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ffl folitécnico 1 daGuarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Desporto Rafael Oliveira Ferreira outubrol 2014 1 A -

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fflfolitécnico

1 daGuarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Rafael Oliveira Ferreira

outubrol 2014

1

A -

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I

Instituto Politécnico da Guarda

Escola superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda

Curso de Desporto

Estágio Curricular

Professor Orientador: Carlos Francisco

Discente: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Supervisor de Estágio: Pedro Santarém

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II

Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Relatório de Estágio

União Desportiva da Serra

Benjamins, Traquinas e Petizes

Guarda, Outubro de 2014

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III

Ficha Técnica

Instituto Politécnico da Guarda

Aluno Estagiário

Instituição de Estágio

Duração do Estágio

Instituição: Instituto Politécnico da Guarda

Escola: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Endereço: Av. Dr. Sá Carneiro 50, 6300-559 Guarda

Diretor da ESECD: Professor Doutor Carlos Francisco de Sousa Reis

Diretora de Curso: Professora Doutora Carolina Vila-Chã

Orientador na ESECD: Professor Doutor Carlos Francisco

Discente: Rafael Oliveira Ferreira

Nº de aluno: 5007531

Telemóvel: 919020344; E-mail: [email protected]

Grau de obtenção: Licenciatura em Desporto

Instituição: União Desportiva da Serra

Endereço: Rua do Desportivo, n.º21 - Campo da Portela 2495-143 Santa Catarina da

Serra

E-mail: [email protected]

Web: http://www.uniaodaserra.com

Orientador na Instituição: Professor Pedro Santarém, Licenciado em Educação Física e

Desporto

Data de Início: 26 Setembro 2013

Data de Fim: 6 de Junho 2014

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IV

Agradecimentos

Durante a realização deste estágio pude contar com o apoio e incentivo de várias

pessoas e entidades ao qual agradeço do fundo do coração toda a atenção e

disponibilidade demonstrada.

Nomeadamente gostaria de agradecer:

Ao professor Carlos Francisco por ser o meu orientador de estágio, pela atenção e

insistência na realização de todos os processos práticos e teóricos de forma correta e

pelos conhecimentos transmitidos ao longo destes três anos no que ao treino diz

respeito. Ao clube da União Desportiva da Serra por todo o apoio e por ter dado a

oportunidade de estagiar na instituição, ao Pedro Santarém por ter sido espetacular na

colaboração enquanto orientador na instituição.

Aos treinadores a quem agradeço todas as opiniões, experiências e conhecimentos que

me ensinaram e disponibilidade para ajudarem no que quer que fosse preciso.

A todos os magníficos atletas e aos seus pais que me acolheram e sem eles não poderia

ter exercido a minha função.

A todos os meus colegas que me apoiaram nesta fase, tanto os meus colegas de turma

como amigos da terra que sempre me apoiaram e incentivaram a ser sempre melhor.

Por fim um agradecimento muito especial a toda a minha família por todo o esforço e

dedicação que tiveram para que eu alcançasse este patamar na vida e que possa ter um

futuro feliz a fazer aquilo de que mais gosto.

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V

Resumo

O presente relatório surge no âmbito da unidade curricular Estágio com o objetivo de

aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da licenciatura em Desporto colocando-os

em prática de modo a obter experiência profissional que mais tarde será muito útil na

minha vida enquanto futuro treinador.

O relatório pretende descrever todas as atividades desenvolvidas no clube da União

Desportiva da Serra, em Santa Catarina da Serra nos arredores de Fátima e respetiva

contextualização.

As minhas funções enquanto estagiário consistiram na observação de treinos e

jogos de futebol, participação ativa nos treinos, na execução de alguns planos de sessões

e respetiva orientação de parte dos treinos das equipas de futebol nos escalões de

benjamins, traquinas e petizes.

Palavras chave: União Desportiva da Serra, futebol, treinos, estágio.

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VI

Abstract This report comes in the context of curricular unit, with the aim of carrying out the knowledge

acquired along the license degree in sports and putting them into practice in order to obtain

professional experience that will be very useful in my life while as future coach.

The report aims to describe all the work carried in club União Desportiva da Serra, in Santa

Catarina da Serra on the outskirts of Fátima and respective relation with some knowledge

previously acquired.

My duties as an intern consisted in observation of drills and games, an active participation of

drills and execution of some workout plans and respective guidance levels: Benjamin’s,

Traquinas and Petizes.

Key words: União Desportiva da Serra, futebol, drills, report

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VII

Índice Ficha Técnica ....................................................................................................................... III

Agradecimentos .................................................................................................................... IV

Resumo .................................................................................................................................. V

Abstract ................................................................................................................................ VI

Índice de figuras ................................................................................................................. VIII

Introdução ................................................................................................................................. 1

1. Caracterização da Instituição ............................................................................................ 4

1.1 Localização geográfica .................................................................................................... 4

1.2 O Clube ........................................................................................................................... 5

1.3 As Equipas ...................................................................................................................... 7

1.3.2 Treinadores ................................................................................................................... 7

1.3.3 Caracterização dos elementos da equipa ...................................................................... 8

1.3.4 Modelo de jogo............................................................................................................. 8

1.3.5 Objetivos do Clube para as equipas ............................................................................. 9

1.3.6 Recursos Físicos ......................................................................................................... 10

1.3.7 Recursos Humanos ..................................................................................................... 10

1.3.8 Recursos Materiais ..................................................................................................... 10

1.4 Plano de trabalho ......................................................................................................... 10

Parte II – Revisão da Literatura .............................................................................................. 12

Desporto .................................................................................................................................. 13

O futebol.................................................................................................................................. 13

1. Clubes Desportivos ......................................................................................................... 13

2. Perfil do Treinador .......................................................................................................... 14

3. Ensino do futebol ............................................................................................................ 15

4. Condicionantes do futebol ............................................................................................... 16

5. Objetivo do futebol para crianças dos seis aos dez anos ................................................. 19

6. Técnica do Futebol .......................................................................................................... 19

7. Tática no futebol.............................................................................................................. 20

8. Processo de familiarização com bola (4 a 6 anos) ........................................................... 20

8.1. Fase preparatória (7 aos 10 anos) ................................................................................. 21

Parte III- Parte prática do Estágio .......................................................................................... 24

1. O estágio curricular ............................................................................................................. 25

1.1 Objetivos do estágio ...................................................................................................... 25

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VIII

1.2 Objetivos gerais ............................................................................................................. 25

1.3 Objetivos específicos ..................................................................................................... 25

2. Fases de estágio ................................................................................................................... 26

2.1 Fase de ambientação e observação ................................................................................ 26

2.2 Fase de cooperação ........................................................................................................ 26

2.3 Fase Autónoma .............................................................................................................. 27

3. Planificação anual ............................................................................................................... 27

(Figura 6: Horário de semana no estágio) ........................................................................... 28

4 Plano Mensal ........................................................................................................................ 29

5 Atividades Desenvolvidas ao Longo do Estágio .................................................................. 30

5.1 Organização e recolha do material de treino ................................................................. 30

5.2 Observação .................................................................................................................... 31

5.3Acompanhamento dos jogadores durante a competição/torneios. ................................. 31

5.4 Reuniões de formação ................................................................................................... 32

5.5 O último dia, confraternização. ..................................................................................... 33

Reflexão final/conclusão ........................................................................................................... 35

Anexo I- Plano de Estágio ........................................................................................................... 39

Anexo II - Planos Mensais .......................................................................................................... 41

Anexo III – Plano de treino ......................................................................................................... 51

Anexo IV - Exemplo de planos de observação de treinos ........................................................... 53

Anexo V - Fotos .......................................................................................................................... 56

Anexo VI – Plano de Torneio ..................................................................................................... 58

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IX

Índice de figuras

Figura 1 - Mapa de Portugal

Figura 2 – Brasão da Vila de Santa Catarina da Serra

Figura 3- Complexo Desportivo da Portela

Figura 4 – Plantel de Traquinas

Figura 5- Camisola assinada e oferecida pela equipa de traquinas no final da época

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1

Introdução

Ao longo destes três anos de licenciatura na Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto, no curso de Desporto, no Instituto Politécnico da Guarda, tive

a oportunidade de adquirir vários tipos de conhecimentos técnicos que futuramente me

irão ser úteis ao longo da minha vida profissional. Como tal, o estágio serve para aplicar

esses conhecimentos na prática. O presente documento, relatório de estágio, vem

complementar de forma escrita todo o trabalho realizado ao longo do terceiro ano nesta

unidade curricular.

O meu estágio foi realizado num clube dos arredores de Fátima, mais propriamente

Santa Catarina da Serra, no clube União Desportiva da Serra, onde tive a oportunidade

de acompanhar três escalões de jovens atletas, petizes, traquinas e benjamins.

A minha escolha em relação à modalidade de futebol foi feita com base na minha

experiência na mesma e de tudo o que esta modalidade representa para mim. Há já

vários anos que pratico futebol e, é impossível descrever em palavras toda a alegria e

instrução que esta modalidade me transmitiu! Quis, por isso, através do meu estágio,

conhecer uma nova forma de ver o futebol, desempenhar o papel de treinador e perceber

as suas dificuldades e, tudo aquilo que tem de acontecer para que haja sucesso. Outro

motivo que me levou a fazer esta escolha foi o facto de poder experienciar e trabalhar

com crianças e, desenvolver competências na área da formação de jovens atletas.

Em relação à escolha da instituição para estágio, deveu-se muito à proximidade do meu

local de residência, facilidade de deslocação e pelas boas condições que o clube oferece,

quer a nível de infraestruturas, quer a nível de métodos de trabalho.

Relativamente à estruturação do meu relatório, podemos verificar que está presente no

anexo I, o plano de estágio, onde é possível observar os objetivos definidos em conjunto

com o meu orientador. Podemos também constatar que o presente relatório se encontra

dividido em três partes: Parte I – Enquadramento do Estágio, onde vai ser abordada a

localização geográfica, a caraterização do clube, bem como os recursos existentes.

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Parte II – Revisão da Literatura, onde procuro relacionar os conteúdos teóricos e

práticos que aprendi na licenciatura, com a modalidade, os objetivos do estágio e a

planificação anual dos treinos e jogos.

Parte III – Parte Prática do Estágio, onde vou apresentar todas as atividades

desenvolvidas ao longo do período de estágio.

Em jeito de conclusão, o meu objetivo principal passou por adequar os conhecimentos

anteriormente aprendidos, ao processo de ensino de crianças, sempre tendo em

consideração a diferença de idades dos diferentes escalões.

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3

Parte I – Enquadramento do Estágio

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4

1. Caracterização da Instituição

1.1 Localização geográfica A freguesia de Santa Catarina da Serra fica situada na parte mais a sudeste do concelho

de Leiria, fazendo fronteira com o distrito de Santarém.

Santa Catarina da Serra faz fronteira com as freguesias de:

Norte: Caranguejeira e Cercal;

Oeste: Arrabal, Chainça e São Mamede;

Sul: Fátima;

Este: Atouguia e Gondemaria

A freguesia de Santa Catarina da Serra foi criada em 1549

pelo primeiro bispo de Leiria, D. Frei Brás de Barros,

pertencendo anteriormente à freguesia de S. Pedro de

Leiria.

Tem sido uma terra que se tem desenvolvido

gradualmente, com um crescimento acentuado nos

últimos anos. Parte desse desenvolvimento, deve-se

sobretudo à sua proximidade com a cidade de Fátima e

também graças à dinâmica da população e de muitas empresas. Foi elevada a vila a 12

de Julho de 2001. (Fonte: http//www.santacatarinadaserra.com).

Figura 1: Mapa de Portugal - localização geográfica http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina_da_Serra

Figura 2: Brasão da Vila de Santa Catarina da Serra

Fonte:www.santacatarinadaserra.com

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5

A freguesia é composta por várias aldeias, nomeadamente Loureira, Mageigia, Ulmeiro,

Quinta da Sardinha, Pedrome, Santa Catarina da Serra, Pinheiria, Pinheiria da Costa,

Gordaria, Donairia, Barreiria, Cercal, Quinta do Salgueiro, Casal das Figueiras, Vale

Maior, Olivais, Vale Sumo, Sobral, Sobral da Granja, Vale Faria, Sete Rios, Vale

Tacão, Siróis, Cova Alta, Casal da Estortiga e Casal da Fonte da Pedra.

Em Fevereiro de 2009, foi criada a associação ForSerra - Associação de

Desenvolvimento e Gestão de Património Santa Catarina da Serra, através de várias

associações da freguesia.

Esta associação é responsável pelos projetos gerais da freguesia como o Festival

Cultural e Gastronómico "O Chícharo da Serra" bastante conhecido na zona, o “Jornal

Luz da Serra”, a presença anual da freguesia na Feira de Maio (feira de carrosséis em

Leiria), coordenação de freguesia em projetos como "Limpar Portugal" (20 de Março

2010) em que na freguesia de Santa Catarina da Serra conseguiu mais de 170

voluntários e a remoção de mais de 500 toneladas de lixos das florestas da freguesia.

(Fonte: http//www.santacatarinadaserra.com).

1.2 O Clube A fundação da União Desportiva da Serra teve

origem a 27 de Outubro de 1976, teve como

principal objetivo o progresso da Freguesia de Santa

Catarina da Serra a nível desportivo. Foi mesmo

reconhecida como Pessoa Coletiva de Utilidade

Pública, representando a união da população.

O clube obteve bastantes sucessos desportivos, sendo alguns:

Campeonato Distrital, II Divisão, Seniores, Masculino - Época

1984/1985,

Campeonato Distrital, Divisão de Honra, Seniores, Masculino - Época

1997/1998,

Taça Distrito de Leiria, Seniores, Masculino - Época 2000/2001

Figura 3: Complexo Desportivo da Portela – http//www.santacatarinaserra.com

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Campeonato Distrital, Divisão de Honra, Seniores, Masculino - Época

2001/2002,

Campeonato Distrital, I Divisão, Juniores, Masculino - Época 2003/2004,

Taça Distrito de Leiria, Seniores, Masculino - Época 2003/2004,

Super Taça Vieira Ascenço, Seniores, Masculino - Época 2005/2006,

Taça Distrito de Leiria, Seniores, Masculino - Época 2005/2006,

Super Taça Vieira Ascenço, Seniores, Masculino - Época 2006/2007

Campeonato Distrital, Divisão de Honra, Seniores, Masculino - Época

2006/2007

Super Taça Vieira Ascenço, Seniores, Masculino - Época 2007/2008

Ao longo dos mais de 30 anos de existência, um dos principais objetivos e pontos de

foco tem sido o trabalho com a formação, focando princípios e capacidades de

integração, comunicação, o desenvolvimento humano e cívico, através de valores bem

definidos.

Em 2001, teve início um projeto ambicioso com vista à renovação, melhoramento e

alargamento do complexo desportivo.

Atualmente alberga as seguintes infraestruturas:

-> Um campo de futebol de onze em relva sintética, com duas bancadas com capacidade

para aproximadamente 2000 pessoas;

-> Um campo de futebol de sete em relva sintética;

-> Cinco balneários, distribuídos por duas boxes;

-> Uma sala de reuniões de cariz informal;

-> Uma sala de apoio ao estudo para os atletas;

-> Lavandaria;

-> Um pavilhão desportivo;

-> Um tanque de aprendizagem de natação;

-> Um vasto espaço envolvente propício a diversas atividades físico – desportivas;

-> No edifico da sede pode ser encontrada uma sala de reuniões, criada no seio da sala

de troféus do clube;

-> Um gabinete para departamento de futebol;

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7

-> Um gabinete para direção;

-> Secretaria.

(Fonte: http//www.santacatarinadaserra.com).

1.3 As Equipas Estive integrado nos plantéis das equipas de Benjamins A (escalão de sub-11),

Traquinas (sub-9) e petizes (sub-7).

Os três escalões praticam futebol de 7 e, apenas as equipas de sub-11 e sub-9 estavam

presentes no campeonato local, sendo que a equipa de sub-7, apenas realizava torneios

ou encontros ao longo do ano como forma competitiva.

Torna-se imprescindível nestas idades, fazer com que os atletas passem por todas as

fases de aprendizagem e aprendam tudo o que está inerente às mesmas, em cada

escalão. Por isso, e para evitar dificuldades futuras, os atletas eram selecionados para as

equipas, mediante a sua idade. Também contava para a seleção, a sua qualidade técnica,

embora fosse menos relevante, pois o que era mais tido em conta era o seu nível de

desenvolvimento e, como foi referido anteriormente, os atletas devem passar por todas

as fases de aprendizagem para que o seu desenvolvimento seja correto.

1.3.1 Supervisor na Instituição de Estágio

Pedro Santarém, tirou o curso de Educação Física e Desporto, licenciatura pré-Bolonha

na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia. Esteve um ano nas escolinhas

da Geração Benfica, um ano na Academia Sporting de Almeirim e seis anos na União

Desportiva da Serra, onde é atualmente treinador da equipa de infantis. Adquiriu o grau

de treinador de futebol, nível 2, através da AFLeiria. É coordenador dos escalões de

formação da UDS e diretor administrativo da equipa sénior do clube.

1.3.2 Treinadores • Ismael Ribeiro, treinador da equipa de Benjamins, tirou o curso no Instituto

Politécnico de Leiria, fez um ano como estagiário na equipa da União de Leiria e

está agora a treinar a União Desportiva da Serra.

• Pedro Apagão, terminou o curso na Faculdade de Motricidade Humana no ano

de 2011, esteve um ano no Belenenses e encontra-se a cumprir a segunda época

na União desportiva da Serra.

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1.3.3 Caracterização dos elementos da equipa

Durante a realização deste estágio pude trabalhar com três equipas, embora duas delas

trabalhassem em conjunto. Os petizes com idades compreendidas entre os seis e sete

anos eram compostos por nove crianças, os traquinas dos oito aos nove anos e eram

doze sendo o mesmo treinador Pedro Apagão. Os benjamins, dos dez aos onze anos,

acabaram a época com onze elementos e, eram orientados pelo treinador Ismael Ribeiro.

Por não ser eticamente correto não foram colocados os nomes dos jovens atletas.

1.3.4 Modelo de jogo

As equipas de petizes e traquinas não tinham modelo de jogo definido. Apesar de

existirem posições fixas, não havia atletas ligados apenas a uma das posições, sendo que

todos poderiam passar pela mesma. Nestes escalões etários, não se pode apresentar um

modelo de jogo concreto, visto que não existe ainda uma cultura de jogo empregue, ou

seja, é a lei do “todos à defesa e todos ao ataque”.

A equipa de benjamins, tem um modelo de jogo mais direcionado para um estilo

atacante, sendo que, na fase defensiva, posiciona os seus jogadores de forma a

proporcionar uma ação contra-atacante mais rápida e eficaz.

Figura 4: Plantel de Traquinas

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1.3.5 Objetivos do Clube para as equipas

A União Desportiva da Serra pretende, para além de formar jovens atletas, que estes

possam vir a integrar, com qualidade, o escalão sénior e elevar o nível técnico dos

praticantes, incentivando-os a praticar desporto, melhorando as suas capacidades físicas,

cognitivas e motoras, estimular e incentivar o desportivismo e "fair-play" entre todos os

agentes desportivos. O desenvolvimento das relações interpessoais e posturas de

respeito entre si, com os treinadores e com todas as pessoas relacionadas com a

sociedade desportiva.

O Futebol de Formação assenta numa filosofia de ensino sustentada por dois

pressupostos fundamentais:

1. Dedicação, disciplina, rigor e respeito de todas as pessoas envolvidas no processo de

ensino (pais, treinadores, diretores e atletas);

2. Ensino integrado em vários sistemas (Desportivo, Educacional, Cívico);

Para dar uma resposta mais adequada ao nível etário e nível de jogo de cada atleta, o

Futebol de Formação, define-se em 5 fases de ensino, tendo cada uma delas objetivos e

conteúdos específicos - definidos no Plano de Conteúdos - a desenvolver numa lógica

de progressão sustentada e que varia de acordo com a evolução do atleta e da equipa.

As 5 fases são:

1 Pré-iniciação;

2-Iniciação;

3-Pré-especialização;

4-Especialização;

5 Aperfeiçoamento.

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O envolvimento do atleta nas atividades do Futebol de Formação permite ainda que os

jovens participem em:

•Encontros com outros Clubes e Escolas de futebol;

•Torneios oficiais e Torneios a convite de outros Clubes, Escolas ou Associações;

• Torneios internos.

1.3.6 Recursos Físicos A equipa de Sub-9, treinava e jogava no campo principal, que normalmente era

delineado para o efeito. Enquanto os Sub-7 treinavam no campo de futebol 7 e, em dias

de mau tempo utilizavam o campo de futsal. Os jogos em casa foram realizados sempre

no campo de futebol 7.

1.3.7 Recursos Humanos A equipa técnica era liderada pelo mister Ismael Ribeiro, juntamente com o adjunto

Diogo na equipa de Benjamins e, o treinador Pedro Apagão juntamente com o adjunto

Gameiro nos Traquinas.

1.3.8 Recursos Materiais A duas equipas tinham ao seu dispor vários materiais: cerca de 25 bolas para cada

equipa, coletes, mecos, cones, entre outros.

1.4 Plano de trabalho- planificação anual das equipas de

benjamins, traquinas e petizes.

O estágio teve início no dia 19 de setembro com a apresentação de todas as equipas aos

sócios e respetivas equipas técnicas, mas apenas no dia 23 começaram os treinos. Eu

apenas comecei a exercer funções no dia 26 do mesmo mês.

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A equipa de petizes treinava segunda e sexta-feira sendo que, o treino de sexta-feira era

em conjunto com a equipa de traquinas que, por sua vez treinavam terça e sexta-feira.

Ambas as equipas jogavam ao sábado, mas apenas por uma ocasião participaram no

mesmo torneio.

A equipa de benjamins treinava segunda, terça e quinta-feira, à mesma hora que as

outras duas e, também jogava ao sábado. Eu apenas presenciava os treinos de quinta e

sexta-feira, sendo que, participei mais nas competições da equipa de traquinas. Por

vezes, integrei na equipa de iniciados mas, apenas para ajudar na organização do treino.

Como mera forma de exemplo, não participei de forma regular apenas ajudei o treinador

a transmitir alguns conhecimentos da modalidade, atuando também como atleta.

O estágio decorreu durante 2 semestres letivos, por vezes durante as férias, feriados e

paragens escolares.

Por semana, tendo em conta todas as atividades realizadas, desde observação,

preparação de treinos e jogos, organização do material, equipar e desequipar os atletas,

os transportes, quer para treinos quer para deslocações em jogos.

Semanalmente, realizava cerca de 12 horas efetivas de atividade de estágio. Durante um

total de 37 semanas, realizei entre 444 e 483 horas.

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Parte II – Revisão da Literatura

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Desporto Segundo Pires (2007), “ao longo dos séculos foram realizadas diversas tentativas para

definir a palavra desporto”.

Mas, aquela que atualmente prevalece e que nos foi lecionada numa unidade curricular

durante o curso de Desporto, é a que nos é apresentada pela Carta Europeia do

Desporto, aprovada em Maio de 1992, que diz: “o desporto compreende todas as formas

de atividade física que, através de uma participação organizada ou não, tem por objetivo

a expressão ou melhoramento da condição física e psíquica, o desenvolvimento das

relações sociais ou a obtenção de resultados na competição a todos os níveis”.

Podemos confirmar sem qualquer sombra de dúvida, que o desporto é considerado uma

atividade que melhora a saúde e o bem-estar dos que o praticam, tanto a nível físico

como psicológico.

O futebol

1. Clubes Desportivos Não é novidade para ninguém, o facto de o futebol ser considerado o desporto

rei em Portugal, mas também em muitos outros países do mundo. Como tal, o aspeto

financeiro é muitas vezes referido como primeira prioridade, uma vez que todo o

contexto competitivo envolve um enorme deslocamento de dinheiro entre os clubes.

Não é correto pensar que um dos principais objetivos de um clube em relação a

qualquer desporto é a competição em si, o amor ao desporto e a educação para uma vida

saudável! É imprescindível para o clube a admissão de novos atletas todos os anos, para

que se mantenham as atividades associadas a todos os escalões, porque sem atletas não

podem ser formadas equipas. Para isso, é benéfico para o clube obter as melhores

condições. Neste caso, sublinha-se a contratação de treinadores qualificados para o

cargo, condições ótimas para a prática desportiva, etc.

Para que a atividade financeira permaneça assegurada, é importante a aquisição

de jogadores com índices de qualidade técnico-tática elevados, que permitam aos clubes

a garantia (ou quase), de boas exibições e, portanto mais lucro.

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O papel dos clubes enquanto formadores de atletas, vai de encontro a esta

vertente, a criação de jovens atletas com determinadas características e elevadas taxas

de sucesso. Isto pode ser conseguido de duas maneiras, entre elas o entrosamento e

desenvolvimento do atleta para integrar na equipa sénior do clube e, a partir daí atingir

determinados objetivos, ou a obter lucro através da sua venda a outros clubes.

Os trabalhos realizados pelos clubes podem ser considerados como uma

atividade desportiva contínua, de forma a confirmar e consolidar as qualidades de todos

os atletas, consoante o nível da equipa, modalidade em causa e, idades em questão. Hoje

em dia, não deve ser o principal objetivo de uma equipa de escalão jovem alcançar

sempre a vitória, os golos ou as classificações. Nestas idades o critério fundamental é a

sua formação a longo prazo, tendo em conta todos os processos pedagógicos

correspondentes às diferentes etapas de formação. Para poder aumentar

sistematicamente o rendimento dos jogadores, o treinador deve ter um vasto

conhecimento técnico da modalidade e devida qualificação psicopedagógica.

2. Perfil do Treinador Segundo Rodrigues (2011), “treinadores de sucesso são mais afetivos, pois os seus

atletas estão mais satisfeitos com o processo em que estão envolvidos”.

A formação das capacidades e destrezas técnico-táticas, assim como a manutenção da

forma física, não bastam para melhorar o rendimento de uma equipa. Um aspeto a

considerar e que é de relativa importância, é a capacidade moral e motivacional.

Enquanto futuro técnico, é importante dar especial importância a uma educação que não

se prende apenas no rendimento individual de um atleta, mas também na criação de uma

personalidade assertiva para os jovens que não estão apenas a iniciar uma possível

carreira desportiva mas, acima de tudo, estão a iniciar toda uma vivência em sociedade.

Para isso, é necessário ter um enorme cuidado e especialização no que toca à pedagogia

desportiva.

Os aspetos que poderão influenciar a educação e motivação, sejam eles de cariz interno

ou externo ao clube e à modalidade, devem ser identificados antecipadamente e

corrigidos, caso necessário.

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Para além de ter que possuir qualidades técnicas e pedagógicas, os treinadores

funcionam como exemplo ou modelo a seguir. O facto de ser um treinador exemplar

não chega, o reflexo da sua personalidade dentro e fora de campo, vai efetivar não só a

relação jogador-treinador, mas também a maneira de agir das crianças face aos

exemplos que devem seguir. Por isso, mais uma vez, é importante referir a importância

de uma boa relação entre a escola, pais e clube, três fatores que serão os maiores

influenciadores para o desenvolvimento enquanto ser humano e, enquanto atleta.

É relevante salientar que a ocorrência de erros, não é deveras, um aspeto negativo,

funcionando como principal ponto de demonstração para o que não deverá ser feito. Por

isso, o treinador conhecedor das qualidades morais, deve sim influenciar a prática de

ações positivas.

Outro aspeto de relativa importância, tratando-se de um desporto, é normal que as

cargas físicas e psicológicas vão aumentando ao longo do tempo, por isso é também

pertinente salientar o trabalho contínuo e bem sucedido, de criação de motivação e

capacidade de auto-superação.

Após todo o conhecimento adquirido, e dando uma opinião pessoal, um treinador deve

manter o equilíbrio entre o estilo de ensino autocrático e democrático. Deve ser visto

como um líder, onde determina as tarefas dos atletas e diretrizes para todo o grupo.

Deve ser bastante crítico e, maioritariamente fazer críticas ou observações, exprimindo

sucinta e claramente o que pretende. Pode pedir opiniões, de forma a complementar os

seus raciocínios e interagir de forma ativa dentro do grupo de trabalho.

3. Ensino do futebol Antigamente apoiava-se uma metodologia associada à explicação de

determinada ação motora ou realização de um exercício, deveria ser sempre associada a

uma demonstração física por parte do treinador, demonstração essa que estabelece todo

o movimento ou todo o procedimento, a fim de reduzir o maior número de erros ou

explicações de que se pretende.

Atualmente apoia-se mais uma pedagogia de situações problema, em que o atleta

se depara com inúmeros problemas que terá que cognitivamente os ultrapassar um a um,

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podendo assim evoluir e criar novas ações individuais que o façam ultrapassar os

obstáculos.

Citando Gréhaigne (1992), “para que os princípios e as regras de gestão do jogo possam

ser vivenciadas e interiorizadas, afigura-se aconselhável o recurso a um conjunto de

variáveis de evolução, cuja utilização permite induzir transformações na configuração

dos exercícios, bem como nos comportamentos e atitudes dos jogadores.”.

(fonte:http://www.ufv.br/des/futebol/artigos/Competências%20no%20ensino%20e%20t

reino%20de%20jovens%20futebolistas.pdf)

4. Condicionantes do futebol Princípios de jogo

Durante um jogo de futebol identificam-se pelo menos duas fases distintas, a defesa e o

ataque. A primeira caracteriza-se por uma fase em que a equipa se pode encontrar

recuada ou não no terreno de jogo mas que não tem a posse da bola e o seu objetivo é

impedir o desenvolvimento da equipa adversária enquanto esta está na fase de

ataque/ofensiva, tentando sempre alcançar a posse da bola. A fase atacante é

caraterizada pela manutenção da posse da bola e criação de dificuldades e/ou espaços

que permitam a finalização e concretização do objetivo (golo).

Sendo estas fases tão distintas, existem certas normas que devem ser criadas pelo

treinador no contexto de treino, que orientam os vários jogadores no seu papel ofensivo

e defensivo. Para isso devem ser trabalhadas regularmente para melhor assimilação

principalmente em camadas jovens.

Terreno de jogo

Uma vez que os jogos são muitas vezes determinados como o reflexo dos treinos,

podemos considerar o terreno de jogo como uma das referências mais importantes e

fundamentais do ensino do futebol. Para isso é importante habituar os atletas também no

momento de treino alguns exercícios ou mesmo jogo propriamente dito num terreno

com as dimensões regulamentares que são usadas nos jogos, a fim de preparar os atletas

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em termos táticos e percetivos da sua localização no espaço bem como a localização

geral no campo que sejam os colegas ou equipa adversária.

Corredores – São linhas imaginárias que condicionam o comportamento dos jogadores,

no fundo as linhas não existem, mas mentalmente em cada atleta funcionam como

referências que definem fases de jogo como a defesa ou ataque.

Dimensão do terreno

Quanto maior o espaço, maior terá que ser a capacidade de o preencher, física e

mentalmente.

A diferença entre a extensão do campo percetiva da visão na bola e da visão do jogo são

aspetos que têm de ir sendo tomados em atenção ao longo da formação do atleta.

Quando um jogador tem a posse da bola este detém apenas um controlo mental do seu

movimento enquanto que controla a leitura e posicionamento em campo visualmente

(jogar de cabeça erguida).

É portanto aconselhado que nas fases iniciais quando os praticantes ainda tem

dificuldade em controlar a bola, que o jogo seja realizado num espaço reduzido e com

um menor número de jogadores.

Duração do jogo

A duração do jogo baseia-se no tempo de empenhamento motor dos atletas. Nestas

idades, os jogos tinham entre vinte e cinco a trinta minutos cada parte. Vinte e cinco

minutos em jogos de traquinas e petizes e, trinta minutos nos jogos de benjamins.

Relativamente ao empenhamento motor nos treinos, com duração de uma hora e meia,

teremos que considerar que existem paragens ao longo do treino, para alongamentos,

trocas entre exercícios e tempo de hidratação.

Controlo da bola

Garganta & Pinto (1994), se compararmos o futebol, no plano estrutural, com

outros denominados grandes jogos desportivos coletivos (andebol, basquetebol,

voleibol), constatamos algumas diferenças extensivas ao plano funcional, que nos

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permitem retirar ilações importantes para a orientação do processo de ensino/treino

deste jogo.

O futebol tal como outras modalidades são considerados jogos de território comum, ou

seja existe a participação ativa e simultânea na obtenção da bola por parte de duas

equipas no mesmo local e momento. Mas particularizando, o fato de a maioria das ações

com bola ser feita com os membros inferiores torna a pratica do futebol um pouco mais

complexa mecanicamente, uma vez que cada jogador tem que controlar as suas

movimentações e equilíbrio ao mesmo tempo que controla a bola, por isso, e

principalmente em camadas jovens é importantíssimo o ensino, a repetição, correção do

controlo da bola para que na situação de jogo qualquer movimento ocorra de uma forma

natural e não pensada tento liberdade para pensar no que irá fazer e não no que está a

fazer.

O treinador deve estar atento, corrigir os erros demonstrar várias vezes e de várias

formas, e questionar-se/aperceber-se se os erros são do foro técnico ou físico e arranjar

soluções adequadas.

Frequência de concretização.

Comparando novamente o futebol com outras modalidades, podemos reparar a

diferença de eficácia existente. Enquanto que noutras modalidades o tempo entre vários

golos é reduzido e o seu numero total pode ser considerado elevado, no futebol isso não

acontece. Uma vez que a taxa de golo no futebol é tão reduzida podemos salientar a

importância do treino da finalização, para que em competição quando ocorrer uma

oportunidade a taxa de sucesso seja elevada.

Outro aspeto bastante visível nas camadas jovens e que deve prevalecer é a criação de

autoestima, possibilitante um elevado número de oportunidades de golo, as crianças

sentem-se mais alegres e confiantes quando o alcançam.

Colocação de alvos

A colocação de alvos pode ser entendida como a colocação de balizas onde é possível

alcançar o objetivo “o golo”. Por isso durante a realização de um exercício com balizas

a perceção dos atletas no terreno é feita através da direção da baliza, tamanho e

localização, a partir destas perceções os atletas automaticamente posicionam-se de

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maneira a proteger a sua baliza (fase defensiva) e posicionam-se de maneira a alcançar o

golo noutra baliza (fase ofensiva), assim a colocação dos alvos torna-se fundamental

para ajudar o atleta a entender o pensamento tático do jogo de modo a defender e atingir

o objetivo quer seja defensivo ou ofensivo respetivamente.

(fonte:http//www.ufv.br/des/futebol/artigos/Competências%20no%20ensino%20e%20tr

eino%20de%20jovens%20futebolistas.pdf)

5. Objetivo do futebol para crianças dos seis aos dez anos O objetivo mais substancial consiste em ensinar as crianças os elementos básicos e

fundamentais do futebol (passe, receção, progressão com bola etc.) mas prende-se

sobretudo também em criar motivação para continuarem a praticar esta modalidade,

uma das maneiras mais fáceis de o fazer é através de jogos reduzidos, quanto mais

reduzidos os grupos de crianças melhor é para que eles se sintam fundamentais e mais

fácil é para que estes atinjam rapidamente o sucesso, outras atividades que devem ser

utilizadas nestas idades são os exercícios de passes e receções organizados por fazes,

exercícios que requerem pontaria e partidas de 2x2 com balizas e sem guarda-redes.

O aquecimento deve ser feito em grupo onde exista a participação ativa de todos os

elementos da equipa, na primeira parte são divididos por grupos com o mesmo número

de jogadores preferencialmente e com o mesmo exercício a ser trabalhado por todos os

grupos ao mesmo tempo. Adaptado de: “Fussball training mit kinden (Futebol Infantil)”

– 3ª edição, Andre Benedek – Paidotribo

6. Técnica do Futebol O futebol comparativamente a anos anteriores esta mudado, alterando-se

sistematicamente de forma evolutiva. Para os conhecedores da história do futebol

podemos relatar algumas diferenças entre o futebol do passado com o futebol presente,

nomeadamente um exemplo pode ser, a criação de processos ofensivos para os

jogadores atacantes que antigamente eram consideradas nulas e atualmente são um fator

que distingue cada equipa e que faz a diferença.

Após toda a evolução que sofreu o futebol, este passou por uma fase de evolução mais

dedicada à técnica tanto a nível coletivo como de jogadores individuais. Em geral a

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técnica ensina-se de uma forma cíclica ou repetida, mas muitas das vezes é considerada

uma característica nata. Uma finta ou técnica rápida e que dê resultados mais

rapidamente são consideradas a chave que define uma ação de um jogador num

determinado espaço e tempo que tem disponível. Remates de primeira, receções

orientadas e fintas são técnicas que devem ser realizadas no menor numero de toques na

bola possível, com pouco tempo de preparação e feitas a uma velocidade quanto maior

melhor, enquanto que a relação com bola, o drible, o passe ou a desmarcação o

importante é a proteção da bola em relação ao adversário ou a progressão rápida sem

que o adversário consiga criar oposição. Adaptado de: “Fussball training mit kinden

(Futebol Infantil)” – 3ª edição, Andre Benedek – Paidotribo

7. Tática no futebol A Tática no futebol é considerada uma das características mais apreciadas e estudadas

no futebol profissional, para muitos é o que define o fazer o jogo ou o jogar sem bola.

Não é surpresa nenhuma para nenhum de nós o facto de cada equipa ter em campo

jogadores que ocupam posições definidas onde são obrigados a responder a

determinadas conceções e sistemas criadas pelo treinador de encontro à obtenção dos

objetivos determinados para o jogo.

Para o ensino da tática é imprescindível o diálogo entre treinador e jogadores quer a

nível coletivo quer a nível individual, pois o saber colocar e estar dentro de campo é

hoje em dia uma obrigação para um atleta bem como os as movimentações a realizar

para corrigir erros de colegas ou simplesmente alcançar a posse da bola de forma mais

eficaz. Adaptado de: “Fussball training mit kinden (Futebol Infantil)” – 3ª edição,

Andre Benedek – Paidotribo

8. Processo de familiarização com bola (4 a 6 anos) Nesta idade, observa-se uma nova fase da vida das crianças, o desenvolvimento

psicológico e físico processa-se rapidamente. A nível físico por exemplo, a relação

peso-altura e a estrutura óssea estão em constante crescimento. Em termos psicológicos

e intelectuais, as experiências e as capacidades modificam-se a um ritmo elevadíssimo.

Podemos visualizar este processo, através do seu constante interesse por aprender novas

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palavras, obsessão por movimento, tornam-se muito ativos e o espírito competitivo

quando estão em grupo.

Os exercícios mais adequados para estas idades prendem-se, portanto, pela realização de

exercícios que se adaptem ao nível das dificuldades da generalidade da equipa. Uma

especial adaptação dos adversários, caso haja grandes diferenças e a realização de

múltiplos jogos, com o objetivo de ter maior possibilidade de alcançar uma vitória. Isto

vai servir para manter os atletas motivados.

Outro aspeto que cada um de nós enquanto treinadores deve ter em consideração, é o

facto de que estas experiências e novas habilidades, vão acompanhá-los para o resto da

vida. A maneira de jogar, de se movimentarem, de pensarem e, o gosto que têm pela

modalidade, são aspetos que se tornam intrínsecos em cada atleta. Por isso, devem ser

criadas oportunidades de habituação ao jogo, à bola, aos colegas e até mesmo à rotina

do mundo do futebol, sempre de forma positiva. Adaptado de: “Fussball training mit

kinden (Futebol Infantil)” – 3ª edição, Andre Benedek – Paidotribo

8.1. Fase preparatória (7 aos 10 anos) O instinto lúdico e a apreciação do movimento são aspetos ainda bastante presentes

nesta idade. Podemos aproveitar a sua disponibilidade física e vontade de envolvimento

para os aproximar mais da realidade do jogo como competição, sabendo que correm por

prazer próprio e vontade de jogar, o treinador deve guiar essa vontade e começar a

incutir métodos de jogo em equipa. Os exercícios realizados podem não ser idênticos ao

jogo propriamente dito mas nesta fase as crianças já percebem que cada exercício serve

para melhorar as suas qualidades individuais e coletivas como forma de preparação

geral para o “momento jogo”.

Para além disso nestas idades as crianças podem facilmente jogar futebol na escola em

casa ou até mesmo com os amigos de rua, o que lhes garante as suas necessidades de

movimento, por isso o trabalho do treinador pode ser mais dirigido e organizado.

O objetivo para esta faixa etária consiste no desenrolar da sensibilidade para a bola,

despertar o interesse para o jogo e proporcionar fundamentos para os poder aplicar,

tendo em conta os défices de coordenação motora e capacidade de atenção e

concentração.

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Podem ser introduzidos exercícios individuais ou melhor realizados de igual forma mas

cada atleta realiza sozinho, exercícios por parcelas embora ainda em menor número que

os restantes exercícios (jogos reduzidos) pois estes exercícios adquirem agora a

capacidade de desenvolver o companheirismo e respeito pelo adversário associando

também a luta pela obtenção da vitória e superação da derrota. Não devem ser feitas

grandes intervenções durante o jogo, embora as crianças de nove e dez anos já sejam

capazes de realizar movimentações complexas as suas capacidades de manter a atenção

são ainda pequenas, sendo um aspeto em desenvolvimento que a nível futuro pode ser

utilizado mais frequentemente.

Relativamente ao treinador podemos reforçar a ideia de paciência pois nestas idades é

um fator chave e que futura mente desempenhará um grande papel de ajuda. Uma vez

que o equilíbrio, resistência estão melhoradas relativamente a anos anteriores, devem

ser considerados principais focos o desenvolvimento da coletividade, intensidade e

procura de alcançar objetivos. Adaptado de: “Fussball training mit kinden (Futebol

Infantil)” – 3ª edição, Andre Benedek – Paidotribo

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Etapas do processo de ensino-aprendizagem – TREINO (adaptáveis ao desenvolvimentos dos atletas)

Escalões Fases do jogo 1ªetapa- Introdutória

Sub-7 Processo Ofensivo Jogo 1×0, situação de remate, jogo “baliza à baliza” Processo Defensivo Jogo 1×0, colocação entre a bola e a baliza, jogo “baliza a baliza”

Sub-9 Processo Ofensivo Jogo 2×2; Progressão para a baliza com condução da bola e com passe e finalização. Processo Defensivo Jogo 2×2, Escolha de um adversário para marcar, perseguição e roubo da bola; colocação atrás da linha da bola.

Escalões Fases do jogo 2ªetapa-Elementar Sub-7 Processo Ofensivo Jogo 1×1; Progressão para a baliza com condução de bola e finalização.

Processo Defensivo Jogo 1×1; Perseguição do adversário e roubo da bola

Sub-9 Processo Ofensivo Jogo 3×3; Progressão para a baliza com condução da bola; Interpretação do conceito de largura; Realização do passe para o

colega em melhor posição e finalização. Processo Defensivo Jogo 3×3; Colocação atrás da linha da bola, marcação do adversário e posicionamento em função da área de acção no corredor.

Escalões Fases do jogo 3ªetapa- Avanço Sub-7 Processo Ofensivo Jogo 2×2; Progressão para a baliza com condução da bola e com passe e finalização.

Processo Defensivo Jogo 2×2; Escolha de um adversário para marcar, perseguição e roubo da bola; colocação atrás da linha da bola.

Sub-9 Processo Ofensivo Jogo 3×3; Progressão para a baliza com condução da bola ou passe; Interpretação do conceito de largura; Realização do passe para o colega

Processo Defensivo Jogo 3×3; Colocação atrás da linha da bola, marcação do adversário perto do centro do jogo e à distância e posicionamento em função da área de acção no corredor.

(figura5: Adaptado de http//:ww.santacatarinadaserra.com)

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Parte III- Parte prática do Estágio

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1. O estágio curricular

1.1 Objetivos do estágio

Os objetivos do estágio curricular consistem na contextualização de todo o

conhecimento técnico adquirido ao longo da licenciatura e respetiva utilização no

contexto real/prático. É de extrema relevância a criação de objetivos e sua respetiva

obtenção de maneira a atingir processos técnicos e coerentes para a evolução de cada

treinador, neste caso estagiário, conhecimentos esses que irão acompanhar sempre o

estagiário e futuro treinador.

1.2 Objetivos gerais Os objetivos gerais que formulei para o meu estágio foram:

• Conseguir a integração nas equipas;

• Promover um bem-estar e gosto pela modalidade de futebol;

• Conseguir reconhecimento tanto a nível de treinadores como atletas, pelo

trabalho exercido;

• Aplicar os conhecimentos adquiridos anteriormente tanto a nível académico

como pessoal e adequar os processos de ensino nas crianças, tendo em conta

a diferença de idades entre os vários escalões;

• Aprender a comunicar com os jovens;

• Desenvolver e aplicar quais os melhores métodos de ensino;

• Ensinar corretamente todos os processos abordados nos treinos;

• Manter uma postura correta dentro e fora do local de estágio de forma a

servir de exemplo para os mais jovens.

1.3 Objetivos específicos

Em relação aos objetivos específicos a alcançar, com a realização do estágio profissional,

defini:

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• Elaborar, organizar, coordenar e avaliar sessões de treino/jogo;

• Entender quais as diferenças em termos de linguagem a ter com as crianças e

ao mesmo tempo aplicar essas diferenças corretamente;

2. Fases de estágio

O período de estágio foi dividido em três fases, fase de ambientação e observação,

fase de cooperação e a fase autónoma. Estas fases ficaram definidas após uma conversa

com a equipa técnica e com o meu orientador de estágio.

2.1 Fase de ambientação e observação

Nesta fase um dos meus principais objetivos era integrar-me no seio das equipas que

já se conhecem há algum tempo, saber o nome de cada atleta, reconhecer as suas

capacidades e defeitos eram dos meus principais focos de análise para mais tarde poder

intervir e ajudar cada um.

Em termos práticos apenas ajudei os treinadores a organizar os exercícios, e aos

atletas corrigia certos movimentos, atitudes transmitindo segurança e clarividência nos

feedbacks.

Nos jogos tinha várias funções que eram dadas pelo treinador no momento, desde

equipar os atletas, fazer a ativação funcional, coordenar os atletas que estão de fora, no

banco, preparar os guarda-redes, fazer a arbitragem do jogo…

2.2 Fase de cooperação

Nesta fase ocorre uma automatização da rotina semanal, tanto eu como aos atletas já

começamos a saber o que cada um tem que fazer, e conhecemo-nos melhor, existe sim

um aumento progressivo da proximidade com os atletas. Ao chegar a esta fase o meu

papel tornou-se um pouco mais ativo, continuando com os normais feedbacks aos

atletas mas também comecei a colaborar mais diretamente com o trabalho de treinador.

O trabalho de aquecimento, alongamentos, retorno à calma muitas vezes era feito por

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mim, também por vezes foi me dada a liberdade de coordenar a equipa na realização de

um exercício por treino.

2.3 Fase Autónoma

O meu estágio teve vários momentos em que poderia colocar os conhecimentos que

adquiri ao longo do curso bem como ao longo do estágio, e isso é que caracteriza a fase

autónoma. Numa primeira fase a ativação funcional e retorno ah calma era feito por

mim, quer em jogos quer seja em treinos, o treino de guarda-redes muitas das vezes era

preparado por mim, só mais tarde é que pude preparar e dar treinos à equipa no geral.

3. Planificação anual

Em seguida apresento o plano anual do meu horário ao longo deste estágio, a cor de

laranja estão demarcados os dias a que eu me apresentava que não eram regulares, em

caso de férias curriculares, a minha disponibilidade aumentava logicamente então estava

presente em todos os treinos da semana no local de estágio. A azul o meu horário

normal após a semana normal de aulas no Instituto Politécnico da Guarda era sempre

feito às quintas e sextas-feiras a partir das 18:00 até às 20:00, e a verde está

representado o horário de jogo, que era bastante variado, dependendo do local onde era

o jogo e do tempo de deslocação, ou mesmo se era apenas um jogo ou um torneio com

vários jogos durante o dia.

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Dias da Semana - Horario do estágio

Horas Segunda-feira

Terça-Feira

Quarta-feira Quinta-feira

Sexta-feira Sábado

07:00 08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00 00:00

(Figura 6: Horário de semana no estágio)

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4 Plano Mensal Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Obs: Para mim este foi o mês mais difícil até á data, na medida em que a frequência dos atletas foi ficando cada vez menor e os planos de treino não poderiam ser feitos da mesma forma. Como principais causas podemos apontar as condições climatéricas que se faziam sentir, alguns pais não permitiam que os filhos treinassem à chuva, outro motivo foi a entrada de férias na escola, muitos dos atletas foram viajar ou simplesmente estavam com os pais

Dez-13 s t q q s s d

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23 24 25 26 27 28 29

30 31

Ciclos Mês de Dezembro(fim de Novembro) Dias da Semana 10ªsemana 11ªsemana 12ªsemana 13ªsemana Segunda-Feira

Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Férias Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sábado … … … … 09:30 12.30

Domingo Dias por semana 28;29;30 5;6;7 12;13;14 19;20;21

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5 Atividades Desenvolvidas ao Longo do Estágio

As atividades desenvolvidas foram de encontro ao que foi inicialmente planeado.

De início, comecei por observar os treinos para aprender a forma como o treinador

trabalhava, de como interagir com as crianças, desde a maneira de falar explicar e

interagir com elas, os exercícios mais adequados para estas idades, no fundo o meu

trabalho era baseado na visualização dos exercícios e correção de algumas atitudes.

Ao longo do tempo e vendo como uma segunda fase, reparei que o meu trabalho ia-

se tornando mais completo desde montagem dos exercícios, ajuda na alteração de

exercícios, caso não comparecessem alguns atletas, realização da ativação funcional e

sessão final de alongamentos quer nos jogos quer nos treinos, o treino de Guarda-redes

era feito por mim.

Mais tarde pude ser eu a criar planos de treinos que foram utilizados pelos

treinadores e só passado algum tempo tive a oportunidade de dirigir um treino do início

ao fim, desde a marcação do espaço de treino com antecedência, à realização e

orientação do treino. No fim pude por mais do que uma vez orientar a equipa em jogo

em vários torneios existentes.

5.1 Organização e recolha do material de treino

Durante a planificação final do treino que fazia sempre com os treinadores, ficavam

delineadas as informações relativas ao material necessário para a realização da sessão de

treino. Uma vez que mais equipas treinavam ao mesmo tempo, o objetivo era

economizar o material em uso para que todos o pudessem utilizar e arruma-lo quando já

não era necessário.

Uma das minhas responsabilidades ao longo deste estágio era o controlo e colocação

dos materiais ao longo do treino, bem como a sua recolha no final e devida arrumação.

No final dos treinos os treinadores escolhiam sempre um ou dois atletas, escolhidos à

vez, para me ajudarem nessa tarefa, de forma a criar hábitos de interajuda e obediência.

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5.2 Observação

Foi possível ao longo deste ano alcançar vários patamares que me transmitiram muitas

informações sobre o processo de treino na vertente treinador e uma delas foi a

observação, campo que a meu ver se tornou bastante conclusivo e importante para

qualquer pessoa aspirante a ser treinador. Observação da postura do treinador, a sua

deslocação no espaço do campo, as atividades, a comunicação, as interações treinador-

atleta, assim como as relações do treinador com os pais, observação de todos os

conteúdos da sessão, objetivos, as metodologias de exercícios de progressão utilizadas

na aprendizagem e quais as variantes que podem complementar a sessão seguindo o

mesmo objetivo, todas estas observações foram possíveis ao longo do treinos,

principalmente no inicio da época quando ainda não estava bem integrado nas equipas e

também ao longo do resto da época, posso mesmo dizer que aprendia novas coisas a

cada dia que passava.

5.3Acompanhamento dos jogadores durante a competição/torneios.

A partir do momento em que cada atleta chegava às instalações do clube e até a sua

partida era da minha responsabilidade acompanhá-los e ajuda-los no que precisassem,

mesmo durante a fase de treino ou jogo teria que os controlar e ao mesmo tempo

transmitir informações para dentro e fora de campo, ou mesmo realizar uma pequena

ativação funcional aos atletas que iriam entrar. Desta forma liberava a responsabilidade

dos treinadores de modo a estarem mais ativos na competição e ao mesmo tempo

tranquilizava os encarregados de educação durante o horário em que não estavam

presentes.

Nos dias em que havia torneios, a concentração era feita normalmente no clube e só

depois nos deslocávamos para o local onde ocorria o torneio, normalmente nunca

tínhamos os jogos seguidos então nos intervalos entre jogos era suposto descansarmos

para estarmos mais preparados para o próximo jogo o que facilmente se percebeu ser

impossível, os atletas facilmente dispersavam não querendo estar parados, o que para

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nos treinadores era bastante complicado estar atento a todos os nossos atletas, por isso

em vez de estarem perdidos começámos a realizar pequenos jogos lúdicos e algumas

brincadeiras de modo a que todos participassem, mas é certo que nós treinadores e os

próprios pais, chegávamos ao fim do dia cansados e, eles ainda muito energéticos e com

vontade de correr.

5.4 Reuniões de formação

As reuniões eram muitas vezes marcadas após a competição (no sábado após o jogo)

sempre que necessário era combinado um dia para debater aspetos importantes relativos

à equipa. Inicialmente eram feitas antes do treino a seguir à competição mas, mais tarde

foram alteradas para quando eu estivesse presente, ou seja, no treino de quinta ou sexta-

feira. O principal objetivo era juntar os treinadores, estagiário e alguns atletas caso fosse

esse o caso para debater os temas da atualidade relativos ao plantel e orientar algumas

ideias ou questões necessárias para o futuro.

Assuntos debatidos

1. Relatório de atleta com mais presenças ao treino, e possível compensação;

2. Atleta com maior destaque da semana/jogo;

3. Aumento relativo à motivação dos atletas;

4. Promoção da competitividade interna do plantel e individual;

5. Estruturação de alguns exercícios fundamentais e que refletem o pretendido nos

jogos;

6. Definição dos capitães para os próximos momentos de competição;

7. Controlo da conduta dentro dos treinos, aumento da concentração;

8. Principal atenção aos atletas que saem do treino e atravessam a estrada para ir

buscar eventuais bolas que saíram do recinto;

9. Controlo do cansaço e eventuais lesões.

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5.5 Palestras

As palestras são um processo extremamente importante hoje em dia nos mais variados

desportos. Não é de todo obrigatório, mas ajuda bastante a relação do treinador com os

atletas e vice-versa, podendo definir, esclarecer ou impor as visões do treinador e o que

ele pretende da equipa ou do papel de cada atleta.

Umas indicações que recebi ao longo deste ano e que pude presenciar na primeira

pessoa, eram relativas às diferenças das palestras nestas idades. Temos de ter em conta a

importância do tema, o tempo de comunicação e a maneira de falar.

Uma vez que o meu estágio estava relacionado com crianças, o tempo que ocupávamos

com palestras e a sua capacidade de manter a atenção nunca eram coincidentes, o

número de vezes que se pára o treino para fazer essas palestras também os desconcentra

e, a maneira como se intervém, pode ou não interferir com os interesses deles. Por isso,

em consenso com os treinadores, tentámos criar momentos específicos para as palestras,

sendo apenas feitas uma no inicio da sessão de treino sendo que, esta era bastante curta

e uma mais longa no fim. No ultimo treino antes da competição, a palestra final era mais

extensa. Rapidamente reparamos que os atletas nos prestavam mais atenção enquanto

falávamos e respeitavam mais as nossas indicações, claro que a comunicação e

transmissão de ideias esta sempre presente ao longo do treino, mas não podemos definir

como palestra.

5.5 O último dia, confraternização.

Relativamente ao último dia este não foi contabilizado para horário de estágio, sendo

que foi passado o dia quase todo com os atletas. No caso do plantel de benjamins

tivemos um jogo em conjunto com treinadores e alguns atletas mais experientes e com

mais idade, seguido de almoço em casa de um dos atletas com direito a piscina e muita

brincadeira.

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A equipa de petizes e traquinas foi combinado um jogo entre os pais, contra os atletas e

treinadores durante a manha, sendo que no final foi organizada uma pequena guerra de

balões de água, seguido de almoço num parque ali perto do campo e o resto da tarde

cheio de brincadeiras, pequenos jogos lúdicos e conversas. No final do dia e para

surpresa dos treinadores os atletas ofereceram uma camisola assinada por cada atleta.

(Figura7:Foto fonte pessoal: camisola frente e verso oferecida pela equipa de traquinas)

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Reflexão final/conclusão

É de extrema relevância a realização deste ponto de forma a colocar todo o

trabalho feito ao longo deste ano letivo, para a unidade curricular de Estágio, em

algumas palavras como forma de conclusão final. Sendo assim devo de concordar

com os avisos e concelhos dados por colegas meus que anteriormente se

encontraram na mesma situação que eu, no âmbito de superação das espectativas,

a forma como fui recebido e cuidado por todos os intervenientes neste processo fez

com que as horas passassem e eu nem desse pelo tempo passar, no fundo não

sentia que estava em avaliação ou por obrigação, por isso posso acrescentar que,

não evolui só a nível profissional mas também a nível pessoal, conseguindo

corresponder positivamente ao que me foi proposto no plano de estágio (anexo 1).

Na sua grande maioria, os conhecimentos que apliquei foram certamente

aprendidos ao longo dos três anos da licenciatura em Desporto, mas também é de

referir que esses conhecimentos foram complementados com outros que aprendi

ao longo deste último ano enquanto estagiário do clube da União Desportiva da

Serra.

De todas as unidades curriculares que o curso de Desporto me apresentou,

posso referir algumas como as que mais me ajudaram para esta fase que agora

ultrapassei, páticas de desportos, treino desportivo e fundamentos do treino

desportivo que me ajudaram muito nos aspetos técnico enquanto treinador e

conhecimento da modalidade, traumatologia e socorrismo uma vez que em

praticamente todas as semanas teria que intervir para fazer algum curativo por

isso também considero uma cadeira bastante relevante. Mas a meu ver as unidades

curriculares que mais me ajudaram foram as que me criaram bases para entender

o método de ensino para estas idades e como deverei faze-lo nomeadamente

psicologia e pedagogia do desporto.

Relativamente a objetivos alcançados vou apenas solicitar dois que acho

fundamentais mas no fundo penso que consegui alcançar na generalidade todos os

objetivos que tinha proposto para o estágio, o facto de estar à muitos anos ligado

ao futebol, toda uma vivência entre atletas, treinadores e afins, desde comunicação,

formas de intervenção, leituras de jogos e capacidades técnicas e táticas são para

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mim aspetos que considero garantidos, ou melhor não necessitam de grandes

pensamentos para que sejam realizados e um dos objetivos que tinha em mente

desde o inicio do estagio era tentar transportar todos esses componentes e aplica-

los num contexto diferente, no fundo associa-los às crianças, perceber o que mudar

e de que forma deveria apresentar às crianças. É bastante engraçado muitas vezes

ouvimos professores dizerem que todos os dias aprendem com os alunos e este

ano pude presenciar isso na primeira pessoa, não só era eu que transmitia os meus

conhecimentos aos atletas como eles também de maneira inconsciente me estavam

a transmitir conhecimento.

Outro objetivo especialmente alcançado e que para mim é um dos aspetos mais

valorativos, foi o facto de ter conseguido transmitir aos jovens atletas algumas

éticas e valores associados ao desporto, bem como espirito de equipa, a postura

dentro de campo e nos treinos, espirito de entreajuda e camaradagem que são

bastante importantes na sua vida enquanto atletas e enquanto pessoas.

Tenho a sorte e o prazer de afirmar que consegui alcançar conhecimentos como

a observação do jogo, de certa forma adquiri uma madeira diferente de ver e ler o

jogo, reforcei competências como a assiduidade, a pontualidade, autonomia,

responsabilidade, comunicação, capacidade de empatia, que no fundo formou o

meu caracter atual, sinto-me uma pessoa mais capaz de mim mesma, mais

confiante nas minhas capacidades e mais interativa com os outros, capaz de entrar

no mundo do trabalho porque sei que conseguir ultrapassar os desafios que

possivelmente irei encontrar graças a todas as competências que o estágio e não

só, me ajudaram a alcançar.

Apesar de ter bastante conhecimento na área do futebol, graças aos inúmeros

anos de prática, sei que a cada dia que passa aprendemos novas coisas, tanto com

pessoas mais adultas como com as crianças. A oportunidade que tive de trabalhar e

trocar ideias com os treinadores e profissionais do desporto é sempre uma mais-

valia no currículo de qualquer pessoa.

A meu ver, a minha intervenção enquanto estagiário do clube foi uma mais-valia,

na medida em que as minhas opiniões, as minhas ideias, a ajuda, conhecimento e

segurança que transmiti aos atletas e treinadores, foram feitas com as melhores

intenções e penso que trouxeram algo de positivo tanto para os atletas

individualmente como coletivamente e no fundo para o clube também.

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Uma vez que todos os dias fui bem recebido por pessoas de confiança e valor,

rigorosas no que toca ao seu trabalho e profissionalismo acima de tudo, e as

instalações do clube são muito boas, posso aconselhar qualquer pessoa que queira

seguir a vocação de treinador o clube da União Desportiva da Serra como um ótimo

local de estágio, onde podem aprender muitos conceitos importantes, criar laços

com treinadores que são mais experientes e adequar os eus objetivos aos escalões

presentes.

De uma forma geral, avalio o meu estágio com nota positiva, considerando-o como

uma experiência enriquecedora de valores, competências e visão geral do outro

lado do futebol, o lado do treinador, que me permitirá ser um melhor profissional

no futuro. Algumas das causas que me levam a considerar que a minha prestação

foi bastante positiva, consiste no facto de me terem convidado a fazer parte da

equipa técnica no próximo ano, as crianças sempre que passam por mim vêm a

correr cumprimentar-me e pedir para continuar a ser mister deles.

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Anexos

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Anexo I- Plano de Estágio

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Anexo II - Planos Mensais

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Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

CARGAS SEMANAIS E POR MESOCICLO Ciclos 1ºciclo-Mês de Setembro

Dias da Semana 1ªsemana

Segunda-Feira … Terça-Feira … Quarta-Feira … Quinta-Feira 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00

Sábado Domingo Dias por semana 26;27

4h Obs: Por mês, passo cerca de 20h nas instalações do UDS, mas por semana são 4h, contando cerca de 1h/2h em reuniões e palestras, tanto em

treinos, como jogos e reuniões de equipa. Contabilizando também as horas de preparação dos treinos e dos jogos, perfaço um total de 9h

semanais. Que serão aumentadas em semanas de jogo

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Mês de Outubro Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Obs.:

Out-13 s t q q s s d

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30 31

Ciclos Dias da Semana Segunda-Feira

Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-feira

Sábado Domingo

Dias por semana

2ºciclo-Mês de Outubro 2ªsemana 3ªsemana 4ªsemana 5ªsemana

18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20.00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

… … … … 09:30 12.30 9.00-12 15.00-19.00

3;4 10;11 17;18;19 24;25;26 26h

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Mês de Novembro

Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Obs: Mês bastante intenso, com o nível de exigência a aumentar, bem como a importância dos aspetos técnico-individuais e de grupo.

28,29 e 30 horários presentes no 4º Ciclo

Nov-13 s t q q s s d

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30

Ciclos 3ºciclo-Mês de Novembro Dias da Semana 6ªsemana 7ªSemana 8ªsemana 9ªsemana Segunda-Feira

Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira 18:00 20.00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Sábado 08:30-11:30 ? Domingo

Dias por semana 31; 1;2 7; 8; 9 14;15;16 21;22;23

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Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Ciclos Mês de Janeiro Dias da Semana 14ªsemana 15ªsemana 16ªsemana 17ªsemana 18ªsemana Segunda-Feira

Terça-Feira Quarta-Feira

Quinta-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Sábado 09:15 12:30 09:15 13:00 08:30 11:45 Domingo

Dias por semana 2,3,4 9,10,11 16,17 23,24 30,31,1 Obs: Após o período de férias os atletas começaram a aderir mais aos treinos e o trabalho do treinador/ estagiário torna-se novamente mais completo. O nível de exigência física mentem se o mesmo dando maior enfase nos aspetos técnicos individuais de cada atleta. Os feedbacks e as demonstrações tornam-se importantíssimos para a realização de novos exercícios e para a execução correta. Apesar de haver atletas que não querem que o treinador ou estagiário participem no exercício de modo que eles próprios não se conseguem sobressair, é bastante importante insistir pois nem todos os atletas tem a mesma facilidade de aprendizagem.

Jan-14 s t q q s s d

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30 31

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Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

fev/14 s t q q s s d

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28

Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº

Ciclos Mês de Fevereiro Dias da Semana 19ªsemana 20ªsemana 21ªsemana 22ªsemana Segunda-Feira 18:00 20:00

Terça-Feira 18:00 20:00 Quarta-Feira Quinta-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Sábado 09:15 13:00 09:00 11:00 Domingo

Dias por semana 5,6 13,14,15 20,21,22 27,28

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5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Março-14 s t q q s s d

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

31

Ciclos Mês de Março Dias da Semana 23ªsemana 24ªsemana 25ªsemana 26ªsemana Segunda-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00

Terça-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 Quarta-Feira Quinta-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Sábado 09:00 11:30 09:30 11:30 09:30 11:30 09:30 11:30 Domingo

Dias por semana 6,7,8 13,14,15 17,18,20,21,22 24,25,27,28,29

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Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Ciclos Mês de Abril Dias da Semana 27ªsemana 28ªsemana 29ªsemana 30ªsemana Segunda-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00

Terça-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 Quarta-Feira Quinta-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Sábado 08:30 11:15 10:00 12:30 Domingo

Dias por semana 31,1, 3,4,5 7,8, 10,11 17,18 24,25,26

Abr-14 s t q q s s d

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30

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Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Ciclos Mês de Maio Dias da Semana 31ªsemana 32ªsemana 33ªsemana 34ªsemana 35ªsemana Segunda-Feira

Terça-Feira Quarta-Feira

Quinta-Feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 Sexta-feira 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00 18:00 20:00

Sábado 09:15 12:30 09:15 13:00 Domingo

Dias por semana 1,2,3 8,9 15,16,17 22,23 29,30

Mai-14 s t q q s s d

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

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Estagiário: Rafael Oliveira Ferreira nº 5007531

Treinador: -Ismael Ribeiro;

-Pedro Apagão

Supervisor: Pedro Santarém

Professor Orientador: Carlos Francisco

Ciclos Mês de Junho Dias da Semana 36ªsemana 37ªsemana Segunda-Feira

Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-feira 18:00 20:00

Sábado Domingo 08:00 14:30 dia todo(despedida)

Dias por semana 1 6,8

jun-14 s t q q s s d

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30

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Anexo III – Plano de treino

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Objectivos Específicos Descrição/Organização Tempo

Inic

ial

Ativação funcional:

• Aumentar a temperatura corporal

• Aumentar o ritmo cardíaco • Preparar o organismo para a

atividade • Divertimento

- Dois atletas começam a apanhar os restantes colegas, quem é apanhado dá as mãos ao colega que o apanhou e continua a apanhar, até todos os elementos estarem apanhados.

- Aquecimento funcional dos membros

T

10

5

Prin

cipa

l

• Desenvolver e assimilar competências normais da modalidade, tais como o passe a receção.

• Integração da desmarcação pelas costas.

Criação de pequenas áreas onde eram colocados dois jovens atletas, que por sua vez iriam realizar passe e receção. Receção e passe com o mesmo pé. Objetivo realizar sempre apenas dois toques na bola.

Variantes: receção e passe com pés alternados, passe com pé menos dominante, deslocamento lateral após passe.

Realização de passe para a zona da área, e desmarcação pelas costas, receção e remate para a baliza.

7

5xV

10

Fina

l • Retorno á calma • Diminuição do ritmo cardíaco

Fase de alongamentos e relaxamento.

Palestra sobre os objetivos do treino e adequação ao momento de jogo

Intensidade: média baixa.

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Anexo IV - Exemplo de planos de observação de treinos

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Equipa de Sub-9

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Equipas de sub-7

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Anexo V - Fotos

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Fotos

Foto da equipa de traquinas Foto a cumprimentar a equipa adversária

Fotos de brincadeiras nos intervalos dos jogos em torneios

Hora de almoço após os jogos da manha

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Anexo VI – Plano de Torneio

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Encontro de Traquinas sub 9, traquinas sub 8, petizes sub7 e Infantis/Iniciadas Femininas

Objetivo

O Clube Atlético Ouriense irá realizar no próximo dia 26 de Outubro de 13 um

encontro das equipas de formação. O grande objetivo do encontro é dar competição

aos jogadores destes escalões. Não haverá classificação final. Pretendesse que os jogos

sejam de carácter lúdico/desportivo e que tudo decorra de forma informal com grande

espírito desportivo e haja convívio entre todas as equipas e os seus jogadores.

Calendário dos jogos

Os jogos são de 5 x 5, gr +4 x 4+ gr. Cada equipa realiza 2 jogos. Cada jogo tem a

duração de 30 minutos, dividido em duas partes de 15 minutos. Não há intervalo. Após

a 1ª parte as equipas devem trocar de campo. Os jogadores podem ir junto do banco

apenas para hidratarem.

Infantis / Iniciadas Femininas

Horas Jogo Campo

16h – 16h30 C.A.O. A X Boavista 1

16h40 – 17h10 C.A.O.B x Boavista 1

17h20 – 17h40 C.A.O. A X C.A.O. B 1

Traquinas sub9

Horas Jogo Campo

16h – 16h30 C.A.O. x C.A.D.E 2

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16h40 – 17h10 C.A.D.E. X U. Serra 2

17h20 – 17h40 C.A.O. x U. Serra 2

Traquinas sub8

Horas Jogo Campo

16h – 16h30 C.A.O. x Assentiz 3

16h40 – 17h10 Assentiz x U. Tomar 3

17h20 – 17h40 C.A.O. x U. Tomar 3

Petizes sub7

Horas Jogo Campo

16h – 16h30 U. Serra x U. Tomar 4

16h40 – 17h10 U. Tomar x C.A.O 4

17h20 – 17h40 C.A.O. x U. Serra 4