relatÓrio de meteorologia - visita à estação meteorológica

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 Nome: Lorraine Rosita Pinheiro Bacelar    21000228 Turma: 02 INTRODUÇÃO A meteorologia é definida como a ciência que estuda os fenômenos que ocorrem na atmosfera e está relacionad a ao estado físico, dinâmico e químico da atmosfera, as interações entre elas e a superfície terrestre subjacente. Engloba tanto tempo como clima, enquanto os elementos da meteorologia devem necessariamente estar incorporados na climatologia para torná-la significativa e científica. A Meteorologia no seu sentido mais amplo é uma ciência extremamente vasta e complexa, pois a atmosfera é muito extensa, variável e sede de um grande número de fenômenos. Os fenômenos meteorológicos são estudados a partir das observações, experiências e métodos científicos de análise. A observação meteorológica é uma avaliação ou uma medida de um ou vários parâmetros meteorológicos. As observações são sensoriais quando são adquiridas por um observador sem ajuda de instrumentos de medição, e instrumentais, em geral chamadas medições meteorológicas, quando são realizadas com instrumentos meteorológicos. A reunião desses instrumentos em um mesmo local é denominada estação meteorológica. E o conjunto dessas estações distribuídas por uma região, é denominado rede de estações meteorológi cas. A fim de se conhecer essa reunião ou Estação Meteorológica a turma de meteorologia 1/2012 da Universidade Federal do Amazonas realizou uma visita técnica ao Instituto  Nacional de Meteorologia (INMET) na ci dade de Mana us    AM. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tem por missão prover informações meteorológicas à sociedade  brasileira e influir construtivamen te no processo de tomada de decisão, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do País. O INMET representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) e,  por delegaç ão desta Organização, é responsá vel pelo tráfego das mensagens coletadas pela rede de observação meteorol ógica da América do Sul e os demais centros meteorológicos que compõem o Sistema de Vigilância Meteorológica Mundial. Ainda por designação da OMM, o Brasil, por meio do INMET, deve sediar um Centro de Sistema de Informação Mundial (GISC, na sigla em inglês), integrante do principal núcleo do novo Sistema de Informação da

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Nome: Lorraine Rosita Pinheiro Bacelar 21000228 Turma: 02

INTRODUO A meteorologia definida como a cincia que estuda os fenmenos que ocorrem na atmosfera e est relacionada ao estado fsico, dinmico e qumico da atmosfera, as interaes entre elas e a superfcie terrestre subjacente. Engloba tanto tempo como clima, enquanto os elementos da meteorologia devem necessariamente estar incorporados na climatologia para torn-la significativa e cientfica. A Meteorologia no seu sentido mais amplo uma cincia extremamente vasta e complexa, pois a atmosfera muito extensa, varivel e sede de um grande nmero de fenmenos. Os fenmenos meteorolgicos so estudados a partir das observaes, experincias e mtodos cientficos de anlise. A observao meteorolgica uma avaliao ou uma medida de um ou vrios parmetros meteorolgicos. As observaes so sensoriais quando so adquiridas por um observador sem ajuda de instrumentos de medio, e instrumentais, em geral chamadas medies meteorolgicas, quando so realizadas com instrumentos meteorolgicos. A reunio desses instrumentos em um mesmo local denominada estao meteorolgica. E o conjunto dessas estaes distribudas por uma regio, denominado rede de estaes meteorolgicas. A fim de se conhecer essa reunio ou Estao Meteorolgica a turma de meteorologia 1/2012 da Universidade Federal do Amazonas realizou uma visita tcnica ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) na cidade de Manaus AM. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), rgo do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, tem por misso prover informaes meteorolgicas sociedade brasileira e influir construtivamente no processo de tomada de deciso, contribuindo para o desenvolvimento sustentvel do Pas. O INMET representa o Brasil junto Organizao Meteorolgica Mundial (OMM) e, por delegao desta Organizao, responsvel pelo trfego das mensagens coletadas pela rede de observao meteorolgica da Amrica do Sul e os demais centros meteorolgicos que compem o Sistema de Vigilncia Meteorolgica Mundial. Ainda por designao da OMM, o Brasil, por meio do INMET, deve sediar um Centro de Sistema de Informao Mundial (GISC, na sigla em ingls), integrante do principal ncleo do novo Sistema de Informao da

OMM (WIS, na sigla em ingls). O WIS resultado da evoluo do Sistema Mundial de Telecomunicaes (GTS). O Sistema de Coleta e Distribuio de Dados Meteorolgicos do Instituto (temperatura, umidade relativa do ar, direo e velocidade do vento, presso atmosfrica, precipitao, entre outras variveis) dotado de estaes de sondagem de ar superior (radiossonda); estaes meteorolgicas de superfcie, operadas manualmente; e a maior rede de estaes automticas da Amrica do Sul. A rede de estaes meteorolgicas automticas utiliza o que h de mais moderno internacionalmente. Os dados coletados por essa rede so disseminados, de forma democrtica e gratuita, em tempo real, na pgina http://www.inmet.gov.br, e tm aplicao em todos os setores da economia, de modo especial no agropecurio e em apoio Defesa Civil. OBJETIVO Geral: Conhecer e aprender sobre os equipamentos utilizados na Estao Meteorolgica do INMET, atravs da visita realizada. Especficos: - ter um entendimento bsico sobre cada equipamento utilizado na Estao; - Aprender de maneira prtica sobre alguns equipamentos meteorolgicos. - Entender quais os procedimentos usados para as coletas dos dados.

METODOLOGIA Os instrumentos meteorolgicos so equipamentos utilizados para adquirir dados meteorolgicos (termmetro/temperatura do ar, presso atmosfrica/barmetro,

higrmetro/umidade relativa do ar etc). Dentre os materiais utilizados em uma Estao de Meteorologia, pode-se conhecer na visita Estao Climatolgica Principal de Manaus: O abrigo; Termmetro de Mxima e Mnima temperatura; Termmetro de temperatura seca e temperatura mida. Cata-Vento Americano; Pluvimetro; Pluvigrafo; Heligrafo; Pluvigrafo eletrnico;

Pirangrafo;

medida que o tcnico em meteorologia Elias Corra Souza, que recepcionou a turma, ia fazendo explicaes a respeito de cada equipamento da estao os alunos foram fazendo suas anotaes utilizando papel, caneta, lpis e mquinas fotogrficas para registro de imagens. Conforme as anotaes, temos: Chegando Estao Meteorolgica Principal de Manaus pode-se observar que ela cercada, tendo o cho coberto impreterivelmente de grama, isso de acordo com o tcnico em meteorologia para que o calor vindo de baixo no interfira nos resultado, o que aconteceria muito provavelmente se o cho fosse de concreto ou asfaltado. uma estao meteorolgica de observao de superfcie. A observao da superfcie consiste de procedimentos sistemticos e padronizados, visando obteno de informaes qualitativas e quantitativas referentes aos parmetros meteorolgicos, capazes de caracterizar plenamente o estado instantneo da atmosfera. A padronizao foi determinada pela OMM, incluindo tipos de equipamentos usados, tcnicas de calibrao, aferio, ajuste, manuseio e procedimentos observacionais. Alm disso, os horrios das observaes, o tratamento dos dados observados, as correes efetuadas indiretas de outros parmetros derivados, a transmisso e o uso operacional so igualmente realizados segundo padres rgidos.

Das estruturas notadas: Abrigo: A primeira estrutura vista foi o abrigo. Caractersticas gerais tem por finalidade manter os instrumentos secos, livres da precipitao e insolao. O abrigo faz parte de uma estao manual de observao de superfcie, a mais antiga estao de observao em meteorologia, hoje j se tem modernas estruturas como a automtica. Ele se encontra a uma altura de 1,5 metros e construdo por ripas de madeira obrigatoriamente na cor branca, que permitem uma ventilao natural e ao mesmo tempo permitem criar condies de sombra. Dentro do abrigo encontram-se os termmetros para registros de mxima e de mnima temperatura, o psicrmetro e o evapormetro de piche.Figura 01 - Abrigo da Estao Meteorolgica Principal de Manaus INMET.

Termmetro de mxima e mnima temperatura:

Como o nome sugere, esses termmetros indicam as temperaturas mxima e mnima do ar (C), ocorridas no dia. Esses termmetros apresentam a particularidade de reter no tubo capilar, o mercrio que por ele passa, devido a um estrangulamento. Quando a temperatura desce, uma vez atingido o valor mximo, o mercrio no volta em sentido contrrio, desde que o termmetro se encontre na horizontal. Para que o mercrio regresse ao reservatrio necessrio sacudi-lo energicamente, mas esta operao s realizada depois de efetuada e leitura. Depois de preparado, o termmetro deve indicar o mesmo valor que termmetro seco e deve estar numa posio quase horizontal, ficando a parte que tem o depsito de mercrio ligeiramente mais baixo. Quando a temperatura sobe, o indicador fica retido, indicando o valor mnimo atingido. O valor da leitura indicado pela extremidade mais afastada do depsito. O termmetro deve ser preparado depois da leitura e, para isso, inclina-se levemente o termmetro, com o depsito para cima para que o indicador deslize ao longo do tubo e entre em contacto com o menisco. Relativamente a estes dois termmetros importante considerar dois aspectos fundamentais, para que as observaes sejam rigorosas, por um lado, as leituras devem ser efetuadas sem deslocar os termmetros do seu lugar e feitas o mais rpido possvel, a fim de evitar que a temperatura se altere com a aproximao do nosso corpo. Por outro lado, deve-se comear por fazer primeiro as leituras das dcimas e s depois dos graus. Estes dois termmetros devem ser os primeiros a serem lidos.

Psicrmetro: Psicrmetro um instrumento utilizado na medio da umidade ou contedo de vapor de gua da atmosfera. constitudo por dois termmetros:

um termmetro seco que indica a temperatura do ar;

um termmetro molhado que tem o reservatrio envolvido por um tecido fino, mergulhado num recipiente com gua destilada que o umedece

O termmetro seco um termmetro sensvel, vulgar, que indica a temperatura real do ar no momento da observao. O termmetro seco, como um termmetro sensvel, indica-nos a temperatura real do ar no momento da observao e refere-se sempre temperatura sombra e sob as condies do abrigo. No termmetro molhado, a evaporao da gua que umedece o tecido envolvente, provoca a saturao e o consequente abaixamento da temperatura at um valor de equilbrio a que se chama temperatura do termmetro molhado. Quanto mais seco estiver o ar, mais rpida ser a evaporao da gua do termmetro molhado. Aumentar assim, o efeito de arrefecimento, sendo maior a diferena entre a temperatura do termmetro seco e a do molhado. O clculo da umidade do ar faz-se atravs da frmula psicromtrica, a partir da determinao da tenso do vapor de gua no ar, sabendo os valores da temperatura do ar (termmetro seco) e a temperatura do termmetro molhado. Conforme pode-se ver na foto ao lado os termmetros, seco e molhado, esto colocados verticalmente num suporte, um ao lado do outro, dentro do abrigo. O reservatrio do termmetro molhado est colocado de tal modo que a sua boca se encontra um pouco mais abaixo do que o prprio termmetro. As leituras destes termmetros so efetuadas trs vezes por dia (s 8:00, 14:00 e 20:00).Psicrmetro

Evapormetro de Piche: Mede a evaporao - em mililitro (ml) ou em milmetros de gua evaporada - a partir de uma superfcie porosa, mantida permanentemente umedecida por gua. O evapormetro de piche feito de vidro, fechado na parte superior e aberto na inferior. A extremidade inferior tapada, depois que o tubo est cheio com gua destilada, com um disco de papel de feltro, que deve ser previamente molhado com gua. A evaporao

calculada pelo abaixamento do nvel da gua no tubo. Nos dias em que no se acrescenta gua, apenas necessrio de fazer uma leitura; nos outros dias, necessrio efetuar duas leituras, uma antes e outra depois de acrescentar a gua. Se no se acrescentar gua no tubo, a evaporao o resultado da diferena entre a leitura do dia e a ltima do dia anterior (que pode ser a nica). Se acrescentar gua a evaporao dada pela diferena entre a primeira leitura do dia e a ltima do dia anterior. A sua funo medir a capacidade de evaporao.

Cata-vento Americano: O cata- vento Americano mede 10m de altura, com uma velocidade de geralmente 4 ns dos ventos com predominncia para Manaus de ventos leste (oeste) perigosos para o sul mais frio, para o norte so normais, sendo que a velocidade de 4ns equivale cerca de 10m/s geralmente para Manaus.

Pluvimetro: Mede a quantidade de precipitao pluvial (chuva), em milmetros (mm). Pluvimetro um anel metlico com capacidade de 400 cm, feito de ao em forma de funil, mede em relao ao nvel do mar 1,5m de altura. Sua funo captar a precipitao , , medir a melimetragem da chuva e funciona com um sistema de torneira. Para coletar os dados usase uma proveta de forma manual, e feito a medio da quantidade de chuva, para saber quantos milmetros de chuva ocorreu.

Pluviogrfo: O pluviogrfo mede em relao ao nvel do mar 1,5 m de altura, trabalha com diagrama, como um relgio de sistema mecnico que dura em torno de uma semana, necessrio dar corda, periodicamente para que esteja sempre funcionando. Sua funo registrar o inicio e termino da precipitao e fornecer o carter da chuva, o tipo e o horrio. Possui tambm um sistema de balana que quando atinge os 10 mm ele sanfona a gua , que tem que sair para liberam a gua a cada 10mm.

Heligrafo: O heligrafo um aparelho que mede a Insolao, ou seja, mede o intervalo de tempo de cu descoberto quando o Sol se encontra acima do horizonte. constitudo por uma esfera de vidro macio e transparente, de 10 cm de dimetro, que atua como um filtro da

radiao solar e a faz convergir sobre uma tira de carto (heliograma), colocada numa concha metlica em cuja superfcie interna existe ranhuras, que permitem a sua fixao. A esfera vai atuar como lente convergente em qualquer direo que os raios solares incidam. O foco forma-se sobre os heliogramas queimando-os ao longo de uma linha, linha esta que interrompida sempre que o sol ocultado pelas nuvens. Na concha metlica ainda possvel observar-se uma escala, que tem por finalidade, ajustar o aparelho latitude da estao. De fato, este instrumento deve estar perfeitamente nivelado e orientado, no sentido sul, devido ao movimento anual aparente do sol. Funo: medir intensidade do brilho solar, em horas e em dcimos de horas.

Pirangrafo:

Mede continuamente as variaes da intensidade da radiao solar global, em cal.cm-.mm-. Registra a insolao ou a durao do brilho solar. Instrumento de sinalizao militar utilizado no sec. XIX.

Estao Automtica: A estao meteorolgica automtica uma estao que possibilita a recolha dos dados meteorolgicos de uma forma automatizada, segundo um tempo estabelecido. Este sistema composto por um conjunto de sensores, os quais medem, instante a instante, os vrios elementos climticos.

CONSIDERAES FINAIS A realizao da visita tcnica do Instituto Nacional de Meteorologia INMET da cidade de Manaus de contribuiu grandemente para a compreenso das tcnicas adotadas pela Estao Meteorolgica. Em zootecnia, ramo da produo animal, essencial o conhecimento bsico da meteorologia, pois informaes meteorolgicas auxiliam o produtor rural na tomada de deciso. A meteorologia tem ajudado muito em dois aspectos especficos: ndice de Conforto Trmico: A sensao trmica do animal influenciada, entre outros fatores, pelo vento e pela umidade. Mensalmente apresentado um mapa do Brasil indicando regies de (des)conforto trmico que leva o animal a condies de estresse. Perda na Produo Leiteira A cada ms apresentado um mapa do Brasil com o potencial de perda de produo leiteira em funo das condies climticas. Essa perda expressa em porcentagem e varia com a produtividade mdia do rebanho.

RESULTADOS Os alunos puderam conhecer de forma vvida uma estao de meteorologia e as atividades rotineiras de registro de fatores relacionados ao clima e ao tempo.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS http://www.google.com.br/

http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home/page&page=instrumentos http://www.esac.pt/estacao/instrumentos.htmhttp://ambientes.ambientebrasil.com.br/natural/clima/clima_-_estacoes_meteorologicas.html