento surgiu a necessidade de monitorizar alguns descritores ambientais com o objectivo de os controlar e conhecer os seus principais impactes ambientais.

Citam-se os principais diplomas legais em vigor aplicáveis à actividade da TRATOLIXO:

A empresa elabora, por isso, anualmente um Plano de Monitorização Ambiental, documento que constitui a base para o desenvolvimento de todos os trabalhos de monitorização a realizar. Constam deste documento todos os descritores a avaliar, respectivos parâmetros, periodicidade e o objectivo de cada monitorização, bem como a legislação aplicável associada.

São monitorizadas a ETAL, Aterro Sanitário e CITRS de Trajouce, bem como as quatro Lixeiras do Sistema AMTRES.

Para além de colmatar diversas exigências relacionadas com requisitos legais, a TRATOLIXO monitoriza igualmente os seus processos com vista a um conhecimento mais aprofundado dos processos fabris e consequente aferição e melhoria dos vários processos produtivos da empresa e uma consequente melhoria dos produtos produzidos.

No Plano de Monitorização Ambiental, para além de se monitorizarem os parâmetros que se reflectem em possíveis impactes da actividade da TRATOLIXO, também se encontra englobada a monitorização da água de consumo (proveniente da rede pública), da água industrial (mistura da água dos furos e água da rede) e da água proveniente dos furos.

Plano de Monitorização Ambiental

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36TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

67%Resíduos Limpeza

22%Resíduos Verdes

11%Monstros

27%Vidro

11%RecolhaSelectiva 20%

Embalagens

4%ResíduosOrgânicos

49%Papel e Cartão

78% ResíduosSólidosUrbanos

89% RecolhaIndiferenciado

22% ResíduosEquiparadosa Urbanos

RECEPÇÃO DE RESÍDUOS

Durante o ano de 2010 foram recepcionadas na TRATOLIXO 477.826 toneladas de resíduos sólidos urbanos e equiparados, provenientes das recolhas municipais e de particulares. Isto que representa menos 4.227 toneladas que em 2009 e é fruto da desaceleração económica e consequente diminuição do consumo. Este decréscimo, que se começou a verificar já no final de 2008, manteve essa tendência durante o ano de 2010.

a

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37RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Com excepção dos resíduos verdes e dos monstros, onde se verificaram aumentos de 10% e 9%, respectivamente, face a 2009, verificou-se um decréscimo da recepção de todos os fluxos de resíduos.

A recolha de resíduos indiferenciados também registou um ligeiro decréscimo – apenas -0,7% – face a 2009, registando o valor mais baixo desde 2003, tal como se pode verificar no quadro abaixo.

No respeitante às recolhas selectivas multimaterial, ocorreu também em 2010 um ligeiro decréscimo de cerca de -0,5% face a 2009, consonante com o já verificado em 2009.

Este decréscimo deve-se exclusivamente à diminuição de -9,0%, verificada na recolha da fileira do vidro, que está relacionada com o panorama geral do consumo mas também com uma possível substituição deste material por outros, como o plástico e os compósitos.

Nas fileiras de materiais de recolha selectiva salienta-se ainda como aspecto positivo, apesar das condicionantes económicas e de consumo actuais, o crescimento de cerca de 9% registado nos resíduos orgânicos.

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38TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS

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39RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Recolha Indiferenciada

Parte dos resíduos indiferenciados recolhidos pelos municípios do Sistema AMTRES, bem como por particulares, são processados na CITRS. O processo já descrito é esquematicamente apresentado na figura seguinte.

Consumo de Energia(Electricidadee Combustível)

ConsumoMateriaisAuxiliares

Consumode Água

Recepção da Central Industrial de Tratamento de Resíduos Sólidos

Maturação

Indiferenciado

ResíduosOrgânicos

EmbalagensGrandes

Produtores

Pré--triagemEmbalagens

Reciclagem

Reciclagem

Reciclagem

Plástico

Papel e Cartão

Crivo 80 mme separação magnética

Triagem manual

Metais Ferrosos

ReciclagemMetais Não Ferrosos

AgriculturaComposto

AtmosferaPartículas

AtmosferaGases

AterroRefugo

AterroRefugo

Perdas de Massapor evaporação

Fracção <120 mm

Crivo 120 mm

Fracção >120 mm

Fracção<80 mm

Fracção>80 mm

Crivo 8x20 mm

Fracção<80 mm

Rejeitado pesado

Rejeitado leve

Mesa densimétricade 10 mm e de 2 mm

Biofiltros

Despoeirador de afinação

Gasesemitidos

Co-incineraçãoem cimenteiras

ProcessamentoCDR

Aterro

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40TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Retomas 2007 2008 2009 2010 ∆09-10

Vidro 11.559 12.072 11.334 12.134 7%PapelCartão 7.712 9.024 7.504 8.756 17%Plástico 2.722 2.780 3.717 2.934 -21%Metal 421 470 387 445 15%Madeira 92 90 256 789 209%Total 22.506 24.436 23.198 25.059 8%

RecuperaçãoderecicláveisnaCITRScomorigemnaRecolhaIndiferenciada(toneladas) 2008 2009 2010 ∆2009-2010

FilmeplásticodaRecolhaIndiferenciada 1.344,12 1.604,18 1.731,16 7,92%CartãodaRecolhaIndiferenciada 1.696,03 938,47 1.470,58 56,70%AçodaRecolhaIndiferenciada 881,26 921,30 1.124,16 22,02%AlumíniodaRecolhaIndiferenciada 13,83 16,52 17,23 4,29%PETdaRecolhaIndiferenciada 0,00 71,78 119,82 66,93%

Produçãodecomposto(toneladas) 2008 2009 2010 ∆2009-2010

Composto 10.581,92 14.126,98 14.942,06 5,77%

Verifica-se que ocorreram aumentos na recuperação de todos os materiais recicláveis face a 2009. Destacam-se os resultados obtidos no PET (+66,93%) – cuja recuperação se iniciou em 2009 (o que constitui uma importante medida de redução de envio de resíduos para aterro): no cartão (+56,70%) (o que se traduz numa franca melhoria face à quebra ocorrida em 2009) e no aço (+22,02%).

Com excepção do aço, cujo incremento de recuperação se justifica com o aumento da presença deste material na fracção indiferenciada dos resíduos (1,57% face a 1,33% em 2009), os acréscimos de recuperação devem-se ao aumento da eficiência de triagem.

A fracção orgânica dos resíduos indiferenciados é submetida a tratamento biológico para produção de composto, sendo que também nesta se registou um aumento de 5,77% face ao ano anterior. Isto justifica-se com o aumento da presença desta fracção nos resíduos indiferenciados em cerca de 10% face a 2009.

Recolhas Selectivas

Apesar dos problemas associados à dificuldade de retoma nos plásticos mistos (que condicionaram fortemente a taxa de recuperação do plástico, o qual obteve um decréscimo de -21% em relação a 2009) e à própria situação económica do país, em 2010 as retomas de materiais aumentaram 8% face ao ano anterior, como se pode comprovar pelo quadro abaixo.

Salienta-se que apesar da diminuição de -9% nas entradas de vidro face a 2009, este material regista em 2010 um aumento de +7% nas retomas, em parte fruto da venda de stock anterior.

Por outro lado, o aumento nas retomas de papel/cartão demonstra uma recuperação face ao ano de 2009, justificada pelo aumento de +2% nas entradas selectivas.

Também os resíduos de papel/cartão provenientes de recolha selectiva passaram, a partir de Novembro de 2010, a ser encaminhados para a Quima para processamento. Esta entidade é, simultaneamente, o retomador habitual do cartão da triagem manual da CITRS.

3Carregamentodevidroparaenvioaoretomador.

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41RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Resíduos Equiparados a Urbanos – Ecocentro

No respeitante ao Ecocentro de Trajouce - e apesar de as entradas do fluxo dos monstros terem superado o previsto em cerca de 9% - o desempenho desta unidade de processamento de resíduos teve em 2010 três dos sete factores de produção abaixo do planificado. Estes desvios foram observados na sucata, pilhas e REEE’s e ficam a dever-se à diminuição destes materiais no fluxo dos monstros, em resultado da actual conjuntura económica.

É notório o trabalho de recuperação de materiais efectuado no Ecocentro. Do total de entradas de Monstros e de Resíduos Verdes (34.561 toneladas) foram recuperados 54%, fruto de um cuidadoso trabalho de triagem realizado pelos meios internos da empresa mas também, no caso específico da biomassa, da prestação de serviços contratada a uma entidade externa dedicada ao sector.

Esta entidade, que processa ainda os resíduos de limpeza recepcionados na TRATOLIXO, garante uma maior eficiência no processo, com valias qualitativas no produto final, operacionais e económicas importantes para a TRATOLIXO.

Ecocentro(toneladas) 2008 2009 2010 ∆2009-2010

Plásticosrígidos 189,38 119,46 163,54 36,90%Pilhas 16,96 9,98 7,64 -23,45%REEE 202,02 258,20 212,58 -17,67%Metais 344,26 369,54 250,02 -32,34%Pneus 495,40 608,92 602,86 -1,00%Biomassa 16.294,46 16.010,88 17.394,24 8,64%EPS 2,14 3,04 7,52 147,37%

Total 17.544,62 17.380,02 18.638,40 -

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42TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Consumos

Materiais(EN1) À actividade de gestão e tratamento de resíduos praticada pela empresa - bem como às suas actividades acessórias - estão associados processos que, devido à sua especificidade, empregam materiais específicos, fundamentais para o seu correcto desenvolvimento.

Por outro lado, a preocupação de minimizar os impactes ambientais resultantes do tratamento dos resíduos recepcionados a nível de emissões e, também, a preocupação com a saúde dos colaboradores e da população em geral, torna a sua substituição por materiais de origem reciclada bastante difícil. Contudo, e numa óptica de gestão sustentável dos recursos, a empresa envida esforços crescentes para o seu consumo racional.

Os principais materiais consumidos nos diferentes processos da TRATOLIXO são listados de seguida, sendo os respectivos quantitativos estimados com base nas compras efectuadas.

Assumiu-se para a maioria dos materiais um consumo constante, uma vez que os mesmos são aplicados em processos que, exceptuando situações pontuais, não sofrem grandes alterações. Tais são os casos do ácido sulfúrico – utilizado no biofiltro 4 e na ETAL; do hipoclorito de sódio – cujo emprego é efectuado nos depósitos de água que abastecem o edifício administrativo e os balneários; do carvão activo – aplicado nas Unidades de Tratamento do Ar do edifício administrativo e do arame – empregue no enfardamento dos materiais a valorizar.

Os consumos de óleo mineral englobam as utilizações na manutenção de infra-estruturas e na manutenção automóvel, sendo de salientar que o valor obtido para 2008 inclui stocks e se deve igualmente às várias intervenções associadas a fugas hidráulicas nas antigas pás carregadoras da CITRS. Em 2009 procedeu-se à substituição de duas destas viaturas, situação que justifica o acentuado decréscimo no consumo deste material. Já o acréscimo verificado em 2010 fica a dever-se à criação de stocks de algumas tipologias de óleos, bem como à utilização de novos óleos associados às novas pás carregadoras da CITRS de Trajouce.

Materiais 2008 2009 2010

ÁcidoSulfúrico(litros) 333,3 333,3 333,3Ácidoclorídrico(litros) nd 35,86 80HipocloritodeSódio(kg) 25 25 25Carvãoactivo(kg) 88 150 150Óleomineral(litros) 16.433,8 6.976 8.508Arame(t) 48 48 42,5

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43RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

No respeitante ao decréscimo observado no arame face a 2009, este deve-se exclusivamente ao facto de a prensa do papel/cartão ter deixado de funcionar por transição do processamento deste material para uma entidade externa.

(EN2) No âmbito da actividade da TRATOLIXO – tratamento, valorização e encaminhamento para destino final de resíduos – considera-se que apenas a actividade desenvolvida no Edifício Administrativo recorre a materiais provenientes da reciclagem, contabilizando-se para este caso exclusivamente o material de economato.

Este facto poderá dever-se facto de o número de trabalhos de impressão ter aumentado, pelo que o crescimento deste número não implica a existência de más práticas de consumo.

Contudo, e face ao já referido, os processos estão delineados para o tratamento de resíduos, sendo assim possível afirmar que a matéria-prima da empresa são os próprios resíduos recepcionados nas várias unidades.

Neste caso, cerca de 100% das aquisições de papel da empresa correspondem a material reciclado. Uma percentagem que tem vindo a aumentar gradualmente ao longo dos anos, como se pode verificar no quadro abaixo.

Apesar de as aquisições serem maioritariamente de papel reciclado face ao papel branco, registou-se um aumento de cerca de 17% nas aquisições totais em 2010. Assumindo que o papel comprado é totalmente consumido e que apenas os colaboradores da área de suporte (área administrativa) são utilizadores deste consumível, é possível verificar que o consumo por colaborador sofreu um aumento de cerca de 11%.

2008 2009 2010 ∆09-10(%)

Papelbranco(kg) 126,4 53 5 -90,57Papelreciclado(kg) 2.670 2.060 2.468 19,81

Total(kg) 2.796,4 2.113 2.473 17,04

Materiaisprovenientesdereciclagem(%) 95,48% 97,49% 99,80% 2,37

2008 2009 2010 ∆09-10(%)

Nºcolaboradoresáreasuporte 56 60 63

Consumopapelporcolaborador(kg/col.) 49,94 35,22 39,25 11,46

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44TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Consumos

Energia(EN3) Do ponto de vista legal, a TRATOLIXO encontra-se abrangida pelo Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE) pois, de acordo com a Auditoria Energética realizada durante o ano de 2005 às instalações da empresa, constatou-se que o consumo de energia foi superior a 1000 tep (tonelada equivalente de petróleo). O consumo específico de referência determinado, em 2005 foi 5,05 kgep/t.

Como não existe um consumo específico de referência para este tipo de instalações, segundo o RGCE este deverá ter um valor máximo correspondente a 90% do consumo específico determinado, ou seja, no nosso caso, 4,54 kgep/ton.

Assim, nos cinco anos seguintes a TRATOLIXO teria uma meta para cumprir com o objectivo de reduzir o consumo específico de 0,051 kgep/ton/ano. Isto é, ao fim de 5 anos o consumo específico deveria ser de 4,79 kgep/ton.

De modo a dar cumprimento ao RGCE elaborou-se um Plano de Racionalização dos Consumos de Energia (PRCE). O consumo total de energia no ano de 2010, em toda a instalação da TRATOLIXO, foi de 2.131.962 kgep, ou seja, 89.260,99 GJ.

As necessidades energéticas da TRATOLIXO são repartidas entre o consumo de energia eléctrica, de gasóleo e de gás natural. A primeira fonte de energia representa 78,47% dos consumos energéticos da empresa.

É possível concluir que ocorreram aumentos nos consumos das três fontes de energia – eléctrica, gasóleo e gás natural – face a 2009, tal como é possível verificar abaixo.

ENERGIA ELÉCTRICA • 78,47%

GÁS NATURAL • 0,17%GASÓLEO • 21,36%

Face ao ano de 2009 registou-se um aumento do consumo de energia eléctrica no sistema de climatização, associado ao facto de as temperaturas de Verão e de Inverno terem registado, respectivamente, valores máximos e mínimos mais acentuados. Por outro lado, a implementação de uma ETAL compacta de apoio à ETAL existente nas instalações contribuiu para o aumento no consumo desta fonte energética.

O aumento do consumo de gasóleo face a 2009 é justificado pela aquisição em Setembro de quatro novos tractores para transporte de resíduos.

CONSUMO DE ENERGIA ELÉCTRICA

CONSUMO DE GÁS NATURALCONSUMO DE GASÓLEO

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45RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Relativamente ao consumo de gás natural, este é utilizado apenas no edifício administrativo – balneários e refeitório. Face ao total de consumos energéticos na empresa e ao peso relativo de cada fonte energética, o aumento verificado no consumo de gás quando comparado com o ano anterior não é considerado representativo.

Contudo, o consumo específico de energia atingido em 2010 foi de 3,23 kgep/ton, valor inferior ao valor de referência de 2005 previsto no Plano de Racionalização dos Consumos de Energia da Empresa, resultado que é fruto de um apertado controlo dos consumos nos processos produtivos.

Consumoespecíficodeenergia–Anodereferência:2005(kgep/ton): 5,05

Ano Meta(kgep/ton) ConsumoEspecíficodeEnergiaobtido(kgep/ton)

2006 4,99 5,262007 4,94 5,292008 4,89 4,632009 4,84 4,122010 4,79 3,23

Consumodeenergiaporfonte

2009(Gj) 2010(Gj)

Fontesnãorenováveis Carvão 10.470,37 7.704,78 GásNatural 20.286,34 9.175,69 Fuel 654,40 350,22 Nuclear 3.271,99 2.101,30 CogeraçãoeMicroproduçãoPRE 5.235,18 9.525,91

TOTALEnergiasNãoRenováveis 39.918,28 28.857,90

%EnergiasNãoRenováveis 61,0% 41,2%

Fontesrenováveis Hídrica 10.470,37 10.436,47 Eólica 13.087,96 24.094,95 OutrasPRE 1.963,19 6.654,13

TOTALEnergiasRenováveis 25.521,53 41.185,55

%EnergiasRenováveis 39,0% 58,8%

65.439,81 70.043,45

(EN4) A energia eléctrica consumida na TRATOLIXO pode decompor-se por fontes de energia primária, de acordo com o mix energético da EDP Serviço Universal para 2009 e 2010 e cujos contributos particulares são apresentados de seguida.

(EN5) Em termos de poupança energética associada a melhorias efectuadas na conservação e tendo como objectivo a eficiência, apesar de ter sido efectuada uma medida de requalificação a nível mecânico e eléctrico num equipamento do sector do Tratamento Biológico da CITRS e de se ter conseguido uma optimização do processo produtivo daquela instalação, não foi possível quantificar o total de poupança energética obtido.

(EN6) Por outro lado, a empresa não desenvolveu qualquer iniciativa sistematizada no âmbito do fornecimento de produtos ou serviços baseados na eficiência energética.

Apenas a captação e valorização do biogás do aterro de Trajouce se enquadra numa medida de fornecimento de um produto baseado nas energias renováveis, com a venda de energia eléctrica à REN.

Em 2010 a Central de Valorização do Biogás do Aterro de Trajouce produziu 803.148 kgep.

(EN7) No respeitante à redução de consumos indirectos de energia, não foram realizadas quaisquer iniciativas durante o ano de 2010.

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46TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Consumos

Água(EN8) A água consumida na TRATOLIXO provém de duas fontes: água da rede - fornecida pela AdC – Águas de Cascais - e água dos furos.

Existem dois pontos de ligação à rede pública de abastecimento da AdC – Águas de Cascais.

O primeiro ponto abastece um depósito de 10m3 existente junto dos reservatórios de água dos furos. que fornece água ao antigo edifício administrativo e aos balneários masculinos com água própria para contacto directo, bem como os depósitos de 50m3, para fornecimento de água necessária ao processo produtivo.

O segundo ponto abastece igualmente o depósito de água da rede (10m3) existente junto ao refeitório, possibilitando o abastecimento de água própria para consumo do edifício administrativo e balneários femininos.

CONSUMO DE ÁGUA POR TONELADA PROCESSADA

50,0045,0040,0035,0030,0025,0020,0015,0010,00

5,000,00

2010

26,23

2009

36,97

2008

50,46

2007

49,92l/t RSU processada

A TRATOLIXO possui dois furos de captação de águas subterrâneas nos seus terrenos, cujo limite de captação é de 1.000m3/mês por furo. A água proveniente dos furos é utilizada no processo industrial de tratamento de resíduos sólidos urbanos e pelo processo de tratamento de resíduos hospitalares da Tratospital, que em Outubro extinguiu a sua actividade. Estes dois furos de captação de águas subterrâneas estão ligados a três depósitos, de 50m3 cada, que por sua vez se encontram interligados entre si.

Os consumos totais de água em 2010 foram de 26,23 litros/tonelada de RSU processada, tendo diminuído cerca de 29% face a 2009. Isto é fruto da redução das captações dos furos de águas subterrâneas para consumo no processo produtivo - nomeadamente nos biofiltros e ecocentro - e consumo da rede.

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47RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

A diminuição dos consumos nos biofiltros está associada à adequação da sua rega consoante os valores de humidade obtidos semanalmente na monitorização efectuada a estas infra-estruturas - parâmetro este influenciado pelas condições meteorológicas anuais.

Em termos de consumos totais por fonte, o consumo de água dos furos representa cerca de 63% das necessidades totais da empresa. Tem vindo a verificar-se anualmente, tal como já referido, um decréscimo não só no valor do consumo total como nos valores dos consumos individuais.

O consumo total face a 2009 registou, assim, uma diminuição de -31,62%, sendo que o consumo a partir da rede foi reduzido em -38,40% e o consumo dos furos comutado em -26,92%.

(EN9) A avaliação dos recursos hídricos que poderão ser afectados com as utilizações de água para a actividade desenvolvida pela TRATOLIXO – quer através da captação de água dos furos quer através do consumo de água da rede – é muito difícil de obter, não sendo possível afirmar peremptoriamente que aqueles não são afectados pelo consumo de água da empresa.

No entanto, o facto de mantermos os nossos consumos dentro dos limites permitidos pelas licenças de captação de águas subterrâneas e não ultrapassarmos os limites anuais dá-nos a certeza de poder afirmar que não afectamos significativamente nenhuma fonte hídrica.

(EN10) Tendo plena consciência da importância e escassez deste recurso natural, a TRATOLIXO faz uma gestão sustentável da utilização da água consumida, quer através do cumprimento dos limites de captação de águas subterrâneas, quer através da implementação de medidas que visem a redução do seu consumo no processo produtivo e na utilização corrente. O controlo da humidade dos biofiltros e a existência de torneiras com sensor de abertura nas casas de banho do Edifício Administrativo são sinais claros desta predisposição.

Por motivos estruturais do projecto das várias instalações, não é possível submeter quer a água captada dos furos quer a água proveniente da rede de abastecimento a recirculação. Assim sendo, a percentagem de água reutilizada é nula.

2008 2009 2010 ∆09-10(%)

Consumodeáguadarede(m3) 15.987,11 13.623,18 8.391,47 -38,40Consumodeáguadosfuros(m3) 23.460,00 19.685,00 14.386,00 -26,92Consumostotais(m3) 39.447,11 33.308,18 22.777,47 -31,62

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48TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Condicionante Áreaafectada(m2) %afectaçãofaceàáreatotaldasinstalações

Domíniohídrico 90 0,02REN 13.130 3,10RAN 61.310 14,40Áreatotaldasinstalações 426.099

Biodiversidade(EN11) As instalações da TRATOLIXO estão dispersas por três locais distintos: o Ecoparque de Trajouce – localizado na freguesia de S. Domingos de Rana, município de Cascais; o Ecoparque da Abrunheira – localizado na freguesia de S. Miguel de Alcainça, município de Mafra e o Ecocentro da Ericeira, localizado na freguesia da Ericeira, município de Mafra.

O Ecoparque da Abrunheira e o Ecocentro da Ericeira (e suas áreas adjacentes) não estão inseridos em zonas de Área Protegida, Reserva Agrícola Nacional (RAN), Reserva Ecológica Nacional (REN) ou áreas de elevado índice de Biodiversidade - o que diminui significativamente a probabilidade de a nossa actividade poder afectar de forma relevante a Biodiversidade.

No respeitante ao Ecoparque de Trajouce, não está localizado em Área Protegida ou em áreas de elevado índice de biodiversidade. Contudo, e com base no SIG da Câmara Municipal de Cascais, possui áreas adjacentes a zonas classificadas com condicionantes de ordenamento do território, apresentadas no seguinte quadro:

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49RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Também não se considera existir impactes significativos causados pela actividade desenvolvida junto da biodiversidade ou de habitats, uma vez que não existem áreas da TRATOLIXO ou adjacentes à empresa dentro de Áreas Protegidas ou em áreas de alto índice de biodiversidade.

(EN14) Dado não existirem impactos significativos da TRATOLIXO na Biodiversidade, actualmente ainda não há uma estratégia sistematizada para a gestão desta temática.(EN15) Não existe, nas áreas de influência das unidades operacionais da TRATOLIXO, nenhuma espécie protegida que esteja incluída na Lista Vermelha da International Union for Conservation of Nature (IUCN) ou na lista nacional de conservação das espécies.

(EN13) Em termos de habitats protegidos ou recuperados considera-se neste âmbito a requalificação paisagística após selagem do Aterro Sanitário inserido no Ecoparque de Trajouce, dando cumprimento ao Anexo I do Decreto-Lei n.º 183/2009 de 10 de Agosto.

Para além da referida requalificação paisagística, foi ainda construída uma Central de Valorização do Biogás, tal como previsto no anexo II do diploma legal acima referido, que ficou concluída em 2009 e em 2010 permitiu produzir 2.767,5 MW de energia eléctrica.

A área de REN abrange indevidamente a antiga lixeira de Trajouce uma vez que, à data de elaboração do PDM pela Câmara Municipal de Cascais, era já esta a utilização dada àquela área de território.

Quanto à área de RAN, já foi instruído junto da entidade competente o processo de pedido de utilização do solo para fins não agrícolas, encontrando-se a TRATOLIXO a cumprir a restrição de utilização daquela área.

(EN12) Em termos de impactes significativos de actividades, produtos e serviços da empresa sobre a biodiversidade - e uma vez que todos os efluentes da actividade da TRATOLIXO são tratados na ETAL e posteriormente encaminhados para o colector da SANEST - consideram-se controlados os riscos de afectação da Ribeira de Quenena, curso de água adjacente à área de implantação da empresa e classificado como domínio hídrico.

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50TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Emissões, efluentes e resíduos(EN19) A actividade da TRATOLIXO está obrigada ao cumprimento do Regulamento (CE) nº 1005/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo às regras de produção, importação, exportação, colocação no mercado, utilização, recuperação, reciclagem, valorização e destruição de substâncias que empobrecem a camada de ozono (ODS – Ozone Depleting Substances); à comunicação de informações sobre estas substâncias e à importação, exportação, colocação no mercado e utilização de produtos e equipamentos que as contenham ou delas dependam.

Enquanto produtora, a actividade da empresa não se enquadra neste âmbito. Fica, porém, abrangida pelas disposições aplicáveis enquanto utilizadora.

Neste sentido, a empresa identifica os equipamentos/sistemas que contêm substâncias regulamentadas, que substâncias se tratam e qual a sua carga; mantém comprovativos da reparação de eventuais fugas e, também, registos da quantidade e do tipo de substâncias regulamentadas adicionadas bem como das quantidades recuperadas durante as operações de manutenção, assistência técnica e eliminação final do equipamento ou do sistema de protecção contra incêndios, entre outras informações relevantes.

A TRATOLIXO trabalha exclusivamente com operadores de gestão de resíduos licenciados para o tratamento de equipamentos em fim de vida e as intervenções técnicas e as operações de trasfega, recuperação, valorização e destruição das ODS são efectuadas por técnicos qualificados para o efeito. São preenchidas fichas de intervenção conforme o anexo II do Decreto-Lei n.º 152/2005 de 31 de Agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 35/2008 de 27 de Fevereiro.

Como interveniente no circuito de gestão de resíduos – nomeadamente nas operações de recolha e armazenamento – a empresa adopta as soluções técnicas patentes no anexo IV dos referidos diplomas, no respeitante às condições prévias de recepção dos equipamentos, transporte, carga/descarga e armazenagem.

(EN21) Ainda no âmbito do cumprimento da legislação ambiental que é aplicável à sua actividade, a TRATOLIXO efectua, no que diz respeito às emissões líquidas, a monitorização do efluente proveniente da sua ETAL.

Este efluente, que corresponde à totalidade das descargas de água da empresa, é descarregado no colector da SANEST que conflui para o Emissário da Lage.

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51RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

O objectivo da sua monitorização é verificar se estão a ser cumpridos os valores limite de emissão previstos no Draft do Regulamento de Exploração daquela entidade, que define os valores limite de emissão (VLE) e os parâmetros que deverão ser cumpridos para descargas realizadas em áreas que estão sob a jurisdição do Sistema de Saneamento da Costa do Estoril, concessionado à SANEST.

Consideram-se duas contribuições de entrada na Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL):

• O afluente proveniente da TRATOLIXO (águas residuais domésticas e águas provenientes do processo de compostagem);

• O lixiviado do aterro sanitário de Trajouce, proveniente da Estação Elevatória.

Até Maio de 2009 os efluentes da Tratospital – que consistiam nas águas do processo de tratamento de resíduos hospitalares (autoclavagem) – eram igualmente enviados para a ETAL, sendo ainda de considerar para os valores totais outras contribuições de entrada, como possivelmente águas pluviais.

(EN 25) Assim sendo, restam apenas os efeitos do escoamento superficial, que poderá de alguma forma atingir a Ribeira de Quenena adjacente à área de implantação da empresa.

Desconhecem-se, contudo, as características de biodiversidade e habitats deste recurso hídrico, pelo que não é possível avaliar os impactes da actividade da TRATOLIXO no mesmo.

(EN 22) Em termos de resíduos produzidos, anualmente a TRATOLIXO reporta no SIRAPA, através do formulário MIRR (Mapa Integrado de Registo de Resíduos), as quantidades de resíduos produzidas internamente. Através do Mapa de Registo de Resíduos Urbanos (MRRU) são reportadas as quantidades de resíduos geridas pelo Sistema AMTRES.

7FotodaETALCompacta

37Biofiltro

3Mini-Ecopontosparaaseparaçãodosresíduosproduzidosnoedifícioadministrativo

2008 2009 2010

Águatratada(m3) 32.741 44.439 66.802ColectordaSANEST(m3) 32.741 44.439 66.802

Sendo o efluente da ETAL tratado e encaminhado na sua totalidade para o colector da SANEST, e considerando-se desprezíveis as perdas ocorridas no processo, os quantitativos de entrada são iguais aos quantitativos de saída.

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52TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Apresentam-se de seguida os números relativos aos resíduos produzidos nas instalações da TRATOLIXO, conforme designação da Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março, por ano, tipologia de operação de valorização/eliminação e existência de perigosidade.

RESÍ

DU

OS

OU

RBA

NO

SRE

SÍD

UO

SU

RBA

NO

S

LER Designaçãodoresíduo 2009(kg) 2010(kg) Destino Perigosidade

Resíduoscujasrecolhaeeliminação 180103(*) estãosujeitosarequisitosespecíficostendo 14.071,00 9,90 D9 Sim emvistaaprevençãodeinfecções

180101 Objectoscortanteseperfurantes 0,63 0,16 D10 Sim

150110(*) Embalagenscontendooucontaminadas porresíduosdesubstânciasperigosas 108,00 270,00 R13 Sim

161001(*) Resíduoslíquidosaquosos contendosubstânciasperigosas 44,00 37.880,00 D9 Sim

Lamasdotratamentobiológicodeáguas 190811(*) residuaisindustriaiscontendosubstâncias 79.660,00 147.680,00 D15eD9 Sim perigosas

200125 Óleosegordurasalimentares 1.320,00 40,00 D15eR9

160107(*) Filtrosdeóleo 104,00 208,00 R13 Sim

200399 Resíduosurbanoseequiparados nãoanteriormenteespecificados 86,40 - D15

160121(*) Componentesperigososnãoabrangidos em160107a160111,160113e160114 168,00 336,00 D15 Sim

160216 Componentesretiradosdeequipamento foradeusonãoabrangidosem160215 37,00 71,50 R13eD15

130208(*) Outrosóleosdemotores, transmissõeselubrificação 356,00 890,00 R13 Sim

Absorventes,materiaisfiltrantes(incluindofiltros deóleonãoanteriormenteespecificados), 150202(*) panosdelimpezaevestuáriodeprotecção, 1.440,00 1.240,00 D15 Sim limpezaevestuáriodeprotecção, contaminadosporsubstânciasperigosas

130205(*) Óleosmineraisnãocloradosdemotores, transmissõeselubrificação 623,00 890,00 R13 Sim

130113 Outrosóleoshidráulicos 890,00 - R13

Absorventes,materiaisfiltrantes,panos 150203 delimpezaevestuáriodeprotecção 120,00 200,00 D15 nãoabrangidosem150202

Outrosresíduosurbanoseequiparados, 200301 incluindomisturasderesíduos - 288,00 D15 (AbsorventesHigiénicos)

130110(*) Óleoshidráulicosmineraisnãoclorados - 890,00 R13 Sim

200101 Papel/Cartão 1.427,95 1.453,20 R3

200139 Plásticos 828,95 977,38 R13

Outrosresíduosurbanoseequiparados, 200301 incluindomisturasderesíduos 1.483,90 4.383,35 D10 (Resíduosindiferenciados)

150104 Embalagensdemetal - 114,00 R13

200108 Resíduosbiodegradáveis decozinhasecantinas - 508,95 R3

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53RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Os resíduos recepcionados pela empresa são processados tendo por base a hierarquia de gestão de resíduos e a própria disponibilidade das instalações, pelo que se apresenta de seguida o destino dos rejeitados dos diversos processos (classificados conforme a Portaria n.º 209/2004 de 3 de Março) em 2009 e 2010 e respectiva variação.

(EN24) Salienta-se que no amplo desenvolvimento dos processos operacionais da TRATOLIXO não existem resíduos importados ou exportados, estando por isso excluída a necessidade de acompanhamento de resíduos considerados perigosos nos termos da Convenção de Basileia.

(EN23) Em termos de derrames significativos, estes encontram-se devidamente controlados na empresa, estando identificadas as zonas de risco, incluindo zonas de risco de pequenas fugas – como, por exemplo, óleo de viaturas ou de lubrificação de equipamentos. Estão também definidas medidas preventivas, tais como a instalação de bacias de retenção com separadores de hidrocarbonetos e gorduras e execução de planos de manutenção que permitem minimizar os riscos de ocorrência de derrames.

Esta questão é avaliada continuamente no âmbito do Sistema Integrado de Gestão da empresa e está salvaguardada, nomeadamente através de procedimentos para a contenção e resolução de eventuais derrames e do seu registo no Sistema. O reporte de eventuais incidentes é efectuado à APA, ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 do art.º 15º do Decreto-lei n.º 147/2008 de 29 de Julho, referente ao regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais (e posteriores alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 245/2009 de 22 de Setembro), sempre que se verifiquem danos ambientais ou ameaças iminentes desses danos para o solo, águas e/ou habitats, tal como definido nas alíneas b) e e) do n.º 1 do referido Decreto-Lei.

Durante o ano de 2010 não foi registado nenhum derrame significativo nas instalações da empresa.

2009(ton) 2010(ton) ∆09-10(%)

DestinoAterro(LER) 246.697,82 234.638,69 -4,89

200301 89.540,88 61.206,52 -31,64200303 55.702,56 66.414,28 19,23200307 2.999,08 3.545,46 18,22191212 98.455,30 103.472,43 5,10

DestinoAterrodeInertes 26.481,62 13.456,38 -49,19

200202 26.481,62 13.456,38 -49,19

DestinoValorizaçãoorgânica 10.177,84 33.262,64 226,81

200301 10.177,84 33.262,64 226,81

DestinoIncineração 92.394,49 77.599,68 -16,01

200301 68.495,51 72.351,84 5,63191212 23.898,98 5.247,84 -78,04

Totaldestinosexteriores 375.751,77 358.957,39 -4,47

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54TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Produtos e Serviços(EN26) Dando cumprimento à hierarquia de gestão de resíduos, a TRATOLIXO procurou em 2010 encaminhar os refugos do tratamento dos resíduos que recebe e gere para vários destinos de valorização em detrimento da deposição em aterro, contribuindo assim para a diminuição da emissão de gases de efeito de estufa (GEE).

Tal como já foi referido anteriormente, esse empenho resultou no acréscimo de 227% de resíduos encaminhados para o destino de valorização orgânica, tendo-se registado ainda um decréscimo de -16% de resíduos enviados para o destino de valorização energética. Desta forma, foi possível obter uma redução de -5% na quantidade de resíduos destinados a aterros de resíduos urbanos e evitar a deposição de 221.931 toneladas de RUB em aterro, segundo a caracterização de RSU indiferenciados do Sistema em 2010.

Com base na preocupação em assegurar uma vez mais a hierarquia de gestão de resíduos, encontra-se neste momento em estudo a implementação de um Projecto de Recolha Selectiva de RUB na área da AMTRES. O objectivo é determinar os custos desta recolha selectiva em todos os municípios do sistema; analisar a viabilidade técnica e económica da sua implementação e determinar potenciais circuitos municipais de recolha que assegurem o funcionamento da linha de RUB da futura CDA da Abrunheira para a produção de biogás.

A implementação desta nova recolha permite uma maior redução da deposição de RUB em aterro e consequentemente optimiza o seu tempo de vida útil; permite uma gestão ambientalmente sustentável e tecnicamente segura, atenuando os efeitos negativos da poluição dos solos e minimizando, a uma escala local, os impactes nas águas superficiais e subterrâneas

e na atmosfera com um claro impacto positivo na redução dos gases com efeito de estufa, bem como de quaisquer riscos para a saúde humana, em termos de escala global.

A produção de CDR, que neste momento é uma aposta forte da TRATOLIXO, constitui uma fonte energética em três vertentes: enquanto combustível na sua definição; enquanto Fonte de Energia Renovável (FER) e como Fonte de Energia que evita a emissão de CO2 não biogénico.

Esta última viabiliza a obtenção de licenças no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE). Estas licenças prendem-se com o Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão (PNALE), que estimula o CELE e limita as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) a um conjunto de instalações fortemente emissoras.

Os principais impactos positivos do CDR são a redução das emissões de CO2, uma maior utilização de energias renováveis (com consequente redução de consumo de combustíveis fósseis) e um aumento significativo do tempo de vida útil dos aterros, contribuindo desta forma para a auto-suficiência energética nacional e diminuição dos custos de deposição em aterro - factor muito importante para o cumprimento do Protocolo de Quioto.

Com base em estudos já efectuados o uso de CDR aponta para uma redução estimada de 24% dos gases com efeito de estufa comparativamente aos valores de emissão obtidos com o coque de petróleo, uma vez que 50% a 60% do carbono dos CDR é derivado de fontes não fósseis.

Estes são, portanto, importantes contributos para alcançar os objectivos estabelecidos na ENE 2020, nomeadamente no respeitante aos seguintes objectivos aí definidos:

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55RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

• Redução da dependência energética do País face ao exterior para 74% em 2020, com vista à progressiva independência do País face aos combustíveis fósseis;

• Cumprimento dos compromissos assumidos por Portugal no contexto das políticas europeias de combate às alterações climáticas, permitindo que, em 2020, 60% da electricidade produzida e 31% do consumo de energia final tenham origem em fontes renováveis - e uma redução do 20% do consumo de energia final (nos termos do Pacote Energia-Clima 20-20-20);

• Reduzir em 25 % o saldo importador energético com a energia produzida a partir de fontes endógenas gerando uma redução de importações de 2000 milhões de euros;

• Promover o desenvolvimento sustentável criando condições para o cumprimento das metas de redução de emissões assumidas por Portugal no quadro europeu.

Em termos de minimização da deposição de resíduos em aterro, em 2010 a produção de CDR na TRATOLIXO evitou a deposição em destino final de 4.744,95 toneladas de resíduos, contribuindo assim para a redução da produção de lixiviados e a diminuição das emissões de GEE para a atmosfera.

Outra iniciativa que a empresa tem em desenvolvimento para minimizar os impactes da sua actividade e realizar uma gestão sustentável dos resíduos prende-se com a captação do biogás produzido no interior do aterro de Trajouce, valorizado desde Agosto de 2009 na Central de Valorização de Biogás do Aterro de Trajouce ao abrigo do Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de Agosto, referente aos aterros.

Considerando que os meses de funcionamento de 2009 constituiram uma fase de arranque

da Central, é possível considerar o ano de 2010 como um ano de referência para o desempenho daquela unidade em termos de produção de energia eléctrica e, consequentemente, em termos de emissões de GEE evitadas.

A produção de biogás de um aterro sanitário está muito dependente de variáveis como o tempo de degradação da matéria orgânica depositada, o método de exploração do aterro e do próprio biogás, da composição do biogás, das condições climatéricas, entre outros - o que confere uma grande oscilação da produção de biogás e consequentemente da electricidade gerada.

Assim sendo, as emissões de CO2 evitadas são igualmente dependentes da variação que estes parâmetros sofrem ao longo do tempo.

Com base no caudal médio captado em 2010 e nas horas de funcionamento do grupo motor-gerador, foi evitada a emissão de 10.743.533,02 Nm3 de CO2 eq para a atmosfera, o que constitui uma importante medida de mitigação dos impactes ambientais associados à actividade da empresa.

Por último, salienta-se a produção e comercialização em 2010 de 17.418,86 toneladas de estilha, cuja valorização por co-incineração em cimenteiras (em detrimento da deposição em aterro) contribuiu igualmente para a redução da emissão de GEE e produção de lixiviados.

(EN27) Todos os produtos da empresa são comercializados exclusivamente a granel, o que evita a produção de embalagens associadas ao seu transporte e minimiza os respectivos impactes ambientais na fase de produção, com o consumo de matérias-primas.

(EN28) Refere-se como conclusão que a TRATOLIXO não sofreu em 2010 qualquer multa ou sanção não monetária por incumprimento legal em matéria de questões ambientais.

7CDR

37Composto

3Estilha

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56TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

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57RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

DESEMPENHO SOCIAL

PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO

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58TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Incidência 2010 2009 2008 2007 H M Total ÁreadeProdução 112 27 139 127 125 112ÁreadeSuporte 25 38 63 60 56 51TOTAL 137 65 202 187 181 163

EFECTIVO POR ÁREA DE LABORAÇÃO

Desempenho social: Práticas Laborais e Trabalho Condigno

Emprego(LA2) Em 31 de Dezembro de 2010, o efectivo total dos Recursos Humanos da TRATOLIXO era de 202 colaboradores, dos quais 137 do género masculino e 65 do género feminino.

(LA13) A área de produção representava cerca de 69% do total do efectivo da empresa, evidenciando-se no quadro seguinte a distribuição do efectivo da TRATOLIXO pelas áreas de laboração e por género.

(LA2) Comparativamente com 2009, o efectivo teve um incremento de 15 colaboradores que corresponde a cerca de 8,02%, resultante de 19 admissões e de 4 saídas.

(LA1) O pessoal ao serviço da Tratolixo tinha, em 1 de Janeiro de 2011, os seguintes vínculos:

ÁREA DE PRODUÇÃO • 69%

ÁREA DE SUPORTE • 31%

Vínculo Homens Mulheres Total

ContratodeTrabalhoaTermo 8 3 11Incerto 0 0 0Certo 8 3 11ContratodeTrabalhoSemTermo 129 62 191Total 137 65 202

Apesar da responsabilidade da TRATOLIXO ser a gestão e a valorização dos RSU produzidos nos seus municípios, não lhe é de todo alheia a conjuntura económica nacional e o reflexo que esta tem nas condições de trabalho dos seus colaboradores.

Na sua visão estratégica, o bem-estar dos colaboradores é um dos factores-chaves para o bom funcionamento da empresa, uma vez que deles depende o cumprimento dos objectivos estabelecidos no PERECMOS.

Com esta perspectiva, é nosso propósito apostar na valorização de competências individuais (através de formação, estágios e estudos avançados), criação de estabilidade laboral – quer através da melhoria das

condições de segurança no trabalho quer através da vinculação dos colaboradores – e adopção de práticas de recrutamento não discriminatórias e promotoras de igualdade de oportunidades, como são os exemplos da integração social de colaboradores estrangeiros e colaboradores portadores de deficiência, em conformidade com o Código do Trabalho.

Por último, e não menos importante, criar e manter um ambiente interno que permita o pleno envolvimento de todos os colaboradores com o Sistema Integrado de Gestão implementado, fazendo com que compreendam qual o seu papel e incentivando-os a dar os seus contributos aos órgãos de gestão da empresa.

Divulgação da Abordagem de Gestão (DMA) relativa às Práticas Laborais

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59RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Nos Contratos de Trabalho a Termo Certo, incluem-se dois trabalhadores que atingiram a reforma, cujos contratos se encontram abrangidos pelo artigo 348º do Código do Trabalho.

A taxa de precariedade (rácio entre os contratos de trabalho a termo e a totalidade dos contratos de trabalho) era, em 2010, de 5,5%.

Todos os colaboradores da TRATOLIXO trabalham a full-time.

(LA2) O nível etário médio da TRATOLIXO era de 41,1 anos em 31 de Dezembro de 2010, continuando a ser mais elevado no género masculino (42,5 anos) que no género feminino (40 anos).

Observando os escalões etários segundo a idade predominante, verifica-se que há uma maior concentração na faixa etária dos 35 aos 39 anos, correspondendo a 19,3% do total, conforme se pode constatar no gráfico seguinte.

Em 2010, 10,9% do efectivo correspondia a colaboradores com idade inferior a 30 anos e 5,9% dos colaboradores possuíam 61 anos ou mais.

Sumariamente, no ano de 2010, 38% dos colaboradores da empresa tinham entre 31 e 40 anos, enquanto que 28% se enquadravam entre os 41 e os 50 anos. Entre os 51 e os 60 anos estão 13,9% dos colaboradores.

NÍVELETÁRIOMÉDIO

Género 2010 2009 2008

Masculino 42,5 41,9 41,1Feminino 39,7 39,7 39,7Média 41,1 40,8 40,4

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60TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Flexibilidade HoráriaAlguns horários rígidos existentes na empresa foram flexibilizados de forma a permitir o cumprimento da carga horária em termos médios mensais e semanais.

Assim, no final de 2009, foi adoptada a possibilidade de cerca de 50 colaboradores em serviço na área administrativa e técnica da empresa passarem a cumprir o seu horário de trabalho, mediante a presença em dois períodos fixos, com a duração diária de cinco horas, tendo a hora de entrada e a hora de saída sido entregues à gestão individual de cada colaborador.

Em 2010, o horário de trabalho aplicável aos trabalhadores em serviço no Edifício Administrativo foi alterado de 35 horas semanais para 37,5 horas semanais, continuando a vigorar o regime de flexibilidade aplicado em 2009.

No final do mês de Outubro de 2010 (decorridos dez meses após a flexibilização do horário de trabalho dos trabalhadores da área Administrativa, aprovada pelo Conselho de Administração para vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2010, com período experimental, entre 2 e 31 de Dezembro de 2009) verificou-se que a presença de trabalhadores na empresa superava o tempo de trabalho esperado com base no horário de 35 horas semanais, atingindo, em termos médios, as 38,28 horas por semana.

Concorriam para este número os tempos relevantes (registados nas plataformas fixa e variável), cumpridos por 51 dos 73 trabalhadores potencialmente abrangidos pelo Horário de Trabalho em Regime Flexível.

Registaram-se também, em termos médios e por semana, cerca de 50 horas de permanência na empresa, já contabilizados todos os tempos, quer os registados nas plataformas fixa e variável, quer aqueles que estavam para além das mesmas, fora da possibilidade de compensações.

Face aos dados recolhidos no primeiro ano de vigência do horário flexível, o Conselho de Administração deliberou aprovar, com entrada em vigor no dia 1 de Janeiro

de 2011, depois de cumpridas as formalidades legais - designadamente a comunicação atempada a todos os trabalhadores abrangidos e a comunicação à ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) - o alargamento de 35 para 37,5 horas do horário semanal.

Observada a situação do ponto de vista das vantagens para o trabalhador e para a empresa, o alargamento de 35 para 37,5 horas permitiu manter alguns efeitos positivos, provindos do regime de flexibilidade, de que se destacam:

• A possibilidade de o trabalhador sair da empresa a partir das 16:30, sob condição de a hierarquia assegurar o funcionamento ininterrupto dos serviços;

• O facto de o intervalo mínimo para almoço continuar reduzido de 60 para 45 minutos, podendo ser efectuadas compensações de tempos nos restantes 75 minutos (01:15) do intervalo máximo para almoço, das 12:30 às 13:00 e das 13:45 às 14:30;

• A contabilização e tratamento estatístico dos tempos de trabalho considerados relevantes, isto é, susceptíveis de concorrerem para a formação de saldos e, para além destes, o conhecimento dos tempos totais de presença na empresa.

Em contrapartida do alargamento de 35 para 37,5 horas semanais, os trabalhadores abrangidos passaram a dispor:

• de uma plataforma variável para compensações, mais ampla, acrescida de 30 minutos (das 18:00 às 18:30);

• da utilização, sem perda de remuneração, de um máximo de 12 (doze) horas por ano para assuntos do seu foro privado, a acrescer às faltas para as quais está prevista a respectiva justificação sem perda de remuneração (ida ao médico, aleitação, assistência escolar, serviço exterior, tolerância, etc.).

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61RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Benefícios aos Colaboradores (Fringe Benefits)

Relações entre os Colaboradores e a Governança

A TRATOLIXO dedica uma especial atenção aos benefícios que, numa óptica empresarial, criou e continuará a estudar, com vista ao bem-estar dos seus profissionais e respectivas famílias, tais como:

• Financiamento das despesas de transporte residência – local de trabalho – residência, com importância mensal fixa;

• Fornecimento de refeições a preço inferior ao do subsídio de refeição no refeitório da empresa, dada a sua localização geográfica e as características da actividade de grande parte dos seus Colaboradores;

• Seguro de vida para o Colaborador com capital indexante de catorze salários base;

• Seguro de saúde quer para o Colaborador, quer para os seus Filhos Menores de 25 anos, inclusive;

• Possibilidade de inclusão, a cargo do Colaborador, de Cônjuges e Filhos Maiores de 25 anos em Seguro de Saúde de Grupo;

• Disponibilização de consulta médica nas instalações da empresa, com rotinas já adoptadas sobre exames médicos de admissão e periódicos; exames médicos complementares; acções de controlo de riscos; gestão das caixas de primeiros socorros e outras acções continuadas, tais como a campanha de vacinação anti-gripe e outras de cariz preventivo, com especial atenção sobre a saúde dos trabalhadores;

• Subsídio de nascimento materializado com a entrega de cartão de compra de artigos para o bebé em loja da especialidade;

• Financiamento da frequência de campos de férias pelos filhos de Colaboradores com idades entre os 7 e os 16 anos de idade;

• Por ocasião do Natal, distribuição de cartão para compras numa grande superfície;

• Comparticipação em custos com Formação Avançada, segundo critérios definidos, cujo conteúdo programático represente valor acrescentado para a empresa.

(LA4) A TRATOLIXO é uma empresa Intermunicipal de capitais integralmente públicos e não está abrangida por qualquer acordo de contratação colectiva.

(LA5) Sendo uma empresa de âmbito regional inserida numa Unidade Territorial para Fins Estatísticos de Nível II, (Lisboa) a dispersão geográfica das suas instalações não é significativa, o que implica que mesmo que haja mudança nos postos e locais de trabalho, esta não seja uma grande mudança em termos geográficos.

No entanto, a TRATOLIXO cumpre os requisitos legais aplicáveis, especificamente os artigos 194º e 196º do Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro.

Para uma maior coesão de grupo, são realizadas pelo menos uma vez por ano, em Janeiro, reuniões de empresa que juntam directores, coordenadores e quadros superiores, com o objectivo de divulgação das linhas estratégicas e balanço das diversas áreas de negócio da empresa.

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62TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Saúde e Segurança no Trabalho(LA7) Um dos instrumentos utilizados na empresa para a Monitorização de Segurança e Saúde no Trabalho é o Plano de Avaliação de Agentes Físicos, Químicos e Biológicos. O procedimento aberto para que o referido Plano pudesse ser adjudicado decorreu no início de 2010, tendo os respectivos resultados sido objecto de inserção na Matriz de Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos, com menção de medidas, prazos e responsáveis.

O Quadro seguinte contém informações sobre a sinistralidade laboral em 2010, explicitando a situação dos acidentes e incidentes de trabalho, incluindo a sua classificação segundo a forma da respectiva ocorrência.

SINISTRALIDADELABORAL

Anode2009 Jan.aNov.10 Dez.10 Anode2010ACIDENTESDETRABALHO 24 29 0 29

ComBaixa 11 10 0 10 SemBaixa 13 19 0 19

DiasPerdidos 878 205(a) 0 205(a)Acidentes“inItinere” 0 0 0 0AT,quantoàForma 24 29 29Atropelamento 1 1Choquec.objectosouestruturas 6 Entalamento 2 7 7Quedaaomesmonível 9 6 6Quedaemaltura 0 5 5QuedadeObjectos 5 1 1Contactoc/substânciasnocivas 1 3 3Contactoc/superfíciesquentes 1 Esforçofísicoexcessivo/PosturaIncorrecta 0 4 4Outros 0 2 2

Anode2009 Jan.aNov.10 Dez.10 Anode2010INCIDENTESDETRABALHO 12 23 24

IncidentesInternos 11 16 1 17Incidentesc/EntidadesExternas 1 7 0 7IT,quantoàForma 12 23 1 24ChoquecontraObjectos/Estruturas 4 10 10AcidentesdeViaçãonoexterior 4 4Incêndio 5 3 3Munições/ArmasnosRSU 1 Colisãoentreveículosemáquinasmóveis 0 4 4Máconcepçãopostodetrabalho 2 2Quedadeobjectos 2 1 1

(a) Inclui 31 dias relativos a um acidente ocorrido em 2009.

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63RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Isolando, nos acidentes de trabalho, aqueles de que resultaram ausências ao trabalho devido a baixa (dias perdidos), verifica-se uma considerável melhoria em 2010, como pode ver-se no mapa seguinte:

De salientar algumas consideráveis reduções que são reflexo do investimento feito pela empresa na Prevenção e na Formação em Segurança e Saúde no Trabalho, a saber:

• Redução em 9,1% do número de acidentes de trabalho com baixa (de 11 para 10);

• Redução em 76,7% do número de dias perdidos por acidente de trabalho (de 878 para 205 dias);

• Redução em 74,3% do número médio de dias de ausência por cada acidente de trabalho (de 80 para 21 dias);

• Redução em 66,7% do número de baixas por acidente de trabalho com duração superior a 30 dias, que passou de três, em 2009, para apenas um caso em 2010 (e, mesmo este, com origem em acidente ocorrido em 2009).

AcidentesdeTrabalhocomBaixa 2007 2008 2009 2010

NºdeAcidentes 15 14 11 10Homens 11 11 10 9Mulheres 4 3 1 1

NºdeDiasPerdidos 311 656 878 205Homens 265 540 837 191Mulheres 46 116 41 14

NºdeDiasporAcidente 20,7 46,9 79,8 20,5

NºdeBaixas>30Dias 2 6 3 1

Melhoriasde2009para2010

NºdeAcidentes -9,1%NºdeDiasPerdidos -76,7%NºdeDiasporAcidente -74,3%NºdeBaixas>30Dias -66,7%

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64TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Taxa de absentismoEm 2010, a taxa de absentismo registada (5,59%) foi superior em 0,65% à taxa de 2009 (4,94%). Isto fica a dever-se a baixas por doença prolongada; a períodos de parentalidade (maternidade e paternidade), em maior número que no ano de 2009 e a outros motivos pontuais, tais como assistência à família, assuntos pessoais e idas ao médico.

Formação e Educação(LA10) A TRATOLIXO tem incentivado os seus colaboradores no sentido de desenvolverem as suas competências e conhecimentos de modo a que se adeqúem cada vez mais às exigências sentidas.

Para tal, elabora anualmente um Plano de Formação que permite dar resposta não só às necessidades da organização, mas também às necessidades específicas de cada colaborador.

Dando cumprimento ao Plano de Formação de 2010, entre Janeiro e Dezembro de 2010, 124 trabalhadores participaram em 58 acções de formação certificada, somando 189 participações, num total de cerca de 3.206 horas.

Relativamente ao ano anterior e apesar de o número de participações ter sido 6,5% inferior ao de 2009 (189 contra 201) - registaram-se mais acções de formação do que em 2009 (58 contra 44, ou seja, mais 31,8%) e mais horas de formação certificada do que em 2009 (3.206 contra 2.597 horas, ou seja, mais 8,8%).

No referido período, o investimento que a TRATOLIXO realizou com a participação dos seus colaboradores em acções de formação ascendeu a € 70.645,64.

Item 2010 2009 2008

ParticipaçõesemAcçõesdeFormação 189 201 156NúmerodeAcçõesdeFormação 58 44 44NúmerodeHorasdeFormação 3.206 2.947 2.597NúmerodeAcçõesdeFormaçãoemSST 7 --------- ---------NúmerodeHorasdeFormaçãoemSST 433,5 --------- ---------CustosemAcçõesdeFormação(€) 70.645,64 69.306,92 45.623,61

FORMAÇÃO

6,0%5,0%4,0%3,0%2,0%1,0%0,0%

200820092010

Taxa Média de Absentismo

O quadro seguinte apresenta o balanço da actividade de formação desde 2008.

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65RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Estágios Profissionais(LA10) A TRATOLIXO aposta na integração de jovens recém-licenciados no mercado de trabalho.

Para tal, prosseguiu em 2010 com uma parceria estabelecida com a Câmara Municipal de Cascais, que através do Programa Jovens Activos introduziu 3 jovens com idade inferior a 30 anos em áreas distintas da empresa, para a realização de estágios profissionais.

Doutoramentos, Mestrados, Pós-Graduações e Estudos Avançados(LA10) A política de valorização dos recursos humanos passa pelo apoio da empresa à frequência de doutoramentos, mestrados, pós-graduações e estudos avançados, com recurso ao estatuto de trabalhador-estudante.

No que respeita à Formação em Segurança e Saúde no Trabalho, também incluída no Plano de Formação, as respectivas acções de formação foram asseguradas pelas duas Técnicas Superiores de SST da Pronucase - de acordo com o contrato celebrado - e também pelo Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho.

Item N.ºParticipantes N.ºHoras

UtilizaçãoeManuseamentodeProdutosQuímicos 23 11,5EcrãsePosturas 58 58,0UtilizaçãodeExtintores(CombateaIncêndios) 122 193,0MatrizIPAR 66 32,0MovimentaçãoManualdeCargas 32 24,0RiscosdosAgentesBiológicos 72 54,0MedidasdeAutoprotecção 122 61,0

TOTAL 495 433,5

ACÇÕES DE FORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO (SST)Foram ministradas 433,5 horas em 7 acções, como a seguir se discrimina:

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66TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Diversidade e Igualdade de Oportunidades(LA13) O índice de tecnicidade (1) que tinha descido, em 2008, de 25,2% para 24,3%, subiu, em 2009, para 25,7%, e, em 2010, para 29,2%, devido ao facto de, tal como em 2009, o incremento do efectivo global ter tido maior incidência no grupo de pessoal ”Dirigentes” e “Quadros Superiores”, tal como é possível verificar no quadro abaixo.

Trabalhadores com deficiência(LA13) A TRATOLIXO desenvolve também uma política de integração de pessoas com capacidade de trabalho reduzida, promovendo no seu quadro de pessoal a empregabilidade de 4 colaboradores portadores de deficiência.

Trabalhadores estrangeiros(LA13) A TRATOLIXO contribui também para a integração e diminuição da exclusão social de cidadãos estrangeiros, uma vez que 9% dos seus colaboradores são de nacionalidade estrangeira. No total, a empresa emprega 19 trabalhadores estrangeiros, dos quais 9 colaboradores são oriundos dos países de língua oficial portuguesa (PALOP), 6 do Brasil e 4 da Ucrânia.

Níveis habilitacionais(LA13) O efectivo da TRATOLIXO, embora por efeito conjugado das admissões ocorridas, regista, desde 2008 a esta parte, níveis de habilitações mais elevados.

Para tal melhoria contribuíram cinco licenciaturas incluídas nas admissões ocorridas em 2009 e oito nas admissões ocorridas em 2010.

2010 2009 2008 2007

NíveldeHabilitações H M Total % H M H M H M

<9anosescolaridade 59 19 78 38,6% 59 19 57 19 52 183ºCicloEnsinoBásico 31 13 44 21,8% 30 14 30 14 26 13EnsinoSecundário 22 12 34 16,8% 17 10 18 10 12 12EnsinoSuperior(a) 25 21 46 22,8% 19 19 17 16 16 14Total 137 65 202 100,0% 125 62 122 59 106 57

NÍVEIS HABILITACIONAIS

(1) O índice de tecnicidade é obtido através da fórmula (Dirigentes+Q. Superiores+Q. Médios) / Efectivo global x 100.

Quadros Quadros Prof. Prof.. Prof. TotalRepart. Dirigentes Superiores Médios Qualificado Semiqualif. NãoQualif. Total

Ano 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009

H 13 3 15 18 3 2 49 48 18 14 39 40 137 125 M 9 2 12 17 8 6 6 6 0 0 30 31 65 62 Total 22 5 27 35 11 8 55 54 18 14 69 71 202 187

REPARTIÇÃO DO EFECTIVO

TRABALHADORESESTRANGEIROS

NacionalidadedeOrigem H M Total

PaísesAfricanosdeLínguaOficialPortuguesa 8 1 9 Angola 4 1 5 CaboVerde 1 - 1 GuinéBissau 3 - 3DoBrasil 2 4 6DaUcrânia 4 - 4

Total 14 5 19

(a) Em 2010, 4 bacherelatos, 41 licenciaturas e 1 mestrado

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67RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

DESEMPENHO SOCIAL

DIREITOS HUMANOS

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68TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Desempenho social: Direitos Humanos

Direitos humanos, Trabalho Infantil e Trabalho Forçado ou Escravo(HR 4) Ao longo do ano de 2010 não foram apresentadas quaisquer queixas formais ou informais em relação a casos de discriminação praticados entre colaboradores de níveis hierárquicos diferentes, ou mesmo entre colegas.

(HR6); (HR7) A TRATOLIXO não recorre a trabalho infantil e nenhuma das unidades da empresa se encontra em situação de risco de ocorrência de trabalho forçado ou escravo, uma vez que, quer os horários de trabalho quer o número de horas trabalhadas estão definidos na legislação aplicável e a TRATOLIXO se encontra alinhada com a mesma.

A TRATOLIXO não tem nenhuma política formalizada para a gestão dos assuntos relacionados com os Direitos Humanos, sendo que a sua actuação nesta área respeita a legislação relativa ao direito do trabalho.

Em todo o caso, a TRATOLIXO não adopta qualquer comportamento discriminatório junto dos seus colaboradores, não utiliza trabalho forçado ou infantil e promove a liberdade de expressão entre todos, por exemplo, com a utilização da caixa de sugestões e reuniões de grupo.

Divulgação da Abordagem de Gestão (DMA) relativa aos Direitos Humanos

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69RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

DESEMPENHO SOCIAL

SOCIEDADE

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70TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Desempenho social: Sociedade

Comunidade(SO1) A actividade de gestão de resíduos urbanos constitui um serviço público de carácter estrutural, essencial ao bem-estar geral, à saúde pública e à segurança colectiva das populações, às actividades económicas e à protecção do ambiente.

Neste âmbito, a TRATOLIXO, apesar de ainda não estar abrangida, procura anualmente dar resposta a um conjunto de indicadores de qualidade do serviço prestado aos utilizadores, indicadores que são definidos pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.

Um dos indicadores aos quais a empresa dá resposta é o indicador “Resposta a reclamações e sugestões”, que se define como a percentagem de reclamações e sugestões escritas que foram objecto de resposta escrita num prazo não superior a 22 dias úteis.

Incluem-se neste indicador as reclamações referentes à emissão de odores, situação decorrente do processo da compostagem dos resíduos processados na CITRS.

Estas reclamações dão entrada no Sistema Integrado de Gestão da empresa e a sua quantificação e resposta enquadra-se igualmente numa prática de avaliação dos impactes da actividade da empresa na comunidade local, apesar do número de reclamações entradas estar associado a factores de subjectividade como a participação dos cidadãos e as condições climatéricas.

Desta forma, o número de reclamações recebidas pela TRATOLIXO manteve-se inalterado face a 2009, sendo que a taxa de resposta foi igualmente de 100% em 2010.

Para além de se proceder à resposta das reclamações, os reclamantes são convidados a visitar as instalações da empresa, com o intuito de lhes ser dado a conhecer o processo de tratamento de resíduos em pormenor.

6543210

2009

5 5

2010

5 5

Nº reclamações entradas Nº reclamações respondidas

A TRATOLIXO no desempenho da sua actividade não pratica corrupção, fraude e branqueamento de capitais e efectua todos os seus contratos com prestadores de serviços e fornecedores com base na legislação em vigor para empresas de natureza pública (Código de Contratos Públicos), onde lhes é exigido comprovativos de inexistência de indícios destes actos.

Este enquadramento legal e a obrigatoriedade de publicação dos concursos públicos numa plataforma electrónica fomentam a transparência e imparcialidade do processo de selecção dos fornecedores da TRATOLIXO.

Sendo a TRATOLIXO uma empresa intermunicipal para o tratamento de resíduos sólidos urbanos, a sua área de actuação é restrita aos municípios integrantes e o seu objecto de acção está perfeitamente definido no contrato-programa com o accionista AMTRES, não existindo,

assim, concorrência desleal para com outros sistemas de gestão de resíduos ou outros operadores de resíduos não urbanos.

Não existe ainda qualquer participação da empresa em políticas públicas ou lobbies, a nossa actividade constitui um serviço público onde a experiência adquirida ao longo dos anos nos permite transmitir opiniões e dar pareceres aos órgãos governativos e reguladores, assim como participar em grupos de trabalho com variadas entidades.

Preocupamo-nos igualmente com a comunidade, não só pelos impactes que surgem directa ou indirectamente a partir do desenvolvimento da nossa actividade mas também em termos de responsabilidade social.

Neste sentido apoiamos frequentemente várias instituições e iniciativas de cariz social, educativo, cultural e ambiental.

Divulgação da Abordagem de Gestão (DMA) relativa à Sociedade

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71RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Políticas Públicas(SO5) A TRATOLIXO não tem posições assumidas quanto a políticas públicas nem participa em lobbies, procurando directamente ou através de associações/organizações em que participa a definição de políticas públicas que salvaguardem matérias de Desenvolvimento Sustentável.

Enquanto entidade gestora de resíduos sólidos urbanos, a TRATOLIXO apresenta, quando lhe é solicitado e sempre que sente necessidade de o fazer, os seus contributos, sugestões e preocupações aos órgãos governativos e órgãos reguladores – como, por exemplo, à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) – à Associação de Empresas Gestoras de Sistemas de Resíduos (EGSRA), entidades gestoras dos vários fluxos de resíduos e Organizações Não Governamentais (ONG).

Esta atitude tem como objectivo enriquecer as orientações estratégicas – sobretudo na temática dos resíduos – e melhorar a legislação ambiental face à experiência que os seus 20 anos de actividade lhe conferem.

Foi com esse intuito que a TRATOLIXO se constituiu como uma das empresas fundadoras da EGSRA, que engloba 11 empresas intermunicipais. A EGSRA tem como objectivo contribuir para uma melhor organização do sector, assentando no princípio de uma colaboração institucional entre todas as empresas gestoras de sistemas e visando a optimização do seu desempenho conjunto.

Neste âmbito salientam-se o contributo da empresa para a “Revisão da Legislação Nacional que rege a Gestão do Fluxo das Embalagens e seus Resíduos” remetida à SPV; e o envio do “Parecer ao Livro Verde sobre Gestão de Bio-resíduos na União Europeia” para a QUERCUS. Ambos os documentos foram desenvolvidos em 2009.

Durante o ano de 2010 a empresa colaborou com contributos para as seguintes temáticas:

• Estratégia para os Combustíveis Derivados de Resíduos – contributos relativos à Implementação e Execução da Estratégia para a APA e EGSRA;

• Avaliação Intercalar do PERSU II – contributos para a revisão dos capítulos 4 e 5 e Relatório Intercalar;

• Proposta da APA de Programa de Monitorização das Lixeiras Seladas – contributo para a EGSRA;

• Grupo de Acompanhamento Permanente (GAP): Fornecimento de dados para a alteração do modelo de Valores de Contrapartida da SPV;

• Comissão de Acompanhamento de Harmonização de Procedimentos e Normas Técnicas (CANORMAS).

Confomidade(SO8) Em 2010 a TRATOLIXO não sofreu qualquer multa ou sanção não monetária por incumprimento legal em matéria de leis e regulamentos.

2009 2010

N.ºComunicados 2 7

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72TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

Os produtos da actividade da TRATOLIXO estão sujeitos ao cumprimento de especificações técnicas definidas pelos clientes entidades gestoras dos vários fluxos de resíduos, retomadores e clientes institucionais. É para nós de extrema importância optimizar os processos produtivos numa óptica de excelência do produto final, de modo a reduzir as não-conformidades e as reclamações por parte destes.

Os produtos da TRATOLIXO são comercializados a granel, não havendo, por isso rotulagem. Para o composto CAMPOVERDE existe um folheto informativo, onde constam as informações associadas aos parâmetros qualitativos e principais aplicações deste e que é disponibilizado ao cliente particular.

A saúde e segurança do cliente do composto é assegurada através da monitorização contínua da sua estabilidade microbiana e a sua comercialização está devidamente autorizada pela entidade competente (Direcção Geral das Actividades Económicas).

Não existe para a maioria dos produtos, marketing associado, pois a comercialização dos produtos obtidos a partir da actividade de gestão de resíduos está devidamente legislada, sendo efectuado um contacto directo com o cliente sob a forma de pedido de retoma. Apenas no caso do composto a TRATOLIXO tem efectuado algumas campanhas de marketing pontuais, em feiras e revistas da especialidade.

Divulgação da Abordagem de Gestão (DMA) relativa à Responsabilidade pelo Produto

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73RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

Saúde e Segurança do Cliente(PR1) O ciclo de vida do composto CAMPOVERDE está associado ao processo natural da compostagem de resíduos sólidos urbanos, que são recepcionados na CITRS de Trajouce e sujeitos a um tratamento mecânico de crivagem e separação de materiais ferrosos.

Após esta separação mecânica, o material de dimensão inferior a 80 mm dá entrada nos parques de maturação, onde por meio de arejamento, revolvimento de pilhas e controlo de humidade e temperatura, decorre o processo de degradação da matéria orgânica durante um período de cerca de 60-70 dias.

Posteriormente, este material é encaminhado para uma afinação, na qual se retiram contaminantes leves (como o plástico) e contaminantes pesados (essencialmente pedras e vidro).

Com vista à monitorização deste produto são efectuadas análises periódicas que têm como principal objectivo avaliar as concentrações de metais pesados, nutrientes, materiais inertes antropogénicos, pedras e microrganismos patogénicos.

Segundo as Especificações Técnicas Sobre a Qualidade e Utilização do Composto, o CAMPOVERDE insere-se na Classe II-A, o que lhe permite ser utilizado como correctivo orgânico na agricultura para culturas arbóreas e arbustivas – como pomares, olivais, vinhas – silvicultura, culturas arvenses, pastagens, floricultura, relvados, etc.

Em termos de riscos para a saúde e segurança, o composto da TRATOLIXO é igualmente monitorizado no aspecto da estabilidade – ausência de actividade microbiana na presença de condições adequadas de humidade e nutrientes – de modo a garantir as condições ideais de aplicação no solo.

Considera-se, portanto, existir um contínuo processo de melhoria na produção do composto CAMPOVERDE.

Considerando um cenário em que não existisse uma unidade de tratamento Mecânico e Biológico instalada no Sistema AMTRES, haveria um menor consumo de energia eléctrica e diminuiriam as emissões de SO2 associadas ao processo, minimizadas através da existência de biofiltros. Não seriam, contudo, compensados os impactes associados ao envio de resíduos para aterro ou incineração, o que aumentaria o impacte associado ao aquecimento global.

O Tratamento Mecânico e Biológico é, portanto, uma unidade fundamental no sistema AMTRES, contribuindo para a diminuição destes impactes.

Rotulagem de produtos e serviços(PR3) Tal como já foi referido, a comercialização dos produtos da empresa é feita a granel, pelo que não existe qualquer rotulagem dos mesmos. Ainda assim, a TRATOLIXO disponibiliza em folheto próprio informação sobre os teores mínimos e máximos associados aos parâmetros químicos, microbiológicos e antropogénicos do composto CAMPOVERDE, bem como as formas de aplicação no solo recomendadas para diversas tipologias de culturas.

Conformidade (PR9) A comercialização do composto CAMPOVERDE está devidamente autorizada pela Direcção Geral das Actividades Económicas, dando cumprimento à Portaria n.º 1322/2006 de 24 de Novembro, que define os termos em que devem ser colocadas no mercado as matérias fertilizantes.

Em 2010 não houve lugar a qualquer multa ou sanção não monetária por incumprimento legal em matéria de fornecimento do composto.

Comunicações de marketing(PR6) A forma de comercialização dos produtos da empresa é feita sobretudo através do contacto directo com o cliente, podendo no caso específico do composto CAMPOVERDE ser efectuada pontualmente uma divulgação através de campanhas específicas, feiras e revistas da especialidade.

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74TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

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75RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

DESEMPENHO ECONÓMICO

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76TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Desempenho EconómicoEnquadramentoQuando se aborda o tema do Desenvolvimento Sustentável, é impossível deixar de referir o equilíbrio económico-financeiro das organizações, condição necessária para assegurar a sustentabilidade e crescimento das mesmas. Assim, a análise do desempenho económico de uma empresa não pode ser dissociada do seu objectivo último de equilíbrio financeiro a longo prazo. Neste âmbito, apesar de não ter como objectivo último a obtenção de lucro, a TRATOLIXO tem como preocupação fundamental assegurar o seu equilíbrio económico-financeiro a longo prazo, oferecendo sempre “O melhor serviço possível ao mais baixo custo”.

Aplicação da IFRIC 12 – Acordos de Concessão de ServiçosOs valores apresentados reflectem uma alteração de tratamento contabilístico, resultante da aplicação do novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC) e da IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços. A IFRIC 12 estabelece os princípios de reconhecimento e medição de direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão. De acordo com a mesma, a construção de infra-estruturas pelo concessionário, constitui uma prestação de serviços ao concedente, pelo que, tanto os gastos como os créditos de construção passaram a ser registados na Demonstração de Resultados, nas rubricas Prestações de Serviços - Serviços de Construção e FSE - Serviços de Construção, respectivamente. As análises que se seguem têm já em consideração a aplicação do referido normativo. O ano de 2009 encontra-se expresso em conformidade com as políticas adoptadas, de forma a possibilitar a análise comparativa com 2010.

Indicadores Económico-Financeiros

INDICADORESECONÓMICO-FINANCEIROS

(euros) 2009 2010 var(%)

VolumedeNegócios 55,509,230 66,650,402 20.1%ResultadoOperacional 7,848,169 8,077,975 2.9%ResultadoLíquido -449,132 -429,043 4.5%Investimento(Capex) 34,378,055 48,903,219 42.3%DívidaFinanceiraLíquida 93,131,672 100,802,807 8.2%ActivoLíquidoTotal 143,492,927 185,398,302 29.2%CapitalPróprio 20,683,803 19,216,339 -7.1%NºMédiodeColaboradores* 186 206 10.8%

*Incluindo Trabalho Temporário

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77RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

70.000.00060.000.00050.000.00040.000.00030.000.00020.000.00010.000.000

02010

60.966.121

2009

5.684.280

50.236.272

5.272.957

Vendas Prestações de Serviços (PS)

EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS (EUROS)

(EC 1) Valor Económico Directo Gerado e Distribuído

No último biénio o Volume de Negócios da TRATOLIXO ascendeu a € 66.650.402, apresentando uma evolução favorável de 20% face a 2009. No total do Volume de Negócios assume particular importância a rubrica Prestações de Serviços - Serviços de Construção, que representa, em 2009 e 2010, respectivamente, cerca de 59,6% e 68,1% do total das Prestações de Serviços. Este aumento é justificado pelo acréscimo do valor das obras em curso. O aumento registado nas Vendas, de cerca de 8% face ao ano anterior está essencialmente relacionado com o acréscimo do volume de vendas dos produtos Papel/Cartão e Plástico e concorre também positivamente para a variação do Volume de Negócios. Já a diminuição da quantidade de resíduos tarifados recebidos (menos 3.992 toneladas) e da tarifa real de 2010, face a 2009 (44,24 €/tonelada vs 45,76 €/tonelada), concorrem em sentido inverso para aquela variação.

Na tabela seguinte é apresentado o resumo das receitas e gastos operacionais da TRATOLIXO dos últimos dois anos, incluindo os pagamentos efectuados a fornecedores de capital e ao Estado, bem como Investimentos na comunidade.

VALORECONÓMICODIRECTOGERADO

Receitas(euros) 2009 2010 var(%)

Vendas 5,272,957 5,684,280 7.8%PrestaçõesdeServiços 50,236,272 60,966,121 21.4%JurosObtidosdeDepósitoseOutros 48,237 18,180 -62.3%DescontosdePPObtidos 16,408Total 55,557,467 66,684,990 20.0%

VALORECONÓMICODISTRIBUÍDO

GastosOperacionais(euros) 2009 2010 var(%)

CMVMC 399,576 476,475 19.2%FornecimentoeServiçosExternos 43,703,381 56,606,413 29.5%SalárioseBenefíciosdeEmpregados* 5,101,290 5,467,083 7.2%PagamentosparaFornecedoresdeCapital 4,100,594 4,268,967 4.1%PagamentosaoGoverno 26,644 62,456 134.4%InvestimentosnaComunidade 33,053 8,479 -74.3%Total 53,364,537 66,889,874 25.3%

VALORECONÓMICOACUMULADO 2,192,930 -204,884 -109.3%

*Exclui-se Formação e EPI’S.

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78TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

FSE - SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO • 65,08%

GASTOS COM O PESSOAL • 9,13%

PROVISÕES (AUMENTOS) • 0,06%

OUTROS GASTOS E PERDAS • 0,41%

CMVMC • 0,75%

FSE • 24,57%

Conforme se pode constatar, a rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) foi a principal responsável pelo acréscimo de cerca de 25% dos Gastos Operacionais apresentados, contribuindo com 12.903.032 € para aquele aumento. Importa referir que, também aqui, a rubrica FSE - Serviços de Construção assume particular relevo representando, em 2009 e 2010, respectivamente, 67,7% e 72,6% do total dos FSE. Esta variação é justificada, na sua maioria (cerca de 90%), pelo aumento do valor das obras em curso. O acréscimo dos gastos de FSE está igualmente relacionado com o aluguer de uma ETAL compacta, para tratamento das águas lixiviantes do aterro sanitário de Trajouce em meados de 2010, bem como com o facto de a empresa estar a privilegiar a opção de renting de alguns equipamentos em detrimento da opção de aquisição.

Relativamente ao aumento dos Gastos de Pessoal, justifica-se com a contratação de colaboradores para o novo Ecoparque que a TRATOLIXO terá na Abrunheira e com uma melhoria dos benefícios sociais e condições de trabalho atribuídos aos colaboradores da empresa, nomeadamente no que respeita ao seguro de saúde e à adopção de um novo fardamento.

DISTRIBUIÇÃO DOS GASTOS DE EXPLORAÇÃO

PESSOAL

(euros) 2009 2010 var(%)

Remunerações 4,012,887 4,337,460 8.1%EncargosSociais 817,533 890,701 8.9%OutrosCustos 415,677 535,856 28.9%Total 5,246,097 5,764,017 9.9%

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79RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

(EC 2) Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as actividades da organização devido às alterações climáticasA TRATOLIXO tem desenvolvido uma parceria com a CIMPOR para a valorização dos refugos resultantes do processamento dos RSU indiferenciados na CITRS de Trajouce enquanto Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR).

A produção de CDR na actual conjectura económica nacional torna-se numa mais valia financeira para a empresa, contribuindo para a auto-suficiência energética nacional e para a diminuição dos custos de deposição de resíduos em aterro, factor igualmente importante para o cumprimento do Protocolo de Quioto no respeitante às emissões de CO2.

Enquanto Fonte de Energia que evita a emissão de CO2 não biogénico, esta actividade vai ainda contribuir para a obtenção de licenças no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE).

A produção de CDR pela TRATOLIXO contribui ainda a nível nacional para alcançar os objectivos estabelecidos na Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) aprovada na Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2010, de 18 de Março de 2010.

Em 2010 foram encaminhadas para co-incineração na CIMPOR (como combustível alternativo ao coque de petróleo utilizado para a produção de “clínquer” naquela empresa), um total de 4.744,95 toneladas de CDR, o que - tendo em consideração o custo médio de deposição de resíduos em aterro durante o ano de 2010 - permitiu à TRATOLIXO ter um não custo de 120.996,22 €.

Ainda no respeitante ao ano de 2010, a valorização da biomassa por co-incineração em cimenteiras permitiu igualmente reduzir os custos da empresa em 217.735,75 € face ao custo hipotético de deposição em aterro, tal como se apresenta resumidamente no quadro seguinte.

(EC 3) Cobertura das obrigações referentes ao plano de pensões definido pela organizaçãoAs contribuições para o Plano de Pensões da empresa a favor de cada um dos trabalhadores, encontram-se suspensas desde Dezembro de 2007.

Custosprocessamentobiomassa(€) 313.539,48 CustosmédiosdeposiçãoAterro(€) Variação(€)

Proveitosvendabiomassa(€) 87.094,30

Resultado(€) -226.445,18 -444.180,93 217.735,75

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80TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

(EC 4) Apoio financeiro significativo recebido do Governo

A ajuda financeira do Estado, em 2010 foi de € 6.770.171, sendo esta comparticipação na sua totalidade referente ao projecto “Central de Valorização Orgânica e diversas componentes complementares para a Recolha e o Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos dos Concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra”, co-financiado pelo Fundo de Coesão em € 25.450.400.

50.000.00040.000.00030.000.00020.000.00010.000.000

02010

48.903.219

2009

15.875.364

34.378.055

14.429.241

Correntes Investimento

(EC 5) Rácio entre o salário mais baixo e o salário mínimo local nas unidades operacionais importantesEntender-se-á “salário mínimo local” como o salário mínimo nacional, legalmente consagrado com a designação de “remuneração mensal mínima garantida”.

O Código de Trabalho de 2009 garante “...aos trabalhadores uma retribuição mínima mensal, seja qual for a modalidade praticada, cujo valor é determinado anualmente por legislação específica, ouvida a Comissão Permanente de Concertação Social.” (artigo 273º).

Em 2010, o salário mensal mais baixo de pessoal da TRATOLIXO a tempo inteiro, excluindo estagiários e aprendizes, era de € 545 (quinhentos e quarenta e cinco Euros). Ora, tendo o Decreto-Lei nº 5/2010 determinado que o valor da retribuição mínima mensal garantida em 2010 seria de € 475 (quatrocentos e setenta e cinco Euros), a TRATOLIXO pratica um salário mínimo cerca de 15% mais elevado que a remuneração mensal mínima garantida.

(EC 6) Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes

A TRATOLIXO rege-se pelo Código dos Contratos Públicos (CCP) - Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, para a aquisição de bens e serviços e empreitadas, garantindo assim a igualdade, concorrência e imparcialidade entre fornecedores.

Os fornecedores da empresa são quase na sua totalidade nacionais devido ao facto da TRATOLIXO ser uma empresa de âmbito regional . Em termos de tipologia de despesa, os gastos com fornecedores de Investimentos ascenderam a € 48.903.219 em 2010, representando um aumento de 42% face a 2009.

FORNECEDORES

AJUDAFINANCEIRASIGNIFICATIVARECEBIDADOGOVERNO

(EUROS) 2009 2010FundodeCoesão 6.916.201 6.770.171Total 6.916.201 6.770.171

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81RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

(EC 7) Procedimentos para contratação local e proporção de cargos de gestão de topo ocupados por indivíduos provenientes da comunidade local nas unidades operacionais mais importantesSempre que possível, a TRATOLIXO procura contratar mão-de-obra local, contribuindo deste modo para o desenvolvimento social e económico da região em que se integra. Assim, a distância casa-trabalho acaba por determinar uma maior incidência na contratação de mão-de-obra local.

Os cargos de gestão de topo (Administração da empresa) são ocupados por personalidades oriundas de nomeações dos Municípios utilizadores do Sistema, não estando a respectiva designação dependente de critérios relacionados com a pertença à comunidade local, embora, na sua maioria, os Administradores em exercício no ano de 2010 residissem num dos Municípios utilizadores.

(EC 8) Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infra-estruturas e serviços que visam essencialmente o benefício público, através de envolvimento comercial, em géneros ou actividades pro bonoRelativamente ao investimento em serviços para benefício público, a TRATOLIXO, pondo em prática o seu propósito de “Tratar hoje do amanhã”, promove a educação e sensibilização ambiental da comunidade, através de várias iniciativas desenvolvidas junto de escolas e de apoios e patrocínios de vários projectos neste domínio. Por outro lado, consciente da importância da motivação dos seus colaboradores e da adequação de competências às funções desempenhadas, a empresa tem apostado cada vez mais, na formação e no desenvolvimento de novas competências. Em resultado desta aposta, em 2010 registaram-se mais acções de formação (30%) e horas de formação certificada (9%), face a 2009.

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82TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

Sumário do Conteúdo da GRIREFERÊNCIA INDICADOR RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARA

OMISSÃOEXPLICAÇÃO

PERFIL

ESTRATÉGIA E ANÁLISE

1.1. MensagemdoPresidente C MensagemdoPresidentedoConselho

deAdministração,pág.2

1.2. PrincipaisImpactes,Riscos C MensagemdoPresidente,pág.2e3;

eOportunidades Introdução,pág.6;Impactes,RiscoseOportunidades,

pág.12e13.

PERFIL ORGANIZACIONAL

2.1. Denominaçãodaorganização C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

E.I.M.,S.A.,pág.7

2.2. Principaismarcas,produtos C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

ouserviços E.I.M.,S.A.,pág.7;Infra-estruturasExistenteseem

Projecto-EcocentrodaEriceira,pág.24;Infra-estruturas

ExistenteseemProjecto-EcoparquedeTrajouce,

pág.25e26;IndicadoresdeDesempenhoAmbiental-

ProdutoseServiços(EN26),pág.54e55;Indicadores

deDesempenhoReferentesàResponsabilidadepelo

Produto-SaúdeeSegurançadoCliente(PR1),pág.73;

IndicadoresdeDesempenhoReferentesà

ResponsabilidadepeloProduto-Rotulagemdeprodutos

eserviços(PR3),pág.73;IndicadoresdeDesempenho

Económico(EC2),pág.79.

2.3. Estruturaoperacionalda C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

organizaçãoeprincipais E.I.M.,S.A.,pág.7e8;HistóriadaEmpresa,pág.8.

divisões,operadoras,

subsidiáriasejointventures

2.4. Localizaçãodasedesocial C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

daorganização E.I.M.,S.A.,pág.7

2.5. Númerodepaísesemquea C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

organizaçãooperaenomedos E.I.M.,S.A.,pág.7

paísesondeseencontram

localizadasassuasprincipais

operaçõesouquetêmuma

relevânciaespecíficaparaas

questõesdasustentabilidade,

abrangidaspelorelatório

2.6. Tipoenaturezajurídicada C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,E.I.M.,

propriedade S.A.,pág.7;IndicadoresdeDesempenhoSocial:

PráticasLaboraiseTrabalhoCondigno-Relaçãoentre

osColaboradoreseaGovernação(LA4),pág.61

2.7. Mercadosabrangidos C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

E.I.M.,S.A.,pág.7

2.8. Dimensãodaorganização C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

E.I.M.,S.A.,pág.7e8

2.9. Principaisalterações C Introdução,pág.4; Nãohouve

quetenhamocorrido,durante mudanças

operíodoabrangidopelo significativas

relatório,referentes na

àdimensão,àestrutura organização

organizacionalouàestrutura nesteperíodo

accionista

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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83RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADOR RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

2.10. Prémiosrecebidosduranteo C Nãoforamrecebidosquaisquerprémiosdurante

períodoabrangidopelorelatório operíododereporte.

PARÂMETROS DO REPORTE

PERFIL DO RELATÓRIO

3.1. Períodoaqueserefere C Introdução,pág.4

oreporte

3.2. Datadoúltimorelatório C Introdução,pág.4

publicado(seaplicável)

3.3. Ciclodereporte C Introdução,pág.4

3.4. Contactoparaperguntas C Introdução,pág.6

referentesaorelatório

ouaoseuconteúdo

ÂMBITO DO RELATÓRIO

3.5. Processoparaadefinição C Introdução,pág.5

doconteúdodorelatório

3.6. Limitesdorelatório C Introdução,pág.4

3.7. Limitaçõesespecíficas C Introdução,pág.4;

relativasaoâmbitoeaolimite OGovernodaOrganização,pág.10e11

dorelatório

3.8. Baseparaaelaboração C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,

dorelatório,noqueserefere E.I.M.,S.A.,pág.7e8

ajoint ventures,subsidiárias,

instalaçõesarrendadas,

operaçõesatribuídasaserviços

externoseoutrasentidades,

passíveisdeafectar

significativamentea

comparaçãoentrediferentes

períodose/ouorganizações

3.9. Técnicasdemediçãodedados C Ainformaçãoédisponibilizadanorelatório,noâmbitodo

easbasesdecálculo,incluindo reportedosváriosindicadoresdedesempenho.

hipótesesetécnicas

subjacentesàsestimativas

aplicadasàcompilaçãodos

indicadoresedeoutras

informaçõescontidas

norelatório

3.10. Explicaçãodoefeitode N DevidoaofactodesteRelatórioserrealizadodeacordo Nãoexiste

quaisquerreformulaçõesde comasdirectrizesdaGRIepretendendoaempresa

informaçõesexistentesem encararoprocessodereportedasuainformaçãocomo

relatóriosanterioreseasrazões umaestratégiademelhoriacontínua,houvenecessidade

parataisreformulações deadequarainformaçãoquejáerarecolhidanodecorrer

dosprocedimentosinstituídospelaempresa

eacrescentarnovosindicadoresdedesempenho,

demodoaatingirpelaprimeiravezonível

dedesempenhoB.

3.11. Alteraçõessignificativas, N Maisumavez,devidoàiniciativadaempresaemredigir Nãoexiste

emrelaçãoarelatórios oseurelatóriodeacordocomasdirectrizesGRIede

anteriores,noâmbito,limite modoaatingironíveldedesempenhoB,houvea

oumétodosdemedição necessidadedeintroduziramediçãodenovos

aplicados indicadores,principalmentenacomponenteambiental.

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84TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADOR RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

SUMÁRIO DOS CONTEÚDOS GRI G3

3.12. Tabelaqueidentifica C SumáriodosConteúdosdasDirectrizesdaGRI,pág.82

alocalizaçãodasinformações

doRelatóriodeacordocom

aGRIG3

VERIFICAÇÃO

3.13 Políticasepráticasactuaisem C Éoprimeiroanoemqueaempresasubmeteoseu

relaçãoàverificaçãoexterna relatórioaverificaçãodaGRI,tendooptadoesteanopor

doRelatório nãofazeraindaumaverificaçãoexterna.

GOVERNAÇÃO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO

GOVERNAÇÃO

4.1. Estruturadegovernaçãoda C OGovernodaOrganização,pág.10e11

organização,incluindo

comissõessubordinadas

aoórgãodegovernação

hierarquicamentemais

elevadoecom

responsabilidadeportarefas

específicas,taiscomoa

definiçãodaestratégiaoua

supervisãodaorganização

4.2. IndicaçãocasooPresidentedo C OPresidentedoConselhodeAdministraçãonãoé

órgãodegovernação DirectorExecutivodaempresa,delegandooConselhode

hierarquicamentemaiselevado AdministraçãoestafunçãonoAdministradordoPelouro.

seja,simultaneamente,um

directorexecutivo(enesse

caso,quaisassuasfunçõesno

âmbitodagestãoda

organizaçãoeasrazõespara

estacomposição)

4.3. Nocasodeorganizaçõescom C OsmembrosdoConselhodeAdministraçãoda

umaestruturadeadministração TRATOLIXOnãosãoindependentes.NoConselhode

unitária,declaraçãodonúmero Administraçãohá3membrosquesãoexecutivos(um

demembrosindependentes dosquaiséoPresidente)e2membrosnãoexecutivos.

e/ounãoexecutivosdomais

altoorgãodegovernação

4.4. Mecanismosquepermitama C Introdução,pág.5;

accionistasefuncionários OGovernodaOrganização,pág.10e11

transmitirrecomendaçõesou

orientaçõesaoórgãode

governaçãohierarquicamente

maiselevado

4.5. Relaçãoentrearemuneração N Osadministradoressãoanualmenteavaliadosemfunção Informação

dosmembrosdoórgãode documprimentodosobjectivosdoProgramadeGestão confidencial

governaçãohierarquicamente Anual,aprovadonoâmbitodoSistemaIntegradode

maiselevado,dosdirectores Gestãodaempresa.

detopoedosexecutivos

(incluindoacordosdetomada

dedecisão)eodesempenho

daorganização(incluindo

odesempenhosocial

eambiental)

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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85RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADOR RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

4.6. Processosaodispordoórgão N AindependênciadosmembrosdosÓrgãosSociais Nãoexiste

degovernação (AssembleiaGeraleConselhodeAdministração)está

hierarquicamentemaiselevado garantida,umavezqueestádependentedeumprocesso

paraevitaraocorrênciade deescrutínionasEleiçõesAutárquicas.

conflitosdeinteresse

4.7. Processoparaadeterminação N NostermosdosEstatutosdaTRATOLIXO,aAMTRES Informação

dasqualificaçõese elegeoConselhodeAdministraçãoedesignaqual,de confidencial

competênciasexigidasaos entreosAdministradoreseleitos,seráoPresidente.

membrosdoórgãode

governaçãohierarquicamente

maiselevadoparadefinira

estratégiadaorganização

relativamenteàsquestões

ligadasaodesempenho

económico,ambientalesocial

4.8. Declaraçõesdeprincípiosou C Missão,VisãoePolíticaIntegrada,pág.9;

demissão,códigosdeconduta IndicadoresdeDesempenhoSocial:Comunidade,

eprincípiosinternos pág.70;IndicadoresdeDesempenhoSocial:Políticas

consideradosrelevantespara Públicas,pág.71

odesempenhoeconómico,

ambientalesocial,assimcomo

afasedeimplementação

4.9. Processosdoórgãode C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidosUrbanos,

governação,hierarquicamente E.I.M.,S.A.,pág.7e8;Missão,VisãoePolítica

maiselevado,para Integrada,pág.9;OGovernodaOrganização,pág.10e11;

supervisionaraformacomo Impactes,RiscoseOportunidades,pág.12e13;

aorganizaçãoefectuaa PlanodeMonitorizaçãoAmbiental,pág.35;Indicadores

identificaçãoeagestãodo deDesempenhoSocial:Comunidade,pág.70;

desempenhoeconómico, IndicadoresdeDesempenhoSocial:Políticas

ambientalesocial,a Públicas,pág.71;

identificaçãoeagestãode

riscoseoportunidades

relevantes,bemcomoa

adesãoouconformidadecom

asnormasinternacionalmente

aceites,códigosdecondutae

princípios

4.10. Processosparaaavaliaçãodo C ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidosUrbanos,

desempenhodoórgãode E.I.M.,S.A.,pág.8;Missão,VisãoePolíticaIntegrada,

governaçãohierarquicamente pág.9;OGovernodaOrganização,pág.10e11;Plano

maiselevado,especialmente deMonitorizaçãoAmbiental,pág.35;Relaçõesentreos

emrelaçãoaodesempenho ColaboradoreseaGovernação,pág.61;Indicadoresde

económico,ambientalesocial DesempenhoSocial:Comunidade,pág.70;Indicadoresde

DesempenhoSocial:PolíticasPúblicas,pág.71;

COMPROMISSO COM INICIATIVAS EXTERNAS

4.11. Explicaçãosobreseoprincípio C Impactes,RiscoseOportunidades,pág.13

daprecauçãoéabordadopela

organizaçãoedequeforma

4.12. Cartas,princípiosououtras C ATRATOLIXOémembroassociadodaISWA;Participou

iniciativas,desenvolvidas igualmentenoProjectoLimparPortugaleapoioua

externamente,decarácter participaçãodosseusmunicípioseminiciativascomoo

económico,ambientalesocial, “GreenFest”eo“CleanUptheWorld”.

queaorganizaçãosubscreve

oudefende

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86TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADOR RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

4.13. Participaçãosignificativaem C DesempenhoSocial:Sociedade-PolíticasPúblicas,

associaçõese/ouorganizações pág.71

dedefesanacionais/internacio-

nais

ENVOLVIMENTO DAS PARTES INTERESSADAS

4.14. Relaçãodosgruposque C Introdução,pág.5

constituemaspartes

interessadasenvolvidaspela

organização

4.15. Baseparaaidentificaçãoe C Introdução,pág.5;

selecçãodaspartes Missão,VisãoePolíticaIntegrada,pág.9

interessadosaserem

envolvidas

4.16. Abordagemutilizadapara C Introdução,pág.5;

envolveraspartesinteressadas, Missão,VisãoePolíticaIntegrada,pág.9

incluindoafrequênciado

envolvimento,portipoepor

grupos,daspartesinteressadas

4.17. Principaisquestõese C Introdução,pág.6;

preocupaçõesidentificadas ATRATOLIXO-TratamentodeResíduosSólidos,E.I.M.,

atravésdoenvolvimentodas S.A.,pág.7;Missão,VisãoePolíticaIntegrada,pág.9;

partesinteressadaseas DesempenhoSocial:Sociedade-Comunidade,pág.70

medidasadoptadaspela

organizaçãonotratamentodas

mesmas,nomeadamente

atravésdosrelatórios

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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87RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADOR RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE COMENTÁRIOS

ABORDAGEM PELA GESTÃO EC P pág.76

Aspectos DesempenhoEconómico P pág.76

PresençanoMercado P pág.7;pág.76

ImpactesEconómicosIndirectos N

ABORDAGEM PELA GESTÃO EN P pág.34

Aspectos Materiais P pág.34

Energia N

Água N

Biodiversidade N

Emissões,efluenteseresíduos P pág.34

Produtoseserviços P pág.34

Conformidade N

Transportes N

Geral N

ABORDAGEM PELA GESTÃO LA P pág.58

Aspectos Emprego P pág.58

Relaçõesentrefuncionárioseadministração P pág.58

SegurançaeSaúdenotrabalho P pág.58

Formaçãoeeducação P pág.58

Diversidadeeigualdadedeoportunidades P pág.58

ABORDAGEM PELA GESTÃO HR P pág.68 Aorganizaçãoestáemconformidade comalegislaçãonacionalqueaprova ocódigodotrabalhonacional, definindoseuscontratosdetrabalho emconformidadecomessa legislação,quesalvaguardaatemática comoigualdadeenãodiscriminação, liberdadedeexpressãoeopinião, trabalhoinfantiledotrabalhoforçado.

Aspectos Práticasdeinvestimentoedeaquisições N

Não-discriminação P pág.68

Liberdadedeassociaçãoeacordo P pág.68 denegociaçãocolectiva

Trabalhoinfantil P pág.68

Trabalhoforçadoeescravo P pág.68

Práticasdesegurança N

Direitodospovosindigenas N

ABORDAGEM PELA GESTÃO SO P pág.70

Aspectos Comunidade P pág.70

Corrupção P pág.70

PolíticasPúblicas P pág.70

Concorrênciadesleal P pág.70

Conformidade N

ABORDAGEM PELA GESTÃO PR P pág.72

Aspectos SaúdeeSegurançadoCliente P pág.72

RotulagemdeProdutoseServiços P pág.72

ComunicaçõesdeMarketing P pág.72

PrivacidadedoCliente N

Conformidade P pág.72

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88TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

ABORDAGEM DA GESTÃO E INDICADORES DE DESEMPENHO

INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÓMICO DESEMPENHO ECONÓMICO

EC1 E Valoreconómicodirectogerado C DesempenhoEconómico,pág.77

edistribuído,incluindoreceitas,

custosoperacionais,

indemnizaçõesatrabalhadores,

donativoseoutrosinvestimentos

nacomunidade,lucrosnão

distribuídosepagamentosa

investidoresegovernos

EC2 E Implicaçõesfinanceiraseoutros C DesempenhoEconómico,pág.79

riscoseoportunidadesparaas

actividadesdaorganizaçãodevido

àsalteraçõesclimáticas

EC3 E Coberturadasobrigações C DesempenhoEconómico,pág.79

referentesaoplanodebenefícios

definidopelaorganização

EC4 E Apoiofinanceirosignificativo C DesempenhoEconómico,pág.80

recebidodogoverno

PRESENÇA NO MERCADO

EC5 A Rácioentreosaláriomaisbaixo C DesempenhoEconómico,pág.80

eosaláriomínimolocal,nas

unidadesoperacionaisimportantes

EC6 E Políticas,práticaseproporçãode C DesempenhoEconómico,pág.80

custoscomfornecedoreslocais,

emunidadesoperacionais

importantes

EC7 E Procedimentosparacontratação C DesempenhoEconómico,pág.81

localeproporçãodecargosde

gestãodetopoocupadopor

indivíduosprovenientesda

comunidadelocal,nasunidades

operacionaismaisimportantes

IMPACTES ECONÓMICOS INDIRECTOS

EC8 E Desenvolvimentoeimpactodos C DesempenhoEconómico,pág.81

investimentoseminfra-estrutura

eserviçosquevisam

essencialmenteobenefício

público,atravésdeenvolvimento

comercial,emgénerosou

actividadesprobono

EC9 A DescriçãoeanálisedosImpactes N Estainformaçãoainda

EconómicosIndirectosmais nãoestádisponível,

significativos,incluindoasua emboranos

extensão comprometamosa

reportá-lanofuturo

INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL

MATERIAIS

EN1 E Materiaisutilizados,porpeso C DesempenhoAmbiental:Consumos-

ouporvolume Materiais,pág.42

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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89RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

EN2 E Percentagemdemateriais C DesempenhoAmbiental:Consumos-

utilizadosquesãoprovenientes Materiais,pág.43

dereciclagem

ENERGIA

EN3 E Consumodirectodeenergia, C DesempenhoAmbiental;Consumos-

discriminadoporfontedeenergia Energia,pág.44

primária

EN4 E Consumoindirectodeenergia, C DesempenhoAmbiental;Consumos-

discriminadoporfonteprimária Energia,pág.45

EN5 A Totaldepoupançadeenergia C DesempenhoAmbiental;Consumos-Energia,

devidoamelhoriasnaconservação pág.45

enaeficiência

EN6 A Iniciativasparafornecerprodutos C DesempenhoAmbiental;Consumos-Energia,

eserviçosbaseadosnaeficiência pág.45

energética,ounasenergias

renováveis,ereduçõesno

consumodeenergiaemresultado

dessasiniciativas

EN7 A Iniciativasparareduziroconsumo C DesempenhoAmbiental;Consumos-Energia,

indirectodeenergiaereduções pág.45

alcançadas

ÁGUA

EN8 E Consumototaldeáguaporfonte C DesempenhoAmbiental:Consumos-Água,

pág.46

EN9 A Recursoshídricos C DesempenhoAmbiental:Consumos-Água,

significativamenteafectadospelo pág.47

consumodeágua

EN10 A Percentagemevolumetotalde C DesempenhoAmbiental:Consumos-Água,

águarecicladaereutilizada pág.47

BIODIVERSIDADE

EN11 E Localizaçãoeáreadosterrenos C DesempenhoAmbiental-Biodiversidade,

pertencentes,arrendadosou pág.48

administradospelaorganização,

nointeriordezonasprotegidas,

ouaelasadjacentes,eemáreas

dealtoíndicedebiodiversidade

foradaszonasprotegidas

EN12 E Descriçãodosimpactes C DesempenhoAmbiental-Biodiversidade,

significativosdeactividades, pág.49

produtoseserviçossobrea

biodiversidadedasáreas

protegidasesobreasáreasdealto

índicedebiodiversidadeforadas

áreasprotegidas

EN13 A Habitatsprotegidos C DesempenhoAmbiental-Biodiversidade,

ourecuperados pág.49

EN14 A Estratégiaseprogramas,actuaise C DesempenhoAmbiental-Biodiversidade,

futuros,degestãodeimpactes pág.49

nabiodiversidade

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90TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

EN15 A NúmerodeespéciesnaLista C DesempenhoAmbiental-Biodiversidade,

VermelhadaIUCNenalista pág.49

nacionaldeconservaçãodas

espécies,comhabitatsemáreas

afectadasporoperações,

discriminadaspornívelderisco

deextinção

EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS

EN16 E Emissõestotaisdirectase N Estainformaçãoainda

indirectasdegasescomefeito nãoestádisponível,

estufa,porpeso emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

EN17 E Outrasemissõesindirectas N Estainformaçãoainda

relevantesdegasescomefeito nãoestádisponível,

estufa,porpeso emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

EN18 A Iniciativasparareduziras N Estainformaçãoainda

emissõesdegasescomefeito nãoestádisponível,

estufa,assimcomoreduções emboranos

alcançadas comprometamosa

reportá-lanofuturo

EN19 E Emissãodesubstâncias C DesempenhoAmbiental-Emissões,Efluentes

destruidorasdacamadadeozono, eResíduos,pág.50

porpeso

EN20 E NOx,SOxeoutrasemissões N Estainformaçãoainda

atmosféricassignificativas,por nãoestádisponível,

tipoeporpeso emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

EN21 E Descargatotaldeágua,por C DesempenhoAmbiental-Emissões,Efluentes

qualidadeedestino eResíduos,pág.50

EN22 E Quantidadetotalderesíduos,por C DesempenhoAmbiental-Emissões,Efluentes

tipoemétododeeliminação eResíduos,pág.51

EN23 E Númeroevolumetotalde C DesempenhoAmbiental-Emissões,Efluentes

derramessignificativos eResíduos,pág.53

EN24 A Pesoderesíduostransportados, C DesempenhoAmbiental-Emissões,Efluentes

importados,exportadosou eResíduos,pág.53

tratadosconsideradosperigosos

nostermosdaConvençãoda

Basiléia–AnexosI,II,IIIeVIII,e

percentagemderesíduos

transportadospornavio,anível

internacional

EN25 A Identidade,dimensão,estatuto P DesempenhoAmbiental-Emissões,Efluentes

deprotecçãoevalorparaa eResíduos,pág.51

biodiversidadederecursos

hídricoserespectivoshabitats,

afectadosdeformasignificativa

pelasdescargasdeáguae

escoamentosuperficial

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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91RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

PRODUTOS E SERVIÇOS

EN26 E Iniciativasparamitigarosimpactes C DesempenhoAmbiental-ProdutoseServiços,

ambientaisdeprodutoseserviços pág.54

eograudereduçãodosimpactes

EN27 E Percentagemrecuperadade C DesempenhoAmbiental-ProdutoseServiços,

produtosvendidoserespectivas pág.55

embalagens,porcategoria

CONFORMIDADE

EN28 E Montantesenvolvidosno C DesempenhoAmbiental-Conformidade,

pagamentodecoimas pág.55

significativaseonúmerototalde

sançõesnão-monetáriaspor

incumprimentodasleise

regulamentosambientais

TRANSPORTE

EN29 A Impactesambientaissignificativos, N Estainformaçãoainda

resultantesdotransportede nãoestádisponível,

produtoseoutrosbensou emboranos

matérias-primasutilizadosnas comprometamosa

operaçõesdaorganização,bem reportá-lanofuturo

comootransportedefuncionários

GERAL

EN30 A Totaldecustoseinvestimentos N Estainformaçãoainda

comaprotecçãoambiental,por nãoestádisponível,

tipo emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL - PRÁTICAS LABORAIS E TRABALHO CONDIGNO EMPREGO

LA1 E Mão-de-obratotal,portipode C DesempenhoSocial:Práticaslaboraisetrabalho

emprego,porcontratodetrabalho condigno-Emprego,pág.58

eporregião

LA2 E Númerototaldetrabalhadorese P DesempenhoSocial:Práticaslaboraise

respectivataxaderotatividade, trabalhocondigno-Emprego,pág.58e59

porfaixaetária,géneroeregião

LA3 A Benefíciosasseguradosaos NA ActualmenteaTRATOLIXOnãocontacom

funcionáriosatempointeiroque Colaboradoresemserviçoderegimeparcial,

nãosãoconcedidosafuncionários peloqueaquestãorelativaàigualdadede

temporáriosouatempoparcial benefíciosentreosColaboradoresemregime

parcialoucompleto,nãosecoloca

RELAÇÕES ENTRE OS COLABORADORES E A GOVERNAÇÃO

LA4 E Percentagemdetrabalhadores C DesempenhoSocial:Práticaslaboraisetrabalho

abrangidosporacordosde condigno-RelaçõesentreosColaboradorese

contrataçãocolectiva aGovernação,pág.61

LA5 E Prazosmínimosdenotificação C DesempenhoSocial:Práticaslaboraisetrabalho

préviaemrelaçãoamudanças condigno-RelaçõesentreosColaboradorese

operacionais,incluindoseesse aGovernação,pág.61

procedimentoémencionadonos

acordosdecontrataçãocolectiva

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92TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

LA6 A Percentagemdatotalidadeda N Estainformaçãoainda

mão-de-obrarepresentadaem nãoestádisponível,

comissõesformaisdesegurança emboranos

esaúde,queajudamno comprometamosa

acompanhamentoe reportá-lanofuturo

aconselhamentosobreprogramas

desegurançaesaúdeocupacional

LA7 E Taxasdelesões,doenças C DesempenhoSocial:Práticaslaboraise

profissionais,diasperdidos, trabalhocondigno-SaúdeeSegurançano

absentismoeóbitosrelacionados Trabalho,pág.62;TaxadeAbsentismo,pág.64

comotrabalho,porregião

LA8 E Programasemcursodeeducação, N Estainformaçãoainda

formação,aconselhamento, nãoestádisponível,

prevençãoecontroloderisco,em emboranos

curso,paragarantirassistência comprometamosa

aostrabalhadores,àssuasfamílias reportá-lanofuturo

ouaosmembrosdacomunidade

afectadospordoençasgraves

LA9 A Tópicosrelativosasaúdee N Estainformaçãoainda

segurança,abrangidosporacordos nãoestádisponível,

formaiscomsindicatos emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

LA10 E Médiadehorasdeformação,por P DesempenhoSocial:Práticaslaboraise

ano,portrabalhador,discriminadas trabalhocondigno-FormaçãoeEducação,

porcategoriadefunções pág.64;EstágiosProfissionais,pág.65;

Doutoramentos,Mestrados,Pós-Graduações

eestudosAvançados,pág.65

LA11 A Programasparaagestãode N Estainformaçãoainda

competênciaseaprendizagem nãoestádisponível,

contínuaqueapoiama emboranos

continuidadedaempregabilidade comprometamosa

dosfuncionárioseparaagestão reportá-lanofuturo

decarreira

LA12 A Percentagemdefuncionáriosque N Estainformaçãoainda

recebemregularmente,análises nãoestádisponível,

dedesempenhoede emboranos

desenvolvimentodacarreira comprometamosa

reportá-lanofuturo

DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES

LA13 E Composiçãodosórgãossociais C DesempenhoSocial:Práticaslaboraise

daempresaerelaçãodos trabalhocondigno-DiversidadeeIgualdadede

trabalhadoresporcategoria,de Oportunidades,pág.66;NíveisHabilitacionais,

acordocomogénero,afaixaetária, pág.66;Trabalhadorescomdeficiência,pág.66;

asminoriaseoutrosindicadores Trabalhadoresestrangeiros,pág.66

dediversidade

LA14 E Discriminaçãoçãodoráciodo N Estainformaçãoainda

saláriobaseentrehomense nãoestádisponível,

mulheres,porcategoriade emboranos

funções comprometamosa

reportá-lanofuturo

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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93RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL - DIREITOS HUMANOS

PRÁTICAS DE INVESTIMENTO E DE AQUISIÇÕES

HR1 E Percentagemenúmerototalde N Estainformaçãoainda

contratosdeinvestimento nãoestádisponível,

significativosqueincluam emboranos

cláusulasreferentesaosdireitos comprometamosa

humanosouqueforam reportá-lanofuturo

submetidosaanálisereferentes

aosdireitoshumanos

HR2 E Percentagemdosprincipais N Estainformaçãoainda

fornecedoreseempresas nãoestádisponível,

contratadasqueforam emboranos

submetidosaavaliaçõesrelativas comprometamosa

adireitoshumanosemedidas reportá-lanofuturo

tomadas

HR3 A Númerototaldehorasde N Estainformaçãoainda

formaçãoempolíticase nãoestádisponível,

procedimentosrelativosa emboranos

aspectosdosdireitoshumanos comprometamosa

relevantesparaasoperações, reportá-lanofuturo

incluindoapercentagemde

funcionáriosquebeneficiaram

deformação

NÃO DISCRIMINAÇÃO

HR4 E Númerototaldecasosde C DesempenhoSocial:DireitosHumanos-

discriminaçãoeacçõestomadas DireitosHumanos,TrabalhoInfantileTrabalho

ForçadoouEscravo,pág.68

LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E ACORDO DE NEGOCIAÇÃO COLECTIVA

HR5 E Casosemqueexistaumrisco N Estainformaçãoainda

significativodeimpedimentoao nãoestádisponível,

livreexercíciodaliberdadede emboranos

associaçãoerealizaçãodeacordos comprometamosa

decontrataçãocolectiva,e reportá-lanofuturo

medidasquecontribuamparaa

suaeliminação

TRABALHO INFANTIL

HR6 E Casosemqueexistaumrisco C DesempenhoSocial:DireitosHumanos-

significativodeocorrênciade DireitosHumanos,TrabalhoInfantileTrabalho

trabalhoinfantilemedidasque ForçadoouEscravo,pág.68

contribuamparaasuaeliminação

TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO

HR7 E Casosemqueexistaumrisco C DesempenhoSocial:DireitosHumanos-

significativodeocorrênciade DireitosHumanos,TrabalhoInfantileTrabalho

trabalhoforçadoouescravoe ForçadoouEscravo,pág.68

medidasquecontribuamparaa

suaeliminação

PRÁTICAS DE SEGURANÇA

HR8 A Percentagemdopessoalde N Estainformaçãoainda

segurançasubmetidoaformação nãoestádisponível,

naspolíticasouprocedimentosda emboranos

organização,relativosaosdireitos comprometamosa

humanos,equesãorelevantes reportá-lanofuturo

paraasoperações

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94TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

DIREITOS DOS POVOS INDIGENAS

HR9 A Númerototaldeincidentesque N Estainformaçãoainda

envolvamaviolaçãodosdireitos nãoestádisponível,

dospovosindígenaseacções emboranos

tomadas comprometamosa

reportá-lanofuturo

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL - SOCIEDADE

COMUNIDADE

SO1 E Natureza,âmbitoeeficáciade C DesempenhoSocial:Sociedade-

quaisquerprogramasepráticas Conformidade,pág.70

paraavaliaregerirosimpactes

dasoperaçõesnascomunidades,

incluindonomomentodasua

instalaçãoduranteaoperaçãoe

nomomentodaretirada

CORRUPÇÃO

SO2 E Percentagemenúmerototalde N Estainformaçãoainda

unidadesdenegócioalvode nãoestádisponível,

análisederiscosàcorrupção emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

SO3 E Percentagemdetrabalhadores N Estainformaçãoainda

quetenhamefectuadoformação nãoestádisponível,

naspolíticasepráticasde emboranos

anti-corrupçãodaorganização comprometamosa

reportá-lanofuturo

SO4 E Medidastomadasemrespostaa N Estainformaçãoainda

casosdecorrupção nãoestádisponível,

emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

POLÍTICAS PÚBLICAS

SO5 E Posiçõesquantoapolíticas C DesempenhoSocial:Sociedade-Políticas

públicaseparticipaçãona Públicas,pág.71

elaboraçãodepolíticaspúblicase

emgruposdepressão

SO6 A Valortotaldascontribuições N Estainformaçãoainda

financeirasouemespéciea nãoestádisponível,

partidospolíticos,políticosoua emboranos

instituiçõesrelacionadas, comprometamosa

discriminadasporpaís reportá-lanofuturo

CONCORRÊNCIA DESLEAL

SO7 A Númerototaldeacçõesjudiciais N Estainformaçãoainda

porconcorrênciadesleal,antitrust nãoestádisponível,

epráticasdemonopólio,bem emboranos

comoosseusresultados comprometamosa

reportá-lanofuturo

CONFORMIDADE

SO8 E Montantedascoimas C DesempenhoSocial:Sociedade-Políticas

significativasenúmerototalde Públicas,pág.71

sançõesnão-monetáriaspor

incumprimentodasleise

regulamentosambientais

LEGENDA:TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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95RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

INDICADORES DE DESEMPENHO REFERENTES À RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO SAÚDE E SEGURANÇA DO CLIENTE

PR1 E Ciclosdevidadosprodutose C DesempenhoResponsabilidadepeloProduto-

serviçosemqueosimpactesde SaúdeeSegurançadoCliente,pág.73

saúdeesegurançasãoavaliados

comoobjectivodeefectuar

melhorias,bemcomoa

percentagemdasprincipais

categoriasdeprodutoseserviços

sujeitasataisprocedimentos

PR2 A Númerototaldeincidentes N Estainformaçãoainda

resultantesdanão-conformidade nãoestádisponível,

comosregulamentosecódigos emboranos

voluntáriosrelativosaosimpactes, comprometamosa

nasaúdeesegurançados reportá-lanofuturo

produtoseserviçosduranteo

respectivociclodevida,

discriminadoportipoderesultado

ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS

PR3 E Tipodeinformaçãosobreprodutos C DesempenhoResponsabilidadepeloProduto-

eserviçosexigidapor RotulagemdeProdutoseServiços,pág.73

regulamentoseapercentagemde

produtoseserviçossignificativos

sujeitosataisrequisitos

PR4 A Númerototaldeincidentes N Estainformaçãoainda

resultantesdanão-conformidade nãoestádisponível,

comosregulamentosecódigos emboranos

voluntáriosrelativosàinformação comprometamosa

erotulagemdeprodutose reportá-lanofuturo

serviços,discriminadosportipo

deresultado

PR5 A Procedimentosrelacionadoscom N Estainformaçãoainda

asatisfaçãodocliente,incluindo nãoestádisponível,

resultadosdepesquisasque emboranos

meçamasatisfaçãodocliente comprometamosa

reportá-lanofuturo

COMUNICAÇÃO E MARKETING

PR6 E Programasdeobservânciadas C DesempenhoResponsabilidadepeloProduto-

leis,normasecódigosvoluntários ComunicaçõesdeMarketing,pág.73

relacionadoscomcomunicações

demarketing,incluindo

publicidade,promoçãoepatrocínio

PR7 A Númerototaldeincidentes N Estainformaçãoainda

resultantesdanão-conformidade nãoestádisponível,

comosregulamentosecódigos emboranos

voluntáriosrelativosa comprometamosa

comunicaçõesdemarketing, reportá-lanofuturo

incluindopublicidade,promoção

epatrocínio,discriminadospor

tipoderesultado

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96TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

REFERÊNCIA INDICADORTIPO RELATO LOCALIZAÇÃOOUREPORTE RAZÃOPARAOMISSÃO

EXPLICAÇÃO

PRIVACIDADE DO CLIENTE

PR8 A Númerototaldereclamações N Estainformaçãoainda

registadasrelativasaviolaçãoda nãoestádisponível,

privacidadedosclientes emboranos

comprometamosa

reportá-lanofuturo

CONFORMIDADE

PR9 E Montantedascoimas C DesempenhoResponsabilidadepeloProduto-

(significativas)porincumprimento Conformidade,pág.73

deleiseregulamentosrelativos

aofornecimentoeutilização

deprodutoseserviços

LEGENDA:

TipoE IndicadorEssencialA IndicadorAdicional

RelatoC ReporteCompletoP ReporteParcialNA NãoAplicávelN NãoReportado

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97RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010 TRATOLIXO

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98TRATOLIXO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2010

FICHA TÉCNICA:DESIGN:Letra Design

CRÉDITOSFOTOGRÁFICOS:FG+SG - Fotografia de ArquitecturaCapa; pp. 4/5; 13

Aeroperspectivapp. 14; 15; 20; 22; 23

Arquivo Tratolixopp. 23; 26; 28; 32; 40; 42; 49; 50; 51; 53; 48

José Pedro Santa Bárbarapp. 25; 27; 28/29; 33; 34; 41; 43; 54; 55; 56/57; pp. 60; 61; 62; 63; 64; 67; 69; 72; 74/75

Fernando Costap.65

Empresa associada: Empresa membro:

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