relatório de pesquisa - a mídia influencia a opinião pública quanto ao trânsito em sbc?

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RELATÓRIO DE PESQUISA A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA OPINIÃO PÚBLICA O TRÂNSITO NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO 2012

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Íntegra da Análise de Pesquisa

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RELATÓRIO DE PESQUISA

A INFLUÊNCIA DA MÍDIANA OPINIÃO PÚBLICA

O TRÂNSITO NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

2012

RELATÓRIO DE PESQUISA

A INFLUÊNCIA DA MÍDIANA OPINIÃO PÚBLICA

O TRÂNSITO NA CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

2012

Relatório de Pesquisa de Opinião Pública na cidade de São Bernardo do

Campo.

Problema de Pesquisa: ‘A mídia influencia na Opinião Pública dos moradores desta cidade’

A PROPOSTA DAPESQUISA

A proposta deste relatório é demonstrar como a

opinião da população de São Bernardo do

Campo sobre o trânsito da cidade é influenciada

pela mídia. Por meio de entrevistas, entender o

quanto as pessoas são afetadas, positiva ou

negativamente através daquilo que é veiculado

pela mídia, assim como pelo cotidiano da cidade,

como elas enxergam as mudanças, quais as

classes sociais mais envolvidas e quem são os

responsáveis pelos congestionamentos. E

ainda, quais os principais aspectos de infra-

estrutura, gestão e impacto social que

comprometem o trânsito na cidade.Outro ponto relevante é evidenciar por meio de

uma análise psicológica a reação das pessoas

diante do tema, bem como destacar alguns

fenômenos psíquicos observados a partir das

entrevistas e compreender a influência do

comportamento das pessoas que possam vir a

comprometer o fluxo do trânsito. O relatório

também conterá uma análise crítica do ponto de

vista dos aspectos éticos e legais envolvidos em

toda pesquisa analisada.Para finalizar, a proposta é disponibilizar tais

informações para as mídias e contribuir para a

formação da opinião de mais pessoas.

Como as pessoas formam a sua opinião?

AMOSTRA

Utilizamos uma amostra variada de 20 pessoas,

sendo elas, 10 do sexo masculino e 10, do

feminino. Dos 10 entrevistados de cada sexo,

metade deles possui entre 18 e 25 anos e a outra

metade, de 26 a 40 anos.

Cada uma dessas faixas etárias foi dividida da

seguinte forma: 2 pessoas pertenciam à classe

social A/B, 2 à classe social C e a última

pertencente à classe social D.

Dessa forma, foi possível obter resultados reais

livres de variáveis como: classe social, faixa

etária ou sexo.

TÉCNICA UTILIZADA

O tipo de técnica utilizada foi a Entrevista Semi-

Aberta, uma técnica qualitativa que tem por

objetivo “descobrir percepções, influências e

opiniões do entrevistado a respeito de um tema”

(DUARTE In: BARROS E DUARTE, 2008).

APLICAÇÃO DAS ENTREVISTAS

As entrevistas foram realizadas através de um

roteiro de perguntas-chaves elaborado pela

própria agência. Durante as entrevistas

uti l izamos a técnica de pesquisa em

profundidade.

Todas as entrevistas foram gravadas e

transcritas preservando todas as expressões

literais de nossos entrevistados.

RESULTADOS

Com as entrevistas transcritas, todas as

respostas semelhantes foram agrupadas e

separadas por cada questão feita, de forma que

pudemos avaliar a quantidade de respostas

semelhantes. Separamos também essas respostas

relacionando-as ao sexo, faixa etária e classe

social, para assim, avaliar quais as incidências e

influências de determinado perfil.A partir daí foi possível iniciar toda a análise dos

resultados alcançados, levando-se em

consideração também questões como ética e

psicologia, conforme mostraremos a seguir.

Para a execução da pesquisa de opinião foi utilizada o método de pesquisa

exploratória descritiva e a metodologia qualitativa.

A CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

Para dar início ao trabalho, buscamos entender o

significado da palavra Trânsito que é o conjunto

de deslocamentos diários de pessoas pelas

calçadas e vias, ou seja, é a movimentação geral

de pedestres e de diferentes tipos de veículos. O

trânsito ocorre em espaço público e reflete o

movimento de múltiplos interesses, atendendo às

necessidades de trabalho, saúde, lazer e outros,

que muitas vezes são conflitantes entre si. Para

garantir o equilíbrio entre esses interesses

coletivos é que se estabelecem acordos sociais,

sob formas de regras, normas e sinais que,

sistematizados, formam as leis.

Segundo Nereide Tolentino, para o site Educar

para o Trânsito, “compreender as leis de trânsito e

respeitá-las garante a proteção da vida, que é

nosso bem maior”. Portanto, para especialistas no

assunto, o trânsito não é apenas a movimentação

de pessoas e veículos, compreende também as

paradas das pessoas, que andam a pé ou que

utilizam veículos ou animais para se deslocaram

ou realizarem algum tipo de transporte em vias

públicas. E é esta parada que torna o dia a dia das

pessoas uma rotina estressante e que traz

grandes conseqüências para as mesmas.

O trânsito caótico é problema em todas as

grandes cidades do Brasil. A cidade de São

Bernardo do Campo também sofre com o alto

índice de carros por pessoa. A frota do município é

de quase 490 mil veículos, sem contar os que vêm

de outras cidades e passam por São Bernardo, o

que, segundo a prefeitura, eleva o número para

quase 700 mil veículos. Há muitas universidades,

shoppings, comércios e indústrias, o que atrai

muita gente para ela. Além disso, ainda dá acesso

á grandes rodovias como Anchieta e Rodoanel

que faz com que muitos passem pela cidade para

chegar ao seu destino final.

Quais aspectos impactam no trânsito!

Nos últimos 50 anos a população brasileira

aumentou em 326%. Neste mesmo período, a

população de São Bernardo do Campo

aumentou em 2.400%, o que certamente

promoveu um impacto grande no trânsito da

cidade.

O município teve a sua população de

habitantes em 1950 aumentada para 710.212

habitantes em 2000 e hoje há cerca de 800 mil

habitantes na cidade.

29.295

A CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPOCaracterísticas que fazem a diferença!

Com este crescimento, a carência da infra-

estrutura de mobilidade e a gradativa adequação

da malha viária, feita ao longo dos anos, não se

mostraram suficiente sequer para comportar o

crescimento vegetativo da população e o

crescimento quanto ao número de veículos em

trânsito nas áreas municipais.

Trafegar no horário de pico em São Bernardo

tornou-se um desafio. A cidade oferece 25 pontos

críticos divulgados pela prefeitura, sendo os

principais deles, as avenidas Vergueiro, Dr. Rudge

Ramos, Lions e Via Anchieta. Segundo a Ecovias,

por dia, na Anchieta, passam uma média de 60 mil

veículos, e os índices de congestionamento são

registrados, principalmente, entre os quilômetros

10 e 13, podendo, inclusive, chegar ao 16.

Outro fator problemático é que o Departamento

de Trânsito do município não disponibiliza

nenhum site ou qualquer tipo de mecanismo

para informar os motoristas sobre as condições

do trânsito na cidade.Para fugir do congestionamento, o transporte

coletivo seria uma boa opção já que, com o

crescimento demográfico, fica difícil encontrar

caminhos para novas rotas viárias.Hoje, São Bernardo do Campo é a única cidade

do ABC Paulista que está incluída no PAC –

Programa de Aceleração – da Mobilidade, que

visa preparar as cidades com vista à Copa de

2014 e às necessidades de melhores sistemas

de transportes. Contempla municípios com

população superior a 700 mil habitantes.

Outro fator problemático é que o Departamento

de Trânsito do município não disponibiliza

nenhum site ou qualquer tipo de mecanismo

para informar os motoristas sobre as condições

do trânsito na cidade.

Para fugir do congestionamento, o transporte

coletivo seria uma boa opção já que, com o

crescimento demográfico, fica difícil encontrar

caminhos para novas rotas viárias.

Hoje, São Bernardo do Campo é a única cidade

do ABC Paulista que está incluída no PAC –

Programa de Aceleração – da Mobilidade, que

visa preparar as cidades com vista à Copa de

2014 e às necessidades de melhores sistemas

de transportes. Contempla municípios com

população superior a 700 mil habitantes.

A cidade deve caminhar para a modernização do

sistema de transportes para dar conta do

crescimento populacional e das novas

atividades econômicas, que exigem mais

deslocamentos pela área urbana. Além das

indústrias, a cidade agora conta com vários

negócios na área de serviços. Assim, as viagens

na cidade e os horários de entrada e saída dos

trabalhadores nos serviços se diversificaram.

A CIDADE DE SÃO BERNARDO DO CAMPOE o que os motoristas pensam?

Entre os projetos para São Bernardo do Campo

na área dos transportes está o VLT (Veículo Leve

sobre Trilhos), que quando completo deve ligar a

região do Alvarenga, passando pelo Centro, até

o Tamanduateí, na Capital Paulista. A obra está

prevista no PAC da Mobilidade e a primeira fase,

entre o Centro de São Bernardo, passando por

Santo André e São Caetano do Sul até

Tamanduateí deve ser concluída em 2014 e

custar R$ 2,8 milhões.

Atualmente, o mais importante transporte

público de São Bernardo do Campo são os

trólebus e ônibus operados pela Metra, que

agiliza os deslocamentos da cidade para os

municípios vizinhos como Diadema e Santo

André e para a Capital Paulista, por meio do

corredor ABD e foi o primeiro sistema do mundo

a ter operando comercialmente um ônibus

elétrico híbrido articulado, veículos limpos, sem

emissão de poluentes, mais confortáveis e

silenciosos.

Com estas informações, o objetivo é ouvir a

população de São Bernardo do Campo e saber

se ela enxerga o trânsito desta maneira que é

apresentada e entender como a mídia influencia

Será que eles avaliam o trânsito de maneira positiva ou negativa?

E a que eles atribuem o trânsito?

Os moradores acreditam que a cidade está preparada para abrigar o trânsito

atual?

E qual a opinião sobre as novas obras vigentes para a melhoria no trânsito?

Como eles acompanham as notícias?

De que maneira a mídia influencia na opinião destas pessoas?

Quais seriam as sugestões de melhorias da própria população?

A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICADiretrizes da pesquisa

Objetivos Gerais:

¥Colocar em prática os conhecimentos

adquiridos ao longo do semestre no módulo

Ética e Mídia na Opinião Pública através da

execução de uma pesquisa de opinião na cidade

de São Bernardo do Campo;

¥Analisar a influência que a mídia causa na

opinião pública a respeito do tema trânsito,

especificamente;

Objetivos Específicos:

¥Desenvolver todo o processo de uma

pesquisa de opinião que demonstre a influência

que a opinião pública sofre através da mídia em

um tema específico;

¥Compreender o funcionamento do processo

de Formação de Opinião Pública de uma forma

geral e como ele é influenciado;

¥Associar os resultados obtidos a fatores como

Ética e Legislação, detalhando-os;

¥Aplicar os conhecimentos psicológicos

adquiridos para entender de forma mais

profunda a opinião e atitudes do indivíduo;

METODOLOGIA

Para a execução da pesquisa de opinião foi

utilizada o método de pesquisa exploratória

descritiva e a metodologia qualitativa.

Características da Amostra

Em busca de alcançar nossos objetivos e

compreender a opinião dos moradores de São

Bernardo de Campo, utilizamos uma amostra

variada de 20 pessoas, sendo elas, 10 do sexo

masculino e 10, do feminino.

Dos 10 entrevistados de cada sexo, metade

deles possui entre 18 e 25 anos e a outra metade,

de 26 a 40 anos.

Cada uma dessas faixas etárias foi dividida da

seguinte forma: 2 pessoas pertenciam à classe

social A/B, 2 à classe social C e a última

pertencente à classe social D.

Dessa forma, foi possível obter resultados reais

livres de variáveis como: classe social, faixa

etária ou sexo.

Tipo de Técnica Utilizada

O tipo de técnica utilizada foi a Entrevista Semi-

Aberta, uma técnica qualitativa que tem por

objetivo “descobrir percepções, influências e

opiniões do entrevistado a respeito de um tema”

(DUARTE In: BARROS E DUARTE, 2008).

Procedimentos de Aplicação das Entrevistas

As entrevistas foram realizadas através de um

roteiro de perguntas-chaves elaborado pela

própria agência. Durante as entrevistas

uti l izamos a técnica de pesquisa em

profundidade.

Todas as entrevistas foram gravadas e

transcritas preservando todas as expressões

literais de nossos entrevistados.consideração também questões como ética e

psicologia, conforme mostraremos a seguir.

Resultados

Com as entrevistas transcritas, todas as

respostas semelhantes foram agrupadas e

separadas por cada questão feita, de forma que

pudemos avaliar a quantidade de respostas

semelhantes.

Separamos também essas respostas

relacionando-as ao sexo, faixa etária e classe

social, para assim, avaliar quais as incidências e

influências de determinado perfil.

A partir daí foi possível iniciar toda a análise dos

resultados alcançados, levando-se em

consideração também questões como ética e

psicologia, conforme mostraremos a seguir.

Avaliação do Trânsito

Nas entrevistas realizadas para esta pesquisa,

os entrevistados mostraram respostas

contraditórias. Enquanto a grande maioria dos

entrevistados avalia o trânsito em geral como

agitado, pesado e caótico, tendo uma visão mais

negativa, uma entrevistada classificou o fluxo de

trânsito como sendo bom, e agitado somente nos

horários de pico.

O fato de haver apenas uma opinião favorável

dentre todos os entrevistados foge à teoria da

Espiral do Silêncio definida por Elisabeth Noelle-

Neumann (apud HOHFELDT), como a inibição

que as pessoas sentem por imaginar ter opinião

diferente da maioria e se calar.

A maioria dos entrevistados observou também

que a presença de grandes rodovias (Rodoanel e

A n c h i e t a ) t r a z d e s e n v o l v i m e n t o e

conseqüências positivas para a cidade, porém

com diferentes beneficiados. No entanto, de

acordo com a maioria, ainda que sejam julgadas

como melhorias, essas rodovias, principalmente

o Rodoanel, colaboraram para o crescente

trânsito na cidade.

“(...) o transporte está muito ruim, muito pesado...”

“(...) mas tirando esses horários de pico, o trânsito flui bem.”

“(...) O trânsito na cidade, em minha opinião, é de péssima qualidade (...)”

“(...) pra gente conseguir, às vezes, ir para um lugar mais longe, tem sempre o Rodoanel, tem a Anchieta, e isso facilita bastante o nosso acesso para outros lugares.”

“Ele (o Rodoanel) facilitou muito pra cargas né? Para levar cargas, caminhões, mas carros... poucos têm essa via...”

“(Grandes estradas) Acabam trazendo consequências negativas porque pessoas de outras cidades passam pela nossa cidade”

ANÁLISEDOS

RESULTADOS DA PESQUISA

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

Destaca-se também o transporte público, no

caso o trólebus, como um importante meio de

transporte, pois é rápido por seguir uma única

via, desviando-se do congestionamento.

Apesar dos congestionamentos e da grande

quantidade de carros nas ruas, duas pessoas

responderam que o carro ainda é a melhor

opção. Ambas eram mulheres, o que reforça

uma tendência percebida de que as mulheres se

preocupam mais com seu conforto e privacidade

do que os homens, que tendem a dar prioridade

para a forma mais rápida de se locomover,

mesmo que seja caminhando.

“(...) o trólebus, ele facilita para quem anda com ele, que acaba sendo um pouco mais rápido (...)”

“(...) O trólebus pra mim é um excelente transporte (...)”

“(...) com o carro você às vezes tem mais facilidade de sair de uma situação ruim no trânsito do que com o ônibus 'né' (...)”.

“(...) ter seu carro é melhor do que o transporte público. A locomoção é mais rápida, privada e segura”.

“(...) as pessoas usam mais o carro, por conta da comodidade que é mais tranquilo, você não vai com ninguém te amassando (...)”.

“(...) quase não da pra andar é mais fácil andar 'de a pé' ou pegar ônibus que é a m e s m a coisa”.

“(...) as ciclovias são poucas, mas é uma boa ideia que tá sendo implantada aos poucos.”

“(...) a pista, hoje 'ta' todas bem... com placas, 'ta' bem pintadas (...)”.

“(...) a condição de pavimentação das estradas 'são' boas”.

“Outros pontos positivos também seriam algumas campanhas de conscientização que estão passando nos comerciais da TV”.

Além das importantes rodovias e do trólebus, os

outros pontos positivos sobre o trânsito

levantados pelos entrevistados foram

implantação de ciclovias, boa sinalização e

pavimentação das vias, obras e campanhas de

conscientização.

Apenas uma das entrevistadas respondeu que

não via pontos positivos no trânsito em São

Bernardo, não citando nenhum dos aspectos

levantados pelos demais.

“Pontos positivos não vejo, vejo vários pontos negativos (...)”.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

As Causas do Trânsito Ruim

De acordo com os entrevistados, a grande

quantidade de carros nas ruas é uma das

principais causas do trânsito ruim. Muitos deles

ressaltaram a facilidade para comprar carros

como a raiz do aumento dos veículos

particulares em circulação.

Segundo Raphael Prado (2008), a CET afirma

que a facilidade no financiamento de carros e

motos colaborou para o aumento relativo de

trânsito no Estado de São Paulo. E, hoje, o Brasil

é o país que mais tem carros por habitantes,

ultrapassando até os Estados Unidos. Fala-se

em aproximadamente 630 carros para cada

1000 habitantes.

Alguns entrevistados apontaram também o

aumento da renda dos brasileiros como fator

fundamental para o aumento da quantidade de

carros por família circulando na cidade. Para

Andréa Machado e Thaís Souza (2011), 2010 foi

o ano em que houve maior crescimento da renda

dos brasileiros, em todas as regiões e,

sobretudo, nas classes menos favorecidas.

Outra causa apresentada pelos entrevistados foi

o mau comportamento dos motoristas. Os

motociclistas foram apontados como os mais

imprudentes nas ruas, seguidos dos motoristas

de ônibus que também apresentam um mau

comportamento, podendo colocar em risco a

vida dos demais passageiros.

“(...) esse trânsito eu atribuo mais a quantidade de carros que foram aderidos ao longo desses últimos anos, muitas pessoas tiveram acesso fácil a comprar carros, então aumentou muito...”

“(...) então eu acho que o que atrapalha muito o trânsito são os motoqueiros, eu acho que eles acham que a rodovia é deles...”.

“(...) um dos principais problemas é o comportamento dos motoristas. A sensação q u e e l e s p a s s a m s ã o a l t a m e n t e 'despreparáveis' para dirigir um ônibus (...)”.

Até mesmo o entrevistado que pilota motocicleta

admite que os motociclistas, sobretudo

motoboys, tem mau comportamento. Ele

defende que o estresse do dia a dia e, no caso

destes profissionais, a obrigação de pilotar o

tempo todo no trânsito caótico, geram tais

atitudes.

Um dos entrevistados é motorista de ônibus e

também não defende sua classe, concorda que

falta educação.

“(...) o motoboy sofre bem mais, porque eles precisam de mais tempo no trânsito né, então eles precisam de mais respeito no caso”.

“Bom, eu nem falaria companheiro 'né', hoje em dia o trânsito é... esta faltando educação 'né' (...)”.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

É p o s s í v e l c o n s i d e r a r a q u e s t ã o

comportamental dos motoristas como uma

questão ética, de acordo com BORDIEU (1983).

Portanto, observou-se que mesmo as pessoas

de classe social mais baixa e com menor grau de

instrução responderam com propriedade e

senso crítico.

É importante ressaltar que alguns entrevistados

atribuem o mau comportamento ao estresse

típico causado por uma região metropolitana, já

que as pessoas têm de cumprir horários

apertados e muitos compromissos, o que não

costuma ocorrer em cidades do interior.

De acordo com Themys Cabral (2008), estudos

reve lam que os b ras i le i ros passam

aproximadamente 30 dias ao ano no trânsito, o

que significa um número relativamente alto,

colaborando para motoristas cada vez mais

estressados e impacientes. Por isso é

importante fazer com que o tempo gasto no

trânsito seja menos desagradável e algumas

medidas podem ser tomadas, como sair um

pouco mais cedo de casa, ouvir música e se

planejar melhor. Consultar o site da CET antes

de sair também é uma boa sugestão.

Grande parte dos entrevistados citou a má

qualidade do transporte público com uma das

causas dos congestionamentos. Porém, três

entrevistadas, todas com menos de 25 anos,

responderam que embora a utilização de ônibus

ajude a diminuir a quantidade de carros nas ruas,

eles também fazem com que aumente a lentidão

nas vias, assim como os caminhões pesados.

Outro jovem afirma que a grande quantidade de

radares também influencia o trânsito

negativamente.

“Se a gente for para o interior, isso não ocorre, né... pelo clima, o ambiente, não tem trânsi to , que é uma coisa que facilita (...)”.

“Você pode pensar que há menos carros na rua as pessoas utilizando o transporte público, mas muito ônibus também é um caos (...)”.

“(...) os caminhões fazem um trânsito tremendo, apesar de que em São Bernardo não tem tanto 'né', não é tão grande, ônibus querendo ou não dá uma certa lentidão para o trânsito”.

“(...) esses semáforos, essas câmeras pegando todo mundo aí, que você passa 40 km/h e está sendo multado.”.

“(...) a pessoa acaba pulando a parte do CFC, um curso muito importante pra ação do motorista no trânsito.”.

Tal posicionamento das jovens vai de encontro

ao resultado de uma pesquisa realizada com a

parceria entre as empresas Volvo e Perkons, a

Sociedade Brasi le i ra de Ortopedia e

Traumatologia e o Ministério da Saúde,

revelando que os próprios jovens acreditam que

eles dirigem mais depressa que as pessoas mais

velhas.

Os participantes da pesquisa também admitiram

ser mais imprudentes no trânsito e assumiram

que seu comportamento traz risco de acidentes.

No entanto, de acordo com esta pesquisa, as

atitudes adotadas estão ligadas ao meio social

em que vivem e é difícil de evitá-las. Tal pesquisa

constatou também que apenas 58% dos jovens

que dirigem, possuem CNH, o restante é menor

ou maior não habilitado. Um dos entrevistados,

inclusive, afirmou que pessoas sem carteira de

motorista também ajudam a piorar o trânsito, pois

não têm o conhecimento teórico adquirido nos

cursos de CFC.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

Apenas dois entrevistados apontaram como

uma das causas principais do trânsito ruim a

quantidade de obras nas ruas da cidade. De

acordo com notícia publicada no Repórter Diário,

a prefeitura tem um orçamento de 40 milhões de

reais para investir em obras de trânsito para

sanar os gargalos do trânsito na cidade.

Algumas obras serão para reforma, revitalização

e modificação de vias e outras apenas para

recapeamento.

Em matéria veiculada no site da Organização

das Cooperativas Brasileiras, o prefeito Luiz

Marinho afirma que as obras em vias de grande

circulação serão feitas à noite, já ações como

troca de guias e sarjetas serão feitas durante o

dia. Embora a maioria dos entrevistados

concorde que as obras geram transtornos para o

trânsito, dois entrevistados deram respostas

totalmente opostas. Uma mulher disse que as

obras deveriam ser feitas no período noturno,

para não atrapalhar o fluxo dos veículos e um

homem afirmou que as obras devem ser feitas

dia e noite para terminarem mais depressa.

Nota-se novamente, que as mulheres tendem a

se preocupar mais com seu conforto do que os

homens, que dão prioridade à rapidez do

transporte e na resolução dos problemas.

“(...) Deviam fazer a noite. Com o trânsito normal já fica difícil, com as obras então, piora tudo”.

“(...) aumentar a velocidade das obras (...) Exatamente, fazer com que elas trabalhem também de noite para agilizar o processo.”.

Alguns participantes da pesquisa responderam

que as pessoas que vem para a cidade para

trabalhar ou simplesmente utilizam suas

rodovias, também contribuem para os

congestionamentos. Tal opinião reflete o

aumento da oferta de empregos no município.

Segundo o ranking divulgado pelo CAGED

( C a d a s t r o G e r a l d e E m p r e g a d o s e

Desempregados) do MTE (Ministério do

Trabalho e Emprego) São Bernardo do Campo

aparece na 18ª colocação.

Além do desenvolvimento econômico na cidade,

também foi citado o crescimento dos

empreendimentos imobiliários, comerciais e

residenciais, como causa da má qualidade do

trânsito. De acordo com a Associação dos

Construtores, Imobiliárias e Administradoras do

Grande ABC, o aumento do trânsito nas cidades

faz as pessoas procurarem moradias cada vez

mais próximas do seu local de trabalho. Esta

também é uma realidade no mercado imobiliário

do ABCD. Por isso, as construtoras passaram a

construir empreendimentos na região, que

concentra inúmeras empresas.

“(...) tem bastante faculdade em São Bernardo e empregos. Isso influencia 'pra caramba' também”.

“(...) a gente também tem muitas obras de empreendimento, tanto empreendimentos residenciais e comerciais. Querendo ou não, isso atrai novos veículos.”

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

SBC x Trânsito Atual Todos os entrevistados responderam que a

cidade não está preparada para receber o

trânsito atual. Duas das entrevistadas acreditam

que a tendência é piorar, pois é de se esperar

que a cidade continue crescendo. A maioria dos

participantes da pesquisa afirma que embora a

cidade tenha se desenvolvido, a estrutura das

vias de são Bernardo não acompanhou o mesmo

ritmo.

Apenas um entrevistado afirmou que acredita

que a cidade está se preparando para dar conta

de todo o fluxo de veículos, demonstrando um

posicionamento mais esperançoso.

“Imagino que de agora em diante, cada vez vai ficar pior, acho que o trânsito só tende a piorar, é que não tende a melhorar, acho que a cidade não tem essa estrutura para receber tudo isso...”

“Não, São Bernardo não modernizou para o trânsito, então São Bernardo está pensando só em moradias, em prédios e em Shopping, agora... esqueceram do trânsito.”

“Não, acho preparada não 'tá né', acho que a gente já ta vendo isso 'né', mas talvez esteja s e preparando (...)”.

As Obras de Melhoria

Nessa questão, a maioria dos entrevistados

enxerga as obras como iniciativa positiva. As

mulheres, no entanto, apresentaram ter

melhores expectativas quanto ao resultado das

obras que os homens que se mostraram mais

críticos quanto a esta questão. Algumas

mulheres reclamaram apenas do tempo para

conclusão e da falta de planejamento, a fim de

evitar mais transtornos.

Apenas uma das mulheres questionou o

propósito das obras, alegando que os órgãos

públicos só investem no centro. Pelo fato da

entrevistada pertencer à classe D, supõe-se que

ela mora na periferia e sofre com o trânsito nos

arredores de onde mora. Tal opinião também

reflete a esfera pública de pessoas que vivem

nos subúrbios da cidade.

Uma mulher respondeu supondo que algumas

propostas para novas obras podem ser apenas

por causa da aproximação das eleições.

“É um resultado que a gente vai colher a longo prazo 'né', então infelizmente para colher este resultado, a gente vai ter que passar por toda essa 'muvuca', toda essa confusão.”

“(...) mas acho que, com certeza, se estão mexendo... com certeza eu avalio que deve ser

pra melhor.”.

“(...) as obras elas são pertinentes, são eficazes, porém faltou planejamento antes.”.

“(...) As obras, elas podem estar facilitando, porém elas estão sendo feitas num espaço de tempo muito grande.”.

“Essas obras são realizadas somente no centro da cidade e em outras vias transitáveis, como na periferia são ignoradas pelos governantes, de tal modo, que não há nem sinalização.”.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

“(...) O que eu tenho visto muito são as obras da SABESP, então por mais que tenham objetivos maiores e ambiental estão prejudicando muito o trânsito também.”

“(...) Todos os políticos amam fazer obras visando se beneficiar nas eleições...”

“Eu acho que 'ta' tendo bastante obra, eu não pesquisei direito para saber quais obras estão fazendo, mas pelo o que eu to vendo tem bastante obra feita, eu acho que isso é bom 'né'”?

O fato dos homens apresentarem opiniões mais

negativas do que as mulheres pode ser

explicada pelo fato de que a maioria dos

motoristas atualmente são homens. De acordo

com o anuário estatístico do DENATRAN de

2008, eles representam 71% dos habilitados.

Portanto, eles são os que têm maior contato

direto com o trânsito e podem avaliar melhor a

condição das vias.

Apenas um entrevistado demonstrou indiferença

e falta de conhecimento em relação às obras.

Isso demonstra que o real objetivo delas não

está sendo bem divulgado para toda a

população e, com base no perfil da pessoa em

questão, as classes mais baixas são as que têm

mais carência de informação e na maioria das

vezes, baseiam sua opinião somente naquilo

que vivenciam.

“(...) não sei se dá pra pensar que seja uma proposta concreta ou se é só uma especulação por ta chegando próximo a eleição, mas já se ouviu dizer que tem possibilidade de ta vindo metrô pra São Bernardo (...)”

“(...) construir novas pontes, novas ruas... eu não vi nada disso, o que eu to vendo é tapa buraco, tapa buraco não tira trânsito (...)”.

“(...) acredito que as obras que a prefeitura faz em relação a recapeamento, por exemplo, das avenidas, não é um privilégio e uma bênção da prefeitura, é um dever...”

“As obras viárias que estão fazendo é uma obra atrasada que era para ter feito há 20, 30 anos atrás e tá sendo concluída hoje, na época de hoje. Não vai resolver o trânsito.”

Já a maioria dos homens apresentou um senso

crítico maior do que o das mulheres quanto às

obras, não citando apenas a iniciativa positiva

por parte do governo, mas questionando

inclusive, o propósito das obras, os interesses

políticos e mencionando obras feitas por outras

empresas e que impactam o tráfego na cidade.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

“Olha, até que acompanhar, a gente não acompanha, mas eu vivencio, vamos dizer... porque eu trabalho no trânsito, sou motorista...”

“(...) na verdade eu não assisto noticiário, nem leio muito, porque não tenho muito tempo né, mais no dia a dia assim mesmo, com amigos e pessoas que tem acesso maior que eu.”.

“É mais o estado 'ne', em si assim, a gente ouve muito falar de São Paulo e tal, tudo parado, a quantidade... o tamanho em quilometragem de congestionamento e tal, mais de São Paulo.”

Notou-se que a internet foi o meio de

comunicação mais utilizado pelos jovens para se

informar. Tal resultado entra em contradição com

notícia publicada no portal Veja, que concluiu,

através de estudo feito pela a empresa de

pesquisa de mercado GfK, que 40% dos

entrevistados utilizam a internet para acessar

notícias. Mas, surpreendentemente, a maioria

destas pessoas (59%) tem mais de 56 anos. Os

jovens representam uma quantidade de 31%.

Outra constatação importante é que a maioria

dos pa r t i c ipan tes que acompanham

informações sobre o trânsito na mídia utiliza

fontes de repercussão nacional, portanto, tem

acesso a poucas notícias sobre o trânsito na

região. Sua opinião sobre o tráfego em São

Bernardo pode ser influenciada pelo que eles

veem do assunto em grandes centros do país,

como na cidade de São Paulo, por exemplo.

Acompanhando o trânsito em São Bernardo

do Campo

As pr incipais formas que os nossos

entrevistados informaram utilizar para se colocar

a par das informações e acontecimentos sobre o

trânsito foram através da mídia (televisão, rádio,

internet e jornais) e a experiência individual do

cotidiano de cada um.

Três entrevistados responderam que não

utilizam a mídia para se informar sobre o

assunto. Um deles alegou que, por trabalha com

o trânsito (como motorista), acredita que o dia a

dia é a melhor fonte de informação. Outra alegou

que não tem tempo para acompanhar notícias na

mídia e que se informa através de sua vivência e

conversando com amigos no trabalho e na

faculdade. O terceiro entrevistado afirmou que

não acompanha a evolução dos projetos na

mídia, mas percebe que o trânsito é pauta de

reportagens e notícias na mídia.

Como uma das entrevistadas mencionou que

forma sua opinião também com base em

conversas com pessoas do seu meio, podemos

afirmar que a opinião pública está diretamente

ligada ao conceito de esfera pública, definido

pelo filósofo alemão Jürgen Habermas (apud

CANCIAN), como o círculo social no qual as

pessoas têm liberdade para se expressar e

formar sua opinião a respeito de determinado

assunto.

O fato de uma das respostas mencionar

conversas com pessoas que tem maior acesso à

informação pode ser relacionado ao conceito de

líderes de opinião (MARANHÃO, 2008), que diz

que a informação tem dois fluxos, um que vai até

a recepção dos líderes e o outro que vai até a

recepção dos demais receptores da

comunidade, podendo ter interferências neste

processo.

“Através de jornal, rádio e através da experiência que eu tenho de andar no trânsito todo dia.”

“Eu acompanho mais via internet, por sites de noticias.”.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

“(...) a gente fica sabendo mais pelo fim da tarde, mas assim durante o dia a gente não sabe

nada sobre o trânsito, eu pelo menos não sei, uma que não dá tempo de eu assistir jornal e outra que eu acho que não é bem divulgado.”

“(...) pegar o trânsito de São Paulo, ele tem grande espaço na mídia, agora, nossa região não tem tanto, embora tenha trânsito tão ruim quanto e até pior às vezes.”

“(...) para uma classe que vive essa turbulência, todo dia, todo dia, com certeza é uma classe que está preocupada em se atualizar com esse problema...”.

“(...) só que não é muito interesse não, não vejo muito interesse... Interesse das pessoas mesmo também.”.

Ao explorar o assunto e questionar os

entrevistados sobre a influência da mídia no

trânsito, os entrevistados ficaram divididos,

parte deles acredita que a mídia é uma grande

influenciadora, e a outra parte pensa que a mídia

não influencia na opinião individual deles,

inclusive alguns acreditam que, apesar da mídia

repercutir o caos do trânsito, as pessoas não

mudam suas atitudes.

A p e s a r d e n e m t o d a s a s p e s s o a s

acompanharem notícias a respeito do trânsito

pe la míd ia , todas e las t i ve ram um

posicionamento quanto à influência da mídia na

opinião das pessoas, portanto, concluiu-se que o

fato das pessoas não acessarem notícias

através dos meios de comunicação tem causas

que vão além do grau de instrução e classe

social, como tempo livre, por exemplo.

Contrariando o texto de BORDIEU (1983) que

afirma que, se a questão exigir maior

conhecimento, maior será a distância de não-

respostas entre os mais instruídos e menos

instruídos.

Apenas 3 entrevistados afirmaram que utilizam

mídia regional para se informar. Numa das

respostas contou-se que as notícias mais

comuns são sobre acidentes e, outro

entrevistado afirmou o que sai na mídia é

diferente do que ele vê na prática, em relação a

prazo para término de obras.

Houve respostas, tanto para pessoas que

acompanham a mídia nacional, quanto a

regional, que o trânsito não tem a repercussão

que deveria. Ainda se observou numa resposta,

que as notícias sobre o trânsito têm mais

repercussão para aqueles que lidam diariamente

com ele; segundo o entrevistado, essas pessoas

estão mais interessadas. Esta última opinião

pode ser confirmada em outra entrevista, na qual

o entrevistado afirma não haver interesse das

pessoas em buscar informações sobre o

assunto.

“(...) todas elas (notícias) falam muito bem e muitas delas alias já estão obsoletas, que falam que o prazo do final das obras era para ser a maioria deles no final do ano, quer dizer, no começo desse ano e as obras continuam.”.

“(...) Diário do Grande ABC, passa bastante na internet, como eles tem o site, a gente sempre ta vendo quando quer ir para algum lugar, sempre consulta.”.

“Acidentes, principalmente, depois da Lei Seca, eles pegam mais sobre acidentes que tem alguém alcoolizado.”.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

“(...) o que tenho visto bastante, é, informativos da prefeitura, são entregues nos faróis (...) só que assim, jornais entregues nos semáforos são tendenciosos, porque quem pediu pra fazer a matéria tinha interesse nelas...”

“(...) a gente vê lá, a Lions tava para terminar em março, agora a gente ta no finalzinho de abril e não acabou ainda.”.

“(...) esta educação não vem através de pequenas propagandas.”.

“(...) São Bernardo 'ta' fazendo seu trabalho ai, mostrando seus resultados através de outdoors, então uma propaganda bem legal.”.

“Outros pontos positivos também, seriam algumas campanhas de conscientização que estão passando nos comerciais da TV, da faixa de pedestres.”.

A l g u n s e n t r e v i s t a d o s m e n c i o n a r a m

propagandas feitas pelo governo sobre as obras

e para conscientização e educação para os

motoristas. Neste ponto as opiniões se

dividiram, um entrevistado afirmou que era uma

iniciativa positiva dos órgãos públicos, outro

respondeu que pequenas propagandas não

resolvem o problema.

“Eu acho que não, viu... eu acho que não porque quem trabalha de carro sabe que todos os dias tem trânsito, mas mesmo assim continua indo de carro, eu acho que a mídia... nesse caso, acho que a mídia não influencia.”

“(...) a partir do momento que ela (a mídia) expõe algo e, por exemplo, expõe só o lado negativo, de qualquer coisa que ela expor, ela influencia a enxergar também pelo lado negativo (...)”.

“É sempre a mesma coisa de sempre, 'trânsito parado', 'trânsito parado não sei aonde', é sempre a mesma coisa, eu não vi nenhum resultado positivo nas ultimas vezes que e u li.”.

Esta última afirmação complementa a opinião de

alguns entrevistados que responderam que a

maioria das notícias que viram recentemente tem

conteúdo negativo. O fato da mídia veicular mais

conteúdo negativo pode se relacionar ao que N.

Luhmann (apud CANCIAN) chama de

tematização, que é a: “colocação na pauta da

atenção do público receptor de um determinado

tema, com todas as suas variantes e

desdobramentos, dando-lhe uma aura de

importância e urgência.”. Ou seja, a mídia dá

importância a determinados temas para que

seus receptores tenham a opinião que lhe é

interessante.

Através de algumas respostas, notou-se que há

pessoas que se informam através da prefeitura,

seja com informativos sobre o trânsito, que são

entregues em semáforos, newsletters,

informativos sobre projetos de vereadores ou, no

caso de uma entrevistada que é jornalista, de

maneira direta. Dois destes entrevistados, que

são homens, têm consciência que estas

publicações são tendenciosas ou não condizem

com a realidade.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

Sugestões para Melhoria

Ao abrirmos a oportunidade de sugerir ações

para melhorar o trânsito, todos os entrevistados

se mostraram bastante interessados e dispostos,

sugerindo diversos tipos de ações, desde as

mais práticas até as mais profundas.Foi mencionada a necessidade de um programa

de educação no trânsito que pudesse não só

inserir isso como parte do processo de

aprendizagem da motorização, mas também de

conscientização daqueles que já dirigem há mais

tempo.

Partindo do princípio de que os motoristas têm

formação adequada e têm consciência do que é

certo e errado, alguns entrevistados sugeriram,

como forma de melhorar o trânsito, a aplicação

de leis mais severas para aqueles que infringirem

as leis do trânsito.

Quanto ao transporte público, a maioria sugeriu

um investimento maior, aumentando o número

de ônibus e trólebus, comentando também a

necessidade de maior conforto nos mesmos. Por

outro lado, como algumas pessoas reclamaram

do excesso de ônibus nas vias, houve sugestões

para que fosse criada uma área única para

circulação de ônibus.

“Em primeiro lugar, a educação no trânsito pode começar na escola, se você criar um cidadão com um pouco mais de respeito ao p r ó x i m o , e l e v a i c re s c e r e v i r a r, provavelmente, um motorista que respeita o próximo.”.

“(...) as leis tem que ser severas, e punição tem que ser severa quando o indivíduo for acometido por infração”.

“(...) se o transporte comportasse mais gente, talvez as pessoas evitassem mais ir de carro, trabalhassem mais de ônibus, talvez se o transporte fornecesse um pouco mais de conforto, acho que talvez esse problema do trânsito fosse um pouco mais amenizado.”.

“Sim, o trólebus deu certo, que é uma linha que você vê roda só em um corredor, vai e volta tranqüilo (quando perguntado sobre a viabilidade de se fazer um corredor só para ônibus)”.

“(...) teria que ser feito, um rodízio de carros, mas isso não justifica, porque hoje em dia as pessoas compram dois carros justamente para fugir do rodízio (...)”.

Outra sugestão dada foi a inserção do esquema

do rodízio como forma de diminuição dos carros,

assim como funciona em São Paulo. Apesar

disso, ambos os que mencionaram essa solução,

fizeram observações a respeito desse regime,

afirmando que o mesmo deveria ser temporário,

até as obras serem finalizadas; e que isso

apenas ajudaria, mas não resolveria o problema,

já que diversas famílias possuem mais de um

automóvel.

Outros tipos de investimentos citados foram

construção de mais rodovias, horários

alternativos para circulação de caminhões, obras

para contenção de enchentes, pavimentação e

melhorias da iluminação, aumentando a

segurança. Também foi citada a criação de mais

ciclovias e o aumento da velocidade das obras.

Um dos entrevistados disse ainda que é dever da

população cobrar os governantes para que

realizem suas propostas de melhorias.

A ANÁLISE DA PESQUISAA opinião dos moradores de SBC

“(...) tem que ter mais rodovias (...) acho que o que a gente tem não esta sendo o suficiente, não tem comportado essa leva de carro tão grande que a gente tem visto por aí.”.

“(...) obra “pra” contenção de enchentes, piscinões, pavimentações, iluminação pública, acho que falta muito, em geral tudo isso.”.

“(...) aumentar a quantidade de ciclovias ou fazer ciclovias, acho que já é o início de um resultado positivo.”.

“É... aumentar a velocidade das obras (...) fazer com que elas trabalhem também de noite para agilizar o processo.”.

“(...) deixar só que o governo, só que a prefeitura, os órgãos públicos resolvam, decidam por nos, é um erro, acho que falta da gente cobrar também.”.

Foi observado que, embora mais da metade dos

entrevistados dirija, a maioria deles sugeriu

melhoras no transporte público e que

novamente, as respostas mais elaboradas foram

dadas por homens, talvez porque, como já foi

dito, eles têm uma relação mais íntima com o

trânsito.

ANÁLISEPSICO

LÓGICA

ANÁLISE PSICOLÓGICA

O trânsito é um fenômeno mundial que acomete

diversos países, inclusive o Brasil, e acarreta em

situações alarmantes, com problemas que

atingem diretamente o meio ambiente, a saúde

pública e principalmente a qualidade de vida das

pessoas.

Atualmente são milhares de motoristas nas ruas,

todos dependentes de seus carros e na disputa

pelo mesmo espaço. Dessa maneira viu-se a

necessidade de criar normas e regras para tornar

essa convivência um pouco mais fácil e

organizada. Partindo do princípio de que a

educação se dá através do ensino de regras e

que desde o início a criança é educada para

exercer a cidadania, todas as vezes que essas

n o r m a s s ã o q u e b r a d a s g e r a c e r t o

estranhamento social, pois a aplicação destas,

caminha para uma convivência de bem-estar.

Objetivando compreender o comportamento dos

motoristas no trânsito, nasceu em 1910 a

PSICOLOGIA DO TRÂNSITO, que visa ajudar os

motoristas na formação de comportamentos

mais seguros e condizentes. No entanto, mesmo

com todas essas alternativas que prezam a boa

qualidade de vida dos motoristas, não é isso que

se vê nos dias de hoje, pelo contrário, o mau

comportamento dos motoristas dificulta cada vez

mais o trânsito mundial.

Psicologia no trânsitoA ANÁLISEPSICOLÓGICA

Segundo um entrevistado, um dos principais

problemas do trânsito é o mau comportamento

dos motoristas.

Ainda há aqueles que culpam o outro pelos

problemas no trânsito da cidade, afirmando que o

comportamento de uma classe ou outra de

motoristas, ajuda a piorar o caos.

Podemos entender esses recortes de falas dos

entrevistados como uma projeção. A projeção é

um tipo de defesa egóica que consiste em um

momento que o indivíduo busca no externo a

origem de um desprazer que na verdade vem

dele mesmo. Quando uma pessoa lança no outro

a culpa de um trânsito com falta de

“(...) As pessoas dirigem em carros de passeio e particulares, como se, fossem os ônibus, falando bastante no celular, não dão seta para mudar de faixa, isso é terrível também. E falta cooperação dessas pessoas que tem carros particulares.”

”Ajuda, principalmente moto no trânsito.”

“(...) estão (os problemas) mais nos condutores mesmo, tanto na parte de motocicleta, como os carros também. Porque os automóveis não respeitam, assim, os motociclistas, e ambos os lados “também”, então acaba criando conflito, e transforma o trânsito no que é hoje, 'né'?

educação pelos motoristas, ele coloca no outro

uma culpa do que ele mesmo tem dificuldades

em assumir, projetando no outro algo que é

inadmissível para ele mesmo. A citação “O que

João diz de Pedro diz mais de João do que de

Pedro”, reflete basicamente o que se deseja

explicar.

A educação também é um ponto que deve ser

destacado quando se fala em psicologia do

trânsito. Já que se vive em uma sociedade

baseada em normas e regras, a formação dos

cidadãos está diretamente ligada com o ato de

educar e fazer com que os jovens coloquem a

teoria aprendida na escola em prática,

baseando-se sempre no exercício da cidadania.

Segundo Mizukami, o objetivo principal do

sistema educativo é formar cidadãos livres e

responsáveis. No século XXI, com a eclosão das

novas tecnologias e a facilidade de informações,

questionou-se o nível preparatório de crianças e

jovens para encarar os problemas da sociedade.

Assim, a solução desses problemas está

diretamente ligada a educação do cidadão,

deixando-o livre, porém com senso de

responsabilidade.

De um modo geral, os cidadãos de São Bernardo

do Campo enxergam a necessidade de

investimento em educação para melhoria no

trânsito.

Psicologia no trânsitoA ANÁLISEPSICOLÓGICA

Psicologia no trânsito

”É em primeiro lugar, pra melhorar o trânsito, é necessário educação, por parte de quem dirige. Essa educação não vem através de pequenas propagandas, vem através de investimento, desde a escola e isso não existe já há décadas.”

“(...) na verdade eu não assisto noticiário, nem leio muito, porque não tenho muito tempo né, mais no dia a dia assim mesmo, com amigos e pessoas que tem acesso maior que eu.”.

“Eu acompanho mais via internet, por sites de noticias.”.

O objetivo da educação no trânsito é colaborar na

formação da criança e do adolescente como

cidadão, e colaborar para sua própria

sobrevivência, para melhor convivência de

pedestres, condutores e passageiros. E é

prioridade no Código de Trânsito Brasileiro

desde 1997, além de ter sido inclusa como

disciplina em todos os níveis da educação

básica.

Se a educação no trânsito se torna a base para

uma boa convivência, a mídia também age com

importante fonte de formação de opinião, uma

vez que, depois de ter recebido fontes de ensino

de educação no trânsito na escola, o cidadão

passa a compartilhar isso com os demais, e isso

faz com que estes tenham suas opiniões

modificadas e muitas vezes influenciadas de

acordo com que é imposto pelas mídias.

Quando perguntados de que maneira

acompanham as informações e acontecimentos

sobre o trânsito em São Bernardo do Campo, a

maioria dos entrevistados respondeu que é

através de jornais, televisão, rádio e internet.

Assim é possível observar que a mídia oferece a

possibilidade de agregar ou prejudicar,

dependendo do ponto que expõe. Ou seja, o

trânsito pode ser apresentado para a população

como sendo um grande problema, ou como

sendo um mal necessário.

“A propaganda dispensa as pessoas de terem que escolher, o que é perfeitamente

humano e perfeitamente horrível.” (Guareschi, Nunes & Tiellet, 1998)

Por fim, é válido ressaltar que a presença da

psicologia no trânsito, apesar de agregar

positivamente para a melhoria da segurança

viária precisará se adequar aos novos problemas

que aparecem de acordo com as novas

demandas de trânsito. Dessa forma, fica o

questionamento se os psicólogos estarão

preparados para encarar os desafios do trânsito

brasileiro, e se a comunidade irá se adequar à

convivência cada vez mais difícil e competitiva no

trânsito de São Bernardo e até qual ponto

permitirão a influência da mídia nesse assunto.

A ANÁLISEPSICOLÓGICA

Ética e Legislação

Diante da pesquisa aplicada podemos dizer que

as pessoas não sofrem tanta influência da mídia.

A maioria delas relata que a vivência no dia-a-dia

é que constrói a opinião, porém quando é citada a

mídia, elas afirmam que a influência é negativa

no que diz respeito ao trânsito de São Bernardo

do Campo.

Muitos entrevistados dizem ver apenas

mensagens negativas sobre o tema por meios

das grandes mídias nacionais. Campanhas de

conscientização veiculadas em rede nacional

foram citadas apenas uma vez por uma

entrevistada que dizia que a ação não passa de

publicidade, e que na realidade isso não

acontece, a exemplo, cita a campanha da faixa

de pedestres.

No geral, as pessoas referem-se à mídia sempre

voltada ao jornalismo na TV e aos jornais

impressos e on-line, e acreditam que os mesmos

têm sido banalizados no século XX. Sem dúvida

que a questão ética tem sido exercida de acordo

com a ideologia de cada veículo de informação,

tornando-se sempre um assunto em pauta na

mídia. O ponto de vista de cada veículo de

comunicação está implícito nas matérias

divulgadas diariamente e isso é formação de

opinião pública.

E certamente que, na era da informação, as

notícias acontecem de maneira muito rápida, a

qualquer momento as pessoas tem acesso à

internet e outros meios. Os programas de TV têm

procurado trazer informações na mesma

rapidez. É importante ressaltar que com esta

quantidade de informações negativas citadas na

pesquisa, as notícias positivas e campanhas

tenham um destaque menor. Outro ponto é a falta

de credib i l idade de l íderes pol í t icos

estereotipados pela grande massa, que infringe

a ética e as leis e que fazem do tema um assunto

também negativo.

Em outras palavras, o desenvolvimento

econômico do país também é responsável pelo

trânsito, dizem os entrevistados. Ele traz

condições que impactam diretamente a ética das

pessoas, como a desigualdade social, as

impunidades, as corrupções, entre outras.

Podemos dizer que é um sistema, do ponto de

vista ético, mau, mesmo que seja legalmente

(moral) constituído. E no trânsito, temos a

oportunidade de enxergar nuances peculiares do

comportamento dos brasileiros quanto à ética e

moral.

Na análise da pesquisa sobre a influência da

mídia na opinião pública em São Bernardo do

Campo podemos detalhar alguns aspectos que

os entrevistados enxergam sob o olhar da ética e

legislação, bem como a própria contrariedade

nas respostas, que é um comportamento que

engloba alguns valores éticos como a diferença e

desigualdade social, a convivência humana, a

visão de mundo, o ambiente e a relação que cada

um tem com o trânsito. Á exemplo, podemos citar

a visão que os entrevistados apresentam diante

da mesma pergunta, às vezes, positiva, às

vezes, negativa. Sobre a presença de grandes

rodovias na cidade como o Rodoanel e Anchieta,

sobre meios de transportes alternativos, sobre

opções de mobilidade, inclusive as ciclovias. Há

divergência nas respostas de acordo com as

classes sociais e valores éticos de cada um.

Quanto à atribuição da dificuldade no trânsito,

muitos julgam o aumento do número de veículos

nas ruas, que também se deve ao

desenvolvimento econômico, de oportunidades

aquisições de veículos, de desenvolvimento

A ANÁLISECRÍTICA

A ANÁLISECRÍTICALegislação e Ética

social, que impacta diretamente nos valores

éticos da sociedade. Certamente, a facilidade de

pagamento na aquisição de novos carros alteram

o comportamento das pessoas que antes

escolhiam outro meio de transporte e que hoje

opta pelo carro pelo conforto e privacidade como

é o caso das mulheres entrevistadas.

É visível aos entrevistados o impacto do mau

comportamento dos motoristas. Podemos nos

perguntar: Até quando vamos ter condutas

irracionais? Sabe-se que não se deve misturar

álcool e direção, mas muitos misturam. Sabe-se

que não é recomendável exceder a velocidade,

mas muitos excedem. Sabe-se que não é correto

transportar pessoas na parte de carga do

veículo, mas muitos transportam. Por qual razão

se desrespeitam tanto as normas de trânsito? A

falta de ética no nosso cotidiano, no nosso dia-a-

dia é um fator que impacta muito nos

congestionamentos e no não cumprimento da

legislação vigente. Á exemplo, podemos citar os

motoboys, caminhoneiros e motoristas de ônibus

como destaque, mas a realidade é que muitos

motoristas vivem no estresse do dia-a-dia e não

agem com ética no trânsito.

Quando pensamos em melhorias na cidade,

obras e investimentos públicos, a ética também

aparece nas opiniões associadas às eleições, à

corrupção e muitas vezes é a própria reprodução

da mídia para classes menos favorecidas como

obras negativas que impactam o trânsito sem a

divulgação dos benefícios provocados por elas.

Assim como há formadores de opinião pública

que multiplica o conhecimento a favor de uma

opinião, acreditamos que há também

multiplicadores de comportamentos positivos e

negativos que influenciam outras pessoas no

que diz respeitos aos valores éticos da

sociedade. Ao ver pessoas infringindo as leis, é

automática a repetição dos comportamentos,

como exemplo, passar em um farol vermelho que

não tenha radar.

Levando em consideração que a mídia é grande

disseminadora da opinião pública e que há

muitos efeitos que impactam o comportamento

das pessoas, podemos dizer que a mesma ainda

pode impactar na falta de ética da população e

inclusive nas infrações das leis de trânsito.

Ao falarmos em sugestões de melhorias para o

trânsito de SBC, foi citada a educação como um

componente fundamental, além de leis mais

severas. No entanto, sabe-se que o valor ético da

sociedade é que impõe o cumprimento do que se

foi aprendido na educação ou mesmo nas

infrações já autuadas anteriormente. A ética não

é apenas o que as pessoas apreendem ou

conhecem, é a atitude ou a ação realizada no

cotidiano com o intuito de respeitar o espaço do

outro e não infringir as leis. Muita gente tem

c o n s c i ê n c i a d e q u e m u d a n ç a s n o

comportamento dos motoristas poderiam ser

benéficas ao trânsito, mas infelizmente ainda

tem muita gente não respeita as leis e a ética no

trânsito.

Para finalizar, agora do ponto de vista da mídia,

podemos afirmar que ela não cumpre eficácia o

seu papel no quesito Trânsito. Mesmo

influenciando negativamente, ainda as pessoas

formam a suas opiniões na vivência e realidade

do cotidiano.

LEGISLAÇÃO

A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICAConsiderações Finais

A pesquisa certamente é muito eficaz na

construção do conhecimento, é uns dos

instrumentos do saber humano mais valoroso e o

ser humano é a fonte mais importante para os

resultados do trabalho.

São Bernardo é uma cidade que cresceu muito

nos últimos 50 anos e sua infra-estrutura ainda

não suporta todo o desenvolvimento social e

econômico como, por exemplo, a facilidade na

compra dos veículos, a construção de inúmeros

prédios, gerando o aumento considerável da

população e a construção de rodovias de

acessos para outras cidades de São Paulo.

Outro ponto relativamente impactante para o

caos do trânsito na cidade é o comportamento

das pessoas diante de tal realidade, o que

provoca acidentes, estresses e geram

problemas ainda maiores para quem transita

pelas principais vias.

Além disso, com o aumento das empresas de

serviços na cidade, além dos moradores, a

cidade ainda conta com cerca de 300.000

pessoas que passam por ela para chegar ao

trabalho, entre carros e transportes públicos.

Voltando para o impacto da mídia, constatamos

que apenas fatos negativos são expostos com

mais freqüência, alguns benefícios realizados ou

em projetos não são de conhecimento das

pessoas como é o caso da participação da

cidade no PAC – PROGRAMA DE MOBILIDADE

– que prepara a cidade para a Copa de 2014.

Poucas são as pessoas que conseguem

enxergar melhorias nas obras iniciadas, a

maioria não vê benefício nas mesmas por falta de

informações e por estereótipos de históricos

políticos anteriores.

Isso se dá ao fato de que apenas 3 pessoas

acompanham as mídias locais, onde são

expostas a maioria das informações positivas da

cidade. Ao contrário, todas as outras pessoas

entrevistadas, acompanham as notícias em nível

nacional, a qual generaliza muitos aspectos

negativos sobre o trânsito na região.

Para finalizar, podemos afirmar que a mídia pode

influenciar sim a opinião pública, porém na

temática Trânsito, a realidade é sentida no dia a

dia, vivenciando os congestionamentos,

acidentes e obras.

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B r a s i l e i r o u s a i n t e r n e t p a r a 4 a t i v i d a d e s , d i z e s t u d o . D i s p o n í v e l e m :

<http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasileiro-usa-internet-para-4-atividades-diz-estudo>. Acesso em 10

mai. 2012.

PROGRAMA VOLVO DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO (PVST); PERKONS; SOCIEDADE BRASILEIRA DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA (SBOT) ; MINISTÉRIO DA SAÚDE.Os jovens e o trânsito. Disponível em: <http://asp11.volvo.com.br/CTPVST/Documentos/relatorioojovemeotrânsito.pdf>. Acesso em: 10 mai, 2012.