relatório de sintese do sistema financeiro angolano

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BANCO NACIONAL DE ANGOLA DEPARTAMENTO DE SUPERVISÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2011 1. INTRODUÇÃO É missão do Banco Nacional de Angola, como supervisor do sistema bancário o monitoramento contínuo das instituições financeiras sob sua jurisdição, ou seja, velar pela estabilidade e confiança do sistema financeiro nacional. O Departamento de Supervisão de Instituições Financeiras – DSI – é o principal executor das funções de supervisor do sistema financeiro angolano, atribuídas ao BNA pela Lei Nº 16/10, de 15 de Julho, em seu artigo nº 20, a este cabe, o acompanhamento in- loco e a distância (on-site e off-site), da situação patrimonial, liquidez, rentabilidade, adequação de capital e solvência, bem como avaliar o cumprimento das normas e regulamentos por parte dos bancos. Para o cumprimento da sua missão institucional, o DSI conta com a seguinte estrutura orgânica aprovada pelo Despacho Nº 34/2011 do Banco Nacional de Angola: ORGANIGRAMA DO DSI

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Page 1: Relatório de Sintese do Sistema Financeiro Angolano

BANCO NACIONAL DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE SUPERVISÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2011

1. INTRODUÇÃO

É missão do Banco Nacional de Angola, como supervisor do sistema bancário o monitoramento contínuo das instituições financeiras sob sua jurisdição, ou seja, velar pela estabilidade e confiança do sistema financeiro nacional. O Departamento de Supervisão de Instituições Financeiras – DSI – é o principal executor das funções de supervisor do sistema financeiro angolano, atribuídas ao BNA pela Lei Nº 16/10, de 15 de Julho, em seu artigo nº 20, a este cabe, o acompanhamento in-loco e a distância (on-site e off-site), da situação patrimonial, liquidez, rentabilidade, adequação de capital e solvência, bem como avaliar o cumprimento das normas e regulamentos por parte dos bancos. Para o cumprimento da sua missão institucional, o DSI conta com a seguinte estrutura orgânica aprovada pelo Despacho Nº 34/2011 do Banco Nacional de Angola:

ORGANIGRAMA DO DSI

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1.2. Síntese de Actividades 1.2.1. Organização do Sistema Financeiro Angolano

O Sistema financeiro conta actualmente com 23 (vinte e três) instituições financeiras bancárias, das quais, estão em funcionamento 21 (vinte e um) Bancos, sendo que 2 (dois) ainda não iniciaram as suas actividades. Também estão autorizadas a funcionar 30 (trinta) casas de câmbio, sendo que 1 (uma) casa câmbio ainda não iniciou a sua actividade. Importa também referir que, estão em funcionamento uma sociedade de remessa de valores e uma sociedade de micro crédito.

1.2.2. Estrutura e composição do Sistema Bancário Angolano Das 23 (vinte e três) instituições financeiras bancárias autorizadas a funcionar em Angola, 3 (tres) são Bancos públicos, 12 (doze) são Bancos privados, 7 (sete) são filiais de Bancos estrangeiros privados e 1 (um) banco Misto, conforme o mapa abaixo.

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Bancos Dez-05 Dez-06 Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Jun-11

Públicos 2 3 3 3 3 3 3

Mistos 1 1

Privados Nacionais 7 9 10 10 10 12 12

Filiais de Bancos Estrangeiros 4 5 6 6 6 7 7

Total 13 17 19 19 19 23 23

1.2.3. Localização de Rede de Agências No final do segundo trimestre de 2011, de acordo com os dados disponíveis na base de dados deste Departamento, existiam em todo território nacional cerca de 902 (novecentas e duas) agências de Bancos comerciais, sendo que a maior parte das mesmas encontram-se localizadas na província de Luanda que detém 490 (quatrocentas e noventa) agências. O mapa abaixo, ilustra a distribuição geográfica das agências por província.

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1.2.4. Central de Informação de Risco de Crédito (CIRC)

No âmbito do funcionamento da Central de Informação de Risco e Crédito (CIRC), foram realizados ao longo do segundo trimestre de 2011, vários encontros com os bancos no sentido de serem informados sobre a necessidade do envio da informação para a base de dados da CIRC. Procedeu-se ao cadastramento dos nomes e perfis dos usuários das instituições para o aplicativo da CIRC. No período em referência o aplicativo contava com a informação de crédito de 15 (quinze) bancos, 2 (dois) bancos com tentativas de envio de informação e 4 (quatro) bancos sem tentativas de envio de informação a CIRC.

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I - INDICADORES DE DIMENSÃO DO SISTEMA BANCÁRIO ANGOLANO

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EVOLUÇÃO DOS ACTIVOS E PASSIVOS DOS BANCOS

No que diz respeito a dimensão do Sistema Bancário Angolano, na óptica da escala dos activos dos Bancos a operar em Angola, o mercado continua a registar uma tendência de crescimento, apesar de três (3) instituições evidenciarem uma diminuição do seu volume de negócios. O activo total do sistema bancário cresceu 5%. ao longo do primeiro semestre de 2011, em que atingiu cerca de kz 4.410,39 mil milhões No final do primeiro semestre de 2011 os activos dos bancos em moeda nacional totalizaram kz 2.239,11 mil milhões, e os activos em moeda estrangeira foram de kz 2.171,28 mil milhões. Entre Dezembro de 2010 a Junho de 2011 os activos em moeda nacional cresceram cerca de 7% e os activos em moeda estrangeira cresceram em 3% respectivamente. rever o gráfico, o período não esta visivel As fontes de financiamento em moeda estrangeira à semelhança dos activos em moeda estrangeira evidenciaram o mesmo comportamento, enquanto os passivos em moeda nacional apresentavam um comportamento contrário dos activos em moeda nacional ao registarem uma diminuição absoluta em cerca de kz 203,59 mil milhões no final do primeiro trimestre de 2011. O decréscimo dos passivos em moeda nacional de cerca de 3 pp. foi compensado pelo aumento do passivo em moeda estrangeira em mais de kz 63,91 mil milhões. Esta tendência evidencia o comportamento do mercado em recorrer a moeda estrangeira. Por outro lado, ao longo do primeiro semestre de 2011, o sistema bancário evidenciou uma maior captação de depósitos a prazo e outros depósitos (depósitos obrigatórios, cheques e outros), pois, as poupanças cresceram de cerca de 23% e os outros depósitos cresceram mais do que o dobro.

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COMPOSIÇÃO DA ESTRUTURA DE ACTIVOS DOS BANCOS COMERCIAIS No final do primeiro trimestre de 2011, a estrutura de activos da banca comercial apresentava uma composição heterogénea resultante de diferentes estratégias, posicionamento no mercado e grau de maturação de cada uma das Instituições Financeiras. O crédito mantém-se como a rubrica com maior expressão na estrutura do activo com cerca de 38,72%, seguidos pelas aplicações em títulos e valores mobiliários, disponibilidades e aplicações de liquidez com cerca de 24,52%, 17,10% e 10,93% respectivamente.

Em termos de ranking, os bancos BESA e BAI matem-se na primeira e segunda posição respectivamente, sendo que no segundo trimestre 2011 os bancos BFA e o BPC alternam a terceira e quarta posições e o banco BIC matem-se na quinta posição. Foi notável a evolução dos activos do BPA que matem-se na sexta posição do ranking dos Bancos, posicionando-se a frente de outros bancos com volume de activos idêntico, se tivermos em conta o tempo de actividade de cada um destes Bancos no mercado.

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COMPOSIÇÃO DA ESTRUTURA DO PASSIVO DOS BANCOS COMERCIAIS No final do primeiro semestre de 2011, o sistema bancário continuo a revelar maior capacidade de captação de recursos, na qual se destaca os depósitos de clientes com 73,85%, assim como o incremento das operações de mercado monetário interfinanceiro para a cedência de liquidez entres os bancos com 14,86%.

No decurso do primeiro semestre de 2011 cinco bancos absorviam a maior porção das captações através de depósitos de clientes, com realce para o BAI que no primeiro trimestre de 2011 caiu para a segunda posição a favor do BFA e no segundo trimestre de 2011 voltou a liderança em contrapartida o BFA voltou a segunda posição. Em Dezembro de 2010 o BPC posicionava-se na terceira posição e passou a ocupar a quarta posição a favor do BIC no mês de Março e Junho de 2011, já o BESA que durante o primeiro semestre de 2011 liderou o ranking em termo de activos mantém-se na quinta posição em termos de depósitos. Alguns Bancos apesar de estarem a poucos anos a operar no mercado financeiro angolano, registaram no final do período em análise, maior volume de depósitos em relação aos bancos com mais tempo de actuação no mercado, o que aumenta a concorrência e melhora a prestação de serviços e atendimento ao cliente.

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II- ADEQUAÇÃO DE CAPITAL E FUNDOS PROPRIOS REGULAMENTARES Tendo em conta os riscos a que o sistema bancário está exposto, o Banco Nacional de Angola, no âmbito das suas competências, através do Instrutivo N.º 03/2011, de 08 de Junho, determinou novos factores de ponderação de risco para o património das instituições bancárias autorizados a funcionar em Angola, com efeito, o rácio de solvabilidade que durante o primeiro trimestre de 2011 situou-se em torno dos19% e 18%, diminuiu para 15% no final do segundo trimestre de 2011. Apesar da diminuição de cerca de cerca de 3 pp. o sistema bancário manteve-se solvente, o rácio de solvabilidade manteve-se acima dos 10%, limite mínimo estabelecido pelo Aviso nº 05/07,de 12 de Setembro. Convém frisar que ao longo do primeiro semestre de 2011 um (1) Banco apresentou rácio de solvabilidade regulamentar abaixo dos 10%, limite mínimo estabelecido para instituições bancárias. Todavia, para que este Banco apresente um rácio de solvabilidade em conformidade o estabelecido no referido aviso, está em curso um processo de autorização para aumento de Capital Social e emissão de obrigações de caixa. Por outro lado, três (3) Bancos que se encontravam em situação de alerta melhoraram os seus rácios de solvabilidade.

O mapa a direita ilustra a posição de cada Banco em termos de solvabilidade no sistema bancário. Neste indicador os Bancos que detêm maior volume de activos e que se posicionam nos cinco primeiros lugares, em termos de activo total, crédito e depósitos, aparecem a ocupar as últimas posições do ranking do sistema em termos de solvabilidade. Portanto, os Bancos com menor rácio de solvabilidade revelam maior apetite ao risco, ao contrário dos Bancos que apresentam rácios de solvabilidade maiores, com margens consideráveis de aplicação dos recursos que poderiam ser melhor rentabilizado em operações de crédito ou títulos de dívida pública.

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III-QUALIDADE DOS ACTIVOS DOS BANCOS

O total do crédito concedido a economia no primeiro semestre de 2011 ascendeu o valor de kz 1.819,44 mil milhões, contra cerca de kz 1.615,24 milhões em Dezembro de 2010, ou seja, um crescimento relativo de 13%. Importa referir que, no primeiro trimestre de 2011 a carteira de crédito cresceu apenas 5 %. No final do primeiro trimestre de 2011 o crédito em moeda estrangeira representava cerca de 63,2% (kz 1.075,35 mil milhões) do total da carteira. Importa realçar que, cerca de 61,8% da carteira de crédito foi concedida em dólar dos estados unidos e 1,4% em Euro. Apesar, de no final do segundo trimestre de 2011, o crédito concedido em dólares dos estados unidos, continuar a dominar a carteira de crédito com cerca de 57,5%, a mesma registou uma diminuição absoluta de Kz 5,37 mil milhões, a favor do crédito em moeda nacional que registou um aumento absoluto de Kz 117,18 mil milhões, representando cerca de 36,8% em Mar/11 e 40,8% em Jun./11. Este comportamento evidencia uma valorização da moeda nacional em relação a moeda estrangeira. Durante o período em análise o sistema bancário concedeu mais crédito ao sector privado empresarial e particulares, seguido pelos sectores público empresarial e publico administrativo na ordem dos kz 1.689,14 mil milhões, kz 103,81 mil milhões e kz 26,49 mil milhões respectivamente. No final do primeiro semestre de 2011 o crédito desembolsado ao sector privado empresarial e particular apresentam uma tendência crescente. Importa também referir que, do total de crédito desembolsado ao sector privado cerca de 76,7% (kz 1.295,08 mil milhões) foi desembolsado ao sector privado empresarial.

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Por outro lado, no final do primeiro semestre de 2011, o crédito concebido a “particulares” liderou a carteira de crédito por sector económico, com cerca de 19,59% do total da carteira de crédito, seguido pelos sectores económicos de “comércio a grosso e retalho (18,59%), “outras actividades de serviços colectivos (14,73%), “imobiliária, alugueres e serviços prestados as empresas (13,99%) ”,“indústrias transformadoras (8,54%) ”, “construção (8,46%) e os restantes destinados a outros sectores económicos”.

No final do primeiro semestre de 2011 o crédito vencido situou-se em Kz 134,22 mil milhões, menos 7% (kz 10,14 mil milhões) em relação a Março de 2011,por outro lado, o peso do crédito vencido no crédito total diminuiu de 8,48% (Mar/11) para 7,38% (Jun./11), esta redução poderá estar associada a recuperação do crédito mal parado, bem como, melhoria de classificação e registo das informações contabilísticas por parte dos Bancos.

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Importa realçar que, no final do primeiro semestre de 2011, o crédito vencido aos sectores económicos “comércio a grosso e a retalho”, “actividades imobiliárias” e “particulares” representavam cerca de 73% do total de crédito vencido.

Por outro lado, o crédito vencido com atrasos inferiores ou igual a 30 dias que no primeiro trimestre de 2011 representava cerca 41% do total do crédito vencido diminuiu para cerca 23% no segundo trimestre de 2011, enquanto que, o peso do crédito vencido com atrasos entre 30 a 60 dias que no primeiro trimestre de 2011 representava 18% do total de crédito vencido aumentou para 25%. Importa também referir, que no final Junho de 2011 ocorreu um agravamento do crédito vencido com “nível de risco G”. Porém, apesar das variações verificadas nos prazos e níveis de risco, no final do segundo trimestre do ano em curso, o crédito vencido apresentou uma tendência decrescente.

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No segundo trimestre os bancos da praça reforçaram as provisões para os riscos inerentes a carteira de crédito, pois, a carteira de crédito aumentou significativamente de Kz 1.701,50 mil milhões (Mar/11) para Kz 1.819,44 mil milhões, acautelando-se da probabilidade de incumprimento por parte dos mutuários, foram constituídas provisões no valor de kz 111,53 mil milhões, contra os cerca de kz 122,24 mil milhões necessários. Relativamente as provisões para o crédito vencido, registou-se uma diminuição desta rubrica na ordem dos 10,5%, devido a tendência decrescente do crédito mal parado, com efeito, o rácio de provisões de crédito vencido sobre o crédito vencido caíram 0,78 p.p. ou de 21,11% (Mar/11) para 20,33% (Jun/11). No período em análise cinco bancos detinham a maior quota de mercado em termos de crédito ou seja cerca de 79% da carteira de crédito do sistema bancário e os restantes 21% era detida pelas restantes instituições.

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IV-LIQUIDEZ As instituições financeiras bancárias em funcionamento detinham em Junho de 2011 cerca de kz 2.907,52 mil milhões de depósitos de clientes, dos quais cerca de kz 1.568,84 milhões detidos em moeda estrangeira e kz 1.336,68 mil milhões em moeda nacional. Os depósitos em moeda estrangeira cresceram em 13% e os depósitos em moeda nacional cresceram 7% entre Dezembro de 2010 e Junho de 2011, respectivamente. Os dados evidenciam a preferência do público em manter ainda as suas poupanças em moeda estrangeira. Os activos líquidos com títulos em relação as captações, nas duas moedas, evidenciam ser suficientes para suportar as obrigações dos credores quando lhes forem exigidos, após, uma ligeira diminuição no decurso do primeiro trimestre de 2011, no segundo trimestre de 2011 verificou-se uma tendência crescente. Em contrapartida, os activos líquidos sem os títulos sobre as captações nas duas moedas que mantiveram-se constantes no primeiro trimestre de 2011, no segundo trimestre de 2011, apresentaram uma tendência decrescente. O indicador de liquidez imediata em moeda nacional que no primeiro trimestre de 2011 denotava uma tendencia expansionista, no segundo trimestre de 2011, mantiveram-se constantes, situação contraria para a liquidez imediata em moeda estrangeira que continua a denotar uma tendencia descrescente. Importa referir que, a capacidade do sistema bancario em horar os seus compromissos de longo prazo em MN e ME mantem-se acima dos 100%. Ao longo do primeiro semestre de 2011 o sistema bancário registou um aumento da taxa de transformação do crédito sobre os depósitos, revelando que o sistema bancario angolano esta a exercer mais actividades de intermediação financeira com captações com depositos em moeda nacional.

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V-RENTABILIDADE A dinâmica da economia angolana tem propiciado um ambiente favorável ao desempenho do sistema bancário. Os proveitos de intermediação financeira, com destaque para os proveitos de crédito e proveitos de títulos e valores mobiliários, contribuíram para a expansão da margem financeira. De igual modo, contribuíram significativamente para a expansão do resultado de intermediação financeira às operações cambiais e prestação de serviços financeiros.

No final do segundo trimestre de 2011, o sistema bancário apresentou uma margem de ganho com aplicações em activos renumerados na ordem dos 5,20%, mais 2,19 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2011, contra a margem de custos com captações de passivos remunerados de 3,93%. O negócio bancário em angolano continua a registar níveis de rentabilidade aceitáveis, pois o spread da margem financeira “juros de activos e passivos renumerados” situou-se na ordem dos 1,27% em Junho de 2011.

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No final do primeiro semestre de 2011, o sistema bancário angolano apresentou um rácio de eficiência com tendência decrescente, devido ao crescimento significativo do produto bancário de cerca de 45% (Kz 64,48 mil milhões) em relação aos custos administrativos e de comercialização que cresceram apenas cerca de 38% (Kz 21,90 mil milhões), o Cost-to-Income diminuiu de 45,5% em Mar/11 para 40,3% em Jun/11.

Importa referir que, o aumento das despesas de provisões de crédito e garantias e dos outros custos operacionais não tiveram impacto comprometedor no resultado das instituições no período em análise. No final do segundo trimestre 2011 o sistema bancário apresentou um resultado líquido kz 66,61 mil milhões mais da metade do resultado líquido apurado no exercício de 2010 (kz 125,54 mil milhões), prova da existência de condições propícias para o negócio bancário e do ainda tímido nível de concorrência entre os actores do mercado. Os indicadores de rendibilidade, retorno de activos (ROA) e retorno de capital (ROE) situaram-se em 1,52% e 15,87% respectivamente.

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ANEXOS:

Bancos Públicos Bancos Privados Nacionais Filias de Bancos Estrangeiros

BCI BDA BPC

BAI BANC BCA BIC BNI BPA BQC KEVE BMF SOL BCH

BESA BFA BMA BTA FNB VTB SBA

Anexo 1: Composição Activo em ME e MN

Anexo 2: Composição dos Activos Líquido em ME e MN

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Anexo 2: Aplicações em Títulos

Anexo 5: Carteira de Crédito

Page 18: Relatório de Sintese do Sistema Financeiro Angolano

Anexo 6: Carteira de Depósitos

Anexo 9: Endividamento

Page 19: Relatório de Sintese do Sistema Financeiro Angolano

Anexo 12: Rendibilidade