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EU N DAçAO RELATORIO DE GESTAO E CONTAS DO ANO DE 2015

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EU N DAçAO

RELATORIO DE GESTAO

E

CONTAS DO ANO DE 2015

FUN DAçAO

RELATORIO DE GESTAO

FUN DA~AO

Porto, 31 de Marco de 201 6

Senhores Curadores,

Dando cumprimento 00 preceitucido nos Estatutos, o Conselho de Adrninistraçào apresenta aoConseiho de Curadores do Fundaçào AEP, o Reiatório de Gestâo referente cio perIodo findo em31 de Dezembro de 2015.

INT~9DuçAb.

No seu Piano de Atividades para 201 5, e desconhecendo-se ainda muito do que seria o novoQuadro Comunitário de Apoio para o perIodo 201 5-2020, a Furidaçâo AEP referenciou quatroproletos como sendo passIveis de serem candidatados ao Portugal 2020, dependendo dascaracterIsticas e dos conteiidos dos Avisos que fossem entretanto saindo corn vista aapresentaçào das referidas candidaturas.

Essse projetos ercirn: APREENDER — DESENVOLVER ATITUDES EMPREENDEDORAS, VALOR PORTUGAL: A CRIAçAO

PARTILHADA DE VALOR, EMPREENDER 2020 — 0 REGRESSO DE UMA GERAçAO PREPARADA E EMPREENDER 45-60-UMA ESTRATEGIA DE A~oio AO EMPREENDEDORISMO SENIOR.

Destes quatro projetos, três deles forom efetivamente candidatados durante o ano de 201 5 edeverào avançar em 201 6. Detalhes destas candidaturas söo apresentadas adiante, em conluntocorn outras atividades desenvolvidas pela Fundaçao Go longo de 201 5.

ATIVIDADES

Para a prossecução dos seus fins é essencial a identificaçào p~biica da Fundaçäo AEP corn osseus objetivos, organizando eventos e atividades empresariais, toTs corno, jornadas, encontros,alrnoços debate, mesas de negócio, ediçâo de textos, e apoiando seminários e conferências noarea do formaçöo empresariai e do fomento do empreendedorismo.

Nesse sentido, a Fundacao levou a cobo as seguintes atividodes no decurso do ano de 2015.

> PUBLICAçAO DO LIVRO DAS V JORNADAS EMPRESARIAIS AEP I SERRALVES

Em junho a Fundaçao publicou o livro das quintas Jornadas Empresariais AEP Serralves 2014,urn documento que congrega as intervençöes de todos os oradores que participaram nesteimportante evento que teve como tema “PORTUGAL NO MUNDO”, urn tema de grande atualidade eimportância estratégica.

Est a publicaçâo foi cofinanciodo pelo Compete Siac, no âmbito do projeto Apreender ii epafrocinada peia KPMG, patrocinadora exciusiva dos Jornadas Empresariais.

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> ENCONTROS

Estas iniciativas pretendern reunir os principais agentes e empreendedores de setores chave eemergentes em atividades de diagnóstico, discussão e debate setoriais sobre a realidadeempresarial e as questöes de desenvolvimento das atividades que afetam o empreendedorismoe 0 espIrito empresarial nesses setores.

• Dinamizar o Cadastro e a Gestâo Florestal

A repetida calarnidade dos incêndios florestais, que persiste e se renova apesar dos re orçadosmeios e polIticas de prevençào e combate, torna evidente que é imperioso encontrar novoscaminhos para solucioncir este problema.

Foi na busca desses novos caminhos e soluçöes que a Fundcição AEP promoveu uma sessâo detrabaiho dedicada ao tema do “Dinamizor a Cc~dastro e a Gestào Florestal”, em 1 2 de maio2015 em Ponte de Lima, que decorreu corn muito sucesso.

Este Encontro centrou-se nas temáticas n~o de como optimizar o combate, mas sim de cornoassegurar urn uso e gestao das terras ri~sticas que se possa generalizar a major parte possIvel doterritório, minimizando as origens e as condiçôes de desenvolvimento dos incêndios florestais oururais. Do mesrno resultará uma publicaçao.

> REFLEXOES DE CONJUNTURA: EMPREENDEDORISMO E ESPIRITO EMPRESARIAL

A Fundaçao organizou durante 2015 trés debates, onde pretendev reunir empresários eempreenciedores de uma forma continuada para momentos de reflexào e debate sobre aconjuntura ernpresarial. Foram eles:

o 0 primeiro debate teve lugar em 14 de maio, sobre o tema “0 Papel da IFD no apoio

ao financiamento das empresas portuguesas” e teve como orador o Presidente Executivo

da IFD — Instituição Financeira de Desenvolvimento, José Fernando Figueiredo.

o 0 segundo debate teve lugar em 24 de setembro, sobre o terna “As alteraçöes

geopolIticas na Europa e as potencials consequências nos rnercados e nas empresas” e

teve como oradora o Senhor Ernbaixador Francisco Seixas dci Costa.

o 0 terceiro debate teve lugar em 5 de novembro, sobre o tema “Africa perante a crise

interna: Riscos e Oportunidades” e teve como orador o Dr. LuIs Amado.

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PATRIA LINGUA PORTUGUESA I 8 DE OUTUBRO 5° EDIcA0

A Fundaçào AEP acolheu no possodo dio 8 de Outubro a 5~ Ediçâo do Pátria Lingua Portugueso,

corn a presenço do Cônsul-gerol do Brosil no Porto, Embaixador Gelson Fonseca Junior, oDiretor de Administrciçâo e Finanças do Embrotur, Doutor Tufi Michreff Neto, aDiretora do Departarnento de Turismo do Camaro Municipal do Porto, Dro Susona Ribeiro e oPrefeito do Cidade de Sào Francisco do Sul, Dr. Luiz Roberto Oliveira.

Após o aberturo deu-se inIcio ao serninário TURISMO DE NEGOG0s E TURISMO SUSTENTAvEL, corn

o porticipoçâo do Presidente do Joinville e Regiâo Convention & Visitors Bureau, Sro. AureaRoquel Pirmonn, o Presidente do Conselho Municipal de Turismo, do Instoncia de GovernançciCarninho dos PrIncipes em Joinvile e Membro do Conselho Estoduol de Turismo, Dro. RosiclerDedekind, Membro do Conseiho Municipal de Turismo, Diretoro do Joinvile e Região CVB e doCia do Turismo, Dro. Maria Conceiçâo Junkes Engenheiro QuImica e Reitoro do Universidode deJoinville e Regiâo.

Pelas 17h30 teve lugar o Lonçomento do Livro “50 Anos do Univille”, do Professora Dro. SandraFurlan.

> JORNADAS EMPRESARIAIS: VI JORNADAS AEP I SERRALVES

As VI JORNADAS AEP I SERRALVES tiveram lugar no dia 1 2 de novembro, no Auditório de Serralves,

sendo o tema base de ref lexâo “MUDAR PARA DESENVOLVER” e reuniram, em media, cerco de 230

pessoas.

o programa dos Jornodos foi, como sempre, rnuito intenso e abriu corn o Prof. Viriato Soromenho

Marques. A sessão do monhã abordou dois temas: “Tendéncios de evoluçao do sociedode e doeconomio” e “Implicoçöes ao nIvel dos orgonizoçães dos tendêncios de evoluçao tecnológicci e sócio

económicos”. Paro abordar estas questöes tivemos as seguintes apresentaçöes: “lmplicoçöes

Tecnológicas” pelo Prof. José Manuel Mendonça do INESC; “lmplicaçöes Sócio-Económicos” pelo

Dr. Antonio Figueiredo do Quoternaire Portugal S.A.; “Capital de risco conciliado corn risco

tecnológico” pelo Dr. Ricordo Luz da Instituiçao Financeira de Desenvolvimento (IFD); e “Evolução

dos mercodos e dos consumidores. lmplicaçâo na gestão” pelo Dr. Miguel Seixas do Sonae MC -

Modelo Continente Hipermercodos S.A.; e “lmplicaçöes sobre as Empresas” pela Dro. Isabel

Furtado do TMG — Têxtil Manuel Gonçalves S.A..

Do porte de torde discutirom-se dois outros temas “0 posicionomento nos codeios globois e nos

iigoçöes corn os consumidores” e “As consequéncios sobre as pessoos”. Pora abordar estasquestöes tivemos o Eng.° Francisco Almada Lobo — Critical Manufacturing S.A., o Dr. Rui Paivo -

WeDo Technologies S.A., o Prof. Pedro Teixeira, Vice-Reitor da Universidade do Porto e o Eng.°

Paulo Pereira da Silva dci Renova S.A..

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As Jorncidas encerrclram corn a intervençâo do Prof. Antonio Murta, Presidente do Conseiho de

Administraçâo da Pathena S.G.P.S..

o Livro das VI Jornadas, corn o conte~do de todcis as intervençöes, está em fase de pub Iicaçâo.

As VII JORNADAS AEP I SERRALVES decorrerào a 20 de outubro de 2016, no Auditório de Serralves,

sendo o tema base de ref lexâo “INICIATIVA E REALIzAçA0”.

Esta atividade foi cofinanciada pelo Compete Siac, no âmbito do projeto Apreender 3.0 e

patrocinada pela KPMG, patrocinadora exciusivo dos Jornadas Ernpresariais.

Os PROJETOS - 2015

> PROJETO APREENDER 3.0~ DESENVOLVER ATITIJDES EMPREENDEDORAS

o projeto APREENDER 3.0 foi candidotado no dia 30 de outubro de 2015 ao Compete 2020,SIAC em Co-promoçao corn a Portus Park (lider) e o CEC/CCIC e agucirda decisào.

Caracterizaçao do Pro jeto

A atual configuraçào do projeto — APREENDER 3.0 —, numa implementaçâo incremental,congrega urn conjunto de iniciativas em prol da promoçâo do inovaçöo, do empreendedorismo edo espirito empresarial, como uma forma de estar no sociedade, a qual nâo se limita nemcircunscreve 0 envolvente empresarial e criaçOo de negócios, mas em sentido lato para umamudança cultural a favor do espIrito de iniciativa, do estImulo a criatividade, experimentaçOo edeteçOo de novas oportunidades e modelos de negOcio em favor do empreendedorismoqualificado e criativo, visando a criaçOo e desenvolvimento de novas empresas de basetecnológica e intensivas em conhecimento.

A lOgica de atuação deste projeto visa, de uma forma integrada e 00 longo de cerca de 24meses, implementar nas RegiOes Norte e Centro de Portugal, urn projeto estruturante de suporte00 empreendedorismo, copromovido pela Portus Park, FundoçOo AEP e CEC/CCIC, e queenvolve infraestruturas de ciência e tecnologia, de incubaçOo e outras entidodes do ecossistemade dinamizaçOo do empreendedorismo, contemplando iniciativas de deteçOo, de estImulo e deapolo ao empreendedorismo, 0 capacitaçOo de iniciativas empresariais e a concretizaçOo denovas empresas, e iniciativas de mentoria e coaching para apoio ao desenvolvimento, incubaçOoe aceleraçao de ideias inovadoras, spin-offs e startups.

o APREENDER 3.0 e urn projeto concretizado através de 14 atividcides integradas em cincoeixos prioritOrios:

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1. PROMOVER Promoçâo de uma sociedade mais empreendedoraVisa promover de forma extensiva a mudança cultural a favor da inovaçâo, do

empreendedorismo, e do espirito empresarial, como uma atitude permanente ao longo do vida,fomentando o espirito de iniciativa, reduzindo a avers~o ao risco e o estigma do fracasso e doinsucesso.

2. CAPACITAR I Capacitaçâo parc o empreendedorismoVisa a realizaçâo de iniciativas de promoçâo da cultura empreendedora, criativa e inovadora ede capacitaç& porci o empreendedorismo em temáticas essenciais para dinamizar o espiritoempresarial e preparar indivIduos para a estruturaç~o dos negócios, corn base em abordogenspragmóticas centradas no iniciativa empresarial e no capacitoçâo dos empreendedores, deperitos e agentes corn papel relevante no apolo a empreendedores, e no reforço dascapacidades e competências no âmbito do mentoring e coaching para a qualificaçâo prévia dosiniciativas empresariais.3. CRIAR I EstImulo 00 apoio e financiamento de pro~etos inovadoresVisa dinamizar iniciativas e atividades que favoreçam a deteçao, estImulo e 0PO~O Goempreendedorismo e a capacitaçâo de iniciativas empresarials e a concretização de novasempresas (start-ups), incluindo acesso a infraestruturas de incubaçâo, serviços de apolo, potencialfinanciamento de projetos inovadores, através da aproximaçâo a investidores (nacionais einternacionais), business angels e capital de risco, e 00 estIrnulo do empreendedorismocorporativo (spin-offs).

4. ACELERAR & CRESCER I Apoio a aceleraçâo e crescimento de negóciosVisa disponibilizar iniciativas, atividodes e serviços de apolo de prirneira necessidade aempreendedores e projetos ernpresariais, e capacitaçâo de iniciativas empresariais (startups/spin.offs) incluindo a facilitaçâo do acesso a infraestruturas de aceleraçâo, serviços de apoio,acompanhamento especializado, acesso a redes e comunidades de prática, através de redes dementoria e aconselhamento empresarial, e arenas de investimento.

5. DISSEMINAR I Promoçâo e DisseminaçâoVisa levar as açöes junto dos diferentes p~iblicos-alvo e fomentar a partilha de informaçâo e deexperiências, construindo uma comunidade ativa de partilha de conhecimento e informaçâo,interinstifucional e multissectorial, promovendo o espIrito empresarial e o empreendedorismo pelavalorizaçâo de boos práticas e casos de sucesso.

> PROJETO EMPREENDER 2020 —0 REGRESSO DE UMA GERAcA0 PREPARADA

0 projeto Empreender 2020—0 regresso de uma gercição preparada foi candidatado pelaFund açâo AEP no dia 28 de outubro de 201 5 ao Compete 2020, SIAC e aguarda decisâo.

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Caracterizaçao do Pro jeto

Face a conjuntura atual, desenhada sobre os contornos da crise e da recessào, assiste-se a urncenário de fluxo emigratório onde os jovens abandonam o pals por algo mais do que a busca deemprego, procurando agora uma carreira, o reconhecimento da sua formaçâo e competências:urn futuro. Se ha uns anos emigrar era opçào para os mais ambiciosos e desternidos, hole em dia,é quase a soluçào indeclinável para o alcance de uma oportunidade profissional.

Este êxodo nacional acarreta consigo uma série de preocupaçöes para o pals, nomeadamenteem termos dernográficos corn consequências óbvicis ao nIvel do desenvolvimento económico esocial. Os seus efeitos começam iá a alcançar proporçöes inquietantes, apresentando valores quemerecem ref lexào e que necessitam de serern contrariados.

Segundo o Observatório da Emigraçao, a populaçào portuguesa emigrada cresceu mais do quea populaçao residente em Portugal, na viragern do século (1 8% contra 7%, respetivamente,entre 1 990 e 201 0). Assim, a populaçào portuguesa emigrada representa uns preocupantes20% face a populaçâo residente em Portugal.Ao longo da áltima década Portugal apresenta também urn padrâo de migraçào cada vez maisinquietante. Se, por urn lado, o niirnero de irnigrantes tern vindo a dirninuir de ano para ano, oniirnero de ernigrantes a abandonar o pals aumentou uns avassaladores 474% de 2003 para201 3, posicionando o saldo migratório português em valores negativos: -36,2 em 201 3(INE,PORDATA, 201 5).

Esta conlugaçào de alta emigraçào e baixa irnigraçào, em terrnos acurnulados, situa Portugal, nocontexto migratório europeu, no quadrante dos poIses de repulsào (Observatório de Emigraçao,2014).

Segundo as principais conclusôes do relatório da Organizaçào para a Cooperaçào eDesenvolvirnento Económico (OCDE) relativos ao ano de 201 3, atribuern-se fundarnentalmenteduos razöes para a diminuiçào do nürnero de imigrantes: urna delas é a crise econórnica e aoutra a naturalizaçào da populaçöo estrangeira. No balanço de 201 3, a populaçào imigranteern Portugal totalizava cerca de 400 rnil pessoas, urn nürnero insuficiente para equilibrar afragilidade do défice dernográfico, verificando-se, entre 201 2 e 201 3, urna diminuiçào de 0,5%da populaçâo residente em Portugal (Observatório do Ernigraçào, 2014).

A agravar a situaçâo, e segundo estirnativas das Naçöes Unidas e do Banco Mundial havia, em201 3, entre dois milhôes e 2,3 rnilhöes de portugueses ernigrados. Em 201 0 Portugal ocupava làa 1 2a posiçâo na lista de paises corn rnaior taxa de emigraçào, sendo que, em termos relativos,é o pals da Uniào Europeia corn mais emigrantes, depois de Malta.

Para além das estatisticas, a emigraçâo do século XXI apresenta novos contornos nomeadarnenteao nivel de qualificaçöes, acarretando consigo urna nova problemática. Ernbora 60% dapopulaçâo ernigrada continue a ter a escolaridade básica, a percentagem dos diplomados doensino superior na populaçâo portuguesa ernigrada nos poises da OCDE cresceu rnais de 50%,passando de 7%, em 2001, para 17%, em 2011 (Observatório do Emigraçào, 2014).

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Se o panorama dci ernigraçào ~á representciva uma fragilidade parci Portugal a nIveldemográfico, esta tendência exponencial do novo perfil de ernigrantes transporta para o palsuma ameaça em termos econórnicos.

Corn o desernprego lovem a atingir patamares na ordem dos 35% (Eurostat, Fevereiro 2014)Portugal detêm uma das percentagens mais elevadas da Uniöo Europeia, fazendo corn que asaida do pals sela, cada vez mais, a soluçào óbvia para coritrariar a situaçâo profissional.

Dos cerca de mais de 128 mil portugueses que deixaram o pals em 2013 (Portugal Digital,2014), a grande maioria sâo lovens qualificados, entre os 25 e os 34 amos, as grandes vitimasdo desemprego nacional (DN Opiniào, 201 2).

Segundo as análises estatisticas do proleto europeu Generation E, verifica-se ainda que cerca de44% dos lovens emigrantes moo mudaram formalmente de residência ou deram entrada nosregistos oficiais, como o registo civil ou consulado no pals de acolhimento. Assim sendo, asestimativas das estatlsticas oficiais estarOo, provavelmente, enviesadas por defeito, atribuindourn carácter ainda mais prioritário a esta temática.

A taxa de emigraçOo dos qualificados é urn indicador problemático da chamada “fuga decérebros” (Observatório do ErnigraçOo, 201 4). Este fenómeno permite observar a lacuna do palsna sua capacidade de retençOo de talento. Apesar da sua eficaz estrutura formativa e deeducacOo, Portugal nOo tern ainda uma capacidade de integraçOo no mercado de trabaiho queseja eficiente, capaz de reter no pals e de apoiar os chamados “cérebros” nurn seu percurso oucarreira profissional.

Apesar de a emigraçOo là parecer ser urn passo habitual no percurso de qualquer jovem, aintençOo de regressar parece bastante presente. 0 inquérito do projeto Generation E procurouainda apurar as intençOes de regresso destes lovens talentos. Os seus resultados demonstram quecerca de 77,62% pretende voltar, embora 29,73% dos mesmos apenas o refira corno urnaintençOo a longo prazo (daqui a mais de 1 0 anos).

Assim, assistirnos a urn cenário preocupante, nOo so pela perda de competências e do tOoirnprescindivel mOo-de-obra qualificada, mas tambérn pela auséncia de uma intençOo deregresso a curto/médio prazo por parte deste jovens emigrantes, que se torna necessáriocontra na r.

Sendo as “questOes laborais”, como o desemprego e a evoluçOo na carreira, apontadas como osfatores que levaram a decisOo de viver no estrangeiro, por 86% dos lovens emigrantesportugueses que participararn no inquérito do proleto Generation E, este deverá ser o foco dasatençOes, nas matérias a trabalhar para atrair os jovens a urn regresso ao pals.

JO em 201 3, constava no RelatOrio Anual de Segurança Interna urn alerta para estaproblemOtica: “de notar que a transferência de conhecimento, realizada a coberto de atividades

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de recoiha de informação sensIvel, e a captação de recursos humanos para empresasestrangeiras poderão traduzir-se em serbs danos para a economia nacional”.

o aproveitamento deste capital de conhecimento é por isso urn imperativo nacional, para odesenvolvimento do pals, sendo incontornável a necessidade de se virem a criar condiçôesfavoráveis ao regresso desta geração, detentora de urn elevado nivel de competênciasempreendedoras, capazes de gerar uma nova dinãmica no crescimento económico e no equilIbriosocial. Medidas que estirnulem a ernpregabilidade são irnperativas nesta fase que o palsatravessa, passando tarnbérn pela promoçào do espirito empresarial.

Este deverá ser, portanto, o designio da próxirna década, assumido nâo so pelos responsáveisgovernamentais, como também pela sociedade em geral, ern prol de urn Pals que se querrenovado após uma crise profunda, e alinhado — social, econórnica e tecnologicarnente - corn osrestantes PaIses desenvolvidos da Europa.

Neste contexto, a Fundaçöo AEP pretende posicionar-se corno uma das entidades promotorasdesta mudança, confribuindo, no âmbito das suas competências, para a definição eirnplernentaçâo de urna estratégia integrada de apoio ao regresso desta geração qualificada,promovendo o espirito empresarial e criando as condiçöes favorOveis para o regresso, acaptação e fixação de talentos capazes de dinamizar a criação de novas empresas e gerarriqueza para o Pals.

Para o efeito, participou ativamente na consulta p~blica que antecedeu a aprovação do PianoEstratégico para as Migraçöes (201 5-2020) criado na Resolução de Conselhos de Ministros n°1 2-B/201 5, especificamente no “Eixo V — Politicas de reforço da ligaçöo, acornpanharnento eapoio ao regresso dos cidadãos nacionais ernigrantes”.

Entre as contributos que então apresentou e que forarn acolhidos favoravelmente pela tutela,constava a realizaçöo do proleto que ora se candidatou, considerado como o ponto de partidapara a irnplementaçâo de algurnas das medidas preconizadas no referido no Diploma(nomeadamente a medida 97 — “Dinamização das relaçöes culturais, econOmicas e ernpresariaisdo emigrante corn Portugal” e medida 98 — “Atração do emigrante ernpreendedor”). 0 proletopretende tarnbém contribuir para a soiidez de outros programas especlficos que venham a serlançados no domlnio da promoçâo do espirito empresarial, alustado ao quadro motivacionaldeste pi~bIico-aivo, de forma a responder obletivamente as suas expetativas e perspetivasfuturas.

Objetivo Estratégico

Em face da situaçâo antes descrita, a proleto Empreender 2020 procura dar resposta a urnproblema nacional traduzido na ausência de urn ambiente favorOvel a fixação no Pals, de urnageração de jovens qualificados, o reduzido estimulo empreendedor da envolvente, que propiciaurna forte aposta desta geraçâo na procura de outros destinos rnais atrativos.

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o obletivo central e estratégico do pro~eto é contribuir para que o Pals equacione e promova oregresso destes iovens na próxima década, tanto quanto possIvel criando condiçöes maisfavoráveis para a concretizaç~o dos seus projetos ernpresariais e pessoais e, potenciando destaforma, a rnobilizaçào deste capital de conhecimento i~inico e irnprescindIvel para urn crescimentoeconómico sustentado, corn base no empreendedorismo e na inovaçöo.

Atendendo a programaçâo dos fundos europeus, este projeto reveste-se de especial importânciaestratégica, na medida em que assegura as condiçöes prévias para o surgimento de urn conluntode projetos estruturantes no domlnio do empreendedorismo, dando assim resposta aos principalsobjetivos estabelecidos na estratégia Europa 2020, e contribuindo para o cumprirnento dasmetas estabelecidas para Portugal nesta matéria.

Terido na base urn rigoroso e profundo diagnostico a situaçào atual, será posslvel traçar linhasorientadoras para o desenvolvimento desta estratégia, fornecendo as eritidades p~blicas eprivadas corn responsabilidades neste dornlnio, urna avaliaçao sobre o conjunto de fatorescriticos que poderào condicionar o sucesso de futuras iniciativas, de apolo ao empreendedorismodirecionado a este páblico especifico.

Do ponto de vista estratégico, a realizaçâo deste proleto contribui ainda para o combate aosdéfices estruturais de qualificaçâo e inovaçâo que ainda persistem no nosso Pals, na rnedida emque perrnite alavancar intervençöes no dominio da captaçâo e retençöo de quadros cornelevados niveis de conhecimento, corn impacto considerável nos indicadores associados alnovaçao e l&DT.

Em sirnultâneo, o proleto prevê a construçào de ferramentas potenciadoras do espiritoempresarial, e de dinamizaçâo das relaçöes ernpresariais entre a populaçao ernigrada econtexto ernpresarial nacional integradoras de outras iniciativas que venham a concretizar-se nofuturo.

o proleto Empreender 2020 é oportuno e estratégico, revestindo-se de elevada irnportânciapara a competitividade do Pals no futuro próximo, face a abordagem que preconiza em relaçâoa problemática considerada, ao envolvimento dos stakeholders e ao cornpromisso na prossecuçâode urn objetivo cornum, advogado por todos.

Objetivos Operacionais

Em face do enquadrarnento e da estratégia delineada, o projeto Empreender 2020 procuraresponder aos seguintes obletivos operacionais:

1. Realizar urn levantarnento exaustivo do capital humano corn elevadas cornpetênciasexpatriado para outros paises;

2. Avaliar o potencial de retorno desse capital humano e o impacto para o desenvolvirnentoeconómico do Pals;

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3. Identificar as condiçöes que favorecem esse retorno e definir cenários concretos deatuoçâo corn vista ao regresso desta geração num ambiente favorável ao estImulo dassuas capacidades empreendedoras;

4. Debater urn modelo de deserivolvimento capaz de acolher esta gerciçao, identificando

óreas ou setores de atividade compatIveis corn as suas competências, gercidoras deriqueza e de estabilidade social, desenhando urn Programo Especifico de Apoio aoEmpreendedorismo;

5. Promover urn arnbiente favorável a prornoçâo do espIrito empresarial, pela criaçâo deferrcimentas e metodologias capazes de divulgar oportunidades de empreendedorismoern Portugal e relacionamento empresarial na Diáspora, estimulando o regresso dosportugueses

6. Tornar o Pals pioneiro neste traleto de desenvolvimento, contribuindo paro a diminuiçâodas taxas de desemprego e para urna dinâmica empresarial mais cornpetitiva.

> PROJETO EMPREENDER 45-60 - UMA ESTRATEGIA DE APolo AO EMPREENDEDORISMO SENIOR

0 projeto Empreender 45-60 — Uma estratégia de clpolo 00 empreendedorismo Senior foicandidatado pela Fundaçào AEP no dia 16 de lulho de 2015 ao Norte 2020, SIAC, Promoçàodo Esplrito Empresarial e aguarda decisöo

Caracterizaçao do Projeto

A taxa de desemprego que se assiste em Portugal é uma realidade inquietante, fruto do recentecrise económica que assolou o pals nos i~ltimos anos e que conduziu a necessidade de urn resgatefinanceiro, corn efeitos severos para as empresas e respetivos trabalhadores e trabalhadoras.Embora já se verifique uma ligeira tendência positivo, Portugal registava em Abril de 201 5 urnataxa de desemprego de cerca de 1 3%, a terceira mais alta dos poises constituintes da OCDE(Organizaçào para a Cooperaçâo e Desenvolvimento Económico).

Quando o tema é o desemprego, para melhor entender o impacto na realidade económica,torna-se relevante analisar todas as variantes que a compöem. “Segundo dados do lnstitutoNacional de Estatistica (INE), no áltimo trimestre de 201 3 estavam desempregadas 838,6 mupessoas. Deste rn~mero, mais de 268 mu pessoas tinharn 45 ou rnais onos. Urn valor querepresenta quose urn terço do nümero total de desempregados em Portugal.” (Soldo Positivo -

Caixa Geral de Depósitos, 2014).

Nurn cenário de crise económica a procura de ernprego para as pessoas que se encontram nafaixa etária entre os 45 e os 60 anos pode revelar-se uma tarefa extremamente complicada. Sona Regiao Norte, segundo os censos de 2011, verificou-se uma taxa de desemprego dapopulaçao nesta faixa etária na ordem dos 1 3,9%. Em comparação corn as restantes NUT II, esteindicador constitui urn elevado irnpacto, no medida em que é a regiào corn uma maiorpercentagem de habitantes corn estas idades, cerca de 27% do total da populaçâo, a queacresce urn md ice de envelhecimento de 11 3,3%, no ano 2011.

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FUN DAcA0

Já no que diz respeito ao nIvel de escolaridade no regiâo Norte em 2014, segundo a Pordato,1 3% do total do populoçâo desempregodo tinho o ensino superior. Nâo ha muitos anos, em1 997, o valor que representovo a populaçâo desempregada corn o ensino superior no zonanorte era apenas 5%. Esta leitura desenha os contornos de uma realidade completamentediferente daquela que se sentia, nâo ha muito tempo otrás.

A conjuntura atual traduz-se não so numo diluiçâo dos oportunidades de emprego, como nurncenário de concorrência desenfreodo para as vagas que vâo surgindo, corn a introduçao de urntrade-off altomente desfavorável oos que procurarn urn rumo profissional compatIvel. Assim, avalorizoçâo do sabedoria e dos anos de experiência começam a ser substituldas pelacapacidade de aprendizagem, o espIrito criativo e dinâmica pró-ativa frequenternenteassociadas as camadas mais jovens. Por outro lado, face a situação econórnica agravado, asempresos manifestarn uma major disponibilidade para pagar salários mais boixos, em nadocompatIveis corn o elevado nIvel de competéncias dos profissionais seniores, gorando ossim assuas expetativas.

De acordo corn o INE, a taxa de desemprego no faixa etária ocima dos 45 onos situava-se nos11,9% no terceiro trimestre de 2013 opresentando urn ournento relativcimente 00 trimestrehornólogo de 201 2 (11,4%). “Para além disso, 70% dos desempregados corn rnais de 45 anosprocuravam trabalho ha rnais de 1 2 meses — sendo por isso classificados como desempregodosde longo durciçào (INE, 201 3). No 3° trimestre de 2014, a faixa etária corn o major nt~rnero dedesempregados foi a de indivIduos corn mais de 45 anos, seja, cerca de 239 mu pessoas sernemprego (INE, 201 4).” (IFDEP, 201 5).

Segundo a Pordata, 46% do total de desempregados inscritos nos centros de emprego e deforrnação profissional no zono Norte em 2014 dizia respeito a cidadâos corn idadescornpreendidas entre os 35 e os 54 anos, o que revela uma profunda crise social instalada queirnporta inverter no curto prazo.

Numa altura em que o Pals procura sair desta crise profunda, e em que se vislumbra, felizmente,urno melhoria nos indicodores económicos de crescimento, é imprescindivel criar condiçöes paraque esta geroçâo posso contribuir corn 0 seu conhecimento, valorizondo as suas competéncias eaproveitando a sua disponibilidade para a sustentabilidade dos empresas e do econornia, casocontrório, estarernos a desperdiçar uma irnportante força de trabolho.

Enquonto não surge essci valorizaçâo por porte dos empregadores, a criaçâo do próprioemprego cipresenta-se como urna solucao astuciosci e coerente pcira controriar a realidade cique se cissiste, como comprova o estudo “0 Envelhecimento Ativo e os Empresarios Seniores”elaborado pela Associaçao Ernpresorial de Portugal (AEP) no qual se constato que ~empresários em Portugal corn 50 ou rnais arios duplicaram entre 1991 e 2011, representando36% do total, revelando urn perfil “bern mais enveihecido” do tecido empresarial face apopuloçao ativa.

Porérn, resultados de várias pesquisas mostram que, corn o ournento do idade, os individuos sâomenos positivos em relaçâo 00 empreendedorismo, mostrando algurn desconforto perante a ideia

11

F U N D Ac A 0

de iniciar urn negócio próprio. Segundo o estudo elaborcido pelo IFDEP em 2014

“Empreendedorismo Acima dos 45 anos - Urn Qihar sobre Portugal” mais de 50% dos indivIduosque se encontram numa situaçâo de desemprego possuem uma ideia de negócio, no entanto, nàopretendem avançar corn o passo de criaçâo dci sue empresa, invocando como principais motivos:Questöes económico-financeiras (27,38%), Oportunidade/preferêncici em trabalhar por conta deoutrem (22,62%), Nâo ter perfil/nâo ver o empreendedorismo como prioridade e Medo defalhar/aversâo ao risco (ambas corn 14,29%). Este estudo tcirnbérn revela que rnais de 50% dosindivIduos nào se encontrarn preparados parc ci criaçâo do seu negócio, denotando enormefragilidade e falta de autoestima pelas sues capacidades.

De cicordo corn o Amway Global Entrepreneurship Report 2014, urna des forrnas para ultrapassaresta resistência é valorizar e promover a irnportância e atratividade deste p~blico-alvo no seiodci sociedade, pela rnais-valia que representa para o seu desenvolvirnento social e económico,sobretudo quando restringirnos a grupos de indivIduos corn elevadas qualificaçoes e nIveis deconhecimento.

Este é, sem di~vida, urn problema da sociedade portuguesa que se prende corn urna atitudernenos positiva face a aiternativas de aceitaçào e inclusâo social, experirnentadas ~á por outrospaIses, nomeadarnente na União Europeia. Aiiós, perante a necessidade de promover oenvelhecimento ativo da populaçöo e reconhecendo a mais-valia des geraçöes avançadas parao desenvolvimento social e económico do velho continente, a Cornissao Europeia desenvolveu, em2015, urn conlunto de poilticas de apoio aos seniores que pretendern ernpreender ou seremmentores de outros empreendedores, promovendo e disserninando boas práticas. Neste sentido,foi construIdo o The Entrepreneurship 2020 Action Plan como resposta a grave crise económica dosültimos 50 anos, que contern urna vertente especIfica dedicada ao ernpreendedorismo senior.Portanto, torna-se necessário analisar pormenorizadamente este piano de acào, assim comoprocurar outras situaçöes, idênticas a realidade do nosso Pals, para as quais foram definidas eimplernentadas poiIticas p~bIicas e outros tipos de apoio ao ernpreendedorisrno senior,identificando práticas de sucesso passlveis de serem adotadas a nlvel nacional.

o fraco espirito empreendedor que caracteriza a populaçao mais senior sugere ainda aexisténcia de urn grande dilerna: enquanto as pessoas rnais veihas, corn urn enorrne potencial deexperiência e conhecirnento nâo demonstrarn apetência para iniciar urn negócio, as pessoas maisjovens dernonstrarn urna atitude inversa perante a oportunidade do empreendedorismo, contudo,tern rnuito menos conhecirnento e experiência. De facto, para além dos constrangimentos acirnamencionados, existern ainda dificuldades ern encarar urn novo projeto de vida que irnplique acriaçâo de urn negócio próprio, cujo retorno nâo se vislurnbre que possa ocorrer clararnentedentro do perlodo de vida ativa do empreendedor, o que condiciona a sua rnotivaçâo e forçaanlmica para seguir urn novo trajeto repleto de incertezas. E pois, neste ârnbito, que surge avisâo inovadora do Empreendedorismo Intergeracional, prornovendo a uniâo de dues geraçöesno sentido de aproveitar sinergias, cornplernentando diferentes caracterIsticcis dos indivlduos, numcontexto adverso do rnundo do trabalho. Vários estudos apontarn para esta forma decolaboraçâo intergeracional corno sendo urna soluçào virtuosa para atenuar os elevados nlveisde desemprego verificados nos extremos dci vida ativa dci populaçao, na medida em queresponde sirnultaneamente a dois problernas sociais graves de empregabilidade, assirn como

12

FUN DAcA0

possibilita a criaçâo de negócios mais sus en aveis, corn e evado impacto no desenvolvimento dcieconomic.

o diagnostico ore apresentodo, porci o qual este projeto pretende responder, pode sintetizar-seno seguinte onáiise SWOT:

Pontos Fortes

— Existência de urna rede de parceiros institucionais capazes de apoiar estratégicis dedesenvolvimento (Centros de emprego, Universidcides, Empresas e outros)

— Experiéncici dci Fundaçâo AEP nos domInios do empreendedorisrno

— Deiimitciçao do p~ibiico-aIvo, dotado de elevados nIveis de conhecimento e experiêncioprofissiona I

— Existência de urn conlunto alargado e diversificado de instrumentos de apoio efinancicimento

Pontos Fracos

— Elevadas taxas de desemprego quauificado acima dos 45 anos, no regiào Norte

— Ausência de urn Piano Estratégico de apoio 00 desernprego senior qualificado

— Reduzida apeténcia pare a criaçao de negócios próprios por porte do püblico-alvo

— Débil capcicidcide financeira, e descapitcilizaçào, do püblico-alvo

— Desconhecimento de polIticas europeias e projetos desenvolvidos em outros paIses

Arneaças

— Falta de entendirnento ou desarticuIaçao entre os cigentes pt~bIicos e privados

— Reduzida adesao ao proleto por parte do püblico-alvo

— Reduzida ciceitaçâo por parte dos mecanismos de financiamento

Oportunidades

— Tendência fcivorável para ci superação da crise económica

— The Entrepreneurship 2020 Action Plan

— Existência de apoios no âmbito do Norte 2020

Objetivos estrotégicos

Perante 0 diagnostico acimo apresentado, considerando que existem lacunas no oferta desoluçöes eficazes para a atenuaçâo do desemprego em faixas etárias superiores a 45 anos,particularmente em indivIduos corn elevados nIveis de qualificaçào, a Fundaçào AEP definiu, noâmbito das sues competências, uma estratégia de apoio 00 empreendedorisrno senior, em facedo elevada experiência de atuaçâo neste domInio.

F U N D A~ AC)

Esta estratégia responde de forma inequlvoca aos principals constrangimentos identificados poresta geraçào que inibem as sucis atitudes empreendedoras e que se prendem sobretudo corn ofacto de apresentarern uma grande aversâo ao risco, agravada pela atual crise econórnica.

Desta forma, a estratégia passa pela definiçào de urn piano estruturado de apoio aoempreendedorismo senior, concebido em articuiaç~o corn as politicos europelas e corn asmelhores práticas identificadas noutros poIses, realizondo uma forte aposta em soluçöes quepromovarn o mutualismo intro e inter geracional, como forma de ultrapassar estes principalsconstrangirnentos.

o projeto Empreender 45-60 candidcitado está focalizcido no região norte do Pals, onde seregista uma maior taxa de desemprego qualificado nesta faixa etária, permitindo desta formatestar corn maior proximidade as ferramentas construIdas e avaliar o seu irnpcicto na Regiâo,potenciando a rede de parceiros institucionais, numa esfera geográfica delimitada.

Para além do construçâo de urn piano estratégico corn medk{as estruturantes de apoio 00

empreendedorismo senior, este projeto contempla ainda a implementaçao de urn projeto-plioto,seguindo uma metodologia inovadora e cuja avaliaçào permitirá, nurna fase posterior, alavancciruma intervençâo a nivel nacional.

Estrategicarnente, este projeto permite tornar a Regiao Norte pioneira rio abordagem a estciproblemática, transformando-a numa oportunidade de crescimento económico, contribuindodecisivamente para estirnular a dinâmica ernpresariai na próxima décoda num ambiente decoesâo econórnica, social e territorial, em linha corn a estratégia do Programa Operacional daRegiâo Norte.

Objetivos do Pro jeto

Perante a estratégia de desenvolvirnento definida pela Fundaçâo AEP para fazer face asdebilidades identificadas em diagnóstico, a realizaçao do projeto Ernpreender 45-60 procuracontribuir para o curnprimento do objetivo fixado no Estratégia Europa 2020 e no PianoNacional de Reformas, em matéria de emprego, no sentido de se atingir uma taxa de empregode 75% no faixa etária entre os 20 e os 64 anos, par via do empreendedorisrno e criaçào deemprego pro canto própria.

Para tal, söo definidos os seguintes objetivos operacionais:

1. identificar e analisar estrotégias de emprego impiernentodas em poises pertencentes aUniâo Europeia, direcionadas a popuiaçâo desempregada e qualificada, corn idodesuperior a 45 anos, procurando identificar os principals drivers de sucesso

2. Availar os principais constrangimentos do lodo do oferta e do procura, que impedern odesenvoivirnento de atitudes ernpreendedoras por porte deste grupo de popuiaçâo, noregiào Norte do Pals;

F U N D A~ A 0

3. Identificar as condiçôes que favorecem o empreendedorismo senior e propor modelos deatuaçâo inovadores que contrariem os fatores inibidores de uma atitude emprescirial proativa;

4. Promover o debate em torno da temOtica, pela partilha dos resultados obtidos nas fasesdo projeto;

5. Desenvolver urn conjunto de açöes de capcicitaçâo dos principals agentes ligodos aoempreendedorisrno, promovendo o networking e a criaçâo de redes de apoio quepermitam minimizar as constrangimentos identificados;

6. Implementar urn projeto-piloto de apoio ao empreendedorismo senior corn base nummodelo de mutualismo de geraçâo de ideias e criaçào de negócios, associado ainda aoempreendedorismo intergeracional.

> ALARGAMENTO DO CONSEIHO DE CURADORES EM 2015

Por fim serO de referir as diligências conducentes ao alargamento do Conselho de Curadores,

através da apresentação de propostas de deliberaçâo e admissào de dois novos membros:

Ferreira World SGPS e CH Business Consulting S.A.. A Fundaçâo AEP termina o ano de 201 5

corn 74 membros Fundadores e Curadores.

CONTAS[~’PESS~AL

A Fundoçäo AEP encerrou o ano de 2015 corn urn resultado liquido positivo de 6.1 00,00€. Esteresultado fica acima 3.969,00€ do valor orçarnentado por este Conseiho de Administraçâo para

2015 (2.131,00€). importa aqui referir que houve uma diminuiç~o substancial dos outrosFornecimentos e Serviços Externos, por via de nâo terem sido desenvolvidas açöes no âmbito dequalquer projeto comunitário visto as Avisos terem saldo muito mais tarde do que o esperado,como ~a referimos anteriormente, e embora corn proletos candidatados estamos ainda aaguardar a sua aprovaç~o.

A Fundaçâo AEP nâo tern quaisquer dividas em mora perante a Adrninistração Fiscal e aSegurança Social.

Por outro ado, a Fundaçâo AEP tern a receber dci Administraçâo Fiscal 37.644€ respeitantes aIMT e Imposto de Selo pago indevidarnente, tendo sido jO solicitada a sua devoluçâo, assirn corno228.1 24€ do AEP, referente a patrocInios e 88.1 56€ de subsidios do Compete referentes aofecho dos projetos Apreender I e II.

[~ROPOSTADEAPLIcAçAo DE RESULTADOS ‘~.. ~ ~, ~.

0 Conselho de Administração propOe ao Conselho de Curadores que o resultado de 2015, nomontcinte de 6.1 00,00€, seja transferido para resuitcidos transitados.

Queremos por firn, dirigir uma palavra de apreço a todos os Fundadores, Curadores, aosrnembros do Conselho Fiscal e a todos os colaboradores que, ao longo deste ano de 201 5, corn oseu apoio e confiança, nos ajudaram no nossa rnissào.

FUN DAcA0

o CONSELHO DE ADMINISTRAçAO

JOSÉ PAULO SA FERNANDES NUNES~~LMEIDA

PRESIDENTE

CARLOS ABRUNHOSA DE BRITO

VOGAL

ISABEL MARIA GONcALVES FOLHADELA DE OLIVEIRA MENDES FURTADO

VOGAL

‘WI IMANUEL ARIsTIDES PAssos RODRIGO

VOGAL

Vi RG1LJO

VOGAL

LA MORE IRA

PEU N DAçAO

CONTAS 2015

FUNDAçA0 AEP

BALAN~O EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

ATIVO CORRENTE:ClientesEstados e outros entes püblicosOutras contas a receberDiferimentosCaixa e depOsitos bancários

2.053.3372.667

730.4702.786.473

23.53740.169

316.397524

351.958732.586

2.074.2993.167

730.4702.807.936

20.73341 .299

237.711508

445.583745.833

Total do ativo

FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO

3.51 9.059 3.553.769

FUNDOS PATRIMONIAISFundos 3.725.000

(272.039)2.000

3.454.961

3.700.000(279.302)

2.0003.422.698

Resultado liquido do periodoTotal do fundo de capital

6.100 7.2633.461.061 3.429.961

104.5675.576

_________________ 13.665_________________ 123.808___________________ 123.808__________________ 3.553.769

o Cc~ntabilista Certificado

Lücia~’~e Fatima ourão Elislo

0 anexo faz parte integrante deste balanco.~~~selhodeAdministraçao

Dr. José Paulo Sá Fernandes Nunes de Almeida — Presidente

Dra. Isabel Gonçalves Furtado — Vogal

Dr. Carlos Abrunhosa de Brito - Vo a

ATIVO

ATIVO NA0 CORRENTE:Activos fixos tangiveisActivos intangiveisParticipaçoes financeiras - Outros métodos

Total do ativo nao corrente

31 Dezembro2015

31 Dezembro2014

Total do ativo corrente

Resultados transitadosOutras variaçöes nos fundos patrimonials

PASSIVO CORRENTE:FornecedoresEstado e outros entes pOblicosOutras contas a pagar

Total do passivo correnteTotal do passivoTotal dos fundos patrimoniais e do passivo

14.13130.28213.58557.99857.998

3.519.059

Eng. - Vogal

-.-~-

FUNDAcAO AEP

DEMONSTRAçA0 DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

DO PERIODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes espressos em Euros)

Vendas e servicos prestadosSubsidios e Patrocinios

Subsidios

PatrociniosFomecimentos e servicos extemosGastos corn o pessoalOutros rendimentos e ganhosOutros gastos e perdas

Resultado antes de depreciaçoes, gastos de financiamento e impostos

Gastos I reversSes de depreciação e de amortizaç~oResultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos)

Juros e rendirnentos similares obtidosJuros e gastos similares suportados

Imposto sobre o rendimento do periodo

Dezembro Dezembro2015 2014

35.116 45.789166.617 313.23624.117 300.736

142.500 12.500(77.168) (388.540)(95.852) (96.564)

100 154.244(2.840) (3.925)25.973 23.694

(22.188) (22.176)3.785 1.518

2.315 5.745

6.100 7.263

6.100 7.263

0 anexo faz parte integrante desta demonstraçao dos resultados por naturezas.

o Contabilista Certificado

LUcia e Fatima Mourdo Ellsio

6~L ~L2~

o Conselho de Administraçao

Dr. J sé Paulo Sá Femandes Nunes de Almeida Presidente

kI-1-q~

Manuel Passos Rodrigo— Vogal fi

nEn~0

Dra. Isabel Goncalves Furtado—Vogal

Dr. Cartos Abrunhosa de Brito - Vo I

RENDIMENTOS E GASTOS

Resultado antes de impostos

Resultado liquido do periodo

- Vogal

FUNDAçA0 AEP

DEMONSTRAcOES DAS ALTERAcOES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS NOS PERIODOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Resultado Total doCapital Resultados Excedentes Outras variaç. liquido do fundo de

Notas rea(izado transitados de revalorizacao fundos patrimoniais periodo capital

3.650.000 (282.963) - 2.000

3.661 (3.661)

3.650.000 (279.302) - 2.000 - 3.372.698

7.263 7.263

7.263 7.263

11 50.000

50.000

11 3.700.000 (279.302) - 2.000

- 50.000

- 50.000

7263 3.429.961

Capital Resultados Excedentes Outras variac.Notas realizado transitados de revalo,izacão fundos patrimoniais

11 3.700.000 (279.302) 2.000

Resultado Total doliquido do fundo deperiodo capital

7263 3.429.961

7263 (72631

11 3.700.000 (272.039) - 2.000 - 3429.961

(272.039) - 2.000

6.100 6.100

6.100 6.100

o Contabilista Certificado

L~jcia e Fatima MourTh Elisio

o Conselho de dmirlistraçao,~4-~_ ~Th

Or. José Paulo Sd Fernaricjes Nunes Almejda Presidente

Manuel Passos Ro&lgo— Vog

~~rgili Fo hadela Mo ir Vogal

Dra. Isabel Goncalves F~ado—~gal~Val ç~

Dr. Carlos Abrunhosa de Bnto - Vogal

3.661 3.372.698

25.000

25.000

11 3.725.000

- 25.000

- 25.000

6.100 3.461.061

FUNDAçA0 AEP

DEMONSTRAçA0 DOS FLUXOS DE CAIXA

DO PER)ODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montentes espressos em Euros)

2015 2514

FLUXOS DE CAIXA DAB ATIVIDADES OPERACIONAIS;

Recebiroenlos de clientes 67.067 266.712Pagameolos a fomecedores (156 852) (328.226)Pagamentas ao peosoal (81 595) (95.493)

Cain gorada pelas operapeos (175.995) (137.009)

Pagamento I recebimeoto do iowosto sobro a rerrdimento 155 (1 000)Outros r000bio,entos / pagameotos (42 452) (13 602)

Flusos dos aflvidadss oporaclonals (1] (213.157) (151.610)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Pagamentos respeitantes e:

Atloas ttoos tamloelslonestimeotos SoanceirosOutros anfloos 726

Recebimentos provenientes do:

Furolo SocialActiooo 000s tangloejoActioos intaogloeislooestimeotos fioaoceirooSobsfdios d eopbragao 91 .581 197.594Juros e rendimeolos oloilaros 2.224 4 335Dinidendos 116.905 251 929

Fluxes duo atividados do lsvesemsnto(2] 119.531 251 929

Variaçao do ceixa e seus equivalentes [41=C1111211131 (93.626) 190.319

Efeito des diferenças do cãmbio

Ceixa e seus equivalentes no inicio do periodo 445 504 345 265

Ca)xa e seus equivalentes no fim do periodo 351 958 445584

0 anono fun ports inlegrardo desta derrtnstragao doo tunas do cuba.

0 Qon)sbsiota Cert)fiCedo 0 Cooselho de Adnirdstragdo

LUJkdo Fafma Mouräo E))o)o Dr. José Paulo Sd Fernando; Noose do ftlmoida Proaid 0

4it~cz4ttit’z,~ JMenue) Pessos Rodrigo— Vogel

Ecer. (hedele More e - ogs)

Dra. (sebe) Gonçe)ves Furtedo — Vogel

Dr. Cer)os Abrunhose de Brito - Vogel

Fundação AEP

Anexo as demonstraçoes financeiras

em 31 de Dezembro de 2015

(Montantes expressos em Euros)

1 NOTA INTRODUTORIA

1.1 Desiqnapão da Entidade:

FUNDAçA0 AEP

1.2 Sede:

Avenida da Boavista, 26714100-135 Porto

1.3 NIPC:

509 536 786

1.4 Natureza da atividade:

A Fundaçao AEP (‘Fundacao”) e uma pessoa coletiva de direito privado e tipo fundacional, sem finslucrativos, corn estatuto de Pessoa Coletiva de Utilidade Püblica, conforme despacho n° 245/2011 de 06 deJaneiro de 2011 e nos termos do Decreto-lei 460/77 de 7 de Novembro, corn a redação dada pelo Decretolei 391/2007 de 13 de Dezembro, tendo sido constitulda em 19 de Novembro de 2009, corn sede no Porto, einiciado a atividade a 01 de Setembro de 2010.

A Fundacao tern corno objetivo a realizacao, apoio e patrocinio de açöes de carácter técnico, promocional,cultural, cientIfico, educativo e formativo que contribuam para o desenvolvimento do empreendedorisrno epara a modernização e meihoria cie condiçoes na area empresarial; a difusâo de conhecimento na area dasciências empresariais, em ordern a apolar a cornunidade, as empresas e os empresários, na resposta aosdesafios da sociedade contemporânea.

2 REFERENCIAL CONTABILISTICO DE PREPARAcA0 DASDEMONSTRACOES FINANCEIRAS

As demonstraçoes financeiras anexas foram preparadas de acordo corn a Portaria n.° 105/2011, de 14 deMarco, no quadro das disposicoes em vigor em Portugal para as Entidades do Sector Não Lucrativo,

adaptadas pela Cornissão de Norrnalizaçao ContabilIstica (CNC) a partir das Normas Internacionais deRelato Financeiro (IFRS — anteriormente designadas por normas internacionais de contabilidade) emitidaspelo Internacional Accounting Standards Board (IASB) e adoptadas pela União Europeia (UE).

A preparação da inforrnaçao financeira de acordo corn o Sistema de Norrnalizaçao ContabilIstico, aprovadopelo Decreto-Lei fl.0 158/2009 de 13 de Juiho, tern por a estrutura conceptual, norrnas contabilIsticas e derelato financeiro e normas interpretativas consignadas respectivamente, nos avisos 15652/2009,15655/2009 e 15653/2009 de 7 de Seternbro e 6726-B/2011 de 14 de Marco, no Decreto-lei fl.° 36-A/2011de 9 de Marco e nas portarias 105/2001 e 103/2011 de 14 de Marco.

Não existirarn, no decorrer do periodo a que respeitam estas demonstraçoes financeiras, quaisquer casosexcepcionais que implicassen, a derrogaçao de qualquer disposiçao prevista pelo SNC.

As dernonstraçoes financeiras anexas são apresentadas ern Euro, dado que esta é a divisa utilizada noarnbiente econôrnico em que a Fundação opera.

E do entendimento da Adrninistração da Fundação que estas demonstraçoes financeiras refletem de forrnaverdadeira e apropriada as suas operaçöes, bern corno a sua posição e desernpenho financeiro e fluxos decaixa.

As dernonstraçoes firianceiras apresentadas são cornparáveis corn as apresentadas para o perlodo anterior.

3 PRINCIPAlS POLITICAS CONTABILISTICAS

As principais politicas contabilIsticas adotadas na preparaçao das demonstraçoes firianceiras anexas são asseguintes:

3.1- Bases de a~resentapão

As dernonstraçoes financeiras anexas forarn preparadas no pressuposto da continuidade das operaçães, apartir dos livros e registos contabilIsticos da Fundação de acordo corn as Normas ContabilIsticas e deRelato Financeiro.

3.2- Ativos fixos tanciIveis

Os ativos fixos tangIveis são inicialrnente registados ao custo de aquisiçao ou produçao, o qual inclui ocusto de compra, quaisquer custos diretarnente atribuiveis as atividades necessárias para colocar os ativosna Iocalizaçao e condição necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativainicial dos custos de desrnantelarnento e remoção dos ativos e de restauração dos respetivos locais delocalização que a Fundação espera incorrer.

Os ativos fixos tangIveis são divulgados deduzidos das depreciaçoes acurnuladas e eventuais perdas porimparidade acumuladas.

As depreciaçOes são calculadas, após o rnomento ern que o bern se encontra em condiçoes de ser utilizado,de acordo corn o rnétodo da linha reta, ern conforrnidade corn o periodo de vida ütil estimado para cadagrupo de bens.

2118

As taxas de depreciaçao utilizadas foram as constantes do Decreto Regulamentar 25/2009 e correspondemaos seguintes perlodos de vida ütil estimada:

Designa ão Anos

EdifIcios e outras construçöes 10; 12; 20

Equipamentoadministrativo 3a 12Outros activos fixos tangIveis 4a 10

As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetIveis de gerarbenefIcios econOmicos futuros são registadas como gastos no perlodo em que são incorridas.

o ganho (ou a perda) resultante da alienaçao ou abate de urn ativo fixo tangIvel é determinado como adiferenca entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo e é reconhecido emresultados no perlodo em quo ocorre a alienaçao.

3.3- Ativos IntangIveis

Os ativos intangIveis adquiridos são registados ao custo deduzido de amortizaçöes e perdas por imparidadeacumuladas.

Estes activos sO são reconhecidos se for provável que deles advenham benefIcios econOrnicos futuros paraa Fundação, sejam controláveis por esta e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As amortizaçöes são reconhecidas numa base de tinha reta durante a vida ütil estimada dos ativosintangIveis. As vidas üteis e método do amortização dos vários ativos intangIveis são revistos anualmente.o efeito de algurna alteração a estas estimativas e reconhecido na demonstraçao dos resultadosprospetivamente.As vidas áteis estimadas para as ativos fixos intangIveis mais significativos são conforme segue:

Designaçao Ano

Equipamento publicitário 10

Os dispéndios corn atividades de pesquisa são registados como gastos no perlodo em que são incorridos.

3.4 Ins rumentos Financeiros:

- Caixa e equivalentes a caixaOs montantes incluIdos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa,depósitos a prazo e outras aplicaçoes de tesouraria, vencIveis a menos de 3 meses, e quo possam serimediatamente mobilizáveis com risco insignificante do alteração do valor.

- Clientes e outras contas a receberEsta rubrica está mensurada em balanco com base na quantia do rédito historicarnente reconhecido,acrescida do IVA e, quando aplicãvel, do quantias de rédito de juros debitados, e deduzida do ajustamentospolo risco do crédito não recuperável.

3118

As imparidades reconhecidas em contas a receber são calculadas essencialmente com base nasantiguidades dos saldos das dIvidas a receber e o perfil do risco do cliente, sendo que este métodoequiparou-se a utilização do critério de mora considerado fiscalmente em Portugal.

As perdas por imparidade identificadas são registadas na demonstraçao dos resultados, em “Imparidade dedIvidas a receber”, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidadediminuam ou desapareçam.

- Financiamentos obtidos

Os empréstimos são registados no passivo ao seu valor nominal lIquido de eventuais comissöes, sendoexpressos no passivo corrente ou não corrente, dependendo de o seu vencimento ocorrer a menos ou amais de urn ano, respetivamente. 0 seu desconhecimento sO ocorre quando cessam as obrigaçoesdecorrentes dos contratos, designadamente quando tiver havido lugar a liquidação, cancelamento ouexpiração.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a Fundação não tern registada qualquer obrigação decorrente destetipo de contratos.

- Fornecedores e outras contas a pagar

Estas contas estão reconhecidas pela quantia amortizável das respetivas dIvidas. A Fundação entende queas quantias mostradas em balanço não diferem significativamente dos justos valores das respetivas dividas.o seu desconhecimento so ocorre quando cessarem as obrigaçoes decorrentes dos contratos,designadamente quando tiver havido lugar a liquidaçao, cancelamento ou expiração.

3.5- Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Fundaçao se torna parte dascorrespondentes disposiçoes contratuais.

Os ativos e as passivos financeiros são classificados nas seguintes categorias: (i) ao custo ou custoamortizado e (ii) ao justo valor corn as alteraçOes reconhecidas na demonstraçao dos resultados.

Ac custo ou custo amortizado

São classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” as ativos e as passivos financeiros queapresentem as segui ntes caracterIsticas:

Sejam a vista ou tenham urna maturidade definida; e• Tenham associado urn retorno fixo ou deterrninável; e• Não sejam urn instrumento financeiro derivado ou não incorporem urn instrumento financeiro derivado.

Estes ativos e passivos financeiros são mensurados ao custo amortizado deduzido de perdas parimparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros) e incluem as contas a receber e a pagar, caixa,depOsitos bancários e financiamentos obtidos e concedidos.

4118

São ainda classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado”, sendo mensurados ao custo deduzidode perdas por imparidade acumuladas, os contratos para conceder ou contrair empréstirnos que nãopossarn ser liquidados numa base lIquida e que, quando executados, reünam as condiçoes atrás descritas.

Os investimentos em instrumentos de capital prOprio que não sejarn negociados publicamente e cujo justovalor não possa ser determinado corn fiabilidade e que não correspondam a investirnentos em subsidiárias,empreendimentos conjuntos nern a investimentos em associadas, bern como instrurnentos financeirosderivados relacionados corn tais instrurnentos de capital prOprio, são igualrnente classificados na categoria“ao custo ou custo arnortizado”, sendo mensurados ao custo deduzido de perdas por imparidadeacurnuladas.

O custo amortizado e determinado através do método do juro efetivo. A taxa de juro efetiva é a taxa quedesconta exatarnente os pagarnentos ou recebimentos futuros estirnados durante a vida esperada doinstrumento financeiro na quantia lIquida escriturada do ativo ou passivo financeiro.

Os activos financeiros detidos pela Fundaçao em 31 de Dezernbro de 2015 e 2014 estão rnensurados peloseu valor de aquisição, não tendo sido reconhecida qualquer perda por imparidade.

Ao justo valor corn as alteraçoes reconhecidas na demonstraçao dos resultados

Todos os ativos e passivos financeiros não classificados na categoria “ao custo ou custo arnortizado” sãoclassificados na categoria “ao justo valor corn as alteraçoes reconhecidas na demonstração dos resultados”.

Tais ativos e passivos financeiros são mensurados ao justo valor, sendo as variaçoes no mesmo registadasem resultados nas rubricas “Perdas por reduçoes de justo valor” e “Ganhos por aumentos de justo valor”.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a Fundaçao não tern ativos ou passivos ao justo valor corn asalteraçoes reconhecidas na demonstraçao dos resultados.

Imparidade de ativos financeiros

Os ativos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo arnortizado” são avaliados quanto airnparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontrarn-se ern irnparidade quando existe umaevidéncia objetiva de que, em resultado de urn ou mais acontecirnentos ocorridos apOs o seureconhecirnento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados.

Para os ativos financeiros rnensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecercorresponde a diferença entre a quantia escriturada do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixafuturos estirnados descontados a respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde adiferença entre a quantia escriturada do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.

As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Perdas por irnparidade” no perIodo emque são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal dirninuição pode ser objetivamenterelacionada corn urn acontecimento que teve lugar apOs o reconhecirnento da perda, esta deve ser revertidapor resultados. A reversão deve ser efetuada ate ao lirnite da quantia que estaria reconhecida (custoamortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade éregistada em resultados na rubrica “Reversöes de perdas por imparidade”. Não é permitida a reversão deperdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital prOprio (mensurado aocusto).

5118

Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros

A Fundação desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos decaixa expirarn, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefIciossignificativos associados a posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidosrelativamente aos quais a Fundação reteve alguns riscos e benefIcios significativos, desde que o controlosobre Os mesmos tenha sido cedido.

A Fundaçao desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada,cancelada ou expire.

Instrumentos compostos

Os instrurnentos compostos são instrurnentos financeiros que incluem urna componente de passivofinanceiro e urna componente de instrurnento de capital próprio. Estas duas componentes são apresentadasno balanço separadamente de acordo corn a substância das correspondentes disposiçoes contratuais.

A distinçao entre passivo financeiro e instrurnento de capital próprio e efetuada de acordo corn a substãnciadas disposiçoes contratuais associadas.

No reconhecirnento inicial do instrurnento composto, a componente de passivo financeiro e determinadacorn base nas taxas de juro de rnercado para instrurnentos sirnilares não cornpostos. Esta componente ernensurada ao custo arnortizado, corn base no rnétodo do juro efetivo. A cornponente de capital prOprio édeterminada pela diferença entre o rnontante recebido e o rnontante da cornponente de passivo financeiro,sendo registada no capital próprio. A componente de capital próprio não é subsequenternente remensurada.

Ern 31 de Dezernbro de 20156 2014 a Fundação não tern instrurnentos cornpostos.

3.6- Rédito

o rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. 0 rédito a reconhecer édeduzido do rnontante estirnado de devoluçoes, descontos e outros abatirnentos. 0 rédito reconhecido nãoinclui IVA e outros irnpostos liquidados relacionados corn a venda.

o rédito proveniente da prestaçao de serviços é reconhecido corn referência a fase de acabamento ciatransação a data de relato, desde que todas as seguintes condiçoes sejarn satisfeitas:

• 0 rnontante do rédito pode ser rnensurado corn fiabilidade;• E provável que benefIcios econórnicos futuros associados a transação fluarn para a Fundação;• Os gastos incorridos ou a incorrer corn a transação podem ser rnensurados corn fiabilidade;• A fase de acabarnento da transação a data de relato pode ser rnensurada corn fiabilidade.

O rédito proveniente dos subsIdios a exploraçao recebidos e reconhecido corn referência a realizaçao dosacontecirnentos relacionados corn a obtenção dos referidos subsIdios.

O rédito de juros e reconhecido utilizando o rnétodo do juro efetivo, desde que seja provável que benefIcioseconOmicos fluarn para a Fundaçao e o seu montante possa ser mensurado corn fiabilidade.

6118

3.7. OUTRAS POLETICAS CONTABILISTICAS RELEVANTES:

(a) Regime da periodização econOmica (acréscimo)

A Fundaçao reconhece os rendimentos e ganhos a medida que são gerados, independentemente domomento do seu recebirnento ou pagarnento. As quantias de rendimentos atribuIveis ao perlodo e aindanão recebidas ou liquidadas são reconhecidas em “Devedores por acréscimos de rendirnento”; por sua vez,as quantias de gastos atribulveis ao perlodo e ainda não pagas ou liquidadas são reconhecidas em“Credores por acréscimos de gastos”.

(b) Compensação

Os ativos e os passivos, os rendimentos e os gastos foram relatados separadamente nos respetivos itensde balanço e da demonstraçao dos resultados, pelo que nenhum ativo fol compensado por qualquer passivonem nenhum gasto por qualquer rendimento, ambos vice-versa.

(c) Classificação dos activos e passivos não correntes

Os activos realizáveis e os passivos exigIveis a mais de um ano a contar da data da demonstraçao daposicao financeira são classificados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.Adicionalmente, pela sua natureza, os ‘Impostos diferidos’ e as ‘Provisöes’ são classificados como activos epassivos não correntes.

(d) Passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos no balanço, sendo os mesmos divulgados no anexo, a nãoser que a possibilidade de urna salda de fundos afectando benefIcios econOmicos futuros seja remota.

3.8- JuIzos de valor crIticos e Drincipais fontes de incerteza associada a estimativas

Na preparação das demonstraçOes financeiras anexas foram efetuados juIzos de valor e estirnativas eutilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como asquantias relatadas de rendimentos e gastos do perlodo.

A natureza intrInseca das estirnativas pode levar a que o reflexo real das situaçöes que haviam sido alvo deestimativa possarn, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas eos julgamentos que apresentarn um risco significativo de originar um ajustamento material no valorcontabilistico de ativos e passivos no decurso do perIodo seguinte estão relacionadas corn a vida ~tildefinida para os ativos fixos tangIveis e ativos intangIveis: as depreciacoes são calculadas sobre o custo deaquisição sendo utilizado o método da linha reta, a partir da data em que o ativo se encontra disponivel parautilização, utilizando-se as taxas que meihor refletem a sua vida ütil estimada.

3.9- Acontecimentos subsepuentes

7118

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicionai sobre condiçoes queexistiam a data do balanço (“adjusting events”) são refletidos nas demonstraçaes financeiras. Os eventosapós a data do balanço que proporcionem inforrnaçao sobre condiçoes que ocorram apOs a data do balanço(“non adjusting events”) são divulgados nas demonstraçOes financeiras, se forem considerados materiais.

Não ocorreram eventos subsequentes relevantes apOs o termo do perIodo em análise.

4 FLUXOS DE CAIXA

Para efeitos da dernonstraçao dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerário, depOsitosbancários imediatamente mobillzáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicaçOes de tesouraria nomercado rnonetário, lIquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazoequivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 detalha-se conforme segue:

31-12-2015 31-12-2014

Numerário 25 147

Depósitos bancários I mediatame nte mobi Iizáveis 351.932 445.435

351.958 445.583

351.958 445.583

5 POL1TICAS CONTABILISTICAS, ALTERAcOES NAS ESTIMATIVASCONTABILISTICAS F ERROS

Adoçao inicial de novas normas ou de normas revistas

A Fundação adotou na preparação das suas demonstraçoes financeiras corn referência a 31 de Dezembrode 2015 e 2014 as NCRF (Nota 2).

Alteraçao em estimativas contabilIsticas

Durante o perIodo findo em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não ocorreram alteraçoes relevantes emestimativas contabilIsticas.

Correçao de erros

Durante o perlodo findo em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 não existiram correçöes de erros materlais deperiodos anteriores.

8118

6 PARTES RELACIONADAS

Transaçoes corn partes relacionadas

Os termos e condiçoes praticados nas operaçöes da Fundação corn as outras partes relac~onadas sãosubstancialmente iclénticos aos que seriam praticados corn entidades independentes.

A entidade relacionada é caracterizada abaixo:

AEP — Associaçao Empresarial de Portugal, corn sede Avenida da Boavista, 2671 4100-135 Porto emPortugal, detém urna participação de 40,54 %.

No decurso dos perIodos findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foram efetuadas as seguintestransaçöes corn partes relacionadas:

2015:Se rviços

obtidos

Entidades corn controlo conjunto influência significativa 6.000

Outras partes relacionadas -

6.000

2014:Se rvicos

obtidos

Entidades corn controlo conjunto influência significativa 9.690

Outras partes relacionadas -

9.690

Saldos corn panes relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a Fundação apresentava os seguintes saldos corn partesrelacionadas:

9/18

AtivosSaldo inicialSaldo final

Amortizaçoes acumuladas eperdas por imparidade

Saldo inicialAmortizaçöes do exercIcioSaldo final

Ativos lIquidos

Out rosativos

intangiveis Total

5.000 5.0005.000 5.000

1.833 1.833

500 5002.333 2.333

2.667 2.667

2015:

Contas a

receber

correntes

Contas a

receber

I iq uidas

(Nota 11)

Contas a

pagar

correntes

Total

contas a

pagar

INota il~

Entidades corn controlo conjunto influência significativa 228.124 228.124 1.249 1.249

228.124 228.124 1.249 1.249

2014:Contas a Contas a Contas a Total

receber receber pagar contasa

correntes liquidas correntes pagar

INotalil (NotallI

Entidades corn controlo conjunto influência significativa 81.810 81.810 4.585

81.810 81.810 4.585

No decurso dos perlodos findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, nao foram registados quaisquergastos com dIvidas incobráveis e perdas por imparidade referentes a partes relacionadas.

4.5854.585

7 ATIVOS INTANGIVEIS

Durante os perlodos findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido na quantiaescriturada dos ativos intangIveis, bern como nas respetivas amortizaçoes acumuladas e perdas porimparidade, foi o seguinte:

2015

10118

2014

AtivosSaldo inicialSaldo final

Amortizaçöes acumuladas eperdas por imparidade

Saldo inicialAmortizaçöes do exercicloSaldo final

Ativos lIquidos

Out rosativos

intangiveis Total

5.000 5.0005.000 5.000

1.333 1.333500 500

1.833 1.833

3.167 3.167

Este valor refere-se ao site que entrou em funcionamento em 2011.

8 ATIVOS FIXOS TANGIVEIS

Durante os perlodos findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o movimento ocorrido na quantiaescriturada dos ativos fixos tangIveis, bern corno nas respetivas depreciaçoes acumuladas e perdas porimparidade, foi o seguinte:

2015

AtivosSaldo inicialAquisiçöesTransferências e abatesSaldo final

Amortizaçoes acumuladas eperdas por imparidade

Saldo inicialAmortizaçôes do exercIcioSaldo final

Ativos IIquidos

OutrosTe rrenos Edificios Equl pam. ativos fixos

administ. tangIveis Total

375.000 1.752.896 7.772 22.945 2.158.612726 726

375.000 1.753.621 7.772 22.945 2.159.338

70.209 3.426 10.678 84.31319.100 1.009 1.580 21.68889.309 4.435 12.258 106.001

375.000 1.664.313 3.337 10.687 2.053.337

11118

2014

AtivosSaldo inicialAquisiçôesTransferências e abatesSaldo final

Amortizaçoes acumuladas eperdas por imparidade

Saldo inicialAmortizaçöes do exercicloSaldo final

Ativos lIquidos

OutrosTerre nos EdifIcios Equipam. ativos fixos

administ. tangIveis Total

375.000 1.752.896 4.934 22.945 2.155.774

- 2.838 2.838

375.000 1.752.896 7.772 22.945 2.158.612

51.166 2.395 9.076 62.637- 19.043 1.031 1.602 21.676- 70.209 3.426 10.678 84.313

375.000 1.682.687 4.346 12.267 2.074.299

9 PARTICIPAQOES FINANCE IRAS

A 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 as participacöesfinanceiras da Fundaçao eram as seguintes:

2015 2014

1.00025.000

________________ 704.470730.470

10 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

10.1 Categorias de instrumentos financeiros

As categorias de instrumentos financeiros (ativos e passivos) em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 s~odetaihadas conforme se segue:

Associaç~o de Parques de Exposiç~o do Norte - ExponorCESAE - Centro de Servicos e Apolo as EmpresasNEXPONOR, SICAFI, S.A.

1.00025.000

704.470730.470

12(18

Disponibilidades:

ATIVOS FINANCEIROS

Numerário (Nota 4)

Depósitos a ordem (Nota 4)

Ativos financeiros ao custo amortizado:

Clientes

Outras contas a receber

PASSIVOS FINANCEIROS 2015 2014

Passivos financeiros ao custo amortizado:

10.2 Clientes e outras contas a receber

104.567

13.665

118.232

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 clientes e outras contas a receber da Fundaç~o apresen avam aseguinte composição:

Nâo vencido:0-180 dias

2015 2014Quantia O.uantia

Custo / Custo escriturada Custo / Custo escrituradaamortizado I Iqu Ida amortizado lIqui da

25 25 147 147

351.932 351.932 445.435 445.435

351.958 351.958 445.583 445.583

23.537 23.537 20.733 20.733

316.397 316.397 237.711 237.711

339.934 339.934 258.444 258.444

691.892 691.892 704.027 704.027

Fornecedores (Nota 6)

Outras contas a pagar (Nota 6)14. 131

13.585

27. 716

2015 2014Quantia Quantia

escriturada escrituradaQuantia bruta lIquida Quantia bruta liquida

23.537 23.537 20.733 20.733

23.537 23.537 20.733 20.733

13118

10.3 Fornecedores

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014a rubrica de “Fornecedores” apresentava a seguinte composiçâo:

2015 2014

Fornecedores, conta corrente:Näovencido 14.131 104.567

14.131 104.567

10.4 Outras contas a pagar

Em 31 de Dezembro 2015 e 2014 a rubrica ‘Outras contas a pagar” apresentava a seguinte composição:

2015 2014

Outras contas a pagarCredores poracréscimo de gastos 13.361 13.404Outros credores (Nota 6) 224 261

13. 585 13.665

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Credores por acréscimos de gastos” tinha a seguintecorn posiçao:

2015 2014

Remuneraçôes a Iiqu~dar 11.909 13.081Outros acréscimos de custos 1.453 323

13. 361 13.404

11 FUNDO PATRIMONIAL

Em 31 de Dezembro de 2015, o Fundo Social da Fundacao é de 3.725.000 Euros e está totalmentesubscrito e realizado.

A Fundaçao não está sujeita a obrigatoriedade de constituicão de Reservas Legais dada a sua naturezajurIdica. Os valores que compãem os fundos patrimoniais, exceto em caso de Iiquidaçao, em que a decisãocompete ao Conseiho de Curadores, não são distribulveis aos associados, podendo apenas ser utilizadospara a cobertura de prejuIzos ou em investimentos em atividades que constituam o objeto da Fundacao.

Durante o periodo de 2015 o fundo foi aumentado em 25.000 €.

O fundo foi reforçado no montante global de 25000€ corn a entrada da seguinte entidade:

14118

FERREIRA- CONSTRuçA0, S.A.

12 ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 as rubricas “Estado e outros entes püblicos” apresentavam a seguintecomposiçao:

2015 2014

Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivasImposto S / Rendimento

Imposto sobre o rendimento das pessoas singularesImposto sobre a valor acrescentadoContribuicöes para a Seguranca SocialOutros Impostos

Activo Passivo Activo Passivo

2.5251.369

27.1231.790

3.6552.198

5182.860

37.644 - 37.644 -

40. 169 30.282 41.299 5.576

A rubrica “Outros Impostos”, no valor de 37.644€, inclui IMT e Imposto de Selo cujo pagamento indevido foijá reclamado a Autoridade Tributária, uma vez que a entidade foi reconhecida como sendo de “UtilidadePüblica”. A Fundação recorreu daquela decisão superiormente.

13 REDITO

o rédito reconhecido pela Fundaçao nos perIodos findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 é detaihadoconforme se segue:

2014 2014

Prestac~odeserviços 35.116 45.789

Jurosobtidos 2.315 5.745

Outros 166.717 154.244

204.148 205. 778

2015 2014

Servicosàsempresas 35.116 45.78935.116 45.789

14 SUBS IDIOS

Durante o perlodo findo em 31 de Dezembro de 2015 a Fundaçao beneficiou dos seguintes subsIdios aexpIoraç~o por parte do Governo, no âmbito do programa COMPETE:

15118

Montante Montante Montante Rédito RéditoSubsIdlo total recebido por receber do perlodo acumulado

SubsIdios a exploraçâo:

399.261 289.175 110.086 24.117 399.261399.261 289.175 110.086 24.117 399.261

Também compöem a conta de subsIdios os patrocInios recebidos no montante de 142.500€.

15 JUROS E OUTROS REND~MENTOS E GASTOS SIMILARES

Não existem gastos e perdas de financiamento reconhecidos no decurso dos perlodos findos em 31 deDezembro de 2015 e 2014.

Os juros, dividendos e outros rendimentos similares reconhecidos no decurso dos perlodos findos em 31 deDezembro de 2015 e 2014 são detaihados conforme se segue:

2015 2014

Juros obtidos

Depósitos em instituicôes de crédito (Nota 18) 2.315 5.745

Outros 2.315 5.745

2.315 5.745

16 FORNECIMENTOS F SERVIQOS EXTERNOS

o detalhe da rubrica “Fornecimentos e servicos externos” nos perlodos findos em 31 de Dezembro de 2015e 2014 é conforme segue:

16118

quando tenham havido prejuIzos fiscais, tenham sido concedidos benefIcios fiscais, ou estejam em cursoinspeçöes, reclamaçoes ou impugnaçOes, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazossão alongados ou suspensos.

Não existem dIvidas em mora ao Estado e a Segurança Social.

20 CONTINGENCIAS F GARANTIAS PRESTADAS

Não existem passivos contingentes no decurso dos perlodos findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014

21 ACONTECIMENTOS APOS A DATA DO BALAN~O

Estas demonstraçoes financeiras foram aprovadas pelo Conseiho de Administraçao e autorizadas paraemissão em 31 de Marco de 2016. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pelo Conseiho deCuradores, nos termos da legislaçao em vigor em Portugal.

o Técnico Oficial de Contas

Lucia Fatima Mowão ElIslo

4~ €Liltic)

o Conselho de Administração

Dr. José Paulo s’a 1-ernandes Nunes ow~tm~~Presjdente

Dra. Isabel Goncalves Furtado — Vo al

Dr Carlos Abrunhosa de Brito - yoga

Manuel Passos

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