relatório de gestão 2011 - 2015

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  • 7/25/2019 Relatrio de Gesto 2011 - 2015

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    RELATRIODE

    GESTO

    2011

    2015

    SADEMENTALNOSUS

    CUIDADOEMLIBERDADE,DEFESADEDIREITOS

    EREDEDEATENOPSICOSSOCIAL

    MINISTRIODASADE

  • 7/25/2019 Relatrio de Gesto 2011 - 2015

    2/156

    MINISTRIODASADE

    SecretariadeAtenoSade

    DepartamentodeAesProgramticasEstratgicas

    SADEMENTALNOSUS

    CUIDADOEMLIBERDADE,DEFESADEDIREITOS

    EREDEDEATENOPSICOSSOCIAL

    RELATRIODEGESTO20112015

    BrasliaDF

    2016

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    Elaborao,distribuioeinformaes

    CoordenaoGeraldeSadeMental,lcooleOutrasDrogasDepartamentodeAesProgramticasEstratgicas(Dapes)SecretariadeAtenoSade(SAS)

    Ministrioda

    Sade

    (MS)

    SetordeAutarquiaFederalSul(SAF/SUL),Trecho2,Lote05/06,) EdifcioPremium,BlocoF,Torre2,sala13Brasilia,DFCEP:70.070600

    Contatos:TelefoneGeral:(5561)3315.9144Email:[email protected]

    Redao,dadoseorganizaodoRelatrio:

    EquipedaCoordenaoGeraldeSadeMental,lcooleOutrasDrogas/DAPES/SAS/MS:Adlia Benetti de Paula Capistrano Alexandre Teixeira Trino Ana Carolina da Conceio Andrea BorghiMoreiraJacintoAretuzaSantosdeOliveiraFreitasBarbaraCoelhoVazCsarHenriquedosReisCinthiaLociksde Arajo Clarisse Moreira Al Claudio Antnio Barreiros Daniel Adolpho Daltin Assis Daniela Piconez eTrigueiros Debora Estela Massarente Pereira Enrique Arajo Bessoni Fernanda Rodrigues da Guia FloraMoura Lourenzo Gabriela Hayashida Isadora Simes de Souza Izadora Isa Soares Luz Janaina BarretoGonalvesJaquelineTavaresdeAssisHinaraHelenaSilvaPereiradeSouzaIvanaGomesdeAlmeidaJuliannaGodinho Dale Coutinho June Correa Borges Scafuto Kayan Vogado Alves Karen Costa Oliva Keyla KikushiCmara LarissadeAndradeGonalves LeisenirdeOliveira MarcelHenriquedeCarvalho Mariana da CostaSchorn Marina Rios Amorim Michaela Batalha Juhasova Milena Leal Pacheco Ndia Maria Silva Pacheco

    Patricia

    Portela

    de

    Aguiar

    Patrcia

    Santana

    Santos

    Paula

    Silva

    Oliveira

    Pedro

    de

    Lemos

    MacDowell

    Pedro

    Henrique Marinho Carneiro Polliana Barbosa da Rocha Pollyanna Fausta Pimentel de Medeiros Raquel deAguiar Alves Raquel Turci Pedroso Roberto Tykanori Kinoshita Rubia Cerqueira Persequini Samia AbreuOliveiraTaiaDuarteMotaThaisSoboslaiThiagoMonteiroPithonVivianePaulaRocha

    Arte da Capa e Contracapa: Obra de Maria do Socorro Santos, pintora e militante do Movimento da LutaAntimanicomialdoRiodeJaneiro,quefaleceuemmarode2005.Direitos autorais: Projeto Maria do Socorro Santos/Instituto Franco Basaglia/Projeto Transverses ESS/UFRJ.

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. DAPES. Coordenao Geral de Sade Mental,lcooleOutrasDrogas.

    SadeMentalnoSUS:CuidadoemLiberdade,DefesadeDireitoseRededeAtenoPsicossocial.RelatriodeGesto20112015.MinistriodaSade:Braslia.Maio,2016,143p.

    Versopreliminar1,fechadaem09/06/2016

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    1

    LISTADESIGLAS

    ABAtenoBsica

    ACSAgenteComunitriodeSade

    AIH AutorizaodeInternaoHospitalarAIH

    Anvisa

    AgnciaNacional

    de

    Vigilncia

    Sanitria

    ATSM reaTcnicadeSadeMentaldoMinistriodaSade

    BPA/CBoletimdeProduoAmbulatorialConsolidado

    BPA/I BoletimdeProduoAmbulatorialIndividualizado

    CAB34 CadernodeAtenoBsican34sademental

    CAPSCentrodeAtenoPsicossocial

    CATCasadeAcolhimentoTransitrio

    CDPD ConvenoInternacionaldasNaesUnidassobreosDireitosdasPessoascomDeficincia

    Cebas CertificaodasEntidadesBeneficentesdeAssistnciaSocial

    CGMADCoordenaoGeraldeSadeMental,lcooleoutrasDrogas

    CGPC CoordenaoGeraldePromoodaCidadania

    CGPDS CoordenaodePromoodosDireitosSociais

    CGSI CoordenaoGeraldeSistemasdeInformao/DRAC/SAS/MS

    CIF ClassificaoInternacionaldeFuncionalidades,IncapacidadeseSade

    CIRComissoIntergestoresRegional

    CISM

    ComissoIntersetorial

    de

    Sade

    Mental

    CIST CadastrodeInclusoSocialpeloTrabalho

    CNES CadastroNacionaldeEstabelecimentodeSade

    CNMP ConselhoNacionaldoMinistrioPublico

    CnRConsultrionaRua

    CNS ConselhoNacionaldeSade

    Coasa CoordenaodeAcompanhamentodasAesdeSadeeSeguranaAlimentar

    Cogem

    Coordenao

    de

    Gnero

    e

    Assuntos

    Geracionais

    Conad ConselhoNacionaldePolticasSobreDrogas

    Conasems ConselhoNacionaldeSecretriosMunicipaisdeSade

    Conass ConselhoNacionaldeSecretriosdeSade

    CONTRANConselhoNacionaldeTrnsito

    COPOLAD CooperationProgrammeonDrugsPoliciesbetweenLatinAmericaandtheEuropeanUnion

    COPPE/UFRJ Instituto Alberto Luiz Coimbra de Psgraduao e Pesquisa de Engenharia da Universidade

    FederaldoRiodeJaneiro

    Cosems ConselhodeSecretriosMunicipaisdeSade

    CTComunidadeTeraputica

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    2

    DAB DepartamentodeAtenoBsica

    Dahu DepartamentodeAtenoHospitalareUrgncias

    Dasi DepartamentodeAtenoSadeIndgena

    Datasus DepartamentodeInformticadoSUS

    DCNT

    DoenasCrnicas

    No

    Transmissveis

    Deges DepartamentodeGestodaEducaonaSade

    Demas DepartamentodeMonitoramentoeAvaliaodoSUS/SE/MS

    DenasusDepartamentoNacionaldeAuditoriadoSUS

    DEPEN DepartamentoPenitencirioNacional/MJ

    DPDS DiretoriadePromooaoDesenvolvimentoSocial

    Drac DepartamentodeRegulao,AvaliaoeControledeSistemas/SAS/MS

    DSEI DistritosSanitriosEspeciaisIndgenas

    EADEducaoDistncia

    ECA EstatutodaCrianaedoAdolescente

    ECAR SistemadePlanejamentoeMonitoramento

    eCR EquipedeConsultrionaRua

    ECT eletroconvulsoterapia

    Enraps EncontrodeNacionaldeRedesdeAtenoPsicossocialdoSUS

    ESFEstratgiadeSadedaFamlia

    eSF

    Equipe

    de

    Sade

    da

    Famlia

    EUDAP EuropeanDrugAddictionPreventionTrial

    FCES FichaCadastraldeEstabelecimentodeSade

    FIOCRUZ FundaoOsvaldoCruz

    FORMSUS servioparacriaodeformulriosnawebdoDatasus

    FUNAD FundoNacionalAntidrogas

    FUNAI FundaoNacionaldondio

    GBG

    Good

    Behavior

    Game

    GUIAAD GuiaEstratgicoparaoCuidadodePessoascomnecessidadesrelacionadasaoconsumodelcool

    eoutrasdrogas

    GTGrupodeTrabalho

    GTI GrupodeTrabalhoIntersetorial

    HCTP HospitaldeCustdiaeTratamentoPsiquitrico

    IBGE InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatstica

    IDHM ndicedeDesenvolvimentoHumanoMunicipal

    IES InstituiesdeEducaoSuperior

    IPCA ndiceNacionaldePreosaoConsumidorAmplo

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    3

    Ipea InstitutodePesquisaEconmicaAplicada

    LBI LeiBrasileiradeInclusodaPessoacomDeficincia

    LDO LeideDiretrizesOramentrias

    LGBTLsbicas,Gays,Bissexuais,TravestiseTransexuais

    LOA

    LeiOramentria

    Anual

    MDSMinistriodoDesenvolvimentoSocialeCombateFome

    MEMunicpioElegvel

    MECMinistriodaEducao

    MinCMinistriodaCultura

    MJ MinistriosdaJustia

    MSMinistriodaSade

    MTEMinistriodoTrabalhoeEmprego

    NasfNcleodeAtenoSadedaFamlia

    NuteEUFSC NcleoMultiprojetosdeTecnologiaEducacionaldaUniversidadeFederaldeSantaCatarina

    OEA OrganizaodosEstadosAmericanos

    ONU OrganizaodasNaesUnidas

    OPAS/OMS OrganizaoPanAmericanadeSade OrganizaoMundialdaSade

    PAB PisodeAtenoBsica

    Pacs ProgramadeAgentesComunitriosdeSade

    PAR

    Planode

    Ao

    Regional

    PETSade ProgramadeEducaopeloTrabalhoparaaSade

    PMAQAB ProgramadeMelhoriadoAcessoeQualidadedaAtenoBsica

    PNAISARI PolticaNacionaldeAtenoIntegralSadedeAdolescentesemConflitocomaLei,emRegime

    deInternaoeInternaoProvisria

    PNAISP Poltica Nacional de Ateno Integral Sade das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema

    Prisional

    PNASH/Psiq

    Programa

    Nacional

    de

    Avaliao

    dos

    Servios

    Hospitalares/Psiquiatria

    PNEPS PolticaNacionaldeEducaoPermanenteemSade

    PNH PolticaNacionaldeHumanizao

    PNPS PolticaNacionaldePromoodaSade

    PNS PlanoNacionaldeSade

    PnudProgramadasNaesUnidasparaoDesenvolvimento

    PO ProgramasOramentrios

    PPA PlanoPlurianual

    PREVINE ICongressoInternacionaldePrevenodosProblemasRelacionadosaoUsodeDrogas

    PRH ProgramaAnualdeReestruturaodaAssistnciaHospitalarPsiquitricanoSUS

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    4

    PronacoopSocial ProgramaNacionaldeApoioaoAssociativismoeCooperativismoSocial

    PSE ProgramaSadenaEscola

    PTSProjetoTeraputicoSingular

    PVCProgramadeVoltaparaCasa

    RAADH

    Reuniode

    Altas

    Autoridades

    em

    Direitos

    Humanos

    RAAS RegistrodasAesAmbulatoriaisdeSade

    RAPSRededeAtenoPsicossocial

    RASRedesdeAtenoSade

    RDReduodeDanos

    RDCResoluodaDiretoriaColegiada

    RHS RedeHumanizaSUS

    RUERededeAtenosUrgncias

    Saips SistemadeApoioImplementaodePoliticasdeSade

    SamuServiodeAtendimentoMveldeUrgncia

    SARR ServiosdeAtenoemRegimeResidencial

    SASSecretariadeAtenoSade

    SAV SuporteAvanadodeVida

    SBV SuporteBsicodeVida

    SDH SecretariadosDireitosHumanos

    Senad

    Secretaria

    Nacional

    de

    Polticas

    Sobre

    Drogas

    do

    Ministrio

    da

    Justia

    Senaes SecretariaNacionaldeEconomiaSolidria/TEM

    Senasp SecretariaNacionaldeSeguranaPblica/MJ

    Sesai SecretariaEspecialdeSadeIndgena

    SFP StrengtheningFamiliesProgram

    SGTES SecretariadeGestodoTrabalhoedaEducaonaSade

    SGEP SecretariadeGestoEstratgicaeParticipativa

    SIA/SUS

    Sistema

    de

    Informaes

    Ambulatoriais

    SIH/SUS SistemadeInformaesHospitalaresdoSUS

    Sinase SistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo

    Sinpas SistemaNacionaldePrevidnciaeAssistnciaSocial

    Sismob SistemadeMonitoramentodeObrasFundoaFundo

    SisnadSistemaNacionaldePolticasPblicassobreDrogas

    Sisprofns SistemadePropostasFundoaFundo

    SNJ SecretariaNacionaldaJuventude

    SNPDCA SecretariaNacionaldeDireitosHumanos/SDH

    SRTServioResidencialTeraputico

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    5

    Suas SistemanicodeAssistnciaSocial

    SUPERA Sistemaparadetecodousoabusivoedependnciadesubstnciaspsicoativas:encaminhamento,

    intervenobreve,reinserosocialeacompanhamento

    SUSSistemanicodeSade

    SVS

    Secretaria

    de

    Vigilncia

    em

    Sade

    TEA TranstornosdoEspectrodoAutismo

    TEDTermodeExecuoDescentralizada

    Tepac TpicosEspeciaisdePoliciamentoeAesComunitrias

    TETOMACTetoFinanceirodeMdiaeAltaComplexidade

    UAUnidadedeAcolhimento

    UAAUnidadedeAcolhimentoAdulta

    UAiUnidadedeAcolhimentoInfantojuvenil

    UBS UnidadeBsicadeSade

    UFRN UniversidadeFederaldoRioGrandedoNorte

    UFSC UniversidadeFederaldeSantaCatarina

    Unasus UniversidadeAbertadoSUS

    UnB UniversidadedeBraslia

    UNGASS AssembleiaEspecialdaOrganizaodasNaesUnidas

    Unifesp UniversidadeFederaldeSoPaulo

    UNODC

    Escritriodas

    Naes

    Unidas

    sobre

    Drogas

    e

    Crime

    UPAUnidadedeProntoAtendimento

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    6

    Listadefiguras

    Figura1.RegiesdeSadeBrasil.................................................................................................................8

    Figura 2. Mapas Evoluo do Indicador de Cobertura de CAPS/100 mil habitantes (Brasil, dez/2006,

    dez/2011edez/2015).................................................................................................................................46

    Figura

    3.

    Distribuio

    dos

    (as)

    alunos

    (as)

    formados

    (as)

    nos

    trs

    Cursos

    Distncia

    em

    Sade

    Mental

    por

    curso(Brasil,dez/2014)............................................................................................................................113

    Figura4.Nmerodeprofissionaistituladoscomoenfermeirosespecialistasemsadementalporestado

    (2015)........................................................................................................................................................114

    Listadegrficos

    Grfico 1. Evoluo do investimento financeiro federal nos Centros de Ateno Psicossocial (Brasil,

    dez/2002adez/2015).................................................................................................................................25

    Grfico 2. Srie histrica de expanso dos CAPS (Brasil, dez/1998 a

    2015)...........................................................................................................................................................45

    Grfico 3. Srie histrica Indicador de Cobertura de CAPS/100 mil habitantes, por regio (Brasil,

    dez/2002adez/2015)................................................................................................................................48

    Grfico 4. Evoluo dos registros de procedimentos ambulatoriais em sade mental aprovados e

    estimativadaproduosemantidaatendnciaanterior.Brasil,2008 2014.........................................55

    Grfico5.SriehistricahabilitaoServiosResidenciaisTeraputicos20132015................................65

    Grfico6.

    Nmero

    Beneficirios

    Programa

    de

    Volta

    para

    Casa

    2003

    2015............................................66

    Grfico 7. Srie histrica percentual de Hospital Psiquitrico por porte (Brasil, dez/2002

    dez/2015)....................................................................................................................................................68

    Grfico8.LeitosSUSemhospitaispsiquitricosporano(Brasil,dez/2002adez/2015)..........................69

    Grfico9.Repassesderecursosfederaisdeincentivofinanceiroparaodesenvolvimentodeestratgias

    docomponenteReabilitaoPsicossocial(Brasil,2005a2013)................................................................72

    Grfico 10. Repasses de recursos federais de incentivo para as Chamadas de Protagonismo e

    ReabilitaoPsicossocialde2012e2013,porRegiodoBrasil.................................................................73

    ListadeQuadros

    Quadro1.ComponentesdaRededeAtenoPsicossocialRAPS..............................................................9

    Quadro2.PortariasinstituioGruposCondutoresEstaduaisdaRAPSporestado.................................11

    Quadro3.ReduoparmetropopulacionalparaimplantaodeCAPS.................................................47

    Quadro 4. Audincias Pblicas na Cmara Legislativa e Senado Federal com participao da

    CGMAD.......................................................................................................................................................97

    Quadro5.ProduesTcnicasnoCampodelcooleoutrasDrogasentre20112015............................98

    Quando6.MdulosdaIChamadaProjetoPercursosFormativosdaRAPS.............................................111

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    7

    Listadetabelas

    Tabela1.PactuaoPlanosdeAodaRAPSporestado..........................................................................12

    Tabela2.EmendasParlamentaresdesignadasCGMAD(Brasil,20112015)...........................................26

    Tabela

    3.

    Propostas

    de

    construo

    aprovadas

    por

    programa,

    por

    ano

    e

    por

    insero

    de

    Ordem

    de

    Servio(Brasil,2015)..................................................................................................................................31

    Tabela 4. Total de propostas aprovadas por programa e por emenda, por tipo (Brasil, 2013 a

    2015)...........................................................................................................................................................31

    Tabela5.Totaldepropostasaprovadasporprogramaeporemenda,portipoeporUF(Brasil,2013a

    2015)..........................................................................................................................................................32

    Tabela6.VagasofertadasdoCursodeFormaoCaminhosdoCuidado,porUF(Brasil,2015)...............40

    Tabela 7. Srie histrica do nmero de CAPS habilitados no Brasil por Tipo (Brasil, dez/2006 a

    2015)...........................................................................................................................................................49

    Tabela8.DistribuiodosCAPSporMunicpioElegvel(ME),endemunicpioscomCAPSHabilitado

    porUF(Brasil,dez/2006a2015)................................................................................................................50

    Tabela9.UnidadesdeAcolhimentohabilitadas(Brasil,2015)..................................................................61

    Tabela 10. Servios Hospitalares de Referncia com leitos de sade mental, lcool e outras drogas

    habilitadoporUF(dez/2015)......................................................................................................................63

    Tabela 11. Iniciativas de gerao de trabalho e renda, empreendimentos econmicos solidrios e

    cooperativassociais

    da

    RAPS

    (Brasil,

    dez/2005

    a

    dez/2013)......................................................................74

    Tabela12.Alcanceemnmerosdeescolas,educadoreseeducandosporterritrionoPrpilotodoGBG

    (JogoElos)emnmeros 2013..................................................................................................................89

    Tabela13.Alcanceemnmerosdeescolas,educadores,turmaseeducandosporterritrionoPilotodo

    JogoElos 2014..........................................................................................................................................89

    Tabela 14. Alcance em nmero de escolas, turmas e educandos por territrio no Piloto Jogo Elos

    2015............................................................................................................................................................90

    Tabela15.Alcanceemnmerosdeescolas,professores,turmaseeducandosporterritrionoPrpiloto

    Unplugged #Tamojunto 2013............................................................................................................91

    Tabela16.Alcanceemnmerosdeescolas,professores,profissionaisdasade,turmaseeducandospor

    territriodo#Tamojunto 2014.............................................................................................................91

    Tabela 17. Alcance em nmeros de escolas, professores, turmas, educandos, profissionais da sade,

    multiplicadoreslocaisporterritriodo#Tamojunto 2015......................................................................92

    Tabela 18. Alcance em nmeros de grupos e famlias, por territrio por territrio no Prpiloto do

    FortalecendoFamlias 2013......................................................................................................................93

    Tabela 19. Alcance em nmeros de facilitadores, grupos e famlias por territrio no Piloto do

    FortalecendoFamlias 2014.....................................................................................................................94

  • 7/25/2019 Relatrio de Gesto 2011 - 2015

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    8

    Tabela 20. Alcance em nmeros de facilitadores, grupos e famlias por territrio no Piloto do

    FortalecendoFamlias 2015.....................................................................................................................94

    Tabela21.ResumodosprogramasdePETSadeMentalapoiadosentre2011e2015..........................107

    Tabela22.NmerodeprogramasdePETSadeMentalapoiadosporUFentre2011e2015................108

    Tabela

    23.

    Programas

    de

    Residncia

    Mdica

    em

    Psiquiatria

    e

    Psiquiatria

    da

    Infncia

    e

    Adolescncia

    por

    ano............................................................................................................................................................109

    Tabela24.ProgramasdeResidnciaMultiprofissionalemSadeMentalporano................................109

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    9

    SUMRIO

    Apresentao...................................................................................................................................... 1

    1.1.ticaecuidado............................................................................................................................. 2

    1.1.Desinstitucionalizao............................................................................................................... 2

    1.2.Reabilitao

    Psicossocial............................................................................................................ 4

    1.3.ReduodeDanos..................................................................................................................... 5

    2.GestodaPoltica............................................................................................................................ 7

    2.1.RegionalizaoeTerritrios....................................................................................................... 7

    2.2.14e15ConfernciasNacionaisdeSade............................................................................... 22

    2.3.FinanciamentoemSadeMental,lcooleOutrasDrogasnoSUS................................................ 24

    2.4.GestodaInformaoeComunicao....................................................................................... 28

    2.5.ProgramaCrack,PossvelVencer............................................................................................ 29

    3.IEncontroNacionaldeRedesdeAtenoPsicossocialdoSUS(ENRAPS)............................................. 34

    4.RededeAtenoPsicossocial RAPS............................................................................................... 36

    4.1.AtenoBsicaemSade......................................................................................................... 36

    4.2.AtenoPsicossocialEstratgica............................................................................................... 44

    4.3.AtenodeUrgnciaeEmergncia........................................................................................... 57

    4.4.AtenoResidencialdeCarterTransitrio................................................................................ 59

    4.5.AtenoHospitalar.................................................................................................................. 62

    4.6.EstratgiasdeDesinstitucionalizao........................................................................................ 64

    4.7.EstratgiasdeReabilitaoPsicossocialedeFortalecimentodoProtagonismodeUsuriose

    FamiliaresdaRAPS........................................................................................................................ 71

    5. TemastransversaisdaPolticaNacionaldeSadeMental,lcooleoutrasDrogas........................... 79

    5.1. AesjuntosPopulaesTradicionais................................................................................ 79

    5.2. PopulaesemvulnerabilidadeeaequidadenoacessoSadeMental................................. 83

    5.3. AesrelacionadasaocampodelcooleOutrasDrogas........................................................ 85

    5.4 Aes

    relacionadas

    ao

    pblico

    Infantojuvenil...................................................................... 1025.5 AesdeFormaoeEducaoPermanente....................................................................... 106

    5.6 DireitoQualidade(QualityRights)..................................................................................... 115

    5.7 ParceriasInternacionais.................................................................................................... 116

    Anexos........................................................................................................................................... 117

    AnexoI:CartadaXIIIReuniodoColegiadodeCoordenadoresdeSadeMental.............................. 117

    AnexoII:RelatrioFinalDoXVIIIColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental,lcooleoutras

    Drogas........................................................................................................................................ 118

    AnexoIII:LegislaodaCoordenaoGeraldeSadeMental,lcooleoutrasDrogasreferentesao

    perodoentre2011e2015........................................................................................................... 131

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    10

    AnexoIV:RESUMOEXECUTIVORelatriodeGesto20112015.................................................... 132

    RefernciasBibliogrficas............................................................................................................. 141

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    1

    Apresentao

    Este relatrio registra os principais avanos, diretrizes e desafios da implantao da PolticaNacionaldeSadeMental,duranteoperodode20112015,emtermosde legislao,ampliaodo

    acesso,

    qualificao

    do

    cuidado

    e

    gesto

    da

    poltica,

    com

    vistas

    a

    subsidiar

    a

    continuidade

    dos

    processosdereformaemtodasasesferasdegesto.O Ministrio da Sade, por meio da Coordenao Geral de Sade Mental, lcool e Outras

    Drogas (CGMAD), trabalha desde o incio da dcada de 1990 na construo de instrumentos para ainduodaimplantaodomodelodeatenosadementaldebasecomunitria,orientadoparaadefesa e promoo dos direitos humanos das pessoas com necessidades decorrentes de sofrimentopsquico e/ou decorrentes do uso de lcool e outras drogas, no mbito do Sistema nico de Sade(SUS).

    Um importante marco dessa trajetria, na gesto atual, a publicao do Decreto n7.508/2011 que estabeleceu a exigncia da ateno psicossocial como um dos requisitos para ainstituio das Regies de Sade e para a organizao das Redes de Ateno Sade (RAS),

    considerandoa

    necessidade

    de

    que

    o

    SUS

    oferea

    uma

    rede

    de

    servios

    de

    integrada,

    articulada

    e

    resolutiva.

    Nessesentido,instituiuseaRededeAtenoPsicossocial(RAPS)pormeiodapublicaodaPortarian3.088/2012baseadanosprincpiosediretrizesdoSUSedaPolticaNacionaldeSadeMental,lcooleOutras Drogas. Esperase que o fortalecimento da RAPS promova a oferta qualificada de atenointegralecontinua,demodoaproduzirtransformaonasrealidadessociaisemproldocuidadoemliberdade, de equidade, de tolerncia s diferenas, de ampliao da autonomia e de garantia dedireitoshumanosedecidadania.

    No caminhar das construes tcnicopolticas desse perodo, podemos destacar doisimportantes marcos: a nfase e o redirecionamento do olhar sobre as questes relacionadas aosproblemas decorrentesdo uso das drogas lcitas e ilcitas, e a contnua mobilizao e articulaointerfederativa(Unio,Estadosemunicpios)paraaceleraodosprocessosde desinstitucionalizao.

    Ambos

    destaques

    trouxeram

    como

    desafios

    a

    necessidade

    de

    ampliao

    de

    estratgias

    paraqualificaodocuidadonosterritrios,ampliaodaimplantaodospontosdeatenodaRAPSeo

    fortalecimentoda articulaointersetorialcomdiversosatoresdasociedade.Aconstruodasaesqueseroapresentadascontoucomacolaboraodediversosatores

    nacionais e internacionais e com a participao de usurios e familiares, num amplo processo dedebates e construo coletiva no sentido de dar continuidade a histria da reforma psiquitricabrasileira que at o presente momento pode ser marcada pela experincia concreta dos territriosorientandoasdiretrizesdapoltica.

    Oprimeirocaptulo,intituladodeticadoCuidado,abordaquestesreferentesaosprincpiosediretrizesparaocuidadonocampodasademental,lcooleoutrasdrogas.Nosegundo,GestodaPoltica, so descritos os processos colegiados de construo da poltica com os territrios,

    financiamento,informao

    e

    comunicao

    em

    sade

    mental

    e

    o

    Programa

    Crack.

    No

    terceiro

    captulo

    apresentado o I Encontro Nacional de Redes de Ateno Psicossocial do SUS e no quarto, oscomponentesdaRAPSeaesvinculadasaosseuspontosdeateno.Finalmente,noquintocaptulo,Temas Transversais da RAPS,encontramse as Aes junto a Povos Indgenas e PopulaesTradicionais, PopulaesemvulnerabilidadeeEquidadedoacesso,Aesrelacionadasaocampodelcool e outras drogas e ao pblico infantojuvenil, Formao e educao permanente, Direito Qualidade(QualityRights)eParceriasInternacionais.SegueaindaemanexooResumoExecutivodesteRelatrio(anexoIV).

    Braslia,maiode2016.

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    2

    1.1.ticaecuidado

    O Brasil, enquanto signatrio da Declarao Universal de Direitos Humanos e da ConvenodosDireitosdasPessoascomDeficincia(CDPD),temsidoticaepoliticamentecoerentecomessescompromissosnombitodoSistemanicodeSade(SUS).Nessesentido,temsebuscadoproduzirnas diretrizes da atual poltica de sade mental, instrumentos de fomento e garantia de direitos,

    especialmenteno

    que

    se

    refere

    s

    construes

    histricas

    do

    campo

    da

    Reforma

    Psiquitrica

    brasileira.

    Asadeconstituiumdireitofundamental,sendotemacrucialparaacompreensodoEstadoDemocrtico de Direito, do tipo de sociedade em que se vive e dos avanos que se almejam comrelao evoluo das garantias e direitos fundamentais dos indivduos. Nesse sentido, as polticasassistenciaisassumemocompromissodesuperarformaspunitivaseexcludentespormeiodeprticasinclusivaseintegrais.

    OcompromissoticonocontextodasaesdecuidadonoSUSvem,aolongodasuahistria,sendo pautado em legislaes consonantes com os preceitos da Reforma Sanitria e ReformaPsiquitricaBrasileira.

    APolticaNacionaldeSadeMental,lcooleOutrasDrogas,combasenasLeisn10.216/01,n 10.708/03 e n 11.343/06, configurouse como uma politica de Estado alinhada aos princpios e

    diretrizesde

    organismos

    internacionais

    que

    objetivam

    o

    alcance

    do

    maior

    grau

    possvel

    de

    sade

    por

    todosospovos.

    AsalvaguardadedireitoshumanosedecidadaniaqueaLei10.2016/01trouxeapossibilidadereal de transformaes de relaes e paradigmas, desde seu processo de formulao at os diasatuais, principalmente quando se aplica e/ou considera a lei nas aes do cotidiano. Podemos dizerque,sobretudo,elaafirmaousuriocomosujeitodedireitos,cabendoaoEstadopromoverespaosde participao poltica e de protagonismo, reconhecendo em suas aes a autonomia e asmanifestaesdosmovimentossociais.

    1.1.DESINSTITUCIONALIZAO

    A

    Poltica

    Nacional

    de

    Sade

    Mental

    brasileira

    tem

    como

    eixo

    organizador

    a

    desinstitucionalizao, compreendida como um processo complexo que envolve no apenas adesospitalizao de moradores de hospitais psiquitricos, mas fundamentalmente a construo decondiesefetivasparaumcuidadocomunitriocontnuoequalificadoparatodososquenecessitemdeateno,tratamento,reabilitaoereinserosocial.

    Estoimplicadasnodireitovidacomunitriaesocialdepessoascomtranstornosmentais:a)amontagemderedesamplasediversificadasdebaseterritorial;b)aconstruonasociedadedeumanovasensibilidadeculturalparaaquestodaloucura;c)aproduodeconhecimentocientficoedeoutros saberes oriundos da cultura relacionados inovao do cuidado; d) a oferta de qualificaopermanenteparaosoperadoresdamudana;e)aaberturaegarantiadecondiessustentveisparaa participao e protagonismo dos usurios e familiares, e f) o compromisso das esferas de gesto

    pblica,

    diretamente

    ligadas

    ao

    tema,

    para

    conduzir

    e

    mediar

    os

    inevitveis

    conflitos

    que

    seapresentamnoprojetoticopolticodeconstruodeumlugarsocialparaaloucura.

    O processo de mudana de modelo assistencial encontrase em curso e apresenta amplaparticipao social, com destacado protagonismo de usurios e familiar. A atuao dos movimentossociaisnacrticasinstituiesasilaresesuasuperaoprticapormeiodenovosmodosdeorganizare trabalhar, gerando novas instituies e novas sociabilidades uma caracterstica do Brasil quediferenciaequalificaaPolticaNacionaldeSadeMentalbrasileiraevalorizadapelaOMSeOPAS.

    Sugerimos cinco chaves de leitura para a compreenso da importncia do processo dedesinstitucionalizaoemtodososnveis.Essascincodimensessofundamentaisparaasuperaodomodeloasilar:

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    3

    OCircuitodeControle

    Omanicmionopodesercompreendidosenoapartirdolugarqueocupaemumcircuitodecontrole, central no modo de funcionamento da nossa sociedade. Esse circuito envolve um amploconjuntodeinstituies(osistemadesade,osistemadeeducao,osistemadejustia,osistemade

    assistncia

    social,

    entre

    outros)

    que

    produzem

    e

    reproduzem

    lgicas

    de

    normalizao

    impositiva,

    sempre envolvendo algum nvel de uso da fora. O manicmio ocupa nesse circuito uma posiofundamentalparaasustentaodomodelodenormalizao impositiva,eleo localdeescoamentodetodaafalhadosdemaissistemasdenormatizao(educao,justia,sade,assistnciasocialetc),e assume a condio de depositrio do no normal. Nesse sentido, exerce uma funoprimordialmentenegativa,caracterizandosecomoumainstituioderecluso,contenoeexclusode sujeitos que, em sua lgica, so considerados incurveis e sem valor social. Resumidamente, nalgica manicomial o que opera no apenas o binmio normalanormal, mas tambm formas deinvalidaodosujeito.

    Assim, no circuito do controle, a intersetorialidade s estar efetivamente a servio doprocessodedesinstitucionalizaoseforcapazdetensionarosprocessosdenormalizaoimpositivanosdiversosnveisinstitucionaisdocircuito,revertendoofluxodeexcluso.

    InstituioAbertaeInstituioFechada

    O desafio do fechamento do manicmio corresponde ao da abertura da instituio. Umainstituioabertaaquelaemqueopoderinstitucionalnotemcomonorteanormalizao.Issonosignifica que a instituio no tenha normas. Pelo contrrio, o desafio produzir regras, normas econdutas a partir do consenso, da negociao, da mediao, baseadas na participao e noprotagonismo dos usurios. A normatizao no pode vir formatada, alheia s relaes prprias decada instituio. Essa noo de abertura ou no de uma instituio vinculase aos movimentosdinmicos das relaes de poder envolvidas: as relaes institucionais abrem e fechamconstantemente. As instituies, portanto, dificilmente so inteiramente abertas, mas o desafio

    mantlas

    abertas

    pelo

    maior

    tempo

    possvel.

    A

    participao

    na

    produo

    das

    normas

    sempre

    envolve

    o exerccio do poder. Este, contudo, no deve ser unidirecional, mas dialgico. Na relao com ousurioesseexercciodialgicodevesedaremato,produzindoabertura.

    OExercciodoPoder

    As instituies esto estruturadas por relaes de poder hierarquizadas, que se produzemtanto a partir de atribuies formais quanto a partir do cotidiano. Essas estruturas hierrquicasfacilmente enrijecem as relaes, produzindo alienao e falta de autonomia entre aquelesparticipantes que se encontram em posies inferiores na hierarquia. Quem est abaixo no temacesso s informaes que orientam as tomadas de decises acima, mesmo quando diretamenteimpactadoporestas.Tcnicasetecnologiascomoamedicalizaoexcessivaouo eletrochoque,porexemplo,promovemaalienaodaautonomiadosusuriosaelassubmetidos,quenoparticipamdaescolhasobreotratamentoadequadoenososatisfatoriamenteinformadosdesuasconsequncias.Amudananasrelaesdepoderdevesedarnoregimeformaletambmnoregimecotidiano,nasrelaes que se constroem no dia a dia do manicmio. Abrir a instituio a alternativa ao seufuncionamentobaseadonashierarquiasdepoder.

    Manterascontradiesabertas

    Essachaverelacionasediretamentecomasegunda,epressupea inevitabilidadedequeasinstituiesalternemmomentosdemaioraberturaoufechamento.Essascontradiesso inerentess relaes, sobretudo as institucionais, e implicam a necessidade de respostas dinmicas e de

    maleabilidade.

    Para

    manter

    as

    contradies

    abertas

    necessrio

    recorrer

    a

    dispositivos

    como

    as

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    reuniesdeequipe,asassembleiasdeusurios,entreoutros,cujosentidoaproduodenormasemconsenso.Mesmoquenosejapossvelotempotodo,oconsensodeveseronorteadordasaes.

    AoPrtica

    emato,nasrelaesempricas,quepodemosvalidartodasessaschaves.Naproduoena

    transformaoparticipativa

    das

    normas,

    o

    sujeito

    consegue

    se

    superar

    e

    se

    adaptar,

    processo

    que

    gera

    potncia para que ele possa transitar de forma mais coesa nas relaes sociais. A participao dosujeito na norma, sua capacidade de fazla cumprir, so percursos para a cidadania. Sade,participaoecidadaniageramautonomia.Essaautonomiaproduz interdependnciacomocoletivoparaapactuaoeoconsensosobreoutrasnormas.

    Oprocessodedesinstitucionalizao,apesardosavanos,aindaumdesafio,especialmentese considerarmos que muitas equipes de sade ainda utilizam o recurso da internao em hospitalpsiquitrico como principal resposta s situaes de crise em sade mental e s necessidadesdecorrentesdousodelcooleoutras.Destaforma,assegurarocompromissodosprofissionaisdoSUSnoprocessodedesinstitucionalizaoumpasso importanteparaqualificarotrabalhoegarantirosdireitosdosusurios.Tratase,portanto,deconsiderara desinstitucionalizaocomoumeixotico

    tcnicopoltico

    da

    prtica

    cotidiana

    e

    da

    transformao

    do

    cuidado

    na

    ateno

    psicossocial

    e,

    portanto,umeixonorteadordasprticasdetodaaRAPS.Desinstitucionalizar significa promover mudana, transformao de toda ordem, no s da

    vida dos moradores de hospitais psiquitricos, mas tambm dos familiares, profissionais, dacomunidade,entretantosoutrosatoresenvolvidosnesteprocesso.Assim,Rotelli(2001)compreendeque:

    Estamos sempre mais convencidos de que o trabalho teraputico seja estetrabalho de desinstitucionalizao voltado para reconstruir as pessoas comoatores sociais, para impedirlhes o sufocamento sob o papel, ocomportamento, a identidade estereotipada e introjetada que a mscaraquesesobrepedosdoentes.Quetratarsignifiqueocuparseaquieagoraparaquesetransformemosmodosdeviveresentirosofrimentodopacientequeaomesmotempotransformesuavidaconcretacotidiana(ROTELLI,2001).

    De acordo com Niccio (2001), essa transformao passa por um encontro com o cotidianoque fala da vida, da criao, da misria, da poltica, da transformao do papel de tcnicos, doencontro/desencontro com famlias, da aproximao com organizaes do bairro, da construo deumanovacultura.Assim,algumasperguntassonecessrias:comomoverasrelaes institucionais?Como ir desconstruindo os anis da corrente da violncia e excluso legitimada pelas instituies,transformar relaes de objetivao e submisso em relaes que produzem diferentes formas deagir,pensaresentir?

    No curso do processo de desinstitucionalizao fundamental que seja considerado o

    exercciode

    poder

    do

    usurio,

    possibilitando

    que

    ele

    tenha

    voz

    e

    volte

    a

    assumir

    a

    responsabilidade

    sobre as decises e condutas de sua vida. Dessa forma, o que se prope no simplesmente adesospitalizaodemoradoresdehospitaispsiquitricos,masaconstruodeumlugarsocialnoqualse invente cotidianamente tecnologias para a produo de uma teia de relaes necessrias para aemancipaodossujeitos.Essaemancipao,portanto,necessariamentecoletiva.

    1.2.REABILITAOPSICOSSOCIAL

    Asestratgiasdereabilitao psicossocialsoentendidas como umconjuntode prticasquebuscam transformar as relaes de poder entre as pessoas e as instituies (ROTELLI, 1994). VisampromoveroprotagonismoparaoexercciodosdireitosdecidadaniadeusuriosefamiliaresdaRAPS

    por

    meio

    da

    criao

    e

    desenvolvimento

    de

    iniciativas

    articuladas

    com

    os

    recursos

    do

    territrio

    nos

    camposdotrabalho/economiasolidria,dahabitao,daeducao,dacultura,dasade,produzindo

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    novaspossibilidadesdeprojetosparaavida(ASSISetal,2014).

    Em outras palavras, a reabilitao psicossocial constituda de aes de emancipaojuntoaosusuriosefamiliaresnosentidodagarantiadeseusdireitosedapromoodecontratualidadenoterritrio.importanteressaltarqueasestratgiasdereabilitaopsicossocialedeprotagonismono

    se

    restringem

    a

    um

    ponto

    de

    ateno

    ou

    aes

    isoladas,

    mas

    envolvem

    a

    criao

    de

    novos

    campos

    de

    negociaoeformasdesociabilidade.

    OProjetoTeraputicoSingularnestecontexto

    O Projeto Teraputico Singular (PTS) um plano de ao voltado ao futuro de algum, queacompanha e est presente na busca da realizao dos sonhos de uma pessoa, com projees decurto, mdio e longo prazo. Significa que as aes de hoje devem ser orientadas a pavimentar ocaminhoparaumavidamelhor(CARNEIRO,H.;OLIVEIRA,W.F.,2014).AconstruodoPTSpressupeadesconstruodeideias,valores,crenasenormasconstrudassocialmentesobreolouco,aloucuraeomanicmio,taiscomoasdepericulosidade(parasieparaosoutros),normalidade,curaecustdia,separaomenteecorpo,entreoutras.SegundoTykanori:

    O principal mtodo para a modificao de crenas atravs das aes e vivnciasprticas que podem por em cheque estas crenas, de modo a possibilitar um novoolhar, uma nova percepo e principalmente um novo modo de se emocionar,

    diferentedoqueseestacostumado(CARNEIRO,H.;OLIVEIRA,W.F.,2014).

    OPTSpartedoprincpiodeque

    Cada pessoa/famlia/comunidade o produto das interaes que teve durantea suahistria e contexto de vida. Cada uma dessas histrias nica. Desse modo, paraconstituir um projeto futuro precisamos de um plano pensado de modo muitoespecial, na medidajusta para a pessoa e/ou coletivo (famlia/comunidade). E aqui,

    para

    que

    seja

    na

    medidajusta,

    o

    principal

    parmetro

    a

    participao

    da

    prpria

    pessoa/famlia/comunidadenaelaboraodoPTS(CARNEIRO,H.;OLIVEIRA,W.F.,2014).

    O PTS se configura como uma ferramenta fundamental para os trabalhadores de sadeenvolvidos no acompanhamento de pessoas com longa permanncia em hospitais psiquitricos,garantindo que estas consigam protagonizar a reconstruo de seus percursos de vida de formaautnoma.

    1.3.REDUODEDANOS

    AReduodeDanosapresentasenocontextodesserelatriodegestocomoaspectoamplo,polissmico

    e

    que

    est

    presente

    no

    conjunto

    normativo

    da

    RAPS

    como

    diretriz

    para

    o

    cuidado.

    Nesse

    sentido,no seafirma apenas como tecnologia decuidado, mas antes, busca a reduo de danos sadedecorrentesdouso,abusoedependnciadedrogas,pormeiodeaesquevalorizemodilogoeoreconhecimentodosdesejosdosusurios.Dessaformavalorizaseoexercciodacontratualidadeedas contradies engendradas nas relaes sociais, visando superao da relao vertical entreespecialistaseusuriosemqueaautoridadetcnicaprescindedasparticularidadesexperienciadaspelos usurios para prescrever procedimentos ou medicamentos associados aos sinais e sintomasapresentados.AReduodeDanosumelementofundamentalparaoaprofundamentodasrelaesentre os sujeitos e favorece a ampliao do acesso aos servios de sade na medida em que seuhorizontenohipotecaocuidadooferecidoaumacertaposturadousurio(p.e.abstinncia).

    preciso lembrar que a Reduo de Danos uma estratgia que vem sendo discutida e

    experienciadano

    SUS

    h

    longa

    data

    e

    est

    refletida

    em

    importantes

    documentos

    normativos

    como

    a

    PolticadeAtenoIntegralaosUsuriosdelcooleOutrasDrogaspublicadapeloMinistriodaSade

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    6

    em2003queinstituicomodiretrizparaocuidadodosusuriosdelcooleoutrasdrogasaReduodeDanos,assimcomonaPortaria3088de2011queinstituiaRededeAtenoPsicossocial.

    Dessa forma, compreendemse as abordagens orientadas pela RD como compromisso ticonoscontextosdecuidadoporreconhecerousurioemsuassingularidades,permitindoconstruircomeleestratgiasparaadefesaemanutenodavida(BRASIL,2004).

    a

    perspectiva

    de

    Reduo

    de

    Danos

    que

    oferece

    amparo

    para

    a

    noo

    de

    baixa

    exigncia

    preconizadanaRAPS.Abaixaexigncianocotidianodosserviostraduzsenadisponibilidadeparaocontatocomousurioesuaspossibilidadesderelao,visandoadiminuiodebarreirasdeacessoedesestimulandojulgamentosmoraisacercadascondiesexperienciadaspelossujeitos.Nessesentidono est associada exclusivamente a um ponto de ateno. Tratase de um elemento norteador nocontexto da RAPS que ultrapassa inclusive o mbito da sade. O reconhecimento amplo dasnecessidades dos sujeitos relacionadas ao acesso aos direitos sociais (habitao, educao,justia,assistncia social, cultura...) inspiraram a implantao de aes, no Brasil, relacionadas baixaexigncia,queforamobservadase incentivadaspelaCGMAD.ExemplosdissosoProgramascomooPrograma De Braos Abertos em So Paulo (SP) e Atitude em Recife (PE) que expressamcaractersticasdebaixaexignciaemsuasofertas.Taisaesguardamsemelhanasimportantescomo

    experincias

    internacionais

    de

    Housing

    First

    onde

    a

    moradia

    um

    elemento

    central

    para

    um

    conjuntodeofertasdeassistnciaecuidado.Por fim um outro aspecto importante que tange o debate sobre a Reduo de Danos o

    surgimento de novas institucionalizaes em volume significativo nos territrios. Aes de carterasilarecomorientaonicapelaabstinncia,porentidadesdecartermajoritariamentereligiosoefilantrpico,muitasvezesdissociadasnoSUSedoSUAS(ComunidadesTeraputicas)temimpactadoadiscusso sobre as estratgias de oferta de cuidado. A anlise e discusso sobre as novasinstitucionalizaes constituemse como um desafio importante para a construo do cuidado, nombito do SUS, de base territorial que promova os direitos de cidadania dos usurios e fortalea oprotagonismoeoexercciodaliberdade.

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    7

    2.GestodaPoltica

    2.1.REGIONALIZAOETERRITRIOS

    No mbito do SUS, este perodo foi marcado pela nfase da regionalizao e nas redesdeateno a sade a partir da publicao do Decreto n 7508/2011. Muito embora no se trate de

    conceitosnovos,

    vistos

    serem

    amplamente

    debatidos

    nas

    universidades

    e

    nas

    prticas

    dos

    servios,

    considerandoaConstituioFederalde1988easdiretrizesdoSUS.Inaugurouse a definio de novos parmetros para a conformao de aes e arranjos

    institucionais potentes para dar concretude aos princpios constitucionais de integralidade edescentralizao,asaber:

    RegiesdeSade

    ARegiodeSadeconstituisecomo

    espao geogrfico contnuo constitudo por agrupamentos de Municpios limtrofes,

    delimitado

    a

    partir

    de

    identidades

    culturais,

    econmicas

    e

    sociais

    e

    de

    redes

    de

    comunicao e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de

    integraraorganizao,oplanejamentoeaexecuodeaeseserviosdesade.No

    mbito da gesto, coube esfera estadual em articulao com os municpios a

    definiodasregiesdesade(BRASIL,2011a).

    Atualmenteh438regiesdesadenombitodasmicrorregies,circunscritasinstnciadas

    ComissesIntergestoresRegionais(CIR),organizadasem438RedesRegionaisdeAtenoSade.

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    Figura1.RegiesdeSade Brasil

    Fonte:PROADISUSMapadaSade.Disponvelem:http://mapadasaude.saude.gov.br/mapadasaude/

    O desafio da regionalizao premente na estruturao solidria e organizativa do SUS,especialmente se considerarmos que 89%1dos municpios do territrio nacional so de pequenoporte, isto , contm populao de at 50.000 habitantes. Por outro lado h um significativoadensamento populacional, uma vez que apenas 5% dos municpios concentram mais de 50% dapopulaobrasileira.

    O fortalecimento da governana no processo da regionalizao fundamental e se constitui

    comoquesto

    complexa

    na

    medida

    em

    que

    implica

    na

    necessidade

    de

    anlise

    e

    pactuao

    de

    aes

    e

    servios que ultrapassam os limites geogrficos dos municpios, exigindo a construo de novasestruturas formais nos territrios para que seja possvel superar o planejamento das aes locaisbaseadoapenasnasrealidadesmunicipais.Dessaformaaregiopotenteparaquesejamdiscutidaseproduzidasaesqueincidamefetivamentesobreoscontextosreaisdevidadaspessoas,apartirdassuasdiversasdimenses,noserestringindosomenteaombitodasade.Istoporquenoterritrioque se expressa a vida cotidiana, na dinamicidade que lhe inerente, de forma a incidir sobre osmodosdeviver,astomadasdedecisoeoexercciodedireitos. Almdasade,outrasimportantespolticas sociais que operam sobre o transporte, educao e assistncia social tm lanado mo danoo de territrio e da regionalizao. Isso implica na afirmao de uma tendncia em que seressaltaaimportnciadasaesintersetoriais.

    1IBGE2010

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    22/156

    9

    RedesdeAtenoSade:aRededeAtenoPsicossocial

    OMinistriodaSadeadotouaestratgiadaorganizaodoSUSapartirdacriaodasRedesde Ateno Sade, com subredes temticas, com a finalidade de superar a fragmentao nocontextodaatenonasRegiesdeSade,bemcomoparaasseguraraousuriooconjuntodeaeseserviospararespondersuasnecessidadesdesade.

    ARededeAteno Sade definidana legislao vigente como o conjuntode aes eserviosde sade articuladosemnveisde complexidade crescente, com a finalidadedegarantir aintegralidadedaassistnciasade(BRASIL,2011a).

    A constituio da Rede de Ateno Psicossocial, instituda pela Portaria GM, 3.088, dedezembrode2011,republicadaemmaiode2013sevaledeprocessosdepactuaocircunscritosdimenso regional e da construo de aes e servios que ofeream respostas adequadas sparticularidades dos territrios, sendo responsvel pelo cuidado continuado e pela reabilitaopsicossocial.

    Comestaperspectiva,compemaRAPSsetecomponentes,comdiversospontosdeatenoregulamentadospornormativasespecficas,asaber:atenoBsica;atenopsicossocialestratgica;atenodeurgnciaeemergncia;atenoresidencialdecartertransitrio;atenohospitalaremhospitais

    gerais;

    estratgias

    de

    desinstitucionalizao;

    ereabilitao

    psicossocial.

    Quadro1.ComponentesdaRededeAtenoPsicossocialRAPS

    Fonte:CoordenaodeSadeMental,lcooleOutrasDrogas/DAPES/SAS/MS

    Noentanto,destacamosque:

    Aefetivaodasdiretrizesedosobjetivosdarededeatenopsicossocialedeum

    trabalhoemredenosedpelasomatriadepontosdeatenoimplantadosnem

    peloelencoorganizativodoscomponentesou,ainda,pelasimplesmodernizaodo

    circuitoassistencial.ARAPSseefetivaisto,sexistenadependnciadepessoas

    (de pontos de ateno diversos) que se conectam e se coordenam com uma

    finalidadecomum.(ASSISetal,2014).

    Ressaltando,que:

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    10

    ... nessa nova configurao das RAPS, os hospitais psiquitricos no constituem

    pontos de ateno e esto colocados como objeto do componente de

    desinstitucionalizao.(ASSISetal,2014).

    Para a concretizao dessa RAPS a intensificao da articulao interfederativa foi uma das

    estratgiasfundamentais

    para

    o

    direcionamento

    da

    reorganizao

    dos

    territrios,

    nesse

    sentido:

    AimplantaodasregiesedasRAPSdentrodonovoquadroinstitucionalexigeque

    os trs nveis de gesto do SUS federal, estadual e municipal estabeleam

    mecanismosdepactuaoadequados.Umdosmecanismospropostosfoiacriaode

    Grupos Condutores das Redes Temticas, instncia onde os gestores se articulam de

    modo a produzir consensos em torno de Planos de Ao da RAPS. Para que o

    Ministrio da Sade, atravs da Coordenao Geral de Sade Mental, pudesse estar

    presentecomregularidadenessesfruns,aequipefoiampliadademodoquecadaum

    dos27estadostivesseumprofissionaldedicadosquesteslocais.Estaaproximao

    entre

    federao,

    estados

    e

    municpios

    tem

    permitido

    a

    formao

    de

    uma

    viso

    geral

    da reforma psiquitrica no Brasil e os debates que ocorrem dessas instncias

    alimentam a compreenso da enorme diversidade institucional, cultural e social do

    pas. O desafio est em combinar as diretrizes gerais da poltica nacional com as

    particularidadeseespecificidadesdasregies(ASSISetal,2014).

    A estratgia de Referncia Tcnica desenhada pela CoordenaoGeral de Sade Mental,

    lcooleOutrasDrogas(CGMAD)nesteperododegestodesenvolveuseaomesmotempoemquese

    produziu de forma ampliada no Ministrio da Sade discusses e arranjos no formato do apoio

    institucional, tendo como finalidade a articulao/integrao das diferentes polticas e Redes de

    Ateno

    Sade

    nos

    territrios.

    NocontextodaRAPS,aatuaodasrefernciastcnicasjuntoaosEstadosconstituiusecomo

    uma estratgia de mo dupla tendo como resultados destacados: a) o fortalecimento da Poltica

    Nacional de Sade Mental, lcool e Outras Drogas nos territrios, no sentido da mudana de

    paradigma assistencial luz dareabilitaopsicossocial; b)a construode novas agendas e pautas

    que emergem dos contextos locais para o mbito nacional, com vistas elaborao de subsdios

    tcnicosecriaodenovasprticasparaasustentaodaRAPS,somandosesdemaisinstnciasde

    controlesocialdoSUS.

    Oplanejamento,apactuaoeacompanhamentodaimplantaoequalificaodaRAPSso

    dimenses fundamentais para a consolidao da rede, motivo pelo qual as referncias tcnicas

    participaram ativamente da constituio dos Grupos Condutores Estaduais da RAPS, formalmente

    institudosem25estadosdopas.

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    Quadro2.PortariasinstituioGruposCondutoresEstaduaisdaRAPSporestado

    UF NormativaEstadual

    Acre Portarian538,de01deagostode2012

    Alagoas PortariaSESn46,de27defevereirode2012

    Amap PortariaEstadualGAB/SESAAPn230/2013

    Amazonas PortariaGSUSAMn332,de5demaiode2014

    BahiaDeliberaoCIBBA,de10dejulhode2012(GrupoCondutorEstadualdeRedesdeAtenoSade)

    Cear

    DistritoFederal

    EspritoSanto Portarian331S,de06denovembrode2012

    Gois ResoluoCIB/GOn183,de05dejunhode2012

    Maranho ResoluoCIB/MAn129,de19dejunhode2012

    MatoGrosso Portarian096/2012/GBSES,de27dejunhode2012

    MatoGrossodoSul Resoluon095/SES/MS,de13dedezembrode2011

    MinasGerais ResoluoSES/MGn3149,de17defevereirode2012

    Par ResoluoSES/MGn95,de20deabrilde2012

    Paraba PortariaSES473de10desetembrode2012

    Paran DeliberaoCIB/PRn228,de19dejulhode2012

    Pernambuco ResoluoCIB/PEn1944,de07demaiode2012

    Piau PortariaSESAPI/GABn362,de29deagostode2012

    RiodeJaneiro DeliberaoCIB/RJn1647,de08demarode2012

    RioGrandedoNorte Portarian121/GS/SESAP,de19deabrilde2012

    RioGrande

    do

    Sul

    Resoluo

    CIB/RS

    n

    592,

    de

    11

    de

    novembro

    de

    2013

    Rondnia ResoluoCIB/ROn43,de19deabrilde2012

    Roraima ResoluoCIB/RR n29,de13desetembrode2012

    SantaCatarina DeliberaoCIB/SCn108,de19deabrilde2012

    SoPaulo DeliberaoCIB/SPn35,de25demaiode2012

    Sergipe DeliberaoCIB/SEn078/2012,de24demaiode2012

    Tocantins PortariaSESAUn648,de17deagostode2012

    Fonte:CoordenaodeSadeMental,lcooleOutrasDrogas/DAPES/SAS/MS

    PormeiodaimplantaodosGruposCondutoresdaRAPS,induziuseapactuaodoPlanode

    Ao Regional da RAPS, contendo anlise do contexto local bem como as propostas de aes e

    serviosprevistosparaodesenvolvimentoeconsolidaodaRAPS.Adimensopolticoadministrativa

    dosestadosedasmicrorregiesdesadetemimpactadonosprocessosdepactuao.

    No que se refere aos Grupos Condutores da RAPS despontam como desafios: assegurar a

    regularidade das reunies, a anlise sobre a diversidade de composies e membros integrantes, o

    fortalecimentodosGruposCondutoresRegionaise Municipaisa fimdeampliarosespaoscoletivos

    nas diferentes instncias de discusso e pactuao, e o desenvolvimento de estratgias de

    monitoramentoeavaliaodosPlanosdeAoRegionais(PAR)pactuados.Almdisso,hnecessidade

    de se discutir formas de integrar as discusses das redes temticas, considerando que em muitas

    localidades

    osrepresentantes

    das

    gestes

    nos

    grupos

    condutores

    so

    as

    mesmas

    pessoas,

    mas

    as

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    12

    pautaseparticularidadesdecadatemticamantmsefragmentada. Noperodode20122015foram

    pactuados169PlanosdeAodaRAPS,comopodeservistonaTabela1.

    Tabela1.PactuaoPlanosdeAodaRAPSporestado

    UFNRegiesde

    SadeNRegies

    comPAR%RegiescomPAR

    Norte

    AC 3 0 0%

    AM 9 0 0%

    AP 3 3 100%

    PA 13 0 0%

    RO 7 0 0%

    RR 2 2 100%

    TO 8 0 0%

    Nordeste

    AL

    10

    10

    100%BA 28 2 7%

    CE 22 0 0%

    MA 19 19 100%

    PB 16 0 0%

    PE 12 0 0%

    PI 11 0 0%

    RN 8 0 0%

    SE 7 7 100%

    CentroOeste DF 1 0 0%

    GO

    18

    17

    94%

    MS 4 0 0%

    MT 16 0 0%

    Sudeste

    ES 4 4 100%

    MG 77 77 100%

    RJ 9 9 100%

    SP 63 19 30%

    Sul

    PR 22 0 0%

    RS 30 0 0%

    SC

    16

    0

    0%

    Brasil 438 169 35%Fonte:CoordenaodeSadeMental,lcooleOutrasDrogas/DAPES/SAS/MS

    Atualmente h Planos de Ao da RAPS sendo pactuados progressivamente, conforme o

    encaminhamento dos planejamentosde cadamicrorregio, enquantooutrosestosendo pactuados

    abrangendoatotalidadedoestado.Talsingularidadeseexpressa,tambm,naabrangnciadosPlanos

    deAo (PAR)pactuados.H10estadoscomatotalidadederegiesdesadecomRAPSpactuada,

    enquanto outros 14 Estados do pas tm a totalidade de seus PAR em processo de elaborao nas

    regiesdesadeouemanlisetcnicapeloMinistriodaSade.

    Ofortalecimento

    dos

    mecanismos

    de

    planejamento

    das

    aes

    e

    servios

    sistematizados

    por

    meiodosPlanosdeAoRegionaisdaRAPSestratgicoparaadefiniodecompromissosdegesto

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    populacional, a concentrao maior nas capitais e nos municpios considerados de grande porte,sendoestesemmenornmeronaregio.

    Os municpios de pequeno porte, por outro lado, so maioria, sendo caracterstica adificuldadede acesso, devido s longas distncias entre os municpios. Dessa forma o planejamentoregional necessita,muitasvezes,derearranjosdas portarias paragarantirdaatenocontinuapara

    toda

    populao.

    Entre

    outras

    caractersticas

    semelhantes

    dessas

    quatro

    unidades

    da

    federao,

    est

    a

    presenamaciadepopulaestradicionais,principalmenteindgena,sendooEstadodoMatoGrossoaquelecommaiornmerodedistritossanitriosespeciaisindgenasdaregioeoMatoGrossodoSulcomasegundamaiorpopulaoindgenadopas.Devidoorganizaofundiria,ascondiesdevidae a presena macia destes povos nestas unidades da federao, tratase de uma prioridade para aCGMAD/MS, principalmente nos estado do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul onde o sofrimentodecorrentedousodesubstnciaspsicoativaseograndenmerodetentativasdesuicdioobrigamaRAPS a se reorganizar para garantir o cuidado em sade mental, o que ainda um desafio para agesto,jquenessaregioaindaencontramosanecessidadedeexpansoequalificaodosservios.

    AregioconformadapeloDFeseuentornopossuicaractersticaspeculiaresqueserefletemdiretamente na definio das polticas pblicas, uma vez que a relao observada no se limita

    proximidade

    geogrfica.

    Esses

    aspectos

    tm

    reflexos

    em

    praticamente

    todos

    os

    setores

    sade,

    educao, transporte, segurana e meio ambiente , como acontece nas grandes regiesmetropolitanas, com a diferena fundamental de que envolve territrios de trs unidades daFederao. Entre 2012 e 2013, um ciclo de rodas de conversa foi planejado e realizado pelosmunicpios da Regio Intermunicipal de Desenvolvimento Econmico (RIDE) do DF e GO. Pelaproximidade territorial, o ciclo procurou discutir acesso aos servios da RAPS, matriciamento, sadementalnaatenobsica,entreoutrosdesafiosdaregionalizao.Oacessoaserviostambmumapautatransversalatodas as unidades,hajavista adensidade populacional e o porte municipal paraimplantaodeservios.

    Para o planejamento dessas e outras aes, de acordo com os princpios da regionalizao,todososestadostmGrupoCondutorEstadualdaRAPSimplantadoseGruposCondutoresMunicipaisimplantadosnascapitais,comexceodoDF,essepossuiumcolegiadogestordesademental,queconta comapoio tcnico destaCoordenao. Por fim,apenaso Estado de Gois tem Plano deAoaprovadoepublicadoemportariapeloMinistriodaSade,enquantoodemaistempactuadospelasCIReouemfasededesenvolvimento.

    ARegioSudestecompostaporquatroestadosEspritoSanto,MinasGerais,RiodeJaneiroeSo Paulototalizando1668 municpios, quejuntos correspondema 42% dapopulaobrasileira(estimativa IBGE2015). Reneos trsestadoscom maiorPIB per capitaemaiorpopulaodo pas(SoPaulo,MinasGeraiseRiodeJaneiro),constituindosecomoaregiomaisrica,populosaecommaior densidade populacional, apresentando ndices sociais relativamente elevados, alta taxa deurbanizao, alm das maiores possibilidades de investimentos na rea da sade, mas tambmimportantes problemas ligados violncia, vulnerabilidade e desigualdade sociais, falta de gua edemaisproblemastpicosdasgrandesmetrpoles.

    Ao contrrio do que se observa em outras regies do pas, o Sudeste caracterizase peladiversidadederealidadeslocais,marcadapelacoexistnciadegrandesreasmetropolitanasemtodososestadosedeumnmeroexpressivodemunicpiosdepequenoporte.Cercade60%dosmunicpioscontacompopulaoinferiora15milhabitantesesomente92municpios(5,5%)destaregiotmde150milhabitantes.Talaspectoevidenciaaimportnciaecomplexidadedosarranjoslocoregionaisnaconformaoeconsolidaodasredesdeatenosade.

    NocontextodaRAPS,paraalmdosGruposCondutoresEstaduais implantadosemtodososestados,hexperinciasconsolidadasdeGruposCondutoresRegionaiseMunicipais.ComexceodeSoPaulo,osdemaisestadostmPlanosdeAoEstaduaisdaRAPSpactuadoseaprovados.

    Nessa regio encontramse os maiores polos manicomiais do Brasil, abrangendo o maiornmerode moradorese de leitosemhospitalpsiquitrico.No perodoentre2011e2015, todososestados da regio desenvolveram aes vinculadas aos processos de desinstitucionalizao que

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    resultaramnofechamentodegrandeshospitaispsiquitricosounadiminuiodeseusleitos,muitasvezesdesencadeadaspelaatuaodoMinistrioPblicoououtrasinstituiesdopoderjudicirio.

    Em So Paulo, destacaramse processos de desinstitucionalizao e adequao da RAPS emcurso nas Regies de Sade de Araatuba, Marlia, Presidente Prudente, Piracicaba, So Jos dosCampos,SoJoodaBoaVistaeSorocaba.

    No

    Rio

    de

    Janeiro,

    cinco

    das

    sete

    regies

    com

    hospitais

    psiquitricos

    estavam

    nessa

    mesma

    situao:CentroSul, MdioParaba,Metropolitana IcomdoishospitaispsiquitricosdesabilitadosnacapitalRiodeJaneiroem2015,MetropolitanaIIemqueoprocessodedesinstitucionalizaodoHospitalColniadeRioBonitoseencontravanaetapafinalem2015 eNoroeste,queaofinalde2014fechouseultimohospitalpsiquitricoemBomJesusdeItabapoana.

    Em Minas Gerais as aes dedesinstitucionalizao culminaram com o fechamento dequatrohospitaispsiquitricosnamacrorregiodeSadeSudeste,sendotrshospitaisnomunicpiodeJuizdeForae01hospitalemLeopoldina,seguidodaexpansodaRAPSnaregio;emBeloHorizontehouveofechamentodaClinicaSerraVerdeeemBarbacenadaClinicaMantiqueira.

    No Esprito Santo intensificouse o processo dedesinstitucionalizao da Clnica Santa IzabeldomunicpiodeCachoeirodoItapemirim nicohospitalprivadoentreostrsexistentesnoEstado,

    sobretudo

    a

    partir

    do

    final

    de

    2015,

    quando

    a

    instituio

    anunciou

    o

    trmino

    do

    convnio

    de

    140

    leitos

    comSUS.EsteprocessoenvolveaqualificaodaRAPSdemuitosmunicpiosdoEstado.Asustentabilidadeeconsolidaodestaredeabarcamdesafiosrelacionadosaocofinanciamento

    dosestadosparaaRAPS;aosdesenhosdegestoconstrudosnasrelaesdeparceriapblicoprivadoimpulsionadas pelos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e pela vinculao das OrganizaesSociaisdeSade(OSS)noSUS;assimcomotransformaodalgicaassistencialambulatorialcomofortalecimento da ateno psicossocial na ateno bsica e sua articulao com os demaiscomponentesdaRAPSedarede intersetorialnaperspectivada integralidade.Compeestecenrio,ainda, a coexistncia de programas estaduais no campo de lcool e outras drogas no alinhados Poltica Nacional de Sade Mental, lcool e Outras Drogas, especificamente nos estados do EspritoSantoeSoPaulo.

    A regio Sul composta por 1.191 municpios, divididos pelos estados do Paran, SantaCatarinaeRioGrandedoSul.Apopulaototaldaregio,em2010,totalizava27.386.981habitantes(IBGE),sendo84,9%dessapopulaourbana,e15,1%rural.

    Reunindo cenrios ambientais e socioculturais diversificados, a regio teve sua histriamarcada desde o perodo colonial por diferentes processos migratrios, principalmente de povoseuropeus,comoitalianos,alemes,entreoutros.Adiversidadetnicaeculturaligualmenteserevelapela presena de povos indgenas, quilombolas, e outros povos e comunidades tradicionais, comofaxinalensesegruposdematrizesafricanas.Dopontodevistaeconmico,asatividadessedistribuempordiferentessetores,comoosdaagropecuria,indstria,turismo,extrativismo,agriculturafamiliar.Os ndices de Desenvolvimento Humano (IDHM) dos trs estados da regio sul esto entre os maisaltosdopas3,etambmasposiesrelativasdoPIBpercapitaestoentreo4e7lugarentreos27estadosbrasileiros.EmrelaoevoluodadesigualdadeapartirdosdadosdosCensosde2000e2010, a regio sul apresentou os menores ndices de desigualdade social, e apresentou a maiorreduonondicedeGini.

    Importante destacar que os trs estados mostram nmeros expressivos de municpios depequeno porte, e cerca de 70% do total dos municpios conta com menos de 15 mil habitantesparmetropopulacionalmnimoparaaimplantaodosserviosdeCAPSI.Essedadorevelaumduploaspecto,deumladoapontandoparaopapeldaatenobsicanaofertadecuidadoemsadementalcombasecomunitria.Poroutrolado,apontaaimportnciadaarticulaoentreserviosemmbitoregional, e do fortalecimento das Comisses Intergestores Regionais CIR. De outro modo, ecomplementandoessecenrio,emrelaoaosmunicpiosquepodem implementartodosospontosdaRAPS,ouseja,municpiosapartirde150milhabitantes,so09noEstadodoParan,08municpiosemSantaCatarinae12municpiosnoRioGrandedoSul.

    3Disponvel em http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/idhm

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    Emrelao presenade GrupoCondutor da RAPS,ostrsestados instituramseus GruposCondutoresemmomentosdistintos,ParaneSantaCatarinaformalizaramseusGCjnoanode2012;RioGrandedoSulofezdoisanosdepois.Contudo,osencontrosdoGC nostrsestadosapresentaramalguns momentos de descontinuidade, fato que no contribui para o fortalecimento da relaointerfederativa em torno das questes da RAPS. Ainda no houve a publicao pelo Ministrio da

    Sade

    do

    Plano

    de

    Ao

    da

    RAPS

    de

    nenhum

    dos

    trs

    estados,

    embora

    j

    tenha

    ocorrido

    aprovao

    tcnicanombitodaCGMAD doPlanodeAoEstadualdaRAPS emSantaCatarinaenoRioGrandedo Sul, faltando para a concluso desses processos, a publicao das Portarias pelo Ministrio daSade.Dopontodevistaestadualeregional,ocorreramdiscussesepactuaesnoRioGrandedoSulacerca do Plano de Ao Estadual da RAPS (Resoluo 655/14 CIBRS), e no Paran discusses epactuaesemmbitoregional.Deummodogeral,umadiscussoimportantenostrsestadosparaofortalecimento do modelo de ateno psicossocial aquela referente aos leitos de sade mental,particularmente quanto ao dimensionamento da implantao de leitos a partir dos parmetrosdefinidos pela portaria 148, de 31 dejaneiro de 2012. Outro desafio para a regio a efetivao econtinuidade dos processos de desinstitucionalizao, com uma efetiva substituio do modeloassociadoaoshospitaispsiquitricosaindapresentesnaregio,pelomodelodeatenopsicossocial

    com

    base

    territorial

    e

    comunitria,

    por

    meio

    dos

    diferentes

    componentes

    e

    servios

    que

    compe

    a

    RAPS.

    ReuniesdosColegiadosdeCoordenadoresdeSadeMental

    A criao de colegiados de gesto tripartite da Poltica de Sade Mental, lcool e outrasDrogas do SUS uma das mais importantes conquistas dos ltimos anos. O Colegiado Nacional deCoordenadoresdeSadeMentalsurgiuem2003,efoiinstitudoformalmentepelaPortariaGM/MSn3.796, de 06 de dezembro de 2010, tendo em sua composio representaes da CoordenaoNacionaldeSadeMental,CoordenaesEstaduaisdeSadeMental,CoordenaesdeSadeMentaldas Capitais, alm de representaes do Conselho Nacional de Secretrios de Sade (CONASS),Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade (CONASEMS), Conselho de SecretriosMunicipais

    de

    Sade

    (COSEMS),

    Conselho

    Nacional

    de

    Sade

    (CNS)

    e

    de

    representaes

    do

    componente intersetorial da Poltica Nacional de Sade Mental: Secretaria dos Direitos Humanos(SDH), Ministrios da Justia (MJ), do Trabalho e Emprego (MTE), do Desenvolvimento Social eCombateFome(MDS),daCultura(Minc)edaEducao(MEC).

    Desde sua implantao, o Colegiado Nacional de Coordenadores de Sade Mental tem adeterminaodesereunirduasvezesaoano,comafinalidadedeassessoraroMinistriodaSadenaconduo da Poltica Nacional de Sade Mental; propor mecanismos de avaliao e monitoramentodessaPoltica;elaborarrelatriostcnicossobresituaescomplexasquenecessitamdeintervenoda gesto; analisar e propor as atualizaes necessrias para as normas tcnicas e as diretrizes doMinistrio da Sade sobre sade mental e ateno integral em lcool e outras drogas; e contribuirparaampliarainterlocuodagestodapolticadesadecomasorganizaesdasociedadecivil,das

    entidadescientficas

    e

    profissionais,

    e

    das

    polticas

    intersetoriais.

    No perodo de 2011 a 2015, o Colegiado Nacional de Coordenadores de Sade Mental sereuniuseisvezes,sempreemBraslia/DF.Aseguirseroapresentadasassntesesdecadaumadessasreunies,comdestaqueparaospontosdemaiorrelevnciaparaPolticaNacionaldeSadeMental,lcooleOutrasDrogas,bemcomoeventuaisencaminhamentos.

    XIIIReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental(2011)

    AXIIIReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMentalaconteceunosdias09e10deagostode2011etevesuaprogramaovoltadaparaadiscussodasquestesrelacionadasRededeAtenoPsicossocialnosmbitosestadualemunicipal,comnfasenasquestesdelcoole

    outrasdrogas.

    A

    Reunio

    contou

    com

    a

    presena

    do

    Senhor

    Ministro

    da

    Sade

    Alexandre

    Padilha,

    que

    participoudodebateemrelaospropostasdoMinistriodaSadeparaaRAPS.

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    DentreasdeliberaesdaPlenriaFinal,destacamse:

    Que a rea Tcnica de Sade Mental, lcool e outras Drogas/MS apoie tcnica efinanceiramente, a realizao do I Frum Panamaznico de Sade Mental, lcool e OutrasDrogas, visando o fortalecimento da poltica na regio da Amaznia Legal, sob a tica das

    especificidades

    e

    a

    construo

    de

    modelos

    que

    contemplem

    a

    realidade

    regional;

    QueoMinistriodaSadereviseotextoeimagensdascampanhaspublicitriasdeprevenoaousodolcooleoutrasdrogas,deixandodefocarnapedagogiadohorror,naproduodeestigma,culpaepreconceito;

    QueoMinistriodaSadeamplieareaTcnicadeSadeMental,lcooleoutrasDrogas/MS,dotandoa de infraestrutura, equipe tcnica e recursos institucionais para acompanhar aimplantao da Poltica Nacional de Sade Mental, lcool e outras Drogas, no contexto daReformaPsiquitricaemtodososcantosdopas,inclusivecomncleosregionaisdegestodoMinistriodaSade.

    Apartir

    das

    discusses

    nesta

    reunio,

    o

    Colegiado

    de

    Coordenadores

    Estaduais

    e

    Municipais

    se

    posicionouarespeitodeorientaesparaatemticadelcooleoutrasdrogasnacartaintituladaEmDefesadaCidadaniadosUsuriosdelcooleoutrasDrogas(anexoI).

    Almdisso, no dia 11 deagosto foirealizadoo lanamentodoRelatrio Finalda IVConfernciaNacional de Sade Mental Intersetorial, bem como sesso solene no Senado Federal emcomemorao aos 10 anos da Lei 10.216, com discusso das principais proposies para a PolticaNacional de Sade Mental, lcool e outras Drogas gesto 20112014, apresentada como uma dasmarcasprioritriasdoSUSnogovernovigente.

    XIVReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental(1sem/2012)

    AXIV

    foi

    realizada

    nos

    dias

    20,

    21

    e

    22

    de

    maro

    de

    2012,

    contou

    com

    a

    presena

    de

    cerca

    de

    150 pessoas entre coordenadores estaduais e municipais de sade mental, representantes do CNS,CONASS,CONASEMSedosparceirosintersetoriaisdaculturaedosdireitoshumanos.DestacaramseapresenadeumausuriadaRAPS,trabalhadoradeumempreendimentosolidriodasademental,namesa Reabilitao Psicossocial: estratgias para fortalecimento do cooperativismo social e deintervenesnaculturaedegestoresdedoisDistritosSanitriosdeAtenoSadeIndgena.

    OstemasdiscutidosnasMesaseGruposdeTrabalhodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresde Sade Mental foram: a RAPS, seus Componentes, Pontos de Ateno e sua articulao com asdemaisRedesdeAtenoaSade(RAS);Vulnerabilidade,SofrimentoeEstadodeDireitosnocontextodo uso de lcool e outras drogas; estratgias de Desinstitucionalizao e Reabilitao Psicossocial;Ateno Psicossocial aos Povos Indgenas; e fortalecimento do processo de Gesto das Polticas de

    SadeMental,

    lcool

    e

    Outras

    Drogas

    os

    territrios.

    Neste ano, ao considerar a necessidade de fortalecer o processo de gesto das polticas desade mental levando em conta as caractersticas loco regionais e considerando tambm anecessidadedesubsidiaradefiniodepautasprioritriasnombitonacional,oColegiadoNacionaldeliberoupelacriaodeColegiadosRegionais.

    Estes Colegiados Regionais seriam desdobramento do Colegiado Nacional de CoordenadoresdeSadeMentalanteriore,aomesmotempo,preparaoparaoseguinte:estratgiaqueexpandeapossibilidadedeparticipaodosmunicpiosnasreuniesdeColegiado,fortalecendoademocraciaeaparticipaodetodosnaconstruodaRAPS.

    Noanode2012foramrealizadosquatroColegiadosRegionais:Norte,Nordeste,CentroOesteeSul.AregioSudestenorealizouReuniodeColegiadoRegional.

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    XVReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental(2sem/2012)

    AXVReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMentalocorreunosdias13e14dedezembrode2012.Noprimeirodia,aConfernciaProjetos,aes,resultadosdotrabalhodarededeatenopsicossocialnoanode2012eperspectivaspara2013buscouapresentaropanoramados resultados conquistados naquele ano, bem como produzir subsdios aos coordenadores para arealizaodoraciocniogerencialepolticonecessrioparaoanoseguinte.ForamdiscutidostambmprocessosdeDesinstitucionalizaoeasinterfacescomoJudicirio:tantoemsituaesdeinternaocompulsriaquantopormeiodeTermosdeAjustamentodeConduta.

    Houve ainda Grupos de Trabalho divididos por regio, com a finalidade de retomar asdiscussesdosColegiadosRegionais,avaliandoencaminhamentos,dificuldades,resultadospositivos,almdeinduodaRedeparaoanoseguinte.Destareunio,foramproduzidososseguintesencaminhamentos:

    AnecessidadedetodososestadosrealizaremseusColegiadosRegionaisatmaiode2013;

    QueostcnicosdaATSMcontinuemapoiandoarealizaodestesColegiadosRegionais;

    Que a ATSM compile os relatrios finais de cada Colegiado Regional a fim de subsidiar eproduzirdiscusseseencaminhamentoscomunsparaocoletivodasregies;

    QueaATSMfaarecomendaesaosmunicpiossobreacontinuidadedasaesemcursoedaquelaspactuadasnoprocessodeimplementao/implantaodaRAPS;

    Queosgestoresde estados emunicpios fomentemespaoscoletivos para arediscussodocuidado dos usurios de SM internos dos Hospitais de Custdia e Tratamento Psiquitrico(HCTP),noprocessodefechamentodesseshospitais.

    Almdisso,

    o

    Colegiado

    Nacional

    de

    Coordenadores

    de

    Sade

    Mental

    recomendou

    que

    todos

    os

    gestores e apoiadores se comprometessem a pautar/defender em todos os espaos coletivos depactuao/deliberaodoSUS,onecessriocompromissonofinanciamentodaRAPS.

    XVIReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental(2013)

    OXVIColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental,aconteceunodia23dejulhode2013,emBrasliaDF,efoiorganizadojuntamentecomoSeminrioNacionaldosConsultriosnaRua e Sade Mental na Ateno Bsica: novas tecnologias e desafios para a gesto do cuidado,realizadonosdias24e25dejulho.

    Alm do Colegiado Nacional, o ano de 2013 contou com uma srie de encontros de grandeportecomooICongressoBrasileirodeCAPSi(ConCAPSi),queaconteceunoRiodeJaneiro,afimdediscutir

    servios

    estratgicos

    da

    RAPS

    para

    crianas

    e

    adolescentes;

    o

    Frum

    Nacional

    de

    Sade

    MentalInfantojuvenil,queaconteceuemBraslia,econtoucomapresenadePromotoresEstaduais,DefensoresPblicoseCoordenadoresdeSadeMentalparaalinhamentodasaesparagarantiadecuidados na RAPS;; o I Simpsio Internacional Sobre Drogas: da Coeso Coero, com parceriasinterministeriais; o Seminrio Radica(lizar) a Formao em defesa da Reforma Psiquitrica, a IReunioRegionaldeUsuriosdeSadeMentaleFamiliaresdasAmricasea1OficinadeFormaosobreoWHOQUALITYRIGHTS,realizadosemBraslia;eoIEncontroNacionaldaRedePsicossocial(ENRAPS)nofinalde2013emPinhais/PR.

    Demais eventos realizados neste ano, com o apoio da Coordenao Nacional de SadeMental/MSforamosColegiadosRegionais,IFrumdeSadeMentalInfantojuvenildaRegioSuleIIColegiado de Coordenadores de Sade Mental da Regio Sul, em Curitiba/PR; I Frum de Sade

    MentalInfantojuvenil

    da

    Regio

    Centro

    Oeste

    e

    II

    Colegiado

    de

    Coordenadores

    de

    Sade

    Mental

    da

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    RegioCentro Oeste,emCampoGrande/MS,etambmoIFrumdeSadeMentalInfantojuvenildaRegioNorteeIIColegiadodeCoordenadoresdeSadeMentalRegioNorte,emBelm/PA.

    XVIIReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental(2014)

    AXVIIreuniodoColegiadoNacionalocorreude2a4dedezembrode2014econtoucoma

    presenado

    Ministro

    Arthur

    Chioro

    em

    sua

    abertura.

    Os

    principais

    temas

    abordados

    no

    encontro

    foram:OBemViverdosPovosIndgenas;desafiospara implantaodaRAPS,comnfasenoprojetoPercursosFormativoseEngrenagensdaEducaoPermanente;DesconstruodemitosnaPolticadelcool e outras Drogas; Racismo e Sade Mental; Situaes de Crise e ateno contnua nos CAPS;AesdeSadeMentalnaAtenoBsica;ProcessosdeDesinstitucionalizao;eQualityRightscomoestratgiadegarantiadeDireitosdosusuriosdeSadeMental

    XVIIIReuniodoColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMental(2015)

    A XVIII Reunio do Colegiado Nacional aconteceu nos dias 08 a 10 de dezembro de 2015. Aprogramao desse evento estimulou reflexes sobre temas especficos relacionados com a

    sustentabilidade

    da

    Rede

    de

    Ateno

    Psicossocial

    RAPS,

    considerando

    toda

    a

    conjuntura

    econmica

    e

    polticaeoriscoderetrocessosnasReformasSanitriaePsiquitrica.Esseeventoteveaparticipaode mais de 250 pessoas, estando presentes os Coordenadores de Sade Mental de Estados eMunicpios, usurios e familiares, pesquisadores, trabalhadores do SUS, parlamentares,representantes de diversas reas tcnicas do Ministrio da Sade (Secretaria Especial de SadeIndgenaSESAI,SecretariadeGestoEstratgicaeParticipativaSGEP,DepartamentodeAtenoBsica DAB, Departamento de Gesto da Educao na Sade DEGES), participao de outrosMinistrios (Secretaria Nacional de Economia Solidria SENAES/MTE, Secretaria Nacional SobreDrogas SENAD/MJ), entidades e associaes de Movimentos de apoio Luta Antimanicomial erepresentantesdaOrganizaoPanamericanadeSadeOPAS/OMSdoBrasil.

    OColegiadoNacionaldeCoordenadoresdeSadeMentalencerrousenodia10dedezembro,DiaInternacional dos Direitos Humanos. No por acaso foram reafirmados como marcos da ReformaPsiquitricaeSanitriaquenodevemretroceder:

    PrincpiosdoSUS;

    PrincpiosdaReduodeDanoscomoticadecuidado;

    Protagonismo;

    DireitosHumanos;

    Produodevida;

    Cuidadoemliberdade,integralelongitudinal.

    A metodologia de trabalho deste Colegiado se deu por meio de rodas de conversas que foramdivididasnosseguintestemas:SadeMentalnaAtenoBsica;DemandasassociadasaoConsumodelcool e outras Drogas; Sade Mental Infantojuvenil; Ateno Crise; Desinstitucionalizao e aReabilitaoPsicossocial.

    Assntesesdosgruposrefletiramaavaliaoelaboradaportrsgeraesdegestores,apartirdoacmulo dedebatesnoapenasrelativosaosanosde2011a2015,massimdosltimos25anos,apartirdeumaavaliaodaPolticadeSadeMentalnoBrasildesdeDeclaraodeCaracas,de1990,marcodaReformaPsiquitricanomundo.

    Aplenria

    final,

    conduzida

    pelos

    Coordenadores

    possibilitou

    a

    troca

    do

    consolidado

    das

    seis

    rodas

    de conversa realizadas durante o evento bem como aprovao das cartas abertas de apoio

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    easmoesdeapoioerepdio(anexoII).Duas(02)Cartas:1 CartaabertaaoExmo.Sr.MinistrodaSadeMarceloCastroe2CartaaosGestoreseTrabalhadoresdaRAPS

    Quatro(04)Moes:1MoodeRepdioSecretariadeSadedoEstadodoRioGrandedo Sul a uma Poltica Manicomial; 2 Moo em Defesa da Democracia; 3 Moo de

    Apoio

    Descriminalizao

    do

    porte

    e

    plantio

    para

    consumo

    prprio

    das

    drogas

    ilcitas;

    4

    MoodeApoioaoprocessodeDesinstitucionalizaodeSorocabaeregionoEstadodeSoPaulo.

    MenoHonrosaPstumaaoSr.BrazGeraldoPeixoto,pelacontnualutaantimanicomialqueempreendeu,comopaiefamiliar,naReformaPsiquitricaenadefesadosCAPS.

    ColegiadosRegionaisdeCoordenadoresdeSadeMental:Norte,Nordeste,CentroOeste,Sul

    ONortesustentouencontrosanuaisde2011a2014enaestticadeescritatcnicaeafetivada Carta de Palmas, anunciada em 2014, expressouse a importncia do encontro e da afetaopresencialparaconstruocoletiva.Destemodoforamsublinhadas:a importnciadoApoioTcnico

    dombito

    federal

    junto

    s

    gestes

    locais

    e

    territrio;

    e

    tambm

    a

    visibilidade

    das

    prticas

    e

    dos

    povos

    tradicionais,emespecialpovosindgenas,assentadosrecorrentementemaisnosaberfazerenorelatooral em grupo do que nos registros formais escritos, tpicos da burocracia do poder pblico e dasregrasdeproduodeconhecimentodeacadmico.

    Na Regio Nordeste, realizado em 2012, as discusses foram em torno do processo deresponsabilidade e sustentabilidade da RAPS entre os entesfederativos e construo do cuidadolongitudinal.

    Nas reunies dos Colegiados do Sul, que aconteceram em 2012 e 2013, houve a nfase nanecessidadedearticulaointraeintersetorial,bemcomoreflexesinterdisciplinares,paraampliaoda capacidade de elaborao de respostas complexas inerentes ateno psicossocial, envolvendofatores como: condio de sade e cuidado integral; direitos civis e direitos humanos;

    desintitucionalizao

    e

    reabilitao

    psicossocial;

    cuidado

    produtor

    de

    autonomia.

    Foi

    apontado

    tambmodesafiodeimplantaodeCAPSregionaisegovernana.No CentroOeste, realizado em 2012, o destaque maior ficou na discusso sobre o tema

    indgena,consideradoinditopelosparticipantes,poisessadiscussonuncahaviasidotemadaSademental.Esteve presente uma indgena (GuaranKawo) que nos relatouas dificuldadesreferentes sade mental dos seus indgenas, dando destaque ao alcoolismo e suicdio. Em paralelo, foramapresentadas questes fundamentais sobre lcool e outras drogas, incluindo a descrio dosdispositivosdaRAPS,experinciasdoCentroOeste,eapontamentodehaverpoucaprticaeescassezdeservios.AprogramaoabarcouumpainelinfantojuvenilsobreaexpansodosCAPSinoBrasileoutrosobreaquestoindgena.

    NoforamrealizadasreuniesdeColegiadoRegionaldeSadeMental,lcooleOutrasDrogas

    naregio

    Sudeste

    no

    perodo.

    Esta modalidade de participao dos diferentes entes na construo da RAPS nos territriosprivilegiou o exerccio da democracia. Da mesma forma, possibilitou que decises importantesrelativasimplantaoe implementaodaRAPSfossemmaiscondizentescomoscontextosvividosnosterritrios.

    Podemos destacar algumas discusses que partiram dos colegiados regionais e pautaram apolticanacional:asestratgiasdeeducaopermanenteparaestruturaoefortalecimentodaRAPS;asestratgiasparapotencializar encontrocomaspopulaestradicionaiseacriaodeestratgiasdecuidado que levem em considerao essa populao; a ampliao do fortalecimento daintersetorialidade para o olhar para questes da infncia ejuventude; a organizao da RAPS e asnecessidadedediversificaodospontosdeateno.

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    9. Efetivar as polticas de sade dirigidas a pessoas portadoras de necessidades especiais nasdeficincias: fsica, motora, auditiva, visual, transtorno mental, entre outras, qualificando oacesso e prioridade em lugares pblicos e privados com sinalizao visual, faixas, placas eadesivosinformativos,eumsistemadetransporteadaptadoparalocomoodessescidados.

    10.Garantir

    interlocuo

    e

    integrao

    entre

    SUS

    e

    percia

    do

    INSS

    para

    os

    casos

    de

    benefcios

    para

    portadores de qualquer deficincia, inclusive os pacientes com sofrimento mental, paraavaliao dos laudos com a concluso indicativa de afastamento ou no e o porqu, comqualidadeecoerncia,proporcionandoumatendimento.

    Outrasdeliberaesaprovadasqueenvolvemasquestesdesademental:

    1. ReativarosConselhosdeSeguridadeSocialnasesferasmunicipal,estadual/DFefederalcomoespaos de definio de estratgias e responsabilidades complementares voltadas valorizaodavida,prevenodasdoenas,violncias,usodedrogas,acidentes,violaesdedireitosedeafirmaodaculturadapaz.

    2. Rever os critrios para concesso de benefcio scio previdencirio para que incluam aspessoasqueusamdrogasequeestejamemtratamento.

    3. Agirparaqueosconselhosdesade(estaduais/DF,municipaisefederal)atuemnosentidodaproibiodapropagandadedrogaslcitasnamdia.

    4. Criar novos parmetros de avaliao que levem em conta, alm do ndice populacional, ascaractersticasepidemiolgicasdapopulao,paraimplantaodeprogramasnosmunicpios,como,entreoutros,odeenfrentamentoaousodecrackeoutrasdrogas.

    5. IncluiraSadedoAdolescentecomoumdoseixosprioritriosnoPactodaSade,garantindoo acesso aos servios integrais da Rede de Ateno na Promoo, Proteo e Recuperao

    relacionadasao:

    Planejamento

    Familiar,

    Gravidez

    na

    Adolescncia,

    DST

    Aids,

    Hepatites

    Virais,

    Violncias, uso de lcool, cigarro, crack e outras drogas, estimulando hbitos alimentaressaudveiseaprticaregulardeatividadefsica,entreoutros.

    6. Implantar polticas pblicasde acordo com asdiretrizes da PolticaNacional Sobre o Uso delcooleOutras Drogas,alinhada aos preceitos da reforma psiquitrica brasileira, garantindoassistncia universal e integral ao usurio, e apoio aos familiares visando a reestruturaofamiliaredemaisformasdereduodedanos,promovendoainclusosocialdogrupofamiliaraoqualpertence,exigindodoEstado participaotripartiteno financiamento,ampliandoosCaps AD e Capsi e leitos hospitalares para desintoxicao em hospital geral, consultrios derua.

    7. Garantir o aumento dos recursos para investimentos em