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Relatório de Gestão e Actividades 2014
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1. Nota de
Abertura
Nos termos do disposto da alínea i) do artigo 33 da Lei n.º 75/2013
de 12 de Setembro, conjugado com o disposto no n.º 1 do artigo 76.º da
Lei 73/2013, de 3 de Setembro, submete-se à aprovação o Relatório de
Gestão e Actividades e Conta de Gerência da Câmara Municipal de
Câmara de Lobos, relativa ao ano económico de 2014, para apreciação e
votação da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal.
As disposições legais, citadas anteriormente, dispõem que as
contas dos Municípios são apreciadas pelo Órgão Deliberativo, reunido em
sessão ordinária, no mês de Abril do ano seguinte àquele a que respeitam.
A prestação de contas obedece ao disposto no ponto 3 das
considerações técnicas do POCAL aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99
de 22 de Fevereiro, ratificado pela Lei n.º 162/99 de 14 de Setembro, e
alterado pelo Decreto-Lei n.º 315/2000 de 2 de Dezembro, e pela
resolução n.º 4/2001 – 2ª secção do Tribunal de Contas de 12 de Julho de
2001.
O relatório foi elaborado de acordo com as normas estabelecidas no
ponto 13 do POCAL. Dos conteúdos tratados destacam-se os dados
relativos à execução orçamental, sendo disponibilizadas informações
relativas à receita e despesa previstas no Orçamento de 2014, com
especial relevância para a execução anual do Plano Plurianual de
Investimentos.
São ainda apresentadas as declarações relativas aos compromissos
anuais, pagamentos e recebimentos em atraso existentes a 31 de
Dezembro de 2014, conforme estabelecido no artigo 15º da Lei n.º 8/2012
de 21 de Fevereiro.
Recorreu-se à elaboração de quadros e gráficos para melhor
evidenciar os dados tratados em cada capítulo.
Para uma melhor percepção e comparação das variáveis mais
significativas da Gestão Municipal apresentam-se também elementos
relativos à execução de anos anteriores.
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2. Introdução
Vivemos confrontados e afetados por um ambiente social,
económico e financeiro que não encontra paralelo na nossa memória
coletiva. Nos últimos anos, a economia mundial tem sofrido uma das
maiores mutações da história universal, não comparável com experiências
anteriormente vividas pela humanidade, a que acresce, a necessidade de
encontrar novos paradigmas de desenvolvimento e um novo equilíbrio,
assente quer em compromissos entre as forças do trabalho e do capital,
quer agora, pela sua escassez, na necessidade de uma maior
racionalidade no consumo dos recursos naturais.
Os exercícios orçamentais não são feitos sobre desejos. São feitos
sobre necessidades. Por isso, qualquer exercício orçamental responsável
tem, forçosamente, de refletir a escassez realista do ambiente externo.
Porque é este realismo que nos permitirá manter a esperança na
concretização dos nossos objetivos.
Estiveram na agenda do executivo vários temas que tocam o dia-a-
dia e o futuro de todos os Câmara-Lobenses, particulares, empresas e
instituições. Ambicionamos ser competitivos e sermos comparados com os
melhores da Europa.
As forças ativas da nossa comunidade precisam e têm recolhido o
nosso apoio. São disso exemplo os nossos bombeiros, as nossas
associações sociais e desportivas, sem esquecer as Instituições de cariz e
apoio social que, coordenados com a Autarquia, tanto têm auxiliado os
Câmara-Lobenses.
Acreditamos que pela proximidade com os nossos munícipes e pela
capacidade de inovação e gestão que temos demonstrado ao longo dos
últimos meses, conseguimos, além de poupança significativa por
economias de escala, melhores resultados práticos na oferta e satisfação
do Munícipe.
A nível organizacional a melhoria contínua nos serviços municipais
de Câmara de Lobos tem sido a pedra de toque do Município, seja através
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de novos modelos de gestão e governação, seja através de uma cada vez
maior cidadania participativa.
Ambicionamos uma prestação de serviço público de excelência ao
munícipe; eficiente e eficaz, ao mesmo tempo que economicamente
vantajoso. Aumentar a qualidade, reduzindo os custos, foi o que nos
propusemos a fazer no universo autárquico, com sucesso e inovação.
Queremos aproximar os Câmara-Lobenses, todos os Câmara-Lobenses,
de serviços importantes. Iremos reestruturar a nossa oferta de serviços
cada vez mais proximidade ao Munícipe.
Em 2013 iniciámos um investimento sem precedentes na área social
e em quem mais precisa e reforçámos esta aposta em 2014.
Mas também na gestão dos recursos financeiros somos
referenciados como uma exceção, promovendo o investimento necessário
e programado, conseguindo cumprir as obrigações para com os
trabalhadores, fornecedores e parceiros institucionais, nomeadamente os
que desenvolvem a sua atividade no sector social. Em contraciclo com o
panorama nacional, o endividamento líquido municipal tem vindo a diminuir
conforme demonstram os dados que a seguir se apresentam.
Torna-se assim fundamental e estratégico, que a autarquia continue o
trabalho na redução de custos correntes e se prepare para tempos de
grande contenção, só mitigável com uma preparação sustentada na
redução da despesa corrente e maximização da receita, não desprezando
no entanto, o necessário investimento para a prossecução dos objetivos
que garantam um futuro sustentável no Município de Câmara de Lobos.
Após sufrágio popular de outubro de 2013 e sustentados no trabalho que
temos realizado, apresentamos assim, ao Executivo e Assembleia
Municipal, uma análise ao exercício orçamental do ano passado que nos
orgulhamos.
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3. Actividades
Câmara de Lobos tem hoje uma situação económico-financeira
sustentável fruto de uma gestão rejuvenescida e orientada para os
resultados.
Câmara de Lobos, tem futuro porque identificou as suas vantagens
competitivas e sabe onde tem que estar e como tem que estar no mundo
globalizado, em que é cada vez mais importante a proximidade às
pessoas, pelo que apresentamos de seguida, diversas medidas
implementadas ao longo de 2014, que visaram o bem-estar e a melhoria
das condições de vida das populações:
3.1 - CONTRATOS DE CONCESSÃO DE APOIO ÀS JUNTAS DE
FREGUESIA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS.
A celebração dos referidos contratos visou definir critérios objetivos
e mensuráveis no que se refere à concessão de apoios às juntas de
freguesia, para o ano 2014, estabelecendo uma relação de compromisso e
de parceria com aqueles órgãos de poder local no sentido de melhorar as
respostas às necessidades essenciais das populações.
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Os apoios concedidos representaram um aumento em cerca de 45%
relativo ao montante atribuído às juntas de freguesia no ano 2013 e visam
exclusivamente assegurar, na prossecução das atribuições legais das
juntas de freguesia e do interesse público municipal, a execução de obras
de proximidade e a realização de iniciativas de interesse para o município.
Os presentes contratos de apoio permitiram executar diversas obras
de proximidade, sobretudo ao nível de recuperação de veredas, nas cinco
Freguesias do Concelho, garantindo uma melhor acessibilidade e
condições de utilização a todos aqueles que no dia-a-dia as utilizam para
chegar às suas habitações e explorações agrícolas.
3.2 - CONTRATOS DE CONCESSÃO DE APOIOS MATERIAIS A
MUNÍCIPES EM ESTRATOS SOCIAIS DESFAVORECIDOS
O Município de Câmara de Lobos, aprovou por unanimidade a
atribuição de apoio para a realização de obras de beneficiação e de
melhoria das condições de habitabilidade de 27 famílias, num investimento
global estimado em 267.151,65 euros, a ser concretizado ao longo do ano
de 2014.
A câmara municipal manteve a política de apoios a estratos sociais
desfavorecidos, nomeadamente ao nível da concessão de apoio na
recuperação e melhoria das condições de habitabilidade de famílias com
comprovada necessidade económica, conforme previsto no “Regulamento
Municipal para apoio a estratos sociais desfavorecidos”.
3.3 - CONTRATOS DE CONCESSÃO DE APOIOS A INSTITUIÇÕES
CULTURAIS, SOCIAIS E DESPORTIVAS
As instituições do Concelho desempenham um papel fundamental
junto da população através da sua ação ao nível social, cultural, desportivo
e recreativo.
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A Câmara Municipal deliberou atribuir 367.300,00€ de apoio às
diversas instituições sociais, culturais e desportivas que operam no
município, a que acresce o apoio dos 145 mil euros deliberados para as
juntas de freguesia, totalizando um investimento global de 512.300,00€ em
2014, abarcando um total de 31 instituições. No ano 2013, o montante
global dos apoios havia sido de 456.500,00€.
3.4 - I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DE CÂMARA DE LOBOS - EDUCAR
PARA O FUTURO
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Esta iniciativa resultou do compromisso do atual executivo
municipal, estabelecido com os responsáveis dos conselhos diretivos e
diretores das escolas do concelho de, anualmente, promover encontros
desta natureza, que permitam, por um lado suscitar o debate em torno das
temáticas atuais relacionadas com o ensino e, por outro lado, reforcem a
atualização de competências da comunidade educativa em geral.
A iniciativa juntou mais de 300 participantes e será levada a cabo
novamente no ano de 2015.
3.5 PRÉMIO DE MÉRITO ESCOLAR “ JOAQUIM PESTANA “
A Câmara Municipal de Câmara de Lobos aprovou atribuir um
prémio individual no montante de 50,00€ (cinquenta euros) aos melhores
alunos que frequentaram no ano letivo transato as escolas do concelho.
No total foram contemplados 123 alunos, abrangendo o melhor
aluno por cada ano escolar de cada uma das escolas do município, entre o
primeiro ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico até ao ensino secundário,
abrangendo igualmente os melhores alunos dos cursos CEF e dos
Percursos Curriculares Alternativos.
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A denominação do prémio “Joaquim Pestana” visa igualmente
enaltecer e recuperar a memória histórica do poeta câmara-lobense do
século XIX, que se distinguiu como um dos vultos da corrente literária
Novo Trovador e do ultrarromantismo.
3.6 DINAMIZAÇÃO DAS POTENCIALIDADES TURÍSTICAS DA CIDADE
A edilidade câmara-lobense instalou no passado ano, no cais da
cidade, dois 2 passadiços com as dimensões de 12X2 (comprimento X
largura) e respetivas estruturas de apoio, dotando o cais de condições
adequadas às operações de acostagem de embarcações de turismo
náutico e permitindo a dinamização de roteiros alternativos de visitação da
baixa da cidade.
Paralelamente, a autarquia tem já em curso um conjunto de ações
que visam a revitalização integrada do cais e da baía de Câmara de
Lobos, nomeadamente, numa primeira fase, a limpeza da baía e do
varadouro, assim como o ordenamento da amarração e varagem das
embarcações.
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3.7 LIMPEZA DA BAÍA DE CÂMARA DE LOBOS
Na linha de valorização do potencial de atratividade turística da baía
e do centro histórico a Câmara Municipal promoveu uma ação de limpeza
do fundo da Baía de Câmara de Lobos. O objetivo da ação foi, por um
lado, sensibilizar a população local, e em especial a comunidade
piscatória, para o combate à poluição marítima e, por outro lado, alertar
para os impactes das ações poluentes na biodiversidade do mar de
Câmara de Lobos e na imagem daquele que é considerado o ex-libris do
concelho e da Madeira.
3.8 BANDEIRAS VERDES NAS ESCOLAS DE CÂMARA DE LOBOS
O Município de Câmara de Lobos liderou em 2014 o ranking de
Bandeiras Verdes na RAM e mantem posição cimeira a nível nacional, ao
conseguir o pleno dos estabelecimentos de educação do concelho
galardoados com a Bandeira Verde. São 26 as escolas que recebem hoje
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a sua bandeira em gesto de reconhecimento do trabalho realizado no
programa Eco-Escolas durante o ano letivo 2013/2014.
Câmara de Lobos participa ininterruptamente neste programa desde
o ano letivo 2002/03 e, desde então, todos os estabelecimentos de ensino
e educação aderiram massivamente, vindo a registar-se a participação
plena de todas as escolas desde o ano letivo 2010/11, contribuindo para
que Câmara de Lobos se afirme como um exemplo de boas práticas
ambientais e de sustentabilidade.
3.9 PROTEÇÃO CIVIL MUNICIPAL É TEMA DE PRELEÇÃO EM
CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS
A Câmara Municipal de Câmara de Lobos, consciente do papel de
destaque que se encontra reservado ao domínio da Segurança, Saúde
Pública e Proteção Civil e dando continuidade ao empenho da Autarquia
na promoção de uma política de bem-estar, comodidade e proteção da
Comunidade, participou, em co-autoria com o Serviço Regional de
Proteção Civil, IP-RAM e a Secretaria Regional da Educação, no III
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Congresso Internacional de Riscos, que decorreu entre os dias 5 a 7 de
Novembro, na Universidade do Minho – polo de Guimarães.
As preleções apresentadas no congresso resultam dos estudos
realizados por duas equipas científicas, nomeadamente o ‘Fenómeno
Icebergue, vítimas psicológicas das catástrofes naturais – um estudo com
adolescentes na RAM’, assinado em co-autoria por Cândida Jardim,
Ricardo Gomes e Uriel Abreu; e ‘A importância e o contributo das unidades
locais de proteção civil para o processo de planeamento e gestão da
emergência. O caso de estudo do Município de Câmara de Lobos’,
assinado em co-autoria de Uriel Abreu e Ricardo Gomes.
3.10 CÂMARA DE LOBOS É O MUNICÍPIO DA RAM QUE OBTÉM A
MELHOR CLASSIFICAÇÃO NO ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA
MUNICIPAL
Câmara de Lobos é a autarquia da Região Autónoma da Madeira
com a melhor classificação no Índice de Transparência Municipal 2014
(ITM), uma iniciativa da Transparência e Integridade, Associação Cívica
(TIAC)
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O ITM afere o grau de transparência de cada município, medido
através de uma análise da respetiva página na internet.
Em resultado dos novos procedimentos e modelo de gestão
municipal, a autarquia de Câmara de Lobos destaca-se no plano regional e
nacional tendo sido um dos municípios que teve um dos progressos mais
assinaláveis, subindo 139 lugares no ranking e posicionando-se como o
município com melhor índice na RAM.
3.11 PROCESSO DE REVISÃO DO PDM
O PDM atualmente em vigor no concelho de Câmara de Lobos foi
aprovado em reunião ordinária da Assembleia Municipal, a 30 de
Setembro de 2002 e encontra-se em processo de revisão conforme
deliberação da Câmara Municipal datada de 20 de setembro de 2007.
O atual executivo municipal definiu o processo de revisão como uma
janela de oportunidade para pensar o concelho a médio/longo prazo, com
base numa visão estratégica mais consentânea com os imperativos da
atual conjuntura socioeconómica e princípios de sustentabilidade
ambiental.
Em junho de 2014 foi aprovado o cronograma de atividades,
nomeadamente através da concretização da 1.ª fase do referido
cronograma, que compreende a definição da «Estratégia Preliminar»,
através da qual proceder-se-á à definição dos princípios de
sustentabilidade e da visão estratégica da política de desenvolvimento
territorial pretendida pelo Município, bem como promover a avaliação e
diagnóstico da situação atual através da realização de estudos de
caracterização do território municipal.
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3.12 REDUÇÃO DA FATURA ENERGÉTICA NAS ESCOLAS
O Município de Câmara de Lobos é um dos signatários do Pacto de
Autarcas, movimento europeu que envolve as autarquias locais e regionais
de toda União Europeia, onde assumiu o compromisso de se empenhar no
aumento da eficiência energética no seu território, tendo como horizonte a
redução de CO2 em 20% até 2020.
Nesta linha, por força dos compromissos assumidos no Pacto dos
Autarcas, a autarquia de Câmara de Lobos aprovou, a atribuição de um
prémio às escolas do primeiro ciclo do ensino básico do concelho que
reduzirem em pelo menos 5% o valor da fatura ao longo do ano letivo
2013/2014, tendo como referência os valores de consumo do ano letivo
2012/2013. O prémio em causa consistirá na atribuição de material
didático, no montante financeiro correspondente à redução efetiva da
fatura energética, para as escolas que cumpriram o objetivo traçado.
3.13 FESTAS DE SÃO PEDRO
As Festas de São Pedro tiveram lugar na baixa da cidade de
Câmara de Lobos, entre os dias 27 de junho e 01 de julho e visaram
recuperar a tradicional devoção ao santo padroeiro dos pescadores, São
Pedro Gonçalves Telmo, a qual remonta aos primórdios da povoação de
Câmara de Lobos.
Assim, na edição de 2014, a programação do evento teve como
prioridade honrar o padroeiro dos pescadores, São Pedro, numa festa
onde se cumpre a tradição câmara-lobense, decorrendo em torno da
Capela de N.ª Sr.ª da Conceição, Baía e estendendo-se pela primeira vez
à Rua Nova da Praia, e que envolveu muita animação musical, marchas
populares, fogo-de-artifício e gastronomia tradicional.
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As festas tiveram um custo na ordem dos €51.800,00, o que implica
uma redução de 30% face ao custo do ano transato (€73.600,00). A este
propósito, importa frisar que, dos valores orçamentados para 2014, que o
orçamento municipal suportou apenas €30.800,00, sendo os restantes
€21.000,00 abrangidos por sponsors privados, num total de 35 empresas
parceiras, que, ao abrigo da Lei do Mecenato, associaram-se à iniciativa
municipal.
3.14 CÂMARA DE LOBOS ELEGE PRODUTOS TRADICIONAIS COMO
MARCAS DE IDENTIDADE DO TERRITÓRIO
Câmara de Lobos é um concelho com uma forte identidade cultural,
em grande medida devido à diversidade e beleza das suas paisagens, ao
património natural e cultural, e ao dinamismo de alguns setores
económicos associados às produções agrícolas, contudo, nem sempre
teve o engenho para potenciar esses ativos endógenos e transformá-los
em novas oportunidades de desenvolvimento, numa perspetiva sustentável
e de melhoria da qualidade de vida das populações.
Assim sendo o executivo municipal submeteu no INPI – Instituto
Nacional de Propriedade Industrial, o registo de 5 marcas identificativas do
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território e de produtos típicos com génese nas diferentes freguesias do
concelho.
As marcas em processo de registo são as seguintes:
Estreito de Câmara de Lobos, Terra de Vinho
Estreito de Câmara de Lobos, Terra da Espetada Madeirense
Câmara de Lobos, Capital da Poncha
Jardim da Serra, Terra da Cereja
Curral das Freiras, Capital da Castanha
3.15 CONSTRUÇÃO DE NOVO PARQUE INFANTIL DA CIDADE
Integrado num prédio municipal devoluto localizado na Rua São
João de Deus, que confronta com a Rua Padre Eduardo Clemente Nunes
Pereira, no centro da cidade de Câmara de Lobos, o novo parque infantil,
resulta numa proposta de reabilitação e qualificação do espaço urbano,
nomeadamente do prédio urbano em ruínas, que apenas mantinha
edificada a fachada principal para a Rua São João de Deus, a principal
artéria do casco urbano da cidade, revertendo desta forma a trajetória de
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degradação do património edificado existente e introduzindo novas
estruturas de recreio e lazer para a população.
3.16 PROLONGAMENTO DO CAMINHO DA SARAIVA – Câmara de
Lobos
A empreitada denominada de “Construção do Prolongamento do
Caminho da Saraiva até ao Lagar da Giesta”, compreendeu a execução de
trabalhos de terraplanagens, obras de arte acessórias, rede de rega, rede
de águas pluviais, rede de abastecimento de água potável, rede de
iluminação pública, infraestruturas de eletricidade e telecomunicações e
pavimentação.
O arruamento em questão, apresenta uma extensão total próxima
dos duzentos e vinte metros (220m) iniciando-se na Rua do Lagar da
Giesta (sob o viaduto da Quinta do Leme), estando contudo prevista um
futuro prolongamento do arruamento até ao Caminho da Saraiva.
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A empreitada foi financiada por contrato programa com o Governo
Regional da Madeira e orçamento da Câmara Municipal, num total na
ordem dos 1.070.000,00 € (um milhão e setenta mil euros)
aproximadamente.
3.17 ASFALTAMENTO DA RUA PADRE ANTÓNIO SOUSA DA COSTA
NO GARACHICO
A Câmara Municipal de Câmara de Lobos procedeu à
repavimentação da Rua Padre António Sousa da Costa, no sítio do
Garachico, no troço compreendido entre a Estrada João Gonçalves Zarco
e a Estrada Municipal do Garachico.
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O arruamento apresenta uma extensão na ordem dos 1059
metros, e a execução desta obra justifica-se devido ao elevado estado de
deterioração do pavimento, tornando-se necessário melhorar as
condições de acesso automóvel ao vasto aglomerado populacional
existente na zona e à Igreja do Garachico.
3.18 CONSTRUÇÃO DO CAMINHO AGRÍCOLA DAS HERAS À
CALDEIRA
A empreitada denominada de “Caminho Agrícola das Heras à
Caldeira”, consistiu na construção de um novo caminho agrícola, com
uma extensão total de 691.47 metros, tendo o seu início na Estrada José
Avelino Pinto e finalizando numa zona de inversão de marcha, na
proximidade da Vereda do Lombo do Pedregal.
O arruamento é constituído por faixa de rodagem com 4.50m de
largura, acrescido de 0.50m de valeta para escoamento das águas
pluviais, e melhora o acesso a uma importante e extensa área agrícola
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existente no local, permitindo igualmente o acesso automóvel a um
elevado aglomerado habitacional existente ao longo do traçado.
O valor da empreitada cifrou-se num montante global de
786.992,60€, sendo comparticipada em 85% ao abrigo do programa
comunitário PRODERAM e o valor restante ao abrigo do orçamento
municipal.
3.19 NOVAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS PÚBLICAS NA
PRAÇA DA AUTONOMIA
O novo equipamento público resulta numa nova edificação,
devidamente integrada no espaço público envolvente, e resolve um dos
problemas identificados pela Câmara Municipal no âmbito da gestão dos
seus espaços públicos, correspondendo, por esta via, a uma antiga
reivindicação de residentes, utentes da Praça da Autonomia e visitantes
da cidade de Câmara de Lobos.
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4. Organização
Municipal
A Organização do Município de Câmara de Lobos caracteriza-se pela
existência de duas estruturas fundamentais, uma política e outra
administrativa.
4.1) Estrutura Política
A estrutura política assenta em dois órgãos, a Câmara Municipal, com
funções essencialmente executivas e a Assembleia Municipal, com
funções de natureza predominantemente deliberativa e fiscalizadora da
actividade desenvolvida pela primeira.
A Assembleia Municipal é composta por 26 deputados, dos quais 21 são
eleitos diretamente pelo colégio eleitoral do Município e 5 indiretamente,
uma vez que assumem aquela função na qualidade de Presidentes de
Junta das Freguesias que constituem a divisão administrativa do Concelho
de Câmara de Lobos, verificando-se a seguinte distribuição:
Constituição da Assembleia Municipal
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A Câmara Municipal é constituída por 7 membros – 1 Presidente e 6
Vereadores, que detêm um quadro de delegações previamente
estabelecido, com o grosso da responsabilidade pela definição das
estratégias e políticas municipais, bem como as decisões mais relevantes
sobre a atividade dos serviços municipais.
No quadro seguinte apresentam-se os membros do novo órgão executivo:
Presidente
Pedro Emanuel Abreu Coelho
Vice-Presidente
Manuel Higino Sousa Teles
Vereador da Intervenção Social, Cultura e Juventude
Sónia Maria de Faria Pereira
Vereador do Urbanismo e Ordenamento do Território
António Bruno Freitas Coelho
Vereador
José Roberto Ribeiro Rodrigues
Vereador
José Octávio da Silva Freitas
Vereador
Amândio Unibaldo Figueira da Silva
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4.2) Estrutura Administrativa
Com o intuito de responder aos desafios que se colocam em consequência
da reorganização dos serviços, o Regulamento Orgânico em vigor foi
aprovado na Assembleia Municipal em reunião realizada a 15 de
Dezembro de 2010, que se traduz num novo modelo mais ajustado aos
novos desafios e exigências desta organização, publicado em Diário da
República – Despacho n.º 370/2011 (2.ª série) — “Regulamento de
Organização dos Serviços Municipais”, a 06 de Janeiro de 2011.
A estrutura orgânica da Câmara Municipal de Câmara de Lobos é a
que a seguir se apresenta:
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5. Contexto
Orçamental
A economia portuguesa fechou 2014 como sendo o primeiro ano de
crescimento económico desde 2011. A Melhoria do PIB fica um pouco
abaixo da previsão do Governo e da Comissão Europeia.
Depois de três anos a destruir riqueza, o PIB português cresceu
0,9% em 2014, avança a estimativa rápida do Instituto Nacional de
Estatística (INE). Em 2013, a descida tinha sido de 1,4%.
O valor indicado pelo INE fica um pouco abaixo das previsões do
Governo e da Comissão Europeia, que estimavam uma progressão de 1%
no ano passado. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) era mais
pessimista, prevendo um crescimento de 0,8% em 2014 que acabou por
ser superado.
No último trimestre do ano passado, a economia portuguesa
avançou 0,7% face ao mesmo período do ano anterior, revelando o pior
desempenho do ano. No terceiro trimestre, o crescimento homólogo tinha
sido de 1,1%.
A evolução na recta final do ano foi determinada pelo contributo
menos positivo da procura interna comparativamente com o verificado no
trimestre anterior, reflectindo a desaceleração do consumo privado.
A economia portuguesa verificou durante o ano uma ligeira melhoria
das condições financeiras que, se traduziu numa relativa estabilização dos
critérios de concessão de crédito e numa ligeira diminuição dos spreads
por parte do sistema bancário.
A verdade é que continua a sentir-se os efeitos da profunda crise
económica que o País atravessa, que levou a um pedido de ajuda externa,
consagrado no pedido de assistência Financeira ao Banco Central
Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Europeia assinado no dia
6 de Abril de 2011.
A verdade é que a atividade económica em Portugal, fica em 2014
marcada pelas politicas de aumento da carga fiscal e a diminuição da
despesa pública, introduzidos inicialmente pelos PEC - Planos de
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Estabilidade e Crescimento, e à posteriori pelo acordo celebrado com a
“TROIKA“ - Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e
União Europeia, o que criou uma dificuldade crescente no acesso ao
financiamento externo, e o aumento da taxa de desemprego, fatores estes
que condicionam fortemente toda a atividade económica.
Do ponto de vista das Autarquias, verifica-se uma redução da
receita disponível e o crescimento das carências sociais, situação que cria
dificuldades acrescidas e lança novos desafios à gestão financeira do
Município.
A Autarquia de Câmara de Lobos não é imune ao Contexto
Macroeconómico, que condicionou claramente o Orçamento e a Atividade
Municipal.
Na sua globalidade a Gerência de 2014 fica marcada por um
aumento da execução relativamente ao ano de 2013, sendo mesmo a
melhor execução orçamental dos últimos anos. Fica também claro a
política de contenção de custos e de responsabilidade do Município
perante os seus fornecedores, tendo encerrado o ano sem qualquer divida
de curto prazo a fornecedores, algo que nunca tinha ocorrido nesta
Autarquia.
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6. Análise
Orçamental
O orçamento apresenta a previsão anual das receitas assim como das
despesas, organizadas de acordo com as classificações económicas
previstas na lei. Analisando genericamente os documentos, verificamos
que no ano de 2014 o orçamento ( corrigido – o que inclui as modificações
orçamentais ) previa uma dotação para as receitas e despesas de
18.368.885,00€, tendo-se registado uma taxa de execução de 90,10%
para as receitas e de 74,20% para as despesas.
6.1. Execução Orçamental
6.1.1. Síntese de Execução
Foi claramente a melhor execução orçamental dos últimos anos, o
que plasma de forma intrínseca a capacidade de execução do Executivo
Municipal.
A elevada execução do ano de 2014, permitiu diminuir a dívida do
Município, bem como garantir a não existências de pagamentos em atraso,
tendo-se mesmo encerrado o exercício sem qualquer divida de curto prazo
a fornecedores.
Síntese de Execução Orçamental
Dotação Corrigida Execução % Execução
Receita 18.368.885,00 € 16.551.318,47 € 90,10%
Despesa 18.368.885,00 € 13.631.306,51 € 74,20%
O ano de 2014 fica assim marcado por um aumento exponencial da
execução orçamental, o que ocorrendo no primeiro ano completo do actual
Executivo Municipal, demonstra a política seguida de rigor e consolidação
das contas Municipais.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
26
6.1.2. Evolução da Execução Orçamental
Os montantes orçamentados e realizados de 2010 a 2013
apresentam a seguinte evolução:
Execução Orçamental 2012 2013 2014
Despesa 32,4 74,2 74,2
Receita 34,3 74,9 90,1 Valores em %
Nos valores de execução estão considerados os montantes
referentes à utilização do saldo da gerência do ano anterior, estando em
2014 considerado o montante da gerência de 2013, de € 211.509,00.
De salientar a evolução positiva das taxas de execução de receita
ao longo do período em análise.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
27
6.1.3 Modificações ao Orçamento
Ao longo do ano de 2014 ocorreram nove modificações orçamentais,
modificações essas que se subdividem em seis alterações ao orçamento
(aquelas que apenas são apreciadas pelo Executivo Municipal, ou
autorizadas pelo Presidente da Câmara Municipal no âmbito das
competências delegadas) e três revisões à receita e à despesa
(documento apreciado pelo Executivo e Assembleia Municipal ).
9 Modificações Orçamentais Data
1ª alteração 27 de Março de 2014
1ª revisão receita/despesa 29 de Abril de 2014
2ª alteração 5 de Junho de 2014
3ª alteração 30 de Julho de 2014
4ª alteração 4 de Setembro de 2014
2ª revisão receita/despesa 29 de Setembro de 2014
5ª alteração 22 de Outubro de 2014
6ª alteração 16 de Dezembro de 2014
3ª revisão receita/despesa 29 de Dezembro de 2014
As alterações efetuadas tiveram sempre como objectivo adaptar o
Orçamento Municipal às necessidades constantes quer do Plano
Plurianual de Investimentos quer da própria despesa corrente do
Município. As adaptações do Orçamento Municipal às necessidades de
investimento no Concelho são a prioridade da Autarquia, pelo que as
modificações orçamentais são os instrumentos que tornam o Orçamento
realista e potenciador de soluções para a população residente e visitante
do Município.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
28
6.2. Execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI)
6.2.1 Síntese de Execução
O Plano Plurianual de Investimentos faculta a informação sobre
cada programa, projecto e acção a realizar no âmbito dos objetivos
estabelecidos pela Autarquia, sendo neste documento que se explanam
todos os investimentos a decorrer no Município.
Este documento permite identificar as fontes de financiamento, o
valor global dos programas e das acções, e a sua evolução ao longo dos
anos, bem como prever a despesa para os anos seguintes.
Na tabela que se segue podemos verificar que no ano de 2014, a
percentagem de execução foi de 57,53%, ou seja, da dotação prevista de
8.145.982,00€, foram executados 4.685.983,70€.
Síntese da Execução do PPI
Dotação corrigida Execução % Execução
8.145.982,00 € 4.685.983,70 € 57,53%
A execução do PPI acabou por ser prejudicada pela indefinição em
torno do novo quadro comunitário, uma vez que até ao final de 2014 ainda
não podiam ser candidatados novos projetos.
A indefinição do Gestor do PRODERAM em torno de projetos que
se encontram candidatados e a aguardar apreciação, prejudicou também a
execução do PPI, sendo os projetos os seguintes:
Construção do C.M. da Nogueira - Câmara de Lobos;
Construção do C.M. da Encosta da Palmeira- Câmara de Lobos;
Construção do C.M. da Levada do Salão - Câmara de Lobos;
Relatório de Gestão e Actividades 2014
29
Por outro lado, houve vários projetos apoiados por Fundos
comunitários que contribuíram fortemente para a execução do PPI, sendo
estes os que a seguir se apresentam:
Recuperação do Convento de São Bernardino” no âmbito do
Quadro Comunitário “ Intervir +”;
Construção do C.M. das Heras à Caldeira - Câmara de Lobos;
Construção do C.M. do Luzirão - Jardim da Serra;
Construção do C.M. do Aviceiro - Quinta Grande ( projeto aprovado
no final de 2013 );
Construção do C.M. da Quinta de Santo António à Figueira de
Lameiro - Estreito de Câmara de Lobos ;
Sendo os quatro últimos financiados ao abrigo do PRODERAM –
Programa comunitário para apoio à agricultura e desenvolvimento rural.
6.2.2 Modificações ao PPI
Foram elaboradas 6 modificações ao Plano Plurianual de
Investimentos, sendo que estas modificações ocorrem em simultâneo com
as modificações efectuadas ao Orçamento da Receita e da Despesa.
6 Modificações PPI Data
1ª alteração 27 de Março de 2014
1ª revisão receita/despesa 29 de Abril de 2014
2ª alteração 5 de Junho de 2014
2ª revisão receita/despesa 29 de Setembro de 2014
3ª alteração 22 de Outubro de 2014
3ª revisão receita/despesa 29 de Dezembro de 2014
Relatório de Gestão e Actividades 2014
30
6.3 Receita
6.3.1 Quadro Resumo
A análise da execução da receita e da despesa, face ao orçamento
definido, bem como a sua comparação com os valores atingidos em anos
anteriores, representa o principal objetivo deste relatório.
Em 2013, o valor da receita foi de € 16.551.318,47 e a despesa €
13.631.306,51.
No total da despesa está incluído o valor de € 4.685.983,70,
referente à execução das GOP - Grandes Opções do Plano – Plano
Plurianual de Investimentos.
Os quadros e gráficos apresentados seguidamente procuram
facilitar a leitura da situação financeira atual e da sua evolução.
Através da análise do quadro que se segue podemos observar que
a dotação da receita corrigida se traduziu no ano de 2014 em
18.368.885,00€, bem como o grau de execução da mesma.
Mapa – Execução das Receitas
Receitas Dotação
Ex. Financeira
% Execução
Receit
as C
orr
en
tes
Impostos Directos 2.915.290,00 2.903.059,22 99,60%
Impostos Indirectos
147.030,00 109.045,57 74,20%
Taxas Multas e Outras Penalidades
208.985,00 286.134,88 136,90%
Rendimentos de propriedades
90.000,00 47.902,62 53,20%
Transferências Correntes
7.511.508,00 7.084.864,86 94,30%
Vendas de bens e prestação de serviços
877.500,00 508.534,00 58,00%
Outras receitas correntes
180.000,00 118.026,05 65,60%
Total 11.930.313,00 11.057.567,20 92,70%
Relatório de Gestão e Actividades 2014
31
Receit
as d
e C
ap
ital
Venda de Bens de Investimento
22.500,00 6.482,18 28,80%
Transferências de Capital
6.164.563,00 5.275.018,03 85,60%
Passivos Financeiros
20.000,00 0,00 0,00%
Outras Receitas de Capital
15.000,00 0,00 0,00%
Saldo da Gerência Anterior
211.509,00 211.509,00 100,00%
Rep. não abatidas nos pagamentos
5.000,00 742,06 14,80%
Total 6.438.572,00 5.493.751,27 85,33%
Total Geral 18.368.885,00 16.551.318,47 90,10% (uni: euros)
No que concerne à Receita foram registados todos os valores
relativos aos Fundos Municipais inscritos no Orçamento Geral do Estado,
as provenientes de transferências de Fundos Comunitários, assim como as
transferidas dos Contratos Programa celebrados com o Governo Regional.
Relativamente aos Imposto Diretos (IMI, IMT e IUC) há a registar um
aumento das receitas no decorrer do ano de 2014, aumento este, que
apesar da contração do mercado imobiliário dos últimos anos, tem por
base um leve acréscimo da receita de IMT, e um crescimento do IMI.
Analisando as rubricas dos impostos e taxas, mais precisamente os
impostos diretos, podemos apurar que os mesmos tiveram uma taxa de
execução próxima dos 100%. Este facto deve-se sobretudo à atualização
dos valores patrimoniais dos Imóveis, que está a ser levada a cabo pelos
Serviços de Finanças, atualização esta que foi imposta pela “ Troika “. Esta
atualização acaba por se refletir na receita de IMI, que foi a grande
responsável pela subida da receita fiscal.
No que concerne às transferências, quer as correntes quer as de
capital, ambas têm um peso preponderante nas receitas, cujo somatório
corresponde a mais de 70% do total das receitas arrecadadas pelo
Município no ano económico de 2014.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
32
Relembrar que por imposição do Governo da República, as
Câmaras Municipais das Regiões Autónomas não receberam ainda, as
verbas relativas à participação no IRS de 2009 e Dezembro de 2010, o que
no caso de Câmara de Lobos representa o montante de 268.726,00€.
O gráfico que se segue permite-nos ter uma perceção genérica da
execução da receita no ano em estudo:
6.3.2 Transferências
São várias as proveniências da receita do Município. Assim sendo,
apresentam-se de seguida as transferências provenientes do Orçamento
Geral do Estado, Governo Regional através de Contratos Programa e de
Fundos Comunitários.
As transferências são o maior contributo para o Orçamento do Município,
daí que o seu peso, tal como podemos observar pelos rácios do Mapa
seguinte, seja preponderante nos diversos capítulos da receita.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
33
MAPA – Importância das Transferências
(Un: Euros)
TRANSFERÊNCIAS MONTANTE %
FUNDO EQUILÍBRIO FINANCEIRO, FUNDO SOCIAL MUNICIPAL, IRS
7.099.435,82 60,32%
CORRENTE 6.502.012,82 55,25%
CAPITAL 597.423,00 5,08%
OUTRAS TRANFERÊNCIAS (Contratos Programa, Fundos Comunitários)
4.669.797,29 39,68%
CAPITAL 4.669.797,29 39,68%
TOTAL DAS TRANSFERÊNCIAS 11.769.233,11 100,00%
O somatório das Outras Transferências, onde se incluem os Fundos
Comunitários e os Contratos Programa com o Governo Regional, ascende
a 4.669.797,29€, o que representa um peso de 39,68% sobre o total das
transferências.
A actual Lei das Finanças Locais permite que cada Autarquia
disponha de forma directa de uma percentagem do IRS – Imposto sobre o
Rendimento de Pessoas Singulares, que ascendeu no caso desta
Autarquia ao montante de 301.668,00€. Este valor foi totalmente
arrecadado no exercício em causa, ficando a faltar o montante do mês de
Dezembro de 2010 e o montante de Fevereiro a Dezembro de 2009, por
força da retenção imposta pelo Governo da República a todos os
Municípios das Regiões Autónomas da Madeira e Açores, tendo o
Município interposto uma ação judicial contra o Estado, no sentido de
reclamar estas verbas.
Considerando que as verbas relativas a transferências dos Fundos
Municipais acima apresentadas advêm directamente do Orçamento de
Estado, através do estipulado na Lei das Finanças Locais, importa
apresentar a proveniência da rubrica Outras Transferências.
Assim sendo, encontramos nos Fundos Comunitários e nos
Contratos Programa celebrados com o Governo Regional os dois habituais
Relatório de Gestão e Actividades 2014
34
grandes contribuintes líquidos desta rubrica como podemos verificar no
gráfico seguinte.
Tipo de Transferência Valor - €
PRODERAM 2.960.612,78
Contrato Programa 554.983,11
FEDER 1.154.201,40
6.3.3- Receita Fiscal
A Receita Fiscal apresenta-se como sendo um dos pilares da
totalidade da Receita Municipal, sendo que o imposto que mais contribui
para os cofres autárquicos é o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI),
seguido pelo Imposto Único de Circulação (IUC) que mais uma vez tem
uma receita superior ao Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas
de Imóveis (IMT), que sofre um ligeiro aumento, apesar do abrandamento
do mercado imobiliário, que se encontra muito abaixo do verificado noutros
anos económicos.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
35
Importa referir que a Autarquia tem vindo a desenvolver esforços no
sentido de harmonizar os valores do Imposto Municipal sobre Imóveis, de
forma a gerar mais equidade social.
MAPA – Receita Fiscal
IMPOSTOS DIRECTOS MONTANTE MONTANTE VARIAÇÃO
2014 % 2013 %
Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) 2.157.281,89 74,31% 1.804.283,38 19,56%
Imposto Único de Circulação (IUC) 489.323,32 16,86% 547.318,63 -10,60%
Imposto Mun. s/Transmissões (IMT) 256.454,01 8,83% 233.056,78 10,04%
TOTAL 2.903.059,22 100,00% 2.584.658,79 12,32% (uni: euros)
6.3.3.1- Evolução da Receita Fiscal
Com o intuito de se proceder a uma análise completa e rigorosa da
evolução das receitas municipais, de seguida apresenta-se a evolução das
receitas fiscais no que concerne à reforma da tributação do Património.
Podemos assim verificar que apesar da evolução e crescimento do
Imposto Municipal sobre Imóveis, o que somado com o Imposto Municipal
sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (antiga SISA), ainda não se
conseguiu obter os resultados verificados no ano de 2008, tendo-se
verificado, no caso do IMT, desde 2009, uma enorme quebra, fruto do
decréscimo de transações no mercado imobiliário.
Apesar de no ano de 2014 se verificar um ligeiro aumento da
receita de IMT, em relação a 2013, a verdade é que no ano de 2013 este
imposto obteve o valor mais baixo de sempre.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
36
Mapa – Evolução da Receita Fiscal sobre o património – 2008-2014
Imposto 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
IMI 1.737.175,68 1.500.191,01 1.451.405,01 1.450.091,25 1.482.848,52 1.804.283,38 2.157.281,89
IMT 871.577,17 429.614,59 417.090,29 261.210,13 283.022,17 233.056,78 256.454,01
Total 2.608.752,85 1.929.805,60 1.868.495,30 1.711.301,38 1.765.870,69 2.037.340,16 2.413.735,90
6.3.4 Evolução da Receita
O ano de 2014 foi marcado por fortes constrangimentos
orçamentais impostos pela actual conjuntura económica, o que acabou por
se repercutir nas contas do Município.
A execução orçamental de 2014 é marcada por um enorme rigor
orçamental, tendo a receita sido baseada sobretudo no crescimento da
receita fiscal, e nas transferências que acabaram por ter um peso muito
elevado na execução da Receita.
Assim sendo, o pagamento de verbas em atraso relativas a
Contratos Programa celebrados com a Região Autónoma da Madeira, o
Relatório de Gestão e Actividades 2014
37
recebimento de verbas relativas a Fundos comunitários, nomeadamente
oriundas do Intervir + e do PRODERAM, foram o pilar basilar da receita do
Municipio no ano em estudo.
De seguida podemos fazer uma análise da evolução das Receitas do ano
de 2013 para 2014.
Receitas 2013 2014
Receit
as C
orr
en
tes
Impostos Directos 2.584.658,79 2.903.059,22
Impostos Indirectos 244.146,31 109.045,57
Taxas Multas e Outras Penalidades 175.676,08 286.134,88
Rendimentos de propriedades 8.245,34 47.902,62
Transferências Correntes 9.762.645,62 7.084.864,86
Vendas de bens e prestação de serviços 499.521,48 508.534,00
Outras receitas correntes 93.436,33 330.277,11
Total 13.368.329,95 11.269.818,26
Receit
as d
e C
ap
ital Venda de Bens
de Investimento 39.145,34 6.482,18
Transferências de Capital 4.368.077,67 5.275.018,03
Passivos Financeiros 5.815.458,79 0,00
Outras Receitas de Capital 1.379,90 0,00
Total 10.224.061,70 5.281.500,21 (uni: euros)
No que concerne à receita corrente, é de salientar que se verificou
uma descida em alguns itens, sobretudo naqueles que representam a
procura interna do Concelho como o são as rúbricas “Impostos Indiretos”.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
38
Importante referir a recuperação da rúbrica de “Taxas Multas e
Outras Penalidades”, na qual se inscreve as taxas pagas pelos
particulares, o que demonstra alguns sinais de retoma do investimento e o
consumo de particulares.
O decrescimo da rúbrica “Transferências Correntes “ deve-se em
grande parte à normalização das verbas arrecadadas, anualmente, uma
vez que em 2013 se verificou uma situação extraordinária, que foi a
entrada da verba relativa à ARM – Águas e Resíduos da Madeira SA.
Ao nível dos Impostos Directos, o Imposto Municipal sobre Imóveis
(IMI) tem um crescimento significativo, fruto da reavaliação de imóveis que
foi operada por imposição da TROIKA. O Imposto Único de Circulação (
IUC ) sofreu uma diminuição, com tendencia para a normalização, uma vez
que o crescimento verificado nos ultimos dois anos foi fruto da enorme
campanha de regularização de dividas levada a cabo pela Autoridade
Tributária.
A rúbrica “vendas de bens e prestação de serviços”, cresce, depois
da enorme quebra verificada em 2012 ( sobretudo se compararmos com
os anos anteriores a 2010 ) fruto da concessão do sistema de águas,
resíduos e saneamento à empresa ARM – Águas e Resíduos da Madeira
SA. O crescimento desta rúbrica fica a dever-se à recuperação de dividas
antigas de àgua, nomeadamente do Governo Regional.
Através da consulta do gráfico seguinte podemos observar a
evolução ocorrida nas duas rubricas mais importantes para a receita
corrente do Município.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
39
6.3.5 Evolução da Receita no Período 2010 – 2014
Para uma análise mais completa, importa analisar a evolução da
Receita Municipal nos últimos anos, realçando que o ano de 2014 foi um
ano de estabilização das receitas do Município, que após o ano de 2013,
no qual se operou uma importante restruturação financeira.
Assim sendo, podemos observar através do mapa e gráfico
seguintes a evolução que a receita arrecadada tem vindo a verificar.
Evolução da Receita Municipal – 2010 - 2014
Evolução da Receita 2010 2011 2012 2013 2014
Receita Corrente 12.205.473,16 10.272.553,76 8.105.642,91 14.036.121,85 11.269.818,26
Receita Capital 6.442.723,47 3.678.459,56 4.029.303,78 10.222.681,80 5.281.500,21
Total 18.648.196,63 13.951.013,32 12.134.946,69 24.258.803,65 16.551.318,47 Valores em €uros
Relatório de Gestão e Actividades 2014
40
Ambos os tipos de receita sofrem diminuições em 2014, algo
natural, uma vez que não se verificou neste ano qualquer operação de
caracter extraordinário, como o foi o PAEL – Programa de Apoio à
Economia Local, ou a regularização da operação com a ARM – Aguas e
Resíduos da Madeira SA, no ano de 2013.
O Pagamento das verbas relativas a Contratos Programa com o
Governo Regional, bem como a entrada de verbas oriundas de fundos
Comunitários levou a uma estabilização da receita de capital.
Importa ainda referir que em 2014 o Governo Regional da Madeira
regularizou todos os compromissos que tinha em atraso para com o
Município de Câmara de Lobos, nomeadamente ao nível do fornecimento
e abastecimento de água, saneamento básico e recolha de resíduos
sólidos, bem como ao nível de contratos programa de diversas obras
nomeadamente de ligações rodoviárias e da Biblioteca Municipal de
Câmara de Lobos.
Evolução da Receita no Período 2010 – 2014
O Gráfico permite observar que a normalização de receitas e
despesas operada em 2014, garantiu um nível de execução orçamental
Relatório de Gestão e Actividades 2014
41
elevado, mantendo-se os valores orçamentais muito acima dos minimos
registados em 2011 e 2012.
6.4. Despesa
6.4.1 Quadro Resumo
A semelhança da análise efetuada na Receita apresenta-se ao nivel
dos varios capitulos que constituem a Despesa, a percentagem de
execucao face aos valores previstos em Orcamento.
O quadro que se segue permite-nos analisar o tipo de despesa –
correntes e de capital – e a correspondente classificação económica, bem
como as respetivas dotações.
A análise dos dois tipos de despesa permite-nos constatar que a
execução ao nível das despesas correntes foi de 85,10%, em
contraposição aos 64,70% de execução das despesas de capital.
Mapa – Execução da Despesa
Despesa Dotação Execução % Execução
Despesas Correntes 8.530.803,00 7.262.508,29 85,10%
01 Despesas com o pessoal 4.125.779,00 3.813.041,74 92,40%
02 Aquisição de bens e serviços 2.871.744,00 1.947.759,39 67,80%
03 Juros e Outros Encargos 195.950,00 182.854,54 93,30%
04 Transferências Correntes 595.000,00 580.692,72 97,60%
05 Subsídios 500,00 0 0,00%
06 Outras despesas Correntes 741.830,00 738.159,90 99,50%
Relatório de Gestão e Actividades 2014
42
Despesas de Capital 9.838.082,00 6.368.798,22 64,70%
07 Aquisição de Bens de Capital 8.125.982,00 4.683.483,70 57,60%
08 Transferências de Capital 20.000,00 2.500,00 12,50%
09 Activos Financeiros 0,00 0,00 0,00%
10 Passivos Financeiros 1.677.050,00 1.667.814,52 99,40%
11 Outras Despesas de capital 15.050,00 15.000,00 99,70%
18.368.885,00 13.631.306,51 74,20% Total Despesa
(uni: euros)
Ao nível da despesa foram considerados todos os encargos
financeiros a que o Município teve de dar resposta no ano económico de
2014, tendo-se assim inscrito os valores que permitem a boa prossecução
dos projetos em curso, bem como o lançamento de novos projetos, como a
aquisição de equipamentos e maquinaria para apoio aos serviços
municipais.
A execução de diversos caminhos agrícolas é fundamental para
apoiar os nossos agricultores e população rural. Garantir determinados
niveis de investimentos (despesa de capital) permite continuar a
reorganização e requalificação das infra-estruturas locais, introdução de
novos equipamentos urbanos e modernização das centralidades das
freguesias.
O contributo mais elevado para a totalidade das despesas pagas é o
da Aquisição de Bens de Capital, com o valor de 4.683.483,70€, seguindo-
se as Despesas com o Pessoal, no montante de 3.813.041,74€.
Importante salientar que as despesas de pessoal subiram no ano de
2014, única e exclusivamente devido à reposição dos subsídios de Férias
Relatório de Gestão e Actividades 2014
43
e Natal, que em alguns casos tinham sido “cortados” em anos anteriores,
bem como devido à reposição de alguns cortes salariais verificados no ano
anterior.
Em termos de execução, no orçamento final prevaleceram
ligeiramente as despesas correntes relativamente às despesas de capital,
ao invés do que ocorria nos anos anteriores, nos quais as despesas de
capital eram superiores. Esta situação fica-se a dever essencialmente ao
aumento dos apoios a instituições como o são as Juntas de Freguesia,
permitindo assim mais obras de proximidade, embora seja clara a
dificuldade das autarquias em gerarem receitas para investimentos, dada a
atual conjuntura económica e social do país.
Através do seguinte gráfico podemos observar a execução da
despesa municipal face ao montante orçamentado inicialmente.
6.4.2 Despesas de Funcionamento
As despesas de funcionamento indicam os encargos associados à
actividade autárquica, reflectindo as despesas com o Pessoal, Aquisição
de Bens e Serviços e Outras Despesas Correntes.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
44
No quadro que se segue podemos verificar que o maior peso incide
nas despesas com o Pessoal que representa 58,67% do total, sendo
seguido pela Aquisição de Bens e Serviços com 29,97% sobre o total das
despesas referidas.
É de referir que a Autarquia viu no ano de 2014 aumentar as
despesas com pessoal, fruto da obrigatoriedade de pagamento do subsídio
de natal e de férias que tinha sido em alguns casos, “ cortado “ em anos
anterior, bem como devido à reposição de cortes salariais que também
tinham ocorrido.
Despesa Execução % total
01 Despesas com o Pessoal
3.813.041,74 € 58,67%
02 Aquisição de Bens e Serviços
1.947.759,39 € 29,97%
06 Outras Despesas Correntes
738.159,90 € 11,36%
Total 6.498.961,03 € 100%
Importa ainda referir que a diminuição da rúbrica “Aquisição de Bens e
Serviços” em relação a 2013, se deve no seu essencial, à resolução nesse
ano, do pagamento efetuado às empresas Valor Ambiente SA e IGA –
Investimentos e Gestão da Água SA no âmbito do acordo com a ARM –
Águas e Resíduos da Madeira SA.
Não é de descurar que para esta diminuição contribuiu também
fortemente a política de redução de custos em alguns serviços como se
pode comprovar através do quadro a seguir apresentado.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
45
A aquisição de bens e serviços que é o maior barómetro da
contenção de custos, teve no ano de 2014, o seu valor mais baixo dos
últimos três anos ( baseado no exercicio matemático de retirada das
operações extraordinárioas efectuadas em 2013 ( ARM SA + PAEL ) ).
2012 2013 2014
Aquisição de Bens e Serviços 2.242.478,22 € 3.681.158,70 € 1.947.759,39 €
Relatório de Gestão e Actividades 2014
46
O gráfico acima apresentado, demonstra bem a politica de
contenção de custos correntes implementado pelo Executivo Municipal, de
forma a canalizar verbas para investimento municipal, o que é gerador de
mais valias para a população e se repercute na sua qualidade de vida do
dia a dia.
6.4.3 Despesas com o Pessoal
O Município de Câmara de Lobos tinha, no dia 31 de Dezembro de
2014, um total de 220 trabalhadores distribuídos da seguinte forma:
Unidade Orgânica Nª Colaboradores
Departamento de Ordenamento do Território 65
Departamento de Intervenção Social e Qualidade de Vida 123
Departamento Administrativo e Financeiro 32
Total 220
Tal como em 2013, despesa com pessoal sofreu em 2014 um
acréscimo, depois de nos anos de 2011 e 2012, estas terem diminuído.
Este acréscimo de despesa ficou a dever-se por um lado, pela
reposição dos subsídios de férias e de natal que anteriormente haviam
sido “cortados“, e por outro, devido ao aumento dos encargos do Município
para a Caixa Geral de Aposentações e Segurança Social.
No que concerne a 2014, o principal motivo do acréscimo prende-se
com a reposição de alguns “cortes” dados com Inconstitucionais, pelo
Tribunal Constitucional e pelo aumento das contribuições para as
Instituições de Previdência.
De referir que a despesa com pessoal do município tinha vindo a
diminuir devido a diferentes razões, por um lado devido à passagem de
trabalhadores da Autarquia para a empresa ARM – Águas e Resíduos da
Madeira SA, e por outro lado devido a uma maior contenção ao nível das
Relatório de Gestão e Actividades 2014
47
horas extraordinárias, para além das reduções remuneratórias impostas
pelos PEC´S e pelo memorando de entendimento com a “TROIKA“ -
Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Europeia.
As despesas com o pessoal estão agrupadas, de acordo com o
Decreto-Lei nº 26/2002 de 14 de Fevereiro, em “Remunerações Certas e
Permanentes”; “Abonos Variáveis ou Eventuais”; e “Segurança Social”.
Através da análise do quadro anterior verificamos que a rúbrica
“Remunerações Certas e Permanentes” (conta 01.01) onde se englobam a
remuneração base, os subsídios de Férias e de Natal, o subsídio de
refeição e as despesas de representação, destinadas por sua vez, aos
membros dos órgãos autárquicos, ao pessoal do quadro, ao pessoal
aguardando aposentação, e ao pessoal em qualquer outra situação, até
sofreu um decréscimo.
Assim sendo comprova-se que a grande responsabilidade do
aumento da despesa com pessoal ocorreu devido ao aumento das duas
seguintes rúbricas:
Aos “Abonos Variáveis ou Eventuais” (conta 01.02), incluem
todos os abonos que não têm natureza certa,
nomeadamente: horas extraordinárias, trabalho em dias de
descanso semanal ou complementar, ajudas de custo, abono
para falhas, que neste caso teve um crescimento por força do
pagamento da indeminização por Cessão de Funções ao
anterior Presidente da Câmara Municipal, Sr Arlindo Pinto
Gomes;
Despesa com o Pessoal 2013 2014
0101 - Remunerações Certas e Permanentes 2.856.542,59 € 2.802.553,19 €
0102 - Abonos Variáveis ou Eventuais 33.829,57 € 57.707,85 €
0103 - Segurança Social 823.660,03 € 952.780,70 €
Total 3.714.032,19 € 3.813.041,74 €
Relatório de Gestão e Actividades 2014
48
À “Segurança Social” (conta 01.03), abrange todos os
encargos relativos à saúde dos funcionários, às prestações
familiares, às contribuições da entidade perante a Segurança
Social e a Caixa Geral de Aposentações, bem como aos
seguros de acidentes em serviço e outras pensões.
6.4.4 Transferências e Subsídios concedidos
No âmbito da prossecução das atividades Desportivas, Culturais e
Sociais do Concelho, foram transferidos no ano de 2014, através da
celebração de protocolos, 583.192,72€ para as diversas instituições do
Concelho.
Estes apoios financeiros concedidos, são responsáveis por uma
fatia da despesa com um peso de cerca de 4,3% sobre a despesa total.
Transferências e Subsídios Execução Peso %
04 Transferências Correntes 580.692,72 € 99,57%
08 Transferências de Capital 2.500,00 € 0,43%
Total 583.192,72 € 100%
Nas Transferências Correntes registam-se todas aquelas que se
destinam a apoiar o funcionamento corrente de diversos organismos, sem
que para tal isso implique qualquer contraprestação direta. É o caso por
exemplo das Freguesias, Associações e Escolas.
Já as Transferências de Capital, têm como objectivo o
financiamento das despesas de capital das entidades beneficiadoras,
sobretudo ao nível de aquisição de bens duradouros.
O gráfico que se segue espelha o montante das transferências
correntes efetuadas na gerência em análise, por grupos de entidades
beneficiárias:
Relatório de Gestão e Actividades 2014
49
Apoios - €
Clubes e Associações Desportivas 133.200,00 €
Bombeiros Voluntários 180.000,00 €
Bandas e Grupos Corais 31.000,00 €
Associações Culturais e Sociais 93.580,68 €
Juntas de Freguesia 145.412,04 €
(uni: euro)
6.4.5 Evolução da despesa
Neste capítulo passaremos à análise comparativa das despesas
efetuadas no ano de 2014 em comparação com o ano de 2013,
salientando os aspetos mais significativos e a correspondente evolução.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
50
Mapa – Evolução da Execução da Despesa
2013 2014
12.063.879,49 7.262.508,29 Despesas Correntes
01 Despesas com o pessoal 3.714.032,19 3.813.041,74
02 Aquisição de bens e serviços 7.318.983,92 1.947.759,39
03 Juros e Outros Encargos 178.244,76 182.854,54
04 Transferências Correntes 593.907,70 580.692,72
05 Subsídios 300,00 0,00
06 Outras despesas Correntes 258.410,92 738.159,90
11.983.415,03 6.368.798,22 Despesas de Capital
07 Aquisição de Bens de Capital 10.370.156,50 4.683.483,70
08 Transferências de Capital 40.320,00 2.500,00
09 Activos Financeiros 112.500,00 0,00
10 Passivos Financeiros 1.325.438,53 1.667.814,52
11 Outras Despesas de capital 135.000,00 15.000,00
24.047.294,52 13.631.306,51 Total Despesa
A informação constante no quadro supra referido permite-nos
concluir que o total da despesa teve um decréscimo de cerca de 43%
face ao ano anterior, o que é natural tendo em conta o facto de no ano
de 2013 terem ocorrido operações de cariz extraordinário que acabaram
por influenciar significativamente a execução orçamental.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
51
A diminuição da despesa corrente acaba por ser muito significativa,
tendo permitido transferir verbas para despesa de capital, o que levou a
uma estabilização da despesa de capital, garantindo a continuidade do
Investimento Municipal, como é bem perceptivel pelos projectos no
terrenos, sendo disso exemplo o Parque Infantil de Câmara de Lobos, as
Estradas Municipais das Heras á Caldeira, do Lagar da Giesta, as diversas
pavimentações efectuadas, ou mesmo novos projectos lançados, como o
são o Caminho Agricola do Aviceiro na Quinta Grande, o Caminho Agricola
do Colmeal no Curral das Freiras entre outros
Esta transferência de verbas, de corrente para capital, advém de
uma política clara do Município de contenção na despesa corrente
tentando sempre o aumento do Investimento no Concelho.
Ao nível da rubrica 03 – Juros e Outros Encargos – houve um ligeiro
aumento, devido aos encargos com o Empréstimo do PAEL – Programa de
Apoio à Economia Local. A Realidade é que nos restantes empréstimos os
encargos têm vindo a cair, fruto das baixas taxas de juro de referência
(EURIBOR).
Quanto às transferências de verbas para entidades de índole
cultural, social, e desportiva, denotamos que no cômputo geral,
congregando as transferências correntes com as de capital, houve uma
diminuição das mesmas.
A rúbrica de Activos financeiros não teve qualquer movimento, uma
vez que a Autarquia não adquiriu no ano nenhuma participação de outra
entidade, como tinha ocorrido em 2013, com a aquisição da participação
na ARM – Águas e Resíduos da Madeira SA.
Na rubrica de passivos financeiros houve um aumento dos valores
amortizados, resultante das amortizações dos empréstimos, do Banco
Santander Totta SA, da Caixa Geral de Depósitos SA, e do Novo Banco
SA.
No decorrer do ano de 2014, foi liquidado na totalidade o
empréstimo contraído junto da Caixa Geral de Depósitos SA, no montante
Relatório de Gestão e Actividades 2014
52
global de 759.419,00€. Este empréstimo tinha sido contraído no ano de
2004.
O ano de 2014 foi também o ano em que tivemos pela primeira vez
as amortização do empréstimo de 5.815.458,79€ advindo do PAEL –
Programa de Apoio à Economia Local, pela sua totalidade. Durante o ano
em análise foi amortizado o montante de 420.005,36€ relativo ao
Empréstimo do PAEL.
6.4.6 Evolução da Despesa Municipal
Através da análise do quadro e gráfico seguintes podemos observar
a evolução da despesa corrente e de capital efetuada pelo Município no
período 2008-2014.
Podemos verificar que a Autarquia não ficou imune à crise verificada
a partir do ano de 2008, com maior incidência em 2011 e 2012, sendo que
em 2014 se notem alguns sinais de retoma, o que coadjuvado pela
diminuição de custos correntes permitiu garantir um nível de investimentos
superior aos ano de 2011 e 2012, o que.representa investimento público
no Concelho.
Neste comparativo podemos observar que em 2013 verificou-se um
pico de despesa, o que é justificado com as situações extraordinárias
derivadas da aplicação do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local,
num montante global de 5.815.458,79€, o que deu um incremento, por um
lado à receita de capital e por outro permitiu uma reestruturação da divida
da Câmara Municipal, transferindo a divida de curto prazo ( fornecedores)
para médio longo prazo.
De forma a garantir o nível de investimento público foram
fundamentais as verbas oriundas de Fundos Comunitários, nomeadamente
do PRODERAM, no apoio à construção de caminhos agrícolas e do Intervir
+ na Reconstrução do convento de São Bernardino, na cidade de Câmara
de Lobos.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
53
Mapa – Evolução da Despesa Municipal 2008 - 2014
Evolução da Despesa 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Despesa Corrente 9.292.819,35 10.082.400,60 8.925.425,44 8.420.414,23 6.448.921,83 12.063.879,49 7.262.508,29
Despesa Capital 17.413.936,77 8.259.814,90 9.597.462,98 5.580.207,29 5.019.612,54 11.983.415,03 6.368.798,22
Total 26.706.756,12 18.342.215,50 18.522.888,42 14.000.621,52 11.468.534,37 24.047.294,52 13.631.306,51
Valores em €uros
Através do quadro e gráfico seguintes temos também uma análise
da evolução dos dois tipos de despesa ( Corrente e de Capital ), para o
mesmo período antes analisado ( 2008 a 2014), o que nos permite ter uma
perceção da evolução da despesa que o Município efetua anualmente.
A análise do quadro e gráfico em apreço permite-nos claramente ter
uma noção do impacto da crise económica surgida no ano de 2008, sobre
o Investimento levado a cabo pelo Município no Concelho.
0,00
5.000.000,00
10.000.000,00
15.000.000,00
20.000.000,00
25.000.000,00
30.000.000,00
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Valo
r em
€
Evolução da Despesa Municipal
DespesaCorrente
Despesa Capital
Total
Relatório de Gestão e Actividades 2014
54
6.5 Comparação entre receita e despesa
6.5.1 Análise
O grau de execução orçamental global do ano de 2014, cifrou-se
nos 74,20% na despesa e 90,10% na receita.
O ano fica indelevelmente marcado por uma boa excelente
execução orçamental, devido a diferentes fatores.
Se, por um lado a crise económica levou a um abrandamento da
economia, o que se reflete nas receitas dos Municípios, uma vez que sem
atividade económica a Receita acaba por ser afetada, não deixa de ser
interessante verificar a recuperação de algumas rúbricas nomeadamente a
de “Taxas Multas e Outras Penalidades”, onde podemos aferir o
investimento dos particulares.
Com o abrandamento do lado da receita, verificado nos últimos
anos, a tendência é dar-se um abrandamento do investimento, porque, se
não existe liquidez, não se podem efetuar investimentos.
Apesar deste cenário, a Autarquia prosseguiu uma política de
otimização dos recursos internos, com um claro decréscimo dos custos
correntes, como já vimos anteriormente, o que permitiu o desenvolvimento
de projetos que visaram sempre a melhoria do atendimento aos Munícipes,
bem como a beneficiação de infra-estruturas Municipais, sendo de referir
que o Município privilegiou os investimentos municipais (despesa de
capital) em detrimento das despesas correntes.
No que concerne às receitas de capital, estas acabaram por ser
alavancadas por receitas oriundas de alguns projetos financiados em sede
de Fundos Comunitários, bem como pela regularização de valores
referentes a Contratos Programa celebrados com o Governo Regional, que
no ano de 2014, terminou de pagar o acordo de pagamento celebrado.
Ao nível da despesa corrente importa referir que o Município
conseguiu uma forte contenção ao nível das aquisições de bens e
Relatório de Gestão e Actividades 2014
55
serviços, o que foi sem duvida alguma importantíssimo para que se
pudesse transferir verbas para investimento ( despesa de capital ).
Mapa – Peso da Despesa versus Receita
A análise do gráfico anterior permite-nos verificar o peso das
receitas (corrente e de capital) e a sua afetação ao nível da despesa (quer
corrente, quer de capital), permitindo a sua análise constatar que a
Autarquia conseguiu uma poupança corrente, ou seja, transferir receita
corrente para despesas de capital.
Tendo em conta o ligeiro aumento das despesas com pessoal,
devido á reposição do pagamento dos subsídios de natal e férias,
reposição de alguns “cortes “ e ao aumento das contribuições sociais (
CGA e Segurança Social ) a verdade é que se conseguiu gerar poupança
corrente.
6.5.2. Poupança
A Autarquia tem conseguido ao longo dos últimos anos transitar
verbas de receitas correntes para despesa de capital, o que demonstra
capacidade de gerar Poupança Corrente, que atingiu no ano de 2014 o
Relatório de Gestão e Actividades 2014
56
montante de 3.795.058,91€, valor superior aos 1.972.242,36€ verificados
em 2013.
Este indicador é muito positivo, tendo em conta que a despesa de
capital representa investimento no Concelho, o qual é um incremento para
o melhoramento da qualidade de vida das populações.
Através da análise do gráfico seguinte podemos observar o facto de
em 2014 se ter gerado poupança corrente, superior a 2013, apesar de
todos os condicionamentos impostos pela atual situação económica, o que
demonstra uma aposta clara da Autarquia numa gestão equilibrada
assente no investimento público, gerador de mais valias para a população,
e incentivador do investimento privado.
O crescimento da poupança gerada, é fruto de uma estabilização
das receitas, o que coadjuvado com a estrutura reduzida de custos fixos
da Autarquia leva a que a poupança na despesa corrente seja superior à
de 2013.
Através da análise do gráfico seguinte podemos observar a
evolução da poupança gerada em 2013 e 2014.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
58
7. Balanço
O Balanço é o mapa contabilístico que apresenta a posição financeira e
patrimonial da Autarquia a 31 de Dezembro de 2014.
O Balanço do Município de Câmara de Lobos tem sofrido uma evolução
ao longo dos anos, de acordo com as operações e atividades que vão
ocorrendo no dia-a-dia do próprio Concelho.
7.1 Análise do ano de 2014
No ano de 2014 o Balanço da Autarquia ascendia a um montante
total de 88.213.524,43€, quer do lado do Ativo, quer do lado do Passivo
mais o Capital Próprio.
Se por um lado temos os ativos, os benefícios económicos, por
outro temos o passivo (dívidas a pagar) e o capital próprio.
Com base na análise do Balanço resumido de 2014 patente no
quadro anterior, podemos constatar que o total dos ativos do Município
ascende aos 88.213.524,43€, onde as imobilizações corpóreas,
representam um peso à volta de 93,46%.
Do lado do passivo, verificamos que o mesmo é constituído
essencialmente pelas “Dívidas a Terceiros” e pelos “Empréstimos de
Médio e Longo Prazos”, rúbrica esta que diminuiu em relação ao ano de
2013 devido à amortização dos diferentes empréstimos, diminuição
também propiciada pela não contratação de novos financiamentos.
No que concerne à divida a terceiros, esta foi fortemente
prejudicada pela obrigatoriedade de inscrever o valor do FAM – Fundo de
Apoio Municipal, de acordo com o estabelecido pela DGAL – Direção Geral
das Autarquias Locais, no montante de 716.010,33€.
No Balanço da Câmara Municipal de Câmara de Lobos foram
também consideradas amortizações de Imobilizado, num montante global
de 42.522.107,47€ e provisões no valor de 236.560.19€
Relatório de Gestão e Actividades 2014
59
Balanço Valor Peso %
Ativo
Imobilizado 82.441.720,98 93,46%
Imobilizações corpóreas + Incorpóreas 81.612.710,65
Investimentos Financeiros 829.010,33
Circulante 5.771.803,45 6,54%
Existências 181.567,43
Dívidas de terceiros 546.165,44
Depósitos em instituições financeiras e caixa 2.987.430,64
Acréscimos e diferimentos 2.056.639,94
88.213.524,43 100% Total Ativo
Capital Próprio e Passivo
Fundos Próprios 38.927.810,76 44,13%
Património 23.884.987,23
Reservas Legais 1.399.315,82
Resultados transitados 12.434.272,64
Resultado Líquido do exercício 1.209.235,07
Passivo 49.285.713,67 55,87%
Empréstimos de médio e longo prazo 10.031.986,24
Dívidas a terceiros 2.041.054,29
Garantias e Cauções 30.195,04
Provisões 71.247,36
Acréscimos e Diferimentos 37.111.230,74
88.213.524,43 100% Total Capital Próprio e Passivo
(Uni: euros)
De realçar o facto de o passivo da Câmara Municipal ter diminuído
significativamente, sobretudo a divida a terceiros, se extrairmos o valor do
FAM – Fundo de Apoio Municipal. A 31 de Dezembro de 2014, a divida a
Relatório de Gestão e Actividades 2014
60
fornecedores da Autarquia estava totalmente limitada à divida estabelecida
em acordos de pagamento de médio longo prazo.
Importa ainda realçar que a verba relativa a acréscimos e deferimentos,
deve-se ao facto de o Município ter inúmeros projetos ( empreitadas ) que
são cofinanciadas e que são amortizadas ao longo dos anos, sendo que
esta rúbrica é a “compensação” a esse custo que são as amortizações.
7.2. Evolução do Balanço
O quadro que se segue permite-nos analisar comparativamente o ativo,
o passivo e o capital próprio da Autarquia nos anos de 2013 e 2014.
A rúbrica de Imobilizado acaba por diminuir por força das
amortizações do exercício, levadas a efeito no ano de 2014, que
ascenderam neste ano a um total de 4.768.119,95€.
Este volume de amortizações e a não existência em 2014 de
operações extraordinárias como aconteceram em 2013 (PAEL – Programa
de Apoio à Economia Local e resolução da questão ARM – Águas e
Resíduos da Madeira SA.) acabou por prejudicar o Resultado Liquido do
Exercício, que no ano se cifrou em 1.209.235,07€.
Com base na informação do quadro que a seguir se apresenta,
constatamos que o Ativo teve uma variação positiva, que foi acompanhada
pelo Capital Próprio e pelo Passivo, situação esta que apesar do aumento
da rúbrica “ Circulante “, acaba por ser sempre condicionada pelas
amortizações e correções patrimoniais efetuadas ao longo do exercício.
No que concerne ao Ativo, houve, como já afirmámos, um aumento
do Ativo Circulante, principalmente no que respeita às Disponibilidades,
fruto do recebimento de verbas relativas ao PRODERAM, tendo-se
verificado uma diminuição do Ativo Fixo, que incidiu única e
exclusivamente nas Imobilizações Corpóreas, por força das amortizações
efetuadas e das correções patrimoniais ocorridas.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
61
Balanço 2014 2013
Ativo
Imobilizado 82.441.720,98 82.681.820,59
Imobilizações corpóreas + Incorpóreas 81.612.710,65 82.456.320,59
Investimentos Financeiros 829.010,33 225.500,00
Circulante 5.771.803,45 4.914.465,01
Existências 181.567,43 200.655,92
Dívidas de terceiros 546.165,44 3.923.021,72
Depósitos em instituições financeiras e caixa 2.987.430,64 303.808,69
Acréscimos e diferimentos 2.056.639,94 486.978,68
88.213.524,43
Total Ativo 87.596.285,60
Capital Próprio e Passivo
Fundos Próprios 38.927.810,76 36.196.656,22
Património 23.884.987,23 23.884.987,23
Reservas Legais 1.399.315,82 1.111.387,95
Resultados transitados 12.434.272,64 5.441.723,56
Resultado Líquido do exercício 1.209.235,07 5.758.557,48
Passivo 49.285.713,67 51.399.629,38
Empréstimos de médio e longo prazo 10.031.986,24 11.699.800,76
Dívidas a terceiros 2.041.054,29 1.807.430,18
Garantias e Cauções 30.195,04 40.654,52
Provisões 71.247,36 0,00
Acréscimos e Diferimentos 37.111.230,74 37.851.743,92
88.213.524,43
Total Capital Próprio e Passivo 87.596.285,60
Do lado do Passivo, notamos uma diminuição dos empréstimos de
médio longo prazo, por força das amortizações efectuadas no decorrer do
ano.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
62
Importa referir que as Dívidas a Terceiros, cresceram, fruto única e
exclusivamente da contabilização forçada pela DGAL – Direção Geral das
Autarquias Locais, da verba relativa ao FAM – Fundo de Apoio Municipal,
no montante de 716.010,33€..
Na realidade as dividas a terceiros diminuíram, estando no dia 31 de
Dezembro de 2014, confinadas aos acordos de pagamento em vigor, no
montante global de 1.238.632,36 €.
As dividas a terceiros de curto prazo ( vulgo “Fornecedores conta
corrente”) estavam totalmente liquidadas no final do exercício em análise,
como já aqui havíamos apresentado.
De referir também a criação das provisões para riscos e encargos,
que visa acautelar no futuro, obrigações com que o Município possa vir a
ser confrontado.
No Anexo II a este Relatório podemos encontrar o Anexo ao
Balanço e Demonstração de resultados com uma análise mais técnica,
ponto a ponto da evolução ocorrida.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
63
8. Endividamento
Neste capítulo iremos analisar a atual situação de endividamento do
Município bem como dos empréstimos em curso.
Procederemos também a uma análise das Dividas de Terceiros para com
a Autarquia e das dívidas a Fornecedores.
8.1. Empréstimos
No que concerne aos empréstimos bancários, aferimos que todos
os anos a Autarquia tem que suportar os encargos resultantes dos
compromissos assumidos.
A 31 de Dezembro de 2014 o Município devia a Instituições de
Crédito 10.031.986,24€ um valor abaixo dos 11.699.800,76€ verificados no
ano de 2013, o que significa uma diminuição de 1.667.814,52€
O ano de 2014 foi assim um ano em que a divida bancária voltou a
diminuir, ao contrário de 2013, ano em que se registou uma subida, por
força da utilização do empréstimo de 5.815.458,79€ advindo do PAEL –
Programa de Apoio à Economia Local .
Mapa - Evolução da Dívida a Instituições de Crédito
Ano
2009 2010 2011 2012 2013 2014
10.088.986,55 € 9.137.026,07 € 8.181.395,90 € 7.209.780,50 € 11.699.800,76 € 10.031.986,24 €
Pode-se assim constatar que em 2014 voltamos a ter a divida
bancária em níveis de 2009, depois do pico ocorrido em 2013.
No ano de 2014 ocorreu a liquidação total de um empréstimo
contratado em 2004, junto da Caixa Geral de Depósitos SA, no montante
global de 759.419,00€.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
64
Foram pagos 178.244,76€ de juros de empréstimos bancários no
decorrer do ano.
Regista-se assim que na gerência em questão foi amortizado o valor
de 1.667.814,52€ relativamente a empréstimos contraídos com o Banco
Santander Totta SA, Caixa Geral de Depósitos SA e do próprio
empréstimo obtido junto da Direção Geral do Tesouro relativo ao PAEL –
Programa de Apoio à Economia Local. Os empréstimos de médio e longo
prazo representam o grosso das dívidas exigíveis ao Município.
Importa ainda relembrar que no ano de 2015 termina o pagamento
de dois empréstimos em curso, um no montante de 2.648.616,83€
contratado junto do Banco Santander Totta SA no ano de 2000, e outro no
montante de 830.088,00€ contratado junto da Caixa Geral de Depósitos
SA no ano de 2005.
8.2 Dívidas de Terceiros
As dívidas de terceiros são essencialmente de curto prazo, e
prendem-se com a atividade corrente do Município, sobretudo ao nível do
financiamento de Projetos.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
65
A grande fatia desta rubrica corresponde a compromissos por parte
do Governo da República ( comparticipação da Biblioteca Municipal de
Câmara de Lobos e IRS), que se descriminam da seguinte forma:
Entidade Descrição 2013 2014
Governo República Biblioteca Municipal 849.982,50 € 849.982,50 €
Governo República IRS - 2009 244.930,00 € 244.930,00 €
Governo República IRS - 2010 23.796,00 € 23.796,00 €
Fundos Comunitários PRODERAM 2.494.498,47 € 45.886,37 €
Devedores Diversos Fornecimento Água 141.713,68 € 123.996,77 €
Total 3.938.815,22 € 1.288.591,64 €
Por outro lado, e apesar de todos os esforços no sentido de
regularizar as situações em atraso, as dívidas dos consumidores de águas
verificaram um considerável decréscimo, sobretudo a componente pública
que foi totalmente liquidada, embora as particulares continuem a ter algum
peso sobre as dívidas de terceiros.
Há ainda a salientar a verba proveniente do PRODERAM –
Caminhos Agrícolas, que se deve ao pagamento de valores finais de
empreitadas, já solicitado e que se aguarda a sua receção no ano de 2015.
8.3 Dívidas a Terceiros
No que respeita às dívidas a “Terceiros”, temos no ano de 2014, de
subdividi-las em curto prazo, onde inscrevemos as dividas de conta
corrente com fornecedores, e as de médio longo prazo onde se inscrevem
as relativas a acordos de pagamento..
Assim sendo temos a destacar que o Município fechou o ano com
as suas dívidas correntes totalmente saldadas, algo que é inédito numa
execução orçamental em Câmara de Lobos.
No que concerne às dívidas de médio longo prazo há a registar os
acordos de pagamento com a Valor Ambiente SA, a IGA - Investimentos e
Gestão da Água SA e a Empresa Eletricidade da Madeira SA.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
66
Foi também registado nesta rúbrica o montante relativo ao FAM –
Fundo de Apoio Municipal, por obrigação expressa em normativo emitido
pela DGAL – Direção Geral das Autarquias Locais, no montante de
716.010,33€.
Como acima informamos, a divida comercial do Município está na
sua totalidade titulada através de acordos de pagamento subscritos com
diferentes entidades, conforme a seguir se descrimina:
Entidade Valor - €
Valor Ambiente SA 305.959,26 €
IGA - Investimentos e Gestão da Água SA 456.973,10 €
Empresa Eletricidade da Madeira SA 475.700,00 €
Total 1.238.632,36 €
8.4 Endividamento Municipal
Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 52.º da Lei n.º 73/2013, de
3 de setembro (Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades
Intermunicipais) o limite da dívida total para cada município em 2014, é
apurado do seguinte modo:
"A dívida total de operações orçamentais do município, incluindo a
das entidades previstas no artigo 54.º,não pode ultrapassar, em 31 de
dezembro de cada ano, 1,5 vezes a média da receita corrente líquida
cobrada nos três exercícios anteriores".
Assim sendo o limite ao endividamento do Município de Câmara de
lobos cifrou-se no ano de 2014, no montante de 15.753.236,00€.
No final do exercício, o Município apenas estava a utilizar 69,49 %
da sua capacidade de endividamento total.
Considerando que no final de 2013, estava a ser utilizada 75,98%
da capacidade de endividamento, fica claro que esta se encontra numa
tendência de descida.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
67
Relativamente ao ano de 2015, importa demonstrar que a
capacidade de endividamento sofrerá um aumento, como a seguir se
apresenta:
Receita Corrente Valor
2012 8.105.642,91 €
2013 13.368.329,95 €
2014 11.057.567,20 €
Média 3 últimos anos ( a ) 10.843.846,69 €
Limite ao endividamento = ( a ) x 1,5 16.265.770,03 €
Assim sendo passaremos de um limite ao endividamento em 2014,
de 15.753.236,00€, para um montante em 2015 de 16.265.770,03 €, o que
é claramente positivo para a Autarquia, e demonstra a capacidade de
gerar receitas correntes, que são a base da fórmula de cálculo.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
68
9. PAEL
Durante o ano de 2012 o Município de Câmara de Lobos decidiu aderir ao
PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, solicitando um empréstimo
até ao montante global de 5.815.458,79€, junto da Direção Geral do
Tesouro.
Deste montante foi libertada uma tranche de 4.070.821,15 no mês
de Fevereiro de 2013, e ao remanescente de 1.744.637,64 no mês de
Maio de 2013.
Estas verbas serviram para liquidar dívidas a fornecedores, que a
seguir se descriminam:
Valor Ambiente - Gestão e Administração de Resíduos da
Madeira, S.A. – 2.486.867,01€;
AFAVIAS - Engenharia e Construções, S.A. – 540.445,83€;
José Avelino Pinto - Construção e Engenharia, S.A. –
2.788.145,95€;
No ano de 2014 foi amortizado o montante de 420.005,36€, estando
em divida no dia 31 de Dezembro de 2014, o montante global de
5.040.064,28€.
Relativamente ao empréstimo contraído neste âmbito, foi pago no
ano de 2014 o montante de 135.672,46€ relativos a juros anuais de toda a
operação em curso.
No Anexo I a este relatório poderão ser visualizados os mapas da
execução anual do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local do
Município de Câmara de Lobos.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
69
10. Indicadores
Neste Capítulo vamos analisar alguns indicadores importantes da vida
económica, financeira e social do Município, de forma a perceber-mos
melhor, o impacto da ação Orçamental da Autarquia na vida de todos os
Câmara Lobenses.
Assim sendo passamos a apresentar um quadro com vários
indicadores com um cariz económico e financeiro:
Gestão Financeira
Indicador Valor Tendência
Dívida Total - Euros por Habitante ( €\hab ) 323,23 € ↓
Grau de Endividamento 69,49% ↓
Prazo Médio de Pagamentos 63 dias ↓
Pagamentos em Atraso 0 ↓
Grau de Execução da Receita Orçamentada 90,10% ↑
Grau de Execução da Despesa Orçamentada 74,20% ↑
Receita Total - €\hab 465,14 € ↓
Transferências do Orçamento de Estado - €\hab 202,00 € ↓
Financiamento da União Europeia - €\hab 117,48 € ↑
Receitas de Impostos Municipais - €\hab 92,79 € ↑
IMI - €\hab 60,43 € ↑
Despesa Total - €\hab 389,19 € ↓
Despesa com pessoal - €\hab 108,87 € ↓
Investimento - €\hab 181,84 € ↓
Relatório de Gestão e Actividades 2014
70
11. Conclusão
Terminamos desta forma a análise das contas do Município de
Câmara de Lobos que se plasma no presente relatório de gestão, onde
expusemos uma panóplia de dados económico-financeiros da Gerência
de 2014.
Podemos concluir que este exercício foi claramente marcado pelo
difícil contexto económico Regional e Nacional, mas que apesar dos fortes
constrangimentos permitiu diferentes projetos aos mais diferentes níveis,
sendo de destacar os seguintes:
O apoio a famílias mais carenciadas, através do apoio à
recuperação de imóveis e condições de habitabilidade, tendo sido
aprovados 27 novas candidaturas, o que representa uma melhoria
significativa da qualidade de vida de 27 famílias;
Os programas de emprego lançados pelo Município, procurando dar
mais formação e melhor qualificação àqueles que procuram uma
nova oportunidade laboral;
As obras de proximidade, levadas a cabo pela Autarquia ou em
protocolo com as Juntas de freguesia, que tem permitido a
recuperação de dezenas de quilómetros de acessibilidade a
habitações;
O apoio constante ás escolas do Concelho, quer ao nível de
manutenção, quer de fornecimento de bens e equipamentos;
Também na área da educação destacar o I Seminário de Educação
de Câmara de Lobos e o Prémio de Mérito Escolar “ Joaquim
Pestana”, ações que visam qualificar e incentivar toda a
comunidade educativa;
O investimento nas áreas sociais manteve-se no ano de 2014,
seguindo-se uma política de apoios aos mais jovens e idosos e aos
mais carenciados, incluindo todos os escalões etários e estratos
sociais indiferenciados, pelo que participam hoje em dia nos
projetos sociais em curso da Autarquia, que incluem desde a
educação, desporto, ambiente, cultura, lazer, ocupação de tempos
Relatório de Gestão e Actividades 2014
71
livres, etc., atividades estas abertas a toda a população, com a
participação activa de largas centenas de munícipes.
O Ordenamento do Território é também uma das prioridades do
actual Executivo Municipal, pelo que está em curso o processo de
Revisão do Plano Director Municipal (PDM), instrumento este que
consideramos ser de fundamental importância no Desenvolvimento
Sustentável do Concelho nos próximos anos, pelo que a Autarquia
assinou um protocolo de colaboração com a Associação Insular de
Geografia, tendo em vista a preparação e elaboração de
documentos orientadores e estratégicos para o ordenamento do
território municipal, nomeadamente cartas de risco, planos de
emergência e intervenção, etc.
De registar o funcionamento de forma alargada de todos os Centros
Comunitários do Concelho, garantindo actividades e prestando
serviços de apoio às populações locais e a toda a atividade
municipal nesta vertente.
Do ponto de vista cultural há a destacar as Festas de São Pedro, as
Marchas Populares e o Carnaval, as Festividades Natalícias, bem
como os diversos eventos levados a cabo pelas Juntas de
Freguesia e outras Instituições Culturais, Sociais e Recreativas. O
Museu de Imprensa da Madeira, espaço que se considera como
polo aglutinador de cultura e gerador de mais valias sobretudo ao
nível de visitantes para o Concelho.
As atividades levadas a cabo pela Biblioteca Municipal na cidade de
Câmara de Lobos e os pólos do Curral das Freiras e do Estreito de
Câmara de Lobos, sendo que esta rede de Bibliotecas se apresenta
como pedra basilar do ponto de vista cultural, educacional e do
conhecimento, para o apoio a toda a população do Concelho.
No âmbito da cooperação técnica e financeira e parcerias
institucionais, foram efectuadas transferências para as Juntas de
Freguesia, Instituições Culturais, Sociais, de Bombeiros e
Relatório de Gestão e Actividades 2014
72
Desportivas de todo o Concelho, tendo sido transferido um total de
583.192,72€.
Ao nível de Infraestruturas disponibilizadas à população, importa
salientar novos equipamentos públicos, como:
O Caminho Municipal das Heras à Caldeira - Câmara de Lobos;
O Caminho Municipal do Lagar da Giesta- Câmara de Lobos;
O Parque Infantil em Câmara de Lobos;
Os Sanitários Públicos em Câmara de Lobos;
O asfaltamento de diversos caminhos municipais;
A melhoria das condições de circulação de inúmeras veredas
nas cinco freguesias do Concelho;
Estamos assim em condições de afirmar que o Município mantém
uma política de equilíbrio financeiro e cumprimento das obrigações
orçamentais, pelo que não se antevê qualquer tipo de estrangulamento ou
desequilíbrio financeiro das contas municipais.
Tendo em conta a atual situação económica e social que
atravessamos, considera-se que o Município privilegiou o investimento
público, e o apoio à população, visando sempre os baixos custos e a
otimização dos recursos, com um intuito claro de melhoria das condições
de vida das populações locais, e gerador de condições sustentáveis do
desenvolvimento de projetos empresariais.
Em Câmara de Lobos queremos ter empreendedorismo. Queremos
falar de pessoas e não de números. Queremos falar mais de ideias, de
sonhos de projetos de felicidade e menos de dívida e de défices.
Neste momento de viragem económica, politica e social, teremos de ser
capazes de fazer desse momento um ponto de encontro das nossas
vontades. Vontades que, certamente, estão ao serviço de um Concelho de
Câmara de Lobos mais capaz de dar resposta aos desafios que se
colocam á sociedade, pelo que consideramos que a reestruturada situação
financeira do Município é equilibrada, sólida e capaz de sustentar as
Relatório de Gestão e Actividades 2014
73
futuras opções de apoio social e de investimento Municipal, visando as
pessoas e as suas necessidades mais próximas, para mais e melhor
desenvolvimento sustentável do Concelho.
O Presidente
__________________________
Pedro Emanuel Abreu Coelho
O Chefe de Divisão de Gestão Financeira
__________________
Nuno Barata
Relatório de Gestão e Actividades 2014
74
Município de Câmara de Lobos
Câmara Municipal
Conta de
Gerência
2014
Proposta de Aplicação de Resultados.
Resultado Líquido do ano de 2014
Relatório de Gestão e Actividades 2014
75
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos do ponto 2.7.3. das Considerações Técnicas do POCAL
e face ao resultado positivo de 1.209.235,07€ apurado no ano de 2014, e
tendo em consideração que o valor contabilístico da conta 51 – “
Património “ é superior a 20% do Activo Líquido, propomos a seguinte
aplicação do Resultado Líquido do Exercício de 2014:
- Reserva Legal: ……………………………………..60.461,75 €
- Resultados Transitados :…………….….....…. 1.148.773,32€
Câmara de Lobos, 24 de Abril de 2015
ORGÃO EXECUTIVO
_____________________________________
______________________ ____________________ __________________
______________________ ____________________ __________________
Câmara de Lobos, 30 de Abril de 2015
ORGÃO DELIBERATIVO
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Relatório de Gestão e Actividades 2014
76
Município de Câmara de Lobos
Câmara Municipal
Conta de
Gerência
2014
Termo de Encerramento
Relatório de Gestão e Actividades 2014
77
CONTA DE GERÊNCIA DO ANO FINANCEIRO DE 2014
ENCERRAMENTO
A Presente Conta de Gerência foi aprovada por
__________________________, pela Câmara Municipal, na reunião
ordinária, realizada no dia 24 de Abril de 2015, para submeter à aprovação
da Assembleia Municipal.
ORGÃO EXECUTIVO
_____________________________________
______________________ ____________________ __________________
______________________ ____________________ __________________
APROVAÇÃO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
A Conta de Gerência que antecede foi presente e aprovada em sessão
ORDINÁRIA por ______________________________________________,
da Assembleia Municipal, que se realizou no dia 30 de Abril de 2015, tendo
as folhas e anexos sido rubricados pela mesa que abaixo assinam.
ORGÃO DELIBERATIVO
___________________________________
___________________________________
___________________________________
Relatório de Gestão e Actividades 2014
80
8 – ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
8.2 - NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
(Mapa n.º 13 do Tribunal de Contas Código Pocal 8.2)
8.2.1 – Indicação e justificação de disposições do POCAL derrogadas e efeitos no
Balanço e Demonstração de Resultados.
A integração consistente da Contabilidade Orçamental, Patrimonial e de
Custos, é um dos principais objectivos do POCAL. Apesar da Contabilidade de
Custos não se encontrar completamente implementada no Município, considera-se
que tal facto não tem reflexo no Balanço e Demonstração de Resultados pelo que as
Demonstrações Financeiras apresentadas, reflectem uma imagem verdadeira e
apropriada do Activo, Passivo e dos Resultados do Município, não se considerando
derrogada qualquer disposição relevante do POCAL, com reflexo no Balanço e
Demonstração de Resultados.
8.2.2 – Contas do Balanço e Demonstração de Resultados não comparáveis com as
do exercício anterior.
Ao longo do exercício de 2014, não foram alterados procedimentos, regras e
políticas contabilísticos, relativamente aos critérios definidos para o exercício
anterior, que torne incomparáveis as contas do Balanço e Demonstração de
Resultados.
8.2.3 - Critérios de Valorimetria, Amortizações e Provisões
8.2.3.1- Critérios de Valorimetria
Os critérios de valorimetria utilizados relativamente às várias rubricas do
Balanço e Demonstração de Resultados, obedeceram ao estabelecido nesta matéria
no POCAL, resumindo-se por grandes classes:
1 – Imobilizações:
O Activo Imobilizado e aumentos patrimoniais contabilizados no exercício de 2014
foram valorizados ao custo de aquisição ou produção.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
81
Por regra, o valor atribuído a doações, cedências de parcelas de terreno e alteração
de natureza jurídica de bens do Município é o montante que consta no respectivo
processo. Na falta de menção desta informação, recorre-se à Comissão de
Avaliação, ou Avaliação Externa por Perito Avaliador Certificado, optando esta por
critérios idênticos aos utilizados na valoração do Balanço Inicial.
Os Investimentos Financeiros, constituídos por participação de capital, foram
registados pelo valor de aquisição.
2 – Existências;
O valor das Existências Finais corresponde à valorização dos Stocks, segundo o
critério do Custo Médio Ponderado.
3 – Dívidas a Terceiros;
As Dívidas a Terceiros foram registadas pelo valor à data da factura, pelo que
expressam os montantes dos documentos que as titulam.
4 – Disponibilidades;
O montante de Disponibilidades em Caixa reflecte o montante do valor em
numerário, não incorporando qualquer montante em moeda estrangeira. O montante
de depósitos em Instituições Financeiras reflecte o valor do saldo contabilístico das
referidas contas, estando justificadas as diferenças relativamente ao saldo dos
respectivos extractos bancários à data de 31/12/2014.
5 – Acréscimos e Diferimentos
Os Acréscimos e Diferimentos foram registados em obediência ao princípio da
especialização de exercício.
8.2.3.2 – Método de cálculo de Amortizações e Provisões.
As Amortizações foram calculadas com base no método das quotas
constantes, aplicando as taxas de amortização para cada bem do Activo Imobilizado
previsto na portaria 671/2000 de 17/04 – CIBE.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
82
No exercício em análise foi constituída Provisão para cobrança duvidosa no
montante de 124.060,19€, ficando provisionadas a 100% todas as dívidas de
terceiros em mora há mais de 12 meses e, em 50% as dívidas em mora há mais de
6 meses, com as excepções referidas nas considerações técnicas do ponto 2.7.1 do
POCAL.
Relativamente às situações de aplicações de tesouraria, riscos e encargos,
depreciação de existências e investimentos financeiros, não se considera estarem
associadas a riscos que justifiquem a constituição de qualquer provisão.
8.2.4 - Cotações utilizadas para conversão em moeda portuguesa de contas
originariamente expressam em moeda estrangeira.
Situação não aplicável.
8.2.5 – Situações em que o Resultado do Exercício foi afectado por critérios de
valorimetria diferentes, Amortizações superiores às adequadas ou Provisões
Extraordinárias.
O Resultado Liquido do Exercício não foi afectado por critérios de valorimetria
diferentes dos previstos no POCAL, Amortizações superiores às adequadas ou
Provisões Extraordinárias.
8.2.6 – Comentário às contas 43.1 e 43.2 – Despesas de Instalação e Despesas de
Investigação e de Desenvolvimento.
Situação não aplicável.
8.2.7- Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do
Balanço e nas respectivas Amortizações e Provisões.
Remetem-se na Conta de Gerência, os mapas elaborados em conformidade
com modelo aprovado no POCAL, contendo todos os movimentos ocorridos nas
rubricas do Activo Imobilizado, constantes do Balanço e nas respectivas
Amortizações e Provisões.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
83
8.2.8 - Desagregação das rubricas dos Mapas anteriores, de forma a evidenciar a
descrição do Activo, valor de aquisição, taxa de amortização e outras informações.
Em conformidade com o que neste item é referenciado no POCAL o mapa do
Activo Bruto e das Amortizações e Provisões foi, no que concerne, a cada uma das
contas patrimoniais: Edifícios, Outras Construções, Terrenos e Recursos Naturais
desagregado por elemento do Activo Imobilizado, de modo a evidenciar a descrição,
data de aquisição, valor de aquisição, taxa de amortização, amortizações do
exercício e acumuladas, alienações, transferências e abates e valores líquidos de
cada elemento.
Para as restantes contas do Activo referentes a bens móveis e exceptuando
as viaturas, cuja desagregação foi efectuada bem a bem, foram os respectivos
elementos agregados por grupos homogéneos, considerando-se do mesmo grupo
os bens que obedecem ao mesmo regime de amortização, classificados por
natureza, tipo e bem em conformidade com a portaria 671/2000 – CIBE, e
desagregado pelas contas patrimoniais, encontrando-se, igualmente, apenso à
Conta de Gerência.
8.2.9 – Custos do exercício respeitantes a Empréstimos para financiar Imobilizações
que na fase de construção tenham sido capitalizados.
Seguindo o critério utilizado nos anos anteriores, todos os encargos financeiro
do exercício, relativos a financiamentos destinados a Imobilizado em execução,
estão reflectidos nos resultados.
8.2.10 – Diplomas legais em que se baseou a reavaliação do imobilizado.
No exercício de 2014, não foi efectuada qualquer reavaliação dos bens do
activo Imobilizado, informação que o mapa do Activo Bruto evidencia.
8.2.11 – Quadro discriminativo das Reavaliações
Não aplicável.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
84
8.2.12 – Informação sobre Imobilizações em poder de Terceiros, Imobilizações em
propriedade alheia e Imobilizações Reversíveis.
O Município tem concessionado o Sistema de Distribuição de Água
,Saneamento Básico e Recolha de Residuos Sólidos à Empresa ARM – Águas e
Resíduos da Madeira SA.
Os investimentos efectuados pelo Município neste Sistema, nos anos
subsequentes à Concessão, estão reflectidos no Balanço do Município.
O Município tem concessionado o Estacionamento tarifado do Concelho, á empresa
DATAREDE SA.
8.2.13 – Bens utilizados em regime de Locação Financeira
A Câmara Municipal detém vários bens a serem utilizados neste regime, num
total de 4 contratos em vigor.
8.2.14 – Bens que não foi possível valorizar
Durante o ano de 2014, todos os bens patrimoniais foram objecto de
valoração.
8.2.15 – Bens de Domínio Público que não são objecto de amortização
Na situação de não amortizados encontram-se todos os Bens de Domínio
Público afectos a concessão do Sistema de Abastecimento de Água em Baixa e
respectivas alterações patrimoniais, bem como todos os Bens de Domínio Público
para cuja classificação prevista na Portaria 671/2001 – CIBE, não consta taxa de
amortização. Nesta situação encontram-se bens como terrenos integrados no
Domínio Público, Monumentos, entre outros.
8.2.16 – Informação sobre entidades participadas
Nos Mapas anexos à Conta de Gerência, menciona-se toda a informação
solicitada neste item disponível, no Município – designação, sede, parcela detida,
capitais próprios e resultado do último exercício de que o Município tem
Relatório de Gestão e Actividades 2014
85
conhecimento, relativamente a todas as entidades societárias e não societárias em
que o Município detém participação.
8.2.17 / 8.2.18– Discriminação das contas “Títulos Negociáveis”, “Outras Aplicações
de Tesouraria” e “Outras Aplicações Financeiras”
O Município não possui no seu Activo qualquer aplicação nas contas
referidas.
8.2.19 a 8.2.21 – Informações relevantes na análise do Activo Circulante
As demonstrações financeiras não contêm factos materialmente relevantes
nestes itens.
8.2.22 – Valor global das Dívidas de Cobrança Duvidosa
Para o valor das dívidas em mora há mais de 12 meses, excluindo dívidas do
Sector Público, foi constituída provisão no montante correspondente a 100% da
dívida, e para o valor das dívidas em mora há mais de 6 meses foi constituída
provisão no correspondente a 50% do valor da Divida. O valor global das dívidas
para as quais foi constituída Provisão ascende a 124.060,19 euros, para a qual está
constituída provisão no montante de 124.060,19 euros.
Esta valor refere-se a dividas do sector das águas, anteriores a 2011, pelo
que se constitui a Provisão na sua totalidade.
8.2.23 e 8.2.24 – Valor Global das Dívidas Activas e Passivas respeitantes a
Pessoal da Autarquia, Obrigações e outros títulos emitidos, com indicação dos
direitos que conferem
As Demonstrações Financeiras não contêm factos materialmente relevantes
nestes itens.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
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8.2.25 – Discriminação das dívidas incluídas na conta “Estado e Outros Entes
Públicos” em situação de mora
Os montantes das Demonstrações Financeiras que constam da conta Estado
não têm carácter de mora, reportam-se a valores apurados no mês de Dezembro de
2014, não constituindo qualquer mora.
8.2.26 – Discriminação desagregada das responsabilidades por Garantias e
Cauções prestadas e recibos para cobrança.
A movimentação das Contas de Ordem no período de 2014 está evidenciada
no Mapa das Contas de Ordem que se insere na Conta de Gerência
O Montante de Garantias e Cauções prestadas em numerário está reflectido
nas contas de operações de tesouraria.
8.2.28 - Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício de cada
uma das Contas da Classe 5 “Fundo Patrimonial”
Capital Próprio Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final
51 - Património 23.884.987,23 € 23.884.987,23 €
571 - Reservas Legais 1.111.387,95 € 287.927,87 € 1.399.315,82 €
59 - Resultados transitados 5.441.723,56 € 7.565.680,32 € 573.131,24 € 12.434.272,64 €
88 - Resultado Líquido do exercício 5.758.557,48 € 1.209.235,07 € 5.758.557,48 € 1.209.235,07 €
Fundos Próprios 36.196.656,22 € 38.927.810,76
O quadro supra inserto resume os movimentos ocorridos no exercício em
cada uma das contas da classe 5, evidenciando também o total de Fundos Próprios
ao incluir informação sobre os Resultados Líquidos.
O valor evidenciado Conta 59 – Resultados Transitados, referente ao exercício
de 2014, obteve-se considerando o sado do exercício n-1 (2013) – 5.441.723,56€, e
tendo em conta os seguintes movimentos:
Relatório de Gestão e Actividades 2014
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Movimentos a crédito (7.565.680,32€):
- 5.470.629,61€ (aplicação do resultado líquido do exercício de 2013);
- 2.095.050,71€ (IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis – recebido no ano de
2014 referente ao ano de 2013);
Movimentos a débito (573.131,24€):
- 520.735,36€ (regularizações patrimoniais – regularização de amortizações
de anos anteriores devido à passagem de imobilizado em curso para
definitivo; regularização para a conta 27* de verbas de Contratos Programa
de obras passadas para imobilizado definitivo);
- 52.395,88€ (encargos de liquidação e cobrança do IMI – Imposto Municipal
sobre Imóveis – recebido no ano de 2014 referente ao ano de 2013);
Assim sendo:
5.441.723,56€ + 7.565.680,32€ - 573.131,24€ = 12.434.272,64€.
A conta 57.1 – Reservas Legais – reflecte a afectação da aplicação de 5% do
Resultado Líquido apurado em 2013.
8.2.29 e 8.2.30 – Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas e demonstração da variação da produção
No registo das existências, matérias-primas, subsidiárias e de consumo,
susceptíveis de armazenamento, foi utilizado o sistema de inventário permanente.
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8.2.31 - Demonstração de Resultados Financeiros
No exercício de 2014, foram contabilizados Custos Financeiros no montante
de 291.909,17 euros e Proveitos Financeiros no montante de 115.945,18 euros, pelo
que o Resultado Financeiro apurado foi negativo em ( - 175.963,99 euros). O mapa
relativo à Demonstração de Resultados Financeiros encontra-se na Conta de
Gerência do ano de 2014.
.
8.2.32 - Demonstração de Resultados Extraordinários
No exercício de 2014 foi apurado um Resultado Extraordinário de
2.643.305,27 euros, resultante da contabilização de Custos e Perdas Extraordinários
no montante de 78.276,00 euros e Proveitos Extraordinários no montante de
2.721.581,57 euros. O mapa relativo à Demonstração de Resultados Extraordinários
encontra-se na Conta de Gerência do ano de 2014.
Relatório de Gestão e Actividades 2014
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Bibliografia:
Sites e artigos consultados:
- Boletim Mensal da Economia Portuguesa – Ministério da Finanças
http://www.gpeari.min-financas.pt/analise-economica/publicacoes/boletim-mensal-de-
economia-portuguesa
- Boletim Económico da Economia Portuguesa – Banco de Portugal
https://www.bportugal.pt/ptPT/EstudosEconomicos/Publicacoes/BoletimEconomico/P
ublicacoes/Bol_Econ_dezembro_p.pdf
- Aníbal, Sérgio, Público, 13-02-2015
http://www.publico.pt/economia/noticia/economia-portuguesa-nao-acelera-mas-
confirma-crescimento-de-09-em-2014-1686009
- Martins, Nuno André, Observador, 13-02-2015
http://observador.pt/2015/02/13/economia-portuguesa-cresceu-09-em-2014/
- Silva, Cristina Oliveira da, Económico, 13-02-2015
http://economico.sapo.pt/noticias/economia-portuguesa-cresceu-09-em-
2014_212028.html
- Jornal de Noticias, 13-02-2015
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=4398939&page=-1
- INE – Instituto Nacional de Estatística - Contas Nacionais Trimestrais - Estimativa
Rápida – 13-02-2015
http://ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=
211100355&DESTAQUEStema=00&DESTAQUESmodo=2