relatÓrio de estÁgio curricular obrigatÓrio · instalações elétricas, instalações...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL CAMPUS CAMPO MOURÃO ENGENHARIA CIVIL ROBERTO FERREIRA COELHO JUNIOR RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Campo Mourão. Orientador: Prof. Dr. Leandro Waidemam Autorizo o encaminhamento para avaliação ___________________________________ Assinatura do prof. Orientador CAMPO MOURÃO 2013

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Page 1: RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO · instalações elétricas, instalações hidrossanitárias, instalação de dutos de ar condicionado, revestimento externo e início

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS CAMPO MOURÃO

ENGENHARIA CIVIL

ROBERTO FERREIRA COELHO JUNIOR

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Campo Mourão. Orientador: Prof. Dr. Leandro Waidemam

Autorizo o encaminhamento para avaliação

___________________________________ Assinatura do prof. Orientador

CAMPO MOURÃO

2013

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RESUMO

É essencial para todo acadêmico ter a experiência prática do que é

visto na teoria em sala de aula, e esta pode ser adquirida através do estágio. O

estágio em questão foi realizado em duas etapas: a primeira, na execução do

Hospital do Câncer UOPECCAN (União Oeste Paranaense de Estudos e

Combate ao Câncer) em Umuarama-PR, pela Construtora Morena Sul Ltda e a

segunda no escritório Carraro & Rocha – Projetos e Construção, em Campo

Mourão-PR.

Normalmente se faz o estágio obrigatório em apenas uma empresa.

Entretanto, ao realizar este em empresas distintas pode-se adquirir uma

experiência prática tanto na área de execução de obras quanto na elaboração

de projetos.

No período de estágio no Hospital do Câncer UOPPECAN pode ser

acompanhado a execução de estrutura, instalação elétrica e hidrossanitária,

revestimento externo e início da cobertura. Já o estágio no escritório Carraro &

Rocha proporcionou uma experiência como projetista, sendo realizados

projetos elétricos, hidrossanitários, estruturais e de prevenção de incêndios.

Os dois estágios foram de grande relevância para o conhecimento

prático de duas das diversas áreas possíveis a se seguir com o título de

engenheiro civil. Durante os estágios foi possível levar o conhecimento obtido

em sala de aula para a solução de problemas reais, o que tornou o estágio

mais emocionante e gratificante.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4

1.1 DESCRIÇÃO DA UCE ........................................................................................... 5 1.2 OBJETIVO DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES .................................... 6

2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ...................................................................... 7

2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 1 ................... 7 2.1.1 ACOMPANHAMENTO DE DETALHES CONSTRUTIVOS ................................. 7 2.1.1.1 COMPACTAÇÃO DO SOLO ............................................................................ 7 2.1.1.2 ESTRUTURA PRÉ-MOLDADA ........................................................................ 8 2.1.1.2.1 SURGIMENTO E REPARO DE FISSURAS .................................................. 8 2.1.1.2.2 DESALINHAMENTO DE PÓRTICOS ......................................................... 10 2.1.1.3 VIGA INVERTIDA .......................................................................................... 11 2.1.1.4 EXECUÇÃO DO PILAR ................................................................................. 12 2.1.1.5 EXECUÇÃO DO BLOCO D ............................................................................ 12 2.1.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA ................................................................................. 14 2.1.3 INSTALAÇÃO HIDRO SANITÁRIA ................................................................... 14 2.1.4 INSTALAÇÃO DE DUTOS DE AR CONDICIONADO ....................................... 16 2.1.5 COBERTURA ................................................................................................... 16 2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 2 ................. 17 2.2.1 PROJETOS ELÉTRICOS ................................................................................. 17 2.2.2 PROJETOS HIDRO SANITÁRIOS ................................................................... 18 2.2.3 PROJETO ESTRUTURAL ................................................................................ 20 2.2.4 PROJETOS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS ............................................... 22 2.3 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS ..................................................... 22 2.4 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO ........................... 22

3 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 26

3.1 APRENDIZADO PRÁTICO .................................................................................. 26 3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL ............................................................... 26 3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE ............................................................ 26 3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 27

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1 INTRODUÇÃO

O estágio obrigatório é um dos requisitos para a formação do

acadêmico. Para a obtenção do título de engenheiro civil se faz necessário o

cumprimento de uma carga horária de 400 horas, que, no caso abordado neste

relatório, foram cumpridas em duas etapas.

A primeira etapa foi realizada na execução do Hospital do Câncer

UOPECCAN em Umuarama-PR, construção de quatro pavimentos somando

uma área total de 16.418,61 m² em um terreno de 10.000 m² localizado no alto

da Avenida Paraná próximo ao Lago Aratimbó. Além de proporcionar o

conhecimento prático de algumas etapas da execução construtiva, o estágio

também ofereceu uma convivência com os operários e o consequente

relacionamento profissional com os mesmos.

Figura 01 – Hospital do Câncer UOPECCAN.

Fonte: UOPECCAN.

Dentre as atividades acompanhadas no primeiro estágio, podem ser

citados o acompanhamento da execução da estrutura da edificação,

instalações elétricas, instalações hidrossanitárias, instalação de dutos de ar

condicionado, revestimento externo e início da cobertura.

A segunda etapa foi realizada no escritório Carraro & Rocha – Projetos

e Construção, localizado na Avenida Goioerê nº 1767, Campo Mourão – PR,

onde foram realizados projetos elétricos, hidrossanitários, estruturais e de

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prevenção de incêndio, que proporcionou uma experiência suficiente para que

hoje o acadêmico demonstre confiança na elaboração dos projetos em

questão.

Figura 02 – Carraro & Rocha - Projetos e Construção.

1.1 DESCRIÇÃO DA UCE

A primeira unidade concedente de estágio foi a Construtora Morena Sul

Ltda. Sua sede localiza-se na avenida Brasil, 4301, no centro de Umuarama-

PR. A empresa foi fundada em 1987, atualmente emprega mais de 50

funcionários e desenvolve execuções de condomínios, edifícios e uma

ampliação no hospital CEMIL.

A segunda unidade concedente de estágio foi o escritório Carraro &

Rocha – Projetos e Construção, localizado na avenida Goioerê, 1767. O

escritório teve suas atividades iniciadas em janeiro de 2005 e atua

principalmente na elaboração e execução de projetos civis.

De agora em diante o estágio realizado na primeira unidade

concedente de estágio, no Hospital do Câncer UOPECCAN, será referido como

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estágio 1. Já o estágio realizado na segunda unidade concedente de estágio,

Carraro & Rocha – Projetos e Construções, será referido como estágio 2.

1.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES

Os principais objetivos da realização do estágio foram adquirir o

conhecimento prático da execução de obra e da elaboração de projetos,

empregar os conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula na prática, a fim

de aprimorar os mesmos, e vivenciar o dia a dia da profissão juntamente com

os demais profissionais da área.

Como dito anteriormente as atividades desenvolvidas foram:

Acompanhamento de detalhes construtivos;

Instalação elétrica;

Instalação hidrossanitária;

Instalação de dutos de ar condicionado;

Início da cobertura;

Elaboração de projeto elétrico;

Elaboração de projeto hidrossanitário;

Elaboração de projeto estrutural;

Elaboração de projeto de prevenção de incêndio.

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2 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 2.1 DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 1 2.1.1 ACOMPANHAMENTO DE DETALHES CONSTRUTIVOS

Neste tópico serão descritas atividades construtivas observadas, desde

a compactação do solo até a concretagem dos pilares.

2.1.1.1 COMPACTAÇÃO DO SOLO

A compactação e regularização do solo presenciada no estágio foram

realizadas com um compactador manual de solo, conhecido também como

sapo mecânico (figura 1). O mesmo pode ser operado por apenas um

operador, é eficiente e de fácil utilização.

Figura 1 – Compactação e regularização do solo.

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2.1.1.2 ESTRUTURA PRÉ-MOLDADA

O Hospital do Câncer UOPECCAN é constituído pela execução de seis

blocos, sendo esses A, B, C, D, E e F. A estrutura foi executada in loco nos

blocos A, B e D pela Construtora Morena Sul ltda, e nos blocos C, E e F foi

executada em estruturas pré-moldadas pela empresa Itaipu Pré-moldados.

2.1.1.2.1 SURGIMENTO E REPARO DE FISSURAS

As estruturas pré-moldadas sofrem uma maior movimentação, logo se

não forem tomadas precauções surgiram fissuras no reboco ao longo de vigas

e pilares, como pode ser verificado na figura 2.

Figura 2 – Fissura no reboco.

A fim de reparar essas fissuras o reboco foi descascado em uma faixa

de aproximadamente 30 cm, e em seguida fixado com pregos uma tela

metálica para auxiliar o reboco a absorver as movimentações da estrutura

(figura 3).

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Figura 3 – Descasco do reboco e fixação da tela metálica.

O próximo e último passo do reparo é realizar o reboco novamente,

resultado em um acabamento final como é apresentado na figura 4.

Figura 4 – Conclusão do reparo.

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2.1.1.2.2 DESALINHAMENTO DE PÓRTICOS

Um problema que também ocorreu na execução das estruturas pré-

moldadas no estágio 1 foi o desalinhamento de pórticos (figura 5) que

consequentemente influenciaria no prumo da alvenaria.

Figura 5 – Desalinhamento dos pórticos.

A solução encontrada foi levar a alvenaria alinhada ao longo de toda a

estrutura e nos pilares iniciais, onde houvesse pouca diferença em relação a

alvenaria, seria preenchida com reboco.

Entretanto, como a obra possui um comprimento considerável, nos

pilares finais da estrutura a diferença entre a alvenaria e os pilares dos pórticos

seria grande demais para serem preenchidas com reboco. Nesse caso, foi

elevada uma fiada de bloco maciço para preencher essa diferença, como pode

ser verificado na figura 6.

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Figura 6 – Alinhamento da alvenaria com pórticos utilizando blocos maciços

2.1.1.3 VIGA INVERTIDA

Em casos que há a necessidade de uma altura considerável na viga tal

que prejudique o projeto arquitetônico ou que cause qualquer outro problema

abaixo do nível da laje, pode-se concretar a mesma acima do nível da laje,

como pode ser visto na figura 7.

Figura 7 – Viga invertida.

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2.1.1.4 EXECUÇÃO DOS PILARES

Para a execução dos pilares inicialmente foram realizados a montagem

das fôrmas e os arranjos das armações. Em seguida o concreto foi lançado

com o auxílio da grua e, a fim de evitar vazios nos pilares e devido a falta do

equipamento vibrador, o concreto foi vibrado por pancadas com martelo nas

laterais das fôrmas.

Figura 8 – Concretagem dos pilares.

2.1.1.5 EXECUÇÃO DO BLOCO D

O bloco D não é como os demais blocos. Este se diferencia pelo fato

de se destinar a terapias com acelerador linear. Esta sala de terapia necessita

de paredes mais espessas para evitar que os raios emitidos pelo equipamento

sejam transmitidos para as salas vizinhas. O projeto do bloco D pode ser

verificado na figura 9.

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Figura 8 – Projeto do bloco D.

A parte destacada em vermelho são paredes que chegam até 1 metro

de espessura de concreto. Este verdadeiro “bunker” é concretado em fôrmas

feitas com alvenaria de blocos de concreto, e seu início pode ser verificado na

figura 9.

Figura 9 – Elevação da alvenaria a ser utilizada como fôrma do “bunker”.

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2.1.2 INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Durante a realização do estágio também foi visto a passagem da fiação

elétrica através dos conduítes lisos dispostos no forro através de hastes fixadas

na laje com parabolts de aço (ou jaquetas). O resultado final são conduítes

firmes e seguros como se verifica na figura 10.

Figura 10 – Conduítes dispostos por hastes fixas com parabolts de aço.

2.1.3 INSTALAÇÃO HIDROSSANITÁRIA

Juntamente com o início da instalação elétrica, era realizada a

instalação hidrossanitária. Esta instalação teve uma maior dificuldade de

execução pois o projeto hidrossanitário não continha informações sobre o

barrilete.

Na disposição das colunas de água fria, a fim de passar essas de um

pavimento para outro, era utilizado uma perfuratriz de concreto com brocas

diamantadas, equipamento eficiente e de fácil manuseio que agilizou muito o

serviço a ser executado. A utilização da perfuratriz pode ser visualizada na

figura 11.

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Figura 11 – Utilização da perfuratriz de concreto armado.

Pode ser analisado na figura 12 o resultado final da perfuração.

Observa-se como tanto o concreto como o aço são cortados perfeitamente.

Figura 12 – Resultado final da utilização da perfuratriz.

Na instalação das tubulações de combate a incêndios, junto às

conexões além do veda rosca também era aplicado zarcão, sendo este

responsável por evitar a oxidação do metal. O produto tem secagem rápida e

boa aderência.

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2.1.4 INSTALAÇÃO DE DUTOS DE AR CONDICIONADO

Serão dois sistemas de ar condicionado instalados no hospital. Um

será com ares condicionados Split, destinados as salas de cirurgia em virtude

da necessidade de isolamento. O restante do hospital será abastecido por

dutos provenientes de um ar condicionado industrial instalado na sala de

máquinas.

Os dutos foram envolvidos por lã de vidro a fim de melhorar o

isolamento térmico dos mesmos. A disposição desses dutos foi realizada da

mesma maneira que os conduítes das instalações hidrossanitárias, através de

hastes fixas com parabolts de aço e pode ser visualizada na figura 13.

Figura 13 –Disposição de dutos do ar condicionado.

2.1.5 COBERTURA

Como se trata de uma obra parcialmente pública, existem algumas

exigências por parte do governo. Um exemplo disso é o caso do uso de

madeira. Para ser usada em obras públicas a madeira deve ser advinda de

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manuseio sustentável que, em questões de custos, são significativamente mais

onerosas.

Nesse sentido a opção mais viável para a obra em questão foi a

utilização de cobertura metálica treliçada, como pode ser verificado na figura

14.

Figura 14 – Cobertura metálica treliçada.

2.2 DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 2

As atividades realizadas no estágio 2 foram basicamente de

elaboração de projetos complementares, sendo esses elétricos,

hidrossanitários, estruturais, e de prevenção de incêndio.

2.2.1 PROJETOS ELÉTRICOS

Durante a realização do estágio na Carraro & Rocha – Projeto e

Construção foram efetuados pelo acadêmico em questão cinco projetos

elétricos, dentre esses um barracão e quatro residências, sendo elaborados

com auxílio do AutoCAD 2012 e do Lumine V4.

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Na sequencia, na figura 15, pode-se verificar um desses projetos

elétricos contendo planta baixa, locação, quadro de distribuição de fases,

diagrama unifilar dos quadros, detalhe do medidor, quadro de cargas, detalhe

da entrada de serviço e legenda, tudo isso disposto em duas pranchas.

Figura 15 – Projeto elétrico de uma residência unifamiliar.

2.2.2 PROJETOS HIDROSSANITÁRIOS

Assim como os projetos elétricos, foram realizados cinco projetos

hidrossanitários e um deles é dividido em duas pranchas e apresentado nas

figuras 16 e 17. O projeto ilustrado foi realizado com auxílio do AutoCAD 2012

e do TigreCAD.

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A prancha 1 (figura 16) contém a planta baixa, detalhes do esgoto

sanitário, detalhes da instalação de equipamentos, caixa de gordura, caixa de

inspeção de esgoto, caixa de águas pluviais e locação.

Figura 16 – Prancha 1: projeto hidrossanitário de uma residência unifamiliar.

Já a prancha 2 (figura 17) traz a planta baixa da calha, detalhes

isométricos e legendas.

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Figura 17 – Prancha 2: projeto hidrossanitário de uma residência unifamiliar.

2.2.3 PROJETO ESTRUTURAL

Em relação aos projetos estruturais, durante o período de estágio no

escritório foi realizado apenas o da Unidade Básica de Saúde da cidade de

Marialva – PR. Este projeto foi elaborado apenas com o auxilio do AutoCAD

2012 e a partir da experiência do supervisor. Apenas duas vigas do projeto,

que possuiam vãos maiores, foram dimensionadas com o auxilio do programa

ProViga.

Este projeto foi distribuído em quatro pranchas. Na figura 18 é ilustrada

a prancha 1 que contém a locação de estacas e vigas baldrames, locação de

pilares e vigas superiores, detalhe de estacas, vigas e pilares.

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Figura 18 – Prancha 1: projeto estrutural da Unidade Básica de Saúde.

Na figura 19, pode ser verificada a prancha dois que contém a locação

de pilares e direção de lajes e corte de vigas.

Figura 19 – Prancha 2: projeto estrutural da Unidade Básica de Saúde.

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A prancha três (figura 20) foi destinada à disposição do corte de vigas,

relação do aço das vigas superiores, e detalhamento de pilares.

Figura 20 – Prancha 3: projeto estrutural da Unidade Básica de Saúde.

Já a prancha quatro ficou destinada a distribuição de corte de vigas e

relação e resumo do aço das vigas baldrame. Tal prancha pode ser visualizada

na figura 21.

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Figura 21 – Prancha 4: projeto estrutural da Unidade Básica de Saúde.

2.2.4 PROJETOS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

Para a realização dos projetos de prevenção de incêndio fez-se

necessário a visita ao corpo de bombeiros, estudo das diversas normas

técnicas e do código de segurança contra incêndio e pânico.

Foram elaborados dois projetos de prevenção: um de um barracão no

município de Campo Mourão – PR, e outro de uma escola municipal de

Marialva – PR com área total de 2.612,57 m².

O projeto de prevenção da escola se distribui em quatro pranchas,

sendo a prancha 1, que contém as plantas de risco, com as rotas de fuga, e o

quadro de estatísticas, ilustrada na figura 22.

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Figura 22 – Prancha 1: projeto de prevenção de incêndio.

A prancha dois pode ser verificada na figura 23. Nesta contém a planta

baixa da escola, detalhes, legendas e notas.

Figura 23 – Prancha 2: projeto de prevenção de incêndio.

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A prancha três que consta na figura 24, contém corte esquemático,

detalhes, legendas e outras notas.

Figura 24 – Prancha 3: projeto de prevenção de incêndio.

Já a prancha (figura 25) contém o isométrico da caixa d’água, legendas

e locação.

Figura 25 – Prancha 4: projeto de prevenção de incêndio.

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2.3 PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS

Um dos problemas encontrados no estágio 1, por se tratar de uma obra

parcialmente pública, era a dificuldade de liberação de verba adicional pela

falha do orçamento ou por imprevistos. Além disso, pelo fato dos estágios em

execuções em obras serem basicamente relacionados ao acompanhamento de

trabalhos, não houve nenhuma atividade que agregava responsabilidades ou

tarefas a serem feitas.

Já no estágio 2 as atividades agregavam mais responsabilidades, e

isso motivou o acadêmico a buscar com mais conhecimento e capacidade de

realizar as tarefas. No entanto, encontrou-se uma maior dificuldade relacionada

ao auxilio do supervisor. O mesmo nem sempre demostrava o conhecimento

técnico necessário para esclarecer as dúvidas que eventualmente surgiam.

2.4 RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM AS DISCIPLINAS DO CURSO

Diversas foram as disciplinas que se relacionaram com ambos os

estágios. No estágio um, por exemplo, pode-se utilizar da disciplina de logística

e gerencia de materiais, o que fez com que o acadêmico sugerisse ideias e

auxiliasse na organização do canteiro de obras. A disciplina de Instalações

hidrossanitárias prediais proporcionou uma visão do melhor posicionamento da

tubulação, inclusive possibilitando auxilinar na resolução de um problema que

surgiu na obra em relação a um tubo de queda de águas pluviais.

Já no estágio dois as disciplinas que se relacionaram foram

basicamente as de projeto, sendo essas, instalações elétricas prediais,

instalações hidrossanitárias prediais e hidráulica.

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3 CONCLUSÕES

3.1 APRENDIZADO PRÁTICO

O estágio foi essencial para a experiência prática de como é o dia a dia

de um engenheiro, e essa experiência pode ser adquirida tão somente pela

realização estágio. O acadêmico pôde conhecer um pouco da rotina de

trabalho em execução de obras e também de um escritório de elaboração de

projetos, sendo de grande importância para a futura escolha da área a se

seguir.

3.2 RELACIONAMENTO PROFISSIONAL

Nos dois estágios houve a relação com profissionais da área, embora

no estágio um essa foi mais ampla e proveitosa. Na execução do Hospital do

Câncer o grupo de trabalho era muito maior, haviam três empresas trabalhando

simultaneamente e cada uma com seus respectivos colaboradores.

Ambos os estágios foram realmente úteis em se tratando de

relacionamento profissional. No estágio um houve contato com engenheiro,

técnico, mestre de obra, oficial, pedreiro, carpinteiro, servente, eletricista e

encanador. O tratamento com cada um deles foi excelente e de grande

importância visto que que a relação entre engenheiros e mão de obra

geralmente é cheia de atritos.

3.3 SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE

Quando o acadêmico atinge o 8º período do curso começa a

preocupação em cumprir a disciplina de estágio obrigatório. Visto que o

município de Campo Mourão – PR tem suas limitações quanto a oferta de

estágios na área de engenharia civil, sugere-se que a Universidade

Tecnológica Federal do Paraná poderia desenvolver mais contatos

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profissionais com empresas da cidade para facilitar a entrada dos estudantes

no mercado de trabalho.

3.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estágios realizados foram fundamentais para a formação do

discente, não só para absorver com mais eficiência os conteúdos vistos em

sala de aula mas também por aprender novas técnicas, estabelecer relações

profissionais e vivenciar o dia a dia de um engenheiro.