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Conselho Nacional dos Direitos do Idoso 1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO RELATÓRIO DE GESTÃO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO GESTÃO 2010-2012

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Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

1

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO

RELATÓRIO DE GESTÃO

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO

GESTÃO 2010-2012

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

2

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO – GESTÃO 2010-2012

Presidente: Karla Cristina Giacomin (SBGG)

Vice-presidente: Salete Valesan Camba (SDH)

Composição:

REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS

Ministério das Cidades Titular: Antonio Borges dos Reis Suplente: Marcel Claudio Sant’Ana

DF DF

Ministério de Ciências e Tecnologia Titular: Joelmo Oliveira Suplente: Cristina Yukiko Iamamoto

DF

DF

Ministério da Cultura Titular: Ana Maria Bravo Villalba Suplente: Pedro Domingues Monteiro Jr.

DF

DF

Ministério de Desenvolvimento Social

Titular: Miriam da Silva Queiroz Suplente: Ediane Pereira Dias

DF

DF

Secretaria De Direitos Humanos Titular: Salete Valesan Camba Suplente: Luiz Clovis Guido Ribeiro

DF DF

Ministério da Educação Paulo Egon Wiederkehr Suplente: Aline Carla Ribeiro Cavalcante

DF DF

Ministério dos Esportes

Titular: Ana Elenara da Silva Pintos Suplente: Roberta Milena Leite Carvalho de Freitas

DF

DF

Ministério da Justiça Titular: Fátima Rodrigues Guimarães Suplente: Nelson Campos

DF

DF

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Titular: Evandro Macedo Suplente: Claudete Hideko Fukunishi

DF

DF

Ministério da Previdência Social

Titular: Cid Roberto Bertozzo Pimentel DF Suplente: Albamaria Paulino de Campos Abigalil

DF

Ministério das Relações Exteriores Titular: Silvio Jose Albuquerque e Silva Suplente: Carlos Frederico Bastos Peres da Silva

DF

DF

Ministério da Saúde Titular: A Definir Suplente: Elen Oliveira de Pernin

DF

Ministério do Trabalho e Emprego Titular: Ana Paula da Silva Suplente: A Definir

DF

Ministério do Turismo

Titular: Ângela Patricia Inazaki DF

Suplente: Hiram Deiques Peres DF

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

3

REPRESENTANTES NÃO GOVERNAMENTAIS:

Confederação dos Trabalhadores da Agricultura

Titular: Natalino Cassaro DF Suplente: Juraci Moreira Souto DF

Confederação Nacional de Comércio Titular: Irlando Tenório Moreira RJ Suplente: Rita de Cássia Gonzaga Martorelli RJ

Conselho Federal de Serviço Social Titular: Jurilza Maria Barros de Mendonça Suplente: Vitoria Góes de Araújo

DF

DF

Confederação Brasileira de Aosentados e Pensionistas

Titular: Marco Wandresen Suplente: Nelson de Miranda Osório

SC MS

Associação Nacional de Gerontologia

Titular: Vera Nicia Fortkamp de Araújo Suplente: Jacira do Nascimento Serra

SC

MA

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

Titular: Karla Cristina Giacomin Suplente: Eliane Jost Blessmann

MG RS

Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisas em Envelhecimento

Titular: Sandra de Medonça Mallet Suplente: Zalli Pinto Vasconcelos de Queiroz

MG

SP

Serviço Social do Comércio Titular: Maria Alice Lopes de Souza Suplente: Claire da Cunha Beraldo

RJ

RJ

Associação Nacional dos Defensores Públicos

Titular:Sara Maria Araujo Melo Paula Regina de Oliveira Ribeiro

PI

DF

Associação Nacional dos Mebros do Ministério Público em Defesa d

Titular: Yélena de Fátima Monteiro de Araújo Suplente: Alexandre de Oliveira Alcântara

PB

CE

Ordem dos Advogados do Brasil Titular: Emídio Rebelo Filho PA Suplente: Adriana Zorub Fonte Feal SP

Associação Brasileira de Alzheimer Titular: Lilian Alicke Suplente: Joana de Oliveira Scerne

SP

PA

Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase

Titular: Geraldo Moura Cascaes Suplente: Cristiano Cláudio Torres

PA

PA

Pasrtoral da Pessoa Idosa / Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Titular: João Batista Lima Filho PR Suplente: Vânia Lúcia Ferreira Leite DF

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

4

Siglas:

CEI – Conselho Estadual do Idoso

CMI - Conselho Municipal do Idoso

CNDI – Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

COCNDPI - Comissão Organizadora da 3ª Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa Idosa

CONANDA – Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente

DOU – Diário Oficial da União

FNI – Fundo Nacional do Idoso

LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA- Lei Orçamentária Anual

OEA – Organização dos Estados Americanos

ONU – Organização das Nações Unidas

PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

PNI – Política Nacional do Idoso

RENADI - Rede Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

SDH – Secretaria dos Direitos Humanos

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

5

APRESENTAÇÃO O Brasil país experimenta um envelhecimento populacional crescente,

rápido e intenso, que, atualmente, já coloca o nosso país entre os países

considerados envelhecidos, com uma população idosa de mais de 21 milhões

de pessoas; e que, em 15 anos, será a sexta população idosa do mundo.

Envelhecer em um país com alto índice de desigualdade social e de

gênero e com grandes dificuldades para assumir o envelhecimento como uma

prioridade política representa o maior desafio ao qual o Conselho Nacional dos

Direitos do Idoso (CNDI) é instado a responder, juntamente com todos os

atores nacionais. Este e outros desafios serviram de cenário para a gestão

(2010-2012) do CNDI – Plenário, Presidência, Comissões Permanentes e

Secretaria e para o Planejamento Estratégico do CNDI (2011-2015).

Desde a sua implantação em 2002, o CNDI vivencia um processo

contínuo de amadurecimento e fortalecimento. A definição dos marcos

referenciais deste Conselho representa a primeira tentativa de estabelecer os

princípios direcionadores e os planos de ações esquematizados, para que

sejam úteis à próxima gestão e a outros Conselhos de Idosos, em todo o país.

Também é urgente e basilar fortalecer a estrutura organizacional do Conselho,

assegurando-lhe autonomia, visibilidade e efetividade tão necessárias aos

órgãos de controle democrático. O presente Relatório é fruto de elaboração

conjunta com as Comissões Permanentes do Conselho e pretende contribuir

para a construção da memória do Conselho e para o seu fortalecimento.

De tudo o que foi vivenciado nestes dois anos, fica a certeza de termos

sido coerentes aos princípios e valores do CNDI.

Nosso profundo agradecimento a todos os conselheiros que

compuseram essa gestão, aos servidores da Secretaria do CNDI, aos gestores

das políticas e a todas as pessoas que atuam de forma responsável e

contribuem para que o envelhecimento seja reconhecido como conquista e a

velhice como um direito da pessoa.

Nosso maior agradecimento a todos os idosos brasileiros que nos

confiaram a missão de defender os seus direitos, que, afinal, também

interessam a todos os cidadãos brasileiros.

Karla Cristina Giacomin Presidente do CNDI (gestão 2010-2012)

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

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CAPÍTULO 1

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO

GESTÃO 2010-2012

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

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1. INTRODUÇÃO

O Conselho Nacional de Direitos do Idoso (CNDI) representa a esfera

máxima de participação e controle social na promoção, proteção e defesa dos

direitos dos idosos. O Conselho tem caráter permanente, deliberativo e

paritário, com 28 membros, sendo 14 (catorze) representantes de entidades

governamentais e 14 (catorze) não governamentais. Ele é composto por:

Plenário, Comissões Permanentes e Temporárias e a Secretaria, que atua

como secretaria executiva do Conselho. A Presidência do CNDI tem funções

específicas, ficando a coordenação dos trabalhos das Comissões a cargo da

Vice-presidência. Cada Comissão tem seu próprio coordenador, eleito entre

seus membros. A Diretoria Ampliada é composta pela Presidência, vice-

presidência e coordenadores das Comissões Permanentes.

Uma representação esquemática do organograma do CNDI encontra-se

na Figura 1.

Figura 1 – Organograma do CNDI, conforme o Decreto Presidencial nº 5.109/2004 e Resolução do CNDI nº 18/2012.

Plenário do CNDI

Comissão de Normas

Comissão de Articulação com os Conselhos e de

Comunicação Social

Comissão de Políticas Públicas Subcomissão de

Finanças e Orçamento

Subcomissão de Políticas Públicas

Perm

anentes

Tem

porárias: G

rupos Tem

áticos

Comissões Presidência

Secretaria Diretoria Ampliada

Comissão do Fundo Nacional do Idoso

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

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2. O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO CND I 2011/2015

O Planejamento Estratégico, entendido como o processo pelo qual a

organização se mobiliza para atingir o sucesso e construir o seu futuro, de

forma pró-ativa, considerando seu ambiente atual e futuro, aconteceu nos dias

14 e 15 de fevereiro de 2011, em Brasília - DF.

Participaram da reunião, os representantes governamentais da

Secretaria de Direitos Humanos e dos Ministérios da Cultura, das Cidades, da

Previdência Social, da Justiça, do Trabalho e Emprego, da Saúde, do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Ciência e Tecnologia. Todos

os representantes da Sociedade Civil compareceram: Ordem dos Advogados

do Brasil, Associação Nacional do Ministério Público de Defesa dos Direitos

dos Idosos e Pessoas com Deficiência, Pastoral da Pessoa Idosa, Sociedade

Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Associação Brasileira de Alzheimer,

Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento,

Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Confederação

Nacional do Comércio, Conselho Federal de Serviço Social, Associação

Nacional dos Defensores Públicos, Serviço Social do Comércio, Associação

Nacional de Gerontologia.

Também participou como convidada a Sra. Maria da Penha Franco, ex-

coordenadora nacional da Política do Idoso e gestora estadual da

Superintendência de Políticas para a Pessoa Idosa do Estado do Rio de

Janeiro.

O Plano Estratégico elaborado foi apresentado e aprovado na 50ª

Reunião Ordinária do CNDI, em abril de 2011.

2.1 Os Marcos Referenciais

De acordo com o Planejamento Estratégico para o período 2011-2015,

os marcos referenciais deste Conselho são:

MARCOS REFERENCIAIS DO CNDI 2011-2015

MISSÃO Supervisionar, acompanhar, fiscalizar, avaliar e propor diretrizes para a Política Nacional do Idoso e para as políticas de interesse da pessoa idosa.

VISÃO FUTURA

Ser referência nacional na promoção, defesa e garantia dos direitos dos idosos.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

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CREDO DE VALORES

A ética; a transparência; o compromisso; a pró-atividade; a integração; a efetividade; a inovação.

Para atingir a visão foram considerados como pontos críticos:

Ser referência : o que significa ter conhecimento; oferecer respostas;

propor modelos; agir pela integração; aprimorar os mecanismos de

comunicação e marketing; utilizar processos rápidos; definir e divulgar os fluxos

de informações e as competências;

Nacional : isto é, assumir sua abrangência para todo o país; respeitar o

pacto federativo; definir diretrizes; servir de fomento à política do idoso;

representar a diversidade regional; respeitar a cultura local; reconhecer a

heterogeneidade dos processos de envelhecimento; ter conhecimento

demográfico, epidemiológico e legal sobre a condição dos idosos brasileiros;

Promoção : ou seja, exigir ações ao longo de todo o ciclo da vida para

todos os cidadãos brasileiros e todos os segmentos populacionais (criança e

adolescente; juventude; LGBT, Pessoa com deficiência, Mulher, igualdade

racial, entre outros);

Defesa : o que inclui ter sistema de informação, processos e fluxos bem

estabelecidos; agir a favor da integração com outros órgãos de defesa

(Ministério Público, Defensoria Pública, agentes da Segurança Pública, entre

outros);

Garantia : exigir a execução de políticas públicas; manter monitoramento

efetivo; fazer proposições; atuar por meio de mecanismos de vinculação das

decisões via Poder Legislativo e Judiciário;

Direitos dos idosos: reconhecer o idoso como ser de direitos; promover

a discussão sobre os direitos da pessoa idosa; garantir o acesso e o respeito à

legislação de direitos.

2.2 Cenário Atual

Para construir o Planejamento Estratégico, os participantes

consideraram o atual cenário do Conselho, o respaldo legal e atuação que o

CNDI deveria ter para aprimorar seu desempenho e sua efetividade. Estes

foram os desafios colocados para os participantes de uma reunião ampliada

com objetivo de estruturar o Planejamento Estratégico para a gestão

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

10

(2010/2012) e para o período incluso no próximo planejamento plurianual

federal (PPA 2012/2015).

2.2.1 A situação demográfica

Apesar de alertado nos últimos 40 anos por organismos internacionais e

nacionais sobre o acelerado e intenso processo de envelhecimento

populacional em curso no país, o Estado brasileiro ainda se encontra em um

processo incipiente e descoordenado de incorporação de suas

responsabilidades na formulação de políticas voltadas para este público.

No último século, a esperança de vida do brasileiro aumentou de 33,5

anos, em 1900, para 73,5 anos em 2010 (76,3 anos, no caso das mulheres, e

69,1 anos, para os homens). Porém, ela difere nas várias regiões do país

segundo as condições de vida e o acesso a direitos e a políticas. Por exemplo,

a vida de um nordestino é, em média, cinco anos mais curta do que a de uma

pessoa que reside na região Sul.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD

2009 (IBGE, 2010), a população idosa ultrapassou os 22 milhões de brasileiros

acima de 60 anos (11,3% da população total) e já é maior que aquela de vários

países europeus, como a França, a Inglaterra e a Itália, por exemplo. Além

disso, o envelhecimento acontece no Brasil em condições muito diferentes das

nações europeias. O CNDI está convencido de que é preciso agir agora,

aproveitando-se da janela de oportunidades que a transição democrática ainda

possibilita para melhorar as condições de vida da população brasileira e para

preparar o Brasil para os desafios que essa mudança demográfica introduz.

Além disso, é importante lembrar que os velhos brasileiros hoje

compõem uma coorte da população na qual a maior parcela não teve acesso à

Educação, mas em sua grande maioria têm autonomia, capacidade de

contribuir para o desenvolvimento econômico, social e cultural, desempenha

papéis importantes na família e têm rendimentos próprios.

Estudos capitaneados pela pesquisadora e ex-conselheira nacional Sra.

Ana Amélia Camarano demonstram que 85% dos idosos brasileiros

permanecem ativos e produtivos, mesmo quando vivenciam algum problema

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de saúde como os apontados pela PNAD 20081 (IBGE, 2010a), que encontrou

48,9% das pessoas acima de 60 anos com mais de uma doença crônica (o que

não significa que não ter autonomia), sendo que 32,5% não tinham cadastro na

Estratégia de Saúde da Família nem plano de saúde particular.

Outros dados demográficos¹ (IBGE, 2010) muito relevantes sobre a

população idosa brasileira são:

- um terço das pessoas idosas vivem sozinhas (6,7 milhões), sendo 40%

mulheres;

- a maioria dos domicílios brasileiros (53%) conta com a participação dos

idosos na composição da renda total familiar;

- a maior parte dos idosos brasileiros vive nas Regiões Sudeste (9,4

milhões) e Nordeste (5,1 milhões); e nas cidades (17 milhões comparados aos

3,4 milhões na área rural);

- a proporção de idosos considerados pobres é de 12,2% (2,5 milhões)

com rendimento médio mensal domiciliar per capita de até ½ salário mínimo, a

maioria residente na área rural do Nordeste;

- a população idosa, especialmente a feminina, não teve acesso à

Educação e compõe a maioria dos analfabetos do país;

- menos de 1% dos idosos vive em instituições asilares, mas as

condições de cuidado nestas instituições ainda são inadequadas, sendo que a

Assistência Social está elaborando uma pesquisa sobre

- quase 10 milhões de domicílios têm idosos e 38 milhões de brasileiros

vivem em uma mesma casa com moradores de várias gerações.

2.2.2 O contexto sociocultural e político

O envelhecer das populações guarda características inerentes a cada

região territorial, correspondendo às condições climáticas, culturais, sociais,

políticas e econômicas de cada lugar. Envelhecer é um processo dinâmico que

é diferente de um lugar para outro, de uma geração para outra, com

implicações na dimensão e na formatação de diversas políticas públicas. No

1 Conforme material produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Um panorama da saúde no Brasil. Acesso e utilização de serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde. 2008: Brasil/IBGE, Rio de Janeiro: IBGE; 2010a.

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Brasil, o envelhecimento assume uma diversidade de formas e contornos, que

modulam e são modulados pelas realidades regionais e culturais que o

Conselho e o país precisam conhecer melhor.

No entanto, até aqui, as políticas têm sido pensadas muitas vezes como

se as populações envelhecessem de forma homogênea, igual, o que não é

verdade. Para que as políticas públicas sejam efetivas, elas devem considerar

esse cenário sociocultural de modo a contemplar as demandas e

peculiaridades de cada realidade, pois, envelhecer na Região Amazônica é

muito diferente de envelhecer na periferia de uma cidade grande do Sudeste,

em uma tribo no Pantanal, no sertão nordestino ou nos Pampas gaúchos.

Além disso, é preciso tocar o dedo na ferida e reconhecer que a

discriminação, a desvalorização da pessoa idosa e sua exclusão social estão

sendo tacitamente toleradas pela sociedade e pelo Estado brasileiros. A

violência contra a pessoa idosa, tanto no espaço doméstico quanto institucional

e aquela produzida pela ação ou falta de ação do próprio Estado estão de certo

modo banalizadas, em um país que se recusa a envelhecer e para o qual ser

velho é ser decadente, doente, sem valor.

Diante disso e talvez por isso, apesar de o envelhecimento da população

exigir um redimensionamento de todas as políticas do país, este processo não

tem sido considerado como elemento estruturante do planejamento e,

consequentemente tem ficado de fora do orçamento do atual governo e de

seus antecessores.

Assim, paradoxalmente, o mesmo Brasil que tem ampliado sua liderança

internacional, influído em questões mundiais, melhorado seus indicadores

sociais, propõe um projeto de futuro para a nação brasileira em que o

envelhecimento da população não aparece nos discursos quando se discute o

desenvolvimento sustentável brasileiro. A questão do envelhecimento quase

sempre aparece distorcida e restrita a uma visão apocalíptica do futuro das

políticas de Seguridade Social que coloca a pessoa idosa como a vilã da

história. Como lembra a pesquisadora Cecília Minayo2 (2011), o Brasil

conhece e reconhece a velhice como problema:

2 Texto extraído do livro “Nós e o outro: envelhecimento, reflexões, práticas e pesquisa”, organizado por Belkis Trench, Tereza Etsuko da Costa Rosa. São Paulo: Instituto de Saúde, 2011.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

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“Essa visão atravessa todas as classes sociais e instituições e tem três focos principais: a família, o setor saúde e o Estado. Na família, embora seja o espaço onde viva a maior parte dos idosos recebendo amor e carinho, em muitos casos a presença da pessoa idosa é um incômodo. (...) Sofrem mais os idosos sem condições financeiras de se manter e os que possuem maiores dependências físicas e mentais. A área da medicina e da saúde pública também costuma ver o idoso como problema. (...) de outro lado, o próprio Estado promove um imaginário que aterroriza os idosos, pois os coloca como responsáveis pelos desequilíbrios da Previdência, das políticas sociais e de saúde.” (Minayo, 2011, p. 15 e 16)

Quando se pesquisa o orçamento federal destinado ao segmento idoso,

verifica-se que o próprio governo tem dificuldades para defini-lo. A explicação é

que ele estaria diluído entre as pastas, uma vez que a temática do

envelhecimento não dispõe de rubricas específicas no Orçamento. Mas

também é possível que as pastas não realizem ações específicas para este

segmento e, neste caso, descumprem a Lei nº 8.842/1994 e o Estatuto do

Idoso

Há que se investir e muito em políticas de inclusão, como as que

combatem a pobreza extrema e que melhoram a condição de vida de muitos

brasileiros, mas também e urgentemente, em políticas específicas para idosos

e que promovam o envelhecimento digno da população brasileira, posto que

envelhecer é etapa natural da condição humana. Portanto, o direito à velhice

requer ações intersetoriais coordenadas, que demandam recursos humanos e

financeiros.

Por sua vez, quanto à participação do cidadão na construção e

fiscalização de políticas, a Constituição Federal de 1988 reservou grande

importância ao controle social do Estado. No entanto, esse processo de

controle social ainda é bastante mal compreendido pela gestão e, no âmbito

O envolvimento dos cidadãos mais velhos na defesa de seus direitos

ainda é incipiente. Provavelmente, em razão do pouco acesso a informações

pela geração atual de idosos, por terem sido muito prejudicados ao longo da

vida pela falta de oportunidades educacionais e pela pouca chance de

exercício dos direitos de cidadania e de controle social durante o período da

ditadura.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

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2.3 Cenário externo

2.3.1 O momento internacional

No plano internacional, o Brasil é signatário de várias convenções,

declarações e recomendações do Sistema de Nações Unidas e do Sistema

Interamericano. Dentre os instrumentos das Nações Unidas, destacam-se: a

Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional de Direitos

Civis e Políticos, o Pacto internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e

Culturais; a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de

Discriminação contra a Mulher; a Convenção sobre os Direitos das Pessoas

Incapacitadas; os Princípios a favor das pessoas de idade e os mandatos

internacionais propostos.

Em 2002, a ONU promove a 2ª Conferência Mundial sobre

Envelhecimento e estabelece o Plano de Madri (2002) do qual decorrem ações

estratégicas em várias políticas, inclusive o Plano de Ação Internacional sobre

o Envelhecimento (2002) e sua Estratégia de Implantação Regional (2003).

A avaliação da execução de ambos os planos culminou na realização da

1ª Conferência Regional Intergovernamental sobre Envelhecimento na América

Latina e no Caribe, em Santiago do Chile (2003) e da 2ª Conferência, na qual

os governos assinaram a Declaração de Brasília (2007) que recomenda nos

seus artigos 25 e 26 que seja designado um relator de Direitos Humanos das

Nações Unidas para velar pelos direitos da pessoa idosa e que cada país

consultasse o seu governo sobre a possibilidade de se criar uma Convenção

dos Direitos da Pessoa Idosa.

Vale ressaltar que, no campo internacional, o Brasil teve papel de

destaque na defesa da realização de uma Convenção da ONU sobre o

Envelhecimento, tendo sido o primeiro país apresentar a minuta de Convenção

dos Direitos da Pessoa Idosa na 1ª reunião de seguimento da Declaração de

Brasília, realizada com a participação de representantes dos países da América

Latina e Caribe, em setembro de 2007, no Rio de Janeiro. A minuta foi

elaborada e apresentada na reunião pela AMPID, pela conselheira nacional

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

15

Iádya Gama Maio. Em 2009, a referida minuta foi discutida na 2ª reunião de

seguimento em Buenos Aires e na 3ª reunião, em Santiago do Chile.

Além disso, decorrente desse movimento internacional, o Brasil produziu

em 2007, o Plano de Ação para o Enfrentamento à Violência contra a Pessoa

Idosa3 que trazia ações estratégicas a serem realizadas no período 2007-2010,

tendo como foco a plena aplicação do Estatuto do Idoso e do Plano de Ação

Internacional para o Envelhecimento.

A Organização Pan-americana de Saúde promoveu a discussão sobre a

Estratégia e o Plano de Ação para a Saúde dos Idosos, incluindo o

Envelhecimento Ativo e Saudável (2007) nos quais estão definidas as

prioridades para os países latino-americanos e caribenhos para o período

2009-2018. De acordo com este documento, em 2018, todos os países da

Região deverão alcançar metas, especialmente em quatro áreas estratégicas:

- a inclusão da saúde dos idosos na política pública, com definição de

um quadro legal e de um plano nacional de envelhecimento e saúde. O quadro

legal deve estar baseado nos direitos humanos em relação à atenção dos

idosos usuários dos serviços voltados para o cuidado de longo prazo. Até lá,

cada plano nacional deve ter pelo menos uma aliança intersetorial estabelecida

para sua execução;

- a adaptação dos sistemas de saúde aos desafios associados ao

envelhecimento populacional e às necessidades de saúde dos idosos, com

metas que incluem a promoção da saúde; a prevenção e manejo de doenças

crônicas; e a otimização de serviços para os idosos de atenção primária em

saúde;

- a capacitação de recursos humanos necessários ao atendimento das

necessidades de saúde dos idosos: na forma de execução de programa de

treinamento para os profissionais de saúde e para os cuidadores;

3 Preparado na gestão do Ministro Paulo Vannuchi, pela equipe técnica Maria Cecília Minayo (et al);Colaboradores Jurilza Mª. B. Mendonça (et al). Brasília: Presidência da República, Secretaria Especialdos Direitos Humanos, 40p.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

16

- o aperfeiçoamento da geração de informações necessárias à execução

e à avaliação de atividades que melhoram a saúde dos idosos: sistema de

vigilância e avaliação da saúde dos idosos; pesquisa em nível nacional sobre a

saúde e o bem-estar dos idosos.

Fica patente que a realização de uma Convenção da ONU sobre o

Envelhecimento será de extrema importância para o Brasil, fortalecendo sua

liderança na temática, ao vincular ações e políticas para para a população

idosa de todo o mundo.

2.3.2 O amparo legal4

A Constituição Federal no seu Art. 5º apresenta o idoso como um

cidadão brasileiro de plenos direitos. No Art. 230, a família, a sociedade e o

Estado dividem a responsabilidade de amparar as pessoas idosas. Porém, na

prática, a pessoa idosa encontra amparo quase exclusivamente na esfera

familiar, a qual cuida conforme os seus recursos ou a falta deles.

A Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/1994) completa 18 anos, mas

ainda não está implementada. No Poder Executivo, para falar da esfera

Federal, a política se mostra rarefeita, descoordenada e insuficiente para a

magnitude que representa o envelhecimento acelerado e crescente da Nação

brasileira e o atendimento às demandas atuais de mais de 20 milhões de

idosos. Vários dispositivos legais previstos nessa Política estão sendo

descumpridos, como por exemplo:

- a capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de

geriatria e gerontologia e na prestação de serviços (Art. V);

- a implementação de sistema de informações que permita a divulgação

da Política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas e projetos em cada

nível de governo (Art. 4º, VII);

- as ações governamentais determinadas no Capítulo IV relativas às

competências dos órgãos e entidades públicas, nas áreas da Assistência

4 Obviamente, essa seção não pretende esgotar e não contempla a análise de toda a legislação pertinente à temática do envelhecimento e da pessoa idosa.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

17

Social, da Saúde, da Educação, da Justiça, da Cultura, do Esporte e do Lazer,

dentre as quais destacam-se:

• Na Assistência Social: a criação de incentivos e de

alternativas ao atendimento ao idoso, como centros-dia,

casas-lares, entre outros e a capacitação de recursos para

este atendimento (Art. 10, I, b e e);

• Na Saúde: a garantia do cuidado integral; o treinamento de

equipes interprofissionais; a normatização de hospitais

geriátricos; a inclusão da Geriatria em concursos públicos e

a criação de serviços alternativos para a pessoa idosa (Art.

10, II, a, b, d, e, h);

• Na Educação: a adequação de currículos, metodologias e

material didático aos programas educacionais destinados

ao público idoso; a inclusão do conteúdo gerontológico nos

currículos mínimos do ensino formal e superior; a criação

de universidade aberta para terceira idade (Art. 10, III, a, b,

c, f);

• Na Justiça: a garantia do direito à tramitação prioritária aos

processos em que uma pessoa idosa figura como parte

autora (Art. 71);

• Na área do Trabalho: o combate à discriminação da pessoa

idosa no mercado de trabalho e o estímulo e a criação de

programas de preparação para a aposentadoria nos

setores público e privado (Art. 10, IV, a, c);

• Na área da Cultura, Esporte e Lazer: a garantia de

participação da pessoa idosa nos processos de produção,

reelaboração e fruição culturais; a valorização do registro

da memória e sua atuação intergeracional; o incentivo aos

programas de lazer, esporte e atividade física deste grupo

(Art. 10, IV, a, d);

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

18

- a submissão da proposta orçamentária direcionada à Política Nacional

do Idoso ao CNDI (Art. 8º, V);

- a consignação de recursos financeiros necessários à implantação das

ações afetas às áreas de competência dos governos federal, estaduais, do

Distrito federal e municípios em seus respectivos orçamentos (Art. 19);

- a elaboração de proposta orçamentária pelos Ministérios da Saúde,

Educação, Trabalho, Previdência Social, Cultura, Esporte e Lazer, visando ao

financiamento de programas nacionais compatíveis com a PNI (Art. 8º,

parágrafo único);

- as ações que assegurem ao idoso o direito de dispor de seus bens,

proventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidade

judicialmente comprovada (Art. 10, § 1º).

O Decreto nº 1.948/1996 que regulamenta a Lei nº 8.842/1994 divide as

competências entre os órgãos e entidades públicas para implantar a PNI.

Porém, observa-se que as ações ali previstas não estão sendo cumpridas pelo

Estado brasileiro, com destaque para:

- a capacitação de recursos humanos para o atendimento a idosos (Art.

2º, II);

- o estímulo à criação de formas alternativas de atendimento não-asilar

(Art. 2º, IV);

- a promoção de eventos específicos para a discussão de ações

relativas à velhice e ao envelhecimento (Art. 2º, V);

- a articulação intra- e interministeriais necessárias à implementação da

Política Nacional do Idoso (Art. 2º, VI).

No próximo ano, o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) completa 10

anos. Sua promulgação foi comemorada pela população idosa como um

grande avanço legal na garantia de direitos da pessoa idosa.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

19

O Estatuto, em seu Art. 3º, define que é obrigação da família, da

comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com

absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à

educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade,

à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Porém, esta norma também tem sido descumprida, pois não se verifica a

garantia de prioridade estabelecida na preferência na formulação e na

execução de políticas sociais públicas específicas (Art. 3º, Parágrafo único, II);

na destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a

proteção ao idoso (Art. 3º, Parágrafo único, III); na viabilização de formas

alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais

gerações (Art. 3º, Parágrafo único, IV); na capacitação e reciclagem dos

recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de

serviços aos idosos (Art. 3º, Parágrafo único, VI); no estabelecimento de

mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo

sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento (Art. 3º, Parágrafo

único, VII).

Além de reconhecer o envelhecimento como um direito personalíssimo

(Art. 8º), o Estatuto afirma que é obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa

a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas

que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade (Art.

9º).

Assim, a legislação brasileira é avançada, mas o país tem feito a opção

de publicar leis para exigir o respeito a direitos que a própria Constituição

estabelece. Disso decorre a falsa impressão de que a simples existência da lei,

como por exemplo o Estatuto do Idoso, já seja suficiente para garantir direitos.

Quando na realidade os direitos precisam ser respeitados e conquistados todos

os dias, pela sociedade, pelo poder público, garantidos por políticas eficientes e

protegidos pelas instituições, em um estado de direito. Não basta a letra da lei

para garantir direitos. É necessária a sua materialização por meio da criação de

estruturas institucionais, de orçamento, da capacitação de pessoas, dentre

outros recursos administrativos e gerenciais.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

20

2.4 Cenário interno do CNDI

O CNDI atua na função de controle democrático e de representante do

interesse de toda a população brasileira, pessoas idosas e não idosas que

trilham o mesmo caminho que resulta da duração da vida: envelhecem.

Portanto, ao CNDI cabe insistir e exigir o reconhecimento do Estado e da

sociedade sobre todas as questões afetas ao envelhecimento e à velhice.

Para alcançar sua visão/missão, o CNDI necessita relacionar-se com

seus públicos de interesse, diretamente por meio de iniciativas e ações que

garantam sua efetividade, tanto no ambiente interno (plenário, comissões,

secretaria e colaboradores), quanto no ambiente externo (Ministérios,

Conselhos, Ministério Público, Poderes Legislativo e Judiciário), conforme

demonstrado na Figura 2.

Figura 2 – Públicos de interesse do CNDI

Atualmente, a Secretaria do CNDI é vinculada à SDH5 e, conta com

apenas dois funcionários: uma secretária executiva/coordenadora geral do

CNDI, em cargo comissionado, e uma auxiliar administrativo, cedida pelo

5Na gestão da Secretaria de Direitos Humanos, a Secretaria do CNDI é denominada de Coordenação Geral do CNDI, o que pode confundir e sugerir que ela exerça o papel de coordenar o Conselho, o que não é o caso.

Comissões

Idosos

Conselhos Estaduais

Conselhos Municipais

SDH

Conselhos Setoriais e de Direitos

Poder

Público

Secretaria

Sociedade civil

organizada

CNDI

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

21

Ministério da Justiça. Cabe a essa Secretaria executar o que o CNDI

determina, conforme Art. 40, I do Regimento Interno do Conselho.

No cenário interno do CNDI, dado o tamanho e a abrangência de suas

responsabilidades, chama a atenção a extrema fragilidade organizacional e

operacional deste Conselho para lidar com os múltiplos destinatários das

políticas públicas.

Em fevereiro de 2011, no âmbito da Secretaria, foi discutido com a

Secretaria do CNDI o planejamento do funcionamento interno do CNDI,

estabelecendo as rotinas do Conselho, que incluíram a preparação de:

- plenárias do CNDI: envio com prazo da Convocação e Pauta a todos

os conselheiros; fazer contatos com conselheiros titulares para organizar

passagens e diárias; reservar salas; preparar os prismas com nomes;

acompanhar a gravação e degravação das reuniões; encaminhar a publicação

das Atas e Resoluções;

- reuniões das Comissões, conforme pauta definida com os respectivos

Coordenadores;

- reuniões da Comissão Organizadora da 3ª Conferência Nacional;

- viagens da Presidência/mesa diretora e de conselheiros, a partir do

contato com o responsável pelo evento e respectivo Conselho Estadual

- reuniões mensais da presidência ampliada do CNDI

- reuniões do Fundo Nacional do Idoso

- cadastro de Conselhos e entidades

- preparação de eventos do CNDI, fazendo contatos com conselheiros

titulares, emissão de passagens e diárias, reserva de salas, gravação e

degravação, mídia, colocação de prisma com nomes.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

22

- fluxos com a SDH, especialmente no relacionamento do CNDI com as

assessorias jurídica, Legislativa, de Comunicação, Ouvidoria, Coordenação

Geral dos Direitos do Idoso e com os departamentos da SDH;

Também foi pensado em convidar a Ministra para participar de

atividades comemorativas da pessoa idosa, tais como os dia 15 de junho e 1º

de outubro de cada ano.

2.5. Temas Estratégicos

O CNDI definiu temas estratégicos para serem trabalhados nesta gestão

e sugere firmemente que eles continuem a ser tratados pela próxima gestão do

Conselho, conforme cronograma plurianual que se inicia em 2011 e finda em

2015. Os temas estão mostrados nas Figuras 3 e 4.

Figura 3 - Temas Estratégicos do CNDI 2011/2015

Orçamento Público Federal voltado à

Pessoa Idosa

Articulação com Poder Legislativo

Protagonismo da Pessoa Idosa

Fundo Nacional do Idoso Legislação, adequação e

efetivação da Política Nacional do Idoso

Controle social: articulação, capacitação

e formação de novos Conselhos

Conferência Nacional dos Direitos do Idoso

PNDH3, Envelhecimento e Intergeracionalidade

Direito de acesso a informações

Políticas Públicas de Cuidado (ILPI,

cuidadores, centros-dia, entre outros)

Políticas de Promoção, Proteção e Defesa de

Direitos da Pessoa Idosa

Articulação com Ministério Público,

Defensoria Pública e Poder Judiciário

Adequação e articulação da rede nacional de

promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa

Acessibilidade e transporte coletivo

(urbano, intermunicipal e interestadual)

Políticas de inclusão da Pessoa Idosa - LGBT,

Pessoas com deficiência, Mulher,

Igualdade Racial

Figura 4 – Temas Estratégicos, Relevância e Macro-objetivos

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

23

TEMA ESTRATÉGICO RELEVÂNCIA MACRO-OBJETIVOS

1 - Conferência Nacional dos Direitos do Idoso

A CNDPI é oportunidade e espaço democrático para a pessoa idosa:

- exercer seus direitos de cidadania; bem como

- analisar, discutir, refletir, avaliar e propor políticas públicas.

A partir de suas deliberações, o CNDI conhece as demandas prioritárias para a população idosa e deve supervisionar, acompanhar e avaliar a implementação das políticas públicas.

A cada CNDPI: planejar, organizar, realizar e avaliar a Conferência Nacional; Consolidar, publicar suas deliberações, bem como fiscalizar sua implementação, conforme artigo 55 do Estatuto do Idoso

Criar um grupo de trabalho permanente para planejar, organizar, executar a Conferência; estabelecer indicadores para avaliar a Conferência.

Obter do GT o compromisso do repasse de informações para o grupo de trabalho da nova gestão 2012 - 2014.

2 - Fundo Nacional do Idoso

O FNI é uma ferramenta para defender a absoluta prioridade dos direitos da pessoa idosa à vida, à saúde, à educação e ao aperfeiçoamento, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária.

Gerir o Fundo Nacional do Idoso.

Orientar e sensibilizar os Estados, Municípios e sociedade civil sobre o FNI.

3 - Orçamento Público Federal voltado à Pessoa Idosa

Assegurar as diretrizes da Política Nacional do Idoso na LDO e os recursos financeiros conforme legislação e normas vigentes no orçamento público, anual e plurianual segundo as prioridades estabelecidas e aprovadas em Assembléia Geral do Conselho de Direito do Idoso

Potencializar a atuação dos conselheiros e membros do sistema de garantia de direitos da pessoa idosa para a elaboração do plano de ação; plano de aplicação; proposição de gestão orçamentária (PPA, LDO e LOA). Elaborar o Plano Integrado Nacional de Ação do Idoso com metas e respectivos recursos financeiros.

Criar e fortalecer os conselhos garantindo-lhes a autonomia plena, com dotação orçamentária,

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

24

recursos financeiros, infra-estrutura e capacitação continuada necessárias ao exercício das atribuições estabelecidas na legislação vigente para que fiscalizem e monitorem a execução orçamentária.

TEMA ESTRATÉGICO RELEVÂNCIA MACRO-OBJETIVOS

4 - Legislação sobre a pessoa idosa

O CNDI atribui relevância máxima a este tema e reconhece o avanço jurídico (CF 88/PNI 8.842/94; LOAS 8.743/93; Estatuto do Idoso 10.741/03) sobre o tema, todavia o não cumprimento do que reza todas as legislações não garante a efetividade das políticas públicas voltadas à pessoa idosa.

Sensibilizar os três poderes, nos três níveis (Federal, Estadual/DF e Municipal) para o cumprimento da legislação.

Empoderar; Capacitar; Fazer cumprir; Aperfeiçoar a legislação vigente sobre a pessoa idosa; e Suprir lacunas e omissões legais.

5 – Interpretação do Estatuto do Idoso

O Estatuto do Idoso é um instrumento que a pessoa idosa tem para defender seus direitos. Ele empodera e possibilita o exercício da cidadania. É necessário que cada vez mais a pessoa idosa e toda a sociedade tenha informação e apropriação dos significados dos direitos previstos no Estatuto, tendo em vista que ele não está sendo cumprido em sua integralidade.

Propor ao Legislativo atualização, mudanças e revisão do Estatuto do Idoso, nos artigos considerados necessários (Ex.: art. 35).

Impulsionar ações em todas as esferas para que as pessoas idosas tenham condições efetivas de defender seus direitos (cidadania).

Divulgação nos espaços midiáticos e culturais do Estatuto do Idoso.

Criar mecanismos que possibilitem o acesso ao Estatuto do Idoso conjuntamente com a entrega do Registro de Identidade Civil aos maiores de 60 anos.

6 - Adequação da Política Nacional do Idoso

A adequação permite ao CNDI: assegurar sua posição de vanguarda, conforme os seus valores (inovação, pró-atividade); acompanhar a realidade;

Promover uma escuta na 3ª CNDPI (Ouvidoria – “Ad Hoc”) com foco na adequação;

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

25

impulsionar novos direitos, revendo questões ainda não contempladas, visando à qualidade de vida da pessoa idosa; estar alinhado com as demandas da sociedade, que é dinâmica.

Propor as adequações da PNI com base na conferência.

7 - Políticas Públicas de Cuidado (ILPI, cuidadores, centros-dia...)

- Instituir parâmetros nos Serviços de Proteção e Atenção ao Idoso, com vistas assegurar atendimento qualificado e justo.

– levantamento da oferta de políticas para idosos nos diferentes contextos (indígena, quilombola, ribeirinhos, pescadores, rural, urbano etc...).

– promover escuta qualificada das demandas de grupos idosos através de grupos focais, rodas de conversa, fóruns de discussão.

– promover a capacitação continuada de conselheiros.

– incentivar a formação e capacitação continuada de gestores, agentes sociais, cuidadores, pesquisadores e comunidade acadêmica que atuam na área de atendimento à pessoa idosa.

– articular a rede pública e privada para intensificar o monitoramento, acompanhamento e fiscalização de denúncias contra idosos.

– utilizar os espaços e servidores da rede pública federal, disponíveis nas diversas regiões brasileiras para suporte e apoio nesse monitoramento e fiscalização.

– fomentar a elaboração de manuais, cartilhas e orientações adaptados às realidades culturais locais.

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26

8 - Políticas de promoção, proteção e defesa de direitos da pessoa idosa

Garantir a transversalidade na implementação das políticas de direitos humanos nas instâncias pública e privada.

Constituir e articular rede de serviços que envolva ações e programas para garantia da promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa, coordenando e promovendo diálogo e participação entre governo e sociedade.

9 - Articulação da RENADI Fundamental para a atuação no enfrentamento à violência e no trabalho intersetorial.

Identificar, constituir, criar, articular, potencializar os participantes da rede para sua atuação.

10 - PNDH3, Envelhecimento e Intergeracionalidade

O PNDH3 é uma das bases legais para o direcionamento das ações do CNDI.

Compreender o fenômeno do envelhecimento é importante sob o ponto de vista demográfico e para preparar a sociedade para novos paradigmas que incluam e integrem o idoso à sociedade brasileira.

A questão da intergeracionalidade é o norte de uma sociedade para todos onde haja oportunidades de convivência entre as gerações, valorizando o papel de todos os grupos (infância, juventude, vida adulta e velhice).

Conhecer , promover, fiscalizar a implementação das propostas contidas no PNH-3 que dizem respeitos aos direitos idosos, bem como publicizá-lo

Criar um ambiente propício à produção, disseminação e difusão de estudos que tenham como foco e objeto o fenômeno do envelhecimento, bem como promover espaços democráticos que possibilitem o amplo debate sobre esse assunto.

Prevenir e enfrentar a violência contra a pessoa idosa, promovendo uma cultura de paz entre as gerações.

capacitação para os conselheiros do sobre as interfaces entre o fenômeno do envelhecimento e o PNDH3;

- Incluir a questão da intergeracionalidade no caderno de debates da 3ª Conferência;

- Levantamento das principais ações dos órgãos governamentais e da sociedade civil, com assentos no CNDI, com relação à promoção dos direitos dos

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

27

idosos.

Procurar a secretaria de diversidades (SECAD-MEC) e o Comitê Nacional de Direitos Humanos para articular a temática do envelhecimento.

11 - Políticas sobre Pessoa Idosa: LGBT, com deficiência, Mulher, de Igualdade Racial

Reconhecimento da diversidade na velhice. É importante uma aproximação do CNDI com este tema e com os demais conselhos para garantir o pleno exercício do envelhecimento digno pelos cidadãos nessa diversidade.

Realizar reunião conjunta anual do CNDI com outros conselhos e comissões para conhecer as ações e os pontos de convergência dentro dos direitos humanos. Sensibilizá-los para a inclusão da temática do idoso em suas ações e vice-versa. Aproximar-se dos ministérios e secretarias que abordam estas questões. Realizar teleconferência e posteriormente um seminário e publicação conjunta sobre o envelhecimento da diversidade”. Trabalhar este tema na 4ª CNDPI.

12 - Acessibilidade e transporte coletivo (urbano, intermunicipal e interestadual) da população idosa

A pessoa idosa deve ter respeitado seu direito de ir e vir. A acessibilidade e o transporte de qualidade garantem um envelhecimento com qualidade e dignidade de vida. O CNDI deve divulgar e garantir os direitos dos idosos ao transporte e à acessibilidade.

Levantar as ações realizadas pelos Ministérios da Cidade e Transporte e ANAC; e a CNTT, ANTT e ANTAC na garantia dos direitos do idoso ao transporte e acessibilidades.

Procurar os Ministérios da Cidade e Transporte e ANAC; e a CNTT,SEST, SENAT, ANTT e ANTAC identificando sinergias e buscando espaços para parcerias entre os órgãos.

Acompanhar, junto à Autoridade pública Olímpica competente, a preparação das ações de acessibilidade e transporte voltadas ao idoso.

Acompanhar a elaboração do PPA no que tange ao

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

28

tema da acessibilidade e transporte.

Sensibilização, talvez conjunta com a CNTT, para a garantia dos direitos dos idosos passageiros usuários de transporte.

13 - Controle social: articulação, capacitação e formação de novos Conselhos

É por meio do controle social que a sociedade civil, investida de protagonismo, exercerá influências nas agendas governamentais. O controle social possibilita que as demandas da sociedade adquiram relevância pública.

Tornar o CNDI mais representativo:

- Demandar aos ministérios a designação de representantes e investidos com poder de decisão; e dos representantes da sociedade civil maiores investimentos na mobilização junto ao segmento que ela representa;

- Aplicar o art.15 do regimento interno do CNDI, quanto da ocorrência das faltas dos conselheiros;

Definir, na 3ª CNDPI, ordenamento normativo unificando a duração do mandato dos conselheiros, período de posse nas três esferas de governo;

Promover a articulação sistemática do CNDI com os conselhos estaduais e municipais e demais conselhos de direitos e de políticas setoriais;

Definição de plano nacional de capacitação sistemática e periódica de conselheiros para as três esferas de governo com recursos previstos no orçamento da União, com capacitação para conselheiros federais, estaduais, das capitais e das regiões metropolitanas;

Constituição progressiva de conselhos de idosos em

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

29

todos os municípios com mais de 100.000 habitantes; com mais de 50.000 habitantes; com mais de 25.000 habitantes; até a constituição de conselhos de idosos em todos os municípios.

Realização de seminário para discutir e definir a re-estruturação do CNDI

14- Articulação com Poder Legislativo, Ministério Público e Poder Judiciário

Considerando que é dever do Estado Brasileiro assegurar os direitos humanos da pessoa idosa, a articulação com os poderes Legislativo e Judiciário e também como Ministério Público é uma condição indeclinável para a efetivação de tais direitos.

Articulação de uma Frente Parlamentar (Nacional) em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e propor, na 3ª CNDPI, a articulação no âmbito dos estados de frentes parlamentares de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa. Re-articular as frentes parlamentares a cada mudança de mandato.

Dialogar e construir uma agenda conjunta de ações e procedimentos junto aos conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público;

Mobilização dos Conselhos Estaduais para constituição de Frentes Parlamentar (Estadual) em Defesa da Pessoa Idosa e para dialogar e construir uma agenda conjunta de ações e procedimentos junto aos conselhos superiores do Poder Judiciário e do Ministério Público;

15- Protagonismo da Pessoa Idosa

O exercício do controle social e a participação, na perspectiva da cidadania, somente são possíveis mediante um amplo investimento na constituição de sujeitos protagônicos.

Propor, junto ao Ministério da Educação, o desenvolvimento de programa nacional que inclua o tema do envelhecimento nos processos educativos do ensino fundamental ao 3° Grau, em consonância com o art.22 do Estatuto do Idoso;

Desenvolver e articular com estados e municípios um

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

30

programa nacional de incentivo à organização sócio-política de pessoas idosas, com especial atenção aos beneficiários do BPC, inicialmente incluindo idosos residentes nas capitais e regiões metropolitanas; e posteriormente, os residentes em municípios com 100.000 ou mais habitantes; com 50.000 ou mais habitantes; com 25.000 ou mais habitantes; até a inclusão de todos os municípios brasileiros.

Articular e consolidar, junto ao Ministério do Trabalho, a organização de programas de profissionalização especializada para idosos, conforme o art. 28, I do Estatuto do Idoso;

Investir na ampliação da participação dos idosos usuários das políticas sociais, particularmente da política de assistência social na 4ª CNDPI e consolidar sua participação na 5ª CNDPI.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

31

2.6 Princípios Direcionadores

Para exercer seu papel de controle social e tornar-se referência nacional

na defesa de direitos da pessoa idosa, todas as ações do CNDI deverão estar

alinhadas com as seguintes perspectivas de atuação:

- Poder de influência: fazer com que as suas decisões sejam efetivamente

observadas pelos destinatários de seus efeitos, de forma obrigatória.

Principalmente, pelo Poder Executivo, nos três níveis de governo, bem como

no Judiciário, como pressuposto do seu caráter institucional deliberativo de

controle social assegurado constitucionalmente;

- Atuar junto ao Legislativo na defesa das demandas da sociedade, por

meio da efetiva participação na proposição e acompanhamento das matérias

legislativas;

- Aproximar-se dos Conselhos Estaduais e do Distrito Federal,

estimulando a interação destes com os Conselhos Municipais de Idosos.

- Políticas eficientes: o Poder Executivo, nas três esferas de governo,

deve implementar a PNI e cumprir o Estatuto do Idoso, o que supõe a garantia

da estruturação de uma rede interinstitucional com competências e processos

definidos de promoção, defesa e garantia dos direitos dos idosos, com ações

descentralizadas, organizadas tendo como foco o município, o apoio

estadual/distrital e as diretrizes nacionais.

- Monitoramento: cada ação terá indicadores de processo e de resultados

para o monitoramento e avaliação do desempenho do Plano Estratégico do

CNDI, para medir a evolução dos resultados.

2.7 Planos de Ação

No processo de elaboração do Planejamento Estratégico, os

conselheiros se reuniram e cada Comissão Permanente debateu e construiu

um plano de ações, a partir dos quais foram elaboradas figuras esquemáticas,

apresentadas a seguir (Figura 5).

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

32

Figura 5 – Conjunto de estratégias CNDI 2011-2015

CONJUNTO DE ESTRATÉGIAS CNDI 2012-2015

Investimento do governo e da sociedade

Estruturação e Fortalecimento CNDI, CEI e CMI

Integração nacional com

respeito às diferenças regionais

Divulgação e respeito aos direitos

dos idosos

Valorização da pessoa idosa e da velhice ativa

PPA 2012-2015Agenda do CNDI

Metas e Resultados

Protagonismo da Pessoa

Idosa

Depreende-se da grandeza deste Planejamento Estratégico a

colaboração de todos os conselheiros que dele participaram e o compromisso

dessa gestão com a defesa dos direitos da pessoa idosa.

Esse Planejamento reflete a esperança e a motivação de todos e a

crença no papel da democracia participativa na defesa do direito constitucional

que assegura a participação do povo na fiscalização do governo eleito pelo

povo e no aprimoramento das políticas públicas, a partir da compreensão de

seu maior interessado: o povo que se prepara ou já experimenta o processo de

envelhecer neste país.

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

33

Figura 7 – Plano Estratégico CNDI 2011-2015 (Plenário, Comissões, Secretaria)

Referência nacional na promoção, defesa e garantia dos direitos dos idosos

PODER DE INFLUÊNCIA

POLÍTICAS PÚBLICAS EFICIENTESCNDI

PLA

NO

ES

TR

AT

ÉG

ICO

201

1-20

15(P

lená

rio, C

omis

sões

, Sec

reta

ria) DESTINATÁRIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Idosos Valorizados e Respeitados

Efetivo Controle

Social

Instituições promotoras da cidadania

Conselhos atuantes e

efetivos

Sociedade preparada

para a velhice

Protagonismo da Pessoa Idosa

Valorização da velhice

Investimento do poder público

Divulgação de Direitos

Estruturação e fortalecimentoCNDI, CEI, CMI

Integração nacional

ArticulaçãoCNDI, CEI, CMI Investimento

da sociedade

Articulação CNDI e órgãos

de defesa

ArticulaçãoCNDI e

Conselhos Setoriais

Transparência

Pacto intergeracional

Influência do CNDI no

Legislativo

Interface CNDI e Judiciário

Efetividade

Continuidade

Publicidade

Conquista do envelhecimento

ativo

Apoio à Família

Autonomia dos Conselhos

Conselho Nacional dos Direitos do Idoso

34

Figura 8 – Plano Estratégico CNDI 2011-2015 – Ações de curto e médio prazos

Referência nacional na promoção, defesa e garantia dos direitos dos idosos

PODER DE INFLUÊNCIA

POLÍTICAS PÚBLICAS EFICIENTES

DESTINATÁRIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Idosos Valorizados e Respeitados

Efetivo Controle

Social

Instituições promotoras da cidadania

Conselhos atuantes e

efetivos

Sociedade preparada

para a velhice

Políticas específicas e de combate à pobreza

Idoso: politização e estímulo à participação

Fases da vida: cuidados e hábitos

saudáveis

Criação de fundos e incentivos a

investimentos na fase idosa

Criação de mecanismos de vinculação do

Executivo e Judiciário

Promoção e Integração Nacional dos Conselhos

Estímulo e auxilio na

formação dos CMI e Fundos

Estrutura organizacional do

CNDI

Ações direcionadas a resultados

Defesa Social preparada para proteger o idoso

PNI: adequação, implementação, capacitação

Criação de mecanismos de influência no

Legislativo

ÕE

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lená

rio, C

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taria

)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

35

Figura 9 – Plano Estratégico do CNDI (Gestão 2010-2012) PLANO ESTRATÉGICO DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO (GESTÃO 2011-2015)

COMISSÃO DE NORMAS

O que Fazer Como fazer Conselheiro/a/s Responsável/is

Instituições Parceiras

QUANDO (TRIMESTRES) Estratégias de Monitoramento

e Avaliação 2011 2012 2013 2014 2015

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º

Conferência Nacional dos Direitos dos Idosos: Revisão e eventualmente sugerir alterações no Regimento Interno da 3ª CNDPI

Trabalhar em conjunto com a Comissão Organizadora da 3ª CNDPI

Co-responsabilidade de todos os conselheiros da Comissão Organizadora da Conferência

Instituições participantes das Comissões de Normas e da Comissão Organizadora

x x

Fundo Nacional do Idoso: apoio à criação e/ou instituição de fundos estaduais e municipais do idoso, bem como elaboração de minutas de Projetos de Lei sobre a criação do Fundo, a fim de orientar

Discutir o assunto com a Comissão de Articulação com os Conselhos, com as assessorias jurídica, financeira e parlamentar da SDH; submeter a proposta ao Pleno do CNDI.

Todos os conselheiros da Comissão de Normas

Instituições participantes da Comissão de Normas; SDH

x x x x x x x x

Discutir e propor a elaboração de minutas de Projetos de Lei com a participação da CN e das assessorias jurídica e parlamentar da SDH.

Todos os conselheiros da Comissão de Normas

Instituições participantes da Comissão de Normas; SDH

x x x x x x x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

36

Orçamento Público Federal voltado à pessoa idosa: Criação de um canal de interlocução permanente entre a Comissão de Orçamento do CNDI e da SDH com as instâncias competentes do MPOG

Criar um grupo de trabalho conjunto

entre a Comissão de Orçamento do CNDI e da SDH com o MPOG

Todos os conselheiros da Comissão de Orçamento

Comissão de Orçamento do CNDI, SDH e MPOG

x x x x x x x x

Legislação sobre a Pessoa Idosa: Cooperação com os países do Mercosul no campo da elaboração de normas defensoras e protetoras do direito da pessoa idosa

Oferecer aos países do Mercosul cooperação no campo da elaboração de normas defensoras e protetoras do direito da pessoa idosa

Comissão de Normas e Ministra da SDH, como representante do Brasil na Reunião de Altas Autoridades de Direitos Humanos - RAADH

Instituições participantes da Comissão de Normas, SDH e MRE - Divisão de Temas Sociais

x x x x x x x x

Defesa da realização de Convenções internacionais sobre os Direitos da Pessoa Idosa: Convenção Interamericana sobre os Direitos da Pessoa Idosa - (OEA) e da Convenção

Defender a realização da Convenção interamericana (OEA) e da Convenção internacional sobre os Direitos da Pessoa Idosa (ONU).

Conselheiros participantes da Comissão de Normas e MRE - Divisão de Temas Sociais

Instituições participantes da Comissão de Normas, SDH e MRE - Divisão de Temas Sociais

x x x x x x x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

37

Internacional sobre os Direitos da Pessoa Idosa - Organização das Nações Unidas (ONU).

Interpretação do Estatuto do Idoso: Divulgação ampla do Estatuto da Pessoa Idosa na sociedade Brasileira, principalmente junto ao público-alvo.

Divulgar o conteúdo do EI em eventos culturais (por meio de peças teatrais, "spots" publicitários na TV, no rádio, em "outdoors") e esportivos; nas TV's públicas (Câmara, Senado, Assembléias Legislativas e TV Cultura); e utilizar os mecanismos previstos na lei Rouanet com a colaboração de artistas de teatro e TV, autores de peças culturais de atuação destacada nacional com as causas sociais.

Conselheiros Integrantes da Comissão de Comunicação Social

Instituições da Comissão de Comunicação Social, CNDI e SDH.

x x x x x x x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

38

PLANO ESTRATÉGICO DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO (GESTÃO 2011-2015)

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

O que Fazer Como fazer Conselheiro/a/s Responsável/is

Instituições Parceiras

QUANDO (TRIMESTRES) Estratégias de Monitoramento e

Avaliação 2011 2012 2013 2014 2015

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º

Conferência Nacional dos Direitos dos Idosos

Ter um membro da CCS na Comissão Organizadora

MCidades (Magda) e Cobap (Marcos)

Demais associações da

Comissão x x x x

Criação e atualização do site do CNDI.

Criar e manter atualizado o site do CNDI.

SDH x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Garantia de visibilidade às ações realizadas pelo CNDI e por todas as suas comissões

Inclusão de matérias no site, boletim eletrônico trimestral e outras formas de mídias

SDH x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Produção de material de apoio necessário ao CNDI.

Produção de material de apoio necessário ao CNDI.

SDH x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Divulgação do Estatuto do Idoso nos espaços midiáticos e culturais

Promover ampla campanha nacional de divulgação do EI, conforme o art. 24 da Lei nº 10.741/03.

SDH x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

39

Fomento à elaboração de manuais, cartilhas e orientações adaptados às realidades culturais locais.

Selecionar e divulgar o material já existente; Solicitar a produção de material sobre o cuidado e atendimento qualificado ao idoso, respeitando as peculiaridades próprias e as diferenças entre os meios urbano e rural e outras realidades.

CONTAG;

COBAP; MS; MDS; MinC;

x x x

Constituição e articulação de uma rede de serviços com ações e programas para a garantia da promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa, que coordene e promova o diálogo entre governo e sociedade.

Dar visibilidade a todo o processo e aos resultados da articulação das redes de serviços de promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa.

SDH x x x x

PNDH-3: conhecer, promover, publicizar e fiscalizar a implementação das propostas que dizem respeito aos direitos dos idosos.

Publicizar as propostas do PNDH-3 voltadas aos direitos dos idosos bem como a implementação e os resultados.

SDH; CDH -

Senado x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

40

Prevenção e enfrentamento à violência contra a pessoa idosa e promoção de uma cultura de paz entre gerações

Promover uma ampla campanha nacional de promoção de cultura de paz entre as gerações

SDH; Pastoral;

MinC; MEC; Sistema S

x x

Inclusão da questão da inter-geracionalidade no caderno de debates da 3º CNDPI

Divulgar os resultados da 3º conferencia, e distribuir seus anais a diversas instituições e comissões.

Comissão

Organizadora da 3ª CNDPI

x x

Realização de teleconferência e posteriormente de um seminário e publicação conjunta sobre o envelhecimento da diversidade.

Realizar a teleconferência, e divulgar os resultados.

SESC nacional CNC

x x

Sensibilização para a garantia dos direitos dos idosos passageiros e usuários de transporte.

Promover ampla campanha nacional acerca da acessibilidade e do transporte coletivo.

CNTT e

CONADE

x x

Constituição progressiva e fortalecimento dos conselhos de direito do idoso

Dar visibilidade a todo o processo de implementação dos conselhos.

CSS e CAC SDH

x x x x x x x x x x x x x x x x

Realização de seminário para discutir e definir a re-estruturação do CNDI

Submeter o produto à plenária do CNDI e divulgar os resultados do

x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

41

seminário

Desenvolvimento de programa nacional de

educação junto ao MEC, que inclua o

tema do envelhecimento nos

processos educativo do ensino fundamental ao

superior.

Promover ampla campanha nacional

de promoção do Estatuto do Idoso, em cumprimento

ao art. 24 da Lei nº 10.741/03.

MEC x x

Participantes Coordenador: Marcos Wandresen (Cobap); Relator: MinC - Ana Maria Vilalba (titular) e Julia Costa (suplente); CNC - Rita de Cássia e MCidades - Rodrigo Favero

LANO ESTRATÉGICO DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO (GESTÃO 2011-2015)

COMISSÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

O que Fazer Como fazer Conselheiro/a/s Responsável/is

Instituições Parceiras

QUANDO (TRIMESTRES) Estratégias de Monitoramento

e Avaliação 2011 2012 2013 2014 2015

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º

POLÍTICAS PÚBLICAS DE CUIDADO

a) Programa Nacional de Cuidadores

Promover Fórum Inter-conselhos nas três esferas do Governo e no DF

Comissão de Políticas Públicas

CONADE, CNAS, CNS, CLGBT; CONANDA;

X

Estimular a Capacitação de cuidadores

Comissão de Políticas Públicas

Capacitação por conta do município, Secretarias de Saúde e de Assistência Social

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

42

b) Serviços de Atenção e Proteção ao Idoso

Realizar seminário com gestores e especialistas do CNDI e representantes dos CEI, do CI –DF e dos CMI

Comissão de Políticas Públicas

MS, MDS, SDH, ANVISA, Conselhos

X

Inscrever as entidades governamentais e não-governamentais nos respectivos conselhos (art. 48 do EI)

Comissão de Políticas Públicas

MS, MDS, SDH, ANVISA, Conselhos

X

Reforçar as ILPIs por meio dos cuidados do SUS através da Promoção da Estratégia Saúde da Família e do SUAS

Comissão de Políticas Públicas

MS, MDS, SDH, ANVISA, Conselhos

c) Acessibilidade e transporte coletivo (urbano, intermunicipal e interestadual) da população idosa

Reunião com Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Comissão de Políticas Públicas

ANAC; CNTT; ANTAC; M CIDADES; M TRANSPORTE; SEST; SENAT; CORDE

APERFEIÇOAMENTO DA LEGISLAÇÃO VIGENTE SOBRE A PESSOA IDOSA

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

43

a) Estatuto do Idoso

Realizar Seminário Nacional em 2012

Comissão de Políticas Públicas; SCCNDPI

Conselhos estaduais, Municipais, do DF, MP, Representantes do Judiciário e do Legislativo

x

Realizar Conferências nas 3 esferas do governo e DF

Comissão de Políticas Públicas; SCCNDPI

CEI, CMI, do DF, MP, Poder Judiciário e Legislativo

Rever capítulo X do Estatuto do Idoso

Comissão de Políticas Públicas

CNTT

Promover ampla mobilização dos conselhos nas 3 esferas de governo e DF

Comissão de Políticas Públicas

Articulação com o poder Legislativo, Judiciário, MP; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

b) Consolidação da Política Nacional e de Direitos do Idoso

Promover uma reunião descentralizada do CNDI com os representantes dos CMI, CEI e do DF

Comissão de Políticas Públicas

Coordenação do Idoso (SDH); Conselhos Estaduais, municipais e do DF; MP;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

44

representantes do Legislativo, Judiciário e MP; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

c) Convenção Internacional dos Direitos do Idoso

Submeter uma moção durante a 3ª CNDPI a favor da inclusão do CNDI no Projeto da Convenção de Direitos Humanos do Idoso

Comissão de Políticas Públicas

SDH x

d) PNDH3, Envelhecimento e Intergeracionalidade

Mobilizar os Conselhos nas 3 esferas de governo e DF

Comissão de Políticas Públicas

SDH; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

Conhecer, difundir, fiscalizar a implementação das propostas contidas no PNDH3 que dizem respeito aos direitos humanos dos idosos

Comissão de Políticas Públicas

SDH; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

45

Promover a capacitação para os conselheiros dos direitos do idoso sobre a interface entre o fenômeno do envelhecimento e o PNDH3

Comissão de Políticas Públicas

SDH; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

e) Políticas sobre as pessoas idosas (LGBT, com deficiência, de igualdade racial, entre outras)

Oficina para construção de agenda comum com Conselhos de Defesa de Direitos e de Políticas Setoriais

Comissão de Política

Conselhos de Direitos e Conselhos Setoriais; SDH; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

X X X X X

Realizar reunião anual conjunta do CNDI com outros conselhos e Comissões da SDH para conhecer as ações e pontos de convergência dentro da Política Nacional de Direitos Humanos

Comissão de Políticas Públicas

Conselhos de Direitos; SDH; Comissão de Articulação com Conselhos e Comissão de Comunicação Social

X X X X X

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

46

PLANO ESTRATÉGICO DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO (GESTÃO 2011-2015)

COMISSÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS – FINANCIAMENTO E ORÇAMENTO

O que Fazer Como fazer Conselheiro/a/s Responsável/is

Instituições Parceiras

QUANDO (TRIMESTRES) Estratégias de Monitoramento e

Avaliação

2011 2012 2013 2014 2015

1º 2º 3º 4º 1º 2º

3º 4º 1º 2º 3º 4º

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º

3ª CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

a) Apoio à Comissão Organizadora da 3ª CNDPI

Articular com a Comissão Organizadora, agendar reunião

Presidente da Subcomissão de Finanças e Orçamento e Secretaria Executiva

Comissão Organizadora da 3ª CNDPI

x x x Reunião realizada

b) Levantamento da previsão de recursos para realização da 3ª CNDPI e a forma que pode ser utilizado

Agendar reunião com a coordenação da SDH e Comissão Organizadora

Presidente Subcomissão de Finanças e Orçamento e Secretaria Executiva

Comissão Organizadora da 3ª CNDPI

x x x Reunião realizada

Participar de reunião com a Comissão Executiva/SDH sobre as diretrizes da 3ª CNDPI e de que modo cada Ministério, participante da Comissão, irá colaborar

Presidente Subcomissão de Finanças e Orçamento

Comissão Organizadora da 3ª CNDPI

x x x Com aferição de quantum cada Ministério irá colaborar

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

47

c)Monitoramento do processo de realização da 3ª CNDPI

Com reuniões com a Comissão Executiva/SDH, setor de orçamento

A Comissão e Secretaria Executiva

x x x x x x x x x x x Análise dos informes de quanto está sendo gasto

GESTÃO DO FUNDO NACIONAL DO IDOSO

a) Monitoramento do Fundo Nacional do Idoso

Analisar as fontes de receita e a movimentação do FNI

Subcomissão de Finanças e Orçamento

A coordenação de orçamento da SDH

x x x x x x x x x x Relatório semestral

b) Orientação e sensibilização dos Estados, Municípios e sociedade civil sobre o FNI.

Articulação com a Receita Federal de ações de esclarecimento acerca do FNI.

Agendar reunião com a Secretaria da Receita Federal.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

As Superinten-dências da Receita Federal.

x x x x x x x x x x Ata da reunião.

Articulação com os CEI e CI-DF de ações de esclarecimento acerca do FNI.

Agendar reuniões de conselheiros nacionais com os CEI e CI-DF.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

CEI e CI-DF x x x x x x x

Acompanhar se os Presidentes efetivamente participam das reuniões (relatório)

Articulação com os Conselhos de capitais e regiões metropolitanas.

Apoiar a articulação com os CEI.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

CEI e CI-DF e CM das capitais

x x x x x x x

Acompanhar se os Presidentes efetivamente participam das reuniões (relatório)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

48

Articulação com os Conselhos das cidades com mais de 100 mil habitantes.

Apoiar a articulação com os conselhos estaduais.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

Conselhos estaduais

x x x x x x x

Acompanhar se os Presidentes estão participando efetivamente das reuniões. (Através de relatorio)

ORÇAMENTO PÚBLICO FEDERAL VOLTADO À PESSOA IDOSA

Potencialização da atuação dos conselheiros e membros do sistema de garantia de direitos da pessoa idosa para a elaboração do plano de ação; plano de aplicação; proposição de gestão orçamentária (PPA, LDO e LOA).

Elaborar o Plano Integrado Nacional de Ação do Idoso com metas e respectivos recursos financeiros.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

Secretaria Executiva e Coordenação de orçamento da SDH

Plano elaborado

Instar os Secretáros Executivos dos Ministérios abaixo relacionados sobre Programas e Ações voltados para o segmento idoso idealizados para inclusão no PPA, LDO e LOA com previsão orçamentária.

Enviar convite e realizar a reunião.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

A Presidência do CNDI, Secretaria Executiva e o respectivo Conselheiro Governamen-tal

x x x x Inclusão no orçamento

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

49

Propor modificações na proposta do PPA, LDO e Orçamento.

Emitir resolução do CNDI, após submetê-las à Plenária do Conselho.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

A Presidência do CNDI.

X X x x Resolução

Coordenar o monitoramento das propostas orçamentárias junto ao poder Legislativo.

Discutir na reunião da Subcomissão de Finanças e Orçamento

Subcomissão de Finanças e Orçamento

Secretaria Executiva e Coordenação de orçamento da SDH

x x x x Relatório

Garantir orçamento para a capacitação nos conselhos estaduais.

Articular com a coordenação de Orçamento da SDH.

Subcomissão de Finanças e Orçamento

Secretaria Executiva e Coordenação de orçamento da SDH

x x x x x x x x x x x x x x x Capacitação efetivada

Articular com a ESAF a capacitação de todos os Conselheiros Nacionais acerca de Orçamento Público Federal.

Elaborar e firmar Termo de Parceria.

A Subcomissão e a Presidência do CNDI.

Secretaria Executiva e Coordenação de orçamento da SDH

x x x x x x x x x x Capacitação efetivada

Articular com a ESAF a capacitação de todos os Conselheiros Nacionais e Estaduais acerca de Orçamento Público Federal.

Elaborar e firmar Termo de Parceria.

A Subcomissão e a Presidência do CNDI.

Conselhos Estaduais.

x x x x x x x x x x Capacitação efetivada

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

50

Articular com a ESAF a capacitação de todos os Conselheiros Nacionais e Estaduais e Municipais de cidades com mais de 100 mil habitantes acerca de Orçamento Público Federal.

Elaborar e firmar Termo de Parceria.

A Comissão e a Presidência do CNDI.

Conselhos Estaduais e Municipais.

x x x x x x x x x x

PLANO ESTRATÉGICO DO CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO (GESTÃO 2011-2015)

SECRETARIA EXECUTIVA DO CNDI

O que Fazer Como fazer Conselheiro/a/s Responsável/is

Instituições Parceiras

QUANDO (TRIMESTRES) Estratégias de Monitoramento e

Avaliação

2011 2012 2013 2014 2015

1º 2º 3º 4º 1º 2º

3º 4º 1º 2º 3º 4º

1º 2º 3º 4º 1º 2º 3º 4º

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS DIREITOS DOS IDOSOS

Impulsionar ações em todas as esferas para que as pessoas idosas tenham condições efetivas de defender seus direitos (cidadania).

Conhecer através de visitas, seminários, escuta ampla, a realidade dos Conselhos Estaduais

Coordenador do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos, CEI e CI-DF

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Elaborar um instrumento para identificação dos planos de ações locais e sistematização dos relatórios enviados

Coordenador do CNDI

SDH e demais conselheiros do CNDI

Instrumento elaborado (quando estará pronto?); relatórios sistematizados (periodicidade?)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

51

Incluir o tema “Envelhecimento da diversidade” na 4ª CNDPI.

Coordenador do CNDI

Presidência do CNDI; Comissão de Articulação com Conselhos; Subcomissão da CNDPI; Conselhos de Direitos ligados à SDH; Conselhos Setoriais

ARTICULAÇÃO DA REDE DE ATENDIMENTO AO IDOSO x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Constituir e articular rede de serviços que envolva ações e programas para garantia da promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa, coordenando e promovendo diálogo e participação entre governo e sociedade

Promover encontros regionais e nacionais com a participação da sociedade civil e governo

Coordenador do CNDI; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo da Secretaria do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; MDS; SUAS (CRAS, CREAS); Universidades, MS; SUS.

encontros realizados (quantos? Periodicidade? Onde?)

Solicitar o mapeamento das redes locais de atendimento, elaborar um diagnóstico da situação, fomentar o funcionamento e socializar as informações

Coordenador do CNDI; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo da Secretaria do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; MDS; SUAS (CRAS, CREAS); Universidades, MS; SUS.

Mapeamento realizado; diagnóstico consolidado; informações divulgadas (para quem? Quando? Como?)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

52

Definir um plano nacional de capacitação sistemática e periódica sobre os direitos dos idosos para conselheiros federais, estaduais e das capitais e regiões metropolitanas, com recursos previstos no orçamento da União

Coordenador do CNDI; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo da Secretaria do CNDI

Presidência do CNDI; Comissão de Articulação com Conselhos; Subcomissão da CNDPI; MDS; SUAS (CRAS, CREAS); Universidades, MS; SUS; MEC; Conselhos ligados à SDH

Plano definido

ARTICULAÇÃO COM OS CONSELHOS

a) Promover a aproximação do CNDI com outros conselhos, políticas e comissões

Realizar reunião conjunta anual do CNDI com outros conselhos e comissões para conhecer as ações e os pontos de convergência dentro dos direitos humanos.

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo da Secretaria do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Presidência do CNDI; SDH; Conselhos de Direitos ligados à SDH; Conselhos Setoriais

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

53

Sensibilizar as políticas para a inclusão da temática do idoso em suas ações e vice-versa.

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo da Secretaria do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Presidência do CNDI; Conselhos de Direitos ligados à SDH; Conselhos Setoriais; SDH

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Aproximar-se dos Ministérios e Secretarias que abordam questões afetas ao envelhecimento.

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo Secretaria do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Presidência do CNDI; Conselhos de Direitos ligados à SDH; Conselhos Setoriais; SDH

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

b) Promover a articulação sistemática do CNDI com os conselhos estaduais e municipais e demais conselhos de direitos e de políticas setoriais

Conhecer através de visitas, seminários, escuta ampla, a realidade dos Conselhos Estaduais

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria de Comunicação/ CNDI; Auxiliar administrativo Secretaria do CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos, CEI e CI-DF; SDH e demais conselheiros do CNDI

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Instrumento elaborado (quando estará pronto?); relatórios sistematizados (periodicidade?)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

54

Elaborar um instrumento para identificação dos planos de ações locais e sistematizar relatórios enviados

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos, CEI e CI-DF; SDH e demais conselheiros do CNDI

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Instrumento elaborado (quando estará pronto?); relatórios sistematizados (periodicidade?)

c) Mobilização dos CEI e CI-DF para constituição de Frentes Parlamentares no âmbito Estadual e Municipal em Defesa da Pessoa Idosa

Fomentar a elaboração de agendas nas três esferas de governo entre os conselhos e as respectivas Frentes Parlamentares.

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria Parlamentar/SDHAssessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos, CEI e CI-DF; CNDI, SDH, Estados, Municípios, Deputados Federais, Estaduais e Vereadores

X X x x x x x x x x x x x x x x x x x x Agenda elaborada; Frente Parlamentar constituída;

d) Mobilização das Frentes Parlamentares existentes e criação de um instrumento para monitorar a atuação e demandas.

Fomentar a elaboração de agendas nas três esferas de governo com os conselhos e representantes parlmentares

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria Parlamentar/SDHAssessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos, CEI e CI-DF; CNDI, SDH, Estados, Municípios, Deputados Federais, Estaduais e Vereadores

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Instrumento elaborado; relatórios sistematizados (semestrais)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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e) Aproximação e diálogo com os conselhos superiores do Poder Judiciário e do Ministério Público

Construir uma agenda conjunta de ações e procedimentos de promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa junto aos conselhos superiores do Poder Judiciário e do Ministério Público

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria Parlamentar/SDHAssessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Presidência do CNDI; AMPID; ANADEPI; MJ; SDH

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Agenda elaborada

Socializar a agenda com os demais conselhos e publicar resoluções conjuntas.

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria Parlamentar/SDHAssessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Presidência do CNDI; MJ; MP; SDH; AMPID; ANADEPI; Conselhos ligados à SDH

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Resoluções publicadas

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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ENVELHECIMENTO DA DIVERSIDADE

Inclusão do tema “Envelhecimento da diversidade” na pauta do CNDI, dos Conselhos afins e da SDH

Realizar teleconferência, posteriormente um seminário com publicação conjunta sobre o “envelhecimento da diversidade” e incluir este tema na 4ª CNDPI.

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria Parlamentar/SDHAssessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Subcomissão da CNDPI; Presidência do CNDI;Conselhos de Direitos ligados à SDH; Conselhos Setoriais; MDS; MCidades; MinC; MTE; SESC/CNC

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Tema incluído na 3ª Conferência

Oferecer subsídios para publicações sobre a temática do envelhecimento de diferentes públicos e contextos

Coordenador do CNDI; Assessoria jurídica/SDH; Assessoria Parlamentar/SDHAssessoria de Comunicação/ CNDI

Comissão de Articulação com Conselhos; Presidência do CNDI; SDH e presidentes dos conselhos estaduais e municipais e comissões

x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

57

CAPÍTULO 2

RELATÓRIO DA GESTÃO 2010-2012

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

58

APRESENTAÇÃO

O presente Relatório visa debater esse cenário político complexo e desafiador

e cumprir as atribuições do CNDI previstas no Art. 2º do Decreto 5.109/2004, com

destaque para aquelas de:

I - elaborar as diretrizes, instrumentos, normas e prioridades da política nacional do idoso, bem como controlar e fiscalizar as ações de execução;

V - acompanhar o reordenamento institucional, propondo, sempre que necessário, as modificações nas estruturas públicas e privadas destinadas ao atendimento do idoso;

VII - acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária da União, indicando modificações necessárias à consecução da política formulada para a promoção dos direitos do idoso;

Parágrafo único, inciso V - estimular a ampliação e o aperfeiçoamento dos mecanismos de participação e controle social, por intermédio de rede nacional de órgãos colegiados estaduais, regionais, territoriais e municipais, visando fortalecer o atendimento dos direitos do idoso.

1. Breve Histórico do CNDI

O processo de criação do CNDI inicia-se com a publicação da Política

Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/1994), porém os artigos referentes ao Conselho

naquela lei foram vetados.

Dessa forma, a constituição do CNDI ocorre durante o governo Fernando

Henrique Cardoso, com o Decreto Presidencial nº 4.227 publicado em 13 de maio de

2002, que cria o Conselho e dá outras providências, ao qual se segue a publicação

do Decreto nº 4.287 de junho do mesmo ano que dá paridade ao CNDI. Em agosto

de 2002, é publicada a Comissão Eleitoral6 para conduzir a eleição de representantes

da sociedade civil do CNDI, processo que acontece em três etapas descentralizadas

e em setembro de 2002 a designação da primeira formação do CNDI, conforme a

Portaria nº 1.028 do Ministério da Justiça, de 5 de setembro de 2002.

6 Portaria nº 868, de 8 de agosto de 2002, do Ministério da Justiça, tendo como membros, os representantes: do Ministério Público, o Sr. Humberto Jaques de Medeiros – Presidente da Comissão; do Departamento de Promoção de Direitos Humanos da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Sr. Hugo Luís de Castro Melo; da Secretaria de Estado de Assistêmncia Social do Ministério da Previdência e assistência Social, Sra. Mirna Lúcia de Almeida Correa e da Comissão Especial do Idoso do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Sra. Jurilza Barros de Mendonça.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

59

A solenidade de instalação do CNDI acontece em 1º de outubro de 2002, na

sala do então Ministro da Justiça Sr. Paulo de Tarso Ramos Ribeiro e a 1ª

Assembleia ordinária do Conselho na mesma data, ou seja, exatamente um ano

antes da publicação do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003).

Em 2003, o Estatuto do Idoso é promulgado e atribui outras competências aos

Conselhos de idosos. No ano seguinte, o Decreto Presidencial nº 5.109 dispõe sobre

a composição, estruturação, competências e funcionamento do Conselho Nacional

dos Direitos do Idoso,

A Resolução Nº 1 do Conselho, que dispõe sobre aprovação do Regimento

Interno do CNDI e dá outras providências.é publicada no DOU de 24 de Janeiro de

2005.

Quanto à Conferência Nacional de Direitos da Pessoa Idosa, ela representa

um momento ímpar de mobilização nacional para a consolidação e o fortalecimento

da participação da pessoa idosa na defesa de seus interesses e um passo decisivo

na atualização da Política Nacional do Idoso. Porém, trata-se de experiência muito

recente em nosso meio. A 1ª Conferência Nacional cujo tema "Construindo a Rede

Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa - Renadi" ocorre em 2006, durante o

1º mandato do governo Lula. Enquanto a 2ª Conferência deliberou sobre a “Avaliação

da Rede Nacional de Proteção e Defesa dos Direitos da Pessoa idosa: Avanços e

Desafios” (2009), e é realizada no 2º mandato do governo Lula.

A gestão (2010-2012) assumiu em outubro de 2010, ainda na vigência do 2º

mandato do Presidente Lula e do então Ministro Paulo Vanucchi (Secretaria de

Direitos Humanos). No âmbito do CNDI, o contexto da Política do Idoso e do CNDI

naquele governo foi conturbado e incluiu a demissão, em 2008, dos membros da

Secretaria do CNDI e da coordenação da Política do Idoso, às vésperas da

realização da 2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. O adiamento

daquela conferência foi justificado pelo gestor federal em razão da promessa -

alegada e não cumprida - de comparecimento do Presidente Lula ao evento e da

consagração da assinatura do Pacto pelo Envelhecimento Saudável, que não houve .

Além disso, havia a promessa de inclusão da pessoa idosa em uma agenda social de

governo feita pelo Presidente Lula na 1ª Conferência, a qual também nunca se

cumpriu.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

60

O CNDI (gestão 2010-2012), sob a presidência da sociedade civil – Sociedade

Brasileira de Geriatria e Gerontologia -, tinha em sua composição vários conselheiros

que haviam participado da gestão anterior e vivenciado este período de desgaste no

relacionamento com a SDH.

2. As expectativas

Conforme apresentado no Capítulo 1, a realização do Planejamento

Estratégico representou um momento de grande motivação e trouxe a visão de

Conselho Nacional, como integrador e promotor da atuação de Conselhos e como

referência na defesa dos direitos da pessoa idosa. O CNDI (gestão 2010-2012)

comprometeu-se a trabalhar pela efetivação da Política Nacional do Idoso e pela

inclusão do envelhecimento digno e do atendimento à pessoa idosa na agenda e no

orçamento do governo, agora sob a liderança da Presidenta Dilma.

Desde o início da gestão 2010-2012, dentre as atividades previstas para o

Conselho, as mais aguardadas pelos conselheiros e pelos movimentos sociais dos

idosos eram a realização da 3ª Conferência Nacional e a implementação do Fundo

Nacional do Idoso, as quais serão tratadas a seguir.

Cumpre ressaltar que, diferentemente da Conferência da Juventude que o ex-

Presidente Lula deixou convocada para o seu sucessor realizar, a convocação da 3ª

Conferência da Pessoa Idosa foi postergada para o(a) próximo(a) Presidente. Este

atraso na convocação teve reflexos muito negativos na execução da Conferência,

como será demonstrado a seguir.

A gestão 2010-2012 assumiu com a firme determinação de realizar a 3ª

Conferência e de não repetir os erros recentes na condução da 2ª Conferência, pois

o seu adiamento representou prejuízo para todo um trabalho realizado nos Estados,

DF e municípios.

3. A atuação do Conselho

Na gestão 2010-2012, o Conselho foi bastante ativo durante todo o período:

todas as plenárias previstas aconteceram – inclusive e de forma inédita, as

descentralizadas -, dentro da periodicidade regulamentar, com divulgação de pauta

aos conselheiros, com quórum para deliberação e várias resoluções aprovadas, mas

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

61

dadas as dificuldades para sua publicação, das quais cinco ainda não foram

publicadas.

Além disso, foram acontecimentos marcantes desta gestão:

- a regulamentação do Fundo Nacional do Idoso, após longo e profundo

estudo que abrangeu todo o período da gestão e que resultou em resoluções

normatizadoras com vistas a garantir a destinação de recursos segundo critérios

objetivos;

- a realização da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa que

resultou em deliberações ordenadas por prioridade nos cinco eixos e em Cartas

Macrorregionais;

- a presença atuante de conselheiros do CNDI em todas as Conferências

Estaduais e na do Distrito Federal e em algumas conferências municipais, que

antecederam a etapa nacional;

- a participação da delegação brasileira e do CNDI em eventos internacionais,

tais como a reunião de Altas Autoridades ocorrida em Brasília, em dezembro de

2010; a reunião da ONU, em agosto 2012 e a reunião preparatória da Conferência

Madrid + 10, na Costa Rica, em junho 2012;

- a participação da Presidente e de vários conselheiros em eventos

promovidos por diversas entidades nos Estados e no DF;

- a realização de Encontros Macrorregionais de Articulação do CNDI com os

Conselhos Estaduais e Distrital;

- a celebração dos 10 anos do CNDI na Câmara de Deputados e no Senado

Federal;

- a realização do Simpósio sobre Políticas de Cuidado, promovido pelo Grupo

de Trabalho do Cuidador e pela Comissão de Saúde da Pessoa Idosa do Conselho

Nacional de Saúde ;

- a cerimônia de encerramento da gestão e passagem ao conselho que

assume para a gestão 2012-2014.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

62

Cumpre registrar que o CNDI poderia ter sido ainda mais atuante, não fossem

os entraves administrativos que encontrou e a participação frustra de alguns

conselheiros, cuja atuação era restrita às plenárias com apenas uma pequena ou

nula participação nos trabalhos das Comissões. Outros conselheiros não se

vinculavam à Comissão para a qual estavam designados e circulavam conforme o

interesse na temática em discussão.

4. O CNDI e a Secretaria de Direitos Humanos

Em dezembro de 2010, o CNDI (gestão 2010-2012) conheceu a então Ministra

indicada Sra. Maria do Rosário, a qual, em evento que congregou todos os conselhos

da SDH para a sua apresentação, ouviu deste Conselho a cobrança pela imediata

convocação da 3ª Conferência e pelo empenho da SDH juntamente com o CNDI na

captação de verbas para o Fundo Nacional do Idoso. Naquela ocasião, a futura

Ministra prometeu levar à Presidenta Dilma a demanda pela convocação e trabalhar

com o Conselho pela implementação do Fundo Nacional do Idoso.

Com a posse da nova Ministra, acontece a mudança dos ocupantes dos

cargos executivos. A SDH promoveu uma Reunião Ampliada de todos os Órgãos

Colegiados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República7,

realizada em fevereiro de 2011. Este evento foi bastante interessante, pois nele

estiveram presentes toda a gestão da SDH e os vários conselhos sob sua égide, com

a participação de conselheiros titulares e suplentes. Em sua fala, o CNDI expressou o

que esperava da nova gestão da SDH: o fornecimento da infraestrutura adequada,

7 Participaram da mesa de autoridades: a Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Sra. Maria do Rosário Nunes; o Secretário-Executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Sr. André Lázaro; o Secretário de Gestão da Política de Direitos Humanos, Sr. Gleisson Rubin; o Secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Sr. Ramaís Silveira; a Secretária Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Sra. Carmem de Oliveira; o Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sr. Humberto Lippo; o Vice-Presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Dr. Sousa Lima Netto; o Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Sr. Fábio Feitosa; Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Sra. Denise Costa Granja; Presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Sra. Karla Cristina Giacomin; representante do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Sr. Igor Martini; representante do Conselho Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, Sr. Leonardo Sakamoto; Presidente do Comitê Nacional Direitos Humanos, Sr. Solon Eduardo Viola; Coordenador do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, Sr. Aldo, e Presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Sr. Marco Antônio Rodrigues. Além dos integrantes destes órgãos colegiados, também compuseram o plenário: Coordenação Nacional do Programa de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos; Fórum Nacional de Ouvidores de Polícia; Registro Civil de Nascimento, Conselho Deliberativo Federal do Programa Próvita e Conselho Deliberativo do Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

63

em termos de assessorias - jurídica, de comunicação, de apoio técnico de

profissionais e de diálogo para nos aproximar dos outros conselhos. O Conselho

manifestou o desejo de maior integração e efetividade para lutar a favor de um

envelhecimento digno para todos. Dentre outras necessidades, lembrou à Sra.

Ministra que, para além das terríveis situações que acontecem nos presídios, fossem

incluídas nas ações dos direitos humanos as precárias condições das instituições de

longa permanência para idosos. Ouviu da Ministra o seu compromisso de incluir a

questão das instituições de idosos e o pedido de que o Conselho construísse um

plano de atuação do tamanho dos 21 milhões de idosos do Brasil.

Neste clima mais promissor, o CNDI (gestão 2010-2012) realizou em fevereiro

de 2011 o seu Planejamento Estratégico com grande contribuição para esta e para as

próximas gestões do Conselho.

Em março de 2011, o CNDI formalizou convite à Sra. Ministra Maria do

Rosário para que viesse assistir, no horário que lhe fosse conveniente, à exposição

do resultado desse processo na 50ª Reunião Ordinária, em 20 de abril de 2011.

A Secretaria do CNDI atuava na preparação dos trabalhos das Comissões,

das pautas, mantendo contato com os Conselhos de Idosos, encaminhando por via

eletrônica aos conselhos e conselheiros as “memórias da semana” com o resumo das

atividades realizadas pela Presidência e pelos conselheiros nacionais. Os contatos

com os coordenadores de Comissões e com a Presidência eram amistosos e, neste

clima, o CNDI promoveu, em março de 2011, o 1º Encontro de Articulação do CNDI

com os Conselhos Estaduais e do Distrito Federal para discutir a 3ª Conferência e

outros temas.

Apesar da ausência do decreto de convocação que deveria ter sido expedido

pelo ex-presidente Lula, neste 1º Encontro o Conselho inaugura a aproximação com

os Conselhos Estaduais e do DF, apresenta-lhes a metodologia proposta e os

documentos de orientação para a realização das etapas estaduais, distrital e

municipais. O CNDI e os Conselhos presentes estabelecem estratégias e prazos

comuns, como forma de favorecer e assegurar a realização da 3ª Conferência.

Apenas em 1º de junho de 2011, sai publicado o Decreto Presidencial, sem número,

convocando a 3ª Conferência para novembro de 2011.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

64

Outra situação a ser evitada era a descontinuidade na Secretaria Executiva do

Conselho já citada, fato que havia comprometido sobremaneira a realização da 2ª

Conferência e deixado o Conselho praticamente sem memória, pois os arquivos com

registros do CNDI das gestões anteriores foram perdidos e o Secretário levou

bastante tempo pesquisando e recompondo essa memória.

Assim, o Conselho alertou a Ministra sobre o risco representado pela troca da

Secretaria Executiva em ano de conferência por meio de ofício. Diante da recusa,

durante a 50ª plenária do CNDI, em abril de 2011, por decisão do pleno, o CNDI

solicitou audiência com a Ministra para lhe explicar presencialmente as razões deste

pedido. Cinco conselheiros – dois governamentais e três não governamentais –

apresentaram as justificativas do Conselho, mas a Ministra não modificou a sua

posição em destituir o então secretário executivo.

Neste momento, fica claro que o CNDI está subordinado à SDH e não tem

autonomia para manter pessoas que considera mais capacitadas para seu quadro

funcional, nem para destituir as pessoas incompetentes para o cargo.

Paradoxalmente, essa decisão contraria inclusive publicação da própria SDH sobre

as atribuições do Conselho8.

Conforme temido e anunciado pelo CNDI, após a saída do Secretário

Executivo do CNDI e da sua substituição por pessoas da confiança da SDH, o clima

era de grande tensão entre o CNDI e a SDH, posto que a pessoa que o substituiu

entre abril de 2011 e agosto de 2011, não acompanhava as reuniões da Comissão

Organizadora da 3ª Conferência, não encaminhava as decisões dessa Comissão

dentro da própria SDH e não acatava as determinações do CNDI, deixando explícito

o seu papel de defesa dos interesses do gestor federal. As informações para os

conselheiros eram difíceis, comprometendo o funcionamento do CNDI.

A segunda substituição acontece em setembro de 2011, a dois meses da

Conferência com a missão de realizar o que não foi realizado em um ano, para a

organização da 3ª Conferência. As dificuldades de organização eram patentes e o

8 Texto contido no livro: “Controle Democrático como garantia de direitos da pessoa idosa”, de autoria de Potyara Amazoneida P. Pereira, editado em Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Degfesa dos Direitos |Humanos, 2007, pág. 38.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

65

relacionamento com a própria SDH difícil, culminando com a sua substituição em abril

de 2012.

Em abril de 2012, o CNDI conhece a atual Secretária Executiva do CNDI que

assume com a missão de reorganizar os trabalhos da Secretaria e de se aproximar

do Conselho e das Comissões. Tem como vantagem a prática na gestão federal, o

trânsito com a SDH e a capacidade de participar de reuniões e de ouvir críticas à

gestão, bem como de organizar as atividades conforme os recursos. Isso possibilitou

a retomada dos trabalhos do Conselho de forma mais ordeira e a redução da tensão

nas relações entre o CNDI e a Secretaria do Conselho. Contudo, o vínculo se dá com

a SDH e não com os interesses do Conselho.

O gestor ao qual se vincula a Coordenação da Política/Direitos do Idoso

também mudou três vezes e a cada mudança a promessa de que haveria apoio para

a defesa dos direitos da pessoa idosa, porém, sem atuação próxima ao Conselho e

sem realizar a articulação interministerial prevista.

Outro fato a ser registrado é o espaço físico destinado ao CNDI.

Diferentemente do que se poderia esperar para um Conselho que tem finalidades tão

relevantes para o povo brasileiro, o CNDI tem funcionado em espaços inadequados e

incompatíveis com suas funções. Quando da transferência da SDH para a atual

localização no Edifício Parque da Cidade Corporate, a promessa era de garantir ao

Conselho melhores condições de funcionamento. Porém, ao longo da atual gestão,

com total desconhecimento do Conselho, que era sempre surpreendido, o CNDI foi

trocado de lugar várias vezes e, a cada modificação, viu seu espaço reduzido e

fragmentado, sem local de acolhida dos conselheiros nem para a Presidência do

Conselho. Somente em outubro de 2012, o CNDI retorna para o local que ocupava no

início dessa gestão, com a garantia de uma sala para a acolhida dos conselheiros e

da sua Presidência.

Finalmente, ao longo destes dois anos, e mais especialmente em 2012, o

CNDI trabalhou sem que houvesse a degravação dos registros das plenárias, em

razão de descontinuidade dos convênios da SDH com as empresas que realizam

este serviço. Isso impediu a publicação de atas e dificultou o seguimento das pautas

pelo Conselho.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

66

5. As pedras no caminho

O Conselho atua produzindo resoluções que para terem efeito devem ser

aprovadas no plenário. Para ter efeito externo, a resolução precisa ser publicada, não

sendo cabível o Conselho ficar refém da decisão do gestor para a publicação. Uma

vez o plenário tendo aprovado uma Resolução, inclusive com a participação do

próprio gestor federal - Secretaria de Direitos Humanos – que tem assento no

Conselho, a Resolução deveria ser imediatamente encaminhada para a publicação.

Esse seria o caminho natural, caso fosse respeitada a competência e a autonomia do

CNDI.

Porém, apesar das cobranças do Conselho, os fluxos para a publicação de

resoluções e para a execução de ações definidas pelo CNDI ainda não estão claros.

Por exemplo, entre a decisão em plenário e a publicação da resolução, os tempos

são variáveis, a depender do interesse do gestor, havendo inclusive resoluções não

publicadas, por vontade unilateral do gestor. Assim, como tem funcionado, na prática,

a decisão de publicar ou não fica a critério do gestor.

Apesar de reconhecer o inexistente apoio técnico-administrativo, não se

justifica o retardo na publicação, pois a Resolução já sai preparada pelo Conselho. É

de se registrar que tal ingerência já acontecia na gestão anterior, cuja publicação da

Resolução nº 7 que tratava do Fundo Nacional do Idoso somente veio a ser publicada

em 23 de novembro de 2011, com mais de um ano de atraso e às vésperas da 3ª

Conferência. Na atual gestão, o mesmo processo se repetiu, inclusive com

resoluções ainda não publicadas.

Esta forma de tramitar uma decisão do CNDI coloca o Conselho submetido à

figura de um censor que não deveria existir e desqualifica o Conselho do seu papel

de controle democrático. Além disso, nessa gestão, antes de seguirem para a

publicação no DOU, as Resoluções têm passado por outra instância, sofrendo o crivo

da Advocacia Geral da União, na SDH.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

67

Há que se considerar que, no CNDI, há representação de renomadas

entidades jurídicas de defesa dos direitos da pessoa idosa, tais como os

representantes da Defensoria Pública, da OAB, do Ministério Público, todos com

ampla vivência e expertise na área do envelhecimento.

Outra dificuldade foi a pouca visibilidade dos direitos da pessoa idosa na

página da SDH, que se manteve desatualizada, sem espaço de divulgação de

agenda e de eventos, inclusive da 3ª Conferência, a qual somente apareceu no site

faltando dias para sua realização.

Além disso, a integração com os conselhos estaduais e municipais e com as

instituições nacionais e estrangeiras que defendem os direitos dos idosos é crucial,

mas ainda muito restrita.

Dessa breve análise, depreende-se que é grande a responsabilidade de todos

uma mudança de olhar sobre a velhice para que seja compreendida como conquista

social, em prol da visibilidade, da divulgação e da defesa dos direitos da pessoa

idosa. Portanto é fundamental realizar um intenso movimento de politização do

cidadão brasileiro, de todas as idades, para reconhecer o direito à velhice com

dignidade como a concretização do respeito do direito à vida.

6. A 3ª Conferência Nacional dos Direitos do Idoso

A 3ª Conferência aconteceu com muitos entraves administrativos e em um

clima de grande insegurança quanto à sua realização. A título de exemplos:

- a cem dias do evento, sem que houvesse um movimento da SDH de decisão

sobre as empresas que realizariam a logística e a divulgação do evento, o Conselho

encaminhou e-mail à Ministra externando a sua preocupação com essa lentidão e

recebeu em resposta a garantia de que na plenária o CNDI receberia relatório por

escrito sobre o andamento das questões. Isso não aconteceu;

- o Conselho questionou o local escolhido para a realização da Conferência

pela SDH que apresentava restrições na acessibilidade, mas não foi considerado;

- a Comissão Organizadora e o CNDI solicitaram a realização de reuniões

entre a Comissão e Organizadora e o Comitê Executivo (SDH) que não aconteceram.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

68

O Comitê somente foi definido e publicado pela SDH em 05 de novembro de 2011, a

menos de 20dias da realização da Conferência;

- em plenária, a então Secretária Nacional de Promoção de Direitos Humanos

Sra. Nadine Monteiro Borges, afirmou que tudo estaria sanado e que o Conselho não

tinha porque se preocupar com a logística do evento, mas graves problemas desta

ordem ocorreram confirmando as preocupações do CNDI, tais como as falhas da

Secretaria do evento; a falta de receptivo para as delegações; a falta de alimentação

para os participantes no dia da chegada; o desconhecimento dos hotéis pelos

responsáveis pelo traslado; a falta de acessibilidade no local do evento; crachás

idênticos para todos, entre outros;

- o CNDI elaborou uma lista na qual apresentava mais de 20 pontos pendentes

sobre a execução da Conferência, os quais, a menos de uma semana do evento,

permaneciam em aberto e, embora houvesse solicitado à SDH, não teve acesso a

decisões primárias, como local de hospedagem, esquema de traslado, entre outros.

Outra situação de conflito entre o CNDI e a SDH foi a doação de R$

500.000,00 que o Ministério da Saúde, membro da Comissão Organizadora da 3ª

Conferência, destinou a este evento. O empenho dessa verba, cujos recursos

estavam disponíveis para pronto repasse para a SDH, serviria potencialmente para a

melhoria das condições de transporte e hospedagem dos delegados idosos. A SDH

dispensou essa verba, contrariamente à decisão da Comissão Organizadora da 3ª

Conferência e do próprio Ministério da Saúde, pasta de maior orçamento federal na

temática do idoso. Essa decisão do gestor, mais uma vez penalizou a execução da 3ª

Conferência, além de contradizer a prática da intersetorialidade e da parceria entre

ministérios determinada na Política do Idoso, tão desejável quando há carências

orçamentárias e de recursos. Além disso, a área técnica da Saúde do Idoso não pôde

utilizar a verba em favor da pessoa idosa, pois a decisão da SDH foi tomada muito

tardiamente. A área técnica da Saúde não pôde utilizar os recursos em prol da

pessoa idosa e quem pagou pela realização da 3ª Conferência foi o Fundo Nacional

do Idoso.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

69

De tudo isso, resultaram graves falhas de organização na execução da

Conferência9, decorrentes diretas do distanciamento da SDH das deliberações do

CNDI e da ausência dos representantes da SDH e da Secretaria do CNDI nas

reuniões e decisões da Comissão Organizadora.

A condução das Assembleias inicial e final da 3ª Conferência pela Ministra

Maria do Rosário também foi surpreendente, pois em nenhum momento isso foi

tratado com o Conselho, em uma gestão da sociedade civil. Ao final da Conferência,

a Ministra reconheceu as falhas mencionadas nas moções de repúdio à atuação da

SDH. Porém, apesar disso, não foi publicada a Resolução de homologação das

deliberações e os anais da Conferência aguardam informações da SDH para serem

divulgados.

7. O Fundo Nacional do Idoso

O Fundo Nacional do Idoso representa uma grande conquista para o segmento

idoso. Sua implementação é aguardada com ansiedade e as cobranças e pedidos de

informações vêm de todas as regiões do país.

A criação do Fundo Nacional do Idoso (Lei nº 12.213/2010) proposta em 1994,

mas somente definida por lei há 3 anos (Lei nº 12.213/2010, cuja vigência acontece

em 2011). A gestão do Fundo pelo CNDI introduz novos processos administrativos

para o CNDI e para o gestor federal. Os recursos devem ser utilizados e destinados

para fortalecer a conquista de direitos da pessoa idosa.

O CNDI precisou constituir um grupo de trabalho específico para subsididiar o

Conselho na implementação. Em fevereiro de 2012, o GT promoveu uma reunião

ampliada cuja pauta era: Fundo Nacional do Idoso – captação, aplicação, gestão,

monitoramento. Foram trabalhados:

9 Maiores informações sobre a 3ª Conferência podem ser encontradas em seus Anais - documento preparado pela Comissão Organizadora, apresentado e aprovado em plenária, durante a 57ª Reunião Ordinária, realizada em Fortaleza-CE, que deverá estar na página eletrônica da SDH.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

70

- Apresentação do CONANDA, Sr. Marcelo Nascimento (Secretaria Nacional

de Promoção de Direitos da Criança e do Adolescente, ex-conselheiro tutelar e

municipal de São Paulo/SP)

- Esboço do Passo a Passo para a utilização do Fundo, em que devem

constar:

a. Dinheiro do FNI somente se gasta por deliberação do CNDI;

b. Marcos legais do FNI: EI; Criação do CNDI, PNI, Instruções normativas

da Receita Federal do Brasil (fundos, CNPJ)

c. Resolução nº 7 do Conselho e Resolução de aperfeiçoamento para a

criação e funcionamento dos Fundos Nacional, Estaduais, Distrital e Municipais do

Idoso e dá outras providências: vinculação administrativa do FNI ao mesmo órgão

executivo responsável pela política na área; responsabilidade dos Conselhos;

Seleção de projetos via Edital; Monitoramento das ações; O doador/destinador pode

indicar prioridades aprovadas pelo Conselho; definição do que o Fundo pode

financiar; Definição das vedações do Fundo.

d. Experiência do Fundo Estadual Criança Adolescente – SP – R$ 100 milhões

– permite direcionamento de recursos para projetos específicos e para as Secretarias

públicas;

e. DBF: documento que comprova a renúncia fiscal por doação emitido

pela Secretaria de Gestão/SDH

f. Quem pode destinar seu imposto? Com esclarecimentos sobre Pessoa

física e Pessoa Jurídica;

g. Como destinar? GRU – Unidade Gestora – FNI – informar o código de

recolhimento – nº de referência – competência

h. Após a doação: a) o doador encaminha ao Conselho cópia da GRU com

autenticação bancária do pagamento para que o Conselho envie a ele o recibo da

doação efetuada; b) no prazo fixado, o Conselho, via SDH, encaminha

eletronicamente à RFB a Declaração de Benefícios Fiscais (DBF);

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

71

i. FNI vinculado administrativamente à SDH; opera por Edital público de

seleção de propostas; inscrição de projetos através do SINCONV desde 2008;

gerenciamento de projetos via SIAFI e SIGPLAN;

j. Avaliação externa do monitoramento de projetos, conforme um fluxo:

Análise de documentos (aptidão, certidões) pela entidade que solicita; se aprovado

para aplicação, vai para o CNDI que homologa – retorna à SDH para execução.

Outro momento foi a apresentação da Receita Federal, pelo Sr. Antônio

Henrique Lindemberg Baltazar que trouxe informações muito valiosas que trataram

da Lei 12.213/2010 que institui o FNI e autoriza a destinação de pessoas físicas e

jurídicas e da Instituição Normativa RFB nº 1.131, de 21/02/2011 – dedução de

pessoa física que optarem por modelo completo da Declaração de Imposto de

Renda.

O valor destinado é reduzido do valor de Imposto de Renda devido. Se houver

imposto a restituir ele soma ao que será restituído. A prestação de Informação ao

Contribuinte: é obrigatória a emissão de DBF ao doador. É permitida a doação de

bens móveis e imóveis por pessoas físicas ao Fundo. A prestação de Informação à

Receita inclui entregar impreterivelmente a DBF pelos Conselhos à RF no prazo

devido (1º de março).

Das Penalidades: a não emissão do comprovante pelo conselho ao destinador

e da informação na DBF sujeita o infrator à multa de R$ 80,79 a R$242,51, por DBF;

Pessoa Jurídica: pode destinar até 1% do IR devido, não cumulativa com o

Fundo da Infância e Adolescência (Lei 12.594, de 18 de janeiro de 2012).

O valor da dedução não é dedutível como despesa operacional. A dedução

não está incluída no limite de 4% do Fundo da Cultura e ao Audiovisual.

Não pode: declaração de IR por lucro presumido, arbitrado, de capital do

exterior, empresas optantes pelo simples.

Os Comprovantes, Prestação de Informação e Penalidades da pessoa física

são as mesmas da pessoa jurídica.

O Prof. Baltazar fez questão de fazer a distinção ente Destinação X Doação:

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

72

- Doação: doo o que é meu;

- Destinação: destino o que não é meu.

Lei 12.594 – a partir de 2012, a destinação da PF poderá ser feita de 01/01 a

30/04 na declaração do mesmo ano, diretamente na DIRPF até o limite de 3% do

IRPF devido; estabelece competências explícitas da fiscalização pelo MP.

Ele ressaltou a importância de atuar junto à Frente Parlamentar do Idoso, à

Comissão de DH (Senado e Câmara) para levar um projeto de lei que trate o Fundo

Nacional do Idoso à semelhança do tratamento dado ao Fundo da Infância e

Adolescência.

Sobre a dúvida quanto ao repasse Fundo a Fundo, cabe perguntar à

Secretaria do Tesouro Nacional sobre essa possibilidade. Quanto à destinação

dirigida: não há vedação legal. O Prof. Baltazar apresentou as conclusões da

Monografia de Alfredo Laydner na pós-graduação da ESAF. Não há previsão

normativa sobre o assunto. Quanto à nulidade dos arts. 12 e 13 da Resolução nº

137/2010 do Conanda (21ª Federal da Seção Judiciária do DF), há que se aguardar a

definição da Justiça.

Nesta reunião, ficou evidente a necessidade de:

- produzir a resolução do CNDI sobre o Fundo, com efeito vinculante sobre os

demais conselhos;

- verificar na LOA a Rubrica de destinação ao Fundo;

- solicitar à SDH o apoio à efetiva operacionalização do Fundo Nacional do

Idoso;

- estabelecer soluções ágeis e seguras, construir o diagnóstico; documentos;

- elaborar e disponibilizar o Manual do Fundo;

- criar um Fórum de Discussão e Capacitação;

- divulgar os projetos financiados e os parceiros;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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- convidar os doadores a conhecer os projetos beneficiados;

- monitorar os projetos aprovados;

- divulgar os balanços orçamentários e financeiros do Fundo.

Porém, a falta de operacionalização e o pouco envolvimento da SDH com a

efetiva implementação do Fundo nessa gestão, contribuíram para a não aplicação e

redução dos recursos. Ocorre que a 1ª destinação do Tesouro Nacional para o FNI

foi de R$ 4.200.000,00, dos quais R$ 1.200.00,00 foram destinados à realização de

3ª Conferência Nacional, fato que foi questionado em plenário pelos conselheiros. O

restante dos recursos não foi utilizado, pois não houve publicação de editais pela

SDH. Decorrente disso, em 2012, o Tesouro destinou somente R$1.400.000,00,

seguindo o princípio de não investir em quem não utiliza os recursos. Mesmo com

outro grupo de trabalho específico e discutindo com os técnicos da SDH, fica a

impressão de que sempre se volta ao ponto de partida. Essa indefinição e a não

publicação de editais pela SDH e das resoluções do CNDI que orientam a utilização

dos recursos comprometeram a captação e a aplicação de recursos para o Fundo.

Em outubro de 2012, a SDH anunciou o 1º repasse trimestral de recursos

conseguidos junto aos Correios e Telégrafos captados para o Fundo.

Ainda este ano, será necessário utilizar o saldo remanescente do Fundo, antes

do término do ano fiscal, que se encerra em 07 de dezembro próximo. Mas não será

mais possível emitir editais, devendo o CNDI realizar a busca ativa nos Estados

interessados em submeter projetos, conforme a orientação definida em plenária do

Conselho.

8. A Política Nacional do Idoso

Desde a publicação da Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/1994), a gestão

federal da Política já esteve no Ministério da Previdência e Assistência Social; no

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no Ministério da

Justiça/Secretaria Especial de Direitos Humanos e, desde março de 2009, encontra-

se sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da

República (Decreto nº 6.800/2009). É importante compreender que tal troca não se

deveu a uma disputa ministerial pela Política ou pela causa da pessoa idosa, e sim à

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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dificuldade de vinculação da defesa do interesse do segmento idoso nas pastas por

que passou, em que sempre figurou como uma política marginal.

Em princípio, a vinda da temática do idoso para a área dos Direitos Humanos

foi considerada um avanço, uma vez que a questão do envelhecimento é um tema

que atravessa múltiplas políticas, à semelhança do que acontece com as temáticas

da Criança e do Adolescente e das Pessoas com Deficiência, políticas que já se

encontravam na SDH. Porém, no Regimento Interno da SDH publicado em 2010 e

até o presente, gerir a Política Nacional do Idoso não aparece entre as atribuições da

SDH.

No governo Dilma, a Secretaria de Direitos Humanos integra a Presidência da

República e trata de questões muito graves, sendo evidente que sua estrutura e

orçamento estão subdimensionados em relação à relevância do seu tema. Além

disso, a SDH não dispõe de estrutura própria de atuação em Estados e municípios,

ficando, portanto, dependente de outras políticas para a execução de seus

programas e é carente de interlocução com os outros ministérios.

O CNDI (gestão 2010-2012) compreende como gestor federal da Política

Nacional do Idoso a Secretaria de Direitos Humanos, sendo a natural gestora da

política, a própria Ministra, a qual por estar em nível semelhante ao de outros

ministros de Estado promoveria a intersetorialidade preconizada pela norma. Na

estrutura da SDH, existe uma Secretaria Nacional de Promoção, Proteção e Defesa

dos Direitos Humanos, na qual se encontra a coordenação da Política do Idoso,

atualmente nominada Coordenação Geral dos Direitos do Idoso, que conta com dois

servidores comissionados e um funcionário contratado.

Porém, para ser eficiente na articulação da Política Nacional do Idoso, a SDH

precisaria se envolver com o tema e dispor nos seus quadros de servidores com

vivência junto ao segmento idoso e competência gerontológica.. A cobrança dessa

vivência gerontológica desejável ao exercício do cargo não é infundada, pois se trata

da gestão da política nacional, em que cabe alguém com acúmulo nas discussões,

com a bagagem de quem conhece a realidade e até os personagens das políticas e

da militância do segmento idoso, para facilitar a compreensão e a defesa da pessoa

idosa dentro da própria SDH e o diálogo com as outras pastas. Durante essa gestão,

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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três pessoas diferentes10 ocuparam a Coordenação da Política/ dos Direitos do Idoso,

com períodos de descontinuidade, conforme denunciado pela Moção de Indignação

apresentada pelo Fórum Nacional Permanente da Sociedade Civil em Defesa dos

Direitos da Pessoa Idosa apresentada e acatada pela 3ª Conferência.

7.1 A Política Nacional do Idoso nos Ministérios

Para subsidiar a avaliação da PNI que aconteceria na 3ª Conferência, o CNDI

oficiou cada uma das pastas citadas na PNI com questionamentos sobre a gestão e a

previsão orçamentária destinada à pessoa idosa e sobre como acontecia a

articulação interministerial. Porém, as pastas foram muito lentas em responder, sendo

que algumas somente o fizeram ao longo de 2012 e outras nunca responderam.

Nenhuma respondeu às questões referentes à articulação interministerial e à

previsão e execução orçamentárias.

Dessa forma, foi possível constatar o quanto o segmento idoso e a questão do

envelhecimento não são prioridade de governo, o que também pode ser visto a partir

da falta de uma agenda de ações concretas e de orçamento público para ações

específicas.

Durante a 3ª Conferência Nacional de Direitos da Pessoa Idosa, cujo tema foi

“O Compromisso de Todos para um Envelhecimento Digno no Brasil”, a Conferência

Magna “Nara Costa Rodrigues” foi proferida pela Sra. Ana Amélia Camarano, IPEA,

na qual ela definiu:

“Assume-se que o envelhecimento digno se dá quando a população alvo tem acesso a todos os seus direitos, que são os estabelecidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelo Estatuto do Idoso” (Camarano, 24 de novembro de 2011).

Ao longo de sua palestra, Camarano demonstrou com dados de pesquisas

nacionais como e ou quanto cada uma das políticas descritas no Estatuto do Idoso

tem sido efetivada pelo Estado brasileiro.

A título de exemplo, o direito à Saúde atesta ser assegurada a atenção integral

à saúde do idoso, por intermédio do SUS, garantindo-lhe acesso universal e 10 A saber: Sandra Gomes que atuou até maio de 2011; Márcia Cristina de Oliveira de novembro de 2011 a março 2012 e desde abril de 2012, o cargo é ocupado por Neusa Pivatto Müller.

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igualitário (Art. 15). Essa é a realidade para 100% da população brasileira usuária do

SUS, mas de modo ainda mais relevante para aproximadamente 70% dos idosos

brasileiros, que não têm planos privados de saúde, ou seja, dependem totalmente da

Rede SUS. Esta proporção é muito maior na região Nordeste, comparada à Sudeste,

84,9% e 61,7%, respectivamente.

Outra demonstração de descumprimento do Estatuto acontece no artigo 29 do

que estabelece que

"os benefícios de aposentadorias e pensões do regime geral da previdência social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram a contribuição, nos termos da legislação vigente" (Estatuto do Idoso, Art. 29).

Quanto à renda, a partir das mudanças instituídas pela Constituição Federal de

1988, observa-se um grande impacto na preservação e elevação da renda dos

beneficiários da Previdência Social que recebem até um salário mínimo, reforçada

por ganhos reais neste salário na última década. Porém, recentemente, o governo

federal, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário permitem que as pessoas cujo

valor do benefício previdenciário é superior a um salário mínimo experimentem

perdas reais de renda.

Chegando à metade do governo Dilma, ainda não está definido um projeto de

governo claro sobre a temática do envelhecimento. Não há uma agenda social que

inclua os vários ministérios envolvidos e que acolha a contribuição do próprio CNDI

neste sentido. Assim, a gestão federal continua vazia de projetos, programas e ações

voltados para o segmento idoso e não se sustenta sem orçamento.

Além disso, a política intersetorial de cuidado (domiciliar e institucional) não

está formatada e as macropolíticas da Saúde e da Assistência Social têm ações

subdimensionadas para o tamanho de suas responsabilidades junto ao segmento

idoso. Ambas as políticas são universais, mas este segmento não é prioritário e

pautar o envelhecimento nessas pastas tem sido muito difícil. A população idosa

muitas vezes é vulnerável, mas reside em locais não cobertos pela Estratégia Saúde

da Família (SUS) e ou que não são território dos Centros de Referência da

Assistência Social (SUAS). Quando estabelecidos no território da ESF e do CRAS, o

idoso e sua família experimentam a dificuldade de integração dessas duas políticas,

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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com ações contraditórias e com um notável despreparo dos profissionais no trato das

questões do envelhecimento.

9. A participação do CNDI e do Brasil em eventos internacionais sobre o

envelhecimento

A gestão (2010-2012) coincidiu com a celebração dos dez anos da elaboração

e das ações do seguimento do Plano de Ação Internacional de Madri sobre o

Envelhecimento.

Em agosto de 2011, o Brasil participou de reunião em Nova York do Grupo de

Trabalho pelo Envelhecimento, que contou com a participação do então Secretário

Executivo da SDH, Sr. Ramaís de Castro Silveira, e com a participação do CNDI na

delegação brasileira representado pela conselheira Yélena Monteiro Araújo (AMPID),

sem ônus para o governo federal. Naquele evento, o representante da SDH

comprometeu-se a apresentar na próxima reunião as ações desenvolvidas pelo

Brasil, em alinhar ações em campos específicos, como as instituições de longa

permanência para idosos e alinhar instrumentos, programas e ações com a América

Latina.

Na 3ª reunião do mesmo grupo, acontecida em agosto de 2012, o governo

federal não apresentou o relatório prometido nem enviou qualquer representante,

apesar da disposição do CNDI em participar, sem ônus para o Estado.

Em maio de 2012 foram realizadas, em San José de Costa Rica: a Reunião

Regional da Sociedade Civil sobre Envelhecimento Madri + 10: do Plano à Ação11 (de

6 a 8 de maio) e a Conferência Intergovernamental da América Latina e Caribe Madri

+ 1012 (de 9 a 11 de maio).

Naquele evento, além da embaixadora do Brasil na Costa Rica, o Brasil estava

representado por uma delegação brasileira composta pela coordenadora Geral dos

Direitos do Idoso, Sra. Neusa Pivatto Müller; o assessor internacional Welliton

Caixeta Maciel; o conselheiro e representante do Ministério das Relações Exteriores,

11 Evento convocado pela Coordenação de Organismos da Sociedade Civil da América Latina e Caribe, CORV; o Programa Reginal Adulto Maior Caritas na América Latina e Caribe, PRAM-Caritas e Organismos da Sociedade Civil da Costa Rica. 12 Conferência convocada pela Organização das Nações Unidas.

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Sr. Frederico Peres e como representantes do CNDI, a Presidente Karla Giacomin e

a conselheira Paula Regina de Oliveira Ribeiro. Além destes, também integrava a

delegação a representante do Ministério Público, promotora Iadya Mayo. Em razão

da impossibilidade de voo da presidente do CNDI e do assessor internacional, a

delegação se restringiu aos demais componentes. Ressalte-se que a conselheira

representante do CNDI e da Defensoria Pública e membro oficial da delegação

brasileira não pôde participar do almoço com a embaixadora por falhas de

comunicação com a representação governamental, conforme registrado no plenário

da 56ª Reunião Ordinária do CNDI.

Em setembro o CNDI representado pela Conselheira Nacional da Ordem dos

Advogados do Brasil, Adriana Zorub Fonte Feal, o Brasil da participou da cerimônia

de abertura da Ambient Assisted Living Forum – AAL 2012, intitulada: “Tomorrow in

sight: from design to delivery” (O Amanhã à vista: Do projeto à entrega, em livre

tradução). No referido evento, o Brasil elegeu a temática sobre Políticas Públicas que

tratou das políticas fora da Europa, tendo participado os seguintes países: Japão,

Coreia do Sul, Brasil e Canadá. Cada um dos quatro países apresentou o que há de

políticas públicas no segmento da pessoa idosa e no tocante ao desenvolvimento de

tecnologias e inclusão digital, voltados para a assistência e cuidados domiciliares. O

CNDI não conseguiu obter informações junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia,

que se manteve ausente do CNDI desde a 50ª reunião ordinária do Conselho.

A OEA realizou de 21 a 23 de setembro, na cidade de Buenos Aires a reunião

do governo argentino com a OEA para discutir os artigos de 1 a 10 da minuta da

Convenção a ser negociada em 15 de outubro de 2012, na OEA, em Washington. No

evento realizado na Argentina, o Brasil foi representado apenas pelo Ministério da

Previdência Social, não tendo comparecido representantes da SDH, apesar de em

plenário do CNDI o representante do Ministério das Relações Exteriores ter

ressaltado a importância da participação naquele evento. No evento de outubro da

OEA, novamente não houve participação do gestor federal da Política do Idoso.

As reuniões da OEA para negociação da Convenção serão realizadas

bimestralmente até abril de 2013. O grupo de trabalho sobre a Convenção dos

Direitos da Pessoa Idosa é presidido pela missão da Argentina junto à OEA.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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Em fevereiro de 2013 será realizada a 51ª Reunião de Desenvolvimento Social

da ONU, ocasião em que será realizado paralelamente um evento de âmbito mundial

sobre o envelhecimento, sendo muito importante a representação do CNDI neste

evento.

Outro evento internacional de destaque foi a realização da Conferência Rio

Mais 20, no Rio de Janeiro. O conselheiro Marcos Wandresen (COBAP) participou de

um seminário de preparação para este evento, porém, em razão de agenda

coincidente com o pleno do Conselho, o CNDI não pôde participar diretamente do

evento. Os direitos e interesses da pessoa idosa foram defendidos pelo Fórum

Nacional Permanente da Sociedade Civil pelos Direitos da Pessoa Idosa que teve

uma tenda na Cúpula dos Povos e realizou atividades nos três dias do evento. No dia

15 de junho de 2012, o Fórum Permanente promoveu um ato público e a

manifestação pelo Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa

Idosa. Nos dias 16 e 17 de junho, foram realizados seminários, rodas de conversa e

oficinas que abordaram os temas envelhecimento, gênero e economia verde,

culminando no dia 18 de junho com a realização de uma caminhada das mulheres

idosas.

Nestes dois anos, a julgar pela participação do Brasil nos eventos de

Washington, Costa Rica, Buenos Aires, Rio + 20, a impressão que fica é a de que a

representação do Brasil em eventos internacionais de defesa dos direitos da pessoa

idosa diminuiu. A liderança que o país sempre teve no movimento pela efetivação de

uma Convenção de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa precisa ser revigorada.

A Ministra de Direitos Humanos não participou de nenhum evento internacional

sobre a temática do envelhecimento.

10. O relacionamento com o Poder Legislativo

Nessa gestão, o CNDI acompanhou de perto e influiu com a proposição de

emendas e de sugestões de projetos de lei, em tramitação no Congresso Nacional,

com destaque para os debates sobre o Plano Nacional de Educação, o Código Penal,

o PL Cuidador de Idosos, entre outros. O CNDI também participou de audiências

públicas sobre vários temas, tais como os empréstimos consignados, a defesa do

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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consumidor, a Regulamentação da Profissão do Cuidador de Idosos; em

comemoração aos 10 anos do CNDI.

Em março de 2012, durante o “Seminário Um Brasil Mais Velho: o novo Perfil

do Consumidor Idoso”, a Presidente do CNDI apresentou o tema “Avanços,

retrocessos e desafios: acesso do consumidor idoso na saúde pública e suplementar”

demonstrando as dificuldades de acesso aos serviços de saúde pelas pessoas

idosas que dependem de cuidados prolongados, de transporte sanitário, de atenção

domiciliar. Falta respeito aos direitos à acessibilidade, à privacidade e à discrição,

para o acolhimento de idosos e acompanhantes, na imensa maioria dos serviços de

saúde públicos e privados. O país assiste à permanência de idosos em macas

sucateadas, em áreas contaminadas, em ambientes promíscuos de atendimento nas

áreas de urgência e emergência de clínicas e hospitais, enquanto aguardam por

atendimento e leitos hospitalares, por horas ou dias. Há um contingente crescente de

idosos abandonados em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento porque as

famílias não conseguem cuidar e o Estado brasileiro não garante os recursos

necessários para o cuidado de pessoas idosas ou não com incapacidades graves. Há

falta de vagas em UTI de Adultos para acolher idosos que morrem diariamente

excluídos pela lógica perversa da escolha baseada no critério idade e não na

condição da pessoa. Por sua vez, muitos idosos permanecem em leitos de CTI,

mesmo sem possibilidades terapêuticas, porque em todo o país: faltam serviços e

capacitação em cuidados paliativos. A presidente defendeu respeito à Integralidade

no sistema público, com garantia de investimento ao longo de todo o ciclo da vida e a

inclusão do critério “Família com Idosos frágeis” como critério para o

dimensionamento das coberturas e capacidades das equipes de Saúde da Família.

No âmbito do sistema privado, o cumprimento dos contratos, a não mercantilização

da vida, a garantia de cuidados de longa duração, a oferta de Reabilitação e de

insumos para os idosos dependentes de cuidados.

O CNDI participou ativamente das audiências públicas promovidas pelo

gabinete da Senadora Marta Suplicy sobre o PL Cuidador de Idosos do sem.

WaldemIr Moka, em Brasília e em São Paulo. A preocupação é de garantir a

compreensão de que o cuidador não é profissional de saúde. Ficou evidente que é

preciso trazer as políticas de Educação e de Trabalho e Emprego para se envolverem

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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com a temática e vencer as resistências no Ministério da Saúde para compreender a

urgência dessa regulamentação.

A comemoração dos 10 anos do CNDI teve espaço na Câmara dos

Deputados, em 14 de junho de 2012, no Auditório Freitas Nobre da Câmara Federal.

A solenidade contou com a participação e o pronunciamento da Exma. Ministra Sra.

Maria do Rosário, da deputada Flávia Morais presidente da Frente Parlamentar Mista

do Idoso e do deputado Vítor Paulo, presidente da Frente Parlamentar e ainda com o

Secretario Distrital do Idoso Sr. Ricardo Quirino, além da presidente do CNDI, Karla

Giacomin e da vice-presidente do CNDI e Secretária Nacional de Promoção e

Proteção dos Direitos Humanos, Sra. Salete Valesan Camba.

O momento foi de grande relevância, pois em suas considerações a Ministra

dos Direitos Humanos e gestora federal da Política do Idoso afirmou que “é tempo de

efetivar os direitos que estão previstos em leis e que a questão do idoso é um tema

de hoje”. A Ministra anunciou que em um ano o Disque 100 recebeu mais de 44000

denúncias de violência contra a pessoa idosa, e que entende que isso seja parte de

um diagnóstico do problema o que reforça a necessidade de ações de prevenção e

de proteção das pessoas idosas vítimas de violência doméstica, institucional,

patrimonial, financeira, sexual, entre outras. Afirmou a necessidade de construir uma

política para instituições de longa permanência e que a SDH está trabalhando para

realizar um levantamento das instituições fechadas, reconhecendo as violências ali

cometidas como crimes de tortura.

No seu discurso a Ministra Maria do Rosário comprometeu-se a:

- tornar 2013 o ano da Política Nacional do Idoso no governo federal;

- levar para a assinatura da presidenta Dilma o decreto do Compromisso pelo

Envelhecimento Ativo para a criação de um Comitê Interministerial no Executivo

Federal que funcionará como um embrião do Plano Nacional pelo Envelhecimento a

ser trabalhado junto com o CNDI;

- trabalhar pela criação da Secretaria Nacional do Idoso como secretaria

temática importante do governo federal, e

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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- realizar ainda no segundo semestre uma reunião com o colegiado de

gestores estaduais da política do idoso.

Além disso, a ministra sugeriu ao CNDI elaborar uma carta de intenções para a

temática do envelhecimento a ser encaminhada a todos os candidatos a prefeitos e

posteriormente a governador e a Presidente da República.

A Ministra também anunciou a liberação imediata de uma verba de R$

5.000.000,00 para o Fundo Nacional do Idoso da emenda parlamentar do Deputado

Federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), uma vez que o Fundo do Idoso já pode ser

operacionalizado a partir da publicação da Resolução do CNDI e do novo Regimento

aprovado na última plenária do CNDI.

No plano internacional, a Ministra realçou a participação do Brasil na Costa

Rica, no evento preparatório da Conferência Madrid + 10, informou que o Brasil

sediará evento semelhante em 2013 e que o Brasil trabalha pela aprovação da

Convenção Internacional pelo Envelhecimento.

Ao final, o CNDI prestou homenagem a entidades que se destacam na defesa

dos direitos da Pessoa Idosa: o Serviço Social do Comércio, a Pastoral da Pessoa

Idosa, a Sociedade São Vicente de Paulo, a Confederação Nacional dos

Trabalhadores na Agricultura, a Confederação Brasileira de Aposentados e

Pensionistas, os Fóruns Permanente Nacional Permanente da Sociedade Civil pelos

Direitos da Pessoa Idosa, os gestores estaduais na representação da

Superintendência de Políticas para a Pessoa Idosa da Secretaria Estadual de

Assistência Social e de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, a Associação Brasileira

de Alzheimer, e na pessoa da Sra. Lúcia Rosa Gomes, pelos serviços prestados ao

CNDI.

O CNDI entende que este dia foi um marco positivo na história do Conselho,

mas muitas das promessas ainda precisam ser cumpridas.

Em setembro de 2012, o CNDI participou de audiência pública na Comissão de

Direitos Humanos, promovida pelo Senador Paulo Paim, sobre o PL Cuidador de

Idosos, juntamente com representantes da Secretaria de Políticas para Mulheres, do

IPEA, da PUC-DF, de instituições de formação de cuidadores, além da Exma.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

83

Ministra Maria do Rosário. Na ocasião o CNDI traçou um panorama dos 10 anos do

Conselho e dos desafios que o Conselho enfrenta: o primeiro deles é a falta de

autonomia, prerrogativa fundamental para o exercício de sua função de controle

democrático. Pois, na prática, o CNDI depende para funcionar da estrutura

administrativa do próprio órgão gestor que ele deveria fiscalizar. A mesma situação

se repete nos níveis estaduais, do Distrito Federal e municipais.

O segundo desafio é a incompreensão acerca do papel do Conselho de

Idosos, nas três esferas de governo, com a dificuldade dos representantes do

governo em escutar críticas. Além disso, somente um terço dos municípios brasileiros

tem conselhos de idosos, em condições precariíssimas de funcionamento, com

representações governamentais e não governamentais frágeis e um poder muito

limitado em controlar o Estado.

O terceiro desafio é a falta de implementação da Política Nacional do Idoso e

de respeito ao Estatuto do Idoso, especialmente no que concerne às políticas de

Educação, Saúde, Assistência Social, Previdência Social, Trabalho e Emprego,

Cultura, Esporte e Lazer, às condições de acessibilidade das cidades e ao

enfrentamento de todas as formas de violência contra a pessoa idosa.

Porém, o maior desafio é criar urgentemente um ambiente político e social em

que a pessoa idosa seja compreendida como uma riqueza da sociedade - um

patrimônio humano que jamais pode ser dispensado, ignorado, esquecido ou

excluído. Vivemos em uma cultura que tem a juventude como valor e em um país que

assumiu como imagem mitológica a de ser eternamente um país jovem e do futuro,

enquanto são largamente tolerados a discriminação e o pré-conceito contra a velhice

e contra as pessoas idosas, nos lares, nas mídias, nas instituições e na sociedade

brasileira. Apesar de toda a urgência, o Estado brasileiro tem adiado a discussão

acerca do acelerado processo de transição demográfica por que passa o país, apesar

das repercussões diretas em todas as políticas públicas, a partir de demandas

específicas da parcela idosa e do redimensionamento das demandas dos demais

grupos etários.

Mudar este panorama é o desafio colocado para o CNDI e para todos os

brasileiros, mulheres e homens, de todas as idades, pois a velhice é fase natural da

condição humana e, salvo pela morte precoce, chegará para todos.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

84

Neste sentido, a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa propôs

como deliberação prioritária a criação de uma Secretaria Nacional do Idoso que

congregue competências, que tenha como pautas exclusivas e prioritárias o

envelhecimento, a defesa do segmento idoso e a preparação do país para essa nova

configuração demográfica, a partir da inclusão deste tema em todas as pastas

ministeriais, no parlamento brasileiro e no Judiciário. Não há mais como nem por que

adiar. O momento de se criar essa Secretaria Nacional do Idoso é agora.

11. O relacionamento do CNDI com os Conselhos e Movimentos sociais de

idosos

Ao longo de toda a gestão o Conselho participou de eventos em todo o país,

em apoio à atuação de entidades da sociedade civil e ao fortalecimento dos

conselhos de idosos.

Em março de 2011, o CNDI recebeu integrantes do Fórum Permanente da

Sociedade Civil em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa13, em Brasília, para tratar de

extensa pauta que incluía a solicitação de informações sobre:

- o posicionamento do CNDI sobre a coordenação e articulação da Política

Nacional do Idoso, inclusive o questionamento sobre a razão da inexistência de uma

Secretaria Nacional de Promoção de Direitos da Pessoa Idosa;

- os recursos do CNDI para a realização do 3º Encontro Nacional de Fóruns da

Sociedade Civil;

- espaço para a realização da Roda de Conversa dos Fóruns Permanentes da

Sociedade Civil em Defesa de Direitos da Pessoa Idosa, durante a 3ª Conferência

Nacional.

O Fórum cobrou a divulgação imediata das atas das reuniões ordinárias, de

relatórios, resoluções e outras deliberações do CNDI e a divulgação de informações

disponibilizadas na página do CNDI, inclusive a composição atual do Conselho e

13 Serafim Fortes Paz (RJ); Antônio Pompeu (CE); Milton Machado Júnior (BA); Romilda Machado (BA); Jailton Tuller (RJ); José Araújo (PR); Madalena Moda (PA), Patrícia Novo (PR) e Belanísia Ribeiro dos Santos (BA).

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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outras informações sobre as entidades, órgãos e instituições de interesse da pessoa

idosa.

Na mesma reunião, os representantes do Fórum reivindicaram a garantia de

que os assentos da Sociedade Civil fossem ocupados exclusivamente por

representantes da sociedade civil.

No mesmo dia, o CNDI acompanhou o Fórum em agenda com a Ministra Maria

do Rosário, a qual não pôde comparecer, em razão da tragédia do Realengo,

ocorrida no Rio de Janeiro (RJ).

Em abril de 2012, a Presidência do CNDI reuniu-se com representantes da

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e da SDH para tratar desse assunto,

pois havia um convênio entre a SDH e a UFMS que previa a construção desse

sistema. O representante da SDH esclareceu que a política de comunicação de

órgãos governamentais e, especialmente aqueles ligados à Presidência da República

era diferenciada, com várias restrições de publicidade. Em julho de 2012, o referido

convênio, embora dissesse respeito a assunto de interesse direto do CNDI, foi

rompido unilateralmente pela SDH, sem dar qualquer conhecimento ao Conselho.

12. O CAMINHO DAS PEDRAS: SUGESTÕES PARA A GESTÃO 2012-2014

A nosso ver o caminho das pedras é buscar o diálogo e o comprometimento do

governo brasileiro com a efetivação da Política Nacional do Idoso e com o que está

construído no âmbito nacional e internacional sobre o envelhecimento. Como visto,

os desafios são grandes. Essa gestão que termina deseja que a gestão 2012-2014

assuma com toda coragem o seu papel e deixa como sugestões:

- O Planejamento Estratégico 2011-2015:

O Planejamento apresentado traz subsídios para o entendimento em relação

ao CNDI e aos temas estratégicos eleitos pela gestão 2010-2012. Ele deve ser

atualizado em relação às deliberações da 3ª Conferência e aos anseios da próxima

gestão;

- As políticas:

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

86

Envelhecer com dignidade é um direito personalíssimo que exige cuidado ao

longo de todo o curso da vida. Isso significa a construção de políticas para pessoas

de todas as idades, gêneros e condição social, eficientes ao longo de todo o curso da

vida, desde a concepção à velhice - e transversais – inclusivas, multi-setoriais e de

caráter interdisciplinar. . Ao envelhecer cada um constrói esta etapa da vida com

base no que teve ou não teve em termos de recursos, em uma perspectiva de curso

de vida, contínuo e multifacetado. Uma vez envelhecida, a pessoa viverá por tempo

indeterminado e de uma maneira única. Esse processo individualizado representa um

desafio a mais para os serviços públicos, acostumados a utilizar protocolos uniformes

e generalizáveis e a funcionar de forma isolada. Por isso é urgente, conforme propõe

o Eixo I da 3ª Conferência: Pactuar Caminhos Intersetoriais, quais sejam:

- a inclusão da pessoa idosa e do envelhecimento em todas as políticas, com

garantia de respeito à sua especificidade;

- o tema Políticas de Cuidado seja fortemente tratado, com a participação dos

vários ministérios e entidades envolvidos, com ênfase em políticas de atenção

domiciliar, de cuidados prolongados, de cuidados paliativos e na

regulamentação da profissão do cuidador de idosos;

- o apoio à família para o cuidado, com a criação de serviços como centros-dia,

centros de convivência, centros de cuidado, entre outros;

- a previsão do aumento de renda, no caso da pessoa idosa com dependência;

- a construção de um grande movimento de abertura das instituições de longa

permanência para as comunidades, com a melhoria dos cuidados e a

perspectiva de investimento efetivo das políticas de Assistência Social, Saúde,

Esportes, Cultura, Educação, nestes espaços, respeitando o direito

constitucional de ter acesso à Assistência Social de forma não contributiva;

- a revisão e publicação do Pacto de Envelhecimento Ativo e do Plano

Nacional de Enfrentamento à Violência, atualizados e dimensionados ao

momento político do Brasil;

- o apoio aos Jogos Nacionais da Pessoa Idosa;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

87

- o enfrentamento à violência, com pactuação de fluxos com o Disque 100 e

retomada de ações como Observatório do Idoso, entre outras.

- a atuação do Conselho:

- a implementação do Fundo Nacional do Idoso:

Vencer as dúvidas, superar a hesitação e trabalhar pela captação de

recursos e pela destinação responsável e equitativa do Fundo. O que significa: -

elaborar e disponibilizar o Manual/Passo a passo do Fundo; criar um Fórum de

Discussão e Capacitação; divulgar os projetos financiados e os parceiros; convidar os

doadores a conhecer os projetos beneficiados; monitorar os projetos aprovados;

divulgar os balanços orçamentários e financeiros do Fundo.

- a articulação com Conselhos e movimentos sociais:

Foi extremamente proveitoso para o CNDI a aproximação com os Conselhos

Estaduais e com o Fórum Nacional Permanente da Sociedade Civil. Portanto a

articulação e o fortalecimento dos Conselhos em todo o país é basilar para o CNDI,

sendo necessário conhecer como estão funcionando e fortalecer a sua atuação com

capacitações, realização de eventos com outros conselhos setoriais e de direitos,

promoção de encontros de conselhos nacional e macrorregionais, dentre outros;

- a comunicação social:

Quem não é visto, não aparece. Divulgar o Conselho, alimentar a plataforma

web www.idososbrasil.net.br com informações dos Conselhos e da RENADI, com

divulgação de agendas, pautas, documentos, entre outros. Produzir boletins

eletrônicos e documentos impressos, fomentar campanhas intergeracionais, entre

outros.

- A Conferência:

Para evitar as dificuldades: definir imediatamente a Comissão Organizadora,

com a participação de representantes dos Conselhos Estaduais, e o Comitê

Executivo, convocar a Conferência para dar prazo suficiente para os Estados e a

SDH na preparação e execução da Conferência; eleger o tema durante o Encontro

Nacional de Conselhos, aceitar parcerias inclusive orçamentárias; produzir o Passo a

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

88

passo, o Manual da Conferência e o Texto-base em número suficiente, e acolher bem

os participantes, delegados, convidados, homenageados e observadores.

E o mais importante: que o interesse da pessoa idosa sobrepuje todas as

disputas e dificuldades encontradas.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

89

13. A Presidência do CNDI

Ao assumir a Presidência, a intenção era contribuir para a atuação

democrática dentro do Conselho, defender os direitos da pessoa idosa e colaborar

com a efetivação da Política Nacional do Idoso.

Por convicção, ingenuidade ou romantismo, reconhecia no CNDI o espaço

maior de debate da Política e da defesa dos direitos da pessoa idosa.

Na minha formação pessoal e profissional, o respeito à pessoa idosa, a

intolerância com injustiças e a transparência sempre foram a marca da minha

atuação.

Tendo participado da gestão anterior e participado por muitos anos do

Conselho Municipal de Belo Horizonte, tratava com naturalidade as divergências de

posicionamento e acreditava que seria esse o clima da gestão que assumi. Além

disso, conforme amplamente demonstrado, acreditava e sigo acreditando ser

possível atuar como Conselho no controle democrático do Estado brasileiro.

Queria evitar as dificuldades observadas na gestão anterior, especialmente o

distanciamento entre o CNDI e o próprio ministro; a dificuldade de publicação das

resoluções do Conselho por divergências da assessoria jurídica: houve resoluções

que nunca foram publicadas, inclusive a que trata da composição da atual gestão do

CNDI; a estrutura organizacional insuficiente para que o Conselho exercesse de fato

seu papel de controle social; a falta de isonomia no tratamento das Conferências

Nacionais pela SDH.

Por isso, a gestão pode ser dividida entre o antes, o durante e o depois. Antes

havia a ideia de que poderia dialogar e no diálogo emitir opinião contrária, defender

ideias que fortalecessem o Conselho e a pessoa idosa. Durante, percebi que não

teria forças nem meios para permanecer em uma luta tão desigual, com tantas

mudanças e para quantas pessoas tive que explicar o processo incompreendido de

defesa da autonomia do Conselho. Depois, revi que o que me trouxe ao CNDI não

foi abalado por essa gestão tão difícil: continuo acreditando no Estado de direito.

Não acredito que Conselho seja espaço para dar voto de confiança, mas para

cobrar ações concretas e para exigir o respeito às leis. Acredito que Conselho é

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

90

espaço de representação do povo e do governo e que ambos deveriam sentar-se à

mesa para debater e construir.

Deixo o Conselho melhor do que o encontrei.

Nesse caminho, busquei nos Estados a razão para continuar. Como eles foram

generosos na acolhida durante minhas viagens na preparação da Conferência! Eles

nos ofereceram o melhor, e nós falhamos tanto na etapa nacional da Conferência.

Peço sinceramente desculpas.

Tanta energia foi perdida em um Conselho tão diverso e tão cheio de pessoas

de bem, competentes, com capacidade para contribuir muito mais do que foi

possível.

Encontrei entre os conselheiros nacionais e cito, sem correr o risco de cometer

injustiça os da sociedade civil que me foram mais próximos: Sara Melo, Paula

Ribeiro, Vera Nicia, Sr. Marcos Wandresen, Lílian Alicke, Adriana Zorub, Sandra

Mallet, e outros mais discretos, mas igualmente valiosos, como o Sr. Geraldo

Cascais, Alexandre Alcântara, Sr. Natalino Casaro, a Vânia Leite, o João Batista, a

Claire Beraldo e a Rita Martorelli. Aos conselheiros não citados, meu respeito pela

dedicação à defesa da pessoa idosa. Agradeço ainda a tantos outros que fazem

parte da própria história do CNDI, pessoas valiosas em quem pude confiar e que me

deram suporte quando o caminho natural seria desistir.

Reconheço o apoio incondicional que tive da entidade que represento, a

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, e agradeço a confiança em mim

depositada.

Tive na minha família e no meu marido o apoio incondicional por um sonho

que parecia ser só meu e pelo qual eles tanto me ajudaram a lutar e a prosseguir.

Passo o bastão à próxima gestão, confiante que eles terão força para cumprir

o controle democrático e que ajudem o Estado brasileiro a cumprir o seu papel.

Karla Giacomin

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

91

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

92

CAPÍTULO 3

RELATÓRIO DA COMISSÃO DE NORMAS

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO

GESTÃO 2010-2012

COMPOSIÇÃO Coordenadora: Sara Maria Araújo Melo (ANADEP) Ministério da Previdência Social Ministério das Relações Exteriores Associação Nacional de Defensores Públicos (ANADEP) Movimento pela Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

93

1. INTRODUÇÃO

A Comissão de Normas tem como atribuições regimentais (art. 34 do RI):

I - opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das matérias

que lhe forem submetidas por deliberação do Plenário, por despacho da Presidência,

por consulta de qualquer comissão ou de qualquer de seus integrantes, podendo:

a. analisar e emitir nota técnica acerca de projetos de lei de interesse da área da

pessoa idosa em tramitação no Congresso Nacional;

b. propor a criação ou alteração de projetos de lei e normas para garantir os direitos

da pessoa idosa;

c. acompanhar a tramitação dos projetos de lei de interesse da pessoa idosa em

tramitação no Congresso Nacional;

d. prestar esclarecimentos, orientações e fazer os encaminhamentos pertinentes nos

casos de ameaça ou violação de direitos da pessoa idosa assegurados nas leis e na

Constituição Federal;

II - opinar sobre os requerimentos de voto de censura, aplauso ou semelhante;

III - propor alteração no regimento interno do CNDI;

IV - propor a realização de estudos, debates e pesquisas sobre a aplicação e os

resultados estratégicos alcançados pelos programas e projetos de atendimento ao

idoso.

O presente Relatório aborda as principais ações desenvolvidas por essa Comissão

na gestão 2010-2012.

A Comissão trabalhou para aumentar a eficiência do Conselho Nacional dos Direitos

do Idoso, por meio de sua atuação em:

- elaboração de minutas de Resoluções;

- emissão de nota técnica sobre questionamentos encaminhados ao Conselho;

- apresentação de resposta às demandas das pessoas idosas, do Poder Judiciário e

do Ministério Público;

- acompanhamento dos projetos de lei sobre a temática do envelhecimento, no

Poder Legislativo;

- assessoramento à Presidência do CNDI.

Entendemos que a Comissão de Normas desempenha um relevante papel no

funcionamento do Conselho, especificamente no trato das questões jurídicas, zelando

pela transparência e pelo respeito às normas constituídas.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

94

Em que pese a relevância das atribuições da Comissão de Normas, esta teve

seus trabalhos prejudicados em razão do mau funcionamento da Secretaria do CNDI,

pela constante descontinuidade e insuficiência de recursos humanos, bem como da falta

de assessoria jurídica específica.

Decorrente desse contexto, esta Comissão precisou realizar tarefas que

caberiam à Secretaria do CNDI e à própria consultoria jurídica da SDH, caso houvesse

fluxos regulares estabelecidos para as demandas do Conselho dentro da SDH.

Outro fator que prejudicou consideravelmente o bom funcionamento da Comissão

foi a própria consultoria jurídica da SDH que, extrapolando sua competência e ferindo a

autonomia do Conselho, realizava verdadeiro “juízo de admissibilidade”, inclusive com

poder de “veto” às resoluções propostas pela Comissão e aprovadas pela plenária do

Conselho. Esta atitude comprometeu a publicação de cinco resoluções aprovadas em

plenário, sem contar o atraso na publicação de todas as demais, em razão do mesmo

motivo.

Além disso, em nenhuma das reuniões da Comissão foi possível contar com a

integralidade de sua composição, notadamente no que tange aos conselheiros

governamentais, sendo que o Ministério das Relações Exteriores se fez presente em

apenas uma reunião desta comissão, ao longo destes dois anos de gestão. Registre-se

que o vice-presidente do CNDI ao qual compete exercer a função de coordenador geral

das comissões (art. 38, II do RI) não cumpriu este papel regimental.

2. Apresentação das Principais Atividades Desenvolvidas

Foram consideradas relevantes as seguintes atividades da Comissão:

• Análise e revisão do Regimento e do Regulamento da 3ª Conferência Nacional

dos Direitos da Pessoa Idosa;

• Elaboração de ofício a ser encaminhado pela Dra. Karla Giacomin à Ministra-

Chefe da Secretaria de Direitos Humanos – SDH/PR, para publicação do Regimento e

do Regulamento da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa;

• Elaboração de minuta da Competência das Comissões Permanentes do CNDI;

• Elaboração de minuta de Resolução sobre o pedido de informação aos gestores

públicos referente à Política Nacional do Idoso;

• Redação do oficio que tem por base a resolução retromencionada a ser enviado

aos Ministérios;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

95

• Redação de ofício a ser encaminhado ao Ministério Público do Estado do Rio de

Janeiro, solicitando o ajuizamento de ADIN, face a inconstitucionalidade da lei que criou

o Conselho Municipal do Rio de Janeiro;

• Revisão do documento “Passo-a-passo” da 3ª Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa Idosa;

• Redação de ofício ao Procurador Geral de Justiça do Tocantins pedindo

providências quanto à situação do Conselho Estadual do Idoso do Tocantins, o qual

comprometia, dentre outras coisas, a realização da Conferência Estadual;

• Apreciação da demanda do Sr. Milton Lima, do Rio de Janeiro, que reclama

acerca do projeto PLANTAR (Plano Técnico de Articulação da Rede de Promoção dos

Direitos da Pessoa Idosa). Face a ausência de subsídios para fundamentar a resposta,

e considerando que o CNDI não participou da elaboração e execução deste projeto, a

comissão encaminhou o pleito à SDH solicitando manifestação desta no prazo de 30

dias;

• Ante a ausência de resposta dos ofícios enviados aos Ministérios, a comissão

solicitou à Secretaria do Conselho que entrasse em contato com os ministérios, via

telefone, a fim de obter informações sobre o andamento dos ofícios, comunicando ao

CNDI a resposta;

• Solicitação de informação à Secretaria Executiva sobre a publicação Resolução

que dispunha sobre a criação do grupo de trabalho para elaboração de critérios para

utilização do Fundo Nacional do Idoso, bem como da Resolução nº 07, de 1º de outubro

de 2010, que dispunha sobre a instituição de critérios para utilização do Fundo Nacional

do Idoso;

• Solicitação de informações ao Ouvidor Nacional quanto ao fluxo das denúncias

do Disque 100, face as inúmeras reclamações recebidas pelos conselhos estaduais e

municipais quanto a efetivação e execução do referido serviço;

• Posicionamento da comissão de normas quanto a nova redação do artigo 19 do

Estatuto do Idoso. A comissão de normas questionou o Ministério da Saúde sobre a

possibilidade de: a) consultar ao setor de vigilância epidemiológica que trata do evento

violência sobre a frequência de notificação nos Estados e DF; b) enviar circular a todos

os gestores do SUS sobre a alteração do Estatuto do Idoso;

• Solicitação de posicionamento da plenária do CNDI sobre a manifestação da

FIFA quanto à meia-entrada para idosos nos eventos esportivos durante a copa de

2014;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

96

• Elaboração de ofício ao Departamento Jurídico da Casa Civil solicitando

informações sobre o eventual andamento da proposição que institui o Compromisso

Nacional para o Envelhecimento Ativo;

• Elaboração de ofício ao Ministério da Saúde, agradecendo o empenho na

liberação de recursos que auxiliariam na realização da III Conferência Nacional de

Direitos da Pessoa Idosa e lamentando que a recusa da SDH não tenha se dado em

tempo hábil para que o referido recurso fosse destinado às ações da área técnica do

idoso do MS;

• Elaboração de nota técnica em resposta ao ofício recebido da 2ª Promotoria de

Justiça da Tutela Coletiva – Núcleo de Teresópolis / RJ;

• Elaboração de moção de repúdio a ser encaminhada à Câmara dos Deputados

com cópia para a Comissão de Ética do Senado sobre a manifestação pública feita pelo

Deputado Federal Paulo Pereira da Silva (PDT/SP);

• Quanto à falta constante de Conselheiros às reuniões do CNDI, a comissão

solicitou à Secretaria Executiva que realizasse pesquisa sobre o número de faltas,

seguida da remessa de ofício aos representantes governamentais e não

governamentais com pedido de substituição dos conselheiros, considerando o que

disciplinava o art. 15 do regimento interno acerca das faltas;

• Elaboração de minuta de resolução referendando e tornando públicas as

deliberações e moções aprovadas na 3ª CNDPI, nos termos do art. 17, IX, do

Regimento Interno do CNDI;

• Reunião com o consultor jurídico da SDH, Dr. André Cavas, para discutir a força

normativa da resolução 07/2010, considerando as demandas judiciais para utilização do

fundo;

• Elaboração de minuta de resolução adequando o decreto que cria a estrutura

organizacional da SDH, a fim de incluir a coordenação da política nacional do idoso e

estabelecer suas competências;

• Elaboração de nota técnica encaminhada ao pelo DD. Promotor de Justiça de

Teresópolis/RJ;

• Elaboração de nota técnica em resposta ao ofício encaminhado pela 8ª

Promotoria de Justiça de São Caetano do Sul/SP;

• Elaboração de nota técnica em resposta ao e-mail encaminhado pela Secretaria

de Promoção Social do município de Tupã/SP;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

97

• Elaboração de Moção de Repúdio, no tocante à proposta apresentada pelo

Conselho Superior da Defensoria Pública do Distrito Federal que sugere a extinção do

Núcleo de Defesa do Idoso para criá-lo em conjunto com o Núcleo de Defesa da Mulher

Vítima de Violência;

• Análise dos apontamentos efetuados no Regimento Interno do CNDI pela

Advocacia Geral da União;

• Elaboração de minuta de resolução que dispõe sobre o regime de entidades

governamentais e não governamentais e da inscrição dos programas e projetos de

âmbito nacional, junto ao CNDI;

• Elaboração de minuta de resolução que define os parâmetros gerais para o

registro de entidades governamentais e não governamentais, bem como da inscrição

dos programas e projetos nos conselhos de direitos de idoso municipais, estaduais e do

DF;

• Elaboração do Relatório de Gestão 2010-2012 da Comissão de Normas do CNDI.

3. Considerações Finais

A Comissão de Normas do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso conclui

que parte de seu trabalho restou prejudicado, tendo em vista que cinco das resoluções

trabalhadas pela comissão e aprovadas em Plenária não foram publicadas

imediatamente no Diário Oficial da União, conforme determina o artigo 12 do Regimento

Interno do CNDI, tais como:

• Resolução de homologação das deliberações e moções da III CNDPI, aprovada

na reunião de fevereiro 2012;

• Resolução de recomendação à SDH para incluir em sua estrutura regimental a

Coordenação da Política Nacional do Idoso;

• Resolução do Fundo Nacional do Idoso, aprovada em junho 2012;

• Resolução que dispõe sobre o regime de entidades governamentais e não

governamentais e da inscrição dos programas e projetos de âmbito nacional, junto ao

CNDI, aprovada em junho 2012;

• Resolução que define os parâmetros gerais para o registro de entidades

governamentais e não governamentais, bem como da inscrição dos programas e

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

98

projetos nos conselhos de direitos de idoso municipais, estaduais e do DF, aprovada em

junho 2012.

Também restaram prejudicados outros trabalhos da Comissão, a saber:

a) foram elaborados ofícios que solicitavam informações aos Ministérios e que

subsidiariam a realização da 3ª CNDPI, mas que não foram encaminhados em

tempo hábil pela SDH;

b) segundo informações da SDH, algumas resoluções deixaram de ser

publicadas em razão de “atecnia” avaliada pelo assessor jurídico da SDH,

todavia, apesar de haver solicitação por escrito dos motivos da não publicação,

foram poucas as vezes que a Comissão obteve retorno;

c) outro ponto que prejudicou o trabalho, não somente desta comissão, mas do

próprio conselho, foi a troca sucessiva do ocupante do cargo de Coordenador-

Geral do Conselho Nacional do Idoso. Isto também fez com que esta comissão

ocupasse boa parte de seu tempo respondendo a e-mails, redigindo ofícios,

relatórios e atas, dentre outros, trabalho estes que competem à Secretaria

Executiva;

d) ausência quase total do Coordenador-Geral das Comissões Permanentes e

grupos temáticos, que é o Vice-Presidente do Conselho, conforme Art. 38, inciso

II do Regimento Interno;

e) perdas de prazo para resposta de ofícios encaminhados ao CNDI por

desorganização da Secretaria Executiva;

f) em razão da não publicação da Resolução nº 12/2011, que solicitava aos

Ministérios relatório contendo as ações em curso e as previstas para a efetivação

da referida Política, bem como o orçamento alocado e a previsão orçamentária

destinada para a população idosa no Plano Plurianual – PPA 2012-2015, as

discussões nos grupos temáticos da 3ª CNDPI ficaram comprometidas.

Inobstante todo o empenho e comprometimento da Comissão de Normas,

enquanto a Secretaria Executiva e a SDH não se organizarem e cumprirem de maneira

célere e eficiente suas atribuições dispostas no Regimento Interno do CNDI e na

Política Nacional do Idoso, os trabalhos da Comissão de Normas e do próprio Conselho

restarão prejudicados, pois é inadmissível que as deliberações fiquem paradas,

refletindo na inoperância da própria gestão da Política Nacional do Idoso.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

99

CAPÍTULO 4

RELATÓRIO DA COMISSÃO DE ARTICULAÇÃO COM

CONSELHOS

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DO IDOSO

GESTÃO 2010-2012 Coordenadora: Vera Nicia Fortkamp de Araujo - Associação Nacional de Gerontologia (ANGBrasil) Componentes: Sociedade Civil Sandra de Mendonça Mallet -Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento (CIAPE) Governo: Ana Maria Bravo Villalba - Ministério da Cultura Silvio Albuquerque, Ministério das Relações Exteriores Ministério do Esporte Ministério do Turismo

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

100

1. INTRODUÇÃO O presente relatório da Comissão de Articulação com Conselhos trata do

registro das principais ações desenvolvidas na gestão 2010-2012, para que o leitor

possa visualizar o que foi possível realizar e o que avançou na articulação dos

Conselhos Estaduais de Direitos da Pessoa Idosa com o CNDI.

Tais ações visaram ao fortalecimento dos Conselhos Estaduais e do Distrito

Federal e também, por conseguinte, dos conselhos municipais, ao promover a

aproximação destas instâncias de controle democrático com as decisões nacionais

e ao concretizar o que foi no passado uma utopia para os conselheiros.

Acreditamos que nossa atuação em muito contribuiu para valorizar, reforçar e

divulgar um dos principais eixos estruturantes da 3ª Conferência Nacional dos

Direitos da Pessoa Idosa, qual seja, o Fortalecimento dos Conselhos.

Embora se tratasse da Comissão de Articulação com Conselhos do CNDI, vale

ressaltar que nesta gestão, seu funcionamento foi bastante prejudicado em razão

da ausência recorrente de representantes da esfera governamental e da sociedade

civil. Isso levou a coordenação da Comissão a trabalhar de forma solitária, em

várias plenárias, ou conjuntamente à Coordenação Geral do CNDI, durante o

período (outubro de 2010 a abril de 2011) em que ela esteve ao encargo do Sr.

Eduardo Ramirez Meza então secretário executivo deste Conselho. A Comissão e o

secretário deram continuidade à constituição do Cadastro Nacional dos Conselhos

de Direitos da Pessoa Idosa, demandada pela 2ª Conferência Nacional dos Direitos

da Pessoa Idosa (2ª CNDPI).

O precitado Cadastro tem como objetivos: facilitar a articulação entre os

Conselhos; estabelecer vínculos, contatos e socializar informações entre os

conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos da pessoa idosa. Além

disso, ele traz informações que subsidiam o Módulo Idoso do Disque Direitos

Humanos, que em 2010, encontrava-se em fase de implantação pela SDH.

Os formulários “Cadastro dos Conselhos Estaduais da Pessoa Idosa” e

“Cadastro dos (as) Conselheiros (as) Estaduais da Pessoa Idosa” foram enviados

por e-mail, a maioria preencheu e devolveu as informações por e-mail, sendo

incluídas no banco de dados. Na sequência, foi possível trabalhar com dados

atualizados de todos os Conselhos Estaduais e do Distrito Federal. Registre-se que

o cadastramento é contínuo, mas, infelizmente, a mudança de endereço eletrônico

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

101

ou físico dos Conselhos nem sempre é imediatamente informada ao CNDI, o que

gera perda de informações para ambos.

Dentre os avanços obtidos nesta gestão foi a aproximação entre os conselhos

nacional, estaduais e do DF. O que foi conseguido com a realização de reuniões, p

inicialmente para tratar da preparação da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da

Pessoa Idosa, e posteriormente para sua implementação.

2. Apresentação das principais atividades desenvolvidas

Na atual gestão 2010/2012, o Planejamento Estratégico para o período 2012-

2015 deu grande ênfase à articulação com conselhos.

2.1 1º Encontro de Articulação do CNDI com os Conselhos Estaduais de Idosos

e do Distrito Federal

Em 18 de março de 2011, o CNDI realiza, o 1º Encontro de Articulação do

CNDI14 com os Conselhos Estaduais de Idosos e do Distrito Federal, em Brasília -

DF, nas dependências da Secretaria de Direitos Humanos, com o objetivo de

discutir estratégias de fortalecimento e uniformidade dos Conselhos Estaduais - CEI

-aproximando-os das decisões nacionais.

Participaram 49 (quarenta e nove) representantes de 22 dos 27 Estados da

Federação Brasileira, entre presidentes, vice presidentes dos Conselhos Estaduais

e gestores estaduais. Em uma roda de conversa os participantes debateram as

principais dificuldades encontradas no seu funcionamento, a saber:

- os problemas para a criação e manutenção dos Conselhos Municipais de

Idosos: ainda há Estados em que os conselhos municipais existem apenas

no papel e em sua grande maioria os municípios não possuem o Conselho

Municipal do Idoso em atividade, ou sequer foram criados;

- a falta de clareza por parte dos gestores quanto à Política Nacional do

Idoso e as setoriais no âmbito dos estados e municípios. Quando muda o

governo, em geral muda também o órgão responsável pela gestão da

Política do Idoso. Não há uma identidade nacional da política do idoso. Isto

14 Participaram da mesa de abertura a Sra. Karla Cristina Giacomin, Presidente do CNDI; o Sr. Vílson Augusto de Oliveira, Diretor de Promoção dos Direitos Humanos/SDH; a Sra. Sandra Gomes, Coordenadora da Política do Idoso (SDH), e a Sra. Vera Nícia Fortkamp de Araujo -ANG-Brasil, Coordenadora da Comissão de Articulação com Conselhos.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

102

é, a gestão da política do idoso pode estar lotada em secretarias de direitos

de cidadania, de assistência social, de segurança pública e da mulher, dentre

outros;

- a desatualização do site do CNDI, embora reiteradas vezes solicitado à

SDH;

- a falta de retorno da SDH às demandas formuladas pelo CNDI nas

Comissões, nas plenárias e em ofícios.

Os conselheiros também debateram e apresentaram estratégias possíveis de

articulação com os Conselhos Municipais, Estaduais, do DF e Nacional de Idosos.

Inicialmente, foi distribuído aos participantes cópia da Resolução nº 8 - CNDI, que

“dispõe sobre ações básicas e elaboração de diretrizes para aprimorar o processo

de comunicação social do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso CNDI” como

uma estratégia para aumentar a articulação entre os Conselhos.

Os conselheiros presentes afirmaram a necessidade de capacitação

continuada dos conselheiros para o exercício da função e a ampliação dos

conhecimentos sobre a Política Nacional do Idoso.

O Encontro possibilitou a visão panorâmica da situação dos conselhos, com

os destaques das falas dos representantes por Estado, quanto a dificuldades,

estratégias, ações e mecanismos de aproximação entre o CNDI e os CEI.

REGIÃO NORTE

- Acre ; apoia a iniciativa do CNDI e informa das dificuldades de acesso aos

municípios no seu Estado;

- Amapá : solicita orientação para criação de Conselhos Municipais, pois seu Estado

não possui nenhum CMI em atividades;

- Amazonas : o presidente do CEI está neste cargo desde 2006 e enfrenta

dificuldades para proceder a novas eleições, pois não possui respaldo da Secretaria

na qual está vinculado o Conselho, para o desenvolvimento das ações. Dos 12

conselhos de idosos criados no Amazonas, apenas o Conselho Municipal de

Manaus está em pleno funcionamento;

- Pará: sugere a criação de instrumento de orientação para os CEIs e os CMIs para

terem acesso a formas de captação de recursos financeiros;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

103

- Rondônia : conta com 24 Conselhos Municipais do Idoso e a maior preocupação é

com a capacitação dos conselheiros. Sugere que se estabeleçam parcerias com as

secretarias para que tenham o entendimento sobre a dimensão da questão da

pessoa idosa, com definição de um instrumento para monitorar o processo e as

dificuldades encontradas, como também identificar o perfil do idoso local. Propõe

criar indicadores para a aplicabilidade da Política do Idoso, bem como garantir

direitos para as populações tradicionais e a inclusão social dos índios;

- Roraima : enfrentam dificuldades para fazerem funcionar os 15 Conselhos

Municipais do Idoso que foram criados, mas destes, apenas um está ativo. É

necessário o fortalecimento principalmente das representações da área

governamental. Têm utilizado parceria com as Universidades para a capacitação de

conselheiros. Na capital, realizam Fóruns Regionais e solicitam apoio do CNDI na

capacitação para efetivar a criação dos Conselhos Municipais, antes das

Conferências;

- Tocantins: após a mudança de gestão, o CEI-TO está desalojado, teve mudança

de pasta à qual se vinculava. Solicita o apoio do CNDI para interferir junto ao

governo estadual para ter a sede própria. Estão também com grandes dificuldades

para implantação dos Conselhos Municipais. Alguns Conselhos Municipais

possuem Lei de criação, mas não estão funcionando.

REGIÃO NORDESTE

- Alagoas: realça a falta de profissionais para atender à população idosa e

considera a iniciativa do CNDI na organização deste encontro muito pertinente ao

promover o intercâmbio entre os Conselhos Estaduais do Idoso (CEIs) e o

Nacional;

- Bahia : chama a atenção para a importância de criação dos Fóruns Municipais e

Estaduais da sociedade civil e do Fórum Nacional de Gestores de Políticas do

Idoso. Propõe para fortalecer a Rede Nacional que os Conselhos acompanhem as

deliberações da 2ª Conferência (2ª CNDPI) nas várias esferas de governo. Sugere

dar continuidade ao Projeto “Plantar” que foi implantado na Bahia e a ampliação da

criação dos Centros Integrados de Atenção e Prevenção da Violência contra à

Pessoa Idosa (CIAPREVI). Propõe uma coordenação de acompanhamento da

política pública para o idoso;

- Ceará: o CEI promove várias atividades, dentre as quais: os fóruns de discussão

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

104

da política do idoso; o acompanha mento do CIAPREVI, do Portal e da

Coordenadoria da Política da Pessoa Idosa; a capacitação dos conselheiros

municipais; a comemoração de aniversário do Conselho Estadual com a presença

dos ex-presidentes; além de estabelecer parcerias, dentre outras atividades;

- Pernambuco: os representantes narraram várias experiências exitosas, como a

criação da Secretaria do Idoso, a realização de caravanas de cidadania e a

realização de audiências públicas;

- Piauí: o CEI foi instituído juridicamente, com eleição, porém , até o momento, não

foi publicada a sua nomeação nem a posse dos conselheiros pelo Governador do

Estado, o que ocasiona a falta de legitimidade do seu exercício. Solicita que o CNDI

interfira junto ao governador do Piauí e que o CNDI cobre dos CEI informações e dê

o retorno para todos;

- Rio Grande do Norte: não compareceu;

- Sergipe: os representantes relataram que do total de 75 municípios do Estado,

em 70% deles foram criados Conselhos Municipais. Manifestaram a preocupação

de como criar mecanismos para haver maior participação dos representantes da

área governamental nas plenárias. Os conselheiros representantes da sociedade

civil não são custeados pelo governo estadual para viabilizar a participação destes

em eventos externos. Propõe ter no site do CNDI os pontos positivos e frágeis dos

conselhos.

REGIÃO CENTRO-OESTE

- Mato Grosso: cobram o apoio do CNDI para a capacitação e o estímulo à criação

de conselhos municipais. Dos 141 municípios em 57 já existe Conselhos

Municipais, dos quais 37 estão cadastrados no CNDI.

-Distrito Federal: não compareceu. No período da tarde esteve presente

representante da assessoria da primeira dama do DF;

- Goiás: refere preocupação com o CIAPREVI que foi implantado, mas não

funciona. O ''Projeto Plantar'' está iniciando com a capacitação, porém caso não

tenham o suporte financeiro, consideram que este “já morreu”. Dos 246 municípios

do seu Estado, 77 possuem CMI, dos quais 27 foram criados no ultimo ano.

Sugerem orientações para a implantação de CMI, a lei de criação e o Fundo

Municipal do Idoso;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

105

- Mato Grosso do Sul : justificaram a ausência.

REGIÃO SUDESTE

- Espírito Santo: tem experiência com a Comissão de Criação de Conselhos

Municipais por micro regiões como tentativa de reaproximação. Realizam a

capacitação dos conselheiros em parceria com as Universidades. Os municípios

que não têm conselhos fizeram Fóruns. Contam com a Delegacia Estadual do Idoso

e convidam o CNDI para participar do Fórum no dia 26 de maio próximo;

- Minas Gerais: Os resultados do 10º Encontro Nacional dos Conselhos estão no

site do CEI MG. Propõem que o próximo Encontro Nacional de Conselhos seja

mantido; repensar a PNI e discutir o Fundo do Idoso na 3ª Conferência quanto a

sua regulamentação e fortalecimento.

- São Paulo: completará 25 anos que foi instituído o CEI SP. Dos 648 municípios,

foram criados 378 conselhos municipais. Manifestam a preocupação com a

regulamentação dos fundos municipais e o estadual do idoso. Em várias cidades de

São Paulo está sendo implantada a “Cidade Amiga do Idoso”. Propõem ao CNDI

que a partir deste primeiro encontro se mantenha uma linha de trabalho para

facilitar a articulação inter-conselhos. Sugerem que se faça a capacitação dos

conselheiros sobre a PNI, a descentralização das ações e a interface com outros

conselhos gestores e de cidadania.

- Rio de Janeiro: relatam as dificuldades e a forma não democrática como se deu a

criação do Conselho Municipal do Idoso na cidade do Rio de Janeiro, cujo processo

eleitoral não aconteceu, apesar de todos os protestos e manifestação da sociedade

civil, como a do Fórum Estadual da Sociedade Civil. O CEI RJ não reconhece este

conselho, por serem seus representantes indicados e a presidência vitalícia, ferindo

todo o processo democrático de formação de um Conselho. Como estratégias

realizam a capacitação regionalizada dos conselheiros. Sugerem estimular

parcerias para fortalecerem os conselhos de direitos, como por exemplo, a

assinatura de um termo de cooperação técnica com o Ministério Público e a

integração na capacitação com outros segmentos. Informam que o “Plantar” ficou

restrito ao município e que houve a criação de um CIAPREVI na localidade de

Belford Roxo. Dos 92 municípios, 72 possuem CMI, excluindo-se o da capital,

portanto o CEI RJ reconhece71 CMI em pleno funcionamento no Estado do Rio de

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

106

Janeiro.

REGIÃO SUL

- Paraná: parabenizou a iniciativa do CNDI por este 1º Encontro. Propõe a criação

da Secretaria Nacional da Pessoa Idosa. Ressaltam a falta de visibilidade no site da

SDH e do CNDI. Gostariam de ter para consultas os nomes atualizados dos

conselheiros do CNDI, as pautas e atas das assembleias e das resoluções e

estarem disponíveis para os CEIs acessarem. Sugerem que os demais CEIs

enviem para o CNDI para atualização a nominação dos novos mandatos dos

Conselhos Estaduais do Idoso, para que possam se comunicar com os demais

conselhos. Dos 399 municípios, 120 tem CMI constituídos. Informam que já

realizaram as Conferências Municipais de preparação para a Nacional;

- Santa Catarina: sugerem a articulação do CNDI com o Fórum Nacional de

Assistência Social. Que o CNDI possa acompanhar para socializar informações

sobre a criação, o financiamento e o funcionamento dos Centros-Dia Para Pessoas

Idosas que estão dando certo, como também ter conhecimento sobre as fontes de

recursos para financiar projetos que envolvem a pessoa idosa e maior articulação

entre o CNDI, os CEIs e os CMIs.

O representante do Fórum Nacional de Gestores da Política do Idoso, o Sr.

José Paulo da Cunha – gestor estadual em SC, na sua fala valorizou a necessidade

de inclusão no orçamento dos 27 Estados de ações e recursos para a Política do

Idoso, ressaltando que em 23 Estados há rubrica para o idoso no orçamento.

Propõe a capacitação para os conselheiros para este fim e realça a falta de

recursos humanos para o trabalho nos Conselhos e para a Política do Idoso.

- Rio Grande do Sul: não compareceu.

Após amplo debate, foram discutidas e aprovadas as seguintes estratégias

de articulação com os Conselhos:

- a criação dos Fóruns Colegiados Nacional de Conselhos Estaduais e do DF

e Estadual de Conselhos Municipais;

- a definição de realização de reuniões macrorregionais para favorecer o

diálogo entre Conselhos Estaduais e o CNDI;

- a descentralização das ações do Conselho Nacional e dos Conselhos

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

107

Estaduais e do DF;

- os mecanismos de diálogo e de decisão colegiada entre os Conselhos de

Direitos do Idoso e os demais Conselhos de Direitos e de políticas de interesse da

pessoa idosa na perspectiva do envelhecimento ativo; e

- a realização do Encontro Nacional com Conselhos apenas nos anos em

que não houver Conferência Nacional. Nos anos de Conferência, o encontro de

conselheiros se fará pelo Colegiado de Conselhos e terá espaço para se reunir

durante o período previsto para a Conferência.

Passo seguinte, foi sugerido aos presentes agruparam-se por região, com o

intuito de escolherem representantes titular e suplente para a constituição de uma

comissão para a criação do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais (FONACEI)

para discutir a elaboração do Regimento Interno do FONACEI, esperando-se que

este Fórum funcione de fato, como um espaço de controle social, de discussão,

debate e de proposições para fortalecer as ações do CNDI e dos CEIs e para servir

como um instrumento para estabelecer a interface entre os demais Conselhos

Estaduais e do DF. Inicialmente o denominado FONACEI se reunirá por ocasião da

3ª Conferência Nacional de Direitos da Pessoa Idosa. Durante a 3ª Conferência a

comissão terá um espaço para tratar do regimento interno, objetivos, formato, tendo

como perspectiva ser um espaço de controle social, de discussão, debate e de

proposições para o CNDI. A Conselheira Vera Nicia Fortkamp de Araujo (ANG

Brasil) representará o CNDI nesta Comissão, que ficou assim constituída, conforme

a eleição pelos respectivos conselheiros estaduais por Regiões:

Região Representante Titular Representante Suplente

Norte Jorge Wagner Gomes Rêgo Lopes (AM)

Walquiria Cristina Batista

Alves (PA)

Nordeste I* Lucila Bonfim Lopes Pinto (CE) Keila Rejane

Moreira Reis (PI)

Nordeste II** Roberto Loiola Monte da Silva (BA)

Reginaldo José Borges (Pe)

Sudeste Felipe Willer de Araújo Abreu Junior (MG)

Liliana Pereira Coelho (Ss)

Kátia Ribeiro Freitas (SC)

José Araujo da Silva (PR)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

108

Sul

*Nordeste I refere-se aos estados do Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba.

*Nordeste II refere-se aos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

No período da tarde, a Presidente do CNDI Sra. Karla Cristina Giacomin

apresentou um breve histórico sobre as duas primeiras Conferências, o fundamento

legal para sua realização, e os preparativos iniciados desde a gestão 2008/2010,

com a contribuição do Grupo de Trabalho (GT) da 3ª CNDPI instituído naquela

gestão. Este GT já apresentou em Plenária para os Conselheiros e foi aprovada a

metodologia para a definição do número de delegados por Unidade da Federação

conforme critérios estabelecidos de acordo com o número de municípios e de

idosos; que participarão da 3ª Conferência. Também foi apresentada a proposta de

metodologia para a 3ª Conferência nas etapas estadual, no DF e na municipal ou

regional, com entrega do documento Versão Preliminar do Passo a Passo da 3ª

CNDPI.

A conselheira Luiza Machado, representante do Ministério da Saúde,

repassou aos representantes dos Conselhos Estaduais algumas unidades do

Livreto da Saúde e um exemplar do Estatuto do Idoso editado pelo ministério. Além

disso, ela anunciou a decisão do Ministério da Saúde de doar R$ 500.000,00 para a

3ª Conferência, fato comemorado pelos presentes.

Um representante da SDH apresentou informações sobre o Disque Direitos

Humanos da Pessoa Idosa a nível Nacional e os primeiros resultados da pesquisa

realizada pela Ouvidoria da SDH sobre as denúncias efetuadas.

A Presidente do CNDI informou sobre a existência da Frente Parlamentar de

Apoio ao Idoso, o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa e ainda da eleição recente do Senador Paulo Paim

(PT RS) para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos no Senado

Federal. Reforçou a importância do conhecimento das demandas legislativas que

devem chegar até o CNDI.

Tendo em vista as dificuldades junto à SDH e a falta de convocação da 3ª

Conferência, a oito meses da data prevista para a realização da Conferência, a

Presidente do CNDI conclamou a todos que dessem início aos preparativos das

etapas municipais, estaduais e do DF, estabelecendo com eles as datas limite de

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

109

junho de 2011 para as etapas municipais e de agosto de 2011 para as etapas

estaduais e do DF.

2.2 Lista de presença dos participantes

Nº UF NOME INSTITUIÇÃO CARGO

1 AC Ismael da Cunha Neto CEDI Presidente

2 AL Marta Marisa da Silva Lins CEI Presidente

3 AM Jorge Wagner Gomes Rêgo Lopes CEI Vice-Presidente

4 AP Terezinha Cardoso Nascimento de Jesus Barreto

CEI Presidente

5 BA Roberto Loyola Monte da Silva CEI Vice-Presidente

6 BR Ediane Dias CNDI Conselheira

7 BR Eduardo Ramirez Meza CNDI Coordenador

8 BR Fátima Guimarães CNDI Conselheira

9 BR Karla Giacomin CNDI Presidente

10 BR Lilian Alicke CNDI Conselheira

11 BR Luiza Machado CNDI Conselheira

12 BR Magda Hennes CNDI Conselheira

13 BR Marcos Wandresen CNDI Conselheiro

14 BR Mírian da S. Queiroz MDS Assistente Social

15 BR Sandra de Mendonça Mallet CNDI Conselheira

16 BR Sandra Regina Gomes CNDI Conselheira

17 BR Sara Maria Araújo Melo CNDI Conselheira

18 BR Vera Nicia Fortkamp de Araujo CNDI Conselheira

19 BR Vilson Augusto de Oliveira SDH Diretor

20 CE Lucila Bomfim Lopes Pinto CEDI Presidente

21 CE Maria Tereza de Araújo Serra CEDI Secretária

Executiva 22 DF Maria Lúcia de Sousa GDF Assessora

23 ES Liliana Pereira Coelho CEI Presidente

24 ES Marta Nunes do Nascimento CEDDIPI Secretária

25 ES Regina Angela Viana Mesquita CEDDIPI Vice-Presidente

26 GO Carmencita Balestra CEI Presidente

27 GO Luciana Amorim CEI Conselheira

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

110

Nº UF NOME INSTITUIÇÃO CARGO Santana Mota

28 MG Fábio de Carvalho S. SEDESE Diretor

29 MG Felipe Willer de Araujo Abreu Junior CEI Presidente

30 MT Ceci Campos SJUS Secretaria Executiva

31 MT Silvina Armanda de Arruda Lemos CEDEDIPI Secretária

Executiva 32 PA Walquiria Cristina Alves CEDPI Presidente

33 PE Paulo Pereira da Silva CEDI Conselheiro

34 PE Reginaldo José de Pinho Borges CEDI Presidente

35 PI Keila Rejane Moreira Reis CEI Conselheira

36 PI Maria das Graças Barros de Moura CEI Conselheira

37 PR José Araújo Silva CEDI Conselheiro

38 RJ Maria da Penha Silva Franco CEDIPI Presidente

39 RO Maria Inês Alves Fernandes SEAS Coordenadora

40 RR Francisca Edna Félix de Araújo CEDDIR Vice-Presidente

41 RR Ione Braga Catanhede CEDDIR Secretária Executiva

42 SC José Paulo da Cunha CEI 2º Secretário

43 SC Kátia Ribeiro Freitas CEI Presidente

44 SC Valter Lopes GOV Coordenador

45 SE Elda Maria Santos Cruz de Souza CEDIPI Conselheira

46 SE João Valmir de Souza CEDIPI Presidente

47 SP Rita de Cássia Quadro Dalmaso CEI Vice-Presidente

48 SP Terezinha Aparecida Teixeira da Rocha CEI Presidente

49 TO Elman Moreira Coelho Grison CEDPI Presidente

2.3 Síntese das Avaliações do 1° Encontro de Articu lação entre o CNDI e

os Conselhos Estaduais de Idosos

O CNDI no desenvolvimento de seu Planejamento Estratégico concretiza mais

uma de suas ações que é o 1º Encontro de Articulação entre Conselhos Estaduais

do Idoso, um encontro dinâmico, intenso, comprometido e muito bem avaliado pelos

presentes. Pode-se afirmar que este primeiro encontro foi exitoso, conforme

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

111

depoimento na avaliação de um dos participantes: “este encontro possibilitou o

aumento da nossa autoestima, encorajando-nos para o trabalho com a pessoa

idosa”. Houve também expressiva participação de representantes dos conselhos

estaduais. Os itens da pauta foram rigorosamente seguidos. No item “ações e

estratégias de integração dos Conselhos,” surgiram manifestações dos

participantes, que foram enfáticos na apresentação das dificuldades.

Referente aos aspectos positivos deste encontro, as respostas demonstraram

a satisfação pela iniciativa do CNDI de provocá-lo, com a participação da maioria

dos conselhos estaduais de idosos, o que possibilitou a todos conhecer aspectos

da realidade do país. Outro fator relevante foi à condução dos trabalhos, pela

Presidente do CNDI e da equipe, com clareza, objetividade e entusiasmo, o que

sinaliza uma sintonia entre ambas as partes, atingindo as expectativas dos

conselheiros e participantes. Os pontos positivos foram: a participação de gestores,

conselheiros e presidentes quando se referiram à importância de poderem discutir

sobre a realização da 3ª Conferência, apresentando dúvidas e tendo recebido

respostas coerentes; a ousadia em realizar este encontro mesmo sem haver a

oficialização da Convocação para a 3ª Conferência; o contentamento em poderem

receber material sobre a pessoa idosa, para serem distribuídos nos seus estados.

Dentre as principais sugestões do que pode ser melhorado para um próximo

encontro, tem-se: haver oficinas e aumento da carga horária; criar um espaço

virtual para maior proximidade entre o CNDI e os Conselhos Estaduais; oferecer

maior infraestrutura para os participantes; ampliar o encontro para dois dias;

aumentar o tempo para cada conselho se manifestar e apresentar experiências

exitosas; ter entrega de materiais sobre a pessoa idosa como também material de

apoio aos presentes; apresentação de temas pertinentes, como ocorrido neste

encontro; garantir a participação de conselheiros não governamentais e, definir os

custeios dos participantes.

Há que se notar a importância da avaliação deste 1º Encontro de Articulação

entre o CNDI e os Conselhos Estaduais de Idoso, no sentido de ter indicativos para

se otimizar o próximo encontro, bem como, verificar se os objetivos foram atingidos,

ao se constatar que: foi uma estratégia de fortalecimento da aproximação entre

todos para decisões do âmbito nacional; o debate e apresentação do Passo a

Passo da realização das pré-conferências para a 3ª Conferência Nacional dos

Direitos da Pessoa Idosa e a instituição de uma Comissão para organizar o Fórum

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

112

Dos Conselhos Estaduais com representantes titular e suplente por regiões

brasileira, a se reunirem na 3ª Conferência. Segue tabela da avaliação desse

encontro.

Figura 10 - Avaliação do 1º Encontro de Articulação do CNDI com os Conselhos Estaduais e do DF

Item avaliado Ótimo Bom Regular Ruim

Em

Branco

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

1. Conteúdo Trabalhado / Informações Apresentadas

20 60,6 13 39,4 0 0,0 0 0,0 0 0,0

2. Relevância / pertinência dos assuntos tratados para o trabalho do Conselho Estadual

26 78,8 7 21,2 0 0,0 0 0,0 0 0,0

3. Carga Horária 7 21,2 20 60,6 5 15,2 0 0,0 1 3,0

4. Metodologia de Trabalho

14 42,4 17 51,5 2 6,1 0 0,0 0 0,0

5. Sua participação / contribuição com os trabalhos do dia

9 27,3 21 63,6 2 6,1 1 3,0 0 0,0

Item avaliado Sim,

Plenamente Sim,

Parcialmente Não

cumpriu Não sabe

Em Branco

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

6. Este 1º Encontro cumpriu com o objetivo de fortalecer a efetiva articulação do CNDI com os CEI para a definição de objetivos comuns e fomento à criação de novos conselhos municipais?

25 75,8 7 21,2 0 0,0 0 0,0 1 3,0

7. Este 1º Encontro cumpriu com o objetivo de debater e qualificar a preparação e realização da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa?

20 60,6 12 36,4 0 0,0 0 0,0 1 3,0

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

113

Aspectos POSITIVOS deste Encontro: AL A iniciativa foi muito pertinente; Facilitou o intercâmbio entre os conselhos

AM Apresentação da Composição do Conselho Nacional; Simplificação da metodologia da 3ª Conferência

AP Metodologia; Informações precisas e claras BA Participação da maioria dos Estados

BR Acontecer o 1º Encontro de Articulação da Comissão de Articulação e os representantes dos CEIs; Conhecer aspectos das realidades estaduais

BR Articulação com os conselheiros e gestores (alguns)

CE Pela primeira vez o CNDI se reuniu com os conselhos estaduais para discutir as conferências; A participação dos presentes; 3) A condução da reunião pela Presidente "VALEU"

CE Organização didática; Conteúdo apresentado; Esclarecimentos de pontos pertinentes; Entrega material para orientação conferências

DF O aspecto mais positivo foi expor a necessidade de envolvimento de todos em todos os níveis para efetivar as ações em prol do idoso

ES O encontro foi objetivo, produtivo, e respeitou os tempos estipuados (sem exageros)

ES Descontração; Cumprimento da pauta e do tempo

ES Objetividade nas discussões; Participação dos presentes; Compartilhamento das dificuldades no processo de realização da 3ª Conferência

+GO Articulação conselhos estaduais e CNDI GO Conhecer as demais realidade sobre os conselhos MG 1º já a sua realização já é extremamente positivo

MT Entrosamento com os demais Estados; Conhecimento de algumas demandas desenvolvidas nos Estados

MT O encontro foi positivo, visto que aumentou nossa auto estima, nos encorajando no trabalho pela pessoa idosa; Entrosamento com outros Estados

PE Reunir a maioria dos Estados do Brasil, para traçar metas positivas para o segmento

PE Número de participantes; Interação dos participantes

PI O local do evento maravilhoso; A nossa presidente do CNDI é perfeita na condução dos trabalhos / sabe otimizar o tempo

PR A disposição entusiasmada de todos

RJ Mobilização dos conselhos - presença; Integração; Reconhecimento da situação dos conselhos existentes nos Estados

RR Dinâmica dos trabalhos; otimização; disponibilização de materiais

RR A possibilidade de se discutir políticas públicas e metodologia para realização das conferências; Compartilhamento com os demais conselhos de tal problemática

SC A participação dos gestores estaduais

SC Aproximação do CNDI com os conselhos estaduais e a presença dos gestores; Formação de GT para criação do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais da Conferência Nacional

SC Participação de gestores, conselheiros e presidentes SE Proposta de encontros regionais

TO Iniciativa de articulação do CNDI com os CEDI; Valentia em realizar ações mesmo sem a convocação da conferência; Intercâmbio e integração entre conselhos

AL O aumento da carga horária, inclusive com a construção de oficinas AM Entrega de CD de cursos de conselheiros de direitos humanos

AP Carga horária deveria ser ampliada; Custos / orçamentário - parceria CNDI/Conselhos Estaduais; Garantir maior participação de conselheiros das não governamentais

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

114

Aspectos POSITIVOS deste Encontro:

BA Comunicação igual para todos Estados com convocação Presidente e Vice-Presidente e imprescindível convocação do Gestor Estadual da Política Local do Idoso

BR Espaço para socializar as experiências exitosas das realidades estaduais dos CEIs

BR Acho importante que o contato seja frequente através conferências virtuais; Criar um espaço virtual para diálogos e trocas de experiências

CE Melhorar a infraestrutura; Não esquecer das Secretárias Executivas que estão diretamente envolvidas com a parte técnica e administrativa dos conselhos

CE Disponibilidade de almoço para todos DF Participação do nível governamental mais efetiva

ES A convocação com mais antecedência; Apresentação de temas pertinentes como foi falado aqui, o Disk Direitos Humanos - 100

ES Mais conforto para os participantes, como, por exemplo, mesas para cada um trabalhar, conexão com a internet, etc

ES Levantamento de proposta dos conselhos estaduais para o debate com definição de tempo por Estado

GO Material de apoio: bloco, caneta, etc MG Continuidade de sua realização MT Participação de todos os Estados faltosos PE Ser um encontro de 2 dias, para se discutir com mais calma PI Que o próximo encontro seja pelo menos de dois dias

PR Mais tempo para cada conselho se manifestar; Solicitar as informações dos estados por escrito

RJ Trabalho em grupo por região RO Melhor estrutura logística para os participantes RR Aumento da carga horária; Custeamento da vinda dos conselheiros SC Carga horária; Temas pontuais com câmaras setoriais; Troca de experiências SE Conhecimento maior da aplicação dos orçamentos públilcos federais TO Custeio de despesas quando possível

Outras considerações que julgar relevante:

AM Mostra a importância para os governos locais da criação e do fortalecimento dos conselhos, para que o mesmo tenha recurso para implementar a política do idoso no seu município

BA Aumentar o efetivo de apoio na Coordenação-Executiva do CNDI para melhorar o fluxo de troca de informações entre os conselhos e o CNDI

CE Parabéns ao CNDI que pela 1ª vez reuniu conselhos estaduais e gestores para discutirem a 3ª CNDPI

CE

Saímos com a sensação do dever não cumprido, temos somente 3 meses para realizar as conferências municipais e voltamos sem o número da delegação do Estado, sem os textos para serem trabalhados; Precisamos melhorar o fluxo de informações; Maior proximidade com os conselhos estaduais; Disponibilização de material didático, técnico e científico para ser socializado com os conselheiros

DF Triste a falta de representatividade do GDF, especificamente da Secretaria de Justiça

ES Iniciativa fundamental para o estreitamento do diálogo com os Estados. Parabéns ao CNDI

ES Fazer a comunicação com os Estados com maior antecedência, visto que neste, antecedendo o feriado do Carnaval, foi muito difícil viabilizar a participação em tempo

ES Achei um exemplo do CNDI para os conselhos estaduais a iniciativa de articulação e de parceria com a Secretaria de Direitos Humanos neste evento

GO Parabéns!

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

115

PE Oferecer pasta, caneta e coffee break nos dias de encontro PR Ponto negativo: a falta dos conselhos do RS, PB, RN, MS, PE

SC Saudar a equipe técnica pela iniciativa e viabilidade do Encontro. Grato!

4.4 1ª Reunião Descentralizada do CNDI, em Belém (PA)

Foi na Assembleia Geral do CNDI que aconteceu em Belém do Pará, que a

Ministra Maria do Rosário Nunes procedeu à abertura oficial da 3ª Conferência

Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. Nesta ocasião, a Comissão de Articulação

com Conselhos conseguiu se reunir, com a presença de três representantes do

CNDI: Sandra de Mendonça Mallet (CIAPE); Vilson Augusto de Oliveira (SDH) e a

coordenadora da Comissão Vera Nicia F. Araujo (ANG Brasil).

Inicialmente as Comissões de Normas, Políticas Públicas e de Articulação

entre Conselhos reuniram-se para apresentação dos novos conselheiros e

reorganização dos membros das referidas comissões sob a coordenação do Vice

Presidente Vilson de Oliveira. Em relação a essa Comissão novos conselheiros se

habilitaram a integrá-la. A reunião iniciou-se com a apresentação, pela

coordenadora, da síntese das reuniões anteriores. Em seguida, fez-se a leitura da

e aprovação da proposta de pauta. Descrição dos Assuntos Tratados

Em relação ao pedido da Interage de projeto de pesquisa sobre a situação

dos Conselhos Municipais do país, encaminhado por Laura Machado as

conselheiras Sandra e Vera solicitaram o envio desse projeto ao CNDI/Comissão

Articulação de Conselhos para conhecimento e análise ao que sugeriram que haja

uma licitação para aprovação e a sua viabilidade. Os participantes lembraram do

IPEA, uma das instituições que também poderia realizar semelhante trabalho dada

a sua trajetória de pesquisa sobre a população idosa. O conselheiro Vilson

informou que Laura Machado do RJ esteve na SDH, solicitando a listagem dos

conselhos municipais existentes no país, e o conhecimento é de que o total é de

aproximadamente 1.200 no Brasil, porém os dados não são fidedignos, e

desconhecimento sobre a fonte. A coordenadora da Comissão lembrou o cadastro

do CNDI produzido em conjunto com o secretário anterior com dados sobre os

Conselhos Estaduais e Municipais, aprovado pela plenária do CNDI, posteriormente

enviado aos CEIs, contudo, mas até o momento não houve retorno de todos os

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

116

Conselhos Estaduais.

Em relação às Conferências Estaduais, os conselheiros do CNDI já estão

escalados para contribuir nas demandas dos CEI, fato de grande importância para

a visibilidade do CNDI e a articulação com os conselhos. Foi solicitado que os

representantes do CNDI enviem um relatório síntese constando número de

participantes, subtemas apresentados, fotos, sugestões e observações e avaliações

sobre a utilização do “Passo a Passo”.

Quanto ao item Capacitação para os Conselheiros, a Comissão solicitou ao

representante da SDH presente: a disponibilização do recurso financeiro previsto

para a sua viabilização; a edição da cartilha existente atualizada seguindo o

Planejamento Estratégico do CNDI – Gestão 2010/2012 e torná-la mais acessível

para ser distribuída em todo território nacional; a elaboração de cartilhas como o

“Passo a Passo” com conteúdo sobre a criação de Conselhos Municipais e sobre o

Estatuto do Idoso com linguagem adequada à pessoa idosa, para divulgação dessa

lei. Também foi solicitada à SDH a cobrança dos textos sobre “Como os CEIs

compreendem a temática do envelhecimento dentro de sua atuação” para

constarem nos Anais da 3ª Conferência Nacional de Direitos da Pessoa Idosa. A

data final para entrega dos mesmos é até 15 de setembro/2011.

Quanto ao acompanhamento das Conferências, a Comissão cobra o envio

dos Relatórios das Conferências Estaduais observando a data de entrega, para ser

entregue a Relatoria.

A Comissão sugere constar na pauta da reunião do Fórum Regional entre

Conselhos na 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, a elaboração

de carta direcionada aos gestores municipais e políticos, reforçando a criação de

conselhos municipais onde ainda é inexistente e o fortalecimento dos existentes.

Os participantes sugeriram verificar e solicitar ao CEI-MG, as deliberações

do último Encontro Nacional dos Conselhos Estaduais realizado neste Estado em

2010, na gestão do Presidente Felipe Willer, como também, a data e o estado que

sediará o próximo encontro.

4..5 A 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

117

Na 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, foi inserido um eixo

temático específico sobre a estratégia para a efetivação da Política Nacional do

Idoso, quando seriam reunidos os representantes dos Conselhos Estaduais e dos

Fóruns. Segue o relato desse encontro.

EIXO V - Relato do Fórum dos Fóruns para Avaliação da Política Nacional

Do Idoso

A participação no Eixo V teve como componentes os Presidentes e Vice-

Presidentes dos Conselhos Estaduais do Idoso e do Distrito Federal;

representantes do Fórum da Mulher Idosa; representantes do Fórum dos Gestores

Estaduais da Política do Idoso; Diretoria do Fórum Nacional Permanente da

Sociedade Civil e a Comissão Nacional de Articulação com Conselhos do Conselho

Nacional do Idoso (CNDI), com o total de 42 participantes, e teve como finalidade:

debater e avaliar a implementação da Política Nacional do Idoso (PNI) nos estados,

na perspectiva dos Direitos Humanos; propor estratégias de monitoramento para

efetivação das deliberações da 3ª CNDPI; avaliar a implementação das políticas

públicas nos últimos dez anos, desde a criação do CNDI e a assinatura do Plano

Madrid 2002. Neste encontro contou com a presença do convidado homenageado

Dr. Papaléo Neto que permaneceu na qualidade de observador e ao final da

primeira parte a conselheira Vera Nicia apresentou e enalteceu a sua valiosa

presença neste Fórum, passando-lhe a palavra. Parabenizou os organizadores do

evento, dizendo “estou aqui é mais para aprender com vocês, e este debate é o

melhor que vocês estão apresentando, este é o caminho que vocês encontraram, e

está certo”.

Inicialmente, a conselheira do CNDI Vera Nicia Fortkamp de Araujo sugeriu a

apresentação dos presentes e apontou a finalidade deste Fórum dos Fóruns. A

Presidente do CNDI Karla Cristina Giacomin compareceu no Fórum dos Fóruns

dando as boas vindas e dizer da importância deste grupo de trabalho para o

controle da Política Nacional do Idoso, reforçando a finalidade do mesmo.

Alguns se prolongaram nas apresentações, com manifestações sobre as

dificuldades na gestão entre o CEI e a Secretaria Estadual à qual se vinculam.

O Sr Eduardo Ramirez Meza, convidado da 3ª Conferência, apresentou a

proposta da UFMS de construção de uma plataforma de sistema web de gestão de

informações compartilhada a Rede Nacional de Direitos do Idoso (RENADI). O

diferencial é que ela é menos aberta do que redes sociais e menos fechada do que

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

118

sites comuns, não é “.gov.br”, não é da sociedade civil, não é de censura. A gestão

poderá ser compartilhada entre SDH e CNDI. Os gestores de informações ficam em

cada estado, os CEI serão o gestor da plataforma, cada um terá senha exclusiva,

para ter autorização de alimentação dos dados, isto é publicar o que for produzido

nos Estados de interesse da pessoa idosa. O gestor estadual deverá autenticar os

gestores municipais. Todos que fizerem adesão ao site deverão assinar as suas

próprias publicações. Servirá como um ponto de encontro na rede para facilitar e

fomentar as discussões e trocas de informação, principalmente entre os conselhos.

Haverá um espaço de reunião virtual. A intenção é que o site seja um instrumento

de articulação entre os conselhos. Exemplificaram outras experiências nacionais e

internacionais semelhantes: a Fiocruz tem o Observatório Nacional do Idoso, a

Espanha também tem um espaço de informações semelhante, a representante do

Pará complementa que já estão fazendo. Foram pensadas três perguntas para

monitorar as questões do site:

1 - O que foi feito?

2 – Quem fez?

3 – Qual foi o resultado?

É interessante ter um plano de ação para implementação do sistema, estaria

aberto a outros movimentos da sociedade civil, já que é um sistema que pretende

ser RENADI. Sugerem que haja uma formação dos delegados, mesmo que fosse a

distância, ou que seja indicado referenciais teóricos. Também vídeo conferências,

reuniões abertas e transmitidas ao vivo pela internet para que as pessoas possam

se encontrar. Porém, a questão é que o sistema é trabalhado com softwares livres.

Foi lembrado que o “Disque 100” deveria ter um sistema de monitoramento, “uma

vez que não sabemos os encaminhamentos destas denúncias”. Após amplo

debate, colocou-se em votação e os presentes aprovaram a proposta apresentada

de ser criado o sistema web.

Vera Nicia deu continuidade à condução dos trabalhos, conforme prescrito no

documento Manual do Delegado que contém as orientações previstas no Passo a

Passo para a 3ª CNDPI. A proposta de formação de subgrupos, inicialmente não foi

aceita. Alguns manifestaram que não era preciso fazer os trabalhos em subgrupos,

que a coordenação é quem deverá conduzir as discussões, com tempo

estabelecido para as falas. As propostas foram submetidas à votação, e aprovada à

condução dos trabalhos em grande grupo. Verônica Ribeiro do Estado de

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

119

Pernambuco, integrante da Comissão de Organização da 3ª CNDPI e

representante do Fórum da Mulher Idosa assume a coordenação dos trabalhos.

Foram novamente colocadas as três perguntas para serem trabalhadas, com

intensa participação nas discussões cujo relato está na integra gravado pela

empresa contratada responsável pela sistematização. Porém, a metodologia ficou

prejudicada pela falta do data show, acarretando nova reunião em outro horário.

Para a sistematização das propostas formuladas na reunião do Fórum dos Fóruns,

ficou um subgrupo composto por: Márcia Ratti CEDPI do MS; Wuber Jefferson de

Souza Soares CEDEPI MS; Ednéia Pacheco de Oliveira CEDPI MS; Carmencita

Balestra CEIGO GO; Maria José Ponciano Silvestre CCDEPI RJ; Eduardo Ramirez

Meza UFMS e Vera Nicia Fortkamp de Araujo CNDI.

Após as discussões foi definido um subgrupo para finalizar a sistematização a

ser apresentada na plenária ao final da 3ª CNDPI composto por: Verônica,

Carmencita e Vera Nicia, colocando as perguntas e abaixo as propostas formuladas

pelos participantes do Fórum dos Fóruns que foi lida pela Presidente do CNDI, para

constar nos Anais.

4.6 1º ENCONTRO NORTE-NORDESTE DE ARTICULAÇÃO DO CNDI C OM CONSELHOS ESTADUAIS DE DIREITOS DO IDOSO Síntese dos debates do Grupo de Trabalho: FORTALECIMENTO DOS CONSELHOS - Data: 11/04/2012 Local: Salão Verona Ii; Hotel Ponta Mar – Fortaleza (Ce) Mediação: Vera Nicia Fortkamp de Araújo – CNDI Coordenação: Antonio Pompeu (CE) Relatores: Tulia Garcia (CE) e Auxiliadora Vasconcelos (CE)

O CNDI, no cumprimento do calendário já estabelecido no Planejamento

Estratégico, promoveu o Encontro Macrorregional Norte-Nordeste, em dois dias de

atividades. No 1º dia, a metodologia de roda de conversa foi utilizada para levantar

as dificuldades no funcionamento e as propostas para os Conselhos. No 2º dia,

foram debatidas as estratégias de efetivação da 3ª Conferência Nacional de

Direitos da Pessoa Idosa.

A Reunião de Articulação do CNDI com os Conselhos Estaduais do Norte e

Nordeste incluiu o Trabalho em Grupo da Região Nordeste com a representação

dos 09 (nove) estados (MA, PI, RN, PB, CE, BA, PE, SE, AL) e da Região Norte

(Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e de Tocantins).

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

120

A conselheira Vera Nicia Fortkamp de Araújo informa o objetivo e a

metodologia sugerida para a boa execução dos trabalhos, foi solicitado a escolha

de um coordenador e um relator para os trabalhos. No primeiro dia o coordenador

das atividades foi a conselheira nacional Vera Nicia e no segundo dia o

coordenador escolhido foi o Sr Antônio Pompeu e a relatoria dos dois dias foram as

Sras Túlia e Auxiliadora. A coordenação faz a leitura da Carta Macroregional Norte-

Nordeste e das deliberaçães da 3ª. Conferencia como estratégia de revisitar as

prioridades nacionais e da região Nordeste.

Após leitura, defesa e votação foram definidas as deliberações das prioridades

da macrorregião e o plano de ação para fortalecimento dos conselhos e dos direitos

dos idosos no Nordeste. Foram citadas como dificuldades pelos presentes.

- O CNDI enfraquecido pela rotatividade da composição da Secretaria

Executiva;

- ausência, rotatividade /fragilidade de vínculo da Secretaria Executiva com

alguns Conselhos Estaduais;

- A fragilidade na operacionalização das atividades dos Conselhos de

Direitos do Idoso;

- A falta de infraestrutura para o funcionamento adequado para os Conselhos

de Direitos do Idoso;

- A fragilidade do CNDI por falta de apoio da SDH, impactando nos CEDI e

por conseguinte, nos CMI;

- O momento delicado em relação à criação de Secretaria Estadual do Idoso

desvinculada da atual secretaria executora da Política Nacional;

- A falta de respeito por parte da SDH em relação à comissão organizadora

local da reunião descentralizada e do Encontro Macrorregional do Ceará.

Por sua vez, foram sugestões propostas pelo grupo de conselheiros

estaduais e nacionais para o fortalecimento dos Conselhos:

- promover a articulação com as instituições do ensino superior para

divulgação do controle social e fortalecimento dos conselhos;

- firmar um termo de cooperação técnica para capacitação de conselheiros

com a participação do ministério público; conselho estadual , secretaria

estadual gestora da política estadual do idoso e demais entidades

interessadas;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

121

- promover parcerias com instituições de ensino superior para divulgação dos

conselhos e dos direitos dos idosos;

- dar visibilidade e ampla divulgação a carta da região norte e nordeste;

- elaborar diagnóstico da situação dos conselhos estaduais para conhecer a

realidade local;

- elaborar uma resolução pelo CNDI recomendando a realização de um

diagnóstico da realidade dos CMI;

- elaborar um plano de ação, a partir do diagnóstico das condições de

funcionamento, para fortalecer os conselhos;

- criar cadastro on line de serviços, programas, projetos e benefícios

desenvolvidos nos municípios para fortalecimento da RENADI;

- normatizar o envio sistemático das atas das reuniões ordinárias do CNDI

aos Conselhos Estaduais do Idoso, como forma de socializar as suas

deliberações;

- implantar e implementar os Fundos Estaduais, possibilitando a produção de

estudos, pesquisas, publicações, deslocamento de conselheiros para

eventos e capacitações de conselheiros OG e sociedade civil - paritário;

- cumprir o Regimento do CNDI para a realização, a cada ano, de pelo

menos duas reuniões regionais descentralizadas;

- rever os critérios de escolha para composição do CNDI, possibilitando a

participação de usuários e de uma representação regional;

- incluir em Regimento a participação de representação dos Conselhos

Estaduais na Comissão de Organização das próximas conferências.

Foram citadas como Estratégias de efetivação da 3ª Conferência Nacional de

Direitos da Pessoa Idosa

Os presentes debateram a atuação dos Conselhos na 4ª etapa da 3ª

Conferência, a partir das deliberações prioritárias do EIXO 3 e da metodologia

proposta no Passo a Passo: O que? Por quem? Quando? Como? Por quê?

Deliberação 4: Obrigatoriedade da criação imediata do Conselho Municipal e Estadual do Idoso e do respectivo Fundo O que? Por quem? Quando? Como? Por quê? Articulação dos conselhos estaduais com o Ministério

Conselhos Estaduais; Ministério Público;

Maio e Junho

Reuniões Intersetoriais; Audiência Pública;

Fortalecimento dos Conselhos e do Controle Social

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

122

Público para implantação e implementação dos Conselhos Municipais e respectivos fundos

Associação dos Prefeitos

Assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta

Deliberação 5: Ampliação da Rede de Proteção e Defesa dos Idosos e Situação de Violência Caminhada Nacional Intergeracional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa no dia 15 de junho – Dia Mundial

CEDI; CMDI FORUNS; RENADI; Mobilização Intersetorial

15 de junho de cada ano

Caminhada Reduzir a violência e conscientizar a população para o enfrentamento à violência

EIXO 4 - DELIBERACAO 5 - GARANTIA DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS PARA OS CONSELHOS Audiência com o Legislativo Municipal e Estadual

Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais

Calendário orçamentário local

Audiências Públicas

Ampliação de recursos para o segmento idoso

Capacitação em Orçamento e Finanças Públicas e Planejamento Participativo para Conselheiros

Secretaria de Planejamento; Mobilização dos Movimentos Sociais; Conselhos

Maio Seminários Empoderar conselheiros para Advocacy em Planejamento Participativo

A conselheira Gabrielle sugere que o CNDI encaminhe os resultados da

reunião macrorregional para os governadores de estado e que fossem

apresentados em Plenária do CNDI.

CARTA REGIÃO NORTE/ NORDESTE - FORTALEZA- 12/04/201 2 Os Conselhos Estaduais do Idoso da Região Norte dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e de Tocantins e os da Região Nordeste Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e de Sergipe, presentes ao 1º Encontro Norte-Nordeste de Articulação entre o Conselho Nacional e os Conselhos Estaduais, realizados nos dias 11 e 12 de abril de 2012, na cidade de Fortaleza, Ceará vêm pelo presente:

- Afirmar mais uma vez que os Conselhos Nacional, Estaduais, Distrital e

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

123

Municipais do Idoso não dispõem de infraestrutura, apoio técnico, administrativo e jurídico garantidos pelo poder público competente, para que possam exercer o seu papel legal de deliberação, supervisão, de acompanhamento e de fiscalização da Política Nacional do Idoso, nos seus respectivos níveis de atuação;

- Denunciar que também não está sendo cumprido o que determina a Política Nacional do Idoso (Lei nº 8842/1994) e o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), no sentido de garantir a articulação das políticas públicas em um processo contínuo de integração entre o poder público e a sociedade civil, com a participação ativa das pessoas idosas deste país, que hoje já totalizam 21 milhões de brasileiros;

- Manifestar a preocupação de todos os Conselhos presentes quanto à criação da Secretaria Nacional do Idoso, reivindicação prioritária aprovada por unanimidade pela Assembleia Final da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, ocorrida em Brasília, em novembro de 2011. Entendemos que a constituição dessa Secretaria deva ser discutida com o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso e que competirá a ela efetivar e gerir a Política Nacional do Idoso, observadas as diferenças econômicas, sociais, regionais e as contradições entre o meio urbano e rural no envelhecimento da população brasileira;

- Asseverar que o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso deve estar vinculado ao órgão federal destinado à implementação da Política Nacional do Idoso, política essa, que prevê a ação de várias políticas públicas que tenham como objetivo a promoção da cidadania plena das pessoas idosas, compreendida como o compromisso de todos por um envelhecimento digno no Brasil.

Essa é a reivindicação de todos os conselhos Estaduais da Região Norte e Nordeste do Brasil, por entender que se precisa avançar no fortalecimento destas Instâncias de participação e controle social, visando contribuir de fato para efetivação da Política Nacional dos Direitos do Idoso.

Fortaleza/CE, 12 de abril de 2012

4.6 . 3ª Plenária Descentralizada do Conselho Nacio nal dos Direitos do

Idoso

Dando continuidade as ações da Comissão de Articulação do CNDI com os

Conselhos Estaduais, foi realizado nesta reunião descentralizada o encontro

macrorregional das regiões: Sul, Sudeste e Centro-Oeste, originando a Carta do

Rio de Janeiro.

CARTA DO RIO DE JANEIRO

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

124

O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso e os Conselhos Estaduais da Pessoa Idosa das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, através de suas representações na II Reunião Descentralizada do CNDI, no período de 8 a 10 de agosto de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, elaboram a presente carta, contendo as seguintes proposições:

- A importância de realizar reuniões descentralizadas nos moldes da que aqui ocorre, tendo como resultado a presente carta, a fim de que os Conselhos Estaduais e o Conselho Nacional tenham a oportunidade de estreitar laços de trabalho, trocando experiências e viabilizando soluções comuns, com vistas à efetivação da Política Nacional da Pessoa Idosa, uma vez que a mesma está em fase de consolidação, necessitando de ampla discussão para que se trilhem os caminhos mais eficazes. Por unanimidade, decidiu-se que as próximas reuniões serão realizadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina;

- Amplas discussões intersetoriais em nível nacional, estaduais e Distrito Federal com os Conselhos Nacionais e Estaduais e do Distrito Federal, cujas políticas se correlacionem com a Política Nacional da Pessoa idosa;

- A aproximação com os órgãos gestores para participação na construção do orçamento plurianual e anual, garantido os recursos necessários à execução da Política da Pessoa Idosa;

- O incentivo à parceria com o Ministério Público, visando obter orientações legais sobre a atuação do Conselho, bem como a garantia dos direitos fundamentais da pessoa idosa;

- A adesão unânime à iniciativa da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul em disponibilizar um sistema WEB de Gestão de Informações sobre Políticas Públicas e Direitos Humanos da Pessoa Idosa - Brasil Idoso para oferecer maior visibilidade e transparência aos conselhos e à execução das políticas públicas afetas ao segmento da população idosa, solicitando a sua implementação o mais breve possível;

- A normatização para implementação do Fundo do Idoso, nas três esferas de governo;

- A promoção de eventos de formação continuada que atinjam a todos os conselheiros em quaisquer esferas de governo, viabilizando recursos e meios para tal;

- A criação de Grupo de Trabalho em nível nacional, com todas as entidades envolvidas, visando a organização de um protocolo que aborde a garantia de cuidados dignos e humanizados às pessoas idosas institucionalizadas;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

125

- A revisão da estrutura de funcionamento dos Conselhos no que concerne à dependência administrativa e financeira estabelecida entre as instituições a que estão vinculados, gerando falta de autonomia, desconforto e subordinação, uma vez que, é preciso que se compreenda a democracia participativa, prevista na Constituição Federal, cujos mecanismos de participação se efetivam, por meio dos Conselhos de Direitos. Os Conselhos precisam ser autônomos para cumprir com seu papel;

- O reordenamento do fluxo do Disque 100, promovendo diálogo com os Conselhos, demais entidades afins e com a respectiva capacitação da equipe de atendimento, a fim de que sejam evitadas as distorções de encaminhamentos, que acabam por confundir papeis e responsabilidades;

- O encaminhamento de pedido de Parecer sobre a efetivação da Política Nacional do Idoso no segmento da educação, com envio de correspondência aos Conselhos Estaduais de Educação e ao Conselho Nacional de Educação, para que emitam as respectivas orientações.

Os conselheiros aqui reunidos contam com o cumprimento das proposições acima e das deliberações da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada em Brasília, em 2011, porque compreendem que a democracia em nosso Brasil somente será solidificada, se cada um fizer a parte que lhe cabe nesta construção.

Outro momento importante da reunião descentralizada foi a apresentação da

minuta do Regimento do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais do Idoso

(FONACEI) preparada pela conselheira Kátia Freitas (SC), para aprovação durante

a 3ª Conferência, mas, não tendo sido possível fazê-lo naquela ocasião, foi trazida

à apreciação do grupo.

Cumprindo a pauta da reunião descentralizada do CNDI, no Rio de Janeiro,

foi também apresentado pelo representante da Universidade do Mato Grosso a

Minuta do Sistema Web a ser implantado com a adesão do CNDI e dos Conselhos,

governos e entidades que desejarem.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

126

CAPÍTULO 6

COMISSÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, FINANCIAMENTO,

E ORÇAMENTO

RELATÓRIO DE GESTÃO 2011 e 2012

SUB-COMISSÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

SUB-COMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO

Coordenação: João Batista Lima Filho (Pastoral da Pessoa Idosa)

Composição: Representantes da Sociedade Civil:

Associação Brasileira de Alzheimer Conselho Federal de Serviço Social

Representantes governamentais Ministério da Saúde Ministério da Justiça Ministério do Desenvolvimento Social

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

127

1. INTRODUÇÃO

Para um melhor andamento dos trabalhos, dentro da própria comissão,

os trabalhos eram realizados em duas subcomissões, a subcomissão de

Políticas Públicas e a subcomissão de Orçamento e Financiamento.

2. Comissão de Políticas Públicas

A Comissão de Políticas Públicas realizou atividades de grande

importância durante essa gestão, dentre as quais destacam-se:

- participação efetiva na elaboração e acompanhamento do Plano

Estratégico do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso;

- atuação decisiva na elaboração e realização da 3ª Conferência

Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa;

- o encaminhamento das deliberações da 3ª Conferência aos ministérios

responsáveis, enviando ofícios e solicitando cumprimento.

Além dessas ações, a Comissão empenhou-se diretamente nas

questões relativas ao Fundo Nacional do Idoso, tendo promovido e participado

de:

- Oficina para orientação do FNI, feita pela Receita Federal, no que

tange a capacitação dos conselheiros sobre gestão do FNI;

- Acompanhamento das leis orçamentárias e atuação junto aos órgãos

governamentais, objetivando de novas rubricas orçamentárias;

- Reformulação do Regimento Interno do CNDI;

- Reuniões descentralizadas (Belém/PA, Fortaleza/CE e Rio de

Janeiro/RJ)

Outros temas escolhidos pela Comissão trataram de questões relativas a

políticas de cuidado para a pessoa idosa, com ênfase em dois grandes eixos, a

saber:

- CUIDADOR, ILPI E CENTROS-DIA:

- Análise do PL 2178/2011 que regulamenta a profissão do Cuidador

- Participação de alguns membros em audiência pública sobre a

Regulamentação da Profissão do cuidador;

- Propôs a criação do GT do cuidador do idoso

- Organização do Ciclo de debates sobre Políticas Públicas de Cuidado

de Longa duração, com ênfase no papel da Anvisa, do Ministério Público e dos

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

128

Conselhos como fiscalizadores e nas competências das políticas intersetoriais

de Saúde, Assistência Social, Cidades, Esporte, Cultura, Educação Trabalho,

na garantia dos direitos:

- Participação com alguns de seus membros no ciclo de debates

sobre Políticas Públicas de Cuidados de Longa Duração;

- Eixo 2 – Efetivação da 3ª Conferência:

- Orientação para a aplicação dos recursos disponíveis em

emendas de parlamentares para o ano de 2012, tendo como marco as

deliberações prioritárias do Eixo III da 3 ª Conferência Nacional dos

Direitos da Pessoa Idosa – Estratégias de fortalecimento dos Conselhos;

- Eixo 3 – Política Nacional do Idoso:

- Proposições para o Fortalecimento da Previdência Pública no

Brasil;

- Encaminhamento de oficio aos Ministérios Setoriais solicitando

suas prioridades, metas e financiamento estabelecidas para as ações de

atenção à pessoa idosa, a partir das deliberações da 3ª Conferência

para que a Comissão de Políticas possa construir o plano de gestão

integrada visando o Envelhecimento Ativo no Brasil;

- Análise e Parecer referente à efetivação do artigo 10 da Política

Nacional do idoso - A Comissão de Políticas públicas encaminhou

correspondência aos Ministérios e Secretarias, sob orientação do CNDI,

convocando responsável de cada Ministério para reunião com a

comissão objetivando revisar, atualizar e adequar às ações

governamentais do artigo 10 da PNI. Tal ação deve abranger também

outros Ministérios, inclusive a Secretaria de Direitos Humanos – SDH;

- Discussão sobre a inserção da pessoa idosa nas políticas

públicas com assento no CNDI - organização de discussão por temas na

agenda do CNDI (Assistência Social, Saúde, Previdência Social, Cultura,

Turismo, Educação, Justiça, SDH, Cidades, Relações Exteriores,

Trabalho e Emprego, Esportes, Planejamento, Ciência e Tecnologia);

- Análise das políticas públicas de Direitos Humanos, Justiça,

Saúde, Assistência Social, Cidades, Educação, Agricultura, entre outros,

no trato da violência contra a pessoa idosa e possíveis

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

129

encaminhamentos, com base nos dados disponibilizados pela Ouvidoria

da SDH e outras fontes;

- Discussão sobe o uso e abuso de psicotrópicos por idosos e

encaminhamentos;

- Apreciação sobre a consulta do Conselho Municipal do Idoso de

Belo Horizonte quanto ao atendimento preferencial à pessoa idosa, no

que se refere a idosos que usam a prioridade de atendimento, para fazer

serviços de terceiros e proposição de circular com a posição do CNDI

sobre o tema, a ser aprovada pela plenária e encaminhada aos

Conselhos Estaduais;

- Contato com o Conselho de Nacional de Educação, que se

mostrou receptivo a trabalhar com o tema do envelhecimento;

- Sugestão para inclusão de temas sobre envelhecimento no

Plano Nacional de Educação e devido acompanhamento;

- Revisão da resolução encaminhada aos gestores públicos

referente as ações realizadas sobre a Política Nacional do Idoso;

- Acompanhamento das discussões da criação da Secretaria

Nacional do idoso;

- Participação das atividades referentes ao "Dia de

conscientização à Violência contra a Pessoa idosa", 15 de junho;

- Participação na mobilização dos Conselhos nas 3 (três) esferas

de governo e do DF;

- Promoção em parceria com a Frente Parlamentar Mista de

Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, para realização de

reuniões e audiência pública na Câmara dos Deputados e Senado

Federal;

- Subsidiou o CNDI para encaminhamento de informações para a

Senadora Marta Suplicy sobre o PL 284/2011;

- Organização do simpósio sobre a Profissionalização do

Cuidador de Idoso com apoio do CNDI.

No plano internacional, a Comissão considerou importante a participação

do Brasil na 3ª Conferência Regional Intergovernamental sobre o

Envelhecimento na América Latina e Caribe, realizado na Costa Rica, e o apoio

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

130

para elaboração do projeto da Convenção de Direitos Humanos do Idoso na

ONU

Internamente, a Comissão foi bastante ativa, com a participação de seus

membros nos diversos Grupos de Trabalho instituídos ao longo da Gestão

(FNI, Reformulação do Regimento Interno, Celebração dos 10 anos do CNDI,

Cuidador de Idosos).

Além disso, para dirimir as dificuldades observadas durante essa gestão,

a Comissão sugeriu que o CNDI solicite a SDH:

- a aproximação da Secretaria do CNDI com a Coordenação de

Políticas do Idoso, objetivando atuarem conjuntamente, respeitando as

atribuições próprias de cada órgão;

- a agilização das publicações e das resoluções do CNDI

aprovadas e não publicadas para reunião subsequente;

- a publicização do número do protocolo e a tramitação dos

retromencionados documentos num prazo de cinco dias úteis para todo

Conselho; Solicitação a SDH a disponibilização de um funcionário

capacitado na área de finanças e orçamento, com exclusividade da

pauta da pessoa idosa para acompanhar a comissão de Políticas

Públicas, finanças e orçamento;

- o espaço físico adequado às necessidades de trabalho do CNDI.

2.1 SUGESTÕES DA COMISSÃO PARA IMPLANTAÇÃO NA GESTÃO

2012/2014

Ficam como sugestões para a próxima gestão:

- Adequar e implementar o Pacto de Envelhecimento Ativo e Saudável

entre os poderes e as 3 (três) esferas de governo;

- Renegociar e colocar em pauta o Pacto de Envelhecimento Ativo e

Saudável para aprovação, observadas as estratégias para metodologias de

trabalho com a Pessoa Idosa;

- Adequar e deliberar sobre o plano de gestão integrada a partir das

deliberações das conferências;

- Apresentar propostas para financiamento de serviços que integram a

Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa – RENADI;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

131

- Formação e capacitação de recursos humanos para atuar na rede de

serviços;

- Apresentar proposta de financiamento, orçamento e discutir com a

Comissão de finanças e orçamento;

- A Comissão de Políticas deverá atuar em parceria com a comissão de

financiamento para elaborar os critérios de partilha e aplicação de recursos do

Fundo Nacional do idoso;

- Acompanhar e incluir na pauta a temática do Cuidador de idosos;

- Sugestão para o Ministério da Educação para incluir a temática do

envelhecimento humano nas escolas;

- Aperfeiçoamento junto à Ouvidoria da SDH, do fluxo de denúncias no

Disque 100, no âmbito de violência contra a pessoa idosa;

- Revisão das Políticas referentes à Pessoa Idosa, tendo como marco o

Estatuto do Idoso.

3. SUBCOMISSÃO DE FINANÇAS E ORÇAMENTO

O relatório dessa Comissão ficou bastante prejudicado em razão de

dificuldades de definição dos orçamentos das políticas destinados à pessoa

idosa e da não submissão das propostas orçamentárias das políticas ao CNDI.

O CNDI solicitou à SDH o acesso à sua previsão orçamentária para

2013 e ao valor previsto para a atuação do CNDI e não teve acesso a essas

informações.

Embora houvesse na previsão orçamentária da SDH no PPA 2012-2015,

para um objetivo 0256, as ações não foram efetuadas.

A prestação de contas da 3ª Conferência e das ações da SDH até a

redação deste Relatório não haviam sido feitas.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

132

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

133

CAPÍTULO 5

RELATÓRIO DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

GESTÃO 2010-2012 Coordenador da Comissão: Sr. Marcos Wandresen (COBAP) Representantes da Sociedade Civil: COBAP CNC SESC Representantes dos Órgãos governamentais: Ministério da Cultura Ministério da Educação SDH – PR Ministério das Cidades

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

134

Art. 24 do Estatuto do Idoso, Lei nº 10741 de 01/10/2003 - “Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento”

APRESENTAÇÃO

A Comissão de Comunicação Social tem por objetivo contribuir para a

visibilidade da Política Nacional do Idoso, dos programas, projetos e ações de

proteção ao idoso e da atuação especial do governo e da sociedade civil

organizada, através de ações integradas.

Durante o período, a Comissão procurou articular-se com o órgão

responsável pela comunicação da SDH, com o objetivo de identificar formas e

mecanismos que pudessem dar cumprimento aos seus objetivos, de forma que

o governo e a sociedade pudessem ter acesso, contribuir e defender a política

do idoso.

Para isso, a Comissão se reuniu inúmeras vezes com a equipe de

comunicação da SDH, detalhando as necessidades da área, apresentando os

itens para a visibilidade da política do idoso, tentando alcançar os objetivos.

Apesar desses esforços, a Comissão não se sentiu atendida, pois não foram

tomadas as providências necessárias para efetivar as propostas, culminando

na apresentação dessas dificuldades em plenária do CNDI.

Assim, mesmo não atingindo todos os objetivos, importante trabalho de

comunicação foi realizado, destacando as Conferências dos Direitos do Idoso,

Encontro dos Conselhos Estaduais, as assembleias Gerais do CNDI, a

participação em Fóruns e Seminários e pela primeira vez a participação do

CNDI no PPA Mais Brasil 2012/2015.

O presente Relatório de Trabalho da Comissão representa o esforço e o

empenho de seus membros para oferecer e oportunizar a visibilidade das

ações do CNDI na proteção integral da pessoa idosa, com a devida aprovação

da plenária do CNDI.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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1 – Prioridades da Comissão de Comunicação Social

• Dar visibilidade às ações integradas do Conselho Nacional dos Direitos

do Idoso – CNDI e da Política de Direitos do Idoso

• Divulgar a legislação e as normas dos direitos da pessoa idosa

• Dar ampla divulgação dos atos e fatos administrativos do CNDI/SDH-

PR

• Oportunizar maior integração entre o CNDI – órgãos governamentais e

não governamentais através dos Conselheiros – Titulares e Suplentes,

enquanto “Agentes públicos de serviços relevantes – não remunerados”;

• Motivar e mobilizar, através da comunicação e informação, a população

em geral para ações integradas de atendimento, defesa e garantia dos direitos

do idoso, destacando as Conferências dos Direitos da Pessoa Idosa;

• Motivar o governo e sociedade civil organizada para somar esforços e

empenho para tornar o CNDI “Uma Referência Nacional do Idoso”.

2 – Objetivos

2.1 – Objetivo Geral

• Assegurar visibilidade as ações integradas – governo e sociedade civil

organizada e da Política Nacional dos Direitos do Idoso.

2.2 – Objetivos Específicos

• Assegurar a divulgação e informação no atendimento de qualidade às

ações integradas CNDI/SDH/PR e demandas que chegam ao CNDI e da

Política de Direitos do Idoso;

• Fomentar a comunicação e informação entre CNDI e Conselhos

Estaduais do DF e Municipais dos Direitos do Idoso;

• Aprimorar a comunicação institucional, dando visibilidade e

transparência as ações que envolvem os Conselhos de Direitos do Idoso, a

política de direitos do idoso e todo o processo de envelhecimento no Brasil;

• Efetivar a divulgação e informação das Deliberações da 1ª, 2ª, e 3ª

CNPI às três instancias administrativas – Município, Estado(DF),União.

3. RESULTADOS

• Publicação da Resolução nº 8, de 1º/10/2010, que dispõe sobre ações

básicas, elaboração de diretrizes para aprimorar o processo de comunicação

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

136

social do CNDI, entre outros itens, destacamos o Art. 1º, Inciso V “divulgar de

forma continuada as atividades do CNDI e da Política nacional do Idoso”.

• Implementação e organização da Coletânea de Legislação de proteção

ao idoso em CD, distribuída também aos Conselhos Estaduais;

• Elaboração e preparação dos “Cadernos de Orientação e Informação”

– não publicados

• Pesquisa realizada, a partir de 1973 contendo coletânea das Leis,

Decretos, Resoluções e Registro

• Anais da 3º Conferência Nacional dos Direitos do Idoso

• Importante participação na Comissão Organizadora da 3ª Conferência

Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa trabalhando para a:

1. Orientação às Conferências Estaduais

2. Divulgação do Passo a passo da 3ª Conferência

3. Orientação aos Delegados

4. Orientação sobre as etapas que envolvem a conferência

• Preparação, realização e acompanhamento da 3ª Conferência Nacional

dos Direitos do Idoso, nos níveis municipal, estadual e federal – considerando

que houve reduzida publicidade aos resultados do evento, dada a importância

dos 21 milhões de idosos no país, que ainda não receberam os resultados da

conferência.

• Publicidade dos 10 Anos do CNDI – presença no Congresso Nacional

• Participação em audiência parlamentar

• Encaminhamento do Livro 10 anos do CNDI, cuja publicação deverá

ocorrer ainda este ano.

4. PROPOSTAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL PENDENTES

Permanecem por ser executadas as seguintes ações:

• Criar e implementar uma “LOGOMARCA DO CNDI”;

• Atualizar o site e criar diretrizes de uso permanente;

• Editar Boletim Bimensal do CNDI “Informe Especial do Idoso”;

• Criar e implementar a Cartilha dos Direitos do Idoso – CNDI;

• Priorizar a Divulgação dos Programas Nacionais em atenção à pessoa

idosa;

• Articular a criação e implementação do Jornal Nacional do Idoso;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

137

• Fomentar, motivar e dinamizar a implementação e a divulgação do

Programa Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa;

• Articular e divulgar os eventos nacionais dos direitos do Idoso;

• Tornar o CNDI um canal direto de comunicação nacional dos direitos

do Idoso.

Essas propostas foram consideradas viáveis e necessárias para que os

21 milhões de idosos tivessem acesso às informações sobre seus direitos.

Todas elas atendem ao desejo da pessoa idosa brasileira, que recebeu com

muita expectativa a Lei 8.842, de 1994, que criou a Política Nacional do Idoso,

e com o advento da criação do Estatuto do Idoso, em 2003, essa expectativa

aumentou, como também a esperança, mas no entanto, o Idoso continua

esperando...

5. O QUE O IDOSO PRECISA

1 – Ser reconhecido como Cidadão de Direito

2 - Ser informado e conscientizado da(s)

• Nova legislação e normas

• Novas modalidades de atendimento

• Novos programas, projetos e atividades

• Como proteger, se defender e como se garantir de seus direitos

3 – Ter acesso preferencial aos benefícios e atendimento nos Bancos,

Estabelecimentos Públicos e privados, especialmente em Hospitais,

Ambulatórios e Casas de Saúde

4 – Ser respeitado como Ser Humano e cidadão de direito na família, na

comunidade, em qualquer lugar em que esteja presente

5 – Ter atenção, carinho e amor dos filhos, familiares e da sociedade

6 – Ter seu espaço respeitado e protegido, bem como poder partilhar sua

história de vida, sua contribuição na história da comunidade e seus

conhecimentos acumulados

7 - Ter vida digna e poder transmitir felicidade e alegria de viver.

Marcos Wandresen

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

138

Contatos:

• Marcos Wandresen – Titular – COBAP – Fone (48) 32331288

• Ana Maria Angela Bravo Villalba - Titular – MinC – Fone (61) 20242728

• Rodrigo Fávero – Suplente – M.Cidades – Fone (61) 21081783

• Rita de Cássia Marttouli – Suplente – CNC – Fone (21) 21365246

• Claire Beraldo – Suplente – SESC – Fone (21) 21365214

• Lúcia Gomes – Secretaria Executiva – Fone (61)

• Silvio Albuquerque – M. Rel. Exteriores

• Paulo Egon – M. Educação – Fone (61)

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

139

ANEXOS

Minuta do Regimento do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais do Idoso (FONACEI) CAPÍTULO I

Da Natureza

Art.1º O Fórum Nacional de Conselhos Estaduais do Idoso, proposto em 25 de novembro de 2011, denominado FONACEI, tem o seu funcionamento regulado por este regimento interno.

CAPÍTULO II

Dos Objetivos

Art.2º O FONACEI tem como objetivo de fortalecer e congregar os Conselhos Estaduais e do DF de Direitos da Pessoa Idosa com o Conselho Nacional de Direitos do Idoso, no que tange à participação das instâncias estaduais nas deliberações nacionais, bem como na defesa, vigilância e controle social da Política Nacional do Idoso.

CAPÍTULO III

Da Composição

Art.3º O FONACEI é composto por todos os Conselhos Estaduais e do Distrito Federal de Direitos da Pessoa Idosa (ou do Idoso) e sua representação far-se-á pelo Presidente do CEI ou Vice-presidente do CEI ou do CEI- DF, e Secretários/as Executivos dos respectivos Conselhos. (Acho importante a presença do presidente e vice, pois um é gov e outro não gov e mais secretaria/o executiva/

CAPÍTULO IV

Da Estrutura

Art.4º Integram a estrutura do FONACEI;

I – Plenária

II – Mesa Diretora

III – Secretaria Executiva

IV – Comissões temáticas e Grupos de Trabalho

V – Membros CAPÍTULO V

Do Funcionamento

Seção I Da Plenária

Art.5º A Plenária é instância deliberativa do FONACEI, constituída pela reunião ordinária ou extraordinária dos seus membros;

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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Art.6º Compete à Plenária:

I - deliberar sobre os assuntos do FONACEI atinentes à Política do Idoso e suas normas;

II - aprovar a criação e dissolução de Comissões Temáticas e Grupos de Trabalho, definindo competências, composição, procedimentos e prazo de duração;

III - eleger a Mesa Diretora do FONACEI;

IV - modificar o Regimento Interno, com o quórum mínimo de 1/3(um terço) de seus membros.

Art.7º A Plenária reunir-se-á ordinariamente, trimestralmente, por convocação de seu presidente, com antecedência mínima de 20 dias, ou extraordinariamente, mediante convocação do presidente ou de um terço de seus membros, observada a urgência necessária.

§1º As convocações para as Plenárias serão encaminhadas aos seus membros, preferencialmente, por meio eletrônico e por fax.

§2º As datas das reuniões ordinárias do FONACEI serão estabelecidas em calendário próprio, e sua duração será a necessária, podendo ser interrompida para prosseguimento em data e hora estabelecidas pelos presentes.

§3º As plenárias serão públicas e instaladas, em primeira convocação, com a presença da maioria simples de seus membros, e em segunda convocação, após 15 (quinze) minutos, com a presença de qualquer número de seus membros.

§4º A Plenária será presidida pelo/a Presidente do FONACEI, substituindo-o/a os 1º e 2º vice presidentes ou os 1º e 2º secretários, nessa ordem. Art. 8º A Mesa Diretora, de natureza colegiada, juntamente com a Secretaria Executiva, organizará a pauta de cada reunião, comunicando a todos no ato da convocação.

§1º Em caso de urgência ou relevância, a Plenária poderá alterar a pauta.

§2º Os itens constantes da pauta deverão ter afinidades com as questões atinentes aos Conselhos Estaduais e do Distrito Federal de Direitos da Pessoa Idosa e com a Política Nacional do Idoso e demais normas.

Art. 9º - Os trabalhos da Plenária obedecerão, preferencialmente, à seguinte ordem: I - Verificação do quórum para instalação dos trabalhos;

II - Apreciação e votação da ata da reunião anterior;

III - Aprovação da pauta;

IV - Apresentação de pontos específicos para deliberação e encaminhamento;

V - Apresentação de informes.

Art. 10 As deliberações serão tomadas por maioria simples dos votos, salvo nos casos de alteração do Regimento Interno, quando o quorum mínimo será de 1/3(um terço) de seus membros.

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§1º A votação será aberta ou secreta, conforme decisão da plenária.

§2º Os votos divergentes poderão ser expressos na ata da reunião a pedido do membro que o proferiu. §3º A matéria constante na pauta, mas não deliberada, permanece nas pautas das reuniões subseqüentes até a sua deliberação.

§4º Em caso de empate na votação de alguma matéria a ser deliberada, esta retornará para uma nova discussão e votação na mesma plenária e, permanecendo o empate, a decisão de desempate caberá ao Presidente do FONACEI.

Art. 11 Será lavrada ata de cada reunião contendo exposição resumida dos trabalhos, conclusões e deliberações, sendo assinada pelos membros presentes e arquivada em livro próprio na Secretaria Executiva do FONACEI.

Art. 12 As manifestações do FONACEI se darão por meio de deliberações, recomendações e pareceres.

Seção II

Da Mesa Diretora

Art. 13 A Mesa Diretora, de natureza colegiada será composta por Presidentes dos CEI em exercício e terá mandato de 01 (um) ano, permitida uma recondução por igual período, e será composta por:

I - Presidente;

II - 1º Vice Presidente;

III - 2º Vice Presidente;

IV - 1º Secretário;

V - 2º Secretário Parágrafo único – Serão eleitos 5 (cinco) suplentes de segundo secretário, sendo um por região, que assume a função na mesa diretora na vacância de algum de seus membros, exclusivamente como segundo secretário, cuja substituição se dará respeitando a representação por região.

Art. 14 O processo de escolha da Mesa Diretora dar-se-á da seguinte maneira.

§1º Os cargos do inciso I ao V serão eleitos pela maioria simples de votos dados em plenária, garantindo-se 1 (um) cargo para cada região do país.

§2º Em caso de reeleição, havendo manifestação do presidente em ser reconduzido e os demais membros da mesa diretora optarem pela continuidade de seus mandatos, apresentar-se-á proposta à plenária para novo processo de escolha;

§3º O integrante da Mesa Diretora que, por algum motivo, deixar de exercer o seu mandato de Presidente, ou Vice Presidente em seu Conselho Estadual ou Distrito Federal, perderá automaticamente o seu mandato na Mesa Diretora, devendo o cargo vacante ser ocupado com novo processo de eleição.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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§4º Havendo manifestação do Presidente em ser reconduzido e um ou mais membros da mesa diretora optarem pela não continuidade de seus mandatos, apresentar-se-á a proposta à plenária para deliberação, com novo processo de escolha para os cargos vacantes.

§5º Caso a Plenária delibere contrariamente em qualquer das hipóteses acima arroladas, far-se-á novo processo de escolha da Mesa Diretora.

§6º O membro do FONACEI perderá sua vaga na Mesa Diretora se faltar a 02 (duas) Plenárias consecutivas.

Art. 15 Compete à Mesa Diretora, na condição de coordenadora das ações político-administrativas do FONACEI:

I - Dispor sobre as normas e atos relativos ao funcionamento administrativo do FONACEI;

II - Observar e fazer cumprir este Regimento Interno;

III - Deliberar matéria “ad referendum” da Plenária;

IV - Elaborar, em conjunto com a Secretaria Executiva, a pauta das reuniões;

V - Apreciar, excepcionalmente, matéria em caráter de urgência, a seu critério, submetendo ao referendo da Plenária.

Art. 16 Compete a/ao Presidente do FONACEI:

I - Convocar e presidir as reuniões do Fórum;

II - Submeter a pauta à aprovação da Plenária;

III - Discutir e votar as matérias em igualdade de condições com os demais membros;

IV - Praticar os atos necessários ao exercício das tarefas administrativas e os decorrentes das deliberações da Plenária;

V - Assinar atos inerentes ao FONACEI;

VI - Delegar competências, desde que previamente aprovadas pela Plenária;

VII - Designar representantes do FONACEI em eventos externos oficializando a representação;

VIII – Divulgar suas matérias deliberadas pelo FONACEI (retirar);

IX - Decidir questões de ordem;

X - Desenvolver as articulações necessárias para o cumprimento das atividades da Mesa Diretora, de natureza colegiada;

Art. 17 Compete a/ao 1º Vice Presidente:

I - Substituir o/a Presidente em seus impedimentos e ausências e, em caso de vacância, até que se faça um novo processo de escolha;

II - Auxiliar o/a Presidente no cumprimento de suas atribuições;

III - Exercer as atribuições que lhes forem conferidas pela Plenária.

Relatório do CNDI - Gestão 2010-2012

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Art. 18 Compete a/ao 2º Vice Presidente:

I - Substituir o/a 1º Vice Presidente em seus impedimentos e o/a Presidente na falta de ambos, ou em caso de vacância, até que se faça um novo processo de escolha;

II - Auxiliar o/a Presidente no cumprimento de suas atribuições;

III - Exercer as atribuições que lhes forem conferidas pela Plenária.

Art. 19 Compete a/ao 1º Secretário/a:

I - Responsabilizar-se pelas atas das Plenárias junto à Secretaria Executiva;

II - Substituir o/a 2º e o/a 1º Vice Presidente em seus impedimentos e o/a Presidente na falta de ambos, ou em caso de vacância até a realização de novo processo de escolha;

III - Examinar os processos a serem apreciados pela Plenária, dando cumprimento aos despachos proferidos;

IV - Prestar, na Plenária, as informações solicitadas pelo/a Presidente ou pelos demais membros;

V - Encaminhar à Secretaria Executiva as matérias deliberadas na Plenária;

VI - Orientar e acompanhar os trabalhos da Secretaria Executiva. Art. 20 Compete a/ao 2º Secretário/a:

Substituir o/a 1º Secretário em seus impedimentos ou ausências; e o/a 2º e 1º Vice-Presidentes em seus impedimentos e o/a Presidente na falta de todos, ou em caso de vacância até a realização de novo processo de escolha;

Substituir o/a 1º Secretário nos casos em que esse venha a substituir o/a 2º Vice Presidente;

Completar o mandato do/a 1º Secretário, até que se faça novo processo de escolha.

Da Secretaria Executiva

Art. 21 A Secretaria Executiva é órgão de apoio técnico e administrativo do FONACEI diretamente subordinado à Presidência e à Plenária.

Parágrafo Único A Secretaria Executiva será exercida, preferencialmente, pelo CEI vinculado ao/a Presidente.

Art. 22 Compete à Secretaria Executiva:

I - Responsabilizar-se, junto a/ao 1º Secretário/a, pelas atas das reuniões;

II - Arquivar as súmulas das reuniões, pareceres, moções, atas e demais documentos do FONACEI.

Seção IV - Dos Membros do FONACEI

Art. 23 Compete aos membros do FONACEI:

a) Comparecer às Plenárias, após ter apreciado a ata da reunião anterior;

b) Justificar por escrito e antecipadamente suas ausências às reuniões;

c) Assinar no livro próprio sua presença na reunião a que comparecer;

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d) Solicitar à Mesa Diretora a inclusão na agenda dos trabalhos, de assuntos que desejar discutir;

e) Propor a convocação de Plenária Extraordinária;

f) Proferir declaração de voto quando assim o desejar;

g) Propor alterações no Regimento Interno; h) Votar, nos casos previstos neste regimento, e ser votado para cargos do FONACEI;

i) Requisitar à Secretaria Executiva as informações necessárias ao adequado desempenho de suas atribuições;

j) Fornecer à Secretaria Executiva todos os dados e informações a que tenha acesso ou que se situem na área de sua competência, sempre que os julgar importantes para o trabalho do FONACEI, ou quando solicitados pelos demais membros;

k) Requerer votação de matéria em regime de urgência;

l) Apresentar à Plenária proposta de moções, requerimentos ou proposições atinentes à área da Pessoa Idosa;

m) Deliberar sobre propostas, pareceres e recomendações emitidas por membros do FONACEI;

n) Propor a criação e composição de Comissões e Grupos de Trabalho e seus componentes;

o) Exercer as atribuições de sua competência ou outras designadas pela Plenária ou Mesa Diretora;

p) Votar, nos casos previstos neste regimento q) Participar de eventos de capacitação e aperfeiçoamento na área da Pessoa Idosa.

Art. 24 A substituição do membro do FONACEI se dará da seguinte forma:

Quando houver indicação pelos CEIs;

II. No caso de perda do cargo de Conselheiro do CEI ou do Distrito Federal. Seção V

Das Disposições Gerais

Art. 25 Terá direito a voto nas plenárias do FONACEI o Presidente ou Vice-presidente dos CEI`s e CEI-DF

Art. 26 Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação do presente Regimento Interno serão dirimidos pela Plenária.

Art. 28 – Este Regimento Interno entra em vigor na data de sua criação e aprovação pela Plenária do FONACEI.

Florianópolis, 23 de novembro de 2011.

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