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RELATÓRIO DE IMPACTO DE PÓLO
GERADOR DE TRÁFEGO
CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE MERCADORIAS
O Boticário
Abril / 2010
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1- NOME DO EMPREENDIMENTO...............................................................................04
2- LOCALIZAÇÃO........................................................................................................04
3- RESPONSABILIDADE TÉCNICA..............................................................................04
4- CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO..........................................................05
4.1. Síntese dos objetivos e características físicas e operacionais do empreendimento
4.2. Áreas de influência direta e indireta do empreendimento
4.3. Caracterização atual do uso e ocupação do solo
4.4. Análise do Projeto Arquitetônico e dimensionamento de vagas de estacionamento
5- AVALIAÇÃO PRÉVIA DOS IMPACTOS DO PÓLO GERADOR DE TRÁFEGO...........27
5.1. Análise da circulação na área de influência na situação sem o empreendimento
5.2. Previsão da demanda futura do tráfego
6- AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E DOS IMPACTOS NA CIRCULAÇÃO VIÁRIA.......40
6.1. Análise da capacidade viária e do nível de serviço nos acessos e no entorno
6.2. Identificação dos segmentos viários e locais impactados
6.3. Avaliação das condições de acesso e de circulação de veículos e de pedestres
6.4. Avaliação dos impactos nos serviços de transporte coletivo
6.5. Elaboração da matriz de análise de impactos
7– ANÁLISE DO PROJETO E DA PLANTA DE SITUAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.....45
7.1. Análise da circulação interna e da posição do empreendimento na rodovia
7.2. Estudo da demanda futura no horizonte da rodovia
8 – RECOMENDAÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS...............50
8.1. Medidas Mitigadoras externas ao empreendimento
8.2. Medidas mitigadoras internas ao empreendimento
8.3. Medidas compensatórias
9– CONCLUSÃO..........................................................................................................52
ANEXOS
Anexo-1: Localização e projeto de arquitetura - implantação
Anexo-2: Áreas de influência direta e indireta
Anexo-3: Uso e ocupação do solo
Anexo-4: Contagens volumétricas classificadas
Anexo-5: Carregamento viário – situação atual e futura
Anexo-6: Níveis de serviço – situação atual e futura
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Anexo-7: Mapeamento das medidas mitigadoras propostas
INTRODUÇÃO
As previsões de crescimento da empresa O Boticário, projetadas para o próximo triênio,
apontaram para a necessidade de ampliação da capacidade de armazenagem de produtos na
planta de São José dos Pinhais, Estado do Paraná, que se mostrou insuficiente para
armazenagem dos produtos acabados nos horizontes concebidos.
Em decorrência disto, optou-se pela transferência do centro de distribuição de mercadorias
agregado a esta planta para a cidade de Registro, no Estado de São Paulo, mantendo a
manufatura dos produtos em São José dos Pinhais/PR.
Assim, em __ de Fevereiro de 2010, foi inaugurado o Centro de Distribuição de Mercadorias de
O Boticário, localizado na BR 116 – Rodovia Régis Bittencourt – no km 437+700m, pista
Paraná/São Paulo, no Município de Registro/SP.
Para atendimento à Legislação Federal incidente, inclusive sobre rodovias como a BR 116, A
direção do CD de O Boticário foi acionada pela Concessionária Autopista Régis Bittencourt, do
Grupo OHL, através do Ofício DSU – ADJ 188/2010, datado de 23/02/2010 para apresentar o
“Estudo de Tráfego referente à implantação do Centro de Distribuição do Boticário, como
preconiza o Manual de Procedimentos para o Tratamento de Pólos Geradores de Tráfego,
publicado pelo DENATRAN”.
O objetivo do presente relatório é atender ao solicitado pela Concessionária Autopista – Régis
Bittencourt e às exigências da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, mantendo a
regularidade do empreendimento e confirmando a boa disposição de O Boticário em
resguardar o meio ambiente e as aglomerações urbanas localizadas em sua área de atuação.
Na ausência de legislação específica no Município de Registro/SP ou na esfera Federal quanto
aos parâmetros de exigência de vagas de estacionamento e outros, foi adotada a legislação do
Município de São Paulo, por ser mais restritiva.
Para os cálculos e dimensionamentos necessários foram utilizadas metodologias da American Association of Standard Highways Offices - AASHTO, da Companhia e Engenharia de Tráfego - CET/SP, do Institute of Transportation Engineers – ITE, do HCM - Highway Capacity Manual – HRB / TRB do Traffic Signals Settings – Método de Webster - além de dados do projeto de arquitetura e parâmetros e dados do empreendimento informados pelo Departamento de Logística do CD de O Boticário. Foram ainda executadas pesquisas de parâmetros de tráfego diretamente na Rodovia Régis
Bittencourt – BR 116 - para obtenção de dados da movimentação de veículos – contagem
volumétrica direcional, largura de pista, levantamento das condições do sistema viário,
documentação fotográfica e outros dados.
Registro, Abril de 2010
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1. NOME DO EMPREENDIMENTO
Centro de Distribuição de Mercadorias de O Boticário – CD de O Boticário
2. LOCALIZAÇÃO
Rodovia Régis Bittencourt – BR 116, km 437+700m , pista Paraná/São Paulo, bairro
Ribeiraão Vermelho, Registro/SP, conforme indicado na Figura 2.1 deste relatório.
Figura 2.1 – Localização do empreendimento CD de O Boticário
Para maiores detalhes, ver mapa de localização e projeto de arquitetura constante do
Anexo-1 deste relatório
3. RESPONSABILIDADE TÉCNICA
a- Empreendimento
Sr. Raul Goulart Netto
Gerente Geral
b- Projeto de Arquitetura
Arq. Manoel Dória P. G. Neto
CREA: 20865D/PR
LOCAL
CD O Boticário
Retorno km 439+700m
Polícia Rodoviária Federal
Paraná
São Paulo
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ART
CCM
c- Relatório de Impacto de Pólo Gerador de Trânsito
Eng° José Carlos Navas Fernandes
CREA
Eng° José Tadeu Braz
CREA
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4.1. Síntese dos objetivos e características físicas e operacionais do empreendimento
O empreendimento destina-se ao estoque e distribuição de mercadorias –
cosméticos da marca O Boticário - fabricadas na Planta de São José dos Pinhais/PR,
para distribuição às demais cidades brasileiras.
Trata-se de uso comercial, instalado em uma edificação formada por blocos, sendo
o bloco principal destinado ao estoque de mercadorias. Neste bloco estão situadas
as docas e o corpo administrativo do centro de distribuição.
Outros blocos atendem às seguintes funções:
- Refeitório para funcionários e visitantes
- Sala de motoristas/caminhoneiros
- Portaria dotada de clausura (portões recuados com área confinada)
- Casa de máquinas/caixa d’água
- Associação de funcionários
- Vestiários
- Anexo de utilidades
Os diversos blocos são, na sua maioria, interligados e o gabarito, embora elevado,
soma, no máximo, 02 pavimentos, não sendo previstos elevadores, senão os
aparelhos mecânicos - empilhadeiras, esteiras rolantes etc – utilizados para carga
de mercadorias.
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Operacionalmente, a mercadoria chega ao empreendimento através de caminhões.
Ao chegar, o veículo fica em um estacionamento externo à clausura até que seja
feita a identificação do condutor pela segurança do CD e a conferência da ordem de
serviço, nota fiscal etc.
Em seguida o veículo é vistoriado junto à clausura, com a abertura do baú do
caminhão e a anotação das placas do cavalo e da carroçaria.
Ocorrendo a liberação do veículo, o mesmo se dirige às docas para carga ou
descarga das mercadorias. Durante este período o condutor aguarda na sala dos
motoristas, onde pode utilizar banheiro, tomar água e, conforme o caso, tem
acesso às instalações de escritórios reservados ao uso dos mesmos e equipadas
com mesas, cadeiras e micro computadores conectados à internet.
Concluída a descarga ou o carregamento das mercadorias, o condutor recebe as
notas fiscais e está liberado para seguir viagem.
De acordo com informações do Departamento de Logística do CD de O Boticário,
atualmente, o tempo médio ade permanência das carretas no CD é de,
aproximadamente, 3 horas. Isto se deve ao menor rigor aplicado na otimização dos
tempos, uma vez que há folga de capacidade no parque das docas. No futuro estes
tempos serão otimizados, podendo ser reduzidos à metade.
O terreno do empreendimento é predominantemente plano e as áreas de acesso e
estacionamento são amplas, permitindo acesso rápido e evitando qualquer tipo de
fila interna ou externa ao empreendimento.
4.2. Áreas de influência direta e Indireta do empreendimento
As áreas de influência do empreendimento foram delimitadas da seguinte forma:
a- AID - Área de influência direta
Trecho em que se verifica a maior concentração de caminhões com destino/origem
ao CD de O Boticário, compreendendo ambas as pistas da Rodovia Régis
Bittencourt entre o km 430 e o km 439+700m.
Neste trecho eventualmente ocorre a sobreposição das viagens de chegada e de
saída ao empreendimento, conforme demonstramos no carregamento viário
constante do Anexo-5 deste relatório.
A AID inclui em seus extremos dois viadutos existentes, onde são executadas as
manobras de retorno PR/SP e SP/PR. Inclui ainda os acessos diretos ao
empreendimento localizados a partir do km 438, na pista PR/SP, bem como as
diversas conexões existentes com vias lindeiras à rodovia e os acessos aos usos nela
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instalados.
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b- AII - Área de influência indireta
Trecho da Rodovia Régis Bittencourt nas proximidades do Município de Registro.
A AII compreende o trecho entre o km 385 e o km 446+400m, ou seja, entre o
entroncamento que possibilita acesso à Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (Saída
385 para a SP-055/Peruíbe/Santos) e o viaduto que permite a conexão da SP-139
com a BR-116, nos limites do perímetro urbano do Município de Registro/SP.
Também inclui a aproximação da Rodovia SP-139 com o Município de Registro/SP.
Neste trecho a movimentação de caminhões devida ao CD de O Boticário é
reduzida aproximadamente à metade, qualquer que seja a pista considerada, pois
cerca de metade da geração de viagens total do empreendimento retorna a São
José dos Pinhais/PR enquanto o restante segue no sentido oposto para
abastecimento das demais cidades brasileiras. Neste trecho não há, portanto,
sobreposição da demanda de veículos devida ao CD de O Boticário conforme
demonstra o carregamento viário constante do Anexo-5 deste relatório.
Na AII estão localizados os principais acessos ao Município de Registro/SP e a outras
rodovias que se conectam com a BR-116. Externamente à AII, a Rodovia Régis
Bittencourt retoma suas características de tráfego predominantemente rural e o
tráfego de caminhões devidos ao CD de O boticário começa a diluir-se.
As áreas de influência direta e indireta do empreendimento são indicadas nos
mapas constantes da Figura 4.2 e do Anexo-2 deste relatório.
Figura 4.2 – Áreas de Influência Direta e Indireta
Para maiores detalhes, ver mapa constante do Anexo-2 deste relatório
AII – Área de Influência Indireta
AID – Área de Influência Direta
CD O Boticário Paraná
São Paulo
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4.3. Caracterização atual do uso e ocupação do solo
Entre o km 430 e o km 440 da BR 116 incidem os seguintes usos de solo:
- Indústrias de pequeno, médio e grande porte;
- Galpões de armazenagem e usinagem de manufaturas, artefatos industriais ou
produtos agrícolas;
- Pequenos comércios, típicos de beira de estrada;
- Atividades agrícolas relacionadas ao plantio de bananas;
- Usos residenciais esparsos;
Para maiores detalhes, ver mapa constante do Anexo-3 deste relatório
4.4. Análise do Projeto Arquitetônico e dimensionamento de vagas de estacionamento
No projeto arquitetônico do empreendimento são informadas as seguintes áreas,
parâmetros urbanísticos e facilidades:
a- Áreas do Lote
Área planada : 88.013,22 m²
Área total do lote : 130.860,37m²
b- Áreas da edificação
QUADRO DE ÁREAS
ÁREA
COMPUTÁVEL (M²)
ÁREA NÃO COMPUTÁVEL
(M²)
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA
(M²)
Térreo 27.441,64 27.441,64
Mezzanino 1.185,39 1.185,39
Caixa Dágua 113,10 113,10
Portaria 785,77 785,77
Vestiário 463,88 463,88
Ass. Funcionários 477,00 477,00
Utilidades 312,10 312,10
Refeitório 1.005,21 1.005,21
TOTAIS 31.670,99 113,10 31.784,09
c- Índices urbanísticos
Taxa de Ocupação (Pavimento térreo) : 24,10 %
Coeficiente de Aproveitamento : 0,24
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d- Acessos
O empreendimento foi projetado com os seguintes acessos:
- Entrada pela Rodovia Regis Bittencourt, situada após o km 438
- Saída pela Rodovia Regis Bittencourt, situada a partir do km 437+700 m
- Portão de entrada/saída para estrada de serviço interna
- Portão de acesso para pedestres
Em vistoria no local verificou-se que o CD de O Boticário possui acessos
localizados entre o km 438 e o km 437 da pista Paraná/São Paulo da Rodovia
Régis Bittencourt.
O acesso de veículos é dotado de pista de desaceleração e de aceleração e de
baia para embarque e desembarque sinalizadas com pintura de solo do tipo
canalização zebrada e linha de bordo, além de tachões refletivos mono-
direcionais.
Os raios de giro projetados e executados são adequados às manobras de
veículos pesados de carga.
É necessária uma correção no traçado das pistas de aceleração e desaceleração
executadas para acesso ao empreendimento, pois seu traçado utiliza parte do
acostamento para garantir largura suficiente para o tráfego e acomodação dos
caminhões ao executarem as manobras de entrada e saída do empreendimento.
Assim, é proposta a utilização de uma faixa da área interna ao lote para
acomodar melhor as pistas de acesso.
Junto à rodovia, em área que compreende as pistas de aceleração e
desaceleração e respectivas curvas, o pavimento de acesso ao lote do
empreendimento é calçado em por pavimento flexível, do tipo asfáltico.
Nas áreas internas, o calçamento é formado por paralelepípedos, que estão
regularmente assentados mesmo após um mês de entrada em operação do
empreendimento com incidência de tráfego pesado, manobras etc.
A escolha deste tipo de pavimento está de acordo com a preocupação ambiental
de O Boticário, pois suas características favorecem o escoamento e a drenagem
das águas superficiais.
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Figura 4.4.d.1 – Pista de desaceleração e pintura de solo (entrada – km 438)
Figura 4.4.d.2 – Pista de aceleração e pintura de solo (saída – km 437+700m)
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Para acesso à área das docas, há uma guarita dotada de clausura e sinalização
interna para orientação dos condutores. Esta guarita executa o controle de
entrada e de saída de veículos de carga, de visitantes e acesso de pedestres.
Figura 4.4.d.3 – Guarita para controle de acesso e sinalização de orientação
A guarita é suficientemente recuada dos acessos e da pista de rolamento da
rodovia (ver projeto de arquitetura) e, como existem vagas para espera de
veículos leves e pesados livres de qualquer controle, não há possibilidade de
formação de filas na rodovia de veículos que desejem acessar o pátio interno ou,
até mesmo, o estacionamento de espera ou de visitantes.
Também há controle de entrada/saída de veículos leves e de pedestres.
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Figura 4.4.d.4 – Aspecto da guarita e clausura (vista de dentro para fora)
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Operacionalmente, caminhões que vem do Paraná tem acesso direto ao CD de O
Boticário, através da pista PR/SP, a partir do km 438 da rodovia. Na volta, estes
veículos são obrigados a percorrer cerca de 7 km nesta mesma pista e, na altura
do km 430, no bairro “Serrote”, executam o retorno para a pista SP/PR;
Caminhões que vem de São Paulo, executam o retorno na altura do km
439+700m, onde há um posto da Polícia Rodoviária Federal e, já na pista PR/SP,
podem ter acesso ao empreendimento pela pista de desaceleração situada a
partir do km 438 da rodovia. Na volta, estes veículos saem pela pista de
aceleração e entram na pista PR/SP, prosseguindo em direção a São Paulo e
outros centros, sendo possível atingir, logo à frente, as saídas do km 414 (Juquiá,
Piedade, Sorocaba), do km 402 (Iguape/Ilha Comprida, via SP-222) e do km 385
(Peruíbe/Santos, via SP-055/Rod. Padre Manoel da Nóbrega), além de chegar ao
Rodoanel Mário Covas e imediações da Região Metropolitana de São Paulo.
e- Áreas de estacionamento
No empreendimento são destinadas duas áreas para estacionamento nas quais
as vagas são devidamente demarcadas com tinta resinada a frio:
- Estacionamentos externos
Estacionamento de caminhões e estacionamento para veículos de
visitantes/funcionários com a seguinte capacidade:
102 vagas de autos do tipo normal
06 vagas de auto para pessoas com necessidades especiais – PNE
40 vagas de motocicletas
15 vagas de bicicletas (para-ciclo)
16 vagas de espera para caminhões
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Figura 4.4.e.1 – Estacionamento interno para funcionários e visitantes
O estacionamento de autos para funcionários e visitantes tem acesso
controlado por um portão automático mas, há local para estacionar o veículo
diante da guarita, internamente ao lote do empreendimento, enquanto se
espera autorização para acesso a este estacionamento.
- Estacionamentos e pátios internos
Estas áreas são restritas a veículos autorizados e são dotadas das seguintes
vagas:
28 vagas de espera para carga e descarga de mercadorias
36 vagas de carga e descarga (docas)
08 vagas de autos internas à clausura (direção do CD e VIPs)
Figura 4.4.e.2 – Estacionamento interno (área das docas)
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f- Dimensionamento de vagas de estacionamento
- Vagas para autos do tipo normal
Para o dimensionamento das vagas de estacionamento de autos do tipo
normal, utilizaremos a metodologia da Companhia de Engenharia e Tráfego –
CET que considera a população fixa e flutuante do empreendimento e
respectivas taxas de motorização, absenteísmo e ocupação média dos veículos.
De acordo com o departamento de Logística do CD de O Boticário e projeto de
arquitetura do empreendimento temos, a cada turno:
Tabela 4.4.f.1 - Dimensionamento das vagas de estacionamento de autos - população fixa e flutuante
POPULAÇÃO-TIPO QUANTIDADE MOTORIZAÇÃO FREQUÊNCIA OCUPAÇÃO TOTAL DE
VAGAS
Gerenciais 8 100% 100% 1 8,0
Funcionários/turno 115 30% 95% 1,5 21,9
Administrativos 40 50% 95% 1,2 15,8
Visitantes 13 100% 100% 1,5 8,7
Operacionais 10 10% 95% 1,5 0,6 ou 1,0
Segurança 06 10% 95% 1,2 0,5 ou 1,0
TOTAL DE VAGAS DE AUTOS NECESSÁRIAS
55,5 ou 56
TOTAL DE VAGAS DE AUTOS PROJETADAS
102
NOTA: Há uma folga de 102 – 56 = 46 vagas de autos normais no
empreendimento.
- Vagas para autos do tipo PNE
Tendo como referência o Código de Obras e Edificações do Município de São
Paulo - Lei 11.228/92 – é exigido que 3 % do total de vagas destinadas a autos
do tipo normal, com resultado arredondado a maior, sejam acrescidas às áreas
de estacionamento e destinadas exclusivamente às pessoas portadoras de
necessidades especiais – PNE, ou seja:
Vagas PNE = 3 % vagas autos normais = 0,03 x 102 = 3,1 = 04 vagas
O projeto do empreendimento contempla 06 vagas de PNE, sendo que 04
destas estão devidamente demarcadas no estacionamento interno do CD de O
Boticário, com pintura de solo e contendo o símbolo internacional da pessoa
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com necessidades especiais.
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- Vagas para motocicletas
Tendo como referência o Código de Obras e Edificações do Município de São
Paulo - Lei 11.228/92 – é exigido que 20 % do total de vagas destinadas a autos
do tipo normal, com resultado arredondado a maior, sejam acrescidas às áreas
de estacionamento e destinadas exclusivamente ao uso dos motociclistas, ou
seja:
Vagas MOTOS = 20 % vagas autos normais = 0,20 x 102 = 20,4 = 21 vagas
O projeto do empreendimento contempla 40 vagas de motocicletas, que estão
devidamente demarcadas no estacionamento interno do CD de O Boticário,
com pintura de solo.
- Vagas para idosos
De acordo com o Art. 41 da Lei 10.741/03 - Estatuto do Idoso – devem ser
demarcadas nas áreas de estacionamento e em local de fácil acesso a este, 5 %
do total de vagas destinadas a autos do tipo normal, com resultado
arredondado a maior, para uso exclusivo de idosos, ou seja:
Vagas de IDOSOS = 5 % x vagas de autos normais = 5,1 = 06 vagas
Esta legislação não especifica se este tipo de vaga deve ser acrescido ou
tomado dentre as vagas de autos normais já demarcadas. Entretanto, como há
folga na necessidade de vagas para atender ao empreendimento, as vagas de
idosos serão demarcadas dentre as vagas de autos normais demarcadas, ou
seja, reduzindo o total destas de 102 para 102 – 6 = 96 vagas de autos normais
para contemplar a necessidade de acréscimo das 06 vagas para idosos
faltantes.
- Vagas para transporte coletivo fretado
Os ônibus fretados e micro-ônibus ficam estacionados na área de espera
externa enquanto aguardam o embarque e desembarque dos funcionários.
Do total de vagas destinadas a autos do tipo normal, incluídos os idosos,e das
vagas destinadas para motocicletas e para bicicletas (ver item adiante), temos a
estimativa da população que vem ao empreendimento utilizando ônibus ou
micro-ônibus fretados:
População FRETADOS = 102 – 21 – 15 = 66 passageiros
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Considerando esta população e a capacidade dos veículos oferecidos, temos a
seguinte necessidade de vagas para o transporte coletivo fretado:
01 ônibus fretado = 48 assentos
01 micro-ônibus = 20 assentos
Por questões de logística, a direção do CD de O Boticário disponibiliza 01 ônibus
fretado e 02 micro-ônibus com estas capacidades, para atendimento aos
funcionários que residem em áreas distantes e geograficamente separadas.
Não há demarcação específica para estas vagas mas existe uma área interna ao
lote do empreendimento, próxima à guarita de controle de acesso, onde é
possível parar estes veículos e desembarcar ou embarcar os funcionários em
segurança sem causar qualquer tipo de interferência à movimentação de
veículos de carga.
É proposta a demarcação destas vagas, bem como a de vagas de autos de
visitantes enquanto esperam o atendimento na guarita de acesso.
- Vagas para bicicletas
Foi instalado um para-ciclo, dispositivo que permite o estacionamento e guarda
segura de bicicletas na área interna ao estacionamento de visitantes e
funcionários.
O dispositivo em questão possui capacidade para 15 bicicletas.
Considerando que, dos 115 funcionários/turno, 15 venham de bicicleta e que
68 (= 48+10+10) destes funcionários venham de ônibus fretado ou de micro-
ônibus e, ainda, que apenas 21 funcionários utilizem motocicletas para sua
locomoção, pode-se concluir que a capacidade do para-ciclo limita-se apenas
ao seguinte total de vagas para bicicletas:
Vagas de autos funcionários = 115 funcionários – 15 vindos de bicicleta – 68
vindos de transporte fretado - 21 vindos de motocicleta = 11 vindos de autos
Este total de vagas de autos para atendimento é compatível com os resultados
obtidos na tabela 4.4.f.1 para atender aos funcionários operacionais e da
segurança interna que venham de auto ( = 9 + 1 + 1), como pode ser o caso dos
supervisores de equipe.
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Assim, feitas estas considerações, concluímos que a capacidade do para-ciclo
instalado atende perfeitamente à demanda existente.
g- Dimensionamento e distribuição das vagas de carga e descarga
Para o dimensionamento das vagas de carga e descarga consideramos os
seguintes parâmetros fornecidos pelo Departamento de Logística do CD de O
Boticário:
- Projeção da demando do CD de O Boticário = Taxa de crescimento 20 % a. a.
- Capacidade operacional do CD de O Boticário (ver projeção na Tabela 4.4.g.4)
- Total de vagas demarcadas para carga e descarga:
. Espera externa = 16 vagas
. Espera interna = 28 vagas
. Docas = 36 vagas
- Tempo de espera externa = 15 minutos (a depender da fila)
- Tempo da vistoria de acesso = 3 minutos
- Tempo de espera interna (ver simulação na Tabela 4.4.g.1)
- Tempo da operação de carga = 1 hora e 30 minutos
- Tempo da operação de descarga = 30 minutos
- Tempo da vistoria para liberação do veículo = 3 minutos
Com estes parâmetros elaboramos a flutuação e a projeção de entradas e
saídas de veículos do CD de O Boticário em função das operações de carga e
descarga e considerando os seguintes horizontes cronológicos:
- Horizonte-A: Estudo da situação atual, conforme dados recentes de entrada e
saída do controle da guarita de acesso, apresentados neste item do relatório;
- Horizonte-B: Estudo da situação futura, considerando o esgotamento da
capacidade operacional do CD de O Boticário, calculado neste item do relatório;
- Horizonte-C: Situação futura, considerando as projeções de crescimento da
Rodovia BR-116 até o esgotamento de sua capacidade ou da capacidade dos
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retornos existentes. O estudo deste horizonte será apresentado com detalhes
no item 7.2 deste relatório;
O Horizonte-A foi estabelecido a partir do planejamento para instalação do CD de
O Boticário em Registro/SP.
Com base na utilização de carretas padrão, com capacidade para 26 palets/carreta
e, no histórico de produtos fabricados em 2008, dimensionou-se, através de taxas
de crescimento estimadas em 20% a. a., a quantidade de produtos realizados e
sua posterior paletização gerada nos anos de 2009 a 2012 na planta situada em
São José dos Pinhais/PR, conforme indicado na Tabela 4.4.f.1 deste relatório.
Esta movimentação refere-se ao volume de chegadas de carretas ao
empreendimento originárias de São José dos Pinhais, cerca de 55% do total da
demanda.
Por extensão, considera-se este como sendo igual ao volume de saídas destinadas
à mesma cidade (volume de retorno ao Paraná).
Tabela 4.4.g.1-Previsão de Caminhões (Carretas) por dia – ORIGEM: São José dos Pinhais/PR
Ano Jan Fev Mar Abr Mar Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
2010 6 7 9 11 9 11 11 10 13 15 16 7 10
2011 7 8 10 13 11 13 13 12 15 18 19 8 12
2012 8 10 12 14 12 16 15 14 17 20 22 10 14
Para estimativa das carretas com origem em outras localidades (“origem Brasil”)
foi elaborada a Tabela 5.4.f.2.a e a tabela 5.4.f.2.b, onde é apresentado o volume
de viagens, vindos de diversos centros, aproximadamente 45% do total da
demanda.
Da mesma forma, estima-se que uma quantidade igual de carretas deixa o
empreendimento, destinando-se às mais diversas localidades do Brasil.
Tabela 4.4.g.2.a - Estimativa de Transferência Carretas/Mês – DESTINO: Brasil (1º Semestre)
Ano Jan Jan/dia Fev Fev/dia Mar Mar/dia Abr Abr/dia Mai Mai/dia Jun Jun/dia
2008 98 4 122 5 149 6 180 7 154 6 193 7
2009 114 4 142 5 174 7 209 8 180 7 225 9
2010 137 5 171 7 210 8 253 10 217 8 271 10
2011 163 6 203 8 249 10 300 12 257 10 322 12
2012 188 7 235 9 288 11 347 13 298 11 372 14
Tabela 4.4.g.2.b - Estimativa de Transferência Carretas/Mês – DESTINO: Brasil (2º Semestre)
Ano Jul Jul/dia Ago Ago/dia Set Set/dia Out Out/dia Nov Nov/dia Dez Dez/dia Média
2008 192 7 171 7 213 8 254 10 270 10 119 5 95
2009 224 10 200 8 249 10 296 11 314 12 139 5 111
2010 270 10 241 9 300 12 357 14 380 15 167 6 134
2011 320 12 286 11 356 14 424 16 451 17 199 8 159
2012 371 14 331 13 412 16 490 19 521 20 230 9 184
22
Esta estimativa mostra-se compatível com o levantamento fornecido pelo
Departamento de Logística do CD de O Boticário, realizado com dados do controle
de acesso de caminhões junto à guarita, conforme Tabela 4.4.g.3. deste relatório.
Tabela 4.4.g.3 - Movimentação diária de entradas e saídas de carretas (1a quinzena de Março/2010)
DATA DIA DA SEMANA ENTRADAS SAÍDAS
01/03/2010 Segunda - 1/3 14 9
02/03/2010 Terça - 2/3 12 13
03/03/2010 Quarta - 3/3 9 12
04/03/2010 Quinta - 4/3 16 9
05/03/2010 Sexta - 5/3 11 12
06/03/2010 Sábado - 6/3 14 15
07/03/2010 Domingo - 7/3 1 6
08/03/2010 Segunda - 8/3 10 5
09/03/2010 Terça - 9/3 9 12
10/03/2010 Quarta - 10/3 11 11
11/03/2010 Quinta - 11/3 16 10
12/03/2010 Sexta - 12/3 16 16
13/03/2010 Sábado - 13/3 14 15
14/03/2010 Domingo - 14/3 5 7
15/03/2010 Segunda -15/3 14 13
16/03/2010 Terça - 16/3 13 15
17/03/2010 Quarta - 17/3 17 12
18/03/2010 Quinta - 18/3 9 8
19/03/2010 Sexta - 19/3 9 10
Esta movimentação de veículos de carga representa a demanda de carretas
constatada para o Horizonte-A (situação atual) de operação do empreendimento
CD de O Boticário considerando os dados da tabela 4.4.g.1 e da Tabela 4.4.g.2.a
deste relatório.
Esta movimentação é compatível com os dados das contagens executadas em
campo e apresentados no Anexo-4 deste relatório e, será objeto de
consideração especial no cálculo do item 5.1 deste relatório.
23
Deste mesmo levantamento foi possível obter a flutuação diária, na situação atual, das
entradas e saídas de carretas geradas pelo empreendimento.
Esta flutuação é apresentada no Gráfico 4.4.g.1 deste relatório, que indica as sextas-
feiras e sábados como dias de maior movimentação absoluta de entradas e saídas do
empreendimento no Horizonte-A e servirá de base, também, para as análises no
Horizonte-B e no Horizonte-C de operação deste empreendimento.
Gráfico 4.4.g.1 – Flutuação das entradas e saídas de carretas/dia (Março/2010)
Do mesmo levantamento obtivemos uma estatística dos tempos de permanência dos
veículos de carga, conforme apresentamos a seguir:
- Tempo médio TOTAL de permanência (se inferior a 12h00) = 03h30 minutos
- Permanência mínima nas dependências do CD de O Boticário = 10 minutos
- Permanência máxima nas dependências do CD de O Boticário = 23 horas (s/acantonar)
- Tempo médio de acantonamento de carretas = 30 horas
- Média de veículos acantonados = 1,2 carretas/dia
24
Os resultados apurados para o Horizonte-A, servirão de base para as análises no
Horizonte-B e no Horizonte-C de operação deste empreendimento, nos quais a
operação crítica das docas exigirá maior rendimento das operações de carga e descarga,
ou seja,a otimização dos tempos destas operações visando ao maior rendimento das
docas.
É importante ressaltar que a análise destes dados é compatível com a declaração do
Departamento de Logística do CD de O Boticário, uma vez que devem ser levadas em
consideração excepcionalidades como o tempo gasto com refeição, utilização das
facilidades internas (escritórios), dificuldades para liberação da carga e outros
pormenores.
O tempo mínimo de permanência apurado explica-se por um provável engano do
caminhoneiro ou pedido de informação junto à guarita ou mesmo carga recusada, o que
atesta o rigor do controle instalado.
O tempo máximo de permanência explica-se pela necessidade ou eventualidade do
acantonamento de algumas carretas, por motivo de logística das respectivas
transportadoras (aguardo de carga etc).
Também se explica por mera desinformação do condutor, que aguarda na área de
espera até que ocorra uma chamada para entrada no empreendimento e, até mesmo,
por questão de conveniência do mesmo, que estaciona a carreta na área de espera e
aproveita para cozinhar e almoçar na cabine ou ao lado do veículo.
O Gráfico 4.4.g.2 representa o volume de carretas acantonadas no período entre 01 e 19
de Março de 2010 no estacionamento externo do CD de O Boticário.
Gráfico 4.4.g.2 – Carretas acantonadas/dia
Do Gráfico 4.4.g.2 é possível concluir que o volume de acantonamento de carretas varia
entre 01 carreta/dia até o máximo 05 carretas/dia, situação a ser otimizada no futuro.
25
Para o dimensionamento do total de vagas destinadas a carretas nos horizontes
propostos, elaboramos a projeção constante da Tabela 4.4.g.4, baseada nas
informações e dados fornecidos pelo Departamento de Logística do
empreendimento.
O cálculo tem como premissa que os tempos das operações envolvidas estão
devidamente otimizados e que a área externa de espera não terá sua
capacidade esgotada.
Também é pressuposto que o veículo chegue ao empreendimento com as
docas totalmente vagas, ou seja, no início do turno da manhã (1° turno).
Considerando que o tempo médio de carga de mercadorias é superior ao
tempo de descarga, temos:
Tempo de chegada e espera até a vistoria = 30 minutos
Tempo para a vistoria de liberação e acesso = 05 minutos
Tempo acumulado na espera interna = 0 minutos
Tempo de carga da mercadoria = 90 minutos
Tempo para a vistoria de liberação e saída = 3 minutos
TEMPO TOTAL DISPENDIDO = 128 min. (= 2,13 horas ou 2h08)
Como a área de docas possui 36 vagas, poderão chegar até 36 veículos neste
período inicial que as vagas de espera não serão preenchidas.
Após este preenchimento, restam ainda 28 vagas de espera interna que serão
preenchidas, à medida que as 36 vagas de docas permaneçam ocupadas,
totalizando uma ocupação interna de 36 + 28 = 64 veículos de carga.
Enquanto isto, no estacionamento externo as 16 vagas começarão a ser
preenchidas caso não ocorra a liberação de nenhum veículos nas docas, o que
ocorrerá, no máximo, em 90 minutos, quando o primeiro veículo executando a
operação de carga deixar uma doca, efetuar a vistoria de liberação e sair do
empreendimento.
Ressaltamos que o empreendimento possui um Departamento de Logística
para garantir a regularidade dos tempos de chegada e saída ao
empreendimento, otimizando-os e, evitando sobrecarga no parque das docas.
26
Assim, conclui-se que o CD de O Boticário está dimensionado para atender à
seguinte demanda diária:
Volume de carretas/dia = (36+28+16) / 1,5 horas = 53,3 = 53 carretas/hora
Da teoria clássica temos que o volume na hora pico (VHP) varia no porcentual
entre 10 % a 15 % do volume diário médio, ou seja:
VHP = 10% a 15% do VDM
Logo, na média, temos:
VDM = VHP / 0,125
Assim, temos a capacidade diária de recebimento de carretas do CD de O
Boticário para o Horizonte-B conforme cálculo abaixo:
VDM futuro (capacidade plena do CD) = 53/0,125 = 424 carretas/dia (03 turnos)
Com base nas Tabelas 4.4.g.1 e Tabela 4.4.g.2.b, temos a estimativa de
recebimento de 42 carretas/dia no mês de Novembro/2012, mês que
representa a maior demanda mensal.
Desta forma concluímos que o CD de O Boticário tem capacidade para absorver
a movimentação de carretas prevista até 2012 com ampla margem de folga.
Projetando a demanda do mês de Novembro com taxa de crescimento de 20 %
a. a. até que ocorra o esgotamento da capacidade de recebimento de carretas
instalada no CD de O Boticário temos, na Tabela 4.4.g.4, o ano para o qual fica
previsto o esgotamento desta capacidade.
27
Tabela 4.4.g.4 - Projeção da demanda DIÁRIA futura de carretas (Mês de Novembro)
ANO ORIGEM PARANÁ ORIGEM BRASIL DEMANDA TOTAL
2012 22 20 42
2013 26 24 50
2014 32 29 60
2015 38 35 73
2016 46 41 87
2017 55 50 105
2018 66 60 125
2019 79 72 150
2020 95 86 181
2021 114 103 217
2022 136 124 260
2023 163 149 312
2024 196 178 374
2025 235 214 449
2026 282 257 539
2027 339 308 647
2028 407 370 777
2029 488 444 932
2030 586 532 1118
Assim, para efeito deste cálculo e, a permanecer o ritmo de crescimento
estimado em 20 % a.a., fica estabelecido o início do segundo semestre do ano
de 2025 como o Horizonte-B do empreendimento CD de O Boticário.
Desta forma, o dimensionamento das vagas e das áreas de recebimento, de
espera interna e externa e de carga e descarga junto às docas está adequado e
compatível com as atividades realizadas no empreendimento.
Ressalta-se que estas atividades são desenvolvidas com alto nível de
automatização, deste o descarregamento, empacotamento e conferência de
mercadorias, até o carregamento e liberação das carretas, o que agiliza as
operações típicas do empreendimento.
28
h- Dimensionamento e distribuição de áreas de embarque e desembarque dos
usuários do empreendimento
Diante da testada do empreendimento, junto aos acessos do mesmo (abertura
de entrada e saída), há um espaço entre a floreira e o canteiro que protege um
poste de iluminação e as placas de orientação internas, junto a estes acessos.
Este espaço, embora não demarcado com pintura de solo, destina-se ao
embarque e desembarque rápido de usuários do empreendimento e eventuais
visitantes ou funcionários conduzidos por terceiros que não permanecerão no
local.
Como já observamos, há espaço também interno junto à guarita de controle,
suficiente para abrigar veículos de visitantes e o transporte coletivo do tipo
fretado.
De acordo com o item 5.1.c deste relatório, é necessária a construção de 01
abrigo para parada de ônibus de linhas regulares que trafegam pela BR-116 e
atendem algumas das entradas e saídas de funcionários ou de visitas não
motorizadas eventualmente destinadas a este empreendimento.
i- Localização e dimensionamento de acessos e áreas específicas para veículos de
emergência e de serviços
O empreendimento possui brigada de incêndio e equipamentos adequados ao
atendimento de emergência médica que estão distribuídos ao longo de suas
dependências.
Internamente aos compartimentos dos blocos é possível encontrar, com
facilidade, equipamentos de emergência como macas, extintores e maleta de
primeiros socorros.
Falta a demarcação de uma vaga exclusiva para uma ambulância do tipo VAN
que pode vir a ser demarcada nas áreas externas de estacionamento desde que
o veículo tenha livre acesso às áreas internas em situações de emergência.
Também é recomendada a demarcação de vagas destinadas a viaturas de
serviços públicos, sendo propostas:
01 vaga para viatura policial
01 vaga para viatura da concessionária da Rodovia BR-116
29
j- Acessos de portadores de necessidades especiais – PNE
O terreno do empreendimento é plano e o acesso das pessoas com
necessidades especiais é facilitado até o interior do lote.
É proposta a implantação de rebaixamento de guias tanto nos passeios internos
á área restrita como nos passeios externos do empreendimento conforme
indicado na Figura .
Figura 4.4.j – Detalhe de rebaixamento de guia para PNE
30
5. AVALIAÇÃO PRÉVIA DOS IMPACTOS DO PÓLO GERADOR DE TRÁFEGO
5.1. Análise da circulação na área de influência na situação sem o empreendimento
a- Caracterização das condições físico-operacionais do sistema viário no entorno
- Condições da pista de rolamento em 20/03/2010 (data da vistoria em campo)
Pista dupla, separada por canteiro central gramado e drenado, às vezes em
desnível, quando há implantação de barreira de concreto padrão New Jersey;
Pavimentação em estado razoável, sem buracos na pista, que foram tapados
recentemente;
A Autopista/OHL está executando serviços de recapeamento em trecho situado,
aproximadamente, entre o Km 330 e o km 360 da rodovia.
Figura 5.1.a.1 – Trecho próximo ao km 430 da Rodovia BR-116 – pista PR/SP
31
- Sinalização viária
A pista é sinalizada com linha de bordo, balizamento, canalização e legendas,
pintadas com tinta a frio. Há tachas refletivas entre a pintura do balizamento;
A pista é sinalizada com placas indicadoras de posição, velocidade, sentido de
direção, advertência, informativa, institucional e de orientação;
Entre o km 438 e o km 430, na área de influência direta do empreendimento, a
velocidade é regulamentada em 110 km/h para veículos leves e em 90 km/h
para veículos pesados;
Em trechos próximos a acessos importantes, aglomerações urbanas, pedágios,
Polícia Rodoviária e travessias de pedestres/veículos, as velocidades recebem
regulamentação específica, entre 80 km/h e 60 km/h;
Há sinalização indicativa de fiscalização eletrônica espalhada pela rodovia,
inclusive no trecho em estudo.
Figura 5.1.a.2 – Sinalização vertical e pintura de solo na BR-116 (alt. Km 430)
32
- Conexões rodoviárias existentes com a Rodovia Régis Bittencourt
Existem 02 retornos feitos através de viadutos: um no km 430 (Bairro Serrote) e
outro no km 439 (junto ao posto da Polícia Rodoviária);
Estes viadutos possuem, ambos, pista dupla, sem canteiro central, e duplo
sentido de circulação e já são utilizados pelos veículos de carga que atendem,
inclusive, ao CD O Boticário.
Figura 5.1.a.3 – Retorno do km 430 (Bairro Serrote)
Ambos os viadutos estão em bom estado, apresentam baixo volume de tráfego
e não mostram sinais de fadiga.
Figura 5.1.a.4 – Retorno do km 439+700 (Policia Rodoviária Federal)
33
- Volumes de Tráfego
Foram realizadas contagens volumétricas classificadas de veículos nas seções
indicadas no Croquis 5.1.
Estas contagens foram realizadas em uma sexta-feira e no sábado seguinte, uma
vez que a flutuação apresentada no Gráfico 4.4.g.1 (ver item 4.4.g deste relatório)
demonstrou que estes são os dia de maior movimentação absoluta (soma de
entradas/saídas) do empreendimento.
Nestas contagens os diversos tipos de veículos foram classificados de forma
detalhada (cf. total de eixos), detalhes estes apresentados nas planilhas constantes
do Anexo-4 deste relatório.
CD
S4
S5
S3
S8 S7
S6
S1
S2
POSTO DA POL. RODOVIÁRIA
Km 438
Km 439
Km 430
(Bairro
Serrote)
PARANÁ
SÃO PAULO
Est°. de
Caminhões
externo
Visitantes
Pátio interno
Croquis 5.1 – Seções de contagem de veículos na Rodovia BR 116
S3a (cálculo)
S3d (cálculo)
34
b- Análise da capacidade viária e do nível de serviço nos acessos e interseções na
situação ATUAL – Método de Webster
O método utilizado para este cálculo foi o Método do Higway Capacity Manual -
versão simplificada (HRB / Ed. 1985)1, que considera a relação básica Y = Volume /
Capacidade Teórica da Via estabelecida pelo Método de Webster 2, cujo resultado
é aplicado sobre os limites constantes da tabela a seguir:
Nível de Serviço Relação Y = V/C
A 0 a 0,35
B 0,36 a 0,50
C 0,51 a 0,75
D 0,76 a 0,90
E 0,91 a 1,00
F Y > 1,01
Neste método, a fórmula para o cálculo da capacidade viária é dada por:
Capacidade = 525 x Largura efetiva (m) (Fórmula 5.1.1)
Nos casos de conversões à esquerda e à direita foram aplicadas, quando necessário,
as correções previstas no método, ou seja:
- Fator 1,75 para conversões à esquerda
- Fator 1,25 para conversões à direita superiores a 10% do movimento
da aproximação
1 Highway Capacity Manual – HRB / TRB, 1985
2 Traffic Signals Settings – Webster, HMSO
35
Da mesma forma, quando necessário, foram aplicadas as demais correções
previstas no método:
- Largura:
- Largura efetiva = largura do leito viário – 2,2 m (com estacionamento) - Declividade: vias planas (fator = 1,0) - Divisão modal de veículos (ver Fórmula 5.3.2 – veículos equivalentes)
Capacidade = 525 x Largura efetiva (m) (Fórmula 5.1.2)
Quanto ao fator de localização, a condição foi considerada “média”, ou seja,
interferências de pedestres, veículos estacionados, conversões e visibilidade se
neutralizam, aplicando-se, portanto, o fator de correção = 1,0 ao fluxo de veículos
(sem alteração devida ao fator localização).
Para cálculo considera-se a divisão modal dos veículos que é reduzida ao total de
veículos equivalentes, ou seja:
Vol. equivalente = (1 x auto + 2 x ônibus 2 a 3 eixos +2,5 x ônibus 4 eixos + ...
... + 3 x caminhões 2 a 4+ 3,5 x caminhões 5 ou mais eixos 0,5 x motos)
(Fórmula 5.1.3)
Considerando a situação atual, ou seja, com o empreendimento em operação
(Horizonte-A), calculamos os níveis de serviço em ambas as pistas da Rodovia Régis
Bittencourt, nos acessos ao CD de O Boticário e sobre o tabuleiro dos viadutos que
atendem às manobras de retorno.
No cálculo, foram ainda consideradas as seções S3a (antes do acesso ao CD) e a
Seção S3d (depois do acesso ao CD) por representarem locais onde o carregamento
viário é mais intenso.
36
Na Tabela 5.1.b.1 apresentamos o carregamento viário e o cálculo dos níveis de
serviço para o Horizonte-A de operação do empreendimento.
Da mesma forma, nas plantas constantes do Anexo-5a e do Anexo-6a deste
relatório, indicamos a situação atual da rodovia para o Horizonte-A de operação do
empreendimento.
Da análise das plantas constante do Anexo-5a e do Anexo-6a, concluímos que o
empreendimento, no presente momento, não causa nenhum impacto à operação
da Rodovia Régis Bittencourt – BR 116.
Tal condição era esperada uma vez que o volume de carretas recebido atualmente
é muito inferior àquele que os pátios internos e o parque de docas poderiam
suportar.
No item 7.2 deste relatório será feita a análise para o Horizonte-C de operação, ou
seja, aquele no qual a Rodovia, no trecho que compreende a Área de Influência
Direta de impacto, poderá vir a ter sua capacidade esgotada em função da
movimentação gerada pelo empreendimento associada ao crescimento da
componente do tráfego de passagem.
37
Tabela 5.1.b.1 - Capacidade e Nível de serviço - Situação ATUAL (Horizonte-A)
38
Seção Localização Sentido Largura efetiva
(m)
Dia da seman
a Data
Hora Pico
V = Volume equivalente Hora-pico (Veic./h)
C = Capacidade
(Veic./h)
Y = V/C (Veic./h)
NS
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sexta 26/3/2010
10h45-11h45
51 2.625 0,02
A
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sexta 26/3/2010
16h45-17h45
53 2.625 0,02
A
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sábado 27/3/2010
11h15-12h15 52 2.625 0,02
A
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sábado 27/3/2010
16h30-17h30 59 2.625 0,02
A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010
13h00-14h00 146 2.678 0,05
A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010
16h45-17h45 203 2.678 0,08
A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010
09h30-10h30 146 2.678 0,05
A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010
17h15-18h15 120 2.678 0,04
A
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010
10h45-11h45 1.532 3.754 0,41
B
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010
16h00-17h00 1.133 3.754 0,30
A
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
09h00-10h00 1.060 3.754 0,28
A
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
16h30-17h30 1.127 3.754 0,30
A
S3 Pista da BR-117
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010
10h45-11h45 1.511 3.754 0,40
B
S3 Pista da BR-118
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010
16h00-17h00 1.128 3.754 0,30
A
S3 Pista da BR-119
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
09h00-10h00 1.045 3.754 0,28
A
S3 Pista da BR-120
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
16h30-17h30 1.115 3.754 0,30
A
S3d Pista da BR-119 depois CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010
10h45-11h45 1.522 3.754 0,41
B
S3d Pista da BR-119 depois CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010
16h00-17h00 1.149 3.754 0,31
A
S3d Pista da BR-119 depois CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
09h00-10h00 1.051 3.754 0,28
A
S3d Pista da BR-119 depois CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
16h30-17h30 1.126 3.754 0,30
A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sexta 26/3/2010
07h00-08h00 21 1.747 0,01
A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sexta 26/3/2010
17h30-18h30 5 1.747 0,00
A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sábado 27/3/2010
12h45-13h45 15 1.747 0,01
A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sábado 27/3/2010
17h45-18h45 13 1.747 0,01
A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sexta 26/3/2010
09h00-10h00 11 1.747 0,01
A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sexta 26/3/2010
16h45-17h45 21 1.747 0,01
A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sábado 27/3/2010
09h15-10h15 6 1.747 0,00
A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sábado 27/3/2010
16h45-17h45 12 1.747 0,01
A
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sexta 26/3/2010
11h45-12h45 20 2.678 0,01
A
S6 Retorno do km 430 N/Sul 5,10 sexta 26/3/2010 17h30- 18 2.678 0,01 A
39
NOTA: O trecho reto das pistas de desaceleração (S4) e de aceleração (S5) apresentam Largura
efetiva, Le = 3,00 m e Capacidade, C = 1.850 veículos equivalentes/h (cf. Webster)
18h30
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sábado 27/3/2010
12h15-13h15 22 2.678 0,01
A
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sábado 27/3/2010
17h30-18h30 15 2.678 0,01
A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010
08h15-09h15 45 2.678 0,02
A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010
17h00-18h00 70 2.678 0,03
A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010
10h45-11h45 32 2.678 0,01
A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010
16h15-17h15 26 2.678 0,01
A
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sexta 26/3/2010
07h30-08h30 1.522 3.728 0,41
B
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sexta 26/3/2010
17h15-18h15 1.795 3.728 0,48
B
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sábado 27/3/2010
07h00-08h00 1.723 3.728 0,46
B
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sábado 27/3/2010
16h30-17h30 1.510 3.728 0,41
B
40
c- Análise das condições de oferta dos serviços de transporte na área de influência
- Transporte coletivo por ônibus urbano
Não há ponto de ônibus diante do empreendimento mas, como há pequena
demanda (ver Figura 5.1.b) algumas linhas de ônibus urbano param junto à entrada
do CD O Boticário, em ambos os sentidos da pista, obrigando alguns funcionários
que se utilizam deste transporte a atravessar a rodovia.
Há espaço, em ambas as pistas da rodovia, para implantação de ponto de ônibus,
devendo, ainda, ser prevista a colocação de abrigo contra intempéries e iluminação
noturna.
Há também espaço, no canteiro central da rodovia, para implantação de passeio de
pedestre para interligação entre um lado e outro da rodovia e eventual espera para
a travessia da pista.
Figura 5.1.c.1 – Pessoas aguardando ônibus urbano no acostamento da BR-116
Pessoas aguardando ônibus
sentadas no gramado à beira
da rodovia
41
- Transporte coletivo por fretamento
Em vistoria no local foi verificado que os funcionários utilizam 01 ônibus fretado por
turno, com capacidade para 48 lugares e 02 micro-ônibus por turno com
capacidade para 20 lugares por veículo.
Estes veículos estão em bom estado e prestam serviço regular e gratuito aos
colaboradores do CD O Boticário.
- Condições de caminhamento dos pedestres
Como é comum em todo empreendimento deste porte, localizado em áreas
remotas, à beira da estrada, não há passeio de pedestres ao longo da testada do CD
o Boticário e nem do lado oposto da pista.
Assim, os pedestres são obrigados a trafegar pelo acostamento ou pelas pistas de
acesso de caminhões e veículos leves.
É proposta a execução destes passeios e a sinalização interna e, eventualmente
externa, de faixas de travessia de pedestres.
Figura 5.1.c.2 – Floreira e área de asfalto diante do empreendimento (notar
ausência de passeio para o pedestre)
42
5.2. Previsão da demanda futura do tráfego
a- Estimativa de geração de viagens
Para estimativa da geração de viagens ao empreendimento, consideramos, para
cada horizonte estabelecido, a movimentação de autos, do transporte fretado de
funcionários e a movimentação horária de carretas, resultando no volume de
veículos na hora pico em equivalente de autos - VHP eq como segue:
- Horizonte-A
O cálculo para o Horizonte-A, válido para a situação atual, considera uma
movimentação reduzida de veículos pois o CD ainda não atingiu sua capacidade
plena.
É sabido que empreendimentos onde são instaladas atividades industriais ou
dependentes desta, por suas características operacionais e geográficas, geram
poucas viagens pelo modo auto, sendo o corpo gerencial reduzido e dada
preferência à utilização do modo ônibus fretado para os funcionários.
Desta forma, para este horizonte, ocálculo será feito baseado na utilização atual
dos estacionamentos (ver item 4.4.f deste relatório), utilizando a Fórmula 5.1.3 e
desconsiderando a folga de 46 autos normais existente, conforme segue:
VHP eq. autos HzA = [(1 x 52) + (2 x 3) + (3 x (16 x 0,125)) + (0,5 x 40)]
VHP eq. autos HzA = 84 veículos equivalentes/h (considera autos, motos etc)
- Horizonte-B
Considerando o Horizonte-B, no qual ocorre o esgotamento da capacidade do CD
de O Boticário, temos a maior previsão de movimentação gerada pelo
empreendimento.
Neste horizonte, embora seja considerado um possível aumento de funcionários,
não haverá aumento da demanda de autos, uma vez que existe folga no
dimensionamento das vagas de autos nos estacionamentos (ver nota abaixo da
Tabela 4.4.f.1 do item 4.4 deste relatório).
Mesmo ocorrendo a entrada em operação do Turno-3, não há previsão de
aumento da demanda de autos uma vez que não há sobreposição de entradas e
saídas de funcionários, sendo as vagas liberadas ao final de um turno para o início
do outro. Por segurança, admitiremos no cálculo a contratação de mais 01 ônibus
fretado para atendimento aos funcionários adicionais.
Desta forma este cálculo será realizado mantendo-se a movimentação de autos
do Horizonte-A , dada pela capacidade máxima dos estacionamentos de autos,
porém, considerando a máxima movimentação de carretas, prevista para o
43
Horizonte-B, onde ocorre o esgotamento da capacidade das docas conforme
calculado no item 4.4.g deste relatório.
Assim, para o Horizonte-B temos:
VHP eq. autos HzB = [(1 x 108) + (2 x 4)+ (3 x 53) + (0,5 x 40)]
VHP eq. autos HzB = 295 = 300 veíc. equivalentes/h (considera autos, motos etc)
De acordo com dados do Departamento de Logísticas e do controle de entradas e
saídas da guarita, serão consideradas 55% das viagens vindas do Paraná e 45%
vindas de SP/Brasil.
NOTA: O cálculo para o Horizonte-C, que considera o esgotamento da capacidade
da rodovia, será definido no item 7.2 deste relatório.
b- Divisão modal das viagens geradas pelo empreendimento
A divisão modal das viagens geradas pelo empreendimento resulta do
dimensionamento de vagas constante do item 4.4 deste relatório, ou seja:
108 autos (incluídos os autos de PNE)
40 motocicletas
02 micro-ônibus
01 ônibus fretado (48 lugares)
16 caminhões (carretas)
c- Carregamento dos acessos e principais interseções na hora de pico
A distribuição espacial das viagens geradas pelo empreendimento em seus
diversos horizontes é apresentada no Anexo-5 deste relatório.
O carregamento viário da rodovia para a situação atual, o carregamento viário
devido à sobrecarga gerada pelo empreendimento no Horizonte-A e o
carregamento viário futuro previsto para o Horizonte-B , são apresentados no
Anexo-5a , no Anexo-5b e no Anexo-5c, respectivamente, deste relatório.
44
6. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E DOS IMPACTOS NA CIRCULAÇÃO VIÁRIA
6.1. Análise da capacidade viária e do nível de serviço nos acessos e no entorno
Aplicando o método de Webster, (cf. item 5.1 deste relatório), calculamos a capacidade
viário e o nível de serviço para a situação futura de operação do empreendimento.
Este cálculo foi executado somando-se a geração de viagens prevista para o Horizonte-
B aos volumes resultantes das contagens executadas nas seções S1, S3a, S3d, S7 e S8.
Desta forma, o cálculo considera a máxima geração de viagens prevista para este
empreendimento.
Entretanto, os volumes pesquisados já apresentam uma parcela da movimentação
gerada pelo empreendimento.
Esta parcela é representada pelo volume na hora pico na entrada e na saída do
empreendimento que, neste caso, são coincidentes na Seção S4 (entrada) e na Seção S5
(sáida) e iguais a 21 veic. Eq./h, conforme relacionado na Tabela 5.1.b deste relatório.
Assim, descontaremos dos resultados obtidos na geração de viagens calculada no item
5.2.a, o volume de veículos contado na hora pico da Seção S4, conforme cálculo abaixo:
VHP eq de autos HzB’ = 300 veíc. eq./h – VHP na seção S4 (geração máxima de viagens)
VHP eq de autos HzB’ = 300 – 21 = 279 = 280 veíc. eq./h (entrando ou saindo)
O cálculo também considera a distribuição de viagens estabelecida no item 5.2.a e no
Anexo-5 deste relatório, ou seja, 55% deste volume são vindos do sentido Paraná
(origem Paraná/Registro/SP) e 45% deste volume virá do sentido São Paulo (origem
Brasil).
Logo,
VHP eq. HzB’ = 0,55 x 280 = 154 = 155 veic. Eq./h (Paraná/Registro/SP)
VHP eq. HzB’ = 0,45 x 280 = 126 = 125 veic. Eq./h (São Paulo/Brasil)
Os resultados deste cálculo são apresentados de forma detalhada na Tabela 6.1.1 e de
forma sucinta nas plantas constantes do Anexo-5c e do Anexo-6b deste relatório.
45
Tabela 6.1.1 - Capacidade e Nível de serviço - Situação FUTURA (Horizonte-B)
Seção Localização Sentido Largura efetiva
(m)
Dia da semana
Data Hora Pico
Horizonte-A V = Vol. eq.
ATUAL Hora-pico (Veic./h)
Sobrecarga Máxima geração
prevista CD (veic. Eq./h)
Horizonte-B V = Vol. eq.
FUTURO Hora-pico (Veic./h)
C = Capacidade
(Veic./h)
Y = V/C (Veic./h)
NS
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sexta 26/3/2010 10h45-11h45
51
125
176
2.625
0,07 A
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sexta 26/3/2010 16h45-17h45
53
125
178
2.625
0,07 A
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sábado 27/3/2010 11h15-12h15
52
125
177
2.625
0,07 A
S1 Retorno km 439+700m
N/Sul 5,00 sábado 27/3/2010 16h30-17h30
59
125
184
2.625
0,07 A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010 13h00-14h00
146
-
146
2.678 0,05 A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010 16h45-17h45
203
-
203
2.678 0,08 A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010 09h30-10h30
146
-
146
2.678 0,05 A
S2 Retorno km 439+700m
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010 17h15-18h15
120
-
120
2.678 0,04 A
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010 10h45-11h45
1.532
280 1.812
3.754
0,48 B
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010 16h00-17h00
1.133
280 1.413
3.754
0,38 B
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010 09h00-10h00
1.060
280 1.340
3.754
0,36 B
S3a Pista da BR-116 antes CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
16h30-17h30
1.127
280 1.407
3.754
0,37 B
S3 Pista da BR-116
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010 10h45-11h45
1.511
- 1.511
3.754
0,40 B
S3 Pista da BR-116
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010 16h00-17h00
1.128
- 1.128
3.754
0,30 A
S3 Pista da BR-116
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010 09h00-10h00
1.045
- 1.045
3.754
0,28 A
S3 Pista da BR-116
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
16h30-17h30
1.115
- 1.115
3.754
0,30 A
S3d Pista da BR-116 após CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010 10h45-11h45
1.522
280 1.802
3.754
0,48 B
S3d Pista da BR-116 após CD
PR/SP 7,15 sexta 26/3/2010 16h00-17h00
1.149
280 1.429
3.754
0,38 B
S3d Pista da BR-116 ap´ss CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010 09h00-10h00
1.051
280 1.331
3.754
0,35 A/B
S3d Pista da BR-116 após CD
PR/SP 7,15 sábado 27/3/2010
16h30-17h30
1.126
280 1.406
3.754
0,37 B
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sexta 26/3/2010
07h00-08h00
21
280
301
1.747
0,17 A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sexta 26/3/2010 17h30-18h30
5
280
285
1.747
0,16 A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sábado 27/3/2010
12h45-13h45
15
280
295
1.747
0,17 A
S4 Acesso ao CD (raio de giro)
Entrada 50,00 sábado 27/3/2010 17h45-18h45
13
280
293
1.747
0,17 A
46
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sexta 26/3/2010 09h00-10h00
11
280
291
1.747
0,17 A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sexta 26/3/2010 16h45-17h45
21
280
301
1.747
0,17 A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sábado 27/3/2010 09h15-10h15
6
280
286
1.747
0,16 A
S5 Acesso do CD (raio de giro)
Saída 50,00 sábado 27/3/2010 16h45-17h45
12
280
292
1.747
0,17 A
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sexta 26/3/2010 11h45-12h45
20
-
20
2.678
0,01 A
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sexta 26/3/2010 17h30-18h30
18
-
18
2.678
0,01 A
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sábado 27/3/2010 12h15-13h15
22
-
22
2.678
0,01 A
S6 Retorno do km 430
N/Sul 5,10 sábado 27/3/2010 17h30-18h30
15
-
15
2.678
0,01 A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010 08h15-09h15
45
155
200
2.678
0,07 A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sexta 26/3/2010 17h00-18h00
70
155
225
2.678
0,08 A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010 10h45-11h45
32
155
187
2.678
0,07 A
S7 Retorno do km 430
S/Norte 5,10 sábado 27/3/2010 16h15-17h15
26
155
181
2.678
0,07 A
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sexta 26/3/2010 07h30-08h30
1.522
280 1.802
3.728
0,48 B
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sexta 26/3/2010 17h15-18h15
1.795
280 2.075
3.728
0,56 C
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sábado 27/3/2010 07h00-08h00
1.723
280 2.003
3.728
0,54 C
S8 Pista da BR-116
SP/PR 7,10 sábado 27/3/2010 16h30-17h30
1.510
280 1.790
3.728
0,48 B
NOTAS:
1- As seções S2, S3 e S6 não serão impactadas pela movimentação do empreendimento;
2- As variações nas seções S4 e S5 são dadas pela flutuação ATUAL de veículos nos acessos (entrada/saída), do CD, conforme contagens executadas em 26 e 27/03/2010 (sexta-feira e sábado).
47
6.2.Identificação dos segmentos viários e locais impactados
Conforme atestam os carregamentos viários elaborados e os resultados obtidos nos
cálculos para os diversos horizontes, é possível concluir que haverá impacto causado
por este empreendimento apenas no cenário previsto para o Horizonte-B, nos
seguintes locais:
- Pista Paraná / São Paulo da Rodovia Régis Bittencourt ou BR-116 (seções S3a e S3d)
- Pista São Paulo / Paraná da Rodovia Régis Bittencourt ou BR-116 (seção 8)
As demais seções consideradas não serão impactadas uma vez que apresentam
menores volumes de veículos conforme demonstramos no carregamento viário
constante do Anexo-5b deste relatório.
Ressaltamos que, de acordo com este mesmo carregamentos viário, fica claro que as
seções da Rodovia Régis Bittencourt, pista Paraná/São Paulo, na aproximação do
retorno do km 439+700m ou, na pista São Paulo / Paraná, na aproximação do Km 430 e
vice-versa, localizadas todas na AII do CD de O Boticário, não sofrem impacto da
movimentação gerada por este empreendimento, uma vez que o volume que as
sobrecarrega é inferior ao volume na AID (45% e 55% da geração de viagens,
respectivamente), sendo mantida a mesma capacidade viária (largura constante da
rodovia).
6.3. Avaliação das condições de acesso e de circulação de veículos e pedestres
Com base no descrito no item 5.1 deste relatório, será necessário melhorar a condição
de caminhamento dos pedestres, garantindo maior acessibilidade às pessoas com
necessidades especiais e proporcionando mais segurança aos pedestres em geral em
seus caminhamentos entre as áreas internas do CD e os pontos de parada de ônibus
urbanos situados nas proximidades do empreendimento.
6.4. Avaliação dos impactos da movimentação do CD nos serviços de transporte
coletivo
O serviço de transporte coletivo por ônibus urbano não será afetado, uma vez que há
linhas que já circulam pela Rodovia Régis Bittencourt no trecho em que está implantado
o empreendimento.
Como a demanda por utilização destes serviços é eventual, uma vez que O Boticário
fornece este tipo de transporte através de fretamento, não haverá necessidade de
ampliação das linhas ou da freqüência operacional das mesmas.
48
A única providência necessária será garantir condições seguras e confortáveis para a
parada destes veículos em ambos os lados da Rodovia Régis Bittencourt e diante da
testada do empreendimento.
6.5. Elaboração da matriz de análise de impactos
A matriz de análise de impacto deste empreendimento é apresentada na Tabela 6.5
deste relatório.
Tabela 6.5 - Matriz de análise de impacto do empreendimento CD de O Boticário
LOCAL PERDA DE CAPACIDADE COMENTÁRIO CONDIÇÃO ATUAL
Rodovia Régis - pista PR/SP na AID SIM Não significativa ÓTIMA
Rodovia Régis - pista SP/PR na AID SIM Não significativa ÓTIMA
Rodovia Régis - pista PR/SP na AII NÃO Menor carregamento ÓTIMA
Rodovia Régis - pista SP/PR na AII NÃO Menor carregamento ÓTIMA
Entrada do CD - desaceleração NÃO Correção de pintura BOA
Entrada do CD - aceleração NÃO Correção de raio de giro BOA
Estacionamentos - autos NÃO Super dimensionado FOLGA
Estacionamentos - carreta EXTERNO NÃO Bem dimensionado ÓTIMA
Estacionamentos - carreta INTERNO NÃO Bem dimensionado ÓTIMA
Parque de DOCAS NÃO Bem dimensionado FOLGA
Oferta de transporte coletivo NÃO Faltam pontos de parada FOLGA
Condição do pedestre NÃO Faltam passeios RAZOÁVEL
A matriz de impacto deste empreendimento indica as medidas e locais que deverão
receber maior atenção quando da elaboração do rol de medidas mitigadoras e
compensatórias do impacto gerado pelo CD de O Boticário.
49
7 . ANÁLISE DO PROJETO E DA PLANTA DE SITUAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
7.1. Análise da circulação interna e da posição do empreendimento na rodovia
Conforme projeto de arquitetura constante do Anexo-1 deste relatório, os espaços
internos de circulação e manobra estão devidamente dimensionados.
- Análise da circulação interna
De acordo com o Código de edificações de São Paulo – Lei 11.228/92 – as vias internas
em pátios e acessos de estacionamentos deverão apresentar os seguintes parâmetros
mínimos:
Largura mínima (unidirecional) para circulação de veículos nas áreas de
estacionamento:
- Autos = 2,75 m
- Caminhões = 3,5 m
- Largura mínima bidirecional para a faixa de acesso às vagas de estacionamento:
- Autos = 5,5 m
- Caminhões = 7,0 m
Da análise e observação do projeto de arquitetura, verifica-se que estes parâmetros são
obedecidos e atendem, com folga, às exigências deste código.
O projeto atende, também, às dimensões mínimas de vagas, larguras mínimas de
acesso e raios de giro mínimos estabelecidos no item 13 do Código de Obras e
Edificações de São Paulo.
50
- Análise da localização do empreendimento
O empreendimento está localizado entre o Km 438 3 437 da rodovia Régis Bittencourt,
com acesso pela pista Paraná / São Paulo.
Em vistoria no local, em 20/03/2010, constatou-se que não há problemas quanto à
localização dos acessos de entrada ou saída, uma vez que seu posicionamento e sua
configuração estabelecem as seguintes condições favoráveis à segurança e à fluidez da
Rodovia Régis Bittencourt - BR 116:
- Localização em trecho reto, em declive suave e com extensão aproximada de 2 km,
favorecendo amplamente a visibilidade do empreendimento e permitindo que o
condutor, ao avistar o empreendimento, perceba-o facilmente e reaja com segurança,
permitindo a redução de velocidades e, até mesmo manobras de entrelaçamento, com
desaceleração segura e confortável;
- Ampla visibilidade do acesso de entrada, permitida a partir do km 439 da rodovia, ou
seja, cerca de 1 km antes do início da curva de concordância para a pista de
desaceleração;
- Existência de ampla pista de desaceleração com largura e raio de giro adequados,
minimizando os efeitos da manobra de entrada de carretas sobre a rodovia;
- Inexistência de controle de acesso junto à rodovia, existindo área livre e desbloqueada
para a parada de veículo e uma guarita para o acesso interno ao CD suficientemente
afastada dos bordos da rodovia;
- Existência de ampla pista de aceleração com largura e raio de giro adequados,
minimizando os efeitos da manobra de saída de carretas sobre a rodovia;
- O trecho em suave aclive à saída do empreendimento favorece o ganho de velocidade
na aceleração das carretas carregadas com destino Brasil, evitando entrelaçamentos
críticos ou que venham a causar impacto na Rodovia Régis Bittencourt;
- A ampla visibilidade dos veículo saindo ou entrando do empreendimento possibilitada
aos demais condutores de veículos da rodovia – tráfego de passagem – garante
condições excepcionais de segurança viária junto aos acessos do CD de O Boticário;
Desta forma, concluímos que os acessos estão bem localizados e não causam impacto à
Rodovia Régis Bittencourt que sejam diretamente relacionados ao seu posicionamento
ou configuração.
51
7.2. Estudo da demanda futura no horizonte da rodovia – Horizonte-C
Considerando o crescimento do volume do tráfego de passagem, é preciso ainda
verificar se, e quando, a movimentação do CD de O Boticário, associada a este
componente do tráfego, irá esgotar a capacidade da Rodovia Régis Bittencourt.
A este cenário chamaremos Horizonte-C, ao qual atribuiremos a movimentação gerada
pelo empreendimento para o Horizonte-B, que traduz a capacidade máxima de
atendimento do CD de O Boticário.
Para este cálculo elaboramos uma projeção do crescimento do volume da rodovia
baseada nos dados das contagens efetuadas em 26 e 27 de Março de 2010 e nas taxas
de crescimento anual da frota de veículos licenciada no Município de São Paulo obtidas
a partir de dados publicados no site do DETRAN/SP e apresentadas na Tabela 7.2.1
deste relatório.
Para o cálculo do horizonte-C, apresentado na Tabela 7.2.3, consideraremos apenas as
seções mais impactadas da Rodovia Régis Bittencourt, ou seja, a Seção S3a e a Seção 8.
Tabela 7.2.1 - Taxa de crescimento anual da frota licenciada em São Paulo/SP
TIPO 2007 2008 Variação
2007 a 2008 2009
Variação 2008 a 2009
Automóvel 4.285.620 4.512.118 5,3 4.749.184 5,3
Utilitário 507.560 548.965 8,2 603.823 10,0
Motocicleta 569.806 658.973 15,6 762.260 15,7
Ônibus 38.151 40.253 5,5 41.876 4,0
Caminhão 152.808 158.865 4,0 165.694 4,3
*Outros 67.104 70.060 4,4 73.251 4,6
TOTAL 5.621.049 5.989.234 6,6 6.396.088 6,8
Tomando por base as taxas de crescimento indicadas na Tabela 7.2.1 e, considerando
que o crescimento da frota em São Paulo repercute nos demais centros e localidades
do Brasil, assumiremos a taxa de 6,8% para o cálculo da projeção do volume futuro da
Rodovia Régis Bittencourt.
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A Tabela 7.2.2 apresenta a evolução do volume equivalente de veículos na Rodovia
Régis Bittencourt, na altura do km 437+700m, nos horários de pico e nas seções sob
impacto direto do CD de O Boticário.
A capacidade máxima da rodovia Régis Bittencourt na Seção S3a da pista Paraná / São Paulo é
a seguinte:
Capacidade PR/SP = 525 * L efetivo (m) = 525 * 7,15 = 3.754 veículos equivalentes/h
Considerando a sobrecarga máxima de veículos equivalentes gerada pelo CD de O Boticário na
nesta seção da rodovia, temos:
VHP Seção 3d para o Horizonte-C = S3 max. futuro + S4 máximo < 3.754 veíc. equivalentes/h
Tabela 7.2.2 - Projeção de volume - Situação FUTURA (Horizonte-C)
ANO SEÇÃO S3 SEXTA SEÇÃO S3 SÁBADO SEÇÃO S8 SEXTA SEÇÃO S8 SÁBADO
período >
Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde Manhã Tarde
2010 1.511 1.128 1.045 1.115 1.426 1.672 1.639 1.426
2011 1.613 1.204 1.116 1.190 1.522 1.786 1.750 1.522
2012 1.723 1.286 1.192 1.271 1.626 1.907 1.869 1.626
2013 1.840 1.374 1.273 1.358 1.737 2.037 1.997 1.737
2014 1.965 1.467 1.360 1.450 1.855 2.175 2.132 1.855
2015 2.099 1.567 1.452 1.549 1.981 2.323 2.277 1.981
2016 2.242 1.673 1.551 1.654 2.115 2.481 2.432 2.115
2017 2.394 1.787 1.656 1.766 2.259 2.650 2.598 2.259
2018 2.557 1.908 1.769 1.886 2.413 2.830 2.774 2.413
2019 2.731 2.038 1.889 2.015 2.577 3.023 2.963 2.577
2020 2.916 2.177 2.018 2.152 2.752 3.228 3.164 2.752
2021 3.115 2.325 2.155 2.298 2.939 3.448 3.380 2.939
2022 3.326 2.483 2.301 2.454 3.139 3.682 3.609 3.139
2023 3.553 2.652 2.458 2.621 3.353 3.932 3.855 3.353
2024 3.794 2.832 2.625 2.799 3.581 4.200 4.117 3.581
2025 4.052 3.025 2.803 2.990 3.824 4.485 4.397 3.824
2026 4.328 3.230 2.994 3.193 4.084 4.790 4.696 4.084
2027 4.622 3.450 3.198 3.410 4.362 5.116 5.015 4.362
2028 4.936 3.685 3.415 3.642 4.659 5.464 5.356 4.659
2029 5.272 3.935 3.647 3.890 4.975 5.836 5.720 4.975
2030 5.630 4.203 3.895 4.154 5.314 6.232 6.109 5.314
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Assim, o volume máximo suportado na Seção S3 < 3.754 – 300 = 3.454 veíc. equivalentes/h
Da mesma forma, na Seção S8, a mais carregada da pista São Paulo / Paraná, temos:
Capacidade SP/PR = 525 * L efetivo (m) = 525 * 7,10 = 3.728 veíc. equivalentes/h
Considerando a sobrecarga máxima de veículos equivalentes gerada pelo CD de O Boticário na
nesta seção da rodovia, temos:
VHP Seção 3d para o Horizonte-C = S8 max. futuro + S4 máximo < 3.728 veíc. equivalentes/h
Assim, o volume máximo na Seção S8 < 3.728 – 300 = 3.428 veíc. equivalentes/h
Este cálculo nos remete ao ano de 2021 para estabelecimento do Horizonte-C pois, somente a
partir deste ano é que a capacidade da Rodovia Régis Bittencourt, associada ao crescimento do
tráfego de passagem e à movimentação de veículos devida ao CD de O Boticário, deverá
esgotar-se.
Ressaltamos que este horizonte antecede o Horizonte-B e que, mesmo que o CD de O
Boticário não cresça à razão de 20%, considerando apenas a metade do carregamento máximo
na seção S3a e na Seção 8, teríamos como capacidade limite 3.604 veic.eq/h e 3.578 veic.eq/h,
respectivamente, nestas seções, remetendo ao ano de 2022 para o estabelecimento do
Horizonte-C.
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8. RECOMENDAÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS
8.1. Medidas mitigadoras externas ao empreendimento
São recomendadas as seguintes medidas mitigadoras externas ao
empreendimento:
a- Execução de passeio pavimentado e faixa de travessia para facilitar e tornar
segura a travessia de pedestres na Rodovia Régis Bittencourt;
b- Execução de ponto de parada de ônibus urbano em ambos os lados da Rodovia
Régis Bittencourt, dotados de abrigos iluminados e cobertos;
c- Ajustes na sinalização horizontal da faixa de desaceleração que antecede a
entrada do empreendimento;
d- Ajustes no traçado da faixa de aceleração após a saída do empreendimento;
8.2. Medidas mitigadoras internas ao empreendimento
São recomendadas as seguintes melhorias de projeto na área interna do
empreendimento:
a- Execução de passeios desde os acessos junto ao ponto de ônibus urbano até o
interior do lote, chegando à guarita de controle e ao interior da edificação.
b- Execução de rebaixamento de guias para pessoas com necessidades especiais
em todos os locais de circulação interna ou externa à edificação em que haja
diferencial de altura entre pisos;
c- Demarcação de vagas para idosos, ônibus e micro-ônibus fretados, ambulância,
viaturas de serviços público (Polícia Militar, Autopista) e visitantes;
d- Sinalização da área de embarque e desembarque junto ao acesso ao
empreendimento;
Estas medidas mitigadoras são ilustradas através de croquis constantes do Anexo-7
deste relatório e deverão ser implantadas no Horizonte-A do empreendimento.
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8.3. Medidas compensatórias
Para atender melhor à população do Município de Registro/SP, a direção de O
Boticário se compromete a manter um programa de educação escolar e ambiental
junto às escolas de rede pública existentes no município pelos próximos 05 (cinco)
anos.
8.4. Medidas de longo prazo (Horizonte-C)
A longo prazo e considerando o Horizonte-C de operação do empreendimento, a
direção do CD de O Boticário entende que deverão ser feitas novas avaliações da
demanda de carretas para este CD visando confirmar e ajustar as previsões de
crescimento atuais.
Na aproximação deste horizonte, deverão ser feitas medições de volume na
Rodovia Régis Bittencourt para que sejam determinadas, com maior precisão, quais
as intervenções viárias que, eventualmente, ainda venham a ser necessárias.
Por ocasião destas análises, a concessionária deverá considerar outros
empreendimentos de porte semelhante que acarretem impacto sobre este trecho,
contribuindo para o esgotamento da capacidade da Rodovia Régis Bittencourt e
que, portanto, deverão contribuir em conjunto com este CD para a amenização dos
impactos viários nesta rodovia.
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9. CONCLUSÃO
De acordo com este relatório de impacto no trânsito, podemos concluir que:
a- São necessários pequenos ajustes e obras nas áreas internas e nos acessos para
garantia do conforto e segurança dos pedestres e pessoas com necessidades
especiais;
b- É necessário complementar a demarcação das vagas de estacionamento nas áreas
externas do empreendimento;
c- Não ocorre impacto sobre a Rodovia Régis Bittencourt no Horizonte-A de operação
do empreendimento CD de O Boticário;
d- O trecho crítico da Rodovia Régis Bittencourt (pista SP/PR, em frente ao CD de O
Boticário) deverá operar no nível de serviço C somente se vier a ser atingido o
Horizonte-B (capacidade máxima de operação do parque de docas do CD) antes do
ano de 2021;
e- Por volta do ano 2021 (Horizonte-C), deverá ser feita nova avaliação da demanda
de carretas do CD de O Boticário e contagem de volumes de veículos na Rodovia
Régis Bittencourt;
Isto posto, concluímos que após a implantação das melhorias externas recomendadas
no item 8.1 deste relatório e, feitos os ajustes de projeto indicados no item 8.2 do
mesmo, o empreendimento CD de O Boticário estará em total conformidade com as
exigências de regularização da ANTT, produzindo impacto nulo sobre a Rodovia Régis
Bittencourt e propiciando segurança aos pedestres em seu entorno.
Desta forma, a direção do CD de O Boticário submete o presente relatório à apreciação
da Autopista Régis Bittencourt, colocando-se à disposição para prestar os devidos
esclarecimentos que ainda se fizerem necessários e, uma vez obtida sua aprovação, a
executar em curto prazo as medidas mitigadoras e compensatórias nele recomendadas.
Registro, Abril / 2010