relatorio de inorganica 2.1
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-Campus de JEQUIÉ
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS - DQE
DISCIPLINA: Inorgânica Experimental II
DOCENTE: Prof° Dr. RENÊ ALEXANDRE GIAMPEDRO
EXPERIMENTO 03:
ALGUNS ASPECTOS DA QUÍMICA DO CROMO.
Carlos Francisco C. de Jesus
Geovane Souza
Jequié-Ba,
Abril de 2015.
INTRODUÇÃO
O cromo é um metal acinzentado muito resistente à corrosão. Possui diferentes estados
de oxidação e os mais comuns são crômio (II), (III) e (VI), também denominados bi, tri
e hexavalente, respectivamente. As formas tri e hexavalente são mais estáveis e
aparecem na composição de óxidos, sulfatos, cromatos, dicromatos e sais básicos.
O cromo (III) é o mais importante e mais estável, o que está relacionado com a elevada
energia de estabilização do campo cristalino, proveniente de sua configuração eletrônica
d3.
O peróxido de hidrogênio que, em solução aquosa, é conhecido comercialmente como
água oxigenada, é um líquido claro de fórmula química H2O2. Trata-se de um líquido
viscoso e apresenta propriedades oxidantes em meio alcalino e redutoras em meio
ácido.
OBJETIVO
Estudar o comportamento químico de alguns compostos do cromo.
MATERIAIS
Tubos de ensaios
Lamparina
Bico de Bunsen
Espátula
SOLUÇÕES E REAGENTES
Cloreto (ou nitrato) de cromo (III)
Dicromato de amônio
Solução de hidróxido de sódio a 30% (m/v)
Solução de ácido clorídrico 1:1 (v/v)
Água oxigenada a 30% (v/v)
Solução de ácido sulfúrico 4,0 mol L-1
Hidróxido de sódio a 1 %
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Hidrólise de sais
Muitos sais de metais de transição são complexos aquo, não só em solução, mas
também como sólidos. Soluções de complexos aquo metálicos são ácidas devido à
ionização dos prótons ligados de água. O hexaaquacromo (III) é um íon difícil de
descrever sua cor verde claro. No entanto, quando é produzida durante a reação em um
tubo de ensaio, é frequentemente verde claro.
[Cr(H2O)6]3+ [Cr(H2O)5(OH)]2+ + H+
O cátion de cromo (III) ou cátion metálico em solução aquosa se comporta
como ácido de Lewis. A carga positiva sobre o cátion hidratado atrai a densidade
eletrônica da ligação O-H da molécula de água (Figura 1) e consequentemente libera H+
tornando o meio ácido.
Figura 1. Esquema da primeira etapa da reação de hidrólise de um cátion, Mn+(aq).
Assim, quanto maior a densidade de carga do cátion metálico, maior será a polaridade
da ligação covalente entre o átomo de oxigênio e o átomo de hidrogênio na molécula de
água que está hidratando o cátion metálico, aumentando a acidez do átomo de H (maior
δ+), facilitando dessa maneira o rompimento da ligação O-H. Quando há o rompimento
dessa ligação, um próton hidratado (íon hidroxônio ou hidrônio: H3O+(aq)) é formado,
produzindo uma solução ácida. A Figura 1 apresenta um esquema da primeira etapa da
reação de hidrólise de um cátion, Mn+(aq). Cátion de maior valência e menor volume
iônico (de maior densidade iônica, como Cr3+) irá se hidrolisar com maior intensidade
formando hidróxidos e óxidos desses cátions, liberando uma maior concentração
de íons H+(aq), tornando assim a solução mais ácida, nesse experimento o pH está na
faixa de 2-3.
Hidratação de sais
Caráter anfótero do hidróxido de cromo (III)
A adição de NaOH a soluções de Cr3+ leva à formação de um precipitado
gelatinoso e verde claro , o hidróxido de cromo (III).
Cr(H2O)6]3+ (aq) + 3OH-(aq) → [Cr(OH)3(H2O)3](s) + 3 H2O
Reação simplificada: Cr3+(aq) + 3OH-
(aq) → Cr (OH)3(s)
O precipitado se comporta como base frente a ácidos, formando sal e água. Na
presença de íons de cloro, por exemplo, cloreto de cromo (III), a cor mais comumente
observada é verde. Isto acontece quando duas das moléculas de água são substituídos
por íons cloreto para formar o tetraaquadiclorocromo(III), [Cr(H2O)4Cℓ2]+.
[CrCl (H2O) 5] Cl2 • H2O verde claro
[Cr(OH)3(H2O)3](s) + 3HCℓ(aq) [Cr(H2O)4Cℓ2]+ Cℓ-(s) + 2H2O(ℓ)
Reação simplificada: Cr(OH)3(s) + 3HCℓ(aq) CrCℓ3(s) + 3H2O
Se o Cr(OH)3(s) for atacado por um excesso de hidróxido de sódio o precipitado é
dissolvido em forma de um complexo de coloração verde claro, o cromito ou
hexahidroxicromato(III), dessa forma o hidróxido de cromo (III) se comporta como um
ácido e como base, portanto, é anfótero.
[Cr(OH)3(H2O)3](s) + 3OH-(aq)
→ [Cr(OH)6]3-(aq) + 3H2O(ℓ)
Reação simplificada: Cr(OH)3(s)+ 3OH-(aq)
→ [Cr(OH)6]3-(aq)
Equilíbrio cromato-dicromato
Adicionando peróxido de hidrogênio a uma solução alcalina de
tetrahidroxicromato(III), obtém-se uma solução amarela, devido à oxidação do cromo
(III) a cromo (VI):
2[Cr(OH)4]-(aq) + 3H2O2(aq) + 2OH-
(aq) → 2CrO42- + 8H2O
Se o meio for ácido a coloração fica azul devido a formação do íon dicromato,
Cr2O72-, indicando que o cromo foi oxidado a Cr (VI) e o pH está dentro da faixa de 0-1.
2CrO42-
(aq) + 2H+
(aq) Cr2O7
2- + H2O
Se o meio for básico fica amarelo devido a presença de íon cromato, CrO42-,
indicando que cromo foi reduzido a Cr (III) e o pH está dentro da faixa de 9-10.
Cr2O72- + 2OH- 2CrO4
2- + H2O
Experimento do vulcão
O Cr2O3 é um sólido verde. É obtido por queima do metal no ar, por aquecimento
de CrO3, ou por aquecimento de dicromato de amônio, (NH4)2Cr2O7, na conhecida
experiência do vulcão.
Ao ser aquecido, o dicromato de amônio, que apresentava forte coloração
alaranjada, sofreu decomposição, em uma reação violenta, produzindo fagulhas dentro
do erlenmeyer, e ao final da reação o volume do sistema aumentou consideravelmente,
sendo produzida uma substância de cor verde, de baixa densidade, e também houve
formação de gotículas nas paredes erlenmeyer e liberação de gás. Isso ocorreu devido à
decomposição do dicromato de amônio segundo a reação:
(NH4)2Cr2O7 → Cr2O3(s) + N2(g) + 4 H2O(g) + energia
A substância de cor verde é o óxido de cromo (que possui tal cor devido à
presença do íon Cr3+), o gás desprendido é o nitrogênio, e as gotículas que se formam na
parede do recipiente é resultado da formação de água durante a reação de
decomposição.
CONCLUSÃO
Os complexos de cromo (III) são extremamente numerosos e variados, incluindo
muitos exemplos de isomeria. (FALTA TERMINAR)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P.W.; JONES, L., Princípios de química: questionando a vida moderna e
o meio ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
LEE, J. D., Química Inorgânica: um novo texto conciso. 3ª ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 1980.
BARROS, Haroldo L.C., Química Inorgânica: uma introdução. Belo Horizonte: UFMG, 2001.