relatório de saúde pública uninorte

89
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE Laureate Internationals Universities CURSO DE FARMÁCIA Relatório Final de Estágio Estágio Supervisionado em Saúde Pública Aluno (a)

Upload: susy

Post on 27-Sep-2015

18 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Relatório

TRANSCRIPT

54

CENTRO UNIVERSITRIO DO NORTE Laureate Internationals Universities CURSO DE FARMCIA

Relatrio Final de EstgioEstgio Supervisionado em Sade Pblica

Aluno (a)

Manaus AM2014ALUNO (A)

Estgio Supervisionado em Sade Pblica

Relatrio Final de Estgio Supervisionado, apresentado para disciplina de Estgio Curricular Obrigatrio Coordenao do Curso de Farmcia do Centro Universitrio do Norte UNINORTE.Trabalho solicitado para obtenode nota parcial no 2 Bimestre na disciplina de Farmacognosia.

Supervisora de Estgio: Camila FabriPreceptora de Estgio: Sabrina SilvaCoordenador do Curso de Farmcia: Mrcio MartinezInstituio/Local de Estgio: UBS Deodato de Miranda LeoPerodo do Estgio: 22/04/2014 a 23/05/2014

Manaus AM

2014

SUMRIO

1. INTRODUO ............................................................................................................7

2. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................8

3. OBJETIVOS ................................................................................................................83.1Objetivos Gerais ................................................................................................83.2Objetivos Especficos .........................................................................................8

4. CARACTERIZAO DO LOCAL DO ESTGIO .................................................94.1 Layout da UBS .............................................................................................................94.2 Organograma da UBS (hierarquia)...........................................................................104.3 Fluxograma das atividades ........................................................................................114.4 Quadro de funcionrios .............................................................................................12

5. FUNDAMENTAO TERICA.............................................................................135.1 SUS ..............................................................................................................................135.1.1 LEI N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 ..................................................135.2 Assistncia Farmacutica Resoluo N 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 ........165.3 Atividades realizadas.................................................................................................185.4 Programas de Sade da UBS....................................................................................195.4.1 PROGRAMA HIPERDIA......................................................................................195.4.1.1 Objetivo do Hiperdia...........................................................................................205.4.1.2 Hipertenso Arterial Sistmica (HAS) ..............................................................205.4.1.2.1 Classificao e Tratamento .............................................................................215.4.1.2.2 Medicamentos ...................................................................................................235.4.1.3 Diabetes Mellitus DM ......................................................................................235.4.1.3.1 Classificao .....................................................................................................235.4.1.3.2 DM tipo 1 ..........................................................................................................235.4.1.3.3 DM tipo 2 ..........................................................................................................245.4.1.3.4 DM gestacional ................................................................................................255.4.1.4 Medicamentos .....................................................................................................255.4.1.5 Atividades realizadas .........................................................................................265.4.1.6 Concluso ............................................................................................................275.4.2 Programa pr-natal .................................................................................................275.4.2.1 Princpios do Programa .......................................................................................285.4.2.2 Atividades Realizadas ..........................................................................................295.4.2.3 Concluso ..............................................................................................................295.4.3 Imunizao (PNI) ...................................................................................................305.4.3.1 Objetivo do PNI ...................................................................................................315.4.3.2 Cuidados e orientaes ........................................................................................325.4.3.3 Vacinas ..................................................................................................................335.4.3.4 Atividades Realizadas .........................................................................................415.4.3.5 Concluso .............................................................................................................415.4.4 Programa Combate Raiva Humana ..................................................................425.4.4.1 Objetivos ...............................................................................................................435.4.4.2 Principais atividades desenvolvidas ...................................................................435.4.4.3 Conceito ................................................................................................................445.4.4.4 Transmisso e manifestao ...............................................................................445.4.4.5 Panorama da raiva no Brasil ..............................................................................455.4.4.6.Cuidados e orientaes ........................................................................................475.4.4.7 Vacinas ..................................................................................................................475.4.4.8 Atividades realizadas ...........................................................................................485.4.4.8 Concluso ..............................................................................................................495.4.5 Tuberculose ..............................................................................................................495.4.5.1 Atribuies da UBS ..............................................................................................515.4.5.2 Vacinas ..................................................................................................................525.4.5.3 Dose e via de administrao ................................................................................525.4.5.4 Eficcia ..................................................................................................................525.4.5.5 Idades de vacinao .............................................................................................535.4.5.6 Indicaes ..............................................................................................................535.4.5.7 Contra indicaes .................................................................................................535.4.5.8 Evoluo da leso .................................................................................................545.4.5.9 Complicaes ........................................................................................................545.4.5.10 Atividades realizadas .........................................................................................545.4.5.11 Concluso ............................................................................................................54

6. CONSIDERAES FINAIS....................................................................................56

7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...................................................................57

ANEXO.............................................................................................................................59LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1. Layout da UBS Deodato de Miranda Leo ................................................................9Figura 2. Organograma da Hierarquia de Funes ..................................................................10Figura 3. Fluxograma das Atividades ......................................................................................11Figura 4 Sndrome de Resistncia Insulina.........................................................................24Figura 5 - Esquema Bsico de Imunizao para criana.........................................................37Figura 6 - Esquema Bsico de Vacinao do Adolescente, Adulto e Idoso ...........................41Figura 7 - Ciclo epidemiolgico da Raiva ...............................................................................46

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quadro de funcionrios............................................................................................12

Tabela 2 - Medicamentos Distribudos Gratuitamente (HAS)..................................................23

Tabela 3 - Medicamentos Distribudos Gratuitamente (DM)...................................................25

Tabela 4 - Medicamentos do Hiperdia da UBS. ......................................................................26

1. INTRODUO

O Estgio Curricular Supervisionado da disciplina de Sade Pblica do curso de Farmcia, que foi realizado no perodo de 22/04/14 21/05/14, totalizando 120 horas, uma atividade acadmica obrigatria que,d suporte ao estagirio, no processo de ensino-aprendizagem, para que o mesmo desenvolva a capacidade de construir e reconstruir conhecimentos cientficos, a partir da teoria, onde sero desenvolvidas as habilidades de observar, criticar, planejar e executar atividades pedaggicas capazes de contribuir para a transformao da realidade em ao.

O Sistema nico de Sade (SUS) um dos maiores sistemas pblicos de sade de mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial at o transplante de rgos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a populao do pas. Amparado por um conceito ampliado de sade, o SUS foi criado, em 1988 pela Constituio Federal Brasileira, para ser o sistema de sade dos mais de 180 milhes.

Como uma ao de sade pblica e parte integrante do sistema de sade, a Assistncia Farmacutica determinante para a resolubilidade da ateno e dos servios prestados em sade e envolve a alocao de grande volume de recursos pblicos. Como poltica pblica, teve incio em 1971 com a instituio da Central de Medicamentos (Ceme), que tinha como misso o fornecimento de medicamentos populao sem condies econmicas para adquiri-los e se caracterizava por manter uma poltica centralizada de aquisio e de distribuio de medicamentos.

As Unidades Bsicas de Sade (UBS) fazem parte daPoltica Nacional de Urgncia e Emergncia, lanada pelo Ministrio da Sade em 2003, estruturando e organizando a rede de urgncia e emergncia no pas, para integrar a ateno s urgncias. Elas so a porta de entrada preferencial do Sistema nico de Sade (SUS). O objetivo desses postos atender at 80% dos problemas de sade da populao, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais.

7

2. JUSTIFICATIVA

O estgio supervisionado em sade pblica proporciona ao acadmico a experincia que vivenciada pelo farmacutico nesse campo profissional, com o intuito de formar profissionais competentes e conhecedores dessa rea to abrangente.

O farmacutico tem um papel importante na sade pblica, onde ele possa estar inserido como profissional do medicamento, atuando como referncia na orientao, cumprimento, acompanhamento e monitoramento da terapia farmacolgica.

3. OBJETIVOS

Conhecer a realidade profissional em farmcias da, observando sua dinmica de funcionamento, organizao e pblico atendido; Conhecer o papel prtico do farmacutico na sade pblica; Desenvolver as atividades de assistncia farmacutica necessrias; Aplicao prtica do contedo desenvolvido durante o curso; Aprofundamento do conhecimento nesse campo profissional; Conhecer a assistncia farmacutica no mbito do SUS

4. CARACTERIZAO DO LOCAL DO ESTGIO

A Unidade Bsica de Sade Deodato de Miranda Leo est localizada na Avenida Presidente Dutra, S/N, no Bairro da Glria, CEP 69030000, com a finalidade de atender a populao do bairro e adjacncia, prestando servios de ateno sade. Telefone (92) 3671 5722.

4.1 Layout da UBS

Figura 1. Layout da UBS Deodato de Miranda Leo

Fonte: SANTOS, D. A.

4.2 Organograma da UBS (hierarquia)

Figura 2. Organograma da Hierarquia de Funes

Fonte: BIND, A.K.F.

4.3 Fluxograma das atividades

Figura 3. Fluxograma das Atividades

Fonte: BIND, A.K.F.

4.4 Quadro de funcionrios TROCAR

Os funcionrios atuantes na UBS DEODATO DE MIRANDA LEO so no total de 24, sendo divididos da seguinte forma:

Tabela 1. Quadro de funcionriosSetorFunoN Funcionrios

AdministraoDiretoraVice-DiretoraAgente Administrativo03

ALMOXARIFADOAux. Administrativo01

consultrios mdicosClnico Geral, Pediatra e Ginecologista05

Consultrio OdontolgicoDentista e Auxiliar02

coletaTc. de Patologia02

eNFERMAGEMEnfermeira01

FarmciaFarmacutica01

nebulizao - hiperdiaAux. de Enfermagem01

imunizaoAux. de Enfermagem01

limpeza Servio geraisAux. de Servios Gerais01

triagem - preparoAux. de Enfermagem02

recepoAssistente Administrativo 02

SALA DE CURATIVOTc.de Enfermagem01

SERVIO SOCIALAssistente Social01

Total de funcionrios24

Fonte: SALES, M. V.

5. FUNDAMENTAO TERICA

A Organizao Mundial de Sade descreve que sade pode ser definida como o estado completo de bem-estar fsico, mental e social, e no apenas a ausncia de doena ou enfermidade. Em relao sade, o setor sade pblica, como num geral, pode desenvolver a eficcia, a eficincia e o impacto de determinadas aes dos diversos profissionais atuantes na rea, que podero ser de importncia para a sociedade.

Este relatrio apresenta uma fundamentao terica das prticas farmacutica em Sade Pblica, onde as aes desenvolvidas nessa rea no devem se limitar apenas aquisio e distribuio de medicamentos, exigindo, para a sua implementao, a elaborao de planos, programas e atividades especficas, de acordo com as competncias estabelecidas para cada esfera de governo.

5.1 SUS

Amparado por um conceito ampliado de sade, o SUS foi criado, em 1988 pela Constituio Federal Brasileira, para ser o sistema de sade dos mais de 180 milhes de brasileiros de acordo com as diretrizes de descentralizao, atendimento integral e participao popular, respeitando os princpios de universalidade, integralidade e igualdade firmados na prpria Constituio. Sua implantao realizou-se pela ordem:

1 veio o SUDS; Incorporao do INAMPS ao Ministrio da Sade; Lei Orgnica da Sade (Lei n 8.080, de 19 de Setembro de 1990) que fundou o SUS.

5.1.1 LEI N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

Dispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e o funcionamento dos servios correspondentes e d outras providncias;

Art. 1 Esta lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurdicas de direito pblico ou privado. O dever do Estado de garantir a sade consiste na formulao e execuo de polticas econmicas e sociais que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos e no estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos servios para a sua promoo, proteo e recuperao.

Art. 2 A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condies indispensveis ao seu pleno exerccio. O dever do Estado no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade.

Art. 3 A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao, a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao expressam a organizao social e econmica do Pas.

Segundo Art. 4 SUS o conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas federais, estaduais e municipais, da administrao direta e indireta e das fundaes mantidas pelo Poder Pblico.

Segundo o Art. 5 os objetivos do SUS so:

A identificao e divulgao dos fatores condicionantes e determinantes da sade; A formulao de polticas de sade destinadas a promover o dever do Estado de garantir a sade; A assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das atividades preventivas. Atuar de forma organizada em rede hierarquizada e regionalizada com capacidade resolutiva.

Segundo o Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade (SUS):I - a execuo de aes:

a) de vigilncia sanitria;b) de vigilncia epidemiolgica;c) de sade do trabalhador; ed) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica;

II - a participao na formulao da poltica e na execuo de aes de saneamento bsico;III - a ordenao da formao de recursos humanos na rea de sade;IV - a vigilncia nutricional e a orientao alimentar;V- a colaborao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;VI- a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outrosinsumos de interesse para a sade e a participao na sua produo;VII- o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de interesse para asade;VIII- a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas para consumo humano;IX- a participao no controle e na fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizaode substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

Segundo o Art. 7 os princpios e diretrizes do SUS so:

Igualdade da assistncia sade, sem preconceitos ou privilgios de qualquer espcie; Direito informao, s pessoas assistidas, sobre sua sade; Divulgao de informaes quanto ao potencial dos servios de sade e sua utilizao pelo usurio; Participao da comunidade.

Principais caractersticas do SUS:

Deve atender a todos. Deve atuar de maneira integral. Deve ser descentralizado. Deve ser racional. Deve ser eficaz e eficiente.

5.2 Assistncia Farmacutica - Resoluo N 338, DE 06 DE MAIO DE 2004

O Plenrio do Conselho Nacional de Sade, em sua Centsima Quadragsima Segunda Reunio Ordinria, realizada nos dias 05 e 06 de maio de 2004, no uso de suas competncias regimentais e atribuies conferidas pela Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990, considerando:

a) a competncia da direo nacional do Sistema nico de Sade de formular, avaliar e elaborar normas de polticas pblicas de sade;b) as deliberaes da 12a Conferncia Nacional de Sade;c) as deliberaes da 1a Conferncia Nacional de Medicamentos e Assistncia Farmacutica;Efetivando o acesso, a qualidade e a humanizao na Assistncia Farmacutica, com controle social, realizada no perodo de 15 a 18 de setembro de 2003.

RESOLVE:Art. 1o Aprovar a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica, estabelecida com base nos seguintes princpios:I - a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica parte integrante da Poltica Nacional de Sade, envolvendo um conjunto de aes voltadas promoo, proteo e recuperao da sade e garantindo os princpios da universalidade, integralidade e equidade;II - a Assistncia Farmacutica deve ser compreendida como poltica pblica norteadora para a formulao de polticas setoriais, entre as quais destacam-se as polticas de medicamentos, de cincia e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formao de recursos humanos, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de sade do pas (SUS) e cuja implantao envolve tanto o setor pblico como privado de ateno sade;III - a Assistncia Farmacutica trata de um conjunto de aes voltadas promoo, proteo e recuperao da sade, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produo de medicamentos e insumos, bem como a sua seleo, programao, aquisio, distribuio, dispensao, garantia da qualidade dos produtos e servios, acompanhamento e avaliao de sua utilizao, na perspectiva da obteno de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da populao;IV - as aes de Assistncia Farmacutica envolvem aquelas referentes Ateno Farmacutica, considerada como um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no contexto da Assistncia Farmacutica e compreendendo atitudes, valores ticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na preveno de doenas, promoo e recuperao da sade, de forma integrada equipe de sade. a interao direta do farmacutico com o usurio, visando uma farmacoterapia racional e a obteno de resultados definidos e mensurveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interao tambm deve envolver as concepes dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a tica da integralidade das aes de sade.

Art. 2o A Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica deve englobar os seguintes eixos estratgicos:I - a garantia de acesso e equidade s aes de sade, inclui, necessariamente, a Assistncia Farmacutica;II - manuteno de servios de assistncia farmacutica na rede pblica de sade, nos diferentes nveis de ateno, considerando a necessria articulao e a observncia das prioridades regionais definidas nas instncias gestoras do SUS;III - qualificao dos servios de assistncia farmacutica existentes, em articulao com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes nveis de ateno;IV - descentralizao das aes, com definio das responsabilidades das diferentes instncias gestoras, de forma pactuada e visando a superao da fragmentao em programas desarticulados; V - desenvolvimento, valorizao, formao, fixao e capacitao de recursos humanos;VI - modernizao e ampliar a capacidade instalada e de produo dos Laboratrios Farmacuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o cumprimento de seu papel como referncias de custo e qualidade da produo de medicamentos, incluindo-se a produo de fitoterpicos;VII - utilizao da Relao Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento nacionalizadoras aes no mbito da assistncia farmacutica;VIII - pactuao de aes intersetoriais que visem internalizao e o desenvolvimento de tecnologias que atendam s necessidades de produtos e servios do SUS, nos diferentes nveis de ateno;IX - implementao de forma intersetorial, e em particular, com o Ministrio da Cincia e Tecnologia, de uma poltica pblica de desenvolvimento cientfico e tecnolgico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovaes tecnolgicas que atendam os interesses nacionais e s necessidades e prioridades do SUS;X - definio e pactuao de aes intersetoriais que visem utilizao das plantas medicinais e medicamentos fitoterpicos no processo de ateno sade, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento cientfico, com adoo de polticas de gerao de emprego e renda, com qualificao e fixao de produtores, envolvimento dos trabalhadores em sade no processo de incorporao desta opo teraputica e baseado no incentivo produo nacional, com a utilizao da biodiversidade existente no Pas;XI - construo de uma Poltica de Vigilncia Sanitria que garanta o acesso da populao a servios e produtos seguros, eficazes e com qualidade;XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulao e monitorao do mercado de insumos e produtos estratgicos para a sade, incluindo os medicamentos;XIII - promoo do uso racional de medicamentos, por intermdio de aes que disciplinem a prescrio, a dispensao e o consumo.Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

5.3 Atividades realizadas

No dia 29 de Abril de 2014 s 14:00, foi ministrada uma Palestra sobre Alimentao Saudvel, na Escola Nossa Senhora da Glria, localizada prxima a UBS Deodato de Miranda Leo, com a superviso da preceptora Sabrina Silva, onde o publico alvo da palestra foram crianas estudantes com a faixa etria entre 7 e 11 anos.

O objetivo da palestra foi levar informaes s crianas sobre a importncia de manter e/ou buscar uma alimentao saudvel no seu dia-a-dia, orientando-as quanto aos alimentos mais saudveis e quais deveriam ser substitudos por outros to saborosos quanto os industrializados, sendo que forneciam as vitaminas e todos os nutrientes necessrios a elas. 5.4 Programas de Sade da UBS

Unidades Bsicas de Sade (UBS) so locais onde possvel receber atendimentos bsicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clnica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais servios oferecidos pelas UBS so consultas mdicas, inalaes, injees, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontolgico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicao bsica. Dentro dessas atividades oferecidas pela UBS, h uma disposio de Programas de Sade que visam tratar dos maiores problemas de sade que atinge a populao

5.4.1 HIPERDIA

O Sistema Hiperdia tem por finalidades permitir o monitoramento dos pacientes captados no Plano Nacional de Reorganizao da Ateno Hipertenso e ao Diabetes Mellitus, e gerar informao para aquisio, dispensao e distribuio de medicamentos de forma regular e sistemtica a todos os pacientes cadastrados. O Sistema est integrado ao Carto Nacional de Sade, transferindo e recebendo dados do Sistema CadSUS Cadastro de Domiclios e Usurios do SUS, garantindo a identificao nica do usurio do Sistema nico de Sade SUS, atravs do nmero do CNS Carto Nacional de Sade.

A Hipertenso arterial sistmica e o Diabetes mellitus representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo decisivamente para o agravamento deste cenrio em nvel nacional. A Hipertenso arterial sistmica e o Diabetes mellitus representam dois dos principais fatores de risco, contribuindo decisivamente para o agravamento deste cenrio em nvel nacional.

A hipertenso afeta de 11 a 20% da populao adulta com mais de 20 anos. Cerca de 85% dos pacientes com acidente vascular enceflico (AVE) e 40% das vtimas de infarto do miocrdio apresentam hipertenso associada. O diabetes atinge a mulher grvida e todas as faixas etrias, sem qualquer distino de raa, sexo ou condies scio-econmicas. Na populao adulta, sua prevalncia de 7,6%. Estas doenas levam, com freqncia, invalidez parcial ou total do indivduo, com graves repercusses para o paciente, sua famlia e a sociedade.

Quando diagnosticadas precocemente, estas doenas so bastante sensveis, oferecendo mltiplas chances de evitar complicaes; quando no, retardam a progresso das j existentes e as perdas delas resultantes. Investir na preveno e decisivo no s para garantir a qualidade de vida como tambm para evitar a hospitalizao e os conseqentes gastos, principalmente quando considera-se o alto grau desofisticao tecnolgica da medicina moderna.

5.4.1.1 Objetivo do Hiperdia

Vincular os portadores desses agravos s unidades de sade, garantindo-lhes acompanhamento e tratamento sistemtico, mediante aes de capacitao dos profissionais e de reorganizao dos servios. Instrumentalizar e estimular os profissionais envolvidos na ateno bsica para que promovam medidas coletivas de preveno primria, enfocando os fatores de risco cardiovascular e DM. Orientar e sistematizar medidas de preveno, deteco, controle e vinculao dos hipertensos e diabticos inseridos na ateno bsica. Reconhecer as situaes que requerem atendimento nas redes secundria e/ou terciria. Reconhecer as complicaes da HAS e do DM, possibilitando a reabilitao psicolgica, fsica e social dos portadores dessas enfermidades.

5.4.1.2 Hipertenso Arterial Sistmica (HAS)

A HAS, mais popularmente chamada de "presso alta", est relacionada com a fora que o corao faz para impulsionar o sangue para o corpo todo. No entanto, para ser considerado hipertenso, preciso que a presso arterial alm de mais alta que o normal, 120x80 mmHg, ela tambm permanea elevada durante um perodo prolongado de tempo independente da hora, dia ou tipo de atividade desenvolvida. Assim, necessrio fazer um controle maior, medindo freqentemente os nveis da presso arterial.

5.4.1.2.1 Classificao e Tratamento

Com o objetivo de fornecer maior consistncia aos clnicos na definio do conceito, foi adotada a classificao definida no III Consenso Brasileiro de HAS. Assim, o limite escolhido para definir HAS o de igual ou maior de 140/90 mmHg, quando encontrado em pelo menos duas aferies realizadas no mesmo momento.Esta nova orientao da OMS chama a ateno para o fato de que no se deve apenas valorizar os nveis de presso arterial, fazendo-se tambm necessria uma avaliao do risco cardiovascular global.A hipertenso arterial , portanto, definida como uma presso arterial sistlica maior ou igual a 140 mmHg e uma presso arterial diastlica maior ou igual a 90 mmHg, em indivduos que no esto fazendo uso de medicao anti-hipertensiva.Presso Arterial corresponde fora exercida pelo sangue contra qualquer unidade de rea da parede do vaso. quase sempre medida em mmHg. Presso Sistlica: 120 mm Hg Presso Diastlica: 80 mm Hg.

Admite-se como presso arterial ideal, condio em que o indivduo apresenta o menor risco cardiovascular, PAS < 120 mmHg e PAD < 80 mmHg.A presso arterial de um indivduo adulto que no esteja em uso de medicao anti-hipertensiva e sem co-morbidades associadas e consideradas normais quando a PAS < 130 mmHg e a PAD < 85 mmHg. Nveis de PAS entre 130 e 139 mmHg e de PAD entre 85 e 89 mmHg so considerados limtrofes.A medio da presso pode ser feita em hospitais, farmcias ou em sua residncia. Ela medida com a ajuda de um aparelho chamado esfigmomanmetro. A presso medida com base na presso exercida pelas artrias no decorrer dos batimentos cardaco (sistlica) e referente presso que elas exercem entre uma batida e outra (diastlica).

A hipertenso deve ser orientada para os seguintes pontos:

Hbito de fumar, uso exagerado de lcool, ingesto excessiva de sal, aumento de peso, sedentarismo, estresse, antecedentes pessoais de diabetes, gota, doena renal, doena crdio e crebro-vascular. Histria familiar de hipetenso arterial, doenas crdio-vasculares, morte sbita, dislipidemia, diabetes e doena renal. Pacientes nos quais a hipertenso arterial surge antes dos 30 anos ou de aparecimento sbito aps os 50anos, sem histria familiar para hipertenso arterial. A classificao se d Normal quando: 130 x 85 mmHg; Moderada quando: 140 x 90 mmHg; Grave quando 170 x 109 mmHg.

Segundo o Ministrio da Sade,so considerados pacientes hipertensos, aqueles que apresentem presso arterial igual ou superior a 140x90 mmHg.

O principal objetivo do tratamento da hipertenso arterial a reduo da morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso, aumentadas em decorrncia dos altos nveis tensionais e de outros fatores agravantes. So utilizadas tanto medidas no farmacolgicas isoladas como associadas a frmacos anti-hipertensivos.

Os agentes anti-hipertensivos a serem utilizados devem promover a reduo no s dos nveis tensionais como tambm a reduo de eventos cardiovasculares fatais e no fatais. O tratamento no medicamento visa reduzir os nveis pressricos para valores inferiores a 140 mmHg de presso sistlica e a 90 mmHg de presso diastlica. Redues da PA para nveis inferiores a 130/85 mmHg so recomendadas para situaes especficas, como em pacientes de alto risco cardiovascular, principalmente com microalbuminria, insuficincia cardaca, com comprometimento renal e na preveno secundria de acidente vascular cerebral. Nos pacientes com diabete a presso alvo inferior a 130/80 mmHg.

5.4.1.2.2 Medicamentos:

Tabela 2. Medicamentos Distribudos Gratuitamente (HAS)

Captopril 20mg comprimido

Anlodipino 5mg comprimido

Atenolol 50mg comprimido

Digoxina 0,25 mg comprimido

Losartana 50 mg comprimido

Metildopa 250 mg comprimido

Enalapril 10 mg comprimido

Hidroclorotiazida 25 mg comprimido

Propanalol 40 mg comprimido

Fonte: :

5.4.1.3 Diabetes Mellitus DM

O DM uma sndrome de etiologia mltipla,decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidadede a insulina exercer adequadamente seus efeitos.Caracteriza-se por hiperglicemia crnica comdistrbios do metabolismo dos carboidratos,lipdeos e protenas. As conseqncias do DM, alongo prazo, incluem disfuno e falncia de vriosrgos, especialmente rins, olhos, nervos, corao evasos sangneos.

5.4.1.3.1 ClassificaoA classificao baseia -se na etiologia do DM,eliminando-se os termos diabetes mellitusinsulino-dependente (IDDM) e "no-insulinodependente"(NIDDM), como indicado a seguir.

5.4.1.3.2 DM tipo 1Resulta primariamente da destruio das clulasbeta pancreticas e tem tendncia cetoacidose.Esse tipo ocorre em cerca de 5 a 10% dosdiabticos. Inclui casos decorrentes de doena autoimunee aqueles nos quais a causa da destruio dasclulas beta no conhecida, dividindo-se em: imunomediado; idioptico.

5.4.1.3.3 DM tipo 2Resulta, em geral, de graus variveis deresistncia insulina e de deficincia relativa desecreo de insulina. O DM tipo 2 hojeconsiderado parte da chamada sndromeplurimetablica ou de resistncia insulina eocorre em 90% dos pacientes diabticos.Denomina-se resistncia insulina o estado noqual ocorre menor captao de glicose por tecidosperifricos (especialmente muscular e heptico),em resposta ao da insulina. As demais aesdo hormnio esto mantidas ou mesmoacentuadas. Em resposta a essa resistncia tecidualh uma elevao compensatria da concentraoplasmtica de insulina com o objetivo de manter aglicemia dentro dos valores normais. Ahomeostase glicmica atingida s custas dehiperinsulinemia. As principais caractersticas dasndrome esto descritas no quadro a seguir etodas concorrem para a doena vascularaterosclertica.

Figura 4 Sndrome de Resistncia Insulina

Fonte: Internet

5.4.1.3.4 DM gestacional

a diminuio da tolerncia glicose, de magnitude varivel, diagnosticada pela primeira vez na gestao, podendo ou no persistir aps o parto. Abrange os casos de DM e de tolerncia glicose diminuda, detectados na gravidez. O Estudo Multicntrico Brasileiro de Diabetes Gestacional EBDG revelou que 7,6% das mulheres em gestao apresentam intolerncia glicose ou diabetes.

5.4.1.4 Medicamentos

Tabela 3- Medicamentos Distribudos Gratuitamente (DM)

Glibenclamida 5 mg comprimido

Gliclazida 80 mg comprimido

Metformina, cloridrato 500 mg comprimido

Metformina, cloridrato 850 mg comprimido

Insulina humana nph 100 ui / ml suspenso injetvel

Insulina humana regular 100 ui / ml suspenso injetvel

Insumos

Seringas com agulha acoplada para aplicao de insulina

Tiras reagentes de medida de glicemia capilar

Lancetas para puno digital

Fonte: Disponvel:< www.semsa.manaus.am.gov.br>

Tabela 4 - Medicamentos do Hiperdia da UBS

MEDICAMENTOS PARA DIABTICOSMEDICAMENTOS PARA HIPERTENSO

AnlodipinoGlibenclamida

AtenalolGliclazida

CaptoprilMetilformina

DigoxinaInsulina Regular

EnalaprilInsulina NPH

Furosemida

Hidroclorotiazida

Losartana

Metildopa

Propanolol

Fonte: SALES, M.V.

5.4.1.5 Atividades realizadas

Realizou-se assistncia e ateno farmacutica ao paciente, cadastro e preenchimento da ficha de acompanhamento de pacientes hipertensos ou diabticos, acompanhamento de pacientes ao setor da triagem para serem realizadas tcnicas para a aferio da presso arterial, medir a circunferncia do abdmen, altura e peso. Aps essas atividades, eram feitas anotaes de acompanhamento e controle quanto ao nmero de pacientes dirios atendidos e os medicamentos liberados para o mesmo.

5.4.1.6 Concluso

O programa proporcionou conhecimento na prestao da assistncia farmacutica, alm de orientar o paciente quanto ao uso correto dos medicamentos, tambm como aferir a PA, altura, pesagem e medir circunferncia do abdmen dos pacientes. Alm da orientao quanto aos medicamentos aos pacientes hipertensos e diabticos cadastrados no programa, orientou-se a desenvolver um estilo de vida mais saudvel para cada paciente quanto a patogenia, alm da dispensao e distribuio de medicamentos de forma regular para todos os pacientes cadastrados.

5.4.2 Programa pr natal

O acompanhamento pr-natal essencial para garantir uma gestao saudvel e um parto seguro e tambm para esclarecer as dvidas das futuras mes. Com o objetivo de melhorar o acesso, a cobertura e a qualidade desse atendimento, o Ministrio da Sade lanou, em 2000, o Programa de Humanizao do Pr-Natal e Nascimento (PHPN). Ele incentiva as gestantes a buscarem o Sistema nico de Sade (SUS) e estabelece que sejam realizadas, no mnimo, seis consultas: uma no primeiro trimestre de gravidez, duas no segundo e trs no terceiro. Em todas elas, o mdico deve medir a presso arterial, o tamanho da barriga e o peso da futura me e tambm escutar o corao do beb.

De modo geral, o programa busca:- concentrar esforos no sentido de reduzir as altas taxas de morbi-mortalidade materna e perinatal;

- adotar medidas que assegurem a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pr-natal, da assistncia ao parto, puerprio e neonatal; e

- ampliar as aes j adotadas pelo Ministrio da Sade na rea de ateno gestante, como os investimentos nas redes estaduais de assistncia gestao de alto risco, o incremento do custeio de procedimentos especficos e outras aes, como o Projeto de Capacitao de Parteiras Tradicionais, do financiamento de cursos de especializao em enfermagem obstetrcia e a realizao de investimentos nas unidades hospitalares integrantes destas redes.

5.4.2.1 Princpios do Programa

O Programa de Humanizao no Pr-natal e Nascimento est estruturado nos seguintes princpios:

- toda gestante tem o direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestao, parto e puerprio;

- toda gestante tem direito de conhecer e ter assegurado o acesso maternidade em que ser atendida no momento do parto;

- toda gestante tem direito assistncia ao parto e ao puerprio e que seja realizada de forma humanizada e segura, de acordo com os princpios gerais e condies estabelecidas pelo conhecimento mdico: e

- todo recm-nascido tem direito assistncia neonatal de forma humanizada e segura.

O pr-natal diminui os riscos de complicaes e mantm o bem-estar da me e do feto. Alm disso, durante esse acompanhamento, a gestante recebe informaes sobre cuidados importantes, como aleitamento materno, alimentao balanceada e a prtica de exerccios fsicos. Com relao aos exames, o indicado para uma gravidez sem complicaes so os testes de sangue, glicemia, urina, sorologia anti-HIV (que identifica presena do vrus da Aids), sfilis, hepatites B e C, toxoplasmose, rubola e estreptococo. Durante o pr-natal, o mdico tambm pode indicar a necessidade de a grvida tomar vacinas contra hepatite, gripe e dT (dupla adulto contra difteria e ttano) e realizar exames de sangue para verificar os nveis dos hormnios da tireoide, que regulam o organismo da me e o desenvolvimento do feto.

No caso das gestantes com fator Rh negativo, tambm importante realizar o exame de sangue Coombs indireto, que verifica se o organismo dela est produzindo anticorpos contra o sangue de bebs Rh positivos. Esse problema conhecido como doena hemoltica perinatal, causada pela incompatibilidade entre os sistemas sanguneos materno e fetal. Em caso positivo, a grvida toma uma dose da vacina Rhogam por volta da 28 semana de gestao e outra at 72 horas aps o parto. Geralmente, a doena no apresenta complicaes na primeira gravidez, mas nas gestaes seguintes pode provocar anemia, ictercia e at quadros de insuficincia cardaca ou heptica na criana.

possvel ainda que sejam solicitados outros exames, mais especficos, se a gestao for de alto risco, ou seja, quando a me apresenta condies como obesidade, diabetes, problemas cardacos e histrico de aborto, por exemplo. "Nesses casos, o pr-natal requer maior ateno e a gestante deve ser encaminhada para hospitais ou centros de sade que possam cuidar melhor da gestao. Mas isso avaliado e indicado pelo obstetra", complementa Rosiane Mattar, membro da Comisso de Gestao de Alto Risco da Federao Brasileira das Associaes de Ginecologia e Obstetrcia (Febrasgo).

5.4.2.2 Atividades Realizadas

Foi feito o acompanhamento e orientaes importantes para a grvida sobre os seguintes temas: - Importncia do pr-natal e do aleitamento materno;- Prtica de exerccios fsicos e cuidados de higiene;- Nutrio e uma alimentao balanceada;- Atividade sexual e as modificaes corporais e emocionais;- Os 4 sinais de alerta ( perda de lquido, clicas/contraes, sangramento e a movimentao diria do feto na barriga).

5.4.2.3 Concluso

O Ministrio da Sade salienta a importncia do pr-natal e incentiva todas as mes a buscarem o atendimento gratuito no Sistema nico de Sade (SUS), devido s muitas mudanas que acontecem no corpo da mulher, fazendo com que esse perodo exija cuidados especiais e com os exames mdicos realizados no pr-natal, possvel identificar e reduzir muitos problemas de sade que costumam a atingir a me e seu beb.

5.4.3 Programa de Imunizao (PNI)

Em 1973 foi formulado o Programa Nacional de Imunizaes - PNI, por determinao do Ministrio da Sade, com o objetivo de coordenar as aes de imunizaes que se caracterizavam, at ento, pela descontinuidade, pelo carter episdico e pela reduzida rea de cobertura. A proposta bsica para o Programa, constante de documento elaborado por tcnicos do Departamento Nacional de Profilaxia e Controle de Doenas (Ministrio da Sade) e da Central de Medicamentos (CEME - Presidncia da Repblica), foi aprovada em reunio realizada em Braslia, em 18 de setembro de 1973, presidida pelo prprio Ministro Mrio Machado Lemos e contou com a participao de renomados sanitaristas e infectologistas, bem como de representantes de diversas instituies.Em 1975 foi institucionalizado o PNI, resultante do somatrio de fatores, de mbito nacional e internacional, que convergiam para estimular e expandir a utilizao de agentes imunizantes, buscando a integridade das aes de imunizaes realizadas no pas. O PNI passou a coordenar, assim, as atividades de imunizaes desenvolvidas rotineiramente na rede de servios e, para tanto, traou diretrizes pautadas na experincia da Fundao de Servios de Sade Pblica (FSESP), com a prestao de servios integrais de sade atravs de sua rede prpria. A legislao especfica sobre imunizaes e vigilncia epidemiolgica (Lei 6.259 de 30-10-1975 e Decreto 78.231 de 30-12-76) deu nfase s atividades permanentes de vacinao e contribuiu para fortalecer institucionalmente o Programa.

Ao longo do tempo, a atuao do PNI, ao consolidar uma estratgia de mbito nacional, apresentou, na sua misso institucional precpua, considerveis avanos. As metas mais recentes contemplam erradicao do sarampo e a eliminao ttano neonatal. A essas, se soma o controle de outras doenas imunoprevenveis como Difteria, Coqueluche e Ttano acidental, Hepatite B, Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubola e Caxumba em alguns Estados, bem como, a manuteno da erradicao da Poliomielite. Cabe tambm a CGPNI adquirir, distribuir e normatizar o uso dos imunobiolgicos especiais, indicados para situaes e grupos populacionais especficos que sero atendidos nos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais - CRIEs. tambm de responsabilidade desta coordenao a implantao do Sistema de Informao e a consolidao dos dados de cobertura vacinal em todo o pas. Destacamos que o objetivo principal do Programa de oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as crianas que nascem anualmente em nosso pas, tentando alcanar coberturas vacinais de 100% de forma homognea em todos os municpios e em todos os bairros.

O PNI , hoje, parte integrante do Programa da Organizao Mundial de Sade, com o apoio tcnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuies do Rotary Internacional e do Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O Brasil conta com mais de 34 mil salas de vacinao. O cidado precisa estar atento s campanhas e ao calendrio, que corresponde ao conjunto de vacinas prioritrias para o Pas. So quatro os calendrios de vacinao, voltados para pblicos especficos: criana, adolescente, adulto e idoso e populao indgena. Todas elas so disponibilizadas gratuitamente nos postos da rede pblica.

5.4.3.1 Objetivo do PNI

O objetivo prioritrio do PNI, ao nascer, era promover o controle da poliomielite, do sarampo, da tuberculose, da difteria, do ttano, da coqueluche e manter erradicada a varola. Hoje, o PNI tem objetivo mais abrangente. Para os prximos cinco anos, esto fixadas as seguintes metas:

Ampliao da auto-suficincia nacional dos produtos adquiridos e utilizados pela populao brasileira; Produo da vacina contra Haemophilusinfluenzae b, da vacina combinada tetravalente (DTP + Hib), da dupla viral (contra sarampo e rubola) e trplice viral (contra sarampo, rubola e caxumba), da vacina contra pneumococos e da vacina contra influenza e da vacina anti-rbica em cultivo celular.

O desenvolvimento do Programa orientado por normas tcnicas estabelecidas nacionalmente, no que se refere conservao, manipulao, transporte e aplicao dos imunobiolgicos, assim como aos aspectos de programao e avaliao.

5.4.3.2 Cuidados e orientaes

A confiabilidade e a segurana da vacinao no se resumem aplicao da vacina e dependem de vrios fatores:- A conservao fundamental para garantir a qualidade da vacina;- Armazenamento adequado das vacinas e imunoglobulinas; - Manipulao correta desses produtos; - Conhecimento dos profissionais da sade envolvidos na vacinao. A garantia da segurana e, especialmente, da eficcia depende de produo, armazenamento, distribuio e conservao adequados. - A cadeia de frio extremamente importante e deve receber ateno especial em todas as etapas, pois as variaes de temperatura interferem diretamente na qualidade dos imunobiolgicos. - O prazo de validade, de acordo com a especificao do fabricante, deve ser rigorosamente respeitado. - A maioria dos imunobiolgicos deve ser conservada a uma temperatura entre 2C e 8C. As vacinas de vrus vivos atenuados so mais sensveis ao calor, com exceo da vacina de rota vrus, que mais sensvel ao frio, no devendo ser congelada. As vacinas para sarampo, rubola, caxumba, varicela, febre amarela e a BCG tambm so sensveis luz. - Agulhas descartveis de uso intradrmico: 13x3,8; 13x4,5.- Agulhas descartveis de uso subcutneo: 13x3,8; 13x4,5.- Agulhas descartveis de uso intramuscular: 25x6; 25x7; 30x7.

- Antes da aplicao de qualquer imunobilogico deve-se verificar o estado vacinal da criana.- importante orientar a me ou responsvel sobre, qual (s) a (s) vacina(s) que a criana ir receber, as possveis reaes e retornar a unidade de sade, caso apresente reaes adversas vacina, para avaliao mdica.

5.4.3.3 Vacinas

Vacina BCG: Est no calendrio de vacinao da rede pblica de sade da criana e a imuniza contra a tuberculose e tambm contra as suas formas graves, oferecida s crianas com no mnimo 2 quilos, logo aps o nascimento e em dose nica. Segundo a OMS no recomendada a revacinao da BCG. Aps a aplicao da vacina atravs de injeo, normalmente no brao direito, normal que aparea uma pequena leso vermelha em 2 a 6 semanas e, a partir da, regresso at desaparecer, deixando uma pequena cicatriz. No usar nenhum tipo de medicamento na casquinha e nem retir-la, na ausncia da cicatriz vacinal seis meses aps a aplicao, a vacina deve ser repetida. A tuberculose uma doena transmissvel de pessoa para pessoa pela saliva (tosse, espirro, fala) e afeta principalmente os pulmes, a doena especialmente grave em crianas pequenas, desnutridas e pacientes aidticos a melhor maneira de se prevenir a tuberculose atravs da vacinao. Para criana HIV positiva a vacina deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possvel. Para as crianas que chegam aos servios ainda no vacinados, a vacina est contraindicada na existncia de sinais e sintomas de imunodeficincia, no se indica a revacinao de rotina. Para os portadores de HIV (positivo) a vacina est contra indicada.

Vacina Hepatite B: Essa vacina tambm est no calendrio de vacinao da rede pblica da criana, a imuniza contra hepatite B e realizada em trs doses atravs de injeo em geral na face lateral da coxa. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recm-nascido. aplicada via muscular em crianas pequenas. Desde meado de 2012 essa vacina faz parte da vacina Pentavalente oferecida pelo Ministrio da Sade, por isso as doses subsequentes viro na forma de vacina Pentavalente. Crianas nascidas com peso igual ou inferior a 2 quilos devem receber a primeira dose ao nascer, a segunda ao completar 2 quilos, a terceira um ms aps a segunda dose, e a quarta, seis meses aps a segunda dose. Pode ocorrer dor no local da aplicao e febre, caso a febre fique alta, um antitrmico deve ser administrado.

Vacina Pentavalente: uma vacina combinada do tipo injetvel e vai imunizar a criana contra difteria, ttano, coqueluche (pertussis), meningite e outras infeces causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b, faz parte do calendrio obrigatrio de vacinao. A vacina realiza em trs doses atravs de injeo no bumbum ou na coxa, a primeira dose oferecida criana com dois meses, a segunda com quatro meses e a terceira quando a criana completar seis meses. Depois das trs doses so essenciais os dois reforos com a Trplice Bacteriana (DTP), que previne a difteria, ttano e coqueluche (pertussis). O primeiro reforo administrar aos 15 meses de idade e o segundo reforo aos 4 (quatro) anos. Importante: a idade mxima para administrar esta vacina aos 6 anos 11meses e 29 dias. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situao vacinal dos comunicantes. Para os no vacinados menores de 1 ano iniciar esquema com DTP+ Hib.; no vacinados na faixa etria entre 1 a 6 anos, iniciar esquema com DTP. Para os comunicantes menores de 1 ano com vacinao incompleta, deve-se completar o esquema com DTP + Hib; crianas na faixa etria de 1 a 6 anos com vacinao incompleta, completar esquema com DTP. Crianas comunicantes que tomaram a ltima dose h mais de cinco anos e que tenham 7 anos ou mais devem antecipar o reforo com DT.

33 Vacina Poliomielite (VOP) 1, 2 e 3 (atenuada): Imunizar a criana contra a poliomielite ou paralisia infantil, a VOP (oral) antes de meados de 2012 era a vacina utilizada pelo Ministrio da Sade, aps essa data ela passou a ser oferecida como terceira e quarta doses e tambm nas campanhas de vacinao. Para as primeiras e segunda doses o Ministrio passou a oferecer a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Administrar trs doses (2, 4 e 6 meses). Manter o intervalo entre as doses de 60 dias e, mnimo de 30 dias. Administrar o reforo aos 15 meses de idade. Considerar para o reforo o intervalo mnimo de 6 meses aps a ltima dose.

Vacina Inativada Poliomielite (VIP): A partir de agosto de 2012 foi estabelecido pelo Ministrio da Sade que as crianas que nunca tenham sido imunizada contra a paralisia infantil, devero receber nas duas primeiras doses a vacina inativada poliomielite (VIP). A principal mudana que os pais iro perceber que trata-se de uma vacina injetvel e no em gotas. A vacina inativada poliomielite a mais segura e j vinha sendo recomendada pela Sociedade Brasileira que as duas primeiras doses fossem desse tipo de vacina. Para as doses seguintes, fica mantida a utilizao das vacina oral poliomielite (VOP).

Vacina Oral Rotavrus humano (VORH) G1P1 (atenuada): O Brasil o primeiro pas a incluir a vacina contra o Rotavrus em seu Sistema Pblico de Sade, desde 2006, todos os cidados brasileiros se beneficiamda vacina que previne o vrus que causa principalmente a gastroenterite, infeco que agride o estmago e o intestino. Administrar duas doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etria:

Primeira dose: 1 ms e 15 dias a 3 meses e 7 dias. Segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias.

O intervalo mnimo preconizado entre a primeira e a segunda dose de 30 dias. Nenhuma criana poder receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. Se a criana regurgitar, cuspir ou vomitar aps a vacinao no repetir a dose.

Vacina Pneumoccica 10 (conjugada): Essa vacina protege as crianas de bactrias tipo pneumococo, que causam doenas graves como meningite, pneumonia, otite mdia aguda, sinusite e bacteremia. No primeiro semestre de vida, administrar 3 (trs) doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses de 60 dias e, mnimo de 30 dias. Fazer um reforo, preferencialmente, entre 12 e 15 meses de idade, considerando o intervalo mnimo de seis meses aps a 3 dose. Crianas de 7- 11 meses de idade: o esquema de vacinao consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 (um) ms entre as doses. O reforo recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de pelo menos 2 meses. Vacina Meningoccica C (conjugada): Essa vacina protege as crianas da bactria meningocco C, que causa mais meningite em crianas at 4 anos. Administrar duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias, e mnimo de 30 dias. O reforo recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.

Vacina Febre Amarela (atenuada): Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses. Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes reas com recomendao da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins, Maranho, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municpios dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informaes sobre os municpios destes estados, buscar as Unidades de Sade dos mesmos. No momento da vacinao considerar a situao epidemiolgica da doena. Para os viajantes que se deslocarem para os pases em situao epidemiolgica de risco, buscar informaes sobre administrao da vacina nas embaixadas dos respectivos pases a que se destinam ou na Secretaria de Vigilncia em Sade do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose.

Vacina Trplice Viral: Protege a criana de trs doenas: Sarampo, Caxumba e Rubola, uma vacina combinada, administrar duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda dose deve ser administrada aos 4 (quatro) anos de idade. Em situao de circulao viral, antecipar a administrao de vacina para os 6 (seis) meses de idade, porm deve ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendrio. Considerar o intervalo mnimo de 30 dias entre as doses.

Vacina Trplice Bacteriana: Protege a criana de trs doenas: Difteria, Ttano e Coqueluche, uma vacina combinada e aplicada atravs de injeo em 5 doses, aos 2, 4 e 6 meses, atravs da vacina Pentavalente (antes era atravs da Tretavalente) e dois reforos apenas com a Trplice Bacteriana (DTP) ao 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.

Vacina Tetra Viral: Protege a criana contra quatro doenas: Sarampo, Rubola, Caxumba e Varicela (catapora) e aplicada atravs de injeo aos 15 meses de idade. A Tetra Viral rene a segunda dose das vacinas contidas na Trplice Viral mais a dose nica da Varicela.

Vacina contra Varicela (catapora): A varicela conhecida por catapora, uma doena viral que comum na infncia, a SBP recomenda duas doses da vacina contra a varicela (uma a partir dos 12 meses e outra aos 4 a 6 anos de idade).

Vitamina A: Ministrio da Sade anunciou a disponibilizao de doses de vitamina A para crianas entre seis meses e cinco anos de idade, a suplementao de vitamina A deve seguir um calendrio de administrao para que essa ao tenha bons resultados, esses suplementos so administrados por via oral. A concentrao dos suplementos de vitamina A indicada em unidades internacionais, geralmente abreviadas como UI, o rtulo dos frascos que contm os suplementos indica qual a concentrao da vitamina: 100.000UI ou 200.000UI. No h contra indicao para a administrao de suplementos de vitamina A para crianas.

Figura 5 - Esquema Bsico de Imunizao para criana.

Fonte: SALES, M. V.

Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunizao e inserida a nomenclatura segundo a Resoluo de Diretoria Colegiada RDC n 61 de 25 de agosto de 2008 Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA.

Orientaes importantes para a vacinao do adolescente

Vacina Hepatite B (recombinante): Administrar em adolescentes no vacinados ou sem comprovante de vacinao anterior, seguindo o esquema de trs doses (0, 1 e 6) com intervalo de um ms entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina indicada para gestantes no vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vrus da hepatite B a aps o primeiro trimestre de gestao.

Vacina Adsorvida Difteria e Ttano - DT (Duplo tipo adulto): Adolescente sem vacinao anteriormente ou sem comprovao de trs doses da vacina, seguir o esquema de trs doses. O intervalo entre as doses de 60 dias e no mnimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (trs) doses das vacinas DTP, DT ou DT, administrarem reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforo sendo a ltima dose administrada h mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provvel do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situao vacinal dos comunicantes. Para os no vacinados, iniciar esquema de trs doses. Nos comunicantes com esquema de vacinao incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a ltima dose h mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforo.

37Vacina Febre Amarela (atenuada): Indicada um (uma) dose aos residentes ou viajantes para as seguintes reas com recomendao da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins, Maranho, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municpios dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informaes sobre os municpios destes estados, buscar as Unidades de Sade dos mesmos. No momento da vacinao considerar a situao epidemiolgica da doena. Para os viajantes que se deslocarem para os pases em situao epidemiolgica de risco, buscar informaes sobre administrao da vacina nas embaixadas dos respectivos pases a que se destinam ou na Secretaria de Vigilncia em Sade do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose. Precauo: A vacina contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientao mdica do risco epidemiolgico e da indicao da vacina.

Vacina Sarampo, Caxumba e Rubola SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovao de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses de 30 dias.

Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunizao e inserida a nomenclatura segundo a Resoluo de Diretoria Colegiada RDC n 61 de 25 de agosto de 2008 Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA.

Orientaes importantes para a vacinao do idoso

Vacina Hepatite B (recombinante): oferecer aos grupos vulnerveis no vacinados ou sem comprovao de vacinao anterior, a saber: Gestantes, aps o primeiro trimestre de gestao; trabalhadores da sade; bombeiros, policiais militares, civis e rodovirios; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerrios, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantm relaes sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presdios, hospitais psiquitricos, instituies de menores, foras armadas, dentre outras); manicures, pedicures e pedlogos; populaes de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de mltiplas transfuses de sangue ou poli transfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usurios de drogas injetveis, inalveis e pimpadas; portadores de DST.A vacina esta disponvel nos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunodeprimidas e portadores de deficincia imunognica ou adquirida, conforme indicao mdica.

38Vacina Adsorvida Difteria e Ttano - dT (Dupla tipo adulto): Adultos e idosos no vacinados ou sem comprovao de trs doses da vacina, seguir o esquema de trs doses. O intervalo entre as doses de 60 (sessenta) dias e no mnimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (trs) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrarem reforo, dez anos aps a data da ltima dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforo sendo a ltima dose administrada a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no mnimo 20 dias antes da data provvel do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, avaliar a situao vacinal dos comunicantes. Para os no vacinados, iniciar esquema com trs doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinao, este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a ltima dose h mais de 5 anos, deve-se antecipar o reforo.

Vacina Febre Amarela (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes reas com recomendao da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins, Maranho, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municpios dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informaes sobre os municpios destes estados, buscar as Unidades de Sade dos mesmos. No momento da vacinao considerar a situao epidemiolgica da doena. Para os viajantes que se deslocarem para os pases em situao epidemiolgica de risco, buscar informaes sobre administrao da vacina nas embaixadas dos respectivos pases a que se destinam ou na Secretaria de Vigilncia em Sade do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose.

39Precauo: A vacina contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vrus buscar orientao mdica. A aplicao da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliao do risco da doena e benefcio da vacina.

Vacina Sarampo, Caxumba e Rubola SCR: Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que no apresentarem comprovao vacinal.

Vacina da Gripe (Influenza): uma vacina opcional e est disponvel na rede privada e na rede pblica para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres at 45 dias aps o parto, indgenas, crianas de seis meses e menores de dois anos, profissionais de sade, alm dos doentes crnicos. As vacinas trivalentes, obtidas a partir da cultura em ovos embrionrios de galinha, contm microgramas de dois subtipos de sorotipo A e 15 microgramas de uma cepa do sorotipo B. A composio da vacina recomendada anualmente pela OMS.

Vacina Contra Raiva: A raiva uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculao do vrus presente na saliva e secrees do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada e apresenta letalidade de aproximadamente 100%. As vacinas so produzidas em cultura de clulas, consideradas mais seguras e potentes, e passaram a ser disponibilizadas em toda a rede pblica brasileira a partir de 2003. A vacina opcional e est indicada aos grupos de risco e para quem foi exposto ao vrus da raiva.

Figura 6 - . Esquema Bsico de Vacinao do Adolescente, Adulto e Idoso.

Fonte: SALES, M. V.

5.4.3.4 Atividades RealizadasFoi realizado o preenchimento do carto de vacinas com lote da vacina, validade, data da aplicao, prazo das doses posteriores, assinatura do profissional que realizou o procedimento, e foram feitas as aplicaes das vacinas.

5.4.3.5 Concluso

Viu-se que o desenvolvimento do programa orientado por normas tcnicas estabelecidas nacionalmente, no que se refere conservao, manipulao e aplicao dos imunobiolgicos, assim como aos aspectos de programao e avaliao.

5.4.4 Programa Combate Raiva Humana

O Programa Nacional de Profilaxia da Raiva foi institudo no Brasil no ano de 1973 como um dos programas prioritrios da Poltica Nacional de Sade, mediante convnio firmado entre o Ministrio da Sade, o da Agricultura, a Central de Medicamentos, a Organizao Pan-mericana de Sade/OPAS e a Organizao Mundial da Sade/OMS. O objetivo do Programa foi promover no pas atividades sistemticas de combate raiva humana, atravs do controle dessa zoonose nos animais, principalmente os domsticos e tratamento especfico das pessoas mordidas ou que, supe-se, tenham tido contatos com animais raivosos.

A criao do Programa de Profilaxia da Raiva em nvel nacional permitiu a elaborao e a implantao de normas tcnicas para o controle da enfermidade, bem como o estabelecimento de um padro na produo e no controle de imunobiolgicos utilizados no controle da raiva e no abastecimento das Secretarias Estaduais de Sade. O diagnstico de laboratrio foi implantado mediante a criao de novos laboratrios e o treinamento de pessoal. Institui-se, tambm, um Sistema de Vigilncia Epidemiolgica da Raiva (Ministrio da Sade, 1973).

No Estado do Amazonas, desde 1969, j foram encontrados registros da Secretaria de Sade e Educao, onde funcionava o Setor de Profilaxia da Raiva, Rua Barroso, s/n Centro, cujas atividades consistiam na vacinao de ces e de pessoas agredidas por animais transmissores da zoonose raiva.

Oficialmente, o Programa foi institudo na estrutura da Secretaria de Estado da Sade SESAU, nos termos do Decreto n 8.049, de 19.07.1984 e Portaria n 1219/84 GSESAU, como Ncleo de Profilaxia da Raiva, integrante da Coordenadoria de Epidemiologia. (D.O.E. de 20.07.84 e 13.12.84, respectivamente).

A municipalizao do programa foi efetivada a partir de janeiro de 2005, de acordo com a 140 reunio da Comisso IntergestoresBipartite CIB/AM, ficando, sob a responsabilidade da SEMSA, as aes de Profilaxia e Controle da Raiva Humana no municpio de Manaus.

Segundo o modelo proposto pela Secretaria Municipal de Sade SEMSA, a porta de entrada para o atendimento da clientela agredida por animais transmissores da Raiva, dar-se- nos Distritos de Sade, pelo processo de descentralizao, por meio da rede prestadora de servios: Unidades Bsicas, Centros de Referncia e Ambulatrios de Alta Resolutividade.

5.4.4.1 Objetivos:

Atuar na promoo e proteo a sade da populao, por meio do desenvolvimento de aes integradas de coordenao, superviso, avaliao, educao e controle da Zoonose Raiva;Proporcionar assistncia mdico-sanitria preventiva e especfica a indivduos expostos ao risco de contrair a raiva, por meio de equipe multidisciplinar capacitada, dos Estabelecimentos de Sade no Municpio de Manaus;Estimular a integrao entre as reas de atendimento profiltico humano e de controle animal, a fim de reduzir indicaes de tratamentos anti-rbicos.

5.4.4.2 Principais atividades desenvolvidas

O Programa de Profilaxia e Controle da Raiva Humana tem por finalidade coordenar, supervisionar e avaliar, no municpio de Manaus, as atividades de Preveno e Controle da Raiva Humana, em estreita colaborao com os Distritos de Sade e Centro de Controle de Zoonoses.

As principais atividades bsicas do Programa so:

Tratamento preventivo contra a raiva humana Vacinao canina Captura de animais Diagnstico de laboratrio Vigilncia epidemiolgica Educao em sade

5.4.4.3 Conceito

A raiva uma zoonose viral que acomete todos os mamferos, inclusive os seres humanos. Ela est distribuda no mundo todo, embora em algumas regies insulares, como o Japo e o Hawai, no exista a circulao do vrus, mesmo entre as espcies silvestres, consideradas reservatrios naturais da doena.A Organizao Mundial de Sade (OMS) estima que de 55.000 a 70.000 pessoas morram de raiva por ano no mundo todo, depois de mordidas por animal infectado com essa doena e que cerca de 10 milhes de pessoas so submetidas a tratamento profiltico anti-rbico (soro e/ou vacina anti-rbica) depois de expostas a animais com suspeita dessa enfermidade.Por inmeras razes, grandes avanos no controle e na diminuio dos casos de raiva levam muito tempo.

Tanto a Organizao Mundial de Sade (OMS) como a Organizao Internacional de Epizootia (OIE) admitem o impacto global da raiva na sade humana e animal. O nus dessa enfermidade traduz-se em dificuldades econmicas e sociais, alm de sofrimento emocional ou psicolgico que geralmente recaem sobre aqueles que tm menos condies financeiras para preveni-la.

A raiva um srio problema de sade pblica no Brasil, pois expe grande nmero de pessoas e animais ao risco da infeco, tendo elevado custo de controle. A raiva considerada doena transmissvel de importncia scio-econmica e/ou de sade pblica, com impacto no comrcio internacional de animais e produtos de origem animal.

5.4.4.4 Transmisso e Manifestao

A forma mais comum de transmisso do vrus da raiva a outros animais e pessoas por meio do contato com a saliva de animais doentes, atravs de mordidas, arranhes, lambidas na pele com leso e em mucosas.

No Brasil at 2003, o principal animal transmissor da raiva para pessoas era o cachorro. Em 2004 e 2005, devido ocorrncia de surtos de raiva humana transmitida por morcegos hematfagos, pela primeira vez, os morcegos passam a ser a principal espcie agressora no Brasil. Todos os morcegos transmitem a raiva para os animais, mas o morcego vampiro ou hematfago devido ao seu hbito de sugar sangue o principal transmissor da doena para eqinos, bovinos, morcegos de outras espcies (insetvoros e frutvoros) e at o prprio homem. E todos esses animais tambm podem transmitir a raiva aos seres humanos.A presena de morcegos sugadores de sangue se observa somente na Amrica Latina e Caribe e sua importncia como transmissor direto de raiva ao homem crescente.A raiva em cachorros ainda um grande problema em todo o continente sul-americano, mas o controle da doena na populao canina por meio da vacinao leva a uma queda acentuada da exposio das pessoas a animais doentes.Nas cidades o cachorro o principal transmissor da raiva para as pessoas, da a importncia da vacinao anual para o controle dessa doena. Os animais com raiva apresentam sintomas que podem ser desde a forma furisosa at a paraltica ou silenciosa. Isso quer dizer que um cachorro ou gato geralmente manso pode avanar em voc e tentar mord-lo, se infectado.Os animais com raiva furiosa tornam-se hostis, podendo morder objetos e aumentar a produo de saliva. Filmes e livros retratam animais com raiva espumando na boca, ou seja, ocorre uma paralisia de musculatura da laringe e o animal acaba babando devido a dificuldade de engolir a prpria saliva.Depois de desenvolvidos os sintomas da doena, a raiva mortal tanto nos animais como nos seres humanos.

A outra forma mais comum de raiva a paraltica ou silenciosa. Cachorros com raiva paraltica tornam-se tmidos e retrados, geralmente recusando comida e apresentando paralisia na mandbula inferior e nos msculos.

5.4.4.5 Panorama da Raiva no Brasil

Estima-se que, anualmente, o Governo do Brasil gaste US$ 28 milhes na profilaxia e controle da raiva, apenas com vacinas de uso humano e para ces, imunoglobulinas, diagnstico laboratorial, treinamento de recursos humanos e campanhas de vacinao de ces. No esto includas nesse valor as despesas relacionadas preveno da raiva transmitida pelos morcegos hematfagos (Desmodusrotundus) a humanos e herbvoros, nem mesmo de tratamentos humanos ou, ainda, gastos indiretos. No contexto mundial, no entanto, a raiva considerada uma doena negligenciada.

A raiva uma encefalite aguda, 100% letal, que considerada das mais importantes problemas em sade pblica, seja pela sua alta letalidade, como pelos prejuzos econmicos que causa agricultura. causada por um vrus da famlia Rhabdoviridae, gnero Lyssavirus, que tem como principais reservatrios os animais das Ordens Carnivora e Chiroptera.

Cerca de 55.000 pessoas morrem, anualmente, pela infeco com o vrus da raiva, no mundo, principalmente nos continentes Asitico (56%) e Africano (44%). A cada 15 minutos morre uma pessoa e mais 300 so expostas ao risco da infeco, principalmente crianas com idade inferior a 15 anos (40%).

No Brasil, com o estabelecimento do Programa Nacional de Controle da Raiva, coordenado pelo Ministrio da Sade, em 1973, e aes sistemticas de controle da raiva canina, o perfil epidemiolgico da raiva no pas passou por uma sensvel alterao e hoje so identificados distintos ciclos que podem ser resumidos na figura abaixo (Figura...)

Figura 6 Ciclo epidemiolgico da Raiva

Fonte: Fonte Internet

5.4.4.6 Cuidados e orientaes

Uso de vacinas humanas, indicadas para pessoas com alto risco de exposio ao vrus da raiva, como os mdicos veterinrios.A vacinao anual em cachorros e gatos uma medida eficaz para evitar o risco de pegar raiva.5.4.4.7 Vacinas So vacinas potentes e seguras, produzidas em cultura de clulas (diploides humanas, clulas vero, clulas de embrio de galinha etc.) e apresentadas sob a forma liofilizada, acompanhadas de diluente. Devem ser conservadas em geladeira, fora do congelador, na temperatura entre + 2C e + 8C, at o momento de sua aplicao, observando-se o prazo de validade do fabricante.Quando utilizada pela via intradrmica, a vacina, depois de reconstituda, tem que ser mantida na temperatura entre + 2C e + 8C e desprezada em, no mximo, 8 horas aps sua reconstituio.A potncia mnima das vacinas 2,5 UI/dose.Dose e via de aplicaoa) Via intramuscular: so apresentadas na dose 0,5 ml e 1 ml, dependendo do fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante no depende da idade ou do peso do paciente. A aplicao intramuscular deve ser profunda, na regio do deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianas at 2 anos de idade est indicado o vasto lateral da coxa.b) Via intradrmica: a dose da via intradrmica de 0,1 ml. Deve ser aplicada em locais de drenagem linftica, geralmente nos braos, na insero do msculo deltoide. A vacina no deve ser aplicada na regio gltea.A vacina no tem contraindicao (gravidez, em lactao, doena intercorrente ou outros tratamentos), devido gravidade da doena, que apresenta letalidade de aproximadamente 100%. Sempre que possvel, recomenda-se a interrupo do tratamento com corticoides e/ou imunossupressores ao ser iniciado o esquema de vacinao. As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura so seguras. De acordo com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos adversos, os quais, na quase totalidade dos casos, so de pouca gravidade. No entanto, como qualquer imunobiolgico, deve-se ficar atento a possveis reaes de maior gravidade, principalmente neurolgicas ou de hipersensibilidade.Manifestaes locais: caracterizadas por dor, prurido, edema, endurao e ppulas urticariformes. A incidncia relatada na literatura varia entre 3% e 25% dos vacinados. Outras manifestaes locais relatadas so: abscesso no local da injeo e linfadenopatia regional.Essas reaes so consequncia da introduo da agulha e do contedo vacinal no tecido muscular. A hiperestesia se produz pela irritao dos terminais nervosos locais. O eritema se deve vasodilatao reativa, que favorece a absoro. A liberao de histamina, serotoninas e de outras substncias vasoativas provoca o prurido e as ppulas urticariformes.

5.4.4.8 Atividades Realizadas

Observou-se a aplicao da vacina pelo profissional de sade, e tambm as orientaes e informaes sobre os procedimentos a serem adotados em relao ao animal e ao paciente. Realizaram-se as observaes e notificaes, na ficha especifica padronizada pelo programa de profilaxia e controle da raiva humana.

5.4.4.8 Concluso

O objetivo e finalidade do programa coordenar, supervisionar, notificar, acompanhar, promover e avaliar, as atividades de preveno e controle da raiva humana, que vai permitir o controle da enfermidade por meio da imunizao, em estrita colaborao com os Distritos de Sade e Centro de Controle de Zoonoses.

5.4.5 Tuberculose

A tuberculose uma doena infectocontagiosa, de notificao compulsria, causada pela bactria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, mas que tambm pode ser causada por outras micobactrias, como a M. bovis, M. africanum e M. microti. Afeta principalmente os pulmes, mas tambm pode ocorrer em outros rgos do corpo.Trata-se de uma doena com forte determinao social, sendo considerada um grave problema de sade pblica, agravada pela epidemia da imunodeficincia adquirida. Seu controle envolve diversos nveis de complexidade, tanto para o estabelecimento do diagnstico como para a cura clnica e bacteriolgica dos pacientes na comunidade (BRASIL,2002 e;f;g). Apesar dos avanos teraputicos em vrias reas, pode-se afirmar que a tuberculose uma doena negligenciada pela cincia e pela indstria, considerando que asinovaes teraputicas nesta rea so praticamente inexistentes.

O tratamento da tuberculose baseado no uso de medicamentos, administrados a partir dos esquemas teraputicos, estabelecidos pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) da Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS) do Ministrio da Sade.Em 2009, o Ministrio da Sade fez modificaes no esquema de tratamento da tuberculose para indivduos com 10 ou mais anos de idade (adolescentes e adultos), sendo que para crianas com idade at 10 anos continua sendo preconizado o tratamento anteriormente estabelecido48.De acordo com a Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS) do MS, as mudanas tmcomo justificativa principal a constatao do aumento de resistncia do bacilo a medicamentos isolados ou em associao, observada no I Inqurito Nacional, realizado noperodo de 1995 a 1997, e no II Inqurito Nacional de Resistncia aos Frmacos Anti-TB,conduzido em 2007-200849.Outra alterao feita consistiu em introduzir a apresentao em comprimidos com dose fixa combinada dos quatro frmacos utilizados no tratamento (quatro em um) para a fase intensiva do tratamento. Os comprimidos so formulados com doses reduzidas de Isoniazida e Pirazinamida em relao s anteriormente utilizadas no Brasil.O esquema bsico com quatro frmacos mundialmente utilizado, com excelentes resultados quanto efetividade, em particular pela maior adeso ao tratamento. Espera-se que a introduo de um quarto frmaco possibilite aumentar o sucesso teraputico e evitar o aumento da multirresistncia (resistncia a rifampicina + isoniazida), alm de uma reduo do abandono do tratamento, maior adeso e, consequentemente, um aumento na cura da doena.As vantagens da mudana da apresentao dos frmacos so, entre outras, o maior conforto do paciente, pela reduo do nmero de comprimidos a serem ingeridos; a impossibilidade de tomada isolada de frmacos e a simplificao da gesto farmacutica em todos os nveis. Alm das mudanas citadas acima, as alteraes se estendem ao acompanhamento do caso no sistema de informaes, no retratamento de casos, e tratamentopara tuberculose resistente. fundamental que esses pacientes sejam acompanhados para deteco de eventualfalncia dos esquemas teraputicos, resistncia bacteriana e de efeitos adversos pelo usodos medicamentos. Merecem ateno redobrada as situaes especiais, tais como o tratamentode pacientes hepatopatas, nefropatas e pessoas vivendo com HIV/Aids. Entre as orientaes da SVS50, a partir do lanamento do Plano Emergencial para o Controle da Tuberculose, em 1996, o Ministrio da Sade recomenda a implantao da Estratgia do Tratamento Supervisionado (Dots), formalmente oficializado em 1999 pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Essa estratgia continua sendo uma das prioridades para que seja atingida a meta de cura estabelecida para os doentes, diminuindoa taxa de abandono, evitando o surgimento de bacilos resistentes e possibilitando um efetivo controle da tuberculose no pas. Para que a estratgia Dots possa ser efetivada, devem ser atendidas algumas premissas bsicas, como a existncia de vontade poltica, garantia da realizao da baciloscopia, aquisio e distribuio regular de medicamentos, tratamento supervisionado e um sistema regular de informaes.Alm da adoo da estratgia do tratamento supervisionado, o PNCT reconhece a importncia de horizontalizar o combate TB, estendendo-o para todos os servios de sadedo Sistema nico de Sade (SUS). Portanto, objetiva integrao do controle da TB com a Ateno Primria, incluindo os Agentes Comunitrios de Sade (PACS) e a Estratgia Sade da Famlia (ESF) para garantir a efetiva ampliao do acesso ao diagnstico e tratamento. Alm disto, o PNCT enfatiza a necessidade do envolvimento de organizaes no governamentais (ONGs) e de parcerias com organismos nacionais (universidades, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e internacionais de combate TB. Por intermdio dessas colaboraes e parcerias, o PNCT visa ao sinergismo e multiplicao do impacto de suas aes de preveno e controle da doena.

Para monitoramento e controle da tuberculose imprescindvel que se disponha deum sistema de informaes seguro e confivel para subsidiar o enfrentamento e monitoramento da doena no Brasil. As informaes para essa patologia so obtidas, nacionalmente, a partir do preenchimento da ficha de Notificao/Investigao de Tuberculose do Sistema de Informao de Agravos de Notificao (Sinan), adotada em todo o pas.

Um dos grandes problemas atuais enfrentados nesta rea o surgimento de resistnciaas drogas disponveis, um dos fatores que levou proposta das alteraes adotadas no tratamento em 2009. De acordo com relatrio da Organizao Mundial da Sade (OMS), divulgado em fevereiro de 2008, o Brasil est na lista dos 45 pases que registraram a forma XDR (ExtensiveDrugResistant) da tuberculose, modalidade resistente maior parte dos antibiticos disponveis. O problema pode ter sido gerado pelos prprios pacientes e profissionais de sade, em razo do mau uso de medicamentos e do abandono do tratamento.Ocorre que muitos portadores de TB, ao apresentarem melhora dos sintomas, julgam que esto curados e abandonam o tratamento.Nos casos de ocorrncia de tuberculose resistente em adultos e adolescentes, a responsabilidade da conduta teraputica de todos os casos com resistncia aos medicamentos da referncia terciria. A resistncia pode se apresentar como monorresistncia rifampicina ouisoniazida ou polirressistncia, quando, alm da resistncia a um dos frmacosmencionados, o paciente apresenta resistncia a outro frmaco de primeira linha. Nestes casos deve ser introduzido esquema teraputico para multirresistncia. A adeso ao tratamento deve ser privilegiada e verificada em todas as suspeitas de falncia, paralelamente as demais medidas preconizadas.

5.4.5.1 Atribuies da UBS

As UBS do Sistema nico de Sade (SUS) de todos os municpios do Pas devem realizar as aes para: Identificar entre as pessoas maiores de 15 anos que procuram o servio, sintomticos respiratrios (pessoas com tosse e expectorao por trs semanas ou mais), fazer o diagnstico de tuberculose, iniciar o tratamento, acompanhar os casos em tratamento, dar alta aos pacientes; Identificar entre as crianas que procuram o servio de sade, aquelas portadoras de pneumopatias e outras manifestaes clnicas sugestivas de tuberculose, descritas mais adiante, e encaminh-las a uma unidade de referncia para investigao e confirmao do diagnstico; Acompanhar e tratar os casos confirmados nas UBS; Aplicar a vacina BCG; Coletar material para a pesquisa direta de bacilos lcool cido resistentes (BAAR) no escarro. Caso a unidade bsica de sade no possua laboratrio, identificar um laboratrio de referncia e estabelecer um fluxo de envio do material; Realizar a prova tuberculnica quando necessrio; Realizar exame anti-HIV quando indicado; Fazer uma programao anual para o Programa de Controle da Tuberculose, juntamente com a Vigilncia Epidemiolgica do municpio, estabelecendo metas a serem atingidas; Fazer visita domiciliar quando necessrio; Treinar os recursos humanos da unidade bsica de sade; Realizar aes educativas junto clientela da unidade de sade, bem como na comunidade; Divulgar os servios prestados tanto no mbito do servio de sade como na prpria comunidade.

5.4.5.2 Vacinas

A vacina BCG (Bacilo Calmette-Gurin) utilizada para a preveno da tuberculose, tendo sido obtida a partir da cultura de um bacilo de tuberculose bovina, em 1906.A partir de 1973, a via oral foi abandonada no Brasil, passando-se via intradrmica na vacinao rotineira, que utiliza, desde 1925, a amostra conhecida como BCG Moreau.

5.4.5.3 Dose e via de administrao

Injeta-se 0,1 ml de suspenso, por via intradrmica, utilizando-se seringa de 1 ml e agulha 0,45 mm x 13 mm, no limite inferior da regio deltoideana do brao direito, segundo o Manual de Normas para o Controle da Tuberculose 1 (D).

5.4.5.4 Eficcia

A anlise de artigos de publicaes internacionais mostra que o BCG confere cerca de 50% de proteo para todas as formas de tuberculose e que a eficcia de cerca de 64% para a meningoencefalite tuberculosa e de aproximadamente 78% para a disseminada. A eficcia tambm varia em funo de outros fatores, tais como genticos, nvel socioecnomico, nutricional, diferentes cepas de BCG 2 (D)3 (A). Em nosso pas, h evidncias de proteo contra meningite tuberculosa em crianas que receberam BCG 4,5 (B).

5.4.5.5 Idade de vacinao

No Brasil, o BCG indicado para crianas de 0 a 4 anos, sendo obrigatria para as menores de um ano, de acordo com a Portaria 452 de 06/12/1976, do Ministrio da Sade. Deve-se vacinar o mais precocemente possvel, de preferncia, logo aps o nascimento.

Alguns pases indicam apenas uma dose, enquanto outros preconizam segunda dose, por ocasio da entrada na escola, se o teste tuberculnico for negativo 6 (D).

O Ministrio da Sade recomenda revacinar todas as crianas por volta dos seis anos de idade, independente de ter ou no cicatriz vacinal, mas ainda no h condies operacionais para viabilizar tal norma em termos nacionais. A hipersensibilidade tuberculina ou PPD, aps a vacinao, diminui progressivamente, principalmente aps 2 a 5 anos, portanto no seria vlido revacinar baseando-se somente na diminuio de tal reatividade 7 (C) 8 (D).

5.4.5.6 IndicaesDe acordo com o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose 1 (D), os recm-nascidos devem ser vacinados nas maternidades, desde que tenham peso igual ou superior a 2 Kg e boas condies clnicas. Recm-nascidos filhos de mes HIV-positivas e crianas soropositivas para HIV podero ser vacinados, desde que no apresentem sinais e sintomas de AIDS 1 (D). Os vacinados, nessas condies, devero ser acompanhados nas unidades de referncia para AIDS. Os profissionais de sude no-reatores ao PPD e que entram em contato com pacientes com tuberculose e AIDS tambm devero ser vacinados 1 (D).

5.4.5.7 Contra-indicaes

A Organizao Mundial de Sade 9 (D) estabeleceu as seguintes contra-indicaes para vacinao com BCG: Absolutas: Imunodeficincias de qualquer natureza;

Relativas: Peso inferior a 2 Kg, hipogamaglobulinemia, desnutrio grave, erupo cutnea generalizada, tratamento com corticides e citostticos, doenas agudas febris, piodermite generalizada e doenas crnicas.

5.4.5.8 Evoluo da leso

A evoluo da leso local foi estudada em alguns trabalhos, sendo que, em geral, aps cerca de 7 a 15 dias, surge mcula arroxeada, que d origem a ppula, seguida de crosta aps 15 a 30 dias, que, ao se desprender, origina pequena lcera, que evolui para cicatrizao ao redor de 3 a 4 meses, surgindo cicatriz esbranquiada de 4 a 8 mm de dimetro 10 (D)11 (B).

5.4.5.9 Complicaes

A vacina BCG considerada segura, com baixa incidncia de efeitos adversos, no provocando reaes sistmicas. Algumas complicaes relatadas referem-se a tcnicas inadequadas, tais como: aplicaes profundas e contaminao 2 (D). Tambm pode ocorrer formao de quelide 12 (D), linfadenite simples ou supurada, abscesso, ulcerao local grande e persistente 13 (D).

A disseminao generalizada do BCG est, em geral, associada a quadro de imunodeficincia celular, sendo muito rara, com incidncia aproximada de 0,02 casos por milho 14 (D).

As complicaes mais simple