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Relatório de Gestão e Actividades 2014 1 1. Nota de Abertura Nos termos do disposto da alínea i) do artigo 33 da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro, conjugado com o disposto no n.º 1 do artigo 76.º da Lei 73/2013, de 3 de Setembro, submete-se à aprovação o Relatório de Gestão e Actividades e Conta de Gerência da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, relativa ao ano económico de 2014, para apreciação e votação da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. As disposições legais, citadas anteriormente, dispõem que as contas dos Municípios são apreciadas pelo Órgão Deliberativo, reunido em sessão ordinária, no mês de Abril do ano seguinte àquele a que respeitam. A prestação de contas obedece ao disposto no ponto 3 das considerações técnicas do POCAL aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99 de 22 de Fevereiro, ratificado pela Lei n.º 162/99 de 14 de Setembro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 315/2000 de 2 de Dezembro, e pela resolução n.º 4/2001 2ª secção do Tribunal de Contas de 12 de Julho de 2001. O relatório foi elaborado de acordo com as normas estabelecidas no ponto 13 do POCAL. Dos conteúdos tratados destacam-se os dados relativos à execução orçamental, sendo disponibilizadas informações relativas à receita e despesa previstas no Orçamento de 2014, com especial relevância para a execução anual do Plano Plurianual de Investimentos. São ainda apresentadas as declarações relativas aos compromissos anuais, pagamentos e recebimentos em atraso existentes a 31 de Dezembro de 2014, conforme estabelecido no artigo 15º da Lei n.º 8/2012 de 21 de Fevereiro. Recorreu-se à elaboração de quadros e gráficos para melhor evidenciar os dados tratados em cada capítulo. Para uma melhor percepção e comparação das variáveis mais significativas da Gestão Municipal apresentam-se também elementos relativos à execução de anos anteriores.

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Relatório de Gestão e Actividades 2014

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1. Nota de

Abertura

Nos termos do disposto da alínea i) do artigo 33 da Lei n.º 75/2013

de 12 de Setembro, conjugado com o disposto no n.º 1 do artigo 76.º da

Lei 73/2013, de 3 de Setembro, submete-se à aprovação o Relatório de

Gestão e Actividades e Conta de Gerência da Câmara Municipal de

Câmara de Lobos, relativa ao ano económico de 2014, para apreciação e

votação da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal.

As disposições legais, citadas anteriormente, dispõem que as

contas dos Municípios são apreciadas pelo Órgão Deliberativo, reunido em

sessão ordinária, no mês de Abril do ano seguinte àquele a que respeitam.

A prestação de contas obedece ao disposto no ponto 3 das

considerações técnicas do POCAL aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99

de 22 de Fevereiro, ratificado pela Lei n.º 162/99 de 14 de Setembro, e

alterado pelo Decreto-Lei n.º 315/2000 de 2 de Dezembro, e pela

resolução n.º 4/2001 – 2ª secção do Tribunal de Contas de 12 de Julho de

2001.

O relatório foi elaborado de acordo com as normas estabelecidas no

ponto 13 do POCAL. Dos conteúdos tratados destacam-se os dados

relativos à execução orçamental, sendo disponibilizadas informações

relativas à receita e despesa previstas no Orçamento de 2014, com

especial relevância para a execução anual do Plano Plurianual de

Investimentos.

São ainda apresentadas as declarações relativas aos compromissos

anuais, pagamentos e recebimentos em atraso existentes a 31 de

Dezembro de 2014, conforme estabelecido no artigo 15º da Lei n.º 8/2012

de 21 de Fevereiro.

Recorreu-se à elaboração de quadros e gráficos para melhor

evidenciar os dados tratados em cada capítulo.

Para uma melhor percepção e comparação das variáveis mais

significativas da Gestão Municipal apresentam-se também elementos

relativos à execução de anos anteriores.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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2. Introdução

Vivemos confrontados e afetados por um ambiente social,

económico e financeiro que não encontra paralelo na nossa memória

coletiva. Nos últimos anos, a economia mundial tem sofrido uma das

maiores mutações da história universal, não comparável com experiências

anteriormente vividas pela humanidade, a que acresce, a necessidade de

encontrar novos paradigmas de desenvolvimento e um novo equilíbrio,

assente quer em compromissos entre as forças do trabalho e do capital,

quer agora, pela sua escassez, na necessidade de uma maior

racionalidade no consumo dos recursos naturais.

Os exercícios orçamentais não são feitos sobre desejos. São feitos

sobre necessidades. Por isso, qualquer exercício orçamental responsável

tem, forçosamente, de refletir a escassez realista do ambiente externo.

Porque é este realismo que nos permitirá manter a esperança na

concretização dos nossos objetivos.

Estiveram na agenda do executivo vários temas que tocam o dia-a-

dia e o futuro de todos os Câmara-Lobenses, particulares, empresas e

instituições. Ambicionamos ser competitivos e sermos comparados com os

melhores da Europa.

As forças ativas da nossa comunidade precisam e têm recolhido o

nosso apoio. São disso exemplo os nossos bombeiros, as nossas

associações sociais e desportivas, sem esquecer as Instituições de cariz e

apoio social que, coordenados com a Autarquia, tanto têm auxiliado os

Câmara-Lobenses.

Acreditamos que pela proximidade com os nossos munícipes e pela

capacidade de inovação e gestão que temos demonstrado ao longo dos

últimos meses, conseguimos, além de poupança significativa por

economias de escala, melhores resultados práticos na oferta e satisfação

do Munícipe.

A nível organizacional a melhoria contínua nos serviços municipais

de Câmara de Lobos tem sido a pedra de toque do Município, seja através

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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de novos modelos de gestão e governação, seja através de uma cada vez

maior cidadania participativa.

Ambicionamos uma prestação de serviço público de excelência ao

munícipe; eficiente e eficaz, ao mesmo tempo que economicamente

vantajoso. Aumentar a qualidade, reduzindo os custos, foi o que nos

propusemos a fazer no universo autárquico, com sucesso e inovação.

Queremos aproximar os Câmara-Lobenses, todos os Câmara-Lobenses,

de serviços importantes. Iremos reestruturar a nossa oferta de serviços

cada vez mais proximidade ao Munícipe.

Em 2013 iniciámos um investimento sem precedentes na área social

e em quem mais precisa e reforçámos esta aposta em 2014.

Mas também na gestão dos recursos financeiros somos

referenciados como uma exceção, promovendo o investimento necessário

e programado, conseguindo cumprir as obrigações para com os

trabalhadores, fornecedores e parceiros institucionais, nomeadamente os

que desenvolvem a sua atividade no sector social. Em contraciclo com o

panorama nacional, o endividamento líquido municipal tem vindo a diminuir

conforme demonstram os dados que a seguir se apresentam.

Torna-se assim fundamental e estratégico, que a autarquia continue o

trabalho na redução de custos correntes e se prepare para tempos de

grande contenção, só mitigável com uma preparação sustentada na

redução da despesa corrente e maximização da receita, não desprezando

no entanto, o necessário investimento para a prossecução dos objetivos

que garantam um futuro sustentável no Município de Câmara de Lobos.

Após sufrágio popular de outubro de 2013 e sustentados no trabalho que

temos realizado, apresentamos assim, ao Executivo e Assembleia

Municipal, uma análise ao exercício orçamental do ano passado que nos

orgulhamos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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3. Actividades

Câmara de Lobos tem hoje uma situação económico-financeira

sustentável fruto de uma gestão rejuvenescida e orientada para os

resultados.

Câmara de Lobos, tem futuro porque identificou as suas vantagens

competitivas e sabe onde tem que estar e como tem que estar no mundo

globalizado, em que é cada vez mais importante a proximidade às

pessoas, pelo que apresentamos de seguida, diversas medidas

implementadas ao longo de 2014, que visaram o bem-estar e a melhoria

das condições de vida das populações:

3.1 - CONTRATOS DE CONCESSÃO DE APOIO ÀS JUNTAS DE

FREGUESIA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS.

A celebração dos referidos contratos visou definir critérios objetivos

e mensuráveis no que se refere à concessão de apoios às juntas de

freguesia, para o ano 2014, estabelecendo uma relação de compromisso e

de parceria com aqueles órgãos de poder local no sentido de melhorar as

respostas às necessidades essenciais das populações.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Os apoios concedidos representaram um aumento em cerca de 45%

relativo ao montante atribuído às juntas de freguesia no ano 2013 e visam

exclusivamente assegurar, na prossecução das atribuições legais das

juntas de freguesia e do interesse público municipal, a execução de obras

de proximidade e a realização de iniciativas de interesse para o município.

Os presentes contratos de apoio permitiram executar diversas obras

de proximidade, sobretudo ao nível de recuperação de veredas, nas cinco

Freguesias do Concelho, garantindo uma melhor acessibilidade e

condições de utilização a todos aqueles que no dia-a-dia as utilizam para

chegar às suas habitações e explorações agrícolas.

3.2 - CONTRATOS DE CONCESSÃO DE APOIOS MATERIAIS A

MUNÍCIPES EM ESTRATOS SOCIAIS DESFAVORECIDOS

O Município de Câmara de Lobos, aprovou por unanimidade a

atribuição de apoio para a realização de obras de beneficiação e de

melhoria das condições de habitabilidade de 27 famílias, num investimento

global estimado em 267.151,65 euros, a ser concretizado ao longo do ano

de 2014.

A câmara municipal manteve a política de apoios a estratos sociais

desfavorecidos, nomeadamente ao nível da concessão de apoio na

recuperação e melhoria das condições de habitabilidade de famílias com

comprovada necessidade económica, conforme previsto no “Regulamento

Municipal para apoio a estratos sociais desfavorecidos”.

3.3 - CONTRATOS DE CONCESSÃO DE APOIOS A INSTITUIÇÕES

CULTURAIS, SOCIAIS E DESPORTIVAS

As instituições do Concelho desempenham um papel fundamental

junto da população através da sua ação ao nível social, cultural, desportivo

e recreativo.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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A Câmara Municipal deliberou atribuir 367.300,00€ de apoio às

diversas instituições sociais, culturais e desportivas que operam no

município, a que acresce o apoio dos 145 mil euros deliberados para as

juntas de freguesia, totalizando um investimento global de 512.300,00€ em

2014, abarcando um total de 31 instituições. No ano 2013, o montante

global dos apoios havia sido de 456.500,00€.

3.4 - I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DE CÂMARA DE LOBOS - EDUCAR

PARA O FUTURO

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Esta iniciativa resultou do compromisso do atual executivo

municipal, estabelecido com os responsáveis dos conselhos diretivos e

diretores das escolas do concelho de, anualmente, promover encontros

desta natureza, que permitam, por um lado suscitar o debate em torno das

temáticas atuais relacionadas com o ensino e, por outro lado, reforcem a

atualização de competências da comunidade educativa em geral.

A iniciativa juntou mais de 300 participantes e será levada a cabo

novamente no ano de 2015.

3.5 PRÉMIO DE MÉRITO ESCOLAR “ JOAQUIM PESTANA “

A Câmara Municipal de Câmara de Lobos aprovou atribuir um

prémio individual no montante de 50,00€ (cinquenta euros) aos melhores

alunos que frequentaram no ano letivo transato as escolas do concelho.

No total foram contemplados 123 alunos, abrangendo o melhor

aluno por cada ano escolar de cada uma das escolas do município, entre o

primeiro ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico até ao ensino secundário,

abrangendo igualmente os melhores alunos dos cursos CEF e dos

Percursos Curriculares Alternativos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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A denominação do prémio “Joaquim Pestana” visa igualmente

enaltecer e recuperar a memória histórica do poeta câmara-lobense do

século XIX, que se distinguiu como um dos vultos da corrente literária

Novo Trovador e do ultrarromantismo.

3.6 DINAMIZAÇÃO DAS POTENCIALIDADES TURÍSTICAS DA CIDADE

A edilidade câmara-lobense instalou no passado ano, no cais da

cidade, dois 2 passadiços com as dimensões de 12X2 (comprimento X

largura) e respetivas estruturas de apoio, dotando o cais de condições

adequadas às operações de acostagem de embarcações de turismo

náutico e permitindo a dinamização de roteiros alternativos de visitação da

baixa da cidade.

Paralelamente, a autarquia tem já em curso um conjunto de ações

que visam a revitalização integrada do cais e da baía de Câmara de

Lobos, nomeadamente, numa primeira fase, a limpeza da baía e do

varadouro, assim como o ordenamento da amarração e varagem das

embarcações.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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3.7 LIMPEZA DA BAÍA DE CÂMARA DE LOBOS

Na linha de valorização do potencial de atratividade turística da baía

e do centro histórico a Câmara Municipal promoveu uma ação de limpeza

do fundo da Baía de Câmara de Lobos. O objetivo da ação foi, por um

lado, sensibilizar a população local, e em especial a comunidade

piscatória, para o combate à poluição marítima e, por outro lado, alertar

para os impactes das ações poluentes na biodiversidade do mar de

Câmara de Lobos e na imagem daquele que é considerado o ex-libris do

concelho e da Madeira.

3.8 BANDEIRAS VERDES NAS ESCOLAS DE CÂMARA DE LOBOS

O Município de Câmara de Lobos liderou em 2014 o ranking de

Bandeiras Verdes na RAM e mantem posição cimeira a nível nacional, ao

conseguir o pleno dos estabelecimentos de educação do concelho

galardoados com a Bandeira Verde. São 26 as escolas que recebem hoje

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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a sua bandeira em gesto de reconhecimento do trabalho realizado no

programa Eco-Escolas durante o ano letivo 2013/2014.

Câmara de Lobos participa ininterruptamente neste programa desde

o ano letivo 2002/03 e, desde então, todos os estabelecimentos de ensino

e educação aderiram massivamente, vindo a registar-se a participação

plena de todas as escolas desde o ano letivo 2010/11, contribuindo para

que Câmara de Lobos se afirme como um exemplo de boas práticas

ambientais e de sustentabilidade.

3.9 PROTEÇÃO CIVIL MUNICIPAL É TEMA DE PRELEÇÃO EM

CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS

A Câmara Municipal de Câmara de Lobos, consciente do papel de

destaque que se encontra reservado ao domínio da Segurança, Saúde

Pública e Proteção Civil e dando continuidade ao empenho da Autarquia

na promoção de uma política de bem-estar, comodidade e proteção da

Comunidade, participou, em co-autoria com o Serviço Regional de

Proteção Civil, IP-RAM e a Secretaria Regional da Educação, no III

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Congresso Internacional de Riscos, que decorreu entre os dias 5 a 7 de

Novembro, na Universidade do Minho – polo de Guimarães.

As preleções apresentadas no congresso resultam dos estudos

realizados por duas equipas científicas, nomeadamente o ‘Fenómeno

Icebergue, vítimas psicológicas das catástrofes naturais – um estudo com

adolescentes na RAM’, assinado em co-autoria por Cândida Jardim,

Ricardo Gomes e Uriel Abreu; e ‘A importância e o contributo das unidades

locais de proteção civil para o processo de planeamento e gestão da

emergência. O caso de estudo do Município de Câmara de Lobos’,

assinado em co-autoria de Uriel Abreu e Ricardo Gomes.

3.10 CÂMARA DE LOBOS É O MUNICÍPIO DA RAM QUE OBTÉM A

MELHOR CLASSIFICAÇÃO NO ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA

MUNICIPAL

Câmara de Lobos é a autarquia da Região Autónoma da Madeira

com a melhor classificação no Índice de Transparência Municipal 2014

(ITM), uma iniciativa da Transparência e Integridade, Associação Cívica

(TIAC)

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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O ITM afere o grau de transparência de cada município, medido

através de uma análise da respetiva página na internet.

Em resultado dos novos procedimentos e modelo de gestão

municipal, a autarquia de Câmara de Lobos destaca-se no plano regional e

nacional tendo sido um dos municípios que teve um dos progressos mais

assinaláveis, subindo 139 lugares no ranking e posicionando-se como o

município com melhor índice na RAM.

3.11 PROCESSO DE REVISÃO DO PDM

O PDM atualmente em vigor no concelho de Câmara de Lobos foi

aprovado em reunião ordinária da Assembleia Municipal, a 30 de

Setembro de 2002 e encontra-se em processo de revisão conforme

deliberação da Câmara Municipal datada de 20 de setembro de 2007.

O atual executivo municipal definiu o processo de revisão como uma

janela de oportunidade para pensar o concelho a médio/longo prazo, com

base numa visão estratégica mais consentânea com os imperativos da

atual conjuntura socioeconómica e princípios de sustentabilidade

ambiental.

Em junho de 2014 foi aprovado o cronograma de atividades,

nomeadamente através da concretização da 1.ª fase do referido

cronograma, que compreende a definição da «Estratégia Preliminar»,

através da qual proceder-se-á à definição dos princípios de

sustentabilidade e da visão estratégica da política de desenvolvimento

territorial pretendida pelo Município, bem como promover a avaliação e

diagnóstico da situação atual através da realização de estudos de

caracterização do território municipal.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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3.12 REDUÇÃO DA FATURA ENERGÉTICA NAS ESCOLAS

O Município de Câmara de Lobos é um dos signatários do Pacto de

Autarcas, movimento europeu que envolve as autarquias locais e regionais

de toda União Europeia, onde assumiu o compromisso de se empenhar no

aumento da eficiência energética no seu território, tendo como horizonte a

redução de CO2 em 20% até 2020.

Nesta linha, por força dos compromissos assumidos no Pacto dos

Autarcas, a autarquia de Câmara de Lobos aprovou, a atribuição de um

prémio às escolas do primeiro ciclo do ensino básico do concelho que

reduzirem em pelo menos 5% o valor da fatura ao longo do ano letivo

2013/2014, tendo como referência os valores de consumo do ano letivo

2012/2013. O prémio em causa consistirá na atribuição de material

didático, no montante financeiro correspondente à redução efetiva da

fatura energética, para as escolas que cumpriram o objetivo traçado.

3.13 FESTAS DE SÃO PEDRO

As Festas de São Pedro tiveram lugar na baixa da cidade de

Câmara de Lobos, entre os dias 27 de junho e 01 de julho e visaram

recuperar a tradicional devoção ao santo padroeiro dos pescadores, São

Pedro Gonçalves Telmo, a qual remonta aos primórdios da povoação de

Câmara de Lobos.

Assim, na edição de 2014, a programação do evento teve como

prioridade honrar o padroeiro dos pescadores, São Pedro, numa festa

onde se cumpre a tradição câmara-lobense, decorrendo em torno da

Capela de N.ª Sr.ª da Conceição, Baía e estendendo-se pela primeira vez

à Rua Nova da Praia, e que envolveu muita animação musical, marchas

populares, fogo-de-artifício e gastronomia tradicional.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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As festas tiveram um custo na ordem dos €51.800,00, o que implica

uma redução de 30% face ao custo do ano transato (€73.600,00). A este

propósito, importa frisar que, dos valores orçamentados para 2014, que o

orçamento municipal suportou apenas €30.800,00, sendo os restantes

€21.000,00 abrangidos por sponsors privados, num total de 35 empresas

parceiras, que, ao abrigo da Lei do Mecenato, associaram-se à iniciativa

municipal.

3.14 CÂMARA DE LOBOS ELEGE PRODUTOS TRADICIONAIS COMO

MARCAS DE IDENTIDADE DO TERRITÓRIO

Câmara de Lobos é um concelho com uma forte identidade cultural,

em grande medida devido à diversidade e beleza das suas paisagens, ao

património natural e cultural, e ao dinamismo de alguns setores

económicos associados às produções agrícolas, contudo, nem sempre

teve o engenho para potenciar esses ativos endógenos e transformá-los

em novas oportunidades de desenvolvimento, numa perspetiva sustentável

e de melhoria da qualidade de vida das populações.

Assim sendo o executivo municipal submeteu no INPI – Instituto

Nacional de Propriedade Industrial, o registo de 5 marcas identificativas do

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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território e de produtos típicos com génese nas diferentes freguesias do

concelho.

As marcas em processo de registo são as seguintes:

Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho

Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense

Câmara de Lobos, Capital da Poncha

Jardim da Serra, Terra da Cereja

Curral das Freiras, Capital da Castanha

3.15 CONSTRUÇÃO DE NOVO PARQUE INFANTIL DA CIDADE

Integrado num prédio municipal devoluto localizado na Rua São

João de Deus, que confronta com a Rua Padre Eduardo Clemente Nunes

Pereira, no centro da cidade de Câmara de Lobos, o novo parque infantil,

resulta numa proposta de reabilitação e qualificação do espaço urbano,

nomeadamente do prédio urbano em ruínas, que apenas mantinha

edificada a fachada principal para a Rua São João de Deus, a principal

artéria do casco urbano da cidade, revertendo desta forma a trajetória de

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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degradação do património edificado existente e introduzindo novas

estruturas de recreio e lazer para a população.

3.16 PROLONGAMENTO DO CAMINHO DA SARAIVA – Câmara de

Lobos

A empreitada denominada de “Construção do Prolongamento do

Caminho da Saraiva até ao Lagar da Giesta”, compreendeu a execução de

trabalhos de terraplanagens, obras de arte acessórias, rede de rega, rede

de águas pluviais, rede de abastecimento de água potável, rede de

iluminação pública, infraestruturas de eletricidade e telecomunicações e

pavimentação.

O arruamento em questão, apresenta uma extensão total próxima

dos duzentos e vinte metros (220m) iniciando-se na Rua do Lagar da

Giesta (sob o viaduto da Quinta do Leme), estando contudo prevista um

futuro prolongamento do arruamento até ao Caminho da Saraiva.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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A empreitada foi financiada por contrato programa com o Governo

Regional da Madeira e orçamento da Câmara Municipal, num total na

ordem dos 1.070.000,00 € (um milhão e setenta mil euros)

aproximadamente.

3.17 ASFALTAMENTO DA RUA PADRE ANTÓNIO SOUSA DA COSTA

NO GARACHICO

A Câmara Municipal de Câmara de Lobos procedeu à

repavimentação da Rua Padre António Sousa da Costa, no sítio do

Garachico, no troço compreendido entre a Estrada João Gonçalves Zarco

e a Estrada Municipal do Garachico.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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O arruamento apresenta uma extensão na ordem dos 1059

metros, e a execução desta obra justifica-se devido ao elevado estado de

deterioração do pavimento, tornando-se necessário melhorar as

condições de acesso automóvel ao vasto aglomerado populacional

existente na zona e à Igreja do Garachico.

3.18 CONSTRUÇÃO DO CAMINHO AGRÍCOLA DAS HERAS À

CALDEIRA

A empreitada denominada de “Caminho Agrícola das Heras à

Caldeira”, consistiu na construção de um novo caminho agrícola, com

uma extensão total de 691.47 metros, tendo o seu início na Estrada José

Avelino Pinto e finalizando numa zona de inversão de marcha, na

proximidade da Vereda do Lombo do Pedregal.

O arruamento é constituído por faixa de rodagem com 4.50m de

largura, acrescido de 0.50m de valeta para escoamento das águas

pluviais, e melhora o acesso a uma importante e extensa área agrícola

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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existente no local, permitindo igualmente o acesso automóvel a um

elevado aglomerado habitacional existente ao longo do traçado.

O valor da empreitada cifrou-se num montante global de

786.992,60€, sendo comparticipada em 85% ao abrigo do programa

comunitário PRODERAM e o valor restante ao abrigo do orçamento

municipal.

3.19 NOVAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PÚBLICAS NA

PRAÇA DA AUTONOMIA

O novo equipamento público resulta numa nova edificação,

devidamente integrada no espaço público envolvente, e resolve um dos

problemas identificados pela Câmara Municipal no âmbito da gestão dos

seus espaços públicos, correspondendo, por esta via, a uma antiga

reivindicação de residentes, utentes da Praça da Autonomia e visitantes

da cidade de Câmara de Lobos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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4. Organização

Municipal

A Organização do Município de Câmara de Lobos caracteriza-se pela

existência de duas estruturas fundamentais, uma política e outra

administrativa.

4.1) Estrutura Política

A estrutura política assenta em dois órgãos, a Câmara Municipal, com

funções essencialmente executivas e a Assembleia Municipal, com

funções de natureza predominantemente deliberativa e fiscalizadora da

actividade desenvolvida pela primeira.

A Assembleia Municipal é composta por 26 deputados, dos quais 21 são

eleitos diretamente pelo colégio eleitoral do Município e 5 indiretamente,

uma vez que assumem aquela função na qualidade de Presidentes de

Junta das Freguesias que constituem a divisão administrativa do Concelho

de Câmara de Lobos, verificando-se a seguinte distribuição:

Constituição da Assembleia Municipal

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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A Câmara Municipal é constituída por 7 membros – 1 Presidente e 6

Vereadores, que detêm um quadro de delegações previamente

estabelecido, com o grosso da responsabilidade pela definição das

estratégias e políticas municipais, bem como as decisões mais relevantes

sobre a atividade dos serviços municipais.

No quadro seguinte apresentam-se os membros do novo órgão executivo:

Presidente

Pedro Emanuel Abreu Coelho

Vice-Presidente

Manuel Higino Sousa Teles

Vereador da Intervenção Social, Cultura e Juventude

Sónia Maria de Faria Pereira

Vereador do Urbanismo e Ordenamento do Território

António Bruno Freitas Coelho

Vereador

José Roberto Ribeiro Rodrigues

Vereador

José Octávio da Silva Freitas

Vereador

Amândio Unibaldo Figueira da Silva

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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4.2) Estrutura Administrativa

Com o intuito de responder aos desafios que se colocam em consequência

da reorganização dos serviços, o Regulamento Orgânico em vigor foi

aprovado na Assembleia Municipal em reunião realizada a 15 de

Dezembro de 2010, que se traduz num novo modelo mais ajustado aos

novos desafios e exigências desta organização, publicado em Diário da

República – Despacho n.º 370/2011 (2.ª série) — “Regulamento de

Organização dos Serviços Municipais”, a 06 de Janeiro de 2011.

A estrutura orgânica da Câmara Municipal de Câmara de Lobos é a

que a seguir se apresenta:

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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5. Contexto

Orçamental

A economia portuguesa fechou 2014 como sendo o primeiro ano de

crescimento económico desde 2011. A Melhoria do PIB fica um pouco

abaixo da previsão do Governo e da Comissão Europeia.

Depois de três anos a destruir riqueza, o PIB português cresceu

0,9% em 2014, avança a estimativa rápida do Instituto Nacional de

Estatística (INE). Em 2013, a descida tinha sido de 1,4%.

O valor indicado pelo INE fica um pouco abaixo das previsões do

Governo e da Comissão Europeia, que estimavam uma progressão de 1%

no ano passado. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) era mais

pessimista, prevendo um crescimento de 0,8% em 2014 que acabou por

ser superado.

No último trimestre do ano passado, a economia portuguesa

avançou 0,7% face ao mesmo período do ano anterior, revelando o pior

desempenho do ano. No terceiro trimestre, o crescimento homólogo tinha

sido de 1,1%.

A evolução na recta final do ano foi determinada pelo contributo

menos positivo da procura interna comparativamente com o verificado no

trimestre anterior, reflectindo a desaceleração do consumo privado.

A economia portuguesa verificou durante o ano uma ligeira melhoria

das condições financeiras que, se traduziu numa relativa estabilização dos

critérios de concessão de crédito e numa ligeira diminuição dos spreads

por parte do sistema bancário.

A verdade é que continua a sentir-se os efeitos da profunda crise

económica que o País atravessa, que levou a um pedido de ajuda externa,

consagrado no pedido de assistência Financeira ao Banco Central

Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Europeia assinado no dia

6 de Abril de 2011.

A verdade é que a atividade económica em Portugal, fica em 2014

marcada pelas politicas de aumento da carga fiscal e a diminuição da

despesa pública, introduzidos inicialmente pelos PEC - Planos de

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Estabilidade e Crescimento, e à posteriori pelo acordo celebrado com a

“TROIKA“ - Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e

União Europeia, o que criou uma dificuldade crescente no acesso ao

financiamento externo, e o aumento da taxa de desemprego, fatores estes

que condicionam fortemente toda a atividade económica.

Do ponto de vista das Autarquias, verifica-se uma redução da

receita disponível e o crescimento das carências sociais, situação que cria

dificuldades acrescidas e lança novos desafios à gestão financeira do

Município.

A Autarquia de Câmara de Lobos não é imune ao Contexto

Macroeconómico, que condicionou claramente o Orçamento e a Atividade

Municipal.

Na sua globalidade a Gerência de 2014 fica marcada por um

aumento da execução relativamente ao ano de 2013, sendo mesmo a

melhor execução orçamental dos últimos anos. Fica também claro a

política de contenção de custos e de responsabilidade do Município

perante os seus fornecedores, tendo encerrado o ano sem qualquer divida

de curto prazo a fornecedores, algo que nunca tinha ocorrido nesta

Autarquia.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

25

6. Análise

Orçamental

O orçamento apresenta a previsão anual das receitas assim como das

despesas, organizadas de acordo com as classificações económicas

previstas na lei. Analisando genericamente os documentos, verificamos

que no ano de 2014 o orçamento ( corrigido – o que inclui as modificações

orçamentais ) previa uma dotação para as receitas e despesas de

18.368.885,00€, tendo-se registado uma taxa de execução de 90,10%

para as receitas e de 74,20% para as despesas.

6.1. Execução Orçamental

6.1.1. Síntese de Execução

Foi claramente a melhor execução orçamental dos últimos anos, o

que plasma de forma intrínseca a capacidade de execução do Executivo

Municipal.

A elevada execução do ano de 2014, permitiu diminuir a dívida do

Município, bem como garantir a não existências de pagamentos em atraso,

tendo-se mesmo encerrado o exercício sem qualquer divida de curto prazo

a fornecedores.

Síntese de Execução Orçamental

Dotação Corrigida Execução % Execução

Receita 18.368.885,00 € 16.551.318,47 € 90,10%

Despesa 18.368.885,00 € 13.631.306,51 € 74,20%

O ano de 2014 fica assim marcado por um aumento exponencial da

execução orçamental, o que ocorrendo no primeiro ano completo do actual

Executivo Municipal, demonstra a política seguida de rigor e consolidação

das contas Municipais.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

26

6.1.2. Evolução da Execução Orçamental

Os montantes orçamentados e realizados de 2010 a 2013

apresentam a seguinte evolução:

Execução Orçamental 2012 2013 2014

Despesa 32,4 74,2 74,2

Receita 34,3 74,9 90,1 Valores em %

Nos valores de execução estão considerados os montantes

referentes à utilização do saldo da gerência do ano anterior, estando em

2014 considerado o montante da gerência de 2013, de € 211.509,00.

De salientar a evolução positiva das taxas de execução de receita

ao longo do período em análise.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

27

6.1.3 Modificações ao Orçamento

Ao longo do ano de 2014 ocorreram nove modificações orçamentais,

modificações essas que se subdividem em seis alterações ao orçamento

(aquelas que apenas são apreciadas pelo Executivo Municipal, ou

autorizadas pelo Presidente da Câmara Municipal no âmbito das

competências delegadas) e três revisões à receita e à despesa

(documento apreciado pelo Executivo e Assembleia Municipal ).

9 Modificações Orçamentais Data

1ª alteração 27 de Março de 2014

1ª revisão receita/despesa 29 de Abril de 2014

2ª alteração 5 de Junho de 2014

3ª alteração 30 de Julho de 2014

4ª alteração 4 de Setembro de 2014

2ª revisão receita/despesa 29 de Setembro de 2014

5ª alteração 22 de Outubro de 2014

6ª alteração 16 de Dezembro de 2014

3ª revisão receita/despesa 29 de Dezembro de 2014

As alterações efetuadas tiveram sempre como objectivo adaptar o

Orçamento Municipal às necessidades constantes quer do Plano

Plurianual de Investimentos quer da própria despesa corrente do

Município. As adaptações do Orçamento Municipal às necessidades de

investimento no Concelho são a prioridade da Autarquia, pelo que as

modificações orçamentais são os instrumentos que tornam o Orçamento

realista e potenciador de soluções para a população residente e visitante

do Município.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

28

6.2. Execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI)

6.2.1 Síntese de Execução

O Plano Plurianual de Investimentos faculta a informação sobre

cada programa, projecto e acção a realizar no âmbito dos objetivos

estabelecidos pela Autarquia, sendo neste documento que se explanam

todos os investimentos a decorrer no Município.

Este documento permite identificar as fontes de financiamento, o

valor global dos programas e das acções, e a sua evolução ao longo dos

anos, bem como prever a despesa para os anos seguintes.

Na tabela que se segue podemos verificar que no ano de 2014, a

percentagem de execução foi de 57,53%, ou seja, da dotação prevista de

8.145.982,00€, foram executados 4.685.983,70€.

Síntese da Execução do PPI

Dotação corrigida Execução % Execução

8.145.982,00 € 4.685.983,70 € 57,53%

A execução do PPI acabou por ser prejudicada pela indefinição em

torno do novo quadro comunitário, uma vez que até ao final de 2014 ainda

não podiam ser candidatados novos projetos.

A indefinição do Gestor do PRODERAM em torno de projetos que

se encontram candidatados e a aguardar apreciação, prejudicou também a

execução do PPI, sendo os projetos os seguintes:

Construção do C.M. da Nogueira - Câmara de Lobos;

Construção do C.M. da Encosta da Palmeira- Câmara de Lobos;

Construção do C.M. da Levada do Salão - Câmara de Lobos;

Relatório de Gestão e Actividades 2014

29

Por outro lado, houve vários projetos apoiados por Fundos

comunitários que contribuíram fortemente para a execução do PPI, sendo

estes os que a seguir se apresentam:

Recuperação do Convento de São Bernardino” no âmbito do

Quadro Comunitário “ Intervir +”;

Construção do C.M. das Heras à Caldeira - Câmara de Lobos;

Construção do C.M. do Luzirão - Jardim da Serra;

Construção do C.M. do Aviceiro - Quinta Grande ( projeto aprovado

no final de 2013 );

Construção do C.M. da Quinta de Santo António à Figueira de

Lameiro - Estreito de Câmara de Lobos ;

Sendo os quatro últimos financiados ao abrigo do PRODERAM –

Programa comunitário para apoio à agricultura e desenvolvimento rural.

6.2.2 Modificações ao PPI

Foram elaboradas 6 modificações ao Plano Plurianual de

Investimentos, sendo que estas modificações ocorrem em simultâneo com

as modificações efectuadas ao Orçamento da Receita e da Despesa.

6 Modificações PPI Data

1ª alteração 27 de Março de 2014

1ª revisão receita/despesa 29 de Abril de 2014

2ª alteração 5 de Junho de 2014

2ª revisão receita/despesa 29 de Setembro de 2014

3ª alteração 22 de Outubro de 2014

3ª revisão receita/despesa 29 de Dezembro de 2014

Relatório de Gestão e Actividades 2014

30

6.3 Receita

6.3.1 Quadro Resumo

A análise da execução da receita e da despesa, face ao orçamento

definido, bem como a sua comparação com os valores atingidos em anos

anteriores, representa o principal objetivo deste relatório.

Em 2013, o valor da receita foi de € 16.551.318,47 e a despesa €

13.631.306,51.

No total da despesa está incluído o valor de € 4.685.983,70,

referente à execução das GOP - Grandes Opções do Plano – Plano

Plurianual de Investimentos.

Os quadros e gráficos apresentados seguidamente procuram

facilitar a leitura da situação financeira atual e da sua evolução.

Através da análise do quadro que se segue podemos observar que

a dotação da receita corrigida se traduziu no ano de 2014 em

18.368.885,00€, bem como o grau de execução da mesma.

Mapa – Execução das Receitas

Receitas Dotação

Ex. Financeira

% Execução

Receit

as C

orr

en

tes

Impostos Directos 2.915.290,00 2.903.059,22 99,60%

Impostos Indirectos

147.030,00 109.045,57 74,20%

Taxas Multas e Outras Penalidades

208.985,00 286.134,88 136,90%

Rendimentos de propriedades

90.000,00 47.902,62 53,20%

Transferências Correntes

7.511.508,00 7.084.864,86 94,30%

Vendas de bens e prestação de serviços

877.500,00 508.534,00 58,00%

Outras receitas correntes

180.000,00 118.026,05 65,60%

Total 11.930.313,00 11.057.567,20 92,70%

Relatório de Gestão e Actividades 2014

31

Receit

as d

e C

ap

ital

Venda de Bens de Investimento

22.500,00 6.482,18 28,80%

Transferências de Capital

6.164.563,00 5.275.018,03 85,60%

Passivos Financeiros

20.000,00 0,00 0,00%

Outras Receitas de Capital

15.000,00 0,00 0,00%

Saldo da Gerência Anterior

211.509,00 211.509,00 100,00%

Rep. não abatidas nos pagamentos

5.000,00 742,06 14,80%

Total 6.438.572,00 5.493.751,27 85,33%

Total Geral 18.368.885,00 16.551.318,47 90,10% (uni: euros)

No que concerne à Receita foram registados todos os valores

relativos aos Fundos Municipais inscritos no Orçamento Geral do Estado,

as provenientes de transferências de Fundos Comunitários, assim como as

transferidas dos Contratos Programa celebrados com o Governo Regional.

Relativamente aos Imposto Diretos (IMI, IMT e IUC) há a registar um

aumento das receitas no decorrer do ano de 2014, aumento este, que

apesar da contração do mercado imobiliário dos últimos anos, tem por

base um leve acréscimo da receita de IMT, e um crescimento do IMI.

Analisando as rubricas dos impostos e taxas, mais precisamente os

impostos diretos, podemos apurar que os mesmos tiveram uma taxa de

execução próxima dos 100%. Este facto deve-se sobretudo à atualização

dos valores patrimoniais dos Imóveis, que está a ser levada a cabo pelos

Serviços de Finanças, atualização esta que foi imposta pela “ Troika “. Esta

atualização acaba por se refletir na receita de IMI, que foi a grande

responsável pela subida da receita fiscal.

No que concerne às transferências, quer as correntes quer as de

capital, ambas têm um peso preponderante nas receitas, cujo somatório

corresponde a mais de 70% do total das receitas arrecadadas pelo

Município no ano económico de 2014.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

32

Relembrar que por imposição do Governo da República, as

Câmaras Municipais das Regiões Autónomas não receberam ainda, as

verbas relativas à participação no IRS de 2009 e Dezembro de 2010, o que

no caso de Câmara de Lobos representa o montante de 268.726,00€.

O gráfico que se segue permite-nos ter uma perceção genérica da

execução da receita no ano em estudo:

6.3.2 Transferências

São várias as proveniências da receita do Município. Assim sendo,

apresentam-se de seguida as transferências provenientes do Orçamento

Geral do Estado, Governo Regional através de Contratos Programa e de

Fundos Comunitários.

As transferências são o maior contributo para o Orçamento do Município,

daí que o seu peso, tal como podemos observar pelos rácios do Mapa

seguinte, seja preponderante nos diversos capítulos da receita.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

33

MAPA – Importância das Transferências

(Un: Euros)

TRANSFERÊNCIAS MONTANTE %

FUNDO EQUILÍBRIO FINANCEIRO, FUNDO SOCIAL MUNICIPAL, IRS

7.099.435,82 60,32%

CORRENTE 6.502.012,82 55,25%

CAPITAL 597.423,00 5,08%

OUTRAS TRANFERÊNCIAS (Contratos Programa, Fundos Comunitários)

4.669.797,29 39,68%

CAPITAL 4.669.797,29 39,68%

TOTAL DAS TRANSFERÊNCIAS 11.769.233,11 100,00%

O somatório das Outras Transferências, onde se incluem os Fundos

Comunitários e os Contratos Programa com o Governo Regional, ascende

a 4.669.797,29€, o que representa um peso de 39,68% sobre o total das

transferências.

A actual Lei das Finanças Locais permite que cada Autarquia

disponha de forma directa de uma percentagem do IRS – Imposto sobre o

Rendimento de Pessoas Singulares, que ascendeu no caso desta

Autarquia ao montante de 301.668,00€. Este valor foi totalmente

arrecadado no exercício em causa, ficando a faltar o montante do mês de

Dezembro de 2010 e o montante de Fevereiro a Dezembro de 2009, por

força da retenção imposta pelo Governo da República a todos os

Municípios das Regiões Autónomas da Madeira e Açores, tendo o

Município interposto uma ação judicial contra o Estado, no sentido de

reclamar estas verbas.

Considerando que as verbas relativas a transferências dos Fundos

Municipais acima apresentadas advêm directamente do Orçamento de

Estado, através do estipulado na Lei das Finanças Locais, importa

apresentar a proveniência da rubrica Outras Transferências.

Assim sendo, encontramos nos Fundos Comunitários e nos

Contratos Programa celebrados com o Governo Regional os dois habituais

Relatório de Gestão e Actividades 2014

34

grandes contribuintes líquidos desta rubrica como podemos verificar no

gráfico seguinte.

Tipo de Transferência Valor - €

PRODERAM 2.960.612,78

Contrato Programa 554.983,11

FEDER 1.154.201,40

6.3.3- Receita Fiscal

A Receita Fiscal apresenta-se como sendo um dos pilares da

totalidade da Receita Municipal, sendo que o imposto que mais contribui

para os cofres autárquicos é o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI),

seguido pelo Imposto Único de Circulação (IUC) que mais uma vez tem

uma receita superior ao Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas

de Imóveis (IMT), que sofre um ligeiro aumento, apesar do abrandamento

do mercado imobiliário, que se encontra muito abaixo do verificado noutros

anos económicos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

35

Importa referir que a Autarquia tem vindo a desenvolver esforços no

sentido de harmonizar os valores do Imposto Municipal sobre Imóveis, de

forma a gerar mais equidade social.

MAPA – Receita Fiscal

IMPOSTOS DIRECTOS MONTANTE MONTANTE VARIAÇÃO

2014 % 2013 %

Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) 2.157.281,89 74,31% 1.804.283,38 19,56%

Imposto Único de Circulação (IUC) 489.323,32 16,86% 547.318,63 -10,60%

Imposto Mun. s/Transmissões (IMT) 256.454,01 8,83% 233.056,78 10,04%

TOTAL 2.903.059,22 100,00% 2.584.658,79 12,32% (uni: euros)

6.3.3.1- Evolução da Receita Fiscal

Com o intuito de se proceder a uma análise completa e rigorosa da

evolução das receitas municipais, de seguida apresenta-se a evolução das

receitas fiscais no que concerne à reforma da tributação do Património.

Podemos assim verificar que apesar da evolução e crescimento do

Imposto Municipal sobre Imóveis, o que somado com o Imposto Municipal

sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (antiga SISA), ainda não se

conseguiu obter os resultados verificados no ano de 2008, tendo-se

verificado, no caso do IMT, desde 2009, uma enorme quebra, fruto do

decréscimo de transações no mercado imobiliário.

Apesar de no ano de 2014 se verificar um ligeiro aumento da

receita de IMT, em relação a 2013, a verdade é que no ano de 2013 este

imposto obteve o valor mais baixo de sempre.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

36

Mapa – Evolução da Receita Fiscal sobre o património – 2008-2014

Imposto 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

IMI 1.737.175,68 1.500.191,01 1.451.405,01 1.450.091,25 1.482.848,52 1.804.283,38 2.157.281,89

IMT 871.577,17 429.614,59 417.090,29 261.210,13 283.022,17 233.056,78 256.454,01

Total 2.608.752,85 1.929.805,60 1.868.495,30 1.711.301,38 1.765.870,69 2.037.340,16 2.413.735,90

6.3.4 Evolução da Receita

O ano de 2014 foi marcado por fortes constrangimentos

orçamentais impostos pela actual conjuntura económica, o que acabou por

se repercutir nas contas do Município.

A execução orçamental de 2014 é marcada por um enorme rigor

orçamental, tendo a receita sido baseada sobretudo no crescimento da

receita fiscal, e nas transferências que acabaram por ter um peso muito

elevado na execução da Receita.

Assim sendo, o pagamento de verbas em atraso relativas a

Contratos Programa celebrados com a Região Autónoma da Madeira, o

Relatório de Gestão e Actividades 2014

37

recebimento de verbas relativas a Fundos comunitários, nomeadamente

oriundas do Intervir + e do PRODERAM, foram o pilar basilar da receita do

Municipio no ano em estudo.

De seguida podemos fazer uma análise da evolução das Receitas do ano

de 2013 para 2014.

Receitas 2013 2014

Receit

as C

orr

en

tes

Impostos Directos 2.584.658,79 2.903.059,22

Impostos Indirectos 244.146,31 109.045,57

Taxas Multas e Outras Penalidades 175.676,08 286.134,88

Rendimentos de propriedades 8.245,34 47.902,62

Transferências Correntes 9.762.645,62 7.084.864,86

Vendas de bens e prestação de serviços 499.521,48 508.534,00

Outras receitas correntes 93.436,33 330.277,11

Total 13.368.329,95 11.269.818,26

Receit

as d

e C

ap

ital Venda de Bens

de Investimento 39.145,34 6.482,18

Transferências de Capital 4.368.077,67 5.275.018,03

Passivos Financeiros 5.815.458,79 0,00

Outras Receitas de Capital 1.379,90 0,00

Total 10.224.061,70 5.281.500,21 (uni: euros)

No que concerne à receita corrente, é de salientar que se verificou

uma descida em alguns itens, sobretudo naqueles que representam a

procura interna do Concelho como o são as rúbricas “Impostos Indiretos”.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

38

Importante referir a recuperação da rúbrica de “Taxas Multas e

Outras Penalidades”, na qual se inscreve as taxas pagas pelos

particulares, o que demonstra alguns sinais de retoma do investimento e o

consumo de particulares.

O decrescimo da rúbrica “Transferências Correntes “ deve-se em

grande parte à normalização das verbas arrecadadas, anualmente, uma

vez que em 2013 se verificou uma situação extraordinária, que foi a

entrada da verba relativa à ARM – Águas e Resíduos da Madeira SA.

Ao nível dos Impostos Directos, o Imposto Municipal sobre Imóveis

(IMI) tem um crescimento significativo, fruto da reavaliação de imóveis que

foi operada por imposição da TROIKA. O Imposto Único de Circulação (

IUC ) sofreu uma diminuição, com tendencia para a normalização, uma vez

que o crescimento verificado nos ultimos dois anos foi fruto da enorme

campanha de regularização de dividas levada a cabo pela Autoridade

Tributária.

A rúbrica “vendas de bens e prestação de serviços”, cresce, depois

da enorme quebra verificada em 2012 ( sobretudo se compararmos com

os anos anteriores a 2010 ) fruto da concessão do sistema de águas,

resíduos e saneamento à empresa ARM – Águas e Resíduos da Madeira

SA. O crescimento desta rúbrica fica a dever-se à recuperação de dividas

antigas de àgua, nomeadamente do Governo Regional.

Através da consulta do gráfico seguinte podemos observar a

evolução ocorrida nas duas rubricas mais importantes para a receita

corrente do Município.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

39

6.3.5 Evolução da Receita no Período 2010 – 2014

Para uma análise mais completa, importa analisar a evolução da

Receita Municipal nos últimos anos, realçando que o ano de 2014 foi um

ano de estabilização das receitas do Município, que após o ano de 2013,

no qual se operou uma importante restruturação financeira.

Assim sendo, podemos observar através do mapa e gráfico

seguintes a evolução que a receita arrecadada tem vindo a verificar.

Evolução da Receita Municipal – 2010 - 2014

Evolução da Receita 2010 2011 2012 2013 2014

Receita Corrente 12.205.473,16 10.272.553,76 8.105.642,91 14.036.121,85 11.269.818,26

Receita Capital 6.442.723,47 3.678.459,56 4.029.303,78 10.222.681,80 5.281.500,21

Total 18.648.196,63 13.951.013,32 12.134.946,69 24.258.803,65 16.551.318,47 Valores em €uros

Relatório de Gestão e Actividades 2014

40

Ambos os tipos de receita sofrem diminuições em 2014, algo

natural, uma vez que não se verificou neste ano qualquer operação de

caracter extraordinário, como o foi o PAEL – Programa de Apoio à

Economia Local, ou a regularização da operação com a ARM – Aguas e

Resíduos da Madeira SA, no ano de 2013.

O Pagamento das verbas relativas a Contratos Programa com o

Governo Regional, bem como a entrada de verbas oriundas de fundos

Comunitários levou a uma estabilização da receita de capital.

Importa ainda referir que em 2014 o Governo Regional da Madeira

regularizou todos os compromissos que tinha em atraso para com o

Município de Câmara de Lobos, nomeadamente ao nível do fornecimento

e abastecimento de água, saneamento básico e recolha de resíduos

sólidos, bem como ao nível de contratos programa de diversas obras

nomeadamente de ligações rodoviárias e da Biblioteca Municipal de

Câmara de Lobos.

Evolução da Receita no Período 2010 – 2014

O Gráfico permite observar que a normalização de receitas e

despesas operada em 2014, garantiu um nível de execução orçamental

Relatório de Gestão e Actividades 2014

41

elevado, mantendo-se os valores orçamentais muito acima dos minimos

registados em 2011 e 2012.

6.4. Despesa

6.4.1 Quadro Resumo

A semelhança da análise efetuada na Receita apresenta-se ao nivel

dos varios capitulos que constituem a Despesa, a percentagem de

execucao face aos valores previstos em Orcamento.

O quadro que se segue permite-nos analisar o tipo de despesa –

correntes e de capital – e a correspondente classificação económica, bem

como as respetivas dotações.

A análise dos dois tipos de despesa permite-nos constatar que a

execução ao nível das despesas correntes foi de 85,10%, em

contraposição aos 64,70% de execução das despesas de capital.

Mapa – Execução da Despesa

Despesa Dotação Execução % Execução

Despesas Correntes 8.530.803,00 7.262.508,29 85,10%

01 Despesas com o pessoal 4.125.779,00 3.813.041,74 92,40%

02 Aquisição de bens e serviços 2.871.744,00 1.947.759,39 67,80%

03 Juros e Outros Encargos 195.950,00 182.854,54 93,30%

04 Transferências Correntes 595.000,00 580.692,72 97,60%

05 Subsídios 500,00 0 0,00%

06 Outras despesas Correntes 741.830,00 738.159,90 99,50%

Relatório de Gestão e Actividades 2014

42

Despesas de Capital 9.838.082,00 6.368.798,22 64,70%

07 Aquisição de Bens de Capital 8.125.982,00 4.683.483,70 57,60%

08 Transferências de Capital 20.000,00 2.500,00 12,50%

09 Activos Financeiros 0,00 0,00 0,00%

10 Passivos Financeiros 1.677.050,00 1.667.814,52 99,40%

11 Outras Despesas de capital 15.050,00 15.000,00 99,70%

18.368.885,00 13.631.306,51 74,20% Total Despesa

(uni: euros)

Ao nível da despesa foram considerados todos os encargos

financeiros a que o Município teve de dar resposta no ano económico de

2014, tendo-se assim inscrito os valores que permitem a boa prossecução

dos projetos em curso, bem como o lançamento de novos projetos, como a

aquisição de equipamentos e maquinaria para apoio aos serviços

municipais.

A execução de diversos caminhos agrícolas é fundamental para

apoiar os nossos agricultores e população rural. Garantir determinados

niveis de investimentos (despesa de capital) permite continuar a

reorganização e requalificação das infra-estruturas locais, introdução de

novos equipamentos urbanos e modernização das centralidades das

freguesias.

O contributo mais elevado para a totalidade das despesas pagas é o

da Aquisição de Bens de Capital, com o valor de 4.683.483,70€, seguindo-

se as Despesas com o Pessoal, no montante de 3.813.041,74€.

Importante salientar que as despesas de pessoal subiram no ano de

2014, única e exclusivamente devido à reposição dos subsídios de Férias

Relatório de Gestão e Actividades 2014

43

e Natal, que em alguns casos tinham sido “cortados” em anos anteriores,

bem como devido à reposição de alguns cortes salariais verificados no ano

anterior.

Em termos de execução, no orçamento final prevaleceram

ligeiramente as despesas correntes relativamente às despesas de capital,

ao invés do que ocorria nos anos anteriores, nos quais as despesas de

capital eram superiores. Esta situação fica-se a dever essencialmente ao

aumento dos apoios a instituições como o são as Juntas de Freguesia,

permitindo assim mais obras de proximidade, embora seja clara a

dificuldade das autarquias em gerarem receitas para investimentos, dada a

atual conjuntura económica e social do país.

Através do seguinte gráfico podemos observar a execução da

despesa municipal face ao montante orçamentado inicialmente.

6.4.2 Despesas de Funcionamento

As despesas de funcionamento indicam os encargos associados à

actividade autárquica, reflectindo as despesas com o Pessoal, Aquisição

de Bens e Serviços e Outras Despesas Correntes.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

44

No quadro que se segue podemos verificar que o maior peso incide

nas despesas com o Pessoal que representa 58,67% do total, sendo

seguido pela Aquisição de Bens e Serviços com 29,97% sobre o total das

despesas referidas.

É de referir que a Autarquia viu no ano de 2014 aumentar as

despesas com pessoal, fruto da obrigatoriedade de pagamento do subsídio

de natal e de férias que tinha sido em alguns casos, “ cortado “ em anos

anterior, bem como devido à reposição de cortes salariais que também

tinham ocorrido.

Despesa Execução % total

01 Despesas com o Pessoal

3.813.041,74 € 58,67%

02 Aquisição de Bens e Serviços

1.947.759,39 € 29,97%

06 Outras Despesas Correntes

738.159,90 € 11,36%

Total 6.498.961,03 € 100%

Importa ainda referir que a diminuição da rúbrica “Aquisição de Bens e

Serviços” em relação a 2013, se deve no seu essencial, à resolução nesse

ano, do pagamento efetuado às empresas Valor Ambiente SA e IGA –

Investimentos e Gestão da Água SA no âmbito do acordo com a ARM –

Águas e Resíduos da Madeira SA.

Não é de descurar que para esta diminuição contribuiu também

fortemente a política de redução de custos em alguns serviços como se

pode comprovar através do quadro a seguir apresentado.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

45

A aquisição de bens e serviços que é o maior barómetro da

contenção de custos, teve no ano de 2014, o seu valor mais baixo dos

últimos três anos ( baseado no exercicio matemático de retirada das

operações extraordinárioas efectuadas em 2013 ( ARM SA + PAEL ) ).

2012 2013 2014

Aquisição de Bens e Serviços 2.242.478,22 € 3.681.158,70 € 1.947.759,39 €

Relatório de Gestão e Actividades 2014

46

O gráfico acima apresentado, demonstra bem a politica de

contenção de custos correntes implementado pelo Executivo Municipal, de

forma a canalizar verbas para investimento municipal, o que é gerador de

mais valias para a população e se repercute na sua qualidade de vida do

dia a dia.

6.4.3 Despesas com o Pessoal

O Município de Câmara de Lobos tinha, no dia 31 de Dezembro de

2014, um total de 220 trabalhadores distribuídos da seguinte forma:

Unidade Orgânica Nª Colaboradores

Departamento de Ordenamento do Território 65

Departamento de Intervenção Social e Qualidade de Vida 123

Departamento Administrativo e Financeiro 32

Total 220

Tal como em 2013, despesa com pessoal sofreu em 2014 um

acréscimo, depois de nos anos de 2011 e 2012, estas terem diminuído.

Este acréscimo de despesa ficou a dever-se por um lado, pela

reposição dos subsídios de férias e de natal que anteriormente haviam

sido “cortados“, e por outro, devido ao aumento dos encargos do Município

para a Caixa Geral de Aposentações e Segurança Social.

No que concerne a 2014, o principal motivo do acréscimo prende-se

com a reposição de alguns “cortes” dados com Inconstitucionais, pelo

Tribunal Constitucional e pelo aumento das contribuições para as

Instituições de Previdência.

De referir que a despesa com pessoal do município tinha vindo a

diminuir devido a diferentes razões, por um lado devido à passagem de

trabalhadores da Autarquia para a empresa ARM – Águas e Resíduos da

Madeira SA, e por outro lado devido a uma maior contenção ao nível das

Relatório de Gestão e Actividades 2014

47

horas extraordinárias, para além das reduções remuneratórias impostas

pelos PEC´S e pelo memorando de entendimento com a “TROIKA“ -

Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Europeia.

As despesas com o pessoal estão agrupadas, de acordo com o

Decreto-Lei nº 26/2002 de 14 de Fevereiro, em “Remunerações Certas e

Permanentes”; “Abonos Variáveis ou Eventuais”; e “Segurança Social”.

Através da análise do quadro anterior verificamos que a rúbrica

“Remunerações Certas e Permanentes” (conta 01.01) onde se englobam a

remuneração base, os subsídios de Férias e de Natal, o subsídio de

refeição e as despesas de representação, destinadas por sua vez, aos

membros dos órgãos autárquicos, ao pessoal do quadro, ao pessoal

aguardando aposentação, e ao pessoal em qualquer outra situação, até

sofreu um decréscimo.

Assim sendo comprova-se que a grande responsabilidade do

aumento da despesa com pessoal ocorreu devido ao aumento das duas

seguintes rúbricas:

Aos “Abonos Variáveis ou Eventuais” (conta 01.02), incluem

todos os abonos que não têm natureza certa,

nomeadamente: horas extraordinárias, trabalho em dias de

descanso semanal ou complementar, ajudas de custo, abono

para falhas, que neste caso teve um crescimento por força do

pagamento da indeminização por Cessão de Funções ao

anterior Presidente da Câmara Municipal, Sr Arlindo Pinto

Gomes;

Despesa com o Pessoal 2013 2014

0101 - Remunerações Certas e Permanentes 2.856.542,59 € 2.802.553,19 €

0102 - Abonos Variáveis ou Eventuais 33.829,57 € 57.707,85 €

0103 - Segurança Social 823.660,03 € 952.780,70 €

Total 3.714.032,19 € 3.813.041,74 €

Relatório de Gestão e Actividades 2014

48

À “Segurança Social” (conta 01.03), abrange todos os

encargos relativos à saúde dos funcionários, às prestações

familiares, às contribuições da entidade perante a Segurança

Social e a Caixa Geral de Aposentações, bem como aos

seguros de acidentes em serviço e outras pensões.

6.4.4 Transferências e Subsídios concedidos

No âmbito da prossecução das atividades Desportivas, Culturais e

Sociais do Concelho, foram transferidos no ano de 2014, através da

celebração de protocolos, 583.192,72€ para as diversas instituições do

Concelho.

Estes apoios financeiros concedidos, são responsáveis por uma

fatia da despesa com um peso de cerca de 4,3% sobre a despesa total.

Transferências e Subsídios Execução Peso %

04 Transferências Correntes 580.692,72 € 99,57%

08 Transferências de Capital 2.500,00 € 0,43%

Total 583.192,72 € 100%

Nas Transferências Correntes registam-se todas aquelas que se

destinam a apoiar o funcionamento corrente de diversos organismos, sem

que para tal isso implique qualquer contraprestação direta. É o caso por

exemplo das Freguesias, Associações e Escolas.

Já as Transferências de Capital, têm como objectivo o

financiamento das despesas de capital das entidades beneficiadoras,

sobretudo ao nível de aquisição de bens duradouros.

O gráfico que se segue espelha o montante das transferências

correntes efetuadas na gerência em análise, por grupos de entidades

beneficiárias:

Relatório de Gestão e Actividades 2014

49

Apoios - €

Clubes e Associações Desportivas 133.200,00 €

Bombeiros Voluntários 180.000,00 €

Bandas e Grupos Corais 31.000,00 €

Associações Culturais e Sociais 93.580,68 €

Juntas de Freguesia 145.412,04 €

(uni: euro)

6.4.5 Evolução da despesa

Neste capítulo passaremos à análise comparativa das despesas

efetuadas no ano de 2014 em comparação com o ano de 2013,

salientando os aspetos mais significativos e a correspondente evolução.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

50

Mapa – Evolução da Execução da Despesa

2013 2014

12.063.879,49 7.262.508,29 Despesas Correntes

01 Despesas com o pessoal 3.714.032,19 3.813.041,74

02 Aquisição de bens e serviços 7.318.983,92 1.947.759,39

03 Juros e Outros Encargos 178.244,76 182.854,54

04 Transferências Correntes 593.907,70 580.692,72

05 Subsídios 300,00 0,00

06 Outras despesas Correntes 258.410,92 738.159,90

11.983.415,03 6.368.798,22 Despesas de Capital

07 Aquisição de Bens de Capital 10.370.156,50 4.683.483,70

08 Transferências de Capital 40.320,00 2.500,00

09 Activos Financeiros 112.500,00 0,00

10 Passivos Financeiros 1.325.438,53 1.667.814,52

11 Outras Despesas de capital 135.000,00 15.000,00

24.047.294,52 13.631.306,51 Total Despesa

A informação constante no quadro supra referido permite-nos

concluir que o total da despesa teve um decréscimo de cerca de 43%

face ao ano anterior, o que é natural tendo em conta o facto de no ano

de 2013 terem ocorrido operações de cariz extraordinário que acabaram

por influenciar significativamente a execução orçamental.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

51

A diminuição da despesa corrente acaba por ser muito significativa,

tendo permitido transferir verbas para despesa de capital, o que levou a

uma estabilização da despesa de capital, garantindo a continuidade do

Investimento Municipal, como é bem perceptivel pelos projectos no

terrenos, sendo disso exemplo o Parque Infantil de Câmara de Lobos, as

Estradas Municipais das Heras á Caldeira, do Lagar da Giesta, as diversas

pavimentações efectuadas, ou mesmo novos projectos lançados, como o

são o Caminho Agricola do Aviceiro na Quinta Grande, o Caminho Agricola

do Colmeal no Curral das Freiras entre outros

Esta transferência de verbas, de corrente para capital, advém de

uma política clara do Município de contenção na despesa corrente

tentando sempre o aumento do Investimento no Concelho.

Ao nível da rubrica 03 – Juros e Outros Encargos – houve um ligeiro

aumento, devido aos encargos com o Empréstimo do PAEL – Programa de

Apoio à Economia Local. A Realidade é que nos restantes empréstimos os

encargos têm vindo a cair, fruto das baixas taxas de juro de referência

(EURIBOR).

Quanto às transferências de verbas para entidades de índole

cultural, social, e desportiva, denotamos que no cômputo geral,

congregando as transferências correntes com as de capital, houve uma

diminuição das mesmas.

A rúbrica de Activos financeiros não teve qualquer movimento, uma

vez que a Autarquia não adquiriu no ano nenhuma participação de outra

entidade, como tinha ocorrido em 2013, com a aquisição da participação

na ARM – Águas e Resíduos da Madeira SA.

Na rubrica de passivos financeiros houve um aumento dos valores

amortizados, resultante das amortizações dos empréstimos, do Banco

Santander Totta SA, da Caixa Geral de Depósitos SA, e do Novo Banco

SA.

No decorrer do ano de 2014, foi liquidado na totalidade o

empréstimo contraído junto da Caixa Geral de Depósitos SA, no montante

Relatório de Gestão e Actividades 2014

52

global de 759.419,00€. Este empréstimo tinha sido contraído no ano de

2004.

O ano de 2014 foi também o ano em que tivemos pela primeira vez

as amortização do empréstimo de 5.815.458,79€ advindo do PAEL –

Programa de Apoio à Economia Local, pela sua totalidade. Durante o ano

em análise foi amortizado o montante de 420.005,36€ relativo ao

Empréstimo do PAEL.

6.4.6 Evolução da Despesa Municipal

Através da análise do quadro e gráfico seguintes podemos observar

a evolução da despesa corrente e de capital efetuada pelo Município no

período 2008-2014.

Podemos verificar que a Autarquia não ficou imune à crise verificada

a partir do ano de 2008, com maior incidência em 2011 e 2012, sendo que

em 2014 se notem alguns sinais de retoma, o que coadjuvado pela

diminuição de custos correntes permitiu garantir um nível de investimentos

superior aos ano de 2011 e 2012, o que.representa investimento público

no Concelho.

Neste comparativo podemos observar que em 2013 verificou-se um

pico de despesa, o que é justificado com as situações extraordinárias

derivadas da aplicação do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local,

num montante global de 5.815.458,79€, o que deu um incremento, por um

lado à receita de capital e por outro permitiu uma reestruturação da divida

da Câmara Municipal, transferindo a divida de curto prazo ( fornecedores)

para médio longo prazo.

De forma a garantir o nível de investimento público foram

fundamentais as verbas oriundas de Fundos Comunitários, nomeadamente

do PRODERAM, no apoio à construção de caminhos agrícolas e do Intervir

+ na Reconstrução do convento de São Bernardino, na cidade de Câmara

de Lobos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

53

Mapa – Evolução da Despesa Municipal 2008 - 2014

Evolução da Despesa 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Despesa Corrente 9.292.819,35 10.082.400,60 8.925.425,44 8.420.414,23 6.448.921,83 12.063.879,49 7.262.508,29

Despesa Capital 17.413.936,77 8.259.814,90 9.597.462,98 5.580.207,29 5.019.612,54 11.983.415,03 6.368.798,22

Total 26.706.756,12 18.342.215,50 18.522.888,42 14.000.621,52 11.468.534,37 24.047.294,52 13.631.306,51

Valores em €uros

Através do quadro e gráfico seguintes temos também uma análise

da evolução dos dois tipos de despesa ( Corrente e de Capital ), para o

mesmo período antes analisado ( 2008 a 2014), o que nos permite ter uma

perceção da evolução da despesa que o Município efetua anualmente.

A análise do quadro e gráfico em apreço permite-nos claramente ter

uma noção do impacto da crise económica surgida no ano de 2008, sobre

o Investimento levado a cabo pelo Município no Concelho.

0,00

5.000.000,00

10.000.000,00

15.000.000,00

20.000.000,00

25.000.000,00

30.000.000,00

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Valo

r em

Evolução da Despesa Municipal

DespesaCorrente

Despesa Capital

Total

Relatório de Gestão e Actividades 2014

54

6.5 Comparação entre receita e despesa

6.5.1 Análise

O grau de execução orçamental global do ano de 2014, cifrou-se

nos 74,20% na despesa e 90,10% na receita.

O ano fica indelevelmente marcado por uma boa excelente

execução orçamental, devido a diferentes fatores.

Se, por um lado a crise económica levou a um abrandamento da

economia, o que se reflete nas receitas dos Municípios, uma vez que sem

atividade económica a Receita acaba por ser afetada, não deixa de ser

interessante verificar a recuperação de algumas rúbricas nomeadamente a

de “Taxas Multas e Outras Penalidades”, onde podemos aferir o

investimento dos particulares.

Com o abrandamento do lado da receita, verificado nos últimos

anos, a tendência é dar-se um abrandamento do investimento, porque, se

não existe liquidez, não se podem efetuar investimentos.

Apesar deste cenário, a Autarquia prosseguiu uma política de

otimização dos recursos internos, com um claro decréscimo dos custos

correntes, como já vimos anteriormente, o que permitiu o desenvolvimento

de projetos que visaram sempre a melhoria do atendimento aos Munícipes,

bem como a beneficiação de infra-estruturas Municipais, sendo de referir

que o Município privilegiou os investimentos municipais (despesa de

capital) em detrimento das despesas correntes.

No que concerne às receitas de capital, estas acabaram por ser

alavancadas por receitas oriundas de alguns projetos financiados em sede

de Fundos Comunitários, bem como pela regularização de valores

referentes a Contratos Programa celebrados com o Governo Regional, que

no ano de 2014, terminou de pagar o acordo de pagamento celebrado.

Ao nível da despesa corrente importa referir que o Município

conseguiu uma forte contenção ao nível das aquisições de bens e

Relatório de Gestão e Actividades 2014

55

serviços, o que foi sem duvida alguma importantíssimo para que se

pudesse transferir verbas para investimento ( despesa de capital ).

Mapa – Peso da Despesa versus Receita

A análise do gráfico anterior permite-nos verificar o peso das

receitas (corrente e de capital) e a sua afetação ao nível da despesa (quer

corrente, quer de capital), permitindo a sua análise constatar que a

Autarquia conseguiu uma poupança corrente, ou seja, transferir receita

corrente para despesas de capital.

Tendo em conta o ligeiro aumento das despesas com pessoal,

devido á reposição do pagamento dos subsídios de natal e férias,

reposição de alguns “cortes “ e ao aumento das contribuições sociais (

CGA e Segurança Social ) a verdade é que se conseguiu gerar poupança

corrente.

6.5.2. Poupança

A Autarquia tem conseguido ao longo dos últimos anos transitar

verbas de receitas correntes para despesa de capital, o que demonstra

capacidade de gerar Poupança Corrente, que atingiu no ano de 2014 o

Relatório de Gestão e Actividades 2014

56

montante de 3.795.058,91€, valor superior aos 1.972.242,36€ verificados

em 2013.

Este indicador é muito positivo, tendo em conta que a despesa de

capital representa investimento no Concelho, o qual é um incremento para

o melhoramento da qualidade de vida das populações.

Através da análise do gráfico seguinte podemos observar o facto de

em 2014 se ter gerado poupança corrente, superior a 2013, apesar de

todos os condicionamentos impostos pela atual situação económica, o que

demonstra uma aposta clara da Autarquia numa gestão equilibrada

assente no investimento público, gerador de mais valias para a população,

e incentivador do investimento privado.

O crescimento da poupança gerada, é fruto de uma estabilização

das receitas, o que coadjuvado com a estrutura reduzida de custos fixos

da Autarquia leva a que a poupança na despesa corrente seja superior à

de 2013.

Através da análise do gráfico seguinte podemos observar a

evolução da poupança gerada em 2013 e 2014.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

57

Relatório de Gestão e Actividades 2014

58

7. Balanço

O Balanço é o mapa contabilístico que apresenta a posição financeira e

patrimonial da Autarquia a 31 de Dezembro de 2014.

O Balanço do Município de Câmara de Lobos tem sofrido uma evolução

ao longo dos anos, de acordo com as operações e atividades que vão

ocorrendo no dia-a-dia do próprio Concelho.

7.1 Análise do ano de 2014

No ano de 2014 o Balanço da Autarquia ascendia a um montante

total de 88.213.524,43€, quer do lado do Ativo, quer do lado do Passivo

mais o Capital Próprio.

Se por um lado temos os ativos, os benefícios económicos, por

outro temos o passivo (dívidas a pagar) e o capital próprio.

Com base na análise do Balanço resumido de 2014 patente no

quadro anterior, podemos constatar que o total dos ativos do Município

ascende aos 88.213.524,43€, onde as imobilizações corpóreas,

representam um peso à volta de 93,46%.

Do lado do passivo, verificamos que o mesmo é constituído

essencialmente pelas “Dívidas a Terceiros” e pelos “Empréstimos de

Médio e Longo Prazos”, rúbrica esta que diminuiu em relação ao ano de

2013 devido à amortização dos diferentes empréstimos, diminuição

também propiciada pela não contratação de novos financiamentos.

No que concerne à divida a terceiros, esta foi fortemente

prejudicada pela obrigatoriedade de inscrever o valor do FAM – Fundo de

Apoio Municipal, de acordo com o estabelecido pela DGAL – Direção Geral

das Autarquias Locais, no montante de 716.010,33€.

No Balanço da Câmara Municipal de Câmara de Lobos foram

também consideradas amortizações de Imobilizado, num montante global

de 42.522.107,47€ e provisões no valor de 236.560.19€

Relatório de Gestão e Actividades 2014

59

Balanço Valor Peso %

Ativo

Imobilizado 82.441.720,98 93,46%

Imobilizações corpóreas + Incorpóreas 81.612.710,65

Investimentos Financeiros 829.010,33

Circulante 5.771.803,45 6,54%

Existências 181.567,43

Dívidas de terceiros 546.165,44

Depósitos em instituições financeiras e caixa 2.987.430,64

Acréscimos e diferimentos 2.056.639,94

88.213.524,43 100% Total Ativo

Capital Próprio e Passivo

Fundos Próprios 38.927.810,76 44,13%

Património 23.884.987,23

Reservas Legais 1.399.315,82

Resultados transitados 12.434.272,64

Resultado Líquido do exercício 1.209.235,07

Passivo 49.285.713,67 55,87%

Empréstimos de médio e longo prazo 10.031.986,24

Dívidas a terceiros 2.041.054,29

Garantias e Cauções 30.195,04

Provisões 71.247,36

Acréscimos e Diferimentos 37.111.230,74

88.213.524,43 100% Total Capital Próprio e Passivo

(Uni: euros)

De realçar o facto de o passivo da Câmara Municipal ter diminuído

significativamente, sobretudo a divida a terceiros, se extrairmos o valor do

FAM – Fundo de Apoio Municipal. A 31 de Dezembro de 2014, a divida a

Relatório de Gestão e Actividades 2014

60

fornecedores da Autarquia estava totalmente limitada à divida estabelecida

em acordos de pagamento de médio longo prazo.

Importa ainda realçar que a verba relativa a acréscimos e deferimentos,

deve-se ao facto de o Município ter inúmeros projetos ( empreitadas ) que

são cofinanciadas e que são amortizadas ao longo dos anos, sendo que

esta rúbrica é a “compensação” a esse custo que são as amortizações.

7.2. Evolução do Balanço

O quadro que se segue permite-nos analisar comparativamente o ativo,

o passivo e o capital próprio da Autarquia nos anos de 2013 e 2014.

A rúbrica de Imobilizado acaba por diminuir por força das

amortizações do exercício, levadas a efeito no ano de 2014, que

ascenderam neste ano a um total de 4.768.119,95€.

Este volume de amortizações e a não existência em 2014 de

operações extraordinárias como aconteceram em 2013 (PAEL – Programa

de Apoio à Economia Local e resolução da questão ARM – Águas e

Resíduos da Madeira SA.) acabou por prejudicar o Resultado Liquido do

Exercício, que no ano se cifrou em 1.209.235,07€.

Com base na informação do quadro que a seguir se apresenta,

constatamos que o Ativo teve uma variação positiva, que foi acompanhada

pelo Capital Próprio e pelo Passivo, situação esta que apesar do aumento

da rúbrica “ Circulante “, acaba por ser sempre condicionada pelas

amortizações e correções patrimoniais efetuadas ao longo do exercício.

No que concerne ao Ativo, houve, como já afirmámos, um aumento

do Ativo Circulante, principalmente no que respeita às Disponibilidades,

fruto do recebimento de verbas relativas ao PRODERAM, tendo-se

verificado uma diminuição do Ativo Fixo, que incidiu única e

exclusivamente nas Imobilizações Corpóreas, por força das amortizações

efetuadas e das correções patrimoniais ocorridas.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

61

Balanço 2014 2013

Ativo

Imobilizado 82.441.720,98 82.681.820,59

Imobilizações corpóreas + Incorpóreas 81.612.710,65 82.456.320,59

Investimentos Financeiros 829.010,33 225.500,00

Circulante 5.771.803,45 4.914.465,01

Existências 181.567,43 200.655,92

Dívidas de terceiros 546.165,44 3.923.021,72

Depósitos em instituições financeiras e caixa 2.987.430,64 303.808,69

Acréscimos e diferimentos 2.056.639,94 486.978,68

88.213.524,43

Total Ativo 87.596.285,60

Capital Próprio e Passivo

Fundos Próprios 38.927.810,76 36.196.656,22

Património 23.884.987,23 23.884.987,23

Reservas Legais 1.399.315,82 1.111.387,95

Resultados transitados 12.434.272,64 5.441.723,56

Resultado Líquido do exercício 1.209.235,07 5.758.557,48

Passivo 49.285.713,67 51.399.629,38

Empréstimos de médio e longo prazo 10.031.986,24 11.699.800,76

Dívidas a terceiros 2.041.054,29 1.807.430,18

Garantias e Cauções 30.195,04 40.654,52

Provisões 71.247,36 0,00

Acréscimos e Diferimentos 37.111.230,74 37.851.743,92

88.213.524,43

Total Capital Próprio e Passivo 87.596.285,60

Do lado do Passivo, notamos uma diminuição dos empréstimos de

médio longo prazo, por força das amortizações efectuadas no decorrer do

ano.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

62

Importa referir que as Dívidas a Terceiros, cresceram, fruto única e

exclusivamente da contabilização forçada pela DGAL – Direção Geral das

Autarquias Locais, da verba relativa ao FAM – Fundo de Apoio Municipal,

no montante de 716.010,33€..

Na realidade as dividas a terceiros diminuíram, estando no dia 31 de

Dezembro de 2014, confinadas aos acordos de pagamento em vigor, no

montante global de 1.238.632,36 €.

As dividas a terceiros de curto prazo ( vulgo “Fornecedores conta

corrente”) estavam totalmente liquidadas no final do exercício em análise,

como já aqui havíamos apresentado.

De referir também a criação das provisões para riscos e encargos,

que visa acautelar no futuro, obrigações com que o Município possa vir a

ser confrontado.

No Anexo II a este Relatório podemos encontrar o Anexo ao

Balanço e Demonstração de resultados com uma análise mais técnica,

ponto a ponto da evolução ocorrida.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

63

8. Endividamento

Neste capítulo iremos analisar a atual situação de endividamento do

Município bem como dos empréstimos em curso.

Procederemos também a uma análise das Dividas de Terceiros para com

a Autarquia e das dívidas a Fornecedores.

8.1. Empréstimos

No que concerne aos empréstimos bancários, aferimos que todos

os anos a Autarquia tem que suportar os encargos resultantes dos

compromissos assumidos.

A 31 de Dezembro de 2014 o Município devia a Instituições de

Crédito 10.031.986,24€ um valor abaixo dos 11.699.800,76€ verificados no

ano de 2013, o que significa uma diminuição de 1.667.814,52€

O ano de 2014 foi assim um ano em que a divida bancária voltou a

diminuir, ao contrário de 2013, ano em que se registou uma subida, por

força da utilização do empréstimo de 5.815.458,79€ advindo do PAEL –

Programa de Apoio à Economia Local .

Mapa - Evolução da Dívida a Instituições de Crédito

Ano

2009 2010 2011 2012 2013 2014

10.088.986,55 € 9.137.026,07 € 8.181.395,90 € 7.209.780,50 € 11.699.800,76 € 10.031.986,24 €

Pode-se assim constatar que em 2014 voltamos a ter a divida

bancária em níveis de 2009, depois do pico ocorrido em 2013.

No ano de 2014 ocorreu a liquidação total de um empréstimo

contratado em 2004, junto da Caixa Geral de Depósitos SA, no montante

global de 759.419,00€.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

64

Foram pagos 178.244,76€ de juros de empréstimos bancários no

decorrer do ano.

Regista-se assim que na gerência em questão foi amortizado o valor

de 1.667.814,52€ relativamente a empréstimos contraídos com o Banco

Santander Totta SA, Caixa Geral de Depósitos SA e do próprio

empréstimo obtido junto da Direção Geral do Tesouro relativo ao PAEL –

Programa de Apoio à Economia Local. Os empréstimos de médio e longo

prazo representam o grosso das dívidas exigíveis ao Município.

Importa ainda relembrar que no ano de 2015 termina o pagamento

de dois empréstimos em curso, um no montante de 2.648.616,83€

contratado junto do Banco Santander Totta SA no ano de 2000, e outro no

montante de 830.088,00€ contratado junto da Caixa Geral de Depósitos

SA no ano de 2005.

8.2 Dívidas de Terceiros

As dívidas de terceiros são essencialmente de curto prazo, e

prendem-se com a atividade corrente do Município, sobretudo ao nível do

financiamento de Projetos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

65

A grande fatia desta rubrica corresponde a compromissos por parte

do Governo da República ( comparticipação da Biblioteca Municipal de

Câmara de Lobos e IRS), que se descriminam da seguinte forma:

Entidade Descrição 2013 2014

Governo República Biblioteca Municipal 849.982,50 € 849.982,50 €

Governo República IRS - 2009 244.930,00 € 244.930,00 €

Governo República IRS - 2010 23.796,00 € 23.796,00 €

Fundos Comunitários PRODERAM 2.494.498,47 € 45.886,37 €

Devedores Diversos Fornecimento Água 141.713,68 € 123.996,77 €

Total 3.938.815,22 € 1.288.591,64 €

Por outro lado, e apesar de todos os esforços no sentido de

regularizar as situações em atraso, as dívidas dos consumidores de águas

verificaram um considerável decréscimo, sobretudo a componente pública

que foi totalmente liquidada, embora as particulares continuem a ter algum

peso sobre as dívidas de terceiros.

Há ainda a salientar a verba proveniente do PRODERAM –

Caminhos Agrícolas, que se deve ao pagamento de valores finais de

empreitadas, já solicitado e que se aguarda a sua receção no ano de 2015.

8.3 Dívidas a Terceiros

No que respeita às dívidas a “Terceiros”, temos no ano de 2014, de

subdividi-las em curto prazo, onde inscrevemos as dividas de conta

corrente com fornecedores, e as de médio longo prazo onde se inscrevem

as relativas a acordos de pagamento..

Assim sendo temos a destacar que o Município fechou o ano com

as suas dívidas correntes totalmente saldadas, algo que é inédito numa

execução orçamental em Câmara de Lobos.

No que concerne às dívidas de médio longo prazo há a registar os

acordos de pagamento com a Valor Ambiente SA, a IGA - Investimentos e

Gestão da Água SA e a Empresa Eletricidade da Madeira SA.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

66

Foi também registado nesta rúbrica o montante relativo ao FAM –

Fundo de Apoio Municipal, por obrigação expressa em normativo emitido

pela DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais, no montante de

716.010,33€.

Como acima informamos, a divida comercial do Município está na

sua totalidade titulada através de acordos de pagamento subscritos com

diferentes entidades, conforme a seguir se descrimina:

Entidade Valor - €

Valor Ambiente SA 305.959,26 €

IGA - Investimentos e Gestão da Água SA 456.973,10 €

Empresa Eletricidade da Madeira SA 475.700,00 €

Total 1.238.632,36 €

8.4 Endividamento Municipal

Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 73/2013, de

3 de setembro (Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades

Intermunicipais) o limite da dívida total para cada município em 2014, é

apurado do seguinte modo:

"A dívida total de operações orçamentais do município, incluindo a

das entidades previstas no artigo 54.º,não pode ultrapassar, em 31 de

dezembro de cada ano, 1,5 vezes a média da receita corrente líquida

cobrada nos três exercícios anteriores".

Assim sendo o limite ao endividamento do Município de Câmara de

lobos cifrou-se no ano de 2014, no montante de 15.753.236,00€.

No final do exercício, o Município apenas estava a utilizar 69,49 %

da sua capacidade de endividamento total.

Considerando que no final de 2013, estava a ser utilizada 75,98%

da capacidade de endividamento, fica claro que esta se encontra numa

tendência de descida.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

67

Relativamente ao ano de 2015, importa demonstrar que a

capacidade de endividamento sofrerá um aumento, como a seguir se

apresenta:

Receita Corrente Valor

2012 8.105.642,91 €

2013 13.368.329,95 €

2014 11.057.567,20 €

Média 3 últimos anos ( a ) 10.843.846,69 €

Limite ao endividamento = ( a ) x 1,5 16.265.770,03 €

Assim sendo passaremos de um limite ao endividamento em 2014,

de 15.753.236,00€, para um montante em 2015 de 16.265.770,03 €, o que

é claramente positivo para a Autarquia, e demonstra a capacidade de

gerar receitas correntes, que são a base da fórmula de cálculo.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

68

9. PAEL

Durante o ano de 2012 o Município de Câmara de Lobos decidiu aderir ao

PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, solicitando um empréstimo

até ao montante global de 5.815.458,79€, junto da Direção Geral do

Tesouro.

Deste montante foi libertada uma tranche de 4.070.821,15 no mês

de Fevereiro de 2013, e ao remanescente de 1.744.637,64 no mês de

Maio de 2013.

Estas verbas serviram para liquidar dívidas a fornecedores, que a

seguir se descriminam:

Valor Ambiente - Gestão e Administração de Resíduos da

Madeira, S.A. – 2.486.867,01€;

AFAVIAS - Engenharia e Construções, S.A. – 540.445,83€;

José Avelino Pinto - Construção e Engenharia, S.A. –

2.788.145,95€;

No ano de 2014 foi amortizado o montante de 420.005,36€, estando

em divida no dia 31 de Dezembro de 2014, o montante global de

5.040.064,28€.

Relativamente ao empréstimo contraído neste âmbito, foi pago no

ano de 2014 o montante de 135.672,46€ relativos a juros anuais de toda a

operação em curso.

No Anexo I a este relatório poderão ser visualizados os mapas da

execução anual do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local do

Município de Câmara de Lobos.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

69

10. Indicadores

Neste Capítulo vamos analisar alguns indicadores importantes da vida

económica, financeira e social do Município, de forma a perceber-mos

melhor, o impacto da ação Orçamental da Autarquia na vida de todos os

Câmara Lobenses.

Assim sendo passamos a apresentar um quadro com vários

indicadores com um cariz económico e financeiro:

Gestão Financeira

Indicador Valor Tendência

Dívida Total - Euros por Habitante ( €\hab ) 323,23 € ↓

Grau de Endividamento 69,49% ↓

Prazo Médio de Pagamentos 63 dias ↓

Pagamentos em Atraso 0 ↓

Grau de Execução da Receita Orçamentada 90,10% ↑

Grau de Execução da Despesa Orçamentada 74,20% ↑

Receita Total - €\hab 465,14 € ↓

Transferências do Orçamento de Estado - €\hab 202,00 € ↓

Financiamento da União Europeia - €\hab 117,48 € ↑

Receitas de Impostos Municipais - €\hab 92,79 € ↑

IMI - €\hab 60,43 € ↑

Despesa Total - €\hab 389,19 € ↓

Despesa com pessoal - €\hab 108,87 € ↓

Investimento - €\hab 181,84 € ↓

Relatório de Gestão e Actividades 2014

70

11. Conclusão

Terminamos desta forma a análise das contas do Município de

Câmara de Lobos que se plasma no presente relatório de gestão, onde

expusemos uma panóplia de dados económico-financeiros da Gerência

de 2014.

Podemos concluir que este exercício foi claramente marcado pelo

difícil contexto económico Regional e Nacional, mas que apesar dos fortes

constrangimentos permitiu diferentes projetos aos mais diferentes níveis,

sendo de destacar os seguintes:

O apoio a famílias mais carenciadas, através do apoio à

recuperação de imóveis e condições de habitabilidade, tendo sido

aprovados 27 novas candidaturas, o que representa uma melhoria

significativa da qualidade de vida de 27 famílias;

Os programas de emprego lançados pelo Município, procurando dar

mais formação e melhor qualificação àqueles que procuram uma

nova oportunidade laboral;

As obras de proximidade, levadas a cabo pela Autarquia ou em

protocolo com as Juntas de freguesia, que tem permitido a

recuperação de dezenas de quilómetros de acessibilidade a

habitações;

O apoio constante ás escolas do Concelho, quer ao nível de

manutenção, quer de fornecimento de bens e equipamentos;

Também na área da educação destacar o I Seminário de Educação

de Câmara de Lobos e o Prémio de Mérito Escolar “ Joaquim

Pestana”, ações que visam qualificar e incentivar toda a

comunidade educativa;

O investimento nas áreas sociais manteve-se no ano de 2014,

seguindo-se uma política de apoios aos mais jovens e idosos e aos

mais carenciados, incluindo todos os escalões etários e estratos

sociais indiferenciados, pelo que participam hoje em dia nos

projetos sociais em curso da Autarquia, que incluem desde a

educação, desporto, ambiente, cultura, lazer, ocupação de tempos

Relatório de Gestão e Actividades 2014

71

livres, etc., atividades estas abertas a toda a população, com a

participação activa de largas centenas de munícipes.

O Ordenamento do Território é também uma das prioridades do

actual Executivo Municipal, pelo que está em curso o processo de

Revisão do Plano Director Municipal (PDM), instrumento este que

consideramos ser de fundamental importância no Desenvolvimento

Sustentável do Concelho nos próximos anos, pelo que a Autarquia

assinou um protocolo de colaboração com a Associação Insular de

Geografia, tendo em vista a preparação e elaboração de

documentos orientadores e estratégicos para o ordenamento do

território municipal, nomeadamente cartas de risco, planos de

emergência e intervenção, etc.

De registar o funcionamento de forma alargada de todos os Centros

Comunitários do Concelho, garantindo actividades e prestando

serviços de apoio às populações locais e a toda a atividade

municipal nesta vertente.

Do ponto de vista cultural há a destacar as Festas de São Pedro, as

Marchas Populares e o Carnaval, as Festividades Natalícias, bem

como os diversos eventos levados a cabo pelas Juntas de

Freguesia e outras Instituições Culturais, Sociais e Recreativas. O

Museu de Imprensa da Madeira, espaço que se considera como

polo aglutinador de cultura e gerador de mais valias sobretudo ao

nível de visitantes para o Concelho.

As atividades levadas a cabo pela Biblioteca Municipal na cidade de

Câmara de Lobos e os pólos do Curral das Freiras e do Estreito de

Câmara de Lobos, sendo que esta rede de Bibliotecas se apresenta

como pedra basilar do ponto de vista cultural, educacional e do

conhecimento, para o apoio a toda a população do Concelho.

No âmbito da cooperação técnica e financeira e parcerias

institucionais, foram efectuadas transferências para as Juntas de

Freguesia, Instituições Culturais, Sociais, de Bombeiros e

Relatório de Gestão e Actividades 2014

72

Desportivas de todo o Concelho, tendo sido transferido um total de

583.192,72€.

Ao nível de Infraestruturas disponibilizadas à população, importa

salientar novos equipamentos públicos, como:

O Caminho Municipal das Heras à Caldeira - Câmara de Lobos;

O Caminho Municipal do Lagar da Giesta- Câmara de Lobos;

O Parque Infantil em Câmara de Lobos;

Os Sanitários Públicos em Câmara de Lobos;

O asfaltamento de diversos caminhos municipais;

A melhoria das condições de circulação de inúmeras veredas

nas cinco freguesias do Concelho;

Estamos assim em condições de afirmar que o Município mantém

uma política de equilíbrio financeiro e cumprimento das obrigações

orçamentais, pelo que não se antevê qualquer tipo de estrangulamento ou

desequilíbrio financeiro das contas municipais.

Tendo em conta a atual situação económica e social que

atravessamos, considera-se que o Município privilegiou o investimento

público, e o apoio à população, visando sempre os baixos custos e a

otimização dos recursos, com um intuito claro de melhoria das condições

de vida das populações locais, e gerador de condições sustentáveis do

desenvolvimento de projetos empresariais.

Em Câmara de Lobos queremos ter empreendedorismo. Queremos

falar de pessoas e não de números. Queremos falar mais de ideias, de

sonhos de projetos de felicidade e menos de dívida e de défices.

Neste momento de viragem económica, politica e social, teremos de ser

capazes de fazer desse momento um ponto de encontro das nossas

vontades. Vontades que, certamente, estão ao serviço de um Concelho de

Câmara de Lobos mais capaz de dar resposta aos desafios que se

colocam á sociedade, pelo que consideramos que a reestruturada situação

financeira do Município é equilibrada, sólida e capaz de sustentar as

Relatório de Gestão e Actividades 2014

73

futuras opções de apoio social e de investimento Municipal, visando as

pessoas e as suas necessidades mais próximas, para mais e melhor

desenvolvimento sustentável do Concelho.

O Presidente

__________________________

Pedro Emanuel Abreu Coelho

O Chefe de Divisão de Gestão Financeira

__________________

Nuno Barata

Relatório de Gestão e Actividades 2014

74

Município de Câmara de Lobos

Câmara Municipal

Conta de

Gerência

2014

Proposta de Aplicação de Resultados.

Resultado Líquido do ano de 2014

Relatório de Gestão e Actividades 2014

75

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos do ponto 2.7.3. das Considerações Técnicas do POCAL

e face ao resultado positivo de 1.209.235,07€ apurado no ano de 2014, e

tendo em consideração que o valor contabilístico da conta 51 – “

Património “ é superior a 20% do Activo Líquido, propomos a seguinte

aplicação do Resultado Líquido do Exercício de 2014:

- Reserva Legal: ……………………………………..60.461,75 €

- Resultados Transitados :…………….….....…. 1.148.773,32€

Câmara de Lobos, 24 de Abril de 2015

ORGÃO EXECUTIVO

_____________________________________

______________________ ____________________ __________________

______________________ ____________________ __________________

Câmara de Lobos, 30 de Abril de 2015

ORGÃO DELIBERATIVO

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Relatório de Gestão e Actividades 2014

76

Município de Câmara de Lobos

Câmara Municipal

Conta de

Gerência

2014

Termo de Encerramento

Relatório de Gestão e Actividades 2014

77

CONTA DE GERÊNCIA DO ANO FINANCEIRO DE 2014

ENCERRAMENTO

A Presente Conta de Gerência foi aprovada por

__________________________, pela Câmara Municipal, na reunião

ordinária, realizada no dia 24 de Abril de 2015, para submeter à aprovação

da Assembleia Municipal.

ORGÃO EXECUTIVO

_____________________________________

______________________ ____________________ __________________

______________________ ____________________ __________________

APROVAÇÃO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

A Conta de Gerência que antecede foi presente e aprovada em sessão

ORDINÁRIA por ______________________________________________,

da Assembleia Municipal, que se realizou no dia 30 de Abril de 2015, tendo

as folhas e anexos sido rubricados pela mesa que abaixo assinam.

ORGÃO DELIBERATIVO

___________________________________

___________________________________

___________________________________

Relatório de Gestão e Actividades 2014

78

Anexo I

Relatório de Gestão e Actividades 2014

79

Anexo II

Relatório de Gestão e Actividades 2014

80

8 – ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

8.2 - NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

(Mapa n.º 13 do Tribunal de Contas Código Pocal 8.2)

8.2.1 – Indicação e justificação de disposições do POCAL derrogadas e efeitos no

Balanço e Demonstração de Resultados.

A integração consistente da Contabilidade Orçamental, Patrimonial e de

Custos, é um dos principais objectivos do POCAL. Apesar da Contabilidade de

Custos não se encontrar completamente implementada no Município, considera-se

que tal facto não tem reflexo no Balanço e Demonstração de Resultados pelo que as

Demonstrações Financeiras apresentadas, reflectem uma imagem verdadeira e

apropriada do Activo, Passivo e dos Resultados do Município, não se considerando

derrogada qualquer disposição relevante do POCAL, com reflexo no Balanço e

Demonstração de Resultados.

8.2.2 – Contas do Balanço e Demonstração de Resultados não comparáveis com as

do exercício anterior.

Ao longo do exercício de 2014, não foram alterados procedimentos, regras e

políticas contabilísticos, relativamente aos critérios definidos para o exercício

anterior, que torne incomparáveis as contas do Balanço e Demonstração de

Resultados.

8.2.3 - Critérios de Valorimetria, Amortizações e Provisões

8.2.3.1- Critérios de Valorimetria

Os critérios de valorimetria utilizados relativamente às várias rubricas do

Balanço e Demonstração de Resultados, obedeceram ao estabelecido nesta matéria

no POCAL, resumindo-se por grandes classes:

1 – Imobilizações:

O Activo Imobilizado e aumentos patrimoniais contabilizados no exercício de 2014

foram valorizados ao custo de aquisição ou produção.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

81

Por regra, o valor atribuído a doações, cedências de parcelas de terreno e alteração

de natureza jurídica de bens do Município é o montante que consta no respectivo

processo. Na falta de menção desta informação, recorre-se à Comissão de

Avaliação, ou Avaliação Externa por Perito Avaliador Certificado, optando esta por

critérios idênticos aos utilizados na valoração do Balanço Inicial.

Os Investimentos Financeiros, constituídos por participação de capital, foram

registados pelo valor de aquisição.

2 – Existências;

O valor das Existências Finais corresponde à valorização dos Stocks, segundo o

critério do Custo Médio Ponderado.

3 – Dívidas a Terceiros;

As Dívidas a Terceiros foram registadas pelo valor à data da factura, pelo que

expressam os montantes dos documentos que as titulam.

4 – Disponibilidades;

O montante de Disponibilidades em Caixa reflecte o montante do valor em

numerário, não incorporando qualquer montante em moeda estrangeira. O montante

de depósitos em Instituições Financeiras reflecte o valor do saldo contabilístico das

referidas contas, estando justificadas as diferenças relativamente ao saldo dos

respectivos extractos bancários à data de 31/12/2014.

5 – Acréscimos e Diferimentos

Os Acréscimos e Diferimentos foram registados em obediência ao princípio da

especialização de exercício.

8.2.3.2 – Método de cálculo de Amortizações e Provisões.

As Amortizações foram calculadas com base no método das quotas

constantes, aplicando as taxas de amortização para cada bem do Activo Imobilizado

previsto na portaria 671/2000 de 17/04 – CIBE.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

82

No exercício em análise foi constituída Provisão para cobrança duvidosa no

montante de 124.060,19€, ficando provisionadas a 100% todas as dívidas de

terceiros em mora há mais de 12 meses e, em 50% as dívidas em mora há mais de

6 meses, com as excepções referidas nas considerações técnicas do ponto 2.7.1 do

POCAL.

Relativamente às situações de aplicações de tesouraria, riscos e encargos,

depreciação de existências e investimentos financeiros, não se considera estarem

associadas a riscos que justifiquem a constituição de qualquer provisão.

8.2.4 - Cotações utilizadas para conversão em moeda portuguesa de contas

originariamente expressam em moeda estrangeira.

Situação não aplicável.

8.2.5 – Situações em que o Resultado do Exercício foi afectado por critérios de

valorimetria diferentes, Amortizações superiores às adequadas ou Provisões

Extraordinárias.

O Resultado Liquido do Exercício não foi afectado por critérios de valorimetria

diferentes dos previstos no POCAL, Amortizações superiores às adequadas ou

Provisões Extraordinárias.

8.2.6 – Comentário às contas 43.1 e 43.2 – Despesas de Instalação e Despesas de

Investigação e de Desenvolvimento.

Situação não aplicável.

8.2.7- Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do

Balanço e nas respectivas Amortizações e Provisões.

Remetem-se na Conta de Gerência, os mapas elaborados em conformidade

com modelo aprovado no POCAL, contendo todos os movimentos ocorridos nas

rubricas do Activo Imobilizado, constantes do Balanço e nas respectivas

Amortizações e Provisões.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

83

8.2.8 - Desagregação das rubricas dos Mapas anteriores, de forma a evidenciar a

descrição do Activo, valor de aquisição, taxa de amortização e outras informações.

Em conformidade com o que neste item é referenciado no POCAL o mapa do

Activo Bruto e das Amortizações e Provisões foi, no que concerne, a cada uma das

contas patrimoniais: Edifícios, Outras Construções, Terrenos e Recursos Naturais

desagregado por elemento do Activo Imobilizado, de modo a evidenciar a descrição,

data de aquisição, valor de aquisição, taxa de amortização, amortizações do

exercício e acumuladas, alienações, transferências e abates e valores líquidos de

cada elemento.

Para as restantes contas do Activo referentes a bens móveis e exceptuando

as viaturas, cuja desagregação foi efectuada bem a bem, foram os respectivos

elementos agregados por grupos homogéneos, considerando-se do mesmo grupo

os bens que obedecem ao mesmo regime de amortização, classificados por

natureza, tipo e bem em conformidade com a portaria 671/2000 – CIBE, e

desagregado pelas contas patrimoniais, encontrando-se, igualmente, apenso à

Conta de Gerência.

8.2.9 – Custos do exercício respeitantes a Empréstimos para financiar Imobilizações

que na fase de construção tenham sido capitalizados.

Seguindo o critério utilizado nos anos anteriores, todos os encargos financeiro

do exercício, relativos a financiamentos destinados a Imobilizado em execução,

estão reflectidos nos resultados.

8.2.10 – Diplomas legais em que se baseou a reavaliação do imobilizado.

No exercício de 2014, não foi efectuada qualquer reavaliação dos bens do

activo Imobilizado, informação que o mapa do Activo Bruto evidencia.

8.2.11 – Quadro discriminativo das Reavaliações

Não aplicável.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

84

8.2.12 – Informação sobre Imobilizações em poder de Terceiros, Imobilizações em

propriedade alheia e Imobilizações Reversíveis.

O Município tem concessionado o Sistema de Distribuição de Água

,Saneamento Básico e Recolha de Residuos Sólidos à Empresa ARM – Águas e

Resíduos da Madeira SA.

Os investimentos efectuados pelo Município neste Sistema, nos anos

subsequentes à Concessão, estão reflectidos no Balanço do Município.

O Município tem concessionado o Estacionamento tarifado do Concelho, á empresa

DATAREDE SA.

8.2.13 – Bens utilizados em regime de Locação Financeira

A Câmara Municipal detém vários bens a serem utilizados neste regime, num

total de 4 contratos em vigor.

8.2.14 – Bens que não foi possível valorizar

Durante o ano de 2014, todos os bens patrimoniais foram objecto de

valoração.

8.2.15 – Bens de Domínio Público que não são objecto de amortização

Na situação de não amortizados encontram-se todos os Bens de Domínio

Público afectos a concessão do Sistema de Abastecimento de Água em Baixa e

respectivas alterações patrimoniais, bem como todos os Bens de Domínio Público

para cuja classificação prevista na Portaria 671/2001 – CIBE, não consta taxa de

amortização. Nesta situação encontram-se bens como terrenos integrados no

Domínio Público, Monumentos, entre outros.

8.2.16 – Informação sobre entidades participadas

Nos Mapas anexos à Conta de Gerência, menciona-se toda a informação

solicitada neste item disponível, no Município – designação, sede, parcela detida,

capitais próprios e resultado do último exercício de que o Município tem

Relatório de Gestão e Actividades 2014

85

conhecimento, relativamente a todas as entidades societárias e não societárias em

que o Município detém participação.

8.2.17 / 8.2.18– Discriminação das contas “Títulos Negociáveis”, “Outras Aplicações

de Tesouraria” e “Outras Aplicações Financeiras”

O Município não possui no seu Activo qualquer aplicação nas contas

referidas.

8.2.19 a 8.2.21 – Informações relevantes na análise do Activo Circulante

As demonstrações financeiras não contêm factos materialmente relevantes

nestes itens.

8.2.22 – Valor global das Dívidas de Cobrança Duvidosa

Para o valor das dívidas em mora há mais de 12 meses, excluindo dívidas do

Sector Público, foi constituída provisão no montante correspondente a 100% da

dívida, e para o valor das dívidas em mora há mais de 6 meses foi constituída

provisão no correspondente a 50% do valor da Divida. O valor global das dívidas

para as quais foi constituída Provisão ascende a 124.060,19 euros, para a qual está

constituída provisão no montante de 124.060,19 euros.

Esta valor refere-se a dividas do sector das águas, anteriores a 2011, pelo

que se constitui a Provisão na sua totalidade.

8.2.23 e 8.2.24 – Valor Global das Dívidas Activas e Passivas respeitantes a

Pessoal da Autarquia, Obrigações e outros títulos emitidos, com indicação dos

direitos que conferem

As Demonstrações Financeiras não contêm factos materialmente relevantes

nestes itens.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

86

8.2.25 – Discriminação das dívidas incluídas na conta “Estado e Outros Entes

Públicos” em situação de mora

Os montantes das Demonstrações Financeiras que constam da conta Estado

não têm carácter de mora, reportam-se a valores apurados no mês de Dezembro de

2014, não constituindo qualquer mora.

8.2.26 – Discriminação desagregada das responsabilidades por Garantias e

Cauções prestadas e recibos para cobrança.

A movimentação das Contas de Ordem no período de 2014 está evidenciada

no Mapa das Contas de Ordem que se insere na Conta de Gerência

O Montante de Garantias e Cauções prestadas em numerário está reflectido

nas contas de operações de tesouraria.

8.2.28 - Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício de cada

uma das Contas da Classe 5 “Fundo Patrimonial”

Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

51 - Património 23.884.987,23 € 23.884.987,23 €

571 - Reservas Legais 1.111.387,95 € 287.927,87 € 1.399.315,82 €

59 - Resultados transitados 5.441.723,56 € 7.565.680,32 € 573.131,24 € 12.434.272,64 €

88 - Resultado Líquido do exercício 5.758.557,48 € 1.209.235,07 € 5.758.557,48 € 1.209.235,07 €

Fundos Próprios 36.196.656,22 € 38.927.810,76

O quadro supra inserto resume os movimentos ocorridos no exercício em

cada uma das contas da classe 5, evidenciando também o total de Fundos Próprios

ao incluir informação sobre os Resultados Líquidos.

O valor evidenciado Conta 59 – Resultados Transitados, referente ao exercício

de 2014, obteve-se considerando o sado do exercício n-1 (2013) – 5.441.723,56€, e

tendo em conta os seguintes movimentos:

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Movimentos a crédito (7.565.680,32€):

- 5.470.629,61€ (aplicação do resultado líquido do exercício de 2013);

- 2.095.050,71€ (IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis – recebido no ano de

2014 referente ao ano de 2013);

Movimentos a débito (573.131,24€):

- 520.735,36€ (regularizações patrimoniais – regularização de amortizações

de anos anteriores devido à passagem de imobilizado em curso para

definitivo; regularização para a conta 27* de verbas de Contratos Programa

de obras passadas para imobilizado definitivo);

- 52.395,88€ (encargos de liquidação e cobrança do IMI – Imposto Municipal

sobre Imóveis – recebido no ano de 2014 referente ao ano de 2013);

Assim sendo:

5.441.723,56€ + 7.565.680,32€ - 573.131,24€ = 12.434.272,64€.

A conta 57.1 – Reservas Legais – reflecte a afectação da aplicação de 5% do

Resultado Líquido apurado em 2013.

8.2.29 e 8.2.30 – Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias

Consumidas e demonstração da variação da produção

No registo das existências, matérias-primas, subsidiárias e de consumo,

susceptíveis de armazenamento, foi utilizado o sistema de inventário permanente.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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8.2.31 - Demonstração de Resultados Financeiros

No exercício de 2014, foram contabilizados Custos Financeiros no montante

de 291.909,17 euros e Proveitos Financeiros no montante de 115.945,18 euros, pelo

que o Resultado Financeiro apurado foi negativo em ( - 175.963,99 euros). O mapa

relativo à Demonstração de Resultados Financeiros encontra-se na Conta de

Gerência do ano de 2014.

.

8.2.32 - Demonstração de Resultados Extraordinários

No exercício de 2014 foi apurado um Resultado Extraordinário de

2.643.305,27 euros, resultante da contabilização de Custos e Perdas Extraordinários

no montante de 78.276,00 euros e Proveitos Extraordinários no montante de

2.721.581,57 euros. O mapa relativo à Demonstração de Resultados Extraordinários

encontra-se na Conta de Gerência do ano de 2014.

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Anexo III

Relatório de Gestão e Actividades 2014

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Bibliografia:

Sites e artigos consultados:

- Boletim Mensal da Economia Portuguesa – Ministério da Finanças

http://www.gpeari.min-financas.pt/analise-economica/publicacoes/boletim-mensal-de-

economia-portuguesa

- Boletim Económico da Economia Portuguesa – Banco de Portugal

https://www.bportugal.pt/ptPT/EstudosEconomicos/Publicacoes/BoletimEconomico/P

ublicacoes/Bol_Econ_dezembro_p.pdf

- Aníbal, Sérgio, Público, 13-02-2015

http://www.publico.pt/economia/noticia/economia-portuguesa-nao-acelera-mas-

confirma-crescimento-de-09-em-2014-1686009

- Martins, Nuno André, Observador, 13-02-2015

http://observador.pt/2015/02/13/economia-portuguesa-cresceu-09-em-2014/

- Silva, Cristina Oliveira da, Económico, 13-02-2015

http://economico.sapo.pt/noticias/economia-portuguesa-cresceu-09-em-

2014_212028.html

- Jornal de Noticias, 13-02-2015

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=4398939&page=-1

- INE – Instituto Nacional de Estatística - Contas Nacionais Trimestrais - Estimativa

Rápida – 13-02-2015

http://ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=

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